diariodocomercio.com.br JOSÉ COSTA FUNDADOR
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DESDE 1932 - EDIÇÃO 23.692 - R$ 2,50
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BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 6 DE SETEMBRO DE 2018
Grupo mineiro Bahamas amplia área de atuação Rede supermercadista investe em um complexo comercial em Barbacena Com investimento de R$ 100 milhões a serem aplicados até 2020, a rede vai implantar, em Barbacena, no Campo das Vertentes, o Bahamas Shopping. O empreendimento inclui o supermercado – já inaugurado –, 62 lojas, estacionamento e duas torres: uma com salas comerciais e outra a ser ocupada por um hotel. Todo o empreendimento está previsto para ser executado em quatro fases e deve gerar de 500 a 600 postos de trabalho. A primeira delas, já executada, inclui o supermercado Bahamas Mix, que funcionará como âncora e tem estacionamento com cerca de 200 vagas. A segunda etapa deve ser finalizada até dezembro, com a inauguração de 24 lojas. Em seguida, na terceira fase, que deve ser concluída em 2019, serão construídas mais 38 lojas, com ampliação do estacionamento para 360 vagas. Por último, na quarta fase, está prevista a construção das duas torres, o que pode ocorrer até o final de 2020. Pag. 3
Estaleiro em Capitólio comemora os resultados Apesar de estar distante do litoral brasileiro, Minas ganha destaque na fabricação de barcos. O estaleiro Ventura Marine, localizado em Capitólio, no Sul de Minas, se tornou referência na fabricação de pequenas embarcações no Estado, onde atua já há 35 anos. A empresa vende embarcações de 16 a 45 pés (5 a 13,5 metros) para todo o Brasil e também para o exterior. A fabricante já projeta ampliar a utilização da capacidade instalada. Pág. 13
Bolsonaro lidera a corrida presidencial, segundo o Ibope O candidato Jair Bolsonaro (PSL) oscilou dois pontos percentuais para cima em duas semanas e, com 22% das intenções de voto, segue na liderança da corrida presidencial, segundo pesquisa Ibope/ Estado/TV Globo divulgada ontem. Ciro Gomes (PDT) subiu três pontos, de 9% para 12%, e empatou numericamente com Marina Silva (Rede), que manteve o patamar do levantamento anterior, divulgado no dia 20 de agosto. Pág. 9
DIVULGAÇÃO
Os 29 mil metros quadrados de área total foram determinantes para traçar o perfil do empreendimento
Eventos não esportivos se destacam no Mineirão AGÊNCIA I7/DIVULGFAÇÃO
Um clássico do futebol, um festival de música, um evento corporativo e até mesmo casamentos e festas de aniversário. Nos sete espaços que compõem a arena do Mineirão há lugar para todo tipo de evento: para 15 pessoas ou 60 mil. E é com esse conceito de diversidade que o equipamento, que completou 53 anos ontem, vem se consolidando como a maior plataforma de entretenimento de Minas Gerais. Os eventos não esportivos já correspondem a 40% da receita da arena e a tendência é que essa representatividade cresça nos próximos anos. Com isso, a dependência financeira que a arena tem do esporte é cada Na área do gramado cabem até 63 mil pessoas; já a esplanada comporta 40 mil vez menor. Pág. 11
Crescem as operações da Ativa em Minas DIVULGAÇÃO
Belo Horizonte foi responsável por entregar 108,5 mil toneladas de produtos
Dólar - dia 5
Euro - dia 5
Comercial
Compra: R$
Compra: R$ 4,1420 Venda: R$ 4,1425
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Turismo
Ouro - dia 5
Compra: R$ 4,0900 Venda: R$ 4,2970
Nova York (onça-troy):
Ptax (BC) Compra: R$ 4,1603 Venda: R$ 4,1609
BM&F (g):
BOVESPA
TR (dia 6): ............................. 0,0000% Venda: R$ 4,8350
Poupança (dia 6): ............ 0,3715% IPCA-IBGE
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A Ativa Logística, operadora especializada nos setores de saúde e cosméticos, investiu R$ 3 milhões em uma nova unidade em Montes Claros, no Norte de Minas, e na ampliação da sua filial, que migrou da Capital para um espaço maior em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). O aporte faz parte de um plano de investimentos de R$ 30 milhões previstos em infraestrutura, tecnologia, contratações de funcionários, aquisição de caminhões e a criação de filiais até 2019. A empresa estima que, até o final deste ano, haja um incremento de 40% no volume de movimentação de produtos no Estado. Pág. 5
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EDITORIAL Com a expectativa de que toda a guarnição da Força Aérea e suas instalações junto ao Aeroporto da Pampulha sejam transferidas para Lagoa Santa ainda neste mês, começa um novo capítulo na história que vem se arrastando desde 2005, quando o então Departamento de Aviação Civil transferiu para Confins todos os voos comerciais de longa distância. Nessa questão polêmica existem evidentemente argumentos contra e a favor. No primeiro grupo estão os que apontam, principalmente, a falta de segurança para operações regulares na Pampulha e, simultaneamente, assinalam o adensamento populacional no entorno do aeroporto e o desconforto e risco para esta população. Quem defende posição contrária nega esses argumentos, apontando que aeronaves modernas são mais seguras e silenciosas. “Novo destino da Pampulha”, pág. 2
OPINIÃO A política externa constitui-se em instrumento através do qual os governos celebram acordos de cooperação ou desencadeiam conflitos, com resultados de crescimento e desenvolvimento ou de atraso e destruição para seus países, promovendo a autonomia ou a dependência. No extremo, serve para manter a paz ou fazer a guerra. No Brasil, desde a Independência, a política externa constitucionalmente é atribuição do Poder Executivo, sendo submetidas ao Legislativo (representante do povo) apenas questões fronteiriças e que envolvam cessões de território. Na linha de defesa desse modo de ser, alinha-se a questão do tempo, ou melhor, da urgência característica de muitas das questões de política externa. (Arnaldo Francisco Cardoso), pág. 2
Indústrias do Vale do Aço prospectam gigantes Os esforços da regional Vale do Aço da Fiemg para fomentar a geração de negócios na região começaram nesta semana com prospecção na Ternium Brasil. A necessidade de estreitar o relacionamento levou o presidente da regional, Flaviano Gaggiato, ao centro industrial da Ternium, no Rio de Janeiro, para mapear oportunidades para os empresários mineiros. Pág. 7
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OPINIÃO Eleições e política externa no Brasil ARNALDO FRANCISCO CARDOSO * Sobretaxa norte-americana sobre produtos da Turquia desencadeia crise e aumenta instabilidade em mercados emergentes; guerra comercial EUA-China afeta comércio internacional; migração venezuelana cria caos em fronteiras da América do Sul; novo governo mexicano conclama países para o enfrentamento conjunto dos problemas do narcotráfico e do crime organizado; cúpula dos Brics em Johanesburgo discute nova ordem econômica mundial. Eventos como estes que ganharam destaque em jornais e mídias eletrônicas nos últimos meses e que afetam, em graus variados, a vida das nações, demandam posicionamento e estratégia internacional dos países e devem encontrar nas diretrizes de política externa orientação para a ação. A política externa constitui-se em instrumento através do qual os governos celebram acordos de cooperação ou desencadeiam conflitos, com resultados de crescimento e desenvolvimento ou de atraso e destruição para seus países, promovendo a autonomia ou a dependência. No extremo, serve para manter a paz ou fazer a guerra. Entretanto, mesmo diante de evidências da exposição das sociedades nacionais aos acontecimentos internacionais dado ao caráter de interdependência configurador de nosso tempo, a política externa no Brasil está ausente do debate público e é matéria escassa nos programas, discursos e propaganda de candidatos à Presidência da República, ficando sua discussão restrita a um reduzido número de pessoas, como matéria exclusiva de especialistas. A defesa da política externa como prerrogativa do príncipe, dada a importância desta para a integridade do Estado, encontra no Cardeal de Richelieu – tornado primeiro-ministro da França sob o reinado de Luiz XIII – seu mais eminente propositor. É de Richelieu a própria definição de raison d’Etat, orientadora da política externa de um país. Embora não reconhecesse na opinião pública fonte para as decisões de política externa, em seu Testamento Político pode ser encontrado
o seguinte princípio: “Toda a escolha do rei deve ser seguida de uma aprovação pública”. No Brasil, desde a Independência, a política externa constitucionalmente é atribuição do Poder Executivo, sendo submetidas ao Legislativo (representante do povo) apenas questões fronteiriças e que envolvam cessões de território. Na linha de defesa desse modo de ser, alinha-se a questão do tempo, ou melhor, da urgência característica de muitas das questões de política externa. Invoca-se a ideia de que a decisão de ir à guerra ou fazer a paz não pode estar submetida ao tempo requerido para as consultas populares e deliberações congressuais, nem tampouco aos humores partidários. Na contramão desse argumento, tem-se a acusação de ter essa prática um caráter autoritário e elitista. Dos anos 1990 para cá, com a aceleração do processo de globalização econômica e a revolução provocada pelas novas tecnologias de informação e conhecimento, tornou-se mais explícito o fato de que as decisões de política externa de um país carregam o potencial de afetar diretamente a vida de seus cidadãos. Acontecimentos outrora regionais se tornaram inevitavelmente globais e os diversos canais de comunicação os repercutem em tempo real. Especialmente nos espaços urbanos mais adensados, grupos e organizações da sociedade civil se mobilizam e se manifestam sobre questões internacionais, mas, ainda assim, a temática internacional não ganhou o espaço devido na agenda dos políticos e de seus partidos. No atual contexto de crise política, econômica e social no Brasil a campanha eleitoral segue sem que a sociedade conheça como os candidatos propõem tratar questões de grande impacto para o futuro do País. Qual estratégia será adotada para manter e/ou expandir as exportações do País diante do aumento do protecionismo comercial em importantes mercados de destino dos produtos brasileiros? O Brasil manterá o multilateralismo como princípio orientador de suas relações exteriores apoiando as diferentes organizações
internacionais como a OMC? E quanto ao Mercosul, merecerá apoio e investimentos para intensificação do processo de integração regional ou passará por uma revisão de seus objetivos originais? Quais serão os principais pontos que merecerão empenho do governo brasileiro na construção da agenda da próxima cúpula dos Brics que o Brasil sediará? Como está sendo visto o documento divulgado recentemente pelo governo chinês com as diretrizes de política externa chinesa para a América Latina? Que posição o País adotará em relação às propostas do novo governo mexicano para uma ação conjunta no combate ao narcotráfico e crime organizado? As questões acima mencionadas servem apenas para ilustrar a complexidade de demandas de natureza internacional que requerem uma concepção de política externa para que as respostas dadas pelo futuro governo brasileiro possam atender ao interesse nacional e, ao mesmo tempo, promover a imagem do País no meio internacional renovando o melhor de sua reputação e tradição diplomática. Vulgatas e bufonices como a recente declaração de um candidato à Presidência de que retiraria o País da Organização das Nações Unidas só servem para depreciar ainda mais o ambiente do debate político nacional e evidenciar o despreparo e falta de conhecimento sobre como se processam as relações internacionais alimentando, assim, o preconceito que encontra na ignorância seu principal combustível. Especialmente para países com reduzidos recursos convencionais de poder (hard power) a força dos valores e a coerência e inteligência de suas ações articulando a política nacional com a externa se convertem em capital político de alto valor em contexto internacional tão conturbado como o que enfrentamos na atual quadra do século XXI. * Professor e pesquisador da Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua nas áreas de comércio e relações internacionais
Descaso com o Brasil, mais um! CESAR VANUCCI * “Uma tragédia anunciada!” (Walter Neves, antropólogo) Na roda do papo matinal na feira, a Almerinda do sacolão traduz a sensação do desalento popular reinante: “Tá danado, gente boa. Tá meio demais da conta, vocês não acham?” O Elesbão churrasqueiro é o primeiro a concordar. Com seu vozeirão de inconfundível sotaque baiano aduz: “Tem toda razão. É uma montoeira de coisa desagradável junta. Tudo pipocando conjuntamente!” Na espichada da conversa, componentes do grupo, feirantes e fregueses, vão botando pra fora referências desconcertantes, mais do que isso, desagradáveis, das vivências do povão no dia a dia. Jorram manifestações. Os inesgotáveis escândalos com a grana pública. O notório, azucrinante, despreparo de boa parte dos aspirantes a cargos importantes nas eleições que se avizinham. A estagnação econômica, despropositada, insuportável, quando se tem sob mira as prodigiosas potencialidades oferecidas pelo País mais bem aquinhoado deste planeta azul na partilha de recursos naturais em condições de produzir riqueza social em proveito de toda a humanidade. A impactante inoperância do governo mais impopular da história republicana. A multidão incalculável de desempregados e as legiões de patrícios forçados a fazer “bicos” para sobreviver. Além disso, a acumulação assustadora, em tudo quanto é canto, de obras inacabadas importantes, de projetos fundamentais nos setores da infraestrutura que não saem do papel. Tudo isso conspirando estrondosamente contra a necessária, urgente e inadiável retomada do desenvolvimento. Os desestímulos e desencorajamentos às ações de empreendedores capacitados, gente ansiosa pelo ingresso na cena política de uma liderança nacional dotada de carisma, popularidade e poder de iniciativa para galvanizar as atenções da Nação inteira no sentido da invasão do futuro. A progressiva e delituosa desnacionalização de ativos valiosos do patrimônio nacional. Mais ainda: a violência urbana solta e as diligências oficiais, de inocultável incompetência, volta e meia trombeteadas para se “combater” as organizações criminosas; a exorbitância nos gastos públicos, a começar pelos altíssimos salários e respectivos penduricalhos que compõem os holerites do exército de agentes públicos remunerados acima do teto fixado pela Constituição; as incongruências detectadas com constância, em deliberações legislativas e judiciais. No desfile das situações cotidianas tormentosas despejadas na conversa solta de rua encaixou-se, também, a recente e estranha manipulação das redes sociais, com a propagação aos quatro ventos de uma “nova greve dos caminhoneiros”. O anúncio, de suspeitosa procedência, provocou mais uma alucinante corrida aos postos. E, na sequência, desprotegidos consumidores viram-se “agraciados” com novas e significativas majorações nos preços da gasolina, do álcool etecetera e tal... Dona Almerinda do sacolão tem razão. “Tá danado, meio demais da conta”.
Já não transbordassem motivos para as aflições da sociedade, com essa avalancha de episódios geradores de assombro e indignação em doses mastodônticas, eis que o horizonte se vê, inesperadamente toldado por essa estocada brutal do destino, reduzindo fatalisticamente a cinzas um pedaço precioso de nossa história É oportuno anotar o que diz o arqueólogo e antropólogo Walter Neves, considerado o “pai de Luzia” – o fóssil humano mais antigo já encontrado em escavações pré-históricas das Américas, localizado em Lagoa Santa, Minas Gerais, com idade provável de 12 mil anos, uma das relíquias perdidas no incêndio do Museu Nacional localizado na Quinta da Boa Vista, Rio de Janeiro. Sua reação é de molde a deixar estarrecidas – “juntas, conjuntamente” como diria o Elesbão do churrasco - todas as estátuas de pedra-sabão esculpidas por Aleijadinho existentes no museu ao ar livre em Congonhas do Campo: “Uma tragédia anunciada. O poder público abandonou completamente o Museu há décadas.” A constatação, aliás, é de que não se trata apenas de uma tragédia para o Brasil. No entender dos especialistas, o desaparecimento do Museu representa uma tragédia para a humanidade. A inconcebível ausência de água da meia dúzia de hidrantes no local do sinistro para o combate às chamas como denunciado pelo Corpo de Bombeiros, as labaredas fatídicas do descaso governamental criminoso com relação ao patrimônio de riquezas guardado no Museu reduziram a cinzas 20 milhões de peças e 200 anos de referências históricas de incalculável significado para a cultura. Em sua apreciada coluna, Élio Gáspari reporta-se ao desastre do Museu Nacional e a outras ocorrências de passado recente em instituições culturais igualmente desguarnecidas de um mínimo de salvaguardas mínimas para enfrentamento de incêndios. “Quem viu as primeiras reações dos hierarcas da burocracia culturais diante da tragédia da Quinta da Boa Vista – assinala - teve o sofrimento adicional de ser tratado como cretino. O incêndio foi um acidente previsível, mas, ainda assim, foi um acidente. A estupidificação oferecida pelos hierarcas foi entulhação deliberada.” A entulhação, pelo que se extrai das informações a respeito do assunto, veiculadas por fontes qualificadas, foi ampla, geral, irrestrita. E, também, bastante irresponsável. Os órgãos encarregados da preservação dos bens culturais brasileiros viram-se pilhados em flagrante. Não mais conseguem esconder da coletividade a precariedade dos meios disponíveis à execução das tarefas elementares que lhes tocam institucionalmente promover. É o caso até de admitir, como, por sinal faz outro participante da roda de conversa na feira: “Tamos n’água!” * Jornalista (cantonius1@yahoo.com.br)
Por que a pobreza aumentou? JOSÉ PIO MARTINS* Segundo dados do IBGE, o número de brasileiros abaixo da linha da pobreza (os que vivem com até US$ 5,50 por dia, ou R$ 387,07 por mês) aumentou 9,1 milhões e passou de 43,1 milhões em 2014 para 52,2 milhões em 2017. Na categoria de pobreza extrema (os que vivem com US$ 1,90 por dia, ou R$ 133,72 por mês) estavam 13,3 milhões em 2016, contra 8 milhões em 2014. O quadro da pobreza havia melhorado de 2004 a 2013, mas a recessão e o desemprego dos últimos três anos demoliram a renda das camadas mais pobres e, segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), há 7 milhões de pobres sem nenhum tipo de assistência social. Um relatório do Fórum Econômico Mundial circulou em 2004, assinado por dois economistas norte-americanos, e afirmava que a estagnação da África era a maior tragédia econômica do século 20. Segundo dados oficiais, a África abrigava 10% dos pobres do mundo em 1970 e essa taxa era de quase 50% em 2000. Os autores afirmam que as causas do fracasso africano são: conflitos militares, corrupção, desprezo pela lei, políticas fiscais indisciplinadas, infraestrutura precária e baixo investimento em capital físico. Alguns analistas de esquerda disseram que aquelas causas eram elementos do capitalismo, em que o modo
de produção está assentado no direito de propriedade, organização empresarial da produção, trabalho assalariado e austeridade financeira na gestão das contas públicas. Na época, lembrei-me da cidade de Nogales, cortada ao meio por uma cerca, tendo, do lado norte, Nogales no estado do Arizona (Estados Unidos) e, do lado sul, Nogales na província de Sonora (México). Em “Nogales do norte”, a renda por habitante é de US$ 30 mil/ano, enquanto na Nogales mexicana é um terço disso. Quanto às condições de saúde, escolaridade, segurança e moradia, a situação da Nogales norte-americana é de longe superior à Nogales mexicana. É intrigante como as duas metades da mesma cidade, mesmo povo, mesmo solo, mesmo clima, são tão diferentes. Uma conclusão é óbvia: Nogales no Arizona desfruta das instituições norte-americanas, de alta qualidade, propícias ao desenvolvimento econômico e social, enquanto Nogales em Sonora sofre com as instituições mexicanas – que são de baixa qualidade, ineficientes e corruptas –, maus governos e estrutura política apodrecida. Em alguns países, entre eles o Brasil, diante da pobreza causada por maus hábitos culturais e políticos, maus governos e instituições ruins e corruptas, muitos pedem mais Estado e mais governo, ou seja, doses
Diário do Comércio Empresa Jornalística Ltda Av. Américo Vespúcio, 1.660 CEP 31.230-250 - Caixa Postal: 456 Redação - Núcleo Gestor Eric Gonçalves - Editor-Geral Luciana Montes - Editora-Executiva Editores Alexandre Horácio Clério Fernandes Luisana Gontijo
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maiores do veneno que os mata. Os países desenvolvidos são os que têm um forte setor produtivo privado, ambiente favorável aos investimentos, leis boas e estáveis, governo razoavelmente eficiente, respeito ao direito de propriedade e liberdades individuais. O exemplo das duas cidades de Nogales – que, apesar de tão iguais, são tão diferentes – é uma boa mostra do que funciona e do que não funciona. O Brasil, tão rico de recursos, insiste em ser pobre e, nos últimos anos, viu a pobreza aumentar de forma intensa. Ressalte-se que a presidente Dilma não teve a mesma sorte de Lula. De 2002 a 2010, a economia mundial cresceu, as exportações brasileiras aumentaram, os preços das commodities subiram e a situação internacional favoreceu o período Lula. Logo no primeiro ano de Dilma, a situação se inverteu e ajudou a criar a crise brasileira, que teve por base os erros do período Dilma. As mesmas mazelas do continente africano citadas no relatório do Fórum Econômico Mundial em 2004 estão presentes no Brasil, agravadas por baixa qualidade das instituições, falta de confiança nelas e maus governos. Assim, não é difícil entender por que o Brasil continua pobre, corrupto e violento.
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Novo destino da Pampulha Com a expectativa de que toda a guarnição da Força Aérea e suas instalações junto ao Aeroporto da Pampulha sejam transferidas para Lagoa Santa ainda neste mês, começa um novo capítulo na história que vem se arrastando desde 2005, quando o então Departamento de Aviação Civil transferiu para Confins todos os voos comerciais de longa distância. No entendimento que prevalece, a Pampulha não tem condições técnicas e de segurança para operações com aeronaves de porte médio ou grande e ao mesmo tempo é necessário robustecer as operações em Confins, recentemente ampliado. Nessa polêmica questão existem evidentemente argumentos contra e a favor. No primeiro grupo estão os que apontam, principalmente, a falta de segurança para operações regulares na Pampulha e, simultaneamente, assinalam o adensamento populacional no entorno do aeroporto e o desconforto e risco para esta população. Quem defende posição contrária nega esses argumentos, apontando que aeronaves modernas são mais seguras e silenciosas. Além A Infraero, dona e disso, apontam operadora do terminal, a conveniência de um aeroporto insiste nessa tese e se mais próximo do mobiliza para que ela centro da cidade, prevaleça, enquanto a a ser utilizado de BH Airport assinala que forma limitada, possivelmente não existe movimento com a operação de uma espécie para sustentar dois de ponte aérea terminais tão próximos ligando Brasília, Belo Horizonte, e alega que haveria uma quebra de contrato Rio de Janeiro e São Paulo. A Infraero, dona e operadora do terminal, insiste nessa tese e se mobiliza para que ela prevaleça, enquanto a BH Airport assinala que não existe movimento para sustentar dois terminais tão próximos e alega que haveria uma quebra de contrato, além de comprometimento dos investimentos que realizou. Seja como for, com o fechamento das instalações militares anexas à Pampulha o fim dessa história parece estar mais próximo, tudo fazendo crer que a Pampulha, que em 2002 recebeu três milhões de passageiros e uma média de 243 voos por dia, será mesmo dedicado exclusivamente à aviação regional e executiva. Esta conclusão, se verdadeira, leva a uma outra questão, igualmente de alto interesse para a população do entorno, na realidade para toda a Belo Horizonte. Estamos falando da ocupação dos 258 mil metros quadrados de terreno que serão desocupados e sua melhor destinação. Também este aspecto merece cuidado e atenção. Fala-se na construção de dois centros comerciais, que seriam espécie de âncoras para a construção de prédios residenciais e destinados a escritórios. Muito provavelmente um bom negócio para a Infraero, dona desse grande terreno, mas é preciso que seja também um bom negócio, e inteligente, para a cidade, sendo suficiente lembrar a proximidade com a lagoa da Pampulha, espécie de santuário da arquitetura brasileira. Desde já é preciso ressaltar que todo cuidado será pouco e que bons resultados virão do comprometimento da própria Infraero, da cobrança e do acompanhamento da população de Belo Horizonte.
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ECONOMIA SUPERMERCADOS
CONSUMO
Brasileiros ficaram mais Bahamas investe R$ 100 mi endividados e inadimplentes em shopping, salas e hotel em agosto, indica a CNC Empreendimento, em Barbacena, deve ser concluído em 2020 DIVULGAÇÃO
ANA AMÉLIA HAMDAN
Ocupando a 16ª posição entre as redes supermercadistas do País, segundo ranking da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), o grupo mineiro Bahamas planeja ampliar sua área de atuação. Com investimento de R$ 100 milhões a serem aplicados até 2020, a rede vai implantar, em Barbacena, no Campo das Vertentes, o Bahamas Shopping. O empreendimento inclui o supermercado – já inaugurado –, 62 lojas, estacionamento e duas torres: uma com salas comerciais e outra a ser ocupada por um hotel. Segundo o gerente de marketing do Grupo Bahamas, Nelson Júnior, o objetivo é que a administração do hotel seja terceirizada, já que o grupo não tem expertise nesse ramo. “A princípio, a ideia é entregar o hotel para um operador do setor, pois não temos expertise. Isso deve ser negociado nesses dois anos de obras”, disse. Todo o empreendimento está previsto para ser executado em quatro fases e deve gerar de 500 a 600 postos de trabalho. A primeira delas, já executada, inclui o supermercado Bahamas Mix, que funcionará como âncora e tem estacionamento com cerca de 200 vagas. A segunda etapa deve ser finalizada até
Conjunto será executado em quatro fases, incluindo um boulevard, para facilitar acesso
dezembro, com a inauguração de 24 lojas. Em seguida, na terceira fase, que deve ser concluída em 2019, serão construídas mais 38 lojas, com ampliação do estacionamento para 360 vagas. Por último, na quarta fase, está prevista a construção das duas torres, o que pode ocorrer até o final de 2020. O número de andares ainda não foi definido. O diretor de marketing explica que o Bahamas já trabalha com o modelo de supermercado e conjunto de lojas em Cataguases e Juiz de Fora, ambas localizadas na Zona da Mata. Mas o empreendimento com o porte do de Barbacena é inédito, assim como o avanço dos negócios para o setor hoteleiro. Perguntado se a rede vai expandir esse modelo a outros municípios, Nelson Jú-
nior respondeu que o novo empreendimento é um indicativo de que as iniciativas em Cataguases e Juiz de Fora são de sucesso. Por outro lado, o resultado de Barbacena será determinante para essa sequência. Ele explica que a escolha de Barbacena para sediar a estrutura ocorreu devido às características do terreno adquirido pelo grupo na cidade: a área tem 29 mil metros quadrados e está localizada na avenida Marechal Floriano Peixoto, bairro Pontilhão. O projeto prevê a criação de um boulevard e calçadão, permitindo que as pessoas atravessem de uma rua a outra passando pelo centro de compras. “O Bahamas Shopping Barbacena chega para fortalecer um dos pontos comerciais mais valorizados da cidade, criando um boulevard e melhorando a
mobilidade urbana da região com um calçadão que ligará a avenida Marechal Floriano Peixoto com Padre Toledo”, explica a empresa. De acordo com o grupo, com esse novo conceito, o consumidor ganha tempo, mobilidade e segurança. A expectativa é atrair clientes de Barbacena e outras cidades da região. Rede - O Grupo Bahamas tem sede em Juiz de Fora, na Zona da Mata, e, em 2017, registrou faturamento de R$ 2,19 bilhões, segundo a Abras. A rede conta com 47 lojas, sendo que a mais recente inauguração ocorreu em Patrocínio, Alto Paranaíba, nesta semana. A próxima inauguração está prevista para ocorrer em Uberaba, no Triângulo Mineiro, neste ano. Do total de lojas, 37 estão na Zona da Mata. lexandre macieira / riotur / divulgação
Índice de Gerentes de Compras mostra queda de 50,4 em julho para 46,8 em agosto, nível mais baixo desde fevereiro de 2017
SERVIÇOS
Queda na demanda reduz nível de atividade São Paulo - O setor de serviços do Brasil voltou a contrair em agosto devido à fraqueza da demanda e a atividade atingiu o nível mais fraco em um ano e meio, de acordo com a a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) divulgada ontem. O PMI de serviços do Brasil caiu em agosto a 46,8, de 50,4 em julho, voltando a ficar abaixo da marca de 50 que separa crescimento de contração, informou o IHS Markit. O nível mais baixo desde fevereiro de 2017 foi registrado, de acordo com os entrevistados, devido à forte competição, questões políticas e demanda fraca.
A entrada de novos trabalhos aumentou apenas marginalmente em julho, no segundo ritmo mais fraco no atual período de oito meses de crescimento. De acordo com o IHS Markit, as empresas que registraram novos negócios citaram esforços de propaganda e aumento da base de clientes, enquanto as que tiveram redução citaram como motivos a competitividade, a demanda fraca, os investimentos baixos e a crise política. O cenário entre os fornecedores de serviços continuou sendo de corte de empregos pelo 42º mês seguido em agosto, como uma tentativa de reduzir os custos.
Isso porque no mês passado os custos dos insumos permaneceram elevados, com destaque para os preços de alimentos, combustíveis, pneus e dos salários. Houve ainda relatos de uma carga tributária mais pesada e da fraqueza cambial. Como resultado, alguns fornecedores de serviços elevaram seus preços cobrados. Ainda assim, o sentimento entre os empresários se fortaleceu em agosto, com os entrevistados vendo perspectivas melhores de crescimento após as eleições presidenciais de outubro. Planos de reestruturação, investimento, propaganda e perspectivas de melhora da demanda também foram
fatores por trás da melhora do otimismo. A fraqueza de serviços compensou o avanço da indústria e o PMI Composto do Brasil atingiu em agosto o segundo patamar mais baixo em um ano e meio ao cair para 47,8, de 50,4 em julho. “Um elemento importante nos últimos resultados foi o cenário doméstico melhor, com foco nas mudanças das questões políticas. As empresas estão esperando as eleições, prevendo então uma trajetória mais clara para as políticas de governo que possam sustentar os investimentos e o crescimento econômico”, avaliou a economista do IHS Markit Pollyanna De Lima. (Reuters)
Rio de Janeiro - Os brasileiros ficaram mais endividados e inadimplentes em agosto, segundo levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) mostrou que o percentual de famílias com dívidas aumentou de 59,6% em julho para 60,7% em agosto, a segunda alta mensal consecutiva. Em relação a agosto do ano anterior, porém, o indicador de endividamento era mais elevado, alcançando 61,2% do total de famílias. A proporção das famílias com contas em atraso também avançou, de 23,7% em julho para 23,8% em agosto, mas ainda é inferior ao resultado de agosto de 2017, quando 25,9% eram inadimplentes. O total de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas em atraso e que, portanto, permaneceriam inadimplentes aumentou de 9,4% em julho para 9,8% em agosto, embora ainda seja menor que o patamar de agosto do ano passado (10,6%). A proporção de famílias que se declararam muito
endividadas cresceu de 13,2% em julho para 13,5% do total de entrevistados em agosto. “Apesar do aumento pontual, o indicador permaneceu em patamar inferior ao do ano passado, refletindo ritmo menor de recuperação do consumo das famílias e maior cautela na contratação de novos empréstimos e financiamentos”, disse a economista Marianne Hanson, da CNC, em nota oficial. O cartão de crédito permaneceu como principal tipo de dívida, apontado por 76,8% das famílias entrevistadas. O carnê foi o segundo mais citado (14,2%), seguido pelo financiamento de carro (10,4%). O tempo médio de atraso para o pagamento de dívidas foi de 64,4 dias em agosto de 2018, abaixo dos 64,7 dias registrados no mesmo período do ano passado. Em média, o comprometimento com as dívidas foi de 7,1 meses, sendo que 32,0% das famílias possuem dívidas por mais de um ano. Entre as endividadas, 20,5% afirmam ter mais da metade da renda mensal comprometida com o pagamento de dívidas. (AE)
TELECOMUNICAÇÕES
Mercado de TV paga no País encolhe 3,39% nos últimos 12 meses Brasília - O mercado de TV paga no Brasil apresentou um recuo de 3,39% nos últimos 12 meses. De acordo com os números divulgados ontem pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), na comparação de julho de 2018 e o mesmo mês do ano passado houve uma redução de 625 mil contratos, registrando 17,83 milhões de assinaturas no mês passado. Na comparação com junho de 2018, a diminuição foi de 91 mil contratos, uma redução de 0,51%. Segundo a Anatel, a maioria dos assinantes de TV por assinatura no País recebe a programação dos canais por satélite. A tecnologia responde por 54,53% dos contratos, registrando 9,72 milhões de assinantes. Em seguida vem o cabo, que registrou 42,18% da base de assinantes, com 7,52 milhões de clientes, e em terceiro lugar vem a fibra ótica, que responde por 585 mil acessos e 3,28% da base de assinantes. Ao contrário das demais tecnologias, a fibra ótica apresentou crescimento na participação nos últimos 12 meses, com mais 241 mil contratos, um aumento de 69,82%. O mesmo acontece na comparação entre julho de 2018 e o mês anterior, mais 16 mil assinantes por fibra, crescimento de 2,78%. As regiões Sul e Sudeste concentram os maiores mercados de TV por assinatura. O estado de São Paulo ocupa a primeira posição, com 37,51% da base de assinantes e 6,69 milhões de contratos. Em seguida vem o Rio de Janeiro, com 2,41 milhões clientes e 13,52% da
participação. Minas Gerais ocupa a terceira posição com 1,56 milhão de assinantes e 8,76% do mercado; o Rio Grande do Sul vem em seguida com 7% do mercado e 1,25 milhão de assinantes, e o Paraná é o quinto com 830 mil assinantes e 4,65% de participação no mercado. Nos últimos 12 meses, os maiores crescimentos da TV por assinatura foram registrados nas regiões Norte e Nordeste. Nesse período, o Ceará apresentou um aumento de 4,37%, adicionando mais 16 mil assinaturas de TV paga. Depois vem o Piauí, com mais 3 mil assinantes, um crescimento de 3,74%; seguido do Amazonas, com mais 10 mil, crescimento de 3,44%, e o Pará, que somou mais 9 mil e apresentou crescimento de 2,74%. Entre as empresas, a Claro ocupa a primeira posição. Em julho, com 8,92 milhões de contratos, a empresa respondeu por metade do mercado de TV por Assinatura no País, com uma base de 50,04% contratos. A Sky vem em segundo lugar com 5,20 milhões de contratos e 29,19% da fatia de mercado, a Vivo vem depois com 9,06% de participação e 1,62 milhão de assinantes. A Oi ocupa a quarta colocação com 1,57 milhão de assinantes e 8,78% do mercado. A empresa foi quem mais aumentou a base de assinantes no período de 12 meses, com mais 135 mil assinaturas, um crescimento de 9,44%. Os grupos Algar Telecom, Cabo e NossaTV detinham juntos 1% do mercado. (ABr)
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ECONOMIA DEFLAÇÃO
BH tem queda de 0,03% no IPCA Valor é o menor registrado desde 2010 pelo Ipead/UFMG e vem após alta em julho PEDRO FRANÇA / AGÊNCIA SENADO
ANA AMÉLIA HAMDAN
Belo Horizonte apresentou deflação em agosto, com ligeira queda de 0,03% no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Esse é o menor valor registrado desde 2010, segundo divulgado ontem pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais, vinculada à Universidade Federal de Minas Gerais (Ipead/UFMG). A queda da inflação ocorre após o índice apresentar alta em julho, ainda sofrendo os efeitos da greve dos caminhoneiros e do aumento no preço dos produtos administrados, como energia e combustível. A preocupação agora é com a alta do dólar, que pode impactar na inflação nos próximos meses. Devido aos efeitos da greve dos caminhoneiros, havia expectativa quanto ao comportamento dos preços em agosto. De acordo com a coordenadora de Pesquisa e Desenvolvimento do Ipead/ UFMG, Thaize Martins, a queda na inflação foi baixa, indicando uma estabilidade, mas muito bem-vinda devido a esse cenário. Os produtos que seguraram a inflação em agosto foram os alimentos in natura, com retração de 2,22%, e alimentos de elaboração primária, com queda de 2,16%. O preço das excursões sofreu queda de 5,74%, já que a base comparativa é a alta temporada ocorrida em julho. Em agosto também foi registrada queda no preço da gasolina, de 0,85%, o que tem grande peso no resultado. Mas Thaize ressalta que, nos últimos 12 meses, a gasolina acumula alta de 17,81% e, no ano, a alta do combustível é de 2,7%. “Agosto não teve impacto dos produtos administrados, como energia e combustível, que impactaram a inflação no último mês”, falou a pesquisadora.
Tarifa de água está entre produtos e serviços que registraram aumento no oitavo mês do ano, de 4,30%
Ainda no oitavo mês do ano, os produtos que se destacaram pela alta foram vestuário e complementos, com aumento de 2,25%; bebidas em bares e restaurantes, com elevação de 1,98%. O preço de ingressos para jogo aumentou 29,97%, enquanto a tarifa de água subiu 4,30%. Dólar - A pesquisadora aponta preocupação com a alta do dólar. Na pesquisa de agosto o macarrão aparece com aumento de 5,02%, devido à farinha de trigo, que é importada. Ela explica que o impacto tende a ser maior, pois os comerciantes ainda estão trabalhando com estoques antigos. Thaize pondera que, se a moeda continuar subindo, produtos importados, como azeite e alguns pescados, vão ter seus preços elevados. Além disso, em certos casos,
a produção nacional pode ser direcionada para a exportação, também pressionando os preços. Tal situação pode encarecer produtos como carne e café. No ano, a inflação está acumulada em 3,79%, enquanto em 12 meses é de 5,14%. O fator dólar também pode pressionar para que a inflação em BH não feche no centro da meta, que é de 4,5%. Além disso, é esperada alta no preço de alguns produtos no fim de ano, devido ao período de festas. Mas, segundo Thaize Martins, caso não se cumpra o centro da meta, o índice deve ficar dentro do limite superior, que é de 6,5%. Ela ressalta que não há qualquer indicativo de descontrole de preços. O IPCA mede a evolução dos gastos das famílias com renda de 1 a 40 salários mínimos. O Índice
de Preços ao Consumidor Restrito (IPCR), referente às famílias com renda de 1 a 5 salários mínimos, apresentou em agosto variação positiva de 0,11%. Cesta básica - O valor da cesta básica teve queda de 0,39% entre julho e agosto, ficando em R$ 372,14, o equivalente a 39,01% do salário mínimo. É a segunda queda consecutiva. Segundo a pesquisadora, os preços estão voltando ao patamar de antes da greve dos caminhoneiros. As principais quedas de preços foram da batata-inglesa, com retração de 19,93%; feijão carioquinha, com queda de 5,10%, e café moído, que caiu 4,78%. Já os itens que apresentaram as principais altas foram o tomate Santa Cruz (7,28%); banana-caturra (5,45%) e farinha de trigo (3,68%).
CESTA BÁSICA
Preço de alimentos diminui em 17 capitais São Paulo - O preço dos alimentos essenciais que compõem a cesta básica caiu em 17 de 20 capitais brasileiras em agosto. O levantamento foi divulgado ontem pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). As reduções mais expressivas foram em Porto Alegre (-3,50%), João Pessoa (-3,36%) e Salvador (-3,02%). As únicas altas ocorreram em Florianópolis (3,86%), Manaus (1,41%)
e Aracaju (0,01%). A cesta mais cara foi a de São Paulo (R$ 432,81), seguida pela de Florianópolis (R$ 431,30), Porto Alegre (R$ 419,81) e Rio de Janeiro (R$ 417,05). Os menores valores médios foram observados em Salvador (R$ 311,92) e São Luís (R$ 329,42). No acumulado de 12 meses, os preços médios da cesta caíram em 13 cidades, com destaque para São Luís (-6,51%), Goiânia (-6,29%) e
Salvador (-6,08%). Nas outras sete capitais, onde os valores médios aumentaram, os destaques foram Campo Grande (2,70%) e Cuiabá (2,57%). Taxa negativa - Nos primeiros oito meses deste ano, seis capitais acumularam taxa negativa, com destaque para Porto Alegre (-1,62%), Salvador (-1,49%) e São Luís (-1,41%). Entre as que tiveram aumento, as principais variações
foram 0,49% em Goiânia e 3,79% em Curitiba. O Dieese calculou o salário mínimo ideal em agosto, baseado na cesta mais cara, de São Paulo. O valor mínimo mensal necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ser de R$ 3.636,04, equivalente a 3,81 vezes o salário mínimo atual, de R$ 954. Em julho, o salário deveria ter sido R$ 3.674,77, ou 3,85 vezes o piso mínimo do País. (ABr) DIVULGAÇÃO
Porto Alegre, João Pessoa e Salvador foram as capitais com quedas mais expressivas no valor dos alimentos que compõem a cesta básica
Confiança do consumidor recua 5,28% A proximidade das eleições pode estar interferindo no Índice de Confiança do Consumidor (ICC) de Belo Horizonte, também divulgado ontem pela Fundação Ipead/UFMG. Em agosto, o indicador teve queda de 5,28% na comparação com o mês anterior, atingindo 35,02 pontos. O ICC varia de 0 a 100, sendo que o valor 50 demarca a situação de pessimismo e otimismo. De acordo com o levantamento, a avaliação da situação econômica do País foi o item com pior avaliação, atingindo patamar de 21,43. Segundo a coordenadora de Pesquisa e Desenvolvimento do Ipead/UFMG, Thaize Martins, com a proximidade da eleição, as pessoas ficam mais reflexivas sobre a situação do País. “O início das campanhas eleitorais, em 16 de agosto, pode ter influenciado no pessimismo deste mês, uma vez que os consumidores começam a refletir mais sobre a situação do Brasil como um todo”, aponta o estudo. A avaliação da situação econômica está dentro do subitem Índice de Expectativa Econômica, composto ainda por inflação, que teve índice 27,50, e emprego, com valor de 21,85. O outro componente é Índice de Expectativa Econômica, composto por avaliação da situação financeira da família – o único a mostrar otimismo, com 53,63; situação financeira da família em relação ao passado (48,04) e pretensão de compra, com 39,76. Juros - Também avaliadas pelo Ipead/UFMG, as taxas de juros para pessoas físicas tiveram alta em agosto. Segundo o levantamento, a última reunião do Copom manteve a taxa básica de juros, Selic, em 6,5% ao ano, sendo a menor taxa de toda a série histórica do Banco Central. Mas, em sentido contrário, a maioria das taxas de empréstimos para pessoa física apresentou alta no mês de agosto e as taxas de captação se mantiveram estáveis ou se elevaram. (AAH)
IMÓVEIS
Unidades residenciais ficam 0,32% mais baratas em relação a 2017 São Paulo - O preço médio de venda de imóveis residenciais em agosto ficou praticamente estável ante julho, mas caiu 0,32% em termos nominais ante mesmo mês de 2017, mostrou o índice FipeZap, que monitora a venda de apartamentos prontos em 20 cidades brasileiras com base em anúncios na internet. No mês passado, o indicador teve valor médio de R$ 7.529 por metro quadrado, depois que 11 dos 20 municípios pesquisados registraram recuo nominal de preço na comparação com agosto de 2017, com destaque para Rio de Janeiro (-4,24%), Niterói (RJ) (-3,3%) e Santos (SP) (-2,07%). Na outra ponta, as cidades com maior variação positiva no preço médio do metro quadrado residencial foram São Caetano do Sul (SP) (+2,94%), Vitória (ES) (+2,37%) e Goiânia (GO) (+2,33%). Queda real - No ano até agosto, o índice FipeZap acumula queda de 0,29% em termos nominais. Considerando a inflação acumulada de 2,94% pelo IPCA/IBGE no período, houve queda real de 3,14% nos oito primeiros meses do ano. O Rio de Janeiro seguiu como a cidade com o metro quadrado residencial mais caro (R$ 9.494), seguido por São Paulo (R$ 8.796) e Distrito Federal (R$ 7.788). Por outro lado, Contagem (MG) (R$ 3.511), Goiânia (R$ 4.164) e Vila Velha (ES) (R$ 4.692) tiveram os preços mais baixos. (Reuters)
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ECONOMIA LOGÍSTICA
Ativa investirá R$ 30 milhões até 2019 Projeto, que começa com R$ 3 mi em Montes Claros, inclui infraestrutura, tecnologia, frota, RH e filiais DIVULGAÇÃO
LEONARDO FRANCIA
A Ativa Logística, operadora especializada nos setores de saúde e cosméticos, investiu R$ 3 milhões em uma nova unidade em Montes Claros, no Norte de Minas, e na ampliação da sua filial, que migrou da Capital para um espaço maior em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). O aporte faz parte de um plano de investimentos de R$ 30 milhões previstos em infraestrutura, tecnologia, contratações de funcionários, aquisição de caminhões e a criação de filiais até 2019. “Para a Ativa, Minas, enquanto região de atuação, representa o quarto maior faturamento da empresa entre todas as áreas que atuamos. O investimento na unidade da cidade (Montes Claros) é estratégico porque enxergamos no município um grande potencial para novos negócios, além de a cidade estar se tornando um polo do segmento farmacêutico”, justificou o gerente regional de Operações em Minas Gerais, Wanderley Peixoto.
De fato, a indústria farmacêutica tem ocupado cada vez mais espaço na economia de Montes Claros. O município vai abrigar uma planta da multinacional do setor farmacêutico Eurofarma, além de já contar com a Ompi Fharma, do Grupo Stevanato, especializada na produção de recipientes de vidro, seringas e frascos para medicamentos, a Novo Nordisk, a Hipolabor, a Vallée e o laboratório nacional Biolab. No caso da mudança da filial de Belo Horizonte para um novo e maior espaço em Contagem, o que expandiu a capacidade de atendimento em 50%, Peixoto explicou que o objetivo foi atender à demanda crescente na região. “Nos últimos cinco anos, triplicamos os negócios na filial e precisávamos expandir para manter a qualidade de atendimento aos clientes e para atender novos clientes”, disse. A nova filial em Contagem tem 12 docas e pé direito de 13 metros. Além disso, a ampliação de área operacional ganhará novos processos de recebimento, triagem, conferência, separação, carregamento e
Operadora logística dos setores de saúde e cosmética transferiu a filial da Capital para Contagem, ampliando atendimento em 50%
entrega. Para se ter uma ideia, no ano passado, a unidade de Belo Horizonte foi responsável por entregar 108,5 mil toneladas de produtos, atrás apenas de São Paulo (341,5 mil toneladas), Rio de Janeiro (270,1 mil toneladas) e Campinas (168,7 mil toneladas). A empresa estima que,
até o final deste ano, haja um incremento de 40% no volume de movimentação de produtos no Estado. Nos primeiros cinco meses de 2018, foram transportadas 17,4 mil toneladas em Minas, que representam 18,3% do total das operações da Ativa em todo o País. Em valores, estes negócios contabilizam
R$ 94,5 milhões, quase 29% a mais do que no mesmo período de 2017, quando foram registrados R$ 73,3 milhões. Além da abertura da filial em Montes Claros e da expansão da unidade da Capital, o pacote de investimentos de R$ 30 milhões até 2019 da Ativa prevê
aportes em infraestrutura, tecnologia, contratações de funcionários, aquisição de caminhões e a criação de filiais em Anápolis (GO) e Brasília (DF). Em Minas, a empresa mantém filiais também em Juiz de Fora, Uberlândia e Pouso Alegre e atua em todo o território mineiro.
TRANSPORTE DE CARGAS
Tabela de fretes desagrada caminhoneiros e produtores DIVULGAÇÃO
São Paulo - A nova tabela de fretes rodoviários publicada ontem pela reguladora Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), com aumento médio de 5%, a depender da carga, desagradou tanto caminhoneiros, que ainda demandam outros ajustes, quanto o setor de grãos, um dos mais afetados pela medida e que já prevê custos consideravelmente maiores. O reajuste na tabela do frete mínimo, instituída na esteira dos protestos dos caminhoneiros, ocorreu após uma elevação de mais de 10% nos preços do diesel dentro do programa de subsídios ao combustível, na semana passada. A Lei 13.703/2018, a qual empresas contratantes das cargas consideram inconstitucional, determina que o tabelamento seja reajustado sempre que preço do diesel tenha oscilação superior a 10%, segundo a ANTT. O reajuste nos valores da tabela ocorreu em meio a preocupações de que caminhoneiros poderiam organizar novas paralisações em estradas. Em nota, a Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) disse que não encara os novos valores
como uma tabela, apenas como uma atualização de preços para o serviço de frete rodoviário. Para a entidade, um tabelamento efetivo incluiria a correção dos valores entre os tipos de cargas, os caminhões de todos os eixos e índices regionais, que permitem atender as peculiaridades de cada estado. “A Abcam ainda analisa a repercussão deste reajuste perante os caminhoneiros autônomos, entretanto, antecipa que há uma grande preocupação com a forma como a tabela está sendo conduzida”, afirmou a associação no comunicado. Conforme a Abcam, “a demora na publicação de uma tabela condizente com a realidade do transportador autônomo de cargas pode trazer uma estagnação na contratação dos serviços prestados pela categoria, já que a atual tabela beneficia apenas as empresas de transporte”. A associação ressaltou que não há qualquer movimentação de paralisação nas estradas, mas que enviará à Casa Civil um novo pedido de audiência para “explanar suas preocupações”. Custo elevado - O setor de grãos, que depende
fortemente do transporte rodoviário para escoar a produção, já calcula um impacto bilionário com a nova tabela. O Brasil é o maior exportador global de soja e o segundo de milho. De acordo com o diretor-geral da Associação dos Exportadores de Cereais (Anec), Sérgio Mendes, a alta média de 5% no frete representa um aumento adicional de cerca de R$ 3,4 bilhões nos custos, para um total de R$ 19,4 bilhões, já considerando o tabelamento anterior. O cálculo leva em conta a área plantada com soja e milho no Brasil e a rota de Rio Verde (GO) até o Porto de Santos (SP), considerada uma das mais tradicionais para o escoamento desses produtos pelo País. “É um passivo que as empresas nem sabem como fazer. Dentre os compromissos que tem, principalmente com soja, com o comércio internacional. Tem a China, que está comprando mais do Brasil por causa da disputa com os Estados Unidos. O Brasil não tem como deixar de fornecer”, afirmou Mendes. “Se antes a tabela já era superpesada, impossível de se imaginar, agora fica pior ainda... A tabela anterior, ou
Para o setor de grãos, reajuste médio de 5% representa alta adicional de R$ 3,4 bi nos custos
qualquer tabela, para o setor, onde as margens são extremamente estreitas, qualquer coisa que você insere aí não tem como repassar. Você tem de deglutir esse custo adicional.” Do lado produtor, a Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso (Aprosoja MT) disse repudiar a nova tabela. “A decisão, tomada de forma ilegal pela ANTT, só reforça a inconstitucionalidade da Lei 13.703/2018, ferindo a livre iniciativa e a livre concorrência”, afirmou a associação, em nota.
Reajuste agrava incertezas, critica a CNI Brasília - A Confederação Nacional da Indústria (CNI) afirmou ontem, por meio de nota, que a decisão da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) de reajustar a tabela de frete “prejudica ainda mais o crescimento da economia e agrava as incertezas já existentes”. Segundo a entidade, antes do reajuste, o impacto médio para a indústria já era de 12%. Para a CNI, a decisão
da ANTT irá acentuar os “efeitos danosos da política de tabelamento”. “O tabelamento do frete é medida equivocada e simplista, que não soluciona o problema do transporte rodoviário do País nem dos caminhoneiros, agrava os problemas da indústria e pune todos os consumidores brasileiros”, afirma o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade. A entidade critica ainda o fato de o ajuste nos preços dos fretes ter se baseado
apenas no anúncio do aumento dos preços de diesel nas refinarias, antes mesmo de os preços chegarem às bombas de combustível ou afetar o custo dos transportadores. Destaca ainda que a decisão foi tomada pela ANTT sem participação dos embarcadores. “A agência também não criou a comissão prevista para discutir a tabela de preços e não respondeu as dúvidas sobre sua aplicação. Isso inviabiliza a aplicação
de qualquer eventual tabela. Esses e outros elementos reforçam a tese de que a tabela é inconstitucional, deixa claro o desprezo da ANTT pelas boas práticas regulatórias e torna patente a ilegalidade de suas ações”, critica. A CNI afirma que o setor produtivo espera uma decisão rápida do Supremo Tribunal Federal (STF) e lembra que caberá ao Supremo julgar três ações sobre o tema. (AE)
A constitucionalidade da lei está sendo avaliada pelo Supremo Tribunal Federal, que informou anteriormente que poderia tomar uma decisão o mais rápido possível.
A resolução com os novos preços da tabela de fretes mínimos passa a vigorar a partir de ontem, data da publicação no Diário Oficial da União. (Reuters)
Senado aprova MP do subsídio ao diesel Brasília - O Plenário do Senado aprovou ontem a Medida Provisória 838/2018, que concede subvenção para a venda e a importação do óleo diesel de uso rodoviário. A MP foi uma das promessas do governo em troca do fim da greve dos caminhoneiros, ocorrida em maio. A votação foi feita de forma simbólica. O projeto de lei de conversão originário da MP segue agora para sanção. A medida havia sido aprovada na terça-feira, 4, pela Câmara, em acordo com os parlamentares que apressaram a discussão para evitar que a proposta caducasse. A MP 838 reduz em R$ 0,30 o preço do diesel, a um custo de R$ 9,5 bilhões ao Tesouro Nacional até o fim deste ano. Havia uma preocupação do governo sobre o prazo para a votação da MP, que precisa ser aprovada pela Câmara e pelo Senado até o dia 10 de outubro. Caso contrário, a medida perderia a validade. Aprovado em forma de projeto de lei de conversão, o texto restringe o pagamento da subvenção à venda de óleo diesel de uso rodoviário. Caberá à Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) estabelecer um preço de referência e um preço de comercialização para a distribuidora de forma regionalizada. (AE e ABr)
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ECONOMIA RODRIGO LIMA / NITRO
Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, pode voltar a operar voos comerciais interestaduais, mas a recomendação técnica ainda não é uma decisão, segundo informa o TCU
AVIAÇÃO
Pampulha pode vir a ter voos interestaduais Decisão técnica do TCU recomenda anulação de medida cautelar que revogava portaria favorável a voos LEONARDO FRANCIA
O Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, pode voltar a operar voos comerciais interestaduais. É que uma decisão técnica da unidade do Tribunal de Contas da União (TCU) responsável pela avaliação do assunto recomendou a anulação da medida cautelar do próprio TCU que revogava a Portaria 911, de outubro de 2017, do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil. A portaria abre a possibilidade de operação de voos comerciais interestaduais no terminal. Contudo, com base nas informações do TCU, a recomendação técnica não representa uma decisão. O documento ainda será analisado pelo ministro-relator do assunto, Bruno Dantas, e irá a plenário, segundo o órgão, “em breve”. Por enquanto, o Aeroporto da Pampulha se mantém limitado às operações entre aeroportos regionais. “O documento da unidade técnica do TCU recomenda a revogação da medida cautelar e, dessa forma, a portaria voltaria a ter efeitos. Porém, esse documento não é uma decisão. A matéria já chegou ao
gabinete do ministro Bruno Dantas, relator do processo, que vai analisar e levar a plenário. Isso está previsto para acontecer em breve”, informou o TCU. No fim de dezembro do ano passado, o ministro Bruno Dantas suspendeu liminarmente a Portaria 911, alegando que o texto estava
marcado pela ocorrência de irregularidades, entre elas, a falta de motivação. A liminar atendeu a representação feita pelo então senador Antonio Anastasia (PSDB).
respaldo técnico e o caráter político da ação. A Portaria 911 foi publicada em 24 de outubro de 2017, um dia antes de a Câmara dos Deputados analisar a segunda denúncia contra o presidente Caráter político - O prin- Michel Temer (MDB). cipal argumento dos minisA Portaria 911 derrubou tros que votaram a favor da outro texto, também do Mimedida foi a ausência de nistério dos Transportes,
que tinha sido publicado em maio de 2017 e informava que a limitação de voos no Aeroporto da Pampulha era necessária, entre outros motivos, para evitar a redução ou eliminação dos voos internacionais no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, na Região Metropolitana de
Belo Horizonte (RMBH). Com a suspensão da Portaria nº 911, entrou em vigor a portaria publicada em maio, que restringia as operações no Aeroporto da Pampulha. O ministério alegava que a restrição não era quanto aos portes das aeronaves, mas, sim, ao tipo de operação.
Latam pretende adquirir ações da Multiplus São Paulo - Com a transação anunciada ontem com a Multiplus, o Grupo Latam Airlines espera criar uma relação muito mais próxima com os clientes de seu programa de fidelidade e também com os parceiros comerciais que integram a rede de acúmulo de pontos, afirmou Claudia Sender, ex-presidente da Latam Brasil e atual vice-presidente sênior da área de clientes para a aérea no mundo Na madrugada de ontem, o grupo aéreo anunciou que não pretende renovar ou estender o acordo operacional com a Multiplus após o fim de 2024. A Latam quer adquirir a totalidade das ações da empresa por meio de uma oferta pública unificada de aquisição de ações (OPA) e integrar a Multiplus à sua rede - criando, conforme suas estima-
tivas, o quarto maior programa de passageiro frequente e de fidelidade do mundo (medido pela quantidade de clientes). Em teleconferência com investidores para comentar a decisão, a executiva destacou ainda que a administração interna do programa de fidelidade facilita a gestão de sua estratégia de receita, otimizando-a e tornando-a mais ágil em momentos de dificuldades impostas por variáveis como câmbio e preço de combustível. Conforme a Latam, a perda de market share da Multiplus foi determinante para que a aérea decidisse romper com o contrato. Segundo o vice-presidente de Finanças do Grupo Latam, Ramiro Alfonsín, a companhia não vê razões para acreditar que a tendência de perda de mercado do programa de fidelidade
mudaria significativamente no futuro, diante da forte dinâmica competitiva apresentada pelo mercado brasileiro de fidelidade. Embora tenha realizado vários aditivos ao contrato com a Multiplus, a fim de restabelecer a competitividade do programa, limitações da própria relação contratual e a estrutura corporativa separada restringiram os efeitos desses esforços conjuntos, avalia a Latam. Questionado sobre lições aprendidas ao ter a Multiplus segregada do Grupo Latam, Alfonsín disse que prefere “olhar para a frente” e que confia que a solução proposta pela aérea é a melhor que se apresenta. Preço “justo” - Ramiro Alfonsín classificou ainda como “justo” o preço de compra pretendido, de
R$ 27,22 por ação da Multiplus. Esse preço representa um prêmio de 11,6% sobre o preço da ação de R$ 24,40 da Multiplus no fechamento do mercado na terça-feira, implicando uma aquisição total aproximada de R$ 1,2 bilhão (ou US$ 289 milhões) para todo o free float de 27,3% da Multiplus, conforme a Latam. Ainda de acordo com o executivo, caso a avaliação independente aponte que o preço deveria ser maior, há dois caminhos para a companhia: ou elevar o preço, ou desistir da aquisição total das ações da Multiplus. A Latam espera arquivar a documentação para a OPA na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) até o início de outubro e prevê que a oferta poderia ocorrer entre o último trimestre de 2018 e o primeiro trimestre de 2019. (AE)
Feriado deve atrair 1,05 mi a aeroportos Chilena Sky Airline quer operar no País Brasília - Responsável por cerca de 60% do movimento aéreo no País, a Infraero estima que os aeroportos brasileiros devem movimentar 1,05 milhão de passageiros no feriado da Independência. Os números divulgados ontem representam um aumento de 3% em relação ao registrado no ano passado e diz respeito a viagens realizadas entre os dias 6 e 10. No mesmo período de 2017, a movimentação foi de 1,02 milhão de passageiros. A estimativa leva em conta a oferta de assentos das empresas aéreas. Segundo a Infraero, os dias mais movimentados devem
ser hoje, com 2.182 voos previstos, e segunda-feira (10), com 2.243 voos. A Infraero também informou que o número de aeronaves nos seus aeroportos deve crescer 8% em comparação ao feriado do ano anterior. A previsão é de 9.420 aeronaves ante as 8.716 computadas em 2017. Plano de ação - Para quem vai viajar pelos terminais da Infraero, a empresa aeroportuária elaborou um plano de ação para garantir a fluidez e a segurança dos passageiros. “Entre as medidas, destaca-se a intensificação dos trabalhos das equipes de segurança e de operações,
incluindo as de plantão, por meio de remanejamento das escalas de trabalho. A empresa também realizou manutenções preventivas em equipamentos como esteiras de bagagens, elevadores e escadas rolantes, entre outros”, informou. A Infraero é responsável por mais de 50 terminais no País que operam voos regulares e não regulares, voos domésticos regionais e nacionais e também internacionais. Entre eles, se destacam os aeroportos de grande movimentação como Congonhas, Santos Dumont, Recife; e regionais como Campina Grande, Juazeiro do Norte e Montes Claros. (ABr)
Brasília - A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) recebeu em 30 de agosto o pedido para operações regulares internacionais no Brasil da empresa chilena Sky Airline, que opera na modalidade low cost, ou de baixo custo. A Sky Airline pretende começar a operar em novembro deste ano, com voos ligando o Brasil ao Chile. No início de agosto, a agência reguladora já havia autorizado o funcionamento da empresa aérea Norwegian Air em voos regulares no Brasil. A empresa é a terceira maior entre as de baixo custo que operam no continente europeu. De acordo com a Anac, a Norwegian vai operar em
território nacional como empresa de serviço de transporte aéreo internacional regular de passageiro, carga e mala postal. A expectativa é que a empresa comece a operar voos internacionais entre o Brasil e a Europa a partir de janeiro de 2019. Também há a possibilidade de a empresa pedir a liberação de voos entre o Brasil e a Argentina, onde a Norwegian já opera. Além das duas empresas, a Anac informou que a argentina Avian, subsidiária da Avianca, pretende operar voos regulares no País. A empresa tem cadastro para voos não regulares e pretende fazer a rota de Buenos Aires a São Paulo.
“Além das duas empresas, a aérea Flybondi recebeu autorização do governo argentino recentemente para operar no País. Após esse passo, a Flybondi deve entrar com o pedido de autorização jurídica e operacional na Anac”, divulgou a agência reguladora. Cobrança - Por operar com baixo custo e cobrar menos pelas passagens, essas empresas costumam cobrar por serviços como despacho de mala, marcação de assentos. Em geral, também não oferecem alimentação nos voos, nem totens com impressoras nos aeroportos para o viajante retirar seu bilhete. (ABr)
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ECONOMIA DANIEL MANSUR / DIVULGAÇÃO
INDÚSTRIA
Fiemg Vale do Aço vai em busca de novos negócios para a região Entidade iniciou prospecção pela Ternium ANA CAROLINA DIAS
Os esforços da regional Vale do Aço da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) para fomentar a geração de negócios na região começaram nesta semana com prospecção na Ternium Brasil. A necessidade de estreitar o relacionamento levou o presidente da Fiemg Regional Vale do Aço, Flaviano Gaggiato, ao centro industrial da Ternium no Rio de Janeiro para mapear oportunidades para os empresários mineiros. A unidade da empresa, que é a maior acionista da Usiminas, tem capacidade para produzir 5 milhões de toneladas de aço por ano. A iniciativa, que tem como foco as empresas dos setores metal-mecânico, de serviços, de vestuário e da construção civil, segue uma estratégia não só da regional Vale do Aço, como também uma das diretrizes da Fiemg para que
todas as regionais trabalhem para as indústrias e sindicatos. Segundo Gaggiato, os sindicatos necessitam de mais empresas associadas e uma das formas de fazer isso é gerando negócios. “Em consonância com essa visão, estamos trabalhando em prospectar novos mercados. A Ternium foi o primeiro deles e estamos analisando outras empresas e players que poderão fazer suas aquisições no Vale do Aço com o mesmo tipo de abordagem, tentando ampliar o leque de clientes para as empresas da região”, explicou. Durante a visita, o presidente da regional foi recebido pelo presidente executivo da Ternium, Marcelo Chara, pelo vice-presidente jurídico e de Relações Institucionais, Pedro Teixeira, e pelo diretor da Exiros – empresa responsável pela gestão de compras da Ternium Brasil -, Ignacio Garcia. Chara ressaltou que a Ternium Brasil tem inte-
Tesouro revê composição da dívida com alta na participação de papéis atrelados à Selic
Financiamento do governo - Por meio da dívida pública, o governo pega dinheiro emprestado com investidores para honrar os compromissos. Em troca, o Tesouro compromete-se
resse em fechar parcerias com fornecedores de Minas Gerais pelo potencial no atendimento à indústria siderúrgica. “Acreditamos na indústria brasileira, queremos uma maior integração e confiamos na competitividade dos fornecedores da região. Vamos trabalhar em parceria com a Fiemg na identificação de empresas locais que tenham condições de fornecer ao nosso centro industrial no Rio de
Janeiro”, afirmou o executivo. Próximos passos - O presidente da Fiemg Regional Vale do Aço, Flaviano Gaggiato, confirmou que está em andamento um levantamento de empresas da região que têm interesse e potencial de atender às demandas da Ternium. Além disso, será agendada uma visita da empresa a Ipatinga para apresentar oportunidades de fornecimento e, na sequência,
será organizada uma missão das empresas interessadas para visitar a Ternium e conhecer as necessidades para gerar negócios de fato. “Nessa primeira prospecção, os representantes da Ternium mostraram interesse em abrir o mercado para o Vale do Aço. Eles sabem que temos excelentes empresas, com diferenciais como competitividade e qualidade, além da expertise na área da siderurgia”, concluiu Gaggiato.
COMMODITIES
PAF
Brasília - A instabilidade no mercado financeiro fez o Tesouro Nacional rever as estimativas de composição da dívida pública para 2018. Segundo a revisão do Plano Anual de Financiamento (PAF), divulgada ontem pelo órgão, a projeção para a participação dos papéis vinculados à taxa Selic (juros básicos da economia) aumentou em dois pontos percentuais. Segundo as novas estimativas, a participação de papéis corrigidos pela Selic na Dívida Pública Federal (DPF) deverá encerrar o ano entre 33% e 37%. No PAF divulgado no início do ano, o intervalo estava entre 31% e 35%. Os limites para os demais títulos ficaram inalterados. De acordo com o Subsecretário de Dívida Pública do Tesouro Nacional, José Franco Morais, entre o fim de maio e o fim de junho, o Tesouro recomprou títulos públicos para diminuir as turbulências no mercado. Desde que parou com os leilões de recompra, o órgão passou a emitir mais títulos vinculados à Selic, o que tornou necessária a revisão da projeção para o fim do ano. O Tesouro também aumentou, de 75,6% para 77%, a projeção da Dívida Bruta do Governo Geral em relação ao Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país). Segundo o órgão, o principal fator para a elevação foi a queda da previsão de crescimento do PIB deste ano para 1,6%, que diminui o denominador da relação dívida/PIB e aumenta a relação total.
Presidente da Ternium destacou o potencial de fornecedores mineiros no atendimento ao setor siderúrgico
a pagar o valor dos papéis com alguma correção, que pode ser prefixada (definida com antecedência) ou seguir a Selic, a inflação ou o câmbio. Os papéis vinculados à Selic aumentam o risco para o Tesouro, porque seguem os juros básicos da economia, que sobem quando a inflação está em alta e caem quando está em queda. Atualmente, a Selic está em 6,5% ao ano, no menor nível da história. No entanto, por causa das turbulências no mercado financeiro, esse papel tem sido o mais demandado pelos investidores. Os títulos prefixados são preferíveis à administração da dívida pública, porque dão previsibilidade do Tesouro. Como os juros são definidos exatamente no momento da emissão dos papéis, o governo sabe exatamente quanto vai gastar para resgatar os títulos daqui a vários anos. Os limites para os papéis prefixados (com juros definidos com antecedência) ficaram entre 32% e 36% da DPF. As bandas para os títulos vinculados a índices de preços foram mantidas entre 27% e 31%, assim como os limites para a parcela da dívida pública vinculada ao câmbio, que permanecerão entre 3% e 7%. A previsão para o estoque da dívida no fim do ano foi mantida entre R$ 3,78 trilhões e R$ 3,98 trilhões. Segundo os números mais recentes divulgados pelo Tesouro Nacional, o estoque da dívida pública federal estava em R$ 3,749 trilhões em julho. Em relação ao mês anterior, o indicador recuou 0,14% (- R$ 5,26 bilhões), por causa, principalmente, de o Tesouro ter resgatado R$ 32,5 bilhões a mais em títulos do que emitiu e do reconhecimento de R$ 30,26 bilhões em juros da dívida. (ABr)
IC-Br registra crescimento de 0,83% em agosto puxado por agropecuária e energia Brasília - O Índice de Commodities do Banco Central (IC-Br) subiu 0,83% em agosto ante julho, informou, ontem, a instituição. O indicador passou de 197,04 pontos para 198,68 pontos. Para efeito de comparação, o BC também divulga em seu documento o indicador internacional de commodities, o CRB, que recuou 1,15% na mesma relação mensal. O avanço na margem visto em agosto foi resultado direto da alta de
dois dos três segmentos que compõem o IC-BR: Agropecuária (+0,61%) e Energia (+2,51%). O segmento Metal registrou baixa de 0,72%. Em Agropecuária estão incluídos itens como carne de boi, óleo de soja, trigo, açúcar, milho, café, arroz e carne de porco. Já o segmento de Metal reúne alumínio, minério de ferro, cobre, estanho, zinco, chumbo e níquel. Por sua vez, em Energia estão inclusos os preços de gás natural, carvão e petróleo.
No acumulado do ano até agosto, o IC-Br exibe alta de 17,11%, com Agropecuária em alta de 13,44%, Metal com avanço de 10,37% e Energia com alta de 34,95%. O CRB no período subiu 15,97%. Em 12 meses até agosto, o indicador do BC mostra avanço de 28,82%, com Agropecuária em alta de 22,60%, Metal com alta de 17,13% e Energia com elevação de 63,16%. CRB do mesmo intervalo avançou 18,84%. (AE)
PETRÓLEO
Petrobras projeta avanço da produção de forma mais intensa a partir do ano que vem Rio de Janeiro - A Petrobras aumentará sua produção de forma mais intensa a partir de 2019 e, em 2022, atingirá a marca de 2,9 milhões de barris por dia (bpd), informou a empresa ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, por meio de sua assessoria de imprensa. Em quatro anos, 16 novas plataformas entrarão em operação no Brasil, complementou.
Em julho, foram extraídos 2 milhões de bpd, último dado divulgado pela empresa. O volume é o mesmo dos primeiros meses de 2016, ano em que, em dezembro, a extração chegou a atingir o pico de 2,3 milhões de bpd. Na prática, é como se duas plataformas tivessem sido retiradas do sistema de produção da companhia desde então. A empresa argumenta ainda que o desempenho de julho “segue em
linha com a meta divulgada no Plano de Negócios e Gestão 2018-2022, de 2,1 milhões de bpd”. Neste ano, a produção foi afetada por paradas em plataformas, principalmente no campo de Lula, no pré-sal da Bacia de Santos. De acordo com a petroleira, “as paradas para manutenção ocorridas em 2018 foram todas programadas e a produção está de acordo com a meta específica para o campo”. (AE) UESLEI MARCELINO / REUTERS
Estatal espera atingir marca de 2,9 milhões de barris por dia (bpd) até 2022; em julho, foram extraídos 2 milhões de bpd
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INTERNACIONAL LEAH MILLIS / REUTERS
BALANÇA
DĂŠďŹ cit comercial dos EUA tem maior avanço desde 2015 Em julho, saldo negativo do paĂs foi de US$ 50,08 bi Washington/Bruxelas - O dĂŠficit comercial dos Estados Unidos (EUA) avançou a US$ 50,08 bilhĂľes em julho, uma alta de 9,5% ante o mĂŞs anterior, apĂłs ajustes sazonais, informou ontem o Departamento do ComĂŠrcio. Cortes de impostos e mais gastos federais impulsionaram a demanda interna no paĂs, enquanto uma desaceleração econĂ´mica no exterior afetou as exportaçþes. Analistas ouvidos pelo Wall Street Journal previam dĂŠficit de US$ 50,3 bilhĂľes. As exportaçþes tiveram queda mensal de 1% em julho, enquanto as importaçþes avançaram 0,9% ante junho. O dĂŠficit foi o maior desde fevereiro e o avanço percentual dele foi o mais forte desde 2015. O dĂŠficit comercial de junho foi revisado, de US$ 46,35 bilhĂľes anteriormente informados para US$ 45,74 bilhĂľes. A queda nas exportaçþes foi liderada pelo recuo nos embarques de soja, atingida pelas medidas retaliatĂłrias da China no inĂcio do mĂŞs de julho, e tambĂŠm pelo setor de aeronaves para uso civil. As importaçþes americanas, por sua vez, cresceram, jĂĄ que houve mais compras no paĂs de bens de capital, veĂculos pesados e insumos industriais. China - O dĂŠficit comercial americano com a China atingiu US$ 36,8 bilhĂľes e o com a UniĂŁo Europeia (UE) chegou a US$ 17,6 bilhĂľes, EXÉRCITO BRASILEIRO 55Âş BATALHĂƒO DE INFANTARIA
ambos em patamar recorde. O dĂŠficit comercial de julho ĂŠ o maior desde fevereiro nos EUA. Analistas avaliam que o dĂŠficit deve crescer mais nos prĂłximos meses, jĂĄ que as importaçþes avançam mais rĂĄpido do que as exportaçþes. Isso pode lançar maior foco sobre o comĂŠrcio internacional, pois o presidente americano, Donald Trump, frequentemente usa a balança comercial como um barĂ´metro para a saĂşde econĂ´mica dos EUA e tem afirmado que “os dĂŠficits afetam a economia de modo muito ruimâ€?. Economistas costumam divergir dessa ideia, lembrando que os EUA tĂŞm dĂŠficits comerciais hĂĄ dĂŠcadas. Nos primeiros sete meses de 2018, o dĂŠficit comercial cresceu 7% na comparação com igual perĂodo do ano passado, para US$ 337,88 bilhĂľes. As importaçþes avançaram 8,3% e as exportaçþes tiveram alta de 8,6%, no mesmo perĂodo. Reparando laços - Representantes comerciais dos Estados Unidos e da UniĂŁo Europeia realizarĂŁo uma primeira reuniĂŁo em Bruxelas, na segunda-feira (10), para buscar estabelecer laços transatlânticos mais estreitos depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, concordou em abandonar a ameaça de impor tarifas a automĂłveis da UE. A comissĂĄria europeia
MINISTÉRIO DA DEFESA
GOVERNO FEDERAL
de ComĂŠrcio, Cecilia Malmstrom, receberĂĄ o representante do ComĂŠrcio dos Estados Unidos, Robert Lighthizer, na primeira reuniĂŁo de nĂvel polĂtico de um novo grupo de trabalho, informou ontem a ComissĂŁo. O grupo, criado apĂłs uma trĂŠgua em julho, estĂĄ encarregado de encontrar maneiras de cortar tarifas, aumentar as exportaçþes de gĂĄs natural liquefeito dos EUA e reformar a Organização Mundial do ComĂŠrcio. Assessores de comĂŠrcio e autoridades realizaram uma primeira reuniĂŁo no mĂŞs passado. Trump concordou com o presidente da ComissĂŁo Europeia, Jean-Claude Juncker, em julho, em evitar a imposição de tarifas aos carros da UE, enquanto os dois lados iniciaram discussĂľes para remover tarifas sobre produtos industriais nĂŁo automobilĂsticos. Mas Malmstrom disse, na semana passada, que a flexibilização das tensĂľes comerciais entre os dois parceiros nĂŁo colocou de lado “desacordos profundosâ€? sobre a polĂtica comercial. Ela tambĂŠm afirmou que a UniĂŁo Europeia estaria disposta a reduzir as tarifas de seus carros para zero se os Estados Unidos fizerem o mesmo. Trump rejeitou a ideia, dizendo nĂŁo ser “suficientemente boaâ€?, acrescentando que os consumidores da UE simplesmente tendem a comprar carros europeus em vez de norte-americanos. (AE/Reuters)
Trump tem reclamado frequentemente do dĂŠficit americano no comĂŠrcio internacional
CRISE NA VENEZUELA
Grupo de Lima envia resolução Ă ONU incentivando isolamento de Maduro BrasĂlia - Onze paĂses que se reĂşnem no Grupo de Lima (Argentina, CanadĂĄ, Chile, ColĂ´mbia, Costa Rica, Guatemala, Honduras, MĂŠxico, PanamĂĄ, Paraguai e Peru), encaminharam Ă Organização das Naçþes Unidas (ONU) uma resolução em que condenam violaçþes na Venezuela e incentivam o isolamento do atual governo. O Brasil, entretanto, nĂŁo copatrocinou o documento. Caso a resolução seja votada, o Brasil votarĂĄ a favor, uma vez que o governo brasileiro mantĂŠm seu “absoluto repĂşdio Ă violação sistemĂĄticaâ€? de direitos humanos por parte do governo do presidente NicolĂĄs Maduro, como costumam repetir os negociadores brasileiros. Os diplomatas que estĂŁo Ă frente das negociaçþes, no entanto, afirmam haver a
preocupação de que a Venezuela obtenha apoio junto aos paĂses nĂŁo alinhados, que englobam 115 naçþes entre africanos e asiĂĄticos, alĂŠm da RĂşssia e outros, o que poderia levar Ă rejeição da proposta. Na visĂŁo brasileira, mesmo que aprovada, se a resolução obtiver nĂşmero expressivo de votos contrĂĄrios, nĂŁo contribuirĂĄ para o reforço da pressĂŁo internacional contra o regime venezuelano. Programação - O Grupo de Lima solicitou ao Conselho de Direitos Humanos das Naçþes Unidas para iniciar as consultas para discussĂŁo sobre o assunto na prĂłxima semana. O objetivo ĂŠ que o ĂłrgĂŁo promova avaliaçþes de denĂşncias e crimes envolvendo o governo venezuelano. Com uma eventual aprovação no Conselho de
PREFEITURA MUNICIPAL DE ITANHOMI
AVISO DE LICITAĂ‡ĂƒO PregĂŁo EletrĂ´nico SRP- nÂş 07/2018 – UASG 160122 Objeto: Aquisição de Material de copa e cozinha. Total de itens: 166. Retirada do Edital e entrega das Propostas a partir de 4/09/2018, no site www.comprasgovernamentais.gov.br. Abertura das propostas: 18/09/2018, Ă s 13:30 horas, no site www.comprasgovernamentais.gov.br. Contato: Seção de Aquisiçþes, Licitaçþes e Contratos (SALC) - (38) 3213 8290. Montes Claros MG, 3 de setembro de 2018. ALEXANDRE DOS ANJOS FERREIRA - Cel Ordenador de Despesas do 55Âş BI
CANOPUS HOLDING S/A CNPJ nÂş. 97.552.976/0001-09 - NIRE 3130009759-5 Ata de Assembleia Geral OrdinĂĄria e ExtraordinĂĄria realizada em 06 de agosto de 2018 Data, Hora e Local: Ă€s 10:30 horas do dia 06 de agosto de 2018, em sua sede social na Rua Maria Luiza Santiago, nÂş 200, sala 2.402-B, bairro Santa LĂşcia, Belo Horizonte/MG, CEP 30360-740. Presença: Compareceram Ă Assembleia acionistas titulares de açþes representativas de 100% do capital social, conforme assinaturas lançadas no Livro de Presença dos Acionistas. Mesa: A Assembleia foi presidida pelo Sr. Lucas Botelho Mattos e secretariada pelo Sr. TĂşlio Botelho Mattos. Convocação: Tendo em vista o comparecimento de todos os acionistas, ficam dispensadas todas as formalidades de convocação, nos termos do parĂĄgrafo quarto do artigo 124 da Lei nÂş 6.404/76. Ordem do dia: em Assembleia Geral OrdinĂĄria, (i) tomar as contas dos administradores, examinar, discutir e votar as demonstraçþes financeiras relativas ao exercĂcio findo em 31 de dezembro de 2017; (ii) fixar remuneração global dos administradores para o exercĂcio de 2018; e em Assembleia Geral ExtraordinĂĄria, deliberar sobre a eleição dos membros do Conselho de Administração da Companhia. DELIBERAÇÕES: apĂłs discutidas as matĂŠrias constantes na ordem do dia, os acionistas Ă unanimidade: Em Assembleia Geral OrdinĂĄria: (i) Aprovaram, sem quaisquer ressalvas, as contas dos administradores, bem como as demonstraçþes financeiras da Companhia, relativas ao exercĂcio findo em 31 de dezembro de 2017, conforme publicadas em 09 de junho de 2018, no jornal DiĂĄrio do ComĂŠrcio na folha 7 e no DiĂĄrio Oficial do Estado de Minas Gerais na folha 3 do caderno 2 - Publicaçþes de Terceiros. (ii) Aprovaram, por unanimidade e sem ressalvas, a fixação da remuneração global da administração da Companhia para o exercĂcio 2018 em atĂŠ R$ 1.500.000,00 (um milhĂŁo e quinhentos mil reais). Os acionistas resolveram, tambĂŠm por unanimidade, considerar sanada a falta de publicação do anĂşncio e a inobservância dos prazos a que se refere o artigo 133 da Lei n° 6.404/1976. Em Assembleia Geral ExtraordinĂĄria: (i) Eleição dos membros do Conselho de administração: Aprovaram, Ă unanimidade, sem restriçþes ou ressalvas, a eleição dos membros do Conselho de Administração, para o mandato atĂŠ 30 de abril de 2019, a saber: (a) Lucas Botelho Mattos, brasileiro, engenheiro civil, casado em regime de separação total de bens de acordo com pacto antenupcial lavrado no CartĂłrio do 8Âş OfĂcio de Notas Ă folha nÂş 037, livro 445N, inscrito no CPF sob o nÂş 463.294.986-87 e portador da Carteira de Identidade nÂş M-1.032.142, expedida pela SSP/MG, domiciliado na Rua Maria Luiza Santiago, 200 Sala 2402-C, Bairro Santa LĂşcia, Belo Horizonte/MG, CEP 30.360-740; (b) TĂşlio Botelho Mattos, brasileiro, engenheiro civil, casado em regime de separação total de bens de acordo com pacto antenupcial lavrado no CartĂłrio do 8Âş OfĂcio de Notas Ă folha nÂş 020, livro 445N, inscrito no CPF sob nÂş 463.295.016-53 e portador da Carteira de Identidade nÂş M-1. 005.827, expedida pela Secretaria de Segurança PĂşblica de Minas Gerais – SSPMG, domiciliado na Rua Maria Luiza Santiago, 200 Sala 2402-C, Bairro Santa LĂşcia, Belo Horizonte/MG, CEP 30.360-740; (c) SĂŠrgio Ailton Saurin, brasileiro, administrador de empresas e matemĂĄtico, casado, inscrito no CPF sob o nÂş 041.153-648-33 e portador da Carteira de identidade nÂş M-4.016.995, expedida pela SSP/MG, com domicĂlio na Rua Desembargador Vicente Penteado nÂş 112, bairro Jardim Paulistano, SĂŁo Paulo/SP, CEP 01.440-030 e (d) Eduardo Omoto Garcia, brasileiro, casado, administrador de empresas, portador da Carteira de Identidade 27.514.815-4 emitida pela SSP-SP e do CPF 220.316.588-08, com domicĂlio na 2121 Pennsylvania Avenue NW, Washington DC 20433 – EUA. Os conselheiros ora eleitos declaram nĂŁo serem ou estarem impedidos por lei especial para ocuparem cargos de administração da Companhia, bem como nĂŁo serem condenados por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussĂŁo, peculato, contra a economia popular, a fĂŠ pĂşblica ou a propriedade ou a pena criminal que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos pĂşblicos. Os Conselheiros declaram, ainda, que nĂŁo ocupam cargos em sociedades que possam ser consideradas concorrentes da Companhia, em especial, em conselhos consultivos, de administração ou fiscal, e nĂŁo possuem interesses conflitantes com a Companhia. Os conselheiros eleitos serĂŁo empossados nos seus respectivos cargos, mediante assinatura dos Termos de Posse lavrados no livro competente. Os acionistas consignam que a eleição ora aprovada observa a proporção legal do nĂşmero mĂĄximo de diretores que ocupam tambĂŠm cargos do conselho de administração da companhia, conforme previsto no art. 143, §1Âş da Lei 6.404/1976. Foi reeleito como presidente do Conselho de Administração o Sr. Lucas Botelho Mattos, acima qualificado. Os acionistas ratificam, sem quaisquer restriçþes ou ressalvas, todos os atos praticados pelos membros do Conselho de Administração da Companhia entre 30 de abril de 2018, data na qual expirou o mandato dos membros do Conselho de Administração eleitos em 16 de junho de 2017, e a presente data. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, foi suspensa a sessĂŁo pelo tempo necessĂĄrio Ă lavratura da presente ata, que, depois de lida e achada conforme, foi aprovada e assinada por todos os acionistas presentes. Assinaturas – Mesa: Lucas Botelho Mattos (Presidente); TĂşlio Botelho Mattos (SecretĂĄrio). Acionistas: ARTHEMIS PARTICIPAÇÕES LTDA., representada por seus administradores, Lucas Botelho Mattos e TĂşlio Botelho Mattos; INTERNACIONAL FINANCE CORPORATION, representada por sua procuradora, PatrĂcia Alvarenga Barros; e IFC ALAC BRASIL – FUNDO DE INVESTIMENTO EM PARTICIPAÇÕES, representado por seu administrador, Santander Securities Services Brasil DTVM S.A. AssinarĂŁo digitalmente para fins de registro na Junta Comercial do Estado de Minas Gerais o Presidente da Mesa Lucas Botelho Mattos e o SecretĂĄrio da Mesa TĂşlio Botelho Mattos. Mesa: Lucas Botelho Mattos - Presidente da Mesa - TĂşlio Botelho Mattos - SecretĂĄrio da Mesa - Acionistas: ARTHEMIS PARTICIPAÇÕES LTDA. TĂşlio Botelho Mattos Administrador - Lucas Botelho Mattos - Administrador - INTERNACIONAL FINANCE CORPORATION p/p PatrĂcia Alvarenga Barros (Procuradora) - IFC ALAC BRASIL – FUNDO DE INVESTIMENTO EM PARTICIPAÇÕES - Santander Securities Services Brasil DTVM S.A - Junta Comercial do Estado de Minas Gerais - Certifico registro sob o nÂş 6973521 em 23/08/2018 da Empresa CANOPUS HOLDING S.A., Nire 31300097595 e protocolo 184580455 - 22/08/2018. Autenticação: 2225B211A0E350CDDB392 C1CA1F7548378A968D. Marinely de Paula Bomfim - SecretĂĄria-Geral. Para validar este documento, acesse http://www.jucemg.mg.gov.br e informe nÂş do protocolo 18/458.045-5 e o cĂłdigo de segurança iSov Esta cĂłpia foi autenticada digitalmente e assinada em 24/08/2018 por Marinely de Paula Bomfim – SecretĂĄria-Geral.
Aviso de Licitação: A Prefeitura Municipal de Itanhomi, torna pĂşblico, para conhecimento de todos, que farĂĄ realizar no dia 20/09/2018, Ă s 08:00 h, a LICITAĂ‡ĂƒO NÂş 044/2018 - modalidade PREGĂƒO PRESENCIAL NÂş 030/2018, tipo MENOR PREÇO POR LOTE, em conformidade com a Lei 10.520/02 e 8.666/93. Os envelopes deverĂŁo ser protocolados na Prefeitura atĂŠ Ă s 08:00 h do dia 20/09/2018. O objeto da presente licitação ĂŠ contratação de empresa especializada em Suporte TĂŠcnico para atendimento ao Departamento de Contabilidade, Licitaçþes PĂşblicas, Compras e Sistema de Frotas. O EDITAL se encontra Ă disposição dos interessados, que poderĂŁo adquiri-lo atĂŠ o dia 19/09/2018, das 7:00 Ă s 11:00 e das 12:00 Ă s 16:00 h, junto Ă Equipe de Apoio ao PregĂŁo, em sua sede Ă Av. JK, 91 - Centro - Itanhomi/MG - CEP: 35.120-000 ou atravĂŠs do site: http://transparencia.itanhomi.mg.gov.br. Para maiores esclarecimentos entre em contato com o Pregoeiro Oficial (E-mail: itanhomiprefeitura@gmail.com). Prefeitura Municipal de Itanhomi, 05/09/2018. Paulo Lopes de Oliveira - Pregoeiro Oficial. HOSPITAL E MATERNIDADE SANTA HELENA S/A, CNPJ 20.377.941/0001-56, NIRE 313.0003892-1. 3HOR SUHVHQWH ÂżFDP FRQYRFDGRV RV 6HQKRUHV $FLRQLVWDV GR HOSPITAL E MATERNIDADE SANTA HELENA S.A SDUD VH UHXQLUHP HP $VVHPEOHLD JHUDO 2UGLQiULD H ([WUDRUGLQiULD D UHDOL]DU VH HP SULPHLUD FRQYRFDomR QD GDWD GH jV KRUDV j 5XD &DVXDULQDV Qž EDLUUR (OGRUDGR &RQWDJHP 0* &(3 Âą SDUD GHOLEHUDU VREUH D VHJXLQWH RUGHP GR GLD Em Assembleia-geral OrdinĂĄria: ([DPLQDU GLVFXWLU H YRWDU DV 'HPRQVWUDo}HV )LQDQFHLUDV UHIHUHQWHV DR H[HUFtFLR VRFLDO ÂżQGR HP GH GH]HPEUR GH 'HOLEHUDU DFHUFD GD GHVWLQDomR GR UHVXOWDGR GR H[HUFtFLR VRFLDO GH (OHJHU RV PHPEURV GR &RQVHOKR GH $GPLQLVWUDomR GD &RPSDQKLD H 3URPRYHU D FRUUHomR GR OLPLWH DXWRUL]DGR SDUD R DXPHQWR GR FDSLWDO VRFLDO Em Assembleia-geral ExtraordinĂĄria: 5HIRUPDU D UHGDomR GR $UWLJR ž GR (VWDWXWR 6RFLDO GD &RPSDQKLD &RQWDJHP GH VHWHPEUR GH (FLR 3HUHLUD GH 0RXUD Âą 3UHVLGHQWH.
J. DANTAS S/A ENGENHARIA E CONSTRUÇÕES – CNPJ/MF 17.168.907/0001-67 – NIRE 3130009747-1 – ATA DA ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINĂ RIA REALIZADA EM 23 DE MAIO DE 2018. I. Data, Hora e Local: Aos 23 dias do mĂŞs de maio de 2018, Ă s 8:00h, na sede social da J. Dantas S/A Engenharia e Construçþes (“Companhiaâ€?), localizada em Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, na Rua Wilson Rocha Lima, nÂş 25, sala 302, Bairro Estoril, CEP 30.494-460. II. Convocação e Presença: Dispensada em razĂŁo da presença da totalidade dos acionistas da Companhia, nos termos do art. 124, §4Âş, da Lei nÂş 6.404, de 15.12.1976 (“Lei das S.A.â€?) e conforme assinaturas apostas no livro de presença de acionistas. III. Mesa: Os trabalhos foram presididos pelo Sr. AndrĂŠ Pentagna GuimarĂŁes Salazar, tendo como secretĂĄrio o Sr. Lucas MagalhĂŁes Vasconcelos. IV. Ordem do Dia: Deliberar sobre: (i) a lavratura da ata da AGE na forma sumĂĄria como faculta o §1Âş do art. 130, da Lei das S.A.; (ii) renĂşncia do Diretor Presidente, (iii) eleição dos membros da Diretoria. V. Deliberaçþes: Instalada a Assembleia e apĂłs a discussĂŁo das matĂŠrias, sem que houvesse requerimento de leitura dos documentos previstos no art. 133, da Lei das S.A., os acionistas, sem quaisquer restriçþes, resolveram deliberar o seguinte: (i) Aprovar a lavratura da ata da AGE na forma sumĂĄria nos termos do §1Âş do art. 130, da Lei das S.A.; e (ii) RenĂşncia do Diretor Presidente: aceitar o pedido de renĂşncia apresentado nesta data pelo Sr. Francisco JosĂŠ Laborne Salazar, brasileiro, casado sob o regime de separação total de bens, nascido em 30/05/1950, engenheiro civil, CREA-MG nÂş 10.724/D, RG nÂş M-366.096 SSP/MG inscrito no CPF/MF sob o nÂş 137.220.426-15, com endereço comercial Ă Rua Wilson Rocha Lima, nÂş 25, sala 301, Bairro Estoril, CEP 30.494-460, do cargo de Diretor Presidente da Companhia para o qual fora reeleito nos termos da Assembleia Geral ExtraordinĂĄria realizada em 24 de novembro de 2017 e registrada sob o nÂş 6396396, em 26 de dezembro de 2017, a partir da presente data, conforme carta de renĂşncia anexa a esta ata, nomeando-se para este cargo de Diretor Presidente, o Sr. AndrĂŠ Pentagna GuimarĂŁes Salazar, brasileiro, casado sob o regime de separação total de bens, nascido em 31/10/1977, engenheiro civil, CREA-MG n.Âş 75.908/D, RG n.Âş 6.082.859 – SSP/MG, inscrito no CPF/MF sob o n.Âş 035.175.426-10, domiciliado em Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, com endereço comercial Ă Rua Wilson Rocha Lima, nÂş 25, sala 301, Bairro Estoril, CEP 30.494-460; (iii) Aprovar a eleição dos membros da Diretoria para um novo mandato de 03 (trĂŞs) anos, na forma do Artigo 10, do Estatuto Social, valendo suas respectivas assinaturas nesta ata como aceitação dos cargos e termo de posse: DIRETOR PRESIDENTE: AndrĂŠ Pentagna GuimarĂŁes Salazar, brasileiro, casado sob o regime de separação total de bens, nascido em 31/10/1977, engenheiro civil, CREA-MG n.Âş 75.908/D, RG n.Âş 6.082.859 – SSP/MG, inscrito no CPF/MF sob o n.Âş 035.175.426-10, domiciliado em Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, com endereço comercial Ă Rua Wilson Rocha Lima, nÂş 25, sala 301, Bairro Estoril, CEP 30.494-460. DIRETOR VICE–PRESIDENTE: Tito Valadares Roquete Neto, brasileiro, casado sob o regime de comunhĂŁo parcial de bens, nascido em 13/06/1959, engenheiro civil, CREA-MG nÂş 38.897/D, RG nÂş M-861.974 SSP/MG, inscrito no CPF/MF sob o nÂş 278.525.126-15, domiciliado em Brumadinho, Estado de Minas Gerais, com endereço comercial Ă Rua Wilson Rocha Lima, nÂş 25, sala 301, Bairro Estoril, CEP 30.494-460. DIRETORES SUPERINTENDENTES: Bruno Alvarenga Franco, brasileiro, casado em comunhĂŁo parcial de bens, nascido em 21/03/1971, engenheiro civil, inscrito no CREA/MG 58.962/D, inscrito no CPF n° 708.778.666-00, portador de C.I n° M-4.584.491 – SSP/MG domiciliado em Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, com endereço comercial Ă Rua Wilson Rocha Lima, nÂş 25, sala 301, Bairro Estoril, CEP 30.494-460. Lucas MagalhĂŁes Vasconcelos, brasileiro, casado sob o regime de comunhĂŁo parcial de bens, nascido em 21/03/1978, engenheiro civil, CREA/MG nÂş 77.165/D, inscrito no CPF/MF sob o nÂş. 036.871.796-80, domiciliado em Nova Lima, Estado de Minas Gerais, com endereço comercial Ă Rua Wilson Rocha Lima, nÂş 25, sala 301, Bairro Estoril, CEP 30.494-460. DIRETORES OPERACIONAIS: JosĂŠ Luiz Duarte Penido, brasileiro, casado sob o regime de comunhĂŁo parcial de bens, engenheiro civil, portador da carteira de identidade n. 21.813/D, expedida pelo CREA-MG, inscrito no CPF/MF sob o n. 227.929.376-53, domiciliado em Nova Lima, Estado de Minas Gerais, com endereço comercial Ă Rua Wilson Rocha Lima, nÂş 25, sala 301, Bairro Estoril, CEP 30.494-460. Edson Pereira Costa, brasileiro, separado judicialmente, engenheiro civil, portador da carteira de identidade n. 21.813/D, expedida pelo CREA-MG, inscrito no CPF/MF sob o n.Âş 249.105.456-53, domiciliado em Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, com endereço comercial Ă Rua Wilson Rocha Lima, nÂş 25, sala 301, Bairro Estoril, CEP 30.494-460. Os Diretores, ora eleitos, declaram, para os efeitos legais, que nĂŁo estĂŁo impedidos de exercer a administração da Companhia, por lei especial, ou em virtude de condenação criminal, ou por se encontrarem sob os efeitos dela, a pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos pĂşblicos; ou por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussĂŁo, peculato, ou FRQWUD D HFRQRPLD SRSXODU FRQWUD R VLVWHPD Ă€QDQFHLUR QDFLRQDO FRQWUD QRUPDV GH GHIHVD GD FRQFRUUrQFLD FRQWUD DV UHODo}HV GH FRQVXPR Ip S~EOLFD RX D SURSULHGDGH LY $SURYDU D Ă€[DomR SDUD D 'LUHWRULD GD &RPSDQKLD GH XPD remuneração global de atĂŠ R$ 2.000.000,00 (dois milhĂľes de reais) pelo perĂodo do novo mandato; VI. Encerramento: Nada mais havendo a ser tratado e inexistindo qualquer outra manifestação, foi encerrada a presente reuniĂŁo, da qual se lavrou a presente ata, que, lida e achada conforme, foi assinada por todos os acionistas presentes (SAF 3DUWLFLSDo}HV /WGD )UDQFLVFR -RVp /DERUQH 6DOD]DU H -RVp /XL] 'XDUWH 3HQLGR H (GVRQ 3HUHLUD &RVWD Ă€FDQGR autorizada a sua lavratura na forma de sumĂĄrio e sua publicação com a omissĂŁo da assinatura dos acionistas, nos WHUPRV GRV SDUiJUDIRV ž H ž GR DUWLJR GD /HL GDV 6 $ &HUWLĂ€FDQGR R 6HFUHWiULR TXH D SUHVHQWH p FySLD Ă€HO GD DWD ODYUDGD QR OLYUR SUySULR -XQWD &RPHUFLDO GR (VWDGR GH 0LQDV *HUDLV ² &HUWLĂ€FR UHJLVWUR VRE R Qž HP 29/08/2018 da Empresa J. Dantas S/A Engenharia e Construçþes, NIRE 3130009747-1 e protocolo 18/452.420-2 D 0DULQHO\ GH 3DXOD %RPĂ€P ² 6HFUHWiULD *HUDO
CIA. ITABIRITO INDUSTRIAL, FIAĂ‡ĂƒO E TECELAGEM DE ALGODĂƒO CNPJ/MF: 21.000.344/0001-70 EDITAL DE CONVOCAĂ‡ĂƒO ASSEMBLEIA GERAL ORDINĂ RIA Ficam convocados os Senhores Acionistas a se reunirem em Assembleia Geral OrdinĂĄria Ă s 10:00 horas do dia 21 de setembro de 2018, HP VHX HQGHUHoR VRFLDO QD $YHQLGD GRV ,QFRQÂżGHQWHV Qž %DLUUR 6DQWD (ÂżJrQLD ,WDELULWR 0LQDV *HUDLV D ÂżP GH GHOLEHUDUHP RUGLQDULDmente: a) Exame, discussĂŁo e votação das Demonstraçþes Financeiras, referente ao exercĂcio encerrado em 31/12/2017; b) Deliberar sobre a destinação do resultado lĂquido do exercĂcio; c) Outros assuntos de interesse da companhia; Itabirito, 04 de setembro de 2018. A Diretoria
Direitos Humanos, os paĂses latino-americanos esperam que, pressionado, Maduro se fragilize e fique cada vez mais no isolamento. A crise na Venezuela ĂŠ tratada com frequĂŞncia nas sessĂľes da Organização dos Estados Americanos (OEA). Os representantes do Brasil costumam se manifestar ressaltando casos de violaçþes de direitos humanos, situaçþes especĂficas de desrespeito aos dissidentes polĂticos, a ausĂŞncia de liberdade de expressĂľes, a falta de alimentos e o ĂŞxodo causado pelos imigrantes na regiĂŁo. Nesta resolução, por exemplo, venceu a proposta sobre os problemas relativos Ă insegurança no paĂs. Os brasileiros defenderam dar prioridade Ă abordagem sobre violaçþes de direitos humanos. O texto tem 18 propostas, todas jĂĄ reiteradas em vĂĄrias oportunidades com apoio do Brasil. Do lado venezuelano, os representantes de Maduro alegam que hĂĄ um conluio organizado pelos Estados Unidos e ColĂ´mbia para desestabilizar o paĂs. Com apoio dos nĂŁo alinhados, o presidente da Venezuela promete reagir. (ABr)
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL ADMINISTRAĂ‡ĂƒO REGIONAL DE MINAS GERAIS AVISO DE LICITAĂ‡ĂƒO–PREGĂƒO ELETRĂ”NICO NÂş020/2018 O SENAR-AR/MG torna pĂşblico que farĂĄ licitação, na modalidade PregĂŁo EletrĂ´nico, tipo MENOR PREÇO GLOBAL, visando a aquisição de EPI – Equipamentos de Proteção Individual (KIT de proteção individual para aplicação de defensivos agrĂcolas), de DFRUGR FRP DV HVSHFLÂżFDo}HV H TXDQWLGDGHV GHVFULWDV QHVWH HGLWDO H VHXV DQH[RV Abertura dia 24/09/2018, Ă s 9h:15m 2 HGLWDO EHP FRPR PDLV LQIRUPDo}HV SRGHUmR VHU REWLGRV QD $Y GR &RQWRUQR Qž Âą % )ORUHVWD Âą %HOR +RUL]RQWH 0* Âą 7HO QR KRUiULR GH jV K GH VHJXQGD D VH[WD IHLUD RX DWUDYpV GR H PDLO OLFLWD#VHQDUPLQDV RUJ EU 3ROO\DQH GH $OPHLGD 6DQWRV Âą 3UHJRHLUD
PREFEITURA MUNICIPAL DE LAVRAS/MG Aviso de publicação do Processo Licitatório nº 140/2018 – Pregão 80/2018. Maior desconto percentual por item e Menor preço por lote. Registro de Preços para futura e eventual Prestação de serviços de Manutenção e Aquisição de Peças e Acessórios para Måquinas Pesadas. Data de apresentação de envelopes e julgamento: 14h00min do dia 24/09/2018. O Edital encontrase na sede da Prefeitura Municipal, à Av. Dr. Sylvio Menicucci, nº 1575, Bairro Presidente Kennedy ou pelo site www.lavras. mg.gov.br. Telefax: (35)3694-4021. Rodrigo Moreti Pedroza – Gerente de Licitaçþes.
20(*$ *(5$dÂ2 6 $ (companhia aberta) CNPJ/MF n.Âş 09.149.503/0001-06 - NIRE 3130009310-7 | CĂłdigo CVM 23426 $7$ '$ 5(81,Â2 '2 &216(/+2 '( $'0,1,675$dÂ2 5($/,=$'$ (0 '( $*2672 '( '$7$ +25$ ( /2&$/: Realizada no dia 22 de agosto de 2018, Ă s 09h00m, por meio de conferĂŞncia telefĂ´nica nos termos do art. 34 § 4Âş do Estatuto Social da Omega Geração S.A. (“&RPSDQKLDâ€?). &2192&$dÂ2 ( 35(6(1d$: Dispensadas as formalidades de convocação previstas no artigo 34, § 2Âş, do Estatuto Social, em razĂŁo da presença da totalidade dos membros do Conselho de Administração da Companhia. 0(6$: Presidida pelo Sr. JosĂŠ Carlos Reis de MagalhĂŁes Neto e secretariada pelo Sr. Alexandre Tadao Amoroso Suguita. 25'(0 '2 ',$: Deliberar sobre a prestação de garantias fidejussĂłrias (“)LDQ oDâ€?) pela Companhia tendo como beneficiĂĄrio o Banco Nacional de Desenvolvimento EconĂ´mico e Social (“%1'(6â€?). '(/, %(5$dÂŽ(6: ApĂłs o exame e a discussĂŁo das matĂŠrias, os membros presentes do Conselho de Administração da Companhia, deliberaram, por unanimidade e sem ressalvas, o quanto segue: L Autorizar a lavratura da presente ata em forma de sumĂĄrio; LL Aprovar a prestação de Fiança pela Companhia em benefĂcio do BNDES, tendo como afiançadas: D A IndaiĂĄ Grande Energia S.A., subsidiĂĄria da Companhia, no âmbito do 2Âş Aditivo ao Contrato de Financiamento BNDES nÂş 12.2.0272.1; e E A Indaiazinho Energia S.A., subsidiĂĄria da Companhia, no âmbito do 2Âş Aditivo ao Contrato de Financiamento BNDES nÂş 12.2.0273.1. (1&(55$0(172: Nada mais havendo a ser tratado, foi encerrada a presente reuniĂŁo, da qual se lavrou a presente ata que, lida e aprovada, foi assinada pelos membros do conselho de administração presentes. Mesa: Sr. JosĂŠ Carlos Reis de MagalhĂŁes Neto (Presidente), Alexandre Tadao Amoroso Suguita (SecretĂĄrio). Membros do Conselho de Administração: JosĂŠ Carlos Reis de MagalhĂŁes Neto, Alexandre Tadao Amoroso Suguita, Antonio Augusto Torres de Bastos Filho, Gustavo Barros Mattos, Kristian Schneider Huber, Eduardo de Toledo, Gustavo Rocha Gattas e Ivan Guetta. Declaro que a presente ata ĂŠ cĂłpia fiel da versĂŁo lavrada em livro prĂłprio. SĂŁo Paulo, 22 de agosto de 2018. $VVLQD R GRFXPHQWR GH IRUPD GLJLWDO: JosĂŠ Carlos Reis de MagalhĂŁes Neto – Presidente do Conselho de Administração.$VVLQD R GRFXPHQWR GH IRUPD GLJLWDO: Alexandre Tadao Amoroso Suguita – SecretĂĄrio da Mesa. -8&(0* sob o nÂş 6987511 em 04/09/2018. Marinely de Paula Bomfim - SecretĂĄria Geral.
BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 6 DE SETEMBRO DE 2018
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POLÍTICA ELEIÇÕES
Bolsonaro lidera com 22%, aponta Ibope Ciro Gomes sobe três pontos percentuais e empata com Marina Silva com 12% das intenções de voto ADRIANO MACHADO/REUTERS
São Paulo - O candidato Jair Bolsonaro (PSL) oscilou dois pontos percentuais para cima em duas semanas e, com 22% das intenções de voto, segue na liderança da corrida presidencial, segundo pesquisa Ibope/Estado/TV Globo divulgada ontem. Ciro Gomes (PDT) subiu três pontos, de 9% para 12%, e empatou numericamente com Marina Silva (Rede), que manteve o patamar do levantamento anterior, divulgado no dia 20 de agosto. A preferência pelo tucano Geraldo Alckmin, detentor de quase metade do tempo do horário eleitoral gratuito e representante da maior coligação da disputa, passou de 7% para 9%. Na primeira pesquisa depois de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ter barrado a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o petista Fernando Haddad aparece com 6%, dois pontos acima do registrado no levantamento anterior do Ibope. Inscrito originalmente como vice de Lula, Haddad deve assumir em breve o posto de titular da chapa. As entrevistas da pesquisa começaram a ser feitas no último sábado, um dia após o início do horário eleitoral – não houve, portanto, tempo para captar completamente a intensidade do impacto da
propaganda dos candidatos no rádio e na TV. Brancos e nulos - Uma mudança ficou clara, no entanto: houve queda expressiva na parcela do eleitorado disposta a votar nulo ou em branco, de 29% para 21%. A taxa de indecisos oscilou para baixo, de 9% para 7%. Alvaro Dias (Podemos) permaneceu com a mesma taxa da pesquisa anterior (3%) e foi alcançado por João Amoêdo (Novo), que passou de 1% para 3%, e Henrique Meirelles (MDB), que oscilou de 1% para, 2%. Os três agora dividem a sexta colocação, em situação de empate técnico. Os candidatos do Psol, Guilherme Boulos, do PSTU, Vera Lúcia Salgado, e do PPL, João Goulart Filho, mantiveram a taxa de 1% de intenção de votos. Os demais concorrentes não pontuaram na pesquisa. Todas as comparações entre o atual levantamento e o anterior foram feitas levando-se em conta o cenário de 20 de agosto no qual Lula não foi incluído na lista de candidatos apresentada aos entrevistados. O Ibope ouviu 2.002 eleitores, em 142 municípios, entre os dias 1º e 3 de setembro. A margem de erro do levantamento é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos, e o intervalo de confiança é de 95%. Isso significa que há
PGR não vê injúria em gesto no Acre
Ciro Gomes apresentou o maior crescimento em relação à pesquisa anterior do Ibope
uma probabilidade de 95% de os resultados retratarem o atual momento eleitoral, considerando a margem de erro. A divulgação do levantamento estava prevista para a última terça-feira, mas foi necessário adiá-la em razão de uma consulta ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O registro inicial da pesquisa, feito no dia 29 de agosto, ainda
trazia um cenário com Lula como candidato. Porém, na madrugada de sábado, dia 1° de setembro, o TSE indeferiu o registro da candidatura do ex-presidente. Diante do ocorrido, o Ibope decidiu retirar da pesquisa o cenário com Lula, e manter apenas o que trazia Haddad em seu lugar. Como as perguntas feitas não seguiram
exatamente o roteiro previsto no questionário registrado na semana anterior, foi necessário consultar o TSE. Na tarde de ontem, o ministro Luiz Felipe Salomão decidiu não analisar o mérito da questão, alegando que o Ibope não poderia ter feito a consulta, por não ser “autoridade com jurisdição federal ou órgão nacional de partido político”. (AE)
Defesa de Lula entra com novo Barroso nega suspensão de recurso contra decisão do TSE propaganda de candidato do PT Brasília - A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentou ontem ao Supremo Tribunal Federal (STF) um novo recurso para reverter a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que barrou a candidatura do petista com base na Lei da Ficha Limpa, em estratégia que amplia a ofensiva no Judiciário para garanti-lo na disputa presidencial. Os advogados querem a concessão de uma liminar para sustar os efeitos da decisão do TSE e permitir que Lula continue na disputa presidencial até uma decisão final do STF sobre a inelegibilidade do petista. Esse recurso, com 164 páginas, será relatado pelo ministro Celso de Mello. A defesa alega que é necessária uma decisão do STF logo sob risco de dano irreparável. O argumento é que o TSE definiu que a coligação presidencial encabeçada pelo PT tem de substituir o candidato a presidente até o dia 11 de setembro. Questiona também o fato de a corte eleitoral ter determinado a retirada do petista das propagandas eleitorais. Na ação, os defensores do ex-presidente citam o voto do ministro Edson Fachin no TSE, favorável à candidatura de Lula com base no argumento da recomendação do Comitê de Direitos Humanos da ONU para que o petista mantenha todos os direitos políticos. O recurso cita também voto da presidente do TSE, ministra Rosa Weber, que, embora contra a candidatura, “referendou quase toda a lógica” de Fachin, divergindo apenas no fato de que não havia sido editado um decreto presidencial com ordem de execução para dar validade às recomendações do colegiado da Organização das Nações Unidas (ONU).
outro recurso, o ministro Fachin vai relatar pedido dos advogados do petista de que a recomendação do Comitê de Direitos Humanos da ONU pela manutenção dos direitos políticos do ex-presidente seja cumprida pelas autoridades brasileiras e, na prática, permita que ele permaneça na disputa ao Palácio do Planalto. Nesse pedido, os advogados do ex-presidente argumentam que o Brasil reconheceu a competência do comitê para analisar comunicados individuais sobre violações de direitos humanos e que cabe ao Judiciário brasileiro apenas dar cumprimento às obrigações internacionais do País. Na madrugada do último sábado, o TSE decidiu por 6 votos a 1 barrar a candidatura de Lula ao Palácio do Planalto com base na Lei da Ficha Limpa, que torna inelegíveis condenados por órgãos colegiados da Justiça. Antes de ser barrado, o petista - que está preso desde abril - liderava a corrida presidencial em todas as pesquisas de intenção de voto. Fachin, que também é integrante do TSE, foi o único a votar favorável a que o ex-presidente permaneça na disputa presidencial, baseando-se fundamentalmente na recomendação da ONU. A defesa de Lula pediu que seja concedida uma liminar para que se cumpra a manifestação da ONU e que o petista possa continuar como candidato ao Palácio do Planalto. Esse pedido pode ser decidido exclusivamente pelo relator ou o ministro pode decidir levar o recurso para um colegiado decidir, no caso a 2ª Turma, ou o plenário do tribunal. Fontes ouvidas pela Reuters disseram que o PT começa a organizar a transição da candidatura presidencial de Lula para o hoje candidato a vice, Fernando Ofensiva - Essa nova ação se soma Haddad, mas ainda espera o aval à ofensiva que a defesa do ex-presi- definitivo do ex-presidente, o que dente faz para garantir a presença só deve ocorrer justamente depois dele na disputa presidencial. Em da decisão do STF. (Reuters)
Brasília - O ministro Luís Roberto Barroso, relator do registro de candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), negou uma liminar (decisão provisória) para suspender, de antemão, qualquer propaganda que mostre o político como candidato do PT. Ao negar os pedidos feitos pelo Partido Novo e pelo candidato a deputado federal Kim Kataguiri (DEM), Barroso destacou que na decisão em que barrou a candidatura de Lula, o TSE já proibiu o PT de apresentá-lo como candidato. Por isso, seria desnecessária nova decisão de caráter geral sobre o assunto e se há suspeita de descumprimento, cada caso deve ser analisado em separado. “Tendo sido o registro do requerente indeferido e vedada a prática de atos de campanha pelo candidato com registro indeferido, descabe a prolação de qualquer outro provimento jurisdicional em caráter geral”, escreveu o ministro. “Eventual descumprimento à determinação geral estabelecida no acórdão desta Corte deverá ser analisado caso a caso”, acrescentou. Os três ministros do TSE responsáveis por analisar processos relativos à propaganda eleitoral já proferiram, até o momento, cinco decisões em que determinaram a retirada do ar de material do PT em que o partido usava a imagem de Lula. Eles estipularam multa de R$ 500 mil em caso de descumprimento. Sem “má-fé” - O advogado Eugênio Aragão, que integra a defesa do ex-presidente Lula no TSE, disse ontem que não houve nenhum tipo de “má-fé” por parte da campanha petista ao veicular, nos últimos dias, propaganda no rádio e na televisão com o ex-presidente na condição de candidato ao Palácio do Planalto. Na madrugada do último sábado (1º), o TSE negou registro de Lula (sob o argumento de que ele está enquadrado na Lei da Ficha Limpa) e permitiu que a coligação do PT
continuasse com sua propaganda no horário eleitoral, desde que o ex-presidente não aparecesse como candidato. Desde então, a campanha do PT já sofreu pelo menos cinco reveses no TSE, que determinou a suspensão de inserções veiculadas ao longo dos últimos dias. “Ainda tem inserções antigas (veiculadas), a logística disso é complicada. Não existe nenhum tipo de má-fé, o que existe é limitação técnica”, disse Aragão em coletiva de imprensa em Brasília. “Não tinha condição de promover (a tempo) essa troca (de mídias), tivemos contato com o departamento jurídico de emissoras”, acrescentou. O advogado ressaltou que os próximos programas eleitorais estão sendo elaborados a partir da decisão do plenário do TSE, ou seja, ainda com a imagem de Lula, mas com ele na condição de apoiador da campanha. “Estamos cientes dessa situação. Para nós, é uma situação delicada do ponto de vista jurídico”, afirmou Aragão. De acordo com o advogado, a questão foi discutida na última terça-feira (4) em reunião com ministros do TSE que cuidam de questões de propaganda e com o vice-procurador-geral eleitoral, Humberto Jacques, para que seja promovido uma espécie de acordo “para definir o que é permitido e o que não é”. “Não quero falar em censura. Estamos assistindo a uma situação de indefinição. Não houve opção (do TSE) pela tela azul, o tribunal permitiu que a propaganda continuasse”, ressaltou Aragão. “Estamos em um limbo jurídico. O tribunal permitiu que o Fernando Haddad continuasse aparecendo, mas não poderia fazer pedido de votos para Lula. Situação inusitada”, comentou o advogado eleitoral do PT. Apesar da controvérsia, o PT não abre mão de exibir a imagem de Lula no horário eleitoral. “Temos clareza de que Lula pode aparecer como apoiador”, afirmou Aragão. (ABr/AE)
Brasília - A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, afirmou ontem, em parecer enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), que não viu o crime de injúria eleitoral nas declarações do candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, que disse no último sábado que iria “fuzilar a petralhada toda aqui do Acre”, mas pediu esclarecimentos dele para avaliar se pode investigá-lo por outros crimes. A coligação eleitoral para presidente da República encabeçada pelo PT havia entrado na última segunda-feira com pedidos no STF para processar Bolsonaro pelas declarações no Acre, em que o candidato também fez um gesto de fuzilamento com um tripé de uma câmera de vídeo. “Vamos fuzilar a petralhada toda aqui do Acre. Vamos botar esses picaretas pra correr do Acre. Já que eles gostam tanto da Venezuela, essa turma tem que ir pra lá. Só que lá não tem nem mortadela, galera. Vão ter que comer é capim mesmo”, disse ele, na ocasião. Em parecer encaminhado ao ministro Ricardo Lewandowski, Raquel Dodge entendeu que não havia como apurar o crime de injúria eleitoral porque na fala de Bolsonaro não há referência a pessoas. “Personificar ‘petralhada’, expressão usada pelo noticiado, configura elastecimento da responsabilidade penal por analogia ou por extensão, o que é absolutamente incompatível com o direito penal”, disse. A procuradora-geral, contudo, pediu que se notifique o candidato para esclarecer os fatos em relação aos outros dois crimes apontados na representação da coligação, de incitação ao crime e por crime de ameaça. “Em relação aos demais crimes noticiados na representação, para compreender o contexto e a extensão das declarações, solicito abertura de prazo para que o parlamentar representado esclareça os fatos”, afirmou Raquel Dodge. O caso está no STF porque Bolsonaro, por ser deputado federal, tem foro privilegiado na Corte. O candidato do PSL lidera a corrida presidencial nas pesquisas de intenção de voto, nos cenários de primeiro turno sem a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que teve candidatura barrada pela Lei da Ficha Limpa pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na madrugada do último sábado. (Reuters)
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IMPROBIDADE
ORÇAMENTO
MPSP ajuíza ação contra Alckmin
Reajuste do Supremo cria Ex-governador é acusado de receber mais de R$ 7,8 milhões de propina da Odebrecht “dificuldade” para o STJ São Paulo - O Ministério tucana, também foi deUESLEI ,ARCELINO / REUTERS
Público de São Paulo (MPSP) ajuizou na noite da última terça-feira (4) uma ação de improbidade administrativa contra o ex-governador Geraldo Alckmin, candidato do PSDB à Presidência da República. A promotoria diz que há indícios de que o ex-governador de São Paulo aceitou recursos da Odebrecht, por meio de caixa dois, para financiar sua campanha à reeleição, em 2014. A Promotoria pede a indisponibilidade de mais de R$ 39 milhões para garantir ressarcimento e multa em eventual condenação. Também requer a perda do cargo que o tucano estiver exercendo após uma eventual sentença condenatória. Segundo o MP, Alckmin recebeu mais de R$ 7,8 milhões da Odebrecht, valores estes não declarados à Justiça Eleitoral: “Aceitando a inescrupulosa oferta da Construtora Odebrecht, no início de 2014, o requerido Marcos Antônio Monteiro, ainda no exercício de função pública, agendou uma reunião com os executivos acima citados da Construtora Norberto Odebrecht na sede de sua filial em São Paulo, na rua Lemos Machado, 120, 8º andar, no bairro do Butantã, onde veio a pedir, em benefício do também requerido Geraldo José Rodrigues Alckmin Filho, uma doação no valor de R$ 10 milhõess, valores estes a não serem contabilizados e declarados à Justiça Eleitoral, entregues por meio do esquema fraudulento de caixa dois”,diz a Promotoria. O Ministério Público pede que Alckmin seja condenado à suspensão dos direitos políticos, à perda de eventual função pública e à perda dos valores ilicitamente acrescidos a seu patrimônio. Além dele, o ex-secretário de Planejamento de São Paulo Marcos Monteiro, que foi tesoureiro da campanha
nunciado.
Defesa - Alckmin disse ontem à tarde, que não há fato novo na ação ajuizada ontem pelo Ministério Público de São Paulo, que acusa o ex-governador de improbidade administrativa. “Eu não tenho informação, mas quero reiterar aqui que não há nenhum fato novo. É nosso dever sempre prestar contas, transparência absoluta. A única coisa que a gente quer é que a Justiça seja rápida e que isso se esclareça rapidamente”, disse, após participar de encontro na Associação Brasileira Geraldo Alckmin espera que haja um esclarecimento rápido da denúncia na Justiça de Agências de Regulação (Abar), em Brasília. Alckmin não comentou também o depoimento de seu advogado, José Eduardo São Paulo - Ao conceder habeas corpus estendendo a ele benefício concedido pela Alckmin, à Procuradoriaao ex-secretário de Logística e Transportes Segunda Turma a Pedro da Silva, ex-diretor -Geral da República (PGR), Laurence Casagrande Lourenço - governo da Dersa, o ministro enfrentou um dos arguque confirma uma reunião Geraldo Alckmin (PSDB) -, o ministro do mentos centrais da prisão do ex-secretário: entre o ex-governador e Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar depoimentos de duas ex-secretárias que executivos da Odebrecht, Mendes, afirmou ver a falta de “elementos afirmaram à PF ter picotado documentos em 2010. “Eu não conhefáticos” para manutenção da prisão por a seu pedido. ço esse depoimento, até tempo indeterminado. Ele deixou a PeniSegundo Gilmar, a “mera cogitação porque está em sigilo, não tenciária de Tremembé, no interior de São de que o investigado poderá realizar tais sei como é que a imprensa Paulo, na tarde de ontem. condutas, sem a indicação de elementos No dia 27 de julho, o ex-presidente da fáticos a corroborar tal possibilidade, não é consegue. Mas eu não tenho Dersa Laurence Casagrande Lourenço foi fundamento apto a determinar a privação acesso”, disse. denunciado por supostos desvios nas obras da liberdade” do ex-secretário. do trecho Norte do Rodoanel. Na mesma “Quanto à alegação de destruição de Representação - O depudata, o Ministério Público Federal também documentos, além de aparentemente tado federal Silvio Torres, requereu que seja aberto um inquérito em estar respaldado em normas estaduais tesoureiro do PSDB, disse separado para apurar corrupção e crimes e da própria Dersa há notícia de que os que o partido estuda entrar financeiros. A acusação é resultado da documentos necessários para a apuração com uma representação Operação Pedra no Caminho, braço da dos fatos já foram apreendidos, tendo a no Conselho Nacional do Lava Jato em São Paulo. polícia, inclusive, indicado não ter interesse Ministério Público (CNMP) Laurence havia sido preso no dia 21 de na manutenção da prisão dos pacientes», contra o promotor de Justiça junho, em regime temporário, como alvo da escreveu. Ricardo Manuel Castro que Pedra no Caminho. Dois dias depois, a juíza na terça-feira, ajuizou ação federal Maria Izabel do Prado, da 5.ª Vara Cesp - O ministro ainda destacou que Laucontra o ex-governador GeCriminal Federal de São Paulo, decretou a rence não ocupa mais cargos públicos, tendo raldo Alckmin, candidato prisão preventiva do ex-presidente da Dersa. renunciado à presidência da Companhia Contra a ordem de prisão, insurgiu-se o Energética de São Paulo (Cesp) na data de da legenda à Presidência, criminalista Eduardo Carnelós, defensor de sua prisão temporária. por suposta improbidade Laurence. O advogado tem reiterado que “Ainda, ao referir-se especificamente ao administrativa a partir de o ex-secretário “é um homem honesto”. investigado Laurence Casagrande Lourenrepasses de R$ 7,8 milhões O próprio ex-governador Alckmin, canço, a decisão impugnada não desconhece da empreiteira Odebrecht didato pelo PSDB à Presidência, declarou que o paciente não mais ocupa o cargo de para a campanha de 2014. publicamente que “Laurence é um homem presidente da Dersa, apoiando-se, nova“Esse comportamento sério, correto”. mente, na mera ‘possibilidade’ de coagir do promotor nos dá moEm sua decisão, Gilmar substituiu o testemunhas e destruir provas”, anotou. tivo para entrar com uma regime fechado imposto a Laurence por O ministro anotou ser “verdade que os representação no Conselho medidas cautelares, como a proibição de fatos imputados ao paciente são graves”. Nacional do Ministério Púacessar prédios do governo estadual, manter “No entanto, lembro que a simples existência blico. A denúncia é frágil”, contato com os demais investigados, deixar de indícios de autoria e materialidade do disse Torres. O promotor o País e a obrigatoriedade de comparecer crime não importam necessariamente risco aponta nove supostas entreao juízo da 5.ª Vara Federal Criminal de à ordem pública e à ordem econômica, apto gas de dinheiro em hotéis de São Paulo, em prazo a ser fixado. a justificar a decretação da prisão preventiva Ao decidir pela soltura de Laurence, do paciente”. (AE) São Paulo para a campanha do tucano em 2014. (AE)
Ex-secretário deixa penitenciária
PROGRAMAS SOCIAIS
Governo avalia verba para o Bolsa Família Brasília - A equipe econômica avalia possíveis alterações na proposta de Orçamento de 2019 que permitam a previsão de recursos para o Bolsa Familia até o fim do próximo ano, disse ontem o ministro do Planejamento, Esteves Colnago. A alternativa, porém, exigirá de quem for eleito em outubro o envio de um projeto de crédito complementar para honrar outras despesas, afirmou Colnago após reunião com o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE). Entre as opções em estudo, está uma parte da folha de pagamento dos servidores, citou o ministro, ressaltando que não há decisão final ainda. “Dado o espaço que nós
temos, há uma grande chance de a gente cair, talvez, em folha de pagamento... nós talvez tenhamos que caminhar para folha de pagamento”, afirmou o ministro, depois de entregar formalmente a peça orçamentária ao senador, que também preside o Congresso Nacional. “Não pode usar nada que tenha despesa vinculada, tem que ser alguma despesa com fonte livre... estamos olhando dentro daquilo que temos dentro do Orçamento, qual seria a flexibilidade existente”, argumentou. A peça orçamentária encaminhada pelo governo ao Congresso destina recursos para o programa apenas durante o primeiro semestre
de 2019, condicionando os pagamentos dos benefícios a partir de julho à aprovação de um projeto de crédito complementar, explicou Colnago. Este condicionamento de despesas é resultado de uma opção política do governo para cumprir exigências da chamada regra de ouro das contas públicas, que impede a União de emitir dívidas para custear despesas correntes, explicou Colnago. O governo Michel Temer optou por condicionar pagamentos da Previdência Social, Benefícios de Prestação Continuada, o Bolsa Família e alguns benefícios tributários para o setor privado no Orçamento de 2019, disse o ministro a repórteres.
Depois de estudar as possibilidades legais de rearranjo de despesas no Orçamento, a equipe econômica encaminhará uma proposta a Temer, segundo o ministro do Planejamento, que enviará uma mensagem ao Congresso com a mudança, caso concorde. “Estamos avaliando as possibilidades e devemos levar ao presidente a nossa proposta”, disse Colnago. “Em havendo a decisão por parte do presidente, o presidente deve encaminhar uma mensagem modificativa”, ressaltou. Teto - O equilíbrio das contas públicas e o cumprimento da regra de ouro e do chamado teto de gastos, que
limita o avanço das despesas federais à inflação do ano anterior, são as principais preocupações do mercado nas eleições deste ano. O governo também firmou um acordo com a Comissão de Orçamento do Congresso para que o próximo presidente, que será eleito em outubro, possa avaliar o Orçamento do ano que vem e sugerir eventuais mudanças antes de sua aprovação pelo Legislativo. “Há um acordo informal com os membros da Comissão mista de Orçamento para aguardar a eleição e para que tenha já a participação do presidente eleito”, relatou Colnago. (Reuters)
Brasília - O novo presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro João Otávio de Noronha, reconheceu ontem que terá “dificuldade” para realocar a verba para o orçamento do tribunal, caso o reajuste do salário dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) seja aprovado pelo Congresso Nacional. Noronha, empossado na semana passada como presidente, falou com jornalistas em um café para imprensa pela manhã. “Então, se aprovar, eu vou ter muita dificuldade em realocar verba para orçamento, porque nós temos um orçamento congelado com base no ano de 2016”, disse o ministro, que reconheceu que o momento é “muito difícil”, e que “não tem dúvida que isso vai importar numa despesa adicional”, visto que a revisão dos vencimentos dos ministros do STF repercute nos salários dos integrantes do STJ. Em agosto, o STF decidiu incluir o reajuste de 16,38% no salário dos próprios ministros na proposta orçamentária da Corte. Considerado o teto do funcionalismo público, a remuneração atual dos integrantes da Suprema Corte é de R$ 33.763,00 e pode subir para R$ 39.293,32, um aumento de R$ 5,5 mil. Essa revisão, se aprovada pelo Congresso Nacional, gera um “efeito cascata” no Brasil, já que o aumento fica vinculado ao vencimento de membros do Poder Judiciário em todo o País. Noronha destacou que quem irá decidir a questão é o Congresso e lembrou da expectativa de que, se aprovado o reajuste, o benefício do auxílio-moradia deve cair. “No meu orçamento eu nem coloquei aumento para juízes. O único aumento que eu tenho previsão é para funcionários, porque tem uma lei que previu e eu tenho que cumprir a lei. Foi o STF quem encaminhou o orçamento, quem vai definir isso não somos nós, ministros do STJ. E a expectativa, segundo se fala, é que cortaria o auxílio-moradia. Eu não tenho dúvida que isso vai importar numa despesa adicional, porque o momento é muito difícil”, assinalou Noronha. O presidente do STJ ponderou que o reajuste de 16,38% aos magistrados brasileiros deverá ocasionar desafios na gestão dos recursos do STJ, mesmo que aumento seja concedido em troca do fim do auxílio-moradia aos juízes. “A expectativa, segundo se fala, é que cortaria o auxílio moradia. Não tenho dúvida de que isso vai importar numa despesa adicional e que o momento é muito difícil”, disse Noronha. (AE/ABr)
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ESTÁDIO
Eventos diversificam a receita do Mineirão Segmento já responde por 40% do faturamento da arena que completou ontem os seus 53 anos THAÍNE BELISSA
por ano, ou seja: um evento por dia”, afirma. O diretor ressalta que a consolidação do Mineirão como uma plataforma de entretenimento se deve a um trabalho interno para mudar a cultura e projetar a arena para além do futebol. “Tivemos que sair daquele modelo de estádio reformado para a Copa e que tinha todas as atenções para futebol e perceber que podíamos responder a uma demanda de espaço para grandes eventos em Belo Horizonte. Em 2016, remodelamos a tabela de preços da arena para sermos mais acessíveis e esse foi o pulo do gato, pois passamos a atrair todo tipo de evento”, relata. De acordo com Lloyd, o público corporativo foi um dos que mais comprou a ideia de utilização do Mineirão como espaço de eventos. Nos últimos anos, empresas têm alugado espaços na arena para lançamento de produtos, treinamento de funcionários e eventos para clientes. “A Fiat lançou o Novo Uno aqui, a Localiza fez um treinamento de sua força de venda e a Embraer fez um treinamento para os seus pilotos. A procura tem sido principalmente de grandes empresas, mas temos espaço para todo tipo de evento: para 15 pessoas ou 60 mil”, detalha.
Um clássico do futebol, um festival de música, um evento corporativo e até mesmo casamentos e festas de aniversário. Nos sete espaços que compõem a arena do Mineirão há lugar para todo tipo de evento: para 15 pessoas ou 60 mil. E é com esse conceito de diversidade que o equipamento, que completou 53 anos ontem, vem se consolidando como a maior plataforma de entretenimento de Minas Gerais. De acordo com o diretor do Mineirão, Samuel Lloyd, os eventos não esportivos já correspondem a 40% da receita da arena e a tendência é que essa representatividade cresça nos próximos anos. O futebol é a prioridade do Mineirão, como reforça o diretor. Mas a dependência financeira que a arena tem do esporte é cada vez menor. Até agosto deste ano já foram realizados 156 eventos, o que representa 65% de crescimento em relação a todo o ano de 2017, quando o estádio recebeu 94 eventos. A expectativa é que, até o fim deste ano, sejam realizados 200 eventos no Mineirão. “Nos últimos dois anos o estádio teve um crescimento de 20% na arrecadação por ano. E isso vai aumentar: nosso sonho é chegar, em 2019 ou 2020, a Espaços - Além da área do uma marca de 365 eventos gramado, que cabem até 63
AGÊNCIA I7/DIVULGAÇÃO
Um dos principais palcos do futebol no planeta , Mineirão comporta eventos com até aproximadamente 60 mil pessoas
mil pessoas e da esplanada, que cabem 40 mil, o Mineirão ainda tem outros cinco espaços para eventos menores: o Camarote Brahma, a Tribuna, a Zona Mista, o Lound Panorâmico e a Sala Multiúso, que é a sala de coletiva de imprensa. Para eventos de bilheteria o custo médio de aluguel é de R$ 10 por pessoa. Já para eventos corporativos o valor depende do espaço alugado, mas varia de R$ 5 mil a R$ 25 mil. Segundo o diretor, o estádio é procurado para todo tipo de evento, inclusive particulares como casamentos e festas de aniversário. Todos esses eventos juntos correspondem, hoje, a 40% da receita do Mineirão, segundo Lloyd. De acordo com ele, o futebol ainda é a principal fonte de receita do
estádio por causa da verba de patrocínio, que é destinada aos dias de jogos. Se esse valor fosse desconsiderado, a arrecadação com eventos se igualaria à das atividades de futebol, segundo o diretor. Lloyd explica que, desde que o consórcio Minas Arena assumiu a administração do estádio, o Mineirão não teve lucro para os acionistas da concessionária. Apesar da receita em crescimento, o lucro ainda é para pagar o financiamento da obra, que vai até 2023. “De maneira clara: o Mineirão ainda não sobrevive com o que arrecada por causa do passivo da obra. Mas estamos aumentando nossa arrecadação ano a ano e a meta é atingir o ponto de equilíbrio de receita e despesa em 2019 ou 2020”, detalha. DIVULGAÇÃO
Rede conta com quatro unidades em Minas Gerais e já planeja uma nova operação em Teófilo Otoni até o final deste ano
MODA
Aramis inaugura nova unidade na Capital JULIANA BAETA
A Aramis, marca de varejo de moda masculina, acabou de migrar o seu parque logístico de São Paulo, onde fica também o escritório, para Vitória, preparando para atender a demanda ea dar vazão à expansão, uma vez que a empresa registra um crescimento geral de 16,5% ao ano desde 2011. Em Minas, são quatro unidades, sendo três em Belo Horizonte, nos shoppings Diamond Mall, BH Shopping e a recém-inaugurada loja no Boulevard Shopping, que traz também o conceito mais recente da marca, e uma unidade em Uberlândia. A previsão ainda é abrir uma loja em Teófilo Otoni até o fim de 2018. No Brasil, a marca conta
com 83 lojas, sendo 38 franquias, contemplando todas as capitais. Além disso, são 770 pontos de vendas em lojas multimarcas, 65 delas em Minas. A previsão é de aumentar o faturamento em cerca de 15% neste ano. Para dar vazão a este crescimento e garantir o estoque de todas as lojas e pontos de vendas, o investimento na mudança e ampliação do parque logístico foi de R$ 5,5 milhões no último mês. “Como temos uma média de crescimento saudável, a ideia é fidelizar os consumidores e, para isso, precisamos preparar a logística, estar prontos para repor as lojas no momento certo, otimizar este processo”, conta o SEO da marca, Richard Stad. O investimento para a última unidade em BH, a
do Boulevard Shopping, foi em torno de R$ 1 milhão e o prazo de retorno para o franqueado varia entre dois e três anos. Depois de São Paulo, BH é a primeira praça onde a marca testa o modelo híbrido de ter lojas próprias e franquias na mesma cidade. O que tem impulsionado o mercado e viabilizado o crescimento da rede, segundo Stad é, principalmente, os investimentos em Marketing. “Temos um trabalho de posicionamento de marca muito eficiente. De 2015 até este ano, fomos dobrando o investimento em marketing anualmente, porque entendemos que é um reconhecimento da evolução que estamos tendo. Além disso, conseguimos montar um time espetacular, multidisciplinar, que traz
inclusive pessoas de outros mercados com olhares bem interessantes. E também trabalhamos muito a inovação, desde os processos internos até a experiência para o consumidor. Mesmo na crise, a nossa estratégia foi nunca cair em qualidade. E isso tem dado certo, nós praticamente dobramos a companhia em quatro anos e meio, falando sobre receita, colaboradores e lojas”, conta. Entre empregos diretos e indiretos, a rede conta com cerca de 1.000 colaboradores somente nas lojas. A expectativa é abrir mais 10 franquias da marca até o fim deste ano.
MERCADO FITNESS
Corridas de rua ganham adeptos e resultam em negócios milionários DANIELA MACIEL
A simplicidade e o baixo investimento inicial são alguns dos fatores que têm levado a corrida de rua a se tornar uma das atividades esportivas mais praticadas no Brasil. Levantamento realizado e divulgado pela Federação Paulista de Atletismo (FPA), em 2016, mostra que no período de uma década, entre os anos de 2005 e 2015, houve um aumento de mais de 147% no montante de provas realizadas e um crescimento de mais de 245% no total de participantes de corridas oficiais realizadas pela federação. No ano passado a entidade realizou 469 eventos dessa natureza com cerca de 820 mil inscritos. No calendário disponível no site da Federação Mineira de Atletismo estão marcados para este ano 140 corridas de rua que vão de pequenos eventos patrocinados em cidades do interior até provas internacionais, como a Volta da Pampulha, marcada para acontecer no dia 7 de dezembro, na Capital. No mês de setembro dois eventos realizados pela Leg Assessoria Esportiva, empresa sediada na região Centro-Sul, devem movimentar cerca de R$ 1 milhão entre licenciamento, royalties, importação de equipamentos, mídia e equipe de produção. A Corrida Insana, realizada em 1º de setembro, na Esplanada do Mineirão, na região da Pampulha, tem uma proposta de corrida de rua com divertidos obstáculos infláveis. As edições brasileiras começaram no ano passado e reuniram mais de 100 mil pessoas nas 25 etapas realizadas pela Leg Assessoria Esportiva, ultrapassando R$ 6 milhões em volume de vendas. E no dia 15 acontece, no mesmo lugar, a Night Nation Run. Criado nos Estados Unidos, o evento já passou por três continentes e, 70 edições depois, faz sua estreia no Brasil. Serão quatro etapas brasileiras este ano, ultrapassando 40 mil corredores e não-profissionais do esporte. De acordo com o proprietá-
rio da Leg Assessoria e diretor técnico das provas, Fábio Avelar, a empresa, criada em 2007, tem foco na produção e gestão de eventos esportivos, marketing esportivo e treinamento. Até agora realizaram mais de 400 eventos esportivos espalhados por todo o Brasil. “Atuamos na comercialização para o público e para patrocinadores. Temos ainda eventos corporativos e corridas para grupos empresariais. A corrida é um dos esportes que mais crescem por que é democrática, todo mundo pode praticar. Hoje os eventos ganharam um cunho comercial em que as empresas se associam para atrelar as marcas a um estilo de vida. Existem corridas patrocinadas por bancos, clube de futebol, laboratórios clínicos, por exemplo, e até cervejarias”, explica Avelar. Feiras - Todo esse movimento gera uma cadeia produtiva extensa que vai desde as fábricas de calçados até uma diversificada lista de acessórios como medidores cardíacos, suplementos alimentares, assessorias esportivas, até viagens internacionais para a disputa de provas. A realização do 15º Encontro Nacional de Atividades Físicas - ENAF BH, maior convenção internacional de Sport & Fitness e Saúde da América Latina, realizada em agosto, no Expominas (região Oeste) é uma prova dessa efervescência. As feiras Enaf BH Nutrition Trade Show e na Expo Enaf BH, que aconteceram paralelamente, reuniram 50 expositores e mais de 2 mil visitantes, com estimativa de cerca de R$ 5 milhões em novos negócios. “O mercado mineiro está em franca expansão. Atrás apenas de São Paulo, Rio de Janeiro e bem próximo a Brasília. E como todo mercado que cresce é preciso que as pessoas estejam atentas à qualidade da produção. É uma logística bastante complexa, que existe muito preparo para oferecer provas seguras para os participantes e perenes para os patrocinadores”, destaca o empresário.
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GASTROPUB
Duke’n’ Duke prepara plano de expansão fora do Estado Rede atinge 8 anos de operação JULIANA BAETA
Estruturado em três pilares - cerveja, música e hambúrguer -, o Duke’n’ Duke se prepara para terminar de conquistar Belo Horizonte e, então, partir para outras capitais. Atualmente com uma loja própria na Savassi e três franquias, instaladas na Vila da Serra, no Centro e no Buritis, além de um espaço próprio dedicado exclusivamente ao delivery, a marca pretende atingir o limite de sua atuação na cidade, que entende ser o de seis ou sete lojas em BH, até o fim de 2019. Uma nova franquia já está vendida e deve ser aberta entre este ano e o início do ano que vem. A franquia da marca, adotada há cerca de dois anos, começou com a loja na Vila da Serra, justamente para viabilizar a expansão. Foi o que permitiu também que a loja já existente no centro migrasse para este formato e que a terceira franquia fosse inaugurada no Buritis no fim do ano passado. A marca, no entanto, não abre mão de sempre ter uma loja própria aliada à central de produção, o que também faz com que a expansão para além do Estado exija muito planejamento. “Já temos propostas para levar o Duke para Vitória e para Brasília, por exemplo, mas entendemos que para o modelo que desenvolvemos funcione, é fundamental ter uma unidade própria para gestão e produção na região em que estivermos. Isso porque prezamos muito essa pegada artesanal, não queremos parecer indus-
trializados, sempre usamos produtos locais, então, para irmos para o Rio, que é uma vontade nossa, levaríamos a alma da marca, mas o cardápio não seria o mesmo, teria que passar por uma transformação em outra localidade. Porque o sabor local foi justamente o que levou o negócio a ter sucesso em BH”, explica o proprietário, Leo Soares. O investimento por franquia é em torno de R$ 350 mil e o prazo de retorno para o franqueado, de 24 meses. Estes números, no entanto, já foram mais baixos, mas a crise e uma série de fatores ocorridos este ano fizeram com que houvesse uma reformulação nesta projeção. “A crise atacou, os prazos de retorno aumentaram e o investimento também subiu um pouco. Os resultados que a gente esperava principalmente para este ano acabaram ficando abaixo do esperado também por causa da greve dos caminhoneiros e da Copa do Mundo, que não foi um bom período de vendas pra gente. A nossa visão otimista era chegar às seis ou sete casas em BH ainda este ano, o que não foi possível devido a estes fatores. Mas se a economia permitir, conseguiremos fechar o ciclo BH até o fim de 2019”, conta. Delivery - Completando dois anos, o serviço foi colocado à parte dos restaurantes para não criar conflitos. Tanto nas casas quanto no delivery, o pico de pedidos ocorre às sextas e sábados à noite, e aos domingos. Daí, a decisão de concentrar os
Rede mineira conta com uma loja própria na Savassi, três franquias e um espaço voltado para as operações de delivery FRED GARZON - DIVULGAÇÃO
pedidos para entregas em um local próprio para isso e manter as lojas físicas apenas para atendimento in loco. “Entendemos que o formato do delivery é completamente diferente do de loja física, são operações diferentes. Depois de muito pesquisar, percebemos que a alta demanda se dá justamente nos períodos de alta das unidades. Então, isso criaria um conflito na cozinha e logística”, conta Leo. O franqueamento do delivery também já está sendo estudado. “Mineiridade” - Por ter nascido como um gastropub em 2010, com a proposta de seguir o estilo de pub britânico, onde as pessoas vão de fato para comer, diferente dos pubs frequentados prioritariamente por causa das bebidas, ainda hoje a impressão que se tem ao adentrar um restaurante Duke’n’ Duke é estar em um lugar tipicamente de fora do Brasil. “Desde aquela época a ideia era valorizar a comida e combinar com o perfil de cerveja britânica, as cervejas artesanais que, em 2010, em BH, ainda não eram tão comuns como hoje. Começamos então a produzir uma
Duke’n’Duke lançou um menu especial em função do aniversário de oitos anos de operação
cerveja exclusiva”, lembra. Atualmente, são oferecidas duas cervejas de fabricação própria, dezenas de outros rótulos no cardápio, hambúrgueres, grelhados, saladas e outras opções. Para fugir um pouco da pinta de “importado’, que é favorecida pelo ambiente e pela experiência nos restaurantes, a marca lançou um menu degustação especial para comemoração de seus
oito anos, disponível até o dia 16 de setembro. “São pratos criados especialmente para celebrar os oito anos do Duke, e como ele tem essa cara um pouco britânica, a gente quer lembrar que é uma casa genuinamente mineira. Então todo este menu foi desenvolvido com essa alma, tem entrada de parmesão mineiro, o burguer leva geleia de jabuticaba levemente api-
mentada, o queijo artesanal é mineiro e até a sobremesa, que é um bolo de chocolate, tem um mousse de doce de leite. Os nossos burguers são sempre homenagens a grandes músicos e artistas da música, porque a trilha ambiente também faz parte da essência do Duke. Este búrguer especial, por ser uma criação bem BH, foi batizado de Lô, em homenagem a Lô Borges”, conclui.
INOVAÇÃO
BNDES define as aceleradoras para programa de startups VANDERLEI ALMEIDA
DA REDAÇÃO
Banco recebeu 18 propostas para o programa BNDES Garagem
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) definiu nesta semana a aceleradora que executará, em conjunto com o banco, o Programa de Desenvolvimento de Startups (BNDES Garagem). Após duas fases de avaliação, o consórcio formado pelas aceleradoras Wayra e Liga Ventures foi declarado vencedor, seguido do Grupo Inova55 (21212, Casulo Brasil, Endeavor, C.E.S.A.R., EloGroup, Oito, Oi Futuro e Sai do Papel) e Ions Innovation. Estruturado por meio de chamada pública, o processo de seleção iniciou-se no dia 6 de julho e recebeu 18 propostas, com mais de 30 empresas participantes. Pioneiro no País, o BNDES Garagem apoiará as startups na atração de clientes, captação de recursos, validação da adequação do produto ao mercado e do modelo de negócio, entre outras necessidades das startups e empreendedores. O programa será gratuito
para os empreendedores e não será exigida nenhuma forma de participação no capital social das startups em contrapartida à participação no programa. A iniciativa busca estimular o empreendedorismo, desenvolver empresas em estágio inicial e a gerar oportunidades de negócios. O programa será executado no Rio de Janeiro, em dois módulos: um de criação de startups, composto de grupos de empreendedores em estágio mais inicial, que buscarão desenvolver o seu produto e modelo de negócio; e outro módulo de aceleração de startups, integrado por empresas já estabelecidas, com produto já lançado no mercado e que buscarão acelerar seu crescimento. Nessa primeira fase, o BNDES Garagem será executado no coworking WeWork Carioca, localizado no Centro do Rio de Janeiro, próximo à sede do BNDES. O espaço, que já conta com infraestrutura necessária ao desenvolvimento do programa, permitirá maior interação
entre o banco e as startups, de maneira a que se estimule a troca de experiências e abertura de canais para as empresas nascentes, como o acesso a clientes e fundos de investimento, além da transferência de conhecimento técnico e mercadológico. Além disso, o BNDES buscará oportunidades de parcerias comerciais com as startups, caso ofereçam soluções financeiras alinhadas com seu processo de digitalização. Chamada – Em novembro, será divulgada pelo BNDES, em conjunto com Wayra e Liga Ventures, uma chamada nacional para seleção de 60 startups inovadoras que poderão se inscrever tanto no módulo de criação como de aceleração. Para atrair empreendedores de todas as regiões do País, serão estabelecidas parcerias para auxiliar a custear a viagem e a hospedagem dos empreendedores no Rio. Terão prioridade aquelas que apresentem soluções em áreas afins ao planejamento estratégico do BNDES:
educação, saúde, segurança, soluções financeiras, economia criativa, meio ambiente, tecnologia blockchain e internet das coisas (aplicada a cidades inteligentes, rural e indústria). O programa será executado durante 12 meses, mas já está prevista a continuidade da iniciativa, com o lançamento de novo edital de chamada pública em 2019 para selecionar nova aceleradora que, em conjunto com o BNDES, selecionará mais 60 startups em setembro de 2019. A expectativa é que o BNDES Garagem seja um gerador de inovação e novos negócios, capaz de conectar diferentes atores do ecossistema de inovação, como universidades, empresas, startups em diferentes estágios de maturidade, investidores e poder público. Também oferecerá às empresas, por meio de parcerias, ampla variedade de serviços compartilhados de qualidade e menor custo, como marketing digital, tecnologia, assistência jurídica, contábil e assessoria de imprensa.
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NEGÓCIOS INDÚSTRIA NAVAL
Ventura Marine deve elevar ritmo de produção Estaleiro instalado no Sul de Minas espera passar de 40% de utilização da capacidade para até 80% DIVULGAÇÃO
insumos em várias partes do Brasil. Os motores, por exemplo, só contam com cerca de cinco fabricantes no País. As demais peças, como a fibra de vidro, o gel e o aço, estão espalhados por todas as regiões brasileiras, exceto os bancos das embarcações, encontrados no próprio Estado.
JULIANA BAETA
Apesar de estar distante do litoral brasileiro, Minas ganha destaque na fabricação de barcos. O estaleiro Ventura Marine, localizado em Capitólio, no Sul de Minas, se tornou referência na fabricação de pequenas embarcações no Estado, onde atua já há 35 anos. A empresa vende embarcações de 16 a 45 pés (5 a 13,5 metros) para todo o Brasil e também para o exterior. Os preços vão de R$ 40 mil a R$ 2,5 milhões, mas são nos produtos entre R$ 80 mil a R$ 150 mil que a empresa tem encontrado o seu principal mercado. A fabricante mantém otimismo e já projeta ampliar a utilização da capacidade instalada. “O que a gente tem notado este ano é o retorno dos compradores de embarcações nesta faixa de preço. Houve um êxodo destes consumidores nos últimos anos, quando a gente costumava vender mais na faixa de R$ 360 mil. O Brasil passou por um momento de insegurança econômica muito grande e quem tinha um dinheirinho guardado estava com medo de investir. Foi uma retração bem comprida, mas agora os compradores estão mais confiantes em realizar o sonho de ter um barco, depois de passarem tanto tempo se privando disso”,
Entre os principais mercados do estaleiro Ventura Marine estão as regiões Sudeste, Norte e Nordeste do Brasil
analisa o diretor comercial da empresa, Marco Garcia. São vendidas, em média, 35 embarcações por mês. A marca atua com revendedores em todo o País, que compram os produtos para fazer estoque e comercializam em pronta entrega nas lojas. Os últimos investimentos na fábrica aconteceram em julho e somaram cerca de R$ 800 mil, aplicados na compra de novos equipamentos de pintura e de rebarbação
para aprimorar a qualidade do produto final. Há cinco anos, quando a fábrica foi construída, o montante foi de R$ 9 milhões. Atualmente, a fábrica trabalha com cerca de 40% de sua capacidade produtiva, por uma questão de demanda. Mas a expectativa é que a partir do segundo semestre do ano que vem, a capacidade de produção expanda para 60% a 80% para então, se realizar novos investimentos. Hoje, o estaleiro é respon-
sável pela geração de 112 empregos diretos. Os principais mercados estão na região Sudeste, especialmente em São Paulo, seguido por Minas. As regiões Norte e Nordeste do País também representam boa parte do consumo e, depois, está o setor de exportações, já que a marca também tem compradores em alguns países da Europa, como Espanha e Portugal, e da América Latina, como Argentina, Paraguai e Colômbia.
“O nosso principal filão é o usuário que compra um barco para passear com a família. Outros consumidores são as empresas de turismo que realizam passeios como aqui em Capitólio, Furnas, onde é possível ver em um feriado cerca de 300 embarcações saindo para fazer passeio com os turistas pelos cânions”, conta Garcia. Fornecedores - Para centralizar a produção em Minas Gerais, o estaleiro busca os
Gargalos - Dentre os principais desafios da marca estão a logística de distribuição, a dificuldade em encontrar fornecedores locais e a busca por mão de obra qualificada. “Um dos gargalos é a distribuição, já que, aqui na região de Furnas, não tem como sair do escoamento pela MG-050. Além disso, temos a dificuldade de encontrar fornecedores locais, e por isso temos que buscar os insumos em São Paulo, Santa Catarina, etc. E há também o problema da mão de obra, porque hoje na região temos que pegar um trabalhador da área do café, por exemplo, que é forte aqui na região, treiná-lo e capacitá-lo para então, ele poder atuar no estaleiro. Porque é uma mão de obra que tem ter uma série de treinamentos para estar apta, são no mínimo 90 dias depois da contratação do funcionário para que ele possa estar pronto”, conclui Marco Garcia.
TURISMO
CVC anuncia a aquisição de operadoras argentinas São Paulo - A CVC Brasil Operadora e Agência de Viagens anunciou ontem acordos para aquisição do controle acionário de três empresas do setor de turismo na Argentina, por um valor total de cerca de US$ 20 milhões, como parte da estratégia de expansão internacional. A empresa avalia que o momento de crise na Argentina traz oportunidades, com a redução dos custos locais, diante da desvalorização do peso argentino, enquanto as receitas devem ser mantidas, uma vez que uma parcela significativa é dolarizada, disse o presidente da CVC, Luiz Eduardo Falco. Segundo o executivo, a possibilidade de redução da demanda em meio ao cenário de crise no país também existe, mas a estimativa é que seja contida e a receita seja mantida. A CVC fechou acordo para aquisição de 60,06% da Servicios de Viajes Y Turismo Biblos e da Avantrip.com, ambas do grupo Biblos Américas, ou Bibam, por meio de sua controlada argentina CVC Turismo S.A.U., pelo valor de US$ 5,375 milhões. Adicionalmente, a CVC assinou um memorando de entendimentos em caráter vinculante para a aquisição de participação acionária de 60% na Ola Transatlántica Turismo, por US$ 14,040 milhões. Com sede em Rosário, a Ola tem reservas anuais confirmadas em 2017 de US$ 285 milhões. O grupo Bibam, um dos maiores em comércio eletrônico em volume de transações na Argentina, oferece produtos e serviços de viagem, além de
programa de benefícios e fidelidade. Também atua como agência de viagens focadas no mercado de luxo, corporativo e eventos, com reservas anuais confirmadas de aproximadamente US$ 200 milhões em 2017. Segundo Falco, a CVC vai adotar a mesma postura no mercado argentino que usa em suas aquisições no Brasil, de consolidar as áreas de back office, aproveitando as sinergias, e deixar as demais áreas atuando de
formas independentes. “Isso é bem razoável porque a intersecção das empresas é praticamente zero”, disse Falco. A CVC disse que terá juntamente com a Ola Transalántica Turismo e a Biblos/ Avantrip aproximadamente US$ 500 milhões em reservas anuais confirmadas, estando entre os três maiores grupos de viagens do mercado argentino. “A administração da companhia considera uma boa
oportunidade de crescimento e geração de valor alinhada com a estratégia de expansão regional, a despeito da volatilidade recente da economia argentina, fato que foi contemplado nos termos das duas transações”, disse a CVC, acrescentando que o fluxo de turismo entre Brasil e Argentina “por si só representa uma grande oportunidade de sinergia”. No início de agosto, a CVC informou que avaliava a internacionalização
por meio de aquisições na América Latina. Naquele momento, Falco disse que havia muitas similaridades entre os destinos buscados pelos clientes do Brasil e dos demais países da região. “A gente está olhando (uma possibilidade de aquisição fora do Brasil) faz tempo... A gente acha que fez um movimento importante na hora certa”, disse Falco. O executivo não informou sobre planos futuros de aquisições, dizendo apenas
que agora a empresa precisa consolidar as compras recentes, mas que segue de olho no mercado. Para os analistas do BTG Pactual, o movimento de expansão para a América do Sul já era esperado e o risco de execução é maior quando comparado com as aquisições no Brasil, “mas o montante a ser investido não é relevante”. A equipe tem recomendação de “compra” para os papéis da CVC. (Reuters)
Belotur lança edital para incentivar eventos DA REDAÇÃO
A Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Belotur, publicou recentemente, no Diário Oficial do Município (DOM), o edital de concessão de auxílio financeiro destinado a eventos de potencial turístico realizados na Capital. O processo envolve recursos de R$ 1,5 milhão. De acordo com a PBH, os envelopes com a documentação devem ser entregues na sede da Belotur até às 17 horas de 11 de setembro de 2018, quando se encerra o prazo de inscrição. Serão selecionados eventos para realização no período de 27 de setembro a 30 de dezembro de 2018. Para tirar as dúvidas dos produtores locais a respeito da publicação, a Belotur promoverá uma palestra pública, marcada para o dia 6 de setembro, das 9h30 às 11h30, na sua sede. As dúvidas serão esclarecidas exclusivamente nessa ocasião. O objetivo do edital é fomentar os setores de lazer,
cultura e entretenimento da cidade por meio de incentivo à realização de eventos de potencial turístico. A proposta é qualificar, ampliar e diversificar a oferta de eventos, em alinhamento com os interesses da população residente e cadeia produtiva local. Ao qualificar a oferta e o calendário da cidade, a Belotur pretende promover a capital mineira como um importante destino de eventos. Outro objetivo é apoiar a diversidade cultural em Belo Horizonte como uma ação de política pública que promova, afirme e fortaleça a comunidade, seus saberes e as redes sociais que as compõem. Além disso, a proposta pretende dinamizar a economia local, fortalecendo comércio e serviços em Belo Horizonte e estimular a qualificação e a integração entre os promotores de eventos e a cadeia produtiva do turismo. Serão selecionados eventos técnico-científicos, culturais, sociais/religiosos, esportivos e de lazer. Podem participar do processo sele-
PEDRO VILELA/MTUR/DIVULGAÇÃO
Processo que visa fomentar eventos com potencial turístico para BH envolve R$ 1,5 mi
tivo pessoas jurídicas estabelecidas na cidade de Belo Horizonte ou em sua Região Metropolitana, cujos objetivos estatutários estejam de acordo com a finalidade do edital. A pessoa jurídica deve ter no mínimo um ano de existência legal e efetiva de atuação, devidamente comprovada.
O auxílio financeiro para os eventos contemplados serão distribuídos em quatro categorias com valores entre R$ 50 mil e R$ 180 mil por evento. A escolha da categoria ficará a cargo exclusivamente do proponente, tendo ele a obrigação de comprovar a necessidade dos recursos.
Serão inabilitados os projetos inscritos em desconformidade com a categoria indicada. A inscrição será efetuada com a entrega simultânea de dois envelopes, sendo um com a proposta técnica e outro com a habilitação jurídica. Não é permitida a entrega dos envelopes separadamente.
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AGRONEGÓCIO
agronegocio@diariodocomercio.com.br
PECUÁRIA LEITEIRA
Balde Cheio estimula investimentos em Minas Programa desenvolvido pela Faemg deve atender neste ano 2.550 produtores de 340 municípios BENTO VIANA / DIVULGAÇÃO
MICHELLE VALVERDE
O acesso à assistência técnica e o controle gerencial das unidades produtoras de leite são ferramentas essenciais para que as fazendas se tornem competitivas e consigam superar períodos de preços baixos pagos pelo produto no mercado. Em Minas Gerais, os pecuaristas de leite que participam do Programa Balde Cheio têm obtido resultados positivos, que vão desde a ampliação da produtividade do rebanho até a melhor condição financeira para manter os investimentos constantes na melhoria de estruturas e da genética dos bovinos. Há 12 anos sendo executado no Estado pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), o Balde Cheio tem técnicos para orientar os produtores sobre a importância de uma boa gestão da propriedade, na tomada de decisões, solucionando gargalos e otimizando as unidades produtoras. O coordenador do Programa Balde Cheio na Faemg, Wallisson Lara Fonseca, explica que, com a melhoria da gestão e o controle eficiente dos recursos e dos custos de produção, as unidades se tornam eficientes e, a cada ano, o produtor consegue ampliar os recursos destinados a investimentos. “Já observamos que os produtores investem cerca de 30% da renda bruta na atividade ao ano. Este recurso é voltado para a aplicação de tecnologias, melhoramento da estrutura, da genética, do manejo, na melhoria das pastagens e na alimentação mais balanceada dos animais. O produtor fica mais competitivo, o que é importante para que ele mantenha o bom desempenho mesmo em épocas de crise, como nos períodos de
SUCROALCOOLEIRO
Brasil perderá para a Índia a liderança na produção de açúcar no ano safra 2018-19
Com assistência técnica e de gestão, produtividade média é de 4.632 litros de leite por hectare/ano
queda nos preços do leite ou de aumento dos custos de produção”. O projeto está presente em todas as regiões do Estado e, a cada ano, é ampliado o número de municípios e de produtores participantes. Segundo os últimos dados, somente em 2017 foram atendidos cerca de 2.500 produtores, distribuídos em 330 municípios. Para 2018, a expectativa é ampliar o projeto para 340 municípios e atender, pelo menos, 2.550 pecuaristas. “É um trabalho árduo, mas que traz resultados muito positivos para os produtores. Os técnicos do Balde Cheio trabalham junto ao produtor orientando na gestão da atividade dentro da porteira, mensurando os custos de produção, as técnicas empregadas, auxiliando nas tomadas de decisões e definindo ações conforme os dados levantados nas propriedades. Dessa forma, as decisões se tornam mais assertivas e os gargalos são solucionados”, explicou Fonseca.
Participam do projeto produtores de todos os portes. As unidades atendidas têm, em média, 50 hectares, mas variam de 1 hectare até 770 hectares. Entre os participantes, a média de captação diária está em 395 litros por propriedade. Vale destacar que 22% dos pecuaristas produzem mais de 500 litros de leite ao dia. O auxílio técnico e o monitoramento constante das unidades permitem que os indicadores zootécnicos que mensuram a saúde do rebanho, manejo, estruturação, entre outros pontos - fiquem muito próximos aos níveis ideais. Nas propriedades atendidas pelo Balde Cheio, o índice de vacas por lactação, por exemplo, está em média a 77%, sendo o ideal 83,33%. “Esse indicador mostra que a atividade que está rodando perfeitamente. Com pastagem adequada, saúde do rebanho em perfeitas condições e alcançando eficiência produtiva”, explicou Fonseca.
Produtividade - Com a garantia da saúde do rebanho e a estrutura adequada, um dos principais resultados alcançados é no aumento da produtividade, fator que torna o produtor mais competitivo. De acordo com Fonseca, a produtividade média registrada nas fazendas participantes do Balde Cheio está em 4.632 litros de leite por hectare ao ano. “É um volume muito interessante quando comparado com os principais players mundiais como a Argentina (4.500), o Uruguai (4.300) e a Nova Zelândia (4.100). O volume também está acima da média nacional, que gira em torno de 1.500 litros de leite por hectare ao ano. Esse resultado comprova que a metodologia é eficiente e importante para o melhor desempenho dos produtores rurais. Com uma produtividade alta, o negócio se torna sustentável, favorecendo o aumento da renda e a sucessão familiar”.
CAFÉ
Melitta inaugura fábrica em Varginha
porque a Índia, com grandes volumes em estoques, pode aparecer como exportador relevante, ainda que conte com subsídios. Além disso, a Tailândia, segundo exportador global atrás do Brasil, está na Ásia, grande região consumidora. “A Índia tem todas as condições de exportar, normalmente ela exporta, ela pode intensificar a exportação. A Tailândia tem exportado muito, a Ásia hoje é um grande fornecedor da Ásia, o Brasil praticamente saiu da China”, disse o consultor Júlio Maria Borges, da Job Economia e Planejamento, acrescentando que as exportações brasileiras no ano-safra deverão recuar cerca de 9 milhões de toneladas. Além da grande safra da Índia, Borges ressaltou que a produção da Tailândia terá uma redução de 1 milhão de toneladas na nova temporada, para aproximadamente 14 milhões. Considerando-se que a colheita de cana do Brasil e da Índia ocorre em momentos diferentes, a Job anualizou a produção brasileira para o período de outubro a setembro, obtendo 30,4 milhões de toneladas de açúcar, ante um intervalo de 33 milhões a 35 milhões de toneladas no caso indiano. “Nós perdemos essa condição (de maior produtor) e não sei quando vamos recuperar... O preço do açúcar está baixo, etanol e gasolina estão mais altos. Quando muda isso, é difícil de dizer”, afirmou Borges, lembrando que o Brasil vinha liderando o ranking de produção global desde que a União Europeia perdeu essa condição, na década de 1990. (Reuters)
HERBICIDA
DIVULGAÇÃO
DA REDAÇÃO
O grupo alemão Melitta, especialista em café, inaugurou, ontem, a sua nova fábrica em Varginha, no Sul de Minas Gerais. A quarta unidade fabril no País tem como principal objetivo suportar o crescimento das marcas do Grupo Melitta – Melitta, Café Barão e Café Bom Jesus – no mercado, reafirmando a estratégia da empresa de expandir cada vez mais sua presença no mercado doméstico. Com investimentos de mais de R$ 40 milhões e 4.350 m2 de área construída em um parque fabril de 26 mil m2, a nova unidade tem foco na produção de café torrado e moído, contando com mais de 50 colaboradores. Para Marcelo Del Nero Barbieri, presidente da Melitta para a América do Sul, Minas Gerais é uma região importante para a empresa. “Varginha foi uma escolha estratégica como local da nova fábrica, por estar localizada em uma das maiores regiões cafeeiras do País,
Mumbai e São Paulo - O Brasil perderá para a Índia a liderança na produção de açúcar no ano-safra internacional 2018/19, pela primeira vez em décadas, o que salienta um movimento em curso na indústria brasileira de direcionar cada vez mais cana para a produção de etanol, em uma conjuntura de baixos investimentos nas lavouras que têm resultado em produtividades cada vez menores. Ao mesmo tempo, contando com esquemas de subsídios para um setor politicamente sensível, a Índia deverá ter uma produção recorde de açúcar de cerca de 35 milhões de toneladas na nova temporada que começa em outubro, enquanto o volume do Brasil está projetado para recuar cerca de 10 milhões de toneladas ante a temporada passada, para cerca de 30 milhões de toneladas, segunda avaliação de analistas. A mudança na liderança pela produção de açúcar deverá ter reflexo nos fluxos comerciais da mercadoria ao redor do mundo, com as exportações brasileiras perdendo fatia, enquanto a Ásia ganha espaço no mercado global e concentra estoques da commodity, especialmente na Índia. Alguns afirmam que a liderança indiana na indústria de cana é apenas aparente, uma vez que o Brasil continua com a maior oferta de sacarose e produz um açúcar de melhor qualidade. Mas o fato é que, com os preços dos combustíveis em alta e os do açúcar perto de mínimas em dez anos em Nova York, o incentivo para a indústria brasileira retomar mercados é baixo, até
Bayer corta previsão de ganhos devido a atrasos na aquisição da Monsanto
Unidade, que demandou investimentos da ordem de R$ 40 mi, produzirá café torrado e moído
possuir mão de obra qualificada e também pela posição geográfica que facilita a distribuição da produção para diversos mercados”, explica. A aproximação da multinacional alemã dos consumidores mineiros foi iniciada em abril de 2017, com a aquisição da marca Café
Barão, uma das líderes no Estado. A nova fábrica de Varginha atenderá à demanda dos consumidores de Minas Gerais e de outros estados. “A partir da unidade de Varginha, que terá capacidade para torrar até 500 mil sacas de café, nossa expectativa é gerar faturamento próximo a R$
200 milhões nos próximos 4 anos”, conclui Barbieri. Presente em mais de 100 países, a multinacional alemã Melitta tem, em seu portfólio no Brasil, café Melitta, filtros e acessórios para o preparo de café, além das marcas de café Bom Jesus e Barão. (Com informações da Melitta)
AFrankfurt - A Bayer cortou ontem a sua previsão de ganhos, devido a atrasos na aquisição da Monsanto, por US$ 63 bilhões, e disse que as vendas dos seus produtos ao consumidor caíram, afetando as suas ações, que já sofrem com a batalha legal sobre o herbicida Roundup. A previsão de um resultado mais fraco é adicionada a outros desafios que a fabricante de medicamentos alemã enfrenta, uma vez que se prepara para anos de disputas legais sobre os supostos riscos de câncer relacionados a herbicidas à base de glifosato. A Bayer disse que o número de requerentes de indenizações por danos causados pelos herbicidas Roundup e Ranger Pro da Monsanto subiram para 8,7 mil, ante 8 mil no mês passado, e disse
que devem ser abertos ainda mais processos. A empresa disse que irá se defender na justiça, citando reguladores e estudos que dizem que os produtos são seguros. A inventora da aspirina e fabricante da pílula anticoncepcional Yasmin está lutando para conter a queda nas vendas em seu braço de saúde do consumidor, conforme clientes norte-americanos migram de farmácias para lojas on-line, e enfrenta pressão crescente para fortalecer a sua divisão farmacêutica depois de uma série de recuos. A empresa reduziu a sua previsão para o lucro básico ajustado por ação para o ano, de 5,70 a 5,90 euros, abaixo dos 6,64 euros de 2017 e inferior também às expectativas dos analistas. (Reuters)
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FINANÇAS financas@diariodocomercio.com.br
REPASSE CAMBIAL
Impacto do dólar na inflação pode chegar a 10% Considerando alta acumulada da moeda em 25% no ano, efeito no IPCA poderia ser de 2,5 pontos percentuais Brasília - Turbinada pelas incertezas eleitorais, a atual escalada do dólar frente ao real pode ter impacto de longo prazo na inflação de 0,1035 ponto percentual para cada 1% de alta da moeda norte-americana, segundo estudo feito dentro do Banco Central (BC), que mostra que fortes choques cambiais têm efeito proporcionalmente maiores em períodos de crise. A pedido da Reuters, os autores do trabalho “Exchange Rate Pass-Through in Brazil: a Markov switching estimation for the inflation targeting period (2000-2015)”, publicado neste ano pelo BC, rodaram novamente o modelo para estender sua análise ao primeiro semestre de 2018. E os resultados apontaram a volta a um período de crise nos dois primeiros trimestres deste ano, com alta incerteza e instabilidade econômica, cenário que acarreta repasse cambial - ou “pass through”, no jargão do mercado - da magnitude de 10%. Isso só chegou a ser identificado antes para os anos de 2000 a 2003 e em 2015. Segundo o estudo, que não reflete posição oficial do BC, o repasse em pe-
ríodos normais é perto de zero: apenas 0,00057 ponto percentual para cada 1% de valorização do dólar. “O que se consegue ver é que existe grande chance de voltar para um ‘pass through’ alto dada a força do choque externo. A gente tem o Fed (banco central norte-americano) subindo os juros e no mundo inteiro as pessoas estão reacomodando as carteiras em mercados emergentes. Teve muita saída de capital no Brasil e não tinha como o câmbio não reagir”, afirmou Fabrizio Marodin, um dos autores do trabalho, citando também a incerteza econômica e fiscal no País, especialmente com as indefinições ligadas à corrida presidencial. “(Isso) só vai acabar com eleição e olhe lá”, complementou ele, que atualmente faz doutorado em Economia na Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos. O dólar acumulava alta de cerca de 25% neste ano até a última terça-feira e estava muito próximo do seu maior patamar histórico de fechamento, de R$ 4,1655, batido em 21 de janeiro de 2016. Por trás do salto, estão desde tensões comerciais no
cenário externo a temores dos investidores de que o novo presidente eleito no Brasil não implemente uma agenda de reformas econômicas para colocar as contas públicas nos trilhos. Ou seja, no cenário atual, o impacto desse salto na inflação poderia ser da ordem de 2,5 pontos percentuais a longo prazo. Hoje, o IPCA registra alta de cerca de 4,3% no acumulado de 12 meses, perto do centro da meta oficial de 4,5%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. Credibilidade do BC - À Reuters, Marodin destacou o que considerou o achado mais importante da atualização do estudo: o período de crise de 2015, que já havia sido identificado na publicação original, estendeu-se até o terceiro trimestre de 2016, data que coincide com a chegada do atual presidente do BC, Ilan Goldfajn, ao comando da instituição. A partir daí, as expectativas de inflação foram ancoradas e o ‘pass through’ voltou à condição de normalidade. “Esta evidência mostra possível papel para a credibilidade da autoridade monetária na moderação do
MARCELLO CASAL JR/ABr
efeito do ‘pass through’”, afirmou. “Em outras palavras, quando as expectativas de inflação estão bem ancoradas, as empresas tenderão a moderar o grau de reprecificação e o repasse cambial será menor”. Na avaliação de Marodin, o fato de a credibilidade do BC funcionar como um fator “moderador”, no entanto, não foi suficiente para manter o repasse tão baixo a partir de 2018. “É possível que seja um repique que seja só de dois trimestres ou três de alto ‘pass through’ ou pode continuar por um bom tempo. Mas, aparentemente, se você olhar o Focus, as expectativas continuam bem ancoradas, então eu acho Dólar tem sentido forte efeito das incertezas na cena local que esse fator está colaborando”, disse. AMPLIAÇÃO DE SERVIÇOS Juros - Sobre eventual elevação nos juros pelo BC em uma reação à alta do dólar, Marodin foi na linha de comunicações recentes da autoridade monetária, de que a fraqueza da atividade econômica acaba moderando o choque cambial, uma vez que as empresas já estão com dificuldade de vender e adiam aumento de preços. (Reuters)
Fluxo cambial volta a ficar negativo após quatro meses Brasília - Depois de quatro meses seguidos de entrada de dólares, o Brasil registrou saída da moeda em agosto, segundo dados do Banco Central (BC), divulgados ontem, em Brasília. No mês passado, saíram mais dólares do País do que entraram. O saldo negativo chegou a US$ 4,250 bilhões. De janeiro a agosto, o saldo ficou positivo em US$ 24,178 bilhões. O fluxo de dólares Brasil ocorre tanto por meio do comércio exterior como pelos investimentos de estrangeiros. Em agosto, o fluxo financeiro (investimentos em títulos, remessas de lucros e dividendos ao exterior e investimentos estrangeiros
diretos, entre outras operações) foi o segmento responsável pelo saldo negativo. O déficit chegou a US$ 9,802 bilhões. Já o fluxo comercial (exportações e importações) ficou positivo em US$ 5,552 bilhões em agosto. No acumulado de oito meses, o segmento financeiro ficou negativo em US$ 12,269 bilhões, e o comercial, positivo em US$ 36,447 bilhões. O fluxo de dólares no País pode influenciar a cotação da moeda. Com menos dólares no mercado, como ocorreu em agosto, a tendência é de aumentar a cotação. Influência no câmbio Quando há mais dólares, a influência pode ser a re-
dução da cotação. Entretanto, outros fatores também afetam o valor da moeda americana: o cenário externo e interno. Atualmente, as incertezas eleitorais têm influenciado a cotação internamente, e, no cenário externo, a crise comercial entre Estados Unidos e a China e o aumento dos juros americanos, atraindo capital para aquele país, também afetam a cotação da moeda no Brasil. Em agosto, a moeda norte-americana fechou com alta de 8,45% com relação ao real. O dólar acumula no ano um avanço de 22,86%. No último dia de agosto (31), a moeda chegou a R$ 4,072 para venda, com queda de
1,78% depois de atingir, nos dias anteriores, o segundo maior patamar do Plano Real, cotada a quase R$ 4,15. As intervenções do BC também geram efeitos na cotação da moeda. O BC atua para conter fortes oscilações e oferecer proteção cambial (hedge) às empresas. Em agosto, o BC fez rolagem (renovação) de swaps cambiais (equivalentes à venda de dólares no mercado futuro) e ofertou novos contratos desse tipo. O BC também fez rolagem de vencimentos de contratos de leilão de linha, quando há venda de dólares das reservas internacionais do Brasil com compromisso de recompra mais adiante. (ABr)
MERCADO FINANCEIRO
Ibovespa se recupera com avanço de 0,51% São Paulo - A bolsa paulista fechou com o Ibovespa em alta ontem, após duas quedas seguidas, com as ações da Suzano Papel e Celulose liderando os ganhos ao avançar mais de 7%, embora permaneçam os receios com o cenário eleitoral. O principal índice de ações da B3 subiu 0,51%, a 75.092,27 pontos, após acumular queda de 2,6% nos dois pregões
anteriores. O volume financeiro somou R$ 7,67 bilhões, novamente abaixo da média diária do ano. Profissionais da área de renda variável citaram que o alívio no pregão foi favorecido pela trégua na deterioração de moedas de mercados emergentes na esteira de crises em países como Turquia e Argentina, além das incertezas eleitorais no Brasil.
Na visão de um desses profissionais, também não houve grandes novidades do lado político e a ausência de pesquisas tirou um pouco de pressão. “As próximas já podem mostrar um efeito maior dos programas na televisão”, avalia.
com pouco mais de alívio na cena externa favorecendo uma pequena correção, mas o cenário eleitoral doméstico ainda continuou gerando cautela nos investidores. O dólar recuou 0,23%, a R$ 4,1436 na venda, depois de oscilar entre a máxima de R$ 4,1871 e a mínima de R$ Dólar – Já a moeda norte- 4,1122. O dólar futuro tinha -americana encerrou ontem queda de cerca de 0,05% no com leve queda ante o real, fim do dia. (Reuters)
Itaú acerta parceria e terá exclusividade na oferta de produtos da Ticket São Paulo/Brasília - O Itaú Unibanco fechou uma parceria com a francesa Edenred que garante exclusividade na distribuição dos produtos da Ticket Serviços no Brasil para a sua base de clientes pessoas jurídicas, anunciou ontem o banco brasileiro. Pelos termos do acordo, o Itaú realizará um investimento minoritário de 11% na Ticket por meio de aumento de capital. A Ticket continuará a distribuir seus produtos por meio de outros acordos comerciais e permanecerá sob controle e gestão da Edenred, disse o Itaú em fato relevante. “A parceria estratégica permitirá ao Itaú adicionar os benefícios emitidos pela Ticket a sua atual prateleira de produtos e serviços direcionados aos clientes dos segmentos de atacado, médias, micro e pequenas empresas”, destacou o Itaú. A conclusão da transação ainda depende das aprovações do Banco Central e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). “O acordo selado não deve acarretar efeitos nos resultados do Itaú neste exercício social”, disse o banco. A Edenred, listada na bolsa de Paris, está presente em mais de 45 países, tendo aproximadamente 44 milhões de usuários e 770 mil clientes corporativos. No Brasil, o grupo francês conta com cerca de 70 mil clientes corporativos e mais de 270 mil estabelecimentos comerciais credenciados, onde detém as operações Ticket Restaurante e Ticket Alimentação. “É uma parceria estra-
tégica, uma vez que não atuávamos no mercado de benefícios. Agora, poderemos oferecer uma gama de serviços ainda mais completa a nossos clientes corporativos”, afirmou o presidente-executivo do Itaú Unibanco, Candido Bracher, em comunicado. O Itaú vai ter exclusividade na distribuição dos produtos Ticket Restaurante, Ticket Alimentação, Ticket Cultura e Ticket Transporte aos seus clientes pessoas jurídicas. Tesouro Nacional – O Itaú Unibanco será o gestor do Fundo de Índice de Renda Fixa (ID ETF), produto apoiado pela Secretaria do Tesouro Nacional e o Banco Mundial para fomentar o desenvolvimento do mercado de capitais em economias emergentes. O resultado do processo seletivo do gestor, lançado em maio, foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) de ontem. Segundo o Tesouro, o novo fundo se diferencia dos ETFs tradicionais de renda fixa, pois o órgão emitirá a cesta de títulos que irá compor a carteira dos fundos de índice no momento de sua criação em igual proporção àqueles que integram o índice de referência. Isso deve reduzir os custos operacionais do fundo, permitindo a cobrança de uma taxa de administração menor. Além da gestão, o Itaú Unibanco realizará, juntamente com o Tesouro, a constituição, estruturação, lançamento, promoção, administração e manutenção do ID ETF. (Reuters/AE)
Indicadores Econômicos Inação
DĂłlar COMERCIAL
PTAX (BC)
TURISMO
PARALELO
Set.
R$ 4,1501
IGP-M (FGV)
0,47%
R$ 4,1521
R$ 4,1506
IPC-Fipe
0,02%
0,32%
0.29%
R$ 4,1646
R$ 4,1273
IGP-DI (FGV)
0,62%
0,10%
0,80%
R$ 4,1609
R$ 4,1652
R$ 4,1279
INPC-IBGE
-0,02%
0,37%
0,18%
R$ 4,0900
R$ 4,1000
R$ 4,0970
IPCA-IBGE
0,16%
0,42%
0,28%
VENDA
R$ 4,2970
R$ 4,3100
R$ 4,3030
ICV-DIEESE
0,20%
0,88%
COMPRA
R$ 4,2300
R$ 4,2400
R$ 4,2300
IPCA-IPEAD
0,27%
0,29%
VENDA
R$ 4,3300
R$ 4,3400
R$ 4,3300
04/09/2018
03/09/2018
COMPRA
R$ 4,1420
R$ 4,1516
VENDA
R$ 4,1425
COMPRA
R$ 4,1603
VENDA COMPRA
Fonte: AE
05/09 CDB PrĂŠ 30 dias
6,47% - a.a.
Capital de Giro
9,52% - a.a.
Hot Money
1,08% - a.m.
CDI
6,39% - a.a.
Over
6,40% - a.a.
Fonte: AE
Ouro Nova Iorque (onça-troy)
05/09/2018
04/09/2018
03/09/2018
US$ 1.201,30
US$ 1.199,10
N/D
R$ 156,50
R$ 159,00
R$ 158,00
BM&F-SP (g) Fonte: AE
Taxas Selic Tributos Federais (%) 0,57 0,54 0,58 0,47 0,53 0,52 0,52 0,52 0,54 0,57
Meta da Taxa a.a. (%) 7,00 7,00 6,75 6,75 6,50 6,50 6,50 6,50 6,50 -
Reservas Internacionais 04/09 .......................................................................... US$ 381.080 milhĂľes Fonte: BC
Imposto de Renda Base de CĂĄlculo (R$)
AlĂquota
Parcela a
(%)
deduzir (R$)
Isento
Isento
De 1.903,99 atĂŠ 2.826,65
7,5
142,80
De 2.826,66 atĂŠ 3.751,05
15
354,80
De 3.751,06 atĂŠ 4.664,68
22,5
636,13
Acima de 4.664,68
27,5
869,36
AtĂŠ 1.903,98
Deduçþes: a) R$ 189,59 por dependente (sem limite). b) Faixa adicional de R$ 1.903,98 para aposentados, pensionistas e transferidos para a reserva remunerada com mais de 65 anos. c) Contribuição previdenciĂĄria. d) PensĂŁo alimentĂcia. Obs:
Out.
Nov.
Dez.
Jan.
Fev.
Março
Abril
Maio
Junho
Julho
Agosto No ano
0,20%
0,52%
0,89%
0,76%
0,07%
0,64%
0,57%
1,38%
1,87%
0,51%
0,70%
0,55%
0,46%
-0,42%
0,00%
-0,03%
0,19%
1,01%
0,23%
0,41%
1,88%
3,08%
0,74%
0,58%
0,15%
0,56%
0,93%
1,64%
1,48%
0,44%
-
5,92%
8,59%
0,26%
0,23%
0,18%
0,07%
0,21%
0,43%
1,43%
0,25%
-
2,83%
3,61%
0,44%
0,29%
0,32%
0,05%
0,22%
0,40%
1,26%
0,33%
-
2,94%
4,48%
0,15%
0,28%
0,95%
0,05%
0,03%
0,04%
0,07%
1,38%
0,14%
-
2,69%
4,24%
0.13%
0,60%
1,70%
-0,44%
-0,27%
0,19%
0,22%
1,71%
0,67%
-
3,83%
5,32%
Julho 954,00 0,30 23,54 3,2514 6,56
Agosto 954,00 23,54 3,2514 6,56
6,66%
12 meses 8,89%
SalĂĄrio/CUB/UPC/Ufemg/TJLP
Custo do dinheiro
Novembro Dezembro Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto
TR/Poupança
Ă?ndices
05/09/2018
Para calcular o valor a pagar, aplique a alĂquota e, em seguida, a parcela a deduzir.
Fonte: Secretaria da Receita Federal - A partir de Abril do ano calendĂĄrio 2015
Set. SalĂĄrio 937,00 CUB-MG* (%) 0,15 UPC (R$) 23,51 UFEMG (R$) 3,2514 TJLP (&a.a.) 7,00 *Fonte: Sinduscon-MG
Out. 937,00 0,06 23,54 3,2514 7,00
Nov. 937,00 0,25 23,54 3,2514 7,00
Dez. 937,00 0,08 23,54 3,2514 7,00
Jan. 954,00 0,25 23,54 3,2514 6,75
Fev. 954,00 0,14 23,54 3,2514 6,75
Março 954,00 0,25 23,54 3,2514 6,75
Abril 954,00 1,45 23,54 3,2514 6,60
Maio 954,00 0,17 23,54 3,2514 6,60
Junho 954,00 0,49 23,54 3,2514 6,60
31/07 a 31/08 01/08 a 01/09 02/08 a 02/09 03/08 a 03/09 04/08 a 04/09 05/08 a 05/09 06/08 a 06/09 07/08 a 07/09 08/08 a 08/09 09/08 a 09/09 10/08 a 10/09 11/08 a 11/09 12/08 a 12/09 13/08 a 13/09 14/08 a 14/09 15/08 a 15/09 16/08 a 16/09 17/08 a 17/09
0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000
0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715
MOEDA/PAĂ?S BOLIVIANO/BOLIVIA COLON/COSTA RICA COLON/EL SALVADOR COROA DINAMARQUESA COROA ISLND/ISLAN COROA NORUEGUESA COROA SUECA COROA TCHECA DINAR ARGELINO DINAR/KWAIT DINAR/BAHREIN DINAR/IRAQUE DINAR/JORDANIA DINAR SERVIO DIRHAM/EMIR.ARABE DOLAR AUSTRALIANO DOLAR/BAHAMAS DOLAR/BERMUDAS DOLAR CANADENSE DOLAR DA GUIANA DOLAR CAYMAN DOLAR CINGAPURA DOLAR HONG KONG DOLAR CARIBE ORIENTAL DOLAR DOS EUA FORINT/HUNGRIA FRANCO SUICO GUARANI/PARAGUAI IENE LIBRA/EGITO LIBRA ESTERLINA LIBRA/LIBANO LIBRA/SIRIA, REP NOVO DOLAR/TAIWAN LIRA TURCA NOVO SOL/PERU PESO ARGENTINO PESO CHILE PESO/COLOMBIA PESO/CUBA PESO/REP. DOMINIC PESO/FILIPINAS PESO/MEXICO PESO/URUGUAIO QUETZEL/GUATEMALA RANDE/AFRICA SUL RENMIMBI IUAN RENMINBI HONG KONG RIAL/CATAR RIAL/OMA RIAL/IEMEN RIAL/IRAN, REP RIAL/ARAB SAUDITA RINGGIT/MALASIA RUBLO/RUSSIA RUPIA/INDIA RUPIA/INDONESIA RUPIA/PAQUISTAO SHEKEL/ISRAEL WON COREIA SUL ZLOTY/POLONIA EURO Fonte: Banco Central
CĂ“DIGO 30 35 40 45 55 65 70 75 90 95 100 115 125 133 145 150 155 160 165 170 190 195 205 210 220 345 425 450 470 535 540 560 570 640 642 660 665 715 720 725 730 735 741 745 770 775 795 796 800 805 810 815 820 825 828 830 865 870 880 930 975 978
Contribuição ao INSS COMPRA 0,5935 0,8587 0,007138 0,4749 0,6483 0,4945 0,4585 0,1876 0,08379 0,03521 13,7213 0,003467 5,8579 0,04086 1,1325 2,99 4,1603 4,1603 3,1532 0,01977 4,9616 3,0222 0,53 0,6091 4,1603 0,01473 4,2815 0,0007101 0,03732 0,2316 5,3672 0,002741 5,3252 0,135 0,6301 1,2539 0,05807 0,006041 0,00134 4,1603 0,08311 0,0776 0,2141 0,1268 0,5445 0,002691 0,6088 0,6073 1,1423 10,806 0,01662 0,0000991 1,1091 0,001023 1,0025 0,06084 0,0002785 0,2684 1,154 0,003705 1,1152 4,8334
VENDA 0,6065 0,8606 0,007151 0,4756 0,6485 0,4948 0,4587 0,1877 0,08509 0,0353 13,7505 0,003507 5,8629 0,04099 1,1329 2,9913 4,1609 4,1609 3,1546 0,02001 5,0435 3,0237 0,5301 0,6257 4,1609 0,01475 4,2825 0,000713 0,03733 0,233 5,3696 0,002759 5,3301 0,1352 0,6304 1,2552 0,05816 0,00605 0,001341 4,1609 0,08318 0,07764 0,2142 0,1269 0,5497 0,002702 0,6095 0,6075 1,1428 10,8075 0,01665 0,0000991 1,1093 0,001034 1,0036 0,06086 0,0002787 0,2698 1,1555 0,003712 1,1156 4,835
TABELA DE CONTRIBUIÇÕES DE JANEIRO DE 2017 Tabela de contribuição dos segurados empregados, inclusive o domĂŠstico, e trabalhador avulso SalĂĄrio de contribuição AlĂquota (R$) (%) AtĂŠ 1.693,72 8,00 De 1.693,73 a 2.822,90 9,00 De 2.822,91 atĂŠ 5.645,80 11,00 CONTRIBUIĂ‡ĂƒO DOS SEGURADOS AUTĂ”NOMOS, EMPRESĂ RIO E FACULTATIVO SalĂĄrio base (R$) AlĂquota % Contribuição (R$) AtĂŠ 954,00 (valor. MĂnimo) 11 104,94 De 954,00 atĂŠ 5.645,80 20 190,80 atĂŠ 1.129,16 COTAS DE SALĂ RIO FAMĂ?LIA Remuneração R$ 877,67 R$ 877,68 a R$ 1.319,18
AtĂŠ Acima de
Valor unitĂĄrio da quota R$ 45,00 R$ 31,71
Fonte: MinistĂŠrio do Trabalho e da PrevidĂŞncia Social - VigĂŞncia: Janeiro/2018
FGTS Ă?ndices de rendimento CompetĂŞncia Maio/2018 Junho/2018
CrĂŠdito Julho/2018 Agosto/2108
Seguros
TBF
19/08
0,01311781 2,92791132
20/08
0,01311781 2,92791132
21/08
0,01311781 2,92791132
22/08
0,01311781 2,92791132
23/08
0,01311781 2,92791132
24/08
0,01311781 2,92791132
25/08
0,01311781 2,92791132
26/08
0,01311781 2,92791132
27/08
0,01311781 2,92791132
28/08
0,01311781 2,92791132
29/08
0,01311781 2,92791132
30/08
0,01311781 2,92791132
22/08 a 22/09 23/08 a 23/09 24/08 a 24/09 25/08 a 25/09 26/08 a 26/09 27/08 a 27/09 28/08 a 28/09 29/08 a 29/09 30/08 a 30/09 31/08 a 30/09 01/09 a 01/10 02/09 a 02/10 03/09 a 03/10 04/09 a 04/10 Fonte: AE
31/08
0,01311781 2,92791132
01/09
0,01311781 2,92791132
02/09
0,01311781 2,92791132
03/09
0,01311781 2,92791132
04/09
0,01311781 2,92791132
05/09
0,01311781 2,92791132
06/09 0,01311781 2,92791132 Fonte: Fenaseg
3% 0,2466 0,2466
6% 0,4867 0,4867
Fator de correção anual residencial e comercial IPCA (IBGE) Julho IGP-DI (FGV) Julho IGP-M (FGV) Agosto
Salårio de agosto/2018 - Pagamento dos salårios mensais. Nota: O prazo para pagamento dos salårios mensais Ê atÊ o 5º dia útil do mês subsequente ao vencido. Na contagem dos dias, incluir o såbado e excluir os domingos e os feriados, inclusive os municipais. Consultar o documento coletivo de trabalho da categoria SUR¿VVLRQDO TXH SRGH HVWDEHOHFHU SUD]R HVSHFt¿FR SDUD SDJDPHQWR GH salårios aos empregados. Recibo FGTS - Depósito, em conta bancåria vinculada, dos valores relativos ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) correspondentes à remuneração paga ou devida em agosto/2018 aos trabalhadores. Não havendo expediente bancårio, deve-se antecipar o depósito. Nota: Lembrar que as empresas integrantes do Grupo 1 do eSocial (com faturamento anual superior a R$ 78 milhþes em 2016) passarão a substituir a GFIP pela DCTFWeb a partir de agosto de 2018. Conforme o Manual de Orientação da GRFGTS, para a emissão da guia do FGTS o empregador poderå utilizar o aplicativo pela folha de pagamento (webservice) ou via internet (on-line). *),3 6H¿S DSOLFDWLYR &RQHFWLYLGDGH Social - meio eletrônico)
0,5103 0,4875 0,4647 0,4646 0,4879 0,5112 0,5104 0,5108 0,4877 0,4649 0,4418 0,4665 0,4913 0,4930
Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) Envio, ao MinistĂŠrio do Trabalho (MTb), da relação de admissĂľes e desligamentos de empregados ocorridos em agosto/2018. Nota: 3DUD ÂżQV GH VHJXUR GHVHPSUHJR as informaçþes no Caged relativas a admissĂľes deverĂŁo ser prestadas na data de inĂcio das atividades do empregado, quando este estiver em percepção do segurodesemprego ou cujo requerimento esteja em tramitação, ou entĂŁo, no SUD]R HVWLSXODGR HP QRWLÂżFDomR para comprovação do registro do HPSUHJDGR ODYUDGD HP DomR ÂżVFDO por Auditor-Fiscal do Trabalho. Estas informaçþes dispensarĂŁo o envio do Caged atĂŠ o dia 7 do mĂŞs subsequente relativamente Ă s admissĂľes informadas (Portaria MTE nÂş 1.129/2014). Caged (meio eletrĂ´nico)
1,0448
Simples DomÊstico - Recolhimento relativo aos fatos geradores ocorridos em agosto/2018, da contribuição previdenciåria a cargo do empregador domÊstico e de seu empregado; recolhimento da contribuição social SDUD ¿QDQFLDPHQWR GR VHJXUR FRQWUD acidentes do trabalho; recolhimento para o FGTS; depósito destinado ao pagamento da indenização
AluguĂŠis 1,0859 1,0889
0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000
0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715
Agenda Federal Dia 6
Taxas de câmbio
18/08 a 18/09 19/08 a 19/09 20/08 a 20/09 21/08 a 21/09 22/08 a 22/09 23/08 a 23/09 24/08 a 24/09 25/08 a 25/09 26/08 a 26/09 27/08 a 27/09 28/08 a 28/09 29/08 a 29/09 30/08 a 30/09 31/08 a 30/09 01/09 a 01/10 02/09 a 02/10 03/09 a 03/10 04/09 a 04/10
compensatĂłria da perda do emprego, sem justa causa ou por culpa do empregador, inclusive por culpa recĂproca; e recolhimento do IRRF, se incidente. NĂŁo havendo expediente bancĂĄrio, deve-se antecipar os recolhimentos. Documento de Arrecadação eSocial - DAE (2 vias) SalĂĄrio de Agosto/2018 – DomĂŠsticos - Pagamento dos salĂĄrios mensais dos empregados domĂŠsticos (Lei Complementar nÂş 150/2015, art. 35). Nota: O empregador domĂŠstico ĂŠ obrigado a pagar a remuneração devida ao empregado domĂŠstico, atĂŠ o dia 7 do mĂŞs seguinte ao da competĂŞncia. Recibo Dia 10 Comprovante de Juros sobre o Capital PrĂłprio – PJ - Fornecimento, j EHQHÂżFLiULD SHVVRD MXUtGLFD GR Comprovante de Pagamento ou CrĂŠdito de Juros sobre o Capital PrĂłprio no mĂŞs de agosto/2018 (art. 2Âş, II, da Instrução Normativa SRF nÂş 41/1998). FormulĂĄrio IPI - Pagamento do IPI apurado no mĂŞs de agosto/2018 incidente sobre SURGXWRV FODVVLÂżFDGRV QR FyGLJR 2402.20.00 da Tipi (cigarros que contenham tabaco) - CĂłd. Darf 1020. Darf Comum (2 vias) PrevidĂŞncia Social (INSS) GPS - Envio ao sindicato - Envio, ao sindicato representativo da categoria SURÂżVVLRQDO PDLV QXPHURVD HQWUH RV empregados, da cĂłpia da Guia da PrevidĂŞncia Social (GPS) relativa Ă competĂŞncia agosto/2018. Havendo recolhimento de contribuiçþes em mais de uma GPS, encaminhar cĂłpias de todas as guias. Nota: Se a data-limite para a remessa for legalmente considerada feriado, a empresa deverĂĄ antecipar o envio da guia. GPS (cĂłpia) Dia 13 IOF - Pagamento do IOF apurado no 1Âş decĂŞndio de setembro/2018: Operaçþes de crĂŠdito - Pessoa JurĂdica - CĂłd. Darf 1150. Operaçþes de crĂŠdito - Pessoa FĂsica - CĂłd. Darf 7893. Operaçþes de câmbio Entrada de moeda - CĂłd. Darf 4290. Operaçþes de câmbio - SaĂda de moeda - CĂłd. Darf 5220. TĂtulos ou Valores MobiliĂĄrios - CĂłd. Darf 6854. Factoring - CĂłd. Darf 6895. Seguros &yG 'DUI 2XUR DWLYR ÂżQDQFHLUR - CĂłd. Darf 4028. Darf Comum (2 vias)
BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 6 DE SETEMBRO DE 2018
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LEGISLAÇÃO INDICADOR
Pedidos de recuperação crescem 36,1% Requerimentos de falências registram aumento de 20,5% em agosto no País, diz a Serasa Experian São Paulo - Os pedidos de recuperação judicial subiram 36,1% no País em agosto em relação a julho, mas caíram 23,3% na comparação com o oitavo mês de 2017, conforme a Serasa Experian. Foram 132 requerimentos no período. As micro e pequenas empresas (MPEs) ficaram na liderança, com 74 pedidos, seguidas pelas médias (33) e pelas grandes empresas (25). De janeiro a agosto, foram requeridos 982 pedidos de recuperações judiciais, o que representa recuo no confronto com o mesmo período do ano passado. De janeiro a agosto de 2017, foram 986 ocorrências contra 1.235 em 2016. Em oito meses, as micro e pequenas empresas tiveram 600 pedidos, seguidas pelas médias (229) e pelas grandes empresas (153). Conforme os economistas da Serasa, a quantidade de pedidos de recuperações judiciais acumulada no ano se mantém elevada e praticamente nos mesmos patamares de 2017, sinalizando que as dificuldades financeiras das empresas brasileiras persistem perante um quadro de baixíssimo dinamismo econômico. A entidade ainda detectou declínio de 7,3% no número de requerimentos de falências em agosto deste ano em relação ao mesmo mês de 2017 (153 contra 165). Já na comparação com julho de 2018, houve aumento de 20,5%. As MPEs tiveram 74 requerimentos, seguidas pelas médias empresas, com 40, e as grandes (39). No ano até agosto, foram realizados 966 pedidos de falência, queda de 16,1% no confronto com os 1.151 requerimentos efetuados no mesmo período em 2017. Dos 966 requerimentos de falência realizados nos oito meses de 2018, 512 foram de
micro e pequenas empresas, 222 médias e 232 de grandes. De junho de 2005, quando a Lei de Recuperação Judicial e Falência (Lei 11.101) entrou em vigor, até maio de 2018, o Brasil registrou 10.286 pedidos de recuperação e outros 31.128 de falência, segundo dados do Serasa Experian. Nesse mesmo período, 8.159 pedidos de recuperação foram deferidos e 13.327 falências foram decretadas. O grande diferencial entre a nova lei e o Decreto-Lei 7.661/45, que antes regulava a falência e o velho instituto da concordata, é que o foco passou a ser a preservação da empresa – isto é, da produção de bens e serviços, dos empregos e dos interesses dos credores. Centrada na função social da empresa, a Lei 11.101/05 trouxe para a cena a figura da recuperação judicial, ampliando as possibilidades de saneamento financeiro das sociedades em crise para evitar sua quebra. Os números dos últimos 13 anos demonstram a importância da lei, já que, mesmo com as novas regras, os pedidos de falência ainda superam os de recuperação judicial em uma proporção de três por um. O governo federal encaminhou em maio de 2018 ao Congresso uma proposta de atualização de até 80% do conteúdo da Lei 11.101/05. O projeto tramita no Senado, mas não há previsão para a votação. Entre as inovações, o novo texto confere mais poder às instituições financeiras no gerenciamento e na negociação de créditos. No Superior Tribunal de Justiça (STJ), ambos os institutos – falência e recuperação – são frequentemente examinados. O tribunal analisa equações que envolvem, de um lado, os interesses dos credores e, de outro, o princípio da preservação da empresa.
JOSÉ ALBERTO/STJ
TRIBUTOS
Quarto lote de restituição do IR soma R$ 3,3 bilhões
A ministra Nancy Andrighi, do STJ, aponta necessidade de preservação das empresas
Apreensão de bens - O objetivo da preservação da empresa pode impedir, por exemplo, a busca e apreensão de bens considerados necessários para as atividades produtivas. A ministra Nancy Andrighi explicou que, apesar da inadimplência, a constrição dos bens prejudicaria a eventual retomada das atividades da empresa. “Apesar de o credor titular da posição de proprietário fiduciário de bens móveis ou imóveis não se submeter aos efeitos da recuperação judicial, o juízo universal é competente para avaliar se o bem é indispensável à atividade produtiva da recu-
peranda. Nessas hipóteses, não se permite a venda ou a retirada do estabelecimento do devedor dos bens de capital essenciais à sua atividade empresarial”, disse ela. De acordo com o site do STJ, em outro conflito, Nancy Andrighi lembrou que o STJ enfrenta situações nas quais é necessário definir qual juízo detém a competência para praticar atos de execução incidentes sobre o patrimônio de empresas falidas ou em recuperação. Segundo a magistrada, as decisões proferidas sempre têm, como norte, a necessidade de preservação da par conditio creditorum, nas falências, ou do princípio da
SAÚDE
ANS suspende a venda de 26 planos Brasília - A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) anunciou ontem a suspensão temporária da comercialização de 26 planos de saúde de 11 operadoras do País em decorrência das queixas relativas à cobertura assistencial. Os 26 planos, juntos, têm 75.500 beneficiários. A medida começará a valer na próxima segunda-feira (10). A ANS informou também que os usuários terão a assistência regular garantida. No entanto, para que os planos voltem a ser comercializados para novos clientes, as operadoras deverão comprovar melhorias no atendimento. As operadoras são avaliadas por meio do Monitoramento da Garantia de Atendimento partir das reclamações registradas pelos beneficiários nos canais da ANS. Nessa etapa, foram consideradas as queixas sobre cobertura e demoras de atendimento no segundo trimestre de 2018. De acordo com a ANS, o objetivo da suspensão é também estimular que as operadoras qualifiquem o
atendimento prestado aos consumidores. Paralelamente, houve a reativação de 20 planos de 11 operadoras, que ficarão liberados para comercialização a partir da próxima segunda-feira. No trimestre compreendido entre 1º de abril a 30 de junho de 2018, a ANS recebeu 17.171 reclamações de natureza assistencial. Desse total, 16.189 foram consideradas para análise pelo Programa de Monitoramento. No período, 93,2% das queixas foram resolvidas pela mediação feita pela ANS via Notificação de Intermediação Preliminar (NIP), garantindo respostas aos problemas dos consumidores. Audiência pública - Cerca de 200 pessoas, representando 28 entidades, entre representantes de órgãos de defesa do consumidor, operadoras de planos de saúde, prestadores de serviço, entidades do setor e órgãos públicos, participaram na última terça-feira (4), no Rio de Janeiro, de
audiência pública promovida pela ANS. O objetivo foi debater os mecanismos financeiros de regulação que são a coparticipação e franquia, tendo em vista que a resolução da ANS que estabelecia limite de até 40% de coparticipação dos consumidores nas despesas médicas e hospitalares foi suspensa pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e acabou revogada. Das 28 entidades que estiveram presentes ao evento, 24 apresentaram contribuições para as discussões. Diretores da ANS presentes ao evento destacaram que a audiência tinha por meta ouvir a sociedade e colher subsídios para a escolha da melhor medida regulatória sobre o tema. Segundo a ANS, era necessário reabrir as discussões ante as preocupações manifestadas pela sociedade com a proposta. Durante a audiência pública, foram relembrados os problemas regulatórios que, de acordo com a ANS, justificam a regulamentação do tema. Entre eles, podem ser mencionadas a ausência
de limite para aplicação de coparticipação e franquia; a falta de limites de exposição financeira para proteger o usuário; e a possibilidade de incidência de cobrança sobre qualquer procedimento. Em nota, a ANS deixou claro que se insere no processo visando a “evitar que os problemas já mapeados se perpetuem, prevenir outros que possam se estabelecer e, fundamentalmente, proteger o consumidor”. As propostas apresentadas destacaram a preocupação com o comprometimento da renda dos consumidores, custos diante do envelhecimento da população e clareza na prestação de informações pelas operadoras. A ANS analisará todas as propostas feitas durante a audiência para avançar no tema. De acordo com a agência, será produzido relatório com os subsídios coletados, que será disponibilizado no seu endereço eletrônico (www.ans.gov.br). Também as apresentações feitas pelas entidades no evento serão disponibilizadas no portal da ANS. (ABr)
continuidade da empresa, nas recuperações judiciais. A justificativa de se proceder a tal análise, segundo a ministra, é que o juízo da falência tem melhores condições para decidir acerca das questões, de modo a preservar a empresa: (AE)
CADE
Mercado de carbonato de sódio tem caso arquivado Brasília - O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) arquivou ontem uma investigação por cartel no mercado de carbonato de sódio. No processo, eram investigadas a associação American Natural Soda Ash Corp. (Ansac) e as empresas Solvay, Tronox, Tata Chemical e Ciner. O produto é utilizado principalmente como insumo para a indústria química de vidro e de detergentes. O conselheiro relator do caso, Paulo Burnier, entendeu que não existiam provas suficientes de que as empresas tiveram condutas irregulares que prejudicaram o mercado brasileiro, no que foi acompanhado pelo restante dos conselheiros. “Fiquei convencido de que não existem elementos que apontem para prática anticompetitiva”, afirmou. Em maio, a superintendência geral do Cade já havia recomendado o arquivamento do processo. Nos EUA, a Ansac é autorizada a coordenar a exportação conjunta do produto por empresas membro, o que poderia ser visto como um cartel. Depois da investigação, no entanto, a superintendência concluiu que “não há indícios de que a atuação da associação tenha causado prejuízos ao ambiente concorrencial brasileiro”. (AE)
Brasília - A consulta ao quarto lote de restituição do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) de 2018 será liberada a partir das 9h de próxima segunda-feira (10). Esse lote também contempla restituições residuais dos exercícios de 2008 a 2017. A correção variará de 3,15%, para as declarações entregues em maio deste ano, até 105,27%, para os contribuintes que estavam na malha fina desde 2008. O índice equivale à taxa Selic (juros básicos da economia) acumulada desde o mês de entrega da declaração até setembro deste ano. O crédito bancário para 2.646.626 contribuintes será feito no próximo dia 17, totalizando o valor de R$ 3,3 bilhões. Desse total, R$ 219,3 milhões são destinados a contribuintes com prioridade: 4.863 idosos acima de 80 anos, 36.308 entre 60 e 79 anos, 5.490 com alguma deficiência física ou mental ou moléstia grave e 18.409 contribuintes cuja maior fonte de renda seja o magistério. Para saber se teve a declaração liberada, o contribuinte deve acessar a página da Receita na internet, ou ligar para o Receitafone, número 146. Na consulta à página da Receita, serviço e-CAC, é possível verificar o extrato da declaração e ver se há inconsistências de dados identificadas pelo processamento. Nessa hipótese, o contribuinte pode fazer a autorregularização, mediante entrega de declaração retificadora. A Receita oferece ainda aplicativos para tablets e smartphones para consulta à declaração e à situação cadastral no CPF. Com ele é possível verificar diretamente nas bases da Receita Federal informações sobre a liberação das restituições e a situação cadastral de uma inscrição no CPF. A restituição ficará disponível no banco durante um ano. Se o contribuinte não fizer o resgate nesse prazo, deverá fazer requerimento por meio da internet, mediante o Formulário Eletrônico – Pedido de Pagamento de Restituição, ou diretamente no e-CAC, no serviço Extrato do Processamento da DIRPF. Caso o valor não seja creditado, o contribuinte poderá contactar pessoalmente qualquer agência do Banco do Brasil ou ligar para a Central de Atendimento, por meio do telefone 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (telefone especial exclusivo para deficientes auditivos) para agendar o crédito em conta corrente ou poupança, em seu nome, em qualquer banco. (ABr)
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DC MAIS dcmais@diariodocomercio.com.br
Jubileu de Congonhas é garantia de atrair milhares de peregrinos à cidade histórica ELIANE GOUVEA / DIVULGAÇÃO
DA REDAÇÃO
O Santuário de Bom Jesus de Matosinhos - em cujo adro estão os 12 Profetas esculpidos por Aleijadinho, elevados a Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco -, em Congonhas, no Campo das Vertentes, espera receber milhares de peregrinos entre os dias 7 e 14. Esses fiéis estarão em busca de renovar as esperanças e os votos por dias melhores, durante o Jubileu de Congonhas. Para celebrar os 261 anos da festa popular, o Museu de Congonhas preparou uma programação repleta de atrações. Até o dia 23, coincidindo com o período de recepção a romeiros, a visitação ao museu e a programação serão gratuitas. Na quarta-feira (12) o Museu de Congonhas recebe a tradicional Roda de Violeiros. Dezenas de músicos se encontrarão, a partir das 20h, no anfiteatro do Centro Cultural, para cantar a fé e confraternizar com os romeiros. Já no dia 13, será a vez de a instituição receber a dupla de sertanejo católico Álvaro e Daniel, no mesmo horário. Várias missas serão celebradas no santuário. Na sexta-feira (7) as celebrações acontecerão às 7h, 10h, 11h, 15h (abertura oficial pelo arcebispo de Mariana, Dom Airton José dos Santos) e às 18h. Já entre os dias 8 e 13, as missas serão realizadas às 6h, 8h, 10h, 15h e às 18h. E no dia 14 haverá
missas às 6h, 8h, 10h, 15h. Como o período do jubileu coincide com a agenda nacional da 12ª Primavera de Museus, que neste ano tem como tema Educação em Museus - Vida em Sociedade, a importância da memória e o valor do patrimônio cultural musealizado, o Museu de Congonhas oferecerá outras experiências
aos visitantes. Serão realizadas, nos dias 17, 18 e 19, as atividades: “Adolescentes on-line: Qualidade de vida e uso das redes sociais”, “Abertura da série - #PreconceitosPQ?” e “Ilustrando a história”. Encontro musical - A festa no museu terá ainda um grande encontro musical. O Centro
Cultural receberá o integrante da banda Titãs Tony Bellotto, na quinta-feira (20), às 20h, no projeto Poesia e Música no Museu. Tony Bellotto é músico, guitarrista dos Titãs desde sua formação, em 1982, com o qual já lançou 23 discos. Ele é também escritor. Publicou nove livros e, na ocasião, lançará nacionalmente sua décima
obra, “Lô”, em Congonhas. O Jubileu do Senhor Bom Jesus de Matozinhos teve início em 1780. Pela ladeira histórica atravessam peregrinos de todos os cantos do Brasil, em busca de graças ou para agradecer por tê-las alcançado, fazendo de Congonhas uma cidade marcada por histórias de fé e devoção.
ESPAÇO DO CONHECIMENTO UFMG / DIVULGAÇÃO
Medalha na ACMinas
Acervo da UFMG Já imaginou apreciar uma pintura a óleo de Guignard, o rim de uma onça e um computador analógico na mesma exposição? Apenas o ato de colecionar proporciona encontros como esse, que pode ser conferido no Espaço do Conhecimento UFMG (Praça da Liberdade, 700, Funcionários, BH), com entrada gratuita. A mostra Colecionar o Mundo: objetos + ciência + cultura reúne acervos de 20 espaços que compõem a Rede de Museus da Universidade e tem curadoria dos professores do curso de Museologia Letícia Julião e Paulo Roberto Sabino. A exposição traz artefatos científicos e artísticos catalogados em atividades de pesquisa e ensino que revelam como se dá a construção do saber. Na mostra, é possível perceber a riqueza artística que a UFMG abriga e, agora, abre para a comunidade externa. Estão em exposição 27 obras que integram o Acervo Artístico da UFMG. Os visitantes podem ver peças famosas de Portinari, Guignard, Burle Marx, Di Cavalcanti, Maria Helena Andrés e outros.
A Associação Comercial e Empresarial de Minas (ACMinas) entregará a Medalha da Ordem Juscelino Kubitschek ao presidente da Drogaria Araujo, Modesto Carvalho de Araujo Neto, no próximo dia 11, às 19h, no Espaço Institucional ACMinas (Avenida Afonso Pena, 372, Centro, Belo Horizonte).
CULTURA PAULO LACERDA / DIVULGAÇÃO
Arte Popular Madeira e cerâmica - A mostra Arte Popular Brasileira reúne 27 obras em madeira e cerâmica, dos mineiros Ananias Elias, Artur Pereira, Geraldo Teles de Oliveira (GTO), José
Horizonte)
Ricardo Resende, José Valentim Rosa, Placidina Fernandes do Nascimento e Ulisses Pereira Chaves. Há ainda obras de João Cosmo Félix, do Ceará; Antônio Alves dos Santos, de Alagoas; Cícero Alves dos Santos, de Sergipe; Francisco Moraes da Silva, do Rio de Janeiro; e Lafaete Rocha Ribas, do Paraná. Quando: De 12 de setembro a 11 de novembro Quanto: Entrada Gratuita Onde: PQNA Galeria Pedro Moraleida (Avenida Afonso Pena, 737, Centro, Belo
Sindicato do Blues Homenagem – Yeca, trio formado por Sebastian Matias (Argentina/violão), Rodrigo
DIVULGAÇÃO
Araújo (Brasil/violão) e Pablo Basso (Argentina/harmônica), fazem homenagem, no Sindicado do Blues, ao icônico Django Reinhardt (1910-1953), violonista/guitarrista francobelga criador, juntamente com o francês Stephane Grappelli, do estilo jazz manouche, mundialmente conhecido como gypsy jazz. Quando: Hoje, a partir das 22h Quanto: R$ 12 (Antecipados, pelo Sympla) até hoje, e R$ 15 (Portaria) Onde: Casa do Jornalista (Avenida Álvares Cabral, 400, Centro, Belo Horizonte) Teatro Poética - “Memórias de Ana”, de Dinalva Andrade, é um espetáculo cuja proposta é levar o público a uma experienciação do teatro acessível, com recursos técnicos próprios do teatro, buscando uma reflexão crítica e artística. A história do espetáculo é contada de forma poética e em clima interiorano, que remete à valorização dos relacionamentos e sentimentos humanos. Quando: Hoje e sábado (8), às 20h; e domingo (9), às 19h Quanto: R$ 20 (Inteira), R$ 10
(Meia) e R$ 15 (Site do Sympla) Onde: Teatro Marília (Avenida Professor Alfredo Balena, 586, Santa Efigênia, Belo Horizonte) Sambista Show - Apesar da pouca idade, o cantor e compositor mineiro Bruno Cupertino é um sambista à moda antiga, que transita com desenvoltura por várias perspectivas. No show “Originalidades”, ele mistura ginga, cultura e afeto. No repertório vão estar canções consagradas nos palcos e rodas de samba da cidade, como
“Resplandeceu”, “O Samba Vai Continuar”, “Pra Oxum Bailar”, “Rebentação” e “Bodas de Amor”. Quando: Dia 22, às 20h30 Quanto: R$ 40 (Inteira) e R$ 20 (Meia) Onde: Teatro de Bolso Sesiminas (Rua Padre Marinho, 60, Santa Efigênia, Belo Horizonte) www.facebook.com/DiariodoComercio www.twitter.com/diario_comercio dcmais@diariodocomercio.com.br Telefone: (31) 3469-2067