diariodocomercio.com.br JOSÉ COSTA FUNDADOR
1
8
1
0
1
9
3
2
1
6
6
0
DESDE 1932 - EDIÇÃO 23.706 - R$ 2,50
2
BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 27 DE SETEMBRO DE 2018
Indústria têxtil produz menos e corta empregos em todo o País Em Minas Gerais, no acumulado do ano até agosto, foram eliminadas 502 vagas Diante do quadro de incerteza política e econômica, agravado pela proximidade das eleições, o parque têxtil mineiro vem eliminando empregos, assim como a indústria nacional. Em agosto, foram eliminadas 482 vagas com carteira de trabalho no Estado e 2,7 mil no País. No acumulado do ano, o setor cortou 502 postos no Estado e 1,9 mil no Brasil. A indústria têxtil emprega 161,1 mil pessoas em Minas, em torno de 10% do total nacional. O presidente da Abit, Fernando Valente Pimentel, atribui o aumento do desemprego no setor à queda na produção de têxteis e vestuário, pressionada por fatores como a greve dos caminhoneiros e o crescimento de importações. Para 2018, a entidade prevê queda de 0,9% na fabricação têxtil e redução de 1,5% na produção das confecções e corte de 13 mil postos de trabalho em todo o setor. Pág. 3
CEDRO/DIVULGAÇÃO
Face ao cenário negativo, a projeção da Abit para o fechamento do ano é de extinção de 13 mil empregos com carteira de trabalho no País
Crise hídrica e energia no Diálogos DC
EDITORIAL A economia de Minas Gerais padece de um processo involutivo, notado mais claramente a partir da virada do século e já com pesadas consequências. Uma situação que, dentre outros aspectos, reflete a perda de representatividade política e, consequentemente, a capacidade de influenciar num sistema sabidamente centralizado. E não faltam questões objetivas, fatos concretos, capazes de ilustrar essa realidade, sendo evidente o distanciamento do poder central com relação ao Estado. Em nome da clareza e também da objetividade, fiquemos no mais recente deles, a disposição de transferir para outras regiões do País recursos captados com a antecipação da outorga de direitos de exploração da Estrada de Ferro Vitória a Minas, um valor estimado em aproximadamente quatro bilhões de reais. “Agressão a Minas Gerais”, pág. 2
MICHELLE MULLS
Menin, Gusmão, Luiz Carlos Costa e Aloisio Vasconcelos em debate
Suinocultura pode exportar para a Índia
OPINIÃO
SCOTT MORGAN/REUTERS
As eleições para a Presidência deste ano têm, como de costume, exposto diversas posições antagônicas divulgadas pelos candidatos a ocupar o posto de maior destaque na sociedade brasileira. São opiniões relacionadas à interferência do Estado na economia do País, nas liberdades individuais de seus habitantes, em como gerir as contas públicas, entre tantos outros temas. Contudo, um assunto tem se mostrado menos alvo de disputa do que poderia se esperar: uma possível reforma da Previdência. Todos candidatos defendem mudanças no sistema previdenciário, o que deve ser um sinal de alerta para o trabalhador e segurado do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que ainda não se aposentou. (João Badari), pág. 2
Impactada pelos custos altos e preços insuficientes para garantir renda aos produtores, a suinocultura brasileira ganha um alento com o anúncio da abertura do mercado indiano para as exportações de carne suína e produtos cárneos de suínos do País, após pelo menos quatro anos de negociação. A expectativa de ampliar as exportações anima os suinocultores mineiros, que esperam uma recuperação de preços com a redução da oferta no mercado interno. Com uma das maiores populações do mundo, a Índia é um mercado promissor, que vem registrando aumento no consumo de A abertura do mercado indiano anima os suinocultores mineiros proteína. Pág. 14
Dólar - dia 26
Euro - dia 26
Comercial
Compra: R$
Compra: R$ 4,0334 Venda: R$ 4,0344
4,7683
Venda: R$ 4,7706
Ouro - dia 26
Compra: R$ 3,9970 Venda: R$ 4,1770
Nova York (onça-troy):
Compra: R$ 4,0564 Venda: R$ 4,0570
BM&F (g):
BOVESPA
TR (dia 27): ............................. 0,0000%
Turismo Ptax (BC)
“Inovação e Produção Tecnológica” foi o tema da 19ª edição do Diálogos DC, realizada pelo DIÁRIO DO COMÉRCIO em parceria com a Sociedade Mineira dos Engenheiros (SME). Com mediação do presidente da SME, Ronaldo Gusmão; e do diretor-presidente do DC, Luiz Carlos Motta Costa, o presidente da Comissão Técnica de Recursos Hídricos da SME, Sérgio Menin Teixeira de Souza; e o ex-diretor da Cemig, Aloisio Vasconcelos debateram questões fundamentais como gestão sustentável da água, saneamento básico e acesso à energia para todos. Pág. 12
Poupança (dia 27): ............ 0,3715% IPCA-IBGE (Agosto):.......... 0,09%
R$ 1.199,10
IPCA-Ipead (Agosto):.......... 0,03%
R$ 154,00
IGP-M (Agosto): ....................... 0,70%
+1,70 -0,07
20/09
+0,83
+0,03
-1,84 21/09
24/09
25/09 26/09
Megaprojeto na Lagoa dos Ingleses obtém licença prévia Após a aprovação da licença prévia nesta semana, o próximo passo do megaprojeto Centralidade Sul, batizado de CSul, é obter a licença de implantação para iniciar as obras. O empreendimento deve ser implantado em 50 anos, com loteamento urbano em área de 20 milhões de metros quadrados, próxima à Lagoa dos Ingleses, para abrigar até 109 mil moradores. ONGs ambientais questionam a viabilidade hídrica do projeto. Pág. 5
Minascon visa integração da construção civil no Estado A integração e o desenvolvimento da cadeia produtiva da construção civil, caracterizada pela pluralidade e pulverização, é um dos principais objetivos do Minascon, que será encerrado hoje em Juiz de Fora. No evento, que é realizado pela segunda vez no interior de Minas, empresários da indústria da construção avaliam competitividade, conjuntura econômica e tecnologia para alavancar o segmento. Pág. 4
BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 27 DE SETEMBRO DE 2018
2
OPINIÃO Eleições e possíveis mudanças em 2019 JOÃO BADARI* As eleições para a Presidência da República deste ano têm, como de costume, exposto diversas posições antagônicas divulgadas pelos candidatos a ocupar o posto de maior destaque na sociedade brasileira. São opiniões relacionadas à interferência do Estado na economia do País, nas liberdades individuais de seus habitantes, em como gerir as contas públicas, entre tantos outros temas. Contudo, um assunto tem se mostrado menos alvo de disputa do que poderia se esperar: uma possível reforma da Previdência. Todos candidatos defendem mudanças no sistema previdenciário, o que deve ser um sinal de alerta para o trabalhador e segurado do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que ainda não se aposentou. Levantamento divulgado pelo Portal G1 na última semana, com o conteúdo de entrevistas com os assessores econômicos de quatro dos candidatos mais bem colocados atualmente nas pesquisas (Fernando Haddad, Ciro Gomes, Geraldo Alckmin e Marina Silva – Paulo Guedes não respondeu às perguntas relacionadas a um possível governo de Jair Bolsonaro) expõe alguns pontos em comum sobre o tema. Por exemplo, o que pensam esses líderes políticos sobre o regime da aposentadoria e as respectivas regras para os servidores públicos? Todos os quatro candidatos defendem que o sistema relacionado ao serviço público não deve se diferenciar do regime que é imposto ao resto da população. Guilherme Mello, assessor de Fernando Haddad (PT), defende que seja aproximado “ao máximo” os regimes público e próprio. Marco Bonomo, assessor de Marina Silva (REDE), também defende a diferen-
ciação sem ser taxativo sobre este ponto no curto prazo, ao dizer que deve haver uma “transição” para que os funcionários de ambos setores venham a ter o mesmo tratamento. Nelson Marconi, assessor econômico de Ciro Gomes (PDT), já deixa claro que a proposta é “igualar” os dois regimes. Pérsio Arida, por fim, assessor de Geraldo Alckmin (PSDB), é também mais direto ao dizer que a candidatura objetiva um “único regime” e ao associar a atual diferenciação a “injustiças sociais”. Os assessores econômicos também responderam questionamentos a respeito da idade mínima para se aposentar e à idade para a aposentadoria dos homens e mulheres, outras duas possíveis mudanças previstas na reforma da Previdência que o atual governo federal desistiu de buscar a aprovação no Congresso Nacional neste ano. Ela deve voltar à pauta do noticiário e da opinião pública em 2019 após o ganhador das eleições desse ano adentrar o Palácio do Planalto. É possível haver pouco debate sobre mudanças tão contestadas nos últimos dois anos? Em relação à criação da idade mínima, há uma posição favorável por parte de quase todos os candidatos, com exceção da candidatura petista. O assessor de Fernando Haddad afirma que as atuais regras (aposentadoria aos 85/95 anos, com teto que subirá a cada 2 anos para chegar até 95/100 em 2016) já resultam em uma idade mínima na prática. Ele não menciona uma possível reforma. Os demais assessores entrevistados apoiam a mudança. A candidatura da Rede cita o aumento da
expectativa de vida entre os brasileiros e as candidaturas do PDT e do PSDB dão a entender que categorias podem ser poupadas ainda da idade mínima. “Algumas categorias de trabalho têm um esforço físico maior” e “É claro que militares têm regime diferenciado de previdência em quase todo o mundo”, afirmam elas, respectivamente. O último ponto tocado no levantamento também quase é consenso. Dessa vez, é a candidatura de Geraldo Alckmin que se afasta um pouco das outras três candidaturas sobre regras iguais para homens e mulheres na aposentadoria. O economista diz que “a sociedade entende que as mulheres devem ter aposentadoria mais cedo por uma série de motivos”, mas que um futuro governo irá “analisar” essa diferenciação, com a qual candidatura não tem “nenhum problema”. Os outros três assessores se posicionam contrários, a curto prazo, em relação à mulher se aposentar com a mesma idade dos homens. Atualmente, o resultado da campanha eleitoral deste ano para a Presidência está imprevisível e todos tem acompanhado as pesquisas de intenção de voto e o posicionamento dos candidatos. E mais incerto ainda é saber se algo realmente será pautado após o retorno da discussão da tão já criticada e defendida reforma da Previdência. Assim, é extremamente importante realizar um planejamento de sua aposentadoria e estar preparado para uma possível mudança em 2019. * Especialista em Direito Previdenciário e sócio do escritório Aith, Badari e Luchin Advogados
Fotografia, invento brasileiro CESAR VANUCCI * “Não disputarei descobertas a ninguém...” (Hércules Florence, num comunicado feito em Capinas, em 1834) Ocupamo-nos, recentemente, neste acolhedor espaço, da história pouco conhecida do Padre Azevedo, paraibano que viveu no século XIX, inventor da máquina de escrever. Relatamos, escorados em documentação levantada pelo historiador Miguel Milano, as cruéis circunstâncias em que se forjou o clamoroso esbulho que dele retirou a paternidade da portentosa invenção. A divulgação da referida história estimulou-nos a trazer aqui outra revelação, pela mesma forma surpreendente, a respeito da participação brasileira em mais uma invenção fabulosa. Na história das invenções não são raros casos assim. A um mesmo tempo, como se a ideia, antes de aflorada, estivesse a germinar no inconsciente coletivo, uma invenção, um processo de criação ou aperfeiçoamento técnico, que acabam tendo, adiante, paternidades diferentes, são anunciados em lugares distanciados entre si. Isso sem que os responsáveis pelas realizações se liguem por vínculos de qualquer ordem, como, para exemplificar, a uma pesquisa desenvolvida em comum. Aconteceu desse jeito, também, com a fotografia, esta infalível testemunha ocular da história. A crônica do invento assinala que, praticamente à mesma época em que Daguerre (1893) maravilhava os franceses com a notável façanha de fazer imprimir aspectos da realidade cotidiana numa lâmina de metal, após rápida exposição à luz e alguns poucos minutos de manipulação numa câmara escura, um outro francês, imigrante radicado em Campinas, São Paulo, conseguia captar impressionantes imagens com a ajuda de câmara de fabricação caseira. Aliás, a bem da verdade, a proeza de Hércules Florence, o imigrante morador da Vila São Carlos (Campinas), pelo que se conclui da documentação histórica disponível, reproduzida esplendidamente em enciclopédia da Editora Abril, antecedeu em cerca de seis anos o lançamento do chamado daguerreótipo, denominação pelo qual ficou mundialmente popularizado o invento de Louis Jacques Mandé Daguerre. As experiências a que Florence se consagrou, limitadas em suas repercussões ao ambiente provinciano de pequena faixa territorial de um país-continente, desprovido, na época, de estrutura de comunicação digna de nota, pouco difundido no plano internacional, chegaram ao conhecimento popular em 1833.
Nas pesquisas foram empregadas substâncias como nitrato de prata e o cloreto de ouro. A fixação de imagens em papel viabilizou-se com o auxílio de urina e amoníaco cáustico. Foi em 1834, janeiro, que Florence batizou sua descoberta, utilizando-se de construção idiomática muito ao sabor da época: photografie. Os jornais brasileiros, ao anunciarem o aparecimento do daguerreótipo, procuraram ouvir o imigrante inventor que morava em Campinas. No comunicado que distribuiu, Hércules Florence fixou uma posição que concorreria, no futuro, de algum modo, para que o seu nome se mantivesse encoberto pelas névoas do esquecimento público: “Não disputarei descobertas a ninguém, porque uma mesma ideia pode vir, ao mesmo tempo, a duas pessoas.” A origem primeira da arte fotográfica, hoje tão poderosamente incorporada ao nosso trabalho, ao nosso lazer, a todas as atividades humanas e que ganhou prodigioso, inimaginável impulso nesta nossa era digital, perde-se no fundo dos tempos. As primeiras notícias sobre um conhecimento rudimentar da matéria fizeram-se conhecidas no século IV aC. Sabia-se, então, que a luz solar, penetrando em quarto escuro através de orifício, projeta nas paredes imagens do exterior. No século XI, os árabes empregaram, dentro de critérios práticos, para observação dos eclipses, esse método primitivo de se fazer imagens, já então conhecido pelo nome de câmara escura. Depois de lapso de tempo relativamente amplo, em que esteve praticamente à margem de quaisquer cogitações científicas, o processo praticamente foi retomado, no século XVI, por Leonardo Da Vinci. O fenômeno da captação de imagens encontrou neste genial homem do mundo um sopro renovador. “A imagem de um objeto iluminado pelo sol penetra num compartimento escuro através de um orifício. Se colocarmos um papel branco do lado de dentro do compartimento, a alguma distância do orifício, veremos sobre o papel a imagem com suas próprias cores, porém invertida, devido à intercessão dos raios solares.” Estabelecia-se, naquele momento, três séculos antes que surgisse a primeira fotografia de Hércules Florence, aqui no Brasil, um princípio básico da máquina de tirar retratos. Falaremos, na sequência, dos desdobramentos objetivos da descoberta de Da Vinci. * Jornalista (cantonius1@yahoo.com.br)
Ética na engenharia, ainda que tardia RONALDO GUSMÃO * “A verdade está no mundo à nossa volta” (Aristóteles). As obras inacabadas estão aí em todo o Brasil. Segundo o relatório preliminar da comissão do Senado federal, existiam no Brasil, em maio de 2017, mais de 22 mil obras inacabadas. Em outro relatório, fornecido pelo Ministério do Planejamento e Gestão, contendo 1.600 obras do PAC com orçamento entre R$ 500 mil e R$ 10 milhões que receberam aportes da União e estavam paralisadas, é possível analisar que 38% dessas paralisações foram causadas por motivos técnicos. “Não é raro encontrar fiscalizações de órgãos de controle que apontam como irregularidades a utilização de projetos básicos deficientes ou desatualizados, em desacordo com art. 6º da Lei de Licitações”. E o relatório continua: “Constata-se que 30% das obras abandonadas continham menos de 20% de execução física. Tal fato pode indicar que as empresas contratadas não detinham a capacidade técnica suficiente para execução do objeto”. A engenharia foi usada como meio para a prática de corrupção sistêmica, em todos os níveis da federação. Ética é um ramo da filosofia que trata de ques-
tões de como devemos viver e, portanto, sobre a natureza do certo e do errado, do bem e do mal, do dever e da obrigação. Como seres humanos, somos racionais, temos livre arbítrio, somos capazes de escolher o melhor caminho. O tempo empresarial é diferente do tempo jurídico e não podemos simplesmente esperar que a Justiça siga o tempo tradicional de um processo. O mercado será implacável com as empresas brasileiras que se meteram nesse conluio, que é a cumplicidade de prejudicar o próprio mercado e o povo brasileiro através da corrupção sistêmica que vimos no caso da Operação Lava Jato da Polícia Federal. É necessário extirpar a corrupção, mas não podemos matar as empresas que cometeram estes crimes. As pessoas envolvidas devem ser julgadas e afastadas de seus respectivos cargos, se necessário. As empresas devem ser multadas pelas práticas ilícitas, mas não podem ficar eternamente sendo julgadas pela Justiça sem uma sentença que atenda a recuperação empresarial e na qual o País não perca capital monetário, intelectual e, principalmente, empregos e riquezas de organizações com capacidade técnica reconhecida internacionalmente. Elencamos algumas propostas: Que os sistemas
Diário do Comércio Empresa Jornalística Ltda Av. Américo Vespúcio, 1.660 CEP 31.230-250 - Caixa Postal: 456 Redação - Núcleo Gestor Eric Gonçalves - Editor-Geral Luciana Montes - Editora-Executiva Editores Alexandre Horácio Clério Fernandes Luisana Gontijo
Andrea Rocha Faria Rafael Tomaz Gabriela Pedroso
pauta@diariodocomercio.com.br
Filiado à
Telefones Geral:
* Presidente da Sociedade Mineira de Engenheiros
Comercial 3469-2000
Administração:
Confea/Creas julguem em caráter de urgência todos os profissionais da engenharia e arquitetura envolvidos em todos os possíveis esquemas de fraudes em obras e serviços públicos; Que os sistemas Confea/Creas criem mecanismos democráticos, dinâmicos e eletrônicos de denúncias, apuração e julgamento de desvio de conduta ética de qualquer profissional e atuem antes mesmo das obras se iniciarem; Que o sistema educacional de engenharia tenha uma disciplina optativa de ética profissional, envolvendo todo o corpo discente, docente e a comunidade; Que o sistema judiciário, TCU, CGU, AGU, MP, STJ atuem num formato de força tarefa e forneça rapidamente às empresas envolvidas em corrupção a oportunidade de celebrar acordos de leniência. Dignidade e respeito à liberdade das pessoas de decidirem o seu destino, o interesse particular não pode sobrepor ao interesse coletivo, milhões de pessoas foram usadas como meio para se atingir o fim de um grupo, por isso não respeitaram a humanidade, o princípio supremo da moralidade. Ética geral e irrestrita a toda a sociedade brasileira!
3469-2002
Redação:
3469-2020
Comercial:
3469-2060
Circulação:
3469-2071
Industrial:
3469-2085 3469-2092
Diretoria:
3469-2097
Fax:
3469-2015
Diário do Comércio Empresa Jornalística Ltda. Fundado em 18 de outubro de 1932 Fundador: José Costa Diretor-Presidente Luiz Carlos Motta Costa
Diretor Executivo e de Mercado Yvan Muls
presidencia@diariodocomercio.com.br
diretoria@diariodocomercio.com.br
Agressão a Minas Gerais É fato que a economia de Minas Gerais padece de um processo involutivo, notado mais claramente a partir da virada do século e já com pesadas consequências. Uma situação que, dentre outros aspectos, reflete a perda de representatividade política e, consequentemente, a capacidade de influenciar num sistema sabidamente centralizado. E não faltam questões objetivas, fatos concretos, capazes de ilustrar essa realidade, sendo evidente o distanciamento do poder central com relação ao Estado. Em nome da clareza e também da objetividade, fiquemos no mais recente deles, a disposição de transferir para outras regiões do País recursos captados com a antecipação da outorga de direitos de exploração da Estrada de Ferro Vitória a Minas, um valor estimado em aproximadamente quatro bilhões de reais. Não é justo e não faz sentido, conforme está amplamente demonstrado e de Minas, dentre outras entidades que já se manifestaram, como a Sociedade Mineira de Engenheiros, além da Federação das Indústrias Fazer diferente, como do Espírito Santo. E com o se pretende e chegou importantíssimo a ser anunciado, será apoio das mais um gesto de má federações das indústrias do vontade com relação a Minas Gerais, obstando Sudeste, o que significa adesão investimentos também do Rio de Janeiro e São importantes que Paulo. Prevalece teriam impacto o entendimento direto na economia de que é preciso consolidar o regional, favorecendo sistema logístico investimentos, da região, que produção e geração de concentra a parcela maior da riquezas produção nacional, destinando-se os recursos levantados prioritariamente à implantação do chamado Ramal Sul, ligando Vitória, no Espírito Santo, ao Porto de Açu, no Rio de Janeiro, além de promover melhorias na própria Vitória-Minas, que tem 85% de seus trilhos em território mineiro. Trata-se de uma questão objetiva, de racionalidade, mas igualmente de respeito, conforme aponta o presidente da Federação das Indústrias de Minas, Flávio Roscoe, de reconhecimento de uma prática antiga e que destina recursos financeiros obtidos com outorgas de diretos sejam aplicados nos estados onde os serviços são explorados. Fazer diferente, como se pretende e chegou a ser anunciado, será mais um gesto de má vontade com relação a Minas Gerais, obstando investimentos importantes que teriam impacto direto na economia regional, favorecendo investimentos, produção e geração de riquezas. Eis porque a decisão, anunciada em Brasília, não pode ser aceita e muito menos dada por consumada. Eis o entendimento já devidamente explicitado das federações de indústrias que representam a região Sudeste e concentram a maior parcela da produção nacional, todas igualmente prejudicadas pelo arbítrio e pela má vontade. Na realidade, e como também já apontou a Fiemg, a questão não diz respeito exclusivamente a interesses regionais mas antes aponta a necessidade de melhorar as condições de movimentação de cargas, no caso atendendo 200 mil empresas responsáveis por 55% da produção industrial no País.
Representantes comercial@diariodocomercio.com.br
Gerente Industrial Manoel Evandro do Carmo manoel@diariodocomercio.com.br
Assinatura semestral Belo Horizonte, Região Metropolitana: ............... R$ 286,00 Demais regiões, consulte nossa Central de Atendimento
São Paulo-SP - Alameda dos Maracatins, 508 - 9º andar CEP 04089-001
Rio de Janeiro-RJ - Praça XV de Novembro, 20 - sala 408 CEP 20010-010
Brasília-DF - SCN Ed. Liberty Mall - Torre A - sala 617 CEP 70712-904
Recife - Rua Helena de Lemos, 330 - salas 01/02 CEP 50750-280
Curitiba - Rua Antônio Costa, 529 CEP 80820-020
Porto Alegre - Av. Getúlio Vargas, 774 - Cj. 401 CEP 90150-02
(11) 2178.8700 (21) 3852.1588 (61) 3327.0170 (81) 3446.5832 (41) 3339.6142 (51) 3231.5222
Preço do exemplar avulso Assinatura anual Belo Horizonte, Região Metropolitana: ................. R$ 539,00 Demais regiões, consulte nossa Central de Atendimento
Assinatura: 3469-2001 - assinaturas@diariodocomercio.com.br
Exemplar avulso ................................................................................................... R$ 2,50 Exemplar avulso atrasado .................................................................................... R$ 3,50 Exemplar para outros estados ............................................................................. R$ 3,50*
* (+ valor de postagem)
(Os artigos assinados refletem a opinião do autor. O Diário do Comércio não se responsabiliza e nem poderá ser responsabilizado pelas informações e conceitos emitidos e seu uso incorreto)
BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 27 DE SETEMBRO DE 2018
3
ECONOMIA INDÚSTRIA
Setor têxtil em retração no País e em Minas Crise nos transportes, inverno mais ameno e incertezas na economia provocaram a perda de 2,7 mil empregos em 2018 DIVULGAÇÃO
País queda de 0,9% na produção do segmento têxtil e redução de 1,5% na produção das confecções, além de estabilidade no varejo e corte de 13 mil postos de trabalho em todo o setor. “Para 2019, é difícil enxergar um horizonte sem saber quem será o presidente”, pontuou.
LEONARDO FRANCIA
Em reflexo à incerteza política e econômica que ronda o País às vésperas das eleições presidenciais, a indústria têxtil de Minas Gerais acompanhou o desempenho nacional do setor e cortou postos de trabalho neste ano. Só em agosto, a indústria têxtil mineira perdeu 482 empregos formais e a nacional eliminou 2,7 mil vagas. No acumulado até agosto, o setor cortou 502 empregos no Estado e, no País, a perda chegou a 1,9 mil postos. A indústria têxtil mineira emprega 161,1 mil pessoas, uma participação próxima de 10% do total nacional. O presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Fernando Valente Pimentel, explicou que o corte de empregos no setor, tanto em Minas quanto no País, acendeu um alerta no setor. O quadro fica ainda pior, segundo ele, quando são considerados outros indicadores econômicos nacionais do segmento. No primeiro semestre deste ano, por exemplo, o varejo de vestuário e a produção de têxteis e vestuário caíram 3,5%, 0,9% e 3,8%, respectivamente, na comparação com o mesmo período de 2017, ano que o setor conseguiu um crescimento de
Câmbio - Sobre a valorização do dólar ante o real, especialmente nos últimos dois meses, o presidente da Abit explicou que existem prós e contras. “Em um primeiro momento, o dólar mais caro para a indústria têxtil representa custo na veia porque 80% dos custos são dolarizados. Porém, melhora a posição competitiva com defasagem de tempo”, avaliou. Por outro lado, de acordo com Pimentel, para as confecções a alta da moeda norte-americana é menos impactante. “Nesse segmento é preciso aguardar o novo ciclo de encomendas de fim de ano”, afirmou. Desde maio o setor enfrenta dificuldades, culminando em queda de 0,9% na produção de têxteis e de 3,8% na de vestuário no 1º semestre
5% na sua produção física quando comparada à de 2016. “O ano não vinha mal, mas, a partir de maio começamos a ter problemas sérios. A greve dos caminhoneiros, um inverno pouco rigoroso e pouco definido, o aumento
das incertezas políticas, a Copa do Mundo de futebol e a manutenção do crescimento das importações levaram a este quadro de perda de empregos”, analisou o presidente da Abit. Pimentel acrescentou que o retorno do crédito para
SEBRAE com os pequenos negocios, quando eles mais precisam.
O Cristian começou a fabricar cerveja para equilibrar os negócios da sua casa de caldos, com queda de vendas no verão. Para ele, era quase um hobby. Até que o Sebrae entrou na história. “Com o apoio do Sebrae, eu tive a oportunidade de participar de treinamentos e desenvolver estratégias coletivas para dar mais visibilidade pro produto”, conta o empresário. São muitas histórias como a do Cristian. Empresas que, com o apoio do Sebrae, crescem e fazem o país crescer.
0800 570 0800
sebrae.com.br/minasgerais
pessoa física, provocado pela queda dos juros, trouxe novamente a capacidade de consumo de bens de maior valor agregado em detrimento da demanda por outros bens de menor valor, como produtos têxteis, e também colaborou para
prejudicar a demanda de têxteis e vestuário. “Estamos vivenciando uma retração que vai nos levar a uma perda de produção, consumo e emprego”, frisou Pimentel. Conforme ele, para o fechamento deste ano, a Abit projeta para o
Parque mineiro - Com 3,6 mil unidades produtoras e participação de 13,2% no volume nacional de produtos têxteis, Minas é o terceiro maior do setor no País. “A tendência é de que a indústria têxtil mineira reflita o que acontece no País”, completou o presidente da Abit.
BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 27 DE SETEMBRO DE 2018
4
ECONOMIA WASHINGTON ALVES / LIGHT PRESS / DIVULGAÇÃO
Realizada pela Fiemg, Sebrae Minas e Sinduscon-JF, Minascon trata do que há de mais relevante para a indústria da construção, como sustentabilidade, economia e legislação
CONSTRUÇÃO CIVIL
Minascon, em Juiz de Fora, analisa como alavancar setor Evento reúne empresários e profissionais do segmento, até hoje ANA CAROLINA DIAS
Com o objetivo de discutir os rumos da cadeia da construção civil em Minas Gerais, as atividades do Minascon acontecem em Juiz de Fora, na Zona da Mata, até hoje. Durante a solenidade de abertura, na última terça-feira (25), os empresários da indústria da construção debateram a competitividade do segmento, além da conjuntura econômica e de tecnologia necessária para alavancar a construção no Estado. Pelo segundo ano consecutivo, o evento é realizado no interior de Minas, sendo que, em 2017, Uberlândia, no Triângulo, foi sede pela primeira vez. O evento, realizado pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Sebrae Minas e Sindicato da Indústria da Construção Civil de Juiz de Fora (Sinduscon-JF), leva ao empresariado mineiro e a profissionais da área o que há de mais relevante para a indústria da construção, como sustentabilidade, economia, legislação, inovação, tecnologia e tendências do setor. Na avaliação do presidente da Fiemg, Flávio Roscoe, é necessário que o empresariado tenha voz ativa para ser agente de mudança do atual cenário brasileiro, que, segundo ele, é crítico. “Um evento de união como o Minascon é um excelente momento para um chamado aos empresários. Por isso, conclamo todos a tirar a indignação do sofá da sala e canalizar toda essa energia, conhecimento e esforço para mudar o quadro de nosso País”, ressaltou.
Para o presidente do Sebrae Minas e presidente da Câmara da Indústria da Construção da entidade, Teodomiro Diniz Camargos, a integração e o desenvolvimento da cadeia produtiva para chegar às melhores soluções e oportunidades para o setor é um dos pontos mais importantes do Minascon. “Quando existe diálogo e aproximação dos agentes, o debate sobre o melhor caminho para o desenvolvimento é facilitado. A cadeia produtiva da construção é muito plural e pulverizada e, por isso, é fundamental criar esses momentos para costurar um caminho
Presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção, José Carlos Martins, alerta que retomada de investimentos no setor fará País voltar a crescer para a industrialização, melhoria de processos e de produtividade”, afirmou. O vice-presidente da Fiemg Regional Zona da Mata e presidente do Sinduscon-JF, Aurélio Marangon, comentou que o evento fomenta a competitividade no local onde é realizado e confirmou a importância da iniciativa para a região. “Temos as melhores expectativas, uma vez que, para o nosso setor, é relevante receber o evento que une toda a cadeia da construção. Além disso, reafirma nosso esforço em prol de um setor mais competitivo e coeso
no Estado”, disse. Já o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), José Carlos Martins, alertou que os investimentos no setor devem ser retomados se o País deseja voltar a crescer e comentou também oito novas filiações de Sinduscons mineiros recebidas pela entidade. “O fato de a Fiemg e os Sinduscons no Estado se movimentarem em prol do setor da construção demonstra a relevância da união. É certo que daqui em diante bons resultados serão colhidos com o apoio da Cbic”, pontuou. Competitividade - Na palestra magna na abertura do Minascon, o professor da Universidade Federal de São Carlos e na Escola Politécnica da USP Luiz Henrique Ceotto abordou temas como o atual quadro comparativo da construção com outros setores industriais brasileiros. Além disso, Ceotto levantou reflexões sobre como a inovação, tecnologia, mudanças no ambiente de negócios brasileiro e a urgente formação de líderes no setor podem influenciar positivamente a competitividade da construção. “Erroneamente, pensamos que nosso País não possui tecnologia de ponta na construção e não está inserido no contexto da inovação ou indústria 4.0, por exemplo. O problema é justamente oposto, temos acesso a essas tecnologias, mas não estamos culturalmente preparados para usufruir de todas elas da melhor forma”, apontou Ceotto.
Sinduscon-MG empossa diretoria em outubro Apoiado em pilares que buscam a melhora do ambiente de negócios, o combate à informalidade e uma unificação de agentes da Região Metropolitana de Belo Horizonte, o engenheiro Geraldo Jardim Linhares vai assumir a presidência do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG) para a gestão de 2018 a 2021. A solenidade de posse da nova diretoria será realizada em 2 de outubro, na sede da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), no bairro Funcionários, região Centro-Sul de Belo Horizonte. O principal desafio a ser enfrentado pela nova gestão, na avaliação de Linhares, é a burocracia. Nesse sentido, ele afirmou que a próxima diretoria o Sinduscon-MG vai buscar superar as dificuldades para aprovação de projetos causadas pela lentidão dos licenciamentos ambientes. O objetivo é pavimentar um ambiente de negócios sustentável que permita gerar empregos e receita para melhorar a economia do Estado e da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Somada a isso, Linhares ressaltou que fará uma cruzada pela formalidade para que a engenharia formal predomine e possam ser evitados, por exemplo, acidentes de trabalho em obras informais. Em outra frente, o próximo presidente do Sinduscon-MG propõe uma reunião dos agentes da RMBH para criar uma gestão compartilhada e metropolitana que consiga unificar parâmetros e reduzir a burocracia, respeitando as características de cada localidade. “Precisamos que as autoridades municipais e estaduais entendam que o progresso depende da efetiva simplificação na liberação de licenciamentos para que essas metas aconteçam. Se conseguirmos adesão, vamos trazer grande progresso para a nossa região e teremos um equilíbrio forte entre economia e redução desses entraves”, afirmou Linhares. Cenário econômico – Caracterizando o atual cenário econômico como preocupante, Geraldo Jardim Linhares destacou que as ações planejadas para a próxima gestão pretendem fazer com que a cadeia produtiva da construção civil em Minas volte aos patamares de crescimento e representatividade. Ainda na avaliação de Linhares, se houver uma retomada prevista após um ajuste político e com grandes reformas, o ambiente deve se tornar favorável a partir de 2020. No contexto das eleições, o engenheiro acredita que, independentemente de quem seja eleito presidente da República, o setor faz parte dos planos de governo para uma retomada da economia. “Nosso setor é o primeiro prejudicado, mas também é o primeiro a reagir. Qualquer retomada da economia do País e do Estado vai passar pela construção e temos que estar preparados, mas dependemos de melhores condições de legislação para que aconteça de maneira mais ágil”, explicou. (ACD)
INCERTEZA
Nova queda na confiança do comércio é de 1,2 ponto Rio de Janeiro - O Índice de Confiança do Comércio (Icom) caiu 1,2 ponto na passagem de agosto para setembro, a 88,7 pontos, o menor nível desde agosto de 2017, informou ontem a Fundação Getulio Vargas (FGV). Em médias móveis trimestrais, o indicador recuou 0,3 ponto. “A nova queda da confiança do Comércio em setembro parece refletir a incerteza em relação ao ritmo esperado para a economia nos últimos meses do ano. O Índice de Expectativas voltou a cair depois de esboçar uma melhora no mês anterior, sugerindo que os empresários ainda estão preocupados e incertos com o rumo da economia. Já o índice que mede as percepções sobre a situação atual, ficou estável após quatro meses em queda, confirmando o ritmo vagaroso da recuperação do setor”, avaliou o coordenador da Sondagem do Comércio no Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/ FGV), Rodolpho Tobler, em nota oficial.
Em setembro, houve piora da confiança em nove dos 13 segmentos pesquisados. O Índice de Expectativas (IE-COM) caiu 2,4 pontos, para 92,2 pontos, influenciado pela queda de 4,8 pontos no componente que mede a tendência dos negócios nos seis meses seguintes. Já o Índice de Situação Atual (ISA-COM) ficou estável em 85,7 pontos, após quatro meses de perdas consecutivas. O item que avalia a percepção dos empresários com o volume da demanda no momento presente recuou 0,4 ponto, para 85,5 pontos, enquanto o componente que mede a situação atual dos negócios subiu 0,4 ponto, para 86,3 pontos. Considerando a série trimestral com ajuste sazonal, a confiança do comércio registrou queda de 3,8 pontos no terceiro trimestre ante o segundo trimestre de 2018. No segundo trimestre ante o primeiro trimestre, houve recuo de 2,8 pontos. A sondagem não registrava dois
trimestres consecutivos de da greve dos caminhoneiros, quedas desde o fim de 2015. mas os últimos resultados sugerem que os empresários Greve - “O recuo nos últimos ainda não se recuperaram do dois trimestres teve influência baque e se tornaram menos
confiantes na retomada do ritmo de crescimento vigente até a virada do ano”, apontou a FGV. A coleta de dados para a
edição de setembro da Sondagem do Comércio foi realizada entre os dias 3 e 24 do mês e obteve informações de 1.121 empresas. (AE)
SANEAMENTO
Sabesp selecionará projetos de startups São Paulo – A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) abriu uma seleção pública de projetos inovadores para a área de saneamento. A empresa busca startups que tragam soluções em cinco áreas: experiência dos clientes; redução de perdas; tecnologia para saneamento; eficiência operacional e energética; gestão corporativa. As propostas podem ser enviadas até 4 de novembro. A chamada pretende atrair pequenas empresas, com pouco tempo de atuação, que apresentem ideias baseadas em inovação tecnológica. São classificadas como startups
companhias não listadas na bolsa de valores, com faturamento anual de até R$ 5 milhões e registradas há menos de sete anos. O edital permite, no entanto, a inscrição de empresas com outros perfis e até pessoas físicas. Entre os pontos de atuação abertos pela Sabesp estão formas de facilitar o pagamento dos clientes, inovações para apurar o consumo de água e esgoto, tecnologias para combater ligações irregulares e soluções para despoluição de rios e córregos. Ao todo, são 27 possibilidades de atuação. Premiação - Serão seleciona-
dos até 30 projetos de startups e pessoas físicas para serem levados à defesa presencial diante da banca examinadora em 29 de novembro. As propostas serão julgadas por critérios como a relação entre os problemas apresentados e a solução trazida pela empresa. Também será levada em consideração a inovação e a singularidade do projeto, além do estágio de desenvolvimento do autor, a viabilidade prática e a capacidade da equipe. As startups melhor classificadas poderão receber até R$ 150 mil cada uma para reembolso de gastos
com os testes das soluções propostas. No total, serão disponibilizados R$ 750 mil para essa premiação. A Sabesp poderá ainda assinar um termo de cooperação com as selecionadas para colocar em prática as propostas. A seleção é feita em parceria com a Associação Brasileira de Engenharia Sanitária (Abes), a Associación Interamericana de Ingenieria Sanitaria y Ambiental (Aidis), o Instituto Trata Brasil e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). As inscrições podem ser feitas pela página: http://www.sabesp.com.br/pitchsabesp/. (ABr)
BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 27 DE SETEMBRO DE 2018
5
ECONOMIA POLÍTICA AMBIENTAL
Conselho aprova licença prévia do CSul Megaempreendimento, em Nova Lima, pode ser implantado em 50 anos com capacidade para 109 mil moradores MATEUS NERI/DIVULGAÇÃO
ANA AMÉLIA HAMDAN
A implantação do megaprojeto Centralidade Sul, chamado CSul, avançou nesta semana, com a aprovação da licença prévia (LP), concedida pela Câmara de Atividades de Infraestrutura de Transporte, Saneamento e Urbanização (CIF) do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam). O projeto prevê loteamento urbano em área de 20 milhões de metros quadrados, no entroncamento das BRs 040 e 356, em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, que deve ser totalmente implantado em 50 anos e pode receber até 109 mil moradores. A concessão da licença desagradou a membros de organizações não governamentais (ONGs), que contestam a viabilidade hídrica do negócio. Presidente da CSul, Maury Bastos informou ontem que o próximo passo é conseguir a licença de implantação, o que deve acontecer no prazo de um a dois anos. As obras só podem ter início após essa etapa. A CSul dá nome ao projeto e também à união de grupos empresariais que estão à frente do negócio. A área do projeto – 20 milhões de metros quadrados – está nas proximidades da Lagoa dos Ingleses e equivale a duas vezes o espaço interno da avenida do Contorno, em Belo Horizonte. Segundo Bastos, entre a aquisição do terreno e a
A concessão da licença do projeto, nas proximidades da Lagoa dos Ingleses, desagradou organizações ambientais que contestam viabilidade hídrica
elaboração do projeto, foram investidos R$ 400 milhões. Já o investimento em infraestrutura deve chegar a R$ 1 bilhão. Depois da conclusão das obras, o número de empregos gerados no novo espaço deve girar entre 80 mil e 100 mil. Bastos explica que a CSul prevê um planejamento urbanístico de longo prazo, sustentável e organizado, sendo que o projeto será conduzido pelo arquiteto Jaime Lerner, ex-prefeito de Curitiba e ex-governador do Paraná, conhecido por promover importantes intervenções em urbanismo. A concepção da Centrali-
dade prevê que a área tenha todo tido de serviço, evitando que moradores precisem se deslocar até a Capital. Está prevista a implantação de comércios, serviços, indústrias, residências, prédios, loteamentos com bairros abertos e bairros fechados. Segundo Bastos, há imóveis voltados a diversas classes sociais. Questionamento - A viabilidade hídrica do projeto CSul é questionada por ONGs ligadas ao meio ambiente. Segundo a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Semad), a licença prévia do projeto foi aprovada por 10
votos a favor e dois contra. As posições contrárias foram de membros da ONG Ponto Terra e da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes). Membro da ONG Abrace a Serra da Moeda, Cleverson Vidigal participou da reunião que concedeu a licença prévia ao projeto. Ele informa que a organização defendeu que os estudos hidrogeológicos tivessem sido apresentados pela empresa antes da concessão da licença. Vidigal explica que o empreendimento ficará em área de recarga do aquífero Cauê, que contribui tanto para o
rio das Velhas quanto para o Paraopeba, que compõem a bacia que abastece a Capital. Com a impermeabilização provocada pelo empreendimento e com o bombeamento de água do aquífero, pode haver prejuízo aos rios e, consequentemente, ao abastecimento. Maury Bastos informa que o empreendimento só avançará após a realização de estudo hidrogeológico, condicionante para a obtenção da licença de implantação. Segundo ele, tal levantamento irá monitorar a capacidade de recarga do aquífero Cauê. Além disso, segundo ele,
o projeto prevê que apenas 36% das áreas serão ocupadas, havendo reservas ambientais além do exigido em lei. Também foi feita parceria com o Ministério Público para que dois institutos de referência do órgão avaliem os estudos de viabilidade hídrica. De acordo com informações da Semad, o empreendimento está previsto para ser implantado em quatro fases. Para cada uma das etapas é exigida a demonstração de disponibilidade hídrica suficiente para não impactar no abastecimento público da Capital e região metropolitana.
EDUCAÇÃO UNIVERSIDA DE SÃO PAULO/DIVULGAÇÃO
Brasil perde seis universidades entre as mil melhores do mundo São Paulo - O Brasil tem seis universidades a menos classificadas entre as mil melhores do mundo, segundo o ranking divulgado anualmente pela publicação britânica “Times Higher Education” (THE), uma das principais em avaliação do ensino superior. É o segundo ano consecutivo que o País perde espaço na lista. Na edição deste ano, são 15 brasileiras ante 21 no ano passado e 27 em 2016. O diretor editorial da publicação, Phil Baty, diz que a saída de instituição entre as mil melhores alerta para um “quadro sombrio” no Brasil, com os cortes no financiamento. “Você simplesmente não pode alimentar instituições de pesquisa de nível mundial com cortes de financiamento, e os sérios problemas econômicos enfrentados pelo Brasil não são um bom presságio para o futuro. O declínio de financiamento e os declínios no ranking podem alimentar um círculo vicioso, com os talentos saindo do País. O Brasil precisa encontrar uma maneira de obter recursos vitais em suas universidades, públicas ou privadas, para revitalizar o sistema e conter o declínio”, disse. A Universidade de São Paulo (USP) segue como a primeira do País, em um grupo que está entre as 251 e 300 melhores universidades. Após a posição nº 200, o ranking deixa de considerar as instituições de forma
unitária e passa a considerá-las por grupos. No ano passado, a universidade também estava neste grupo, embora a pontuação tenha tido ligeira melhora em itens como ambiente de ensino, impacto das citações e perspectiva internacional. O que pesou para a universidade foi a queda da pontuação de pesquisa, segundo informa a equipe da THE, em nota A Universidade de Campinas (Unicamp) é a segunda instituição brasileira melhor avaliada, como no ano passado. Apesar da ligeira melhora na pontuação geral, a instituição também teve queda na avaliação em
pesquisa. Apesar de ter menos universidades entre as mil melhores, a presença do Brasil no ranking foi maior
neste ano (com 36, ante 32 no ano passado) já que a edição classificou 1,1 mil instituições. Para isso, foram ranqueadas 1.250 universi-
dades de 36 países. A avaliação do THE utiliza informações como número de citações em pesquisa, nível de internacionaliza-
ção, grau de titulação dos professores e transferência de conhecimento para a sociedade - além de outros aspectos. (AE)
São Paulo - Pela primeira vez em quatro anos, o Financiamento Estudantil (Fies) não foi o principal financiador dos alunos matriculados em universidades particulares brasileiras. Dados do Censo da Educação Superior 2017 mostram que, no ano passado, houve uma expansão de outras formas de financiamento - a principal delas o crédito de instituições privadas. Das 6,2 milhões de matrículas no ensino superior privado em 2017, 2,8 milhões (46,3%) tiveram algum tipo de financiamento ou bolsa (privada ou pública). Foi o maior percentual de matrículas financiadas desde 2009. O Fies corres-
pondeu a 1,07 milhão de financiamentos (37,1%) e o Programa Universidade para Todos (ProUni), por 609,4 mil (21,1%). A maioria ficou concentrada no setor privado: pelas próprias instituições de ensino, bancos ou empresas especializadas, com 1,2 milhão de contratos (41,8%). Nesse total também são incluídas as bolsas concedidas por instituições privadas dentro de programas governamentais - em contrapartida, elas recebem isenção fiscal ou abatem dívidas com a União. “A partir de 2015, quando houve a redução do Fies, as instituições de ensino buscaram opções para que
o aluno pudesse permanecer no ensino superior. Para isso, fizeram parcerias com instituições financeiras para subsidiar os juros ou passaram a oferecer crédito próprio. Ainda assim, há uma demanda enorme de jovens que querem ingressar na faculdade, mas não têm condições financeiras de arcar com esse financiamento privado”, afirma o diretor da Associação Brasileira de Mantenedoras do Ensino Superior, Solon Caldas. Desde 2014, o Fies permanecia como o principal financiador e chegou, naquele ano, a ser responsável por 1,33 milhão de contratos. A tendência
é de que diminua ainda mais sua participação nos dados de 2018, por causa das alterações nas regras de concessão.
zou a redução do Fies nos financiamentos. “Somando os dois programas (Fies e ProUni), o governo federal ainda é o maior financiador. O ProUni, no ano passado, teve um aumento de 13,1% no número de contratos em relação ao ano anterior.” Apesar da segunda queda consecutiva nos contratos do Finaciamento Estudantil, o ministro defende a regra atual. “Não dá para manter a responsabilidade de colocar o financiamento sem controle. É claro que sempre que possível, e se tivermos condições com responsabilidade, vamos continuar o financiamento em várias modalidades para os estudantes.” (AE)
Em ranking de publicação britânica, a USP segue como a primeira do País, mas com perdas de pontuação em pesquisa
Fies não é mais o principal financiador dos alunos Mudanças - Para reverter o baixo índice de contratação, o governo federal mudou para o segundo semestre deste ano parte da regulamentação, com o financiamento de no mínimo 50% do valor da mensalidade. Antes, a parcela mínima chegava a 8%. Outra mudança foi o aumento do teto das mensalidades, de R$ 5 mil para R$ 7,1 mil. Durante a apresentação dos dados do censo, o ministro da Educação, Rossieli Soares, minimi-
6
BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 27 DE SETEMBRO DE 2018
ECONOMIA DIVULGAĂ‡ĂƒO
ENERGIA
Programa do BNDES vai estimular fontes renovĂĄveis Banco terĂĄ novas linhas de crĂŠdito Rio de Janeiro/ SĂŁo Paulo - O Banco Nacional de Desenvolvimento EconĂ´mico e Social (BNDES) vai lançar hoje um programa de fomento Ă geração de energia solar e eĂłlica, disse Ă Reuters uma fonte prĂłxima Ă s discussĂľes, em um programa com recursos “bilionĂĄriosâ€? para empresas e pessoas fĂsicas. O anĂşncio vem em meio a uma busca do presidente Michel Temer por uma agenda positiva Ă s vĂŠsperas da eleição de 7 de outubro. O presidente inclusive deverĂĄ participar do lançamento do programa no BNDES, adicionou a fonte, que falou sob a condição de anonimato. O anĂşncio do banco deverĂĄ envolver duas linhas de crĂŠdito para energia solar e eĂłlica, com uma delas voltada a financiar a compra de equipamentos de geração renovĂĄvel por parte de pessoas fĂsicas e microempresas e outra linha para empresas maiores. “SerĂŁo valores significativos e robustosâ€?, afirmou a fonte, sem abrir os nĂşmeros. “SerĂŁo linhas com condiçþes favorĂĄveis a ponto de estimular a geração renovĂĄvel. A linha para pessoas fĂsicas e microempresas terĂĄ juros menoresâ€?. Uma segunda fonte com conhecimento das conversas afirmou que os recursos para a linha voltada a micro e pequenas empresas virĂŁo do Fundo Clima, enquanto a linha voltada a empresas maiores usarĂĄ recursos do programa Finame, de financiamento de mĂĄquinas e equipamentos. “O Finame para esse programa serĂĄ na casa de bilhĂľes (de reais)â€?, disse. O movimento do BNDES e do governo acontece em meio a um expressivo crescimento no Brasil dos investimentos de empresas e pessoas fĂsicas em pequenas instalaçþes para produção da prĂłpria energia, principal-
mente com painĂŠis solares, uma tecnologia conhecida no setor como geração distribuĂda. Mais investimentos - A Petrobras assinou ontem com a empresa norueguesa Equinor ASA - Equinor (ex-Statoil) um memorando de entendimentos (MoU) visando ao desenvolvimento conjunto de negĂłcios no segmento de energia eĂłlica Recursos ofertados pelo BNDES para investimentos serĂŁo destinados tanto a pessoas fĂsicas quanto a pessoas jurĂdicas offshore no Brasil. “No âmbito da parceria estratĂŠgica entre as duas empresas, a Petrobras e a Equinor vĂŞm investigando BrasĂlia - Quatro anos apĂłs a apro- caçþes, que normalmente sĂŁo mais Possibilidades - Na consulta pĂşoutras ĂĄreas potenciais de vação de uma regra para o compar- baixas, e acabou derrubando seis blica, as agĂŞncias apresentam quacooperação, incluindo detilhamento de postes entre empresas postes. Quem paga essa conta ĂŠ o tro possibilidades para revisĂŁo da senvolvimento de iniciativas de energia e de telecomunicaçþes, consumidor de energia elĂŠtrica, pois norma: manutenção das condiçþes em energias renovĂĄveisâ€?, apenas 9 milhĂľes de postes foram os postes substituĂdos se refletem atuais; retirada da regulamentação diz a estatal. regularizados e adaptados conforme na tarifaâ€?, destacou Ruelli. e do preço de referĂŞncia; homoloSegundo a empresa, a reagação de condiçþes pĂşblicas para a norma. Atualmente, hĂĄ cerca de 46 O poste ĂŠ um ativo da concessĂŁo, lização de estudos conjuntos milhĂľes de postes em todo o PaĂs. mas formalmente pertence aos concontratação; estabelecimento de com a Equinor faz parte da Os dados sĂŁo da AgĂŞncia Nacional sumidores, e nĂŁo Ă distribuidora de preços que reflitam, alĂŠm do custo estratĂŠgia da Petrobras em de Telecomunicaçþes (Anatel) e da energia. Para fixar fios que ofereçam do poste, outros fatores regionais, desenvolver negĂłcios de alto AgĂŞncia Nacional de Energia ElĂŠtrica sinal de internet, telefonia e TV por como saturação e demanda. “NĂŁo valor em energia renovĂĄvel, (Aneel), que decidiram ontem abrir assinatura, as teles tĂŞm que pagar temos um pacote preconcebido. em parceria com grandes uma consulta pĂşblica para rever a Ă s distribuidoras. Dos valores ar- Temos algumas ideias e queremos players globais, visando Ă resolução. recadados, 60% sĂŁo revertidos em debatĂŞ-las com a sociedade e os transição para uma matriz A principal preocupação ĂŠ esdescontos nas tarifas de energia e playersâ€?, afirmou Pepitone. de baixo carbono. tabelecer regras que propiciem Um dos problemas do comparti40% ficam com as empresas. O MoU nĂŁo estabelece mais segurança para os usuĂĄrios. O Atualmente, de acordo com o lhamento de postes ĂŠ o fato de que obrigaçþes para as partes limite de pontos de fi xação a serem diretor-geral da Aneel, AndrĂŠ Peas companhias de telecomunicaçþes empreenderem quaisquer conectados em cada poste varia de pitone, os postes regularizados mantĂŞm cabos desligados nos posnegĂłcios, mas indica a in4 a 6, mas hĂĄ outros 9 milhĂľes de rendem R$ 1,2 bilhĂŁo para o setor tes apenas para ocupar o espaço tenção das empresas em elĂŠtrico R$ 720 milhĂľes fi cam com e evitar que outros concorrentes postes sobrecarregados, com mais trabalhar conjuntamente de 20 conexĂľes. No ritmo atual, em o consumidor. “Esses recursos sĂŁo possam usĂĄ-lo. Essa estratĂŠgia afeta para desenvolver projetos que cada uma das 54 distribuidoras usados para abater custos na distri- principalmente os pequenos proveno segmento de energia tĂŞm a meta de regularizar 2,1 mil buição de energia. Estamos falando dores. “Temos alguns ativos que na eĂłlica offshore. postes por ano, seria preciso quase em uma redução de 0,4% na tarifa. verdade sĂŁo passivos. SĂŁo cabos sem A Petrobras possui quatro um sĂŠculo para regulamentar todos Nossa expectativa, quando tudo uso deixados por alguma manobra parques eĂłlicos onshore em os postes do PaĂs. estiver regularizado, ĂŠ que a receita de rede e que ocupam os postesâ€?, parceria, no Estado do Rio “Precisamos revisitar o processo. atinja R$ 4 bilhĂľes e que o desconto reconheceu o presidente da Anatel, Grande do Norte, totalizanA fotografi a nĂŁo estĂĄ boaâ€?, disse o chegue a 1,2%â€?, disse. Juarez Quadros. do 104 MW instalados. Esses superintendente de Mediação AdO preço de conexĂŁo ĂŠ livremente Outra preocupação da Anatel e parques foram negociados acordado entre as distribuidoras e ministrativa, Ouvidoria Setorial e da Aneel ĂŠ adaptar as regras para no Ambiente de ComerciaParticipação PĂşblica, AndrĂŠ Ruelli, as teles, mas quando hĂĄ confl ito, o futuro. Para a tecnologia 5G, lização Regulado (ACR), em referĂŞncia aos postes sobrecarreas empresas podem procurar a que precisa de mais antenas, tudo no leilĂŁo de energia de regados de fi os nas principais capitais. câmara de mediação das agĂŞncias, indica que os postes serĂŁo ainda serva de 2009, e entraram O excesso de fi os em um mesmais demandados. As tecnologias que arbitra o caso. Atualmente, o em operação em 2011. A mo poste tambĂŠm oferece risco Ă preço de referĂŞncia por ponto de 3G e 4G contam com torres que companhia tambĂŠm possui vida de funcionĂĄrios que fazem a fixação ĂŠ de R$ 3,80. Desde que a transmitem sinal com abrangĂŞncia uma unidade de pesquisa e manutenção das estruturas e aos regra entrou em vigor, em 2014, de 15 quilĂ´metros, mas a 5G, por desenvolvimento em energia prĂłprios usuĂĄrios, alĂŠm de custos os casos de conflitos aumentaram usar uma frequĂŞncia mais alta, solar fotovoltaica de 1,1 MW consideravelmente. Em 2015, foram provavelmente teria que contar com ao consumidor. no Rio Grande do Norte, 34; em 2016, 80; em 2017, 140; e atĂŠ uma antena em cada poste. “Esse “Recentemente, tivemos o caso onde estĂŁo sendo avaliadas agosto deste ano, 182. “O preço foi problema deve aumentar, por isso de uma pequena concessionĂĄria as operaçþes de quatro tipos de energia, em que um caminhĂŁo o tema de 92% das solicitaçþes deste precisamos revisitar essa regraâ€?, de tecnologia. (Reuters/AE) enroscou nas redes de telecomuni- anoâ€?, informou Pepitone. disse Quadros. (AE)
ENERGISA MINAS GERAIS DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A. - COMPANHIA ABERTA CNPJ/MF: 19.527.639/0001-58 - NIRE: 31.3.000.4099-2 Ata de ReuniĂŁo do Conselho de Administração realizada em 21 de Setembro de 2018 1. Data, Hora e Local: Realizada Ă s 15 horas do dia 21 de setembro de 2018, na Av. Pasteur, n° 110, 5° andar, Botafogo, Cidade do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro. 2. Convocação e Presença: Convocados regularmente todos os membros do Conselho de Administração da Energisa Minas Gerais – Distribuidora de Energia S.A. (“Companhia´ YHULÂżFRX VH D FRPSRVLomR GH TXyUXP VXÂżFLHQWH SDUD D LQVWDODomR GD presente reuniĂŁo do Conselho de Administração. 3. Mesa: Os trabalhos foram presididos pelo Sr. Ivan Muller Botelho e secretariados pelo Sr. Carlos Aurelio M. Pimentel. 4. Ordem do Dia: 'HOLEHUDU D UHVSHLWR GDV VHJXLQWHV PDWpULDV L D UHWLÂżFDomR GR LWHP 5.2, subitem (XVII) da ata da reuniĂŁo do conselho de administração da Companhia realizada em 4 de setembro de 2018, Ă s 11:00 horas (“RCA´ H LL D UDWLÂżFDomR GDV demais deliberaçþes tomadas na referida RCA. 5. Deliberaçþes: Instalada a presente UHXQLmR DSyV H[DPH H GLVFXVVmR GD PDWpULD FRQVWDQWH GD RUGHP GR GLD RV PHPEURV presentes do Conselho de Administração da Companhia deliberaram, por unanimiGDGH GH YRWRV H VHP TXDLVTXHU UHVWULo}HV $XWRUL]DU D ODYUDWXUD GD SUHVHQWH DWD HP IRUPD GH VXPiULR $XWRUL]DU D UHWLÂżFDomR GR LWHP VXELWHP ;9,, GD DWD GD 5&$ FRQIRUPH D UHGDomR DEDL[R “(XVII) Juros RemuneratĂłrios. Sobre o Valor 1RPLQDO $WXDOL]DGR GDV 'HErQWXUHV LQFLGLUmR MXURV UHPXQHUDWyULRV FRUUHVSRQGHQWHV D XP GHWHUPLQDGR SHUFHQWXDO DR DQR D VHU GHÂżQLGR QR 3URFHGLPHQWR GH %RRNEXLOGLQJ HP TXDOTXHU FDVR OLPLWDGR D FLQTXHQWD FHQWpVLPRV SRU FHQWR DR DQR EDVH GX]HQWRV H FLQTXHQWD H GRLV 'LDV Ă’WHLV DFUHVFLGD H[SRQHQFLDOPHQWH GD WD[D LQWHUQD de retorno do Tesouro IPCA com juros semestrais, com vencimento em 15 de agosto de 2024 (Tesouro IPCA+2024), baseada na cotação indicativa divulgada pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais - ANBIMA em sua pĂĄgina na rede mundial de computadores (http://www.anbima.com.br), a ser apurada QR IHFKDPHQWR GR 'LD Ă’WLO LPHGLDWDPHQWH SRVWHULRU j GDWD GH UHDOL]DomR GR 3URFHGLPHQWR GH %RRNEXLOGLQJ Âł-XURV 5HPXQHUDWyULRV´ 2V -XURV 5HPXQHUDWyULRV VHUmR calculados em regime de capitalização composta de forma pro rata temporis por Dias Ă’WHLV GHFRUULGRV GHVGH D 3ULPHLUD 'DWD GH ,QWHJUDOL]DomR FRQIRUPH DEDL[R GHÂżQLGR RX D 'DWD GH 3DJDPHQWR GRV -XURV 5HPXQHUDWyULRV FRQIRUPH DEDL[R GHÂżQLGR LPHdiatamente anterior, conforme o caso, atĂŠ a data de seu efetivo pagamento (“PerĂodo de Capitalização´ H GHYHUmR VHU SDJRV DR ÂżQDO GH FDGD 3HUtRGR GH &DSLWDOL]DomR RX QD GDWD GD OLTXLGDomR DQWHFLSDGD UHVXOWDQWH GR YHQFLPHQWR DQWHFLSDGR GDV REULJDo}HV GHFRUUHQWHV GDV 'HErQWXUHV RX GR 5HVJDWH 2EULJDWyULR GH DFRUGR FRP D IyUPXOD D VHU SUHYLVWD QD (VFULWXUD GH (PLVVmR 3DUD RV ÂżQV GD SUHVHQWH DWD D H[SUHVVmR “'LD V Ă’WLO HLV ´ VLJQLÂżFD TXDOTXHU GLD H[FHomR IHLWD DRV ViEDGRV GRPLQJRV H IHULDGRV GHFODUDGRV QDFLRQDLV QD 5HS~EOLFD )HGHUDWLYD GR %UDVLO ´ 5DWLÂżFDU DV GHPDLV GHOLEHUDo}HV WRPDGDV QD UHIHULGD 5&$ TXH QmR WHQKDP VLGR H[SUHVVDPHQWH DOWHUDGDV SRU esta reuniĂŁo do conselho de administração e todos os atos praticados pela Diretoria e os demais representantes legais da Companhia com relação Ă s deliberaçþes acima e Ă emissĂŁo aprovada pela RCA. 6. Encerramento: NĂŁo havendo mais nada a ser tratado, o Presidente deu a reuniĂŁo por encerrada, sendo lavrada a presente ata na forma GH VXPiULR TXH GHSRLV GH OLGD H DSURYDGD IRL DVVLQDGD SRU WRGRV RV SUHVHQWHV DV Ivan MĂźller Botelho - Presidente; as) Carlos AurĂŠlio M. Pimentel - SecretĂĄrio. Conselheiros DV ,YDQ 0 OOHU %RWHOKR DV 5LFDUGR 3HUH] %RWHOKR DV 0DUFLOLR 0DUTXHV 0Rreira; as) Marcelo Silveira da Rocha; as) Omar Carneiro da Cunha Sobrinho. Confere FRP R RULJLQDO TXH VH HQFRQWUD ODYUDGR QR /LYUR GH $WDV GH 5HXQL}HV GR &RQVHOKR GH Administração da Energisa Minas Gerais – Distribuidora de Energia S.A. Cataguases, GH VHWHPEUR GH &DUORV $XUpOLR 0 3LPHQWHO 6HFUHWiULR &HUWLÂżFR TXH R DWR assinado digitalmente, da empresa ENERGISA MINAS GERAIS - DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A., de nire 3130004099-2 e protocolado sob o nĂşmero 18/509.603-4 em 25/09/2018, encontra-se registrado na Junta Comercial sob o nĂşmero 7010094, em 25/09/2018. O ato foi deferido digitalmente pela 5ÂŞ TURMA DE VOGAIS. Assina R UHJLVWUR PHGLDQWH FHUWLÂżFDGR GLJLWDO D 6HFUHWiULD *HUDO 0DULQHO\ GH 3DXOD %RPÂżP
Anatel e Aneel querem rever compartilhamento
LeilĂŁo da Eletrobras nĂŁo deve ter grandes disputas SĂŁo Paulo - Um leilĂŁo em que a estatal Eletrobras oferecerĂĄ a investidores hoje diversos lotes de participaçþes em parques eĂłlicos e linhas de transmissĂŁo jĂĄ em operação deve atrair grandes empresas, mas a movimentação nos bastidores sinaliza que o certame nĂŁo deverĂĄ registrar uma disputa intensa, disseram especialistas Ă Reuters. A estatal fixou um preço total mĂnimo de R$ 3,1 bilhĂľes pelo pacote de ativos, que envolve dez lotes de fatias em empreendimentos de transmissĂŁo e oito lotes de açþes da companhia em usinas eĂłlicas. Mas a maior parte dos ativos ĂŠ de participaçþes minoritĂĄrias - apenas trĂŞs deles compreendem uma parcela majoritĂĄria dos projetos, o que pode afastar alguns
interessados que pretendem ter o controle do negĂłcio em uma aquisição. “Temos visto um interesse mĂŠdio. Alguns interessados, mas, acho que, por vĂĄrias razĂľes, pelo momento atual, e pelas caracterĂsticas dos ativos tambĂŠm, a gente nĂŁo viu uma movimentação tĂŁo grande especialmente na licitação de participaçþes minoritĂĄrias, nĂŁo ĂŠ algo simplesâ€?, afirmou Ă Reuters o sĂłcio de energia do escritĂłrio de advogados Mattos Filho, Fabiano Brito. O sĂłcio da consultoria Thoreos, AndrĂŠ Mota, tem visĂŁo semelhante - ele explicou que muitas empresas sĂł entrariam em uma aquisição para ter o controle do negĂłcio e que alguns agentes sĂŁo resistentes a ter como sĂłcias algumas das empresas parceiras da Eletrobras nos
projetos Ă venda. “Eu acredito que alguns lotes possam nĂŁo ter tanta competição, mas para cada lote acho que sempre vai ter um ‘player’ com interesse. Talvez tenha um ‘vazio’ (sem lances), mas igual a gente jĂĄ viu em leilĂľes no passado, de ser um fracasso, vĂĄrios lotes vazios, isso eu nĂŁo acreditoâ€?, projetou. Setor atrativo - Para o sĂłcio-fundador do escritĂłrio de advogados Souza, Mello e Torres, Luis Semeghini de Souza, o apetite de investidores por negĂłcios em transmissĂŁo de energia e geração renovĂĄvel no Brasil deve ser suficiente para garantir vendas no leilĂŁo mesmo em um cenĂĄrio de incerteza polĂtica no PaĂs. “HĂĄ uma movimentação compatĂvel com a qualidade
dos ativos. NĂŁo ĂŠ uma grande movimentação, nĂŁo ĂŠ um interesse extraordinĂĄrio, seja pelo tipo de ativo que estĂĄ sendo colocado, seja pelo movimento polĂtico. Mas alguĂŠm sempre aparece. TransmissĂŁo ĂŠ uma coisa que tem muita demanda, e energia renovĂĄvel ĂŠ a energia da vezâ€?, afirmou. Entre as empresas que sĂŁo sĂłcias da Eletrobras nos ativos de transmissĂŁo colocados Ă venda estĂŁo a Taesa, por exemplo, que jĂĄ declarou o interesse em exercer seu direito de preferĂŞncia no leilĂŁo, e a Equatorial Energia. A Equatorial, inclusive, chegou a comprar um dos projetos da Eletrobras antes, mas o Tribunal de Contas da UniĂŁo (TCU) exigiu que o negĂłcio fosse desfeito e o ativo incluĂdo no leilĂŁo. (Reuters)
BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 27 DE SETEMBRO DE 2018
7
ECONOMIA COMÉRCIO EXTERIOR
Apex tenta impulsionar exportações do Brasil Agência tem procurado mudar realidade nacional, fomentando a venda de produtos de maior valor agregado Santiago - A pauta de exportações brasileira é conhecida pela predominância dos chamados produtos básicos. Segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic), de janeiro a agosto deste ano, as vendas dos não industrializados lideraram a arrecadação do Brasil com exportações. Já os industrializados, cuja fabricação exige tecnologia, alcançaram patamares bem menores. A equação não é considerada saudável por economistas, pois a balança comercial do País fica refém do vaivém da cotação internacional dos produtos básicos, também conhecidos como commodities. Os dados do ministério apontam que, de janeiro a agosto, a soja respondeu por 33% do valor exportado, seguida pelos óleos brutos de petróleo, com 19,56%, e pelo minério de ferro, com 15,96%. Enquanto isso, itens manufaturados tiveram presença bem menor, como os automóveis de passageiros, que, no mesmo período, responderam por 6,71% das vendas externas. Produtos de valor agregado da indústria de bebidas e alimentos geraram ainda menos receita. Para citar alguns exemplos, do início de 2018 até agosto, os refrigerantes e outras bebidas não alcoólicas, a margarina e o vinho de uvas responderam, cada um, por 0,01% do valor total exportado pelo Brasil. Há um esforço no sentido de mudar essa realidade. A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) atua através do Programa de Capacitação para Exportação (PEIEX) capacitando empresários – muitos de pequenas indústrias – para exportar seus produtos de maior valor agregado. Além disso, articula o contato com clientes em potencial, como está ocorrendo esta semana durante a LAC Flavors - feira de bebidas e alimentos promovida no Chile pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Uma missão organizada pela Apex levou 62 empresários brasileiros para participar de rodadas de negócios e expor seus produtos no evento.
ALISSON J. SILVA
Bens manufaturados brasileiros ainda têm pouco acesso ao mercado internacional: neste ano, as vendas de automóveis atingiram participação de 6,71%
das fronteiras nacionais está a bióloga Fernanda Matias, dona da startup de biotecnologia Meltech. Nascida em Mossoró, Rio Grande do Norte, a empresa produz hidromel (uma espécie de vinho de mel) e kombucha, um probiótico (produto com microrganismos vivos) que, além do sabor, traz benefícios à saúde. “É um refrigerante natural”, diz Fernanda, cuja ideia para criar a empresa veio da situação de sua região. “A região é muito rica em alguns produtos, e um deles é o próprio mel. Mas, há alguns anos, caiu muito a produção por falta de chuvas. As abelhas começaram a morrer e as famílias começaram a ficar sem dinheiro. Como faltam políticas públicas na
região, o pessoal não sabia fazer o manejo (para continuar extraindo mel). Pensei em começar a trabalhar com um produto de valor agregado, para essas famílias voltarem a produzir”, explica a bióloga, que tem doutorado em biotecnologia. Segundo Fernanda, também houve a iniciativa de uma professora da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa), que passou a oferecer cursos aos produtores. “A gente acabou se juntando. Ela soube de mim e eu soube dela”, conta. Agora, Fernanda prepara-se para a inserção concomitante dos seus produtos no mercado nacional e internacional. De acordo com ela, a empresa já nasceu de olho na pos-
sibilidade de exportação. A bióloga acredita que as bebidas farão sucesso no exterior. “Nossos produtos têm características únicas. A vida útil do nosso kombucha é 12 meses, enquanto do comum são três. Patenteamos a fórmula. Falta patentear a do hidromel. Vamos começar tudo junto, mercado interno e externo. Quando a empresa ainda estava sendo incubada, há dois anos, eu já participava do PEIEX”, conta, referindo-se à capacitação para exportadores da Apex. Segundo ela, após a LAC Flavors, a empresa está em negociação com quatro países: Argentina, República Tcheca, Costa Rica e Reino Unido. (ABr)
Cachaça busca espaço fora do País
Com outro produto típico brasileiro, a cachaça, o empresário Ademilson Tápparo, dono do Dom Tápparo Engenho, em São José do Rio Preto, interior de São Paulo, também busca inserção no mercado internacional. O engenho, uma empresa familiar há 40 anos no mercado, sempre vendeu sua produção no âmbito regional. Mas, recentemente, Ademilson firmou parcerias para garantir a presença em grandes supermercados e, agora, espera que os estrangeiros se encantem por cachaças como a Cabaré e a Dom Tápparo. O industrial também fabrica Biotecnologia - Entre os licores coquetéis. participantes interessados “O custo-benefício para em fazer seu produto ir além a exportação é melhor. O
imposto que a gente paga para vender internamente, no Brasil, é bem maior. A degustação que a gente fez (durante a LAC Flavors) teve boa aceitação”, afirma o empresário. Segundo Ademilson, Chile, Costa Rica, Austrália, República Tcheca, Panamá, Alemanha, Equador e Paraguai estão entre os países que demonstraram interesse nos produtos. Valor agregado - Segundo Márcia Nejaim, diretora de Negócios da Apex, apesar de os produtos básicos ainda serem o destaque da pauta de exportações brasileiras, o País tem conseguido ocupar espaços com seus produtos industrializados. “Se você
olhar a pauta para a Argentina, é muito valor agregado. Para os Estados Unidos também. É verdade que o Brasil é um dos países mais competitivos no agronegócio. Mas é importante investir também nas empresas com manufaturados, tecnologia”. O chefe da Divisão de Comércio e Investimento do BID, Fabrizio Opertti, que visitou a LAC Flavors, defendeu que os países agreguem valor a produtos e serviços que já fazem parte de sua cultura e particularidades, e citou o caso do Brasil. “É preciso agregar valor às nossas vantagens comparativas. Um país como o Brasil é uma superpotência de alimentos”, declarou. (ABr)
PETRÓLEO EM ALTA
Impacto de preços preocupa Petrobras São Paulo - A BR Distribuidora, da Petrobras, tem monitorado a alta nos preços do petróleo de olho no potencial impacto das cotações sobre a demanda por combustíveis, disseram executivos da empresa, em coletiva de imprensa, ontem, após tradings chegarem a prever nesta semana preços de até US$ 100 por barril ao final do ano. “É lógico que a gente torce para essa previsão não estar certa, porque nós da distribuição não queremos ultrapassar o limite da capacidade orçamentária dos consumidores. Esse é o risco de redução do volume, apesar de a gente ver uma certa inelasticidade da demanda”, afirmou o presidente do Conselho de Administração da
BR, Augusto Cruz. “Nossa remuneração se dá muito mais pelo giro, por isso a preocupação. Sobe o preço, o volume cai, o preço cai, aumenta o volume. A gente no giro gosta mais desse segundo cenário, com preço um pouco menor e volume um pouco maior, onde nós podemos girar nosso ativo mais rapidamente”, adicionou. O executivo, que falou após evento em que a BR comemorou a adesão ao Programa Destaque em Governança de Estatais da bolsa B3, ressaltou, no entanto, que o peso do setor de transportes na economia brasileira e as características da malha viária do País ajudam a sustentar em parte a demanda. O presidente da BR, Ivan
de Sá, afirmou que o petróleo mais caro poderia ainda gerar outros impactos na empresa, embora tenha minimizado os efeitos sobre as operações. “Um nível de preço mais alto vai de alguma forma, sim, colocar a demanda sob algum tipo de estresse maior. Mas não acho que nossa atividade seja tão prejudicada. Tem alguns aspectos que são, sim, negativos, (como) maior capital de giro empregado, mas também não temos uma mudança radical dos nossos planos por conta da elevação do preço do petróleo”, disse. Vendas aquém - Antes, o presidente da BR havia admitido que o desempenho das vendas de combustíveis no País tem ficado abaixo do esperado pela companhia
neste ano, embora sem citar números. “Certamente o desempenho em termos de volume não é o que se esperava para o ano. Mas tem alguns sinais, até positivos, vindo de alguns segmentos”, destacou. Ele atribuiu a situação à recuperação mais lenta que o esperado na economia e a efeitos de uma histórica greve de caminhoneiros em maio. “Nosso esforço é de manter um volume de venda compatível com o volume de nossas operações, mas tem uma parte que o mercado que vai nos dizer. A gente está preparado para atender essa demanda e uma demanda até maior. A gente espera que a economia como um todo possa ter desempenho melhor”, acrescentou. (Reuters)
BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 27 DE SETEMBRO DE 2018
8
INTERNACIONAL ESTADOS UNIDOS
Fed atende expectativa e eleva taxa de juros Juros da economia americana tiveram alta de 0,25 ponto percentual; novo aumento ĂŠ esperado em dezembro Washington - O Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, elevou a taxa de juros ontem, como esperado, e deixou sua perspectiva de polĂtica monetĂĄria para os prĂłximos anos praticamente inalterada em meio ao crescimento econĂ´mico estĂĄvel e a um mercado de trabalho forte no paĂs. Em um comunicado que marcou o fim da era de polĂtica monetĂĄria “expansionistaâ€?, as autoridades do Fed elevaram os juros bĂĄsicos em 0,25 ponto percentual, para um intervalo de 2,00% a 2,25%. O Fed ainda prevĂŞ outro aumento de juros para 2018, em dezembro, mais trĂŞs no ano que vem e um aumento em 2020. Isso colocaria os juros do banco central americano em 3,4%, cerca de 0,5 ponto percentual acima da taxa de juros “neutraâ€? estimada, na qual os juros nĂŁo estimulam nem restringem a economia. A projeção ĂŠ de que essa postura de polĂtica monetĂĄria de maior rigidez permaneça atĂŠ 2021. Mas o Fed vĂŞ a economia norte-americana crescendo a um ritmo mais rĂĄpido do que o esperado de 3,1% este ano e continuando a expandir moderadamente por, pelo menos, mais trĂŞs anos, em
Nova perspectiva - O Federal Reserve nĂŁo inseriu nenhuma linguagem substituta para a frase, que foi algo bĂĄsico em sua orientação para os mercados financeiros e a população norte-americana durante grande parte da Ăşltima dĂŠcada. A redação se tornou menos e menos precisa desde que o banco central americano começou a aumentar os juros no final de 2015 de um nĂvel prĂłximo de zero, e sua remoção significa que o Fed agora considera juros quase neutros. O aumento divulgado ontem pelo banco central dos Estados Unidos foi o terceiro realizado em 2018 e o sĂŠtimo nos Ăşltimos oito trimestres. Antes do comunicado de ontem, os operadores colocavam a chance de um aumento dos juros em 95%, de acordo com o CME Group. (Reuters)
RESIDĂŠNCIA MÉDICA EDITAL DE CONVOCAĂ‡ĂƒO PARA O PROCESSO SELETIVO UNIFICADO DE RESIDĂŠNCIA MÉDICA 2019 DO HOSPITAL BELO HORIZONTE A GESTHO – GESTĂƒO HOSPITALAR S/A (HOSPITAL BELO HORIZONTE) C.N.P.J. sob nÂş 03.490.958/0001-04 Av. AntĂ´nio Carlos, 1.694 – Bairro Cachoeirinha – Belo Horizonte – MG – CEP 31130-122 Torna pĂşblico, conforme dispĂľe Resolução CNE nÂş 3 de 22/06/2016, Lei 6932 de 07/07/1981, Resolução PlenĂĄria 001/2009-CEREM-MG e as seguintes Resoluçþes da ComissĂŁo Nacional de ResidĂŞncia MĂŠdica - CNRM /MEC: 04/2007, 04/2011 e 01/2017 que estarĂŁo abertas as inscriçþes para seleção dos candidatos ao preenchimento de vagas nos Programas de ResidĂŞncia MĂŠdica oferecidos, Programas estes credenciados pela ComissĂŁo Nacional de ResidĂŞncia MĂŠdica – CNRM/MEC UNIDADES E VAGAS DOS PROGRAMAS COM ENTRADA DIRETA:
ž PEDIATRIA
CHRIS WATTIE/REUTERS
meio ao desemprego baixo e inflação estĂĄvel perto da meta de 2% do banco central dos Estados Unidos. “O mercado de trabalho continuou a se fortalecer. A atividade econĂ´mica vem subindo a um ritmo forteâ€?, disse o Fed em comunicado que removeu sua antiga referĂŞncia ao fato de que a polĂtica monetĂĄria permanecia “expansionistaâ€?.
–
02 (duas) vagas – Duração: 03 (Três) anos. Parecer CNRM Nº 132/2007 aprovado em 12/12/2007.
ž ANESTESIOLOGIA –
02 (duas) vagas – Duração: 03 (Três) anos. Parecer CNRM Nº 538/2016 aprovado em 17/12/2015.
INSCRIÇÕES: 09/10 ATÉ 22/10/2018 pelo site www.aremg.org.br link “Processo Seletivoâ€?. Taxa de Inscrição por programa: R$ 160,00 (cento e sessenta reais) Data da prova: 18/11/2018 - Inicio dos Programas: a partir de 01/03/2019. O manual de instruçþes para acesso ao sistema e realização da inscrição e acompanhamento das convocaçþes serĂĄ disponibilizado no site www.aremg.org.br link “Processo Seletivoâ€?.
AnĂşncio, feito ontem pelo banco central americano, encerrou a era de polĂtica monetĂĄria expansionista no paĂs
Trump se dispĂľe a diĂĄlogo com Maduro Caracas - O presidente da Venezuela, NicolĂĄs Maduro, viajou a Nova York ontem para participar da Assembleia Geral da Organização das Naçþes Unidas (ONU), e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que estĂĄ disposto a se reunir com o lĂder socialista do paĂs sul-americano assolado por uma crise. O governo venezuelano nĂŁo havia dito, anteriormente, se Maduro participaria da reuniĂŁo da ONU. Ma-
duro afirmou, na semana passada, que poderia nĂŁo participar, acrescentando que “eles me tĂŞm na vista para me matarâ€?, sem especificar quem poderia alvejĂĄ-lo. A Casa Branca informou que nĂŁo hĂĄ nenhuma reuniĂŁo planejada entre os dois lĂderes, e o MinistĂŠrio da Informação da Venezuela nĂŁo respondeu a um pedido de comentĂĄrio. ComentĂĄrios de Trump ontem sugeriam que ele
CCPR PARTICIPAÇÕES S.A. – CNPJ n Âş 28.845.191/0001-01 – CONVOCAĂ‡ĂƒO E AVISO AOS ACIONISTAS – Na forma do disposto no Art. 19, do Estatuto Social e do art. 124 da Lei das Sociedades AnĂ´nimas - Lei n.Âş 6.404/76, convoco os acionistas da CCPR Participaçþes S.A., para participarem da Assembleia Geral OrdinĂĄria a se realizar no auditĂłrio da Cooperativa Central dos Produtores Rurais de Minas Gerais Ltda., situado Ă rua ItambĂŠ, n Âş 10, Bairro Floresta, em Belo Horizonte MG, Ă s 12 horas do dia 26 de outubro vindouro, para tratar da seguinte ordem do dia: 1) Prestação de contas da Diretoria, compreendendo: RelatĂłrio da Administração; Demonstraçþes Financeiras. 2) Eleição dos Membros da diretoria. 3) Outros assuntos de interesse da Sociedade. Comunicamos aos Senhores Acionistas que os documentos a que se refere o Art. 133 da Lei 6.404/76, relativos ao exercĂcio social ÂżQGR HP GH GH]HPEUR GH HQFRQWUDP VH j GLVSRVLomR QD VHGH VRFLDO j 5XD ,WDPEp Q ž BairroFloresta, em Belo Horizonte/MG. Belo Horizonte, 25 de Setembro de 2018. Marcelo Candiotto Moreira de Carvalho – Diretor Presidente.
EDITAL DE INTIMAĂ‡ĂƒO SINDICATO DAS EMPRESAS REVENDEDORAS DE GĂ S DO ALTO PARANAĂ?BA, NORTE, NOROESTE E TRIĂ‚NGULO MINEIRO – SINDERGĂ S ANT – MG CNPJ/MF nÂş 09.346.607/0001-00 EDITAL DE CONVOCAĂ‡ĂƒO - ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINĂ RIA Em obediĂŞncia ao Estatuto Social da Entidade e demais legislaçþes pertinentes ao assunto, pelo presente Edital, convoca todos os representantes das revendas, quites e no gozo de seus direitos sindicais, para a AssemblĂŠia Geral ExtraordinĂĄria a ser realizada em primeira convocação ĂĄs 9:00 hs (nove horas), no dia 10 (dez) de outubro de 2018, a Rua Major Gote, 1876 – b (fundo), Centro - Patos de Minas (MG), caso nĂŁo haja comparecimento legal, em segunda e Ăşltima convocação, com qualquer numero de presentes, a AssemblĂŠia serĂĄ instalada Ă s 10:00 (dez) horas, deste mesmo dia e local, com a seguinte ordem do dia: a) 'LVFXWLU DV UHLYLQGLFDo}HV GDV &DWHJRULDV 3URÂżVVLRQDLV dos Sindicatos: 1- Sindicato dos Trabalhadores no Comercio de MinĂŠrios e Derivados de PetrĂłleo no Estado de Minas Gerais, a seguir denominado, Sitramico/MG, inscrito no CNPJ/MF nr. 17.430.851/0001-77, com sede e foro jurĂdico em Belo Horizonte (MG); 2- Sindicato dos Trabalhadores no Comercio de MinĂŠrios e Derivados de PetrĂłleo de Uberaba a seguir denominado, Sintracompura/Uberaba, inscrito no CNPJ/MF nr. 23.370.570/0001-79, com sede e foro jurĂdico em Uberaba (MG); 3- Sindicato dos trabalhadores no Comercio de MinĂŠrios e Derivados de PetrĂłleo de Uberlândia e RegiĂŁo, a seguir denominado, Sintracomp/Uberlândia, inscrito no CNPJ/MF nr. 22.237.986/0001-50, com sede e foro jurĂdico em Uberlândia (MG); 4- Sindicato dos Trabalhadores no Comercio de MinĂŠrios e Derivados de PetrĂłleo e Montes Claros e RegiĂŁo, a seguir denominado, Sintracomp-MOC/MG, inscrito no CNPJ/MF nr. 25.220.062/0001-30, com sede e foro jurĂdico em Montes Claros (MG); 5- SINDICATO DOS TRABALHADORES EM TRANSPORTES RODOVIĂ RIO DE MONTES CLAROS, a seguir denominado STTRU-MOC, inscrito no CNPJ/MF nr. 21.348.198/0001-79, com sede e foro jurĂdico em Montes Claros (MG); b) Autorizar a Diretoria do Sindicato Patronal a negociar/entabular Convencoes Coletivas de Trabalho (CCT) e 7HUPRV $GLWLYRV GR SHULRGR DQR D FRP DV FDWHJRULDV SURÂżVVLRQDLV Sitramico/MG, Sintracompura/ Uberaba, Sintracomp/Uberlândia, Sintracomp/Montes Claros, Sttru-Moc 0RQWHV &ODURV DFLPD TXDOLÂżFDGDV c) Autorizar a Diretoria do Sindicato Patronal, em caso de inviabilidade da negociação acima referida, ajuizar na Justiça GR 7UDEDOKR 'LVVtGLR &ROHWLYR H RXWUDV PHGLGDV MXGLFLDLV H H[WUDMXGLFLDLV SRUYHQWXUD QHFHVVDULDV d) Fixação da &RQWULEXLomR 1HJRFLDO 3DWURQDO QDV &&7ÂśV e) Examinar, discutir e deliberar sobre outorga de poderes Ă Diretoria do 6LQGLFDWR 3DWURQDO SDUD QHJRFLDU FRP DV (QWLGDGHV 3URÂżVVLRQDLV RV KRUiULRV GH IXQFLRQDPHQWR GR FRPpUFLR QDV GDWDV HVSHFLDLV H IHULDGRV UHODWLYRV DR SHUtRGR DQR D f) Outros assuntos de interesse da classe. Patos de Minas (MG), 27 (vinte e sete) de setembro de 2018. ELIAS RODRIGUES DE ALMEIDA JĂšNIOR Sind. Emp. Rev. GĂĄs Alto ParanaĂba, Norte, Noroeste e Triângulo Mineiro
RIO BRANCO ALIMENTOS S/A - CNPJ NÂş 05.017.780/0001-04 - NIRE 3130001667-6. ATA DA ASSEMBLEIA GERAL ORDINĂ RIA E EXTRAORDINĂ RIA - REALIZADA EM 23 DE AGOSTO DE 2018 DATA, HORA E LOCAL: 23 de agosto de 2018, Ă s 10:00 horas, na sede social da companhia Ă Avenida Raja Gabaglia, nÂş 4091, subsolo, 1Âş, 2Âş e 3Âş andares, Bairro Sana LĂşcia, Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, CEP 30.350-577. CONVOCAĂ‡ĂƒO: Dispensada em face da presença da totalidade dos acionistas, nos termos do artigo 124, 4Âş da Lei nÂş 6.404/76. QUĂ“RUM: Acionistas representando a totalidade do capital social conforme assinaturas lançadas no “Livro de Presença de Acionistasâ€?. MESA: Presidente: Paulo Roberto de Oliveira Andrade; SecretĂĄria: Cristiane EmĂlia Costa Silva. ORDEM DO DIA: Deliberar sobre: 1) RelatĂłrio da Diretoria, Balanço Patrimonial e demais Demonstraçþes )LQDQFHLUDV UHODWLYDV DR H[HUFtFLR VRFLDO HQFHUUDGR HP GH GH]HPEUR GH SXEOLFDGRV QR 'LiULR 2ÂżFLDO GH 0LQDV *HUDLV Caderno 02, PĂĄgina 06, de 11/04/2018 e no Jornal O Tempo de 11/04/2018, pĂĄgina 27. 2) Distribuição de Dividendos de R$15.021.309,40 (quinze milhĂľes de reais e vinte e um mil trezentos e nove reais e quarenta centavos), sendo R$13.277.973,86 (treze milhĂľes duzentos e setenta e sete mil novecentos e setenta e trĂŞs reais e oitenta e seis centavos) referente ao exercĂcio de 2017, R$1.598.308.29 (hum milhĂŁo quinhentos e noventa e oito mil trezentos e oito reais e vinte e nove centavos) referente Ă provisĂŁo do mĂnimo obrigatĂłrio do exercĂcio de 2016 e R$ 145.027,25 (cento e quarenta e cinco mil e vinte e sete reais e vinte e cinco centavos) referente Ă provisĂŁo do mĂnimo obrigatĂłrio de exercĂcios anteriores; 3) Integralização do excedente das Reservas de Lucro no valor de R$4.650.011,60 (quatro milhĂľes seiscentos e cinquenta mil e onze reais e sessenta centavos) referente ao excedente das Reservas sobre o Capital; 4) Aumento do Capital Social da Companhia de R$58.601.130,00 (cinquenta e oito milhĂľes seiscentos e um mil e cento e trinta reais) para R$63.253.141,60 (sessenta e trĂŞs milhĂľes duzentos e cinquenta e trĂŞs mil cento e quarenta e um reais e sessenta centavos), sem a emissĂŁo de novas açþes, alterando-se como consequĂŞncia o Artigo Quinto do Estatuto Social. $OWHUDomR GR DUWLJR 4XLQWR GR (VWDWXWR 6RFLDO GH IRUPD D UHĂ€HWLU DV DOWHUDo}HV GR &DSLWDO 6RFLDO UHVXOWDQWHV GD VXEVFULomR realizada; 6) A destinação do resultado lĂquido do exercĂcio a ser feita da seguinte forma: a)4.520.138,41 (quatro milhĂľes quinhentos e vinte mil cento e trinta e oito reais e quarenta e um centavos) para a Constituição de Reserva de Incentivo Fiscal b) R$2.910.350,58 para a Constituição de Reserva Legal c) R$39.833.921,58 para a Constituição de Reserva de Retenção de Lucros d) R$2.335.372,84 referente Ă realização da Reserva de Reavaliação; 7) Eleição de Conselheiro Independente para o Conselho de Administração, com mandato vigente para o biĂŞnio 2018/2020; 8) Fixação da remuneração mensal cabĂvel ao Conselheiro Independente eleito; DELIBERAÇÕES TOMADAS: 1 – Foram aprovados sem quaisquer ressalvas, por unanimidade, com as abstençþes legais os documentos constantes do item 01 da Ordem do Dia. 2 - Por unanimidade foi aprovada a distribuição e pagamento de dividendos no importe de R$15.021.309,40 (quinze milhĂľes de reais e vinte e um mil trezentos e nove reais e quarenta centavos), sendo que destes, R$13.277.973.86 (treze milhĂľes duzentos e setenta e sete mil novecentos e setenta e trĂŞs reais e oitenta e seis centavos) sĂŁo referentes ao exercĂcio do ano de 2017, R$1.598.308,29 (hum milhĂŁo quinhentos e noventa e oito mil trezentos e oito reais e vinte e nove centavos) referentes Ă provisĂŁo do mĂnimo obrigatĂłrio do exercĂcio de 2016 e R$145.027,25 (cento e quarenta e cinco mil e vinte e sete reais e vinte e cinco centavos) referentes Ă provisĂŁo do mĂnimo obrigatĂłrio de exercĂcios anteriores; 3 – Fora aprovada pela totalidade dos acionistas, a integralização da quantia de R$4.650.011,60 (quatro milhĂľes seiscentos e cinquenta mil e onze reais e sessenta centavos) referente ao excedente das Reservas sobre Capital. 4 – Diante da integralização da quantia de R$4.650.011,60 (quatro milhĂľes seiscentos e cinquenta mil e onze reais e sessenta centavos) fora aprovado pela unanimidade dos acionistas o Aumento do Capital Social da Companhia de R$58.601.130,00 (cinquenta e oito milhĂľes seiscentos e um mil cento e trinta reais) para R$63.253.141,60 (sessenta e trĂŞs mil duzentos e cinquenta e trĂŞs reais mil cento e quarenta e um reais e sessenta centavos), sem a emissĂŁo de novas açþes, alterando-se como consequĂŞncia o artigo Quinto do Estatuto Social. 5 – Diante da aprovação do Aumento do Capital Social da Sociedade, tambĂŠm fora aprovada, pela totalidade dos acionistas, a alteração do Artigo 5Âş do Estatuto Social da Companhia que passarĂĄ a viger com a seguinte redação: “O Capital Social ĂŠ de R$63.253.141,60 (sessenta e trĂŞs milhĂľes duzentos e cinquenta e trĂŞs reais cento e quarenta e um reais e sessenta centavos), totalmente integralizado, representado por 14.383.077 (quatorze milhĂľes trezentos e oitenta e trĂŞs mil e setenta e sete) açþes ordinĂĄrias nominativas, sem valor nominal, podendo ser representadas por tĂtulos mĂşltiplosâ€?. 6 – Foi aprovada, de forma unânime, a distribuição do resultado lĂquido do exercĂcio da seguinte maneira: a) R$4.520.138,41 (quatro milhĂľes quinhentos e vinte mil cento e trinta e oito reais e quarenta e um centavos) para a constituição de Reserva de Incentivo Fiscal, b) R$2.910.350,58 (dois milhĂľes novecentos e dez mil trezentos e cinquenta reais e cinquenta e oito centavos) para a constituição de Reserva Legal c) R$39.833.921,58 (trinta e nove milhĂľes oitocentos e trinta e trĂŞs mil novecentos e vinte e um reais e cinquenta e oito centavos) para a Constituição de Reserva de Lucros d) R$2.335.372,84 (dois milhĂľes trezentos e trinta e cinco mil trezentos e setenta e dois reais e oitenta e quatro centavos) referente Ă realização da Reserva de Reavaliação. 7 – Por unanimidade, os acionistas deliberam pela eleição de Conselho Independente para o Conselho de Administração, elegendo para este cargo, o Sr. JOSÉ DOMINGO BARRAL AMOEDO, espanhol, casado, economista, portador da Carteira de Identidade de nÂş 23.416.944-8, expedida em 18/08/1988, pela SSP-SP, residente e domiciliado Ă Rua Professor Alexandre Correia, 300, Apto 81, Bairro Jardim VitĂłria RĂŠgia, SĂŁo Paulo/SP, CEP 05.657-230, SĂŁo Paulo/SP. O mandato do Conselheiro ora eleito irĂĄ expirar juntamente com o dos demais membros do Conselho de Administração eleitos para o biĂŞnio 2018/2020. 8 – Fora aprovado pela integralidade dos acionistas a remuneração mensal de R$21.000,00 (vinte e um mil reais) para o Conselheiro Independente eleito. ESCLARECIMENTO: Foi esclarecido pelo Sr. Presidente que, em virtude de nĂŁo ter sido solicitado por nenhum acionista, o Conselho Fiscal nĂŁo emitiu parecer tendo em vista nĂŁo funcionar em carĂĄter permanente, conforme Art. 21, CapĂtulo V, do Estatuto Social. ENCERRAMENTO: Nada mais havendo a tratar e como ninguĂŠm quisesse fazer uso da palavra, o Sr. Presidente deu por encerrados os trabalhos da Assembleia cuja ata, apĂłs lida e aprovada, vai por ele assinada por mim secretĂĄrio e por todos os acionistas presentes. Belo Horizonte, 23 de agosto de 2018. (Ass.) Luiz Carlos Mendes Costa - Presidente, Cristiane EmĂlia Costa Silva – SecretĂĄria. Acionistas: Avelino Costa, Luiz Carlos Mendes Costa, Cristiane EmĂlia Costa Silva, Ricardo Mendes Costa, Viviane da Costa Bouçós, VĂtor M. Bouçós, A.Costa Empreendimentos e Participaçþes S/A, por Avelino Costa e Rio da Mata Empreendimentos e Participaçþes Ltda, por Luiz Carlos Mendes Costa. Confere com Ata original lavrada no livro prĂłprio. Belo Horizonte, 23 de agosto de 2018. Assina o documento de forma digital: Paulo Roberto de Oliveira Andrade - - Presidente - CPF 060.107.468-84. JXQWD &RPHUFLDO GR (VWDGR GH 0LQDV *HUDLV &HUWLÂżFR registro sob o nÂş 6985934 em 03/09/2018 da Empresa RIO BRANCO ALIMENTOS S/A, Nire 31300016676 e protocolo 184627591 $XWHQWLFDomR & ( $$& ) & )%$ ' ' 0DULQHO\ GH 3DXOD %RPÂżP 6HFUHWiULD *HUDO
FERNANDO PEREIRA DO NASCIMENTO 2ÀFLDO GR ž 2ItFLR GH 5HJLVWUR GH ,PyYHLV GD &RPDUFD GH %HOR +RUL]RQWH VLWXDGR QD 5XD 5LR GH -DQHLUR %DLUUR GH /RXUGHV %HOR +RUL]RQWH 0* VHJXQGR DV DWULEXLo}HV FRQIHULGDV SHOR DUW GD /HL Qž ID] VDEHU D WRGRV TXDQWR R SUHVHQWH HGLWDO YLUHP RX GHOH FRQKHFLPHQWR WLYHUHP TXH ÀFD P INTIMADO(A/S) DR j V ÀGXFLDQWH V PATR�CIA QUINA ALBERT LOBO SDUD VDWLVID]HU QR SUD]R GH TXLQ]H GLDV DV SUHVWDo}HV YHQFLGDV H DV TXH VH YHQFHUHP DWp D GDWD GR SDJDPHQWR RV MXURV FRQYHQFLRQDLV DV SHQDOLGDGHV H RV GHPDLV HQFDUJRV FRQWUDWXDLV RV HQFDUJRV OHJDLV FRQIRUPH SODQLOKD GLVSRQtYHO QD VHGH GD VHUYHQWLD SURWRFROL]DGD VRE R nº 463520 LQFOXVLYH WULEXWRV DV FRQWULEXLo}HV FRQGRPLQLDLV LPSXWiYHLV DR LPyYHO DOpP GDV GHVSHVDV GH FREUDQoD H GH LQWLPDomR UHIHUHQWH D (VFULWXUD 3~EOLFD GH &RPSUD H 9HQGD &RQÀVVmR GH 'LYLGD H $OLHQDomR )LGXFLiULD HP *DUDQWLD ODYUDGD QDV à V D OLYUR 1 HP H (VFULWXUD 3~EOLFD GH 5HUUDWLÀFDomR ODYUDGD QDV à V H OLYUR 1 HP DPEDV QR 6HUYLoR 1RWDULDO GR ž 2ItFLR GD &RPDUFD GH %HOR +RUL]RQWH ² 0* JDUDQWLD SRU ALIENAÇAO FIDUCIà RIA ÀUPDGD FRP CANOPUS EMPREENDIMENTOS E INCORPORAÇÕES LTDA UHJLVWUDGD QHVWD 6HUYHQWLD VRE R R-5 GD PDWUtFXOD nº 130.019 GR LPyYHO VLWXDGR QD Avenida Prudente de Morais, nº 520/ apto.804, Bairro Cidade Jardim, QHVWD FLGDGH GH %HOR +RUL]RQWH 0* FRP VDOGR GHYHGRU QR YDORU GH R$160.413,07 HP 2 SDJDPHQWR GHYHUi VHU SURFHGLGR GLUHWDPHQWH DR j FUHGRV D QD DJrQFLD EDQFiULD RQGH IRL HIHWXDGR R FRQWUDWR GH ÀQDQFLDPHQWR GHYHQGR R UHFLER VHU DSUHVHQWDGR QHVWD 6HUYHQWLD 3RGHUi DLQGD R SDJDPHQWR VHU SURFHGLGR GLUHWDPHQWH QD VHGH GD VHUYHQWLD PHGLDQWH FKHTXH DGPLQLVWUDWLYR RX YLVDGR QRPLQDO DR D ÀGXFLiULR D 1D RSRUWXQLGDGH ÀFD P 9 6D V FLHQWLÀFDGR D V TXH R QmR FXPSULPHQWR GDV UHIHULGDV REULJDo}HV QR SUD]R RUD HVWLSXODGR JDUDQWH R GLUHLWR GH FRQVROLGDomR GD SURSULHGDGH GR LPyYHO HP IDYRU GR D &UHGRV D )LGXFLiULR D ² &DQRSXV (PSUHHQGLPHQWRV H ,QFRUSRUDo}HV /7'$ ² QRV WHUPRV GR DUW † ž GD /HL %HOR KRUL]RQWH GH VHWHPEUR GH S )HUQDQGR 3HUHLUD GR 1DVFLPHQWR 2ÀFLDO GR 5HJLVWUR
TSC JUAZEIRO SHOPPING CENTER S.A CNPJ/MF: 16.757.360/0001-72 - NIRE: 31300101452 Edital de Convocação para Assembleia Geral OrdinĂĄria e ExtraordinĂĄria O Conselho de Administração da TSC JUAZEIRO SHOPPING CENTER S.A (“Companhiaâ€?), em conformidade com seu Estauto Social, neste ato representado por sua Presidente, Sra. Adriana Lilian Camargos, brasileira, casada sob o regime da comunhĂŁo parcial de bens, nascida em 26/06/2964, engenheira elĂŠtrica, portadora da Carteira de Identidade n. 47.485/D, expedida pelo CRE/MG, inscrito no CPF/MF 480.648.826-72, com endereço profissional na Cidade de Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, na Rua Francisco Deslandes, nÂş. 900, Bairro Anchieta, CEP 30310-530, vem convocar todas as acionistas para se reunirem em Assembleia Geral OrdinĂĄria e ExtraordinĂĄria da Companhia que se realizarĂĄ, em primeira convocação, no dia 03 de outubro de 2018, Ă s 10:00 horas, na sede da Companhia, localizada na Cidade de Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, na Rua Francisco Deslandes, nÂş. 900, Bairro Anchieta, CEP 30310-530, estando em pauta a seguinte ordem do dia: Em Assembleia Geral OrdinĂĄria: (i)Tomar as contas dos administradores, examinar, discutir e votar as demonstraçþes financeiras do exercĂcio social encerrado em 31 de dezembro de 2017. (ii) Deliberar sobre a destinação do resultado do exercĂcio social encerrado em 31 de dezembro de 2017. Em Assembleia Geral ExtraordinĂĄria: (i) Deliberar sobre o aumento do capital social e consequente alteração do Artigo 5Âş do Estatuto Social da Companhia. (ii) Consolidação do Estatuto Social da Companhia. Informaçþes Gerais: Para exercer seus direitos, os representantes legais das acionistas deverĂŁo comparecer Ă assembleia geral portando documento de identidade. Nos termos do artigo 126 da Lei 6.404/76, as acionistas poderĂŁo ser representadas por procurador que seja acionista, administrador da companhia ou advogado, desde que estes apresentem o respectivo instrumento de mandato, com firma reconhecida em cartĂłrio. Belo Horizonte, 24 de setembro de 2018. Conselho de Administração - Adriana Lilian Camargos - Presidente do Conselho de Administração.
A.COSTA EMPREENDIMENTOS E PARTICIPAÇÕES S/A - CNPJ NÂş 04.669.744/0001-54 - NIRE 3130001617-0. ATA DA ASSEMBLEIA GERAL ORDINĂ RIA E EXTRAORDINĂ RIA - REALIZADA EM 23 DE AGOSTO DE 2018. DATA, HORA E LOCAL: 23 de Agosto de 2018, Ă s 11:00 horas, na sede social da companhia Ă A. Raja Gabaglia, nÂş 4091, 3Âş andar-parte, Bairro Santa LĂşcia, Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, CEP 30.350-577. CONVOCAĂ‡ĂƒO: Dispensada em face da presença da totalidade dos acionistas, nos termos do artigo 124, 4Âş da Lei nÂş 6.404/76. QUĂ“RUM: Acionistas representando a totalidade do capital social conforme assinaturas lançadas no “Livro de Presença de Acionistasâ€?. MESA: Presidente: Luiz Carlos Mendes Costa. SecretĂĄria: Cristiane EmĂlia Costa Silva. ORDEM DO DIA: Deliberar sobre: 1) RelatĂłrio da Diretoria, Balanço Patrimonial e demais Demonstraçþes Financeiras relativas ao exercĂcio social encerrado em 31 de dezembro de 2017, publicados no DiĂĄrio 2ÂżFLDO GH 0LQDV *HUDLV &DGHUQR SiJLQD GH H QR 'LiULR GR &RPpUFLR SiJLQD 'HOLEHUDU sobre a integralização de Capital Social no valor de R$ 34.000.000,00 (trinta e quatro milhĂľes de reais) da Reserva de Lucros. 3) Aprovar o Aumento de Capital de R$73.917.744,85 (setenta e trĂŞs milhĂľes novecentos e dezessete mil setecentos e quarenta e quatro reais e oitenta e cinco centavos) para R$107.917.744,85 (cento e sete mil milhĂľes de reais novecentos e dezessete mil setecentos e quarenta e quatro reais e oitenta e cinco centavos), sem a emissĂŁo de novas açþes, alterando-se como consequĂŞncia R DUWLJR ž GR (VWDWXWR 6RFLDO $OWHUDomR GR $UWLJR ž GR (VWDWXWR 6RFLDO GH IRUPD D UHĂ€HWLU DV DOWHUDo}HV GR &DSLWDO 6RFLDO UHVXOWDQWHV GD VXEVFULomR UHDOL]DGD 'LVWULEXLomR GH 'LYLGHQGRV QR LPSRUWH GH 5 TXLQ]H PLOK}HV GH UHDLV VHQGR que R$14.393.135,62 (quatorze milhĂľes trezentos e noventa e trĂŞs mil cento e trinta e cinco reais e sessenta e dois centavos) referente ao exercĂcio de 2017 e R$606.864,38 (seiscentos e seis mil oitocentos e sessenta e quatro reais e trinta e oito centavos) UHIHUHQWHV j H[HUFtFLRV DQWHULRUHV 'HOLEHUDomR GR UHVXOWDGR OtTXLGR GR H[HUFtFLR D 5 WUrV PLOK}HV H WULQWD PLO FHQWR H WULQWD H WUrV UHDLV H RLWHQWD H XP FHQWDYRV SDUD D &RQVWLWXLomR GH 5HVHUYD /HJDO E 5 TXDUHQWD H WUrV PLOK}HV FHQWR H VHWHQWD H QRYH PLO TXDWURFHQWRV VHLV UHDLV H RLWHQWD H FLQFR FHQWDYRV SDUD D &RQVWLWXLomR GH 5HVHUYD GH /XFURV DELIBERAÇÕES TOMADAS: 1 – Foram aprovados sem quaisquer ressalvas, por unanimidade os documentos constantes do item 01 da Ordem do Dia. 2 - Diante da constatação de que a Reserva de Lucros excedeu em R$34.000.000,00 (trinta e quatro milhĂľes de reais) o Capital Social da Sociedade, fora constatada a necessidade de deliberar sobre o referido excesso, tendo em vista a norma constante no artigo 199 da Lei 6.404/76. Deste modo, fora aprovada a integralização da quantia de R$34.000.000,00 (trinta e quatro milhĂľes de reais). 3 – Diante da integralização de R$34.000.000,00 para aumento de Capital os acionistas, por unanimidade, aprovaram o aumento do Capital Social de R$73.917.744,85 (setenta e trĂŞs milhĂľes novecentos e dezessete mil setecentos e quarenta e quatro reais e oitenta e cinco centavos) para R$107.917.744,85 (cento e sete milhĂľes novecentos e dezessete mil setecentos e quarenta e quatro reais e oitenta e cinco centavos), sem a emissĂŁo de novas açþes. 4 – Face ao aumento de capital, foi aprovada a alteração do artigo quinto do Estatuto Social que passa a ter a seguinte redação. ARTIGO QUINTO Âą 2 &DSLWDO 6RFLDO p GH 5 FHQWR H VHWH PLOK}HV QRYHFHQWRV H GH]HVVHWH PLO VHWHFHQWRV H TXDUHQWD H quatro reais e oitenta e cinco centavos), totalmente integralizado, 47.819.032 (quarenta e sete milhĂľes oitocentos e dezenove mil e trinta e duas açþes) nominativas sem valor nominal, sendo 47.819.030 (quarenta e sete milhĂľes oitocentos e dezenove mil e trinta) açþes ordinĂĄrias e 02 (duas) açþes ordinĂĄrias de classe especial, podendo ser representadas por tĂtulos mĂşltiplos. 5 - Por unanimidade foi aprovado o pagamento de Dividendos no importe de R$15.000.000,00 (quinze milhĂľes de reais), sendo que destes, R$14.933.135,62 (quatorze milhĂľes trezentos e noventa e trĂŞs mil cento e trinta e cinco reais e sessenta e dois centavos) sĂŁo referentes ao exercĂcio de 2017 e R$606.864,38 (seiscentos e seis mil oitocentos e sessenta e quatro reais e trinta e oito FHQWDYRV UHIHUHQWHV j H[HUFtFLRV DQWHULRUHV 2 SDJDPHQWR GRV GLYLGHQGRV VHUi UHDOL]DGR SHOD &RPSDQKLD DWp R ž GLD ~WLO DSyV a realização desta Assembleia. 6 – Por unanimidade fora aprovada a destinação do resultado lĂquido do exercĂcio da seguinte maneira: a)Constituição de Reserva Legal no valor de R$3.030.133,81 (trĂŞs milhĂľes e trinta mil e cento e trinta e trĂŞs reais e oitenta e um centavos) b) Constituição de Reserva de Retenção de Lucros no valor de R$43.179.406,85 (quarenta e trĂŞs milhĂľes FHQWR H VHWHQWD H QRYH PLO TXDWURFHQWRV H VHLV UHDLV H RLWHQWD H FLQFR FHQWDYRV ESCLARECIMENTO: Foi esclarecido pelo Sr. Presidente que, em virtude de nĂŁo ter sido solicitado por nenhum acionista, o Conselho Fiscal nĂŁo emitiu parecer tendo em vista nĂŁo funcionar em carĂĄter permanente, conforme Art. 20, CapĂtulo V, do Estatuto Social. ENCERRAMENTO: Nada mais havendo D WUDWDU H FRPR QLQJXpP TXLVHVVH ID]HU XVR GD SDODYUD R 6U 3UHVLGHQWH GHX SRU HQFHUUDGRV RV WUDEDOKRV GD $VVHPEOHLD FXMD DWD apĂłs lida e aprovada, vai por ele assinada por mim secretĂĄrio e por todos os acionistas presentes. Belo Horizonte, 23 de agosto de 2018. (Ass.) Luiz Carlos Mendes Costa – Presidente, Cristiane EmĂlia Costa Silva – SecretĂĄria. Acionistas: Avelino Costa, Luiz Carlos Mendes Costa, Cristiane EmĂlia Costa Silva, Ricardo Mendes Costa e Viviane da Costa Bouçós. - Confere com Ata original lavrada no livro prĂłprio. Belo Horizonte, 23 de agosto de 2018. Assina o documento de forma digital: LUIZ CARLOS MENDES COSTA - Presidente – CPF: 512.569.247-68. -XQWD &RPHUFLDO GR (VWDGR GH 0LQDV *HUDLV &HUWLÂżFR UHJLVWUR VRE R Qž HP 27/08/2018 da Empresa A. COSTA EMPREENDIMENTOS E PARTICIPACOES S/A., Nire 31300016170 eprotocolo 184628326 $XWHQWLFDomR % ')%$ %) ' ( ( )&% % )& %) 0DULQHO\ GH 3DXOD %RPÂżP 6HFUHWiULD *HUDO
poderia se encontrar com Maduro, que tem publicamente buscado uma reuniĂŁo com Trump, seu rival ideolĂłgico, desde o ano passado. “Eu certamente estaria aberto a isso, eu estou disposto a me encontrar com qualquer pessoaâ€?, destacou Trump, ontem, ao chegar Ă sede da ONU. “NĂłs vamos cuidar da Venezuela e, se ele estiver aqui e quer se reunir, nĂŁo estava na minha cabeça, nĂŁo estava no meu prato, mas se eu posso ajudar pessoas, ĂŠ para isso que estou aquiâ€?, completou o presidente dos EUA.
contrar uma solução para a crescente crise polĂtica e econĂ´mica da Venezuela, que alimentou um ĂŞxodo para paĂses latino-americanos vizinhos. “Todas as opçþes estĂŁo na mesa, todasâ€?, afirmou Trump a repĂłrteres. “As fortes e as nĂŁo tĂŁo fortes e vocĂŞ sabe o que eu quero dizer por forte. Todas as opçþes estĂŁo na mesa, no que diz respeito Ă Venezuelaâ€?. A Casa Branca disse, no ano passado, que uma reuniĂŁo com Maduro ocorrerĂĄ quando o paĂs retornar Ă democracia. Um grupo de paĂses latiOpçþes disponĂveis - Ele no-americanos e o CanadĂĄ disse que “todas as opçþesâ€? pediram Ă Corte Penal InestĂŁo disponĂveis para en- ternacional que investigue o governo da Venezuela A RECICLADORA UNIĂƒO DE MATERIAIS PLĂ STICOS por supostos crimes contra LTDA, por determinação da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento SustentĂĄvel – a humanidade, em razĂŁo SEMMAD, torna pĂşblico que foi concedido atravĂŠs do uso de força e violĂŞncia do Processo Administrativo nÂş 26326/2018, a /LFHQoD $PELHQWDO 6LPSOLĂ€FDGD SDUD D DWLYLGDGH para reprimir a oposição, de reciclagem mecânica de plĂĄsticos em folha; fabricação de artefatos de material plĂĄstico para disse o ministro das Relaçþes XVRV QmR HVSHFLĂ€FDGRV DQWHULRUPHQWH ORFDOL]DGD QD Exteriores do Peru, NĂŠstor Rua Toyota, nÂş 261, Bairro Distrito Industrial Jardim Piemont Norte, CEP 32.689-354, Betim/MG. Popolizio, ontem. (Reuters) SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL ADMINISTRAĂ‡ĂƒO REGIONAL DE MINAS GERAIS AVISO DE LICITAĂ‡ĂƒO–PREGĂƒO ELETRĂ”NICO NÂş023/2018 O SENAR-AR/MG torna pĂşblico que farĂĄ licitação, na modalidade PregĂŁo EletrĂ´nico, tipo MENOR PREÇO GLOBAL, visando a contratação de empresa para prestação de serviços especializados de LOCAĂ‡ĂƒO CONTĂ?NUA DE VEĂ?CULO AUTOMOTOR, TIPO MINIVAN, SEM CONDUTOR E SEM COMBUSTĂ?VEL e LOCAĂ‡ĂƒO ESPORĂ DICA DE VEĂ?CULOS AUTOMOTORES, SEM CONDUTORES E SEM COMBUSTĂ?VEL, SDUD DWHQGHU DV ÂżQDOLGDGHV LQVWLWXFLRQDLV GR 6(1$5 $5 0* GH DFRUGR FRP DV FRQGLo}HV HVSHFLÂżFDo}HV H TXDQWLGDGHV FRQVWDQWHV GHVWH (GLWDO H VHXV anexos. Abertura dia 08/10/2018, Ă s 9h:15m. O edital bem como mais informaçþes poderĂŁo ser obtidos na Av. do Contorno, nÂş1.771 – B. Floresta – Belo Horizonte/MG – Tel. (31) 3074-3079, no horĂĄrio de 08 Ă s 11h, de segunda a sexta-feira ou atravĂŠs do e-mail licita@senarminas.org.br. Pollyane de Almeida Santos – Pregoeira.
Serranorte AgropecuĂĄria Ltda. CNPJ nÂş 02.336.467/0001-32 - NIRE 3120535183-8 Edital de Convocação para Realização de Assembleia Geral ExtraordinĂĄria Serranorte AgropecuĂĄria Ltda (“Sociedadeâ€?), pessoa jurĂdica de direito privado, constituĂda sob a forma de sociedade empresĂĄria limitada, inscrita no CNPJ/MF sob o n.Âş 02.336.467/0001-32, registrada na JUCEMG sob o NIRE 3120535183-8, com sede na Fazenda Marangaba, s/n, Km 214, BR 365, Buritizeiro/MG, CEP 39.280-000, por meio de seu administrador Ronaldo Ribeiro Tavares, brasileiro, casado, empresĂĄrio, portador do documento de identidade nÂş 854.853, expedido pela SSP/MG, inscrito no CPF sob o nÂş 452.297.836-72, no uso de suas atribuiçþes, conforme art. 1.072 do CĂłdigo Civil e clĂĄusula dĂŠcima do Contrato Social da Sociedade, convoca os sĂłcios da Sociedade a se reunirem em Assembleia Geral ExtraordinĂĄria, a ser realizada na extraordinariamente e visando mitigar despesas, bem como otimizar a participação dos sĂłcios, Ă Rua Roma, n. 26, sala 305 (sede do grupo Ribeiro Tavares) – Complexo Paisagem Parque, EdifĂcio Horizonte, em Belo Horizonte/MG, CEP 30.360-680, no dia 05 (cinco) de outubro de 2018, Ă s 14 horas, para deliberar sobre os seguintes assuntos, que compĂľem a ordem do dia: 1.1. A exposição e anĂĄlise da situação ďŹ nanceira da Sociedade; 1.2. A deďŹ nição das condiçþes de venda dos ativos da Sociedade, ou das quotas dos sĂłcios, caso, nessa Ăşltima hipĂłtese, seja de interesse desses; 1.3. A anĂĄlise e votação de eventuais propostas de compra dos ativos da Sociedade, jĂĄ formalizadas por terceiros, ou das quotas dos sĂłcios, caso, nessa Ăşltima hipĂłtese, seja de interesse desses; 1.4. A anĂĄlise da viabilidade de aumento de capital social da Sociedade atravĂŠs de integralização pelos sĂłcios ou outras formas de ďŹ nanciamento das atividades da Sociedade; 1.5. Medidas de redução de custo, com a anĂĄlise da possibilidade de alteração do escritĂłrio de Belo Horizonte; e 1.6. Outros assuntos de interesse da Sociedade. Em respeito ao item 1.3 da pauta, eventuais propostas obtidas por sĂłcios junto a terceiros deverĂŁo, preferencialmente, ser enviadas aos demais sĂłcios, atĂŠ 48 (quarenta e oito) horas de antecedĂŞncia Ă realização da AGE, para prĂŠvio conhecimento e anĂĄlise. Buritizeiro/MG, 20 de setembro de 2018. Ronaldo Ribeiro Tavares - Administrador. (26, 27 e 28/09/2018)
ATENĂ‡ĂƒO EMPRESĂ RIOS DA CATEGORIA DE HOTEIS, MOTEIS, RESTAURANTES, PIZZARIAS, CHURRASCARIAS, BARES, LACHONETES E SIMILARES. CONTADORES, CONTABILISTAS E EMPRESAS CONTABEIS. SINDICATO DE HOTÉIS, RESTAURANTES, BARES E SIMILARES DE BELO HORIZONTE - SINDHORB- BH CONTRIBUIĂ‡ĂƒO ASSISTENCIAL PATRONAL 3Âş TRIMESTRE - EXERCĂ?CIO 2018. 10% de desconto atĂŠ 30/09/2018 ATENĂ‡ĂƒO – MUDANÇA DE DOMICĂ?LIO BANCĂ RIO. EMISSĂƒO DE BOLETAS APENAS PELO SICOOB CREDFIEMG - Cod. 756 - AGĂŠNCIA 3330. CONTA 7386-5. Ficam as empresas representadas pelo SINDHORB, que tenham atividades de Hospedagem e Alimentação, em cumprindo o que estabelece o art. 513, letra â€?eâ€? da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, que a Taxa de Contribuição Assistencial Patronal - EXERCĂ?CIO 2018 - 3Âş Trimestre deverĂĄ ser recolhida atĂŠ o dia 30/09/2018 a favor desta Entidade Sindical. ApĂłs o dia do vencimento, o valor serĂĄ acrescido de multa de 2% ao mĂŞs e juros de 0,33% ao dia. O pagamento poderĂĄ ser feito atravĂŠs de boleto bancĂĄrio, conforme a tabela abaixo: NÂş DE EMPREGADOS AtĂŠ 005 006 A 010 011 A 020 021 A 030
VALOR R$ R$ 320,00 R$ 490,00 R$ 710,00 R$ 890,00
NÂş DE EMPREGADOS 031 A 040 041 A 050 051 A 070 071 A 090
VALOR R$ R$ 1.100,00 R$ 1.300,00 R$ 1.500,00 R$ 1.800,00
NÂş DE EMPREGADOS 091 A 100 101 A 150 151 A 200 ACIMA DE 201
VALOR R$ R$ 2.200,00 R$ 2.500,00 R$ 3.000,00 R$ 3.500,00
As empresas que estão em dia com as contribuiçþes assistenciais dos últimos 05 anos - 20 trimestres, ou que quitarem os dÊbitos atÊ o dia 06/09/2018, participarão do sorteio, pela Loteria Federal do dia 06/09/2018 (Såbado), dos seguintes prêmios: 1º Prêmio: 2º Prêmio: 3º Prêmio: 4º Prêmio: 5º Prêmio:
Apartamento atĂŠ R$ 250.000,00 (carta de crĂŠdito) Chevrolet Onix 2018/2018 – 1.0 Moto Honda BIZ 125 KS 2018 Cruzeiro MarĂtimo Costa Brasileira 7 Noites p/2 pessoas ( embarque Santos) Televisor LED 42’
As empresas que estão em dia com as contribuiçþes assistenciais dos últimos 03 anos - 12 trimestres, terão direito, ainda, gratuitamente, a uma apólice de SEGURO DE VIDA e AUX�LIO FUNERAL, vålida por 01 ano, com as seguintes coberturas: Morte p/ q/ causa Titular
Invalidez permanente p/ Acidente (total /parcial) Titular
Invalidez permanente p/ Doença (total) Titular
Morte p/ q/ causa CĂ´njuge
Morte p/ q/ causa Filhos*
Invalidez permanente p/ doença Congênita Filhos**
6.000,00 AtĂŠ 6.000,00 6.000,00 6.000,00 5.000,00 5.000,00 AuxĂlio Funeral (Titular) R$ 2.000,00 Alimentação Ocorrendo a morte do segurado por qualquer causa os beneficiĂĄrios do seguro receberĂŁo duas cestas-bĂĄsicas 25 Kg cada, de comprovada qualidade.* * Filhos de atĂŠ 18 anos, limitado a quatro
** Desde que caracterizada em atĂŠ 6 meses apĂłs o parto.
BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 27 DE SETEMBRO DE 2018
9
POLÍTICA SERGIO DUTTI / DIVULGAÇÃO
Oito candidatos à Presidência da República no pleito cujo primeiro turno será em 7 de outubro participaram de debate promovido pelo SBT/Folha/UOL, no fim da tarde de ontem
ELEIÇÕES
Ibope indica Bolsonaro e Haddad no 2º turno Nova pesquisa aponta o candidato do PSL com 27% das intenções de voto, contra 21% para o petista Brasília - O Ibope divulgou ontem nova pesquisa eleitoral sobre a disputa à Presidência da República. Conforme o levantamento, Jair Bolsonaro (PSL) obteve 27% das intenções de voto; Fernando Haddad (PT), 21% e Ciro Gomes, do PDT, (12%). O ex-governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB) é o indicado por 8% dos entrevistados; Marina Silva (Rede) obteve 6% das menções; João Amoêdo (Novo) teve 3%; Álvaro Dias (Podemos) e Henrique Meirelles (MDB) foram mencionados, cada um, por 2% dos eleitores. Guilherme Boulos (Psol) pontuou com 1%. Cabo Daciolo (Patriota), Vera Lúcia (PSTU), João Goulart Filho (PPL) e Eymael (DC) não pontuaram nesse levantamento do Ibope. Onze por cento dos entrevistados declararam voto em branco ou nulo; e 7% não responderam ou não sabem em quem vão votar. A pesquisa foi encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e ouviu 2 mil eleitores em 126 municípios, entre os dias 22, 23 e 24 de setembro (últimos sábado, domingo e segunda-feira). De acordo com o Ibope, o nível de confiança é de 95%; e a margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (BR-04669/2018). 2º turno - A pesquisa também verificou o posicionamento dos eleitores em eventuais cenários de disputa no 2º turno. No eventual confronto entre Jair Bolsonaro e Fernando Haddad, a preferência recai para o petista, com 42% das
preferências contra 38% do candidato do PSL (brancos e nulos com 16% e 4% não sabem ou não quiseram responder). Na hipótese de disputa entre Ciro e Bolsonaro, a vantagem seria do candidato do PDT, 44% contra os 35% do deputado (brancos e nulos com 17% e 3% não sabem ou não quiseram responder). Se a disputa ocorresse entre Alckmin e Bolsonaro, o resultado é empate no limite da margem de erro. O tucano teria 40% contra 36% do candidato do PSL (brancos e nulos com 20% e 3% não sabem ou não quiseram responder). Nas simulações, Jair Bolsonaro está tecnicamente empatado com Marina Silva. Bolsonaro teria 40% contra 38% de Marina, dentro da margem de erro. Brancos e nulos com 19% e 3% não sabem ou não quiseram responder. Rejeição - O levantamento também verificou em quem os eleitores não votariam de “jeito nenhum”. A rejeição de Jair Bolsonaro é de 44%. Fernando Haddad e Marina Silva têm índice de rejeição de 27%. Dezenove por cento dos entrevistados não votariam em Geraldo Alckmin; 16% não escolheriam Ciro Gomes. Cabo Daciolo e Henrique Meirelles têm 11% de rejeição; e Eymael. 9%. Álvaro Dias, Guilherme Boulos e Vera Lúcia têm o mesmo índice de rejeição: 9%. Oito por cento dos entrevistados não votariam em João Amoêdo. Sete por cento se opõem a João Goulart Filho. Os percentuais não são excludentes, o entrevistado pode indicar rejeição contra
Voto útil é possibilidade para 28% Brasília - Três em cada 10 eleitores admitem mudar seus votos para evitar que um outro candidato ganhe nas eleições presidenciais de outubro. É o que mostra pesquisa Ibope, encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e divulgada ontem. O resultado acima tem como base um questionamento feito pelo instituto a 2000 eleitores em 126 municípios brasileiros. O Ibope perguntou a esses entrevistados o seguinte: “qual a probabilidade de você deixar de votar no candidato de sua preferência, para evitar que outro que você não gosta, vença?”. Segundo o instituto, 28% das pessoas ouvidas afirmam que têm probabilidade “alta” ou “muito alta” de alterarem seu voto a fim de evitar a vitória de um presidenciável indesejável. Outros 18% classificaram como “média” essa probabilidade. Já 48% citaram como “baixa” ou “muito baixa” a chance de uma mudança de voto por esse motivo. Além deles, 6% não sabem ou não responderam a pergunta. Para o gerente de pesquisas da CNI, Renato da Fonseca, ainda é baixa a probabilidade do voto útil. “Vem se falando tanto nisso e, por esse motivo, a curiosidade para saber como a população vem percebendo isso. É uma discussão que está aí, há vários candidatos que estão tentando se alavancar em cima disso, mas é preciso esperar as próximas pesquisas.” O porcentual de mudança pelo voto útil mais de um candidato. Dois por cento disseram que poderiam votar em qualquer candidato e 7% não quiseram responder ou não sabem quem rejeitariam. Avaliação do governo - Pesquisa CNI/Ibope também traz avaliação do governo do presidente Michel Temer. De acordo com o levantamento, 4% dos entrevistados consi-
é mais propenso, principalmente, entre os eleitores de Geraldo Alckmin (PSDB) e Ciro Gomes (PDT). Aproximadamente 36% dos eleitores tucanos admitem probabilidade “alta” ou “muito alta” de mudança de voto para evitar a vitória de outro presidenciável. Entre os eleitores de Ciro Gomes, esse mesmo porcentual alcança 35%. Já os eleitores de Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) são menos propensos a mudarem de voto. Segundo a pesquisa, 58% dos eleitores do candidato do PSL tratam como “baixa” ou “muito baixa” a possibilidade de mudança de voto. Entre os que apontam Haddad como candidato, essa probabilidade é “baixa” ou “muito baixa” para 46%. Chances de ganhar - A mesma pesquisa mostra que 60% dos eleitores tratam como “baixa” ou “muito baixa” as chances de trocarem candidatos de sua preferência por um outro presidenciável com mais chances de ganhar. Neste caso, apenas 16% classificam de “alta” ou “muito alta” a mesma probabilidade. A pesquisa divulgada ontem foi realizada pelo Ibope entre 22 e 24 de setembro com 2000 eleitores em 126 municípios brasileiros. A margem de erro é de 2 pontos porcentuais para mais ou para menos sobre os resultados encontrados no total da amostra. O nível de confiança é de 95%. A pesquisa foi registrada junto ao Tribunal Superior Eleitoral sob o protocolo Nº BR04669/2018. (AE)
deram o governo ótimo ou bom, 12% classificaram como regular e para 82%, o governo é ruim ou péssimo. Dois por cento não souberam ou não quiseram responder. Na pesquisa passada, divulgada em junho, 4% avaliavam o governo como ótimo ou bom, 16% como regular e 79% como ruim ou péssimo e 1% não souberam ou não quiseram responder.
“A eleição está aberta e vai depender de quem tiver a militância mais aguerrida, mais firme e eu tenho a melhor militância de todos”, acrescentou. Boletim médico divulgado na manhã de ontem confirmou informações dadas pela equipe do candidato na véspera com mais detalhes, explicando que o presidenciável “foi submetido a uma intervenção cirúrgica de menor porte, com cauterização das áreas hemorrágicas”.
“Ciro Gomes deu entrada na tarde de ontem (terça-feira)... com quadro de sangramento urinário espontâneo, relacionado com crescimento benigno da próstata”, divulgou o hospital, acrescentando que o candidato estava bem. Ciro seguiu direto para o debate entre presidenciáveis promovido por SBT, Folha de S.Paulo e UOL, marcado para as 17h45. Sua equipe de campanha informou que o presidenciável só vai retomar as ativida-
des de rua na segunda-feira. Até lá, além do debate de ontem, deve participar do debate na TV Record, no domingo. Via endoscópica - Segundo o hospital Sírio-Libanês, o procedimento realizado em Ciro durou 30 minutos e foi feito por via endoscópica, com uma leve sedação. O candidato seguiu para o quarto após o procedimento e estava tranquilo e sem dor, de acordo com a assessoria
São Paulo - Os candidatos à Presidência presentes no debate SBT/Folha/UOL, ontem, evitaram mencionar o nome do presidenciável líder nas pesquisas, Jair Bolsonaro (PSL), e centraram o ataque ao PT, de Fernando Haddad. Questionado sobre o papel que o PT teria em seu eventual governo, Ciro Gomes (PDT) disse que se for eleito “prefere governar” sem o partido. Sobre o MDB, do presidente Michel Temer, o pedetista falou que há bons quadros no partido e citou o senador paranaense Roberto Requião e o deputado federal pernambucano Jarbas Vasconcelos. Haddad reagiu na sua vez de responder ao bloco de perguntas de jornalistas. Ele disse que Ciro “há poucos meses atrás me convidava a ser vice”. “Ele chamava esta chapa de dream team”, pontuou. O petista falou que não vai “demonizar ninguém”. Geraldo Alckmin (PSDB) e Alvaro Dias (Podemos) reforçaram o discurso antipetista. Enquanto o tucano disse lutar para “evitar que o PT volte ao poder”, o senador paranaense apontou que o “Brasil tem de evitar o retorno desta organização criminosa”. Alckmin também chamou de “insensatez” a candidatura de Jair Bolsonaro (PSL).
O índice de confiança no presidente Temer foi de 5%, um ponto percentual abaixo do verificado pela pesquisa CNI/Ibope em junho. No levantamento daquele mês e na pesquisa informada ontem, 92% declararam “não confiar” no presidente. Três por cento não sabem ou não quiseram responder, um ponto percentual acima do verificado Apoios - Marina Silva (Rede) evitou responder se vai anteriormente. (ABr) apoiar PT ou Bolsonaro no segundo turno e clamou pelos votos das mulheres no dia 7 de outubro. Ela voltou a dizer que “querem de imprensa do hospital. substituir a população pelo Ciro ocupa a terceira posi- Centrão” e considerou que ção nas pesquisas de intenção a campanha dela é a “do de voto para a eleição, em tostão contra o milhão”, em empate técnico com Geraldo referência ao ex-presidente Alckmin (PSDB), atrás de Jair Jânio Quadros. Bolsonaro (PSL), que lidera, Cabo Daciolo (Patriota) e de Fernando Haddad (PT). defendeu a política de cotas Bolsonaro está internado raciais em universidades e no hospital Albert Einstein, concursos públicos, enquanem São Paulo, se recupe- to Boulos reafirmou o apoio rando de duas cirurgias de a referendos e plebiscitos. urgência após sofrer uma Henrique Meirelles facada durante evento de (MDB) voltou a defender campanha em Juiz de Fora a reforma da Previdência e (MG). (Reuters) evitou defender Temer. (AE)
Ciro Gomes recebe alta e segue direto para sabatina São Paulo - O candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, recebeu alta na tarde de ontem e seguiu direto do hospital para um debate entre presidenciáveis, após ter sido submetido a uma pequena intervenção cirúrgica na próstata, no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, na véspera. “Oi pessoal, saindo do hospital, com a lataria consertada, indo lá para o debate do SBT”, disse Ciro em vídeo postado em seu Twitter.
Participantes de debate atacam PT
BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 27 DE SETEMBRO DE 2018
10
POLÍTICA politica@diariodocomercio.com.br
GOVERNO DE MINAS
Vice de Anastasia sugere apoio a Bolsonaro Possibilidade é cogitada por Marcos Montes, companheiro de chapa do ex-governador tucano na disputa São Paulo - O deputado federal Marcos Montes (PSD), candidato a vice-governador de Minas Gerais na chapa de Antonio Anastasia (PSDB), sugeriu em ato o apoio dele e do tucano ao presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), a despeito de ambos fazerem parte do palanque de Geraldo Alckmin (PSDB) no Estado. “A partir do momento que eu achar e o professor Anastasia também achar que o candidato Alckmin não vai ao segundo turno, nós precisamos dar as mãos ao candidato Bolsonaro”, disse Montes, em ato com prefeitos da região do Alto Paranaíba, acompanhado de palmas dos presentes. As falas do candidato a vice do tucano foram registradas por convidados da reunião e ganharam as redes sociais na noite de terça-
-feira (25). No vídeo, Montes fala que Alckmin é “extremamente competente”, mas que, “lamentavelmente”, o ex-governador de São Paulo não decola nas pesquisas. “A sociedade brasileira começa a enxergar que não é o seu momento, começa a ver que seus números não avançam”, apontou. O aceno de Montes a Bolsonaro não é novidade no grupo que ele compõe no Parlamento. O deputado é um dos membros da bancada ruralista da Câmara, tendo sido presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) entre 2015 e 2017. Campanha informal - Ainda que a FPA tenha entre os integrantes parlamentares que vão do PT ao PSL, a bancada é majoritariamente composta por deputados
e senadores de partidos que apoiam Alckmin. No entanto, informalmente, diversos deles fazem campanha para o candidato militar. Bolsonaro lidera as intenções de voto no primeiro turno em Minas Gerais, com índices perto dos 30%. O Estado é o segundo maior colégio eleitoral do País. O candidato do PSDB ao governo de Minas Gerais, Antonio Anastasia, minimizou ontem as falas do vice Marcos Montes (PSD), que sugeriu na véspera o apoio ao presidenciável Jair Bolsonaro (PSL). Em nota, Anastasia diz que a fala de Montes trata de “uma possibilidade hipotética com a qual não trabalhamos”. O senador tucano reafirmou ainda no texto o apoio ao candidato Geraldo Alckmin (PSDB). (AE)
LUCIO BERNARDO JR/CÂMARA DOS DEPUTADOS
Em ato de campanha, deputado Marcos Pontes considera saída de Alckmin no 1º turno
BIOMETRIA
STF mantém cancelamento de títulos não cadastrados Brasília - O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu ontem manter o cancelamento de título de eleitores que não realizaram o cadastramento biométrico obrigatório. Sete ministros se posicionaram contra o pedido formulado pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), que contestava a exclusão desses eleitores. Votaram desta forma os ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes, Edson Fachin, Luiz Fux, Cármen Lúcia, Gilmar Mendes e o presidente da Corte, Dias Toffoli. O PSB alegava que o cancelamento de títulos viola princípios como a democracia, a cidadania, a soberania popular e o direito ao voto. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foram cancelados cerca de 3,3 milhões de títulos pelo não comparecimento à revisão, procedimento que atualiza o cadastro eleitoral, sendo a biometria um de seus meios. Último a votar, Toffoli destacou que era “previsível” que o número de títulos cancelados fosse superior às eleições anteriores, uma vez que o processo
de biometrização alcançou uma porcentagem maior do eleitorado brasileiro, eliminando mais cadastros irregulares. “Era previsível que, com o passar do tempo, aumentando a base de pessoas que se submeteram ao processo de biometria, com o batimento, se ampliaria por consequência a captura daquelas que se utilizam do mecanismo de tentar se alistar mais de uma vez, que têm duplicidade”, observou o presidente da Corte. “Parece-me que seria uma grande irresponsabilidade paralisarmos a salutar marcha do processo eleitoral em um momento tão decisivo do País para prestigiar uma parcela da população que se omitiu perante o chamamento da Justiça Eleitoral para recadastramento”, observou Gilmar Mendes. Relator do processo, Barroso afirmou que atender ao pedido do PSB acarreta risco de “inviabilizar a eleição e lançar o país no caos” a menos de duas semanas para a realização do primeiro turno, marcado para 7 de outubro. “Penso que a legislação e o tratamento normativo dado a essa matéria é
DANI VALENTE/ASCOM FASEPA/DIVULGAÇÃO
perfeitamente compatível com a Constituição e penso que sejam regras bastante razoáveis e necessárias. Não há indício de que o procedimento tenha sido direcionado ou gerado supressão desproporcional de títulos ou eleitores, com prejuízo a determinados candidatos ou partidos”, disse Barroso. Moraes, por sua vez, ressaltou que o comparecimento à revisão eleitoral é um pré-requisito objetivo e necessário. “Em nenhum momento a Constituição Federal veda a necessidade de requisitos formais para que ele (o eleitor) possa exercer a plenitude de seus direitos políticos”, afirmou. “Não se afigura abusivo que o cadastro seja cance- Cadastramento biométrico deixou de ser feito por mais de 3 milhões de eleitores lado caso não seja possível confirmar sua veracidade”, los. O ministro destacou numa eleição que já vem rigindo-se ao presidente do observou Fachin. “A dez que, no segundo turno das sendo questionada por STF, ministro Dias Toffoli. dias da eleição, decisão des- eleições presidenciais de determinados setores - e O ministro Marco Aurésa natureza seria inviabilizar 2014, a diferença de votos não tenho o pejo de dizer, lio Mello votou da mesma o processo. Seria desfazer entre Dilma Rousseff (PT) antidemocráticos, inclusive forma, mas a posição ficou tudo o que foi feito, e foi feito e Aécio Neves (PSDB) foi ante a opinião pública inter- vencida. No processo, o com base na lei”, entendeu de aproximadamente 3,5 nacional, e tendo em conta decano Celso de Mello se Cármen Lúcia. milhões de votos, número os observadores da OEA declarou impedido e a presisimilar ao de títulos cance- (Organização dos Estados dente do Tribunal Superior Divergência - Coube ao lados agora. Americanos) que estão ago- Eleitoral (TSE), ministra ministro Ricardo Lewando“Imagine Vossa Excelên- ra aqui acompanhando as Rosa Weber, declarou suswski abrir a divergência no cia se nós tivermos eleição eleições -, como é que vamos peição. Portanto, os dois julgamento, ao se posicionar apertada como esta, uma ficar, senhor presidente?”, não votaram. (AE) contra a exclusão dos títu- diferença dessa natureza indagou Lewandowski, di-
LAVA JATO
Dirceu tem mais uma condenação e pena reduzida São Paulo - Os desembargadores da 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região confirmaram mais uma condenação contra o ex-ministro José Dirceu (Casa Civil/Governo Lula) na Operação Lava Jato, mas reduziram de 11 anos e três meses para oito anos, 10 meses e 28 dias a pena do petista que havia sido proferida, em primeira instância, pelo juiz federal Sérgio Moro. As informações foram divulgadas pelo TRF-4. A denúncia, apresentada no dia 28 de junho de 2016, aponta que executivos da empresa Apolo Tubulars, interessados em entrar no
mercado de tubos e celebrar contratos com a Petrobras, solicitaram a intervenção de um operador junto a Renato Duque, ex-diretor da Área de Serviços da estatal para que a empresa fosse beneficiada. De acordo com a força-tarefa da Operação Lava Jato, mediante pagamento de propinas no valor de mais de R$ 7 milhões, Duque possibilitou a contratação da Apolo Tubulars. Para o Ministério Público Federal, 30% dos valores recebidos pelo operador foram transferidos para o ex-ministro. Em um outro processo, sobre propinas da empreiteira Engevix, em setembro
de 2017, Dirceu teve a pena aumentada pelo TRF-4 e foi sentenciado a 30 anos e 9 meses de prisão. Pelo voto do magistrado não foram aplicadas circunstâncias majorantes do Código Penal como quando o funcionário público praticante de crimes contra a Administração ocupa cargo em comissão ou de função de direção ou assessoramento em empresa pública. Além disso, Gebran considerou a incidência de atenuantes, como a idade avançada do réu, já que Dirceu tem, atualmente, 72 anos de idade. Também são réus na mesma ação o irmão de Dirceu,
Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato de Souza Duque, os sócios da construtora Credencial, Eduardo Aparecido de Meira e Flávio Henrique de Oliveira Macedo, além de dois executivos da empresa Apolo Tubulars, Carlos Eduardo de Sá Baptista e Paulo Cesar Peixoto de Castro Palhares Os demais réus do processo e o MPF também recorreram. Duque teve a sua condenação mantida pelo TRF4, já Luiz Eduardo, Meira e Macedo obtiveram uma diminuição das penas em virtude de cálculo de dosimetria. As absolvições
de Baptista e Palhares foram por lavagem de dinheiro e mantidas. associação criminosa. A pena passou de 8 anos e 9 meses Condenações - José Dirceu para 8 anos e 2 meses de de Oliveira e Silva: conde- reclusão; Flávio Henrique de nado por corrupção passiva Oliveira Macedo: condenado e lavagem de dinheiro. A por lavagem de dinheiro pena passou de 11 anos e 3 e associação criminosa. A meses para 8 anos, 10 meses pena passou de 8 anos e 9 e 28 dias de reclusão; Luiz meses para 8 anos e 2 meses Eduardo de Oliveira e Silva: de reclusão. condenado por corrupção Em nota, o advogado Ropassiva e lavagem de di- berto Podval, que defende nheiro. A pena passou de 10 José Dirceu, afirmou: “Sem anos para 8 anos e 9 meses dúvida foi mais uma imde reclusão; Renato de Souza portante vitória, mas acreDuque: condenado por cor- ditamos que ainda é só o rupção passiva. A pena foi começo. Isso mostra como é mantida em 6 anos e 8 meses precipitado o cumprimento de reclusão; Eduardo Apa- da pena antes do final do recido de Meira: condenado processo.” (AE)
BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 27 DE SETEMBRO DE 2018
11
NEGÓCIOS gestaoenegocios@diariodocomercio.com.br
TURISMO
Viajala vai investir R$ 13 milhões no País Cerca de 10% dos aportes da multinacional colombiana serão destinados para a operação em Belo Horizonte JULIANA BAETA
Os resultados alcançados pelo Viajala - site de busca e comparação de preços de passagens aéreas com atuação na América Latina - em seus dois anos de operação no Brasil, fizeram a startup direcionar seus investimentos para o País. Nos próximos três anos, a empresa vai investir cerca de R$ 13 milhões em território nacional, sendo que 10% deste montante deve vir para Belo Horizonte, a terceira cidade brasileira que contribui com mais acessos na plataforma. Também por isso, a empresa instalou uma base de operações este ano na capital mineira. “A gente se deu conta de que BH era a terceira maior cidade de usuários do Viajala e vimos uma boa oportunidade de ter uma base de operações aqui para nos aproximar dos usuários mineiros. O Brasil como um todo já nos traz um bom balanço desta operação, pois é o mercado mais jovem que temos e representa o segundo maior mercado de vendas”, conta o fundador
e CEO do Viajala, Thomas Allier. O primeiro mercado é a Colômbia, onde fica a sede da empresa. “Temos a consciência de que se queremos seguir tendo um crescimento como startup, temos que investir onde está o potencial, que no caso é o Brasil. Na Colômbia e no Chile, por exemplo, já atingimos um nível de amadurecimento importante porque são mercados pequenos. Por isso o foco agora é fazer esse investimento progressivo por aqui”, completa. O Brasil chegou à marca de meio milhão de acessos mensais no Viajala, o que deve contribuir para antecipar a previsão da empresa de bater a meta de um milhão de acessos mensais dentro de três anos. “É o país que tem o maior potencial de crescimento na América Latina para o turismo on-line, já que pelo menos metade do mercado está aqui. Então, a pista para correr em busca desta meta de dobrar o número de acessos é muito grande, e chegar a um milhão de
visitas mensais é bem factível diante destes resultados”, analisa o diretor da empresa no Brasil, Eduardo Martins. A meta deve ser alcançada já no próximo ano. A receita do negócio vem das taxas pagas pelas companhias aéreas e agências por visitas em suas respectivas páginas direcionadas por meio do Viajala. O usuário não tem nenhum custo e as passagens aéreas disponibilizadas não contêm nenhuma taxa adicional. “Somos uma empresa jovem, que tem cinco anos, e começamos com a ideia se ser um metabuscador na América Latina, que tem muitas linhas aéreas, algumas com passagens de custo mais baixo, mas que o viajante não encontra nas agências de viagem. E quando os usuários procuram em outros sites, têm a impressão que vão pagar uma taxa adicional. O que muitas pessoas fazem, inclusive, é buscar essas agências e sites para comparar os preços e depois irem direto no site da empresa área e fazer tudo de novo para comprar a
B3TTO / DIVULGAÇÃO
passagem. Na Viajala, o que é mostrado é o preço final do fornecedor e a compra é direcionada à companhia aérea com a passagem já selecionada”, explica o fundador da empresa Thomas Allier. Atualmente, a plataforma conta com 30 empresas parceiras no Brasil, marcas nacionais e regionais, no caso de Minas. “Então, fazer uma pesquisa no Viajala é como fazer 30 pesquisas nas linhas áreas”, pontua. Conteúdo regional - A plataforma utiliza a inteligência artificial para segmentar seu conteúdo. Por isso é que os viajantes mineiros, por exemplo, contam com um conteúdo específico no site e no blog, de acordo com o seu comportamento. São dicas de viagem, quais os locais e o período em que compensa mais viajar e economizar, relatos e experiências, entre outros tópicos. Com base nos acessos à plataforma foi possível mapear que, em Minas, o destino mais procurado pelos viajantes no primeiro semestre foi Lisboa. Além
Allier afrma que BH é o terceiro mercado da empresa no País
disso, 29% do público mineiro tem entre 25 e 34 anos e a grande maioria dos interessados em viajar saindo do Estado são mulheres (67%). Além de Portugal, os outros
destinos mais buscados neste período pelos viajantes daqui foram São Paulo, Porto Seguro, Salvador, Recife, Rio de Janeiro, Vitória e Fortaleza.
TELECOMUNICAÇÕES
INOVAÇÃO
Acesso à internet via satélite dobra no Brasil
Corporate venture é caminho para aproximação entre pequenas e grandes empresas
Brasília - O número de acessos de banda larga via satélite registrado em julho foi o dobro do mesmo período do ano passado. De acordo com dados divulgados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), em julho foram registrados 161.467 acessos de banda larga via satélite, o dobro em comparação a julho do ano passado, um aumento de 100,52%. O uso de satélites para oferta de internet geralmente é direcionado para moradores de regiões interioranas e remotas. A solução é complementar e na maioria das vezes utilizada em locais sem infraestrutura de cabo nem fibra ótica. “Algumas localidades no Norte, Nordeste e interior de São Paulo que não têm fibra, nem cabo, então o satélite é a solução. Esperamos ansiosamente pelas políticas públicas, que devem ser elaboradas pelo Executivo e Legislativo para serem implementadas pela Anatel”, disse o presidente da agência, Juarez Quadros, durante evento para debater o tema. Atualmente, estão em operação no Brasil mais de 50 satélites, entre brasileiros e estrangeiros. De acordo com Quadros, com a chegada de novos satélites explorando a banda Ka, que
PIXABAY / DIVULGAÇÃO
DA REDAÇÃO
Dados da Anatel apontam que foram realizados 161,4 mil acessos no mês passado no Brasil
oferece mais velocidade de acesso, a capacidade dedicada à oferta de banda larga via satélite no Brasil vai aumentar consideravelmente até 2021. A expectativa é disponibilizar 177 gigahertz (GHz) à população, dos quais 128 GHz serão em banda Ka; ante 41 GHz da banda Ka ofertados em 2017. “A missão da Anatel é implementar a política pública de acesso aos serviços de telecomunicação e a banda Ka tem papel central nisso”, disse Quadros.
Taxa de fiscalização - Dentro da agência, um dos conselheiros, Leonardo de Morais, defende a desoneração das taxas de fiscalização das VSATs (estação terrena de pequeno porte), que hoje é de R$ 201,12, que onera muito o uso de satélite para prestação de banda larga. De acordo com o conselheiro, que é presidente do Comitê de Espectro e Órbita da Anatel, o tema é objeto de um projeto que tramita no Legislativo. “Se aprovado, reduzirá o valor para R$
26,43 [equiparando com o Serviço Móvel Pessoal e Serviço de Comunicação Multimídia]”, disse Morais. De acordo com a última pesquisa TIC Domicílios, produzida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dos 42,1 milhões de residências no País que contam com o acesso à internet, cerca de 7% tem conexão via satélite. (ABr)
O corporate venture – inovação aberta - é um caminho oportuno e importante para o futuro da estratégia de aproximação entre as pequenas empresas e as médias e grandes companhias, fortalecendo as cadeias de valor. A percepção é da diretora técnica do Sebrae, Heloisa Menezes, que apresentou em São Paulo um balanço dos resultados do programa de encadeamento produtivo, desenvolvido pela instituição desde 2013. “Várias empresas têm usado como estratégia de inovação o relacionamento com startups”, disse a diretora. A análise de Heloisa Menezes aconteceu no primeiro dia do Encadear 2018 – Fórum de Encadeamento Produtivo, evento promovido pelo Sebrae na capital paulista. Heloisa Menezes expôs também os resultados de pesquisa, feita no ano passado com 569 pequenos negócios envolvidos no programa de encadeamento. Entre as principais conclusões, estão
as de que para 65% dos entrevistados, houve aumento de 36% no faturamento após passarem a trabalhar para grandes companhias; 45% aumentaram o número de pessoas ocupadas e para 69% houve aumento de 27% na produtividade. Segundo Heloisa, o futuro do encadeamento está na maior participação das startups. A diretora técnica destacou um estudo da Universidade Nacional General Sarmiento, da Argentina, deste ano, que aponta a presença de 180 iniciativas de parceria com grandes empresas da América Latina, envolvendo 150 incubadas e 2 mil startups apoiadas. Ela apresentou também os resultados do programa Nexos, do Sebrae, que identificou 145 demandas tecnológicas em médias e grandes empresas desde que foi criado, conectando 44 grandes companhias a 190 startups. “Com o Nexos, pretendemos estruturar um programa que promova esse casamento a partir da demanda”, ressaltou. (ASN)
www.facebook.com/DiariodoComercio
www.twitter.com/diario_comercio
gestaoenegocios@diariodocomercio.com.br
Telefone: (31) 3469-2025
BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 27 DE SETEMBRO DE 2018
12
ESPECIAL
Recursos hĂdricos em debate no DiĂĄlogos DC Evento reuniu especialistas na sede da SME que apontaram caminhos para manter a disponibilidade de ĂĄgua navegação e na geração de energia pelo mesmo motivo, entre outras consequĂŞnciasâ€?, pontuou Souza.
www.movimentominas2032.com.br
DANIELA MACIEL
A 19ÂŞ edição do DiĂĄlogos DC, com o tema “Inovação e Produção TecnolĂłgicaâ€?, realizada pelo DIĂ RIO DO COMÉRCIO em parceria com a Sociedade Mineira dos Engenheiros (SME), ontem, trouxe como base da discussĂŁo os Objetivos de Desenvolvimento SustentĂĄvel (ODS) 6 “Assegurar a disponibilidade e gestĂŁo sustentĂĄvel da ĂĄgua e saneamento bĂĄsico para todas e todosâ€? e o 7 “Assegurar o acesso confiĂĄvel, sustentĂĄvel, moderno e a preço acessĂvel Ă energia para todas e todosâ€?. O evento reuniu na sede da SME, na regiĂŁo Centro-Sul, o presidente da ComissĂŁo TĂŠcnica de Recursos HĂdricos da SME, SĂŠrgio Menin Teixeira de Souza; e o ex-diretor da Cemig, ex-presidente da SME e da Eletrobras, Aloisio Vasconcelos. O debate foi mediado pelo presidente da SME, Ronaldo GusmĂŁo; e pelo diretor- presidente do DIĂ RIO DO COMÉRCIO, Luiz Carlos Motta Costa. Acostumados a nĂŁo pensar sobre a fartura ou a escassez da ĂĄgua, jĂĄ que o PaĂs alĂŠm do extenso litoral de mais de 8 mil quilĂ´metros tem a maior reserva de ĂĄgua doce do planeta - cerca de 12% -, os brasileiros tomaram um susto com as primeiras crises hĂdricas e de energia elĂŠtrica ainda nos anos de 1990. É certo que a ĂĄgua nĂŁo sumiu do planeta, porĂŠm a gestĂŁo dos recursos hĂdricos – ferramenta essencial para levar a ĂĄgua Ă s populaçþes e empreendimentos – mal realizada leva aos problemas constantemente noticiados dentro e fora do Brasil. “Aprendemos com muito atraso a cuidar da ĂĄgua no Brasil e em Minas. SĂł nos anos mais recentes quando passamos por uma crise de falta de ĂĄgua e isso nos trouxe uma grande perplexidade diante de um PaĂs com tanta disponibilidade hĂdrica com esse tipo de problema. Assistimos empreendimentos saindo do Estado por falta de ĂĄgua, dificuldades na
Parcerias - Para o especialista, equilibrar demanda e oferta de ĂĄgua ĂŠ uma necessidade que pode contar com a ajuda da engenharia. Tudo, porĂŠm, tem que ser feito em parceria com outros atores sociais interessados e influentes, especialmente os ativistas ambientais. A paralisação de investimentos diante da crise econĂ´mica enfrentada pelo PaĂs nos Ăşltimos anos ajudou a piorar a situação. “A engenharia de recursos hĂdricos tem tĂŠcnicas para controlar e equilibrar a oferta entre perĂodos de seca e de cheias. Precisamos, porĂŠm, de condiçþes econĂ´micas e polĂticas para que isso seja feito. AlĂŠm da deficiĂŞncia acumulada, a essa situação
CBHSF/DIVULGAĂ‡ĂƒO
soma-se a falta de gestĂŁo dos recursos hĂdricos. Hoje existem tecnologias avançadas de modelação para se fazer um gerenciamento eficaz das disponibilidades. Essa gestĂŁo tem sido melhorada em vĂĄrios polos de capacitação, com tecnologia de ponta, como nos EUA, Israel e alguns paĂses da Europa Oriental. Essas tecnologias estĂŁo disponĂveis, mas nĂŁo estamos praticando. Somos mal estruturados para a gestĂŁo das ĂĄguas. Isso precisa ser recuperadoâ€?, alertou o presidente da ComissĂŁo TĂŠcnica de Recursos HĂdricos da SME. O DiĂĄlogos DC ĂŠ promovido pelo Movimento Minas 2032 - projeto idealizado pelo DIĂ RIO DO COMÉRCIO, lançado oficialmente em novembro de 2017, cujo objetivo ĂŠ criar um ambiente favorĂĄvel ao desenvolvimento econĂ´mico de Minas. Brasil conta com a maior reserva de ĂĄgua doce do planeta e com 8 mil quilĂ´metros de litoral MICHELLE MULLS
Menin: uso da engenharia para equilibrar a oferta
MICHELLE MULLS
Luiz Carlos Motta Costa mediou o evento na SME
MICHELLE MULLS
GusmĂŁo foi um dos mediadores do DiĂĄlogos DC
Inovação ĂŠ caminho para ampliar acesso Ă energia A geração de energia elĂŠtrica no Brasil estĂĄ intimamente ligada Ă gestĂŁo das ĂĄguas, jĂĄ que nosso principal sistema de geração ĂŠ atravĂŠs de hidrelĂŠtricas. Essa caracterĂstica dĂĄ Ă edição de ontem do DiĂĄlogos DC, com o tema “Inovação e Produção TecnolĂłgicaâ€?, realizado em parceria com a Sociedade Mineira dos Engenheiros (SME), ainda mais importância. O evento foi baseado nos Objetivos do Desenvolvimento SustentĂĄvel (ODS) 6 “Assegurar a disponibilidade e gestĂŁo sustentĂĄvel da ĂĄgua e saneamento bĂĄsico para todas e todosâ€? e o 7 “Assegurar o acesso confiĂĄvel, sustentĂĄvel, moderno e a preço acessĂvel Ă energia para todas e todosâ€?. A defesa feita pelo ex-diretor da Cemig, ex-presidente da SME e da Eletrobras, Aloisio Vasconcelos, sobre o papel da engenharia e das inovaçþes tecnolĂłgicas sobre a possibilidade de distribuição universalizada da energia no Brasil coincide em conceitos e determinação
com a fala do presidente da ComissĂŁo TĂŠcnica de Recursos HĂdricos da SME, SĂŠrgio Menin Teixeira de Souza, sobre a ĂĄgua. “O mundo precisa de ferramentas de inovação e principalmente avanços tecnolĂłgicos para melhorar a qualidade de vida das pessoas. A universalização ĂŠ o sonho de todo governante. A energia elĂŠtrica ĂŠ condição vital para qualquer ser humano. Em 2003, eram 12 milhĂľes de brasileiros sem energia elĂŠtrica em casa. Fizemos o programa ‘Luz para todos’ de eletrificação rural e conseguimos resolver boa parte. Para um programa dar certo ele depende da tĂŠcnica, de financiamento e de estrutura organizacional. O financiamento ĂŠ a principal dificuldadeâ€?, destaca Vasconcelos. O desenvolvimento de fontes de energia alternativas ĂŠ uma das soluçþes que pode ajudar a equilibrar um dos pontos de maior discĂłrdia na busca por uma produção e distribuição da energia
nos moldes propostos pelos ODS: a disputa entre os desenvolvimentistas e os ambientalistas. O Programa de Incentivo Ă s Fontes de Energia Alternativa (Proinfa), desenvolvido pela Eletrobras, teve inĂcio em 2003, dividido em trĂŞs vertentes: pequenas centrais hidrelĂŠtricas, eĂłlica e biomassa. Ali o ex-diretor da Cemig enxergava uma possibilidade de mudança da matriz energĂŠtica brasileira. Das vertentes, a Ăşltima ĂŠ a que deu resultados menos expressivos ao enfrentar a oposição dos produtores de cana que se interessavam mais em vender o bagaço pra a indĂşstria de insumos agropecuĂĄrios. â€œĂ‰ imperiosa a necessidade de compatibilizar o desejo de quem quer o progresso equilibrado e daqueles que querem a preservação ambiental. NĂŁo hĂĄ mais espaços para radicalismos. E quem tem que resolver isso ĂŠ a força do governoâ€?. Assim como na questĂŁo da ĂĄgua, o combate a des-
MICHELLE MULLS
Vasconcelos: universalização Ê sonho de todo governante
perdĂcio da energia elĂŠtrica ĂŠ determinante para que o acesso universalizado seja alcançado. O desperdĂcio tem impacto direto nos custos que ĂŠ composto tambĂŠm, entre outros itens, pelo custo de produção, a anexação ao sistema e os impostos estaduais. Em Minas, eles chegam a 30% do total. E, por fim, Ă prĂłpria eficiĂŞncia energĂŠtica. “Hoje existe tecnologia que nĂŁo permite o desperdĂcio nas empresas. Todos nĂłs precisamos usar o conceito de eficiĂŞncia, que ĂŠ
duplo: na produção, com mĂĄquinas menores, e com o uso racional. Queremos mostrar que a engenharia tem a cada dia inovaçþes e pesquisas e que elas levam ao desenvolvimento sustentĂĄvel. Existe, por exemplo, a geração de energia pela marĂŠs – a maremotriz. O Brasil tem, pelo menos, 6 mil quilĂ´metros de costa aproveitĂĄvel para esse modelo, mas nĂŁo existe boa vontade polĂtica. Assim perdemos o ‘time’ das soluçþes que o mundo jĂĄ usaâ€?, pontua o engenheiro. (DM)
BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 27 DE SETEMBRO DE 2018
13
NEGÓCIOS FELIPE LESSA/DIVULGAÇÃO
FIDELIZAÇÃO
Programas de fidelidade têm faturamento de R$ 3,25 bi
Organizadores do Festival Internacional de Cerveja e Cultura estimam um público de 40 mil pessoas nos dois dias do evento na região da Pampulha
CERVEJAS
Festival vai movimentar R$ 5 milhões Evento será realizado no Mineirão e contará com aproximadamente 350 rótulos DANIELA MACIEL
A quarta edição do Festival Internacional de Cerveja e Cultura (FICC) promete uma intensa programação para os amantes e profissionais da cerveja artesanal em Belo Horizonte. O evento, que culmina em uma festa nos dias 29 e 30 de setembro no estacionamento do Mineirão (região da Pampulha), é antecedido, no dia 27, pelo 4º Congresso Internacional de Cerveja e Cultura. Estima-se que o evento movimentará R$ 5 milhões. O Congresso acontece no campus do Centro Universitário de Belo Horizonte (Uni-BH), no bairro Estoril, na região Oeste. De acordo com o diretor da Play Cultural e um dos organizadores e
idealizadores do FICC, Diogo Kfoury, são esperadas mais de 40 mil pessoas no total. “O mercado de cerveja artesanal cresce cerca de 17% ao ano e o FICC tem que acompanhar. Mais do que uma festa, fazemos uma semana cultural que envolve toda a parte acadêmica em torno da cerveja, com os conteúdos mais importantes de dentro e de fora do Brasil e palestrantes nacionais e internacionais”, explica Kfouri. O principal palestrante é Petter Bouckaert, master brewer da cervejaria americana New Belgian – a maior cervejaria artesanal do mundo - e também autor do livro “Wood & Beer”. Ele divide a noite com Gustavo Koala, sócio-fundador da Koala San Brew, para que todos os par-
ticipantes realizem imersão turais como a oficina de circo, no universo da produção de shows musicais e espaço pet. cervejas especiais. A homenageada dessa edição será a Alemanha. Negócios - O FICC é, ainda, “O FICC já é o terceiro uma oportunidade de negó- evento cervejeiro do País e cios. A ideia é que pequenos uma festa para toda a família. e grandes produtores encon- Esse é também um espatrem fornecedores de insumos ço para valorizar e mostrar e equipamentos. “Essa é uma a produção de cervejas de oportunidade para que a ca- Belo Horizonte. A Região deia produtiva se encontre, Metropolitana já é chamada feche negócios aqui e que de Bélgica brasileira pela também faça contato para qualidade dos produtos e futuras parcerias”, afirma o pelo circuito que já se tornou organizador. turístico. A cerveja artesanal é Para os dois dias de festa caracterizada pela qualidade é estimada a venda de 60 mil dos insumos e excelência do litros de cerveja, superando a processo, independentemenmarca de 350 rótulos distribu- te do volume produzido. ídos em cerca de 100 estandes Nós fazemos isso bem aqui e do ano passado. Além de isso precisa ser divulgado”, boa gastronomia, o evento completa. oferece espaço e atividades “É importante sempre para crianças, atividades cul- deixar claro que é nosso foco
gerar novos negócios com a realização do FICC; colocar Minas Gerais no calendário oficial de eventos de cerveja; divulgar prêmios e conquistas do segmento que cresce cerca de 17% ao ano; abrir diálogos que possibilitem investimentos a curto e longo prazo, através de discussões políticas com líderes de governo, visando o fortalecimento da indústria local; gerar espaço para exposição de grandes marcas nacionais e internacionais, para um contato direto com o público; valorizar nossos produtos, atraindo a cada edição um número maior de visitantes e ainda gerar uma opção de lazer ao turista, oferecendo o que há de melhor na nossa cultura”, reforça o idealizador do evento.
Belo Horizonte também contará com Oktoberfest DANIELA MACIEL
Mais de 50 cervejarias mineiras vão se reunir, entre os dias 4 e 6 de outubro, para celebrar a primeira edição da Oktoberfest BH, no Centro de Exposições George Norman Kutova (Expominas), na região Oeste. O evento, voltado para o consumidor final, é organizado pelo Sindicato das Indústrias de Cerveja e Bebidas em Geral do Estado de Minas Gerais (Sindbebidas - MG). De acordo com o superintendente executivo do Sindbebidas, Cristiano Lamego, a ideia é oferecer produtos de alto valor agregado para o consumidor final. “Os eventos são a melhor forma de fomentar a cultura cervejeira. Isso significa ampliação de mercado. Participam cervejarias de todo o Estado”, explica Lamego. Mais de 150 rótulos devem ser apresentados para cerca de 18 mil pessoas a cada dia, muitas vindas do interior do Estado. Durante o evento carreatas de “beer trucks” circularão por vários endereços do circuito cervejeiro como Lourdes, Savassi, Centro e Vale do Sereno. Artistas circenses, grupos folclóricos e performances vão recepcionar os visitantes do evento na alameda principal do Expominas e circular pelos pavilhões. “O que chama a atenção
não cerveja mineira é a criatividade dos nossos produtores. A receita e os ingredientes básicos sãos os mesmos no mundo inteiro, então o que faz um lugar se destacar é a criatividade na hora de agregar outros ingredientes e na qualidade do processo”, afirma o superintendente executivo do Sindbebidas. O evento acontece logo após o lançamento, no início de setembro, da marca coletiva “Cervejas de Minas – Livre por Tradição”. A iniciativa é uma parceria do Sindbebidas, Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) e Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais (Sebrae Minas). A ideia é que a marca funcione como um selo de qualidade dos rótulos das cervejas mineiras. “Esse é um momento muito propício para a Oktoberfest, junto com o lançamento da marca coletiva. Tudo isso demonstra a força do nosso produto e do nosso mercado. Estamos planejando um evento para a cadeia produtiva em maio, com concurso de cervejas e rodada de negócios”, antecipa o executivo. A venda dos ingressos já começou pela plataforma Sympla e nas lojas Chilli Beans. O primeiro lote é promocional e as entradas custam partir de R$15.
CHARLES SILVA DUARTE/ARQUIVO DC
Festa será promovida pelo Sindbebidas-MG entre 4 e 6 de outubro e vai reunir 50 marcas
São Paulo - Os programas de fidelidade fecharam o primeiro semestre deste ano com um faturamento total de R$ 3,25 bilhões, cifra 9,8% maior que a registrada em igual período de 2017. Os dados são da Associação Brasileira das Empresas do Mercado de Fidelização (Abemf), que compilou os resultados de seis associadas (Dotz, LTM, Multiplus, Netpoints, Smiles e TudoAzul) em conjunto com a consultoria GS&MD. O presidente da entidade, Roberto Chade, aposta que esse mercado, que passou praticamente ao largo da última crise doméstica, deve permanecer em crescimento mesmo com o cenário econômico mais desafiador. “Ninguém gosta de crise, quando o Brasil não cresce. Mas, para nós, há alguns aspectos que vêm fortalecendo a indústria. Os consumidores passam a ser mais preocupados em fazer seu dinheiro valer mais”, observou, na abertura do 3º Fórum Brasileiro de Fidelização. Chade, que também preside a Dotz, afirmou que o mercado de fidelização vem empreendendo esforços para trazer mais consumidores às plataformas, aprimorar o engajamento dos que já fazem parte delas e melhorar a oferta de produtos. Para mostrar o potencial de expansão da indústria, ele exemplifica que, em mercados maduros como os Estados Unidos, os consumidores participam de até 17 programas de fidelidade, enquanto no Brasil os consumidores mais ativos participam de 3 ou 4. Entre janeiro e junho, foram emitidos 136,8 bilhões de pontos e milhas, volume 16,6% superior se comparado ao do mesmo intervalo de 2017. O grupo “varejo e bancos” segue como a principal fonte de acúmulo, com 88,9% do total - os 11,1% restantes provêm das viagens. Já os resgates de pontos e milhas somaram 117,0 bilhões no primeiro semestre, alta de 19,8% na comparação anual. As passagens aéreas se mantêm como as mais procuradas pelos usuários na hora dos resgates (73,9% no período), mas a Abemf destaca que a categoria “produtos e serviços” vem ganhando espaço, tendo atingido share de 26,1% (ante 23,8% no primeiro semestre de 2017). No cenário nacional, São Paulo se manteve como o destino de viagem mais procurado para o resgate de passagens aéreas, seguida de Rio de Janeiro e Brasília. Em viagens internacionais, Miami está no topo de ranking, seguida de Orlando e Buenos Aires Em relação aos cadastrados, o número de participantes nos programas associados à Abemf atingiu 120,6 milhões em junho, representando um avanço de 20,8% na base anual. (AE)
14
BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 27 DE SETEMBRO DE 2018
AGRONEGÓCIO
agronegocio@diariodocomercio.com.br
SUINOCULTURA
Abertura do mercado indiano reduzirá perdas Expectativa é de que a crescente demanda do país reduza a oferta no Brasil, com recuperação de preços MICHELLE VALVERDE
Após pelo menos quatro anos de negociação, a Índia anunciou a abertura do mercado para a carne suína e produtos cárneos de suínos produzidos no Brasil. O anúncio da abertura, feito na última terça-feira pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Blairo Maggi, aconteceu em um período crítico da suinocultura, que vem trabalhando com custos elevados e preços abaixo do necessário para garantir renda aos produtores. Com a possibilidade de ampliar as exportações, as expectativas são positivas, principalmente pelo fato de a Índia ser um dos países mais populosos do mundo e com consumo de proteína crescente. A oportunidade de exportar para a Índia foi comemorada pelo setor. Além de atestar a sanidade e a qualidade da carne suína produzida no Brasil e em Minas Gerais, a possibilidade de expandir e diversificar os embarques de carne suína é uma forma de regularizar a oferta no mercado interno e promover a recuperação dos preços. O presidente da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg), Antônio Ferraz, ressaltou a importância da abertura de mais um mercado para a carne suína. “Essa, na realidade, é a primeira e melhor notícia do ano para a suinocultura. A abertura
de um novo mercado é sempre importante. O mercado da Índia é muito promissor, esperamos que as plantas a serem credenciadas para exportar sejam reconhecidas de forma imediata. A partir de agora, esperamos somente notícias boas para o setor. Estamos caminhando para o quarto trimestre do ano, período em que o consumo de carne suína é estimulado pelas festas e o retorno para o suinocultor é mais favorável”. Ainda segundo Ferraz, a tendência é de que as exportações para a Índia contribuam para reduzir a oferta de carne suína no mercado interno, o que é importante para a recuperação dos preços pagos pelo suíno vivo. Ainda que na última semana tenha ocorrido uma pequena elevação dos preços pagos pelo suíno vivo, de R$ 3,90 para R$ 4,10, o setor ainda trabalha sem margem de lucro. “Os preços estão reagindo tanto em Minas Gerais quanto em nível nacional. O quilo do suíno vivo está sendo negociado, no Estado, em média, a R$ 4,10, mas continuamos com os custos acima deste valor. A tendência é de novas altas e nossas expectativas são muito boas. Além do período tradicional de maior consumo, as exportações vão contribuir para equilibrar a oferta no mercado interno e para a retomada dos preços”. Valor agregado - Para a coorde-
DIVULGAÇÃO
Em Minas, houve melhor remuneração, mas setor alega trabalhar sem lucro
nadora da assessoria técnica da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), Aline Veloso, a abertura de mais um mercado é importante para potencializar a produção. “A abertura de mercado é sempre oportuna por potencializar nossos produtos e gerar renda para os suinocultores e para o País. Além da consolidação de mercado, a abertura de novas oportunidades de comércio internacional atesta a nossa defesa sanitária e desperta o olhar de outros países para a nossa produção. A carne suína tem qualidade e tem incremento
tecnológico aplicado. Outro ponto que vale ser destacado é que ao exportamos a proteína animal, estamos vendendo um produto com valor agregado, que são o nosso milho e a soja destinados à pecuária”. Aline destaca que a Índia é um país emergente, onde a demanda por produtos industrializados e diferenciados é crescente. “A relação com a Índia pode permitir a exportação de outros produtos também. É uma relação econômica importante”, explicou. Sanidade - Em comunicado en-
viado pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o presidente da entidade, Francisco Turra, ressaltou a importância do status sanitário nacional para a abertura do mercado indiano e de outros, uma vez que vários países produtores de carne suína enfrentam problemas com enfermidades. “Se por um lado é uma vitória para o Brasil, por outro, é o reconhecimento da capacidade brasileira de ofertar produtos com excelência acerca da qualidade dos produtos e do preservado status sanitário, especialmente neste momento em que diversas nações produtoras sofrem com incontáveis focos de peste suína africana”, analisou o presidente da ABPA. A representante da Faemg, Aline Veloso, destaca que a preservação do status sanitário é fundamental para que o Brasil consiga abrir novos mercados. “Mais uma vez, a cadeia produtiva precisa estar bastante atenta à sanidade. Estamos em um momento em que vários países produtores enfrentam problemas com a peste suína africana e nosso status sanitário é positivo. A estruturação do nosso fundo privado de defesa sanitária e a contribuição por parte dos produtores é fundamental neste momento, para que possamos galgar novos mercados a partir da nossa qualidade e sanidade”, explicou.
COMÉRCIO EXTERIOR
QUÍMICA RENOVÁVEL
Produtores e governo brasileiro manifestam preocupação com apoio da Índia à indústria de açúcar
Biomassa a serviço do setor farmacêutico
São Paulo e Nova Délhi - O Ministério das Relações Exteriores do Brasil afirmou ontem que as novas medidas do governo indiano em apoio à indústria de açúcar e o possível aumento das exportações do produto da Índia “motivam grande preocupação no setor produtivo e no governo brasileiro, por seu potencial impacto no comércio internacional”. A afirmação foi feita após o gabinete da Índia aprovar, ontem, incentivos para encorajar usinas a exportar açúcar na temporada 2018/19, como parte dos esforços do país para reduzir seus estoques. Segundo o governo brasileiro, o apoio da Índia preocupa o governo no atual cenário de excesso de oferta e de queda dos preços do açúcar no Brasil e no mundo. O Itamaraty disse estar “examinando a extensão das medidas anunciadas pela Índia, assim como seu impacto”. Com uma produção recorde, a Índia deve superar o Brasil como líder na produção global de açúcar em 2018/19. Os subsídios indianos poderiam resultar em ações dos países produtores na Organização Mundial do Comércio (OMC), conforme já sinalizou um dirigente da Unica, entidade que representa usinas no centro-sul brasileiro. Transporte - O gabinete do primeiro-ministro Narendra Modi dará subsídios de transporte de 1.000 rúpias (US$ 13,77) por tonelada para 3 mil rúpias por tonelada de açúcar às usinas, dependendo da distância dos portos. Além disso, o gabinete aprovou elevar o preço que o governo paga diretamente aos produtores de cana para 138 rúpias (US$ 1,90) por tonelada na nova temporada,
a partir de outubro de 2018. Ambas as medidas custariam ao governo 55,38 bilhões de rúpias, segundo o comunicado do governo indiano. O maior consumidor de açúcar do mundo está tentando reduzir um estoque crescente, e o aumento nos embarques pode aumentar a pressão sobre os preços globais que já estão sendo negociados perto do seu nível mais baixo em uma década. O Ministério da Alimentação encorajaria usinas de açúcar a exportar pelo menos 5 milhões de toneladas de açúcar para cortar estoques massivos, disseram ontem duas fontes do governo que não querem ser identificadas. A Índia poderia começar a nova temporada com estoques de mais de 10 milhões de toneladas de açúcar e poderia produzir outras 35 milhões de toneladas na temporada, segundo estimativas da associação da indústria (Isma). Os indianos, conhecidos por sua propensão ao consumo de açúcar, demandam cerca de 25 milhões de toneladas do produto por ano. Dificuldades - Carregadas com enormes quantidades de açúcar e atingidas por uma queda nos preços, as usinas disseram que não podem pagar aos produtores de cana o preço fixo do governo a tempo. As empresas de açúcar devem cerca de 135 bilhões de rúpias (US$ 1,85 bilhão) na temporada atual para os produtores de cana. Antes de uma eleição geral prevista para maio do ano que vem, o governo de Modi está disposto a ajudar as usinas a quitar a dívida com produtores cana, que formam um grande bloco eleitoral. (Reuters)
DIVULGAÇÃO
DA REDAÇÃO
A biomassa gerada por cadeias produtivas da agropecuária pode mover uma indústria que pode substituir vários produtos da petroquímica. A química renovável é considerada uma área muito promissora, na opinião do presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), Jorge Guimarães. Segundo ele, a empresa tem atualmente 20 empresas na área de indústria química trabalhando em projetos conjuntos com instituições de pesquisa e tecnologia públicas e privadas credenciadas. Entre elas a Oxiteno, Braskem, Brasil Kirin, Carbono Brasil Tecnologia, Rhodia, Kraton, Valorec. “São empresas que estão operando no modelo Embrapii, com química propriamente dita.” Para Jorge Guimarães, a química verde tem um potencial muito grande, por exemplo, para contribuir com o equilíbrio na balança de pagamentos da indústria farmacêutica. “O Brasil é o maior produtor mundial de suco de laranja e importa ácido cítrico; é o maior produtor de sacarose e importa glucose, que é a matéria prima para confecção da molécula da sacarose. Nós temos uma enorme capacidade de ampliar a produção de produtos de origem renovável. Essas especialidades químicas para indústria farmacêutica são um nicho da maior importância, sejam elas originadas por síntese química, ou pela exploração da biodiversidade”, afirma. Mas não é apenas nessa área. De acordo com o presidente da Embrapii, já estão sendo desenvolvidas tecnologias com a química verde para as indústrias de calçados, automobilística, de cosméticos e até para os setores alimentício e cervejeiro. Porém, ainda há gargalos que precisam ser superados. Na opinião de Jorge Guimarães, apesar do potencial do setor, ainda há poucas empresas atuando nessa área. Para ele, um dos problemas são os custos elevados para manter equipamentos
Brasil é o maior produtor de suco de laranja mas importa ácido cítrico
e equipes de pesquisa e desenvolvimento nas indústrias. Uma questão que as parcerias com as unidades da Embrapii visam resolver. “A Unidade Embrapii funciona como um substituto do centro de P&D que a empresa não consegue manter”, explica Jorge Guimarães ao destacar a ampliação do modelo. “Quando a Embrapii começou, no final de 2014, eram 10 empresas. hoje são 250 e a maioria nunca fez pesquisa no Brasil. Verticalização - Para o agrônomo Antônio Tafuri, da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), o estímulo à aproximação entre o setor produtivo e as instituições de P&D é fundamental para o avanço da química renovável e de outras áreas. “A Embrapa já tem um portfólio de tecnologias espetacular que as agroindústrias ainda não conhecem. Para dar o primeiro passo de aproximação, buscando a
verticalização das agroindústrias, o portfólio de tecnologias existentes é mais do que suficiente”, afirma. Segundo Antônio Tafuri, em várias regiões do Brasil não há muito espaço para expansão horizontal da produção, ou seja, aumento de área, e o nível de produtividade também já é elevado. “O próximo passo é verticalizar a produção, com produção de ração, de biocombustíveis, de óleos essenciais e biorrefinarias”, explica. Para promover esse processo, a ABDI instituiu a Rede Nacional de Produtividade e Inovação – Renapi, que está estimulando o avanço de uma agenda estratégica nas áreas de biocombustíveis, química renovável, entre outras iniciativas. “O desafio é fazer o setor entender essa oportunidade de agregação de valor por meio da inovação e entender que a agenda positiva do setor não está mais na produção e sim na inteligência do negócio”, diz Antônio Tafuri. (Com informações da Embrapa).
BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 27 DE SETEMBRO DE 2018
15
FINANÇAS financas@diariodocomercio.com.br
GOVERNO CENTRAL
ELEIÇÕES E FED
Déficit atinge R$ 19,7 bi em agosto Resultado primário foi o 2º pior para o mês na série e superou as projeções de analistas Brasília - O governo central, formado por Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social, teve déficit primário de R$ 19,733 bilhões em agosto, segundo pior para o mês na série histórica iniciada em 1997, afetado pela elevação de despesas e queda das receitas. O dado veio pior que o rombo de R$ 11,306 bilhões projetado para o mês por analistas, segundo pesquisa Reuters. E veio a despeito do recebimento em agosto de R$ 7,2 bilhões em concessões, devido à antecipação de pagamentos associados à 15ª rodada de concessão de petróleo e gás. De um lado, as despesas tiveram alta de 5,9%, em termos reais, a R$ 112,193 bilhões. Segundo o Tesouro, o avanço foi puxado principalmente pela execução de R$ 1,7 bilhão das despesas de financiamento da campanha eleitoral deste ano, fato que não ocorreu em agosto de 2017. Mas os gastos com pessoal e encargos pessoais também pesaram, com expansão de 4,4%, já descontada a inflação, em um acréscimo de R$ 990,1 milhões sobre agosto do ano passado. Ao mesmo tempo, a receita líquida teve uma queda real de 3,1%, a R$ 92,459 bilhões, afetada por maior transferência de recursos a Estados e municípios, linha que cresceu 18,9% no período. “A elevação nas transferências por repartição de receita em comparação a agosto de 2017 é explicada, em grande medida, pela melhora na arrecadação do Imposto de Renda Pessoa Jurídica, cuja transferência em agosto se refere à arrecadação, em julho, da 1ª cota ou cota única relativa à apuração trimestral, e da participação especial pela ex-
PIXABAY
As despesas do governo central avançaram quase 6% no período, enquanto as receitas recuaram 3,1%
ploração de petróleo e gás natural, cujo repasse sazonal aos Estados e municípios ocorre em agosto”, disse o Tesouro, em apresentação. No mês, o rombo da Previdência foi de R$ 18,017 bilhões, ao passo que Tesouro e BC apresentaram um resultado negativo de R$ 1,716 bilhão. Nos oito primeiros meses do ano, o déficit do governo central somou R$ 58,557 bilhões, queda de 35,2% sobre igual etapa do ano passado. Em 12 meses, o saldo negativo foi a R$ 97,6 bilhões, ante meta de déficit primário de R$ 159 bilhões para este ano. Este será o quinto resultado seguido no vermelho do Brasil, em uma mostra do desequilíbrio
entre receitas e despesas, quadro agravado pelo crescimento dos gastos obrigatórios, como os previdenciários e os ligados à folha de pagamento do funcionalismo. Folga na meta - Mesmo assim, o governo tem batido na tecla que cumprirá o objetivo com folga. Na semana passada, o secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, destacou que o governo agora vê um aumento de R$ 4 bilhões nas receitas esperadas no ano, montante que irá “praticamente para excesso de primário, melhora em relação à meta”. O secretário também lembrou que o governo central deve se beneficiar ainda de uma economia
de R$ 15 bilhões com recursos empoçados até o final do ano. Esse dinheiro já foi liberado para pagamento, mas não foi executado pelas pastas por uma série de amarras e vinculações, mensagem que foi repetida no relatório do Tesouro de ontem. “Deve-se ressaltar que o possível excesso de resultado primário em relação à meta não diminui o desafio fiscal brasileiro, cuja superação passa, necessariamente, por reformas que estabilizem a dinâmica das despesas obrigatórias e pela geração de um resultado primário positivo que coloque a dívida pública bruta do governo geral em trajetória cadente”, trouxe o texto. (Reuters)
CRÉDITO MAIS CARO
Taxa do rotativo do cartão chega a 274% Brasília - Os consumidores que caíram no rotativo do cartão de crédito pagaram juros mais caros em agosto. A taxa média do rotativo do cartão de crédito subiu 2,6 pontos percentuais em relação a julho, chegando a 274% ao ano. Esses dados foram divulgados ontem pelo Banco Central (BC), em Brasília. A taxa média é formada com base nos dados de consumidores adimplentes e inadimplentes. No caso do consumidor adimplente, que paga pelo menos o valor mínimo da fatura do cartão em dia, a taxa chegou a 250,3% ao ano em agosto, com redução de 1,8 ponto percentual em relação a julho. Já a taxa cobrada dos consumidores que não pagaram ou atrasaram o pagamento mínimo da fatura (rotativo não regular) subiu 6,1 pontos percentuais, indo para 291,3% ao ano. O rotativo é o crédito tomado pelo consumidor quando paga menos que o valor integral da fatura do cartão. O crédito rotativo dura 30 dias. Após esse prazo, as instituições financeiras parcelam a dívida. Em abril, o Conselho Monetário Nacional (CMN) definiu que clientes inadimplentes no rotativo do cartão de crédito passem a pagar a mesma taxa de juros dos consumidores regulares. Essa regra entrou em vigor em junho deste ano. Mesmo assim, a taxa final cobrada de adimplentes e inadimplentes não será igual, porque os bancos podem acrescentar à cobrança os juros pelo atraso e multa. Cheque especial - A taxa de juros do cheque especial ficou estável
FEDERAMINAS / DIVULGAÇÃO
As taxas do cheque especial e do rotativo do cartão são as mais caras entre as modalidades oferecidas
em agosto, comparada a julho, em 303,2% ao ano. Assim continua a ser a menor taxa desde março de 2016, quando estava em 300,8% ao ano. As regras do cheque especial mudaram em julho. Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), os clientes que utilizam mais de 15% do limite do cheque durante 30 dias consecutivos passaram a receber a oferta de um parcelamento, com taxa de juros menores que a do cheque especial definida pela instituição financeira. As taxas do cheque especial e do rotativo do cartão são as mais caras entre as modalidades oferecidas pelos bancos. A do crédito pessoal, por exemplo, é mais baixa: 121,4% ao ano em agosto, mesmo com o aumento de 2,9 pontos percentuais em relação a julho. A
taxa do crédito consignado (com desconto em folha de pagamento) recuou 0,4 ponto percentual, indo para 24,5% ao ano em agosto. A taxa média de juros para as famílias caiu 0,2 ponto percentual para 51,8% ao ano. A taxa média das empresas também recuou 0,2 ponto percentual, atingindo 20,4% ao ano.
basicamente, aos setores habitacional, rural e de infraestrutura), os juros para as pessoas físicas permaneceram em 7,8% ao ano. A taxa cobrada das empresas subiu 0,2 ponto percentual para 9,4% ao ano. A inadimplência das pessoas físicas segue em 1,9% e das empresas subiu 0,2 ponto percentual para 1,6%.
Inadimplência - A inadimplência do crédito, considerados atrasos acima de 90 dias, para pessoas físicas ficou estável em 5%. No caso das pessoas jurídicas, houve recuo de 0,1 ponto percentual para 3,3%. Esses dados são do crédito livre, em que os bancos têm autonomia para emprestar o dinheiro captado no mercado. No caso do crédito direcionado (empréstimos com regras definidas pelo governo, destinados,
Estoque do crédito - Em agosto, o estoque de todos os empréstimos concedidos pelos bancos ficou em R$ 3,155 trilhões, com aumento de 1% no mês e de 2,1% no ano. Em 12 meses, a expansão chegou a 3,4%. Esse estoque do crédito corresponde a 46,7% de tudo o que o País produz – Produto Interno Bruto (PIB) -, com aumento de 0,2 ponto percentual em relação a julho. (ABr)
Dólar fecha em menor nível em mais de um mês; Ibovespa tem alta São Paulo - O dólar terminou a sessão de ontem com queda superior a 1% e no menor nível em mais de um mês, próximo dos R$ 4, influenciado pelo melhor desempenho de Jair Bolsonaro (PSL) em pesquisa eleitoral e após o Federal Reserve manter sua previsão sobre a trajetória gradual de aumento dos juros nos Estados Unidos. O dólar recuou 1,39%, a R$ 4,0262 na venda, menor valor desde os R$ 3,9517 de 20 de agosto. Na mínima, a moeda foi a R$ 4,0096 e, na máxima, a R$ 4,0949. O dólar futuro tinha baixa de 1,3%. “O mercado gostou da pesquisa, porque mostrou Bolsonaro crescendo, não consolidando sua estagnação, e ainda acima de 30%”, explicou o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado, ao citar a pesquisa do instituto Paraná, responsável por firmar a trajetória de baixa do dólar. Segundo a pesquisa do Instituto Paraná, Bolsonaro segue na liderança com 31,2% das intenções de votos, ante 20,2% de Haddad e 10,1% de Ciro Gomes (PDT). No levantamento anterior, os percentuais eram de, respectivamente, 26,6%, 8,3% e 11,9%. Em uma simulação de segundo turno contra o petista, Bolsonaro venceria com 44,3% dos votos, contra 39,4% de Haddad. O levantamento CNI/Ibope sobre a corrida eleitoral, divulgado na parte da tarde, não influenciou os negócios. A pesquisa mostrou Bolsonaro com 27% das intenções de voto e Haddad com 21%, uma diferença de seis pontos percentuais, a mesma vista na pesquisa divulgada pelo instituto na segunda-feira (24), embora, naquela ocasião, Bolsonaro tivesse 28% e Haddad, 22%. Fed - O desfecho da decisão de política monetária do Federal Reserve ajudou a derrubar um pouco mais o preço do dólar ante o real. “Havia algum temor de que o Fed poderia indicar mais aumentos dos juros no próximo ano, mas ele manteve a previsão de que devem ocorrer mais três novas altas em 2019”, explicou o economista-chefe da corretora Guide, Victor Candido. Ao elevar a taxa de juros para o intervalo de 2,00% a 2,25%, o Fed deixou sua perspectiva de política monetária para os próximos anos praticamente inalterada em meio ao crescimento econômico estável e a um mercado de trabalho forte no país. Os operadores também citaram fluxo como justificativa para o recuo do dólar ante o real, além de um movimento de zeragem de posições compradas. Bolsa - O Ibovespa fechou praticamente estável ontem, após sessão volátil. O principal índice de ações da B3 encerrou com variação positiva de 0,03%, a 78.656,16 pontos, após oscilar da mínima de 78.530,18 pontos à máxima de 79.460,89 pontos. O volume financeiro somou R$ 10,6 bilhões. Para o analista Filipe Villegas, da corretora Genial, o mercado segue receoso com potenciais desfechos da eleição presidencial no País, dado o cenário ainda incerto sinalizado pelas pesquisas nas simulações do segundo turno. (Reuters)
Indicadores Econ├┤micos InямВa├з├гo
D├│lar
&20(5&,$/
├ЛQGLFHV 6HW
TR/Poupan├зa 2XW
1RY
'H]
-DQ
)HY
0DUoR
$EULO
0DLR
-XQKR
-XOKR
$JRVWR 1R DQR PHVHV
&2035$
5
5
5
9(1'$
5
5
5
,3& )LSH
37$; %&
&2035$
5
5
5
,*3 ', )*9
9(1'$
5
5
5
,13& ,%*(
785,602
&2035$
5
5
5
,3&$ ,%*(
9(1'$
5
5
5
,&9 ',((6(
3$5$/(/2
&2035$
5
5
5
,3&$ ,3($'
9(1'$
5
5
5
-XOKR
$JRVWR
)RQWH $(
Sal├бrio/CUB/UPC/Ufemg/TJLP
Custo do dinheiro &'% 3Up GLDV
D D
&DSLWDO GH *LUR
D D
+RW 0RQH\
D P
&',
D D
2YHU
D D
)RQWH $(
Ouro 26
1RYD ,RUTXH RQoD WUR\ 86 86 86 %0 ) 63 J 5 5 5 )RQWH $(
Taxas Selic 1RYHPEUR 'H]HPEUR -DQHLUR )HYHUHLUR 0DUoR $EULO 0DLR -XQKR -XOKR $JRVWR
,*3 0 )*9
7ULEXWRV )HGHUDLV
0HWD GD 7D[D D D
Reservas Internacionais 86 PLOK}HV )RQWH %&
Imposto de Renda %DVH GH &iOFXOR 5
$Wp
$OtTXRWD
3DUFHOD D
GHGX]LU 5
,VHQWR
,VHQWR
'H DWp
'H DWp
'H DWp
$FLPD GH
'HGXo}HV D 5 SRU GHSHQGHQWH VHP OLPLWH E )DL[D DGLFLRQDO GH 5 SDUD DSRVHQWDGRV SHQVLRQLVWDV H WUDQVIHULGRV SDUD D UHVHUYD UHPXQHUDGD FRP PDLV GH DQRV F &RQWULEXLomR SUHYLGHQFLiULD G 3HQVmR DOLPHQWtFLD 2EV 3DUD FDOFXODU R YDORU D SDJDU DSOLTXH D DOtTXRWD H HP VHJXLGD D SDUFHOD D GHGX]LU )RQWH 6HFUHWDULD GD 5HFHLWD )HGHUDO $ SDUWLU GH $EULO GR DQR FDOHQGiULR
6HW 6DOiULR &8% 0* 83& 5 8)(0* 5 7-/3 D D )RQWH 6LQGXVFRQ 0*
2XW
1RY
'H]
-DQ
Taxas de c├вmbio 02('$ 3$├Л6 %2/,9,$12 %2/,9,$ &2/21 &267$ 5,&$ &2/21 (/ 6$/9$'25 &252$ ',1$0$548(6$ &252$ ,6/1' ,6/$1 &252$ 1258(*8(6$ &252$ 68(&$ &252$ 7&+(&$ ',1$5 $5*(/,12 ',1$5 .:$,7 ',1$5 %$+5(,1 ',1$5 ,5$48( ',1$5 -25'$1,$ ',1$5 6(59,2 ',5+$0 (0,5 $5$%( '2/$5 $8675$/,$12 '2/$5 %$+$0$6 '2/$5 %(508'$6 '2/$5 &$1$'(16( '2/$5 '$ *8,$1$ '2/$5 &$<0$1 '2/$5 &,1*$385$ '2/$5 +21* .21* '2/$5 &$5,%( 25,(17$/ '2/$5 '26 (8$ )25,17 +81*5,$ )5$1&2 68,&2 *8$5$1, 3$5$*8$, ,(1( /,%5$ (*,72 /,%5$ (67(5/,1$ /,%5$ /,%$12 /,%5$ 6,5,$ 5(3 1292 '2/$5 7$,:$1 /,5$ 785&$ 1292 62/ 3(58 3(62 $5*(17,12 3(62 &+,/( 3(62 &2/20%,$ 3(62 &8%$ 3(62 5(3 '20,1,& 3(62 ),/,3,1$6 3(62 0(;,&2 3(62 858*8$,2 48(7=(/ *8$7(0$/$ 5$1'( $)5,&$ 68/ 5(10,0%, ,8$1 5(10,1%, +21* .21* 5,$/ &$7$5 5,$/ 20$ 5,$/ ,(0(1 5,$/ ,5$1 5(3 5,$/ $5$% 6$8',7$ 5,1**,7 0$/$6,$ 58%/2 5866,$ 583,$ ,1',$ 583,$ ,1'21(6,$ 583,$ 3$48,67$2 6+(.(/ ,65$(/ :21 &25(,$ 68/ =/27< 32/21,$ (852 )RQWH %DQFR &HQWUDO
&├П',*2
)HY
0DUoR
$EULO
0DLR
-XQKR
Contribui├з├гo ao INSS &2035$
9(1'$
7$%(/$ '( &2175,%8,d┬о(6 '( -$1(,52 '( 7DEHOD GH FRQWULEXLomR GRV VHJXUDGRV HPSUHJDGRV LQFOXVLYH R GRPpVWLFR H WUDEDOKDGRU DYXOVR 6DOiULR GH FRQWULEXLomR $OtTXRWD 5 $Wp 'H D 'H DWp &2175,%8,d┬н2 '26 6(*85$'26 $87├Р12026 (035(6├И5,2 ( )$&8/7$7,92 6DOiULR EDVH 5 $OtTXRWD &RQWULEXLomR 5
$Wp YDORU 0tQLPR 'H DWp DWp &27$6 '( 6$/├И5,2 )$0├Л/,$ 5HPXQHUDomR $Wp 5 $FLPD GH 5 D 5
9DORU XQLWiULR GD TXRWD 5 5
)RQWH 0LQLVWpULR GR 7UDEDOKR H GD 3UHYLGrQFLD 6RFLDO 9LJrQFLD -DQHLUR
FGTS ├ЛQGLFHV GH UHQGLPHQWR &RPSHWrQFLD 0DLR -XQKR
&UpGLWR -XOKR $JRVWR
Seguros
TBF
D D D D D D D D D D D D D D )RQWH $(
)RQWH )HQDVHJ
Alugu├йis )DWRU GH FRUUHomR DQXDO UHVLGHQFLDO H FRPHUFLDO ,3&$ ,%*(
$JRVWR ,*3 ', )*9
$JRVWR ,*3 0 )*9
$JRVWR
D D D D D D D D D D D D D D D D D D
D D D D D D D D D D D D D D D D D D
Agenda Federal Dia 28
YLDV
IOF - Pagamento do IOF apurado no m├кs de agosto/2018 relativo a opera├з├╡es com FRQWUDWRV GH GHULYDWLYRV ┬┐QDQFHLURV &yG 'DUI 'DUI &RPXP YLDV
,53- 6LPSOHV 1DFLRQDO *DQKR GH &DSLWDO QD DOLHQDomR GH $WLYRV Pagamento do Imposto de Renda devido SHODV HPSUHVDV RSWDQWHV SHOR 6LPSOHV 1DFLRQDO LQFLGHQWH VREUH JDQKRV GH FDSLWDO OXFURV REWLGRV QD DOLHQDomR GH DWLYRV QR PrV GH DJRVWR DUW ┬Ю ┬Ж ┬Ю GD ,QVWUXomR 1RUPDWLYD 65) Q┬Ю &yG 'DUI 'DUI &RPXP YLDV
IPI - Fabricantes de produtos do cap├нtulo GD 7LSL 3UHVWDomR GH LQIRUPDo}HV SHORV IDEULFDQWHV GH SURGXWRV GR &DStWXOR GD 7LSL SURGXWRV GH KLJLHQH SHVVRDO FRVPpWLFRV H SHUIXPHV FRP UHFHLWD EUXWD QR DQR FDOHQGiULR DQWHULRU LJXDO RX VXSHULRU D 5 PLOK}HV FRQVWDQWHV GR $QH[R ├ТQLFR GD ,QVWUXomR 1RUPDWLYD 65) Q┬Ю UHIHUHQWHV DR ┬Ю ELPHVWUH MXOKR DJRVWR j XQLGDGH GD 6HFUHWDULD GD 5HFHLWD )HGHUDO GR %UDVLO 5)% FRP MXULVGLomR VREUH R GRPLFtOLR GD PDWUL] 'LVTXHWH DITR - $SUHVHQWDomR GD 'HFODUDomR GR Imposto sobre a Propriedade Territorial 5XUDO ',75 UHODWLYD DR H[HUFtFLR ,QVWUXomR 1RUPDWLYD 5)% Q┬Ю Internet ITR - 3DJDPHQWR GD TXRWD ~QLFD RX QR FDVR GH SDUFHODPHQWR GD ┬Э TXRWD GR Imposto sobre a Propriedade Territorial 5XUDO ,75 GR H[HUFtFLR GH ,QVWUXomR 1RUPDWLYD 5)% Q┬Ю 'DUI &RPXP YLDV &R┬┐QV 3,6 3DVHS 5HWHQomR QD )RQWH ┬▒ $XWRSHoDV 5HFROKLPHQWR GD &R┬┐QV H GR 3,6 3DVHS UHWLGRV QD IRQWH VREUH UHPXQHUDo}HV SDJDV SRU SHVVRDV MXUtGLFDV UHIHUHQWHV j DTXLVLomR GH DXWRSHoDV DUW ┬Ю ┬Ж ┬Ю GD /HL Q┬Ю FRP D QRYD UHGDomR GDGD SHOR DUW GD /HL Q┬Ю QR SHUtRGR GH ┬Ю D 'DUI &RPXP YLDV
,53- $SXUDomR PHQVDO Pagamento do Imposto de Renda devido no m├кs GH DJRVWR SHODV SHVVRDV MXUtGLFDV TXH RSWDUDP SHOR SDJDPHQWR PHQVDO GR LPSRVWR SRU HVWLPDWLYD DUW ┬Ю GD /HL Q┬Ю 'DUI &RPXP YLDV
IRPJ - $SXUDomR WULPHVWUDO 3DJDPHQWR GD ┬Э TXRWD GR ,PSRVWR GH 5HQGD GHYLGR QR ┬Ю WULPHVWUH GH SHODV SHVVRDV MXUtGLFDV VXEPHWLGDV j DSXUDomR WULPHVWUDO FRP EDVH QR OXFUR UHDO SUHVXPLGR RX DUELWUDGR DFUHVFLGD GD WD[D 6HOLF GH DJRVWR PDLV DUW ┬Ю GD /HL Q┬Ю 'DUI &RPXP YLDV
IRPJ - 5HQGD YDULiYHO 3DJDPHQWR GR ,PSRVWR GH 5HQGD GHYLGR VREUH JDQKRV OtTXLGRV DXIHULGRV QR PrV GH DJRVWR SRU SHVVRDV MXUtGLFDV LQFOXVLYH DV LVHQWDV HP RSHUDo}HV UHDOL]DGDV HP EROVDV GH YDORUHV GH PHUFDGRULDV GH IXWXURV H DVVHPHOKDGDV EHP FRPR HP DOLHQDo}HV GH RXUR DWLYR ┬┐QDQFHLUR H GH SDUWLFLSDo}HV VRFLHWiULDV IRUD GH EROVD DUW GR 5,5 'DUI &RPXP
,53) ┬▒ &DUQr OHmR Pagamento do Imposto de Renda devido por pessoas f├нsicas sobre rendimentos recebidos de outras pessoas f├нsicas ou de fontes do H[WHULRU QR PrV GH DJRVWR DUW GR 5,5 &yG 'DUI 'DUI &RPXP YLDV
IRPF - /XFUR QD DOLHQDomR GH EHQV RX GLUHLWRV 3DJDPHQWR SRU SHVVRD ItVLFD UHVLGHQWH RX GRPLFLOLDGD QR %UDVLO GR ,PSRVWR GH 5HQGD GHYLGR VREUH JDQKRV GH FDSLWDO OXFURV SHUFHELGRV QR PrV GH DJRVWR SURYHQLHQWHV GH DUW GR 5,5 D DOLHQDomR GH EHQV RX GLUHLWRV DGTXLULGRV HP PRHGD QDFLRQDO &yG 'DUI E DOLHQDomR GH EHQV RX GLUHLWRV RX OLTXLGDomR RX UHVJDWH GH DSOLFDo}HV ┬┐QDQFHLUDV DGTXLULGRV HP PRHGD HVWUDQJHLUD &yG 'DUI 'DUI &RPXP YLDV
,53) 5HQGD YDULiYHO Pagamento do Imposto de Renda devido por pessoas ItVLFDV VREUH JDQKRV OtTXLGRV DXIHULGRV em opera├з├╡es realizadas em bolsas de YDORUHV GH PHUFDGRULDV GH IXWXURV H DVVHPHOKDGRV EHP FRPR HP DOLHQDomR GH RXUR DWLYR ┬┐QDQFHLUR IRUD GH EROVD QR PrV GH DJRVWR DUW GR 5,5 &yG 'DUI 'DUI &RPXP YLDV
,53) ┬▒ 4XRWD 3DJDPHQWR GD ┬Э TXRWD do imposto apurado pelas pessoas f├нsicas QD 'HFODUDomR GH $MXVWH UHODWLYD DR DQR FDOHQGiULR GH DFUHVFLGD GD WD[D 6HOLF GH DJRVWR PDLV MXUR GH &yG 'DUI 'DUI &RPXP YLDV
&6/ $SXUDomR PHQVDO Pagamento da &RQWULEXLomR 6RFLDO VREUH R /XFUR GHYLGD QR PrV GH DJRVWR SHODV SHVVRDV MXUtGLFDV TXH RSWDUDP SHOR SDJDPHQWR PHQVDO GR ,53- SRU HVWLPDWLYD DUW GD /HL Q┬Ю 'DUI &RPXP YLDV
&6/ $SXUDomR WULPHVWUDO Pagamento GD ┬Э TXRWD GD &RQWULEXLomR 6RFLDO VREUH R /XFUR GHYLGD QR ┬Ю WULPHVWUH GH SHODV SHVVRDV MXUtGLFDV VXEPHWLGDV j DSXUDomR WULPHVWUDO GR ,53- FRP EDVH QR OXFUR UHDO SUHVXPLGR RX DUELWUDGR DFUHVFLGD GD WD[D 6HOLF GH DJRVWR PDLV DUW GD /HL Q┬Ю 'DUI &RPXP YLDV
BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 27 DE SETEMBRO DE 2018
19
LEGISLAÇÃO SERVIÇO PÚBLICO
Governo federal vai ampliar terceirização Decreto regulamenta a contratação indireta em órgãos da administração, autarquias e fundações Brasília - O governo federal editou uma nova regra - o Decreto nº 9.507 - para regulamentar a terceirização no serviço público. A norma, promulgada na última sexta-feira (21), abrange órgãos da administração direta, autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista controladas pela União. Segundo o texto, que substitui um decreto que estava em vigor desde 1997, caberá ao Ministério do Planejamento a definição de quais serviços poderão ser preferencialmente contratados de forma indireta. Até então, só podiam ser objeto de terceirização, em órgãos públicos, atividades como limpeza, segurança, transportes, informática, recepção, telecomunicações e manutenção de prédios e equipamentos. As novas regras entrarão em vigor em 120 dias a partir da data da publicação. O Ministério do Planejamento informou que o objetivo do decreto “foi adequar uma legislação de 1997 à realidade atual, considerando regras mais rigorosas de fiscalização de contratos e da mão de obra alocada na prestação de serviço, além da adequação às boas práticas administrativas”, segundo nota enviada à Agência Brasil. Ainda de acordo com o órgão, as novas regras unificam os procedimentos de contratação indireta em todo o serviço público federal. “Nesse novo decreto, não existe mais de forma expressa quais são os serviços que poderiam ser terceirizados. Antes, isso estava especificado e abrangiam as chamadas atividades-meio, como limpeza e segurança. Nesse sentido, a nova regra abre brecha para ampliação das possibilidades de terceirização nos serviços públicos”, aponta o advogado Marcelo Scalzilli, sócio e coordenador da área trabalhista do Scalzilli Althaus Advogados. Em agosto, o Supremo Tribunal Federal (STF) já havia validado, por maioria, a constitucionalidade da terceirização da contratação de trabalhadores para a atividade-fim de empresas e outras pessoas jurídicas, como previsto na Lei da Terceirização (13.429/2017). Perguntado se o Decreto 9.507 já seria uma primeira consequência da decisão do STF, o Planejamento informou que não há vínculo entre a norma e a Lei 13.429, que trata de trabalho temporário nas empresas urbanas, sem relação com a contratação de serviços pela administração pública. Vedações - O novo decreto proíbe a terceirização de serviços que envolvam a tomada de decisão e nas áreas de planejamento, coordenação, supervisão e controle dos órgãos e aqueles considerados estratégicos e que possam colocar em risco o controle de processos e de conhecimentos e tecnologia. Também não podem ser contratadas de forma indireta as funções que estejam relacionadas ao poder de polícia ou que sejam inerentes às categorias inseridas no plano de cargos do órgão. No entanto, a medida permite a terceirização de serviços auxiliares a essas funções, com exceção dos serviços
auxiliares de fiscalização e relacionados ao poder de polícia do Estado. Em relação às empresas públicas e sociedades de economia mista controladas pelo governo, o decreto proíbe a terceirização de serviços inerentes aos dos cargos do plano de carreira da empresa, mas possibilita quatro tipos de exceção, como, por exemplo, a contratação indireta para demandas de caráter temporário ou se houver a impossibilidade de competir no mercado em que a empresa está inserida. Para sindicalistas, o decreto vai concretizar a terceirização no serviço público. “Esse decreto não veio para reduzir a terceirização, mas justamente na linha de ampliar esse processo”, critica o secretário-geral da Confederação dos Trabalhadores do Serviço Público Federal (Condsef), Sérgio Rolando da Silva. Ele teme que a medida afete a realização de concursos públicos, forma de contratação prevista na Constituição. “Tende a reduzir, já que alguns cargos, que hoje são preenchidos por concurso, poderão ser considerados serviços auxiliares às funções de decisão
ANTÔNIO CRUZ/ABr
OPERAÇÃO
Esquema de corrupção na Valec é alvo de investigação
O Ministério do Planejamento vai unificar os procedimentos de contratatação indireta
e planejamento”, argumenta. Precarização - Segundo o Ministério do Planejamento, as novas regras previstas no decreto coíbem a prática de nepotismo nas contratações públicas e estabelece padrões de qualidade na prestação dos serviços. Além disso, para evitar a precarização trabalhista, o pagamento da fatura mensal pelos serviços, por parte do órgão público, só será autorizado após a comprovação, pela empresa
terceirizada, do cumprimento das obrigações contratuais, incluindo o pagamento de férias, 13º salário e verbas rescisórias de seus funcionários. Na opinião do presidente da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), Guilherme Feliciano, o decreto reforça o temor da ampliação da terceirização no serviço público, que tende a ser desfavorável aos trabalhadores. “O modelo de terceirização usualmente adotado no Brasil
não é o modelo que privilegia o conhecimento técnico, mas aquele em que se ganha por meio do achatamento dos direitos sociais do trabalhador terceirizado. Isso já acontece em atividades-meio das estatais, como a Petrobras, onde os trabalhadores que mais sofrem acidentes são justamente os terceirizados», explica. O magistrado diz que a Anamatra ainda está avaliando os impactos do decreto para melhor se posicionar. (ABr)
COTAS DO PIS
Agências da Caixa abrirão mais cedo Brasília - As agências da Caixa Econômica Federal abrirão duas horas mais cedo hoje e amanhã para pessoas com menos de 60 anos, cotistas do Programa de Integração Social (PIS), que ainda não resgataram seu benefício. O prazo para o saque termina esta semana. De acordo com a Caixa, exceto nas regiões em que esse horário não for a melhor condição de atendimento aos clientes, o critério será definido pela superintendência local. As pessoas que ainda não fizeram o saque podem consultar a página do banco na internet (www.caixa.gov.br/
cotaspis) para saber quanto tem para receber. Caso o dinheiro já tenha sido creditado em conta, o site também informará qual a conta e o banco em que foi creditado o PIS. Segundo a Caixa, a partir de 1º de outubro, “os saques voltarão a ser permitidos somente para os cotistas que atendam a um dos critérios previstos: pessoas com 60 anos ou mais, aposentados, herdeiros de cotistas, pessoas em situação de invalidez ou acometidos por doenças específicas. Até a última segunda-feira (24), foram pagos R$ 9.6 bilhões aos trabalhadores cadastrados no Fundo PIS/Pasep entre 1971
e 4 de outubro de 1988”. Mais de 4 milhões de pessoas com menos de 60 anos, que possuem o benefício, ainda não resgataram sua cota do PIS, contabilizando R$ 5,7 bilhões disponíveis para o saque até esta sexta-feira. Na última semana, a Caixa transferiu cerca de R$ 1,7 bilhão aos trabalhadores que possuem conta em bancos privados. A medida foi decorrente de um acordo feito pelo Ministério do Planejamento, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e oito bancos privados. A Caixatambém disponibiliza outros canais para
consulta ao benefício. O APP Caixa Trabalhador está disponível para download nas plataformas Android e IOS, é gratuito e as informações estão disponíveis ao clicar no link “Informações Cotas do PIS”, onde o trabalhador deverá informar o CPF ou NIS, data de nascimento para saber se possui saldo de cotas do PIS. Para verificar o valor também deverá ser informada a senha internet. Os terminais de autoatendimento também podem ser usados com Cartão do Cidadão, ou o internet banking para correntistas da Caixa na opção “Serviços ao Cidadão”. (ABr)
JUSTIÇA
Mediação combate cultura do litígio Brasília - O presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, defendeu ontem a mediação para superar a cultura do litígio em evento na sede do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em Brasília. O Seminário de Aproximação Institucional foi promovido pelo CNJ e pela OAB para discutir formas de expandir o contingente de mediadores e conciliadores no país e habilitá-los a reduzir o número de conflitos que chegam ao Poder Judiciário, por meio de soluções negociadas. “Todos nós somos ensinados a litigar nas faculdades. Aprende-se a entrar na Justiça e a Justiça não dá mais conta de resolver, a tempo, todos os litígios que lhe são apresentados”, afirmou o ministro. Segundo o ministro, a mediação e a conciliação previnem que a enxurrada anual de novos processos sobrecarregue a estrutura do Judiciário, mas também evita um efeito inevitável de
qualquer sentença judicial. “Quando um juiz dá uma sentença, encerra o conflito entre duas partes. No entanto, necessariamente, uma das duas partes não fica satisfeita com a decisão”, disse. Dias Toffoli lembrou a experiência exitosa da Câmara de Conciliação e Arbitragem da Administração Federal, em 2007, quando o ministro era advogado-geral da União. O órgão se tornou instância de resolução pacífica de controvérsias entre União, órgãos da administração pública federal e órgãos da administração pública dos estados e municípios. Quando o ministro Dias Toffoli assumiu a Advocacia-Geral da União (AGU), encontrou 147 ações que opunham União e autarquias da própria União, como por exemplo um caso em que a Fundação Nacional do Índio (Funai) foi à Justiça contra outros órgãos da União por causa das obras de construção de uma usina hidrelétrica em terras indígenas. “Anos depois, a Lei da Mediação e o texto do novo Código de Processo Civil
(CPC) também determinariam que a mediação e a conciliação deveriam fazer parte da solução de processos judiciais, assim como a ideia da Câmara de Conciliação e Arbitragem da Administração Federal”, disse o ministro. O ano de 2017 terminou com 80 milhões de ações judiciais sem solução nos tribunais brasileiros, um crescimento de 31% em relação a 2009. Historicamente, a União e os órgãos públicos figuram como os principais litigantes do sistema de Justiça. Ética - Segundo o presidente do Conselho Federal da OAB, Claudio Lamachia, é dever do advogado estimular a conciliação e a mediação entre os litigantes para prevenir novos litígios, conforme o novo código de ética da categoria. “A profissão da advocacia é vocacionada para a garantia dos direitos da cidadania, independentemente dos meios utilizados. A busca pela Justiça deve sempre contar com o respaldo técnico e a segurança jurídica garantida por um advogado”, afirmou.
Para o corregedor nacional de Justiça, ministro Humberto Martins, a judicialização excessiva é uma consequência natural do maior acesso ao Poder Judiciário, proporcionado pela redemocratização, e da busca por direitos sociais. “Para dizer o direito nesses inúmeros pleitos – por exemplo, na saúde, na educação, na previdência, na habitação, nas relações de consumo –, o Judiciário precisa do apoio da sociedade, dos demais Poderes e das instituições”, disse o ministro. De acordo com o conselheiro do CNJ Valdetário Monteiro, a parceria entre CNJ e OAB pode representar uma solução para o volume de ações judiciais e uma oportunidade de trabalho para parte dos 1,2 milhão de advogados registrados na Ordem. “É fundamental a participação da OAB e do CNJ para evoluir e trazer melhoria para o país, que não tem mais orçamento para financiar tamanha judicialização”, afirmou. (As informações são da Agência CNJ de Notícias)
Brasília- O Ministério Público (MP) e a Polícia Federal (PF) deflagraram ontem a Operação Trilho 5x com o objetivo de investigar esquema de corrupção envolvendo a Valec, empresa pública vinculada ao Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil. A Valec atua no setor ferroviário, em especial na construção e exploração de infraestrutura. A Trilho 5x é uma nova etapa da Operação O Recebedor – desdobramento da Operação Lava Jato. A operação deflagrada hoje busca provas da prática de crimes de lavagem de dinheiro cometidos no período em que a empresa foi comandado pelo ex-presidente José Francisco das Neves e pelo grupo político de Valdemar da Costa Neto. Acordos de leniência e colaboração premiada foram firmados com executivos e empreiteiras contratadas pelo MPF, visando à execução das obras da Ferrovia Norte-Sul. Entre as empreiteiras estão a Camargo Corrêa, a Andrade Gutierrez e a Odebrecht. De acordo com os investigadores, informações obtidas com empreiteiras indicam que, entre os meios usados para o pagamento da propina, está a contratação do escritório Heli Dourado Advogados Associados, “sem que houvesse a efetiva contraprestação dos serviços jurídicos”. Cerca de 150 policiais e peritos criminais federais participaram da operação, que cumpriu 34 mandados de busca e apreensão nas cidades goianas de Formosa, Mineiros e Goiânia, e em Brasília (DF). Trinta e quatro pessoas físicas e jurídicas teriam recebido recursos do escritório de advocacia, motivo pelo qual se tornaram alvo da operação deflagrada ontem. Cerca de R$ 7,5 milhões foram pagos a eles, sem que tivessem sido declarados à Receita Federal. Uma análise feita pelos policiais em declarações do Imposto de Renda apontaram que os rendimentos declarados pela empresa Heli Dourado Advogados Associados entre os anos de 2006 e 2012 são provenientes apenas das empreiteiras investigadas. Ainda segundo os investigadores, quando interrogado em juízo, na ação penal aberta com base na Operação O Recebedor, “o advogado Heli Dourado não conseguiu descrever ou explicar os serviços jurídicos que teria prestado para justificar os valores recebidos”. Foi cumprido um mandado de sequestro da Fazenda Maltiz, localizada em Formosa (GO). De acordo com o MPF, a fazenda teria sido adquirida por Heli Dourado com recursos que tiveram como origem as empreiteiras investigadas, inclusive fazendo uso de contratos de gaveta não registrados. Os suspeitos adotaram essa estratégia com o objetivo de ocultar o verdadeiro proprietário do imóvel. (ABr)
BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 27 DE SETEMBRO DE 2018
20
DC MAIS dcmais@diariodocomercio.com.br
ROBSON DE OLIVEIRA/DIVULGAÇÃO
Inteligência Digital Na próxima reunião quinzenal da Associação Comercial e Empresarial de Minas (ACMinas), terça-feira (2 de outubro), das 17h30 às 18h30, o consultor de Marketing Digital e professor na Pós-Graduação do IEC PUC Minas Ricardo Wagner abordará o tema “A inteligência digital para o crescimento do seu negócio”. Wagner é formado em Tecnologia em Processamento de Dados pelo Centro Universitário Newton Paiva, Especialista em Engenharia de Software pela UFMG e pós-graduando do curso de MBA em Gestão de Empresas da FGV. A reunião quinzenal será realizada na ACMinas (Avenida Afonso Pena, 372, 3º andar), em Belo Horizonte.
História do IHGB O livro “Contribuições para a história do IHGB”, do jornalista Rogério Faria Tavares, reúne entrevistas feitas por ele com 36 intelectuais brasileiros, sócios do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB). Segundo o próprio autor, a coletânea - cujo trabalho para sua confecção teve início em 2015 - oferece um roteiro organizado sobre essas 36 personalidades, “na esperança de facilitar, no futuro, o labor dos pesquisadores profissionais”. A íntegra dos depoimentos concedidos a Rogério Faria Tavares para o livro foi gravada em vídeos, disponíveis para consulta na Biblioteca do IHGB, em sua sede, no Rio de Janeiro. “Pelos filmes será possível, em qualquer tempo, contemplar detalhes capazes de caracterizar, com fidelidade ainda maior, um personagem, sua época e seus costumes”, aponta o autor.
João Carlos Martins e Arthur Moreira Lima no mesmo palco DA REDAÇÃO
O espetáculo “4 Mãos e Infinitos Corações”, promovido pela Junior Achievement Minas Gerais, reuniu, em palco na sede da Localiza, em Belo Horizonte, o maestro João Carlos Martins e o pianista Arthur Moreira Lima, juntamente com o Quinteto Bachiana. Cerca de 200 convidados prestigiaram o evento, na área externa da sede da empresa, no bairro Cachoeirinha. A apresentação de João Carlos e Arthur Moreira fez uma passagem por compositores como Bach, Chopin, Tom Jobim e Piazzola, além de apresentar um
pouco da história dos músicos. “O evento conseguiu reunir pessoas que criaram uma atmosfera única e muito agradável. Foi um prazer participar.”, ressaltou Arthur Moreira Lima. Aquarelas assinadas pela artista plástica Gisele Gusmão compuseram a decoração do ambiente. Três telas foram pintadas exclusivamente para presentear os músicos e o presidente da Localiza, Eugenio Mattar. Após a apresentação musical, foi servido um jantar realizado pelos chefs Paulo Vasconcelos (Bravo Catering e OssO - Mind The Bones), Pablo Oazen (Garagem Gastrobar e Campeão Master-
Chef 2017) e André de Melo Guimarães (Bravo Catering). O valor arrecadado com o evento será revertido para a Junior Achievement Minas Gerais, que aplica esse valor na educação empreendedora de jovens. Cerca de 3.000 alunos serão beneficiados, em 2019, com esse recurso. Sem fins lucrativos - A Junior Achievement é uma associação educativa, sem fins lucrativos, criada nos Estados Unidos, em 1919, com o objetivo de levar o empreendedorismo aos jovens, ainda na escola. Atualmente, o trabalho da associação estende-se
a mais de 120 países. No Brasil, a Junior Achievement atua nos 26 estados e no Distrito Federal, através da parceria com a iniciativa privada. Seus projetos já beneficiaram 3 milhões de crianças e jovens. Presente em Minas Gerais desde 2003, a Junior Achievement já beneficiou no Estado mais de 220 mil jovens, com a colaboração de mais de 12.700 voluntários em cerca de 100 cidades. Inúmeras histórias de sucesso, números cada vez maiores de atendimento, melhoria constante em seus processos, maior alcance regional e profissionais qualificados. Mais informações: jamg.org.br.
CULTURA RICARDO LAF/DIVULGAÇÃO
teatro) Onde: Teatro Marília (Rua Alfredo Balena, 586, Santa Efigênia, Belo Horizonte) Jovens Coreógrafos
Banda Mantra Novo disco - A banda Mantra lança seu terceiro disco: “Próximo”, que conta a trajetória de 19 anos, trazendo nove faixas autorais, em português, entre músicas novas e composições feitas nos primórdios do grupo, lapidadas agora. Outra novidade é a releitura da clássica “Vera Cruz”, de Milton Nascimento e Márcio Borges, tratada com um toque do rock progressivo e preservando sua mineiridade. Quando: Quarta-feira (3 de outubro), às 21h Quanto: R$ 30 (Desconto para compras antecipadas pelo Sympla e R$ 40 na bilheteria do
Mostra “Spoiler: Mostra de Jovens Coreógrafos”, ação da Rede Sola de Dança, realizada através do edital de ocupação dos teatros municipais, abrirá espaço para que o público presente vote em sua obra favorita, sendo que a mais votada receberá um prêmio de incentivo à continuidade dos estudos em dança. A mostra é um espaço criado para servir à fruição, ao fomento e à construção da dança na cidade. Quando: Sábado (29), às 20h, e domingo (30), às 19h Quanto: R$ 15 (Inteira) e R$ 7,50 (Meia) ou por R$ 15 no site www.sinparc.com.br Onde: Teatro Marília (Avenida Prof. Alfredo Balena, 586, Santa Efigênia, Belo Horizonte)
Cantora argentina Em BH - A argentina Mimi Kozlowski é a segunda cantora estrangeira a se apresentar no Minas Pocket Música, da Fundação Clóvis Salgado. Com o show Vento da Memória, ela reúne canções da Argentina e de outros países da América do Sul, em repertório com tango, milonga, bolero, samba-canção, samba, tonada, zamba e valsa, em encontro com o guitarrista Thomas Howard e o pianista e acordeonista Gabriel Levy. Quando: Quarta-feira (3), às 20h Quanto: R$ 20 (Inteira) e R$ 10 (Meia) Onde: Sala Juvenal Dias – Palácio das Artes (Avenida Afonso Pena, 1.537, Centro, Belo Horizonte) Cantor português Show - Nascido no Porto, em Portugal, mas com sangue brasileiro, o cantor e compositor Tiago Nacarato estreia nos palcos além-mar em outubro. E BH foi a cidade escolhida para o lançamento no País do show “Tiago Nacarato (voz e violão)”. O repertório revela a paixão pela MPB, em
canções como “Onde anda você” (Toquinho e Vinicius de Moraes), “Diz que fui por aí” (Zé Kéti) e “Pensando em você” (Paulinho Moska). Quando: Dia 13 de outubro, às 21h Quanto: R$ 110 e R$ 130 Onde: Teatro do Centro Cultural Minas Tênis Clube (Rua da Bahia, 2.244, Lourdes, Belo Horizonte) Grande elenco Teatro - A história do premiado “Num Lago Dourado”, filme lançado na década de 80, com Katharine Hepburn, Henry e Jane Fonda também é sucesso de crítica nos palcos do teatro brasileiro. No elenco: os premiadíssimos Ary Fontoura (Foto) e Ana Lúcia Torre, Tatiana de Marca, André Garolli, Fabiano Augusto e Lucas Abdo. O espetáculo terá, no sábado e no
JOÃO CALDAS FILHO/DIVULGAÇÃO
domingo, tradução para Libras, e, no domingo, audiodescrição. Quando: Dias 13 e 14 de outubro Quanto: R$ 50 (Inteira) e R$ 25 (Meia) Onde: Grande Teatro Unimed BH - Cine Theatro Brasil Vallourec (Praça Sete - Belo Horizonte) www.facebook.com/DiariodoComercio www.twitter.com/diario_comercio dcmais@diariodocomercio.com.br Telefone: (31) 3469-2067