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DESDE 1932 - EDIÇÃO 23.728 - R$ 2,50
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BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO DE 2018
Jair Bolsonaro terá que dar atenção à agenda de reformas Déficit fiscal, com grande peso da Previdência, causa paralisia ao País A agenda econômica liberal e reformista ganhou força com a eleição, no domingo, de Jair Bolsonaro (PSL) como presidente do País. Pautas como reforma da Previdência e privatizações foram colocadas como prioritárias no seu programa e pelo economista Paulo Guedes, já anunciado como ministro da Fazenda do próximo governo, o que vem animando o mercado financeiro. Mas especialistas ouvidos ontem afirmam que o cenário ainda é incerto, pois falta detalhamento e clareza às propostas. Relatório da XP Investimentos divulgado ontem aponta a reforma da Previdência como prioridade absoluta para o ajuste fiscal e retomada da economia. O ideal, de acordo com o relatório, é que a proposta saia do papel ainda em 2019. O relatório ressalta que a Previdência é a principal despesa do governo, representando cerca de 60% do orçamento federal. Págs. 7 e 8
TÂNIA RÊGO/AGÊNCIA BRASIL
Urnas abertas e contados os votos, num processo em que, ao menos formalmente, o Brasil tem o que ensinar ao mundo, está escolhido o próximo presidente da República, Jair Bolsonaro, a ser empossado no dia 1° de janeiro. Cumpriu-se, apesar dos excessos, a fase mais delicada e ao mesmo tempo mais importante do processo democrático, garantindo a alternância de poder e, antes, a escolha livre de cada cidadão habilitado a votar. Aos vitoriosos, por enquanto, as comemorações que, tudo faz crer, durarão pouco, ou até que os futuros dirigentes do País se deem conta do tamanho dos problemas que terão pela frente e para os quais a maioria dos brasileiros espera solução. “Agora é pensar apenas no País”, pág. 2
OPINIÃO
A reforma da Previdência consta do programa de governo do presidente eleito, mas ainda não há detalhamento
Minas Trend: evento deve movimentar R$ 200 mi A 23ª edição de Minas Trend - outono-inverno/ 2019 contará com 191 marcas, sendo 82 de vestuário, 72 de joias e bijuterias e 37 de bolsas e calçados - distribuídas em 246 estandes. Os números preliminares dão conta de um orçamento de
EDITORIAL
R$ 6 milhões, contra R$ 9 milhões na edição passada. Serão realizados 15 eventos paralelos organizados pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) através do Museu da Moda de Belo Horizonte, com a chancela Minas Trend. Pág. 9
Barbacena Shopping abre as portas em novembro com 139 lojas Totalizando R$ 80 milhões em investimentos, o empreendimento contará com 139 operações, entre âncoras, lojas, quiosques e cinema, e iniciará as atividades com 75% de ocupação da sua Área Bruta Locável (ABL). As expectativas são de que, ainda no primeiro trimestre
do ano que vem, o índice de ocupação do mall chegue a 90%. A ABL total do centro de compras é de 15,6 mil metros quadrados. O centro de compras estima atrair consumidores de pelo menos 30 cidades da região, que movimentarão a economia da cidade. Pág. 4 RAFAELA MARTINS MAXIMIANO/DIVULGAÇÃO
FIEMG/DIVULGAÇÃO
A página está virada, tempos novos, tempos diferentes. Os mineiros rejeitaram nesta eleição o modelo político e econômico vigente. E para a economia mineira, em decadência há décadas pelo modelo político em curso, agora chegou a última hora para, com apoio das urnas, mudar o modelo e fazer Minas crescer. O novo governo vai assumir o Estado na pior situação desde que Minas existe. E se não fizer uma due diligence da melhor qualidade para saber o tamanho da desgraça em que nos meteram, não poderá fazer um plano de recuperação e avanços. (Stefan Salej), pág 2
MRV prepara cisão da Log e sua chegada no Novo Mercado
O terreno tem área total de 55 mil metros quadrados e já abriga um hipermercado
Audiências de conciliação ajudam a desobstruir a Justiça brasileira
A cadeia da moda é composta por mais de 10 mil fabricantes Dólar - dia 29
Euro - dia 29
Comercial
Compra: R$
Compra: R$ 3,7017 Venda: R$ 3,7022
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Venda: R$ 4,1423
Ouro - dia 29
Compra: R$ 3,6730 Venda: R$ 3,8600
Nova York (onça-troy):
Compra: R$ 3,6362 Venda: R$ 3,6368
BM&F (g):
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Poupança (dia 30): ............ 0,3715% IPCA-IBGE (Setembro):...... 0,48%
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IPCA-Ipead(Setembro):...... 0,37%
R$ 145,85
IGP-M (Setembro): .................. 1,52%
próxima segunda-feira. Durante a última edição do mutirão, em 2017, mais de 225 mil processos que estavam em tramitação foram solucionados. Foram realizadas 318.902 audiências, das quais 70% resultaram em acordo, que atingiu o montante de R$ 1,57 bilhão. Pág. 13
BOVESPA
TR (dia 30): ............................. 0,0000%
Turismo Ptax (BC)
Por 13 anos consecutivos, os tribunais estaduais de Justiça têm concentrado seus esforços para difundir os métodos consensuais de resolução dos milhares de conflitos que se avolumam em processos na Justiça brasileira. A XIII edição da Semana Nacional da Conciliação começa na
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A belo-horizontina MRV Engenharia e Participações S/A anunciou a reorganização societária de seus ativos, a partir da cisão da Log Commercial Properties, subsidiária do grupo, nos próximos meses. A construtora deu início aos preparativos para listar a controlada no segmento Novo Mercado da B3, ao mesmo tempo em que já planeja o aumento de capital do braço de galpões logísticos em R$ 100 milhões. De acordo com o diretor executivo de Finanças e RI do grupo, Leonardo Corrêa, de maneira geral, a reorganização societária visa mais eficiência operacional. Pág. 5
BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO DE 2018
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OPINIÃO De economia mineira de novo STEFAN SALEJ *
César está nu. Os mineiros rejeitaram nesta eleição o modelo político e econômico vigente. A página está virada, tempos novos, tempos diferentes. Pelo menos, é o que se espera. E para a economia mineira, em decadência há décadas pelo modelo político em curso, agora chegou a última hora para, com apoio das urnas, mudar o modelo e fazer Minas crescer. O novo governo vai assumir o Estado na pior situação desde que Minas existe. E se não fizer uma due diligence da melhor qualidade para saber o tamanho da desgraça em que nos meteram, não poderá fazer um plano de recuperação e avanços. Portanto, não tem meia solução, não tem proteção ao passado, não pode ter dó, e nem cunhado a ser protegido, tem que levantar tudo nos menores detalhes para saber a real situação. Dezenas de anos se passaram em que dados e informações foram colocadas abaixo do tapete ou abaixo de terra para proteger a irresponsabilidade, interesses pessoais e políticos. O governo novo não pode cair em tentação de fazer com pressa as mudanças e correções para atender à alta expectativa do eleitorado. E nem fazer nada de meia tigela. Ou faz direito e certo ou nada vai adiantar. E o
eleitorado terá que saber a real situação e ter confiança e paciência para que as mudanças sejam feitas. Estragos de dezenas de anos não serão corrigidos em meses, por isso a transparência na gestão é fundamental. O verdadeiro projeto de mudança será apresentado aos eleitores depois de saber o tamanho do buraco em que estamos. Então, esperar que os salários dos funcionários públicos melhorem já é uma ilusão sem fundamento. Não há dinheiro. De um lado, rigor fiscal e de gestão do Estado, base para o desenvolvimento econômico. De outro lado, organizar o desenvolvimento do Estado. Crescer com base em indústria subsidiada, vinda de fora do Estado, mal gerida do ponto de vista ambiental, comércio ainda na fase analógica e com serviços, inclusive de engenharia, pendurados ainda na régua de cálculo e na Lava Jato, não vai dar mais. Minas tem magníficos exemplos de capitalismo interno, que podem ser campeões de desenvolvimento. São empresas líderes no Brasil, como a Kroton na educação, MRV na construção civil, Localiza na área de serviços, Martins em logística, Centauro no comércio varejista, Sada em logística, Dom Cabral em educação executiva, e mais
tantos outros que podem puxar a economia mineira. Temos que ter economia 4.0, estado 4.0, as melhores escolas do Brasil em todos os níveis, porque sem eles não vamos conseguir fazer leap frog. Temos que pular do estágio do século passado em que ainda estamos, para o século 21. E já. Por outra parte, tem que reconhecer que o agrobusiness é mais competitivo e menos privilegiado do que a indústria. Reconhecer que temos que ter empresas competitivas com um estado mais competitivo. E ainda entidades empresariais menos lobistas, menos reclamadoras de ações de governo e com projetos próprios de desenvolvimento de seu setor. O papel principal das entidades empresariais não é defesa setorial, não é ficar reclamando do governo, é ter programas conjuntos de desenvolvimento. Parceria. Parceria ativa e altiva. Serão tempos de suor, lágrimas e sangue, mas que terão que valer os sacrifícios para a última chance de mudança que temos para entrar no século 21. Que não dá para continuar, a eleição demonstrou. Agora, implementar mudança exige muito mais do que um dia de voto. * Ex-presidente do Sebrae Minas e da Fiemg - Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais
Amulmig recepciona Raquel Vilela CESAR VANUCCI *
“A bússola que sempre norteou os caminhos de Rubem Alves chama-se inquietação amorosa.” (Acadêmica Raquel Vilela, ao tomar posse na Amulmig) O ingresso de alguém afeiçoado ao ofício das letras numa instituição com as características da Amulmig há que ser visto como um ato sacramental. Foi o que assinalei no pronunciamento feito por ocasião da assembleia festiva, altamente prestigiada, com a qual a entidade recepcionou Raquel Virginia Rocha Vilela em seus quadros. Médica, educadora, pesquisadora científica, dirigente de um núcleo de pós-graduação médica que atua em Minas e São Paulo, a nova acadêmica, que escolheu o escritor Rubem Alves como patrono, ganhou notabilidade na cena literária como autora de livros em prosa e verso para crianças e adultos. “Seus livros carregam, além da magia da leitura, a magia da caridade”. Estas palavras foram pronunciadas pela acadêmica Maria Armanda Capelão Ferreira na saudação à empossada, ao explicar que a arrecadação com as vendas das publicações é sempre destinada a obras assistenciais, de modo geral hospitalares. Maria Armanda recorreu ainda à “Parábola do Semeador” ao focalizar o itinerário profissional, social e cultural de Raquel. “Raquel é essa terra onde as sementes se desenvolvem produzindo frutos cem por um”, registrou. Frutos de sabedoria colhidos nas atividades desenvolvidas no Instituto Superior de Medicina, que presta atendimento gratuito a pacientes nos setores de dermatologia, psiquiatria e endocrinologia. Frutos de bondade na acolhida proporcionada a crianças na oncologia pediátrica. Frutos de caridade, como professora, orientadora de teses da área de doenças infecciosas, como pesquisadora em universidades no Brasil e no exterior, nos campos da biologia molecular, microbiologia clínica ocular e lesões faciais. A acadêmica Maria Inês Chaves de Andrade, que conduziu o cerimonial literário da sessão de posse, sublinhou, por sua vez, que em Raquel prevalece “a tessitura entre a cientista, a médica e a escritora, entremeadas por uma espiritualidade inquestionável, em moldura de mulher linda.” Reportando-se à ação cultural da escritora, Maria Inês anotou ainda: “Alienação da essência humana procedida em Deus desaparece quando Raquel Vilela assume-se filha Dele e imagem e semelhança providencia a acolhida do Outro através de suas histórias na dimensão que pode. Brinca que foi princesa Izabel noutra vida, pois, crenças à parte,
de fato que a moça tem é essa certeza imensa de que sempre laborou pela liberdade, a liberdade enquanto valor e de todas as formas, a liberdade pela qual luta esta princesa Raquel nesta vida, para libertar os que se encontram sob o jugo da doença e da angústia, na senzala do desespero”. Em sua manifestação, a acadêmica empossada registrou que a escolha do patrono, mineiro natural de Boa Esperança, decorreu da circunstância de se identificar com seus escritos, “talvez porque nós dois nascemos em cidades abraçadas por belíssimas serras, eu, a Serra do Curral Del Rei, e ele, a Serra da Boa Esperança.” Reportando-se às atividades do patrono como pastor evangélico, ressaltou que “a influência religiosa em sua vida sempre foi muito forte” e que ele “muitas vezes sentiu-se tolhido pela doutrina adotada na igreja a qual pertencia.” Frisou: “Sempre foi muito criticado por seus pares, pois demonstrava nos sermões inconformismo mediante várias questões religiosas. Especialmente, no tocante à visão de Deus, pois a visão interpretativa apreciada (...) era de um Deus com postura punitiva e que exigia dos fiéis algumas barganhas para instituição de graça divina.” Citou também a punição que Rubem Alves recebeu de seus superiores, que o exoneraram da função de pastor, por conta de um sermão no qual “ele revelava a importância de nunca abandonarmos nosso lado criança”. Depois de aludir ao papel desempenhado pelo patrono na propagação da chamada Teologia da Libertação, e de sua ligação com Leonardo Boff e Frei Beto, afirmou que “a bússola que sempre norteou os caminhos de Rubem Alves chama-se inquietação amorosa”. “Em todos os seus textos é possível identificar amor pelo belo, intimidade com Deus, espírito livre e apaixonado pela educação, encantamento pelo novo, por tudo aquilo que leva o homem a ter uma atitude flexível e transformadora na formação de um ser moral.” No arremate de sua fala, Raquel Vilela pediu as bênçãos de Francisco de Assis, patrono da Amulmig, para orientar suas ações como acadêmica. “Fazendo uso da simplicidade de gestos, clareza de pensamento”, assumiu o compromisso de colaborar com a instituição ancorada na fé, acreditando “que através da literatura poderei contribuir para meu crescimento próprio e também para a construção de uma sociedade mais justa.” A assembleia de posse na Amulmig representou, sem dúvida, um momento de realce na crônica cultural mineira. * Jornalista (cantonius 1@yahoo.com.br)
Diário do Comércio Empresa Jornalística Ltda. Fundado em 18 de outubro de 1932 Fundador: José Costa Diretor-Presidente Luiz Carlos Motta Costa
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Agora é pensar apenas no País Abertas as urnas e contados os votos, num processo em que, ao menos formalmente, o Brasil tem o que ensinar ao mundo, está escolhido o próximo presidente da República, Jair Bolsonaro, a ser empossado no dia 1° de janeiro. Cumpriu-se, apesar dos excessos, a fase mais delicada e ao mesmo tempo mais importante do processo democrático, garantindo a alternância de poder e, antes, a escolha livre de cada cidadão habilitado a votar. Aos vitoriosos, por enquanto, as comemorações que, tudo faz crer, durarão pouco, ou até que os futuros dirigentes do País se deem conta do tamanho dos problemas que terão pela frente e para os quais a maioria dos brasileiros espera solução. De pronto diríamos, mesmo sabendo que falamos com uma certa dose de utopia que, ultrapassado o período das campanhas e da votação, é pelo menos racional esperar que as divisões próprias e até naturais nesse momento sejam ultrapassadas pelo objetivo, afinal comum, a julgar pelo que disse e prometeu cada candidato, da construção de um país melhor, mais próspero e mais justo, capaz de aproveitar e pôr a serviço do bem comum suas reconhecidamente amplas potencialidades. Parece muito e de fato é muito, considerado o histórico desse O fato é que o Brasil, caminhar, ou os brasileiros, porém nada que não possa já errou demais, ser alcançado consumindo tempo, se houver recursos e energia convergência e, claro, justamente porque entendimento os projetos políticos das urgências sempre foram apenas que estão pela frente. Além de projetos de poder e coerência com o tanto melhor se de espírito público longa duração de que tanto se fala e tão pouco se pratica. É o conhecimento da realidade que nos faz imaginar que, para os vencedores, as comemorações serão breves. Até porque é preciso também começar a trabalhar, a dar formas mais precisas aos planos de governo, em que a grande questão continua sendo o reequilíbrio das contas públicas e consequente redução do déficit fiscal que ameaça levar o endividamento a níveis insuportáveis e pode representar, em curto espaço de tempo, uma situação de paralisia para o País. E esta deixa de ser um problema dos vitoriosos, daqueles que ocuparão as cadeiras de comando, para se transformar num problema de todos os brasileiros. E sem espaço também para que seja trazida de volta a teoria do quanto pior melhor, arma de perdedores já de olho numa vitória futura, independentemente de quanto isto possa custar. O fato é que o Brasil, ou os brasileiros, já errou demais, consumindo tempo, recursos e energia justamente porque os projetos políticos sempre foram apenas projetos de poder e tanto melhor se de longa duração. Todos pagamos caro e a situação em que o País se encontra reflete os erros cometidos. Nessa conclusão está embutida a lição a ser aprendida e a esperança de que finalmente se desenhe um projeto de Estado, de todos os brasileiros, concebido e executado para corrigir os erros do passado e, finalmente, nos abrir as portas do futuro. Em síntese, boa sorte a Bolsonaro, boa sorte a todos nós.
BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO DE 2018
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OPINIÃO
O governo Bolsonaro
Política externa de Jair Bolsonaro: o que esperar
GAUDÊNCIO TORQUATO *
ZILDA MENDES * MARCELO HORN / GERJ
Este texto sai um pouco antes do resultado do pleito deste domingo, estando, portanto, sujeito às intempéries do clima eleitoral, à gangorra das pesquisas de intenção de voto e aos ventos contrários que o Senhor Imponderável das Neves costuma soprar quando nos visita. As repetidas sinalizações das pesquisas mostram não haver tempo para o estreitamento da margem de intenção de voto que o separa do petista Fernando Haddad. Sob essas ressalvas, faremos apontamentos, tendo como norte a vitória do capitão reformado do Exército, Jair Bolsonaro. Mas, com pequenas alterações, poderiam ser dirigidas também ao candidato petista. A primeira observação vai na direção da mudança de patamar. O ganhador há de entender que será governante de todos os brasileiros, condição que exige altruísmo, compromisso cívico de tentar juntar os cacos quebrados que a campanha proporcionou e que também teve como ferramenta uma linguagem desabrida e radical, usada para fustigar adversários e defender um legado de terror, tortura e medo. Não dê trela ao lema “Nós e Eles”; Se o País não resgatar a chama do pacifismo, com um chamamento geral ao bom senso, e continuar sob a expressão de expurgo de contrários – como o capitão promete em relação a líderes adversários -, a paisagem poderá ganhar a cor de sangue de confrontos nas ruas entre alas perdedoras e vitoriosas. Tempos de combate às tradicionais mazelas de nossa cultura política – mandonismo, caciquismo, nepotismo, grupismo, enfim, fisiologismo – não combinam com práticas populistas. Conter custos, racionalizar a máquina administrativa com cortes de contingentes alocados em cargos comissionados, atenuar a burocracia, reduzir o número de ministérios, são medidas que exigem coragem para seguir rígidos padrões na economia, na esteira daquilo que prometia Tancredo Neves, antes de morrer em 1985: “Meu primeiro decreto terá um único artigo dizendo assim: É proibido gastar”. Urge aprender a andar sobre o fio da navalha, tendo de escolher quadros qualificados e estribados em padrões técnicos e, ao mesmo tempo, atender demandas de partidos que formarão a base de apoio. A lógica do presidencialismo de coalizão contempla a repartição de poder entre parceiros da governabilidade. Mesmo assim, impõe-se o dever de preservar a operacionalidade da máquina, livrando-a de pressões de partidos e grupos, sob pena de comprometer resultados e afetar a dinâmica governativa. Desafios enormes estão à vista: como compatibilizar a visão nacionalista dos militares, sob a qual viceja a ideia de um Estado forte e preservação de empresas estratégicas nas áreas de energia, petróleo, gás e telecomunicações, e o anseio do Estado mínimo, tão a gosto do mercado, onde habitam interesses de conglomerados privados com a ambição de abocanhar nacos das estatais? Haverá um meio termo que permita dosar políticas liberais com políticas focadas no controle do Estado em áreas vitais? Até onde o guru Paulo Guedes poderá desfiar o rolo das privatizações sem romper o casulo do agudo nacionalismo que abriga a casta militar? Áreas sensíveis às massas estarão na vanguarda das prioridades, entre elas, a questão da segurança pública. O tratamento de choque que o novo presidente promete oferecer –, a partir da concepção de que bandido bom é bandido morto –, tem condições de ser empregado? Essa questão envolve um conjunto de situações complexas, como forças mais preparadas (novas modalidades?), inteligência, maiores recursos, integração das forças policiais, balanceamento entre ações preventivas e ofensivas, eficiente patrulhamento nas fronteiras, entre outros programas. Por mais forte que seja a índole “atacante” contra a bandidagem, não se espere melhoria da segurança pública no curto prazo. O consumidor, o anônimo das ruas, o habitante das margens esperam por um bolso mais recheado, de onde possam garantir o sustento da família e adquirir o remédio, a comida, os livros da filharada, pagar o transporte, enfim, as coisas do sofrido cotidiano. Seriam atendidos em um primeiro momento ou vão ter paciência de esperar, antes de atenderem às convocações de movimentos sociais? São dilemas que se apresentam ao novo mandatário. Quanto à última observação, vale enfatizar que as oposições estarão de olho aceso nas curvas do caminho do novo governo. Agirão sob o impulso de ganhar fôlego e voltar a ser fortes protagonistas da política. Derrapadas eventuais ou atrasos no cronograma das ações serão motivos para voltar às ruas. Que Deus ajude o País! * Jornalista, professor titular da USP e consultor político
Diário do Comércio Empresa Jornalística Ltda Av. Américo Vespúcio, 1.660 CEP 31.230-250 - Caixa Postal: 456 Redação - Núcleo Gestor Eric Gonçalves - Editor-Geral Luciana Montes - Editora-Executiva Editores Alexandre Horácio Clério Fernandes
Rafael Tomaz Gabriela Pedroso
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Filiado à
Presidente eleito. Agora é possível imaginar o que se pode esperar do novo governo no que diz respeito à politica externa. É sabido que este tema não foi suficientemente discutido durante as campanhas eleitorais, mas o que foi dito e o que ainda se diz, somado às pretensões apresentadas no plano de governo do PSL, já nos dá uma noção dos desafios que deverão ser enfrentados pelo novo governante. Pelo que está escrito no plano de governo de Bolsonaro, registrado no TSE, e mesmo o que foi dito nos debates e outros meios utilizados para se expressar quando ainda candidato, não se pode saber em detalhes quais medidas serão efetivamente adotadas e quais serão as suas prioridades. Sua ideia de manter o Banco Central “formal e politicamente independente” alinhado ao Ministério da Economia, a ser criado em substituição dos Ministérios da Fazenda, do Planejamento, da Indústria e Comércio Exterior e Serviços e da Secretaria Executiva do PPI - Programa de Parcerias de Investimentos, está sendo bem-vista por parte do quadro do governo. Por outro lado, em nota divulgada em 22 de outubro passado, a CNI defende a manutenção do Mdic, alegando que, devido às especificidades das pastas, os ministérios da Fazenda e do Planejamento desempenham papéis diferentes daqueles desempenhados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio Exterior e Serviços, que é o de executar e coordenar as políticas públicas para as indústrias. Embora não constem de seu plano de governo, declarações sobre política externa foram feitas em entrevistas para redes de televisão e jornais, como a crítica que fez ao Comitê de Direitos Humanos da ONU quando este comitê defendeu a candidatura do ex-presidente Lula. Suas referências ao Acordo de Paris, assinado por 195 países, inclusive o Brasil, que se comprometeram a reduzir as emissões de gases de efeito estufa, sofreram críticas, mas às vésperas do segundo turno explicou-se mais claramente quais as condições que poderiam levar o País a sair deste acordo. São aqueles ajustes nas falas diante das manifestações não só populares, mas de instituições que se sentem atingidas. Outra decisão, que parece irreversível, é a promessa de extraditar o italiano Cesare Battisti, condenado por assassinatos na Itália, cujo pedido de extradição feito pelo governo italiano foi negado pelo ex-presidente Lula, pois o considera preso político. Pelos elogios que o presidente eleito faz à posição nacionalista do presidente dos Estados Unidos e pelas promessas de repensar as relações do Brasil com o Mercosul e os Brics, sua política externa vai totalmente em desencontro com a adotada pelos
Plano de governo relativo ao comércio exterior propõe a redução de alíquotas de importação e das barreiras não tarifárias e, paralelamente, constituir novos acordos bilaterais no que for possível. Pensa ainda em buscar “uma nova forma de fazer comércio com toda a América do Sul, sem viés ideológico”. Agora é o momento de vermos e acompanharmos o que de fato será feito em relação à política externa brasileira. governos petistas. É favorável à destituição do poder de Nicolás Maduro na Venezuela e que o Brasil deve se afastar daquele país, mostrando-se disposto a fortalecer as relações com países da América Latina “livres de ditaduras”. E em relação aos imigrantes venezuelanos, sua proposta é a criação de um campo de refugiados para acolhê-los. Diz ainda que pretende intensificar a aproximação com os Estados Unidos, Israel e Taiwan, mas por outro lado não reconhece a Palestina como um país. Seria bom recordar que o Brasil reconheceu a Palestina como país desde 2010, inclusive há um acordo comercial Mercosul-Palestina do qual o Brasil é parte, embora ainda não esteja em vigor. Quanto aos investimentos chineses no Brasil, demonstra certa preocupação, indicando que pode fazer restrições. Para Bolsonaro, a venda de empresas brasileiras para os chineses significa “estatizar para a China”. Em diversas ocasiões deixa claro que “temos, sim, de procurar fazer parcerias com todos os países, mas sem abrir mão de nossa soberania” e, reafirma que, se possível, “vamos fazer com que comprem no Brasil, não
comprem o Brasil”. Ainda sobre o comércio exterior, seu plano de governo propõe a redução de alíquotas de importação e das barreiras não tarifárias e, paralelamente, constituir novos acordos bilaterais no que for possível. Pensa ainda em buscar “uma nova forma de fazer comércio com toda a América do Sul, sem viés ideológico”. Agora é o momento de vermos e acompanharmos o que de fato será feito em relação à política externa brasileira. Muitos ajustes do pouco do que foi dito deverão ser feitos, mas a certeza que temos é que o presidente eleito Bolsonaro não encontrará um mundo fácil com o qual se relacionar, não só pelas incertezas políticas que pairam em boa parte do planeta e pelas vulnerabilidades econômicas dos países em desenvolvimento, mas também pelas reações e análises negativas de parte da imprensa internacional em relação às suas ideias e comportamentos. * Professora da Universidade Presbiteriana Mackenzie e atua nas áreas de comércio exterior e câmbio
Abertura comercial ampla exige planejamento e reformas FERNANDO VALENTE PIMENTEL* Precisamos analisar com serenidade e bom senso as declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre um pretenso protecionismo do Brasil. É prudente, mesmo para os que defendem a abertura unilateral de nosso País, refletir com realismo sobre a questão, considerando o presente cenário internacional e a conjuntura interna. Precisamos, sim, nos engajar mais com o mundo, mas de maneira planejada e estruturada, avançando concomitantemente na agenda da competitividade e da produtividade e por meio de acordos internacionais que envolvam, comércio, serviços e investimentos. Nosso País mantém impostos de importação coerentes com suas possibilidades e grau de competitividade. Há, ainda, a questão das reciprocidades, num cenário global em que se assiste ao recrudescimento do protecionismo em alguns mercados. Porém, não podemos acreditar que somos anacrônicos protecionistas e permitir que o mundo nos rotule assim. Somos respeitados na Organização Mundial do Comércio (OMC), na qual o Brasil é um importante ator na defesa do multilateralismo para o comércio global. Temos déficit comercial em numerosos segmentos, conforme atualíssimo exemplo expresso nos dados de comércio exterior da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit): em relação a igual período do ano passado, de janeiro a setembro de 2018, as importações do setor (US$ 4,2 bilhões) cresceram 13,9%, diante de um mercado que não apresentou expansão e sim queda. Seriam esses números peculiares de um país protecionista? Obviamente, não devemos nos resignar ao nosso presente estágio no mercado global. No tempo certo e sob as condições adequadas, precisamos almejar mais abertura e ampliação de nossos fluxos comerciais e de investimentos. Isso implica lições de casa profundas. Não é viável, entretanto, a redução imediata e unilateral do imposto de importação, muito menos num momento no qual o Brasil está ne-
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gociando acordos com várias nações e blocos. O País precisa desenvolver fundamentos eficazes para ampliar a abertura, sob risco de promovermos uma aceleração ainda maior da desindustrialização e agravarmos o sério problema do desemprego. Temos carga de impostos, inclusive sobre os investimentos, e juros reais entre os mais altos do Planeta; câmbio invariavelmente desfavorável às exportações; e infraestrutura deficiente e onerosa. Todos esses fatores são prejudiciais à competitividade. São urgentes, portanto, as reformas estruturais, como a tributária e a previdenciária, e o combate à burocracia e insegurança jurídica. Sem essas medidas, nosso mercado ficaria muito prejudicado ante uma abertura extemporânea e não ganharia nada em troca, principalmente se não fizermos essa inserção por meio de acordos internacionais. Uma abertura unilateral abrupta seria um golpe em nossa indústria, que é bem estruturada e tem uma história concreta de competitividade intramuros, apesar do muito que ainda teremos de fazer para estar em linha com as profundas transformações representadas pela chamada Indústria 4.0. Abrir mais as nossas fronteiras é um ato que exige planejamento e avanço dos fatores internos que influenciam nosso grau de competitividade. Melhorar a capacidade brasileira de competir em patamares mais elevados no mercado global é uma tarefa árdua e importante para o novo presidente da República e a próxima legislatura do Congresso Nacional. Claro que não dará para esperar o País ficar pronto para estarmos inseridos no mundo, mas o açodamento poderá ser fatal para o presente e as nossas pretensões futuras. * Presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit)
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BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO DE 2018
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ECONOMIA DIVULGAÇÃO
Setor deve contratar menos no Natal de 2018
Terreno que abriga mall tem 55 mil metros quadrados e já conta com uma unidade do hipermercado Mineirão
COMÉRCIO
Barbacena vai ganhar novo shopping center em novembro Investimentos em empreendimento foram da ordem de R$ 80 milhões MARA BIANCHETTI
No próximo dia 15 de novembro, será inaugurado o Barbacena Shopping, na cidade de mesmo nome, na região do Campo das Vertentes. Fruto de investimentos da ordem de R$ 80 milhões, o empreendimento contará com 139 operações, entre âncoras, lojas, quiosques e cinema, e iniciará as atividades com 75% de ocupação da sua Área Bruta Locável (ABL). As informações são do proprietário do Grupo Capanema Gouvêa, Cláudio Gouvêa, responsável pelo empreendimento. Segundo ele, as expectativas são de que, ainda no primeiro trimestre do ano que vem, o índice de ocupação do mall chegue a 90%. A ABL total do centro de compras é de
15,6 mil metros quadrados. “Tamanha é nossa expectativa, principalmente diante dos resultados das eleições, que, caso 2019 transcorra como imaginamos e o nível de ocupação atinja nosso objetivo, realizaremos a primeira expansão já em 2020. Temos espaço para aumentarmos a ABL em cerca de mais 5 mil metros quadrados”, afirmou. A área, conforme o empresário, estava reservada inicialmente para a construção de um hotel, de acordo com o que previa o projeto inicial do empreendimento. No entanto, no fim do ano passado, o mesmo precisou ser revisto para se tornar viável. O terreno do shopping tem área total de 55 mil metros quadrados e já abriga também uma unidade do
hipermercado Mineirão, do Grupo DMA Distribuidora S/A (que detém também o Epa Supermercados), uma das âncoras do mall. São outras âncoras do empreendimento: Renner, Americanas e Cineart. “Temos, ao todo, quatro âncoras, três semiâncoras, 109 lojas e 22 quiosques. Entre as operações, estão ainda a Estripulia, Burger King, Cacau Show e muitas outras lojas da cidade”, disse. Já grandes marcas como Riachuelo, C&A e McDonald’s estão fase final de negociação. Potencial de consumo Vale destacar que o projeto nasceu de uma pesquisa realizada junto ao Ibope, que mostrou o potencial de consumo de Barbacena e região. De acordo com Gouvêa, os resultados indicaram
gastos de R$ 500 milhões por ano, que acabavam sendo gastos no comércio de rua da cidade ou nos malls das grandes cidades como Belo Horizonte e Juiz de Fora. Assim, a empresa lançou o projeto em 2012, mas suspendeu anos depois devido à crise econômica brasileira. Em 2017, as atividades no canteiro de obras foram retomadas e promete atrair consumidores de pelo menos 30 cidades da região. “Ao todo, serão mais de 70 empresas abrindo ao mesmo tempo nos próximos dias, movimentando a economia da cidade. Também teremos a geração estimada de cerca de mil postos de trabalho diretos. Tudo isso para receber um fluxo médio de 15 mil pessoas por dia, com picos aos finais de semana”, explicou.
Rio de Janeiro/Brasília - O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), divulgado pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), recuou 0,2% em outubro, na comparação com setembro, e revelou que as intenções de contratação estão abaixo da média histórica. Para o Natal, a expectativa é de que as contratações tenham queda de 1,7% em relação ao ano passado, com oferta de 72,7 mil vagas temporárias, e que as vendas cresçam 2,3% na mesma comparação. Em dados divulgados ontem, ainda sem captar o impacto da eleição do deputado Jair Bolsonaro à Presidência da República, a CNC mostrou que a economia segue apresentando maior grau de insatisfação (63,6 pontos). Para 68,9% dos entrevistados, a economia está pior que há um ano, visto que, em outubro de 2017, o percentual de empresários insatisfeitos com o nível geral de atividade alcançava 68,0%. A lentidão da recuperação econômica e a indefinição do cenário político apontaram um adiamento de investimentos nas empresas, estoques e contratações. O subíndice relativo aos investimentos recuou pelo sexto mês consecutivo (-0,2%), registrando 96,5 pontos. Desde o último mês de maio, esse indicador acumula queda de 3,3%, regredindo ao seu menor nível desde dezembro de 2017 (92,6 pontos). “Mesmo com a valorização do real nas últimas semanas, ainda há pressões sobre o nível geral de preços, especialmente daqueles monitorados pelo governo. Os reajustes de tarifas criam dificuldades adicionais ao varejo não somente pela elevação dos seus próprios custos operacionais, mas também por impor maiores restrições ao orçamento das famílias na aquisição de outros bens”, avaliou, em nota, o chefe da Divisão Econômica da CNC, Fabio Bentes.
A maioria dos entrevistados (64,4%) revelou intenção de contratar funcionários no médio prazo. Esse percentual se manteve pouco acima do verificado em outubro de 2017 (63,5%), porém abaixo da média dos quatro anos que antecederam a crise do varejo (78,8%). Os demais componentes do índice relativo aos investimentos se mantiveram abaixo dos 100 pontos, revelando avaliações predominantemente negativas quanto às ampliações das lojas e dos estoques. Do total de entrevistados, 59,2% não pretendem investir na ampliação do capital físico das empresas e o percentual de empresários que percebem estoques acima do adequado (27,6%) é praticamente o dobro daqueles que pretendem aumentar as encomendas (13,9%). Inadimplência - O número de empresas inadimplentes no País cresceu 9,39% em setembro, na comparação com o mesmo mês do ano passado, divulgaram ontem a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Segundo as entidades, a região Sudeste puxou o crescimento, com alta de 17,16%. A inadimplência também subiu nas outras regiões, mas em ritmo menor: 4,6% no Sul; 4,38% no Centro-Oeste; 2,78% no Nordeste e 1,83% no Norte. Segundo o levantamento, a maior parte das empresas devedoras atua no comércio. Elas devem, principalmente, para empresas do ramo de serviços. Para a CNDL, a persistência das dificuldades econômicas, com a manutenção do desemprego em níveis elevados e a queda no faturamento dos negócios, continua a afetar a capacidade de pagamento das empresas. Para a entidade, a expectativa de recuperação mais forte da economia em 2018 não se concretizou. (AE/ABr)
COMBUSTÍVEIS ALISSON J. SILVA
Preço médio do diesel vai subir em 13 estados e DF a partir de novembro Brasília - O Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) atualizou a tabela com os preços de combustíveis a serem usados como o valor médio ao consumidor a partir de quinta-feira (1º). O chamado preço médio ponderado ao consumidor final (PMPF) do óleo diesel aumentou em 13 estados e no Distrito Federal. O ato da secretaria-executiva do Confaz foi publicado ontem no Diário Oficial da União. Os novos valores abrangem Alagoas, Amazonas, Amapá, Ceará, Goiás, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Rio Grande do Sul, São Paulo e o Distrito Federal. Os estados que efetivaram os maiores aumentos foram Ceará, de R$ 3,25 o litro para R$ 3,58 o litro, e Rio de Janeiro, de R$ 3,42 para R$ 3,67. O PMPF serve de base para o recolhimento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) feito pelas refina-
rias no ato da venda dos combustíveis aos postos de gasolina. Em relação ao óleo diesel, apenas o Maranhão efetivou uma pequena redução nessa nova tabela, de R$ 3,53 o litro para R$ 3,52. Considerando todos os estados, o PMPF do óleo diesel vai variar de R$ 2,81 o litro, no Espírito Santo, a R$ 4,45, no Acre. Em julho, o preço do óleo diesel caiu em vários estados como parte do acordo para encerrar a paralisação dos caminhoneiros no mês de maio. De lá para cá, muitos preços já recuperaram o patamar anterior, como é o caso do estado do Amazonas que, em julho, havia baixado o preço médio do diesel para R$ 3,36 o litro e, na nova tabela, foi para R$ 3,80. A Paraíba também chegou a reduzir o preço do diesel para R$ 3,23 e, agora, passou para R$ 3,67. Gasolina - Considerando todos os estados, o preço médio da gasolina comum
vai variar de R$ 4,30 o litro, no Paraná, a R$ 5,35, no Acre, a partir de 1º de novembro. O preço médio da gasolina comum aumentará em 14 estados: Alagoas, Amazonas, Ceará, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Rio Grande do Sul e São Paulo. Os maiores aumentos foram no Ceará, de R$ 4,17 para R$ 4,60, e em Minas Gerais, de R$ 4,87 para R$ 5,09. No caso da gasolina, tiveram redução no preço médio ao consumidor o Amapá, de R$ 4,35 para R$ 4,34, e o Distrito Federal, de R$ 4,89 para R$ 4,84. Além da gasolina comum e do óleo diesel, a tabela do PMPF traz os preços de referência da gasolina premium (aditivada), diesel S10, gás liquefeito de petróleo (GLP - gás de cozinha), querosene da aviação, álcool etílico hidratado combustível (etanol), gás natural veicular (GNV), gás natural indus-
Minas Gerais é um dos estados onde o consumidor vai passar a pagar mais pelo combustível
trial e óleo combustível. Gás de cozinha - O gás de cozinha fica mais caro em sete estados e no Distrito Federal. Os aumentos mais expressivos foram em Minas Gerais, de R$ 5,52/kg para R$ 6,17/kg, e no Rio de Janeiro, de R$ 4,84/kg para R$ 5,41/kg. Mato Grosso e Roraima são os estados com o GLP mais caro do País,
R$ 7,37/kg e R$ 7,07/kg, respectivamente. Por outro lado, o gás de cozinha fica mais barato em cinco estados: Alagoas, Amazonas, Goiás, Maranhão e Rio Grande do Norte. Os estados com o GLP mais barato são Espírito Santo (R$ 4,53/kg) e Sergipe (R$ 4,78/kg). O Confaz é constituído pelos secretários de Fazenda,
Finanças ou Tributação de cada estado e do Distrito Federal e presidido pelo ministro da Fazenda. O objetivo do conselho é adotar medidas para aperfeiçoar a política fiscal dos estados e torná-la compatível com as leis da federação. A tabela do PMPF é atualizada a cada duas semanas e está disponível na página do Confaz. (ABr)
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ECONOMIA CONSTRUTORA
MRV prepara listagem da Log na Bolsa Empresa já planeja também o aumento de capital do braço de galpões logísticos em R$ 100 milhões ARQUIVO / DIVULGAÇÃO
MARA BIANCHETTI
A belo-horizontina MRV Engenharia e Participações S/A anunciou a reorganização societária de seus ativos, a partir da cisão da Log Commercial Properties, subsidiária do grupo, nos próximos meses. A construtora deu início aos preparativos para listar a controlada no segmento Novo Mercado da B3, ao mesmo tempo em que já planeja o aumento de capital do braço de galpões logísticos em R$ 100 milhões. Em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a companhia detalha que os acionistas da MRV irão receber ações emitidas pela Log e de propriedade da companhia na proporção de suas participações no capital social. Já em relação ao aumento de capital da Log, a construtora informou que os acionistas que receberem ações da empresa terão direito de preferência na subscrição de ações na capitalização. De acordo com o diretor executivo de finanças e relações com investidores do grupo, Leonardo Corrêa, de maneira geral, a reorganização societária visa mais eficiência operacional, mais clareza das atividades da MRV e da Log e geração de valor para os acionistas. Atualmente, a construtora detém 46% do negócio.
Segregação de operações pode elevar em 2,2 pontos percentuais o retorno sobre patrimônio da empresa, para 15%, conforme informado pelo grupo
“As duas empresas têm negócios distintos e ciclos de caixa diferentes. Separando os ativos, os acionistas poderão atribuir maior valor ao negócio Log e, consequentemente, a MRV terá um aumento no ROE”, explicou. A segregação das operações tem potencial de elevar em 2,2 pontos percentuais o retorno sobre patrimônio (ROE) para 15%, ante
12,8% no segundo trimestre, detalhou a companhia em apresentação. Conforme Corrêa, acrescenta-se ainda o potencial da operação, uma vez que a Log será a primeira empresa 100% dedicada a galpões a ser listada na bolsa paulista.
as ações da Log comecem a ser negociadas na bolsa a partir de 18 de dezembro. O próximo passo será a apresentação do parecer do comitê formado para avaliar a operação e posterior convocação de Assembleia Geral Extraordinária (AGE) para aprovação da mesma. Atualmente, a Log atua Bolsa - Segundo cronograma da operação divulgado pela em 25 cidades, em nove MRV, a expectativa é de que estados do País, com 1,5
milhão de metros quadrados em galpões. A empresa registrou lucro líquido de R$ 23,12 milhões no primeiro semestre de 2018. Sobre o posterior aumento de capital, de R$ 100 milhões, a ser realizado pela família Menin, fundadora da MRV, o diretor executivo de finanças e relações com investidores do grupo frisou que a família acredita
no negócio e fará o aporte mínimo a fim de agregar valor ao negócio e manter a liderança nas ações. “Rubens Menin continuará sendo acionista controlador com pouco mais de 30% de participação nesta nova empresa. Enquanto a MRV seguirá 100% focada e direcionada no negócio de construções residenciais”, concluiu.
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ECONOMIA ALISSON J. SILVA
CONSTRUĂ‡ĂƒO CIVIL
Produção e emprego recuam e setor tem estagnação no PaĂs Dados fazem parte da pesquisa Sondagem da Construção de setembro BrasĂlia - O setor de construção civil nĂŁo apresenta sinais de recuperação. Ao contrĂĄrio, mostra estagnação e cautela. É o que revela a Confederação Nacional da IndĂşstria (CNI) na Sondagem IndĂşstria da Construção de setembro, divulgada ontem. A produção e o emprego no setor fecharam o trimestre com resultados negativos. O Ăndice de nĂvel de atividade recuou de 47,8 pontos em agosto, para 45,7 pontos em setembro, e o de emprego foi para 45,1 pontos em setembro, ante 46,1 pontos em agosto. Os indicadores variam de zero a cem pontos e, quando estĂŁo abaixo dos 50 pontos, mostram retração. De acordo com o levantamento, a ociosidade na construção caiu um pouco em setembro, com o Ă?ndice de Utilização da Capacidade de Operação (UCO) em 61%, um ponto percentual superior em relação ao mĂŞs anterior e o maior nĂvel deste ano. Mesmo assim, ressalta a entidade, o setor mantĂŠm uma elevada ociosidade, com 39% das mĂĄquinas, equipamentos e pessoal parados. “O setor enfrenta uma sĂŠrie de problemas, como a baixa demanda, burocracia excessiva e situação financeira delicada. AlĂŠm disso, hĂĄ a incerteza com relação aos prĂłximos meses. Por isso, os dados mostram sinais de estagnação e cautelaâ€?, afirma o economista da CNI Marcelo Azevedo. O estudo classifica o fraco desempenho do setor “provavelmente como consequĂŞncia das incertezas eleitorais em setembro e outubroâ€?. A sondagem mostra ainda que as expectativas do setor para o curto prazo continu-
am fracas, o que comprova “um certo pessimismoâ€?. Com pequenas oscilaçþes em relação ao estudo anterior, os indicadores de expectativas para os prĂłximos seis meses se mantiveram prĂłximos da linha divisĂłria dos 50 pontos, que separa o otimismo do pessimismo. O otimismo com o nĂvel de atividade subiu 0,7 ponto e ficou em 51 pontos e o com novos empreendimentos e serviços caiu 0,4 ponto e alcançou 50 pontos. O Ăndice de expectativa de nĂşmero de empregados caiu para 49 pontos e o de compra de matĂŠrias-primas e insumos alcançou 49,5 pontos. “As expectativas para os prĂłximos seis meses nĂŁo apresentam bons resultados e comprovam um certo pessimismo do setorâ€?, diz a pesquisa. “Com isso, a disposição dos empresĂĄrios para investir continua baixa. O Ăndice de intenção de investimentos ficou estagnado em 32,5 pontos, inferior Ă mĂŠdia histĂłrica de 33,6 pontosâ€?. Ainda segundo a pesquisa, o Ă?ndice de Confiança do EmpresĂĄrio da IndĂşstria da Construção subiu 1,3 ponto, chegando a 52,1 pontos em setembro, mas ainda abaixo da mĂŠdia histĂłrica, que ĂŠ de 52,9 pontos. O indicador varia de zero a cem pontos. Dados acima de 50 mostram que os empresĂĄrios estĂŁo confiantes. Problemas - Dentre os principais problemas enfrentados pelo setor e destacados na pesquisa, estĂŁo a elevada carga tributĂĄria, com 40,2% das mençþes; a demanda interna insuficiente, com 34,7% das respostas; e a burocracia excessiva, com 27,9% das reclamaçþes.
Edital de Citação. Prazo de vinte (20) dias. O MM. Juiz de Direito da 1ÂŞ Vara CĂvel. Dr. LĂşcio Eduardo de Brito, Juiz de Direito da 1ÂŞ Vara da Comarca de Uberaba, MG...na forma da lei, etc...Faz saber a todos quantos o presente edital virem ou dele conhecimento tiverem que por este juĂzo de Direito e SecretĂĄria da 1ÂŞ Vara CĂvel tramitam os autos de nÂş 701.14.007.843-0, de Ação de Cobrança, requerido por BANCO DO BRASIL S/A, contra MAUAD CARNES LTDA e EDUARDO HENRIQUE MAUAD, e atravĂŠs do presente, CITA os requeridos MAUAD CARNES LTDA, financiado, sociedade limitada, devidamente cadastrada no CNPJ sob o nÂş 42.812.057/0001-35, representada por Eduardo Henrique Mauad. E Eduardo Henrique Mauad, representante legal e fiador, brasileiro, portador do CPF. 548.359.846-68, atualmente em lugar incerto e nĂŁo sabido, dos termos da referida ação, atravĂŠs dos quais o requerente alega que pelo contrato de Abertura de CrĂŠdito – BB Giro Empresa Flex nÂş 335.102.134, firmado em 03/10/2007, com vencimento inicial pactuado para 27/09/2008, o requerente propiciou ao primeiro requerido um limite e crĂŠdito no valor de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), o qual foi garantido por fiança prestada pelos outros requeridos. Argui que alĂŠm dos encargos da normalidade, tambĂŠm sĂŁo exigĂveis encargos decorrentes da inadimplĂŞncia, ressaltando, ainda, a clĂĄusula dĂŠcima quinta, na qual restou estipulado que se a financiada nĂŁo pagasse pontualmente quaisquer prestaçþes previstas, poderia o banco considerar vencidas antecipadamente todas as demais parcelas ainda nĂŁo vencidas e exigir o total da dĂvida delas resultante. Aduz que a primeira requerida utilizou os benefĂcios do contrato acima descrito, cumpriu o pactuado, deixando e saldar o dĂŠbito que, acrescido dos encargos financeiros pactuados e acessĂłrios devidos, calculados atĂŠ 30/09/2013, importa no valor de R$ 110.708,02. Isto posto, requereu a citação dos requeridos, a condenação dos requeridos ao pagamento da importância de R$ 110.708,02 (cento e dez mil, setecentos e oito reais e dois centavos). Requereu provar o alegado por todos os meios de prova em Direito admitidos. Deu o valor da causa de R$ R$ 110.708,02. Em caso de revelia, serĂĄ nomeado curador, nos termos do art. 257 parĂĄgrafo 4Âş do NCPC. Atenção : NĂŁo sendo apresentada a defesa no prazo de 15 dias apĂłs o prazo deste edital, presumir-se-ĂŁo aceitos como verdadeiros, os fatos alegados pelo autor, nos termos do NCPC. E para que nĂŁo se alegue ignorância ĂŠ expedido o presente edital que serĂĄ publicado e afixado na forma da lei. Dado e passado nesta cidade e comarca de Uberaba, Estado de Minas Gerais, aos dois (02) dias do mĂŞs de abril (04) do ano de dois mil e dezeoito (2018).
A lista de problemas ainda inclui, por exemplo, falta de capital de giro, inadimplĂŞncia da clientela, licenciamento ambiental, juros elevados e falta ou alto custo de trabalhador qualificado.
Esta edição da Sondagem Indústria da Construção foi feita entre 1º e 15 de outubro, com 569 empresas, das quais 196 são pequenas, 248 são mÊdias e 125 são de grande porte. (AE) Expectativas para curto prazo do setor seguem fracas
Novo teto de financiamento do SFH tem inĂcio hoje BrasĂlia - Prevista para entrar em vigor em janeiro, a elevação dos limites de financiamento de imĂłveis pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH) foi antecipada para hoje. A decisĂŁo ĂŠ do Conselho MonetĂĄrio Nacional (CMN). Com a medida, os mutuĂĄrios poderĂŁo financiar imĂłveis de atĂŠ R$ 1,5 milhĂŁo com juros menores que as taxas de mercado, em todo o PaĂs. Atualmente, o teto para financiamentos do SFH corresponde a R$ 950 mil nos estados do Rio de Janeiro, SĂŁo Paulo, Minas Gerais e no Distrito Federal. No resto do PaĂs, o limite de financiamento ĂŠ R$ 800 mil. Concedidos com recursos do FGTS e da poupança, os financiamentos do SFH cobram juros de atĂŠ 12% ao ano. Acima desses valores, valem as normas do Sistema Financeiro ImobiliĂĄrio (SFI), com taxas mais altas e definidas
livremente pelo mercado. Segundo o chefe do Departamento de Regulação do Sistema Financeiro, JoĂŁo AndrĂŠ Pereira, a antecipação do novo teto foi uma demanda dos prĂłprios bancos, que nĂŁo precisarĂŁo atualizar os sistemas para se adaptarem Ă elevação do limite. “A mudança traz pouco impacto operacional para os bancos, mas eles disseram que seria relevante para o mercado imobiliĂĄrio como um todoâ€?, disse. Teto permanente - Em novembro de 2016, o CMN tinha reajustado o teto de financiamento de imĂłveis pelo SFH de R$ 650 mil para R$ 800 mil, na maior parte do PaĂs, e de R$ 750 mil para R$ 950 mil no Distrito Federal, em Minas Gerais, no Rio de Janeiro e em SĂŁo Paulo. Em fevereiro do ano passado, o limite foi reajustado para R$ 1,5 milhĂŁo por unidade em todas as regiĂľes
CrĂŠdito a entes - O CMN tambĂŠm remanejou os limites anuais de crĂŠdito que os estados e municĂpios podem pegar emprestado no sistema financeiro. O limite para contratar financiamentos com garantia da UniĂŁo – em que o Tesouro cobre eventuais calotes – caiu R$ 4 bilhĂľes. O teto para as operaçþes sem garantia da UniĂŁo foi elevado em R$ 4 bilhĂľes. AtĂŠ agora, os limites de
crĂŠdito para este ano estavam em R$ 17 bilhĂľes para as operaçþes com garantia e em R$ 7 bilhĂľes para os financiamentos sem garantia. Com as mudanças, os valores passaram para R$ 13 bilhĂľes e R$ 11 bilhĂľes, respectivamente. Segundo o Tesouro Nacional, a medida foi tomada porque, ao longo do ano, a demanda para operaçþes de crĂŠdito interno com garantia da UniĂŁo foi baixa, enquanto aquela por operaçþes sem garantia se encontrava prĂłxima do limite. De acordo com o Tesouro, os R$ 4 bilhĂľes remanejados, na prĂĄtica, sĂł poderĂŁo ser contratados por prefeituras. Isso porque uma resolução do Senado que regulamenta a Lei de Responsabilidade Fiscal proĂbe os estados de contratarem operaçþes de crĂŠdito nos Ăşltimos 120 dias (quatro meses) de mandato dos governadores. (ABr)
INDĂšSTRIA
Piora em cenĂĄrio afeta conďŹ ança em outubro SĂŁo Paulo - A confiança da indĂşstria no Brasil recuou em outubro pela terceira vez seguida diante da piora no cenĂĄrio de negĂłcios e foi ao nĂvel mais baixo em cerca de um ano, segundo os dados divulgados ontem pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
Com queda de 2 pontos sobre o mĂŞs anterior, o Ă?ndice da Confiança da IndĂşstria (ICI) chegou a 94,1 pontos em outubro, o menor nĂvel desde setembro de 2017. “A queda da confiança em outubro, pelo terceiro mĂŞs consecutivo, e sua dis-
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TSC JUAZEIRO SHOPPING CENTER S.A. CNPJ 16.757.360/0001-72 - NIRE 31300101452 Ata de Assembleia Geral OrdinĂĄria e ExtraordinĂĄria Realizada em 03 de Outubro de 2018 (Lavrada sob a forma de sumĂĄrio, conforme art. 130, §1Âş, da Lei n. 6.404/76) Data, Hora e Local: Aos 03 (trĂŞs) de outubro de 2018, realizou-se Ă s 10:00 horas, na sede social da TSC Juazeiro Shopping Center S.A., localizada na cidade de Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, na Rua Francisco Deslandes, n. 900, Bairro Anchieta, CEP 30.310-530 (“Companhiaâ€?). Convocação e Publicaçþes Legais: Edital GH &RQYRFDomR SXEOLFDGR QRV WHUPRV GR DUWLJR GD /HL Âł/HL GDV 6 $ ´ QR MRUQDO Âł'LiULR 2ÂżFLDO GR Estado de Minas Geraisâ€?, nas ediçþes dos dias 25, 26 e 27 de setembro de 2018, nas pĂĄginas 5, 1 e 1, respectivamente, e no jornal “DiĂĄrio do ComĂŠrcioâ€?, nas ediçþes dos dias 25, 26 e 27 de setembro de 2018, todos na pĂĄgina H WHQGR VLGR GHYLGDPHQWH SXEOLFDGDV DV GHPRQVWUDo}HV ÂżQDQFHLUDV UHODWLYDV DR H[HUFtFLR VRFLDO HQFHUUDGR HP GH GH]HPEUR GH QRV WHUPRV GR † ž GR DUW GD /HL GDV 6 $ $V GHPRQVWUDo}HV ÂżQDQFHLUDV GR H[HUFtFLR VRFLDO HQFHUUDGR HP GH]HPEUR IRUDP GHYLGDPHQWH SXEOLFDGDV QR MRUQDO Âł'LiULR 2ÂżFLDO GH 0LQDV *HUDLV´ na pĂĄgina 5, Caderno 2 (“Publicaçþes de terceiros e editais de comarcasâ€?), da edição do dia 18 de maio de 2018 e no jornal “Hoje em Diaâ€?, na pĂĄgina 7, (“Primeiro Planoâ€?), da edição do dia 18 de maio de 2018. Presença e Instalação: Presente acionista que representa 93% do capital social da Companhia, conforme assinatura constante DR ÂżQDO GHVWD DWD H QD OLVWD GH SUHVHQoD GH DFLRQLVWDV GD $VVHPEOHLD *HUDO 2UGLQiULD H ([WUDRUGLQiULD GD &RPSDnhia, realizada em 03 de outubro de 2018, Ă s 10:00 horas, estando, portanto, presente o quĂłrum para instalação da assembleia. Mesa: Presidente: Fabricio Rodrigues Amaral. SecretĂĄria 1DWiOLD 0HLUHOOHV 7HL[HLUD Ordem do Dia: Em Assembleia Geral OrdinĂĄria: L 7RPDU DV FRQWDV GRV DGPLQLVWUDGRUHV H[DPLQDU GLVFXWLU H YRWDU DV GHPRQVWUDo}HV ÂżQDQFHLUDV GR H[HUFtFLR VRFLDO HQFHUUDGR HP GH GH]HPEUR GH LL 'HOLEHUDU VREUH D GHVWLQDomR GR UHVXOWDGR GR H[HUFtFLR VRFLDO HQFHUUDGR HP GH GH]HPEUR GH Em Assembleia Geral ExtraordinĂĄria: (i) Deliberar sobre o aumento do capital social e consequente alteração do Artigo 5Âş do Estatuto Social da Companhia. (ii) Consolidação do Estatuto Social da Companhia. Deliberaçþes: Instalada a Assembleia e feitas a leitura e a discussĂŁo da Ordem do Dia, apĂłs a leitura dos documentos pertinentes Ă matĂŠria, as seguintes deliberaçþes foram tomadas e aprovadas pela Ăşnica acionista presente Ă Assembleia, titular de 93% do capital social da Companhia: Em Assembleia Geral OrdinĂĄria: (i) Exame e Aprovação das Demonstraçþes Financeiras. ApĂłs a apresentação e submissĂŁo Ă discussĂŁo dos documentos referidos no artigo 133 da Lei das S.A., a acionista aprovou DV FRQWDV GRV DGPLQLVWUDGRUHV LQFOXLQGR EDODQoR QRWDV H[SOLFDWLYDV UHODWyULR GD DGPLQLVWUDomR GHPRQVWUDomR ÂżQDQFHLUD H SDUHFHU GRV DXGLWRUHV LQGHSHQGHQWHV UHIHUHQWHV DR H[HUFtFLR VRFLDO HQFHUUDGR HP GH GH]HPEUR GH VHQGR DVVLP UDWLÂżFDGDV H FRQYDOLGDGDV WRGDV DV RSHUDo}HV UHĂ€HWLGDV QD UHIHULGD GHPRQVWUDomR ÂżQDQFHLUD D TXDO IRL GHYLGDPHQWH DXGLWDGD SHOD 3ULFHZDWHUKRXVH&RRSHUV 6HUYLoRV 3URÂżVVLRQDLV /WGD LQVFULWD QR &13- 0) sob o n. 02.646.397/0001-19. (ii) Destinação do resultado. A Proposta da Diretoria, para destinação do resultado GR H[HUFtFLR VRFLDO HQFHUUDGR HP GH GH]HPEUR GH VXEPHWLGD j GHOLEHUDomR QHVWD $VVHPEOHLD QRV WHUPRV do art. 192 da Lei das S.A., e arquivada na sede da Companhia, foi aprovada, razĂŁo pela qual a acionista deliberou pela nĂŁo distribuição de lucros e dividendos, sendo dispensado o pagamento de dividendos obrigatĂłrios por ser LQFRPSDWtYHO FRP D VLWXDomR ÂżQDQFHLUD GD &RPSDQKLD WHQGR HP YLVWD D DSXUDomR GH SUHMXt]R QR H[HUFtFLR VRFLDO HQFHUUDGR HP GH GH]HPEUR GH VHQGR R DOXGLGR SUHMXt]R GHVWLQDGR j FRQWD GH SUHMXt]RV DFXPXODGRV GD Companhia. Em Assembleia Geral ExtraordinĂĄria: (i) Aumento do Capital Social e consequente alteração do Artigo 5Âş do Estatuto Social da Companhia. Conforme chamadas de capital enviadas pela administração GD &RPSDQKLD QR SHUtRGR GH 6HWHPEUR GH D 6HWHPEUR GH D DFLRQLVWD SUHVHQWH DSURYRX D SURSRVWD GH aumento do capital social em R$ 54.314.585,96, conforme apresentada pela administração da Companhia. Desta forma, o capital social da Companhia passarĂĄ de R$ 35.870.000,00 para R$ 90.184.585,96, mediante a emissĂŁo de 264.030.677 Do}HV RUGLQiULDV QRPLQDWLYDV H VHP YDORU QRPLQDO DR SUHoR GH HPLVVmR GH DSUR[LPDGDPHQWH R$ 0,2057 cada ação. O preço de emissĂŁo das açþes foi calculado nos termos do Artigo 170, §2Âş, inciso II, da Lei GDV 6 $ XWLOL]DQGR VH R SDWULP{QLR OtTXLGR GD &RPSDQKLD FRQVWDQWH GR EDODQoR SDWULPRQLDO OHYDQWDGR HP GH dezembro de 2017, no valor de R$ 6.171.394,92. Informar que a acionista Tenco Shopping Centers S.A., CNPJ 03.065.552/0001-76 (“Tencoâ€?), subscreveu e integralizou, em moeda corrente nacional, mediante a capitalização de saldo de Adiantamentos para Futuro Aumento de Capital – AFAC no montante de R$ 34.510.381,86 e de crĂŠdito detido pela acionista Tenco contra a Companhia, no montante de R$ 16.002.183,29, nesta data, 245.548.531 açþes ordinĂĄrias nominativas, sem valor nominal, no valor total de R$ 50.512.565,15, quantidade essa proporcional Ă sua SDUWLFLSDomR QR FDSLWDO VRFLDO GD &RPSDQKLD QRV WHUPRV GR %ROHWLP GH 6XEVFULomR FRQVWDQWH GR $QH[R , j SUHVHQWH DWD $WR FRQWtQXR D ~QLFD DFLRQLVWD SUHVHQWH GHOLEHURX Âż[DU R SUD]R GH GLDV D FRQWDU GHVWD GDWD SDUD R H[HUFtFLR pela acionista Construtora e Incorporadora Campus 10 Ltda., CNPJ 10.769.627/0001-65 (“Campus 10â€?), devidamente convocada e ausente nesta Assembleia, do direito de preferĂŞncia para subscrição de novas açþes, na proporção da sua participação no capital social da Companhia, nos termos do art. 171, ParĂĄgrafo 4Âş, da Lei das S.A. A Ăşnica acionista presente aprovou que eventual aumento de capital complementar, decorrente da deliberação havida DFLPD VHUi KRPRORJDGR HP QRYD DVVHPEOHLD JHUDO H[WUDRUGLQiULD D VHU FRQYRFDGD SDUD HVVD ÂżQDOLGDGH TXH GHYHUi GHOLEHUDU VREUH D UHIRUPD GR $UWLJR ƒ GR (VWDWXWR 6RFLDO GD &RPSDQKLD GH PRGR D UHĂ€HWLU DXPHQWR HYHQWXDOPHQWH KRPRORJDGR &DVR D DFLRQLVWD &DPSXV TXH QmR FRPSDUHFHX D HVWD $VVHPEOHLD *HUDO ([WUDRUGLQiULD QmR H[HUoD R VHX GLUHLWR GH SUHIHUrQFLD QR SUD]R OHJDO HVWDEHOHFLGR ÂżFD GHVGH Mi FRQVLJQDGR TXH D 7HQFR WHP LQWHUHVVH HP subscrever e integralizar o saldo remanescente, no valor de R$ 3.802.021,03. A Ăşnica acionista presente aprovou, em decorrĂŞncia da subscrição de parte do aumento do capital social, objeto da deliberação havida acima, alterar a redação do Artigo 5Âş do Estatuto Social da Companhia, que passa a vigorar com a seguinte redação: “Artigo 5Âş - O capital social ĂŠ R$ 86.382.565,15 (oitenta e seis milhĂľes trezentos e oitenta e dois mil quinhentos e sessenta e cinco reais e quinze centavos), representado 275.548.531 (duzentos e setenta e cinco milhĂľes quinhentas e quarenta e oito mil quinhentas e trinta e uma) açþes ordinĂĄrias, todas nominativas e sem valor nominal.â€? (ii) Consolidação do Estatuto Social da Companhia. Diante das deliberaçþes tomadas acima, a Ăşnica acionista presente nesta assembleia deliberou pela consolidação do Estatuto Social da Companhia, que passa a vigorar nos termos do $QH[R ,, GD SUHVHQWH $WD VHQGR GLVSHQVDGD D UHSXEOLFDomR GR WH[WR LQWHJUDO Arquivamento e Publicaçþes: Por ÂżP D DFLRQLVWD GHOLEHURX SHOR DUTXLYDPHQWR GHVWD DWD SHUDQWH R 5HJLVWUR GH (PSUHVDV TXH DV SXEOLFDo}HV OHJDLV sejam feitas e os livros societĂĄrios transcritos. Encerramento: Nada mais havendo a ser tratado, lavrou-se esta ata em livro prĂłprio, a qual foi lida, aprovada por unanimidade e assinada por todas os presentes. Mesa: Presidente – Fabricio Rodrigues Amaral; SecretĂĄria: 1DWiOLD 0HLUHOOHV 7HL[HLUD Acionista: Tenco Shopping Centers S.A., neste ato representada por seu diretor Fabricio Rodrigues Amaral. &HUWLÂżFDPRV TXH D SUHVHQWH p FySLD ÂżHO GD DWD ODYUDGD H OLYUR SUySULR Mesa: Presidente, Fabricio Rodrigues Amaral; SecretĂĄria: 1DWiOLD 0HLUHOOHV 7HL[HLUD
do PaĂs, valor que vigorou atĂŠ o fim do ano passado. Em janeiro deste ano, tinha passado a valer o teto anterior, de R$ 950 mil, para quatro unidades da Federação, e de R$ 750 mil no restante do PaĂs. A restauração do limite de R$ 1,5 milhĂŁo tinha sido anunciada no fim de julho, para entrar em vigor em janeiro. Segundo o Banco Central, o novo teto unificado serĂĄ permanente.
PLANTAR PARTICIPAÇÕES S.A.
CNPJ N° 11.221.286/0001-51 - NIRE 3130009306-9 ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINĂ RIA EDITAL DE CONVOCAĂ‡ĂƒO Ficam os acionistas da Plantar Participaçþes S.A. (“Companhiaâ€?) convocados para se reunirem, em primeira convocação, no dia 08 de novembro de 2018, Ă s 10 horas, em Assembleia Geral ExtraordinĂĄria, na sede social da Companhia, nesta Capital, QD $YHQLGD 5DMD *DEDJOLD Qž ž DQGDU 3DUWH EDLUUR *XWLHUUH] D Ă€P GH GLVFXWLU H RX GHOLEHUDU VREUH a) Aumento de capital da Companhia mediante capitalização dos AFACs- Adiantamentos para Futuro Aumento de Capital; b) Reforma do estatuto social (capital social, estrutura e atribuiçþes da Diretoria, atualizaçþes do estatuto, limites de alçada dos administradores); c) Consolidação do estatuto social da Companhia; e d) Eleição e destituição de conselheiros de administração. Belo Horizonte, 30 de outubro de 2018. Ricardo Carvalho de Moura - Presidente do Conselho de Administração
1 MED GESTORA E INTERMEDlADORA S.A. CNPJ: 27.908.994/0001-03 - NIRE N° 31300117804 Ata de Assembleia Geral ExtraordinĂĄria Realizada em 15 de outubro de 2018 1- DATA, HORA E LOCAL DA ASSEMBLEIA: Ao dia 17 de setembro de 2018, Ă s 11 horas realizou-se a Assembleia Geral ExtraordinĂĄria, na sede social da 1 MED GESTORA E INTERMEDIADORA S.A., localizada na cidade de Nova Lima, Estado de Minas Gerais, na Rua Paisagem, nÂş 220, 1° andar - Vila da Serra, CEP: 34.006059. 2- CONVOCAĂ‡ĂƒO: Dispensada nos temos do parĂĄgrafo 40 do artigo 124 da Lei 6.404/76, tendo em vista a presença da totalidade dos acionistas. 3- PRESENÇA: Presença: Alessandra Santos Pedrosa, brasileira, solteira, nascida em 14 de abril de 1992, portadora da C.1. MG 12.800.453 SSP/MG, CPF: 114.580.766-60, arquiteta, residente e domiciliada na Rua SalomĂŁo de Vasconcelos nÂş 20, Mangabeiras, Belo Horizonte/MG, CEP: 30.210-070 - Diretora Presidente, Ana Paula Pedrosa, brasileira, solteira, nascida em 30 de janeiro de 1997, portadora da C.1. MG 12.800.501 SSP/MG, CPF: 143.217.896- 21, empresĂĄria, residente e domiciliada na Rua SalomĂŁo de Vasconcelos nÂş 20,Mangabeiras, Belo Horizonte/MG, CEP: 30.210-070 - Diretora Financeira, Guadalupe Machado Dias, brasileira, solteira, nascida em 25 de abril de 1960, portadora da C.1. M-2.224.226 SSP/MG, CPF: 384.967.206-91, contadora, residente e domiciliada na Av. Prudente de Moraes nÂş 1965 Apt? 1.103, Cidade Jardim, Belo Horizonte/MG, CEP: 30.350-213 - Conselheira e MĂĄrcia Aparecida da Silva, brasileira, solteira, nascida em 29 de outubro de 1968, portadora da C.I de MG-4.485.574 SSP/MG, CPF: 737.103.856-87, contadora, residente e domiciliada na Rua Soares de AraĂşjo n? 138, Palmares, Belo Horizonte/ MG, CEP: 31.155-280 - Conselheira. 4- MESA DIRETORA: Os trabalhos foram presididos pela Sra. Ana Paula Pedrosa e secretariados por Alessandra Santos Pedrosa. 5- ORDEM DO DIA: Deliberar a respeito das seguintes propostas: (i) transformação da companhia em sociedade limitada; (ii) alteração do objeto social; (iii) alteração da sede social; (iv) redução do capital social. Deliberaçþes Tomadas por Unanimidade: (i) foi aprovada a proposta de transformação da respectiva companhia em uma sociedade limitada, conforme Contrato Social anexo a presente ata, alterando sua denominação social para 1 MED GESTORA E INTERMEDIADORA LTDA.; (ii) o QRYR REMHWR VRFLDO SDVVD D VHU D SUHVWDomR GH VHUYLoRV PpGLFRV H DÂżQV EHP FRPR D VXD LQWHUPHGLDomR DWUDYpV dos serviços combinados de escritĂłrio e apoio administrativo; (iii) a sociedade terĂĄ sua sede na Rua Guajajaras, nÂş 40, sala 905, bairro Centro, Belo Horizonte/MG, CEP: 30.000-000; (vi) o capital social de R$ 5.000.000,00 FLQFR PLOK}HV GH UHDLV SRU VHU FRQVLGHUDGR H[FHVVLYR HP UHODomR DR QRYR REMHWR VRFLDO ÂżFD UHGX]LGR HP 5 4.500.000,00 (quatro milhĂľes e quinhentos mil reais), passando a ser de R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais), totalmente subscrito e integralizado em moeda corrente do paĂs; (v) foi decidido que as publicaçþes ordenadas pela Lei 6.404/76 serĂŁo realizadas no DIĂ RIO DO COMÉRCIO DO ESTADO DE MINAS GERAIS e no Estado de Minas. Encerramento e Lavratura da Ata: nada mais havendo a ser tratado, a Sra. Presidente ofereceu a palavra a quem dela quisesse fazer uso e, como ninguĂŠm a pediu, declarou encerrados os trabalhos e suspensa a reuniĂŁo pelo tempo necessĂĄrio Ă lavratura desta ata, a qual, reaberta a sessĂŁo, foi lida, aprovada e por todos os presentes assinada. Nova Lima, 17 de setembro de 2018. Assinaturas: Mesa: Ana Paula Pedrosa (Presidente); Alessandra Santos Pedrosa (SecretĂĄria). Conselheiras todas presentes, Ana Paula Pedrosa; Alessandra Santos 3HGURVD *XDGDOXSH 0DFKDGR 'LDV H 0iUFLD $SDUHFLGD GD 6LOYD &HUWLÂżFR TXH HVWD FySLD FRQIHUH FRP R RULJLQDO lavrado no Livro de Atas competente, aqui assinada digitalmente por todas as presentes. Nova Lima, 15 de outubro de 2018.
seminação por quase 60% dos segmentos industriais foi influenciada por uma deterioração no ambiente de negĂłcios. A piora do cenĂĄrio externo e o câmbio parecem ter peso adicional negativo na demanda, gerando efeito redutor nas expectativas de produçãoâ€?, explicou, em nota, Viviane Seda Bittencourt, coordenadora das Sondagens da FGV-Ibre. CAMINAS – Câmara de Arbitragem Empresarial Av. Raja Gabaglia, nÂş 1000, conjunto 1207 Tel 031 3292-0896 - Belo Horizonte -MG Proc. nÂş CM17B1952606 Requerente: MRV ENGENHARIA E PARTICIPAÇÕES S/A; Requeridas: FERNANDO LUIS PARREIRA DIAS E FLĂ VIA JANAĂ?BA BAIA – Ficam as 5HTXHULGDV QRWLÂżFDGDV GD LQVWDXUDomR GR SUHVHQWH 3URFHGLPHQWR $UELWUDO 1RV WHUPRV UHJXODPHQWDUHV ÂżFD HVWDEHOHFLGR R SUD]R GH VHWH GLDV SDUD TXH DFDWH D LQGLFDomR GR iUELWUR Âą 'U 0DUFHOR 'LDV *RQoDOYHV 7RUUHV RX LQGLTXH RXWUR iUELWUR FRP DV GHYLGDV IXQGDPHQWDo}HV H FRPSURYDo}HV GD HYHQWXDO QmR DFHLWDomR GR ĂˆUELWUR Mi LQGLFDGR &ySLDV GR SURFHGLPHQWR GLVSRQtYHLV QD &kPDUD GH $UELWUDJHP VXSUDFLWDGD
Ela explicou que a proximidade do fim do processo eleitoral, embora tenha gerado efeito positivo nos empresĂĄrios, nĂŁo foi suficiente para reverter a tendĂŞncia de queda da confiança do setor. O Ă?ndice da Situação Atual (ISA) caiu em outubro 2,3 pontos e passou para 92,9 pontos, em sua terceira queda consecutiva. O Ă?ndice de Expectativas (IE) tambĂŠm apresentou retração, de 1,6 ponto, para 95,5 pontos em outubro, o menor nĂvel desde agosto de 2017. JĂĄ o NĂvel de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) recuou 0,5 ponto percentual, para 76,4% em outubro. (Reuters)
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIBEIRĂƒO DAS NEVES/MG PREFEITURA MUNICIPAL DE RIBEIRĂƒO DAS NEVES/MG - PregĂŁo 056/2018 - torna pĂşblico que se encontra disponĂvel no site www.ribeiraodasneves.mg.gov.br, o edital do PregĂŁo 056/2018, cujo objeto consiste na aquisição de televisores – entrega imediata. A data para entrega dos envelopes e realização da sessĂŁo serĂĄ dia 20/11/2018 ĂĄs 09:00h. Alex de Almeida Ferreira Silva / Presidente da CPL.
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIBEIRĂƒO DAS NEVES/MG PREFEITURA MUNICIPAL DE RIBEIRĂƒO DAS NEVES/MG - PregĂŁo 047/2018 - torna pĂşblico que se encontra disponĂvel no site www.ribeiraodasneves.mg.gov.br, o edital do PregĂŁo 047/2018, cujo objeto consiste no registro de preço visando aquisição de medicamentos, por um perĂodo de 12 (doze) meses. A data para entrega dos envelopes e realização da sessĂŁo serĂĄ dia 21/11/2018 ĂĄs 09:00h. Alex de Almeida Ferreira Silva / Presidente da CPL.
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GERDAU AÇOMINAS S.A. CNPJ no 17.227.422/0001-05 - NIRE nÂş 31300036677 ATA DE REUNIĂƒO DA DIRETORIA REALIZADA NA SEDE SOCIAL, NO MUNICĂ?PIO DE OURO BRANCO, MG, NA RODOVIA MG 443, KM 07, Ă€S 10h00min DO DIA 26 DE OUTUBRO DE 2018 1. A reuniĂŁo contou com a presença da totalidade dos membros da Diretoria, tendo sido presidida por Gustavo Werneck da Cunha e secretariada por Harley Lorentz Scardoelli. 2. A Diretoria, na forma do artigo Art. 25, § 1Âş do Estatuto Social, deliberou e, por unanimidade, aprovou “ad referendumâ€? de Assembleia Geral OrdinĂĄria, o crĂŠdito, Ă data base de 26/10/2018, e pagamento aos acionistas, a partir de 05/11/2018, do montante de R$ 35.078.726,76, a tĂtulo de Juros sobre o Capital PrĂłprio, calculados Ă razĂŁo de R$ 0,14 por ação, ordinĂĄria e preferencial, inscrita nos registros da Instituição DepositĂĄria das Açþes desta Empresa na data do crĂŠdito, como antecipação do dividendo mĂnimo obrigatĂłrio estipulado no Estatuto Social, referente ao exercĂcio social em curso. O pagamento aos acionistas jĂĄ considera a dedução de 1.196.046 açþes ordinĂĄrias atualmente em tesouraria. Os valores dos Juros sobre o Capital PrĂłprio serĂŁo pagos com retenção do imposto de renda na fonte, de 15%, nos termos do parĂĄgrafo 2Âş, art. 9Âş da Lei nÂş 9249/95, com exceção aos acionistas pessoas jurĂdicas que estejam dispensados da retenção do imposto de renda na fonte e que comprovem essa condição atĂŠ o dia 31/10/2018. 3. Nada mais foi tratado. Ouro Branco, MG, 26 de outubro de 2018. Mesa: Gustavo Werneck da Cunha (Diretor Presidente). Harley Lorentz Scardoelli (Diretor Vice-Presidente). Fladimir Batista Lopes Gauto; Marcos Eduardo Faraco Wahrhaftig; Cesar Obino Da Rosa Peres; Mauro De Paula; AndrĂŠ Brickmann Areno (Diretores). Declaração: Declaro que a presente ĂŠ cĂłpia ďŹ el da ata transcrita em livro prĂłprio e que as assinaturas supramencionadas sĂŁo autĂŞnticas. Harley Lorentz Scardoelli - Diretor Vice-Presidente.
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ECONOMIA ELEIÇÕES
Agenda de Bolsonaro é vista com cautela Falta de detalhamento e clareza das propostas liberais e reformistas deixam o cenário ainda incerto ANA AMÉLIA HAMDAN
A agenda econômica liberal e reformista ganhou força com a eleição, no domingo, de Jair Bolsonaro (PSL) como presidente do País. Pautas como reforma da Previdência e privatizações foram colocadas como prioritárias no seu programa e pelo economista Paulo Guedes, já anunciado como ministro da Fazenda do próximo governo, o que vem animando o mercado financeiro. Mas especialistas ouvidos ontem afirmam que o cenário ainda é incerto, pois falta detalhamento e clareza às propostas. Relatório da XP Investimentos divulgado ontem aponta a reforma da Previdência como prioridade absoluta para o ajuste fiscal e retomada da economia. O ideal, de acordo com o relatório, é que a proposta saia do papel ainda em 2019. O relatório ressalta que a Previdência é a principal despesa do governo, representando cerca de 60% do orçamento federal. Se nada for feito, em 2030 chegará a 70%, já que a despesa é crescente devido ao envelhecimento populacional. Guedes já afirmou que a reforma terá prioridade, mas ainda não deixou claro em que moldes será feita. De acordo com a avaliação da XP Investimentos, o ideal é que se aproveite o texto já encaminhado ao Congresso pelo presidente Michel Temer. Com isso, haveria mais agilidade na
Expectativa de ascensão da bolsa Relatório divulgado ontem pela XP Investimentos aponta a bolsa de valores como melhor ativo para se beneficiar de uma melhora de sentimento e retomada de atividade no Brasil. De acordo com o relatório, “o mercado deve dar o benefício da dúvida a Bolsonaro, antevendo um governo reformista e liberal”. É esperado que a bolsa chegue a 90- 100 mil pontos até o fim do ano, podendo atingir 125 mil pontos até o final de 2019, indica o relatório. Tal cenário depende do avanço da agenda reformista. Pesquisador sênior da área de Economia Aplicada da FGV Ibre, Marcel Balassiano pontua que o mercado entende que o principal problema macroeconômico do Brasil hoje é o fiscal e reagiu bem ao candidato que apresentou a proposta de combater tal ponto. Já o professor de estratégia e coordenador do mestrado de Políticas Públicas do Insper, Sandro Cabral, faz a ressalva de que, se fosse um investidor, esperaria um pouco para colocar dinheiro no País. Isso, segundo ele, porque ainda falta clareza à equipe de Bolsonaro sobre como as reformas propostas serão executadas. Ele também ressalta a importância da estabilidade das regras e do ambiente institucional para que sejam incentivados investimentos de longo prazo. Em um cenário de retomada econômica, câmbio apreciado e juros baixos, as prioridades seriam varejo, aviação, bancos, siderúrgicas e locadoras. (AAH)
aprovação, com o governo contando ainda com menor desgaste do capital político no início do mandato. Também pode haver a mudança do atual modelo de repartição da Previdência, pelo qual o trabalhador paga hoje os benefícios dos atuais aposentados, para o de capitalização, onde cada trabalhador contribui para uma conta individual. O desafio é como fazer a transição. Pesquisador sênior da área de Economia Aplicada do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), Marcel Balassiano, considera que o principal problema macroeconômico do País é o déficit fiscal, com grande peso dos gastos com a Previdência. Em 2017, segundo ele, os gastos com a aposentadoria dos trabalhadores privados e públicos consumiu cerca de 4% do Produto Interno Bruto (PIB) do País, cerca de R$ 270 bilhões. “Reformular a Previdência é importante para se ter o ajuste fiscal”, destaca. Segundo ele, a reforma consta do programa de governo do presidente eleito, mas ainda não há o detalhamento de como isso se dará. “Novas dúvidas surgem daqui para a frente: como vai ser o governo, como vai ser a relação do Paulo Guedes com o presidente? O programa é bom na parte econômica, mas não está detalhado”, pondera. Ele ressalta que o respeito às regras democráticas é primordial para
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A eleição de Jair Bolsonaro para presidente no domingo deixou o mercado financeiro animado com os rumos do País
que a economia vá bem e centrais da Petrobras, Banco considera que o Brasil tem do Brasil e Caixa Econômica instituições capazes de ga- Federal. rantir tal cenário. Professor de estratégia e coordenador do mestrado de Privatização - Quanto às Políticas Públicas do Insper, privatizações, a questão é Sandro Cabral, considera o colocada no mesmo senti- cenário muito incerto. Sobre do: a proposta faz parte do o programa de concessões e programa de governo de privatizações, ele alerta que Bolsonaro, mas não há clare- ainda falta escolher a equipe za sobre como irá acontecer. que comandará as operações, Marcel Balassiano observa qual a agenda, o modelo, que Paulo Guedes já chegou os ativos prioritários. “Há a defender a privatização a intenção de se aplicar a ampla, mas outros agentes agenda liberal, mas não há no novo núcleo do governo explicação de como isso será eleito foram mais comedidos. feito”, reforça. Ponderação semelhante O relatório da XP Investiestá no relatório da XP In- mentos pontua o que esperavestimentos, que aponta que -se do governo: estrutura Paulo Guedes é favorável a de comunicação proativa todas as privatizações, mas com a população; propoBolsonaro diz que focará nas sição de agenda de valores áreas deficitárias, deixando conservadores com o Conde fora Eletrobras, negócios gresso Nacional; proposição
Moody’s e Fitch cobram prioridades Nova York - No dia seguinte à eleição de Jair Bolsonaro (PSL) para a Presidência da República, duas das principais agências de classificação de risco, a Moody’s e a Fitch, vieram a público para cobrar do novo governo atenção à agenda de reformas consideradas fundamentais para o equilíbrio das contas públicas do País. O destaque fica para a reforma da Previdência, uma das principais bandeiras empunhadas, sem sucesso, pelo governo de Michel Temer. Na Moody’s, a vice-presidente Samar Maziad afirmou que a aprovação de uma boa reforma da Previdência Social no próximo ano pelo Congresso “será positiva para a economia e a avaliação de crédito de rating do Brasil”, bem como se ela for rejeitada pelos parlamentares haverá impacto negativo para fatores como confiança e investimentos. Para Samar, o presidente eleito Jair Bolsonaro precisará obter o consenso do Congresso para aprovar esta mudança constitucional, “o que não é novo no Brasil”, pois essa reforma requer grande apoio popular, demanda negociação e habilidade política junto ao parlamento, o que, apesar do esforço, não foi viabilizado pelo atual governo do presidente Michel Temer. A vice-presidente da Moody’s ressalta que as prioridades do futuro governo no corte de gastos, reformas fiscais, como a da Previdência Social, e avançar projetos de infraestrutura com marcos regulatórios eficientes podem elevar o Produto Interno Bruto (PIB) do País. “E a alta do crescimento além de gerar mais empregos na sociedade é importante também para conter a dinâmica da dívida pública e a consolidação fiscal.” Na opinião de Samar Maziad, a adoção das reformas fiscais pode melhorar a confiança de empresários e famílias nas perspectivas econômicas do País, o que pode elevar investimentos e consumo em nível nacional. “Elas são relevantes, pois a principal fraqueza do País está na área fiscal”, destacou. Por outro lado, tais mudanças es-
truturais também poderão melhorar o ambiente de negócios no Brasil, o que deve colaborar para acelerar o crescimento nacional, dado que o PIB hoje tem um “ritmo morno”, inferior a 2% de expansão ao ano. Já para a Fitch, o alerta é sobre como uma implementação “fraca” de reformas estruturais, como a da Previdência, poderia minar a confiança de investidores no País, aumentar os custos de empréstimos e afetar “adversamente” a perspectiva de médio prazo para o crescimento. Capital político - Em relatório divulgado ontem, a agência destaca que o forte apoio eleitoral ao capitão reformado, eleito com 55,13% dos votos válidos contra 44,87% de Fernando Haddad (PT), e ao seu partido poderiam “impulsionar” o capital político do novo governo e habilitá-lo a construir uma maioria legislativa se partidos centristas oferecerem apoio. No entanto, pondera, é “incerto” quão efetivamente o novo governo conseguirá usar o “período de lua de mel” nos primeiros meses de mandato para priorizar e aprovar sua agenda econômica. “Profundos desafios estruturais que estão contribuindo para o crescimento fraco, grandes déficits fiscais e dívida geral de governo crescente obstruirão severamente a flexibilidade política do novo governo”, diz a agência. Nesse sentido, acrescenta a Fitch, a habilidade do presidente eleito de formar uma coalizão efetiva para aprovar projetos de lei econômicos fundamentais no início do mandato será um medidor importante do comprometimento e da direção da política econômica, assim como a “coesão” do time econômico, “incluindo nomeações do time econômico e quaisquer mudanças no Banco Central”. À luz desses comentários, a agência projeta que o crescimento real do PIB brasileiro deve ficar «logo acima» de 1% em 2018 e atingir 2,2% em 2019 e 2,7% em 2020. (AE)
de agenda de recuperação econômica, com destaque para reformas da Previdência e tributária; e recuos quan-
to à não indicação política para postos do governo e enfrentamento institucional a outros poderes.
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POLÍTICA politica@diariodocomercio.com.br
ELEIÇÕES
Temer defende respeito à Constituição Presidente alerta para o cumprimento rigoroso da lei por seu sucessor para garantir a estabilidade São Paulo - No dia seguinte à eleição que definiu Jair Bolsonaro (PSL) como seu sucessor no comando do Planalto, o presidente Michel Temer (MDB) pediu respeito à Constituição como forma de garantir a estabilidade política e pacificação do Brasil. “Todos aqui estamos cientes e conscientes de que para ter estabilidade social, para ter estabilidade política, para ter a pacificação nacional, e isso é fundamental, é preciso cumprir rigorosamente a Constituição”, disse o emedebista ao discursar em congresso do setor de açúcar e etanol promovido pela Datagro, em São Paulo. Após citar que uma das finalidades da Constituição é harmonizar as relações sociais, Temer reafirmou que o texto constitucional impõe que, após o desfecho das eleições, os eleitos governem respeitando os direitos das minorias, ao passo que as minorias - ou seja, a oposição - não devem atrapalhar a maioria. “A oposição não pode ter significado político de destruir o governo eleito”, declarou Temer. A dois meses de concluir seu mandato, o presidente
fez um discurso de exaltação dos feitos de seu governo e cobrou a continuidade da agenda da atual gestão. “Vejo com muita satisfação que vários setores do governo eleito já dizem que certas coisas têm que continuar. Esperamos que assim seja”, assinalou o presidente. Ao tratar da transição entre governos, Temer disse que todas as realizações feitas nos últimos dois anos estão documentadas para serem entregues à equipe de Bolsonaro. “Vamos exigir que não haja descontinuidade. Pelo contrário, que haja continuidade.” Entre as reformas que precisam prosseguir, citou o regime que estabeleceu um teto aos gastos públicos e a atualização da legislação trabalhista que, segundo ele, trouxe o Brasil de volta ao século 21. Ao defender essa última medida, Temer comentou que as contratações cresceram “enormemente” nos últimos meses, citando a geração de 110 mil e 137 mil postos de trabalho em agosto e setembro, respectivamente. A expectativa, emendou o presidente, é que o ano feche com mais de 1 mi-
lhão de carteiras assinadas. Dirigindo-se ao público do evento, prometeu cobrar da equipe de transição do presidente eleito que o setor de biocombustível continue sendo prestigiado. Mais uma vez, Temer, numa referência às denúncias feitas pelo empresário Joesley Batista, lamentou a não aprovação da reforma da Previdência, atribuída a uma “trama monumental” que interrompeu a apreciação da matéria pelo Congresso. Apesar disso, o presidente salientou que a reforma das aposentadorias entrou na pauta política. Nesse ponto, lembrou que hoje se discute se a reforma da Previdência será feita nos próximos dois meses ou se será deixada para o próximo governo. Transição - O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou que o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), coordenador da campanha de Jair Bolsonaro (PSL), deve vir a Brasília amanhã para tratar da sucessão presidencial e indicar os primeiros nomes da equipe de transição, que vai trabalhar no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) até o início
ISAC N[OBREGA PR
Temer alerta para a necessidade de pacificação do Brasil
do ano que vem. Os membros da equipe de transição devem tomar posse dois dias após serem indicados e ficam no cargo de forma temporária até dez dias após a posse do novo presidente da República. Antes de assumir, passarão pelo crivo da área jurídica do Palácio do Planalto, que vai verificar se existe algum tipo de impedimento para nomeação em cargo público. Segundo Padilha, “tudo indica” que Onyx será escolhido por Bolsonaro como o
coordenador da equipe de transição. Tecnicamente, o cargo possui o salário mais alto do grupo formado por 50 pessoas, no valor de R$ 16.581,49. Mas, como não é permitido acumular salários, Onyx receberia apenas a remuneração de deputado federal de R$ 33.763. O salário inicial da equipe é de R$ 2.585,13. Embora o processo de transição não tenha começado na prática, Padilha destacou que tecnicamente esta etapa teve início a partir do
resultado do segundo turno da eleição, e que o Planalto já organiza os preparativos e a coleta de dados dos ministérios há mais de 20 dias. Ele disse ainda que o CCBB está pronto para receber a equipe de transição, assim que ela for indicada. “O espaço para a transição já está perfeitamente instalado com móveis, computadores, recepção de prédio, segurança da Polícia Federal”, disse. Padilha não descartou a possibilidade de a Força Nacional também reforçar a segurança do prédio. No local, estão disponíveis 22 gabinetes para a equipe de transição, incluindo as duas salas especiais para o presidente e vice-presidente eleitos, que possuem áreas reservadas. Também serão oferecidas 78 posições de trabalho. No último domingo, em pronunciamento, o presidente Michel Temer disponibilizou a Granja do Torto, uma das residências oficiais da Presidência da República, para Bolsonaro utilizar durante o período de transição. Hoje, Padilha disse que Bolsonaro ainda não respondeu se aceitará o convite. (AE)
Frentas propõe diálogo institucional São Paulo - Em nota pública conjunta, associações que reúnem juízes, promotores e procuradores da Frente Associativa da Magistratura e do Ministério Público (Frentas) argumentam ao presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) que “o respeito à Constituição é único caminho”. As entidades apontam para “o indispensável diálogo institucional”. Bolsonaro venceu a eleição de domingo com 55,13% dos votos válidos. Fernando Haddad (PT) ficou com 44,87% dos votos. Segundo as entidades que formam a Frentas, “o respeito à Constituição Federal e à institucionalidade é o único caminho para o desenvolvimento de uma sociedade livre, justa e solidária». “O Brasil constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos a soberania, a cidadania, a dignidade da pessoa humana, os valores sociais do trabalho, da livre iniciativa e o pluralismo político”, afirmam as entidades. Depois de obter 46% das preferências no primeiro turno, Bolsonaro elevou sua votação na segunda rodada eleitoral em 9 pontos porcentuais, ou 7,8 milhões de votos. Haddad, que conquistou 29% no dia 7 de outubro, ampliou ainda mais seu eleitorado neste domingo, em 15 pontos porcentuais - em números absolutos, foram quase 15 milhões de votos a mais. Após ser confirmado como o 38º presiden-
te eleito democraticamente no País, Bolsonaro fez um discurso à Nação de compromisso com a liberdade, com a Constituição e com reformas. “Liberdade de ir e vir, liberdade política e religiosa, liberdade de opinião”, disse Bolsonaro, cuja campanha foi marcada pelo antipetismo e uma retórica agressiva contra os opositores. O presidente eleito participou de uma oração antes de ler o discurso, marcado por citações bíblicas e a Deus. O pronunciamento durou 7min50s. Veja a íntegra da nota da Frentas: “A Frente Associativa da Magistratura e do Ministério Público (Frentas), fórum formado pelas entidades representativas abaixo assinadas, as quais representam cerca de 40 mil juízes e membros do Ministério Público, vem, a propósito da eleição dos novos presidente da República, governadores e parlamentares da República Federativa do Brasil, cumprimentá-los e colocar-se à disposição para o indispensável diálogo institucional. O Brasil constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos a soberania, a cidadania, a dignidade da pessoa humana, os valores sociais do trabalho, da livre iniciativa e o pluralismo político. O respeito à Constituição Federal e à institucionalidade é o único caminho para o desenvolvimento de uma sociedade livre, justa e solidária. Eis o horizonte a seguir”. (AE)
Bebianno deixa o comando do PSL Rio de Janeiro - O advogado Gustavo Bebianno deixou a presidência do PSL, partido do presidente eleito Jair Bolsonaro, e volta à condição de vice-presidente da legenda. Segundo Bebianno, a sua permanência na presidência era temporária e com validade até o fim da campanha presidencial, que terminou no último domingo com a vitória de Bolsonaro sobre o petista Fernando Haddad no segundo turno. Ele retorna agora à vice-presidência do PSL, com o empresário Luciano Bivar, eleito deputado federal por Pernambuco nesta eleição, assumindo o comando da legenda. “Não há racha e isso já estava previsto desde lá atrás”, disse Bebianno à Reuters. Ele negou que esteja cotado para assumir o Ministério da Justiça no governo Bolsonaro e afirmou que há bons nomes para a pasta, como os do juiz Sérgio Moro, responsável na primeira instância pelos processos da
Lava Jato em Curitiba, e da ex-ministra do Superior Tribunal de Justiça Eliana Calmon. “Não procuramos o Moro, mas existe essa hipótese”, finalizou Bebianno. Recentemente Bolsonaro já citou o nome de Moro como possível indicado a uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) em sua gestão. Bivar disse que reassume o comando do partido porque já estava “previamente combinado”. “A função do Bebianno era eleger o Bolsonaro e, cumprindo a missão, ele vai para a parte da transição do governo”, disse. Ele foi questionado sobre o fato de ter dito, em entrevista anterior também à Reuters, que só iria voltar ao comando do partido em dezembro. Disse que a “demanda” para questões de transição vai “tomar muito tempo”. Bivar negou ter havido qualquer atrito para essa decisão. “Não, em absoluto”, temos uma boa relação”, garantiu. (Reuters)
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NEGÓCIOS gestaoenegocios@diariodocomercio.com.br DIVULGAÇÃO
ESTÁGIOS Visita ao Sebrae-MG CIEE/MG-Sede
O superintendente-executivo do Centro de Integração Empresa Escola de Minas Gerais, professor Sebastião Alvino Colomarte, acompanhado do assessor Institucional, Gilson Elesbão de Siqueira, esteve recentemente reunido com o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae-MG, Teodomiro Diniz Camargos, e o seu chefe de Gabinete, Dênis Kleber Gomide. Entre os assuntos tratados, cumprimentos pela sua posse na presidência, proposição de convênio para operacionalização dos programas de estágio e aprendizagem de estudantes, bem como estreitamento dos laços com as Escolas Técnicas de Formação Gerencial mantidas por esse importante órgão de órgão de apoio às micros e pequenas empresas mineiras. Na foto, da esq. p/ a dir., Sebastião Colomarte, Teodomiro Camargos, Dênis Gomide e Gilson Elesbão.
Senac Governador Valadares Participam do evento 191 marcas, sendo 82 de vestuário, 72 de joias e bijuterias e 37 de bolsas e calçados, distribuídas em 246 estandes
MODA
23ª Minas Trend prevê negociar R$ 200 milhões Valor do aporte realizado pelo Sistema Fiemg caiu cerca de 50% DANIELA MACIEL
A 23ª edição do Minas Trend - outono-inverno/ 2019, semana mineira de lançamentos de moda promovida pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), que acontece entre os dias 29 outubro e 1º de novembro no Centro de Feiras e Exposições George Norman Kutova (Expominas), na região Oeste de Belo Horizonte, prevê negócios da ordem de R$ 200 milhões, com a atração de 15 mil pessoas, incluindo 700 compradores vip’s e outros 3 mil espontâneos. De acordo com o presidente da Fiemg, Flávio Roscoe, na busca por uma melhor equação econômica, o número de patrocinadores do evento foi ampliado, os critérios de escolha dos participantes foi revisto, o preço dos estandes foi revisto, as gratuidades foram extintas e o valor do aporte realizado pelo Sistema Fiemg caiu cerca de 50%. Os números preliminares dão conta de um orçamento de R$ 6 milhões, contra R$ 9 milhões na edição passada. “Acreditamos que em duas edições consigamos tornar o Minas Trend autossustentável. Isso é muito importante para cadeia produtiva. Conseguimos reduzir custos e aumentar a receita sem abrir mão da qualidade. Buscamos critérios mais justos na venda de estandes e estamos trazendo mais compradores, também com novos critérios. Buscamos, ainda, maior interlocução com a cidade, abrindo diálogo com diversas frentes, como a gastronomia, por
exemplo. Isso é um começo. Nas próximas edições tudo isso será aprofundado”, defende Roscoe. Participam do evento 191 marcas, sendo 82 de vestuário, 72 de joias e bijuterias e 37 de bolsas e calçados, distribuídas em 246 estandes. O evento conta, ainda, com a participação de três reconhecidas tecelagens - Cedro Têxtil, Ematex e Tear Têxtil -, além da Simaq, uma das principais marcas de máquinas de costura industrial do segmento. Segundo o diretor criativo do Minas Trend, Ronaldo Fraga, o tema “Agora e para sempre” sintetiza o desejo de perenidade e constante renovação do Minas Trend. O objetivo é ressaltar a brasilidade sem abrir mão do coração do evento, que é ser um evento da indústria. Ainda de acordo com o estilista, este é o momento ideal para dar força à moda brasileira, destacando que o setor, apesar de ainda bastante importante para o Produto Interno Bruto (PIB), já foi o 2º empregador do País, posição da qual vem se distanciando a cada ano. Para tanto, a semana de moda passa a refletir um perfil mais participativo e inclusivo, incentivando a adesão da população mineira. “A cidade vai acompanhar e saber como será o próximo Minas Trend. Quando o cliente chegar em Confins, a cidade inteira estará pensando nele para
vender roupas, serviços e o brasileiro e tem potencial desejo de vir para esse lugar. para ser o mais importante salão de negócios da moda Portas abertas - Pela pri- do continente. Por isso agora meira vez o Minas Trend trouxemos os estilistas aufoi aberto à população em torais, não necessariamente geral. Até então, o ambiente novatos, para o centro do era restrito aos compradores evento”, destaca Fraga. lojistas e profissionais do setor. Além de circular por Mercado – Atualmente, a todas as áreas do centro de cadeira produtiva da inexposições - exceto o salão dústria mineira de moda de negócios -, o público pode - composta por mais de 10 participar das atividades mil fabricantes -, responde promovidas pelos apoiado- por 23,5% do total de emres e patrocinadores, como presas e é a segunda maior também aproveitar o espaço empregadora do Estado, gastronômico e adquirir com mais de 130 mil postos roupas e acessórios de moda de trabalho, número que diretor dos fabricantes na representa 18% do volume loja temporária instalada total de trabalhadores na no Expominas. indústria de transformação A ação faz parte do esfor- do Estado. ço de integrar Minas Trend O fim das eleições, cujo e a Capital. Serão realizados o resultado foi anunciado 15 eventos paralelos or- justamente durante o desfile ganizados pela Prefeitura de abertura, no domingo, de Belo Horizonte (PBH) traz certo alívio para setor. através do Museu da Moda “Independentemente do de Belo Horizonte, com a resultado e do que vai aconchancela Minas Trend. E, tecer agora, a própria eleição pela primeira vez, o desfile era um fator de insegurança. de abertura foi composto Definida a situação é hora totalmente por looks auto- de trabalhar. A diminuição rais do Estado, em projeto do tamanho do Estado é assinado pela Fiemg com o sempre positiva. Em relação intuito de qualificar e divul- à liberalização da econogar os designers que serão mia no plano internacional destaque da moda mineira do Paulo Guedes (provánas próximas décadas. vel Ministro da Economia “Há 12 anos, quando co- no governo Bolsonaro) é meçamos, o salão de negó- uma ameaça para o setor. cios foi recebido até com Me preocupa no ponto em certo deboche por quem que temos uma infinidade não acreditava que Minas de impostos ocultos e isso fosse um lugar para vender mina a competitividade da moda. Hoje, o que era um indústria brasileira”, alerta salão mineiro, já se tornou o presidente da Fiemg.
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CIEE/MG-LESTE DE MINAS A responsável pela Unidade Regional do CIEE/MG no Leste de Minas, Irlane Lanna, esteve reunida, no dia 16 último, com a diretora Escolar do Senac-MG em Governador Valadares, Gisele Amanda Vieira. Em pauta, a atualização do convênio com aquele órgão vinculado à Fecomércio-MG. “A expectativa é a de que o esforço conjunto resulte no amento do número de estudantes beneficiados com os programas de estágios oferecidos para os alunos dos cursos técnicos oferecidos pelo Senac”, ressaltou Irlane.
Semana da Diversidade FERNANDO BEIRAL/DIVULGAÇÃO
Trabalhar junto aos aprendizes temas relacionados às diversidades existentes na sociedade. Esse foi o objetivo da “3ª Semana da Diversidade”, realizada entre de 16 a 19 de outubro, no Centro de Referência da Juventude, em Belo Horizonte. O evento foi coordenado por Elvira Cosendey (foto), do Fórum de Erradicação e Combate ao Trabalho Infantil e Proteção aos Adolescentes (Fectipa-MG), e contou com o apoio das entidades qualificadoras de aprendizagem, dentre as quais se encontra o Centro de Integração Empresa-Escola de Minas Gerais, que foi representado pela assistente social Cássia Lima Teixeira e pelas instrutoras de Aprendizagem Giselle Daniele de Souza Vitor e Janaína Martins. As discussões durante os quatro dias da 3ª Semana envolveram temas como a diversidade de gênero e sexualidade, diversidade religiosa, diversidade social e diversidade étnico-racial. A convite do CIEE/ MG, participaram dos debates Maria Goreth Costa Herédia Luz, representante da Comunidade Arturos (Quilombola) e David César, pessoa com deficiência (PCD). Coluna produzida pelo Centro de Integração Empresa-Escola de Minas Gerais – Rua Célio de Castro, 79 – Floresta (Sede própria) – CEP: 31.110-000. Telefones: (031) 3429-8100 (Geral) – Atendimento às empresas: (31) 3429-8144 - Atendimento às escolas: (31) 3429-8106.
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NEGÓCIOS TECNOLOGIA
Aplicativo aproxima investidor do gestor App é gratuito e a contratação do serviço é pago mensalmente, podendo ser cancelado a qualquer momento LEO LARA / DIVULGAÇÃO
App ajuda as pessoas a investir melhor, afirma Ribeiro
DA REDAÇÃO
Para ampliar o acesso à consultoria de investimentos, a Sonar Investimentos, empresa localizada em Belo Horizonte, lançou o aplicativo Patrimoney. Em seis meses de funcionamento, a meta de volumes transacionados sob gestão da plataforma teve que ser dobrada, devido à alta adesão ao produto. O criador do aplicativo, Ricardo Cavalcante Ribeiro, ex-aluno da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, diz que a plataforma foi desenvolvida durante dois anos e meio com a ajuda de alunos da instituição. “O app ajuda as pessoas a investir melhor em qualquer banco ou corretora. Recomendamos os melhores investimentos nas instituições que o usuário já trabalha de
acordo com a situação do mercado. É uma consultoria contínua em investimentos”, explica. A orientação varia de acordo com o cenário econômico. “Por exemplo, tem hora que o momento é mais propício para se investir na bolsa e tem momentos em que o mercado tem uma queda de juros, e aí o investimento é destinando a mercados que vão lucrar melhor nessa situação”, completa. Ele ainda exemplifica com o caso de um cliente que recebeu herança de R$ 500 mil e quer comprar um imóvel no valor de R$ 800 mil em um prazo de quatro anos. “A gente vai fazendo os investimentos seguindo este objetivo e adaptando de acordo com o mercado, porque o cenário muda todos os dias”.
Com acesso a carteira dos usuários, seja por meio de um cadastro feito pelo próprio cliente, seja por meio dos extratos enviados pelo usuário, a visualização de toda a situação da carteira permite uma melhor gestão dos investimentos. “Por exemplo, o banco vai dar uma orientação sobre o dinheiro que está investido ali e não sobre o total de investimentos. Se a pessoa tem conta em três bancos nós conseguimos ver esta carteira e ter condições de orientá-lo melhor de forma ampla”, detalha Ribeiro. Desta forma, o investidor não fica preso a opinião de um gerente ou de um corretor sobre seus investimentos e consegue alcançar o seu objetivo como menor risco possível.
O app é gratuito e a contratação do serviço de consultoria é pago de forma mensal, podendo ser cancelado a qualquer momento. No entanto, o intuito é auxiliar os clientes principalmente nos investimentos de longo prazo, que são os que garantem mais resultados. “Várias empresas fazem operações de curto prazo, mas nosso objetivo é fazer a administração de longo prazo para ter resultados melhores. Este tipo de serviço já existe para clientes de alta renda. O nosso objetivo foi baratear o produto para torná-lo acessível a pessoas que têm volumes menores para investir, a partir de R$ 200 mil, por exemplo”, explica, mas ressalta que também é possível investir com valores ainda menores do que este.
BALANÇA COMERCIAL
Países inusitados estão na pauta das exportações DA REDAÇÃO
China, Estados Unidos, Argentina, Holanda e Japão são alguns dos principais compradores dos artigos “made in Brazil”. Mas o País também manda seus produtos para países pouco conhecidos ou, no mínimo, inusitados como Camboja, Romênia, Finlândia, Ilhas Fiji, Estônia, Madagascar, Sri Lanka e Benin, entre outros. A lista de produtos exportados para estes países é variada. Nas operações realizadas pela Allog, empresa especializada em logística internacional, são destaque os artigos eletrônicos, madeiras, móveis, celulose, vestuário e gelatina animal. Madagascar, país insular no Oceano Índico e bastante conhecido no Brasil por ser tema de uma produção cinematográfica infantil, por exemplo, importa peças da indústria têxtil brasileira.
O Camboja, país localizado na porção sul da península da Indochina, no Sudeste Asiático, importa peças eletrônicas do Brasil; enquanto o Sri Lanka, na Ásia, é comprador de itens como gelatina animal. “O Brasil possui uma geografia extensa, com climas bem diferentes. Isso proporciona uma gama grande de oportunidades de plantio e produtos agrícolas, atendendo demandas de diferentes países. No que tange a produtos manufaturados, os principais polos de produção e logística do país contam com amplo desenvolvimento para as demandas externas. Também vale ressaltar a boa adaptabilidade dos exportadores para atender a certificações para a inclusão de produtos nos mais variados mercados do planeta”, observa Artur Lamin, do Departamento Comercial da Allog.
PIXABAY / DIVULGAÇÃO
Em 2018, a balança comercial - diferença entre exportações e importações - acumula superávit de US$ 37,811 bilhões em oito meses. O valor é 21,8% inferior ao do mesmo período do ano passado pelo critério da média diária. O recuo do saldo da balança deve-se ao maior crescimento das importações em relação às exportações. Em agosto deste ano, as vendas externas somaram US$ 22,5 bilhões, alta de 15,8% em relação a agosto de 2017 pelo critério da média diária. Segundo o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic), Em agosto, as vendas externas somaram US$ 22,5 bi, alta de 15,8% em relação a agosto de 2017 esse foi o segundo maior valor exportado para o mês, 10 países que importam do Brasil: só perdendo para agosto de 2011. As importações, Camboja (Ásia) Madagascar (África) no entanto, somaram US$ Romênia (Europa) Sri Lanka (Ásia) 18,777 bilhões, alta de 35,3% Finlândia (Europa) Benin (África) em relação a agosto do ano Ilhas Fiji (Oceania) Guatemala (América Central) passado, também pela média Estônia (Europa) Kweiti (Ásia) diária.
ALTA TEMPORADA
Gol vai oferecer 850 mil assentos extras PIXABAY / DIVULGAÇÃO
-São Paulo - A Gol terá 5 mil voos extras para o período de dezembro a fevereiro de 2019, totalizando 850 mil assentos adicionais, o que representa um acréscimo de 6% em relação à temporada anterior, disse a companhia aérea ontem. “As operações adicionais fazem parte da estratégia da companhia de trabalhar a malha de maneira sazonal, atendendo à demanda dos clientes e movimentos de mercado. Nenhuma rota será extinta nesse período, apenas a redução de algumas frequências em alguns mercados”, afirmou o diretor de Planejamento de Malha Para o exterior, serão mais de 250 voos adicionais, entre os países, Argentina será contemplada da empresa, Rafael Araujo. De acordo com a Gol, se- Uruguai (Montevidéu), Bolí- nos Estados Unidos. destinos, sendo 53 nacionais rão 4.700 operações extras via (Santa Cruz de La Sierra) No total, 46 aeroportos e 14 internacionais. em todas as regiões do País, e Paraguai (Assunção). Ao receberão novas rotas e mais No começo de outubro, a com destaque para o Nor- todo, a companhia incluiu opções de voos diretos da empresa disse que encerrou o deste e o Sul do Brasil - que sete rotas criadas especial- aérea. terceiro trimestre com alta de representam quase 78% dos mente para esta temporada. De acordo com Araujo, a 4,2% na demanda por voos voos da malha de alta temA companhia reforçou frota padronizada de aerona- domésticos antes mesma porada. A companhia terá que também iniciará neste ves Boeing 737 permite que etapa de 2017, enquanto a 33 novas rotas exclusivas mesmo período as novas a Gol faça essas movimenta- oferta avançou 5,1%. No para o período, além das já operações regulares e dire- ções. Ele também disse que segmento internacional, a realizadas no ano. tas entre Brasília e Buenos durante a alta temporada a Gol fechou o período com Para o exterior, serão mais Aires, Rosário e Salvador, Gol reforça suas equipes de queda de 13,5% na demanda de 250 voos adicionais que além de novos voos de São solo, aeroportos, tripulação e recuo de 6,9% na oferta. contemplam cidades na Ar- Paulo para Quito, no Equa- e manutenção para atender A aérea divulga o balangentina (Buenos Aires, Ro- dor, e aumento da oferta o incremento de demanda. ço do trimestre em 1º de sário, Mendoza e Córdoba), entre Fortaleza e Flórida, A Gol opera voos para 67 novembro. (Reuters)
RECONHECIMENTO
Vencedoras do Vallourec Open Brasil 2018 são anunciadas DA REDAÇÃO
Duas startups brasileiras são as vencedoras do Vallourec Open Brasil 2018 - a Pix Force de Porto Alegre e a TCS de Belo Horizonte. O programa, que está em sua segunda edição, seleciona startups aptas a desenvolver projetos em conjunto com as empresas Vallourec no Brasil. O resultado foi divulgado no site do programa no dia 5 de outubro. O tema de 2018 foi voltado para visão computacional e tecnologias de sensoriamento. O projeto da Pix Force enfoca o uso de imagens de satélite para identificar anomalias nas florestas de eucalipto da Vallourec e sinalizar para a equipe da unidade Florestal o local e o tipo de anomalia, tais como incêndio, quebra por vento e déficit hídrico. Já a
TCS vai trabalhar com o desenvolvimento de um sistema capaz de avaliar a quantidade de madeira empilhada na planta de produção de carvão e em campo. As vencedoras estão em fase de contratação e contarão com todo o apoio do time Vallourec para desenvolvimento dos projetos. O início das atividades está previsto para novembro. A engenheira de pesquisa e Desenvolvimento da Vallourec e coordenadora do programa, Thiara Rodrigues, comemora o anúncio das vencedoras e acredita que a parceria trará bons resultados: “As soluções escolhidas estão muito coerentes com os desafios apresentados, estamos otimistas de que realmente as empresas vão agregar valor para os processos da nossa unidade Florestal”, afirma.
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NEGÓCIOS LEANDRO PEREZ
CONSULTORIA
Cresce número de clientes de médio e grande portes da Ceres Inteligência Crise foi fator-chave; empresas tiveram que rever processos DANIELA MACIEL
O duro golpe que a economia brasileira vem sofrendo desde 2014, fez com que muitas empresas corressem para revisar processos e ajustar a gestão em busca de melhores resultados. Se, de um lado, vender se tornava um desafio cada vez maior, de outro, a saída era reduzir custos e reduzir margens. A tarefa, entretanto, exige calma e conhecimentos nem sempre disponíveis dentro das empresas. Essa realidade fez com que o trabalho das consultorias se tornasse cada vez mais importante. Há 20 anos no mercado, a consultoria financeira Ceres Inteligência viu o número de clientes de médio e grande portes crescer. De acordo com o diretor-presidente da Ceres Inteligência, Alexandre Galvão, empresas que estavam minimamente organizadas quando a crise começou conseguiram mexer nas estruturas e estabelecer um modo de resistir à crise. “O grande problema das empresas brasileiras é a produtividade. A crise fez com que tivessem que buscar mais eficiência e para isso tiveram que se reestruturar, reduzindo margens, repensando mode-
los e até saindo de determinados negócios. As empresas precisam ter o mínimo de organização em um país como o Brasil, de economia ainda bastante instável. É aí que entramos, nessa organização, na estruturação”, explica Galvão. A Ceres oferece atendimento personalizado em serviços e soluções como: estruturação de empresas, estudos para a implantação de novos negócios, avaliação de risco, composição de cenários, coordenação e estruturação de grandes operações de fusão/aquisição, área regulatória, entre outros. “Sempre tivemos um perfil técnico ao qual outras habilidades foram se somando. Trabalhamos hoje com grandes e médias empresas e grandes projetos. Começamos com avaliação de riscos, avaliação de projetos e diagnósticos econômicos. Entramos no campo da negociação, das estratégias, ampliando o nosso olhar sobre os negócios, apoiando processos de fusão e aquisição. Também atuamos na estruturação de fundos e no mapeamento de ativos para processos de privatização”, enumera o também professor da Fundação Dom Cabral (FDC) Alexandre Galvão. Com uma economia baseada na
mineração e agronegócios de um lado, e de empresas familiares de outro, o Estado cria uma cultura empresarial peculiar e bastante conservadora. Se essa característica impõe um ritmo próprio de trabalho, dá ao setor de serviços mineiro, incluindo as consultorias, uma grande credibilidade junto ao mercado nacional. A Ceres, por exemplo, tem entre seus clientes Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), Light (companhia responsável pela distribuição de energia elétrica na cidade do Rio de Janeiro), Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Banco Mercantil e Furnas. “O mineiro é um pouco mais conservador que os paulistas, por exemplo. Ele corre menos riscos, gosta de ativos físicos, por exemplo. Essa é uma questão cultural que talvez mereça ser trabalhada. O mercado vem exigindo mais flexibilidade. A questão familiar é outro ponto que merece ser avaliado. O importante é que a gestão seja profissionalizada, trabalhar a
O importante é que a gestão seja profissionalizada, afirma Galvão
governança, pensar na composição societária. A empresa precisa se preparar para a sucessão e atuamos nesses casos também. O que percebo é que temos como parte da nossa cultura uma preocupação com a formação, e isso nos leva a oferecer produtos e soluções de grande assertividade. Isso eleva a capacidade das empresas mineiras exportarem serviços”, avalia.
OPORTUNIDADE
Campus Party prevê atrair 30 mil pessoas DA REDAÇÃO
A terceira edição da Campus Party em Belo Horizonte acontece entre os dias 7 e 10 de novembro, na Serraria Souza Pinto, com uma novidade: entrada gratuita. São esperadas 30 mil pessoas ao longo dos quatro dias de evento que propõe uma imersão tecnológica em Internet das Coisas, Blockchain, Cultura Maker, Educação e Empreendedorismo do mundo. Segundo o diretor-geral da Campus Party, Tonico Novaes, a entrada franca possibilita atrair um público mais diverso. “Este ano, com o evento 100% gratuito, vamos ter a possibilidade de trazer pessoas curiosas que não têm tanto contato com a tecnologia, para entender um pouco como
funciona a Campus Party. É uma forma também de o campuseiro que sempre acompanha o evento ter a oportunidade de levar alguém, o pai, a mãe, a avó para participar de uma experiência única”, aposta. O conteúdo é distribuído ao longo das mais de 100 horas de evento e disseminado por cerca de 70 palestrantes. A estrutura conta com três palcos, sendo o principal “Feel the Future”; o segundo, de Empreendedorismo; e o terceiro, de Ciência, Tecnologia, Engenharia, Arte e Matemática, chamado Steam. Além disso, há um painel voltado para quem gosta de programar, área de simuladores e a Maker Faire, que visa disseminar a cultura maker. “Fazemos edições da Campus Party em vários estados todos os
anos, porque é a oportunidade que temos de aproximar esse conteúdo de tecnologia para os jovens. E quando eu digo jovens, falo dos jovens de espírito, de 10 a 100 anos. São vários modelos de evento, e este já é o terceiro ano consecutivo da Campus Party em Minas. Desta vez, no formato de Campus Experience, edição que funciona em quatro dias com conteúdos diversos de manhã até a noite. São workshops, palestras, hackatons, simuladores, drones, muita demonstração robótica, muita experiência tecnológica”, completa Novaes. Exposição - E para fomentar os negócios e gerar oportunidades, haverá uma exposição com 64 startups em diferentes estágios,
desde os mais embrionários até os avançados. “A gente leva parceiros, investidores, para abrir a oportunidade de gerar negócios e conexões para as startups”, salienta. A Campus Party está presente no Brasil há 10 anos e, no mundo, conta com mais de 550 mil campuseiros cadastrados. Para ser realizado este ano em Belo Horizonte, a edição conta com apoio e parceria da iniciativa privada e apresentação da Feira Internacional de Negócios, Inovação e Tecnologia. “Mesmo com as incertezas no cenário político-econômico, a Campus Party não poderia virar esse ano sem passar por Belo Horizonte, uma das suas praças mais importantes”, conclui.
EMPREENDEDORISMO
Sucesso feminino motiva mulheres São Paulo - O empreendedorismo é uma das maiores tendências da economia brasileira, em que muitos jovens se aventuram em busca de bons resultados e negócios de sucesso. A participação feminina neste segmento é cada vez mais significativa, tendo ultrapassado a masculina a partir de 2016, quando o percentual de 51,5% de mulheres empreendedoras superou a taxa de homens no segmento, segundo a pesquisa Global Entrepreneurship Monitor 2017, realizada no País em parceria com o Sebrae. O sucesso feminino é essencial para estimular mulheres de todas as idades se aventurarem pelo universo empresarial. Histórias de sucesso, como a da empresária Camila T. Eskenazi Hakim, sócia da Gráfica Online Eskenazi (lojagraficaeskenazi.com br), inspiram e motivam quem quer ter um negócio próprio. “Ter ideias inovadoras e colocá-las em prática nem sempre é tarefa fácil. É preciso muita dedicação e buscar formas de diferenciar-se no mercado, mostrando aos públicos que a sua empresa não só oferece produtos de qualidade como traz vantagens aos
consumidores”, afirma Camila T. Eskenazi, que ampliou seu parque gráfico e deu novos rumos à empresa com a mudança do nicho presencial para o on-line, reduzindo os custos e, consequentemente, aumentando os lucros. Com o volume de empresas que existem e que continuam a surgir, encontrar um diferencial no mercado requer bastante jogo de cintura e criatividade. É preciso ter sempre em mente que são os detalhes que fazem a diferença - cuidado com os produtos, formas acessíveis de comunicação e atenção especial a novos públicos e a clientes já conquistados, por exemplo, são essenciais para conquistar consumidores. A seguir, a empresária aponta o caminho para quem quer investir - e ter sucesso - ao empreender: Atendimento ao cliente - Foi-se o tempo em que telefones de contato eram suficientes para que empresas e públicos conversassem. Com o advento e popularização da internet, os usuários estão conectados praticamente 24 horas. Para a marca, é fundamental estar disponível para dialogar, tirar
dúvidas e resolver problemas. A reputação em sites de reclamações e avaliações também é uma métrica que não pode ficar de fora da atenção das empresas. A ideia central é sempre tentar sanar qualquer tipo de problema antes que as reclamações se tornem públicas contato direto e abertura para o feedback do cliente é a melhor ferramenta para isso. Contudo, quando não for possível, é preciso então estar atento para ver os comentários e avaliações em primeira mão, resolvendo o problema de forma amigável e evitando repercussões negativas. A Gráfica Online Eskenazi aposta fortemente no atendimento ao cliente e abre diversos canais de comunicação com seus clientes: telefone 0800, chat via site, atendimento em mídias sociais e por e-mail. Individualidade - Cada cliente tem um perfil e oferecer a ele aquilo que mais lhe agrada é essencial. É claro que, quando os negócios crescem e o volume de consumidores também, isso fica mais difícil. Portanto, vale a pena pensar em formas sutis e elegantes de mostrar a atenção e o cuidado que a marca tem com ele.
Em e-commerces, enviar cartões e cupons de desconto para compras futuras pode ser uma excelente opção. “É interessante enviar materiais de papelaria personalizada, que expressem a identidade da marca e falem diretamente com o consumidor, são ideias. Para prestadores de serviços e outros tipos de negócios, envelopes personalizados, papéis timbrados e cartões de visitas dão o arremate a trabalhos bem realizados”, sugere Camila Eskenazi. Planejamento - Toda empresa precisa de planos, metas, objetivos e formas de controle de resultados. Empreendedoras mais recentes podem buscar sistemas operacionais e formas de controle oficiais desses dados, mas nada disso é suficiente sem bastante cautela e criatividade. O ideal é que as empresas coloquem todas as suas possibilidades na mesa e trace formas concretas de tirá-las do papel, criando itens reais e prazos para sua realização, tanto a curto quanto a longo prazo. Acompanhar o desenvolvimento e adaptar as estratégias são o passo seguinte para garantir o sucesso da iniciativa.
AQUISIÇÃO
IBM vai comprar empresa de software Red Hat por US$ 34 bi A IBM vai comprar a empresa norte-americana de software Red Hat por US$ 34 bilhões, incluindo dívida, conforme a IBM busca diversificar seus negócios de tecnologia de hardware e consultoria para outros produtos e serviços de maior margem. A transação, anunciada no domingo, é, de longe, a maior aquisição da IBM. A aquisição ressalta os esforços da presidente-executiva da IBM, Ginni Rometty, para expandir as ofertas de software por assinatura da empresa, enquanto enfrenta a desaceleração nas vendas de software e a redução da demanda por servidores de processamento de dados. A IBM, que tem uma capitalização de mercado de US$ 114 bilhões, pagará US$ 190 por ação em dinheiro pela Red Hat, um prêmio de 63% em relação ao preço de fechamento da ação de sexta-feira. Fundada em 1993, a Red Hat é especializada em sistemas operacionais Linux, o mais popular tipo de software de código aberto que foi desenvolvido como uma alternativa ao software de propriedade da Microsoft. A empresa cobra taxas de seus clientes corporativos por recursos personalizados, manutenção e suporte técnico, oferecendo à IBM uma fonte lucrativa de receita de assinatura. A Red Hat é uma das poucas empresas do setor de computação em nuvem que tem tanto crescimento de receita e como fluxo de caixa livre, disse Rometty. “Esta aquisição está claramente fazendo sinergias de crescimento. Não se trata de sinergias de custo”, disse o executivo. A aquisição ilustra como as empresas de tecnologia mais antigas estão se voltando para a negociação para ganhar escala e combater a concorrência, especialmente na computação em nuvem, onde os clientes que usam software corporativo buscam economizar dinheiro consolidando seus relacionamentos com fornecedores. A IBM espera que o acordo a ajude a concorrer com Amazon, Alphabet e Microsoft no negócio de nuvem que cresce rapidamente. As ações da IBM perderam quase um terço de seu valor nos últimos cinco anos, enquanto as ações da Red Hat subiram 170% no mesmo período. (Reuters)
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AGRONEGÓCIO FÁBIO SIAN MARTINS/EMBRAPA/DIVULGAÇÃO
EXPORTAÇÃO
Brasil vai à China buscar mercado para lácteos e frutas Encontros serão na próxima semana Brasília – Para tornar os produtos lácteos e as frutas brasileiras conhecidas na Ásia, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) promoverão uma missão à China, de 4 a 10 de novembro. A comitiva será formada por entidades privadas, empresários e representantes do governo. A CNA será representada na viagem pelo vice-presidente da CNA e coordenador de Relações Internacionais, Gedeão Silveira Pereira, pela superintendente de Relações Internacionais, Lígia Dutra, e pelo assessor de Relações Internacionais, Pedro Henriques Pereira. A missão pretende prospectar oportunidades de negócios, conhecer o dinamismo e a realidade do mercado chinês e fortalecer parcerias com atores chineses. A expectativa é aumentar o volume das exportações do agro, além de diversificar e agregar valor
aos produtos exportados. “O agro brasileiro cresceu muito e vai continuar crescendo. Ultrapassamos a capacidade de consumo dos brasileiros e precisamos abrir novos mercados. A Ásia é um grande consumidor, mas antes precisamos conhecer as nuances e as oportunidades que existem por lá”, disse Gedeão Pereira. O roteiro será focado na região de Xangai. A agenda prevê reuniões com representantes dos setores público e privado, importadores, distribuidores, indústrias, consultorias na área de comércio exterior, associações setoriais e agências reguladoras. O grupo também visitará a China International Import Expo (CIIE), onde haverá uma participação de empresários brasileiros coordenada pela Apex-Brasil. Outro objetivo dos encontros é entender como funciona a regulação da China, especialmente em aspectos sanitários, quais são as exigências do governo
Intenção de missão brasileira na China é promover novos produtos na região, entre eles frutas tropicais como o açaí
e como são as práticas de Os principais produtos excomércio chinesas. portados foram complexo soja (US$ 20,56 bilhões), Relações comerciais - Em produtos florestais (US$ 2017, a China foi o principal 2,84 bilhões), carnes (US$ destino das exportações 1,79 bilhão), couros e dedo agronegócio brasileiro: rivados (US$ 524 milhões) comprou US$ 26,58 bilhões. e fumo e derivados (US$
276 milhões). “A China é um dos maiores mercados consumidores do mundo e o principal parceiro comercial do agro brasileiro. Existe um interesse muito grande do mercado chinês por produ-
tos novos, porque a renda na China tem aumentado e nós podemos preencher esse espaço, especialmente com os lácteos e as frutas tropicais brasileiras, como o açaí”, afirmou Lígia Dutra. (Com informações da CNA).
WAGNER ABRAHÃO JR/DIVULGAÇÃO
SAFRA 2018/19
Especialistas mantêm previsão de colheita recorde para soja e estimam alta para milho
Queda na oferta de açúcar pelo Brasil e menor otimismo na Índia devem impactar setor em 2019/20
AÇÚCAR
Produção global de commodity deve ter déficit de até 6 milhões de toneladas São Paulo - O mundo deverá registrar um “pequeno” superávit de 1 milhão a 1,5 milhão de toneladas de açúcar na safra global 2018/19, iniciada neste mês, e um déficit de até 6 milhões de toneladas no ciclo seguinte (2019/20), projetou ontem o diretor da trading RCMA do Brasil, Felipe Ferraz. A projeção quanto a uma menor oferta nos meses à frente se segue a um recuo de produção de açúcar no Brasil e previsões menos otimistas para a Índia, países que figuram como os maiores produtores mundiais do adoçante. Outras regiões, contudo, também despertam atenção, acrescentou ele. “Os principais fatores a observar são Índia, Brasil, Tailândia, Paquistão, China e Europa”, destacou Ferraz, durante apresen-
tação na 18ª Conferência Internacional Datagro sobre Açúcar e Etanol, em São Paulo. Para o Centro-sul do Brasil, principal região produtora de cana do mundo, a RCMA prevê uma fabricação de 26,5 milhões de toneladas de açúcar na temporada vigente, iniciada em abril. Caso se confirme, o volume seria cerca de 10 milhões de toneladas abaixo do registrado no ano passado. Usinas do País focaram na produção de etanol neste ano graças a melhor remuneração, uma vez que as referências internacionais do açúcar, apesar da recente recuperação, tocaram em setembro o menor patamar em uma década, abaixo da simbólica marca de US$ 0,10 por libra-peso. Exterior - Em relação à
Índia, Ferraz disse que a produção de açúcar deve ser inferior a 32 milhões de toneladas. O cenário se assemelha ao traçado também ontem pela associação de usinas de açúcar da Índia (Isma, na sigla em inglês). Por fim, Ferraz afirmou que, na União Europeia, a produção deve cair até 1,5 milhão de toneladas, após problemas climáticos, enquanto na Tailândia pode ficar abaixo de 14 milhões. Além disso, a redução de safra no Paquistão deve limitar os volumes de exportação, comentou. Para o executivo, os preços do açúcar na Bolsa de Nova York devem variar de US$ 0,12 a US$ 0,15 por libra-peso no primeiro semestre de 2019, com viés de alta na segunda metade do ano, já refletindo a perspectiva de déficit. (Reuters)
fenômeno climático geralmente acarreta em chuvas em excesso no Sul do Brasil e um tempo mais seco no Nordeste. “Minha preocupação é com o Rio Grande do Sul e com o Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia). O El Niño não costuma ser bondoso em questões hídricas (nessas regiões)”, avaliou, acrescentando que, nas demais áreas, incluindo Mato Grosso, o maior produtor, as condições tendem a se manter mais favoráveis. Na mesma linha, o analista sênior Victor Ikeda, do Rabobank, disse que, “ao menos em termos de clima, as chuvas têm colaborado neste início de safra 2018/19 nas principais regiões produtoras - resultando em um ritmo de plantio mais acelerado e intenso que nos últimos anos”. “Ainda há muita estrada pela frente até a colheita dessa safra, principalmente em termos de desenvolvimento climático, porém, assumindo a linha de tendência, o Rabobank estima que a produção brasileira de soja deve atingir 123 milhões de toneladas”, afirmou ele. Os receios, por ora, são bem pontuais. Na semana passada, por exemplo, surgiram os primeiros sinais de alerta em relação à safra do Paraná, o segundo maior produtor do País, por causa do excesso de chuvas, mas El Niño - Ele, contudo, sem registro de perda de alerta para o provável El produtividade. Niño neste fim de ano. O De acordo com o AgriculSão Paulo - A expectativa com relação ao tamanho da safra de soja 2018/19 do Brasil, em fase de plantio, manteve-se em um recorde superior a 120 milhões de toneladas, com o setor consolidando suas apostas e no aguardo do desenrolar climático durante o desenvolvimento das lavouras, mostrou uma pesquisa da Reuters divulgada ontem. Conforme a média de estimativas de 12 consultorias e entidades, o País, maior exportador global da oleaginosa, deverá colher 120,39 milhões de toneladas neste ciclo, em uma área também histórica de 36,12 milhões de hectares. Caso se confirmem, a produção e o plantio crescerão 0,9% e 2,8%, respectivamente, ante 2017/18. As previsões se assemelham às da pesquisa anterior, do início de outubro, que apontavam uma safra de 120,40 milhões de toneladas, com semeadura de 36,14 milhões de hectares. “Por enquanto, não há nenhum fator que possa pressionar a produtividade (das plantações) para baixo. A gente percebeu grande possibilidade de a produção superar os 120 milhões de toneladas. Por enquanto, não há nenhum fator prejudicial”, afirmou o analista Aedson Pereira, da consultoria IEG FNP, que prevê colheita de 122 milhões de toneladas.
ture Weather Dashboard, do Refinitiv Eikon, a chuvarada deve continuar neste início de novembro no Paraná, com acumulados acima da média, algo também a ser observado em Mato Grosso do Sul. Já Mato Grosso pode ter precipitações aquém do normal. Entre outros pontos de atenção, continua a disputa comercial entre Estados Unidos e China, favorecendo a oleaginosa brasileira, com prêmios recentemente superando os US$ 2,50 por bushel. Além disso, a maior safra de soja tem puxado as entregas de fertilizantes, que cresceram quase 26% até setembro e devem fechar o ano em alta de mais de 2%. Milho - Consultorias e demais entidades também projetam uma maior primeira safra de milho 2018/19 no Brasil, colhida no verão, em meio a um incremento considerável de área, mostrou outra pesquisa da Reuters também divulgada ontem. Na média de dez estimativas, o País deverá produzir 27,48 milhões de toneladas do chamado “milho verão”, alta de 2,5% na comparação com 2017/18. Já a área deve avançar 5,5%, para 5,36 milhões de hectares. Para Ikeda, do Rabobank, “assim como vem ocorrendo nos últimos anos, o País deve concentrar o cultivo do cereal na segunda safra”. “O ritmo acelerado de plantio da soja deve impulsionar essa área da safrinha de 2019”, concluiu. (Reuters)
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LEGISLAÇÃO JUSTIÇA
Semana da Conciliação começa no dia 5 Em 2017, mutirão realizado pelos tribunais estaduais resultou em acordos no valor de R$ 1,57 bilhão Brasília - Por 13 anos consecutivos, os tribunais estaduais de Justiça têm concentrado seus esforços para difundir os métodos consensuais de resolução dos milhares de conflitos que se avolumam em processos na Justiça brasileira. A XIII edição da Semana Nacional da Conciliação começa na próxima segunda-feira, com palestras, ações de cidadania e até casamento comunitário, além das tradicionais audiências de conciliação agendadas em todo o País. Criada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a Semana Nacional de Conciliação ocorre anualmente desde 2006 e tem a finalidade de promover a cultura do diálogo entre as partes de um conflito. Só no ano passado, mais de 3,7 milhões de processos foram solucionados por meio de acordo. Durante a última edição do mutirão, em 2017, mais de 225 mil processos que estavam em tramitação foram solucionados. Foram realizadas 318.902 audiências, das quais 70% resultaram em acordo, que atingiu o montante de R$ 1,57 bilhão. Em Minas Gerais, o número de audiências programa-
das para a Semana Nacional supera 34 mil agendamentos. No mesmo período, em 2017, foram pouco mais de 22 mil. Os juizados especiais no interior do Estado possuem o maior número de audiências marcadas: 15 mil agendamentos. Nos centros judiciais de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejuscs) são aguardadas mais de 6 mil audiências. As comarcas que mais possuem audiências agendadas são Belo Horizonte e Juiz de Fora com 1.590 e 461, respectivamente. Em Minas Gerais, há 131 centros que participarão da Semana Nacional da Conciliação. No Distrito Federal, o evento de abertura seguirá o modelo de “TED Talks”, com exposição durante 20 minutos de palestras sobre diversos assuntos, entre eles: violência doméstica, superendividamento dos cidadãos, Justiça restaurativa e a importância da conciliação para o futuro do Direito. As palestras poderão ser acompanhadas pela internet, por meio do canal do TJDFT no Youtube. O Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) agendou 1.200 processos para serem re-
RENATA CALDEIRA TJMG
Em Minas, já estão agendadas mais de 34 mil audiências para a Semana de Conciliação
solvidos durante os cinco dias de ação. Já a Justiça Estadual do Pará conta, até o momento, com a adesão de 85 comarcas, contabilizando quase 6 mil audiências agendadas para serem realizadas durante a Semana Nacional de Conciliação. A programação do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA) começa a partir do dia 1º de novembro, com a realização de um ciclo de palestras sobre a importância
da conciliação. As palestras ocorrerão no Fórum cível de Belém e será aberto ao público. O mutirão vai terminar com uma cerimônia de casamento comunitário, dia 10 de novembro, com a oficialização da união de 110 casais. A conciliação na Justiça brasileira é orientada pela Resolução nº 125/2010 do CNJ, que instituiu a Política Judiciária Nacional de tratamento adequado dos
PERDAS NA POUPANÇA
Já está disponível em site próprio (www.pagamentodapoupança.com.br) a plataforma eletrônica para adesão ao acordo destinado ao pagamento de expurgos da caderneta de poupança decorrentes das perdas provocadas pelos planos econômicos dos anos 1980 e 1990, uma vez que o Supremo Tribunal Federal (STF) homologou acordo coletivo entre bancos e poupadores. O esclarecimento está sendo prestado pela Primeira Vice-Presidência do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), para que os interessados façam a adesão o mais rapidamente possível, para evitar transtornos de última hora. Os processos são referentes às diferenças de expurgos inflacionários ocorridos nos planos Bresser (1987), Verão (1989) e Collor II (1991), que estavam sobrestados em razão do reconhecimento da Repercussão Geral nos Recursos Extraordinários
nº 591.797/SP (Tema 265), 626.307/SP (Tema 264), 631.363/SP (Tema 284) e 632.212/SP (Tema 285). No site www.pagamentodapoupança.com.br encontra-se a plataforma por meio da qual as partes poderão aderir ao acordo, preferencialmente por intermédio de seus respectivos advogados ou do defensor público à frente da causa. A adesão poderá ser feita pelo próprio poupador, desde que tenha todas as informações necessárias para tanto, inclusive os dados de seu advogado. Mesmo assim, para concluir sua habilitação, é obrigatório que o advogado assine o termo de adesão por meio de certificado digital. Os pedidos de habilitação serão recebidos em lotes, respeitando-se as datas indicadas no calendário publicado no referido site, conforme a idade de cada poupador. Ressalte-se que não será possível aderir ao acordo diretamente nos bancos ou por meio de outros canais de atendimento, sendo obriga-
tório o uso da plataforma. A adesão ao acordo, que foi intermediado pela Advocacia-Geral da União (AGU), é voluntária. Poupadores com ações na Justiça, bem como seus herdeiros, terão direito ao recebimento das perdas, e quem aderir terá sua ação extinta na Justiça. Os pagamentos incluirão o valor dos expurgos inflacionários corrigidos monetariamente, os juros remuneratórios e os honorários advocatícios. Conforme cláusula 7.2.2 do acordo coletivo, sobre os valores acima de R$ 5 mil, incidirão descontos progressivos de 8% a 19%. Quem tem direito a até R$ 5 mil receberá uma única parcela à vista. Entre R$ 5 mil e R$ 10 mil, serão pagas uma parcela à vista e duas semestrais. A partir de R$ 10 mil, serão pagas uma parcela à vista e quatro semestrais. Os pagamentos serão feitos em até 15 dias depois da validação das habilitações pelos bancos e creditados em conta-corrente.
Prazo - Os poupadores individuais terão prazo de 24 meses para a adesão ao acordo. Terminado esse prazo, as ações judiciais prosseguirão seu andamento normal. Se perder o prazo do seu lote, o poupador interessado na habilitação poderá aderir aos lotes seguintes, respeitado o prazo máximo para as habilitações. As instituições financeiras que aderiram ao acordo são Itaú-Unibanco, Bradesco, Banco do Brasil, Santander, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Safra, Banco Regional de Brasília (BRB), Banco da Amazônia, Banco do Estado de Sergipe (Banese), Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul), Banco do Estado do Pará (Banpará), Banco do Estado do Espírito Santo (Banestes), China Construction Bank (Brasil) Banco Múltiplo (CCB Brasil), Banco do Nordeste do Brasil (BNB), Banco Citibank e Poupex. (As informações são do TJMG)
EMPREENDEDORISMO
Abertura de MEIs registra alta de 11% DA REDAÇÃO
Principal iniciativa para quem deseja trabalhar por conta própria e abrir um pequeno negócio, o programa de microempreendedores individuais (MEI) não atraiu tantos interessados no primeiro semestre de 2018. Os dados são de uma estimativa da Unitfour, empresa fornecedora de dados para o mercado brasileiro. Ao todo, o número de abertura de MEIs nos seis primeiros meses de 2017 foi 11% maior na comparação com o mesmo período de 2018. A pesquisa leva em
conta as informações contidas no banco de dados da Unitfour, e são estimativas do mercado. Os melhores meses para a abertura de MEI foram janeiro e fevereiro de 2018. O primeiro mês do ano teve um aumento de 12% em relação a janeiro de 2017. Em fevereiro, houve uma variação de 13% em comparação com o mesmo período do ano passado Já em março, o recuo foi de 36% em relação a 2017. A grande maioria dos microempreendedores individuais que conseguiram um CNPJ no primeiro se-
Audiência - O método consiste em uma forma participativa e rápida de resolver conflitos, com a participação de um terceiro facilitador neutro. Ele pode ser realizado antes que o conflito resulte em um processo ou mesmo durante uma ação judicial. Essa alternativa pode ser solicitada por qualquer uma das partes que
CONDOMÍNIOS
Plataforma de adesão está disponível
DA REDAÇÃO
conflitos de interesses no âmbito do Poder Judiciário.
demonstrar a vontade de resolver o problema. Para isso, é marcada uma audiência para que as pessoas envolvidas compareçam perante o conciliador ou o juiz em busca do acordo. Vários tipos de conflitos podem ter uma solução por meio de acordo. Entre eles: pensão alimentícia, guarda dos filhos, divórcio, partilha de bens, acidentes de trânsito, dívidas em bancos, danos morais, demissão do trabalho, questões de vizinhança, etc. As conciliações realizadas durante a Semana Nacional da Conciliação podem ser processuais ou pré-processuais. As conciliações processuais ocorrem nos casos em que o processo já se encontra em tramitação na Justiça. Nas conciliações pré-processuais, a solução do conflito pode ocorrer sem que precise transformar-se em processo judicial. Vale lembrar que cidadãos e instituições podem procurar o tribunal local para propor a conciliação a qualquer momento, não somente durante a Semana Nacional da Conciliação. (As informações são da Agência CNJ de Notícias)
mestre de 2018 é formada por prestadores de serviços e pessoas que trabalham no comércio, com 46% e 23%, respectivamente. Nos últimos quatro anos, 2017 teve o maior número de MEIs, totalizando um crescimento de 8% em relação ao ano anterior. A categoria de serviços, por exemplo, cresceu 28% de 2015 para 2016 e 10% de 2016 para 2017. Nestes mesmos períodos, o ramo de comércio cresceu 1% e 5%, respectivamente. Do total de MEIs no primeiro semestre de 2018, a maioria foi aberta por
homens. Contudo, a diferença é mínima: 53% é do público masculino e 46% é feminino - uma diferença de sete pontos percentuais. Entretanto, reforça o sinal de crescimento e abrangência das mulheres no empreendedorismo. Faixa etáriaNo primeiro semestre de 2018, as pessoas que se tornaram microempreendedores individuais são mais maduras. Mais da metade (52%) possui entre 30 e 49 anos. Além disso, 14% engloba a categoria de 50 a 64 anos. Pessoas com 25 a 29 anos correspondem a 17% e jovens de 18 a 24 anos são 14% do total.
Ações de cobrança por atraso de pagamento caem 32% em São Paulo São Paulo - O número de ações judiciais de cobrança por atrasos no pagamento de condomínios, na cidade de São Paulo, teve uma expressiva queda em setembro, alcançando 32% em relação agosto último, segundo pesquisa do Sindicato da Habitação (Secovi) com base nos registros feitos no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Foram protocoladas 743 ações ante 1.093, em agosto último. Na comparação com setembro do ano passado, o número caiu 23,3% e, no acumulado desde janeiro, há um recuo de 12,5%, somando 8.673 processos. Essa baixa sobre o mês anterior contrasta com uma elevação em agosto de 14,9%. O vice-presidente de Administração Imobiliária e Condomínios do Secovi, Hubert Gebara, não vê um motivo específico para essa oscilação, mas ele argumentou que os atrasos de pagamento sempre refletem o desempenho da economia. O executivo também lembrou que, desde a mudança no Código de Processo Civil sobre as regras do setor, em 2015, a média de cobranças judiciais tem apresentado constantes quedas. Segundo Gebara, o devedor passou a ficar sujeito a penhora de algum bem (veículo, joias, conta bancária ou aplicação, entre outros) 48 horas após receber a notificação judicial. Por isso, apontou, o condômino está mais cauteloso, procurando manter em dia a quitação do título. Embora exista o recurso da execução da dívida, diferentemente do passado, quando a cobrança poderia tramitar muito tempo, Gebara recomenda que a
prudência deve sempre prevalecer. “Receber por meio de uma ação na Justiça só em última instância, depois de esgotadas todas as tentativas de uma negociação amigável”, aconselha. Inadimplência - Em outra pesquisa do gênero, da Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo (Aabic), com as administradoras, foi constatado queda na inadimplência condominial, em agosto. Pelo Índice Periódico de Mora e Inadimplência Condominial (Ipemic), a taxa de inadimplência atingiu 3,03%, em agosto, ficando abaixo do registrado no mesmo mês do ano passado, quando havia sido de 3,43%. Essa variação também foi inferior ao resultado de julho (3,27%). Segundo a Aabic foi a terceira queda consecutiva. De janeiro a agosto, o índice acumula um recuo de 18,3%. Para o presidente da Aabic, José Roberto Graiche Júnior, o declínio na inadimplência não é mais uma influência direta da mudança na legislação e sim reflexo de uma adaptação à nova realidade econômica. “Como falta a expectativa sobre a possibilidade de uma rápida recuperação na economia, as pessoas estão cortando gastos supérfluos, migrando de moradias e procurando equilibrar as suas finanças para priorizar o pagamento do condomínio”, explica. Ele também argumentou que para conter a elevação do valor dos condomínios, as administradoras têm procurado reduzir gastos em obras de benfeitorias entre outros cortes possíveis. (ABr)
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IOF - Pagamento do IOF apurado no mês de setembro/2018 relativo a operaçþes com contratos de derivativos ¿QDQFHLURV &yG 'DUI 'DUI &RPXP YLDV
ITR - Pagamento da 2ÂŞ quota do Imposto sobre a Propriedade 7HUULWRULDO 5XUDO ,75 GR H[HUFtFLR GH ,QVWUXomR 1RUPDWLYD 5)% QÂ&#x17E; 'DUI &RPXP YLDV &RÂżQV 3,6 3DVHS 5HWHQomR QD )RQWH Âą $XWRSHoDV Recolhimento GD &RÂżQV H GR 3,6 3DVHS UHWLGRV QD IRQWH VREUH UHPXQHUDo}HV SDJDV SRU SHVVRDV MXUtGLFDV UHIHUHQWHV j DTXLVLomR GH DXWRSHoDV DUW Â&#x17E; Â&#x2020; Â&#x17E; GD /HL QÂ&#x17E; FRP D QRYD UHGDomR GDGD SHOR DUW GD /HL QÂ&#x17E; QR SHUtRGR GH Â&#x17E; D 'DUI &RPXP YLDV
,53- $SXUDomR PHQVDO Pagamento do Imposto de Renda devido no mĂŞs de VHWHPEUR SHODV SHVVRDV MXUtGLFDV que optaram pelo pagamento mensal GR LPSRVWR SRU HVWLPDWLYD DUW Â&#x17E; GD /HL QÂ&#x17E; 'DUI &RPXP YLDV
)RQWH 0LQLVWpULR GR 7UDEDOKR H GD 3UHYLGrQFLD 6RFLDO 9LJrQFLD -DQHLUR
Agenda Federal Dia 31
Taxas de câmbio
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,53- $SXUDomR WULPHVWUDO Pagamento da 1ÂŞ quota ou quota Ăşnica do Imposto de Renda devido no Â&#x17E; WULPHVWUH GH SHODV SHVVRDV MXUtGLFDV VXEPHWLGDV j DSXUDomR WULPHVWUDO FRP EDVH QR OXFUR UHDO SUHVXPLGR RX DUELWUDGR DUW Â&#x17E; GD /HL QÂ&#x17E; 'DUI &RPXP YLDV
,53- 5HQGD YDULiYHO Pagamento do Imposto de Renda devido sobre JDQKRV OtTXLGRV DXIHULGRV QR PrV GH VHWHPEUR SRU SHVVRDV MXUtGLFDV LQFOXVLYH DV LVHQWDV HP operaçþes realizadas em bolsas de YDORUHV GH PHUFDGRULDV GH IXWXURV H DVVHPHOKDGDV EHP FRPR HP DOLHQDo}HV GH RXUR DWLYR ¿QDQFHLUR H GH SDUWLFLSDo}HV VRFLHWiULDV IRUD GH EROVD DUW GR 5,5 'DUI &RPXP YLDV
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,53) /XFUR QD DOLHQDomR GH EHQV RX GLUHLWRV 3DJDPHQWR SRU SHVVRD ItVLFD UHVLGHQWH RX GRPLFLOLDGD QR %UDVLO GR Imposto de Renda devido sobre ganhos GH FDSLWDO OXFURV SHUFHELGRV QR PrV de setembro/2018 provenientes de DUW GR 5,5 D DOLHQDomR GH bens ou direitos adquiridos em moeda QDFLRQDO &yG 'DUI E DOLHQDomR GH EHQV RX GLUHLWRV RX OLTXLGDomR RX UHVJDWH GH DSOLFDo}HV ÂżQDQFHLUDV DGTXLULGRV HP PRHGD HVWUDQJHLUD &yG 'DUI 'DUI &RPXP YLDV
,53) 5HQGD YDULiYHO Pagamento do Imposto de Renda devido por SHVVRDV ItVLFDV VREUH JDQKRV OtTXLGRV DXIHULGRV HP RSHUDo}HV UHDOL]DGDV HP EROVDV GH YDORUHV GH PHUFDGRULDV GH IXWXURV H DVVHPHOKDGRV EHP FRPR HP DOLHQDomR GH RXUR DWLYR ÂżQDQFHLUR IRUD GH EROVD QR PrV GH VHWHPEUR DUW GR 5,5 &yG 'DUI 'DUI &RPXP YLDV
,53) Âą 4XRWD 3DJDPHQWR GD Â&#x17E; TXRWD do imposto apurado pelas pessoas ItVLFDV QD 'HFODUDomR GH $MXVWH UHODWLYD DR DQR FDOHQGiULR GH DFUHVFLGD GD WD[D 6HOLF GH VHWHPEUR PDLV MXUR GH &yG 'DUI 'DUI &RPXP YLDV
&6/ $SXUDomR PHQVDO Pagamento GD &RQWULEXLomR 6RFLDO VREUH R /XFUR GHYLGD QR PrV GH VHWHPEUR SHODV SHVVRDV MXUtGLFDV TXH RSWDUDP pelo pagamento mensal do IRPJ SRU HVWLPDWLYD DUW GD /HL QÂ&#x17E; 'DUI &RPXP YLDV
&6/ $SXUDomR WULPHVWUDO Pagamento da 1ÂŞ quota ou quota ~QLFD GD &RQWULEXLomR 6RFLDO VREUH R /XFUR GHYLGD QR Â&#x17E; WULPHVWUH GH SHODV SHVVRDV MXUtGLFDV VXEPHWLGDV j DSXUDomR WULPHVWUDO GR ,53- FRP EDVH QR OXFUR UHDO SUHVXPLGR RX DUELWUDGR DUW GD /HL QÂ&#x17E; 'DUI &RPXP YLDV
,53- 6LPSOHV 1DFLRQDO Ganho GH &DSLWDO QD DOLHQDomR GH $WLYRV Pagamento do Imposto de Renda devido pelas empresas optantes pelo 6LPSOHV 1DFLRQDO LQFLGHQWH VREUH JDQKRV GH FDSLWDO OXFURV REWLGRV QD DOLHQDomR GH DWLYRV QR PrV GH VHWHPEUR DUW Â&#x17E; Â&#x2020; Â&#x17E; GD ,QVWUXomR 1RUPDWLYD 65) QÂ&#x17E; &yG 'DUI 'DUI &RPXP YLDV
5HÂżV 3DHV Pagamento pelas pessoas MXUtGLFDV RSWDQWHV SHOR 3URJUDPD GH 5HFXSHUDomR )LVFDO 5HÂżV FRQIRUPH /HL QÂ&#x17E; H SHODV SHVVRDV ItVLFDV H MXUtGLFDV RSWDQWHV SHOR 3DUFHODPHQWR (VSHFLDO 3DHV GD SDUFHOD PHQVDO DFUHVFLGD GH MXURV SHOD 7-/3 FRQIRUPH /HL QÂ&#x17E; 'DUI &RPXP YLDV
,53) Âą &DUQr OHmR Pagamento do Imposto de Renda devido por pessoas ItVLFDV VREUH UHQGLPHQWRV UHFHELGRV GH RXWUDV SHVVRDV ItVLFDV RX GH IRQWHV GR H[WHULRU QR PrV GH VHWHPEUR DUW
5HÂżV 3DJDPHQWR SHODV SHVVRDV MXUtGLFDV RSWDQWHV SHOR 3URJUDPD GH 5HFXSHUDomR )LVFDO 5HÂżV FRQIRUPH /HL QÂ&#x17E; 'DUI &RPXP YLDV
BELO HORIZONTE, TERÇA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO DE 2018
16
DC MAIS dcmais@diariodocomercio.com.br
Campanha para doação de livros Em 29 de outubro é celebrado o Dia Nacional do Livro. A data é uma homenagem à criação da primeira Biblioteca Nacional fundada no Brasil, em 1810, pela Coroa portuguesa. Em sintonia com a comemoração, o SetraBH abre a terceira fase de sua campanha “O Livro Acolhe, Abriga e Ensina” que irá destinar os livros coletados para a composição de acervo de bibliotecas comunitárias. O lançamento da campanha está previsto para o dia 17 de novembro e as doações poderão ser feitas até 31 de maio de 2019. O recolhimento dos livros será feito na capital mineira, através do Sistema de Transporte Coletivo por Ônibus de Belo Horizonte, utilizando sua frota de quase 3 mil ônibus, as estações do sistema BRT Move e BHBus. Além das garagens das empresas e da sede do SetraBH.
Casa Fiat de Cultura A Casa Fiat de Cultura, importante centro de exposições e difusão das artes situado no Circuito Cultural Praça da Liberdade, apresenta seu novo presidente: João Batista Ciaco. O executivo, que é o diretor de Brand Marketing Communication da Fiat Chrysler Automobiles (FCA) para a América Latina, sucede no cargo a José Eduardo de Lima Pereira, que respondeu pela entidade desde sua criação em 2006 e agora passa a atuar como Conselheiro Cultural. O presidente da FCA para a América Latina e do Conselho Deliberativo da Casa Fiat de Cultura, Antonio Filosa, anunciou a transição na instituição. Criada em 2006 como um espaço cultural de acesso gratuito e universal, a Casa Fiat de Cultura já mobilizou um público de 2,5 milhões de visitantes em suas exposições
Poluição do ar prejudica 93% das crianças, diz OMS Rio de Janeiro - Um relatório divulgado ontem pela Organização Mundial de Saúde (OMS) mostra que 93% das crianças e adolescentes respiram ar com nível de partículas finas acima do que é considerado recomendável para a saúde. A situação é mais grave em algumas regiões do mundo como a Ásia e a África e também nos países de renda média e baixa. A publicação do relatório antecede a realização da Primeira Conferência Global da Organização Mundial de Saúde sobre Poluição do Ar e Saúde, que começa amanhã na Suíça. O tema do encontro é “Melhoria da Qualidade do Ar, Combate às Mudanças Climáticas”. Nos países com renda baixa e média, 98% dos menores de 5 anos são expostos a níveis maiores do que é recomendado para a saúde, enquanto nos países de renda elevada, o percentual é de 52%. Na África e no Mediterrâneo Oriental, 100% das crianças com menos de 5 anos estão expostas a níveis acima do recomendável. No continente americano, países de renda baixa e média, como o Brasil, expõem 87% das crianças menores de 5 anos a esses níveis de partículas finas. Além da poluição das grandes cidades, as crianças muitas vezes estão expostas a partículas geradas dentro de suas próprias casas, provocadas
MARCELO CAMARGO/ABr
pela queima de combustíveis como carvão e querosene. Cerca de 3 bilhões de pessoas ainda dependem de combustíveis e equipamentos poluentes para cozinhar e se aquecer no mundo. Mulheres e crianças costumam passar mais tempo ao redor dessas fontes de calor, expostas à fumaça, o que resulta em concentrações de poluentes que chegam a ser seis vezes mais altas que o ambiente ao redor. A organização estima que essa
exposição resultou em 3,8 milhões de mortes prematuras em todo o mundo, o que supera a mortalidade causada por malária, tuberculose e Aids combinadas. Destas mortes, 400 mil atingiram menores de 5 anos. No Brasil, a OMS estima que 50 mil pessoas morrem por ano de doenças relacionadas à poluição do ar. Quase 10% da população do país ainda queima madeira para cozinhar, o que contribui para a exposição à poluição. (ABr)
Negócios no Reino Unido O escritório Andrade Silva Advogados, que atua há quase 20 anos com direito empresarial em Minas Gerais, Brasília e São Paulo, recebe inscrições para mais uma edição do Café & Negócios. O evento, que acontece no dia 9 de novembro, às 8h30, na unidade Nova Lima do escritório (Vila da Serra), tratará da internacionalização e possibilidades de negócios no Reino Unido. O cônsul britânico em Belo Horizonte, Thomas Nemes, e Renata Ramalhosa, cônsul-geral adjunta e diretora de Comércio e Investimento do Reino Unido no Brasil, vão tratar sobre as oportunidades de investimentos e negócios que o Reino Unido oferece às empresas e aos investidores brasileiros interessados em internacionalizar. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas até 8 de novembro, na aba Eventos do site andradesilva.com.br ou pelo e-mail recepcao@andradesilva.com.br. As vagas são limitadas.
Despedida do Othon Palace O dia 3 de novembro (sábado) será marcado por uma grande festa comemorativa no Centro da capital mineira e também como início da despedida do Othon Palace Hotel, que fechará suas portas após 40 anos de funcionamento. O Jungle no Parque vai movimentar o Parque Municipal e também o rooftop do Othon em uma grande celebração para sua festa de um ano e também comemoração dos quatro anos do Blog Barba, Barriga e Cerveja. O festival será realizado das 12h às 22h. O evento será colaborativo com o Projeto Experimente - que pela primeira vez vem para BH - e também com o Festival Internacional de Cerveja e Cultura (FICC).
Observação astronômica Neste ano, o horário de verão começa alguns dias depois do usual, em 4 de novembro, o que presenteou os visitantes do Espaço do Conhecimento UFMG com um tempo a mais de observação noturna do céu. Quem deseja dar uma olhada através do telescópio, ainda em 2018, terá a última chance no próximo sábado, dia 3, a partir de 19 horas. Devido ao anoitecer mais tarde, entre novembro e março, o Espaço suspende temporariamente a atividade. A expectativa é que a observação no Terraço Astronômico seja retomada entre o final de março e o início de abril de 2019. O quinto andar do museu, no entanto, não ficará fechado. O Terraço Astronômico receberá diversas ações educativas ao longo dos próximos meses, como oficinas e contação de histórias. A observação solar continua normalmente, aos domingos, a partir das 11 horas.
CULTURA MARIANA GARCIA/DIVULGAÇÃO
Música Clássica – A Orquestra Filarmônica de Minas Gerais apresenta “Concertos de Câmara” com obras de Mozart (“Sexteto concertante em Mi bemol maior, K. 364”), Debussy (“Quarteto de cordas em sol menor, op. 10”) e Scheidt (“Suíte de Batalha). Quando: 30 de outubro (20h30) Quanto: R$ 30,00 (inteira) – meia-entrada para estudantes, maiores de 60 anos, jovens de baixa renda e pessoas com deficiência, de acordo com a legislação Onde: Sala Minas Gerais (rua Tenente Brito Melo, 1.090, Barro Preto) Autoral - A cantora mineira Marina Araújo comemora dez anos de carreira com apresentação de canções autorais do último CD, intitulado “Sem Pressa Pra Amar”, como “Reza”, “Não Demora”, “Nunca Tem Fim”, “Sem Pressa Pra Amar”, “Par Perfeito” e “Mais” e releituras das principais músicas que marcaram sua trajetória. O show será registrado em vídeo e os clipes serão lançados faixa a faixa no Youtube Quando: 1º de novembro
(21h Quanto: R$ 25,00 (inteira) | R$ 12,50 (meia) Onde: Teatro Sesiminas (rua Padre Marinho, 60, Santa Efigênia
Divas - As grandes intérpretes da música mundial sempre foram inspiração para a cantora e compositora mineira Gabriela Pepino. Para homenagear as inspirações de sua carreira, Gabriela Pepino estreia o show “Divas”. No repertório, os clássicos eternizados na voz de divas mundiais como Aretha Franklin, Diana Ross, Janis Joplin, Etta James, Whitney Houston, Celine Dion, Tina Turner, Adele, Mariah Carey, Joss Stone, Beyonce, Lauryn Hill e Amy Winehouse. A banda que acompanha Gabriela Pepino é formada pelos músicos Felipe Fantoni (baixo), Helton Lima (bateria), Paulinho Sartori (guitarra) e Marcos Nogueira (teclado). Quando: 2 e 3 de novembro (21h) Quanto: ingressos à venda no site Sympla (valor não divulgado) Onde: Teatro Pátio Savassi (avenida do Contorno, 6061, 3º andar, São Pedro)
Artes plásticas
da Bahia, 1.466, Lourdes)
“Pintura Nua” - O artista plástico Fernando Pacheco inicia as comemorações de seus 50 anos de atividades com a exposição “Fernando Pacheco - Pintura Nua”, que reúne inédito conjunto de 40 obras, em formatos médios e grandes, que abrangem diversas facetas estéticas e conceituais do rico e criativo universo do artista. Quando: até 25 de janeiro de 2019 (de segunda a sexta-feira, 10h às 18h; e sábado, 10h às 14h) Quanto: entrada gratuita Onde: P.S. Galeria (rua Antônio de Albuquerque, 911, Funcionários)
Sempre Um Papo – O sociólogo, cientista político e escritor Sérgio Abranches participa de debate no lançamento do livro “Raízes e Evolução do Modelo Político Brasileiro”. Na obra, ele constrói um equilibrado balanço da história republicana ao revisitar suas crises para entender os processos que encurtaram governos federais e abalaram a estabilidade institucional. Quando: 30 de outubro (19h30) Quanto: entrada franca Onde: auditório da Cemig (rua Alvarenga Peixoto, 1.200, Santo Agostinho)
Literatura Conversação - Em comemoração ao Dia Internacional do Saci, a Academia Mineira de Letras sedia a “Conversação Procurando Sacy”. Com curadoria e mediação da artista visual Marlette Menezes, que tem o personagem folclórico como objeto de estudo, o evento busca instigar o imaginário, suscitar novas conexões e estabelecer um diálogo aberto entre arte e ciência. Participarão da conversação a professora Eneida Maria de Souza, doutora em Literatura; a contadora de histórias Gislayne Avelar de Matos; a filósofa Patrícia Kauark, doutora em epistemologia; e o músico Paulo Santos. Quando: 31 de outubro (19h) Quanto: entrada gratuita Onde: Academia Mineira de Letras (rua
CHICO CERCHIARO/DIVULGAÇÃO
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