23668

Page 1

diariodocomercio.com.br JOSÉ COSTA FUNDADOR

1

8

1

0

1

9

3

2

1

6

6

0

DESDE 1932 - EDIÇÃO 23.668 - R$ 2,50

2

BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 2 DE AGOSTO DE 2018

Recursos da Vitória a Minas podem ficar no Estado Fiemg confirma que ANTT vai rever decisão sobre financiamento da Fico A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) teria recuado na decisão de investir na Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico) com recursos da renovação da concessão da ferrovia que liga Vitória a Minas. A informação é do presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Flávio Roscoe Nogueira, que pretende, agora, atrair parte dos R$ 4 bilhões, a serem investidos pela Vale, para o Estado. “A ANTT anunciou que vai rever a decisão de enviar os recursos para o Centro-Oeste. Fizemos um movimento político e tivemos resultado. Agora, vamos trabalhar para fazer com que estes recursos fiquem com os estados que abrigam o modal: Minas Gerais e Espírito Santo”, anunciou. Pág. 3

DIVULGAÇÃO

Decisão em 2ª instância fortalece os municípios Uma decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) dá força aos municípios na queda de braço com o Estado pela regularização no repasse de recursos. Na terça-feira, a 6ª Câmara Cível negou recurso do governo de Minas e determinou o cumprimento dos prazos de repasse do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) à cidade de Itajubá, no Sul de Minas, sob pena de bloqueio judicial dos valores, segundo informou a Associação Mineira dos Municípios (AMM). É a primeira decisão em segunda instância em ações desse tipo movidas pela AMM. De acordo com a entidade, a dívida do Estado com os municípios já chega a R$ 7,6 bilhões. Pág. 5

Os investimentos integram a renovação antecipada de concessões de ferrovias, anunciada pelo governo

Banco Central mantém taxa Selic em 6,5% ao ano Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, também manteve inalterada a taxa de juros

Greve ajuda a superestimar o desempenho da indústria O faturamento do parque fabril mineiro cresceu 26,8% em junho na comparação com maio deste exercício. Em relação ao mesmo período do ano anterior, o avanço foi de 9,8%. O resultado do confronto mensal está relacionado à base fraca

de maio, causada pela greve dos caminhoneiros ocorrida na última semana do quinto mês. Já a alta na comparação anual se deu em virtude da melhora do cenário econômico. No semestre, a receita teve expansão de 2,8%. Pág. 7 DIVULGAÇÃO

EDITORIAL Os partidos políticos, atentos ao calendário, cujo descumprimento pode implicar sanções severas, vão cumprindo o ritual de formar suas chapas – e coligações – para que possam se apresentar aos eleitores em outubro. Não se imagine, no entanto, que o processo esteja concluído e completo, faltando nomes a escolher e apresentar, sobretudo aqueles indicados para acompanhar o candidato principal na qualidade de vice. Falta é entendimento, num processo de seleção que infelizmente parece estar repetindo algumas das piores e mais nocivas práticas da política brasileira. Trata-se de saber quem oferece o que, em que condições e a troca de que, tudo isso sem que escape qualquer sinal mais confiável. “Depende de quem ganhar”, pág. 2

Pág. 15

Petz investe na quarta unidade em Belo Horizonte O setor de produtos para animais domésticos tem rendido bons frutos em Minas Gerais. Não por acaso, a Petz, empresa especializada neste ramo, acaba de inaugurar a sua quarta unidade na capital mineira

em dois anos. Diferente das outras lojas na cidade, que contam com atendimento veterinário e centro de estética, a nova loja tem o formato express e foca apenas na venda de produtos. Pág. 11 DIVULGAÇÃO

OPINIÃO

As horas trabalhadas também voltaram a crescer Dólar - dia 1º

Euro - dia 1º

Comercial

Compra: R$

Compra: R$ 3,7579 Venda: R$ 3,7589

4,3723

Venda: R$ 4,3741

Turismo Compra: R$ 3,7330 Venda: R$ 3,9000

NovaYork(onça-troy):

Ptax (BC)

BM&F (g):

Poupança (dia 2): ............ 0,3715%

+0,58 +0,51

IPCA-Ipead(Junho):............ 1,71%

R$ 146,10

IGP-M (Julho): ......................... 0,51%

Conab levanta o custo de produção em Minas Gerais Profissionais da Conab estão em campo visitando agricultores e extrativistas no Estado. A visita tem como objetivo colher dados para a elaboração dos custos de produção das culturas

+0,1

IPCA-IBGE (Junho):............ 1,26%

US$1.217,90

As unidades da rede contam com mais de 20 mil produtos

BOVESPA

TR (dia 2): ............................... 0,0000%

Ouro - dia 1º

Compra: R$ 3,7485 Venda: R$ 3,7491

O Brasil precisa, para gerar emprego e renda, retomar o crescimento econômico. E, como concordam dez em dez economistas o investimento de hoje é o crescimento de amanhã. Impostos menores sobre o sistema produtivo, um sistema tributário simples, juros compatíveis com o retorno das indústrias e um câmbio que garanta a competitividade dos produtos brasileiros são essenciais para a retomada dos investimentos e do crescimento econômico. É disso que o Brasil precisa!Sabemos que o Brasil, apesar de estar saindo de uma das mais profundas crises da sua história, ainda tem grandes desafios porque convive com elevada dívida pública que o levou ao rebaixamento no ranking de bom pagador internacional. (João Marchesan), pág. 2

-1,01 26/07

-1,31 27/07

30/07

31/07

01/08

do pequi, mangaba, leite e café. O levantamento é considerado fundamental por ser utilizado como base para o estabelecimento de políticas públicas e para o cálculo do preço mínimo. Pág. 14


BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 2 DE AGOSTO DE 2018

2

OPINIÃO País precisa retomar o crescimento JOÃO MARCHESAN * “Para gerar emprego e renda, o Brasil precisa retomar o crescimento econômico. E, como concordam dez em dez economistas o investimento de hoje é o crescimento de amanhã. Impostos menores sobre o sistema produtivo, um sistema tributário simples, juros compatíveis com o retorno das indústrias e umcâmbio que garanta a competitividade dos produtos brasileiros são essenciais para a retomada dos investimentos e do crescimento econômico. É disso que o Brasil precisa! ” E é isto que consta na abertura de um documento que preparamos para ser entregue a todos os presidenciáveis, para que todos eles tenham a oportunidade de conhecer e entender as premissas básicas que consideramos imprescindíveis para o que o País retome o caminho do desenvolvimento. Batizado de “Cartilha aos presidenciáveis”, nosso trabalho apresenta a agenda proposta pela Abimaq para a retomada do crescimento econômico. Sua elaboração foi motivada pela necessidade de sensibilizar os candidatos à Presidência da República sobre os instrumentos efetivos para alcançar e manter um crescimento sustentado, tão almejado pela nação que ainda está se recuperando de uma das piores crises da sua história. Os grandes players mundiais têm, cada um, um projeto de país e sua agenda macroeconômica visa obter e manter um crescimento sustentado. No Brasil, a estratégia não pode ser diferente. É necessário que o País se empenhe em ter uma indústria de transformação robusta, diversificada e competitiva capaz de se destacar no cenário internacional, que, assim como ocorreu em muitas nações hoje desenvolvidas, garanta à sociedade brasileira desenvolvimento tecnológico, empregos de qualidade e renda digna. Sabemos que, apesar de estar saindo de uma das mais

profundas crises da sua história, o Brasil ainda tem grandes desafios porque convive com elevada dívida pública que o levou ao rebaixamento no ranking de bom pagador internacional, elevados juros de mercado, câmbio instável, baixo nível de investimento privado, ausência de investimento público. Ainda assim, o próximo governo tem que ter a clara noção de que o aumento da desigualdade social e da violência, a polarização da sociedade, o alto desemprego e o crescente desalento de nossa juventude não podem ser enfrentados sem a retomada do crescimento sustentado, essencial inclusive para o equilíbrio das contas públicas. É preciso, portanto, que o novo governo tome medidas urgentes no sentido de se organizar de forma a permitir o crescimento sustentado da economia de modo que a reversão da desindustrialização garanta emprego e renda para o cidadão. Para isso são necessárias ações que garantam a isonomia competitiva do setor produtivo, proporcionando ampliação de sua participação no mercado doméstico e internacional. Elencamos ainda ações necessárias que tirem o País dentre aqueles com alto grau de riscos de investimento. O ambiente institucional brasileiro reduz a eficiência de nossa economia por ser desfavorável ao empreendedorismo e à produção. De fato, a política macrobrasileira, há mais de três décadas, e salvo pequenos intervalos, tem se mantido hostil ao investimento produtivo. Para melhorar este ambiente, condição necessária para retomarmos um crescimento sustentado a taxas iguais ou maiores da média mundial, é necessária a adoção das reformas estruturais: Tributária, Fiscal, da Previdência, Monetária e Cambial, além de ser prioritária a criação de uma política industrial condizente com a indústria

brasileira de bens de capital mecânicos, que é o setor responsável pela difusão tecnológica em toda a cadeia produtiva, e que tem papel preponderante no aumento da produtividade nos setores agrícolas, de serviço e industrial. É composta por cerca de 7.500 empresas, que pagam, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), um salário médio anual 40% acima do salário médio da economia e 30% acima ao salário médio pago na indústria de transformação para quase 300 mil funcionários empregados diretamente, além de ser responsável por outros mais de dois milhões de empregos mantidos nos setores que são induzidos pela sua demanda. Juntas, as empresas de máquinas e equipamentos chegaram a faturar mais de R$ 120 bilhões em 2012, dos quais US$ 11 bilhões (ou R$ 21 bilhões) foram exportados, caindo, no ano passado, para quase R$ 70 bilhões, dos quais R$ 40 bilhões se destinaram ao mercado interno e US$ 9 bilhões (ou R$ 30 bilhões) à exportação. Seus produtos estão presentes em praticamente todos os setores da economia e, portanto, tem um efeito multiplicador muito importante para o País. A cada R$ 1 de demanda adicional de máquinas e equipamentos no Brasil, são gerados R$ 3,3 de produção no País, ou seja, para a demanda de R$ 70 bilhões em máquinas realizada em 2017 foram gerados na economia R$ 233 bilhões de produção. Precisamos que o novo governo tenha atenção para o nosso setor como propulsor de um novo tempo para o País. Estamos trabalhando para isso. * Administrador de empresas, empresário e presidente do Conselho de Administração da Abimaq – Associação Brasileira da Indústria de Máquinas

Historinhas do cotidiano (I) CESAR VANUCCI * “Aí, o bicho pegou!” (Antônio Maria, narrando episódio em que se fez passar por Vinícius de Moraes) Œ O apreciado compositor e cantor Toquinho, parceiro do inesquecível Vinícius de Moraes, relatou algum tempo atrás, em espetáculo no Palácio das Artes, divertido episódio. Amigo próximo do poeta-músico, o talentoso cronista, também aplaudido musicista (“A noite de meu bem”, em parceria com Dolores Duran), Antônio Maria, já não mais entre nós, pegou no Rio de Janeiro um avião com o destino de Belo Horizonte. Mulherengo e boêmio incorrigível, empavonou-se todo ao acomodar-se em poltrona ao lado de uma jovem de elogiáveis encantos. Fez de tudo para ser notado pela companheira de viagem. Mas a moça não dava a menor pelota para suas provocações verbais e gestuais. Eis que, de repente, ela saca da bolsa e põe-se, compenetrada, a ler um livro de poemas de Vinícius de Moraes. Antônio Maria, matreiro como ele só, divisou ali a “ensancha oportunosa” para a almejada aproximação. Pigarreou forte, mode que chamar atenção da passageira. Ao depois, esforçando-se por introduzir na fala toque de comovente modéstia, penetrando com o olhar os olhos da interlocutora, confessou-se extremamente lisonjeado com a preferência. Diante da surpresa e encantamento da moça, declarou-se o autor do livro. Ele próprio, Vinícius de Moraes. O clima, dali pra frente, como seria de se esperar, mudou da água pro vinho. Alias, foi regado mesmo a bom vinho, de marca italiana, o jantar que, horas depois, na acolhedora suíte do hotel em que se achava hospedado, ofereceu à fã embevecida do poeta. Os sucessos da noite, tocados na base da ternura, admiração e irrefreável ardor físico, deixou registro memorável na história romântica do irreverente Maria. Manhã seguinte, ele apressou-se em passar notícia do ocorrido, tintim por tintim, pelo telefone, ao amigo Vinícius. O poeta mostrou-se ávido por saber logo dos “finalmentes” do inusitado entrevero amoroso: “E como foi seu desempenho, hein, seu pilantra?” Ao que Antônio Maria, num desabafo desconsolado, posto que sincero, largou a revelação: - Aí, meu caro, o bicho pegou. Na hora H, do vamos ver, você, Vinícius, falhou feio!

Nos idos de 50, “O Dia” e a “Luta Democrática”, jornais cariocas de grande tiragem, direcionados para público leitor menos exigente, davam ênfase em manchetes garrafais a relatos de fatos chocantes, picantes, bizarros, extraídos da conturbada rotina policial. Da criatividade dos editores brotavam, de maneira a prender a atenção dos leitores, títulos incríveis. Alguns, antológicos. Como este da “Luta”, a propósito de um caso banal de intoxicação alimentar sofrida por uma jovem depois de ingerir um “cachorro quente” num ponto de venda ambulante: “Cachorro faz mal à moça”. Ou este outro, de “O Dia”, narrando a história de um cara flagrado no leito conjugal com esposa alheia. Em letras menores, na manchetinha, “Marido traído tenta castrar rival com uma faca”; e em letras encorpadas, quase tomando meia página: “Se não desse um pulinho pra trás, babau!” A ocorrência, com pedido de indenização, encaminhada ao setor de liquidação de sinistros da seguradora, focalizava situação pra lá de invulgar. Ao pular uma cerca no pomar do sítio, o lavrador embaraçou-se, desastrada e dolorosamente, no arame farpado, disso resultando a perfuração, com danos irremediáveis, dos óvulos genitais. O “acidente pessoal” ficou devidamente configurado, justificando-se plenamente a indenização prevista na apólice. O técnico da seguradora, nada obstante, com a pulga atrás da orelha, carregou por largo espaço de tempo depois de efetuado o pagamento da soma devida ao segurado, um “diadema” sherloqueano “retroz” a respeito das circunstâncias que deram origem ao acidente. Fuçando o quanto pôde o caso, acabou descobrindo, num contato em mesa de boteco com o próprio beneficiário da apólice, que o lance da castração correra de modo bem diferente. O lavrador, realmente, “pulou a cerca”, mas – bem entendido - no sentido figurado. Aproveitando a ausência do vizinho, violou descerimoniosamente, com óbvio concurso da sedutora esposa do dito cujo, o nono mandamento. No auge da xumbregância, explodiu a tragédia. A mola do colchão desprendeu-se. Tomou forma de estilete e produziu todo o horrorizante estrago. * Jornalista (cantonius1@yahoo.com.br)

Pensando na sustentabilidade ADALBERTO LUIS VAL * O último relatório sobre perspectivas da população mundial apresentado pela Organização das Nações Unidas (ONU) revelou que até 2030 podemos alcançar a marca de 8,6 bilhões de pessoas no planeta. Isso significa um aumento de 1 bilhão de habitantes nos próximos 12 anos. De fato, ainda teremos espaço para todos, mas, sem dúvida, esta nova estimativa reforça a urgência de um conjunto de medidas que possam minimizar os impactos no meio ambiente – e de atitudes que não são mais a longo prazo. O aumento populacional está atrelado à nossa taxa de longevidade. Com a ajuda da tecnologia, aplicada à medicina, alcançamos o índice recorde e a notícia positiva de que estamos vivendo mais aumenta também a nossa responsabilidade com o futuro. Em 2030, além de sermos quase 9 bilhões de pessoas, como estima a ONU, quebraremos, possivelmente, a barreira dos 90 anos, segundo uma pesquisa sobre expectativa de vida no mundo, feita pelo Imperial College London, em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS). E, afinal, o planeta terá recursos suficientes para alimentar todos os seres vivos? Em 2005, um estudo da ONU envolvendo mais de mil pesquisadores de 95 países, definido como Avaliação Ecossistêmica do Milênio (AEM) para diagnóstico das alterações sofridas por ecossistemas em escala global, nacional, regional e local e das consequências de tais alterações para o futuro da humanidade, colocou em evidência o termo Serviços Ambientais, ou seja, os benefícios que os ecossistemas oferecem ao ser humano para que ele possa sobreviver. Classificados em serviços de provisão (fonte de alimentos, água, madeira e etc.), de regulação (absorção de CO2, controle do clima, de doenças e pragas), de suporte (formação do solo e ciclagem de nutrientes) e culturais (pelo valor recreativo, educativo, estético ou religioso), os serviços ambientais se tornaram objeto de interesse

para inúmeras áreas do saber e, ao longo dos próximos anos, devem se manter em destaque, especialmente por conta do crescimento populacional, que aumenta a demanda por recursos naturais e pode alterar os ecossistemas que garantem a sobrevivência de inúmeras espécies, inclusive a nossa. Com o tema em evidência, o setor do agronegócio, que por natureza ocupa parte significativa dos territórios e dos serviços ambientais a fim de gerar produtos e alimentos, tem o desafio de repensar a forma como utiliza os recursos naturais. Para se sustentar, o agronegócio tem se aliado às técnicas mais sustentáveis de ocupação, manejo do solo e dos recursos naturais, incluindo a água, o plantio direto, a irrigação de precisão, a integração lavoura-pecuária-floresta e o uso cuidadoso de nutrientes e agentes químicos diversos. E essa interação, entre ciências agrárias e outras áreas do saber científico, tem dado resultados positivos de tal modo que já é possível que os sistemas produtivos não apenas demandem menos dos serviços ambientais, mas que também contribuam para sua melhoria e maior provisão. No Brasil, no campo das políticas públicas, surgiram mecanismos regulatórios e de estímulo a essa abordagem, como o Código Floresta, o Plano ABC (Agricultura de Baixa emissão de Carbono) e, até mesmo, incentivos fiscais a produtores que adotem práticas conservacionistas, modelo chamado de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), que tem beneficiado pequenos produtores. Em 2015, países-membros da ONU, incluindo o Brasil, definiram 17 objetivos para um plano de ação global (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável ODS). Entre os objetivos estão o combate à pobreza, à fome (este tópico também aborda a questão da segurança alimentar) e à desigualdade socioeconômica, promoção de uma sociedade mais saudável, e gestão adequada dos recursos naturais. Paralelo às iniciativas no setor do agronegócio e no

Diário do Comércio Empresa Jornalística Ltda Av. Américo Vespúcio, 1.660 CEP 31.230-250 - Caixa Postal: 456 Redação - Núcleo Gestor Eric Gonçalves - Editor-Geral Luciana Montes - Editora-Executiva Editores Alexandre Horácio Clério Fernandes Luisana Gontijo

Andrea Rocha Faria Rafael Tomaz Gabriela Pedroso

pauta@diariodocomercio.com.br

Filiado à

Telefones Geral:

* Pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) e membro do Conselho Administrativo da Fundação Bunge

Comercial 3469-2000

Administração:

campo das políticas públicas, surgem, também, ações que estimulam o interesse pelo tema serviços ambientais nos setores público e privado. No início de março deste ano, o governo federal lançou o Prêmio ODS Brasil, com o objetivo de reconhecer boas práticas locais para o cumprimento das metas que compõe os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. No mesmo mês, a Fundação Bunge anunciou a área de serviços ambientais como tema do tradicional Prêmio Fundação Bunge, que estimula novos talentos e reconhece profissionais que contribuem para as áreas da ciência e da cultura no Brasil. A aliança entre serviços ambientais e o agronegócio é rica em possibilidades e deve avançar cada vez mais pensando na sustentabilidade e preservação dos ecossistemas. Todos nós sairemos ganhando com isso, afinal, a chuva que cai em diferentes regiões do País depende da floresta amazônica em pé. É da biodiversidade preservada que depende a reserva de material genético necessária para que pesquisadores desenvolvam espécies e variedades de plantas adaptadas a diferentes condições ambientais. É de solos conservados e de matas preservadas que dependem empreendimentos mais prósperos. Assim, para um mundo melhor e abundante em recursos essenciais para todas as espécies, é de suma importância criarmos uma conexão, um equilíbrio entre a preservação do meio ambiente e o agronegócio, que inclui também a agricultura familiar, responsável por boa parte dos alimentos que hoje estão nas nossas mesas de almoço e jantar. Somente com esse equilíbrio estaremos extraindo aquilo que é fundamental para a nossa sobrevivência e, ao mesmo tempo, repondo e incentivando a geração dos serviços que são produzidos pela mãe natureza.

3469-2002

Redação:

3469-2020

Comercial:

3469-2060

Circulação:

3469-2071

Industrial:

3469-2085 3469-2092

Diretoria:

3469-2097

Fax:

3469-2015

Diário do Comércio Empresa Jornalística Ltda. Fundado em 18 de outubro de 1932 Fundador: José Costa Diretor-Presidente Luiz Carlos Motta Costa

Diretor Executivo e de Mercado Yvan Muls

presidencia@diariodocomercio.com.br

diretoria@diariodocomercio.com.br

Depende de quem ganhar Atentos ao calendário, cujo descumprimento pode implicar sanções severas, os partidos políticos vão cumprindo o ritual de formar suas chapas – e coligações – para que possam se apresentar aos eleitores em outubro. Não se imagine, no entanto, que o processo esteja concluído e completo, faltando nomes a escolher e apresentar, sobretudo aqueles indicados para acompanhar o candidato principal na qualidade de vice. Não que faltem nomes ou interessados, o mesmo acontecendo com relação a alguns daqueles que disputarão uma cadeira no Senado. Falta é entendimento, num processo de seleção que infelizmente parece estar repetindo algumas das piores e mais nocivas práticas da política brasileira. Trata-se de saber quem oferece o que, em que condições e a troca de que, tudo isso sem que escape qualquer sinal mais confiável, pelo menos entre os artistas principais desse espetáculo, de qualquer preocupação com a qualidade de cada um, com o próprio enredo e o seu possível desempenho, se eleito Triste constatar, evidentemente. Nessas condições ou ver cabalmente confirmado, como se faz não se poderia mesmo esperar política no Brasil. Sem que já estivessem na mesa das que as contas públicas discussões projetos sejam reequilibradas, e propostas que e neste processo a oferecessem respostas e questão previdenciária caminhos para que é central, o Brasil o País enfrente os poderá estar, já no ano enormes desafios de 2020, numa situação que tem pela frente. de virtual colapso Dessa realidade, financeiro e numa outra perspectiva, nos dá conta nota publicada no último final de semana numa das colunas do jornal “O Globo”. Lá está dito, e com a assinatura do jornalista Lauro Jardim, que ainda existe entre membros do atual governo e parlamentares, esperança de que se vote, no mês de novembro, ainda na atual legislatura portanto, mais alguns capítulos da reforma previdenciária, com o objetivo de facilitar a vida do presidente que vier a ser eleito. Nada, no entanto, que soe verdadeiramente tranquilizador. O próprio autor da nota cuida de esclarecer que o sinal de juízo dos políticos não será exibido em qualquer circunstância e dependerá de quem, afinal, for eleito. E completa o colunista, abrindo aspas para alguém que identifica como um influente senador do MDB: “Depende de quem ganhar. Pode ser do nosso interesse facilitar a vida do vencedor”. Triste constatar, ou ver cabalmente confirmado, como se faz política no Brasil. Sem que as contas públicas sejam reequilibradas, e neste processo a questão previdenciária é central, o Brasil poderá estar, já no ano de 2020, numa situação de virtual colapso financeiro, com serviços essenciais sob ameaça de paralisação. Mudar agora o que na realidade já deveria ter sido mudado, significa evitar o pior. Não evidentemente para o tal “influente senador” e ainda boa parte de seus pares, senadores, deputados e políticos em geral, que tomam decisões e agem pautados exclusivamente por seus próprios interesses, sem se dar conta do mal que estão fazendo ao País do qual deveriam ser apenas e simplesmente os servidores mais devotados.

Representantes comercial@diariodocomercio.com.br

Gerente Industrial Manoel Evandro do Carmo manoel@diariodocomercio.com.br

Assinatura semestral Belo Horizonte, Região Metropolitana: ............... R$ 286,00 Demais regiões, consulte nossa Central de Atendimento

São Paulo-SP - Alameda dos Maracatins, 508 - 9º andar CEP 04089-001

Rio de Janeiro-RJ - Praça XV de Novembro, 20 - sala 408 CEP 20010-010

Brasília-DF - SCN Ed. Liberty Mall - Torre A - sala 617 CEP 70712-904

Recife - Rua Helena de Lemos, 330 - salas 01/02 CEP 50750-280

Curitiba - Rua Antônio Costa, 529 CEP 80820-020

Porto Alegre - Av. Getúlio Vargas, 774 - Cj. 401 CEP 90150-02

(11) 2178.8700 (21) 3852.1588 (61) 3327.0170 (81) 3446.5832 (41) 3339.6142 (51) 3231.5222

Preço do exemplar avulso Assinatura anual Belo Horizonte, Região Metropolitana: ................. R$ 539,00 Demais regiões, consulte nossa Central de Atendimento

Assinatura: 3469-2001 - assinaturas@diariodocomercio.com.br

Exemplar avulso ................................................................................................... R$ 2,50 Exemplar avulso atrasado .................................................................................... R$ 3,50 Exemplar para outros estados ............................................................................. R$ 3,50*

* (+ valor de postagem)

(Os artigos assinados refletem a opinião do autor. O Diário do Comércio não se responsabiliza e nem poderá ser responsabilizado pelas informações e conceitos emitidos e seu uso incorreto)


3

BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 2 DE AGOSTO DE 2018

ECONOMIA LOGÍSTICA

ANTT deve revisar aportes em ferrovia Segundo a Fiemg, parte de R$ 4 bi que iriam para o Centro-Oeste podem ser destinados a Minas e Espírito Santo DIVULGAÇÃO

MARA BIANCHETTI

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) teria voltado atrás na decisão de investir na Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico) com recursos da renovação da concessão da ferrovia que liga Vitória a Minas. A informação é do presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Flávio Roscoe Nogueira, que pretende, agora, atrair parte dos R$ 4 bilhões, a serem investidos pela Vale, para o Estado. “A ANTT anunciou que vai rever a decisão de enviar os recursos para o Centro-Oeste. Fizemos um movimento político e tivemos resultado. Agora, vamos trabalhar para fazer com que estes recursos fiquem com os estados que abrigam o modal: Minas Gerais e Espírito Santo”, anunciou. Os investimentos integram a renovação antecipada de concessões de ferrovias, anunciada pelo governo no mês passado, visando assegurar investimentos para a ampliação da estrutura ferroviária e

corrigir equívocos no modal brasileiro. Para ter os direitos de controle da linha férrea que liga Vitória a Minas, prevista para terminar em 2027, renovados por 30 anos, a Vale teria de investir R$ 4 bilhões na construção de uma ferrovia em uma região diferente de onde atua: a Fico, no Centro-Oeste, ligando Mato Grosso a Goiás. Logo após o anúncio, o governo capixaba ajuizou uma ação na Justiça Federal, questionando a decisão. De maneira complementar, a Fiemg e a Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (Findes) iniciaram um movimento político para pressionar a União. Governo e entidades defendem que o dinheiro seja usado na expansão da malha que liga Vitória a Minas, objeto da concessão. “A decisão foi tomada sem que o governo federal sequer consultasse os estados ou os setores industriais envolvidos”, explicou Roscoe.

investimento. Segundo ele, de 2010 a 2018 nenhuma grande empresa investiu no Estado. O último aporte de grandes proporções foi o da Alpargatas, com a construção da fábrica em Montes Claros, no Norte de Minas. “Pelo contrário, perdemos 15 operações para outros estados. Tínhamos 105 empresas com mais de mil funcionários e hoje somamos 90”, detalhou. Para tentar reverter o cenário, a federação pretende criar um “Pacto por Minas Gerais”. A ideia é reunir governos federal e estadual, Ministério Público e demais agentes econômicos do Estado para alertar sobre a situação da economia mineira no que tange à atração e manutenção de investimentos. “Ou fazemos algo agora ou podemos fechar as portas. Não dá para esperar mais”, revelou Roscoe. Neste sentido, o empresário chamou atenção para as dificuldades quanto à obtenção de licenciamento em Minas. Segundo ele, embora a Secretaria de Estado Investimentos - Conforme de Meio Ambiente e Deo dirigente, Minas Gerais senvolvimento Sustentável não pode perder mais este (Semad) esteja realizando

Roscoe propõe um “Pacto por Minas Gerais” para atrair investimentos e criar infraestrutura

um bom trabalho, o passivo acumulado é grande e as diretrizes adotadas não têm colaborado muito para a atração de aportes. “Seja para implantação

de um empreendimento ou até expansão de alguma empresa que já atua aqui, a burocracia está afugentando os investidores. Estamos perdendo novas e antigas

operações para outras regiões e isso é preocupante. Não adianta olhar para o meio ambiente e esquecer a saúde financeira do Estado”, alertou.

AUTOMOBILÍSTICO PAULO WHITAKER/REUTERS

Venda de veículos novos cresce 17,7% em julho, puxada por setores empresariais São Paulo - A venda de veículos novos no Brasil cresceu 7,6% em julho ante junho, para 217,5 mil unidades, informou ontem a Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), que representa as concessionárias. Na comparação com julho do ano passado, o volume, que considera automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, corresponde a uma alta de 17,7%. De janeiro a julho, os emplacamentos acumulam 1,384 milhão de unidades, crescimento de 14,9% sobre igual intervalo de 2017. Boa parte do crescimento do mercado em julho se deve às vendas diretas, como são chamadas as vendas feitas diretamente pelas montadoras a clientes como locadoras, frotistas, produtores rurais e taxistas.

Diferem, portanto, da venda no varejo, representada pelas concessionárias, que vendem para o consumidor comum. No mês passado, as vendas diretas corresponderam a 45,2% do mercado de veículos leves. Antes da crise, essa modalidade costumava ocupar cerca de 30% das vendas. Em julho do ano passado, a fatia foi de 39%. Os automóveis e comerciais leves, que representam mais de 90% do setor, registraram 208,5 mil emplacamentos no sétimo mês de 2018, alta de 16,6% em comparação a igual mês de 2017 e de 6,9% ante junho. O ano acumula 1,335 milhão de unidades vendidas, avanço de 14,1%. Entre os pesados, as vendas de caminhões atingiram 6,6 mil unidades em julho, crescimento de 47,3% ante

Mercedes exportará ônibus para a Nigéria São Paulo - A unidade brasileira da Daimler acertou um contrato de exportação de 500 ônibus urbanos para o serviço de transporte público da capital nigeriana Laos, afirmou ontem a companhia. O contrato marca a maior venda de ônibus já feita pela Mercedes-Benz do Brasil para a Nigéria e ocorre em meio a esforços da montadora, e de toda a indústria brasileira de veículos, para fomentar as exportações em um momento em que o mercado interno ainda tenta recuperar as vendas ante o pico do início da década. “São lotes para entrega até o final do ano, em uma venda feita em conjunto com a encarroçadora Caio”, afirmou Roberto Leoncini, vice-presidente de vendas para a área de caminhões e ônibus da Mercedes-Benz do Brasil. Ele não pode informar o valor do contrato. A montadora exportou de janeiro a julho cerca de 3.000 ônibus, queda ante 3.700 despachados ao mercado externo no mesmo período do ano passado. Entre os principais mercados da Mercedes-Benz do Brasil estão Argentina, cujo mercado foi atingido recentemente por medidas para lidar com a desvalorização do peso, Chile, Peru, Equador e Paraguai. (Reuters)

igual mês do ano passado e de 16,2% na comparação de junho. De janeiro a julho, foram 39 mil unidades emplacadas, expansão de 50,1% em relação a igual intervalo de 2017. Os ônibus, por sua vez, tiveram 2,2 mil licenciamentos em julho, alta de 56% em comparação a julho do ano passado. Em relação a junho, o segmento avançou 92,3%. O ano acumula 9,3 mil unidades vendidas, crescimento de 18,4% em relação a igual intervalo do ano passado. (AE) Boa parte do incremento do mercado se deve a clientes como locadoras, frotistas e taxistas

Rota pode ser apreciado em agosto ou novembro São Paulo e Brasília - O Rota 2030 deverá ser apreciado pelo Congresso ou até o fim do mês de agosto ou em novembro, informou ontem o secretário de Desenvolvimento e Competitividade Industrial do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic), Igor Calvet, em coletiva de imprensa concedida durante evento do setor automotivo em São Paulo. Segundo ele, como os deputados estarão em campanha em setembro e outubro, não será possível realizar a votação da medida provisória em um desses dois meses. Portanto, ele disse que está trabalhando com dois cenários: antes do início da campanha ou depois do segundo turno. O Rota 2030, nova política do governo para o setor automotivo, foi anunciado no início de julho. O governo, depois do anúncio, passou a ter um prazo de 30 dias para publicação do decreto. De acordo com Calvet, o texto já saiu do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic) e agora está na Receita Federal. Os

demais órgãos vinculados ao Ministério da Fazenda já aprovaram o texto, com pequenos ajustes. Por ser uma medida provisória, o Rota 2030 tem 120 dias para ser aprovado pelo Congresso, a partir da data de publicação do decreto. Se o Congresso apresentar barreiras à aprovação, Calvet acredita que uma reedição poderá ser feita depois de novembro. O secretário ressaltou que o prazo de 120 dias é suspenso durante o período eleitoral. O secretário disse também que a comissão mista do Congresso que vai analisar o Rota 2030 já está pronta. Falta apenas a definição do relator e do presidente da comissão. “Quando soubermos os nomes, poderemos ter uma indicação de qual será o prazo mais provável”, disse. Na abertura do 26º Simpósio Internacional de Engenharia Automotiva (Simea), nesta quarta-feira (1º), na capital paulista, o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Jorge de Lima, avaliou como uma “grande vitória” a imple-

mentação do programa de incentivo a montadoras do setor automotivo Rota 2030 – Mobilidade e Logística, que vai conceder créditos tributários que podem chegar a R$ 1,5 bilhão ao ano. Eficiência e sustentabilidade - Na abertura do 26º Simpósio Internacional de Engenharia Automotiva (Simea), nesta quarta-feira (1º), na capital paulista, o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Jorge de Lima, avaliou como uma “grande vitória” a implementação do programa de incentivo a montadoras do setor automotivo Rota 2030 – Mobilidade e Logística, que vai conceder créditos tributários que podem chegar a R$ 1,5 bilhão ao ano. “Uma política industrial moderna, pensada não apenas para o desenvolvimento de todos os elos da cadeia automotiva, mas também focada em garantir ganhos para toda a sociedade brasileira. Trabalhamos fortemente para aprovar o Rota 2030. O programa foi construído por várias mãos.

Uma vitória de todos nós”, disse. O ministro acrescentou que houve apoio das montadoras, de engenheiros automotivos, dos fabricantes de autopeças, dos importadores, dos trabalhadores, dos revendedores e de diversos outros órgãos do governo federal. Segundo Lima, o programa prevê que os veículos comercializados no Brasil serão mais eficientes e mais seguros e que haverá menos emissão de gases poluentes, menos acidentes e mortes no trânsito. “Diante das novas tecnologias, torna-se evidente que já está ocorrendo, em todo o mundo, uma quebra de paradigmas no segmento automotivo, principalmente em relação aos sistemas de propulsão e de transporte. Penso que já é consenso que uma das fontes de propulsão do futuro, que já não me parece tão distante, será a elétrica. Ônibus, carros e caminhões híbridos e elétricos, em breve, serão vistos com mais frequência, circulando em nossas cidades e rodovias”, disse. (AE e ABr)


BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 2 DE AGOSTO DE 2018

4

ECONOMIA DIESEL

Vendas nas distribuidoras sobem 33,1% Fim da greve e subsídios a fornecedores de combustíveis, reduzindo preços, fazem escoar 5 bi de litros Rio de Janeiro/São Paulo - As vendas de diesel por distribuidoras no Brasil em junho saltaram 33,1% em relação ao mês anterior, para 5 bilhões de litros, com o fim da greve dos caminhoneiros e com os subsídios concedidos a fornecedores do combustível, como a Petrobras, reduzindo preços, apontou ontem a reguladora ANP. O volume, que já considera uma mistura de 10% de biodiesel, apresentou ainda uma alta de 7,4% ante o sexto mês de 2017. No acumulado do primeiro semestre de 2018, contudo, houve aumento de apenas 0,8% nas vendas do combustível mais comercializado no País. De acordo com a autarquia, as vendas de diesel de junho foram impactadas por uma “intensificação dos transportes de carga, após a demanda represada no fim de maio”, durante a greve dos caminhoneiros, e por uma queda dos preços nos postos de revenda após atendida demandas das paralisações. Os caminhoneiros protestaram durante 11 dias contra os elevados preços do diesel. Para encerrar a greve, o governo prometeu aos manifestantes cortar os valores nos postos de combustíveis em R$ 0,46 por litro, por meio de subsídios ao diesel fóssil e corte de impostos federais e estaduais. O biodiesel, que representa 10% do diesel vendido nos postos, não recebeu qualquer subsídio. Embora o corte não tenha sido atingido em junho, conforme o previsto, a ANP ressaltou que naquele mês os preços ao consumidor final apresentaram queda de 11,47%, em relação a maio, em meio aos esforços do governo. Ao longo de junho, o volume importado de diesel A (sem a mistura de biodiesel) caiu 9% ante maio, apontou a ANP. “Com isso, a participação do volume importado nas vendas caiu de 21,7%, em maio deste ano, para 14,8% no mês de junho”, divulgou a ANP. Já na comparação anual, a variação do volume importado de diesel apresentou redução de 45,4%.

ALISSON J. SILVA

País compra menos do exterior

Governo prometeu aos caminhoneiros manifestantes cortar os preços do diesel nos postos de combustíveis em R$ 0,46

Gasolina e etanol - O fim das greves dos caminhoneiros também impactou as vendas de gasolina C (já misturada com etanol anidro) pelas distribuidoras no Brasil em junho, que somaram 3,1 bilhões de litros, alta de 2,4% ante maio. Entretanto, na comparação com junho de 2017, houve uma queda de 16,51%. A ANP ressaltou que “sazonalmente o volume de vendas de gasolina comum no mês de junho não

sofre grandes elevações em relação ao mês anterior em decorrência da evolução da safra de cana-de-açúcar, que acirra a concorrência com o etanol hidratado. “No acumulado do ano, a redução de 11,98% do volume comercializado de gasolina C reflete o aumento do volume de vendas de etanol hidratado”, apontou a ANP. Dessa forma, o volume acumulado de vendas do total do ciclo Otto, que considera gasolina e etanol,

no primeiro semestre de 2018, ficou 4% abaixo do ano anterior. No mês em análise, o volume total de importações de gasolina A (sem a mistura de etanol) apresentou variação negativa de 57% em relação ao mesmo período do ano passado. As vendas do etanol hidratado pelas distribuidoras, por sua vez, cresceram 13,39% ante maio e avançaram 42,24% em relação a junho de 2017, para 1,5 bilhão de litros.

O volume comercializado de etanol hidratado acumulado na primeira metade de 2018 foi 38,45% superior ao verificado no mesmo período do ano anterior. “O expressivo aumento na demanda do biocombustível está relacionado ao efeito substituição do etanol hidrato em relação à gasolina, em razão dos preços mais competitivos do biocombustível vis-à-vis ao combustível fóssil”, disse ANP. (Reuters)

MP que regula combustível fóssil é publicada São Paulo - O governo federal publicou ontem medida provisória que regulamenta o programa de subsídio ao diesel fóssil, que vai vigorar até o fim deste ano. A publicação no Diário Oficial da União regulamenta uma terceira fase do programa de subvenção, instituído após paralisação histórica de caminhoneiros em maio. O secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Félix, havia dito em entrevista à Reuters na última segunda-feira que o governo publicaria nesta semana uma norma sobre o assunto. Para participar do progra-

ma, produtores de diesel, como a Petrobras, e importadores do combustível precisam se cadastrar junto à ANP, agência reguladora do setor de petróleo, e congelar os preços de comercialização em valores estipulados pelo governo. Após a aprovação de documentos que comprovem a realização de preços conforme estipulado pelo governo, as empresas devem ser ressarcidas em até R$ 0,30 por litro pelo governo, dependendo das condições do mercado, conforme as regras da nova fase do programa. Por meio de cortes em programas sociais, entre

outras medidas, o governo reservou um total de R$ 9,5 bilhões, até o fim do ano, para o pagamento de subvenções ao diesel. Na semana passada, a ANP informou que iniciaria, nos próximos dias, o processo de pagamento de subsídios a empresas que participaram da primeira fase do programa de subvenção ao diesel. Já em relação ao pagamento dos valores correspondentes à segunda fase do programa (de 8 de junho a 31 de julho), a agência informou que depende da conclusão de avaliações que ainda estão em andamento, como a validação dos impostos

federais e estaduais, informados pela Receita Federal e pelo Confaz. Conta Gráfica - Também foi publicada no Diário Oficial de ontem resolução da ANP que regulamenta a metodologia de cálculo da Conta Gráfica para fins de concessão de subvenção econômica do óleo diesel, assim como dos resíduos da subvenção econômica e dos custos da PIS/Cofins incidentes sobre a receita da subvenção econômica a serem aplicados no ajuste do Preço de Comercialização e do Preço de Referência. (Reuters)

REGRAS TRIBUTÁRIAS

Mudança no Repetro reforça importações Brasília - O crescimento de 42,7% das importações em julho foi impulsionado pelo movimento de nacionalização de plataformas de petróleo depois de o governo ter anunciado mudanças nas regras tributárias para o setor. Em julho, houve uma alteração no Repetro que permite benefício tributário para bens utilizados na exploração de petróleo mantidos no Brasil. Até então, os benefícios só eram concedidos se esses bens estivessem no exterior. No total, a importação de plataformas impactou as importações em US$ 3,3 bilhões em julho, elevando o valor comprado do exterior em julho a US$ 18,643 bilhões, o maior valor desde 2014. De acordo com o diretor de Estatísticas e Apoio às Ex-

portações do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic), Herlon Brandão, a expectativa é que a mudança no Repetro tenha impacto de R$ 32,7 bilhões neste ano (cerca de US$ 8,7 bilhões). No mês passado, foi feita uma operação contábil com uma plataforma da Petrobras (P-69) que foi exportada e importada no mesmo mês para conseguir ter acesso aos benefícios tributários, já que foi produzida em um período de transição entre as regras. A plataforma foi exportada por US$ 1,2 bilhão e, imediatamente depois, importada por US$ 1,6 bilhão, elevando as exportações nesse montante e reduzindo o saldo comercial em US$ 400 milhões. Uma segunda plataforma foi comprada da

China também por US$ 1,6 bilhão, o que também ajudou a inflar as importações. Apesar do impacto estimado para o ano, Brandão disse que o volume não é suficiente para mudar a previsão de superávit comercial no ano, que é de US$ 50 bilhões. Minério de ferro - Em meio à guerra comercial entre os Estados Unidos e a China e às indefinições causadas no mercado, as exportações brasileiras de minério de ferro e de semimanufaturados de ferro/aço cresceram em julho. Principal insumo usado na produção de aço, a venda de minério de ferro ao exterior somou R$ 1,814 bilhão em julho, alta de 47%. De acordo com Brandão, isso se deveu principalmente à variação

de preço do produto, que subiu 33,9%, enquanto a quantidade aumentou 9,8% ante junho de 2017. “As incertezas internacionais aumentaram o preço do minério de ferro”, afirmou. Já as exportações de semimanufaturados de ferro/aço subiram 35,1% de junho de 2017 para junho deste ano, atingindo R$ 427 milhões. Em junho, com a retração na economia da Argentina, houve queda nas vendas de automóveis de passageiros de 35,7%. No ano, as exportações do produto acumulam queda de 11,1%. Isso contribuiu para reduzir em 6,2% a venda de produtos manufaturados, que vinha em alta.

minhoneiros teve impacto apenas “residual” no comércio exterior no mês de junho, com a situação praticamente normalizada. Por outro lado, houve alta de 0,5% na compra de combustíveis em julho, patamar bem menor do que o registrado ao longo do ano, de 20,8%. Em junho, quando passou a vigorar um programa de subsídios para o diesel solução encontrada pelo governo para acabar com a greve nos transportes -, as importadoras de combustível chegaram a paralisar as compras do exterior temendo não ter acesso aos mesmos subsídios dados à Petrobras. O governo, no entanto, garantiu que o tratamento será igual para os Greve - De acordo com produtores locais e imporBrandão, a greve dos ca- tadores. (AE)

Rio de Janeiro - Mesmo com o compromisso de subsídio por parte do governo, a importação de diesel no Brasil voltou a cair em junho, depois de já ter sido reduzida pela metade em maio por conta da greve dos caminhoneiros, que forçou o governo a congelar o preço do produto no mercado interno. Motivados pela paridade de preços com o mercado internacional, importadores do combustível chegaram a trazer do mercado externo volumes mensais de 10,301 milhões de barris (janeiro de 2018), hoje reduzidos a 4,214 milhões de barris (junho 2018), segundo dados do primeiro semestre da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). De janeiro a junho, o Brasil importou 39,225 milhões de barris de óleo diesel, 10% a mais do que no mesmo período do ano passado, mas com tendência de queda nos próximos meses. Em maio deste ano, decisão da Petrobras de congelar o preço do diesel nas refinarias por 15 dias e o anúncio do governo de que daria subsídio para manter o preço estável desanimaram os importadores, que reduziram ou desistiram da compra do combustível no mercado externo, onde o preço oscila diariamente. O volume importado em maio (4,632 milhões de barris) já é quase a metade do que foi importado em abril (7,286 milhões de barris). Mesmo com a certeza de que vai receber do governo a diferença entre o preço internacional e o cobrado no mercado interno, importadores avaliam que as regras ainda não estão totalmente claras e o pagamento do primeiro ciclo do subsídio (30 de maio a 7 de junho) é lento. Apenas duas empresas receberam até o momento o pagamento da primeira fase: Dax Oil Refino (R$ 6 366,50) e a Refinaria de Petróleo Riograndense (R$ 114.943,22). Na terça-feira, o governo confirmou que o subsídio continuará até o fim do ano. Preços - A Petrobras mantém o preço do diesel em R$ 2,0316 o litro desde 1º de junho para a venda nas refinarias, enquanto a gasolina tem ajustes diários de preço, apesar de há cinco dias a estatal não ter alterado o valor para as distribuidoras na refinaria, o maior período de estabilidade nos preços do combustível desde março deste ano. Antes da interferência do governo, a Petrobras ajustava desde julho do ano passado quase diariamente o preço da gasolina e do diesel ao preço do mercado internacional. (AE)


BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 2 DE AGOSTO DE 2018

5

ECONOMIA DIVULGAÇÃO

ARRECADAÇÃO

TJMG determina que Estado repasse recursos devidos a Itajubá Dívida com municípios mineiros chega a R$ 7,6 bi ANA AMÉLIA HAMDAN

Uma decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) dá força aos municípios na queda de braço com o Estado pela regularização no repasse de recursos. Na terça-feira, a 6ª Câmara Cível negou recurso do governo de Minas e determinou o cumprimento dos prazos de repasse do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) à cidade de Itajubá, no Sul de Minas, sob pena de bloqueio judicial dos valores, segundo informou a Associação Mineira dos Municípios (AMM). Essa é a primeira decisão em segunda instância em ações desse tipo movidas pela AMM. De acordo com a entidade, a dívida do Estado com os municípios já chega a R$ 7,6 bilhões. Segundo o advogado da AMM, Wederson Siqueira, apesar de a decisão benefi-

ciar apenas Itajubá, pode haver um efeito cascata. “Esperamos que ocorra um efeito cascata e, principalmente, que o Estado regularize os recursos aos municípios, pois são recursos da população”, disse ontem o advogado. A Advocacia-Geral do Estado de Minas Gerais (AGE-MG) informou ontem que o Estado não recorrerá da decisão. “O Estado não vai recorrer da decisão do TJMG porque ela diz tão somente que o atraso de repasse de ICMS e IPVA pode dar ensejo a sequestro”, reforçou o órgão. Segundo o Estado, os juízes de primeiro grau estão sendo induzidos a erro porque o atraso de repasse de ICMS e IPVA não existe. Até o momento, a AMM já impetrou cerca de 160 ações pedindo a regularização do pagamento do ICMS. No total, 13 municípios já conseguiram liminares favoráveis

em primeira instância. “Até agora, 100% das decisões são favoráveis aos municípios”, disse o advogado Wederson Siqueira. Prefeito de Itajubá, Rodrigo Riera (PMDB) comemorou a decisão do TJMG e disse que a prefeitura já recebeu cerca de R$ 800 mil referentes à ação. Mas ele informou Decisão em favor de Itajubá foi a primeira em 2ª instância, o que pode gerar efeito cascata que a dívida do Estado com ontem, cerca de 120 municí- terça-feira, dia 31 de julho. AGE-MG informou que há o Itajubá está próxima de pios já haviam demonstrado Os demais valores são: R$ um “movimento de cunho R$ 30 milhões e é referente interesse em entrar com a 4 bilhões da saúde; R$ 227 eleitoreiro no sentido de ina atrasos nos repasses de ação. A associação tomou a milhões do Imposto sobre suflar municípios a pedirem verbas que ocorrem desde decisão de cobrar a regulari- a Propriedade de Veículos o ano passado. “Agora zação do repasse na Justiça Automotores (IPVA) para sequestro de recursos do vamos entrar com ação para após tentativas frustradas de a educação; R$ 2,3 bilhões Estado alegando-se atrasos regularização da verba do negociação com o Estado. do ICMS para a educação; de pagamento e repasses de Fundeb”, informou. “Não A entidade disponibilizou R$ 81 milhões do piso da ICMS e IPVA”. De acordo podemos ficar de braços seu corpo jurídico aos mu- assistência social; R$ 122 com a AGE-MG, o bloqueio cruzados. É uma apropriação nicípios afiliados. milhões do transporte es- de recursos do Estado vem indébita”, disse. De acordo com balan- colar (estimativa); R$ 200 causando absurdo desconA AMM prepara ações ço da AMM, a dívida do milhões de juros e correções trole nas contas do Estado pela regularização de repas- governo do Estado com do ICMS (estimativa); R$ e consequentes atrasos de ses do Fundo de Manuten- as prefeituras de Minas 400 milhões de multas de pagamento de servidores. Ainda segundo a AGE-MG, ção e Desenvolvimento da já chega a R$ 7,3 bilhões, trânsito. não existem atrasos de ICMS Educação Básica e de Va- incluindo R$ 135 milhões lorização dos Profissionais do repasse do ICMS que Pedidos infundados - Pro- e IPVA e que os pedidos são da Educação (Fundeb). Até deveria ter sido feito na curada pela reportagem, a infundados.

CONJUNTURA

FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO

Agência Fitch mantém o Brasil três Associação de incorporadoras prevê níveis abaixo do grau de investimento crescimento com elevação de teto Brasília - Citando o alto endividamento do País e a falta de progresso de reformas que reduzam os gastos públicos, a agência de classificação de risco Fitch manteve o Brasil com a nota BB-, três níveis abaixo do grau de investimento (selo de bom pagador). A agência manteve perspectiva estável para o País, indicando que a classificação não deve ser alterada nos próximos meses. Em comunicado, a Fitch ressaltou que o Brasil tem problemas na estrutura dos gastos públicos e incertezas políticas que podem comprometer o crescimento no médio prazo. “Os ratings [notas] do Brasil são limitados pelas fraquezas estruturais nas finanças públicas e pelo alto endividamento do governo, pelas fracas perspectivas de crescimento, por um ambiente político desafiador e por questões relacionadas à corrupção que pesaram na efetiva formulação de políticas econômicas e prejudicaram o progresso das reformas”, destacou o texto. A greve dos caminhoneiros, de acordo com a Fitch, também comprometeu as expectativas de crescimento econômico para este ano. Apesar de listar problemas no curto prazo, o comunicado destacou que uma eventual dissolução das incertezas políticas após as eleições deste ano e o apoio da demanda externa (crescimento das exportações e entrada de capitais no País) podem fazer o Brasil experimentar uma recuperação econômica sustentável em 2019 e 2020. A avaliação da Fitch ocorre seis meses depois de a agência rebaixar a classificação do Brasil. Em janeiro, a Standard & Poor’s, outra das principais agências de avaliação de risco, havia reduzido a nota do País para

DIVULGAÇÃO

Alto endividamento e falta de reformas justificam a nota

três níveis abaixo do grau de investimento. A única agência a divergir das duas é a Moody’s, que manteve o Brasil dois níveis abaixo do grau de investimento e, em abril, melhorou a perspectiva de negativa para estável. Medida de confiança - A classificação de risco por agências estrangeiras representa uma medida de confiança dos investidores internacionais na economia de determinado país. As notas servem como referência para os juros dos títulos públicos, que representam o custo para o governo pegar dinheiro emprestado dos investidores. O grau de investimento funciona como um atestado de que os países não correm risco de dar calote na dívida pública. Abaixo dessa categoria, está o grau especulativo, cuja probabilidade de deixar de pagar a dívida pública sobe à medida que a nota diminui. No caso dos títulos públicos, o grau de investimento ajuda um país a conseguir juros mais baixos nos papéis

Brasília - A Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) comemorou a elevação, para R$ 1,5 milhão, do teto de valor das unidades que podem ser adquiridas por meio do Sistema Financeiro de Habitação (SFH). A medida foi anunciada na última terça-feira pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para o gerente de Projetos de Abrainc, Renato Lomonaco, a medida deixa o crédito imobiliário mais direcionado ao setor residencial, que é o que mais gera emprego e desenvolve a economia. Segundo ele, dados do Banco Central apontam um potencial de liberação de R$ 80 bilhões ao longo dos seis próximos anos. “Isso vai destravar bastante os recursos, principalmente da poupança, que estava com certa dificuldade. Embora gradual, é uma liberação significativa ao longo dos anos”, disse. O novo teto vai beneficiar todas as regiões do País e valerá para o financiamento de imóveis residenciais novos contratados a partir de 1º de janeiro do próximo ano.

Concedidos com recursos do FGTS e da poupança, os financiamentos do SFH cobram juros de até 12% ao ano. Acima de R$ 1,5 milhão, valem as normas do Sistema Financeiro Imobiliário (SFI), com taxas mais altas e definidas livremente pelo mercado. Estímulo - Segundo o Banco Central, as medidas foram tomadas para estimular a indústria da construção civil. “Esse conjunto de aperfeiçoamentos, ao flexibilizar e simplificar as regras do direcionamento, pretende estimular a entrada de novos operadores e a melhor segmentação de mercado. Espera-se, ainda, uma maior compatibilidade entre a oferta e a demanda de financiamentos, respeitando-se a estrutura e as características de nosso mercado imobiliário, explicou, em nota. Além de elevar o valor dos imóveis para financiamentos, o CMN flexibilizou a parcela que os bancos são obrigados a aplicar em crédito imobiliário. Até então, os bancos precisavam destinar 65% dos recursos da poupança para o financiamento de imóveis,

dos quais 80% (o equivalente a 52% dos depósitos na caderneta) deveriam ser empregados no SFH. Esse sublimite de 80% deixará de vigorar em janeiro. Dessa forma, os bancos poderão usar os recursos da poupança para financiarem imóveis de qualquer valor, a critério de cada instituição. No entanto, os bancos que concederem crédito para imóveis de até R$ 500 mil terão o valor multiplicado por 1,2 para facilitar o cumprimento da exigência de usarem 65% da poupança no financiamento imobiliário. Para Lomonaco, essa medida vai incentivar o financiamento de imóveis até esse valor, faixa que não era muito assistida nem pelo programa “Minha casa, minha vida”, nem pelos recursos da poupança. “Os bancos terão mais liberdade para fazer investimentos imobiliários”, disse. O gerente explicou que seria necessário um conjunto de medidas para alavancar o setor novamente, já que a economia continua em baixa. Entretanto, o que foi decidido pelo CMN já é positivo e já consegue ajudar o setor. (ABr)

da dívida externa. Por meio da dívida pública, um governo emite títulos para levantar recursos no mercado financeiro. O dinheiro serve para atender às necessidades de financiamento e permitir que o Tesouro honre os compromissos de curto prazo. Em troca, o governo compromete-se a devolver o dinheiro aos investidores com juros. Quanto menores as taxas, maior a confiança WILSON DIAS / AGÊNCIA BRSIL na capacidade de pagamento do país. Embora as notas sirvam de parâmetro para credibilidade de governos e de empresas no mercado financeiro, as agências de classificação de risco enfrentam críticas por terem errado nos prognósticos. Antes de 2008, as agências deram notas altas para as operações de venda de créditos imobiliários nos Estados Unidos, que entraram em colapso e desencadearam uma crise econômica global. Em 2013, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos abriu investigação contra a Standard & Poor’s por suspeita de fraude na classificação de produtos hipotecários. (ABr) Aumento para R$ 1,5 milhão o valor máximo das unidades pode liberar R$ 80 bilhões em seis anos


BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 2 DE AGOSTO DE 2018

6

ECONOMIA RANKING

BALANÇA

Bancos sĂŁo marcas mais valorizadas

SuperĂĄvit ĂŠ 19,6% menor de janeiro a Segmento obteve o maior crescimento sobre 2017, de 44%, em pesquisa do BrandZ Brasil julho deste ano ALISSON J. SILVA

ANA CAROLINA DIAS

Brasília - O crescimento das importaçþes em ritmo maior que o das exportaçþes fez o saldo da balança comercial cair nos sete primeiros meses do ano. Segundo o MinistÊrio da Indústria, ComÊrcio Exterior e Serviços, o País exportou US$ 34,160 bilhþes a mais do que importou no período de janeiro a julho. O superåvit Ê 19,6% inferior ao do mesmo período do ano passado (US$ 42,496 bilhþes). Apesar do recuo, o superåvit foi o segundo melhor da história para o período. Em julho, o Brasil exportou US$ 4,227 bilhþes a mais do que comprou do exterior. Apesar da queda de 35,8% em relação ao superåvit registrado em julho do ano passado, o valor Ê o terceiro melhor para o mês, perdendo para julho de 2017 (US$ 6,285 bilhþes) e de 2016 (US$ 4,575 bilhþes).

Os bancos brasileiros apresentaram crescimento relevante no ranking das 60 marcas mais valiosas do PaĂ­s. O segmento dos bancos obteve o maior crescimento em relação a 2017, com 44% de acrĂŠscimo e representa, atualmente, quase 26% do total das marcas mais valorizadas do PaĂ­s, segundo dados do levantamento anual do BrandZ Brasil. Os bancos mais valiosos do PaĂ­s, entre eles, Bradesco, ItaĂş, Caixa, Banco do Brasil e BTG Pactual, totalizaram, juntos, um aumento de US$ 14.702 bilhĂľes. O Bradesco se manteve na segunda colocação do ranking, com aumento de 58% de seu valor e mais de US$ 7 bilhĂľes. Em terceiro lugar apareceu o ItaĂş, que possui valor de US$ 6,1 bilhĂľes, aumento de 42% na comparação com o ano passado. A Caixa ficou em 18° lugar e aumentou US$ 790 milhĂľes, o equivalente a 12%. O Banco do Brasil, que subiu 15 posiçþes, teve um salto de 127%, chegando a US$ 425 bilhĂľes e o BTG Pactual atingiu o valor de US$ 271 milhĂľes, relativos a 9%. Na avaliação do CEO da Kantar Consulting para AmĂŠrica Latina, Eduardo Tomiya, o expressivo crescimento no valor das marcas de bancos no Brasil se deve ao valor de mercado dessas empresas e tambĂŠm Ă s expectativas positivas em relação Ă economia no inĂ­cio deste ano. “Em 2017, essas marcas experimentaram uma

Com aumento de 58% de seu valor, mais US$ 7 bilhþes, Bradesco se manteve na segunda colocação no ranking

queda e agora tiveram recuperação de valor de marca devido Ă percepção elevada de seus negĂłcios. Os principais bancos tiveram resultados financeiros interessantes, apesar da competição com fintechs e outros concorrentes, e permanecem relevantes na mente dos consumidoresâ€?, explicou Tomiya. A alta rentabilidade das instituiçþes financeiras e as elevadas taxas do sistema financeiro brasileiro, que poderiam contribuir para uma avaliação negativa por parte dos consumidores,

foram responsĂĄveis por mudanças no mercado financeiro e pela diversificação da fonte de receita dos bancos, segundo Tomiya. “A dependĂŞncia excessiva do crĂŠdito levaria a uma visĂŁo negativa do ponto de vista dos consumidores e, por isso, cada vez mais os bancos tentam buscar fontes alternativas para aproveitar o relacionamento e a marca e procurar novos produtos e serviços. Cada banco tem um modelo diferente e a expansĂŁo do portfĂłlio de serviços justifica um pouco

o aumento do valor de marcaâ€?, disse. Tecnologia – Em um contexto cada vez mais tecnolĂłgico, com o surgimento do digital, Eduardo Tomiya acredita que o diferencial dos bancos ĂŠ conseguir desenvolver a inovação e se manter alinhado a seus propĂłsitos e valores. Para o CEO da Kantar Consulting na AmĂŠrica Latina, as fintechs surgiram como uma tendĂŞncia, o que provocou forte reação das instituiçþes financeiras em

relação aos seus ambientes digitais. Apesar dessas novas empresas prometerem mais agilidade, os consumidores valorizam os princĂ­pios dos grandes bancos como solidez e integração de serviços. “Atualmente, o banco que nĂŁo se adaptar a esse conceito estarĂĄ fora do jogo. Devido Ă solidez, essas grandes instituiçþes que tĂŞm marcas fortes usaram seus lastros e se tornaram concorrentes das fintechs, porque começaram a melhorar sua experiĂŞncia digitalâ€?, ponderou Tomiya.

FINANCIAMENTO

BNDES cria nova linha para exportadores SĂŁo Paulo – O Banco Nacional de Desenvolvimento EconĂ´mico e Social (BNDES) estĂĄ criando novas condiçþes para exportadores com uma linha de financiamento prĂŠ-embarque e decidiu incluir na lista os setores automotivo, de carnes e bens de defesa, disse Ă Reuters o presidente do banco de fomento, Dyogo Oliveira. As novas condiçþes pre-

veem redução de 40% no spread, enquanto a taxa anual de juro cai de 1,9% para 1,2% ao ano. Outra mudança foi a ampliação do prazo de pagamento do financiamento de 36 para 48 meses. “O BNDES tem feito esforço para tornar seus produtos mais adaptados Ă realidade da economiaâ€?, falou Oliveira Ă Reuters. A operação prĂŠ-embarque envolve o exportador

LEILĂƒO DE IMĂ“VEL Av. BarĂŁo Homem de Melo, 2222 - Sala 402 Bairro Estoril - CEP 30494-080 - BH/MG PRESENCIAL E ON-LINE

1Âş LEILĂƒO: 28/08/2018 - 10:00h

-

PaĂ­sâ€?, apontou ainda Oliveira, adicionando que os financiamentos nessa linha poderĂŁo ser feitos em dĂłlar e corrigidos pela taxa Libor, sendo que a linha atual a operação sĂł ĂŠ feita em reais. Nos Ăşltimos anos, com exceção de 2017 quando ficou praticamente zerada, a linha prĂŠ-embarque teve desembolsos mĂŠdios de US$ 2 bilhĂľes, segundo Oliveira. A expectativa ĂŠ que com as novas condiçþes, a linha retome esse padrĂŁo.

O SR Antônio Talma de Oliveira Costa responsåvel legal pelo empreendimento Pneusola Recapagem S/A , por determinação do Conselho Municipal de Desenvolvimento Ambiental do Município de Betim - CODEMA, torna público que foi concedida/solicitado atravÊs do Processo Administrativo nº PA 5451810017, a /LFHQoD DPELHQWDO VLPSOL¿FDGD /$6 SDUD a atividade recauchutagem de pneumåticos, localizada na ROD BR 381, Fernão 'LDV 6 1 .0 /RMD 'LVWULWR ,QGXVWULDO -DUGLP 3ULPRQW 6XO %HWLP 0*

CNPJ/MF N.Âş 20.568.671/0001-60 - NIRE 31300117235 Edital de Convocação - Assembleia Geral ExtraordinĂĄria a ser Realizada em 08 de Agosto de 2018, Ă s 10 horas. Ficam convocados os senhores acionistas da SĂƒO MATEUS AGROPECUĂ RIA S.A. para se reunirem em Assembleia Geral ExtraordinĂĄria, a ser realizada Ă s 10 horas do dia 08 de Agosto de 2018, na sede social da Companhia, localizada em Belo Horizonte/MG, na Avenida Ă lvares Cabral, nÂş 1707, 1Âş andar-parte, bairro Santo Ĺ?Ĺ˝Ć?Ć&#x;ŜŚŽ͕ WÍ— ĎŻĎŹÍ˜ϭϳϏͲϾϭϹÍ• Ć‰Ä‚ĆŒÄ‚ ĚĞůĹ?Ä?ÄžĆŒÄ‚ĆŒÄžĹľ Ć?Ĺ˝Ä?ĆŒÄž Ä‚ Ć?ÄžĹ?ĆľĹ?ŜƚĞ Ĺ˝ĆŒÄšÄžĹľ ĚŽ ÄšĹ?Ä‚Í— ÍžĹ?Íż ĞdžĂžĞ͕ ÄšĹ?Ć?Ä?ĆľĆ?Ć?ĆŽ Äž ǀŽƚĂĕĆŽ Ć?Ĺ˝Ä?ĆŒÄž Ä‚ ĆŒÄžÄžĹŻÄžĹ?ĕĆŽ ĚŽĆ? ĂĚžĹ?ĹśĹ?Ć?ĆšĆŒÄ‚ÄšĹ˝ĆŒÄžĆ? ĚĂ Ä?ŽžĆ‰Ä‚ŜŚĹ?Ä‚Í– Äž ÍžĹ?Ĺ?Íż ĞdžĂžĞ͕ ÄšĹ?Ć?Ä?ĆľĆ?Ć?ĆŽ Äž ǀŽƚĂĕĆŽ Ć?Ĺ˝Ä?ĆŒÄž Ä‚ ĎdžĂĕĆŽ ĚĂ ĆŒÄžžƾŜÄžĆŒÄ‚Ä•Ä†Ĺ˝ ĚŽĆ? ĂĚžĹ?ĹśĹ?Ć?ĆšĆŒÄ‚ÄšĹ˝ĆŒÄžĆ? ĚĂ Ä?ŽžĆ‰Ä‚ŜŚĹ?Ă͘ KĆ? Ä‚Ä?Ĺ?ŽŜĹ?Ć?ƚĂĆ? Ć‰Ĺ˝ÄšÄžĆŒÄ†Ĺ˝ Ć‰Ä‚ĆŒĆ&#x;Ä?Ĺ?Ć‰Ä‚ĆŒ ĚĂ Ć?Ć?ĞžÄ?ĹŻÄžĹ?Ä‚ 'ÄžĆŒÄ‚ĹŻ džtraordinĂĄria, ora convocada, por si, seus representantes ĹŻÄžĹ?Ä‚Ĺ?Ć? Žƾ Ć‰ĆŒĹ˝Ä?ĆľĆŒÄ‚ÄšĹ˝ĆŒÄžĆ?Í• Ä?ŽŜĆ?ŽĂŜƚĞ ÄšĹ?Ć?Ć‰Ć Äž Ĺ˝ Ä‚ĆŒĆ&#x;Ĺ?Ĺ˝ ϭώϲ ĚĂ >ÄžĹ? ŜǑ ϲ͘ϰϏϰ͏ϳϲ͘ ĞůŽ ,Ĺ˝ĆŒĹ?ÇŒŽŜƚĞ͕ ĎŻĎŹ ĚĞ ŊƾůŚŽ ĚĞ ĎŽĎŹĎ­Ď´Í˜ &ĹŻÄ„Ç€Ĺ?Ĺ˝ WĞŜƚĂĹ?ŜĂ 'ĆľĹ?ĹľÄ‚ĆŒÄ†Äžs - Diretor presidente

2Âş LEILĂƒO: 30/08/2018 - 10:00h

EDITAL DE LEILĂƒO Fernanda de Mello Franco, /HLORHLUD 2ÂżFLDO 0DW -8&(0* Qž GHYLGDPHQWH DXWRUL]DGD SHOR FUHGRU ÂżGXFLiULR DEDL[R TXDOLÂżFDGR ID] VDEHU TXH QD IRUPD GD /HL Qž H GR 'HFUHWR OHL Qž OHYDUi D /(,/­2 3Ă’%/,&2 GH PRGR Presencial e Online R LPyYHO D VHJXLU FDUDFWHUL]DGR QDV VHJXLQWHV FRQGLo}HV IMĂ“VEL /RWH YLQWH H FLQFR GR 4XDUWHLUmR ' WULQWD H RLWR ' GD Â? 6HomR 6XEXUEDQD DQWLJR TXDUWHLUmR FRP iUHD GH PĂ° OLPLWHV H FRQIURQWDo}HV GD &3 * DSURYDGD HP FRP D &DVD QHOH HGLÂżFDGD Qž GD 5XD 7UDtUDV FRP WRGDV DV VXDV EHQIHLWRULDV LQVWDODo}HV H SHUWHQFHV &RQIRUPH $Y Âą &HUWLGmR GD 3UHIHLWXUD Âą &HUWLÂżFD VH TXH IRL DSUHVHQWDGR D &HUWLGmR GDWDGD GH H[SHGLGD SHOD 3UHIHLWXUD 0XQLFLSDO GH %HOR +RUL]RQWH FHUWLÂżFDQGR TXH GH DFRUGR FRP D SODQWD &3 * DSURYDGD HP R ORWH GR TXDUWHLUmR ' GD Â? 6HomR 6XEXUEDQD RULJLQRX VH GH VXEGLYLVmR GH ORWHV SULPLWLYRV H GR TXDUWHLUmR SULPLWLYR GD Â? 6HomR GH SURSULHGDGH GH 'RQDWR 'RQDWR &RQVWD DQRWDomR HP SODQWD GH TXH GXUDQWH DOJXP WHPSR R TXDUWHLUmR HP WHOD IRL LGHQWLÂżFDGR HTXLYRFDGDPHQWH FRPR TXDUWHLUmR % 2 ORWH HP TXHVWmR DSUHVHQWD D IRUPD LUUHJXODU FRP P HP VHJPHQWR UHWLOtQHR GH IUHQWH SDUD D 5XD 7UDtUDV P HP VHJPHQWR UHWLOtQHR GH GLYLVD ODWHUDO GLUHLWD FRQIURQWDQGR VH FRP R ORWH GR TXDUWHLUmR ' GD Â? 6HomR 6XEXUEDQD P HP VHJPHQWR UHWLOtQHR GH GLYLVD ODWHUDO HVTXHUGD FRQIURQWDQGR VH FRP R ORWH GR TXDUWHLUmR ' GD Â? 6HomR 6XEXUEDQD P HP VHJPHQWR UHWLOtQHR GH GLYLVD GH IXQGRV FRQIURQWDQGR VH FRP WHUUHQR LQGLYLVR H D iUHD GH PĂ° ,PyYHO REMHWR GD 0DWUtFXOD Qž GR ž 2ItFLR GH 5HJLVWUR GH ,PyYHLV GD &RPDUFD GH %HOR +RUL]RQWH 2EV ,PyYHO RFXSDGR 'HVRFXSDomR SRU FRQWD GR DGTXLUHQWH QRV WHUPRV GR DUW FDSXW H SDUiJUDIR ~QLFR GD /HL Âł7UDPLWD HP GHVIDYRU GR %DQFR ,QWHU D $omR Qž MXQWR j Â? 9DUD &tYHO GD &RPDUFD GH %HOR +RUL]RQWH QD TXDO IRL GHIHULGD OLPLQDU SDUD PDQXWHQomR GRV DXWRUHV QD SRVVH do imĂłvelâ€?. DATA DOS LEILĂ•ES: 1Âş LeilĂŁo: dia 28/08/2018, Ă s 10:00 horas, e 2Âş LeilĂŁo dia 30/08/2018, Ă s 10:00 horas. LOCAL: Av. BarĂŁo Homem de Melo, 2222 Âą 6DOD Âą (VWRULO Âą &(3 Âą %HOR +RUL]RQWH 0*. DEVEDOR(ES) FIDUCIANTE(S) 52%(57$ 3(66$/, *20(6 &$59$/+2 EUDVLOHLUD DGPLQLVWUDGRUD QDVFLGD HP &3) &1+ '(75$1 0* H ('8$5'2 &$5/26 '( $5$Ă’-2 &$59$/+2 EUDVLOHLUR DGPLQLVWUDGRU QDVFLGR HP &3) &1+ '(75$1 0* FDVDGRV HQWUH VL VRE R UHJLPH GH &RPXQKmR 3DUFLDO GH %HQV HP UHVLGHQWHV H GRPLFLOLDGRV QD 5XD 7UDtUDV Qž %DLUUR &DUORV 3UDWHV %HOR +RUL]RQWH 0* Âą &(3 CREDOR FIDUCIĂ RIO: Banco Inter S/A, CNPJ: 00.416.968/0001-01. DO PAGAMENTO: 1R DWR GD DUUHPDWDomR R DUUHPDWDQWH GHYHUi HPLWLU FKHTXH FDXomR QR YDORU GH GR ODQFH 2 SDJDPHQWR LQWHJUDO GD DUUHPDWDomR GHYHUi VHU UHDOL]DGR HP DWp KRUDV PHGLDQWH GHSyVLWR HP FKHTXH RX 7(' QD FRQWD GR FRPLWHQWH YHQGHGRU D VHU LQGLFDGD SHOD OHLORHLUD VRE SHQD GH SHUGD GR VLQDO GDGR $SyV D FRPSHQVDomR GRV YDORUHV R FKHTXH FDXomR VHUi UHVJDWDGR SHOR DUUHPDWDQWH DOS VALORES: 1Âş leilĂŁo: R$1.245.413,82 (um milhĂŁo, duzentos quarenta cinco mil, quatrocentos treze reais, oitenta dois centavos) 2Âş leilĂŁo: R$ 515.500,00 (quinhentos quinze mil, quinhentos reais), FDOFXODGRV QD IRUPD GR DUW † ž H DUW SDUiJUDIRV ž ž H ž GD /HL Qž 2V YDORUHV HVWmR DWXDOL]DGRV DWp D SUHVHQWH GDWD SRGHQGR VRIUHU DOWHUDo}HV QD RFDVLmR GR OHLOmR COMISSĂƒO DA LEILOEIRA: &DEHUi DR DUUHPDWDQWH R SDJDPHQWR GD FRPLVVmR GD OHLORHLUD QR YDORU GH FLQFR SRU FHQWR GD DUUHPDWDomR D VHU SDJD j YLVWD QR DWR GR OHLOmR FXMD REULJDomR VH HVWHQGHUi LQFOXVLYH DR V GHYHGRU HV ÂżGXFLDQWH V QD IRUPD GD OHL DO LEILĂƒO ONLINE: 2 V GHYHGRU HV ÂżGXFLDQWH V VHUi mR FRPXQLFDGR V GDV GDWDV KRUiULRV H ORFDO GH UHDOL]DomR GRV OHLO}HV SDUD QR FDVR GH LQWHUHVVH H[HUFHU HP R GLUHLWR GH SUHIHUrQFLD QD DTXLVLomR GR LPyYHO SHOR YDORU GD GtYLGD DFUHVFLGD GRV HQFDUJRV H GHVSHVDV QD IRUPD HVWDEHOHFLGD QR SDUiJUDIR ž % GR DUWLJR GD /HL LQFOXtGR SHOD OHL 2V LQWHUHVVDGRV HP SDUWLFLSDU GR OHLOmR GH PRGR RQ OLQH GHYHUmR FDGDVWUDU VH QR VLWH ZZZ IUDQFROHLORHV FRP EU H VH KDELOLWDU DFHVVDQGR D RSomR Âł+DELOLWH VH´ FRP DQWHFHGrQFLD GH KRUD DQWHV GR LQtFLR GR OHLOmR SUHVHQFLDO MXQWDPHQWH FRP RV GRFXPHQWRV GH LGHQWLÂżFDomR LQFOXVLYH GR UHSUHVHQWDQWH OHJDO TXDQGR VH WUDWDU GH SHVVRD MXUtGLFD FRP H[FHomR GR V GHYHGRU HV ÂżGXFLDQWH V TXH SRGHUi mR DGTXLULU R LPyYHO SUHIHUHQFLDOPHQWH HP ž RX ž OHLOmR FDVR QmR RFRUUD R DUUHPDWH QR SULPHLUR QD IRUPD GR SDUiJUDIR ž % GR DUWLJR GD /HL GHYHQGR DSUHVHQWDU PDQLIHVWDomR IRUPDO GR LQWHUHVVH QR H[HUFtFLR GD SUHIHUrQFLD DQWHV GD DUUHPDWDomR HP OHLOmR OBSERVAÇÕES: 2 DUUHPDWDQWH VHUi UHVSRQViYHO SHODV SURYLGrQFLDV GH GHVRFXSDomR GR LPyYHO QRV WHUPRV GR DUW FDSXW H SDUiJUDIR ~QLFR GD /HL 2 V LPyYHO L V VHUi mR YHQGLGR V QR HVWDGR HP TXH VH HQFRQWUDP ItVLFD H GRFXPHQWDOPHQWH HP FDUiWHU ÂłDG FRUSXV´ VHQGR TXH DV iUHDV PHQFLRQDGDV QRV HGLWDLV FDWiORJRV H RXWURV YHtFXORV GH FRPXQLFDomR VmR PHUDPHQWH HQXQFLDWLYDV H DV IRWRV GRV LPyYHLV GLYXOJDGDV VmR DSHQDV LOXVWUDWLYDV 'HVVD IRUPD KDYHQGR GLYHUJrQFLD GH PHWUDJHP RX GH iUHD R DUUHPDWDQWH QmR WHUi GLUHLWR D H[LJLU GR 9(1'('25 QHQKXP FRPSOHPHQWR GH PHWUDJHP RX GH iUHD R WpUPLQR GD YHQGD RX R DEDWLPHQWR GR SUHoR GR LPyYHO VHQGR UHVSRQViYHO SRU HYHQWXDO UHJXODUL]DomR DFDVR QHFHVViULD QHP DOHJDU GHVFRQKHFLPHQWR GH VXDV FRQGLo}HV HYHQWXDLV LUUHJXODULGDGHV FDUDFWHUtVWLFDV FRPSDUWLPHQWRV LQWHUQRV HVWDGR GH FRQVHUYDomR H ORFDOL]DomR GHYHQGR DV FRQGLo}HV GH FDGD LPyYHO VHU SUpYLD H ULJRURVDPHQWH DQDOLVDGDV SHORV LQWHUHVVDGRV &RUUHUmR SRU FRQWD GR DUUHPDWDQWH WRGDV DV GHVSHVDV UHODWLYDV j DUUHPDWDomR GR LPyYHO WDLV FRPR WD[DV DOYDUiV FHUWLG}HV IRUR H ODXGrPLR TXDQGR IRU R FDVR HVFULWXUD HPROXPHQWRV FDUWRUiULRV UHJLVWURV HWF 7RGRV RV WULEXWRV GHVSHVDV H GHPDLV HQFDUJRV LQFLGHQWHV VREUH R LPyYHO HP TXHVWmR LQFOXVLYH HQFDUJRV FRQGRPLQLDLV DSyV D GDWD GD HIHWLYDomR GD DUUHPDWDomR VmR GH UHVSRQVDELOLGDGH H[FOXVLYD GR DUUHPDWDQWH 2 DUUHPDWDQWH SUHVHQWH SDJDUi QR DWR R SUHoR WRWDO GD DUUHPDWDomR H D FRPLVVmR GD OHLORHLUD FRUUHVSRQGHQWH D VREUH R YDORU GH DUUHPDWH H[FOXVLYDPHQWH SRU PHLR GH FKHTXHV 2 SURSRQHQWH YHQFHGRU SRU PHLR GH ODQFH RQ OLQH WHUi SUD]R GH KRUDV GHSRLV GH FRPXQLFDGR H[SUHVVDPHQWH GR r[LWR GR ODQFH SDUD HIHWXDU R SDJDPHQWR H[FOXVLYDPHQWH SRU PHLR GH 7(' H RX FKHTXHV GD WRWDOLGDGH GR SUHoR H GD FRPLVVmR GD OHLORHLUD FRQIRUPH HGLWDO 2 QmR SDJDPHQWR GRV YDORUHV GH DUUHPDWDomR EHP FRPR GD FRPLVVmR GD /HLORHLUD QR SUD]R GH DWp YLQWH H TXDWUR KRUDV FRQWDGDV GD DUUHPDWDomR FRQÂżJXUDUi GHVLVWrQFLD RX DUUHSHQGLPHQWR SRU SDUWH GR D DUUHPDWDQWH ÂżFDQGR HVWH D REULJDGR D D SDJDU R YDORU GD FRPLVVmR GHYLGD D /HLORHLUD FLQFR SRU FHQWR VREUH R YDORU GD DUUHPDWDomR SHUGHQGR D IDYRU GR 9HQGHGRU R YDORU FRUUHVSRQGHQWH D YLQWH SRU FHQWR GR ODQFH RX SURSRVWD HIHWXDGD GHVWLQDGR DR UHHPEROVR GDV GHVSHVDV LQFRUULGDV SRU HVWH 3RGHUi D /HLORHLUD HPLWLU WtWXOR GH FUpGLWR SDUD D FREUDQoD GH WDLV YDORUHV HQFDPLQKDQGR R D SURWHVWR SRU IDOWD GH SDJDPHQWR VH IRU R FDVR VHP SUHMXt]R GD H[HFXomR SUHYLVWD QR DUWLJR GR 'HFUHWR Qž $R FRQFRUUHU SDUD D DTXLVLomR GR LPyYHO SRU PHLR GR SUHVHQWH OHLOmR ÂżFDUi FDUDFWHUL]DGD D DFHLWDomR SHOR DUUHPDWDQWH GH WRGDV DV FRQGLo}HV HVWLSXODGDV QHVWH HGLWDO $V GHPDLV FRQGLo}HV REHGHFHUmR DR TXH UHJXOD R 'HFUHWR Qƒ GH GH RXWXEUR GH FRP DV DOWHUDo}HV LQWURGX]LGDV SHOR 'HFUHWR Qƒ GH ƒ GH IHYHUHLUR GH TXH UHJXOD D SURÂżVVmR GH /HLORHLUR 2ÂżFLDO 0DLRUHV LQIRUPDo}HV RX SHOR H PDLO FRQWDWR#IUDQFROHLORHV FRP EU %HOR +RUL]RQWH 0* W W W .francoleiloes.com.br

tomador do crĂŠdito, um banco comercial e o prĂłprio banco de fomento. O executivo argumentou que a inclusĂŁo de mais setores elegĂ­veis para concessĂŁo da linha serĂĄ positiva para a economia. No entanto, diferente dos demais, que podem ter aprovação automĂĄtica, os exportadores de automĂłveis, carnes e de equipamentos de defesa precisarĂŁo passar por anĂĄlise prĂŠvia do banco antes da liberação dos recursos. “O critĂŠrio para aprovação ĂŠ agregar valor ao

ue Lig a: par

(31) 3360-4030

SĂƒO MATEUS AGROPECUĂ RIA S/A

UNIWORK CONSULTING LTDA CNPJ/MF NÂş 03.402.300/0001-95 COMPANHIA POR CONTA LTDA ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINĂ RIA ANUNCIO DE CONVOCAĂ‡ĂƒO 1D IRUPD GR DUWLJR LQFLVR , GD OHL ÂżFD FRQYLGDGR V RV VHQKRUHV H VHQKRUDV VyFLRV H VyFLDV GD UNIWORK CONSULTING LTDA., a reunir-se no dia 10 de agosto de 2018, Ă s 20:00 KRUDV HP SULPHLUD FRQYRFDomR D ÂżP GH GHOLEHUDU D UHVSHLWR GH PDWpULD FRQVWDQWH QD 2UGHP GR 'LD DEDL[R HOHQFDGD (VFODUHoR TXH HP FRQIRUPLGDGH FRP R † ž GR DUWLJR GD /HL Qž GH GH GH]HPEUR GH D $VVHPEOHLD *HUDO RUD FRQYRFDGD VHUi UHDOL]DGD QD VHGH VRFLDO GD &RPSDQKLD QR 0XQLFtSLR GH %HOR +RUL]RQWH (VWDGR GH 0LQDV *HUDLV QD $YHQLGD GR &RQWRUQR Qž VDODV H %DLUUR 3UDGR Âą &(3 ORDEM DO DIA 'HOLEHUDU VREUH R distrato da UNIWORK CONSULTING LTDA %HOR +RUL]RQWH GH MXOKR GH (IUDLP &XVWRGLR GH $UDXMR Âą 6yFLR $GPLQLVWUDGRU &20$5&$ '( 8%(5$%$ 0* (',7$/ '( &,7$d­2 &20 2 35$=2 '( ',$6 5e*,$ )(55(,5$ '( /,0$ 00 -Xt]D GH 'LUHLWR GD Â? 9DUD &tYHO GHVWD FLGDGH H &RPDUFD GH 8EHUDED (VWDGR GH 0LQDV *HUDLV QR H[HUFtFLR GR FDUJR QD IRUPD GD OHL HWF )$= 6$%(5 DRV TXH R SUHVHQWH HGLWDO YLUHP RX GHOH FRQKHFLPHQWR WLYHUHP H[SHGLGR QRV DXWRV GH Qž GH (;(&8d­2 '( 7Ă‹78/2 (;75$-8',&,$/ LQWHQWDGD SRU 83/ '2 %5$6,/ ,1'Ă’675,$ ( &20e5&,2 '( ,168026 $*523(&8Ăˆ5,26 6 $ HP GHVIDYRU GH %$6( $*520(5&$17,/ &20e5&,2 ( 5(35(6(17$d­2 /7'$ ( 287526 TXH VH SURFHVVDP SHUDQWH R -Xt]R H 6HFUHWDULD GD Â? 9DUD &tYHO &,7$ RV H[HFXWDGRV (/,=$%(7+ &5,67,1$ /$&(5'$ ',$6 EUDVLOHLUD VROWHLUD HPSUHViULD LQVFULWD QR &3) VRE R Qž H 5(1$72 0$*12 3,1+(,52 $5$Ă’-2 EUDVLOHLUR VROWHLUR LQVFULWR QR &3) VRE R Qž DPERV DWXDOPHQWH HP OXJDU LQFHUWR H QmR VDELGR SDUD QR SUD]R GH WUrV GLDV HIHWXDU R SDJDPHQWR GR GpELWR QR YDORU GH 5 DWXDOL]DGR DWp VHWHPEUR GH IOXLQGR R SUD]R GH TXLQ]H GLDV FRQWDGRV GD MXQWDGD DRV DXWRV GR PDQGDGR GH FLWDomR SDUD RSRU VH j H[HFXomR SRU PHLR GH HPEDUJRV DUW H DUW GR &3& 1mR HIHWXDGR R SDJDPHQWR SURFHGD VH D SHQKRUD H DYDOLDomR GH WDQWRV EHQV TXDQWRV EDVWHP SDUD D OLTXLGDomR GD GtYLGD DWXDOL]DGD PRQHWDULDPHQWH DOpP GH MXURV FXVWDV SURFHVVXDLV H YHUED KRQRUiULD LQWLPDQGR VH R H[HFXWDGR GDV VXDV UHDOL]Do}HV † ž GR DUW H DUW GR &3& )L[R D YHUED KRQRUiULD HP GH] SRU FHQWR VREUH R YDORU GR SULQFLSDO DWXDOL]DGR TXH HP FDVR GH SDJDPHQWR LQWHJUDO QR SUD]R HVWLSXODGR VHUi UHGX]LGD SHOD PHWDGH DUW $ † ~QLFR GR &3& &LHQWLILTXH R H[HFXWDGR TXH QR SUD]R SDUD HPEDUJRV UHFRQKHFHQGR R FUpGLWR GR H[HTXHQWH H FRPSURYDQGR R GHSyVLWR GH WULQWD SRU FHQWR GR YDORU GD H[HFXomR LQFOXVLYH FXVWDV H KRQRUiULRV GH DGYRJDGR SRGHUi UHTXHUHU VHMD DGPLWLGR D SDJDU R UHVWDQWH HP DWp VHLV SDUFHODV PHQVDLV DFUHVFLGDV GH FRUUHomR PRQHWiULD H MXURV GH XP SRU FHQWR DR PrV DUW $ H SDUiJUDIRV GR &3& VRE SHQD GH VHUHP WLGRV FRPR YHUGDGHLURV RV IDWRV DOHJDGRV QRV WHUPRV GR DUW F F GR &3& '$'2 ( 3$66$'2 QHVWD FLGDGH H &RPDUFD GH 8EHUDED (VWDGR GH 0LQDV *HUDLV DRV YLQWH H FLQFR GLDV GR PrV GH MXQKR GR DQR GH GRLV PLO H GH]RLWR

Banco Central - ApĂłs encerrar junho com entradas lĂ­quidas de US$ 3,710 bilhĂľes, o PaĂ­s registra fluxo cambial positivo de US$ 4,451 bilhĂľes em julho atĂŠ o dia 27, informou ontem o Banco Central. O canal apresentou entradas lĂ­quidas de US$ 4,761 bilhĂľes no perĂ­odo. Isso ĂŠ resultado de aportes de US$ 37,509 bilhĂľes e retiradas no total de US$ 32,748 bilhĂľes. O segmento reĂşne investimentos estrangeiros diretos e em carteira, remessas de lucro e pagamento de juros. (Reuters/AE) CONVOCAĂ‡ĂƒO PARA ASSEMBLEIA “ o presidente da fiel clube de benefĂ­cios , no uso de suas atribuiçþes legais e estatuĂĄrias, e em conformidade ao estatuto social, convoca os interessados para assembleia geral extraordinĂĄria a ser realizada no dia 20 de agosto de 2018, na avenida professor MĂĄrio serenos 2900, sala 204, bairro buritis , as 9:00 horas em primeira convocação e as 10:00 horas em segunda convocação , para deliberarem sobre a seguinte ordem do dia ; 1-deliberar acerca da alteração do estatuto da associação 2-renĂşncia de membros da diretoria executiva conselho fiscal 3-eleição dos novos membros da diretoria e conselho fiscal 4-aprovacĂŁo das contas da diretoria atual Belo Horizonte 2 de agosto de 2018

Recuperação - Depois de fechar 2017 com superåvit recorde de US$ 67 bilhþes, o saldo da balança comercial tem registrado recuo no primeiro semestre, provocado principalmente pelo desempenho das importaçþes, que cresceram 21,1% pela mÊdia diåria, somando US$ 102,423 bilhþes nos sete primeiros meses do ano. A alta, de acordo com o ministÊrio, decorre da recuperação da economia, que impulsionou as compras externas, principalmente de bens de capital (måquinas e equipamentos usados para a produção), cujas importaçþes subiram 83,7% de janeiro a julho. As exportaçþes tambÊm aumentaram, mas em ritmo menor. Nos sete primeiros meses de 2018, o País vendeu ao exterior US$ 136,582 bilhþes, valor 7,3% superior ao registrado no mesmo período do ano passado. Segundo a pasta, as vendas de produtos primårios, como commodities (bens primårios com cotação internacional) subiram 10,6% de janeiro a julho. As vendas de produtos manufaturados aumentaram 6,6% em 2018, mas as exportaçþes de bens semimanufaturados acumulam queda de 1,4% no ano, influenciadas principalmente pela queda no preço internacional do açúcar bruto. Oficialmente, o ministÊrio estima superåvit em torno de US$ 50 bilhþes neste ano. Segundo o boletim Focus, pesquisa semanal com instituiçþes financeiras divulgada pelo Banco Central, os analistas de mercado preveem superåvit de US$ 58,06 bilhþes para este ano. (ABr)

“A ConcessionĂĄria do Aeroporto Internacional de Confins S.A., torna pĂşblico que obteve da SuperintendĂŞncia Regional de Meio Ambiente Central Metropolitana, por meio do Processo Administrativo nÂş 32370/2014/011/2016, Licença de Operação, para Distrito industrial e zona estritamente industrial, no municĂ­pio de Confins, vĂĄlida pelo prazo de 10 anos.â€?

PBH ATIVOS S.A. CNPJ/MF n. 13.593.766/0001-79 NIRE 31300097081 CONCURSO PĂšBLICO PBH ATIVOS S.A EDITAL N Âş 001/2018 CONCURSO PARA PROVIMENTO DE CARGOS DO QUADRO DE PESSOAL DA PBH ATIVOS S.A. EXTRATO DE RETIFICAĂ‡ĂƒO 01 A PBH ATIVOS S.A. e o Instituto Brasileiro de GestĂŁo e Pesquisa (IBGP) tornam pĂşblica a disponibilização da Retificação 01, referente ao Edital nÂş 01/2018. Informamos que a Retificação 01 serĂĄ publicada, em sua Ă­ntegra, nos seguintes endereços eletrĂ´nicos: www.pbhativos.com.br e www.ibgpconcursos.com.br. Belo Horizonte, 31 de julho de 2018. PEDRO MENEGUETTI Diretor Presidente


BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 2 DE AGOSTO DE 2018

7

ECONOMIA ERIC GONÇALVES

INDÚSTRIA

Faturamento do setor em MG avança 9,8% em junho Alta seguiu o cenário econômico MARA BIANCHETTI

O faturamento do parque fabril mineiro cresceu 26,8% em junho, na comparação com maio deste exercício. Em relação ao mesmo período do ano anterior, o avanço foi de 9,8%. O resultado do confronto mensal está relacionado à base fraca de maio, causada pela greve dos caminhoneiros ocorrida na última semana do quinto mês. Já a alta na comparação anual se deu em virtude da melhora do cenário econômico. Com o desempenho, a indústria mineira encerrou a primeira metade de 2018 com aumento de 2,8% nas receitas, de acordo com a Pesquisa Indicadores Industriais (Index), divulgada ontem pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg). Na avaliação do presidente da entidade, Flávio Roscoe Nogueira, não fossem os fatores adversos dos últimos meses, como a própria greve dos caminhoneiros, que parou o Brasil por 11 dias, os números estariam pelo menos 30% melhores. “Nos últimos três anos, o Brasil acumulou queda de 8% no PIB (Produto Interno Bruto) e este será o primeiro exercício em que está previsto crescimento. Por aí já vemos a melhora do cenário. No entanto, a crescente que vínhamos observando nos resultados foi abruptamente interrompida pela greve dos caminhoneiros. As indústrias

ficaram paradas, em média, de 8 a 10 dias, o que afetou consideravelmente seus resultados”, disse. Além da paralisação em nível nacional, Roscoe citou como fatores adversos também os rompimentos do mineroduto da Anglo American, que interrompem as operações da mineradora desde o dia 29 de março. Produção deve cair - Diante desse cenário, a previsão da Fiemg é de que o setor industrial mineiro encerre 2018 com queda de 1,5% na produção sobre o ano anterior. A estimativa inicial era de um avanço de 3,3% na mesma base de comparação. Mas, além das adversidades já citadas, a não retomada das atividades da Samarco, que estava prevista para o segundo semestre, e a proximidade do período eleitoral também afetarão o desempenho da indústria mineira em geral. De acordo com o Index, as horas trabalhadas na produção da indústria também voltaram a crescer. Em junho sobre maio, houve avanço de 1,1%, e na comparação com o mesmo mês do ano passado, foi registrado crescimento de 0,2%. Já no acumulado dos seis primeiros meses deste ano frente a igual época de 2017, as horas trabalhadas caíram 1,7%. Por outro lado, os demais índices – emprego, massa salarial e rendimento médio real – recuaram frente ao mês anterior. O emprego caiu

Apesar do crescimento nos ganhos no sexto mês do ano, expectativa é de que produção mineira feche 2018 com queda

No País, crescimento no mês foi de 10,2% Brasília - O faturamento da indústria cresceu 26,4% em junho, ante o mês anterior, resultado da recomposição das perdas geradas pela greve dos caminhoneiros, de acordo com a pesquisa Indicadores Industriais, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em maio, com a paralisação do transporte de cargas, o faturamento havia caído 16,7%. Na comparação com junho do ano passado, a indústria faturou 10,2% a mais. De janeiro a junho, o crescimento acumulado é de 4,4%. “O forte crescimento do faturamento deve ser analisado com cautela. Esse resultado excepcional é explicado pelo fim do represamento de embarques. Ao se comparar o faturamento acumulado no segundo trimestre com o do primeiro trimestre de 2018, registra-se queda de 2,7%”, afirma a CNI. Segundo a entidade, parte do 0,2% em junho, em relação a maio. O resultado configurou a primeira queda mensal do indicador em 2018. O índice avançou 1,2% frente a junho de 2017 e permaneceu estável no primeiro semestre (-0,1%).

faturamento maior em junho se deve às entregas que deveriam ter sido feitas em maio. No mês de junho, houve aumento de 0,8 ponto percentual no nível de utilização da capacidade instalada, que havia caído 2,2 pontos em maio. O indicador alcançou 76,8% (76,7% na série dessazonalizada). Em junho de 2017, estava em 77,2%. As horas trabalhadas na indústria subiram 1,3% em junho, ante queda registrada no mês anterior, de 1,7%. Em relação a junho do ano passado, a alta foi de 1% e, no primeiro semestre, o crescimento foi de 0,9%. Emprego - Mesmo com aumento no faturamento, o emprego industrial caiu 0,2% em junho, ante maio, segundo mês consecutivo de queda. No primeiro semestre, porém, há alta de 0,6% em relação ao mesmo período do ano passado, mesmo

A massa salarial recuou 2,2% no sexto mês deste ano, na comparação com maio. Vale ressaltar que, no quinto mês do ano, houve pagamento de participação nos lucros em diversas em-

percentual que cresceu o emprego na comparação com junho de 2017. A massa salarial real também caiu: 0,8% em junho, na comparação com maio, e 4,3% ante junho do ano passado. No primeiro semestre, houve queda de 0,6%. O rendimento médio real do trabalhador recuou 0,7% em junho, ante maio, e 4,9% ante o mesmo mês do ano anterior. No primeiro semestre, a perda é de 1,1%. “A recuperação da atividade industrial já era lenta e o quadro geral piorou no segundo trimestre. Além da piora do quadro externo, há aumento do nível de incerteza, com dúvidas sobre a política econômica a ser adotada a partir do resultado das eleições e sobre os desdobramentos da recente crise de transportes de carga rodoviária”, destaca o gerente-executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco. (AE)

presas, o que não ocorreu em junho. O indicador caiu 3,8% na comparação com junho de 2017 e 0,4% no primeiro semestre. Por fim, o rendimento médio da indústria também

não sustentou o resultado positivo de maio e retraiu 2,5% na comparação mensal. Frente ao mesmo mês do ano passado, o indicador caiu 5% em junho e na primeira metade de 2018 recuou 3%.

IPP tem alta ainda sob influência da greve PMI sobe e aponta evolução Rio de Janeiro - A greve dos caminhoneiros, que bloqueou estradas em todo o País ao longo de 11 dias ao fim de maio, ainda refletiu sobre os preços dos produtos industriais na porta de fábrica em junho. O avanço de 2,28% no Índice de Preços ao Produtor (IPP) foi impulsionado, entre outras razões, pela crise de abastecimento e desorganização da cadeia produtiva em alguns setores, provocadas pela paralisação do transporte de carga. A indústria alimentícia elevou os preços em 3,39% em junho, o maior impacto sobre o IPP no mês, o equivalente a uma contribuição de 0,64 ponto percentual para a inflação, segundo os dados divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Entre os produtos que ficaram mais caros estão o leite esterilizado, carnes e miudezas de aves e farinha de trigo. Além de alimentos, também puxaram a alta do IPP em junho os ramos de Outros Produtos Químicos, Derivados de Petróleo e Biocombustíveis e Indústrias Extrativas. “O resquício de greve aparece na parte alimentar. Mas tem um aumento grande em alguns produtos derivados de nafta

RICARDO MORAES / REUTERS

Paralisação dos caminhoneiros impactou, principalmente, os preços da indústria alimentícia

pressionando a parte química. E nas (indústrias) extrativas, a pressão é do preço internacional de minério e petróleo”, avaliou o analista do IPP na Coordenação de Indústria do IBGE, Manuel Campos Souza Neto. Dólar - Souza Neto lembra que, além da greve, a inflação da indústria sofreu influência também do aumento de preços de produtos no mercado internacional

e da alta do dólar ante o real. O IBGE calcula que a moeda americana registrou valorização de 3,77% ante o real no mês de junho. A alta de 13,45% acumulada pelo IPP em 12 meses foi a mais elevada da série histórica iniciada em dezembro de 2014, para esse tipo de comparação. Os preços das indústrias extrativas aumentaram 59,02% no período, enquanto os derivados de petróleo e

biocombustíveis subiram 40,13%. O avanço nas cotações das commodities teve influência direta sobre alguns segmentos e indireta sobre aqueles que usam esses itens como matéria-prima, como Outros Produtos Químicos e Metalurgia. “Derivados de petróleo foi a atividade que mais puxou o resultado global. Não foi a que subiu mais, mas tem um peso maior”, lembrou Souza Neto. (AE)

modesta em negócios

São Paulo - O índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor industrial do Brasil subiu de 49,8 pontos em junho, para 50,5 pontos em julho, indicando uma melhora modesta nas condições dos negócios, segundo a IHS Markit. Segundo a economista da instituição Pollyanna de Lima, a melhora do indicador mostra que o impacto da greve dos caminhoneiros sobre a atividade industrial teve curta duração. “Com a quantidade de novos pedidos retornando ao território de crescimento, as empresas aumentaram a produção, os empregos e a compra de insumos no início do terceiro trimestre”, escreve a economista em relatório. Pollyanna pondera que os números, entretanto, não apontam uma recuperação considerável. “A recuperação foi apenas modesta, conforme indicado pelas expansões pequenas na quantidade de pedidos de fábrica, no volume de produção e nos níveis de emprego”, analisou a economista. O relatório também destaca outros pontos negativos: as exportações diminuíram enquanto os desafios políti-

cos e econômicos persistiram em julho. Além disso, o enfraquecimento da moeda, aliado aos níveis baixos de estoque dos fornecedores, contribuiu para o terceiro aumento mais acentuado de custos na história da pesquisa. De acordo com Pollyanna, as oportunidades recentes para exportação impulsionaram o sentimento positivo entre fabricantes em relação às perspectivas de crescimento. “Mas parece que aumentos acentuados nas cargas de custos afetaram a capacidade das empresas brasileiras de competir com os preços internacionais”, escreveu. Um destaque positivo no levantamento de julho foi o fato de o nível de postos de trabalho ter retornado ao território de crescimento, ainda que modestamente. Segundo os entrevistados, “a criação de empregos refletiu planos de expansão da capacidade operacional e projetos em fase de preparação”. “Mesmo assim, a taxa de crescimento do número de funcionários foi, no geral, modesta e restringida por tentativas de redução de despesas em algumas fábricas”, diz o relatório. (AE)


BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 2 DE AGOSTO DE 2018

8

INTERNACIONAL FEDERAL RESERVE / DIVULGAĂ‡ĂƒO

ESTADOS UNIDOS

Fed mantĂŠm juros, mas sinaliza alta para setembro Taxa permaneceu entre 1,75% e 2% Washington - O Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos (EUA), manteve a taxa de juros no intervalo entre 1,75% e 2%, ontem, mas caracterizou a economia como forte, preservando-se no caminho para aumentar os custos dos emprĂŠstimos em setembro. O Federal Reserve informou que a economia dos EUA tem crescido consideravelmente e que o mercado de trabalho norte-americano continua se fortalecendo, enquanto a inflação permaneceu perto da meta de 2% desde sua Ăşltima reuniĂŁo de junho, quando elevou os juros. “Os ganhos com emprego foram fortes, em mĂŠdia, nos Ăşltimos meses, e a taxa de desemprego permaneceu baixa. Os gastos das famĂ­lias e os investimentos fixos nos negĂłcios cresceram fortementeâ€?, informou o Fed, via declaração unânime, apĂłs a conclusĂŁo de sua mais recente reuniĂŁo de polĂ­tica monetĂĄria. O banco central dos Estados Unidos atualmente espera mais dois aumentos

de juros atĂŠ o final do ano. Os investidores haviam descartado a possibilidade de mudança na reuniĂŁo desta semana, com expectativa de aumento das taxas no prĂłximo mĂŞs e em dezembro. CenĂĄrio econĂ´mico - O chair do Fed, Jerome Powell, Expectativa do banco central dos EUA ĂŠ de que, atĂŠ o fim deste ano, sejam promovidos mais dois aumentos nos juros disse, recentemente, que a economia americana estĂĄ em um “lugar realmente bomâ€? e prometeu continuar com aumentos graduais nos Pequim/Washington - A China As tarifas visam milhares de Sem efeito - A China, que acusou custos dos emprĂŠstimos, a disse ontem que “chantagemâ€? nĂŁo importaçþes chinesas, incluindo os Estados Unidos de intimidação, fim de manter a expansĂŁo funcionarĂĄ e que retaliarĂĄ se os Esta- produtos alimentĂ­cios, produtos novamente prometeu retaliar se o econĂ´mica dos EUA. dos Unidos (EUA) tomarem outras quĂ­micos, aço, alumĂ­nio e bens de presidente Trump prosseguir com A economia cresceu ao medidas que dificultem o comĂŠrcio, consumo que vĂŁo desde alimentos as medidas, alertando que as tĂĄticas ritmo de 4,1% no segunconforme o governo Trump considera para cĂŁes, mĂłveis e tapetes atĂŠ de pressĂŁo falharĂŁo. do trimestre, o melhor deuma taxação de 25% sobre os US$ pneus de carros, bicicletas, luvas “A pressĂŁo e a chantagem dos sempenho em quase quatro 200 bilhĂľes de mercadorias chinesas. de beisebol e produtos de beleza. EUA nĂŁo terĂŁo efeito. Se os Estados anos, com consumidores A proposta aumentaria a alĂ­quota A fonte afi rmou que o governo do Unidos adotarem novos passos, impulsionando os gastos e de 10% que o governo havia inicialpresidente Donald Trump poderia a China inevitavelmente tomarĂĄ agricultores apressando os mente proposto em 10 de julho para anunciar a proposta mais dura a contramedidas e nĂłs protegeremos embarques de soja para a essa onda de impostos, em uma tenqualquer momento, em Washingnossos direitos legĂ­timosâ€?, destacou China para se anteciparem tativa de pressionar Pequim a fazer ton. O plano para mais que dobrar o porta-voz do primeiro-ministro Ă s tarifas retaliatĂłrias. concessĂľes comerciais, explicou uma a tarifa foi divulgado pela primeira chinĂŞs, Geng Shuang, em entrevista A inflação tambĂŠm estĂĄ fonte familiarizada com o plano. vez pela Bloomberg News. coletiva. (Reuters) se recuperando apĂłs seis anos sem cumprir a meta do Fed. A medida preferencial de inflação do banco sigla em inglĂŞs) excluindo 2% no segundo trimestre. melhores indicadores de ram o maior ganho anual Os custos trabalhistas dos quanta folga ĂŠ deixada no desde 2008 no segundo tricentral - o Ă­ndice de preços alimentos e componentes de ao consumidor (PCE, na energia - subiu ao ritmo de EUA, vistos como um dos mercado, tambĂŠm registra- mestre. (Reuters)

China pode retaliar, após nova ameaça de Trump

OEA

Conselho se reúne em busca de soluçþes para Nicarågua Buenos Aires - O Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) se reúne hoje para discutir o projeto de resolução apresentado pelo Brasil e outros seis países, criando uma comissão especial para buscar soluçþes para a situação na Nicarågua. Cerca de 400 pessoas morreram em mais de 100 dias de protestos no pequeno país centro-americano, e

milhares de nicaraguenses jĂĄ estĂŁo cruzando a fronteira para a vizinha Costa Rica, fugindo da repressĂŁo e onda de violĂŞncia – a pior desde o fim da guerra civil em 1990. Entre as vĂ­timas fatais, uma brasileira, a estudante de medicina pernambucana RaynĂŠia Gabrielle Lima, cujo corpo jĂĄ foi liberado para repatriação. A proposta de resolução – a segunda em duas semanas

QSWALDO RIVAS / REUTERS

– ĂŠ apoiada por Argentina, Chile, ColĂ´mbia, Estados Unidos, MĂŠxico e Peru, alĂŠm do Brasil. Esses mesmos paĂ­ses apresentaram uma primeira resolução, aprovada no dia 18 de julho, condenando a repressĂŁo das forças de segurança e de grupos paramilitares simpatizantes do presidente Daniel Ortega e pedindo eleiçþes antecipadas. Ortega jĂĄ disse que vai

EDITAL DE LOTEAMENTO PD{OD /HPRV 4XLQWmR &DPSRV 2¿FLDOD 6XEVWLWXWD GR &DUWyULR GR o 2ItFLR GH 5HJLVWUR GH ,PyYHLV GD &RPDUFD GH %HOR +RUL]RQWH 0LQDV *HUDLV HP FXPSULPHQWR jV DWULEXLo}HV FRQIHULGDV SHOR $UW H GD /HL GH GH GH]HPEUR GH ID] VDEHU D WRGRV TXDQGR R SUHVHQWH HGLWDO YLUHP RX GHOH FRQKHFLPHQWR WLYHUHP TXH IRL SURWRFROL]DGD QHVWD VHUYHQWLD VRE R Qo /o D GRFXPHQWDomR DOXVLYD DR ORWHDPHQWR GD iUHD GH P2 GR EDLUUR /LEHUGDGH DTXL PDWULFXODGD VRE R Qo /o GH SURSULHGDGH GH 3(17$ (035((1',0(1726 ( 3$57,&,3$dŽ(6 /7'$ &13- FRP VHGH QHVWD &DSLWDO j 3UDoD 6DQWR $QW{QLR Qo %DLUUR $HURSRUWR H 0217( 025 (035((1',0(1726 ( 3$57,&,3$dŽ(6 /7'$ &13- FRP VHGH QHVWD &DSLWDO j 3UDoD 6DQWR $QW{QLR Qž %DLUUR $HURSRUWR 2 UHIHULGR ORWHDPHQWR FRQIRUPH SODQWD &3 $ DSURYD R ORWH GR TXDUWHLUmR FRP iUHD GH P2 ORWH GR TXDUWHLUmR GHVWLQDGR j (/83 FRP iUHD GH P2 H D iUHD GH P2, GHVWLQDGD j iUHD GH YLDV SHUID]HQGR D iUHD WRWDO GH P2 REMHWR GR ORWHDPHQWR $ iUHD GH YLD H iUHD GH HVSDoR OLYUH GH XVR S~EOLFR SDVVDP SDUD R GRPtQLR S~EOLFR QR DWR GR UHJLVWUR FRQIRUPH $UW GD /HL GH GH GH]HPEUR GH 1D RSRUWXQLGDGH ¿FDP FLHQWHV RV LQWHUHVVDGRV TXH GHYHP VH PDQLIHVWDU QR SUD]R LPSURUURJiYHO GH TXLQ]H GLDV FRQWDGRV D SDUWLU GD GDWD GD ~OWLPD SXEOLFDomR GHVWH HGLWDO D VXD LPSXJQDomR VREUH D SUHWHQVmR GR D UHTXHUHQWH H FRQKHFHGRUHV GH TXH FRQIRUPH $UW † o GD /HL GH GH GH]HPEUR GH D QmR LPSXJQDomR HIHWLYDU VH i R LPHGLDWR UHJLVWUR GR ORWHDPHQWR HP TXHVWmR 'DGR H SDVVDGR %HOR +RUL]RQWH GH MXOKR GH

Presidente Daniel Ortega rejeita projeto de paĂ­ses, o qual considera uma ingerĂŞncia externa

concluir seu terceiro mandato consecutivo em 2021 e rejeitou o novo projeto de resolução, que precisa de 18 votos para ser aprovado. Segundo o presidente nicaraguense, trata-se de uma “ingerĂŞnciaâ€? externa no seu paĂ­s. Ele acusa os manifestantes de “golpismoâ€? e os comparou a terroristas do grupo fundamentalista islâmico ISIS. Um projeto de lei foi aprovado pelo Congresso da NicarĂĄgua, de maioria governista, punindo o terrorismo com atĂŠ 20 anos de prisĂŁo. O conito - Os protestos começaram no dia 18 de abril por causa de uma proposta de reforma da PrevidĂŞncia, que o governo acabou revogando. Mas os manifestantes continuam nas ruas, desta vez contra a repressĂŁo e para pedir a saĂ­da de Ortega, que hĂĄ 39

anos liderou a Revolução Sandinista contra a ditadura de AnastĂĄsio Somoza. Agora o presidente e sua mulher e vice, RosĂĄrio Murillo, sĂŁo acusados - atĂŠ por muitos antigos sandinistas – de quererem instalar uma dinastia polĂ­tica no paĂ­s igual a do ditador derrotado em 1979. Em uma primeira etapa, o governo pediu Ă Igreja CatĂłlica que mediasse um diĂĄlogo com setores da sociedade civil (estudantes, agricultores, empresĂĄrios e organizaçþes de defesa dos direitos humanos, entre outros) para superar a crise. Os bispos aceitaram, desde que Ortega permitisse Ă ComissĂŁo Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da OEA investigar as mortes e as prisĂľes ocorridas durante as manifestaçþes. A CIDH jĂĄ apresentou dois relatĂłrios. Ambos

responsabilizam as forças de segurança, franco-atiradores e grupos paramilitares, simpatizantes do governo, pelas mortes. Um grupo de investigadores analisou provas balĂ­sticas, depoimentos das vĂ­timas e imagens e concluiu que o governo nicaraguense estĂĄ “atirando para matarâ€?. O governo rejeitou a conclusĂŁo dos dois relatĂłrios da CIDH, alegando que foram parciais, mas permitiu que a comissĂŁo continue investigando as denĂşncias. TambĂŠm rejeitou a proposta feita pela Igreja CatĂłlica e demais setores que participaram do DiĂĄlogo Nacional de antecipar as eleiçþes presidenciais para março de 2019, para solucionar a crise. Ortega foi reeleito em 2016, mas a votação, sem a presença de observadores internacionais, foi questionada pela oposição. (ABr)


BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 2 DE AGOSTO DE 2018

9

POLÍTICA OPERAÇÃO LAVA JATO

STF pode julgar recurso de Lula neste mês Além do pedido de liberdade, a questão da inelegibilidade deve ser avaliada pelo plenário da Corte Brasília - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin disse considerar ideal que a Corte decida ainda em agosto sobre o pedido de liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), condenado e preso da Operação Lava Jato. O ministro falou com a imprensa antes de entrar na sessão plenária da tarde de ontem. O prazo limite para o registro de candidatura no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é próximo dia 15. O petista é pré-candidato à Presidência da República e pode ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa, já que teve a condenação confirmada em segunda instância, pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). Questionado sobre essa data, o ministro destacou que a votação depende de quem “gestiona” a pauta do STF, que é a presidente Cármen Lúcia. Ainda indagado se recomendaria que o julgamento ocorresse antes do dia 15, Fachin afirmou que “toda celeridade em matéria eleitoral é importante para não deixar dúvida no procedimento”. Caberá a Fachin, relator do pedido de suspensão dos efeitos da condenação de Lula - como inelegibilidade e prisão -, decidir se a Corte

irá avançar sobre a questão eleitoral (inelegibilidade) na análise desse recurso, além do tema da liberdade. Antes do recesso judiciário, que se encerrou nesta terça, 31, o ministro deu um prazo para que os advogados do petista esclareçam se querem ou não que o STF debata esse ponto. A manifestação da defesa de Lula ainda não foi enviada. O PT aposta na estratégia de registrar, no dia 15 de agosto, o pedido de candidatura de Lula no TSE. Assim, teria a questão da inelegibilidade respondida pela Corte Eleitoral, para só então recorrer ao STF, em provável negativa do TSE. Segundo apurou o Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, Cármen deve dar prioridade máxima no julgamento do pedido do petista. A ministra compartilha da visão de Fachin, que é importante dar celeridade ao caso. Em 28 de junho, na última sessão plenária do primeiro semestre, a presidente anunciou que, tão logo o processo fosse liberado por Fachin para julgamento, iria incluir o tema na pauta do plenário “imediatamente”. Os ministros voltaram ontem do recesso A defesa do ex-presidente ainda não se manifestou sobre o pedido de esclarecimento

CARLOS MOURA/STF

de Fachin. Por outro lado, a Procuradoria-Geral da República enviou manifestação ao Supremo nesta semana na qual se posicionou contrária ao recurso para suspender os efeitos da condenação de Lula. Ação no TSE - O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luiz Fux, rejeitou, sem análise do mérito, ação que pedia a declaração antecipada de inelegibilidade do ex-presidente Lula e a proibição de sua pré-candidatura à Presidência da República. Fux justificou a decisão dizendo que pedido era “genérico, apresentado por um cidadão isolado, antes do início do período legalmente destinado à oficialização das candidaturas”. A ação foi movida por Manoel Pereira Machado Neto, enquanto a legislação aponta que esse tipo de pedido tem que partir de candidatos adversários, partidos políticos, coligações partidárias e Ministério Público Eleitoral. Além disso, o prazo para um pedido de impugnação é nos dias seguintes ao registro da candidatura. “Ao teor do exposto, não conheço da presente cautelar, extinguindo o processo sem resolução do mérito”, afirma Fux na conclusão de seu despacho,

Fachin defende celeridade no julgamento sobre Lula em função do interesse eleitoral

datado de 26 de julho. Em meados de julho, a ministra Rosa Weber, que era então presidente em exercício do TSE, rejeitou pedido semelhante apresentado pelo Movimento Brasil Livre (MBL). O ex-presidente se encontra preso em Curitiba, cumprindo condenação por corrupção e lavagem de dinheiro no processo do triplex do Guarujá (SP). (AE/ Reuters)

PGR: ação de Atibaia deve ficar com Moro Brasília - A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, defendeu que a ação penal em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) responde por corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo reformas no sítio de Atibaia (SP) permaneça na 13ª Vara Federal de Curitiba, onde atua o juiz Sérgio Moro. Em manifestação enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF), Raquel Dodge alega que há conexão do caso com a Operação Lava Jato. No fim de abril, por maioria, os ministros da Segunda Turma do Supremo decidiram retirar de Moro e remeter à Justiça de São Paulo os trechos da delação de ex-executivos que relatam fatos sobre as reformas no sítio de Atibaia e o terreno onde seria sediado o Instituto Lula. Para Raquel Dodge, o fato de a Corte ter decidido que determinados depoimentos deveriam ser enviados a São Paulo não significa que também seria competência da Justiça paulista processar e julgar a ação penal sobre o sítio. “O STF decidiu pela remessa dos mencionados termos de depoimento à SJ/SP em caráter precário ou provisório, e - o mais importante - com base em elementos de prova limitados acerca do tema”, escreveu a procuradora-geral. No início de maio, o ministro Dias

Toffoli negou o pedido liminar da defesa do ex-presidente para suspender o andamento da ação penal do imóvel até o julgamento de mérito da reclamação (ação utilizada para realizar o pedido no STF). A defesa do petista também solicitou que os autos da ação sejam encaminhados à Justiça Federal de São Paulo, declarando-se a nulidade de todos os atos praticados por Moro no processo em questão. Para a defesa de Lula, o caso não deveria ficar nas mãos de Moro, já que a Segunda Turma do STF decidiu no dia 24 de abril retirar do juiz federal de Curitiba as menções ao ex-presidente feitas por delatores da Odebrecht envolvendo o sítio e o Instituto Lula. Para Moro, a decisão da Segunda Turma do Supremo de retirar as menções feitas ao ex-presidente pelos delatores não traz “ordem expressa” para que os autos do processo sejam enviados à Justiça Federal de São Paulo. A defesa de Lula ingressou então no Supremo com uma reclamação constitucional contra decisão proferida pela 13ª Vara de Curitiba, que deixou de remeter a ação penal à Seção Judiciária de São Paulo. Na avaliação de Raquel Dodge, a pretensão do ex-presidente é uma tentativa de burlar o rito do Supremo, de suprimir instâncias e

de violar as competências da Corte. “Percebe-se que o reclamante (Lula), sob o pretexto de que a autoridade da Suprema Corte foi violada, pretende, na verdade, submeter diretamente ao STF a apreciação quanto à competência da 13ª Vara da SJ/PR para processar e julgar a ação penal”. A procuradora-geral destacou, ainda, que a 13ª Vara de Curitiba é competente para julgar todos os casos relacionados à operação Lava Jato. Instituto - No caso do sítio, Lula é investigado por supostamente receber das empreiteiras OAS, Odebrecht e Schahin vantagens indevidas de R$ 1,1 milhão por meio de reformas no Sítio Santa Bárbara, que frequentou diversas vezes, em Atibaia. Na outra ação, o ex-presidente responde por suposta propina de R$ 12,5 milhões da Odebrecht, que seria referente a um terreno em São Paulo onde, segundo delatores, seria sediado o Instituto Lula. “A reforma no sítio de Atibaia, assim como outras vantagens indevidas destinadas ao ex-presidente e objeto de ações penais próprias, foram pagas como retribuição pela sua atuação em prol de garantir o funcionamento do esquema que lesou a Petrobras”, escreveu Raquel Dodge. (AE)

Cármen Lúcia repudia desrespeito à Justiça Brasília - A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, afirmou na manhã de ontem, em pronunciamento da volta dos trabalhos da Corte, ser “absolutamente inaceitável” um eventual descumprimento de ordens da Justiça. “Gostaria de afirmar que, neste tempo de grandes preocupações para nós, brasileiros, de grandes dificuldades, mas também de possibilidades, eu desejo que nós todos, como cidadãos, como

juízes, sejamos cada vez mais como temos sido e nos encaminhado, responsáveis nas nossas competências com o Brasil, prudentes nas nossas decisões e, principalmente, comprometidos entre nós com um país no qual o Estado de Direito prevaleça, uma vez que é absolutamente inaceitável qualquer forma de descumprimento ou de desavença com o que a Justiça venha a determinar”, disse. Durante o recesso, o STF foi alvo de protestos. Pri-

meiro, jogaram uma tinta vermelha em uma de suas entradas. Além disso, um grupo protocolou no Supremo um manifesto informando que iria iniciar uma greve de forme em defesa da libertação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva preso desde abril cumprindo condenação e que lidera as pesquisas de intenção de voto ao Palácio do Planalto - e afirmando que o fim do protesto depende da decisão dos ministros do STF. Há uma pressão de pe-

tistas para que haja uma decisão judicial que permita ao ex-presidente participar da disputa presidencial, mesmo provavelmente sendo enquadrado como ficha suja em razão da condenação em segunda instância no processo do triplex do Guarujá. Cármen passa o comando do Supremo em setembro para o ministro Dias Toffoli. Ela deve seguir para a 2ª Turma, colegiado responsável por julgar pedidos referentes à Operação Lava Jato no STF. (Reuters)

OAS é impedida de fazer contratos com o governo Brasília - O Tribunal de Contas da União (TCU) aplicou uma sanção que impede a construtora OAS de fazer novos contratos com a administração pública federal pelos próximos cinco anos, por formação em cartel e fraudes em licitação em contratos de obras da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, apuradas no âmbito da Operação Lava Jato. Cabe recurso no próprio TCU, com efeito suspensivo. Em recuperação judicial, a empresa também ficará, conforme a decisão do TCU, impedida de participar de licitações de governos estaduais e municipais se elas tiverem recursos federais envolvidos. Os contratos da empresa que já estão em vigência poderão seguir normalmente. A empresa alegou que, por estar negociando acordo de leniência com a Controladoria-Geral da União (CGU), deveria ser poupada de tal punição. “A OAS tem direito de que o órgão competente, CGU, se pronuncie acerca do acordo de leniência antes de haver a conclusão nessa casa do processo sancionatório com a possível aplicação da pena de inidoneidade”, defendeu o advogado presente no julgamento. Os ministros, no entanto, descartaram tal argumento por unanimidade. O relator, ministro Benjamin Zymler, apontou que a empreiteira não assinou qualquer acordo até agora, não reconheceu débito no TCU, não trouxe informações para que o tribunal calculasse o sobrepreço das obras e, além disso, outras empresas já prestaram anteriormente informações que comprometiam a OAS. “No caso de Abreu e Lima, várias empresas já apresentaram informações. Essa é uma peça em que já reconhecemos todos o enredo. Dificilmente, seria possível ter um acordo de leniência sobre a OAS em relação a esse assunto. Até porque a lei prevê que só a primeira empresa a prestar informações sobre o caso pode obter o acordo”, disse o relator.

Afirmando que o processo já estava “maduro para votar há muito tempo”, o relator comentou que, se a mera negociação fosse levada em conta em todos os casos, o tribunal ficaria de mãos atadas e não poderia aplicar as sanções de inidoneidade, como são chamadas as proibições de contratar com o poder público. “Se a tese da OAS fosse um imperativo categórico e tomássemos como máxima universal, o tribunal ficaria tolhido de analisar e declarar inidoneidade. O TCU ficaria esperando eternamente que essas tratativas pudessem se encerrar”, disse. Dificuldades - A OAS afirmou ao tribunal que estava passando por dificuldades financeiras e, como exemplo, pontuou que, dos 123 mil funcionários que tinha em outubro de 2014, passou a ter 18 mil em julho de 2018. “Ainda é uma grande empresa que merece a atenção do tribunal em atenção à sua representação econômica. Mas sofreu grande transformação. Hoje, se o TCU declarar inidoneidade, vai se referir à empresa do passado, de novembro de 2014, mas não tem como conhecer a OAS de julho e agosto de 2018, esta que vai ser retratada no acordo de leniência”, disse o advogado. Também no âmbito da Lava Jato, por irregularidades na usina de Angra 3, em um julgamento de 2017, já foram consideradas inidôneas a Construtora Queiroz Galvão, a UTC Engenharia, a Empresa Brasileira de Engenharia e a Techint Engenharia e Construção. Nesse mesmo julgamento, as empresas Odebrecht, Camargo Correia e Andrade Gutierrez escaparam da punição porque tinham acordo de leniência firmado com o Ministério Público Federal no Paraná. Em julho, a Odebrecht assinou também com a CGU e a AGU. A Engevix também foi declarada inidônea por irregularidades em Angra 3. (AE)


BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 2 DE AGOSTO DE 2018

10

POLĂ?TICA politica@diariodocomercio.com.br

DELAĂ‡ĂƒO DA J&F

InquĂŠrito de Pimentel ĂŠ enviado para MG Investigação inclui tambĂŠm suposta lavagem de dinheiro pelo deputado federal Gabriel GuimarĂŁes BrasĂ­lia - O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu enviar para a primeira instância da Justiça Federal de Minas Gerais o inquĂŠrito que investiga o governador de Minas Gerais Fernando Pimentel (PT), pelo suposto crime de corrupção passiva. A investigação, que tambĂŠm apura suposta lavagem de dinheiro pelo deputado federal Gabriel GuimarĂŁes (PT-MG), foi aberta a partir da delação da J&F. A decisĂŁo, publicada no “DiĂĄrio da Justiça EletrĂ´nicoâ€? de ontem, foi tomada a partir do novo entendimento da Corte que restringiu o foro privilegiado, e atendendo a pedido da Procuradoria Geral da RepĂşblica (PGR). Em maio, o STF firmou a regra de que o Supremo sĂł julga supostos crimes de deputados federais e senadores cometidos durante o mandato e em função do cargo. Em junho, foi a vez do Superior Tribunal de Justiça (STJ) restringir o foro para

governadores, autoridade julgada pelo STJ O caso de Pimentel sĂł tramitava no STF em função do foro do deputado federal. Na decisĂŁo, Fux explica que em depoimento prestado pelo executivo Ricardo Saud, como colaborador, foram apontados indĂ­cios de que, ao longo do ano de 2014, Pimentel, entĂŁo ministro do Desenvolvimento, IndĂşstria e ComĂŠrcio Exterior, recebeu indevidamente uma espĂŠcie de “mensalinhoâ€? de dirigentes da J&F, de aproximadamente R$ 3,6 milhĂľes. O suposto valor foi entregue para que o atual governador atuasse em favor dos interesses do grupo. Ainda de acordo com PGR, assinala Fux, hĂĄ indĂ­cios de que os pagamentos indevidos foram efetuados por meio da contratação simulada de escritĂłrio de advocacia ligado a GuimarĂŁes. A PGR explica que, apesar de ter supostamente cometido o crime durante o mandato como deputado, a atuação de GuimarĂŁes nĂŁo

FĂ BIO RODRIGUES POZZEBOM / ABr

tem relação com a atividade parlamentar. Procurada, a defesa do governador afirmou que a decisĂŁo “chega com atrasoâ€?. “A defesa jĂĄ havia pedido isso muito antes da PGRâ€?, afirmou o advogado Eugenio Pacelli. Fux assinou a decisĂŁo em 29 de junho. Procurado atravĂŠs do gabinete, o deputado nĂŁo havia se manifestado atĂŠ a publicação deste texto. AcrĂ´nimo - Em junho, o ministro Herman Benjamin, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), jĂĄ havia enviado Ă primeira instância do JudiciĂĄrio duas açþes penais contra Pimentel. Os processos contra o governador enviados Ă primeira instância da Justiça de Minas Gerais sĂŁo derivados da Operação AcrĂ´nimo, que investiga desvios de recursos quando ele era ministro do Desenvolvimento, IndĂşstria e ComĂŠrcio Exterior, entre janeiro de 2011 e fevereiro de 2014. Em uma das açþes, o governador ĂŠ acusado de favo-

O processo de Pimentel foi transferido para a 1ª instância da Justiça Federal de Minas

recer a empresa Odebrecht, e, na outra, a companhia do ramo de veĂ­culos Caoa. Em troca, teria recebido quantias milionĂĄrias em propina por meio de caixa dois de campanha. Pimentel sempre negou qualquer ilĂ­cito. AlĂŠm desses processos, o governador ĂŠ alvo de ao menos outras

quatro investigaçþes no STJ. Ao menos um outro processo contra governador tambÊm jå foi baixado de instância pelo STJ, dessa vez contra o chefe do executivo da Paraíba, Ricardo Coutinho, que teve seu caso enviado ao primeiro grau pelo ministro Luis Felipe Salomão.

A restrição ao foro de governadores determinada pelo STJ seguiu o exemplo da decisão tomada pelo plenårio do Supremo no início de maio, dessa vez em relação a deputados e senadores. Neste mês, o STF expandiu os efeitos tambÊm para ministros. (AE/ABr)

ELEIÇÕES

PSB faz acordo com o PT e decide retirar candidatura de Marcio Lacerda BrasĂ­lia - O PSB vai optar pela neutralidade nas eleiçþes presidenciais, uma decisĂŁo que terĂĄ ainda de ser confirmada na convenção do partido marcada para o prĂłximo dia 5, depois de um acordo com o PT que levou Ă retirada da candidatura de Marcio Lacerda (PSB) ao governo de Minas Gerais e de MarĂ­lia Arraes (PT) ao governo de Pernambuco. O movimento para levar o PSB Ă neutralidade cresceu nas Ăşltimas horas, apĂłs negociação direta entre os dois partidos, o que descarta uma aliança com o pedetista Ciro Gomes, uma das alternativas mais fortes atĂŠ entĂŁo. No fim da tarde de ontem, depois de reuniĂŁo da ComissĂŁo Executiva Nacional, o PT divulgou a aprovação de resolução, por 17 votos a 8, em que declarou o apoio Ă reeleição do governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), em detrimento da candidatura de Arraes. Na nota, o PT declara que irĂĄ apoiar formalmente os candidatos do PSB no Amazonas, AmapĂĄ, ParaĂ­ba e Pernambuco, alĂŠm da reeleição do governador FlĂĄvio Dino (PCdoB) no MaranhĂŁo, com o objetivo de criar “condiçþes para ampliar nacionalmente a candidatura Lulaâ€? e formar a “unidade do campo popularâ€?. De acordo com uma fonte

ouvida pela Reuters, ao fim da reuniĂŁo da Executiva, a direção do PT recebeu do PSB a informação de que o acordo para retirada da candidatura de Lacerda estava fechado. O presidente do partido, Carlos Siqueira, embarcou para Belo Horizonte para informĂĄ-lo pessoalmente da retirada de sua candidatura ao governo do Estado. “Isso ĂŠ o que vai acontecer, o que reforça a tese que a neutralidade serĂĄ aprovada sem disputa no domingo na convenção. Isso ĂŠ uma neutralidade, mas nĂŁo total porque vai demarcar o campo nos candidatos de esquerdaâ€?, disse Ă Reuters uma fonte socialista. Depois da conversa com Lacerda, o prĂłprio PSB deve soltar uma nota confirmando o acordo que, se nĂŁo dĂĄ a aliança que o PT queria, tira o PSB do acordo com Ciro Gomes e deixa o pedetista isolado. “Primeiro o PT exigia o apoio formal. Depois o PT desistiu do apoio formal e pediu a neutralidade, lĂłgico que para desidratar o Ciroâ€?, disse a fonte. A decisĂŁo do PSB tambĂŠm garante a unidade interna do partido e agrada aos dois diretĂłrios que eram mais fortemente contrĂĄrios Ă aliança com o pedetista Ciro Gomes. Em SĂŁo Paulo, o governador MĂĄrcio França, candida-

Ata de Reunião do Conselho de Administração Realizada em 26 de julho de 2018 Data, Horårio e Local: 26 de julho de 2018, às 12h:00min, na sede social da Companhia, na Av. Bernardo de Vasconcelos, nº 377, Bairro Cachoeirinha, em Belo Horizonte, Minas Gerais. Presença: Reunião realizada por teleconferência, nos termos do artigo 13, parågrafo 3º do Estatuto Social da Localiza. Participantes: JosÊ Salim Mattar Júnior, Antônio Clåudio Brandão Resende, Eugênio Pacelli Mattar, Flåvio Brandão Resende, Oscar de Paula Bernardes Neto, JosÊ Galló e Maria Letícia de Freitas Costa. Instalação / Mesa: Presidente: Jose Salim Mattar Júnior. Secretåria: Gabriella Gomes Vieira Campos Faustino. Ordem do dia: 1) Apreciar a ata de reunião do Comitê de Auditoria, Gestão de Riscos e Compliance; e 2) Apreciar as informaçþes trimestrais (ITR) relativas ao 2º trimestre de 2018. Deliberaçþes por unanimidade: 1) Apreciada a ata de reunião do Comitê de Auditoria, Gestão de Riscos e Compliance, sendo aprovado o conteúdo de suas deliberaçþes. 2) Aprovadas as informaçþes trimestrais (ITR) relativas ao 2º trimestre de 2018. Encerramento e Lavratura da Ata: Sem mais deliberaçþes, foram suspensos os trabalhos pelo tempo necessårio à lavratura desta ata em PHLR PDJQpWLFR SDUD SRVWHULRU DSURYDomR SHORV SDUWLFLSDQWHV 3DUD ¿QV GH FHUWL¿FDomR GLJLWDO D DVVLQDWXUD GD documentação serå realizada isoladamente pelo Sr. Maurício Fernandes Teixeira. Certidão: Declaro que esta Ê FySLD ¿HO GD DWD GH 5HXQLmR GR &RQVHOKR GH $GPLQLVWUDomR GHYLGDPHQWH WUDQVFULWD HP OLYUR DUTXLYDGR QD VHGH social da Companhia, com a assinatura dos participantes: JosÊ Salim Mattar Júnior, Antônio Clåudio Brandão Resende, Eugênio Pacelli Mattar, Flåvio Brandão Resende, Oscar de Paula Bernardes Neto, JosÊ Galló e Maria Letícia de Freitas Costa. Gabriella Gomes Vieira Campos Faustino Secretåria do Conselho de Administração

to Ă reeleição, queria apoiar o tucano Geraldo Alckmin. Em Pernambuco, o partido preferia o PT justamente para tirar Arraes da disputa com o atual governador candidato Ă reeleição, Paulo Câmara. Pesquisas - Em Pernambuco, segundo as Ăşltimas pesquisas locais, Arraes estava em empate tĂŠcnico com Câmara e disputava com o governador eleitorado semelhante. Em Minas, Lacerda estĂĄ em terceiro lugar, atrĂĄs do senador Antonio Anastasia (PSDB) e do atual governador, Fernando Pimentel (PT). Na noite da Ăşltima terça-feira, depois de uma reuniĂŁo entre PSB, PCdoB, PT e PDT, Carlos Siqueira admitiu que o partido poderia chegar a uma posição de nĂŁo ter “coligação formalâ€? no primeiro turno com nenhum dos trĂŞs partidos. Siqueira disse que nĂŁo gostava da palavra neutralidade e nĂŁo significaria nĂŁo ter posição, mas apenas nĂŁo apoiar formalmente nenhum dos “trĂŞs candidatos que nos interessamâ€?. A neutralidade do PSB acaba com a Ăşltima chance de Ciro Gomes formar uma aliança significativa para as eleiçþes e deixa o pedetista, que tambĂŠm tentou cooptar o CentrĂŁo (DEM, PP, PR, PRB e Solidariedade) e o PCdoB, isolado. A decisĂŁo do PSB tambĂŠm mantĂŠm a divisĂŁo da esquerda, que deve chegar ao primeiro turno com dois candidatos com alguma força, o prĂłprio Ciro e um eventual substituto do ex-presidente Luiz InĂĄcio Lula da Silva, no caso da impugnação da sua candidatura pelo PT. (Reuters)

PCdoB oficializa Manuela D’à vila BrasĂ­lia - O PCdoB homologou ontem, em convenção do partido, Manuela D’à vila para disputar a PresidĂŞncia da RepĂşblica, mas em seu discurso a candidata fez questĂŁo de citar o ex-presidente Luiz InĂĄcio Lula da Silva, do PT, e garantiu que nĂŁo serĂĄ um obstĂĄculo Ă unidade do campo da esquerda. “A nossa candidatura sempre foi uma candidatura que defendeu a unidade do nosso campo polĂ­tico. NĂłs fizemos um conjunto de apelos, fizemos diversas vezes o apelo pĂşblico dizendo que a nossa candidatura nĂŁo ĂŠ Ăłbice para a unidade do nosso campoâ€?, disse candidata. Ainda que tenha participado do evento com a militância no lançamento da primeira candidata do partido ao Planalto em mais de 70 anos, e que tenha negado

a existĂŞncia de negociaçþes para integrar a chapa presidencial do PT como vice, Manuela foi convidada, garante um petista, e ainda hĂĄ espaço para essa conversa. “NĂłs ainda temos algum tempo, se surgir alguma novidade neste sentido (da unidade), nĂłs seguiremos entusiastas, porque para nĂłs hĂĄ a necessidade muito viva de retirar o Brasil da crise que vivemosâ€?, afirmou. Manuela avaliou que sua candidatura reĂşne as caracterĂ­sticas para tornar-se competitiva e chegar ao segundo turno, visto que a parcela de indecisos ainda ĂŠ alta, e boa parte dela ĂŠ formada por mulheres. “Para mim, ĂŠ muito significativo ser a Ăşnica mulher feminista candidata neste momento de crise no Brasil, uma mulher de esquerdaâ€?, afirmou. “Sempre defendemos que a unidade fosse a maior

possĂ­vel para esse campo polĂ­tico, portanto nĂłs nĂŁo nos colocamos como Ăłbice. Eu ficaria bastante feliz que fĂ´ssemos trĂŞs ou quatro (partidos), mesmo que eu nĂŁo participasse da chapaâ€?, disse, argumentando que desde o princĂ­pio de sua prĂŠ-candidatura vem insistindo na tecla da unidade. Nas pesquisas de intenção de voto, Manuela aparece com cerca de 1% da preferĂŞncia dos eleitores. Lula - No discurso lapĂłs a homologação da candidatura, Manuela nĂŁo deixou de mencionar o ex-presidente - e o grito de “Lula livreâ€? - e argumentou que sua prisĂŁo ocorreu para impedi-lo de concorrer Ă PresidĂŞncia da RepĂşblica. “Lula estĂĄ preso porque lidera as pesquisas, Lula estĂĄ preso porque solto venceria as eleiçþesâ€?, declarou. (Reuters)

Rabello serĂĄ vice de Alvaro Dias SĂŁo Paulo - O PSC retirou a candidatura do ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento EconĂ´mico e Social (BNDES) Paulo Rabello de Castro Ă PresidĂŞncia da RepĂşblica e acertou que ele serĂĄ vice na chapa do prĂŠ-candidato do Podemos, senador Alvaro Dias, informaram ontem representantes dos dois partidos. O acerto foi feito apĂłs uma reuniĂŁo na sede do PSC em BrasĂ­lia. A candidatura de Paulo Rabello havia sido formalizada em convenção realizada pela legenda no mĂŞs passado. “Começamos uma conversa nesta semana, a pedido do senador Alvaro Dias, conversou com o Paulo Rabello. Paulo Rabello apresentou uma carta ao partido solicitando que o partido o liberasse da candidatura a presidente para compor uma chapa de vice-presidente com o senador Alvaro Diasâ€?, disse a jornalistas em BrasĂ­lia o presidente do PSC, Pastor Everaldo. “Reunimos a Executiva entĂŁo hoje e depois de um grande debate sobre os programas que defendemos em conjunto ficou acertado entĂŁo o que nĂłs

anunciamos agora neste exato momento, que esta chapa a partir de agora Alvaro Dias presidente e Paulo Rabello vice-presidenteâ€?, acrescentou. A candidatura de Dias, que ĂŠ senador pelo ParanĂĄ, ao PalĂĄcio do Planalto deverĂĄ ser formalizada no prĂłximo sĂĄbado em convenção nacional do Podemos, que acontecerĂĄ em Curitiba. “Rabello apresentou uma carta ao partido solicitando que ele fosse liberado da candidatura de presidente para compor uma chapa de vice com o senadorâ€?, disse o presidente do PSC, Pastor Everaldo. Ele disse que com essa carta em mĂŁos a executiva do partido se reuniu ontem e e depois de um longo debate sobre os programas que defendem em conjunto ficou acertada a aliança. “Quero manifestar a alegria que ĂŠ ter na minha chapa o economista do anoâ€?, disse Alvaro Dias logo apĂłs o anĂşncio. Ele disse que ele agrega a composição polĂ­tica da chapa a qualificação tĂŠcnica que ĂŠ ÂŤindispensĂĄvel para as mudanças que o PaĂ­s precisa no momentoÂť, disse Dias. Reuters/AE)


11

BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 2 DE AGOSTO DE 2018

NEGÓCIOS gestaoenegocios@diariodocomercio.com.br

DIVULGAÇÃO

COMÉRCIO

Petz realiza aporte de R$ 2 milhões em nova loja na Capital Rede planeja investir em novas unidades no Estado JULIANA BAETA

O setor de produtos para animais domésticos tem rendido bons frutos em Minas Gerais. Não por acaso, a Petz, empresa especializada neste ramo, acaba de inaugurar a sua quarta unidade na capital mineira em dois anos. Diferente das outras lojas na cidade, que contam com atendimento veterinário e centro de estética para os bichinhos, a nova loja localizada na avenida Raja Gabaglia, no bairro Estoril, tem o formato express e foca apenas na venda de produtos. Para lançar o empreendimento foram investidos cerca de R$ 2 milhões. As outras unidades ficam no Shopping Center Minas, bairro Dom Joaquim, na Pampulha, e na avenida Nossa Senhora do Carmo, no bairro São Pedro. Esta última, inclusive, é considerada uma das lojas que geram mais faturamento para a rede, junto às praças de São Paulo e Brasília, segundo o coordenador de Marketing da empresa, André Marinho. “BH foi uma ótima surpresa pra gente. Quando abrimos a primeira loja já per-

cebemos a receptividade do povo mineiro para este tipo de produto. Todas as nossas lojas na cidade vendem muito bem. Aqui, as pessoas gostam muito de cuidar dos animais, de tratar os seus pets como filhos mesmo, como parte da família”, conta. Minas Gerais é o estado com maior número de casas com animais de estimação. Segundo o IBGE, eles estão presentes em 46% das residências do Estado. Com um crescimento previsto de 40% no faturamento deste ano em relação ao ano passado, a rede pretende expandir quase o dobro em número de lojas até 2020. Atualmente com 68 unidades no País, sendo em Minas Gerais, São Paulo, onde nasceu, Rio Grande do Sul, Paraná, Goiás e o Distrito Federal, a marca deve fechar o ano com 84 lojas, cobrindo sete estados e, em dois anos, deve chegar a 120. “Este ano estamos com um posicionamento mais focado em multicanais, ou seja, queremos que o cliente tenha comodidade de fazer a compra no site e buscar na loja, ou ter uma assinatura onde ele pode receber os

produtos que utilizar mais, como ração e tapete higiênico, por exemplo, todo o mês na sua casa”, conta Marinho. Ele credita o crescimento da rede ao comportamento dos donos de pets e também Loja da Petz recém-inaugurada na avenida Raja Gabaglia opera no formato express à forma como a empresa vê DIVULGAÇÃO os animais. “Na contramão do varejo tradicional, este mercado está superaquecido. Percebemos que a relação das pessoas com os seus bichinhos está demandando mais cuidado, mais carinho, não só com a alimentação mas com produtos de qualidade para entreter os pets, brinquedos, e artigos para o seu bem-estar. E acreditamos que o diferencial da nossa marca está no capital humano, no acolhimento e nesta forma de tratar os bichos de forma diferenciada, prezando pela qualidade dos produtos”, conclui. Expansão - O crescimento rápido da marca em Belo Horizonte fez a empresa incluir outras cidades do Estado em seu plano de expansão. Até 2020, novas unidades devem ser inauguradas no Triângulo Mineiro, e na Região Metropolitana de BH em cidades como Betim e Nova Lima.

Cada unidade da rede conta com mais de 20 mil produtos e em algumas lojas há clínica veterinária

Variedade - Cada unidade conta com mais de 20 mil produtos e, algumas delas, contam também com clínica veterinária, centro de estética

com novidades como escova de chocolate e hidratação de argan para os pets, e setor de filhotes. Como em uma loja de departamento, os produtos

são divididos por setores: Safári, Aquarismo, Cães e Gatos, além do espaço Petz Garden, onde são vendidas flores e plantas.

ESTÉTICA

Cor de Praia mantém plano ambicioso de expansão JULIANA BAETA

Minas não tem mar, mas tem bronze de praia. Curiosamente, a rede de franquias Cor de Praia, que oferece o make bronze, nasceu em Belo Horizonte e rapidamente se expandiu para outros estados, tendo propostas, inclusive, de franquear no exterior. A fundadora da marca, Karol Palhares, se especializou em bronze a jato na capital mineira, sua cidade natal, e decidiu expandir o negócio, criando a empresa em 2010. O diferencial são os produtos utilizados no processo, todos orgânicos, e uma técnica minuciosa de dar ênfase de cor nos pontos fortes do corpo e minimizar as imperfeições. Atualmente com seis unidades no Brasil, sendo três em Belo Horizonte e as demais no Rio, São Paulo e Cuiabá, a rede tem um plano de expansão ambicioso. Fechar mais 100 unidades no País até 2020 e, consequentemente, aumentar proporcionalmente o faturamento. “A cada unidade aberta a

marca fica mais conhecida, ganha mais credibilidade. O nosso crescimento é muito exponencial e acompanha o crescimento do mercado da estética no Brasil. Para se ter uma ideia, conseguimos crescer em meio à crise e isso nos dá um impulso de que se trata de um negócio rentável”, explica Karol. Para este ano, estão previstas cinco novas unidades no País, em Curitiba, Goiânia, Porto Alegre e Uberaba, no Triângulo Mineiro. E até 2020 as outras cidades mineiras que devem receber a marca são Varginha, Araxá, Juiz de Fora, Uberlândia, Pouso Alegre, Lavras e Poços de Caldas. Para se abrir uma unidade, o franqueado deve investir pelo menos R$ 35 mil e o prazo de retorno é em torno de nove meses. No modelo mais barato, em que a pessoa abre a loja em um ponto parceiro, são necessários apenas dois funcionários para se tocar o negócio. O faturamento por loja é de cerca de R$ 100 mil por ano. Desde que foi fundada, em

2010, a empresa já realizou aproximadamente 20 mil bronzeamentos. O público-alvo, segundo Karol, são as pessoas que têm o perfil mais voltado para o lifestyle saudável, que não têm tempo de pegar um sol pra se bronzear e que tem a vida mais ativa. É possível também fazer o bronzeamento em domicílio. Os valores vão de R$ 180 a quase R$ 500. A ideia de investir no ramo de bronzeamento artificial partiu da experiência pessoal da empreendedora com a técnica. “Quando testei o jet bronze fiquei literalmente laranja, mas achei o máximo, porque com o sol eu nunca tinha ficado com a pele de outra cor, além de vermelha. Então, comecei a me interessar por este procedimento que reage com a proteína da pele. Fui estudar mais sobre isso e percebi que a maioria dos autobronzeadores deixava a pele com o aspecto artificial e o jet bronze manchava. Então, passei a testar e procurar matérias-primas no exterior que deixassem a pele com o aspecto natural, igual ao

DIVULGAÇÃO

Rede conta com seis unidade no Brasil, mas pretende atingir 100 operações até 2020

bronzeamento provocado tas para implantar unidades pela exposição solar”, lembra. no exterior. A rede já foi procurada por potenciais Internacionalização - Para franqueados em Orlando e além dos planos de expansão, Miami, nos Estados Unidos, e a marca tem recebido propos- Portugal e Amsterdã, na Eu-

ropa. Segundo Karol Palhares, a procura surgiu graças à divulgação do nome Cor de Praia, e a empresa agora estuda como viabilizar esta internacionalização.

www.facebook.com/DiariodoComercio

www.twitter.com/diario_comercio

gestaoenegocios@diariodocomercio.com.br

Telefone: (31) 3469-2025


BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 2 DE AGOSTO DE 2018

12

NEGÓCIOS RICARDO FERNA FOTOGRAFIA/DIVULGAÇÃO

EVENTOS

Feira Casar deve movimentar R$ 3 milhões Estão confirmados 70 expositores DANIELA MACIEL

Pelo sexto ano consecutivo, noivos da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) têm a oportunidade de encontrar e escolher em um só dia e no mesmo lugar todos os fornecedores necessários para a realização do grande dia. A promessa é da Feira Casar Belo Horizonte, que acontece entre os dias 10 e 12 de agosto, no Buffet Catarina, no bairro Estoril (região Oeste). A estimativa é que sejam movimentados R$ 3 milhões em contratos fechados durante o evento. De acordo com a CEO do Grupo Casar, Camila Piccini, estarão reunidos cerca de 70 expositores e a expectativa é receber 2.500 pessoas. “Sabemos o quão cansativo e estressante pode ser a produção de um casamento. Então, nossa ideia é facilitar a vida dos casais reunindo uma lista de fornecedores qualificados. Em um dia ou até em uma tarde é possível sair com tudo resolvido. Para que isso aconteça, efetivamente, criamos um ambiente agradável, em que as pessoas são atendidas com tempo. Não é apenas uma feira para pegar panfleto e decidir depois. É uma oportunidade de sair com tudo resolvido”, explica Camila Piccini. A feira conta com expositores nacionais e locais, todos com representação em Minas Gerais. Apesar das dificuldades enfrentadas com a crise econômica ainda vivida pelo Brasil, a expectativa é que os negócios cresçam na comparação com o ano passado. A maior parte das marcas participantes é formada por fornecedores locais. “A crise não deixa de nos atingir, mas é de uma maneira diferente. Ninguém deixa de casar, mas as pessoas estão pesquisando mais. Não aceitam o primeiro orçamento. Nosso objetivo é, também, fomentar a eco-

nomia local. Selecionamos os expositores criteriosamente e levamos alguns nacionais que são patrocinadores do evento e são encontrados com facilidade nas praças em que realizamos o evento”, pontua a CEO do Grupo Casar. Já confirmados nesta edição do evento as marcas Trussardi, Fiancée Cerimonial e Eventos, Eliane Matos, Kiboo Sushi, Alma Noivas, Gold Vision, Uffa Sapatilhas, Lutt & Kakau Lopes Beauty Space, Atelier do Convite, Noemi Vieira Decor, Studio Quality Foto e Vídeo, Bem no Tom, Edmar Cruz Instituto de Beleza, Fast Shop, Buffet Catharina, Kriare Decorações, Maria Clara Daura, Aruba, Wine, França Design, Tribeca, Tiare Noiva, Solar Presentes, Jivago Sales, Thiago Amado Filmes, Game Over, Santo de Casa, Tailândia, 100% Eventos, Avec Vous, Eu faço a festa, Maria Pia Shameless, Áquila, Marlene Doces Finos, Mappa Turismo, Chandon, Vivara, Celevie Bebidas Finas, Biscotto Pasticceria, Victory, Maison Erica Viana, Fofíssimo Bolos Caseiros, Lenir Maia Gourmet, Dia D Letreiros Iluminados, Prodel Eventos, Ville Arquitetura, Sua Produtora e Choppup BH Eventos. Perfil - Os noivos podem escolher diferentes estilos de festas e apostar na customização dos detalhes. Os novos modelos de famílias são um perfil crescente de público. “Digo que é até difícil falar em tendências em um mercado que vive das novidades. Hoje o que os noivos mais querem é personalização, algo com a cara deles. Temos recebido cada vez mais casais homoafetivos. Isso é muito bom. Produtos e fornecedores são os mesmos, o que prevalece é o gosto do casal, afinal o amor e o desejo de um dia inesquecível é comum a todos eles”, completa a empresária.

Estimativa dos organizadores da feira que será realizada no Buffet Catharina é de receber 2.500 pessoas em três dias

Pela Experiência pretende ir além do esporte DA REDAÇÃO

Além de oferecer aos participantes o contato com sete diferentes modalidades esportivas em um dos locais mais exuberantes do Estado – a Lagoa dos Ingleses –, o “Pela Experiência”, antigo “Pedalando no Topo”, será uma feira de negócios. O evento, que acontece em 25 de agosto no Alphaville, em Nova Lima, terá um amplo espaço de negócios, que permitirá aos participantes e visitantes, conhecer os produtos e serviços da área fitness/esportiva, expostos em stands e contêineres. “Nossa expectativa é de um incremento de mais de R$ 500 mil em potencial de

negócios gerados, ou seja, manter o índice alcançado na edição de 2017”, afirma o organizador Frederico Godoy, acrescentando que neste ano o evento ganha seis novas modalidades. “Antes só tínhamos o Pedalando no Topo/ciclismo indoor. Agora teremos também Trail Run (corrida na natureza), Hiking (caminhada na natureza), Wod Fit (treino funcional/ crossfit), Kids Run (corrida de criança), Skate for all (pista de skate) e equita pônei (interação com pônei para crianças)”, completa. A previsão do empresário é que mais de 25 empresas expositoras desses segmentos participem da atual edição. Além disso, várias par-

cerias com grandes marcas foram fechadas para este evento, entre elas Honda, Banzai, Triumph BH, Promed Assistência Médica, Supermercados BH, Wilma Alimentos, Três Corações, Vivo, Néctar da Serra, Chilli Beans, Vert Hotéis, Ramada Encore Virgínia, Rexona, ESuítes Lagoa dos Ingleses e Decathlon. Sobre - De acordo com o organizador, Frederico Godoy, essa reestruturação surgiu a partir do perfil do público que o Pedalando no Topo, sempre apresentou. “Através de pesquisas realizadas, vimos a oportunidade de construir um evento ainda maior, com uma diversi-

dade de atrações para que toda a família, da criança ao vovô, possa participar, despertar o interesse pela vida saudável, contato com a natureza e, desse modo, ter uma experiência verdadeiramente genuína, de um dia agradável, tal como diz o nome do projeto”, afirma, acrescentando que o Pela Experiência manterá o Pedalando no Topo com suas características originais, que o levaram a ser considerado um dos melhores eventos de ciclismo indoor ao ar livre do mundo, mas agora apenas como uma das modalidades esportivas do evento. A expectativa de público é de mais de sete mil pessoas ao longo do dia. PEWRSON UP/DIVULGAÇÃO

Devem participar desta edição do evento na Lagoa dos Ingleses aproximadamente 25 empresas que atuam no segmento

IDEIAS

O que aprendi ao procurar pelos sócios certos ALEXANDRO BARSI *

Em mais de uma década como empreendedor, foram muitas as situações as quais me deparei com uma sinuca de bico na escolha de um novo sócio. Algumas foram bem-sucedidas, outras nem tanto. O que não dá para negar é o quanto aprendi ao lidar com pessoas, afinal nos negócios, nem sempre é de empresa para empresa, mas de profissional para cliente. No fundo são as relações humanas que importam quando vamos dividir nossos sonhos com alguém. E no business não é diferente. Confesso! Já desfiz transações aos 45 do segundo tempo, quando o outro lado achava que a partida estava ganha. Já investi em uma startup e depois descobri que o dinheiro foi usado para um propósito completamente diferente. Apostei em uma empresa em que a dívida era muito maior do que se imaginava. Eu sou um cara muito orientado

pela intuição. Muitas vezes, está todo mundo se encaminhando para um lado e eu vou no sentido oposto. Gosto de ponderar: será que é o momento certo? Nunca fiz nada guiado apenas pela minha emoção, mas pela razão. Uma coisa que não faço é por agir por impulso. Já passei por armadilhas e insucessos, quando não vi exatamente o que estava por trás e descobri um rombo maior do que imaginava. Em uma das situações, desisti de uma sociedade de uma empresa bem interessante apenas por conta de uma frase que o ‘ex-futuro sócio’ disse momentos antes da assinatura do contrato, indicando uma falta de ética e comprometimento. Nesse caso em especial, meu feeling me guiou para uma escolha assertiva, já que o tempo mostrou que a situação da referida empresa era muito mais do que delicada. Todo o aprendizado que tive me deixou mais maduro na seleção dos

meus dois atuais sócios. Lembro como se fosse hoje que, em uma das primeiras conversas com um deles, a primeira coisa que pedi foi: ‘seja honesto e verdadeiro’, afinal, prefiro saber a real do que ter surpresas no caminho. Ele me mostrou um levantamento detalhado da empresa

desse rapaz já havia sido mentor do meu amigo e é um sujeito por quem temos apreço. Qual a chance desse negócio dar errado? A apresentação do idealizador da startup foi impecável, e ainda por cima descobri que tínhamos afinidades pessoais, algo que me deixou propenso a aceitar a proposta: Um valor considerável, dividido em par“Hoje, vejo com clareza celas. Entretanto, eu quis travar um contrato, ele não. Eu insisti e que nos negócios, seguimos. intuição e documentação Comecei a injetar o dinheiro e seis meses depois, quando questionava são essenciais para sobre o andamento dos negócios, ele não haver prejuízos” se esquivava: ‘está caminhando’, até que meu feeling novamente nos dias seguintes, consolidando a me alertou. Após intensa apuração, parceria pouco tempo depois. descobri que o dinheiro foi usado para o desenvolvimento de um outro O amigo do amigo... cautela! aplicativo, sem qualquer relação com Certa vez, meu amigo me apre- o produto documentado em contrato. sentou um cara brilhante, de uma Não tive dúvidas, questionei e exigi startup promissora que procurava meu dinheiro de volta, que só recebi por investidores. Para melhorar, o pai quando a Justiça me deu ganho de cau-

sa graças às assinaturas no contrato. Como diz o ditado: ‘Gato escaldado tem medo d´água fria’. Hoje, vejo com clareza que nos negócios, intuição e documentação são essenciais para não haver prejuízos. Com amigos ou desconhecidos, quando se trata de dinheiro e poder, toda a negociação precisa estar muito bem estipulada no papel. É preciso gastar o tempo necessário para redigir um contrato que te resguarde de eventuais problemas, caso contrário, o trabalho durante a rescisão será ainda maior. Também é importante utilizar a razão em vez da emoção, para evitar empolgação ou até mesmo ceder a apelos emocionais. E a confiança, sem dúvida, é um ingrediente essencial, afinal, uma sociedade é igual a um casamento, impossível de funcionar sem a convicção de que a outra parte é a pessoa certa. * Sócio-fundador e CEO do Verity Group


BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 2 DE AGOSTO DE 2018

13

NEGÓCIOS STARTUP

Kanttum aproveita aporte para expandir Empresa do segmento de educação recebeu um investimento de R$ 1,6 milhão da Cedro Capital neste ano JULIANA BAETA

atingidos. Sales explica o que motiva esta perspectiva de crescimento: “Queremos ficar três vezes maiores no ano que vem, e isso é possível, porque está havendo muitas mudanças na rede pública de ensino, então, acredito que nos próximos dois anos vai haver uma abertura muito grande deste mercado de formação de professores. Como somos a única empresa que oferece este produto atualmente, vamos abarcar esta demanda”. Já quanto ao faturamento, a expectativa é que ele dobre no ano que vem. A Kanttum já atua com duas instituições de ensino público via consórcio, em Pernambuco e no Ceará. E as instituições privadas, que correspondem a grande maioria dos clientes da startup, também contribuem para aumentar esta demanda. Atualmente a empresa tem 13 clientes, instituições de ensino que somam 300 escolas ou unidades atingidas. O contrato é feito entre a rede de ensino / instituição e a Kanttum, de forma que todos os professores passem a utilizar o aplicativo em sala de aula. O custo da plataforma é a partir de R$ 19,90 por professor. “Hoje, a maioria das pessoas que vão empreender em educação acaba enxergando isso a partir da perspectiva do aluno. O que a gente observa, e é o que faz parte da nossa tese de impacto, é que se conseguirmos transformar um professor mediano em um excelente educador, isso vai impactar diretamente cerca de 100, 200 ou 300 alunos. E isso vai sim contribuir para melhorar a educação”, explica Sales.

Aprimorar a metodologia de educação aplicada em sala de aula é parte de um processo de autoavaliação do educador e análise da dinâmica no ambiente escolar. E se o professor, junto ao coordenador, pudesse rever as aulas realizadas e, assim, reformular a forma de aplicar o conteúdo para melhorar o processo da educação? No mercado, já há um aplicativo que faz isso. Trata-se do Kanttum, plataforma que permite que o professor se grave em sala da aula, com o próprio celular, tablet ou notebook. Depois, o vídeo é automaticamente compactado e é feito o upload. Para a realização do projeto, a startup obteve um aporte de R$ 250 mil de um investidor anjo em 2015. Após testada como ferramenta de formação dos professores e com a tecnologia já aplicada em diversas instituições de ensino, a empresa vai poder agora acelerar os trabalhos, visto que recebeu este ano mais um aporte de R$ 1,6 milhão da Cedro Capital, gestora de fundos e recursos. “Com esse investimento, nosso primeiro objetivo é estruturar a área pedagógica da Kanttum, ou seja, contratar mais professores para modelar a nossa oferta de serviços para o mercado educacional. Nosso segundo objetivo é reforçar a estrutura operacional, como tecnologia, equipe de marketing e vendas para crescer no mercado”, explica o CEO e fundador da empresa, Pablo Sales. A expectativa é fechar o ano com 25 mil professores atingidos, frente aos 10 mil que utilizavam o aplicativo no início do ano. E ao longo Como funciona - O aplicativo de 2019, a meta é chegar de da Kanttum permite que o 30 mil a 40 mil professores professor se filme durante a

aula. Isso pode ser feito por meio de um tablet posicionado em um tripé ou, em casos de instituições que não disponibilizem este suporte ao professor, ele pode gravar por meio do seu próprio smartphone. Depois da aula, o educador se vê em sala de aula e pode se autoavaliar, melhorando os pontos necessários. “Há uma lista de habilidades definidas pela escola junto com a Kanttum, um protocolo de avaliação direcionado ao professor e ao mentor ou coordenador. O professor precisa se ver para fazer uma reflexão na prática. Depois, ele preenche estes critérios de avaliação. No aplicativo temos uma ferramenta que permite fazer anotações enquanto ele assiste o vídeo. Então, temos a visão do professor, como ele se enxerga em sala de aula. Depois, é o coordenador que vê o vídeo, faz comentários e marca os pontos que ele acha relevantes na sessão de feedback ao professor”, explica o fundador da startup, Pablo Sales. Tradicionalmente, os coordenadores costumam assistir a aulas esporádicas para fazer essa avaliação, o que pode deixar o professor e os alunos pouco à vontade. O aplicativo suprime essa necessidade, e o professor e coordenador podem fazer uma reunião depois, presencial ou por videoconferência, para avaliar juntos onde melhorar com base no diagnóstico dado pela plataforma. Este material pode ser utilizado em um plano de desenvolvimento para o ano letivo posterior, no planejamento da formação do corpo docente e no aprimoramento educacional da escola.

DIVULGAÇÃO

Pablo Sales explica que o primeiro objetivo é estruturar a área pedagógica da startup

play4me. Sales se baseou em sua experiência como diretor comercial de duas empresas de educação em Belo Horizonte para criá-lo. Inicialmente, o objetivo era gravar as aulas para o aluno rever e não para os professores. “Quando fui vender o produto, me apontaram dois problemas: o direito de imagem do aluno e a renegociação com o professor, já que gravar as aulas para alunos seria uma forma de EAD. Uma das escolas observou, no entanto, que esta tecnologia seria ótima para os casos em que o coordenador pedagógico tem que assistir uma aula presencial para ajudar o professor. Então, com o primeiro aporte financeiro que recebemos do desenvolvedor anjo, passamos a aperfeiçoar a tecnologia para este fim”, conta. Em 2017, a empresa passou a se chamar Kanttum História - Em 2014, o apli- e já se estabeleceu na área de cativo tinha o nome de Re- formação de professores.

REDES SOCIAIS

WhatsApp anuncia cobrança de serviços usados por empresas

Rio - O serviço de men- que gastam nos aplicativos sagens do Facebook What- todos os dias e receberem sApp começará a cobrar notificações quando ultrade empresas pelo envio de passarem um limite automensagens de marketing e estabelecido. Os usuários de atendimento a clientes, também podem silenciar as informou a rede social on- notificações dos aplicativos tem. A cobrança começa por até oito horas. em um momento em que a companhia enfrenta desa- Chamadas - O aplicativo celeração no crescimento WhatsApp acaba de liberar de sua receita. as chamadas de vídeo ou As mensagens serão de áudio em grupo para cobradas a uma taxa fixa usuários brasileiros. A partir para entrega confirmada, de agora, é possível fazer variando de 0,5 centavos chamadas simultâneas para a 9 centavos de dólar por até quatro pessoas. mensagem, dependendo do Anunciada em maio, a país, disse o WhatsApp. A funcionalidade chega ao cobrança do serviço também Brasil e vale para os sisteANTONIO CRUZ - ABR envolverá o Brasil. mas operacionais IOS ou O WhatsApp, que tem Android. A função chamada cerca de 1,5 bilhão de usu- de vídeo existia no aplicaários, que desde ontem, as tivo desde 2016, mas, até empresas poderão usar o então, era possível apenas WhatsApp Business para a conversação entre duas enviar informações sobre pessoas. entrega de produtos, lembretes de compromissos e Como fazer - O primeiro ingressos para eventos. passo é iniciar a chamada O WhatsApp reconheceu de áudio ou de vídeo com que está cobrando um prê- uma pessoa. Assim que a mio em comparação com pessoa aceitar a conexão, as taxas cobradas por SMS aparecerá um sinal de + de operadoras de telefonia no alto à direta da tela. Ao móvel. As operadoras nor- clicar no sinal de +, será malmente cobram menos aberta automaticamente a de 1 centavo de dólar por lista de contatos do usuário. SMS. Basta clicar em cima de um O serviço havia anunciado nome e a tela será dividida em janeiro que começaria em três. A operação pode a permitir que pequenas ser repetida mais uma vez empresas se comunicassem para a inclusão de um quarto através do aplicativo What- usuário, assim que o terceiro sApp Business, que tem mais tiver aceito a conexão. de 3 milhões de usuários Entretanto, apenas quem Contrato entre as duas instituições foi assinado ontem durante a reunião do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia ativos. O vice-presidente iniciou a ligação pode conde operações, Matt Idema, vidar para a conversação. FOMENTO disse na ocasião que o What- Ou seja, o sinal de + não sApp pretendia cobrar das aparece na tela de quem empresas no futuro. recebeu a ligação. O Facebook também inforPara tornar possível a mou ontem que os usuários operação, é preciso atualizar Brasília - A Financiadora ao programa Inovar para Michel Temer comentou a será pago posteriormente de seu aplicativo homônimo o smartphone com a versão de Estudos e Projetos (Finep) Crescer, que receberá US$ formalização do contrato com pelas empresas e o governo e do Instagram podem agora mais atual do aplicativo. assinou ontem, durante reu- 103,6 milhões da Financia- o BID e registrou que “a ino- brasileiro entra como ga- ver a quantidade de tempo (ABr/Reuters) nião do Conselho Nacional dora de Estudos e Projetos vação é motor da economia rantidor dos empréstimos. de Ciência e Tecnologia, (Finep), o que totaliza US$ contemporânea. Investir em “A ciência, tecnologia e um contrato de empréstimo 703,6 milhões. inovação, como fazemos, é inovação são um dos pilares CORREÇÃO com o Banco InterameriOs US$ 1,5 bilhão serão aproximar a atividade criado- mais importantes para o decano de Desenvolvimento liberados em parcelas ao ra e a produção. É promover senvolvimento econômico e Na matéria “Minas se destaca em ranking de startups” (BID), de US$ 600 milhões, longo de seis anos, de acordo o crescimento e a geração de social do país”, disse Prata. publicada, ontem, na página 11 do caderno de NegóDe acordo com a Finep, para serem investidos em com o ministro da Ciên- empregos e renda”. cios, está errada a informação de que o município de projetos de inovação que cia, Tecnologia, Inovações O secretário de Políticas serão beneficiadas empreItajubá, no Sul de Minas, ocupa o 4º lugar no ranking aumentem a produtividade e Comunicações, Gilberto e Programas de Pesquisa e sas de setores como indúsdo índice de densidade de startups, da Radiografia das empresas. Kassab. “Todos esses recur- Desenvolvimento do minis- tria química, mineração do Ecossitema de Startups Brasileiras. O gráfico foi Os recursos correspon- sos serão disponibilizados tério, Álvaro Prata, explicou e transformação mineral, divulgado com erro à imprensa e a informação correta dem à primeira parcela de para políticas públicas e que serão abertos editais biocombustíveis avançados, é que Uberlândia, no Triângulo Mineiro, ocupa o 4º uma linha de crédito de para pesquisa no campo para que as instituições apre- agronegócios e tecnologia da lugar nesse ranking e Itajubá ocupa o 7º lugar. US$ 1,5 bilhão, já aprovada da ciência e da inovação”. sentem projetos e busquem informação e comunicação pelo BID, e serão destinados No Twitter, o presidente os recursos. O financiamento e saúde. (ABr)

Finep e BID assinam contrato de US$ 600 mi


BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 2 DE AGOSTO DE 2018

14

AGRONEGÓCIO

agronegocio@diariodocomercio.com.br

POLÍTICAS PÚBLICAS

Conab visita produtores em Minas Gerais Objetivo é colher dados para a composição de custos das culturas de pequi, mangaba, leite e café MICHELLE VALVERDE

Ao longo desta semana, profissionais da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estão em campo visitando agricultores e extrativistas de Minas Gerais. A visita técnica tem como objetivo colher dados para a elaboração dos custos de produção das culturas do pequi, mangaba, leite e café. O levantamento é considerado fundamental por ser utilizado como base para o estabelecimento de políticas públicas e para o cálculo do preço mínimo. As visitas serão realizadas nos municípios de Taiobeiras, onde será avaliado o custo de produção do café, Rio Pardo de Minas (mangaba), Santo Antônio do Retiro (pequi) e Porteirinha (leite). Com exceção da mangaba, que terá o custo atualizado, todos os outros custos serão elaborados pela primeira vez nestes municípios. De acordo com o superintendente regional da Conab em Minas Gerais, Osvaldo Teixeira de Souza Filho, o levantamento de custo de variados produtos é importante para balizar os trabalhos do governo na elaboração de políticas e programas - e do setor produtivo. “O custo de produção agrícola é uma ferramenta de controle e gerenciamento das atividades produtivas e de geração de importantes informações para subsidiar as tomadas de decisões pelos produtores rurais e, também, de formulação

de estratégias pelo setor público e privado”, disse Teixeira. O custo de produção também é uma ferramenta fundamental para a preservação do meio ambiente, como resultado do programa de Política de Garantia de Preços Mínimos para os Produtos da Sociobiodiversidade (PGPM-Bio). O projeto garante um preço mínimo para 17 produtos extrativistas que ajudam na conservação dos biomas brasileiros como o açaí, baru, borracha extrativa, carnaúba, mangaba, pequi, pinhão e umbu. Ainda segundo Teixeira, a Conab elabora, analisa e

divulga informações sobre os custos de produção de culturas temporárias, semiperenes, permanentes e de produtos ligados à avicultura, suinocultura, caprinocultura, atividade leiteira e sociobiodiversidade. A pesquisa de levantamento feita pelos profissionais da Conab conta com o envolvimento dos produtores de cada atividade, entidades representativas do setor agrícola, fabricantes de máquinas e insumos e instituições de pesquisas. Nas coletas de dados, os agentes que compõem a cadeia produtiva participam de painéis técnicos onde são

definidos os parâmetros, atividades e insumos para cada cultura. Os dados levantados pela Conab servem de base para a elaboração dos preços utilizados no Programa de Garantia de Preços para a Agricultura Familiar (PGPAF) e na Política de Garantia de Preços Mínimos para Produtos da Sociobiodiversidade, no caso do pequi e da mangaba, por exemplo. Ao todo, são 40 produtos pesquisados no País. Em Minas Gerais, a lista é composta por 11 culturas, com destaque para o feijão, leite, café, pequi, umbu, macaúba e baru.

aqueles que possuem maior número de contratos de financiamento do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e os entrevistados são produtores da agricultura familiar, associações e cooperativas. Produtos que integram a Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM), como o café, trigo, algodão, por exemplo, têm os custos levantados em municípios que possuem boa produção e organização, levando em consideração a realidade econômica e a logística de distribuição dos produtos e insumos no município.

DIVULGAÇÃO

SUCROALCOOLEIRO

Volume de açúcar de exportação com preço fixado sobe para 68,5%

Projetos de sociobiodiversidade garantem preços mínimos para 17 produtos extativistas, como o pequi

GRÃOS

Bunge surpreende com prejuízo trimestral SEAPA/DIVULGAÇÃO

A companhia global do agronegócio Bunge reportou, ontem, um surpreendente prejuízo trimestral, com sua unidade de agronegócios sofrendo perdas de US$ 125 milhões em razão de hedges de soja relacionados à disputa comercial entre os Estados Unidos e a China. O resultado representou um contraste absoluto com suas concorrentes de commodities agrícolas, Archer Daniels Midland e Cargill, que registraram fortes lucros trimestrais. A Bunge culpou em grande parte a aposta de que os preços da soja subiriam com a redução das tensões entre os EUA e a China durante o período. No entanto, a guerra comercial aumentou e a cotação da oleaginosa caiu drasticamente. A Bunge também reportou um abalo de US$ 24 milhões no trimestre por um hedge cambial no Brasil, o maior exportador de soja do mundo, mas disse que espera recuperar as perdas no segundo semestre deste ano. A perda foi particularmente surpreendente porque se esperava que os grandes comerciantes internacionais de grãos se beneficiassem da volatilidade do mercado e das mudanças nos fluxos globais de grãos, resultan-

Critérios - Teixeira explica que os municípios e produtos pesquisados são definidos conforme a participação em cada programa do governo. No caso dos produtos do Programa de Sociobiodiversidade, por exemplo, são levados em conta os municípios que possuem o maior número de extrativistas e são entrevistados os próprios coletadores, associações e cooperativas. Já para as pesquisas em que o produto está inserido no Programa de Garantia de Preços para a Agricultura Familiar (PGPAF), como o leite, por exemplo, os municípios escolhidos são

São Paulo - As usinas brasileiras de cana haviam fixado preços até o final de junho para exportação de 15,75 milhões de toneladas de açúcar da safra 2018/2019, ou 68,5% do total de 23 milhões de toneladas que o País deve exportar, estimou ontem a Archer Consulting, em comunicado. Até o final de maio, as fixações haviam atingido 13,94 milhões de toneladas. A Archer manteve sua projeção de exportação para a safra. Apesar do avanço nas fixações, o ritmo de comercialização está bastante atrasado comparativamente aos anos anteriores. O índice atual é o mais baixo das últimas três safras para o final de junho e está bem abaixo da média de fixação acumulada até o mês, das últimas seis safras,

em meio a preços baixos da commodity diante de um excedente global. “Acreditamos que uma das razões pelas quais vemos o mercado sem força de recuperação é devido ao atraso nas fixações por parte das usinas. Algumas atrasaram por razões de crédito, outras por acreditarem numa recuperação do mercado que nunca se materializou”, afirmou o sócio-diretor da Archer, Arnaldo Correa, em nota. O valor médio das fixações está em 13,98 centavos de dólar por libra-peso sem prêmio de polarização, equivalentes a 47,56 centavos de real por libra-peso, segundo a Archer. O valor médio de fixação da safra é de R$ 1.092,59 por tonelada equivalente FOB Santos, neste caso já incluído o prêmio de polarização. (Reuters)

INVESTIMENTO

CVM publica novas regras para distribuição de certificados de recebíveis

Empresa atribui resultado a aposta de que os preços da soja estariam mais elevados

tes do aprofundamento da guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo. “Não era o que você esperaria, dado que este é um trimestre de pico (de safra) na América do Sul”, disse o CEO da Bunge, Soren Schroder, acrescentando que mudanças em políticas comerciais e custos de frete no Brasil são os maiores riscos para a retomada no segundo semestre. A perda da Bunge foi parcialmente compensada, já que o segmento de agronegócios da Bunge vendeu

3,4% mais grãos e outras commodities no segundo trimestre encerrado em 30 de junho, e o lucro bruto da unidade mais que dobrou, para US$ 354 milhões. A Bunge, que foi alvo de uma tentativa fracassada de aquisição pela rival ADM, disse que o prejuízo líquido para os acionistas foi de US$ 21 milhões, ou 15 centavos por ação, no trimestre, ante lucro de US$ 72 milhões, ou 51 centavos por ação, um ano antes. As vendas líquidas da empresa subiram para US$ 12,15 bilhões, ante US$ 11,65 bilhões.

Confiança - Segundo o CEO da multinacional, há uma grande confiança na recuperação dos lucros da Bunge com oleaginosas no segundo semestre de 2018. Schroder disse ainda que perder com apostas em soja foi um risco do negócio para otimizar lucros futuros. Ele observou também que a China está evitando soja dos EUA, por conta da tarifa, ao mesmo tempo em que importa outros tipos de proteína para a composição da ração, enquanto aguarda a próxima colheita da América do Sul. (Re

Rio de Janeiro - A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) publicou, ontem, as novas regras para distribuição de Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA). A norma, cuja audiência pública terminou em julho do ano passado, foi registrada sob o número de Instrução CVM 600 e entra em vigor em 31 de outubro. Na regra, a CVM estabelece que deve ficar comprovada a vinculação da destinação dos recursos captados para o produtor rural. Para isso, os produtores rurais poderão emitir títulos de dívida para composição de lastro do certificado. De acordo com o sócio na área de Mercado de Capitais de Tozzini Freire Advogados, Kenneth Ferreira, havia uma grande incerteza no mercado sobre quem poderia emitir o CRA. Pela norma, fica clara a possibilidade de acesso ao instrumento desde que um produtor rural ou outros

agentes da cadeia do agronegócio estejam na origem do lastro. Do ponto de vista de processo, a CVM alterou a periodicidade de comprovação dos recursos pelo agente fiduciário de trimestral para semestral. Por outro lado, os CRA terão que apresentar informes auditados e mensais e não trimestrais, como ocorria antes. As companhias securitizadoras poderão realizar ofertas públicas sem a contratação de instituições intermediárias até o valor de R$ 100 milhões. Para isso, porém, terão que provar ter estrutura interna compatível para distribuição de valores mobiliários. Para Antonio Berwanger, superintendente de desenvolvimento de mercado (SDM) da CVM, as novas condições de aquisição por investidores de varejo estabelecem critérios adicionais para a proteção desses investidores. (AE)


BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 2 DE AGOSTO DE 2018

15

FINANÇAS financas@diariodocomercio.com.br

REUNIÃO DO COPOM

Sem surpresas, BC mantém Selic em 6,5% Decisão do Comitê de Política Monetária foi unânime e correspondeu às expectativas do mercado financeiro DA REDAÇÃO

Os membros do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiram, por unanimidade, manter a Selic (os juros básicos da economia) em 6,50% ao ano. Com isso, a taxa permaneceu no nível mais baixo da série histórica do Copom, iniciada em junho de 1996. Foi a quarta reunião seguida em que a taxa foi fixada neste patamar. A decisão de ontem era largamente esperada pelos economistas do mercado financeiro. De um total de 62 instituições consultadas pelo Projeções Broadcast, todas aguardavam pela manutenção da Selic. Ao justificar a decisão, o BC reafirmou, por meio de comunicado, que a evolução do cenário básico e do balanço de riscos prescreve manutenção da taxa Selic no nível vigente. “O Comitê entende que essa decisão reflete seu cenário básico e balanço de riscos para a inflação pros-

pectiva e é compatível com a convergência da inflação para a meta no horizonte relevante para a condução da política monetária, que inclui o ano-calendário de 2019”, completou o colegiado. No documento, o BC também atualizou suas projeções para a inflação. No cenário de mercado - que utiliza expectativas para câmbio e juros do mercado financeiro compiladas no relatório Focus -, o BC manteve sua projeção para o IPCA em 4,2% para 2018. No caso de 2019, a expectativa passou de 3,7% para 3,8%. No cenário de referência, em que o BC utilizou uma Selic fixa a 6,50% e um dólar a R$ 3,75 nos cálculos, a projeção para o IPCA de 2018 permaneceu em 4,2%. No caso de 2019, o índice projetado continuou em 4,1%. As projeções anteriores constaram no Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgado no fim de junho. O centro da meta de inflação perseguida pelo BC este

Setores - Por meio de nota, o presidente do Sistema Fiemg, Flávio Roscoe, disse acreditar que ainda há espaço para uma redução na Selic, apesar do patamar historicamente baixo. A principal justificativa seria a debilidade da atividade econômica. “As previsões de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) têm sido sistematicamente revisadas para baixo. No início do ano, os principais analistas de mercado projetavam um crescimento de 2,7% do PIB em 2018. Atualmente, as projeções estão em 1,5%. Como agravante, a greve dos caminhoneiros levou a produção física de maio a um recuo de 10,9% no Brasil e de 10,2% em Minas Gerais, na comparação com

MERCADO

De olho no Fed, dólar encerra em alta; Ibovespa avança com ajuda de bancos São Paulo - O dólar fechou com leve alta ante o real ontem, após o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, não surpreender e manter sua taxa básica de juros, continuando a indicar que futuras e esperadas altas serão feitas de maneira gradual. O dólar avançou 0,11%, a R$ 3,7589 na venda, depois de ir a R$ 3,7707 na máxima do dia e R$ 3,7318 na mínima. O dólar futuro subia cerca de 0,10%. “Ninguém esperava que o Fed elevasse as taxas hoje, e ninguém esperava que o comitê recuasse de seus planos de novos aumentos”, afirmou o analista da gestora CIBC, Avery Shenfeld, em nota. “Então continua o dia”, acrescentou. Em sua decisão, divulgada ontem, o Fed manteve a taxa de juros no intervalo entre 1,75% e 2%, mas classificou a economia como forte, seguindo no caminho para aumentar os custos dos empréstimos em setembro. Segundo cálculos do CME Group, os juros futuros dos EUA precificavam cerca de 90% de chances de alta dos juros para o intervalo de 2% a 2,25% em setembro e cerca de 70% de apostas de outra elevação, para 2,25% a 2,50%, em dezembro. “Apesar da incerteza sobre a política comercial e críticas do presidente Donald Trump (sobre os juros), esperamos que a próxima alta ocorra em setembro”, reforçou a Capital Economics em nota. E acrescentou: “O enfraquecimento do estímulo fiscal e o impacto crescente do aperto monetário farão com que o crescimento econômico diminua drasticamente, levando o Fed a interromper as elevações de juros em meados do próximo ano”. Ameaças de Trump de que elevaria de 10% para

ENILDO AMARAL/BCB

ano é de 4,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual (índice de 3,0% a 6,0%). Para 2019, a meta é de 4,25%, com margem de 1,5 ponto (de 2,75% a 5,75%).

25% as tarifas sobre US$ 200 bilhões em produtos chineses trouxeram alguma cautela aos negócios no começo e no final do dia. A China já prometeu que vai revidar se houver mais medidas. O Banco Central brasileiro ofertou e vendeu integralmente 4,8 mil swaps cambiais tradicionais, rolando US$ 240 milhões do total que vence em setembro. Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá rolado o montante a vencer de US$ 5,255 bilhões.

rou o primeiro pregão de agosto com o Ibovespa ligeiramente no azul, apoiado na recuperação de bancos, no fim da sessão sem viés definido ontem, diante de uma agenda doméstica mais fraca de resultados corporativos e sem novidades relevantes no panorama eleitoral do País. O principal índice de ações da B3 subiu 0,10%, a 79.301,65 pontos, após oscilar da mínima de 78.768,87 pontos à máxima de 79.730,63 pontos. O volume financeiro do pregão somou R$ 9,5 bilhões. B3 - A bolsa paulista encer- (Reuters)

Primeira prévia da B3 tem entrada do Carrefour São Paulo - A B3 divulgou ontem a primeira prévia da carteira do Ibovespa, que será válida de setembro a dezembro de 2018, indicando a inclusão da ON do Carrefour, com participação de 0,390%. CPFL Energia ON, que tinha participação de 0,090%, foi excluída. Vale ON assume a liderança como o papel com maior participação (12,635%), seguida por Itaú Unibanco PN, que deixa o topo da lista (10,368%), e Bradesco PN (7,405%). Na carteira anterior, válida para maio a agosto, a participação da mineradora estava em 11,228%. Ainda no segmento de bancos, o Banco do Brasil ganhou participação, passando de 3,117% para 3,250%, enquanto o Santander Unit avançou de 0,980% para 1,019%. A participação da Ambev ON, do setor de bebidas, caiu de 7,055% para 6,338%. Na outra ponta, entre as empresas que ganharam espaço na carteira, vale destacar a Suzano Papel e Celulose, cuja participação passou de 1,386% para 1,567%. Já a Fibria, que deve concluir até 2019 acordo para combinação de ativos com a concorrente, subiu de 1,150% para 1,273%. A Petrobras perdeu peso na PN, mas ganhou na ON. Na carteira válida até agosto, a PN estava com 6,733% de participação no índice e agora tem 6,325%. Já o peso das ações ON da estatal aumentou de 4,000% para 4,464%. A participação da CCR foi de 0,942% para 0,882%, enquanto EcoRodovias diminuiu de 0,126% para 0,114%, na mesma base comparativa. Também perdendo espaço na carteira está Cielo ON, de 1,461% para 1,206%. (AE)

Para a indústria e o comércio, porém, havia espaço para a realização de corte na taxa pelo BC

o mês de abril”, destacou o presidente por meio de nota, na qual reforçou ainda a importância também de “uma atuação mais forte do governo no sentido da redução do spread bancário”. O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), Bruno Falci, também se po-

sicionou por meio de nota. De acordo com o dirigente, a taxa atual não é a ideal para os setores de comércio e serviços e toda a cadeia produtiva. “Para o varejo, a continuidade da queda na taxa de juros é um fator primordial para fomentar o crédito e consumo, bem como ala-

vancar a atividade econômica, criando assim, um ambiente favorável para expansão dos negócios”, defendeu Falci. Segundo ele, uma manutenção da Selic teria de vir acompanhada de medidas de estímulos à atividade produtiva e à geração de emprego. (Com informações da AE.)




Indicadores EconĂ´micos Inação

DĂłlar 01/08/2018

31/07/2018

30/07/2018

Ă?ndices

Agosto 0,10%

TR/Poupança Set.

Out.

Nov.

Dez.

Jan.

Fev.

Março

Abril

Maio

Junho

Julho No ano

0,47%

0,20%

0,52%

0,89%

0,76%

0,07%

0,64%

0,57%

1,38%

1,87%

0,51%

12 meses

&20(5&,$/

&2035$

5

5

5

IGP-M (FGV)

9(1'$

5

5

5

IPC-Fipe

0,10%

0,02%

0,32%

0.29%

0,55%

0,46%

-0,42%

0,00%

-0,03%

0,19%

1,01%

-

1,23%

2,51%

37$; %&

&2035$

5

5

5

IGP-DI (FGV)

0,24%

0,62%

0,10%

0,80%

0,74%

0,58%

0,15%

0,56%

0,93%

1,64%

1,48%

-

5,45%

7,79%

9(1'$

5

5

5

INPC-IBGE

-0,02%

-0,02%

0,37%

0,18%

0,26%

0,23%

0,18%

0,07%

0,21%

0,43%

1,43%

-

2,57%

3,53%

785,602

&2035$

5

5

5

IPCA-IBGE

0,19%

0,16%

0,42%

0,28%

0,44%

0,29%

0,32%

0,05%

0,22%

0,40%

1,26%

-

2,60%

4,39%

9(1'$

5

5

5

ICV-DIEESE

-0,01%

0,20%

0,88%

0,15%

0,28%

0,95%

0,05%

0,03%

0,04%

0,07%

1,38%

-

2,55%

4,24%

3$5$/(/2

&2035$

5

5

5

IPCA-IPEAD

0,13%

0,27%

0,29%

0.13%

0,60%

1,70%

-0,44%

-0,27%

0,19%

0,22%

1,71%

-

3,14%

5,35%

9(1'$

5

5

5

Junho 954,00 0,49 23,54 3,2514 6,60

Julho 954,00 23,54 3,2514 6,56

Fonte: $(

01/08 &'% 3Up GLDV

D D

Capital de Giro

9,79% - a.a.

Hot Money

1,08% - a.m.

CDI

6,39% - a.a.

Over

6,40% - a.a.

Fonte $(

Ouro 01/08/2018

31/07/2018

30/07/2018

1RYD ,RUTXH RQoD WUR\ 86 86 86 %0 ) 63 J 5 5 5 Fonte: $(

Taxas Selic Tributos Federais (%) 0,64 0,64 0,57 0,54 0,58 0,47 0,53 0,52 0,52

Meta da Taxa a.a. (%) 7,25 7,00 7,00 7,00 6,75 6,50 6,50 6,50 -

Reservas Internacionais 86 PLOK}HV Fonte %&

Imposto de Renda Base de CĂĄlculo (R$)

AlĂ­quota

Parcela a

(%)

deduzir (R$)

,VHQWR

,VHQWR

7,5

142,80

De 2.826,66 atĂŠ 3.751,05

15

354,80

De 3.751,06 atĂŠ 4.664,68

22,5

636,13

$FLPD GH

$Wp De 1.903,99 atĂŠ 2.826,65

Deduçþes: D 5 SRU GHSHQGHQWH VHP OLPLWH E )DL[D DGLFLRQDO GH 5 SDUD DSRVHQWDGRV SHQVLRQLVWDV H transferidos para a reserva remunerada com mais de 65 anos. c) Contribuição previdenciåria. d) Pensão alimentícia. Obs:

8,24%

SalĂĄrio/CUB/UPC/Ufemg/TJLP

Custo do dinheiro

Setembro Outubro Novembro Dezembro Janeiro Fevereiro Março $EULO Maio Junho

5,92%

Para calcular o valor a pagar, aplique a alĂ­quota e, em seguida, a parcela a deduzir.

Fonte 6HFUHWDULD GD 5HFHLWD )HGHUDO $ SDUWLU GH $EULO GR DQR FDOHQGiULR

Agosto SalĂĄrio 937,00 CUB-MG* (%) 0,03 UPC (R$) 23,51 UFEMG (R$) 3,2514 TJLP (&a.a.) 7,00 *Fonte: Sinduscon-MG

Set. 937,00 0,15 23,51 3,2514 7,00

Out. 937,00 0,06 23,54 3,2514 7,00

Nov. 937,00 0,25 23,54 3,2514 7,00

Dez. 937,00 0,08 23,54 3,2514 7,00

Jan. 954,00 0,25 23,54 3,2514 6,75

Fev. 954,00 0,14 23,54 3,2514 6,75

Março 954,00 0,25 23,54 3,2514 6,75

Abril 954,00 1,45 23,54 3,2514 6,60

Maio 954,00 0,17 23,54 3,2514 6,60

27/06 a 27/07 28/06 a 28/07 29/06 a 29/07 30/06 a 30/07 01/07 a 01/08 02/07 a 02/08 03/07 a 03/08 04/07 a 04/08 05/07 a 05/08 06/07 a 06/08 07/07 a 07/08 08/07 a 08/08 09/07 a 09/08 10/07 a 10/08 11/07 a 11/08 12/07 a 12/08 13/07 a 13/08 14/07 a 14/08

0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000

0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715

MOEDA/PAĂ?S %2/,9$5 9(0 %2/,9,$12 %2/,9,$ &2/21 &267$ 5,&$ &2/21 (/ 6$/9$'25 &252$ ',1$0$548(6$ &252$ ,6/1' ,6/$1 &252$ 1258(*8(6$ &252$ 68(&$ &252$ 7&+(&$ ',1$5 $5*(/,12 ',1$5 .:$,7 ',1$5 %$+5(,1 ',1$5 ,5$48( ',1$5 -25'$1,$ ',1$5 6(59,2 ',5+$0 (0,5 $5$%( '2/$5 $8675$/,$12 '2/$5 %$+$0$6 '2/$5 %(508'$6 '2/$5 &$1$'(16( '2/$5 '$ *8,$1$ '2/$5 &$<0$1 '2/$5 &,1*$385$ '2/$5 +21* .21* '2/$5 &$5,%( 25,(17$/ '2/$5 '26 (8$ )25,17 +81*5,$ )5$1&2 68,&2 *8$5$1, 3$5$*8$, IENE /,%5$ (*,72 /,%5$ (67(5/,1$ /,%5$ /,%$12 /,%5$ 6,5,$ 5(3 1292 '2/$5 7$,:$1 /,5$ 785&$ NOVO SOL/PERU 3(62 $5*(17,12 PESO CHILE 3(62 &2/20%,$ 3(62 &8%$ PESO/REP. DOMINIC 3(62 ),/,3,1$6 3(62 0(;,&2 3(62 858*8$,2 48(7=(/ *8$7(0$/$ 5$1'( $)5,&$ 68/ 5(10,0%, ,8$1 5(10,1%, +21* .21* 5,$/ &$7$5 5,$/ 20$ 5,$/ ,(0(1 5,$/ ,5$1 5(3 5,$/ $5$% 6$8',7$ 5,1**,7 0$/$6,$ 58%/2 5866,$ 583,$ ,1',$ 583,$ ,1'21(6,$ 583,$ 3$48,67$2 6+(.(/ ,65$(/ :21 &25(,$ 68/ =/27< 32/21,$ EURO Fonte: Banco Central

CĂ“DIGO 470 660 715 730 978

Contribuição ao INSS COMPRA 0,03355 1,1447 0,005838 0,07521 4,3723

VENDA 0,03356 1,1461 0,005843 0,07531 4,3741

TABELA DE CONTRIBUIÇÕES DE JANEIRO DE 2017 Tabela de contribuição dos segurados empregados, inclusive o domĂŠstico, e trabalhador avulso SalĂĄrio de contribuição AlĂ­quota (R$) (%) $Wp De 1.693,73 a 2.822,90 9,00 De 2.822,91 atĂŠ 5.645,80 11,00 CONTRIBUIĂ‡ĂƒO DOS SEGURADOS AUTĂ”NOMOS, EMPRESĂ RIO E FACULTATIVO SalĂĄrio base (R$) AlĂ­quota % Contribuição (R$) $Wp YDORU 0tQLPR De 954,00 atĂŠ 5.645,80 20 190,80 atĂŠ 1.129,16 COTAS DE SALĂ RIO FAMĂ?LIA $Wp $FLPD GH

Remuneração 5 5 D 5

Valor unitĂĄrio da quota 5 5

Fonte: MinistĂŠrio do Trabalho e da PrevidĂŞncia Social - VigĂŞncia: Janeiro/2018

FGTS Ă?ndices de rendimento CompetĂŞncia $EULO Maio/2018

CrĂŠdito -XQKR Julho/2018

Seguros

TBF

15/07

0,01311781 2,92791132

16/07

0,01311781 2,92791132

17/07

0,01311781 2,92791132

18/07

0,01311781 2,92791132

19/07

0,01311781 2,92791132

20/07

0,01311781 2,92791132

21/07

0,01311781 2,92791132

22/07

0,01311781 2,92791132

23/07

0,01311781 2,92791132

24/07

0,01311781 2,92791132

25/07

0,01311781 2,92791132

26/07

0,01311781 2,92791132

17/07 a 17/08 18/07 a 19/08 19/07 a 18/08 20/07 a 20/08 21/07 a 21/08 22/07 a 22/08 23/07 a 23/08 24/07 a 24/08 25/07 a 25/08 26/07 a 26/08 27/07 a 27/08 28/07 a 28/08 29/07 a 29/08 30/07 a 30/08 31/07 a 31/08 Fonte: AE

27/07

0,01311781 2,92791132

28/07

0,01311781 2,92791132

29/07

0,01311781 2,92791132

30/07

0,01311781 2,92791132

31/07

0,01311781 2,92791132

01/08

0,01311781 2,92791132

02/08 0,01311781 2,92791132 Fonte: Fenaseg

3% 0,2466

6% 0,4867

0,5323 0,5309 0,5078 0,4838 0,4849 0,5080 0,5312 0,5281 0,5296 0,5057 0,4826 0,4828 0,5058 0,5289 0,5291

AluguÊis Fator de correção anual residencial e comercial IPCA (IBGE) Junho IGP-DI (FGV) Junho IGP-M (FGV) Julho

1,0439 1,0779 1,0824

0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000

0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 -

Agenda Federal Dia 3

Taxas de câmbio

15/07 a 15/08 16/07 a 16/08 17/07 a 17/08 18/07 a 18/08 19/07 a 19/08 20/07 a 20/08 21/07 a 21/08 22/07 a 22/08 23/07 a 23/08 24/07 a 24/08 25/07 a 25/08 26/07 a 26/08 27/07 a 27/08 28/07 a 28/08 29/07 a 29/08 30/07 a 30/08 31/07 a 31/08

IOF - Pagamento do IOF apurado no 3Âş decĂŞndio de julho/2018: Operaçþes de crĂŠdito - Pessoa JurĂ­dica - CĂłd. Darf 1150. Operaçþes de crĂŠdito - Pessoa FĂ­sica - CĂłd. Darf 7893. Operaçþes de câmbio - Entrada de moeda - CĂłd. Darf 4290. Operaçþes de câmbio - SaĂ­da de moeda - CĂłd. Darf 5220. TĂ­tulos ou Valores MobiliĂĄrios - CĂłd. Darf 6854. Factoring - CĂłd. Darf 6895. Seguros &yG 'DUI 2XUR DWLYR ÂżQDQFHLUR - CĂłd. Darf 4028. Darf Comum IRRF - Recolhimento do Imposto de Renda Retido na Fonte correspondente a fatos geradores ocorridos no perĂ­odo de 21 a 31.07.2018, incidente sobre rendimentos de (art. 70, I, letra “bâ€?, da Lei no 11.196/2005): a) juros sobre FDSLWDO SUySULR H DSOLFDo}HV ÂżQDQFHLUDV inclusive os atribuĂ­dos a residentes ou domiciliados no exterior, e tĂ­tulos de capitalização; b) prĂŞmios, inclusive os distribuĂ­dos sob a forma de bens e serviços, obtidos em concursos e sorteios de qualquer espĂŠcie e lucros decorrentes desses prĂŞmios; e c) multa ou qualquer vantagem por rescisĂŁo de contratos. Darf Comum (2 vias) Dia 6 SalĂĄrio de julho/2018 - Pagamento dos salĂĄrios mensais. Nota: O prazo para pagamento dos salĂĄrios mensais ĂŠ atĂŠ o 5Âş dia Ăştil do mĂŞs subsequente ao vencido. Na contagem dos dias, incluir o sĂĄbado e excluir os domingos e os feriados, inclusive os municipais. Consultar o documento coletivo de WUDEDOKR GD FDWHJRULD SURÂżVVLRQDO TXH SRGH HVWDEHOHFHU SUD]R HVSHFtÂżFR para pagamento de salĂĄrios aos empregados. Recibo Dia 7 FGTS - DepĂłsito, em conta bancĂĄria vinculada, dos valores relativos ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) correspondentes Ă remuneração paga ou devida em julho/2018 aos trabalhadores. NĂŁo havendo expediente bancĂĄrio, deveVH DQWHFLSDU R GHSyVLWR *),3 6HÂżS (aplicativo Conectividade Social - meio eletrĂ´nico) Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) - Envio, ao MinistĂŠrio do Trabalho (MTb), da relação de admissĂľes e desligamentos de empregados ocorridos em MXOKR 1RWD 3DUD ÂżQV GH VHJXUR desemprego, as informaçþes no Caged relativas a admissĂľes deverĂŁo ser prestadas na data de inĂ­cio das atividades do empregado, quando

este estiver em percepção do segurodesemprego ou cujo requerimento esteja em tramitação, ou então, no SUD]R HVWLSXODGR HP QRWL¿FDomR SDUD comprovação do registro do empregado ODYUDGD HP DomR ¿VFDO SRU $XGLWRU Fiscal do Trabalho. Estas informaçþes dispensarão o envio do Caged atÊ o dia 7 do mês subsequente relativamente às admissþes informadas (Portaria MTE nº 1.129/2014). Caged (meio eletrônico) Simples DomÊstico - Recolhimento relativo aos fatos geradores ocorridos em julho/2018, da contribuição previdenciåria a cargo do empregador domÊstico e de seu empregado; recolhimento da contribuição social SDUD ¿QDQFLDPHQWR GR VHJXUR FRQWUD acidentes do trabalho; recolhimento para o FGTS; depósito destinado ao pagamento da indenização compensatória da perda do emprego, sem justa causa ou por culpa do empregador, inclusive por culpa recíproca; e recolhimento do IRRF, se incidente. Não havendo expediente bancårio, deve-se antecipar os recolhimentos. Documento de $UUHFDGDomR H6RFLDO '$( YLDV

SalĂĄrio de Julho/2018 – DomĂŠsticos - Pagamento dos salĂĄrios mensais dos empregados domĂŠsticos (Lei Complementar nÂş 150/2015, art. 35). Nota: O empregador domĂŠstico ĂŠ obrigado a pagar a remuneração devida ao empregado domĂŠstico, atĂŠ o dia 7 do mĂŞs seguinte ao da competĂŞncia. Recibo Dia 10 Comprovante de Juros sobre o Capital - PrĂłprio – PJ - Fornecimento, j EHQHÂżFLiULD SHVVRD MXUtGLFD GR Comprovante de Pagamento ou CrĂŠdito de Juros sobre o Capital PrĂłprio no mĂŞs de julho/2018 (art. 2Âş, II, da Instrução Normativa SRF nÂş 41/1998). FormulĂĄrio IPI - Pagamento do IPI apurado no mĂŞs de julho/2018 incidente sobre produtos FODVVLÂżFDGRV QR FyGLJR GD Tipi (cigarros que contenham tabaco) - CĂłd. Darf 1020. Darf Comum (2 vias) PrevidĂŞncia Social (INSS) GPS Envio ao sindicato - Envio, ao sindicato UHSUHVHQWDWLYR GD FDWHJRULD SURÂżVVLRQDO mais numerosa entre os empregados, da cĂłpia da Guia da PrevidĂŞncia Social (GPS) relativa Ă competĂŞncia julho/2018. Havendo recolhimento de contribuiçþes em mais de uma GPS, encaminhar cĂłpias de todas as guias. Nota: Se a data-limite para a remessa for legalmente considerada feriado, a empresa deverĂĄ antecipar o envio da guia. GPS (cĂłpia)


BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 2 DE AGOSTO DE 2018

19

LEGISLAÇÃO TRIBUTAÇÃO

Taxação de fundos deve ser alvo de ações Retroatividade da cobrança, prevista em projeto de lei, é considerada inconstitucional por advogados São Paulo - A tributação do estoque dos fundos exclusivos, conforme o projeto de lei (PL) encaminhado ao Congresso Nacional pelo governo, deverá se tornar alvo de questionamentos na Justiça. O PL foi apresentado após fracasso da medida provisória (MP), no ano passado, e o governo federal tem como expectativa uma arrecadação de R$ 10,7 bilhões em 2019, fundamentalmente em torno do tributo sobre tal estoque. O imposto retroativo, contudo, é apontado como anticonstitucional por advogados. As discussões em torno da tributação dos fundos exclusivos ganharam terreno em meio à necessidade do governo de aumentar suas receitas, diante do rombo das contas públicas. Esses fundos exclusivos têm um patrimônio líquido da ordem de R$ 380 bilhões. Desse bolo, R$ 51,5 bilhões são de investidores previdenciários, ou seja, isentos, conforme dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Excluindo os investidores previdenciários, a indústria de fundos possui atualmente 3.276 fundos exclusivos e fechados, ainda segundo a entidade. A tributação desse segmento é defendida por setores da sociedade, visto que ela permite arrecadação tributando uma pequena - e mais rica - parcela da população. O projeto de lei prevê a cobrança do Imposto de Renda (IR) sobre o estoque acumulado de rendimentos desses fundos fechados até o dia 31 de maio de 2019. Além disso, o projeto institui a cobrança do “come-cotas”, uma espécie de antecipação da tributação, já que é recolhido antes do efetivo resgate, o que já ocorre junto aos fundos abertos. Na visão do sócio do Velloza Advogados, Guilherme Cooke, a tributação do estoque dos fundos exclusivos é anticonstitucional, visto que a Constituição brasileira veda a instituição

de tributos em relação a fatos geradores ocorridos antes da vigência da lei que os houver instituído ou majorado. Escritórios de advocacia, que acompanham o tema desde o ano passado, já vinham se preparando juntamente com seus clientes para uma mudança das regras. O texto, segundo os profissionais, é basicamente o mesmo editado pelo governo federal na medida provisória (MP) de 2017, fora alguns ajustes e esclarecimentos, realizados como fruto das discussões que ocorreram ao longo do último ano, depois da edição da MP sobre o tema. Com o projeto de lei trazendo o assunto à mesa mais uma vez, o contribuinte deverá se apoiar na interpretação de que o valor da variação patrimonial desses fundos exclusivos não poderia ser capturado por nova tributação, destaca o sócio do escritório Mattos Filho, Flávio Mifano. “Os pontos mais sensíveis (da MP) foram mantidos. O texto altera o regime de tributação sem observar os princípios da Constituição brasileira”, afirma a sócia da área tributária do escritório BMA, Thais Meira. Segundo ela, o texto será discutido judicialmente se for aprovado conforme o documento apresentado. “Outra questão é a insegurança jurídica para quem quer investir no Brasil”, diz. Estoques - Mifano, que participou da comissão mista do Congresso que discutiu a medida provisória, lembrou que o relator da MP - o deputado Wellington Roberto (PR-PB) - foi sensível em relação à retroatividade da cobrança. O relator apresentou seu relatório, na ocasião, com mudanças ante o texto original e retirou a previsão de retroatividade da MP, para que a incidência do Imposto de Renda passasse a valer apenas para novos rendimentos e aplicações. No entanto, esse quesito sempre foi tratado como crucial para o governo,

GERALDO MAGELA / AGÊNCIA SENADO

Receita insiste na revisão de benefícios

Brasília - O secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, voltou a destacar ontem a grande quantidade de desonerações fiscais concedidas no Brasil. Segundo ele, somente neste ano, a renúncia de receitas deve chegar a cerca de R$ 270 bilhões. “Todos os países do mundo adotam benefícios fiscais, que são instrumentos legítimos, mas, no Brasil, houve uma utilização exagerada desse A comissão mista do Congresso retirou o imposto retroativo do relatório da MP 806 recurso”, afirmou, em entrevista à Rádio Gaúcha. Rachid criticou a expansão do Simples Nacional, que já abarca mais de 3 São Paulo - Em meio a toda a discus- daquela modalidade utilizada como uma milhões de firmas, ou 74% são em torno da tributação dos fundos holding patrimonial. Esses últimos sofrerão das empresas que atuam fechados, já está pronta e no gatilho toda a incidência do imposto, se aprovado o no País. “Em outros países, a documentação necessária em torno da texto. Os FIPs como entidade de investimodelos como o Simples reorganização dos fundos exclusivos, que mento são os private equities (aqueles que são limitados a cinco anos será necessária se a mudança da tributação compram participações em empresas) e para cada empresa. A partir de fato ocorrer, afirma sócio do Velloza que ficaram de fora. daí elas devem partir para Advogados, Guilherme Cooke . O sócio do escritório Cândido Martins, outro patamar”, afirmou. Hoje, na atual estrutura, os investidores Alamy Cândido, lembra que, ao contráO secretário da Receimantêm os fundos exclusivos como um “con- rio da medida provisória editada no ano ta novamente defendeu solidador” de todas as suas estratégias de passado, cujo modelo prevê a caducidaque haja uma avaliação da investimentos. Com uma eventual mudança, de, o projeto de lei tem uma tramitação eficácia desses benefícios haverá uma cisão desses fundos, ou seja, diferente e sem a pressão do prazo, muito fiscais, com metas e a criaos veículos serão separados por estratégia. embora o governo preveja a aprovação do ção de órgãos responsáveis Isso porque um fundo de investimento de texto este ano, para que a arrecadação já por fiscalizá-los. Rachid ações, o FIA, por exemplo, não conta com ocorra em 2019. “Ainda haverá discussão citou também mudanças o come-cotas - ou seja, ele precisará estar sobre o projeto de lei, que poderá sofrer legislativas que buscam fora da estrutura do fundo exclusivo para alterações”, disse. limitar os prazos de todos não contar com essa tributação Já o responsável pela área de Planejaos benefícios fiscais em Fernanda Calazans, sócia da área de con- mento Patrimonial pela XP Investimentos, vigor. “Essa é uma conta sultoria tributária do Velloza Advogados, Renato Solino, lembra que já estava claro paga por todos os conafirma que os escritórios já se preparam que a discussão da tributação dos fundos tribuintes”, lembrou. “É para essa demanda que deverá surgir para exclusivos voltaria à pauta depois da cadupreciso garantir que isso questionamentos da nova tributação na cidade da MP, exatamente sob o prisma da não se transforme apeesfera judicial. questão fiscal do País. No entanto, Solina nas em margem de lucro”, Dentre os pontos que foram esclare- afirma que o governo poderá encontrar completou. cidos no projeto de lei (PL) em relação à dificuldades em passar o texto neste ano Para pessoas físicas, Ramedida provisória (MP), aponta Fernanda eleitoral, visto que o tema - em especial no chid defendeu uma tribuCalazans, está a diferenciação do Fundo que tange à tributação do estoque - já havia tação mais focada na renda de Investimento em Participações (FIP), sido um ponto que tinha sofrido elevada e menos no consumo. Ele utilizado como entidade de investimentos, rejeição. (AE) avaliou ainda que a faixa de isenção do Imposto de visto que a ausência da a ver com equalização da Segundo ele, o come-cotas Renda já seria elevada, se tributação dos estoques tributação”, afirma Cooke. também deverá ser objeto de comparada com outros paídos rendimentos anularia o “O governo resolve os R$ ações judiciais. Essa cobran- ses. “Precisamos equilibrar incremento na arrecadação. 10 bilhões agora (com a ça já é realizada nos fundos a tributação. Hoje um tra“O governo perdeu o inte- aprovação do PL), mas e o abertos. “O come-cotas já balhador assalariado paga resse na Medida Provisória prejuízo em relação à percep- é um problema jurídico. A proporcionalmente mais 806 quando se tirou o item ção do investidor estrangeiro antecipação do IR não está impostos do que outras sobre a tributação do es- sobre o Brasil?”, questiona prevista na constituição”, categorias, como o Simples toque. Logo, isso não tem o advogado. afirma. (AE) Nacional”, concluiu. (AE)

Estrutura precisa ser reorganizada

TRABALHO

Conciliação prévia não é obrigatória, decide o STF Brasília - Por maioria de votos, o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) manteve um entendimento de 2009 da Corte que determinou que demandas trabalhistas podem ser submetidas ao Poder Judiciário antes mesmo de analisadas por uma comissão de conciliação prévia. Com isso, os empregados poderão escolher entre a conciliação e o ingresso com reclamação trabalhista na Justiça. Na sessão de ontem, que deu início aos trabalhos do segundo semestre da Corte, os ministros retomaram o julgamento de três ações diretas de inconstitucionalidade ajuizadas em 2000 pelo PCdoB, PSB, PT, PDT e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Comércio (CNTC). As ações questionam se o empregado pode ingressar na Justiça com ação trabalhista antes de a questão ser examinada por uma comissão de conciliação prévia, como garante

JOSÉ CRUZ / ABr

A relatora Cármen Lúcia disse que a demanda deve ser ajuizada no órgão competente

a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Os partidos e a entidade argumentam que a regra da CLT representa um limite à liberdade de escolha da via mais conveniente para sub-

meter eventuais demandas trabalhistas. Em 2009, por maioria, os ministros decidiram por meio de liminar, ou seja, provisoriamente, que as demandas trabalhistas poderiam ser submetidas

diretamente à Justiça. Para eles, esse entendimento preserva o direito universal dos cidadãos de acesso à Justiça. Em seu voto ontem, a relatora das ações, a presidente da Corte, ministra Cármen

Lúcia, afirmou que a comissão de conciliação constitui meio legítimo, apesar de não obrigatório, de solução de conflitos trabalhistas “permanecendo o acesso à Justiça resguardado a todos que venham a ajuizar demanda no órgão competente”. Acompanharam integralmente o voto da presidente os ministros Luiz Fux, Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli e Marco Aurélio Mello. Os ministros Gilmar Mendes e Celso de Mello não participaram da sessão. “A prévia submissão de conflito trabalhista à comissão de conciliação prévia é faculdade assegurada ao trabalhador, não impedindo o acesso direto ao Judiciário, portanto, não há inconstitucionalidade possível”, afirmou Barroso, em seu voto. Segundo o ministro, “não é obrigado (fazer o acordo), mas se fizer, tem que cumprir a palavra”.

Divergência - Os ministros Edson Fachin e Rosa Weber divergiram parcialmente dos colegas. Fachin considerou inconstitucional o parágrafo 2º do artigo 625-D da CLT que obriga que seja dada ao empregado declaração da tentativa de conciliação. De acordo com o artigo, «não prosperando a conciliação, será fornecida ao empregado e ao empregador declaração da tentativa conciliatória frustrada com a descrição de seu objeto, firmada pelos membros da Comissão, que deverá ser juntada à eventual reclamação trabalhista». “É necessário que se tenha interpretação conforme ao artigo 625-D e os seus parágrafos tendo em vista que este dispositivo cria um obstáculo inaceitável no que tange ao princípio da inafastabilidade da jurisdição, que é o princípio básico da nossa Constituição”, avaliou Lewandowski. (AE)


BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 2 DE AGOSTO DE 2018

20

DC MAIS dcmais@diariodocomercio.com.br

GABRIEL JABUR/DIVULGAÇÃO

Colégio de Creas A quarta Reunião Ordinária do Colégio de Presidentes (CP) do Sistema Confea/Crea é realizada até amanhã (3), na capital mineira, na sede do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-Minas). O evento tem como objetivo buscar a unidade de ação no que se refere ao funcionamento do Sistema Confea/Crea, por meio da uniformização de procedimentos e do posicionamento diante de temas relacionados às profissões da área tecnológica. De acordo com o presidente do Crea-Minas, engenheiro civil Lucio Borges, o evento é importante para alinhar o trabalho dos conselhos. “A reunião ordinária é o momento de apresentar propostas e alinhar o trabalho de todos os Creas do País”, comentou Borges. A sede do Crea-Minas fica na avenida Álvares Cabral, 1.600, 6º andar, Santo Agostinho, em Belo Horizonte.

Crochê e tricô Mais que artes feitas pelas nossas avós, o crochê e o tricô têm sido inspiração para muita gente. O seu fazer agrega os amigos, promove ações solidárias, vira ofício e é também uma atividade terapêutica. Pensando em proporcionar aos clientes momentos cada vez mais associados à experiência, a jornalista Daniela Murad com o Mocca Coffee and Meals (Alameda do Ingá, 16, Vila da Serra, em Nova Lima), realizam na próxima terça-feira (7), às 16h, uma tarde de crochê e tricô. O encontro tem como objetivo unir os amantes dessas artes manuais para compartilhar histórias, apresentar trabalhos e ainda arrecadar novelos de linhas e lã que serão destinados a um projeto social feito em maternidades para mulheres em situação de vulnerabilidade em Ponte Nova, na Zona da Mata mineira, cidade onde Daniela nasceu.

Exposição A AM Galeria (rua do Ouro, 136, Serra), em BH, recebe a exposição individual do artista carioca Antonio Bokel, a partir de sábado (4), com projeto da historiadora e curadora de arte Vanda Klabin. Antonio preparou cerca de 40 trabalhos, alguns inéditos, entre pinturas, esculturas e uma grande instalação com inspiração nas temáticas de morte e renascimento. Além de novas obras, Bokel revê trabalhos antigos e coloca em circulação ideias inéditas. A temática dos ciclos da vida norteia a mostra: morte e renascimento são abordagens constantes. Elementos geométricos também são recorrentes e a repintura de telas deixa clara a intenção de revisitar caminhos percorridos, acessando memórias, sem deixar de lado a poética urbana que atravessa toda a obra do artista. A exposição fica em cartaz até 3 de setembro, sempre de segunda a sexta, das 10h às 19h, e aos sábados, das 10h às 13h30. DIVULGAÇÃO

Equipe de Samu demitida por transportar cão em ambulância é readmitida O Instituto Esperança, associação responsável pela gestão do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) da cidade de Taubaté, na região do Vale do Paraíba, interior de São Paulo, decidiu readmitir os três funcionários que haviam sido dispensados pela instituição na segunda-feira (30), por transportarem um cachorro dentro de uma ambulância. A decisão foi anunciada por meio de comunicado oficial divulgado na terça-feira (31). “Por decisão da presidência da instituição, foi revista a demissão dos funcionários [...]. Motorista e enfermeiro foram advertidos quanto aos riscos do procedimento adotado pela equipe e serão reintegrados aos quadros do instituto. O médico informou que não deseja ser reintegrado”, aponta o documento. Tudo começou quando a equipe da Unidade de Suporte Avançado (USA) - formada pelo médico Júlio César Moreno Jr., pelo enfermeiro João Ribeiro e pelo motorista Leandro Miranda -, encontraram um cão perdido na rua. O animal estava

com o nome do dono na coleira e, para evitar acidentes ou desvios de rota da ambulância, eles o levaram até a base do Samu, em um trajeto que durou alguns minutos. “Fomos abordados próximos a um viaduto e pensamos que podia ter acontecido um acidente. Depois vimos que era um cachorro e decidimos levá-lo até a base, para tirá-lo do local de risco”, declarou Miranda em vídeo divulgado nas redes sociais. O instituto justificou a demissão com base na Portaria 2 048/2002 do Ministério da Saúde, que estabelece diretrizes para o atendimento de urgência e emergência. Também alegaram que a equipe em momento algum se comunicou com a base para saber qual era a melhor decisão a ser tomada. Assim que anunciaram o caso nas redes sociais, a situação foi repercutida entre os moradores da cidade e ganhou grandes proporções. “Prefiro perder o emprego milhões de vezes ao lado de vocês e salvar quantos cachorros aparecerem em nossa frente do que sermos farinha do mesmo saco de quem nos demitiu

por isso”, declarou o médico. Na cabine - Por se tratar de uma ambulância UTI, a presença de animais pode ser prejudicial por possíveis contaminações. Os funcionários alegaram que transportaram o cachorro na cabine, onde não há contato com os pacientes. “Pode ter sido um erro, mas poderiam ter conversado mais com a gente, ter dado a chance de expormos o que aconteceu”, reclamou Miranda. A vereadora local Viviane Aquino saiu em defesa dos trabalhadores, alegando as boas intenções dos profissionais. “[Depois da demissão], receberam um chamado de socorro e salvaram uma vítima de parada cardiorrespiratória. Mesmo demitidos, priorizaram a vida e a ética profissional”, escreveu em seu Facebook. O médico Júlio César Moreno Jr. declarou que, por hora, recusará o convite de retorno. “Vou seguir meu caminho de coração leve por saber que a justiça foi feita e que os meninos foram reintegrados. Obrigado a todos pela grande comoção”, disse. (AE)

CULTURA MÁRCIA CHARNIZON/DIVULGAÇÃO

Laura Catarina Álbum solo - A cantora e compositora Laura Catarina, filha do cantor e compositor mineiro Vander Lee, fará show de lançamento do CD “Amor em si”, seu primeiro álbum solo. A apresentação terá cenografia do Grupo Giramundo Teatro de Bonecos. O disco reúne oito músicas autorais, duas parcerias, gravação inédita do compositor Guilherme Borges e releitura de “Amor de índio”, de Beto Guedes e Ronaldo Bastos. Quando: Dia 23, às 21h Quanto: R$ 30 (Inteira) e R$ 15 (Meia) Onde: Teatro Sesiminas (Rua Padre Marinho, 60, Santa Efigênia, Belo Horizonte) Órgão da Matriz Concerto - A organista Elisa Freixo faz o concerto

da semana no Órgão da Matriz de Santo Antônio, em Tiradentes. Exemplar do século XVIII, o órgão foi encomendado em 1785 ao organeiro português Simão Fernandes Coutinho, na cidade do Porto. A Vila de São José do Rio das Mortes, atual Tiradentes, vivia a efervescência musical do período barroco e o órgão acompanharia a liturgia. Restaurado, voltou a ser um dos centros da vida comunitária. Quando: Amanhã (3), às 20h Quanto: R$ 40 (Inteira) e R$ 20 (Meia) Onde: Matriz de Santo Antônio, em Tiradentes, no Campo das Vertentes, MG

primeira obra, o livro infantil “Como enfrentar um Boi Bravo”, que faz uma reflexão sobre superação. Um dos organizadores e idealizadores da Festa Literária de Divinópolis (Flid), Bicalho conta que o livro passa uma mensagem positiva sobre a importância de manter a calma ao enfrentar qualquer tipo de problema. Quando: Dia 7, a partir das 19h30 Quanto: Entrada Gratuita Onde: Boutique do Livro (Avenida Antônio Olímpio de Morais, 487, Centro, Belo Horizonte)

Livro infantil

Show - Adriana Calcanhotto estreia em BH a turnê do show “A Mulher do Pau Brasil”. O novo show foi idealizado como

Lançamento - Em uma conversa com seu filho, Daniel Bicalho encontrou inspiração para sua

Adriana Calcanhoto

‘concerto-tese’, ou seja, uma conclusão da residência artística de Calcanhoto na Universidade de Coimbra, onde foi nomeada Embaixadora da Língua Portuguesa, no fim de 2015. A repercussão do show gerou a turnê, chegando agora ao Brasil, quando percorrerá, a partir de BH, diversas capitais. Quando: Dia 10, 21h Quanto: Plateia 1 = R$ 120 e R$ 60; Plateia 2 = R$ 100 e R$ 50; Plateia Superior = R$ 80 e R$ 40 Onde: Palácio das Artes (Avenida Afonso Pena, 1.537, Centro, Belo Horizonte) www.facebook.com/DiariodoComercio www.twitter.com/diario_comercio dcmais@diariodocomercio.com.br Telefone: (31) 3469-2067


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.