diariodocomercio.com.br JOSÉ COSTA FUNDADOR
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DESDE 1932 - EDIÇÃO 23.644 - R$ 2,50
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BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO DE 2018 PIXABAY/DIVULGAÇÃO
FCA: produção em 2018 deve ser de 500 mil unidades Com capacidade atual para produzir em torno de 650 mil carros ao ano, de acordo com o número de turnos e empregados distribuídos nas três linhas da planta de Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), a Fiat Chrysler Automóveis (FCA) deve fechar este ano com a produção de 500 mil veículos na fábrica mineira. Pág. 6
Dados da Fundação Getulio Vargas (FGV) revelam que a cadeia produtiva do setor chega a 7,3% do Produto Interno Bruto brasileiro
Construção é força motriz na economia brasileira Apesar das perdas com a crise, setor é responsável por 4,5% do PIB Entre os setores base da economia brasileira, a indústria da construção é considerada uma atividade-chave para o desenvolvimento do País. Responsável por 4,5% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, en-
volve aproximadamente 100 outros setores em sua composição, desde o extrativo mineral, passando por máquinas e equipamentos até chegar ao comércio e serviços. Segundo dados da Federação das Indústrias
Pecuária de precisão inova e ganha mais espaço no campo
do Estado de São Paulo (Fiesp), a cadeia produtiva do setor reúne um conjunto de atividades que somam mais de 12 milhões de pessoas, cerca de 13% da força de trabalho ocupada no País. De acordo com
a Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat), pelo menos 21 setores fornecem para a construção, tendo faturado em 2017 um total de R$ 55 bilhões. Págs. 4 e 5
Biotech Town potencializará negócios em Minas DIVULGAÇÃO
Pág. 13
Banco Central revê para baixo projeção do PIB brasileiro Pág. 15
EDITORIAL É preciso reconhecer, a bem da verdade, que o presidente Temer prometeu e tentou cumprir, mas acabou caindo na ratoeira que ajudou a armar. Estamos falando dos gastos públicos e do crescente déficit, numa situação de desequilíbrio que vai sendo sustentada a duras penas, pode resistir no próximo exercício, mas, sem mudanças consistentes, tende a provocar uma implosão em 2019. O grave risco, mantidas as condições atuais, é de que naquele ano a administração federal perca, do ponto de vista financeiro, condições de operar, deixando de pagar despesas com a manutenção da máquina pública e, consequentemente, de oferecer serviços essenciais. Seria a concretização do sempre temido shutdown, ou de uma paralisação de efeitos tão inéditos quanto calamitosos. “No limite da exaustão”, pág. 2
OPINIÃO O País acompanha atônito, nos últimos anos, os retrocessos em vários setores da economia brasileira. Os impactos das decisões governamentais dificilmente se reverterão no curto prazo e vão deixar um rastro de recuperação pouco provável nas próximas décadas. O setor de infraestrutura, por exemplo, passa por um momento de desânimo e preocupação. Investimentos no setor têm papel essencial para o desenvolvimento socioeconômico brasileiro. Ampliar a oferta de serviços nessa área traz impactos diretos na qualidade de vida da população, principalmente na saúde. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), para cada dólar investido em saneamento, temos uma economia de US$ 4,3 dólares em gastos com saúde pública. (Luiz Pladevall), pág. 2 Dólar - dia 28
Euro - dia 28
Comercial
Compra: R$
Compra: R$ 3,8583 Venda: R$ 3,8593
4,4604
Projetos na área de biocombustíveis poderão ser acelerados pela iniciativa
FERNADA MENDES/DIVULGAÇÃO
Foi-se o tempo em que meio ambiente era assunto restrito a ativistas do setor ou a organizações não governamentais preocupadas com o planeta. Temas como água, energia, ar e clima estão, cada vez mais, nas planilhas de gestão das empresas e podem gerar prejuízo ou lucro, dependendo da forma como são trabalhados. O assunto foi discutido na sétima edição do Diálogos DC. O evento contou com a participação do gerente-geral de Meio Ambiente da ArcelorMittal, Guilherme Abreu, e de Thiago Douglas Ribeiro Batista, da Cemig. Págs. 11 e 12 O tema debatido na sétima edição do Diálogos DC se refere ao ODS 13 e 17
Poupança (dia 29): ............ 0,3715%
Turismo
Ouro - dia 28
IPCA-IBGE (Maio): ............. 0,40%
Compra: R$ 3,7970 Venda: R$ 3,9970
Nova York (onça-troy): US$ 1.251,00
IPCA-Ipead (Maio): ............. 0,22%
R$ 155,00
IGP-M (Maio): ........................... 1,38%
Ptax (BC) Compra: R$ 3,8515 Venda: R$ 3,8521
BM&F (g):
Minas Gerais vai sediar o primeiro centro de desenvolvimento de negócios em biotecnologia e ciências da vida no Brasil. Com 2.100 metros de área construída e R$ 35 milhões em investimento, a primeira fase do Biotech Town será inaugurada, em 5 de julho, no Alphaville Lagoa dos Ingleses, em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O centro dará apoio desde o desenvolvimento do produto, passando pelo registro, produção inicial até a inserção dos produtos no mercado nacional e internacional. Pág. 3
Clima e eficiência energética são assuntos globais
BOVESPA
TR (dia 29): ............................. 0,0000% Venda: R$ 4,4627
O primeiro destaque é que o EcoSport Storm é dotado de tração integral sob demanda. Além disso, é equipado, por exemplo, com sete airbags. Pág. 14
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OPINIÃO Um tombo na infraestrutura LUIZ PLADEVALL * Nos últimos anos, o País acompanha atônito os retrocessos em vários setores da economia brasileira. Os impactos das decisões governamentais dificilmente se reverterão no curto prazo e vão deixar um rastro de recuperação pouco provável nas próximas décadas. O setor de infraestrutura, por exemplo, passa por um momento de desânimo e preocupação. Um estudo divulgado recentemente, com dados de 2016, mostra que o gasto na área registrou forte queda e apresentou o pior resultado em 10 anos. A construção de grandes obras recebeu R$ 111,6 bilhões de investimentos em 2007, valor que despencou para R$ 99,2 bilhões em 2016, uma redução de 22,1%. A queda acentuada de recursos para projetos de infraestrutura - que inclui saneamento básico, rodovias, ferrovias, hidrelétricas, entre outros empreendimentos – pode ser explicada pelo tombo nos financiamentos. O BNDES diminuiu os empréstimos de R$ 135,9 bilhões em 2015 para R$ 88,3 bilhões em 2016. Com isso, o País fica cada vez mais distante de cumprir compromissos anteriormente assumidos. Na área de saneamento, a proposta era universalizar os serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário até
2033. Para isso, seriam necessários recursos anuais na ordem de R$ 20 bilhões, mas o País vinha investindo uma média de R$ 9 bilhões por ano. Porém, nos últimos dois anos, nem mesmo esse valor se mInvestimentos no setor têm papel essencial para o desenvolvimento socioeconômico brasileiro. Ampliar a oferta de serviços nessa área traz impactos diretos na qualidade de vida da população, principalmente na saúde. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), para cada dólar investido em saneamento, temos uma economia de US$ 4,3 dólares em gastos com saúde pública. Infelizmente, o panorama no setor ainda é desolador, com 45% da população brasileira convivendo sem tratamento do esgoto e 70% dos 5.570 municípios têm tratamento de esgoto com, no máximo, 30% de eficiência. Para tornar o processo de universalização dos serviços ainda mais demorado, o governo vem acenando com favores aos municípios, que retardam esses empreendimentos. No final de 2017, o presidente Michel Temer assinou decreto prorrogando por mais dois anos a entrega dos planos municipais de saneamento básico. A medida atendeu reivin-
dicação da Confederação Nacional dos Municípios diante das dificuldades das cidades de produzirem o documento estabelecido pela Lei do Saneamento, que entrou em vigor em 2007. Em ano eleitoral, a sociedade precisa ficar atenta aos programas de governo dos candidatos. O saneamento deve ser prioridade para todos aqueles que inspiram o cargo de presidente da República. Cabe a cada cidadão cobrar dos seus representantes o avanço nos serviços de saneamento básico, estrutura básica para qualquer país que almeja alcançar patamares similares às nações desenvolvidas. O saneamento precisa deixar de ser relegado a segundo plano pelas autoridades públicas e se transformar em uma agenda prioritária, independentemente da cor partidária do governo de plantão. Caso contrário, estaremos relegando um futuro de muitas dificuldades para as gerações futuras. * Presidente da Apecs (Associação Paulista de Empresas de Consultoria e Serviços em Saneamento e Meio Ambiente) e vice-presidente da Abes-SP (Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental)
Quem pode governar ARISTOTELES ATHENIENSE * A recente decisão do ministro Edson Fachin, relator dos processos da Operação Lava Jato, determinando o arquivamento do pedido de libertação de Lula, em face do que foi decidido pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, será alvo de novo recurso pelos seus advogados. O resultado acalentado pelos seguidores do ex-presidente não objetivava somente a saída da prisão onde se encontra, como possa parecer à primeira vista. Tinha por escopo dar-lhe condições de pleitear o seu retorno à suprema magistratura do País, nas eleições de outubro vindouro. Por mais clara que seja a vedação existente a este propósito, em razão do que determina a Lei da Ficha Limpa, a falange petista continuou acreditando nessa eventualidade, mesmo não contando com respaldo da legislação vigente. Esse intento ganhou maior encorajamento com a decisão do STF, que livrou a senadora Gleisi Hoffmann de uma das acusações que pendem sobre ela. O veredito fez com que simpatizantes de Lula cessassem com o refrão de que a lei penal somente é aplicada aos que rezam no catecismo lulista. Assim, desde que a presidente do PT foi inocentada num dos processos a que responde, os seus seguidores silenciaram. Deixaram de
ver no STF um algoz, tanto às suas pretensões eleitorais como às vítimas do Judiciário que estão irmanadas no credo petista. Vem de Sólon (poeta, aristocrata, estadista) que o “homem desmoralizado não poderá governar”. Segundo o fundador da democracia ateniense, os homens carentes de princípios morais não reúnem condições de exercer a função pública, por faltar-lhes a confiança do povo em seu desempenho. Nesta mesma linha de pensamento, advertiu o jurista Seabra Fagundes que, quando o administrador não se impõe ao respeito coletivo na gestão da causa pública, a corrupção se estende das facilidades pequenas aos grandes escândalos, revelando o baixo teor da elite dirigente. Bastaria o fato de Lula figurar, ainda, em mais seis processos, para desqualificá-lo na obstinação de seus sectários em promover a sua volta ao Planalto, tomados de uma obsessão permanente, não distinguindo os limites existentes entre a coisa pública e os bens privados. Foi essa indiferença que concorreu para a condenação de Lula em segunda instância, que seus asseclas buscam reverter, à míngua de fundamentos jurídicos capazes de propiciar o resultado almejado. * Advogado, Conselheiro Nato da OAB, Diretor do IAB e do Iamg
Sinônimo de emprego DANIEL SCHNAIDER* O Brasil é um país de desequilíbrios. O que é crime para um não é para o outro. Duas empresas exatamente do mesmo ramo têm cargas tributárias distintas. Mas o assunto aqui é outro. Quanto se fala no Brasil das leis trabalhistas, de CLT, de direitos, férias e sindicatos. Muito não é? Não quero tirar o mérito desses assuntos, são sim muito importantes, mas… No Brasil são aproximadamente 40 milhões de trabalhadores com carteira assinada. Em contraste, temos 48 milhões de donos de empresas, empreendedores. Quem cuida deles? Eles não têm proteção de sindicato, partido político e nem “juiz do empreendedor”. Férias, só se der, plano de saúde apenas se for bem-sucedido, horas extras são praxe e não se ganha mais por isso, adicional de fim de semana é apenas piada. “Mas é a escolha deles”, grita o indignado. Bem, quase 50% são empreendedores por necessidade, ou seja, não encontrarão alternativa se não empreenderem. “Mas empresário faz grana, tira dividendos”, diz o cético. A retirada máxima de 70% dos empreendedores é de apenas três salários mínimos, não é exatamente o paralelo do “sonho americano”, você concorda? Existe uma diferença importante entre o celetista e o empreendedor. Ao passar do processo de empregado para empreendedor e, em seguida, para empresário, ele gera emprego, além de criar riqueza, pagar impostos, atender demandas reprimidas da sociedade,
e, quem sabe, apoiar programas sociais. A globalização e tecnologia melhoraram e vão continuar melhorando - acredito eu - a vida de bilhões de pessoas. Mas alguns milhões de pessoas serão o efeito colateral desta tendência. Elas irão sofrer perdendo seus empregos e sua dignidade. A máxima de que novos empregos irão surgir não será consolo para eles, mas talvez para a geração jovem. Esses novos desempregados transformar-se-ão em empreendedores pela necessidade de sobrevivência. Mas não seria possível culpar apenas questões externas. Existem desafios internos e estruturais. Como exemplo, enquanto um funcionário que trabalha um mês e recebe seu salário por isso, o pequeno e médio empreendedor às vezes espera 120 ou mais dias depois de entregue o serviço ou produto para receber sua devida remuneração. Nesta perspectiva, o empreendedor com todos os riscos pessoais que deve assumir, e por outro lado com a função social primordial de gerar empregos, é transformado em um cidadão de segunda classe. Não podemos esquecer que atrás de um CNPJ existem CPFs que precisam colocar comida na mesa e pagar diversas contas como qualquer outro cidadão. Então, por que isso acontece? Vejo algumas causas que geram o desequilíbrio. 1. Existem fornecedores com alto poder de barganha; 2. Os pequenos e médios empresários na maioria dos casos não se organizam em grupos coesos; 3. A legislação
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favorece as grandes empresas que têm alto poder de lobby; 4. Os gigantes têm vantagens na automação, robotização e uso de inteligência artificial. Talvez esteja na hora de criar uma plataforma que venha dar aos empreendedores (pequenos e médios) uma chance justa para vencer, como também difundir na sociedade sua importância e finalmente criar um novo balanço de forças onde uma grande parcela possa prosperar. Um futuro de inovação e tecnologia não poderá se tornar sustentável se o padrão for de dar as costas para seus perdedores. Afinal, algum dia esta pessoa pode ser você, seus pais ou seus filhos! Qual é a forma? Qual é a solução? Não sei. Mas acredito saber de onde ela não virá inicialmente - dos governantes!!! O sistema político atual não está preparado para mudanças sociais tão rápidas e disruptivas como as que vivemos hoje. Será a iniciativa privada com ou sem fins lucrativos que terá que preencher esta lacuna. Tenho certeza que devemos criar um equilíbrio, onde o sucesso meteórico de alguns não deixe outros grupos desamparados de um direito básico, o do emprego. Acontece que já hoje, e se fortalece a cada dia que passa, emprego e empreendedorismo são sinônimos.
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No limite da exaustão A bem da verdade, é preciso reconhecer que o presidente Michel Temer prometeu e tentou cumprir, mas acabou caindo na ratoeira que ajudou a armar. Estamos falando dos gastos públicos e do crescente déficit, numa situação de desequilíbrio que vai sendo sustentada a duras penas, pode resistir no próximo exercício, mas, sem mudanças consistentes, tende a provocar uma implosão em 2019. O grave risco, mantidas as condições atuais, é de que naquele ano a administração federal perca, do ponto de vista financeiro, condições de operar, deixando de pagar despesas com a manutenção da máquina pública e, consequentemente, de oferecer serviços essenciais. Seria a concretização do sempre temido shutdown, ou de uma paralisação de efeitos tão inéditos quanto calamitosos. São riscos a considerar, sobretudo pelos aspirantes à condição de presidente da República a partir de janeiro de 2018, todos eles defensores de mudanças que propiciem os ajustes reclamados, devolvendo ao País as condições necessárias à volta do crescimento São riscos a considerar, econômico. Nesse ponto o sobretudo pelos velho e o novo aspirantes à condição se aproximam, de presidente da ambos fingindo ignorar a realidade República a partir política que se de janeiro de 2018, transformou todos eles defensores em obstáculo às reformas, com de mudanças drástica redução que propiciem os de despesas e ajustes reclamados, busca de eficiência na gestão e nos devolvendo ao País as gastos. Algo que condições necessárias um deles chama de “choque de à volta do crescimento simplicidade” e econômico outro define como a necessária “busca da eficiência”. O problema, como se percebe e como o presidente Temer a estas alturas deve saber muito bem, não é tanto a receita, mas sim como receber o indispensável endosso do Legislativo para aplicá-la sem que cada passo tenha que ser negociado a um preço que também não pode mais ser pago. Se são concretas e evidentes as ameaças, estão na mesma linha os seus efeitos como chegou a acontecer em 2017, quando serviços como a emissão de passaportes chegaram a ser suspensos, o atendimento nos serviços médicos piorou, falhas na fiscalização sanitária foram anotadas e fornecedores deixaram de ser pagos. Ao mesmo tempo os investimentos do governo central, que somaram R$ 40 bilhões em 2014, três anos depois foram reduzidos a R$ 24,8 bilhões, com prejuízos evidentes exatamente para as áreas mais sensíveis. São motivos de sobra para que se compreenda que não é mais possível continuar esticando a corda na tentativa vã de sustentar um Estado gordo e pesado. A ideia de “cortar na carne”, de que tanto gostam de falar alguns políticos, não pode continuar sendo abstrata, é retórica quando se constata, por exemplo, que a renda per capita em Brasília, a terra da burocracia premiada, é a mais elevada do País e passa do dobro da renda em São Paulo, o Estado que produz e concentra a maior parcela da riqueza nacional. Deveria ser o bastante para que se compreenda a verdadeira natureza do problema.
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BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO DE 2018
ECONOMIA SUPORTE A EMPRESAS
MG terá centro pioneiro em biotecnologia Fase inicial do Biotech Town será inaugurada em 5 de julho, no Alphaville, com aporte de R$ 35 mi DIVULGAÇÃO
THAÍNE BELISSA
Minas Gerais vai sediar o primeiro centro de desenvolvimento de negócios em biotecnologia e ciências da vida no Brasil. Com 2.100 metros de área construída e R$ 35 milhões em investimento, a primeira fase do Biotech Town será inaugurada, em 5 de julho, no Alphaville Lagoa dos Ingleses, em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Com proposta que oferece suporte a empresas do setor, desde o desenvolvimento do produto, passando pelo registro, produção inicial até a inserção dos produtos no mercado nacional e internacional, o centro tem potencial de faturar cerca de R$ 200 milhões por ano, além de gerar renda para o Estado em cifras muito superiores. O projeto é desenvolvido pela Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep), por meio da Fundep Participações (Fundepar), e pela Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig). As duas instituições estão investindo R$ 35 milhões no projeto, desenvolvido há cerca de dois anos. Também são apoiadores do empreendimento o projeto CSul – Desenvolvimento Urbano, que viabilizou uma área de
12 mil metros quadrados para a Biotech Town, além da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e da Associação Nacional de Empresas de Biotecnologia (Anbiotec). Em 5 de julho será inaugurada a primeira fase do projeto, que inclui nove salas para empresas residentes, espaço para aceleração de empresas nascentes, quatro salas de reunião e um auditório para 60 pessoas. O projeto ainda terá laboratório e área de manufatura, que estão em processo de instalação e devem ser inaugurados em 2019. O CEO da Fundepar, Ramon Azevedo, explica que a parceria com a Codemig surgiu porque as duas instituições já haviam identificado a necessidade de investir nas empresas de biotecnologia e desenvolviam, separadamente, ideias nesse sentido. Quando elas se encontraram e perceberam que tentavam resolver o mesmo problema, se uniram para o desenvolvimento de um projeto maior. “Muitas universidades e centros de pesquisas em Minas Gerais são voltados para esse tema, então, há muitos empreendimentos sobre o assunto surgindo aqui. Mas essas empresas têm grandes desafios: preci-
sam de muito investimento, pois necessitam de equipamentos caros, e seus produtos não chegam ao mercado com tanta rapidez, pois é um setor que depende de regulações específicas. Ao pensar em como atender esse segmento, chegamos ao modelo de um grande centro de desenvolvimento dessas empresas com estrutura única de laboratório e manufatura a ser compartilhada”, explica. O CEO do Biotech Town, Pedro Vidigal, aponta que o nome do empreendimento que faz referência a uma cidade se justifica por se tratar de estrutura completa, que atende empreendedores em diferentes estágios e os suporta em todo o processo de criação da inovação até a sua produção. De acordo com ele, os serviços oferecidos pelo centro serão divididos em três grandes pilares: o primeiro é o desenvolvimento de negócios, voltado para empresas em estágio inicial e que precisam de apoio em business. Para essas empresas, a entrada no BiotechTown será por meio de chamadas públicas. Segundo Vidigal, a expectativa é que sejam duas chamadas por ano, cada uma selecionando dez empresas do setor de qualquer lugar do mundo. Além
da aceleração, as empresas selecionadas receberão investimento a partir de R$ 150 mil. A primeira chamada será aberta em 5 de julho, quando o centro será inaugurado. Dentro dos segmentos biotecnologia e ciências da vida cabem diversas iniciativas, como soluções voltadas para saúde humana e animal, biocombustíveis, agricultura e meio ambiente. Planejamento - O segundo pilar de atuação do Biotech Town será no planejamento e validação de produção das tecnologias desenvolvidas pelas empresas. De acordo com o CEO, muitos empreendedores chegam sozinhos ao estágio em que já fizeram um protótipo, mas têm dificuldade de testá-lo e finalizar a produção. Para esse momento, o centro oferecerá CEO da Biotech Town diz que nome remete a cidade completa um laboratório equipado e infraestrutura para garantir qualquer outra empresa que nem estão de acordo com os queira contratá-los. órgãos regulatórios. Outra a finalização. Vidigal destaca que a co- saída encontrada são conO terceiro e último pilar de atuação do centro é o bertura completa dos proces- tratos de manufatura com chamado contract manufac- sos de criação de biotecno- indústrias do setor. O CEO da Fundepar lemturing organisation (CMO), logia resolve um problema contrato para manufaturar das empresas que surgem. bra que o centro também produtos já desenvolvidos Segundo ele, a alternativa tem um grande potencial e testados. Esse serviço, as- dos empreendedores hoje de gerar emprego e renda sim como o de laboratório, são parcerias com universi- para o Estado, inclusive em são oferecidos às empresas dades e centros de pesqui- cifras muito superiores ao selecionadas via chama- sa, que nem sempre têm a potencial de faturamento do da pública, mas também a infraestrutura necessária, próprio empreendimento.
SEBRAE Se você perguntar em Paracatu onde é a Casa de Carnes do Seu Enedino, todo mundo dá notícia. Vendo a loja cheia, ninguém imagina que ele quase fechou as portas. Até que o Sebrae entrou na história. “O Sebrae me ensinou a fazer conta, a inovar, até a expor o produto na prateleira”, diz o empresário. São muitas histórias como a do Seu Enedino. Empresas que, com o apoio do Sebrae, crescem e fazem o país crescer.
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BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO DE 2018
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ESPECIAL CONSTRUÇÃO
Cadeia produtiva emprega 12 mi de pessoas Atividade-chave para o País envolve cerca de 100 outros setores, da mineração ao comércio e serviços MARA BIANCHETTI
Entre os setores base da economia brasileira, a indústria da construção é considerada uma atividade-chave para o desenvolvimento do País. Responsável por 4,5% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, envolve aproximadamente 100 outros setores em sua composição, desde o extrativo mineral, passando por máquinas e equipamentos até chegar ao comércio e serviços. Segundo dados da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), a cadeia produtiva do setor reúne um conjunto de atividades que somam mais 12 milhões de pessoas, cerca de 13% da força de trabalho ocupada no País. A atividade por si só possui duas vertentes: a construção civil e a pesada. São tamanhas as suas complexidades que, embora representem a força motriz da economia, em um cenário adverso como o vivido no Brasil nos últimos anos, suas perdas também têm efeito em cadeia. Segundo estimativas da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), de 2014 a 2017 – período da recessão –, o setor retrocedeu pelo menos 20%. Isso significou o fechamento de várias indústrias e a extinção de milhares empregos em todo o País. Sem contar o efeito cascata provocado nos setores integrantes da cadeia produtiva. Com as perdas, de acordo com o economista da Cbic, Luis Fernando Melo Mendes, o setor retornou aos patamares de 2009, ano que antecedeu o boom vivido pelo setor, em 2010. Segundo ele, na época, o setor cresceu acima da expectativa. E vários pontos contribuíram para esse boom, como os programas do governo federal (Minha casa, minha vida e Programa de Aceleração do Crescimento – PAC) e a disponibilidade de crédito junto aos bancos. No entanto, o crescimento da época não foi sustentável e no primeiro arrefecimento da economia houve uma perda ainda maior.
PRINCIPAIS ELOS DA CADEIA INDÚSTRIA EXTRATIVA Madeira
Minerais não metálicos e não orgânicos
Minerais metálicos
INDÚSTRIA DE BENS DE CAPITAL Máquins e equipamentos
INDÚSTRIA DE BASE Florestal
Extrativa mineral não metálicos e não orgânicos
Petroquímica
Siderúrgicas
Metalúrgicas
INDÚSTRIA DE BENS DE CONSUMO Móveis, Esquadrias, Pisos, Laminados, Compensados
Argamassa, Cerâmicas, Lajes, Vidros, Telhas Pisos, Azulejos, Louças
Tubos, Divisórias, Tintas, Diesel Conexões, Telhas Impermeab., Materiais Solventes, elétricos Vernizes, Mantas, EPS
PRESTADORES DE SERVIÇOS • Decoradores • Projetistas • Arquitetos • Engenheiros • Eletricistas • Carpinteiros • Gesseiros • Marceneiros • Serralheiros • Reparadores • Pintores • Telhadores • Pedreiros • Encanadores
SUBSETORES
Laminado, Ferro, Aço, Esquadrias
Fios, Cabos, Portas, Janelas, Esquadrias, Materiais elétricos
• Repadaroras • Restauradoras • Empreteiros • Construtoras • Incorporadoras • Autoconstrução
articulam com o governo soluções de curto, médio e longo prazos. No entanto, a própria Câmara da Construção admite que o governo tem pouca margem de manobra para esse tipo de problema. Benefícios fiscais estariam entre as ações necessárias, assim como a redução da burocracia brasileira e o aumento da segurança jurídica do País. Por isso, este é um dos principais desafios enfrentados atualmente pelo setor. “O que a indústria da transformação de forma geral busca e que está inteiramente ligado à construção, diz respeito à tentativa de melhorar a produtividade nacional, passando pela melhoria dos processos produtivos, redução da burocracia e principalmente da insegurança jurídica brasileira, como forma de atrair novos investimentos”, explicou. (MB)
queda acumulada de 20% nos últimos anos, não surte efeito”, ponderou. Mendes lembrou que a construção é um setor que cresce devagar, mas desacelera muito rápido, jus-
tamente por ser composta por projetos de longo prazo. “Todo investimento em construção leva em conta o futuro. Seja o governo em obras públicas, empresas em projetos privados ou
Ferragens, Tubos, Fixadores
• Varejista • Eletrônico • Atacadista • Home Center • Mercado Externo
Em um cenário de recessão econômica como o vivido no País, o setor de construçã desacelera rápido, gerando efeito cascata
“É como se o setor tivesse andado para trás. E o que estamos assistindo agora não chega nem a ser uma recuperação, porque um crescimento de 1,5% no primeiro trimestre deste exercício, após uma
Fios, Cabos, Materiais elétricos
COMÉRCIO
ARQUIVO DC
Insegurança jurídica prejudica a indústria De acordo com dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), em 2017, a indústria da construção, que representou 66,24% da cadeia produtiva nacional, cresceu 5,2% sobre 2016. Conforme o economista da entidade, Luis Fernando Melo Mendes, isso significa dizer que cerca de 66% da cadeia produtiva brasileira cresceu apenas 5% no ano passado. Até 2014, o setor representava 85% da cadeia produtiva. “Pelo menos 50% da indústria de materiais, por exemplo, é voltada para a construção. Consequentemente, vem tendo uma perda grande. A mesma coisa no comércio, já que muitas lojas hoje basicamente vendem apenas para o pequeno comprador”, disse. Para tentar reverter o quadro, já há algum tempo lideranças do setor
Minerais não metálicos
pessoas que investem em imóveis”, explicou. Investimentos - Prova maior da recessão vivida pelo Brasil está nos componentes do PIB, uma vez que de 2014 para cá
houve quedas na demanda do consumo e nos investimentos realizados no País. E como nos anos anteriores a demanda, e não os investimentos, estava impulsionando o desempenho, não houve sustentação. “Quando há queda no investimento, o desempenho não se torna sustentável e, inclusive, os aportes já realizados tendem a sucumbir. Por isso, enquanto a construção não reagir e os investimentos não forem retomados, dificilmente teremos um desenvolvimento mais forte e consistente no País”, opinou. A taxa de investimento do País – que tem como referência o PIB – é composta pelos setores de construção, máquinas e equipamentos e inovação tecnológica. Do total, 50% é investimento fixo em construção, cerca de 40% diz respeito aos bens de capital e menos de 10% em inovação. No primeiro trimestre deste ano, a taxa de investimento, de 16%, veio principalmente do setor de máquinas e equipamentos, mas impulsionado pelo maior volume de importação de bens de capital.
Obras residenciais têm maior fatia entre serviços A Pesquisa Anual da Indústria da Construção 2016 (Paic), divulgada no início do mês pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelou que a crise econômica dos últimos anos levou a indústria da construção a perder 432 mil empregos formais no País entre 2015 e 2016, uma retração de 19% que se deu em todos os segmentos, principalmente na infraestrutura, onde o recuo foi de 15%. Conforme o estudo, em 2016, a atividade da construção somou R$ 318,7 bilhões em incorporações, obras e serviços da construção. Na avaliação do economista da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), Luis Fernando Melo Mendes, o número de 2017, que ainda não foi divulgado pelo IBGE, não deve ser muito diferente. Já o valor das obras e serviços da construção atingiu R$ 299,1 bilhões, dos quais 31,5% provenientes de obras contratadas por entidades públicas (R$ 94,1 bilhões) e o restante por
CHARLES SILVA DUARTE
Empresas com mais de uma pessoa ocupada totalizaram 127 mil, empregando 2 mi de pessoas em 2016
pessoas físicas ou entidades privadas. As empresas ativas da indústria da construção com mais de uma pessoa ocupada, segundo o balanço, totalizaram 127 mil, empregando cerca de 2 milhões de pessoas em 2016.
Ainda segundo o IBGE, entre os produtos ou serviços oferecidos pelas empresas, as obras residenciais foram as que mais ganharam participação no ranking, passando da quinta posição (15,1%) em 2007 para a primeira
(26,7%), em 2016. Já a construção de rodovias, ferrovias, obras urbanas e obras de arte especiais, que representava a primeira colocação em 2007 (21,4%), caiu para a segunda posição 18,4% em 2016. (MB)
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BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO DE 2018
ESPECIAL CONSTRUÇÃO
IMPACTO NA ECONOMIA MINEIRA
Fatores conjunturais podem contribuir para a retomada em Minas Expectativa é de crescimento de 2% em 2018 MARA BIANCHETTI
O setor de construção civil de Minas Gerais deverá encerrar 2018 com crescimento de 2% sobre o ano anterior. Se confirmado, o resultado irá representar a primeira alta após quatro quedas consecutivas da atividade no Estado, que culminaram com uma retração acumulada de quase 25% nos quatro últimos anos. O incremento deve acompanhar o resultado do setor em nível nacional, conforme o Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG). De acordo com o economista e coordenador sindical da entidade, Daniel Furletti, Minas possui participação considerável no setor brasileiro, representado mais ou menos 10% do total. Por este motivo, as perdas da construção no Estado durante o período recessivo foram igualmente preocupantes e impactantes para a cadeia produtiva regional.
A cada R$ 1 mil investidos em obras são gerados: • R$ 505,57 de renda no próprio setor • R$ 214,35 de renda nos setores fornecedores de matéria-prima • Um total de R$ 719,93 de renda direta e indireta adicionada A cada R$ 10 milhões investidos se tem: • 79 empregos na indústria de materiais de construção, serviços e comércio de materiais • 312 postos de trabalho nas construtoras • Um total de 391 novas ocupações DIVULGAÇÃO
“As perdas acumuladas até 2017 demorarão pelo menos o mesmo período, ou seja, quatro anos, para serem recuperadas. De toda forma, já começamos a observar os primeiros indícios de que a atividade volta, aos poucos, a respirar. Alinhada a isso, a combinação de fatores conjunturais, como a inflação, a taxa básica de juros (Selic) e o nível de empregos, também já torna o cenário propício a um desempenho melhor a partir deste ano”, adiantou. Dentro dessa perspectiva, o economista avalia também a importância social e econômica da construção civil, uma vez que a atividade possui papel estratégico no desenvolvimento da indústria como um todo. Para ele, o bem que o setor produz é indispensável sob o ponto A construção é considerada de grande importância econômica e social, impactando diversos setores, como a siderurgia de vista social (por meio da Falo de áreas como mineEm relação à importância escolas, portos, aeroportos, construção de habitações, empregos e tributos. “Ele pode ser, inclusive, ração, siderurgia, indústria social, Furletti chamou a indústrias e hospitais. “A escolas, hospitais) e impacta positivamente também a protagonista da recuperação cimenteira, de vidro, ce- atenção para o déficit habi- habitação é antropologieconomia, uma vez que pro- econômica nacional, já que râmicas, tubos, conexões, tacional ainda existente no camente necessária e os duz uma rápida resposta ao possui uma cadeia produtiva máquinas e equipamentos, País, bem como as carên- demais itens inerentes ao estímulo de suas atividades extensa e atinge diversas além dos setores de comércio cias no que diz respeito à desenvolvimento básico de com maior geração de renda, áreas do setor produtivo. e serviços”, exemplificou. infraestrutura básica como qualquer nação”, resumiu. DIVULGAÇÃO
A construção pesada mineira tem acumulado perdas desde 2014, o que gerou a demissão de 70 mil trabalhadores
Sem obras de infraestrutura, cenário é de retração Enquanto importantes setores, como a indústria automotiva e o comércio, já começam a dar sinais de recuperação, outros permanecem no fundo do poço quando o assunto é o cenário econômico nacional. Embora o País já tenha começado a apresentar números positivos, a situação política ainda trava investimentos e prejudica áreas como a construção civil e pesada brasileiras. Na construção pesada mineira, as perdas vêm ocorrendo desde 2014 e, segundo o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Pesada no Estado de Minas Gerais (Sicepot-MG), Emir Cadar Filho, ainda não há qualquer perspectiva de retomada no curto prazo. “Da mesma maneira como o setor é um dos últimos a sentir os efeitos de uma crise econômica, também demora a responder aos estímulos de recuperação. Principalmente, porque necessita de robustos investimentos em infraestrutura, o que não tem ocorrido em nosso País. Ao
contrário, os governos cortaram as verbas do bem-estar social para dar conta dos gastos com a máquina pública”, criticou. Em números, segundo ele, isso representou a demissão de pelo menos 70 mil pessoas somente em Minas Gerais. “Se considerarmos que cada família possui quatro pessoas, estamos falando de 280 mil pessoas impactadas pelas perdas da construção pesada no Estado nos últimos anos”, alertou. Diante do cenário, conforme o presidente, é possível afirmar que a construção pesada mineira já atingiu o fundo do poço e que as empresas chegaram aos seus limites de superação. Agora, os esforços devem ocorrer muito mais no sentido de sobreviver do que no de buscar crescimento ou melhoria. Cadar Filho reiterou que as empresas do setor em Minas encolheram entre 50% e 70% nos últimos três anos. Somente em termos de emprego, o recuo foi de quase 60%.
Enquanto em 2014 a construção pesada empregava cerca de 120 mil trabalhadores no Estado, hoje este número é inferior a 50 mil. “Não chegamos ao ponto de vermos as empresas fecharem as portas, mas vimos muitas encolherem pela metade”, lamentou. Já em relação à recuperação, o dirigente afirmou que, embora ainda não haja previsão de retomada, não será possível esperar por muito tempo. Segundo ele, seria impossível, por exemplo, resistir por mais um ano. Assim, o dirigente declarou que espera alguma sinalização de melhoria para o segundo semestre deste exercício. “Chegamos a um patamar crítico de investimentos e se não for feito algo rápido, vamos destruir a infraestrutura nacional, porque os equipamentos existentes estão se deteriorando. Daqui para frente, precisaremos de 20 anos ou mais para nos recuperarmos”, revelou. (MB)
Pequeno varejo de material tem concentrado os negócios Enquanto a construção civil responde por aproximadamente 4,5% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, dados da Fundação Getulio Vargas (FGV) revelam que a cadeia produtiva do setor chega a 7,3% do indicador. Deste total, 11% é referente apenas à indústria de materiais, que engloba de aço a telhas, passando por areia, cimento, louças e fiações. A Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) é a entidade que reúne os fabricantes destes itens e envolve, hoje, pelo menos 21 setores que fornecem para a construção, tendo faturado em 2017 um total de R$ 55 bilhões. De acordo com o presidente da associação, Rodrigo Navarro, o setor vem amargando perdas desde 2015. “Naquele período já vínhamos de um decréscimo de 7,2%, que foi agravado para 13,5% em 2016. No ano passado começamos a observar uma redução no ritmo de perdas e encerramos o exercício com recuo de 3,2%. Agora, para 2018, estamos com uma expectativa de retomar o crescimento com algo em torno de 1,5% sobre 2017”,
explicou. No entanto, ele admite que o número, nem de longe, representa uma recuperação. O desempenho do ano corrente é atribuído ao pequeno varejo. “Temos três destinações para nossos produtos: varejo, obras imobiliárias e infraestrutura. No momento, as vendas estão bastante concentradas nas pequenas obras. Esperamos que no segundo semestre fiquem mais pulverizadas”, afirmou. Em termos de desafio, o presidente da Abramat destaca que ainda diz respeito à conformidade dos produtos. O dirigente admite que não se trata de um problema recente e que não deverá ser totalmente solucionado no curto prazo, mas que a entidade trabalha fortemente para conscientizar seus associados. “Queremos mostrar para o varejista que, quando ele não atua dentro das normas, está colocando seu cliente em risco. Às vezes uma economia pode causar uma grande perda”, alertou. Ao todo, a entidade engloba 45 associados que somam 300 fábricas no País. Em Minas Gerais são 31 unidades. (MB) ALISSON J. SILVA
Setor fornece para o comércio, obras imobiliárias e infraestrutura
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BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO DE 2018
ECONOMIA MONTADORA
Fiat prevĂŞ fabricar 500 mil veĂculos neste ano Presidente da FCA na AL, Antonio Filosa, informa que plano ĂŠ chegar a 600 mil carros atĂŠ 2022 LEONARDO FRANCIA
Com capacidade atual para produzir em torno de 650 mil carros ao ano, de acordo com o nĂşmero de turnos e empregados distribuĂdos nas trĂŞs linhas da planta de Betim, na RegiĂŁo Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), a Fiat Chrysler AutomĂłveis (FCA) deve fechar este ano com a produção de 500 mil veĂculos na fĂĄbrica mineira. A informação foi dada pelo presidente da FCA na AmĂŠrica Latina, Antonio Filosa, em conversa com jornalistas. “Com esta capacidade, vamos para meio milhĂŁo de carros produzidos neste ano e temos um plano para chegar Ă produção de 600 mil veĂculos (na planta de Betim) atĂŠ 2022, alĂŠm de um planejamento para desenvolver novos mercados para que a demanda seja forte e novos carros. Vamos trazer modelos novos para Betimâ€?, disse. A planta de Betim tem capacidade para fabricar 800 mil automĂłveis por ano, mas, depois de anos de encolhimento de mercado e de produção na plataforma, o nĂşmero de empregados dividido pelo nĂşmero de turnos de trabalho nas linhas da unidade permitiria Ă FCA chegar a uma produção mĂĄxima de cerca de 650 mil veĂculos anualmente. PorĂŠm, para este ano, a produção deve ser de 500 mil carros. Os novos modelos que serĂŁo fabricados em Betim fazem parte do pacote de investimentos do grupo FCA na AmĂŠrica Latina, de R$ 14 bilhĂľes, entre 2018 e 2022. No planejamento estĂĄ incluĂdo o lançamento de 25 automĂłveis, entre novos modelos e modelos fortemente renovados, sendo 15 da marca Fiat e a grande maioria deve sair das linhas de montagem da fĂĄbrica mineira.
O planejamento vem junto com a internacionalização, em termos de mercado, da planta de Betim, que, segundo o prĂłprio Filosa, “era uma fĂĄbrica que trabalhava muito para o Brasil e agora passa a trabalhar para toda a AmĂŠrica Latinaâ€?. Segundo o presidente da FCA no continente, o modelos Mobi e Argo, da Fiat, “estĂŁo muito bem nas vendas na AmĂŠrica Latinaâ€? e devem ajudar a fortalecer a presença da marca na regiĂŁo. “Os Fiat Mobi e Argo estĂŁo indo muito bem em todo o mercado latino-americano. O Argo estĂĄ recuperando posiçþes no Brasil e ĂŠ lĂder na Argentina, o Mobi anda bem nos dois mercados e vamos lançar os dois modelos no Chile e na ColĂ´mbia. EntĂŁo, o efeito disso ĂŠ crescer em produção em Betim. Por isso, parte importante dos investimentos anunciados virĂĄ para cĂĄâ€?, afirmou Filosa. Vendas - Com base em dados da Federação Nacional da Distribuição de VeĂculos Automotores (Fenabrave), no acumulado atĂŠ maio deste ano, as vendas da marca Fiat, da FCA, cresceram 11,1% contra as dos mesmos meses de 2017. A montadora continua na terceira posição do ranking de automĂłveis e comerciais leves, atrĂĄs da GM e da Volkswagem do Brasil. AtĂŠ maio, a FCA, somente com a marca Fiat, vendeu 118,9 mil automĂłveis e comerciais leves em todo o Brasil, com alta de 11,1% sobre as 107 mil unidades de iguais meses de 2017. Mesmo com o crescimento, a participação da montadora italiana no mercado desse segmento no perĂodo foi de 12,7%, 0,6 ponto percentual abaixo da fatia que a marca tinha na mesma ĂŠpoca do ano passado.
Capacidade atual da planta de Betim, na RegiĂŁo Metropolitana de BH, ĂŠ para produzir 650 mil veĂculos anualmente
RUPTURA DE BARRAGEM
Vale anuncia R$ 557,5 mi em restauração Rio de Janeiro - A mineradora Vale prevê contribuir com cerca de R$ 557,5 milhþes, no segundo semestre, para a restauração do meio ambiente e das comunidades afetadas pela ruptura da barragem da Samarco, sua joint venture com a anglo-australiana BHP Billiton. De acordo com a empresa, o aporte atende a um acordo fechado neste mês com o MinistÊrio Público Federal e Ê referente à sua parcela de 50% na Samarco, que estå com suas atividades paralisadas desde o colapso da estrutura em Minas Gerais, em 2015, considerado o maior desastre socioambiental do Brasil. AlÊm disso, a Vale informou que pretende disponibilizar à Samarco linhas de crÊdito de curto prazo de atÊ US$ 53 milhþes para apoiar suas operaçþes e trabalhos de reparo no segundo semestre de 2018. As linhas de crÊdito,
CORPO DE BOMBEIROS/MG - DIVULGAĂ‡ĂƒO
Barragem da Samarco causou desastre ambiental em Mariana
segundo a Vale, tambĂŠm terĂŁo como objetivo cobrir as despesas relacionadas a especialistas nomeados a partir do acordo com o MPF, “sem que isso configure uma obrigação da Vale para com a Samarcoâ€?. “Os fundos serĂŁo liberados Ă medida em que forem necessĂĄriosâ€?, anunciou a empresa, pontuando que a BHP Billiton tambĂŠm pre-
tende tornar disponĂvel para a Samarco linhas de crĂŠdito de curto prazo em termos e condiçþes similares. O rompimento da barragem da Samarco, em Mariana, deixou 19 mortos, centenas de desabrigados, e poluiu o rio Doce, que percorre diversos municĂpios atĂŠ chegar ao mar capixaba. Cobalto - A Vale informou
que recebeu ontem US$ 690 milhþes referentes a contratos de venda antecipada de cobalto, com entrega a partir de 1º de janeiro de 2021, que vão permitir destravar investimentos de US$ 1,7 bilhão para a expansão da mina de Voisey’s Bay, no Canadå. O valor em dinheiro, de acordo com os termos divulgados em 11 de junho, foi recebido com a conclusão da transação, sendo US$ 390 milhþes da Wheaton e US$ 300 milhþes da Cobalt 27. Os valores, conforme informou a empresa anteriormente, vão ajudar a companhia a financiar a expansão do projeto, que Ê o primeiro anúncio de investimento significativo da empresa nos últimos anos. Ainda estão previstos no acordo pagamentos adicionais de 20%, em mÊdia, dos preços de cobalto vigentes no momento da entrega do produto, segundo a empresa. (Reuters)
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIBEIRĂƒO DAS NEVES/MG PREFEITURA MUNICIPAL DE RIBEIRĂƒO DAS NEVES/MG - PregĂŁo 031/2018 - torna pĂşblico que se encontra disponĂvel no site www.ribeiraodasneves.mg.gov.br, o edital do PregĂŁo 031/2018, cujo objeto consiste no registro de preços para aquisição de Placas, por um perĂodo de 12 (doze) meses. A data para entrega dos envelopes e realização da sessĂŁo serĂĄ dia 18/07/2018 ĂĄs 09:00h. Alex de Almeida Ferreira Silva / Presidente da CPL.
MINISTÉRIO DA FAZENDA
AĂ‡ĂƒO CIVIL PĂšBLICA 0005230-27.2002.4.01.3803 $ &$,;$ FRQYRFD HVWXGDQWHV H ÂżDGRUHV FRP FRQWUDWRV GH ),(6 ÂżUPDGRV DWp HP $JrQFLDV GDV FLGDGHV D VHJXLU TXH WHQKDP SDJR WDULIDV GH VHUYLoR SHOD FRQWUDWDomR RX UHQRYDomR GR ),(6 D LUHP FRP LGHQWLÂżFDomR D XPD GDTXHODV DJrQFLDV SDUD UHVVDUFLPHQWR GD WDULID SRUYHQWXUD SDJD j pSRFD PHGLDQWH GHFODUDomR VRE DV SHQDV GD OHL GH TXH Âż]HUDP WDO SDJDPHQWR &RQÂżUD D OLVWD FRPSOHWD GRV TXH ÂżUPDUDP FRQWUDWRV QHVVH SHUtRGR QR VLWH FDL[D JRY EU ÂżHV $EDGLD GRV 'RXUDGRV $UDJXDUL $UDSRUm &DFKRHLUD 'RXUDGD &DQiSROLV &DSLQySROLV &DUPR GR 3DUDQDtED &DVFDOKR 5LFR &HQWUDOLQD &RURPDQGHO &UX]HLUR GH )RUWDOH]D 'RXUDGRTXDUD (VWUHOD GR 6XO *UXSLDUD *XDUGDPRU *XLPDUkQLD *XULQKDWm ,QGLDQiSROLV ,SLDoX ,UDL GH 0LQDV ,WXLXWDED /DJDPDU /DJRD *UDQGH /DJRD )RUPRVD 0RQWH $OHJUH GH 0LQDV 0RQWH &DUPHOR 3DWRV GH 0LQDV 3DWURFtQLR 3UDWD 3UHVLGHQWH 2OHJiULR 5LR 3DUDQDtED 5RPDULD 6DQWD 9LWyULD 6mR *RQoDOR GR $EDHWp 6HUUD GR 6DOLWUH 7XSDFLJXDUD 8EHUOkQGLD H 9D]DQWH
VOTORANTIM METAIS ZINCO S.A. CNPJ/MF nÂş 42.416.651/0001-07 - NIRE 31300000583 (“Companhiaâ€?) ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINĂ RIA REALIZADA EM 28 DE MAIO DE 2018 1. Data, HorĂĄrio e local - Dia 28 de maio de 2018, Ă s 14 horas, na sede social da Companhia, localizada na Rodovia BH/BrasĂlia, BR 040, Km 284,5, MunicĂpio de TrĂŞs Marias, Estado de Minas Gerais, CEP 39205-000. 2. Convocação - Dispensada em virtude da presença da totalidade dos acionistas, nos termos do parĂĄgrafo 4Âş do Art. 124 da Lei nÂş 6.404/76, conforme alterada (“Lei das S.A.â€?). 3. Presença Acionistas representando a totalidade do capital social, conforme assinaturas lançadas no livro “Presença de Acionistasâ€?, tendo sido dispensada a presença dos auditores independentes da Companhia. 4. Mesa Dirigente - Mario Antonio Bertoncini, Presidente, e Camila Salvetti Mosaner Batich, SecretĂĄria. 5. Ordem do Dia - SerĂĄ deliberada nesta assembleia a assinatura pela Companhia de um contrato ďŹ nanceiro, na qualidade de garantidora de sua acionista Nexa Resources S.A. (“Nexaâ€?). 6. Deliberaçþes - Submetidos os assuntos constantes na ordem do dia Ă discussĂŁo e, logo depois Ă votação, os presentes, Ă unanimidade, deliberaram e aprovaram: (a) a celebração, pela Companhia, na qualidade de garantidora, do Facility Agreement a ser ďŹ rmado entre Nexa, na qualidade de tomadora, Banco Bilbao Vizcaya Argentaria S.A., Milan Branch, na qualidade de credor, e SACE S.p.A., no montante mĂĄximo USD 62,500,000 (sessenta e dois milhĂľes e quinhentos mil dĂłlares norte-americanos); e (b) autorizar que quaisquer dois Diretores da Companhia assinem todo e qualquer documento e pratiquem todo e qualquer ato Ăştil e/ou necessĂĄrio para a execução e a implementação dos contratos objeto das deliberaçþes acima. 7. Encerramento Os trabalhos foram suspensos para a lavratura da presente ata, que tendo sido lida e achada conforme, foi assinada por Mario Antonio Bertoncini, Presidente, Camila Salvetti Mosaner Batich, SecretĂĄria e acionistas presentes: p. Votorantim S.A., Luiz Marcelo Pinheiro Fins e JoĂŁo Henrique Batista de Souza Schmidt, Diretores e p. Nexa Resources S.A. Tito Botelho Martins Junior e Mario Antonio Bertoncini, Diretores. A presente transcrição ĂŠ cĂłpia ďŹ el da ata lavrada no livro prĂłprio. TrĂŞs Marias, 28 de maio de 2018. Camila Salvetti Mosaner Batich - SecretĂĄria. Junta Comercial do Estado de Minas Gerais. CertiďŹ co registro sob o nÂş 6898741 em 20/06/2018 da Empresa Votorantim Metais Zinco S/A., e Protocolo nÂş 183543815 em 19/06/2018. Marinely de Paula BomďŹ m - SecretĂĄria-Geral.
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIBEIRĂƒO DAS NEVES/MG PREFEITURA MUNICIPAL DE RIBEIRĂƒO DAS NEVES/MG - PregĂŁo 025/2018 - torna pĂşblico que se encontra disponĂvel no site www.ribeiraodasneves.mg.gov.br, o edital do PregĂŁo 025/2018, cujo objeto consiste no registro de preços para contratação de empresa especializada para Fornecimento e instalação GH FHUFD HP FRQFHUWLQD GXSOD FOLSDGD H FRQFHUWLQD GXSOD FOLSDGD HOHWULÂżFDGD SRU XP SHUtRGR GH GR]H meses. A data para entrega dos envelopes e realização da sessĂŁo serĂĄ dia 17/07/2018 ĂĄs 09:00h. Alex de Almeida Ferreira Silva / Presidente da CPL.
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIBEIRĂƒO DAS NEVES/MG PREFEITURA MUNICIPAL DE RIBEIRĂƒO DAS NEVES/MG - PregĂŁo 029/2018 - torna pĂşblico que se encontra disponĂvel no site www.ribeiraodasneves.mg.gov.br, o edital do PregĂŁo 029/2018, cujo objeto consiste no registro de preços para aquisição de Material Esportivo, por um perĂodo de 12 (doze) meses. A data para entrega dos envelopes e realização da sessĂŁo serĂĄ dia 19/07/2018 ĂĄs 09:00h. Alex de Almeida Ferreira Silva / Presidente da CPL.
Logix’s Eletricidade e Automação S.A. CNPJ/MF nÂş 11.093.462/0001-17 - NIRE 3120855869-7 Ata da AGO realizada em 30/04/18 Aos 30/04/18, Ă s 14hrs, na sede, na sede, com a totalidade. Mesa: Alberto Cândido Borges de Freitas Filho - Presidente; Lauro Expedito Esteve Casaes Filho - SecretĂĄrio. Deliberaçþes: 1°) Aprovada a lavratura da presente ata em forma de sumĂĄrio dos fatos ocorridos; 2Âş) Considerando que os acionistas Leandro Oliveira Silva Menezes, Wesley Augusto Gonçalves Eller, Daniel Fatise Nunes, Carlos Eduardo Boechat Muniz Filho, Samuel Gonçalves Carvalho e Carlos Henrique dos Santos Coelho, exerceram os cargos de Diretores / administradores da Companhia, estando, portanto, impedidos de votar na presente AGO, nos termos em que previsto no art. 115, §1Âş, da Lei nÂş 6.404/76, sendo que, nesta condição, apenas a acionista Cast Participaçþes S.A. se encontra apta a votar; 3Âş)analisado, discutido e aprovado pela acionista Cast Participaçþes S.A. o parecer referente Ă s demonstraçþes ďŹ nanceiras de 2017 elaborado pelos auditores independentes “EYâ€?, contratados na forma do Estatuto Social da Companhia; 4Âş) analisadas, discutidas e aprovadas pela acionista Cast Participaçþes S.A. retroativamente as contas dos administradores e as Demonstraçþes Financeiras relativas ao exercĂcio social encerrado em 31/12/17, elaboradas pelo escritĂłrio VERS Contabilidade Eireli ME., cuja contratação foi realizada anteriormente Ă entrada da acionista Cast Participaçþes S.A., as quais foram disponibilizadas aos acionistas nos termos da Lei 6.404/76 e publicadas em 28/04/18 no DOEMG (Caderno 2, pĂĄg.45-46) e no jornal de grande circulação “DiĂĄrio do ComĂŠrcioâ€? (pĂĄg. 23); 4Âş) em função dos resultados apresentados, nĂŁo haverĂĄ distribuição ou destinação de lucros referentes ao exercĂcio. Nada mais. JUCEMG. CertiďŹ co o registro sob o nÂş 6880733 em 05/06/2018. Marinely de Paula BomďŹ m - SecretĂĄria Geral.
ATENĂ‡ĂƒO EMPRESĂ RIOS DA CATEGORIA DE HOTEIS, MOTEIS, RESTAURANTES, PIZZARIAS, CHURRASCARIAS, BARES, LACHONETES E SIMILARES. CONTADORES, CONTABILISTAS E EMPRESAS CONTABEIS. SINDICATO DE HOTÉIS, RESTAURANTES, BARES E SIMILARES DE BELO HORIZONTE - SINDHORB- BH CONTRIBUIĂ‡ĂƒO ASSISTENCIAL PATRONAL 2Âş TRIMESTRE - EXERCĂ?CIO 2018. 10% de desconto atĂŠ 30/06/2018 Ficam as empresas representadas pelo SINDHORB, que tenham atividades de Hospedagem e Alimentação, em cumprindo o que estabelece o art. 513, letra â€?eâ€? da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, que a Taxa de Contribuição Assistencial Patronal - EXERCĂ?CIO 2018 - 2ÂşTrimestre deverĂĄ ser recolhida atĂŠ o dia 30/06/2018 a favor desta Entidade Sindical.ApĂłs o dia do vencimento, o valor serĂĄ acrescido de multa de 2% ao mĂŞs e juros de 0,33% ao dia. O pagamento poderĂĄ ser feito atravĂŠs de boleto bancĂĄrio, conforme a tabela abaixo: NÂş DE EMPREGADOS AtĂŠ 005 006 A 010 011 A 020 021 A 030
VALOR R$ R$ 320,00 R$ 490,00 R$ 710,00 R$ 890,00
NÂş DE EMPREGADOS 031 A 040 041 A 050 051 A 070 071 A 090
VALOR R$ R$ 1.100,00 R$ 1.300,00 R$ 1.500,00 R$ 1.800,00
NÂş DE EMPREGADOS 091 A 100 101 A 150 151 A 200 ACIMA DE 201
VALOR R$ R$ 2.200,00 R$ 2.500,00 R$ 3.000,00 R$ 3.500,00
As empresas que estão em dia com as contribuiçþes assistenciais dos últimos 05 anos - 20 trimestres, ou que quitarem os dÊbitos atÊ o dia 07/07/2018, participarão do sorteio, pela Loteria Federal do dia 07/07/2018 (Såbado) dos seguintes prêmios: 1º Prêmio: 2º Prêmio: 3º Prêmio: 4º Prêmio: 5º Prêmio:
Apartamento atĂŠ R$ 250.000,00 (carta de crĂŠdito) Chevrolet Onix 2018/2018 – 1.0 Moto Honda BIZ 125 KS 2018 Cruzeiro MarĂtimo Costa Brasileira 7 Noites p/2 pessoas ( embarque Santos) Televisor LED 42’
As empresas que estão em dia com as contribuiçþes assistenciais dos últimos 03 anos - 12 trimestres, terão direito, ainda, gratuitamente, a uma apólice de SEGURO DE VIDA e AUX�LIO FUNERAL, vålida por 01 ano, com as seguintes coberturas: Morte p/ q/ causa Titular
Invalidez permanente p/ Acidente (total /parcial) Titular
Invalidez permanente p/ Doença (total) Titular
Morte p/ q/ causa CĂ´njuge
Morte p/ q/ causa Filhos*
Invalidez permanente p/ doença Congênita Filhos**
6.000,00 AtĂŠ 6.000,00 6.000,00 6.000,00 5.000,00 5.000,00 AuxĂlio Funeral (Titular) R$ 2.000,00 Alimentação Ocorrendo a morte do segurado por qualquer causa os beneficiĂĄrios do seguro receberĂŁo duas cestas-bĂĄsicas 25 Kg cada, de comprovada qualidade.* * Filhos de atĂŠ 18 anos, limitado a quatro
** Desde que caracterizada em atĂŠ 6 meses apĂłs o parto.
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ECONOMIA MARCOS SANTOS / USP IMAGEWNS
PLANEJAMENTO FINANCEIRO
Moradores de BH têm dificuldade de manter padrão de vida Situação ocorre em função da falta de renda MARA BIANCHETTI
A falta de controle e planejamento financeiro faz com que as pessoas não consigam manter o mesmo padrão de vida por mais de três meses na Capital. Homens, jovens e pertencentes às classes mais baixas estão entre os mais impactados por oscilações na renda provocadas pelo desemprego, aumento do custo de vida ou consumo excessivo, foi o que revelou pesquisa realizada pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH). De acordo com o levantamento, 42,8% dos belo-horizontinos não conseguiriam manter o padrão de vida por mais de três meses em momentos de falta de renda. No recorte da pesquisa, o percentual dos que afirmaram não ter recursos para se manter por mais de um trimestre é maior entre os homens (45,4%), os jovens com idade de 18 a 24 anos (59,8%) e na classe E (54,7%). “Esses impactos são causados justamente pela falta de equilíbrio financeiro na vida das pessoas. Em momentos de crise econômica, uma reserva para emergências é fundamental, pois ajuda no sustento por um período até a
retomada da fonte de renda”, explicou a economista da CDL-BH, Ana Paula Bastos. Segundo ela, as compras em excesso e por impulso são outros problemas que impactam na saúde financeira das famílias. “Não ter controle dos compromissos financeiros e confiar apenas na memória é um risco inerente ao descontrole e até à inadimplência”, afirmou. Desemprego - Nesse sentido, quando questionados sobre quais fatores os consumidores acreditam que poderiam levá-los a ter dificuldades financeiras, 52,1% dos entrevistados afirmaram que o desemprego é a principal causa. E essa preocupação é maior entre os consumidores da classe E (61,9%), do sexo masculino (53,1%) e na faixa etária de 25 a 34 anos (59,5%). Inflação alta e aumento do custo de vida (15,8%), consumo excessivo (7,2%), doença na família (6,2%) foram outros motivos citados. E quando perguntados sobre qual fonte recorreriam para obter recursos financeiros durante uma situação adversa, a maioria (45,7%) respondeu que pegaria empréstimos, sendo que 32,1% buscariam
Mulheres (62,2%), adultos (75%) e idosos (44,4%) são os que mais realizam o acompanhamento das finanças
os amigos e parentes e 13,6% iriam a bancos e financeiras. Já 26,5% disseram que iriam utilizar a poupança e 13,6% resgatariam de aplicações financeiras. “Quando não se tem renda para arcar com as despesas, as pessoas acabam tendo que utilizar outros recursos, como os empréstimos para o pagamento das contas, o que contribui diretamente para a inadimplência”, completou Ana Paula. Os idosos (66,7%), os homens (46,4%) e a classe E (69,1%) são os que mais pegariam empréstimos caso ficassem com problemas financeiros. Além disso, o hábito de realizar o acompanhamento de todas as receitas e despesas ainda não é realidade para 38,6% dos belo-horizontinos. Em contrapartida, a maioria dos moradores da Capital afirmou fazer um controle efetivo do próprio orçamento, sendo que 61,5% dos consumidores realizam o monitoramento mensal de quanto ganham e gastam.
MPEs
MG gerou metade de vagas do País LEONARDO FRANCIA
As micro e pequenas empresas (MPEs) mineiras foram responsáveis por praticamente a metade do saldo de empregos (admissões-demissões) gerado em todo o País no mês de maio (33,6 mil vagas). As MPEs do Estado registraram 104,3 mil admissões e 89,4 mil desligamentos, saldo de 14,9 mil postos de trabalho. A colheita de importantes culturas em Minas, como o milho e, especialmente, o café estimulou a contratação de trabalhadores nos campos mineiros, que responderam por 80% das vagas registradas no período. Os números são de levantamento do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais (Sebrae Minas) - feito com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) -, divulgado ontem. O estudo mostrou que, do saldo de empregos de 14,9 mil vagas geradas pelas MPEs mineiras em
maio, 12 mil foram abertas pelo setor agropecuário e de extração vegetal. “Se olharmos para as ocupações que geraram maior saldo em maio pelas MPEs, as três primeiras têm relação com a agricultura, especialmente com a cultura do café”, afirmou a assistente do Sebrae Minas Gabriela Martinêz de Oliveira. O levantamento da entidade mostrou que entre as atividades que se destacaram com maior saldo no Estado entre as MPEs estão: trabalhador da cultura de café, com 6,6 mil vagas de saldo; trabalhador volante da agricultura, com saldo de 2,5 mil postos; trabalhador agropecuário, com 1,8 mil empregos de saldo; servente de obras (1 mil); e alimentador de linha de produção (428). Cafeicultura em foco - De acordo com a assistente do Sebrae Minas, esse resultado de maio, com as MPEs gerando a maior parte do saldo do emprego formal em Minas e no País é recorrente para o mês de maio, época de colheita
do café, o principal produto do agronegócio mineiro. “Esse comportamento é padrão e verificado anualmente no mês de maio. É uma questão de sazonalidade das culturas agrícolas, em especial do café. Por isso, o destaque por região foi o Sul de Minas, que está muito voltado para a atividade cafeeira”, pontuou. A pesquisa do Sebrae Minas mostrou que o Sul de Minas foi a região que registrou o melhor resultado para maio, com o saldo de 6,9 mil vagas. Entre as cinco cidades mineiras com maiores saldos de empregos gerados pelas MPEs estão: Belo Horizonte (1,2 mil vagas); Patrocínio (575 vagas); Três Pontas (498 vagas); Montes Claros (489 vagas); e Machado (441 vagas). Sobre o perfil dos empregados do saldo de empregos gerado pelas MPEs de Minas, os homens (10,2 mil vagas) são mais que o dobro das mulheres (4,6 mil vagas). Já o salário médio de admissão diminuiu, passando de R$ 1.014,8, em abril, para R$ 940,61, em maio.
ENERGIA
Leilão de linhas tem deságio de 50% São Paulo - O leilão de concessões para a construção de novas linhas de transmissão de energia que governo e Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) promoveram ontem teve forte apetite dos investidores, que, nas primeiras rodadas, apresentaram propostas pelos empreendimentos que implicam em deságio de mais de 50% frente à receita teto definida para a licitação. O primeiro lote do certame foi arrematado pela Cteep, controlada
pela colombiana Isa, com 66,65% de deságio. A empresa chegou a firmar parceria com a Taesa pelo projeto, mas a sócia optou por exercer direito de retirada do consórcio. A Zopone Engenharia arrematou o lote 2, com deságio de 51,94%, enquanto a indiana Sterlite Power ficou com os lotes 3 e 4, ao oferecer descontos de 58,54% e 57,16% frente à receita teto. Todos os lotes ofertados até o fim da tarde receberam diversas
propostas, com intensa concorrência. A Aneel informou que, no total, 47 empresas e consórcios se habilitaram para o leilão. O grande apetite dos investidores pelos empreendimentos já era previsto por especialistas, mas superava expectativas no início do certame, mesmo após uma disputa judicial ter atrasado por sete horas o início do leilão, que começou às 16h, após governo e Aneel derrubarem uma liminar que suspendia o pregão. (Reuters)
Logo, as mulheres (62,2%), os adultos (75%) e os idosos (44,4%) representam a maior parcela dos que fazem esse acompanhamento. Já entre as classes, a A/B é a que mais tem controle do que recebe e gasta por mês (70,4%), enquanto a classe E representa a que menos acompanha o orçamento mensal (48%). Por fim, a maioria dos consumidores que realizam o controle do orçamento afirmou que fazem o acompanhamento das despesas de cabeça (23,7%). O caderno de anotações foi a segunda opção citada, com 22,2% das respostas. O extrato bancário (21,8%), a planilha eletrônica (15,2%), a fatura do cartão de crédito (8%), aplicativos no celular (0,7%) e filhos (0,2%) foram as demais práticas adotadas. Já os que responderam que não controlam somam 7,3%. FCDL - A Pesquisa de Intenção de Consumo da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas
de Minas Gerais (FCDL-MG) referente a julho indicou que 34,2% dos mineiros pretendem comprar e 65,8% manterão uma postura cautelosa em relação às suas finanças no mês, preferindo investir. Em relação ao ano passado, observou-se um aumento de 13,3 pontos percentuais nas intenções de compra, o que evidencia um cenário econômico melhor. Dos que pretendem comprar, 13,1% planejam gastar em hipermercados e supermercados, 9,3% em roupas, 8,4% em farmácia e medicamentos, 7,5% em viagens, 6,5% em calçados, entre outros. E o pagamento será à vista para 46,9%, parcelado no cartão de crédito para 31,3%, à vista no débito para 16,6% e a prazo para 6,3%. Já em relação aos que vão investir, 58% vai aportar na poupança, 18% em previdência privada, 12% em fundos de investimentos, 6% no tesouro direto, 4% em títulos de capitalização e 2% em ações.
COMÉRCIO
Confiança do varejo registra queda em junho, após greve dos caminhoneiros Rio de Janeiro - A greve dos caminhoneiros, que parou o Brasil por 11 dias em maio, derrubou a confiança no setor de varejo. Apurado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o Índice de Confiança do Empresário do Comércio recuou para 109 pontos em junho, o que representa uma queda de 3,5% frente a maio. Essa é a maior variação negativa desde agosto de 2015, quando o indicador encolheu 4,7%. Já na comparação com o mesmo período de 2017, o dado apurou um aumento de 6,9%. A pesquisa mostra que a greve dos caminhoneiros comprometeu a percepção dos varejistas em relação à economia nas condições correntes. Esse subíndice teve uma redução de 8,1% de maio para junho - maior retração registrada nesse quesito desde novembro de 2015. Na opinião de 62,3% dos entrevistados, houve piora no cenário econômico. “Inevitavelmente, as paralisações de maio afetaram de forma negativa a confiança dos empresários do comércio. Com esse resultado, a percepção dos varejistas apresentou o maior recuo mensal em quase três anos”, afirma o chefe da Divisão Econômica da CNC, Fabio Bentes. O desempenho futuro da economia também puxou para baixo o componente que mede as expectativas dos comerciantes, que, apesar de seguir na zona positiva, com 148,8 pontos, registrou um recuo de 3,9% na variação mensal. A reavaliação
dos varejistas em relação à economia acarretou uma queda de 5,5% na comparação com maio - a maior em quase três anos (-5,6% na passagem de junho para julho de 2015). Já na comparação anual, o indicador apresentou alta de 1,7%. O desempenho positivo sugere expectativas melhores tanto para a economia, quanto para o comércio em 2018. Recentemente, a CNC projetou uma alta de 5% para o volume de vendas do varejo ampliado em 2018. Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), a entidade também ajustou sua previsão de crescimento de 2,6% para 2,1%. Entre os três subíndices que avaliam as condições de investimento do comércio, a contratação de funcionários foi a mais afetada pela greve dos caminhoneiros, com redução de 1,8% na comparação mensal. Apesar desse recuo, o indicador segue no campo positivo, com 113,7 pontos e alta de 8,7% na comparação com junho de 2017. Estoques - Em relação aos estoques, após o fim da crise de desabastecimento causada pela greve dos caminhoneiros, levantamento da CNC apontou que 15,2% dos varejistas brasileiros ainda consideram o nível abaixo do adequado. Nos três meses anteriores à paralisação, esse indicador foi, em média, de 13,8%. Entre os varejistas especializados em bens de consumo não duráveis, a CNC avalia que os estoques já se encontram praticamente normalizados. (AE)
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INTERNACIONAL LEAH MILLIS / REUTERS
ESTADOS UNIDOS
Nova estimativa aponta que PIB cresceu menos no 1Âş trimestre Segundo Departamento do ComĂŠrcio, alta foi de 2% Washington - A economia dos Estados Unidos (EUA) desacelerou, mais do que o estimado anteriormente, no primeiro trimestre, em meio ao desempenho mais fraco dos gastos dos consumidores em quase cinco anos, mas o crescimento parece ter retomado a força desde entĂŁo diante do mercado de trabalho robusto e dos cortes tributĂĄrios. O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu a uma taxa anual de 2% no perĂodo entre janeiro e março, informou o Departamento do ComĂŠrcio ontem em sua terceira estimativa do PIB do primeiro trimestre, em vez do ritmo de 2,2% informado no mĂŞs passado. A economia havia crescido 2,9% no quarto trimestre. A redução no crescimento do primeiro trimestre refletiu gastos dos consumidores mais fracos e acĂşmulo menor de estoques do que o governo havia estimado no mĂŞs passado. Um pacote de cortes tributĂĄrios de US$ 1,5 trilhĂŁo, que entrou em vigor em janeiro, estaria estimulando o crescimento econĂ´mico no segundo trimestre, deixando-o no rumo certo para atingir a meta de 3% do governo do presidente Donald Trump. No entanto, economistas alertam que a polĂtica “AmĂŠrica primeiroâ€? do governo, que aumenta os temores de guerras comerciais, estĂĄ afetando as perspectivas para a economia. Os Estados Unidos estĂŁo envolvidos em disputas comerciais com seus principais parceiros, incluindo a China, CanadĂĄ, MĂŠxico e UniĂŁo Europeia, o que os especialistas temem que possa interromper as cadeias de fornecimento, reduzir os investimentos empresariais e aniquilar o estĂmulo fiscal.
As estimativas de alta para o segundo trimestre sĂŁo de 5,3%. Os economistas nĂŁo esperavam que o crescimento do PIB no primeiro trimestre fosse revisado. O crescimento dos gastos do consumidor, que respondem por mais de dois terços da atividade econĂ´mica dos EUA, recuou para uma taxa de 0,9% no primeiro trimestre, ante 1,0% informado anteriormente. Esse foi o ritmo mais lento desde o segundo trimestre de 2013 e refletiu revisĂľes para baixo nos gastos com saĂşde por organizaçþes sem fins lucrativos e despesas com serviços financeiros e de seguros. Os gastos do consumidor avançaram a uma taxa de 4,0% no quarto trimestre. Encontro com Putin – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da RĂşssia, Vladimir Putin, irĂŁo se reunir no dia 16 de julho, em Helsinque, informaram a Casa Branca e o Kremlin ontem, detalhando o local e a data de uma cĂşpula que jĂĄ havia sido acertada entre as partes. “Os dois lĂderes irĂŁo discutir as relaçþes entre os Estados Unidos e a RĂşssia e uma sĂŠrie de questĂľes de segurança nacionalâ€?, disse a Casa Branca, em comunicado. Trump afirmou, na quarta-feira (27), que a reuniĂŁo provavelmente aconteceria apĂłs a cĂşpula de lĂderes da Otan, nos dias 11 e 12 de julho, e que a capital da Finlândia era um possĂvel local para a reuniĂŁo bilateral. Moscou e Washington anunciaram a data e local da cĂşpula simultaneamente. Os dois paĂses tinham concordado, na quarta-feira, em realizar o encontro. O assessor de polĂtica
COMARCA DE MONTES CLAROS – ESTADO DE MINAS GERAIS EDITAL DE CITAĂ‡ĂƒO. PRAZO DE 30 (TRINTA) DIAS. PRIMEIRA VARA CIVEL. A ExmÂŞ. Sra. Dra. Cibele Maria Lopes Macedo, MMÂŞ JuĂza de Direito da Primeira Vara CĂvel desta cidade de Montes Claros, Estado de Minas Gerais, na forma da lei, etc, FAZ SABER a todos presente edital virem ou dele conhecimento tiverem, que perante este JuĂzo e Secretaria da 1ÂŞ Vara CĂvel da Comarca de Montes Claros/MG, processam os termos e atos da AĂ‡ĂƒO DE EXECUĂ‡ĂƒO requerida por RECON ADMINISTRADORA DE CONSORCIOS LTDA contra LEONARDO GUEDES DE OLIVEIRA, processo numero 43309303825-8, e por meio deste CITA o executado LEONARDO GUEDES DE OLIVEIRA, brasileiro, solteiro, autĂ´nomo, CPF 075.448.306-16, RG MG-14603949 com endereço em lugar incerto e nĂŁo sabido, para, no prazo de trĂŞs (03) dias, pagar em juĂzo a importância de R$ 7.974,43 (sete mil, novecentos e setenta e quatro reais e quarenta e trĂŞs centavos), mais os acrĂŠscimos legais, sob pena de nĂŁo o fazendo serem penhorados tantos de seus bens quantos bastem para assegurar a execução. Fica esclarecido que nĂŁo havendo manifestação da parte executada, serĂĄ nomeado Curador para representa-la nos autos E, para que nĂŁo se alegue ignorância, a MMÂŞ. JuĂza mandou expedir o presente edital, na forma da lei, que serĂĄ publicado SHOD LPSUHQVD 2ÂżFLDO GR (VWDGR H DÂż[DGR QR ORFDO GH FRVWXPH ([SHGLGR QHVWD FLGDGH GH 0RQWHV Claros, aos cinco dias do mĂŞs de julho de 2.017. Eu, (Deusdedit Luiz Guedes Barbosa), Esc. Judicial da Secretaria da 1ÂŞ Vara CĂvel, o subscrevo. BelÂŞ.(Cibele Maria Lopes Macedo) - JuĂza de Direito da Primeira Vara CĂvel. Adv. Dr. Alysson Tosin - OAB/MG 86.925.
CONSTRUTORA CINZEL S.A. - CNPJ: 19.733.914/0001-90 NIRE 313.0001407-0 - Ata da Assembleia Geral ExtraordinĂĄria - AGE (Realizada em 06 de abril de 2018) - Data, Local e HorĂĄrio da Assembleia: Realizada em 06 (seis) de Abril de 2018, Ă s 10h00min (dez horas), na sede da Construtora Cinzel S.A. (“Companhiaâ€?), situada Ă Rua Andaluzita, nÂş 131 - salas 501 e 502, Bairro Carmo Sion, na cidade de Belo Horizonte/Minas Gerais, CEP 30.310-030. Presença: Acionistas representando a totalidade do capital social, conforme se veriďŹ cou pelas assinaturas constantes do Livro de Presença dos Acionistas. Convocação: Dispensada, tendo em vista a presença de todos os acionistas, nos termos do artigo 124, §4Âş, da Lei 6.404/76. Composição da Mesa: Os trabalhos foram presididos pelo Sr. Carlos Cesar de Lima e secretariados pela Sra. Armanda Testa Monteiro, cuja procuração encontra-se devidamente registrada na JUCEMG sob o nÂş 5800328. Ordem do Dia: Composta a Mesa, o Presidente declarou iniciados os trabalhos, solicitando a leitura da Ordem do Dia com o seguinte teor: (i) aprovar a transferĂŞncia do total de 99.000 Açþes Preferenciais detidas pelo acionista Fernando Augusto Cunha de Lima para Ana Carolina Cunha de Lima, Carlos CĂŠsar Cunha de Lima, todos abaixo qualiďŹ cados, (ii) Tomar as contas dos administradores, examinar, discutir votar as demonstraçþes ďŹ nanceiras referentes ao exercĂcio social encerrado em 31 de dezembro de 2017. Deliberaçþes: Examinada e debatida a matĂŠria constante da Ordem do dia, foi deliberado, por unanimidade de votos e sem quaisquer restriçþes ou ressalvas: (i) aprovar a transferĂŞncia, a tĂtulo gratuito, de 99.000 (noventa e nove mil) Açþes Preferenciais, totalmente subscritas e integralizadas pelo acionista Fernando Augusto Cunha de Lima Ă Ana Carolina Cunha de Lima, brasileira, solteira, arquiteta, portadora da carteira de identidade nÂş A28145-0 CAU MG, inscrita no CPF/MF sob o nÂş 032.592.496-13, residente e domiciliada Ă Rua ipĂŞ Amarelo, nÂş 126, Bairro Serra dos ManacĂĄs, Nova Lima, MG, CEP: 34.007-858, Carlos CĂŠsar Cunha de Lima, brasileiro, casado, engenheiro civil, CREA MG nÂş 89.721/D, inscrito no CPF/MF sob o nÂş 040.881.706-28, residente e domiciliado Ă Rua PiauĂ, nÂş 1848, apto 1003, bairro FuncionĂĄrios, Belo Horizonte/MG, CEP 30.150-321. i. Os demais acionistas, renunciam expressamente, neste ato, ao direito de preferĂŞncia previsto no artigo 171 da Lei das Sociedades por Açþes, com relação Ă transferĂŞncia das Açþes Cedidas. (ii) Aprovar as demonstraçþes ďŹ nanceiras e as contas da administração referentes ao exercĂcio social encerrado em 31 de dezembro de 2017, em razĂŁo de representarem adequadamente em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e ďŹ nanceira da Companhia, bem como aprovar a gestĂŁo dos Diretores. Cedentes e cessionĂĄrios outorgam-se mutuamente a mais plena, geral, irrevogĂĄvel e irretratĂĄvel quitação pela cessĂŁo e transferĂŞncia de açþes acima, para nada mais reclamarem uns dos outros, a qualquer tempo e a qualquer tĂtulo. Em razĂŁo da deliberação acima, a composição acionĂĄria da Companhia passa a ser conforme reetida no quadro do Anexo I Ă presente Ata. Encerramento: Nada mais havendo a ser tratado, foi encerrada a Assembleia, da qual se lavrou a presente Ata e seus anexos que, lidos e achados conforme, foi assinada por todos os presentes, quais sejam, Sr. Carlos Cesar de Lima, Sra. Ana Carolina Cunha de Lima, Sr. Fernando Augusto Cunha de Lima, Sr. Carlos Cesar Cunha de Lima e Sra. Armanda Testa Monteiro Ademais, estes atestam que a ata assinada digitalmente corresponde a original lavrada em livro prĂłprio da Companhia. Belo Horizonte/MG, 06 de abril de 2018. Armanda Testa Monteiro - CRC/MG 37.269 - SecretĂĄria. ANEXO I - Composição acionĂĄria da Construtora Cinzel S.A., conforme deliberação da Assembleia Geral ExtraordinĂĄria realizada em 06 de abril de 2018. Acionista, Açþes OrdinĂĄrias, Açþes Preferenciais: Carlos Cesar de Lima, 3.003.000, -; Ana Carolina Cunha de Lima, -, 148.500; Carlos Cesar Cunha de Lima, -, 148.500; Total, 3.003.000, 297.000. Belo Horizonte/MG, 06 de abril de 2018. Armanda Testa Monteiro - SecretĂĄria - CRC/MG 37.269. Registrado na JUCEMG sob o nÂş 6854463 em 14/05/2018 - Marinely de Paula BomďŹ m - SecretĂĄria-Geral.
externa do Kremlin, Yuri Ushakov, falando depois que Putin recebeu o assessor de segurança nacional dos Estados Unidos, John Bolton, disse que a cĂşpula seria realizada em um terceiro paĂs conveniente para ambos e que diversas semanas ainda seriam necessĂĄrias para preparar a reuniĂŁo. (Reuters)
Apesar da desaceleração, pacote de cortes tributårios de Trump tem estimulado avanço no 2º tri
PORTUGAL
PaĂs negou entrada a mais de mil brasileiros Lisboa - Os 85 mil brasileiros residentes em Portugal, em 2017, formavam a maior comunidade de estrangeiros no paĂs. O nĂşmero ĂŠ 5% maior do que o registrado em 2016. O Brasil tambĂŠm lidera na estatĂstica de barrados nas fronteiras. No ano passado, 1.336 brasileiros foram impedidos de ingressar, representando 62,3% das recusas de entrada. Os dados sĂŁo do RelatĂłrio de Imigração, Fronteiras e Asilo 2017, divulgado pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), em Lisboa. O nĂşmero de cidadĂŁos de diversos paĂses impedidos de entrar em Portugal cresceu 37,1% em relação a 2016. Foram mais de 18 milhĂľes de pessoas controladas nas fronteiras do paĂs, cerca de 17% a mais do que no ano anterior. O aumento da fiscalização foi mais intenso nas fronteiras aĂŠreas, com quase 16 milhĂľes de pessoas controladas em aeroportos. Pouco mais de dois milhĂľes foram fiscalizadas em fronteiras marĂtimas. Depois da brasileira, as nacionalidades que sofreram as maiores recusas de entrada foram a angolana (148), paraguaia (131), moldava (45) e venezuelana (40).
AGLIBERTO LIMA / FOTOS PĂšBLICAS
Ao todo, 20,3% dos estrangeiros de Portugal sĂŁo do Brasil
Mais estrangeiros - Em 2017, a população de estrangeiros residentes em Portugal aumentou 6% em
relação ao ano anterior. No que se refere Ă emissĂŁo de novos tĂtulos de residĂŞncia, no ano passado foi verificada uma alta de 31%, com 61.413 residentes aprovados. Os brasileiros foram os que mais solicitaram, com mais de 11.500 pedidos. Em seguida, vĂŞm os italianos (5.267), os franceses (4.662)
A ADLER PTI S.A., por determinação do Conselho Municipal de Desenvolvimento Ambiental do MunicĂpio de Betim – CODEMA, torna pĂşblico que foi solicitada atravĂŠs do Processo Administrativo nÂş 24.467/2018, a Licença Ambiental Concomitante – LAC1, para a atividade de Fabricação de artefatos de material SOiVWLFR SDUD RXWURV XVRV QmR HVSHFLÂżFDGRV anteriormente; Fabricação de peças e acessĂłrios para veĂculos automotores e/ou ferroviĂĄrios, H[FHWR HPEDUFDo}HV H HVWUXWXUDV Ă€XWXDQWHV localizada Ă Rua Amazonita, nÂş 555, Bairro Amazonas – Betim/MG – CEP 32.685-042.
CNPJ: 22.754.527/0001-44 Edital de Convocação da Assembleia de SĂłcios A Administração da ArdĂłsia Vereda Ltda, convoca os Srs. SĂłcios desta Sociedade para se reunirem em Assembleia a ser realizada em primeira convocação no dia 07 de julho de 2018, sĂĄbado, ĂĄs 10:00hs; e em segunda convocação as 11:00hs.na sede social localizada na Fazenda SĂŁo JosĂŠ da Vereda, Zona Rural, MunicĂpio de Papagaio, MG, para deliberarem sobre a seguinte ordem do dia: a) Eleição da diretoria da ArdĂłsia Vereda Ltda. (BiĂŞnio 2018/2020).Papagaios, 29 de junho de 2018. ArdĂłsia Vereda Ltda.
ARDĂ“SIA VEREDA LTDA
COMPANHIA DE TECNOLOGIA DA INFORMAĂ‡ĂƒO DO ESTADO DE MINAS GERAIS - PRODEMGE CNPJ - 16.636.540/0001-04 AVISO DE LICITAĂ‡ĂƒO A PRODEMGE comunica que estĂĄ realizando o PregĂŁo EletrĂ´nico nÂş 049/2018, Processo nÂş 5141001-150/2018, para aquisição de solução de rede de dados e voz, cabeada, constituĂda de hardwares e softwares, incluindo instalação, operação assistida, capacitação e garantia pelo perĂodo de 36 meses. Especificaçþes e demais condiçþes de participação constam no Edital a disposição dos interessados nos sites: www.compras.mg.gov.br HÂŹwww.prodemge.gov.br ou na GerĂŞncia de Aquisiçþes da Prodemge, PrĂŠdio Gerais, 4Âş Andar, Cidade Administrativa Presidente Tancredo Neves – CAMG, BH/MG. Data da sessĂŁo: 16 de julho de 2018 Ă s 09:30 horas. Belo Horizonte, 28 de junho de 2018. Pedro Ernesto Diniz – Diretor – Diretoria de Infraestrutura e Produção. Gilberto RosĂĄrio de Lacerda – Diretor - Diretoria de GestĂŁo Empresarial. Paulo de Moura Ramos – Diretor-Presidente - PresidĂŞncia.
GRUPAMENTO DE APOIO DE LAGOA SANTA
MINISTÉRIO DA DEFESA
AVISO DE LICITAĂ‡ĂƒO PregĂŁo EletrĂ´nico SRP nÂş: 21/GAPLS/2018 OBJETO: Aquisição de Ă gua Mineral. ENTREGA DAS PROPOSTAS: a partir de 29/06/2018. ABERTURA DAS PROPOSTAS: dia 11/07/2018 Ă s 09:30, no site: www.comprasnet.gov.br. EDITAL E ESPECIFICAÇÕES: encontra-se no site: www.comprasnet.gov.br e Telefones: (31) 3689-3665 / 3419 MARCELO ANDRADE MARTINELLI Ten Cel Int Ordenador de Despesas
e os ingleses (3.832). Em relação aos italianos, o relatĂłrio chama a atenção ao fato de que 17% dos cidadĂŁos daquela nacionalidade sĂŁo nascidos no Brasil: “fato que poderĂĄ ser explicado pelo conceito vigente de concessĂŁo da nacionalidade naquele paĂs (jus sanguinis), nĂŁo impondo limite de geraçþes (caso todos os ascendentes diretos do lado italiano do requerente sejam do sexo masculino), e a sua
relação com a significativa comunidade descendente de italianos no Brasilâ€?. Com um total de 85.426 cidadĂŁos, os brasileiros perfazem 20,3% dos estrangeiros em Portugal e seguem sendo a principal comunidade, tendo aumentado 5,1% em relação a 2016. Desde 2011 que nĂŁo se verificava aumento no nĂşmero de brasileiros residentes no paĂs. Pareceres positivos - Em relação aos pedidos de nacionalidade lusitana, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras emitiu 27.362 pareceres positivos, sendo os brasileiros - com 10.805 - mais contemplados. Na sequĂŞncia, estĂŁo Cabo Verde (3.022), Israel (2.539), Ucrânia (1.960) e Angola (1.613). TambĂŠm no que se refere Ă aquisição de nacionalidade por casamento ou uniĂŁo de fato, os brasileiros se destacam com 2.378 pedidos. Em segundo lugar, muito distante, aparece Cabo Verde (498). VĂŞm depois: Angola (454), Ucrânia (353), Ă?ndia (281), GuinĂŠ-Bissau (230) e Venezuela (188). “Neste tipo de processo, verifica-se a existĂŞncia de um grande nĂşmero de cidadĂŁos estrangeiros que, nĂŁo sendo residentes no territĂłrio nacional, efetuam o pedido de nacionalidade junto Ă s embaixadas e consulados de Portugal da ĂĄrea de residĂŞncia (Brasil, Reino Unido, França, Luxemburgo, SuĂça, Emirados Ă rabes Unidos, entre outros)â€?, afirma o documento. (ABr)
Powerlogic Consultoria e Sistemas S.A. CNPJ/MF nÂş 00.387.113/0001-91 - NIRE 3130001934-9 Ata da AGE realizada em 28/04/18 Aos 28/04/18, 14:15 hs, na sede, com a totalidade. Mesa: Alberto Candido Borges de Freitas Filho - Presidente;Sandra Cristina Testa - SecretĂĄria. Deliberaçþes: 1°) Aprovada a lavratura da presente ata em forma de sumĂĄrio dos fatos ocorridos; 2Âş) analisado, discutido e aprovado o Parecer referente Ă s demonstraçþes ďŹ nanceiras de 2017 elaborado pelos auditores independentes “Ernest Youngâ€?, contratados na forma do Estatuto Social da Companhia; 3Âş) analisadas, discutidas e aprovadas as contas dos administradores e as Demonstraçþes Financeiras relativas ao exercĂcio social encerrado em 31 de dezembro de 2017, as quais foram disponibilizadas aos acionistas nos termos da Lei 6.404/76 e publicadas em 28.04.2018 no DiĂĄrio OďŹ cial do Estado de Minas Gerais (Caderno 2) e no jornal de grande circulação “DiĂĄrio do ComĂŠrcioâ€? (PĂĄgina 28); 4Âş) em seguida, foi convalidada a aprovação a destinação do Lucro LĂquido do ExercĂcio na forma do Estatuto Social da Companhia, com a distribuição de 25% dos lucros por meio de pagamento de dividendos. O saldo de lucros remanescentes ĂŠ composto pela Reserva Legal e Reservas para Retenção de Lucros. Nada mais. Junta Comercial do Estado de Minas Gerais. CertiďŹ co Registro em sob o NÂş 6875215 em 30/05/2018. Marinely de Paula BomďŹ m - SecretĂĄria Geral.
COMPANHIA FERROLIGAS MINAS GERAIS - MINASLIGAS
CNPJ: 16.933.590/0001-45 - Assembleia Geral ExtraordinĂĄria. Edital de Convocação. Ficam convocados os senhores Acionistas da Companhia Ferroligas Minas Gerais - MINASLIGAS a se reunirem em Assembleia Geral ExtraordinĂĄria a ser realizada, no dia 10 de julho de 2018 Ă s 10:00 horas em primeira convocação e Ă s 10:30 horas em segunda convocação, com a presença de acionistas que representem dois terços, no mĂnimo, do capital votante, e esta Ăşltima com qualquer nĂşmero, na sede social da empresa na Avenida Kenzo Miyawaki n.Âş 1.120, Distrito ,QGXVWULDO 0LQLVWUR -RUJH 9DUJDV 3LUDSRUD 0* D ÂżP GH GHOLEHUDUHP VREUH DV VHJXLQWHV PDWpULDV LQIRUPDQGR TXH RV GRFXPHQWRV SHUWLQHQWHV jV PDWpULDV D VHUHP GHEDWLGDV HQFRQWUDP VH j GLVSRVLomR GRV DFLRQLVWDV QD VHGH GD &RPSDQKLD $*( $ $OWHUDomR GR HQGHUHoR GR HVFULWyULR FRPHUFLDO ÂżOLDO GH %HOR +RUL]RQWH E $OWHUDomR GD Câmara de Arbitragem. C) InclusĂŁo do CNAE 6463-8/00 - Outras sociedades de participação, exceto holdings. D) Consolidação do Estatuto Social da Companhia. E) Outros assuntos de interesse da Companhia. Pirapora - MG, 29 de junho de 2018. Paulo Cezar Fialho - Presidente do Conselho de Administração
COMARCA DE UBERLANDIA-MG. EDITAL DE CITAĂ‡ĂƒO COM PRAZO DE VINTE DIAS. O Dr. Carlos Jose Cordeiro, MM. Juiz de Direito da 2ÂŞ Vara CĂvel da comarca de Uberlândia, Estado de Minas Gerais, na forma da Lei, etc. FAZ SABER a todos quantos o presente Edital virem ou dele conhecimento tiverem, que, por este JuĂzo e respectiva secretaria, processam-se os termos e atos da ação de Execução de Titulo Extrajudicial, autos n° 702.09.651.263-8 requerido por Banco Bradesco S/A em desfavor de Ricardo Dias dos Santos. Narra o Exequente que ĂŠ credor do Executado na importância de R$ 161.359,68, atualizado ate 23/02/2017, cujo credito ĂŠ representado por CĂŠdula de Credito BancĂĄrio, nĂŁo cumprindo o executado com o pagamento conforme contratado. E como o ([HFXWDGR QmR IRL HQ FRQWUDGR SDUD FLWDomR SHVVRDO p R SUHVHQWH (GLWDO H[SHGLGR FRP D ÂżQDOLGD GH GH CITAR e chamar o Executado Ricardo Dias Dos Santos, inscrito no CPF n° 103.575.656-06, para os termos e atos da supracitada ação e para efetuar o pagamento da quantia de R$ 161.359,68, referente ao principal, acessĂłrios e 10% sobre o valor da execução no prazo de 03 (trĂŞs) dias. Sabendo que no caso de integral pagamento, ao prazo supracitado, a verba honoraria serĂĄ reduzida pela metade. PoderĂĄ, ainda, caso queira, opor a execução por meio de Embargos, que deverĂŁo ser oferecidos no prazo de 15 (quinze) dias. Ainda, o executado tem direito de parcelar o debito em ate 06 (seis) vezes na forma do art. 916 do CPC. Assim, para conhecimento de todos, especialmente do (a/s) interessado D V H[SHGLX VH R SUHVHQWH HGLWDO TXH VHUi DÂż[DGR QR OXJDU SXEOLFR GH FRVWXPH H SXEOLFDGR XPD YH] QR Â?Â?'LiULR GR MXGLFLiULR 0LQDV *HUDLV´ 8EHUOkQGLD GH DEULO GH (X 2ÂżFLDO GH $SRLR -XGLFLDO o digitei, subscrevi. Carlos Jose Cordeiro, Juiz de Direito. CARLOS JOSE CORDEIRO Juiz de Direito.
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POLÍTICA OPERAÇÃO ACRÔNIMO
PORTOS
Caso Pimentel chega ao TRE-MG Ministro do STJ envia mais duas investigações contra o governador à 1ª instância Brasília - O ministro Herman Benjamin, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), enviou mais duas investigações contra o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel. Dessa vez, os casos foram remetidos à Justiça Eleitoral mineira. Na semana passada, Benjamin já havia enviado à primeira instância da Justiça Federal duas investigações contra Pimentel, originadas na Operação Acrônimo, que investiga desvios de recursos quando o governador era ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, entre 2011 e 2014. Nos casos enviados agora ao Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG), Pimentel é suspeito de contratar irregularmente uma gráfica durante sua campanha ao governo, em 2014. Segundo a acusação, ele teria utilizado uma gráfica sem a devida declaração dos valores. Também há suspeitas de recebimento de “vantagens indevidas” - os crimes teriam ocorrido antes de o petista assumir o comando do governo mineiro. Procurado pela reportagem, o advogado Eugenio Pacelli afirmou que a decisão
de Herman atende a pedido da defesa de Pimentel, curvando-se à orientação do Supremo sobre a restrição do foro. As decisões de baixar os processos de instância foram tomadas após a Corte Especial do STJ ter aprovado a restrição do foro privilegiado de governadores e conselheiros de tribunais de contas, na semana passada. Na ocasião ficou decidido que somente devem permanecer no tribunal os processos sobre supostos crimes cometidos durante e em razão do cargo. Pimentel é alvo de mais três inquéritos no STJ, dois deles em segredo de Justiça. Esses casos ainda permanecem no tribunal. Até o STJ decidir por restringir o foro de governadores, havia no STJ 64 processos contra mandatários estaduais. Desses, 22 eram ações penais, quando já há denúncia aceita pela Justiça e o suspeito passou à condição de réu A decisão de Herman foi tomada com base no novo entendimento firmado pelo STJ, que restringiu o alcance do foro privilegiado para governadores e conselheiros de tribunais de contas,
MARCELO CAMARGO/ABr
Fernando Pimentel é alvo de mais três inquéritos no STJ, dois deles em segredo de Justiça
assim como fez o Supremo Tribunal Federal (STF) no início de maio para deputados federais e senadores. Dessa forma, só devem ser julgados no Superior Tribunal de Justiça governadores e conselheiros cujos supostos crimes foram cometidos durante o mandato e em função do cargo. Tramitam no STJ atualmente 64 processos envolvendo governadores, entre inquéritos, ações penais e sindicâncias, de acordo com a assessoria do tribunal.
Notas fiscais - Na primeira fase da Operação Acrônimo, deflagrada em maio de 2015, a Polícia Federal encontrou cinco notas fiscais referentes a confecção de 34 milhões de santinhos da campanha de Pimentel ao governo do Estado, no ano anterior, que custaram R$ 362 mil. Segundo a investigação na época, um cruzamento de dados revelou que os documentos “não estão registrados no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), seja na
prestação de contas do candidato, da direção partidária ou do comitê financeiro único”. O objetivo, segundo relatório de inteligência da PF, “seria minorar os gastos da Gráfica Brasil com a campanha de Pimentel, bem como possibilitar que os gastos daquele candidato não atingissem o limite estipulado no início da campanha”. A defesa de Pimentel nega irregularidades na campanha ao governo de Minas em 2014. (ABr/AE)
DELAÇÃO DA J&F
Joesley e Miller viram réus por corrupção Brasília - A Justiça Federal do Distrito Federal aceitou denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF) e transformou em réus por corrupção ativa os executivos da J&F Joesley Batista e Francisco de Assis e por corrupção passiva o ex-procurador da República e advogado Marcello Miller e a advogada Esther Flesch. O MPF acusou Miller de, ainda como procurador da República e auxiliado pela advogada Esther Flesch, então sócia do escritório Trench Rossi Watanabe (TRW), ter aceitado promessa de vantagem indevida no valor de R$ 700 mil para orientar os administradores do grupo
J&F a celebrar um acordo de confidencialidade com a Procuradoria-Geral da República (PGR), que posteriormente resultou no acordo de colaboração premiada, assinado em 3 de maio de 2017. Joesley e Francisco de Assis teriam oferecido vantagens indevidas a Miller - integrante do grupo de trabalho da Lava Jato - a fim de defender os interesses empresariais da J&F. Em nota, a defesa de Joesley negou que ele tenha cometido o crime imputado. “O empresário nunca ofereceu qualquer vantagem indevida a Marcello Miller e reitera que eventual irregularidade na contratação de um sócio pelo maior escritório de com-
pliance do mundo deve recair única e exclusivamente sobre essa banca de advogados”, afirmou na nota o advogado André Luís Callegari. “Nem mesmo a advogada criminalista contratada à época para conduzir a colaboração premiada alertou acerca de qualquer irregularidade”, acrescentou. Também em nota a defesa de Assis repetiu que a J&F contratou o escritório Trench, Rossi e Watanabe para assessorá-la no acordo de leniência e “não tinha motivos, portanto, para suspeitar de qualquer irregularidade na atuação de Marcelo Miller, sócio do escritório”. “Francisco de Assis colaborou com a investigação,
deixando claro que jamais procurou obter qualquer vantagem indevida no MPF por meio de Marcello Miller ou qualquer outra pessoa”, assinala a nota. Na decisão, o juiz Francisco Codevila, da 15ª Vara Federal de Brasília, afirmou que a denúncia atende aos requisitos previstos no Código de Processo Penal para ser admitida: a exposição satisfatória dos fatos criminosos e suas circunstâncias; a qualificação dos acusados; e a classificação do crime. “Não é o caso, portanto, de rejeição liminar”, disse o magistrado, ao determinar a citação dos agora réus para responder à acusação, por escrito, no prazo de 10
dias, abrindo a oportunidade também para que a defesa se manifeste sobre qualquer tipo de pedido para instruir o processo. O episódio envolvendo a participação de Miller na delação da J&F --firmada na gestão do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot e que atingiu diretamente o presidente Michel Temer-- foi um dos motivos que levaram o ex-chefe do MPF a pedir a rescisão dos benefícios da colaboração dos executivos Joesley Batista e de Ricardo Saud. O Supremo Tribunal Federal (STF) ainda não decidiu se vai rescindir os acordos dos executivos do grupo. (Reuters)
PF pede nova prorrogação de inquérito sobre Temer Brasília - A Polícia Federal pediu ontem ao ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), uma nova prorrogação de 60 dias das investigações no âmbito do inquérito do Decreto dos Portos. O processo tem como alvo o presidente Michel Temer e apura seu envolvimento na edição de medidas que poderiam ter beneficiado empresas do setor portuário. Esta é a terceira vez que a PF pede a prorrogação das investigações. O inquérito investigava inicialmente, além de Temer, Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), ex-assessor do presidente e ex-deputado federal, Antônio Celso Grecco e Ricardo Conrado Mesquita, respectivamente, dono e diretor da Rodrimar. Ao longo da apuração, entraram também na mira João Baptista Lima Filho, o coronel Lima, amigo pessoal do presidente, e executivos do Grupo Libra. Todos negam envolvimento em irregularidades. Na semana passada, Barroso atendeu ao pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, e autorizou a inclusão da colaboração premiada do corretor Lúcio Funaro no inquérito. Com a inclusão formal no inquérito, a delação de Funaro poderá ser usada para corroborar as investigações em curso e fundamentar uma eventual terceira denúncia contra o presidente. Além de ampliar o rol de investigados, o inquérito também passou a apurar a atuação do grupo político de Temer em fatos anteriores ao decreto, mas também relacionados ao setor portuário. A inclusão do acordo de Funaro reforça essa nova linha de investigação uma vez que ele aborda fatos relacionados à edição da Medida Provisória 595/2013, conhecido como MP dos Portos. Segundo Funaro, por causa da relação de Temer com empresas que atuam no Porto de Santos, o então vice-presidente influenciou “diretamente” a aprovação da norma. “Eu acho que ele (Temer) deve ter feito pedidos para que o Cunha (ex-deputado federal Eduardo Cunha), que era quem conduzia o processo, protegesse quem era do interesse deles”, afirmou Funaro. (AE)
OPERAÇÃO LAVA JATO
Fachin pede ao STF para pautar recurso de Lula Brasília - O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu formalmente ontem que a presidente da Corte, Cármen Lúcia, inclua na pauta do plenário o julgamento de um recurso apresentado pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que pede a liberdade do petista, que está preso desde o início de abril. A expectativa é que esse recurso só seja apreciado a partir de agosto, uma vez que a pauta deste mês já está pronta e só haverá sessão do plenário hoje, antes recesso do Judiciário. Na última terça-feira (26), Fachin pediu a manifestação do Ministério Público Federal sobre o caso, mas, antes do parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR) chegar à Corte, decidiu encaminhar para a presidente do STF pautar o recurso. A decisão do magistrado
ocorreu pouco depois de os advogados de Lula terem entrado com outra ação no STF -uma reclamação- alegando que o ministro não poderia ter decidido remeter o caso para o plenário. Segundo os defensores, o correto era que a matéria viesse a ser apreciada pela Segunda Turma do Supremo. Na reclamação, a defesa de Lula contesta essa determinação de Fachin e argumenta que o ministro não apresentou qualquer hipótese prevista no Regimento Interno do STF que autorizasse o relator do caso a submetê-lo ao plenário do Supremo. O pedido apresentado na noite de quarta-feira cita ainda reportagens jornalísticas segundo as quais o caso de Lula foi retirado da Segunda Turma porque havia a possibilidade real de o ex-presidente ser libertado pelo colegiado.
Na terça-feira, a Segunda Turma tomou uma série de decisões desfavoráveis a posições de Fachin, como ter colocado em liberdade o ex-ministro José Dirceu,
condenado em segunda instância na operação Lava Jato. O recurso de Lula seria apreciado na mesma ocasião, mas foi para o plenário por determinação de Fachin.
O ex-presidente teve a condenação confirmada pelo Tribunal Regional Federal da Quarta Região (TRF-4), no processo do tríplex no Guarujá (SP), mas tenta obter uma
liminar de cortes superiores para suspender os efeitos da execução da pena. Ele quer também reverter a condenação no Superior Tribunal de Justiça e no STF. (Reuters)
Acordo de Duda Mendonça é homologado Brasília - O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu homologar o acordo de colaboração premiada firmado pela Polícia Federal (PF) com o ex-marqueteiro do PT Duda Mendonça, informaram fontes com acesso à investigação. A decisão do ministro é sigilosa. No caso de Duda Mendonça, a homologação permitirá que ele preste depoimento no inquérito que apura o suposto repasse de R$ 10 milhões para o grupo político do presidente Michel Temer delatado por executivos da
Odebrecht. Chamado para depor, o marqueteiro havia se negado a cooperar com a investigação porque o seu acordo ainda não havia sido homologado por Fachin. O acordo de Duda foi assinado com delegados da Superintendência da PF no Distrito Federal e aguardava homologação há mais de um ano na mesa do ministro. Na semana passada, o STF decidiu que delegados de polícia - tanto da Federal como da Civil - podem fechar acordos de delação premiada. Por maioria, os ministros também firmaram
o entendimento de que não é obrigatório que o Ministério Público dê aval à colaboração feita com a polícia. Nos dois casos, porém, caberá ao juiz a homologação ou não do acordo e a definição final dos possíveis benefícios aos delatores. O único voto contrário à possibilidade de a PF fechar os acordos veio justamente de Fachin. Para o ministro, “a orientação majoritária” da Corte “dilui o instituto da colaboração e esgarça os poderes do Ministério Público”. O resultado impôs uma
derrota ao Ministério Público, que trava disputa nos bastidores com a Polícia Federal sobre o controle de investigações em curso no País, principalmente a Operação Lava Jato. O pano de fundo é o modelo de acordo defendido pelas instituições: para a PF, é um meio de obtenção de prova para um fato pontual; já o MP entende que a delação é de natureza processual, como se o acordo fosse uma negociação na ação penal, em que o material oferecido pela delator já teria que ser prova de suas declarações. (AE)
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POLÍTICA politica@diariodocomercio.com.br
PESQUISA
Sem Lula, Bolsonaro lidera com 17% Marina Silva está em 2º lugar, com 13% das intenções de voto, seguida por Ciro (8%) Brasília - O pré-candidato do PSL à Presidência da República, deputado Jair Bolsonaro, lidera a corrida pelo Palácio do Planalto no cenário sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com 17% das intenções de voto, seguido de Marina Silva (Rede), com 13%, mostrou a pesquisa CNI/ Ibope divulgada ontem, que também aponta espaço para crescimento dos candidatos com estrutura partidária em cima dos votos brancos e nulos e dos indecisos. Como a margem e erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, a distância entre Bolsonaro e Marina significa que eles estão no limite do empate técnico, explica o gerente-executivo de Pesquisa e Competitividade da CNI, Renato da Fonseca. “Eu diria tranquilamente que Jair Bolsonaro está na frente de Marina, mas o que acontece, a gente precisa trabalhar com margem de erro”, explicou Fonseca a jornalistas. “A gente usa o termo tecnicamente empatados, no limite da margem de erro, mas de fato você tem, pela pesquisa, Jair Bolsonaro na frente, Marina em segundo, seguidos por Ciro Gomes e Geraldo Alckmin”, disse, referindo-se ao cenário que não considera Lula como candidato. Neste cenário, também encontram-se em empate técnico Ciro (PDT), com 8%, e Alckmin (PSDB), com 6%. A situação de empate técnico se repete entre o tucano e o senador Alvaro Dias (Podemos), que tem 3%. Candidato do PT no cenário sem Lula, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, aparece com apenas 2%. Já no levantamento que traz Lula como candidato, o ex-presidente lidera com 33%, seguido por Bolsonaro (15%), Marina (7%), Ciro (4%), Alckmin (4%) e Alvaro Dias (2%). Preso desde o dia 7 de abril para cumprir pena após ter sido condenado em segunda instância por corrupção e lavagem de dinheiro no processo do tríplex do Guarujá, no litoral paulista, o ex-presidente deve ficar impedido de concorrer devido à Lei da Ficha Limpa. O petista alega inocência e ser alvo de uma perseguição
WILSON DIAS/ABr
política justamente para impedi-lo de concorrer. Brancos e nulos - Fonseca chama a atenção para os altos índices de brancos e nulos. No primeiro cenário, sem Lula, 33% dos entrevistados votariam em branco ou nulo. Outros 8% não responderam ou disseram não saber em quem votar. No segundo cenário, com Lula, os brancos e nulos somam 22%, enquanto os indecisos são 6%. Em junho de 2014, brancos e nulos somavam 8 por cento na pergunta estimulada. Para o gerente-executivo, o elevado percentual oferece um nicho de crescimento a candidatos que conseguirem uma interlocução com esses eleitores. Ele avalia que partidos com maior estrutura e mais recursos podem ser melhor sucedidos nessa tentativa quando a campanha começar oficialmente, em meados de agosto. “Você tem um campo para crescer no branco e nulo... Provavelmente com a campanha eleitoral e com a discussão, esse pessoal pode acabar migrando - e acho que isso deve acontecer - para um dos candidatos, aquele que conseguir trazer esse eleitor que votaria no Lula para votar nele”, disse, lembrando que o número de brancos e nulos cresce no cenário sem o ex-presidente. “A maior dificuldade fica com Jair Bolsonaro e com Marina Silva, que são candidatos que têm partidos com pouco tempo de televisão, com poucos recursos. Eles vão enfrentar, quando começar realmente a campanha na televisão, candidatos do MDB, do PT e do PSDB com uma força econômica e disposição de tempo muito maiores, e isso pode virar o jogo”, avaliou. Fonseca lembra ainda que, por ora, os candidatos de esquerda são os maiores beneficiados pela saída de Lula do cenário eleitoral - Marina sobe 6 pontos percentuais no cenário sem o petista, e Ciro ganha 4 pontos percentuais, enquanto outros candidatos desse campo passam a configurar na lista que alcança ao menos 1 por cento. Os índices de brancos e nulos já permitem, no entanto, afirmar que são boas as possibilidades de um grande número de abstenções e
Marina Silva (Rede) ganha seis pontos percentuais no cenário sem a presença de Lula
Reprovação a Temer chega a 79% Brasília - Encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), a pesquisa do Ibope revelou também que a avaliação ruim/péssima do governo do presidente Michel Temer passou para 79% em junho, ante 72% em março. A avaliação positiva do governo ficou em 4% contra 5% no levantamento anterior. Para 16%, a avaliação foi regular, ante 21%. Pouco depois da divulgação da pesquisa, em cerimônia no Palácio do Planalto, Temer voltou a listar os feitos de seu governo e afirmou que ele será julgado pela história. “Nesses dois anos de governo, eu penso, nós fizemos mais do que em muitos anos anteriores”, disse o presidente em seu discurso, citando ações nas áreas fiscal e social, além das reformas realizadas. “A história é que vai registrar, a história é que vai dizer o que aconteceu nesses dois anos, dois anos e meio de governo”, acrescentou. votos brancos e nulos nas próximas eleições, avaliou Fonseca. “Tudo está sinalizando que a gente vai ter nessa eleição um percentual maior de brancos e nulos, ou de abstenção, pessoas que não vão votar, do que ocorreu nas eleições de 2014.” “Branco e nulo não é indeciso, é o cara que diz que vai votar branco ou nulo. Ele está insatisfeito com alguma coisa”, explicou. Na pergunta espontânea, em que não são oferecidos
A pesquisa verificou também um crescimento da percepção dos entrevistados de que o noticiário recente sobre o governo é desfavorável e dentre as notícias mais lembradas pela população estão justamente a greve dos caminhoneiros, a corrupção no governo e o aumento no preço dos combustíveis, temas sensíveis ao eleitorado em geral. Mais de 75% dos entrevistados também desaprovaram as políticas e ações do governo em todas as nove áreas pesquisadas pela CNI. O levantamento apontou, nesse ponto, apenas uma mudança no ranking de melhores avaliadas, tendo a segurança pública assumido o terceiro lugar entre as melhores avaliadas, com 14% de aprovação, antecipada pelas áreas de meio ambiente (17%) e educação (15%) O levantamento foi feito de 21 a 24 de junho, com 2 mil entrevistados, sob o registro de número BR-02265/2018. (Reuters/ABr)
nomes aos entrevistados, Lula novamente lidera, com 21%, seguido de Bolsonaro, com 11%. Ciro e Marina aparecem com apenas 2%, enquanto Álvaro Dias e Alckmin, registram apenas 1%. Rejeição - Lula e Bolsonaro também ocupam as primeiras posições, junto com o senador Fernando Collor de Mello (PTC-AL), no ranking de rejeição do eleitorado. Dentre os entrevistados, 32% responderam que não votariam de jeito
nenhum em Collor, mesmo percentual de Bolsonaro e um ponto a mais que o registrado por Lula. Geraldo Alckmin (PSDB) é citado por 22%, enquanto Ciro Gomes (PDT) e Marina Silva (Rede) são rejeitados por 18% dos entrevistados, cada um, indica o levantamento. Eleitores que declaram que poderiam votar em qualquer um dos possíveis candidatos são apenas 2% - e os que preferem não opinar são 11%, segundo o Ibope. (Reuters/AE)
Deputado do PSL pode ser denunciado Brasília - Em parecer enviado ontem ao ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, defendeu o recebimento da denúncia contra o deputado federal e pré-candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro (RJ), por suposto racismo praticado contra quilombolas, indígenas, refugiados, mulheres e LGBTs. A denúncia narra que em uma palestra no Clube Hebraica do Rio de Janeiro, em abril de 2017, o deputado, em pouco mais de uma hora de discurso, “usou expressões de cunho discriminatório, incitando o ódio e atingindo diretamente vários grupos sociais”. De acordo com a Secretaria de Comunicação Social da Procuradoria-Geral da República, na manifestação enviada ao Supremo, Raquel Dodge rebateu as alegações da defesa de que as declarações do deputado expressaram apenas a opinião política do parlamentar, proferidas no exercício da função, em diálogo com seu eleitorado. Para a procuradora-geral, as expressões utilizadas por Bolsonaro ultrapassam a liberdade de pensamento e transbordam para o conteúdo discriminatório e preconceituoso. Na peça, a procuradora-geral rebateu a tentativa da defesa de inserir as declarações racistas em contexto de manifestação política, que poderiam ser acobertadas pela imunidade parlamentar. Na avaliação de Raquel Dodge, os trechos do discurso inseridos na denúncia são suficientes para demonstrar a prática, a indução e a incitação de discriminação e preconceito a uma plateia com mais de 300 ouvintes. A pena para este crime vai de um a três anos de reclusão. A procuradora-geral pede ainda o pagamento mínimo de R$ 400 mil, por danos morais coletivos. Em nota, a defesa de Bolsonaro afirmou que “em nada se surpreende com a repetição de palavras e argumentos” da procuradora-geral. “Um parecer, que tem por objeto comentar uma acusação da própria PGR, não deveria mais ocorrer num processo judicial isonômico, pois se dá ao acusador a faculdade de falar duas vezes em seu favor”. (AE)
ELEIÇÕES
Dinis Pinheiro deverá disputar vaga no Senado O ex-deputado estadual Dinis Pinheiro (Solidariedade) foi anunciado como pré-candidato ao Senado na chapa de Antonio Anastasia (PSDB) na manhã de ontem, após seu partido ter fechado acordo com o pré-candidato tucano ao governo de Minas Gerais. Inicialmente, Dinis Pinheiro era pré-candidato ao governo de Minas Gerais pelo Solidariedade. No começo de junho, porém, ele desistiu da disputa ao Palácio da Liberdade para tentar uma das cadeiras no Senado. Desde então, conversava com o
PSDB. O ex-governador Alberto Pinto Coelho (PPS) foi confirmado como suplente do ex-deputado estadual, que foi presidente da Assembleia Legislativa mineira. Com a entrada de Dinis Pinheiro na chapa, resta apenas mais uma vaga majoritária para a formação da coligação estadual tucana. A tendência é de que o jornalista Carlos Vianna, pré-candidato ao Senado pelo PHS, conquiste a segunda vaga, desejo que ele já deixou claro. Para a confirmação acontecer, o PHS deverá anunciar apoio formal a Anastasia, que diz
não ter pressa para fechar a composição. “Estamos nessa fase de convergências, a cada dia, a sua etapa. Não tenho preferidos e nem posso ter. A chapa unida é que trabalharemos para a vitória completa”, disse Anastasia, ao ser questionado se preferia a presença de Vianna ou de Aécio Neves (PSDB) na segunda vaga da disputa pelo Senado. O evento de ontem reuniu as principais lideranças dos partidos que já se alinharam com Anastasia. O Solidariedade foi o quinto partido a anunciar apoio ao PSDB para
as eleições deste ano em Minas - a coligação encabeçada pelos tucanos conta ainda com PSD, PPS, PSC e PTB. Diante da possibilidade de enfrentar a ex-presidente cassada Dilma Rousseff (PT) - que poderá lançar candidatura em Minas para as eleições deste ano, após ter transferido seu domicílio eleitoral para o Estado em abril - Dinis Pinheiro afirmou que “a vida política precisa ser feita por princípios, não por conveniência ou atitudes oportunistas”, prometendo derrotar a petista caso ela concorra ao Senado.
Ausência de Aécio - Anastasia voltou a dizer que a decisão sobre a candidatura de Aécio - que não apareceu no evento desta quinta - partirá do próprio senador, que é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) sob a acusação de corrupção passiva e obstrução de justiça. Dinis Pinheiro, por outro lado, afirmou que não se preocupa com a possibilidade de que Aécio tente a reeleição nem com a entrada de Carlos Vianna na coligação. “Eu estou preocupado em buscar minha vitória e
do Anastasia. Não compete a mim a segunda vaga”, afirmou o ex-deputado estadual. O deputado federal Domingos Sávio, presidente do Diretório Estadual do PSDB, afirmou que Aécio já está participando do processo eleitoral, mesmo sem anunciar se concorrerá nas eleições. “Ao dizer que o mais importante para Minas naquele momento era uma união em torno do nome de Anastasia, ele (Aécio) já está participando. Ele não está fora do processo. Não se faz política só sendo candidato”, argumentou. (AE)
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ESPECIAL DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Clima e eficiência energética em debate Assunto foi tema da sétima edição do Diálogos DC, realizada nesta semana no P7 Criativo, na Capital
THAÍNE BELISSA
Foi-se o tempo em que meio ambiente era assunto restrito a ativistas do setor ou a organizações não governamentais preocupadas com o planeta. Temas como água, energia, ar e clima estão, cada vez mais, nas planilhas de gestão das empresas e podem gerar prejuízo ou lucro, dependendo da forma como são trabalhados. O assunto foi discutido na sétima edição do Diálogos DC, realizado nesta semana, no P7 Criativo. A ação faz parte do Movimento Minas 2032, iniciativa do DIÁRIO DO COMÉRCIO para mobilizar o Estado em torno dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 2015. O tema se refere ao ODS 13: “Tomar medidas urgentes para combater a mudança climática e seus impactos”; e ao ODS 7: “Assegurar o acesso confiável, sustentável, moderno e a preço acessível à energia para todos”. O gerente-geral de Meio Ambiente da ArcelorMittal, Guilherme Abreu, abriu o evento lembrando como o tema é desafiador em uma sociedade que é extremamente dependente dos combustíveis fósseis e que emite gases poluentes em tudo o que produz. Segundo dados da ONU, as emissões de gases de efeito estufa oriundas da ação humana continuam aumentando e já alcançaram seu maior nível da história. Emissões globais de dióxido de carbono aumentaram quase 50% desde 1990. Cada uma das últimas três décadas tem sido mais quente na superfície da Terra do que a anterior, desde 1850. De 1880 a 2012, a temperatura média global aumentou 0,85ºC e, sem nenhuma ação, a média de temperatura mundial deve aumentar 3ºC até o final do século 21. “Em 2015 o Brasil emitiu 1,3 milhão de toneladas de gases de efeito estufa na atmosfera. Nesse mesmo ano, durante o acordo de Paris, o Brasil se comprometeu, a reduzir em 37% as emissões desses gases até 2025. Hoje essa é uma meta fácil de ser atingida, mas é preciso lembrar que até 2025 o Brasil terá crescido e as emissões terão aumentado, então essa é uma meta ousada”, disse. O executivo também falou sobre o cenário em Minas Gerais, destacando que o Estado é um dos
mais avançados em ações em prol do meio ambiente. “O Estado tem um plano de mudança climática com ações bem definidas, mas é importante destacar que esse é um tema que exige ações coletivas e não individuais. O que o Estado faz e o que todos nós devemos fazer é liderar pelo exemplo: ações locais não resolvem, mas podem ter um efeito inspirador”, ressaltou. O responsável pelo planejamento do programa de eficiência energética da Cemig, Thiago Douglas Ribeiro Batista, também falou sobre o protagonismo de Minas Gerais nesse segmento. “Minas Gerais é destaque em energia renovável, sendo o terceiro estado no País em potência instalada. E se considerarmos os equipamentos que, de fato, estão em operação, o Estado sobe para a segunda posição no ranking nacional”, afirma. Para ele, alguns fatores têm facilitado a geração de energia renovável no País, entre eles a demanda global por esse tipo de energia, seja pelo apelo da sustentabilidade ou por causa do custo da energia elétrica. Outro fator é a redução do custo de aquisição e instalação de soluções de geração distribuída. Para exemplificar, Batista cita empresas que oferecem o serviço pela internet: basta que o consumidor entre no site, simule os custos e contrate a empresa, que vai instalar uma usina em seu telhado. “Também conquistamos uma regulação mais favorável para o setor elétrico. A resolução 482/2012 da Aneel permitiu a geração
FERNANDA MENDES
Tema que foi debatido nesta edição do evento promovido pelo DIÁRIO DO COMÉRCIO está relacionado aos ODS 13 e 7
de energia nos imóveis e a compensação, por meio de créditos que são compensados na conta de luz. Até pouco tempo atrás se você quisesse produzir energia fotovoltaica em casa era absurdamente caro, mas hoje vivemos um momento de popularização da tecnologia com desenvolvimento de diversos prestadores de serviços de montagem e instalação”, destacou. Eficiência - O executivo também chamou atenção para um termo específico dentro do tema de energia renovável: a eficiência energética. Ele lembrou que, antes de construir uma usina para a geração de energia limpa, é importante que o gestor da empresa ou dono
MICHELLE MULLS
do imóvel vasculhe seus processos e seu dia a dia, a fim de se encontrar novas formas de se economizar energia. “Quando uma pessoa vai se mudar de casa, não é importante que ela se questione sobre as coisas que quer levar? De repente ela vai ver que não precisa de alguns papéis ou certos itens. A decisão de mudança da matriz energética segue a mesma lógica. O gestor precisa se perguntar: será que eu preciso construir uma usina para alimentar tudo o que tenho? Será que eu não conseguiria ser mais eficiente antes de mudar a minha matriz? Será que faz sentido construir uma usina para alimentar usos pouco eficientes?”, provocou. Abreu: Estado é um dos mais avançados em prol do meio ambiente
Investir na educação da sociedade é essencial Representando o Instituto da Felicidade, Ricardo Santos lembrou a importância da formação das pessoas nesse tema e fez uma provocação aos palestrantes, perguntando como as empresas por eles representadas – Arcelor e Cemig – atuavam em um processo de educação da sociedade em relação ao cuidado com o meio ambiente. O responsável pelo planejamento do programa de eficiência energética da Cemig, Thiago Douglas Ribeiro Batista, concordou com Santos, ressaltando que o ideal de um consumidor que usa o que precisa, não desperdiça e pensa no meio ambiente só será uma realidade quando a formação dos consumidores – desde crianças – mudar. “O caminho mais claro é construir uma população diferente. Meu filho de dois anos separa o lixo para a reciclagem em casa porque ele aprendeu assim. Essa formação faz diferença porque vira cultura para o indivíduo”, disse. Segundo ele, a Cemig tem diversos projetos que incentivam a economia de energia elétrica e, muitos deles, incluem a população de forma ativa justamente para atuar nessa frente da formação. Entre as ações da empresa estão as visitas em comunidades de
baixa renda, que consiste em um trabalho de educação da população de porta em porta. “Já chegamos em casas em que a geladeira era feita de ar-condicionado: ficava com a porta aberta e algumas tinham até uma cortina. Então fazemos um trabalho de educação sobre o tema. Também verificamos os usos da energia, oferecemos substituição de equipamentos e lidamos com o problema do “gato”, oferecendo a possibilidade de a família ter um padrão de luz e, automaticamente, um comprovante de endereço, o que é valor para muitos deles”, afirma. Outra ação desenvolvida pela companhia é o programa “Cemig troca seu motor”. Por meio dele, a Cemig oferece bônus de até 40% na compra de um motor elétrico novo para empresas ou pessoas físicas que utilizam motores elétricos entre 1 e 250 cavalos. “Praticamente um quarto da energia elétrica produzida no País vai para algum tipo de motor, então é muito representativo. As pessoas precisam ter essa noção de que é melhor pagar 10% a mais em um motor e gastar menos com energia elétrica”, explicou. O executivo ainda destacou que a Cemig realiza chamadas públicas para que a sociedade proponha
projetos de eficiência energética e energia limpa. Educação - O gerente-geral de Meio Ambiente da ArcelorMittal, Guilherme Abreu, também frisou que a educação é a principal ferramenta para mudar a cultura da sociedade em relação à preservação do meio ambiente. “As crianças que aprenderem sobre eficiência energética hoje serão os líderes do futuro e esse assunto será natural para eles”, disse. O executivo explicou que, nesse sentido, a Arcelor desenvolve um trabalho de reciclagem dos materiais que sobram do processo de produção. “Para cada tonelada de aço que é produzida são gerados, em média, 600 kg de resíduo. A Arcelor do Brasil recicla mais de 90% disso, seja através de venda ou de processo interno. Os outros 10% são doados para posterior uso”, disse. Já o coordenador regional do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa, Enio de Melo Coradi, manifestou sua preocupação em relação à mudança de cultura da sociedade. Ele chamou sua visão de “mais pessimista” e destacou que a transformação de comportamento pode ser reativa. “Esse tema não está na cúpula das empresas, nem como prioridade de Estado,
assim como a sociedade não está preocupada com isso. Acredito que o ser humano terá que agir reativamente a uma situação de catástrofe global”, disse. O executivo da Cemig concordou que a transformação pode ser forçada pelas consequências, mas destacou que esse cenário já é uma realidade. “Quando você tem reajustes de preços de energia como vem acontecendo, na ordem de 25%, economizar não é mais uma escolha. Saímos do sentimento de que é legal e bonito e somos forçados a buscar solução em função de custo, da sustentabilidade financeira”, ponderou. Abreu seguiu a mesma lógica em sua resposta, lembrando que o ser humano normalmente muda “pelo amor ou pela dor”. Ele discordou da generalização de que esse é um tema que não está na pauta das empresas e justificou isso, lembrando que, por uma questão de estratégia de business, os gestores estão, sim, atentos a essa questão. “A dor das empresas é o aspecto financeiro, então talvez no curto prazo não teremos dores suficientes para mudança de comportamento, mas eu sou otimista e acredito que no longo prazo as coisas serão diferentes”, disse. (TB)
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ESPECIAL MICHELLE MULLS
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Iniciativa privada precisa assumir o protagonismo Esta é uma das conclusões da sétima edição do Diálogos DC
THAÍNE BELISSA
Diante dos dados preocupantes, que mostram um planeta cada vez mais quente e com recursos naturais se findando, as indústrias e empresas precisam assumir seu papel de protagonistas na luta pela preservação do meio ambiente. Essa foi uma das conclusões da sétima edição do Diálogos DC, que discutiu “Clima e Eficiência Energética”. Durante todo o debate, os painelistas e o público reforçaram a importância de os gestores chamarem para a si a responsabilidade de construir um mundo mais sustentável e preocupado com as questões ambientais. Uma das participações nesse sentido foi de Tiago Fantini Magalhães, coordenador do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC). Ele compartilhou al-
gumas reflexões de estudos para o seu doutorado, cujo tema foi “O capital natural como estratégia de perenidade”. Ele citou algumas iniciativas que partem das empresas, como a Lewis, que lançou uma campanha em uma Black Friday para que o consumidor não comprasse se não precisasse. Outro exemplo é a Coca-Cola, que faz uma campanha de devolver dois litros de água potável para cada litro de água gasto em seu processo produtivo. “Mas, o que vejo é que as estratégias das empresas hoje ainda são muito tímidas. A gente precisa entender que o recurso natural é finito: não dá pra gastar a água ou o ar que tiver que gastar. A questão do clima e da natureza não pode ser uma externalidade, mas tem que entrar no orçamento da empresa. Enquanto não internalizarmos custo natural vamos ficar agindo de forma reativa. A força está nas empresas, não dá pra esperar pela sociedade e nem pelo governo”, frisou. O responsável pelo planejamento do programa de eficiência energética da Cemig, Thiago Douglas Ribeiro Batista, concordou com Magalhães e reforço que cabe, sim, às empresas assumirem seu lugar de liderança justamente devido
à influência que elas têm nesse cenário. Ele lembra que, embora o produto da Cemig seja a energia elétrica, ela não está interessada em um consumo desenfreado e investe em políticas e soluções de eficiência energética. “Sempre me perguntam como é possível falar em energia renovável dentro da Cemig, como se a gente tivesse fazendo propaganda contra o nosso produto. A questão é que não queremos que o consumidor use menos energia, mas que ele seja mais inteligente em seus usos e, assim, seja mais eficiente, mais produtivo e consequentemente mais perene e sustentável”, destacou. Segundo ele, a Cemig tem um mix de ações para levar eficiência energética a diferentes públicos. Desde 1998, a empresa investiu cerca de R$ 600 milhões nessa estratégia e economizou 110 mil megawatts por ano. Além do trabalho de educação em meio ambiente realizado diretamente com a população, a Cemig também atua em serviços públicos, levando soluções de eficiência energética. A companhia atua, por exemplo, em hospitais, escolas e em empresas de saneamento. “Alguém pode estranhar o assunto de eficiência energética numa empresa de saneamento, mas a questão é que quase metade da água que circula
CONHEÇA O OBJETIVO 13: Tomar medidas urgentes para combater a mudança climática e seus impactos (*) 13.1 Reforçar a resiliência e a capacidade de adaptação a riscos relacionados ao clima e às catástrofes naturais em todos os países 13.2 Integrar medidas da mudança do clima nas políticas, estratégias e planejamentos nacionais 13.3 Melhorar a educação, aumentar a conscientização e a capacidade humana e institucional sobre mitigação, adaptação, redução de impacto e alerta precoce da mudança do clima 13.a Implementar o compromisso assumido pelos países desenvolvidos partes da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima [UNFCCC] para a meta de mobilizar conjuntamente US$ 100 bilhões por ano a partir de 2020, de todas as fontes, para atender às necessidades dos países em desenvolvimento, no contexto das ações de mitigação significativas e transparência na implementação; e operacionalizar plenamente o Fundo Verde para o Clima por meio de sua capitalização o mais cedo possível 13.b Promover mecanismos para a criação de capacidades para o planejamento relacionado à mudança do clima e à gestão eficaz, nos países menos desenvolvidos, inclusive com foco em mulheres, jovens, comunidades locais e marginalizadas (*) Reconhecendo que a Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) é o fórum internacional intergovernamental primário para negociar a resposta global à mudança do clima.
nessas empresas é perdida por vazamentos. A Cemig tem um projeto de construção de um centro de operação, cujo objetivo é reduzir o tempo de manutenção de uma tubulação vazando, o que diminui bombeamento de água, que gasta energia”, explicou. Sociedade - O gerente-geral de Meio Ambiente da ArcelorMittal, Guilherme Abreu, também concordou com a provocação vinda da plateia sobre a necessidade do protagonismo das indústrias, mas lembrou que quando o assunto é especificamente sobre a emissão de gás carbônico, o assunto é mais complexo, pois demanda soluções que mudam a estrutura da sociedade. “Emissão de gás carbônico não pode ser comprado com um poluente ordinário porque ele gera efeito global
Magalhães aponta que estratégias das empresas ainda são tímidas
e não local. Além disso, não é um problema que é resolvido com a instalação de um equipamento de controle: depende da adoção de tecnologia disruptiva, que impacta na vida das pessoas porque nossa economia é baseada em carbono. O que quero dizer é, sim, a indústria tem que ser protagonista e agente de mudança, mas é importante entender que a forma de tratar a questão do gás carbônico é diferente
dos demais problemas ambientais”, analisou. “Por lá fala-se de carros elétricos, de uma mudança total de padrão de mobilidade, não se pensa mais em propriedade de veículos no curto prazo. Essa é uma das grandes revoluções energéticas que vamos ter e precisamos nos atentar porque esse é um tema que ainda não foi trabalhado exaustivamente no Brasil”, destacou.
Inovação pode ser a solução Inovação também foi uma palavra utilizada em diversos momentos, durante o debate. O diretor-executivo da Sanis Consultoria Educacional e Sustentabilidade, Albélio Dias, lembrou do polo de startups em Minas Gerais e das características dessas empresas de proporem soluções ágeis e de baixo custo. Ele perguntou aos painelistas qual seria o papel das startups nesse cenário de busca por novas tecnologias para eficiência energética e geração de energia limpa. O executivo da Arcelor fez uma diferenciação entre tecnologias disruptivas, que vão mudar a estrutura de produção das empresas, assim como a matriz energética do País, e as tecnologias incrementais, que atuarão principalmente na cultura da sociedade. “O segmento do aço no mundo é baseado em carbono e o setor está trabalhando para mudar isso. Mas a mudança só vai acontecer com tecnologia de ruptura. Por outro lado, as inovações para o dia a dia, que ajudam em parte do processo são fundamentais e eu acho que é aí que as startups entram”, afirmou. Batista também chamou a atenção para a importância das tecnologias que
MICHELLE MULLS
Míriam Penna destacou medidas adotadas na Alemanha
atuam na área comportamental do consumidor, pois elas ajudam a gerar eficiência energética, que é uma das chaves para a solução do problema do efeito estufa. “Quase 1 bilhão de pessoas no mundo não têm acesso à eletricidade, segundo a ONU. E, de acordo com as projeções, essa meta de acesso à energia não vai ser cumprida. Para atingir teríamos que duplicar ou até triplicar o investimento em energias renováveis e multiplicar em até seis vezes a questão da eficiência energética, o que mostra a relevância desse tema dentro desse assunto de energias renováveis”, frisou. Diretora de novos ne-
gócios da Emap Solar, que desenvolve soluções para geração de energia fotovoltaica, Míriam Penna Diniz também participou do debate, trazendo contribuições de uma recente viagem que fez à Alemanha, país referência em soluções de energia limpa. Ela destacou que a matriz energética do país ainda é composta por 70% de combustíveis fósseis, mas destacou que há uma meta para que as energias renováveis respondam por 50% dessa matriz até 2030. A executiva explicou que, entre as medidas que serão adotadas pelo país para atingir essa meta está a inovação em mobilidade urbana. (TB)
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AGRONEGÓCIO PECUÁRIA DE CORTE
Plataforma faz análise de lucratividade Intergado desenvolveu ferramenta que permite a pesagem de cada animal no momento de consumo de água DIVULGAÇÃO
MICHELLE VALVERDE
Os pecuaristas de Minas Gerais investem cada vez mais em tecnologias que permitam o ganho em eficiência e a redução de custos. Com a demanda elevada por novos produtos, empresas têm desenvolvido inovações que, por meio da coleta e análise de dados, garantem o melhor aproveitamento dos recursos e o aumento dos lucros. A Intergado, com sede em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), é uma dessas empresas e desenvolveu uma plataforma de pecuária de precisão capaz de entregar análises de lucratividade por animal, voltado, principalmente, para o segmento de corte. Com grande potencial no mercado, a empresa receberá um aporte de até R$ 10 milhões da Inseed Investimentos, spin-off do Instituto Inovação S/A, grupo que atua no segmento de inovação tecnológica. Até o momento, já foram liberados R$ 3 milhões. O aporte será aplicado, principalmente, para acelerar a expansão comercial da empresa. De acordo com o CEO da Intergado, Marcelo Neves Ribas, a empresa possui uma equipe especializada em processamento de dados, o que permite o desenvolvimento de vários equipamentos de precisão. A decisão de investir no segmento voltado para o agronegócio aconteceu após a observação de que a pecuária, principalmente a de corte, precisava de informações precisas para ganhar eficiência e gerar lucro. Após pesquisas, foi de-
Com a balança de pesagem e monitoramento constante, é possível identificar o nível de engorda, a saúde do gado e o melhor momento para o abate
senvolvida uma balança simplificada para o gado. O equipamento é instalado em frente aos bebedouros e os animais passam por uma pesagem voluntária quando consomem água. Cada bovino é identificado por um brinco, que é lido pela balança a cada pesagem. Na balança, os dados são coletados a cada vez que o bovino bebe água e todas as informações são estudadas, processadas e os resultados enviados aos pecuaristas. O produto tem como principal mercado os pecuaristas de corte, que precisam monitorar de perto e com precisão o ganho de peso e o desenvolvimento dos animais até o momento do abate. Com a balança e o monitoramento constante do peso, é possível identificar o nível de engorda dos animais. Caso ocorra a estabili-
zação do peso ou a queda do mesmo, a saúde do animal é avaliada. Isto permite identificar qualquer problema com agilidade, reduzindo o tempo de tratamento em caso de enfermidades e os custos para a cura dos animais. Com o monitoramento, o melhor período para enviar o gado para o abate também é identificado. Com isso, o produtor consegue utilizar de forma precisa os insumos, gerando economia. Eficiência - “Nossas expectativas em relação ao mercado são muito positivas. Os pecuaristas estão abertos às novas tecnologias e investindo em formas de aprimorar a atividade para ter eficiência e lucro. O monitoramento constante do peso do animal, que é avaliado pelo menos quatro vezes ao dia, é interessante por ser feito de forma
natural, dentro da rotina dos animais e por conseguirmos monitorar qualquer alteração. O resultado é a economia de recursos e ganho de tempo para o pecuarista”, explicou Ribas. Com a ferramenta é possível identificar quais animais estão gerando lucro, os que estão gerando prejuízo e os que estão prontos para o abate. Também é possível fazer perspectivas de desenvolvimento dos bovinos e o volume a ser engordado. “No método tradicional, o produtor pesava o animal no começo e ao final do processo de engorda. Só ao final que ele descobria se a atividade apresentou lucro ou prejuízo. Com a solução, o produtor consegue enxergar todo dia o que está acontecendo e, desta forma, ele tem o poder de intervir no sistema de produção”, disse Ribas.
AGRICULTURA FAMILIAR
Feira reúne produção de três vales de Minas EMARER-MG/DIVULGAÇÃO
DA REDAÇÃO
Agricultores familiares estão em contagem regressiva para a realização da primeira Feira da Agricultura Familiar dos Três Vales (Agrivales). O evento foi remarcado para o período de 29 de junho a 1º julho, no Expominas de Teófilo Otoni e irá reunir o que há de melhor da agricultura familiar da região. Inicialmente, a feira estava prevista para o final de maio, mas foi adiada por causa da greve dos caminhoneiros. Nos três dias de evento, que começa hoje, a Agrivales espera atrair 30 mil visitantes. “O principal objetivo é aproximar pequenos, médios e grandes fornecedores dos agricultores familiares de nossa região. Com isso esperamos contribuir para o desenvolvimento de nossa economia e fortalecer o turismo de negócios”, explica o gerente regional da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado Minas Gerais (Emater-MG) em Teófilo Otoni, Sandro Rodrigues da Silva. A Agrivales vai reunir representantes das agroindústrias de pequeno, médio e grande porte não só do Vale do Mucuri, mas também dos vales do Jequitinhonha e São Mateus. Também estarão presentes fornecedores de insumos e tecnologias voltados para as
CAFEICULTURA
Volume de estoques privados de café no País é o menor desde 2012 São Paulo - Os estoques privados de café do Brasil foram estimados em 9,8 milhões de sacas de 60 kg ao término da safra 2017, volume 0,4% menor na comparação anual e o menor desde 2012, informou ontem a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), responsável pelo levantamento. Os baixos estoques no Brasil, maior produtor e exportador mundial da commodity, têm colaborado para uma redução nas exportações brasileiras nos últimos meses. Em maio, também pelo impacto dos protestos de caminhoneiros, os embarques brasileiros foram os menores em 14 anos, segundo dados do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). Em 31 de março, data que antecede os primeiros trabalhos de colheita da nova safra, o Brasil tinha em estoque 8,96 milhões de sacas de café arábica, e outras 868 mil sacas de conilon (robusta). Com a expectativa de uma safra recorde de cerca de 58 milhões de sacas em 2018, em colheita já em desenvolvimento, os preços do café têm
sido pressionados no mercado global, apesar dos baixos estoques brasileiros, fruto de uma produção relativamente pequena de 45 milhões de sacas em 2017, segundo os dados oficiais. Assim, os estoques finais apontados pela Conab em 31 de março figuraram como os menores desde 2012, quando as reservas ficaram em 8,4 milhões de sacas. A safra de 2017 foi a de baixa no ciclo bienal de produção do arábica, enquanto a deste ano é a de alta. Os dados levantados pela Conab mostraram que Minas Gerais detém o maior volume de estoque, com cerca de 7,5 milhões de sacas, ou 76,5% do total. Na sequência aparece São Paulo, com 1,1 milhão de sacas, ou pouco mais de 10%. No Espírito Santo, principal produtor nacional de conilon, as reservas estavam em 691,7 mil sacas, correspondendo a 7%. Cooperativas detinham pouco menos da metade do total dos estoques privados do Brasil, com 4,37 milhões de sacas, segundo o levantamento da Conab. (Reuters)
Colheita da safra 2018-2019 alcança 38%
Agroindústrias do Jequitinhonha, Mucuri e São Mateus terão oportunidade de abrir mercados
atividades agropecuárias. “O evento será ainda uma vitrine das agroindústrias familiares e do artesanato da região, com a venda direta para o consumidor. Os agricultores familiares também terão a oportunidade de abrir novos mercados em outras regiões”, explica Sandro da Silva. A feira é uma realização da Emater-MG, em pareceria com a prefeitura de Teófilo Otoni, Sebrae e Sindcomércio. Na manhã de hoje será promovido, durante a Agrivales, o seminário Oportunidades para a Cultura do Café nos Três Vales. Serão apresentados estudos de
indicação geográfica adequada para o plantio dos cafés Arábica e Conilon e discutidas estratégias para a retomada da atividade que, no passado, representou 10% do PIB regional. Outra atração da Agrivales será o Primeiro Festival Gastronômico: Comida dos Vales. Haverá um ambiente com restaurantes que irão servir comidas tradicionais da região. Também serão promovidas oficinas com chefs de cozinha que vão demonstrar o preparo de pratos típicos. Amanhã, dia 30, a Emater-MG promove o Encontro da Mulher Rural, com a participarão cerca de 200
mulheres dos municípios de Teófilo Otoni, Ouro Verde de Minas, Novo Oriente, Campanário, Itambacuri e Frei Gaspar. “O tema discutido será a emancipação da mulher rural, nos aspectos financeiros, políticos e sociais”, explica Sandro da Silva. Serviço - A entrada na feira é gratuita. A Agriovales será aberta ao público nos seguintes horários: sexta-feira, das 14h às 22h; sábado, das 9h às 22h; e domingo, das 9h às 18h. Informações adicionais no site www. agrivales.com.br. (Com informações da Emater-MG)
São Paulo - A colheita de café da safra 2018/19 no Brasil alcançava 38% do total até terça-feira, avanço de sete pontos percentuais na semana, mas ainda atrasada na comparação anual, informou ontem a Safras & Mercado. De acordo com a consultoria, há um ano a colheita atingia 44% do esperado no País, o maior produtor e exportador global da commodity. A média para esta época do ano, tendo por base as últimas cinco temporadas, é de 46%. Segundo Gil Barabach, consultor da Safras & Mercado, a colheita de café até voltou a evoluir bem, mas segue atrasada em especial para o conilon, cultivado principalmente no Espírito Santo. “No geral, a qualidade do café é muito boa, tanto na bebida como no tamanho do grão. O atraso na colheita, associado à demora no beneficiamento e à retranca dos vendedores, justifica a oferta ainda tímida de café novo no
mercado”, disse. Em nota, Barabach afirmou que os produtores estão, no momento, mais preocupados com os trabalhos de colheita, o que limita a oferta física de produto no mercado. A recente queda das cotações colabora com a lentidão nas vendas, acrescentou. Nesta semana, o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, também destacou que os produtores estão retraídos nos negócios, focados nas atividades de campo e desestimulados pelos preços, mas ponderou que a colheita transcorre “em bom ritmo”. A colheita de café no Brasil está estimada em um recorde de 58 milhões de sacas nesta safra, segundo o governo. Para a Safras & Mercado, a produção deverá ser 60,5 milhões de sacas. Assim, com a colheita atingindo 38% do total, até terça-feira, já haviam sido colhidos 23,19 milhões de sacas, concluiu a consultoria. (Reuters)
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DC AUTO veiculos@diariodocomercio.com.br
IMPRESSÕES AO DIRIGIR
Ford EcoSport Storm tem tração integral Sistema 4WD atua sob demanda. Utilitário conta, também, com câmbio automático de seis marchas FOTOS: JOSÉ OSWALDO COSTA
JOSÉ OSWALDO COSTA
O Ford EcoSport vendeu, até ontem, 15.658 unidades em 2018. Tirando dessa conta as 2.431 unidades comercializadas em junho, já que o mês ainda não foi encerrado, temos uma média de emplacamentos, aproximada, de 2.645 unidades/mês. Os números são da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Pioneiro do segmento de utilitários esportivos compactos, o modelo da Ford perdeu terreno para a concorrência, principalmente, nos casos do Honda HR-V, do Nissan Kicks, do Jeep Renegade e do Hyundai Creta. Em busca de aumentar sua fatia de mercado, no segmento que mais cresce no Brasil, a montadora norte-americana lançou, em fevereiro desse ano, uma nova versão topo de linha para o modelo, a Storm. DC Auto recebeu uma unidade para avaliação. O primeiro destaque é que o EcoSport Storm é dotado de tração integral sob demanda. Ou seja, na maior parte do tempo a tração é dianteira mas, em caso de necessidade, as rodas traseiras passam a receber até 50% da tração. Além disso, é o único do mercado, em sua faixa de preço, a oferecer esse tipo de tração acompanhada de câmbio automático (6 marchas). Os concorrentes contam com câmbio manual. Aliás, esse câmbio automático substitui o automatizado de dupla embreagem (Powershift) até então utilizado. Ele oferece a possibilidade de trocas manuais por meio de “borboletas” atrás do volante. Outra informação importante é que o pacote de tecnologia e segurança oferecido é bem recheado. Ele é equipado, por exemplo, com sete airbags (frontais, laterais, do tipo cortina e para os joelhos do motorista). Também oferece conteúdos interessantes nessa versão topo de linha: controle de estabilidade com sistema anticapotamento, monitoramento de pressão dos pneus e teto solar elétrico. Visual - Para se destacar ainda mais das demais versões, o EcoSpor Storm ganhou uma cor especial de lançamento, chamada pela Ford de marrom Trancoso. Além disso, o nome da versão é estampado na grade do radiador. As caixas das rodas receberam molduras em plástico preto. Faixas escuras foram aplicadas
no capô e nas laterais. A carcaça dos espelhos retrovisores, as maçanetas e o rack de teto são cinzas. Mesma cor adotada nas rodas de liga-leve (de 17 polegadas). O estepe, ainda fixado na tampa do porta-malas, recebeu uma carcaça protetora de plástico com o nome da versão e na cor do veículo. No interior, o visual também é diferenciado em relação a outras versões do SUV compacto. O volante e os bancos, revestidos em material sintético que imita o couro, receberam pespontos na cor laranja. É a mesma cor adotada na base da central multimídia e no contorno do console central. Esse material na cor laranja também está presente no acabamento dos apoios de braço das portas. Falando na central multimídia, é a mais avançada disponibilizada pela Ford (Sync 3). Ela apresenta tela sensível ao toque de 8 polegadas e conectividade com o Apple CarPlay e o Android Auto. O sistema inclui comandos por voz para áudio, telefone e GPS. A partida do motor é feita por meio de botão no painel (chave presencial) e o modelo conta com ar-condicionado digital automático. O quadro de instrumentos apresenta tela de 4,2 polegadas para o computador de bordo. O som premium é da marca Sony, sendo equipado com 9 alto-falantes.
Motor 2.0 16V garante bom desempenho O Ford EcoSport Storm é equipado com um motor 2.0 16V bicombustível. É o mesmo utilizado no Focus e apresenta duplo comando de válvulas variável e injeção direta de combustível. Ele é capaz de render 170/176 cv (gasolina/etanol) e apresenta torque de 202/221 Nm (gasolina/ etanol). É o suficiente para o utilitário se mostrar ágil no trânsito urbano e nas rodovias. Em estradas, essa motorização, aliada ao peso do veículo de 1.469 kg, cobra seu preço no consumo (ver Ficha Técnica). Pondo isso de lado, o rendimento é muito bom. Nas rodovias, por exemplo, ultrapassagens são feitas com bastante segurança. O motor “enche” e o câmbio mantém a rotação alta. Vale destacar que o isolamento acústico é eficiente e o barulho do motor não invade
a cabine em situações como essa. O conforto é bom para os ocupantes graças à suspensão traseira com sistema independente Multilink e molas de rigidez progressiva. Isso melhora o nível de vibração e a capacidade de absorção de impactos. Esse conjunto da suspensão oferece conforto para os passageiros sem prejudicar o desempenho. A carroceria não inclina muito em curvas mais fechadas e o modelo está sempre “nas mãos”. Dentre outros, o Ford EcoSport Storm 2.0 16V 4WD é equipado com sete airbags (dianteiros, laterais, do tipo cortina e para os joelhos do condutor), encostos de cabeça e cintos de três pontos para todos os ocupantes, controles de estabilidade e tração, faróis de xenônio, faróis de neblina, sistema Isofix para fixação de cadeirinhas infantis, assistente
de partidas em rampas, sensor de estacionamento traseiro, câmera de ré, chamada de assistência de emergência, ar-condicionado digital automático, direção eletricamente assistida, rodas em liga leve de 17 polegadas, bancos revestidos com material sintético que imita o couro, câmbio automático de 6 marchas com possibilidade de trocas manuais por meio da própria alavanca ou pelas “borboletas” localizadas atrás do volante, volante multifuncional, retrovisor interno fotocrômico, teto solar elétrico, sistema de partida por meio de botão (chave presencial), sistema multimídia com tela sensível ao toque de 8 polegadas e sistema de som premium da marca Sony com 9 alto-falantes. Na tabela da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), seu preço é R$ 98,86 mil. (JOC)
FICHA TÉCNICA Velocidade máxima — 180 km/h 0 a 100 km/h — 10,7 segundos Potência — 170/176 cv (gasolina/etanol) Consumo médio gasolina — 8,3 km/l (cidade) e 10,5 km/l (estrada) Consumo médio etanol — 6,1 km/l (cidade) e 8,0 km/l (estrada) Distância entre eixos — 2,52 metros / Comprimento — 4,36 metros Largura — 1,79 metro / Altura — 1,69 metro Capacidade do porta-malas — 356 litros Capacidade do tanque — 52 litros Pneus/Rodas — 205/50 R17 / Liga leve 17 polegadas
BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 29 DE JUNHO DE 2018
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FINANÇAS financas@diariodocomercio.com.br
RELATÓRIO DE INFLAÇÃO
MERCADO
BC reduz previsão do PIB e País deve crescer 1,6% no ano Greve dos caminhoneiros e perda de fôlego da atividade afetaram projeção ANPR/DIVULGAÇÃO
São Paulo/Brasília - O Banco Central (BC) reduziu com força sua projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil a 1,6% neste ano, sobre 2,6% antes, citando não apenas os efeitos da greve dos caminhoneiros, mas também a queda da confiança de empresas e consumidores e a perda de fôlego da atividade vista desde o início do ano. Além disso, o BC deixou claro que vê a inflação perdendo força após junho, mês que ainda sofrerá o impacto da alta dos preços ocasionada pela paralisação dos caminhoneiros em maio, que causou forte desabaste- Setor industrial, na análise da instituição financeira, deve ser um dos mais impactados cimento no País todo. Com isso, acabou reforçando visões de que não mexerá tão cedo na taxa básica de juros. Rio de Janeiro - O Ins- era de expansão de 3,0%. deve avançar 1,4% em 2018, “A revisão (do PIB) está tituto de Pesquisa EcoAs estimativas para a com aumento de 3,0% em associada ao arrefecimento nômica Aplicada (Ipea) Formação Bruta de Ca- 2019. O PIB dos Serviços da atividade no início do prevê um avanço de 1,7% pital Fixo (FBCF, medida cresceria 1,8% em 2018 e ano, à acomodação dos inno Produto Interno Bruto dos investimentos no PIB) 3,1% em 2019, enquanto dicadores de confiança de (PIB) brasileiro este ano, também foram reduzidas. o PIB Agropecuário reempresas e consumidores seguido de crescimento de A previsão em março era cuaria 1,0% este ano, mas e à perspectiva de impactos 3,0% em 2019. Os dados, de que a FBCF registrasse aumentaria 3,5% em 2019. diretos e indiretos da paralidivulgados ontem pelo elevação de 4,5% em 2018, Sob a ótica da demanda, sação no setor de transporte instituto, foram revistos mas a expectativa agora é o Consumo das Famílias de cargas ocorrida no final de para baixo, após a deterio- de que cresça 3,6%. Para deve subir 2,3% em 2018 maio”, mostrou o Relatório ração do cenário externo 2019, a FBCF deve aumen- e 3,1% em 2019. Já o ConTrimestral de Inflação (RTI) e doméstico. Na última tar 4,2%. sumo do Governo deve do BC, publicado ontem. O Ipea divulgou ainda cair 0,5% este ano, mas divulgação, realizada em março, a expectativa do previsões para os compo- aumentar 0,5% no ano que Indústria - Para o BC, o setor Ipea para o PIB de 2018 nentes do PIB. A indústria vem. (AE) industrial será um dos que mais deve sofrer neste ano, com estimativa de expansão divulgados, mas que dados taxas mensais”. O mercado, em geral, tem de 1,6% agora, praticamente já conhecidos “sinalizam Na semana passada, o BC visto que a inflação provaa metade do esperado antes influência expressiva da manteve a taxa básica de velmente terminará o ano (3,1%). greve sobre a produção e juros na mínima histórica a 4%, abaixo do centro da O consumo das famílias o varejo”. de 6,50% ao ano, citando meta de 4,5%, com o IPCA também crescerá menos piora no mercado externo com margem de 1,5 ponto 2,1%, frente a 3% - “com- Inflação - O BC reconheceu e, ao mesmo tempo, recu- percentual para cima ou para patível com a recuperação que a inflação será mais alta peração “mais gradual” da baixo, acelerando então a mais lenta da massa salarial, no curtíssimo prazo por economia brasileira neste 4,10% em 2019. E também vê resultado da redução no conta da bandeira tarifária ano após a greve. que a Selic não será alterada ritmo de crescimento dos de energia mais pesada e da Para a inflação medida até o final deste ano. Para o rendimentos e da população greve dos caminhoneiros e pelo IPCA, o BC manteve sua fim de 2019, a expectativa é ocupada”. seus impactos nos preços dos projeção em 4,2% para 2018 de que ela vá a 8%. As projeções sobre o de- alimentos e combustíveis, e 3,7% para 2019, conforme O BC também projetou sempenho da economia têm mas ressaltou que ela deve divulgado na decisão do que, no cenário de mercado, se tornado cada vez mais perder força em seguida. Comitê de Política Monepessimistas. Pesquisa Focus “Nos meses seguintes (a tária (Copom) na semana os preços administrados do BC, que ouve uma cen- junho), a despeito dos efeitos passada. Já para 2020, a es- deverão subir 7,2% em 2018, tena de economistas todas defasados da depreciação timativa passou a cerca de 4,6% em 2019 e 3,8% em 2020. “(O RTI) reforçou a sinaas semanas, mostra que a cambial observada desde 3,7%, sobre 4%. estimativa de expansão do o final de abril e da alta “O Copom sempre teve lização de que o plano de PIB do País neste ano esta- projetada para passagens que equilibrar o risco da voo atual do Banco Central va em 1,55%, depois de ter aéreas, em julho, espera-se inflação ficar abaixo da meta é o de manutenção da taxa chegado a 3% alguns meses que a reversão dos efei- com o compromisso de man- Selic em 6,50%, a menos antes. tos do desabastecimento, ter a inflação baixa de forma que a evolução do balanço No RTI, o BC informou a sazonalidade favorável perene. O risco da inflação de riscos e a disseminação que ainda é difícil dimen- dos preços de alimentos e ficar abaixo da meta dimi- do choque cambial sejam sionar, “de forma precisa”, o a elevada ociosidade dos nuiu nesse balanço”, afirmou maiores para os preços”, impacto da greve enquanto fatores de produção favo- a jornalistas o presidente do trouxe o banco Bradesco, mais indicadores não forem reçam o arrefecimento das BC, Ilan Goldfajn. em nota. (Reuters)
Ipea também revê estimativa para baixo
Com valorização de bancos, Ibovespa fecha em alta; dólar encerra em queda São Paulo – O principal índice acionário da B3 terminou em alta ontem, em movimento de recuperação após a queda da véspera, apoiado nos ganhos das ações de bancos. O Ibovespa fechou com valorização de 1,64%, a 71.766 pontos, após cair mais de 1% na véspera. O giro financeiro somou R$ 8,62 bilhões. Apesar da recuperação, que ganhou fôlego durante a tarde, acompanhando a melhora em Wall Street, o cenário de cautela diante de incertezas em torno das eleições presidenciais no Brasil este ano permanece no radar. O S&P 500 subiu 0,62%. Na máxima da sessão, o Ibovespa subiu 2,1%, enquanto caiu 0,24% na mínima. “Temos dificuldades e incertezas de curto prazo que causam volatilidade e estresse, mas a tese inicial
é de que estamos diante de um ciclo expansionista e positivo para nosso mercado, então, quando começa uma pequena recuperação, ninguém quer ficar para trás e, em pouco tempo, a alta vai a 1% ou 2%”, disse o sócio analista da Eleven Financial Raphael Figueredo. Câmbio - O dólar terminou a sessão de ontem em baixa ante o real, acompanhando a trajetória da divisa norte-americana ante a maioria das moedas emergentes no exterior, um dia depois de ter subido mais de 2%, para o maior nível desde o começo do mês. O dólar recuou 0,51%, a R$ 3,8557 na venda, depois registrar a mínima de R$ 3,8348. Na véspera, a moeda havia subido 2,04%, para R$ 3,8755. O dólar futuro tinha alta de cerca de 0,05%. (Reuters)
FEBRABAN
Crédito verde avança 33,4% em 2017 e atinge marca de R$ 412 bilhões São Paulo - Na contramão da trajetória cadente do crédito corporativo no Brasil, nos últimos anos, os financiamentos para projetos ligados à redução da emissão de carbono, eficiência no uso de recursos naturais e inclusão social seguem crescendo forte no País, segundo levantamento da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Os empréstimos para a chamada economia verde cresceram 33,4% em 2017, para R$ 412,3 bilhões, segundo os dados da entidade. Em relação a 2013, quando a pesquisa começou a ser feita, o montante representa um salto de 233%. Com isso, a participação dos financiamentos para companhias de economia verde no total dos empréstimos dos bancos em um ano subiu de 18,8% para 27,6% da carteira de crédito de 15 bancos que, somados, representam 86,8% dos R$ 1,7 trilhão da carteira de financiamentos para pessoa jurídica.
O movimento vai na esteira da rápida multiplicação de projetos ligados a energia renovável e biocombustíveis. “Isso reflete, em parte, a crescente demanda de empresas e dos próprios bancos por aliar operações a padrões internacionais de práticas ambientais e sociais responsáveis”, disse à Reuters o diretor de relações institucionais da Febraban, Mario Sérgio Vasconcelos. Dentre essas iniciativas, está a adesão dos grandes bancos do País aos Princípios do Equador, padrões de gestão de risco adotados por instituições financeiras para gerenciar riscos ambientais e sociais em projetos. Embora com expressão bem menor, o mercado de capitais foi na mesma direção, com a captação de recursos via os chamados green bonds dando um salto de 181% no ano passado, para R$ 8,1 bilhões. A emissão de debêntures verdes cresceu quase 60% no período, para R$ 33,3 bilhões. (Reuters)
TESOURO
Governo central tem menor déficit em maio em 3 anos Brasília - O fim do pagamento de precatórios e o resgate de parcelas do Fundo Soberano fizeram o governo central – Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central – registrar o menor déficit para meses de maio em três anos. No mês passado, o déficit primário somou R$ 11,024 bilhões. O valor é o menor para o mês desde 2015. Em relação a maio do ano passado, o déficit caiu 63,5%, descontada a inflação oficial medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor
Amplo (IPCA). O déficit primário é o resultado negativo nas contas públicas desconsiderando o pagamento de juros da dívida pública. Em março e abril, o Tesouro desembolsou R$ 20,2 bilhões de precatórios – R$ 9,5 bilhões em março e R$ 10,7 bilhões em abril. Como essas despesas não se repetiram em maio, o déficit caiu. Também contribuiu para o resultado o resgate dos últimos R$ 3,5 bilhões que restavam no Fundo Soberano, poupança formada com excedente de
recursos em 2008. Por causa dos resultados positivos registrados no início de 2018, o Governo Central acumula déficit primário de R$ 16,449 bilhões nos cinco primeiros meses do ano, contra rombo de R$ 36,634 bilhões no mesmo período do ano passado. Esse também é o melhor resultado para o período desde 2015. Receitas - Até maio, as receitas líquidas cresceram 7,9% acima da inflação oficial, contra aumento de
3,8% acima da inflação das despesas. Além da recuperação econômica, que impulsionou a arrecadação nos últimos meses, o Programa Especial de Renegociação Tributária (Pert), apelidado de Novo Refis, e o crescimento dos royalties do petróleo por causa da melhoria da cotação do produto contribuíram para a alta das receitas. Apesar da melhoria do desempenho das contas públicas, a Previdência Social registrou déficit de R$ 76,308 bilhões de janeiro a
maio, valor recorde para o período. O rombo foi parcialmente compensado pelo superávit de R$ 59,860 bilhões do Tesouro Nacional e do Banco Central. Em relação às despesas, os gastos de custeio (manutenção da máquina pública) aumentaram 12,2% acima da inflação. Infladas pelos precatórios, as despesas com a Previdência Social subiram 3,1%, e os gastos com o funcionalismo federal aumentaram 1,1%, descontado o IPCA. O maior crescimento, no
entanto, ocorreu com os investimentos federais (obras públicas e compra de equipamentos), que somaram R$ 15,673 bilhões de janeiro a maio, com alta de 24,4% em relação aos mesmos meses do ano passado. Os gastos do principal programa federal de investimentos, no entanto, estão caindo. O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) executou R$ 7,316 bilhões nos cinco primeiros meses de 2018, recuo de 11,3% em relação ao ano passado, descontado o IPCA. (ABr)
Indicadores Econ├┤micos InямВa├з├гo
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Agenda Federal Dia 29
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LEGISLAÇÃO PLANOS DE SAÚDE
REGULAÇÃO
Coparticipação pode ser cobrada
Especialistas defendem Norma da ANS prevê ônus de até 40% do valor de cada procedimento para o cliente aprovação de lei das agências São Paulo - As opera- de R$ 6 mil (mensalidade ALISSON J. SILVA
doras de planos de saúde poderão cobrar dos clientes até 40% do valor de cada procedimento realizado, conforme norma editada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e publicada ontem no “Diário Oficial da União (DOU)”. A resolução define regras para duas modalidades de convênios médicos que vêm crescendo no mercado: a coparticipação (quando o cliente arca com uma parte dos custos do atendimento toda vez que usa o plano de saúde) e a franquia (similar à de veículos). Ambos os formatos já estavam previstos em resolução do setor de 1998, mas ela não tinha sido regulamentada. Não havia, por exemplo, a definição de um porcentual máximo para a coparticipação em cada atendimento, mas a diretoria de fiscalização da ANS orientava as operadoras a não praticarem valores superiores a 30% na prática, portanto, a nova regra amplia o valor máximo que as operadoras podem cobrar dos usuários. O texto da nova resolução prevê, porém, que todas as cobranças com franquia e coparticipação estejam sujeitas a um valor máximo por ano. A parte a ser paga pelo beneficiário no somatório de 12 meses terá como teto o mesmo valor que ele paga de mensalidade no acumulado do ano. Ou seja, se o valor total pago em 12 meses for
de R$ 500), este será o limite para os gastos extras do cliente com franquia e coparticipação (diluídos ao longo dos meses). Esse limite poderá ser aumentado em 50% no caso de planos coletivos empresariais (que representam 67% do mercado de convênios médicos), caso isso seja acordado em convenção coletiva. No exemplo dado acima, portanto, o limite a ser pago pelo contratante em pagamentos de franquia e coparticipação poderia chegar a R$ 9 mil por ano. Esse mesmo teto também deverá ser respeitado para os planos com franquia, mas a cobrança nesse caso será diferente. A franquia poderá ser aplicada de duas formas: 1) dedutível acumulada: a operadora não se responsabiliza pela cobertura das despesas até que seja atingido o valor previsto no contrato como franquia; 2) limitada por acesso: será estipulado um valor de franquia por procedimento e não por ano. As regras só valem para contratos novos. As operadoras poderão continuar vendendo planos sem franquia ou coparticipação, mas os produtos com esses formatos deverão ser 20% a 30% mais baratos. Publicada quinta-feira (28), a norma entra em vigor em seis meses, prazo dado para que as operadoras se adaptem às novas normas. O presidente da Associa-
DA REDAÇÃO
Resolução da ANS disciplina pagamento de franquia pelo usuário de convênio médico
ção Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), Reinaldo Scheibe, diz que o mercado de planos com coparticipação e franquia deve se expandir e, como esses produtos são mais baratos, mais pessoas terão acesso ao convênio médico. “As empresas terão condições de colocar mais pessoas nos planos, por exemplo”, opina. Críticas - O percentual de 40% de coparticipação e o limite de gastos previsto para o cliente são dois pontos polêmicos que opõem ANS
SEGURANÇA DO TRABALHADOR
e entidades de defesa do consumidor. Para a agência, as regras trazem “maior previsibilidade” aos consumidores, que, ao contratar um plano com coparticipação e franquia a partir de agora, saberão qual é o valor máximo que pagarão ao final do mês e ano. “Os avanços dessa norma são garantir que o consumidor não seja surpreendido com um custo muito alto e definir procedimentos isentos da cobrança de coparticipação e franquia”, afirma o diretor de desenvolvimento
setorial da ANS, Rodrigo Rodrigues de Aguiar. Já para o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), a norma preocupa pela possibilidade de endividamento dos beneficiários e pela ampliação do porcentual de coparticipação para 40%. “A regulamentação dessas modalidades de plano é importante, mas parece que nenhuma das sugestões das entidades de proteção do consumidor foi ouvida”, questiona Ana Carolina Navarrete, pesquisadora do Idec. (AE)
LICITAÇÕES
Minas ocupa 2º lugar em casos Decreto corrige valores em de descumprimento da NR-7 120% a partir do dia18 de julho DA REDAÇÃO
Com 10.537 autos aplicados em 2.147 empresas no ano passado, Minas Gerais ocupa o segundo lugar em casos de não cumprimento das normas de segurança e saúde do trabalhador. Já neste ano, foram 4.117 autuações a 791 unidades empresariais. São Paulo registra o maior número de casos de não cumprimento das normas de segurança e saúde do trabalhador. Apresenta 15,54% dos 78.383 verificados pela fiscalização do Ministério do Trabalho em 2017. Ou seja, foram 12.180 autuações a 3.329 estabelecimentos no estado. Os dois estados são também os que mais geram postos de trabalho formais no Brasil, correspondem a 29,78 % em São Paulo e 10,93% em Minas Gerais, de todos os vínculos trabalhistas no território nacional. Somente nos primeiros quatro meses de 2018 já foram aplicadas 37.336 multas em todo o País a 9.093 unidades visitadas pela inspeção do trabalho. Já em São Paulo foram 5.463 punições por descumprimentos à prevenção de acidentes de trabalho em 1.403 estabelecimentos no mesmo período. Segundo o ministro do Trabalho, Helton Yomura, a nova equipe da Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT) está priorizando a saúde e segurança do trabalhador. “O foco da nova gestão será a prevenção, com melhorias das ações fiscalizatórias nas áreas de saúde e segurança no trabalho e investimento em qualificação técnica”, observou. Das autuações, o não cumprimento de exigências do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional, previsto na Norma Regulamentadora nº 7, é o caso mais frequente registrado pela
fiscalização. A NR-7 estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implementação do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional com o objetivo de promoção e preservação da saúde dos trabalhadores. O programa tem caráter de prevenção, rastreamento e diagnóstico precoce dos agravos à saúde relacionados ao trabalho. Outros estados que também apresentaram número elevado de autuações em razão de omissão na prevenção a acidentes de trabalho. Em 2017, no Rio Grande do Sul foram 6.995 multas emitidas; Rio de Janeiro, 6.617; Santa Catarina, 5.384; Paraná, 4.959; Bahia, 3.871; Mato Grosso, 3.781; e Goiás, 3.491. Canpat - A Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho (Canpat 2018), lançada abril pelo Ministério do Trabalho, segue até novembro, e tem como objetivo chamar atenção para a prevenção a acidentes e adoecimentos de trabalhadores. Em 2017, de acordo com números do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), foram concedidos 196.754 benefícios a trabalhadores que precisaram ser afastados das atividades profissionais por mais de 15 dias devido a algum problema de saúde ocasionado pelo trabalho. A média foi de 539 afastamentos por dia. Apesar de a Canpat 2018 tratar da prevenção em todas as situações que envolvem o trabalho, a campanha deste ano tem como focos principais: os adoecimentos e as quedas com diferença de nível, ou seja, quando o trabalhador cai de locais altos, como plataformas elevadas, escadas ou andaimes. (As informações são do Ministério do Trabalho)
DA REDAÇÃO
As regras para as licitações do poder público podem ser alteradas em relação ao que estabelece a Lei 8.666, de 1993. Isso porque nesta semana foi publicado no “Diário Oficial da União (DOU)” um decreto presidencial que corrige em 120% os valores que precisam ser considerados para a adoção das modalidades de licitação. Os novos valores entram em vigor a partir de 18 de julho. De acordo com o texto, os contratos na modalidade convite, por exemplo, eram de até R$ 150 mil. Com a mudança, o valor de referência passa a ser de R$ 330 mil. Na mesma modalidade, mas envolvendo as demais licitações, o valor anterior chegava a R$ 80 mil. Agora, os contratos podem ser feitos com valor estimado em até R$ 176 mil. O decreto determina ainda o aumento no valor das contratações, que podem ser realizadas pela administração pública com dispensa de licitação. Pelo que estabelece a Constituição, o governo federal, os estados, o Distrito Federal e os municípios são obrigados a fazer licitações para contratar obras e serviços ou realizar compras. A correção nos valores acontece no momento em que tramita na Câmara dos Deputados uma proposta (PL 6814/201) que promove alterações nos procedimentos de licitação e cria um novo marco regulatório para o setor. Favorável à medida que é discutida no Legislativo, o deputado federal Edmar Arruda (PSD-PR) explica que a matéria tem como um dos objetivos evitar a paralisação de obras. “Em obras de engenharia, pretendemos incluir o seguro de uma forma facultativa para obras
de até R$ 200 milhões e obrigatória para as orçadas acima de R$ 200 milhões. Isso faz com que a gente vá diminuir o número de obras paralisadas e não entregues”, disse. “Além disso, nós estamos fazendo uma lei onde o próprio poder público tenha que ter a previsão orçamentária e financeira, para que na hora que ele contrate uma obra, tenha os recursos e não deixe de pagar a empresa, e, com isso, também a obra sofrer paralisação”, completa o parlamentar. A aplicação das regras também valeria para ações administrativas do Legislativo e do Judiciário, fundos especiais, órgãos que sejam administrados pelo poder público, embaixadas e consulados. Unificação - Segundo o advogado, consultor e professor Murilo Jacoby, a proposta pretende unificar as principais regras de licitação do País. O especialista afirma ainda que, entre os itens sugeridos, um abre espaço para a troca de ideias entre os setores público e privado. “O projeto também propõe a criação da modalidade chamada diálogo competitivo - possibilidade de modalidade de licitação onde eu chamo os particulares sem ter meu projeto pronto. Para eles contribuírem e trocar ideias, para que a gente decida em conjunto qual o melhor projeto para aquele empreendimento, para, então, ir à fase de lance. Isso me permite trazer expertise do privado para dentro do setor público”, destacou Jacoby. A norma não contempla contratos de operação de crédito e gestão da dívida pública, contratações regidas pela Lei de Responsabilidade das Estatais e outros casos onde as contratações são feitas através de legislação própria.
Especialistas e representantes do governo defendem a aprovação do texto do projeto de lei que trata das agências reguladoras da forma como está, deixando eventuais ajustes para o futuro. Esse também é o posicionamento dos dirigentes das dez autarquias afetadas. O projeto unifica as regras sobre gestão, poder e controle social das agências reguladoras e pretende garantir a autonomia funcional, decisória, administrativa e financeira dessas autarquias, além de dar mais transparência à atividade regulatória e estabelecer medidas para evitar interferências do setor privado. De acordo com o gestor governamental da Diretoria de Políticas de Estado do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Bruno Queiroz Cunha, o principal objetivo do projeto de lei é procurar harmonizar algumas questões que são próprias e particulares das dez agências reguladoras existentes hoje no País. “Esse PL atual procura facilitar a compreensão da sociedade, do empresariado, do mercado, do próprio governo, dos ministérios e outras organizações. Hoje, a gente tem uma miríade de órgãos que, de alguma maneira, interagem com as agências, seja de uma maneira mais constante ou de uma maneira mais pontual. Então, a intenção maior, o plano de fundo e o eixo central deste projeto é de fato harmonizar algumas medidas que são comuns, hoje, às agências reguladoras”, afirmou Cunha. O texto também propõe que os dirigentes vão precisar de pelo menos dez anos de experiência no setor público ou privado, no campo de atividade da agência reguladora ou área similar. Outra exigência é que eles tenham um notório conhecimento e uma formação acadêmica compatível com o cargo. Segundo a professora do Instituto de Energia e Ambiente da USP, Virginia Parente, aprovados em sabatina no Senado, os mandatos serão de 5 anos, não coincidentes e sem recondução. “Alguém não vai ter o direito de querer ficar agradando alguns desses times para poder continuar lá. Ele tem que fazer um bom trabalho no período em que ele estiver lá para que seja reconhecido, para que ele tenha empregabilidade e respeito dos pares. Então, a ideia de não haver recondução é um bom aspecto deste novo projeto de lei”, disse a professora. Será só a partir de uma lista tríplice formada por pessoas que preencham todos esses pré-requisitos que o presidente da República indicará os presidentes e os diretores. O projeto de lei também exige que todas as agências tenham ouvidoria e que encaminhem ao Congresso um planejamento anual. Como tramita em caráter conclusivo, se for aprovada sem alterações pela comissão especial, a proposta seguirá para sanção presidencial, a menos que haja recurso para análise no Plenário da Câmara. Se houver alterações, o texto retornará ao Senado.
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VIVER EM VOZ ALTA
Viver com liberdade, em contato com a natureza, nos faz mais felizes TOMAZ SILVA/AGÊNCIA BRASIL
ROGÉRIO FARIA TAVARES *
Gabriela está no Rio de Janeiro desde quinta-feira passada, com a mamãe e a vovó. Com um ano e oito meses, é a segunda vez que visita a Cidade Maravilhosa, por conta dos cursos de aperfeiçoamento em ‘body talk’ que minha mulher frequenta, periodicamente, na antiga capital do Brasil. Agora, já crescidinha, foi levada a Ipanema, para conhecer o mar. Incomodou-se um pouco com a areia, mas gostou da experiência, ainda que algumas ondas a tenham surpreendido. No dia seguinte, animada, esteve no aquário, onde também passou bons momentos. Carlos teve seu primeiro contato com o oceano em Aracaju, Sergipe, de onde é a família de Julia, mulher de meu irmão. Adorou. Agia como se tivesse nascido em uma aldeia de pescadores, tamanha a familiaridade com a água salgada. Tive outra confirmação disso quando Sabrina e eu o levamos a João Pessoa, na Paraíba, e com ele circulamos, entre outras, pela praia de Tambaba, que merece a visita de todos os que cultivam uma mente cosmopolita, aberta, sintonizada com o mundo e o século 21. Meu primogênito se divertiu muito naquele belíssimo lugar. Em Tambaba, todos seguem, sem qualquer problema e em clima de grande maturidade, a ética proposta pelo naturismo, que se espalhou pelo planeta a partir dos anos 50 do século 20. Surgido na Alemanha, tem regras próprias, defende o auto respeito, o respeito pelo outro e pelo meio ambiente, uma maior aproximação entre o homem e a natureza e uma alimentação mais saudável. Ali, lembrei-me do passeio às famosas
Ilhas Cies, próximas a Vigo, na Galícia, ao norte da Espanha, outro núcleo importante do naturismo, movimento que também contribui, com os valores que difunde, para que as pessoas tenham uma relação mais tranquila e mais feliz com o próprio corpo, algo que é tão difícil na sociedade atual, violentamente assediada pelos interesses do mercado e da mídia. Em nome do que definiu como beleza, o mundo do consumo, da publicidade e da propaganda, muitas vezes, quer impor padrões que agridem justamente a beleza espontânea e profunda que cada um traz consigo. O resultado dessa ação
sobre alguns, sobretudo os jovens, pode ser desastroso. Há os que farão de tudo para adequar-se às modas, às últimas tendências, ‘ao que está bombando’, desde tomar remédios e fazer dietas até submeter-se a cirurgias, ainda que não sejam assim tão inofensivas... Há os que se intimidarão diante de tanta exigência e que cairão prostrados, em tédio ou depressão, incapazes de adequar-se ao que a eles é demandado... Os mais espertos (ou mais sortudos, ou mais abençoados...) se esquivarão e levarão uma vida, talvez, mais descomplicada, mais despojada, menos comandada pela opinião alheia e pelas pressões externas,
tão eficientes em produzir medo, angústia e infelicidade. E terão, provavelmente, mais tempo (e liberdade) para aproveitar uma bela manhã de sol, ou uma tarde agradável de outono, seja nas Ilhas Cies, seja em Tambaba, seja no Rio de Janeiro. Peço todos os dias às forças do universo que inspirem e iluminem meus pequeninos a nunca se esquecerem do prazer que é sentir a água salgada do mar banhando o corpo, num estado de harmonia plena com a vida e a natureza. Simplesmente isso. * Jornalista. Da Academia Mineira de Letras JOMAR BRAGANÇA/DIVULGAÇÃO
Dia de Cooperar
Sede da Localiza
Por meio do Dia de Cooperar (Dia C), cuja celebração ocorre amanhã (30), cooperativistas e voluntários dos quatro cantos do País dão as mãos e promovem iniciativas que transformam a realidade das pessoas e contribuem para a construção de um País mais justo, equilibrado e com mais oportunidades para todos. As cooperativas, com o apoio do Sistema Ocemg, vão celebrar esse movimento com eventos diversificados em todo o Estado. Em Belo Horizonte, o encontro está marcado para as 9h, na Praça da Assembleia, com diversas atrações, como apresentações culturais, espaço para exposição e degustação de produtos de cooperativas, recreação infantil, aferição de pressão, troca de livros, doação de mudas e recolhimento de lixo eletrônico, show com a banda Putz Grilla e muito mais. Em 2017, cerca de 250 cooperativas e 56 mil voluntários beneficiaram mais de 900 mil pessoas no Dia C em Minas.
Um livro, com imagens fotografadas por Jomar Bragança traduz o moderno e arrojado projeto de arquitetura de interiores assinado pela Morence Arquitetura + Design para a nova sede da Localiza. As belas fotos em cor exprimem o conjunto e a dimensão da obra realizada pelo escritório comandado por João Carlos Moreira Filho e Maria Thereza Terence. Localizado no bairro Cachoeirinha, região Nordeste de Belo Horizonte, o novo prédio da Localiza conta com 26 andares, em uma área de 30 mil metros quadrados. O projeto demandou intensa pesquisa, com intuito de entender a Localiza, fortalecer sua imagem corporativa, sua missão e valores, lançando mão de tecnologia e conforto para mais de dois mil colaboradores. O lançamento do livro será na segunda-feira (2), às 19h, na sede da Localiza, no Cachoeirinha.
CULTURA OMAR FREIRE/IMPRENSA MG
Bandas de Música Encontro - Para fechar com chave de ouro a ação
que trouxe os acordes das tradicionais bandas de música à capital mineira, o terceiro espetáculo, da série de três, do
II Encontro de Bandas de Música, terá participação da Corporação Musical União Operária, de Nova Lima, da Filarmônica do município de Santa Cruz do Escalvado e da Sociedade Musical Santa Cecília, do município de Mariana. Quando: Amanhã (23), às 10h Quanto: Entrada Gratuita Onde: Parque Municipal Américo Renné Giannetti, em frente ao Teatro Francisco
Nunes, em Belo Horizonte Design Autoral Mostra - Vinte e sete peças inéditas, entre mobiliário, objetos de decoração e luminárias, criadas por 30 designers e arquitetos mineiros vão integrar a Mostra de Design Autoral feito em Minas Gerais. Do artesanal ao industrial, as peças exploram o aço, a madeira, a pedrasabão, o concreto e o papelão. A mostra pretende valorizar, divulgar e difundir as mais recentes criações da área feitas em Minas Gerais. Quando: De hoje a 8 de julho Quanto: Visitação Gratuita Onde: Casa Fiat de Cultura (Praça da Liberdade, 10, Funcionários, Belo Horizonte) Teatro Improviso - “Teatro de Histórias Reais: Aconteceu
Comigo”, da Cia. de Teatro Creatio tem cenas de improviso partindo de histórias colhidas das pessoas presentes na plateia. O espetáculo é um teatro de improviso que faz a transição da arte de contar histórias oralmente para a encenação das situações. O público a assiste episódios uns dos outros, relacionados aos acontecimentos do cotidiano. Quando: Hoje e amanhã (30), às 20h Quanto: R$ 20 (Inteira) e R$ 10 (Meia) Onde: Teatro Raul Belém Machado (Rua Leonil Prata, s/n, Alípio de Melo – em frente à praça Paulo VI, Belo Horizonte) www.facebook.com/DiariodoComercio www.twitter.com/diario_comercio dcmais@diariodocomercio.com.br Telefone: (31) 3469-2067