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BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 2 DE AGOSTO DE 2019 ALISSON J. SILVA / ARQUIVO DC
Supermercados registram alta de 2,26% nas vendas em MG Foram abertas 70 lojas no Estado em 2019 As vendas nos supermercados cresceram 2,26% em Minas Gerais no primeiro semestre frente ao mesmo período de 2018. Já em junho na comparação com igual mês do ano passado, a alta chegou a 4,17%, aponta pesquisa da Amis. A expectativa é fechar 2019 com avanço de 4% no faturamento e abertura de 70 unidades no Estado, com aportes de R$ 520 milhões e geração de 7.300 empregos. Mesmo com o ritmo lento da economia nacional, os empresários do setor mantêm os investimentos em expansão das operações. De janeiro a junho foram inauguradas 22 supermercados no Estado, um a mais que o número registrado em igual período do ano anterior. Foram criados 2.154 postos de trabalho diretos no acumulado de ano. A perspectiva do setor para o segundo semestre é melhor do que o desempenho alcançado na primeira metade do ano, com a provável aprovação da reforma da Previdência em agosto e a liberação de saques em parte dos recursos depositados no FGTS, com injeção de dinheiro na economia. Pág. 5
Os supermercados esperam fechar o ano com crescimento de 4% no faturamento
MPEs respondem por 80% do total de empregos criados em Minas
Fiemg Lab 4.0 vai acelerar 50 startups SEBASTIÃO JACINTO JÚNIOR
O programa Fiemg Lab 4.0, aberto na última quarta-feira, vai focar em soluções voltadas para diferentes segmentos da indústria por meio da inovação e acelerar 50 startups. As quatro empresas madrinhas – Cemig, RHI Magnesita, Gerdau e Vale – investirão R$ 1,4 milhão nos próximos 12 meses nas startups, que atuam em tecnologias como big data, internet das coisas, computação em nuvem e biotecnologia. O programa selecionou 49 empresas do Brasil e uma da Carolina do Norte, nos Estados Unidos. Do total, 50% são de Minas Gerais. Pág. 11 O programa da Fiemg busca soluções para as indústrias com inovação
As micro e pequenas empresas (MPEs) alavancaram a geração de empregos em Minas Gerais no primeiro semestre do ano, com o desempenho positivo principalmente da agropecuária e do setor de serviços. O superávit chegou a 67 mil, o que corresponde a cerca de 80% do total de vagas criadas do Estado de janeiro a junho, que foi de 85.365. O saldo de empregos – diferença entre contratações e demissões - das MPEs foi quatro vezes superior ao total das médias e grandes empresas (MGEs), que ficou em 17.649. Pág. 4
OPINIÃO Os pronunciamentos recentes do presidente da República, Jair Bolsonaro, atribuindo à OAB responsabilidade pelo desfecho insatisfatório do processo criminal instaurado quando da agressão à faca de que foi vítima, confirma o seu despreparo para o exercício da Suprema Magistratura da Nação. Se no início de seu mandato algumas de suas propostas estarrecedoras podiam ser toleradas, agora, decorridos sete meses de sua investidura, o que assistimos é um obstinado e diário ataque ao Estado de Direito, com que exalta os crimes cometidos ao longo da ditadura militar. Em uma de suas precipitadas manifestações, Bolsonaro envolveu a figura do pai do presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, afirmando que este teria sido trucidado por seus próprios companheiros como ativista revolucionário que era. (Aristoteles Atheniense), pág. 2
Expansão muda o local da Agriminas DIVULGAÇÃO
A 13ª edição da Agriminas deve gerar negócios no mínimo de R$ 8 milhões
Dólar - dia 1º
Euro - dia 1º
Comercial
Compra: R$
Compra: R$ 3,8468 Venda: R$ 3,8475
4,2349
Venda: R$ 4,2364
Poupança (dia 2) ............ 0,3715%
Turismo
Ouro - dia 1º
IPCA-IBGE (Junho):............ 0,01%
Compra: R$ 3,6900 Venda: R$ 4,0000
Nova York (onça-troy): US$ 1.444,64
IPCA-Ipead(Junho):............ 0,16%
R$ 174,20
IGP-M (Junho): ......................... 0,80%
Ptax (BC) Compra: R$ 3,8290 Venda: R$ 3,8296
BM&F (g):
BOVESPA
TR (dia 2): ............................. 0,0000%
+0,16 +0,65
+0,31 -0,53 -1,09
26/07
29/07 30/07
31/07
01/08
Com cerca de 600 expositores, a Feira de Agricultura Familiar de Minas Gerais (Agriminas) será realizada pela primeira vez no Expominas. A mudança no local do evento se deve ao crescimento do número de produtores participantes, que dobrou em relação ao ano passado. Diante da demanda aquecida e do reconhecimento da qualidade dos produtos, a expectativa de negócios da 13ª edição da feira, que acontece entre os próximos dias 7 e 11, é de R$ 8 milhões a R$ 10 milhões contra R$ 5 milhões registrados na edição anterior. Pág. 10
Mineradoras de pequeno porte predominam no País, diz Ibram Apenas 2% da mineração no Brasil é formada por grandes empresas, capazes de produzir mais de 1 milhão de toneladas por ano. De acordo com o Ibram, a maior parte do setor é formada por pequenas e microempresas, respondendo por 87% do total, com produções abaixo de 100 mil toneladas anualmente. Das 9.415 empresas que compõem o setor no País, apenas 154 são de grande porte; 1.037, médias; 2.809, pequenas; e 5.415, microempresas. Pág. 7
EDITORIAL Se as investigações perpetradas pela Polícia Federal obedeceram a padrões técnicos adequados e, sobretudo, rigorosos e isentos, suas primeiras conclusões sobre a clonagem de, pelo menos, mil telefones celulares de uso de algumas das mais altas autoridades e personagens da política brasileira, são verdadeiramente surpreendentes. Para começar, a autoria. Nada mais nada menos que um aventureiro, figura de vastos antecedentes policiais que, quase por acaso, chegou ao caminho que o levaria a obter o conteúdo de conversas indiscretas justamente de dois dos mais destacados personagens da chamada Operação Lava Jato, um deles hoje ocupante da cadeira de ministro da Justiça. “Perguntas que pedem resposta”, pág. 2
BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 2 DE AGOSTO DE 2019
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OPINIÃO Incitação ao ódio ARISTOTELES ATHENIENSE *
Os recentes pronunciamentos do presidente Jair Bolsonaro, atribuindo à OAB responsabilidade pelo desfecho insatisfatório do processo criminal instaurado quando da agressão à faca de que foi vítima, confirma o seu despreparo para o exercício da Suprema Magistratura da Nação. Se no início de seu mandato algumas de suas propostas estarrecedoras podiam ser toleradas, agora, decorridos sete meses de sua investidura, o que assistimos é um obstinado e diário ataque ao Estado de Direito, com que exalta os crimes cometidos ao longo da ditadura militar. Em face da avalanche do obscurantismo que tende a tomar conta do nosso País, é irrelevante indagar se a fala presidencial decorre de sua maneira de ser ou se constitui um ardil destinado a angariar prestígio junto à população. Na sublevação que incita há uma visível parcela de ódio, que se converteu em combustível de sua preferência no ataque aos seus adversários. Ainda que a política possa gerar antagonismos, ela não prescinde de um limite às opiniões adversas, o que se torna mais grave quando a agressão atinge aos familiares do contendor ao invés de se restringir a sua animosidade na pessoa do opositor. Em sua precipitada manifestação, Bolsonaro envolveu a figura do pai do presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, afirmando que este teria sido trucidado por seus próprios companheiros como ativista revolucionário que era. As suas assertivas, pela gravidade que encerram, geraram indignação nos mais diversos setores da opinião pública. Fosse pelo suposto acumpliciamento da OAB quanto à tentativa de
homicídio de que foi vítima; fosse pela frivolidade da versão apresentada em relação ao desaparecimento do jovem estudante Fernando Augusto de Santa Cruz Oliveira, em fevereiro de 1974. Felipe Santa Cruz, ao replicar a insidiosa denúncia, reafirmou jamais haver contribuído para a frustração das investigações realizadas. Limitou-se a resguardar o sigilo profissional do advogado que assumiu a defesa do agressor, conforme estabelece a Lei 8.906/94. Adélio Bispo veio a ser declarado inimputável por se tratar de deficiente mental, conforme apurou a perícia a que foi submetido. De acordo com o que ficou consignado no livro de memórias do ex-delegado do DOI-Codi, Cláudio Guerra, uma vez sacrificado, Fernando Augusto teve o corpo incinerado na Usina Cambahyba, em Campos, no estado do Rio de Janeiro. Segundo o jurista Miguel Reale Jr., ex-ministro da Justiça e que chegou a presidir a Comissão da Verdade, Bolsonaro “tem de prestar contas das suas afirmações à Comissão de Mortos e Desaparecidos Políticos, órgão vinculado ao atual Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos”. Cabe-lhe, pois, fornecer àquele órgão “os elementos que ele conhece sobre o desaparecimento do pai do presidente da Ordem. Ele deve fazer isso para a responsabilização do Estado, e não para se vangloriar ou antagonizar com um inimigo político”. Essa mesma comissão reconheceu que Fernando morreu em 1974, “em razão de morte não natural, violenta, causada pelo Estado brasileiro, no contexto da perseguição sistemática e generalizada à população identificada como opositora política ao regime ditatorial de 1964 a
1985”, diz o documento. Não constitui novidade o desapreço de Bolsonaro às conclusões da Comissão da Verdade sobre as atrocidades cometidas nos porões da ditadura militar. Basta rever a justificativa que conferiu ao seu voto na sessão de impeachment de Dilma Rousseff, exaltando a figura do torturador Carlos Alberto Brilhante Ustra, erigindo-o publicamente em seu ícone e inspirador. As invectivas que propagou em relação ao sumiço do militante esquerdista ultrapassam os limites do bom senso. Importam numa demonstração cabal de que o antigo candidato – agora presidente – não conseguiu aspirar o ar puro da democracia desde que se instalou no Palácio da Alvorada. O seu autoritarismo está impregnado de visões desumanas que denotam a sua incapacidade no trato dos grandes problemas nacionais. A esta altura, com baixo índice de aprovação, inferior ao obtido pelos seus antecessores, o presidente passou a gerar apreensões, inclusive aos seus aliados, quanto ao que estaria reservado ao seu governo no futuro. O respeito deve ser o requisito mínimo que um mandatário do povo brasileiro possa ter por aqueles que o elegeram. Assim, a persistir nesse comportamento insano, seremos levados a admitir que Bolsonaro, insuflando o ódio, sente-se bem em ser malquisto. Essa inusitada opção nos leva a admitir que ele próprio tornou-se a ameaça mais grave ao seu governo, contribuindo para que ainda venha a ser enquadrado na Lei 1079/50 (art. 4º, IV). *Advogado, Conselheiro Nato da OAB e Diretor do IAB
Crédito privado vira opção de renda fixa RODRIGO AMATO *
O acentuado ciclo de queda da Taxa Selic registrado nos últimos anos tem levado os investidores a apostarem cada vez mais em uma modalidade de renda fixa menos conhecida entre o público em geral. Neste cenário, o crédito privado ganhará espaço no mercado, porque permite a busca por uma rentabilidade maior entre troca de maior risco, situação mais aceita em um cenário de juros baixos, o que reduz a atratividade das aplicações mais tradicionais. A procura por esses papéis tem crescido muito, principalmente entre os interessados em fugir do retorno menor dos títulos públicos do Tesouro Direto, considerado o investimento mais seguro, mas que por outro lado, também é o mais afetado pelos cortes do Copom. O mercado secundário mostra sinais de que cresce o interesse por este tipo de investimento, ainda que seu volume seja tímido. De janeiro a maio deste ano, o volume de títulos privados negociados cresceu 67,9% em relação ao mesmo período de 2018, segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Os números relacionados a essa categoria de renda fixa não param por aí. Entre uma das categorias do título privado - as debêntures de infraestrutura -, a alta no volume negociado é ainda maior. O índice de crescimento entre esse tipo de título privado chegou a 77%, segundo a Anbima, muito baseado no incentivo fiscal concedido aos investidores pessoa física. Esta expectativa de incremento na demanda tem justificativa. As perspectivas de novos cortes na Selic para os próximos meses, bem como uma visão de estabilidade ou queda dos juros de mais longo prazo poderão deixar esse tipo de investimento ainda mais atrativo em relação ao Tesouro Direto. A taxa básica de juros é a referência de rendimento dos títulos públicos. Dessa forma, haverá um número ainda maior de investidores em busca de alternativas mais atrativas. Além disso, uma decisão tomada pelo governo em junho passado também poderá tornar esse mercado ainda mais interessante. O governo assinou uma portaria que permite às empresas do setor de petróleo, gás natural e biocombustíveis (leia-se etanol) fazerem emissões de títulos privados incentivados para levantar capital e fazer investimentos. Na prática, a iniciativa possibilitará um crescimento da variedade de papéis dessa espécie, atraindo outros interessados e aumentando a liquidez. Até aqui, tudo bem. Todos os fatos apontam como o crédito privado têm sido uma interessante opção de investimento e afins. Mas será que as pessoas acostumadas a fazer aplicações conhecem de fato essa categoria de investimento ou como é o seu funcionamento no mercado? Para quem ainda não conhece ou sabe pouco sobre o tema, os títulos de crédito privado servem de mecanismo
para as instituições da iniciativa privada poderem emitir dívida como forma de financiar seus próprios investimentos ou compromissos, como capital de giro, por exemplo. É a mesma lógica dos papéis públicos do Tesouro Direto, em que o governo federal faz esses lançamentos de títulos da dívida pública para se financiar. Mas o grande pulo do gato dos títulos privados é o fato de oferecer taxas mais elevadas se comparadas às do Tesouro Direto, que são baseadas na Selic. Ou seja, a rentabilidade esperada é maior, por outro lado, corre-se um risco maior de calote em relação ao risco país. Em tempos de juros baixos, esses títulos passaram a atrair a atenção dos investidores buscando melhores retornos. O crédito privado, com distribuição pública em mercado de capitais, conta principalmente com três tipos de títulos. As debêntures são as mais conhecidas no mercado porque são papéis emitidos por empresas de diversos setores. Ao adquiri-las, a pessoa faz uma espécie de empréstimo à companhia e recebe remuneração pela quantia aplicada. Nessa categoria, também existem as chamadas debêntures incentivadas, voltadas para a infraestrutura. Esses títulos são conhecidos dessa forma porque recebem um incentivo fiscal para atrair investidores, isentando-os de imposto sobre a renda que estes títulos proporcionam, e assim aumentar a liquidez pelo maior interesse de investidores em emprestar recursos para obras ou serviços de infraestrutura, como energia, estradas e aeroportos. Existem ainda o Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI) e o Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA), emitidos por empresas securitizadoras. A ideia é levantar dinheiro para financiar projetos da área imobiliária e do agronegócio, como o nome já diz. Além destes títulos, há também o Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC), que costumam oferecem seus recursos para capital de giro das empresas através da antecipação de cheques, duplicatas e outras formas de recebimento. Para quem leu até aqui, já percebeu que os títulos privados não são tão novidade assim, mas começaram a ser mais procurados diante do nosso ambiente econômico atual. Só vale lembrar que, tudo correndo bem com o emissor, se trata de uma renda fixa como outra qualquer, apesar de ser uma alternativa interessante devido à rentabilidade maior em troca do maior risco. Mas todo cuidado é pouco. Como dica, o interessado deve verificar a situação do emissor do referido título para conhecer os seus riscos. A partir daí, é só tirar suas conclusões se realmente é um bom negócio. As informações necessárias para iniciar uma pesquisa estão aqui. *Especialista em assessoria e gestão em serviços financeiros para médias e grandes empresas e CEO da Mark 2 Market, startup que pretende revolucionar a infraestrutura do mercado de capitais
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Perguntas que pedem resposta Se as apurações conduzidas pela Polícia Federal obedeceram a padrões técnicos adequados e, sobretudo, rigorosos e isentos, suas primeiras conclusões sobre a clonagem de, pelo menos, mil telefones celulares de uso de algumas das mais altas autoridades e personagens da política brasileira, são verdadeiramente surpreendentes. Para começar, a autoria. Nada mais nada menos que um aventureiro, figura de vastos antecedentes policiais que, quase por acaso, chegou ao caminho que o levaria a obter o conteúdo de conversas indiscretas justamente de dois dos mais destacados personagens da chamada Operação Lava Jato, um deles hoje ocupante da cadeira de ministro da Justiça. Se os diálogos impressionam, nos fazendo recordar quantas vezes escrevemos neste espaço que a cruzada contra a corrupção parecia conter muito mais ambição que virtude, causa surpresa também a facilidade como agiu o delinquente, indo de um telefone a outro e dessa forma colecionando nomes importantes e o número de É preciso também seus respectivos ter em conta celulares até que não existe chegar aos dois personagens, segurança, não no caso, mais existe sigilo e polêmicos. não existe, de Tanta tecnologia fato, proteção de e ao mesmo dados. Se o jovem tempo tanta aventureirovulnerabilidade delinquente fez recomendando, o que fez, o que por suposto, um poderiam fazer pouco mais de rigor quanto ao os serviços de que podem fazer informação e e como fazem contrainformação estes aparelhos de governos ou de que são um empresas? dos símbolos mais atuais da modernidade. É preciso apurar tudo, é preciso punir os bisbilhoteiros tanto quanto aqueles que possam ter cometido desvios em suas importantes funções, promovendo acusações e julgamentos que, pelo menos na melhor correção dos procedimentos dessa natureza, podem perder seu efeito, embora claramente já tenham cumprido seu principal, talvez o único e verdadeiro, objetivo. Nenhuma virtude e muita ambição, para decepção daqueles que acreditaram, de boa-fé, que o combate à corrupção era a verdadeira e única questão em causa. É preciso também ter em conta que não existe segurança, não existe sigilo e não existe, de fato, proteção de dados. Se o jovem aventureiro-delinquente fez o que fez, o que poderiam fazer os serviços de informação e contrainformação de governos ou de empresas? E o que fariam ou poderiam fazer as empresas que controlam tais serviços, ainda por cima com características de monopólios? Seria a sua tecnologia, não raro apresentada como uma das maravilhas do nosso tempo, assim tão frágil e, nessa medida, quase uma farsa? São perguntas e respostas, e não exclusivamente por conta do caso em tela, que se tornaram cruciais.
BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 2 DE AGOSTO DE 2019
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OPINIÃO
O fim da bolsa CDI CARLOS HENRIQUE CHAVES PESSOA * BETO NOCITI
Historicamente o nosso País ficou conhecido internacionalmente por apresentar uma das maiores taxas de juros do mundo. Por muitos anos - precisamente desde a década de 1980 - o Brasil pratica taxas de juros muito altas, mesmo quando comparado com países emergentes como nossos vizinhos sul-americanos. Parece que esse quadro ficou no passado. No dia 31 de julho, o Banco Central deu mais um passo nessa direção, o Copom (Comitê de Política Monetária), reduziu a Selic em mais 0,5% ao ano, fixando a taxa básica de juros em 6% ao ano. Esse novo ciclo de corte de juros impacta diretamente os investidores, principalmente os mais conservadores. O Certificado de Depósito Interbancário ou CDI, que é o indexador que corrige os retornos da maioria das aplicações de renda fixa no Brasil é indexado à Selic. De forma resumida, Selic e CDI são a mesma coisa, portanto, um corte na taxa básica de juros significa uma redução de igual amplitude e valor no CDI. Na prática, podemos considerar que, hoje, 100% do CDI é algo como 6% ao ano antes do Imposto de Renda (IR), ou 0,49% ao mês antes do pagamento do imposto. Considerando a melhor das alíquotas de IR, de 15% (possível apenas para os investimentos que superaram 2 anos de aplicação), ou seja, 100% do CDI, na melhor das hipóteses, renderiam apenas 0,42% ao mês. A situação se complica ainda mais para os investidores da caderneta de poupança, modalidade com maior número de investidores no País. A poupança é indexada à Selic, essa regra vale toda vez que a taxa básica de juros fica fixada abaixo de 8,50% ao ano, que é o caso atual. Dessa forma,
quem investe na poupança recebe 70% da Selic + TR (próximo de 0% ao ano). Um poupador da poupança rentabiliza o seu patrimônio em 6 % x 0,70 = 4,20% ao ano ou 0,35% ao mês. Essa conjuntura pode ser ainda pior, no dia 31 de julho, o Banco Central sinalizou que os cortes nos juros não devem parar por aqui. Segundo a carta publicada pela entidade ao fim da reunião, no dia 1º de agosto, o Copom teria espaço para mais cortes. A entidade justifica que a inflação se acomodou abaixo da meta do governo, o cenário internacional parece estável e a capacidade ociosa das empresas justificam uma taxa de inflação mais baixa até o fim de 2020. As principais empresas de análise de dados macroeconômicos e projeções já estimam que, no final do ano, a Selic chegue a 5,5% ou até menos. Por muitos anos, a postura conservadora fazia todo sentido, porém, diante do exposto, a postura dos investidores deve ser alterada. Aplicando no CDI, um investidor conservador conseguiria um resultado de dois dígitos ao ano. Para se ter uma ideia, a taxa de juros em março de 1999 chegou a 45% anualizada e até 3 anos atrás era superior a 14%. O Brasil é um dos últimos países do mundo a passar por esse processo. Assim como todo país desenvolvido, as nações emergentes já experimentam taxas de juros bem baixas há vários anos, como por exemplo México, Colômbia, Chile e até mesmo o Peru. Acabou a bolsa CDI, os períodos de rendimento acima de 1% ao mês sem esforço, com baixo risco ficou no passado. O investidor deve buscar uma sofisticação de seus investimentos, uma assessoria mais completa que de costume e,
CARTAS
Com quase 30 anos de vigência, a lei de informática foi sancionada em 1991 pelo governo federal e concede incentivos fiscais para empresas do setor de tecnologia e comunicação que investem em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação Tecnológica (PD&I). O avanço tecnológico dos últimos anos motivou uma discussão para a modernização da lei, buscando acompanhar as atualizações inerentes a esses segmentos. Além disso, foi necessário atender às exigências da Organização Mundial do Comércio (OMC). A lei concede redução de 80% sobre a alíquota regular de 15% do Imposto de Produtos Industrializados (IPI) para os itens considerados incentiváveis. Para que um fabricante possa usufruir do benefício, é preciso atender a diversos critérios como, por exemplo, apresentar determinados níveis de nacionalização e investir 4% do faturamento em programas de pesquisa e desenvolvimento e inovação. O governo federal utiliza esse mecanismo como forma de incentivar investimentos em inovação nos setores de tecnologia. Atualmente, aproximadamente 600 empresas se valem dos incentivos fiscais da Lei de Informática e os principais produtos incluídos são computadores (incluindo notebooks e todos os componentes e periféricos), smartphones, tablets, componentes eletrônicos, monitores, televisores, aparelhos com tecnologia digital, dentre outros. Desde o final de 2017, o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e
Belo Horizonte, 31 de julho de 2019 Flávia Andrade, 40 anos - Fonoaudióloga
Equipe do DC Muito bom o artigo “Perigos que representam as imobiliárias virtuais”, publicado no DIÁRIO DO COMÉRCIO na quarta-feira (31). Parabéns ao autor Kênio Pereira. O alerta sobre imobiliárias virtuais foi bem fundamentado e fez uma análise do mercado com propriedade e conhecimento técnico-jurídico. Estarei atenta acompanhando o mercado imobiliário. Concordo que haverá problemas no futuro, pois locação não é nada fácil e há diversas armadilhas. Parabéns aos responsáveis do jornal DIÁRIO DO COMÉRCIO. Flaviane Pinheiro Silva
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Comunicação (MCTIC) vem tomando medidas para aumentar a governança relativa aos incentivos. Após uma série de discussões internas e com o Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon) para estabelecer melhores formas de controle e fiscalização, o MCTIC publicou, em 2 de outubro do ano passado, a Portaria nº 5.150 que regulamenta os procedimentos de atuação dos auditores independentes credenciados na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e habilitada junto ao Ministério, sob o formato de asseguração razoável, que inclui a análise de alocação dos recursos e sua destinação enquanto pesquisa, desenvolvimento e inovação. Com isso, na prática as auditorias independentes devem assegurar a veracidade das informações constantes nos relatórios emitidos pelas empresas beneficiárias ao ministério e emitir uma opinião, baseada em metodologia definida, se os projetos reportados são efetivamente atividades de pesquisa e desenvolvimento e se os recursos financeiros alocados são elegíveis perante a legislação, cumprindo assim a obrigação de contrapartida. Além disso, o Ministério manteve o processo interno de acompanhamento e fiscalização realizado por técnicas de amostragem probabilística, segundo critérios de relevância e criticidade e a metodologia estabelecida. Em atendimento às exigências da OMC, o MCTIC vem atualizando o processo de habilitação do Processo Produtivo Básico (PPB), adotando um sistema de pontuação que comprova a
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Em tempo de Selic baixa, não vejo outro caminho a seguir senão uma mudança de postura na gestão patrimonial de seus investimentos. Tudo isso deve vir acompanhado de educação financeira, horizonte de longo prazo e paciência. * CEO da Vêneto Gestão de Recursos
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O jornal DIÁRIO DO COMÉRCIO tem feito excelentes reportagens na área imobiliária, venho acompanhando todas! O artigo de Kênio de Souza Pereira publicado na quarta-feira (31), página 3, com o título “Perigos que representam as imobiliárias virtuais”, orienta a população a fazer negócios seguros, evitando os golpes. Demonstra os problemas que poderão advir de locações feitas de maneira aventureira pelas imobiliárias virtuais. Parabéns ao DIÁRIO DO COMÉRCIO por prestar esse serviço de utilidade pública aos leitores.
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necessariamente, precisará gerir riscos. Dentre o mercado financeiro, as principais alternativas são: as ações, os fundos imobiliários e os fundos multimercados. De acordo com a B3, mesmo com todas as crises e volatilidade da bolsa de valores brasileira, quem investiu em ações de 1990 até 2018, teve um retorno anualizado de 15,91% ao ano.
A lei de informática e as auditorias
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Essa conjuntura pode ser ainda pior, no dia 31 de julho, o Banco Central sinalizou que os cortes nos juros não devem parar por aqui. Segundo a carta publicada pela entidade ao fim da reunião, no dia 1º de agosto, o Copom teria espaço para mais cortes. A entidade justifica que a inflação se acomodou abaixo da meta do governo, o cenário internacional parece estável e a capacidade ociosa das empresas justificam uma taxa de inflação mais baixa até o fim de 2020.
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efetiva industrialização nacional sem ferir o acordo determinado. Na primeira etapa, foram envolvidos os PPBs de celulares, notebooks, desktops, placas de circuito, impressoras, computadores integrados (all in one), estação rádio base (ERB), fibras ópticas, tablets e servidores. Há uma expectativa de alteração da lei até o final deste ano quando o incentivo com base no IPI deverá ser substituído por créditos tributários, como já ocorre na indústria automobilística. Uma legislação bastante semelhante é aplicada às empresas localizadas na Zona Franca de Manaus pela lei de informática da Amazônia Ocidental e do Amapá, com algumas diferenças, por exemplo, o IPI é completamente suspenso e não apenas reduzido e os percentuais de investimento em P&D requeridos podem variar de 2,5% a 5%. A necessidade da realização de auditoria independente ainda está em discussão. De forma geral, a inclusão da obrigatoriedade do trabalho da auditoria independente vem atender a uma demanda de dar mais transparência à aplicação dos critérios definidos pelo governo e no aprimoramento dos indicadores utilizados para o monitoramento dos resultados dos gastos com pesquisa e desenvolvimento. Independente da indústria, investimentos relacionados à Pesquisa, desenvolvimento e Inovação são investimentos cada vez mais estratégicos e necessários. * Sócio-diretor da KPMG
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ECONOMIA RAFAEL NEDDERMEYER - FOTOS PÚBLICAS
ENERGIA
Brasil e Paraguai cancelam o acordo sobre a usina de Itaipu
Entre os segmentos que mais geraram vagas em Minas Gerais estão a agricultura, o setor de serviços e a construção civil
MERCADO DE TRABALHO
Pequenas empresas geram mais empregos em Minas MPEs foram responsáveis por 80% do saldo de vagas no Estado neste ano ANA AMÉLIA HAMDAN
Com desempenho positivo vindo principalmente da agropecuária e do setor de serviços, as micro e pequenas empresas (MPEs) se destacaram na geração de empregos em Minas no primeiro semestre do ano. O saldo de postos de trabalho das MPEs chegou a 67 mil, o que corresponde a cerca de 80% do total do Estado, nesse período, que foi de 85.365. O saldo de empregos – diferença entre as contratações e demissões - das MPEs é quatro vezes superior ao total das médias e grandes empresas (MGEs), que foi 17.649. Assistente do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais (Sebrae Minas), Gabriela Martinez informa que é possível perceber uma melhora gradual da geração de empregos pelas MPEs, sendo que esse é o melhor resultado em cinco anos. No primeiro semestre de 2015, o saldo de empregos das MPEs ficou em 22.325, número que caiu para 22.143 em 2016. Em 2017, houve alta, chegando a 57.594. E, em 2018, o saldo ficou em
66.107. Na relação do primeiro semestre 2019 com igual período de 2018, houve alta de 2%. Gabriela Martinez reforça que os efeitos sazonais da agricultura em Minas, principalmente com a colheita do café, tradicionalmente impulsionam a geração de empregos. Mas a melhora dos resultados ao longo dos últimos anos mostra uma sinalização da melhora da economia. Ainda segundo a assistente do Sebrae Minas, o bom desempenho das MPEs ocorre porque as empresas desse porte são a maioria, mas, sobretudo, porque esse tipo de negócio é mais sensível às mudanças da economia. “De forma geral, se a economia vai mal, as MPEs vão sentir mais, demitindo e, em alguns casos, fechando as portas. As médias e grandes são mais robustas e suportam melhor as variações. Por outro lado, elas respondem aos sinais positivos com maior rapidez. É um termômetro importante”, diz. “Não estamos nos patamares pré-crise, mas são resultados positivos”, completa. No acumulado de 2019
até junho, em Minas, as MPEs registraram 594.772 admissões, com as demissões chegando a 527.639. O saldo foi positivo em 67.083 vagas. Nas médias e grandes foram 332.679 admissões e 315.030 demissões, com saldo de 17.649. O levantamento do Sebrae Minas leva em conta dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Economia. Do saldo de 67 mil vagas das MPEs, a maior parte – 41,14% - foi gerada pela agricultura, extração vegetal, caça e pesca, com 27.601 vagas. Em seguida, também com destaque, veio o setor de serviços, com 26.604 vagas. Depois aparecem construção civil (10.772); indústria de transformação (7.529); extrativa mineral (490). O comércio apresentou saldo negativo, com menos 5.913 postos de trabalho. No caso das MPEs, a região que mais se destaca na geração de empregos no acumulado do ano (até junho) foi o Sul de Minas, com 15.448 vagas. Em seguida está o Centro, com 14.971. Depois aparecem Triângulo (8.882); Noroeste e Alto Paranaíba (6.206); Rio
INFRAESTRUTURA
Doce e Vale do Aço (4.593); Norte (2.011); Jequitinhonha e Mucuri (1.245);
e alfandegárias e problemas de corrupção. O acordo foi assinado pela chefe para o hemisfério da Opic (Corporação de Investimento Privado no Exterior, na sigla em inglês), do governo dos EUA, Kristie Pellecchia. Do lado brasileiro, o documento foi assinado por Veronica Sanchez, secretária de coordenação de obras estratégicas e fomento do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI). A Opic dispõe de US$ 60 bilhões em fundos para financiamento de projetos em mercados emergentes. Otan - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, designou ontem o Brasil como um aliado preferencial dos EUA fora da Otan, oficializando uma promessa feita ao presidente Jair Bolsonaro durante visita do mandatário brasileiro a Washington este ano. Com a designação de
aliado preferencial, o Brasil entra em uma lista de países com acesso especial a políticas de cooperação, transferência de tecnologia e recursos na área de defesa com os Estados Unidos, o que foi comemorado por Bolsonaro. “Nós tratamos isso na última viagem que fiz aos Estados Unidos. Conversei com o Trump, a ideia dele era até nos colocar, mas teria que mexer no estatuto, dentro da Otan. Isso já se cogita entre os integrantes essas mudanças de estatuto, mas por enquanto é muito bem-vinda a nossa participação como grande aliado extra-Otan”, disse o presidente a jornalistas em Brasília. Segundo Bolsonaro, a designação “facilita em algumas coisas”, em especial na questão de defesa. “Compra de armamento, algumas tecnologias, ninguém passa tecnologia para os outros, só tecnologia
na renúncia do chanceler Luis Castiglioni e do embaixador paraguaio no Brasil Hugo Caballero, aumentou a pressão sobre o presidente Mario Abdo Benítez, que corre o risco de sofrer um processo de impeachment. “Ao reiterar total respeito ao processo constitucional do Paraguai, o Brasil confia em que o processo seja conduzido sem quebra da ordem democrática, em respeito aos compromissos assumidos pelo Paraguai no âmbito da cláusula democrática do Mercosul - Protocolo de Ushuaia”, afirma ainda a nota do Itamaraty. A polêmica envolvendo a ata do acordo, aprovada em maio, também causou as demissões do presidente da Administração Nacional de Eletricidade (Ande), Alcides Jiménez, e do diretor paraguaio de Itaipu, Alberto Alderete. As demissões foram anunciadas na última segunda-feira (29) pelo porta-voz da presidência do Paraguai, Hernán Hutteman, que disse terem sido aceitas pelo presidente Mario Abdo Benítez. Pesou nas demissões a acusação de que a ata do acordo havia sido debatida e aprovada sem a devida transparência. Autoridades e congressistas afirmaram que o acordo negociado seria prejudicial ao Paraguai e que poderia causar um prejuízo de até US$ 300 milhões. (ABr)
Mensal - Levando-se em conta apenas junho, as MPEs de Minas tiveram saldo positivo de 14.090 vagas. Esse é o terceiro mês consecutivo com saldo positivo. As ocupações com melhores resultados em junho foram trabalhador de cultura de café (2.889); trabalhador volante da agricultura (2.739); servente de obras (1.291); trabalhador agropecuário em geral (795); alimentador de linha de produção (528). Ocupações com pior desempenho foram gerente administrativo (-163); supervisor administrativo (-96); gerente de loja e supermercado (-85); vendedor INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS de comércio varejista (-82); gerente comercial (-70). Ainda em junho, os municípios com maior saldo de empregos foram Belo Horizonte (2.647); Campos Altos (357); Betim (351); Uberlândia (295); Nova Lima (274). Os destaques negaBrasília - Após o corte taxa mínima será reduzida tivos foram Nova Serrana (-295); Paracatu (-175); Ubá na taxa básica de juros, a de 2,99% para 2,95% ao mês. (-107); Governador Valada- Selic, na quarta-feira (31), No cheque especial, a taxa res (-103%); Arcos (-94%). pelo Banco Central, bancos mínima passará de 1,99% anunciaram redução das para 1,95% ao mês. taxas de juros do crédito. O O Banco do Brasil tamComitê de Política Monetá- bém reduzirá os juros para ria Monetária (Copom) do pessoas jurídicas. Na linha BC reduziu a Selic em 0,5 desconto de cheque, as taxas ponto percentual para 6% mínimas passarão de 1,26% para 1,22% ao mês. Para o ao ano. O Banco do Brasil infor- desconto de títulos, as taxas ultrapassada, mas alguma coisa sempre interessa para a mou que reduziu taxas para mínimas passarão dos atuais gente. Como regra, um país pessoas físicas e jurídicas. 1,16% para 1,12% ao mês. Os juros para as linhas da Otan uma vez agredido As novas taxas entram em todo mundo está junto”, vigor a partir da próxima BB Giro Digital e BB Giro segunda-feira (5). Nas linhas Empresas também ficarão acrescentou. O Brasil é apenas o se- de financiamento imobiliário mais baixos. A taxas mínigundo país da América do para pessoa física, as taxas mas cairão de 2,52% para Sul a receber a designação, mínimas passarão de 8,49% 2,48% ao mês e de 0,95% depois da Argentina, que para 8,29% ao ano, na aquisi- para 0,91% ao mês, respecestá na lista desde 1998. No ção pelo Sistema Financeiro tivamente. Antes do anúncio de reano passado, a Colômbia se de Habitação (SFH), e de juntou à Otan como parceira 8,85% para 8,65% ao ano dução da Selic, a Caixa já na linha aquisição PF-CH havia comunicado redução global. de juros também. Ontem, a Entre as possibilidades (carteira hipotecária) Na linha BB Crédito Caixa informou que os clienque se abrem para o País com a designação está, por exem- Veículo Próprio, em que tes pagarão menos juros nas plo, acesso preferencial para o cliente oferece seu automó- principais linhas de crédito compra de equipamentos vel como garantia, as taxas e terão acesso a um pacote com isenção de taxas, den- serão reduzidas de 1,57% de serviços com taxas mais tro da lei de exportação de para 1,53% ao mês, na faixa baixas. A redução valerá armas dos Estados Unidos. mínima, para contratações tanto para pessoas físicas O Brasil também terá pre- realizadas pelo aplicativo como para empresas. O Itaú Unibanco informou ferência para programas de do BB para mobile. A taxa mínima das linhas em nota que repassará incooperação e treinamento, poderá receber gratuita- de financiamento de veículos tegralmente a seus clientes mente ou a preço de custo novos e seminovos, contrata- o corte de 0,50 ponto perequipamentos que as Forças dos pelo mobile passará para centual na taxa Selic. Para Armadas não usam mais 0,84% ao mês, ante 0,88% pessoa física, a redução será ou têm em excesso, e pode- ao mês cobrados até então. no empréstimo pessoal e, no Para as linhas de emprés- caso de pessoa jurídica, no rá participar de licitações. (Reuters) timo pessoal sem garantia, a capital de giro. (ABr)
EUA irá cooperar com projetos no País Brasília - Os governos dos Estados Unidos e do Brasil assinaram nesta quinta-feira acordo de cooperação no financiamento de projetos de infraestrutura prioritárias no Brasil. A assinatura do acordo ocorreu na presença do secretário de Comércio dos EUA, Wilbur Ross, durante uma conferência internacional sobre infraestrutura que contou com participação de executivos de multinacionais em Brasília. Ross encorajou investimento de empresas no Brasil e se disse impressionado com a lista de projetos de infraestrutura que vão ser leiloados à iniciativa privada no País nos próximos meses. “Eu ficaria menos nervoso de investir aqui do que em outros países”, disse Ross, depois de comentar sobre a reticência de empresas norte-americanas em investir na América Latina diante de obstáculos que incluem travas burocráticas
Brasília - Brasil e Paraguai cancelaram ontem a ata de um acordo entre os dois países, voltado para a compra de energia elétrica produzida pela Usina Hidrelétrica de Itaipu. O documento foi assinado pelo embaixador do Brasil no Paraguai, Carlos Simas Magalhães, e pelo embaixador paraguaio no Brasil, Federico González, em Assunção. Com essa medida, as áreas técnicas dos dois governos voltarão a negociar a contratação da energia de Itaipu. O pedido de anulação da ata foi feito pelo governo paraguaio, após a divulgação das condições do documento, o que desencadeou uma crise política no país vizinho. Após a assinatura do cancelamento do acordo, o novo chanceler paraguaio, Antonio Rivas Palacios, explicou que, em princípio, uma reunião sobre o assunto estava prevista para ocorrer em Brasília, mas o governo brasileiro concordou em adiantar a anulação da ata. Mais cedo, o Ministério das Relações Exteriores informou que acompanha “com grande atenção” os desdobramentos da crise política no Paraguai. “O Brasil acompanha com grande atenção os acontecimentos no Paraguai que envolvem o processo de “juízo político” contra o presidente Mario Abdo Benítez”, diz o comunicado do Itamaraty. O caso, que resultou
Bancos anunciam a redução de juros após o corte na taxa Selic
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ECONOMIA SUPERMERCADOS MINEIROS
Setor fecha 1º semestre com alta nas vendas Segundo pesquisa da Amis, comércio de produtos pelos estabelecimentos subiu 2,26% de janeiro a junho deste ano MICHELLE VALVERDE
As vendas nos supermercados de Minas Gerais registraram alta de 2,26% no primeiro semestre de 2019 quando comparado com igual período do ano anterior. De acordo com dados da pesquisa Termômetro de Vendas, elaborada pela Associação Mineira de Supermercados (Amis), no confronto de junho com igual mês de 2018, a elevação nas vendas foi de 4,17%. Em relação a maio, foi registrada variação positiva de 0,23%. A expectativa do setor é de encerrar o ano com crescimento de 4% no faturamento e abertura de 70 unidades supermercadistas no Estado. De acordo com o superintendente da Amis, Antônio Claret, a taxa de desemprego elevada e a economia ainda enfraquecida estão interferindo de forma negativa no desempenho do setor. Apesar do crescimento verificado nos primeiros seis meses, no mesmo período do ano passado, o índice de venda havia crescido 2,56%. “O crescimento registrado ao longo do primeiro semestre de 2019 foi interessante, mas menor que o verificado em igual período de 2018. Nossa meta é encerrar o ano com alta de 4% nas vendas. Isso significa que precisamos ter um segundo semestre bem melhor. Esperamos que as reformas, principalmente da Previdência, que deve ser aprovada ainda em agosto,
contribuam para uma melhor reação da economia brasileira”, explicou Claret. Outra ação que deve favorecer a melhoria do desempenho do setor é a liberação do saque de parte dos valores do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). “Qualquer dinheiro novo que entra no mercado vai contribuir para o melhor desempenho, porque a população investe em alimentação”, disse Claret. Ainda segundo o superintendente da Amis, a alta verificada nas vendas de junho em relação a maio, 0,23%, foi um resultado aleatório, uma vez que tradicionalmente as vendas do quinto mês do ano são melhores. Um das justificativas, segundo Claret, pode ter sido o fraco desempenho da comercialização verificado em maio. Regiões - O resultado regional, na comparação de junho com maio, ficou próximo da média estadual. Na região do Rio Doce, Jequitinhonha e Mucuri, as vendas nos supermercados aumentaram 0,10%. Na região Central, a elevação foi de 0,22%, na Centro-Oeste, de 0,62%, o Sul de Minas teve alta de 0,43% e Triângulo, de 0,16%. Já no Norte de Minas e Zona da Mata, foram observadas quedas de 0,18% e de 0,10% respectivamente. Já na comparação de junho com igual mês do ano anterior, a variação positiva de 4,17% observada em Minas Gerais é justificada por junho de
FILO ALVES
2018 ter sido fraco em relação às vendas. Isso porque, em função da greve dos caminhoneiros e do medo do desabastecimento, a população ampliou as compras em maio de 2018, entrando em junho ainda com estoque. “O resultado também foi estimulado por junho de 2019 ter um fim de semana a mais que o do ano anterior. São períodos importantes e de maior movimento nos supermercados”, explicou Claret. Investimentos continuam Mesmo com o ritmo lento da economia nacional, os empresários do setor supermercadista continuam investindo e contribuindo para a geração de empregos. Ao longo do primeiro semestre, foram inaugurados, no Estado, 22 supermercados, um a mais que o número registrado em igual período do ano anterior. A previsão, segundo a Amis, é de encerrar o ano com um total de 70 unidades novas. “Tradicionalmente, o segundo semestre concentra um valor maior de aberturas. Estamos mantendo a nossa expectativa de 70 novas lojas em 2019. Ao longo do primeiro semestre, foram gerados pela abertura de novas unidades 2.154 postos de trabalho diretos e serão gerados, no mínimo, 7.300 novos empregos até o fim do ano. Apesar do cenário econômico, o empresário segue investindo. Somente em 2019, serão aportados R$ 520 milhões com a abertura das novas lojas”, disse Claret.
Segmento estima a abertura de 70 unidades supermercadistas no Estado em 2019
BANCO CENTRAL
Clientes poderão usar boletos para fazer depósitos em suas contas Brasília - O Banco Central (BC) aprovou medida ontem para que clientes de bancos possam usar boletos bancários para fazer depósitos em suas contas, em uma mudança que poderá ampliar o leque de ofertas dos bancos digitais sem redes físicas de atendimento, em um incentivo à maior concorrência. Em geral, esse tipo de aporte nos bancos digitais só era possível por meio de transferências via TED e DOC. Mas algumas ins-
tituições, como o Nubank, já permitiam depósito com geração de boletos. Segundo o Banco Central, a circular institucionaliza uma prática que já é adotada por algumas instituições. Em nota, o BC esclareceu que, para que o depósito possa ser feito, o boleto terá que ser emitido em nome do titular da conta e só poderá ser pago em benefício dele. A autarquia destacou que o sistema financeiro vem registrando o aumento da
oferta de produtos financeiros por novos integrantes, como instituições de pagamento, Sociedades de Crédito Direto e os bancos digitais. “A mudança feita pelo BC está em linha com a diretriz de assegurar a ampla concorrência, a interoperabilidade e o acesso não discriminatório aos serviços e às infraestruturas necessárias ao funcionamento dos arranjos de pagamento”, disse o BC em nota. (Reuters)
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BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 2 DE AGOSTO DE 2019
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ECONOMIA SETOR AUTOMOTIVO
Vendas de veículos crescem 31,32% em Minas Foram comercializadas 402.308 unidades no Estado no acumulado dos primeiros sete meses do ano ANA AMÉLIA HAMDAN
A venda de veículos em Minas mostrou retração na passagem de junho para julho, mas no acumulado do ano os resultados mantêm-se positivos. Conforme balanço divulgado ontem pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), os emplacamentos chegaram a 402.308 de janeiro a julho de 2019, com alta de 31,32% no comparativo com igual período de 2018 (306.355). No mês julho foram comercializadas 59.977 unidades, com queda de 3,87% frente a junho (62.390). No comparativo com julho de 2018, quando o número de emplacamentos foi de 52.068, houve alta de 15,19%. O levantamento leva em conta a comercialização de automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motocicletas, implementos rodoviários e outros. Em Belo Horizonte, os números foram mais acentuados. No acumulado do ano, houve alta de 46,58% nos emplacamentos, que atingiram 274.481 unidades nos primeiros sete meses de 2019, enquanto em igual período de 2018 somaram 187.262. Levando-se em conta apenas julho, quando foram vendidas 39.941 unidades, houve queda de 11,28% no comparativo com junho, que registrou 45.021 vendas. Já na relação com julho de 2018, quando os emplacamentos somaram 33.280, houve alta de 20,02%.
No País, houve alta em todas as bases comparativas. De acordo com o levantamento da Fenabrave, as vendas de veículos registraram alta de 13,52% no acumulado de janeiro a julho, com 2.268.475 veículos emplacados, sobre o mesmo período de 2018. Houve crescimento de 13,94% na relação com igual mês do ano passado, somando 349.450 unidades. Na comparação com junho, o volume representou alta de 10,42%. A venda de automóveis e comerciais leves lidera em Minas, com o comércio de 49.505 unidades em julho. Esse número representa 82,5% do total. No comparativo com igual mês de 2018, a alta nesse segmento foi de 16,44%. Também foram emplacados, em julho deste ano, 988 caminhões e 330 ônibus. No caso dos caminhões, houve alta de 37,41% no comparativo com os emplacamentos de igual mês de 2018. Entretanto, o comércio de ônibus mostrou retração de 51,68% nesse comparativo. Ainda no mês de julho foram emplacados 7.511 motos; 389 implementos rodoviários e 1.254 outras unidades. FCA - A Fiat Chrysler Automobile (FCA), com fábrica em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, mostrou elevação nas vendas. No acumulado do ano até julho, a montadora comercializou 203.882 automóveis e comerciais leves, mostrando
ALISSON J SILVA - ARQUIVO DC
incremento de 16,7% frente a igual período de 2018, quando o total chegou a 174.602. Os resultados também mostraram alta no comparativo julho 2019/julho 2018. No sétimo mês de 2019 foram comercializadas 32.459 unidades, com incremento de 14,9% frente a mesmo período do ano passado, quando o total chegou a 28.240. No ranking das montadoras do país, a FCA aparece em terceiro lugar, com participação de 13,77% do mercado no acumulado do ano até julho. À frente da montadora estão a GM, que ocupa o primeiro lugar, com participação de 17,73%; e VW, com 15,09% do mercado. Vendas na capital mineira cresceram 46,58% entre janeiro e julho, de acordo com a Fenabrave
LOCADORAS
Lucro da Localiza aumenta 34,9% no 2º tri A Localiza anunciou ontem que apurou um lucro líquido de R$ 191,4 milhões no segundo trimestre. O resultado representa um incremento de 34,9% na comparação com o mesmo intervalo do ano passado. No período a receita líquida da companhia cresceu em 36,8%, alcançando R$ 2,4 bilhões, de acordo com o balanço financeiro divulgado ontem pela companhia mineira. A Localiza possui uma rede de 599 agências em 6 países da América do Sul. A frota total avançou de 208.552 carros no segundo trimestre do ano passado
para 276.804 em 30 de junho este ano – elevação de 32,7%. O spread da companhia (roic – custo da dívida após impostos) se manteve estável, no patamar de 7,5 pontos percentuais no primeiro semestre, demonstrando a consistência da Companhia na geração de valor. Acompanhando o movimento de evolução, o Ebitda da Companhia totalizou R$ 466,4 milhões – 34,2% maior que o mesmo período anterior. A Localiza tem investido em soluções inovadoras para qualificar seus processos de gestão, operação e
atendimento, visando sempre melhorar a experiência do seu cliente e construir com ele o futuro da mobilidade. “O crescimento da Localiza demonstra a força do negócio ao longo do tempo e seus investimentos em uma gestão qualificada de processos e recursos, ganhos de eficiência operacional e de produtividade; governança corporativa e inovação”, explica Maurício Teixeira, CFO da Localiza, em nota. A Localiza vem registrando desempenho positivo em toda as áreas de sua plataforma de negócios. Em comparação ao segundo
trimestre do ano passado, a divisão Aluguel de Carros teve um ganho de 29,2% na frota média alugada e a receita líquida apresentou um aumento de 32,4%. Na Gestão de Frotas, a frota média alugada cresceu 26,1%, em relação ao mesmo período do ano passado, acelerando o ritmo de crescimento apresentado nos últimos trimestres, e a receita líquida da divisão teve um aumento de 21,7%. As vendas de Seminovos alcançaram 33 mil carros, o que representa aumento de 40,1% em relação ao mesmo período do exercício passado. (Da Redação) ROOSEVELT CASSIO - REUTERS
INDÚSTRIA
Produção continua em queda e setor tem o pior junho em três anos Rio e São Paulo - A indústria brasileira encerrou o segundo trimestre em contração depois de a produção recuar em junho pela segunda vez seguida e no ritmo mais forte para o mês em três anos, em meio ao ritmo fraco da economia brasileira. A produção industrial do Brasil contraiu 0,6% em junho na comparação com o mês anterior, de acordo com os dados divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse é o quarto resultado negativo no ano e o pior para meses de junho desde 2016 (-1,1%) Em relação a junho do ano anterior, houve perda de 5,9%, também o quarto dado negativo no ano e o mais fraco para o mês desde 2014. Com esses resultados, a indústria terminou o segundo trimestre com contração de 0,7%, somando-se às perdas de 0,6% nos três primeiros meses do ano. As expectativas em pesquisa da Reuters com economistas eram de quedas de 0,2% na variação mensal e 5,8% na base anual. “Há claramente uma indústria perdendo fôlego. Embora possa haver sinais positivos para o mercado de trabalho e confiança, os resultados da indústria não têm nenhum sinal de uma recuperação no setor. Os sinais de junho não indicam
qualquer possibilidade de uma reversão”, avaliou o gerente da pesquisa, André Macedo. O IBGE informou que houve perdas generalizadas entre as categorias, sendo a mais acentuada em bens de consumo semi e não duráveis, de -1,2%. Os segmentos de bens de consumo duráveis (-0,6%), de bens de capital (-0,4%) e de bens intermediários (-0,3%) também apresentaram recuo na produção em junho. Entre os 26 ramos pesquisados, 17 tiveram queda, sendo as principais influências negativas produtos alimentícios (-2,1%), máquinas e equipamentos (-6,5%) e
veículos automotores, reboques e carrocerias (-1,7%). A indústria brasileira segue refletindo a morosidade da economia como um todo, prejudicada pela demanda doméstica em meio ao alto nível de desemprego ainda no País. A mais recente pesquisa Focus do Banco Central mostra que a economia deve crescer este ano 0,82%, com a produção industrial expandindo 0,50%. “O ambiente econômico até junho ainda tinha muita incerteza e a possibilidade de reformas não reverte na prática expectativas ou resultados do setor”, completou Produção industrial recuou 5,9% em junho na comparação com o mesmo período de 2018 Macedo. (Reuters)
CNI aponta estagnação no primeiro semestre
Brasília - O primeiro semestre deste ano registrou estagnação na indústria brasileira, de acordo com levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgado ontem. A pesquisa confirma o fraco desempenho da atividade industrial no País. “O faturamento do setor teve queda de 1% na comparação com o mesmo semestre de 2018, as horas trabalhadas na produção ficaram estáveis, o emprego teve leve queda de 0,1%, a massa real de salários recuou 1,9% e o
rendimento médio real do trabalhador diminuiu 1,8% na comparação com o primeiro semestre de 2018. A utilização média da capacidade instalada no primeiro semestre é 0,1 ponto percentual inferior ao mesmo período de 2018”, disse a CNI. Os dados de junho mostram que de todos os indicadores industriais, apenas o faturamento registrou um índice positivo, os demais índices recuaram. De acordo com a CNI, depois da queda de 2,2% registrada em maio, o faturamento da
indústria aumentou 0,3% em junho frente a maio na série livre de influências sazonais. A utilização da capacidade instalada caiu 0,7% frente e maio. Já a massa real de salários diminuiu 0,7%, mesmo recuo apresentado pelo indicador de rendimento médio dos trabalhadores, que também recuou 0,7% em junho na relação com maio, na série dessazonalizada. Com a queda de junho, a massa real de salários reverteu o crescimento verificado nos dois meses anteriores e é 0,8%
menor do que a de junho do ano passado. As horas trabalhadas na produção tiveram uma leve queda de 0,1% em junho frente a maio na série dessazonalizada. O levantamento mostra ainda que o emprego ficou estável em junho. Os dados mostram que, nos últimos 12 meses, o indicador do emprego teve sete meses de estabilidade, quatro meses de queda e apenas um de crescimento. “A indústria encerra o semestre sem avanços em termos de atividade e emprego. Fica evidente
que, além das medidas estruturantes, de longo prazo, necessárias para um novo ciclo de crescimento, também são urgentes e críticas medidas de curto prazo para estimular a economia. A redução de 0,5 ponto percentual na taxa Selic foi um fundamental primeiro passo nesse sentido. Há espaço para novas quedas. Adicionalmente, medidas que facilitem e reduzam o custo do financiamento também seriam muito importantes”, disse o economista da CNI Marcelo Azevedo. (ABr)
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ECONOMIA DANIEL MANSUR
MINERAÇÃO
Pequenas e microempresas representam 87% do setor Dado do País foi divulgado pelo Ibram Rodrigues, em 2015, e uma da Vale, em Brumadinho, no Apenas 2% da mineração início deste ano. no Brasil é composta por grandes empresas, ou seja, Penalização x tributação companhias capazes de pro- Diante do contexto, segundo duzir acima de 1 milhão de ele, são grandes os esforços toneladas por ano. A maior da nova gestão do instituto parte do setor é formada por para a uma mineração mais pequenas e microempresas, moderna, segura e igualmente respondendo por 87% das produtiva. “São episódios mineradoras, com produções para jamais serem esquecidos. abaixo de 100 mil toneladas Por isso, o Ibram apoia todas anualmente. as investigações e defende a Isso significa dizer que das revisão da gestão de manejo 9.415 empresas que compõem de rejeitos com o objetivo o setor mineral nacional, ape- de uma maior transparênnas 154 são consideradas de cia, novas práticas e novos grande porte, sendo o restante patamares de desempenho dividido entre 1.037 médias para as próximas décadas”, (produzindo entre 1 milhão de explicou. toneladas e 100 mil toneladas No entanto, Brumer chapor ano), 2.809 pequenas e mou atenção para os cui5.415 microempresas. Além dados necessários para não disso, existem atualmente confundir penalização com 1.820 lavras garimpeiras, tributação excessiva, o que 13.250 licenciamentos e 830 para ele está ocorrendo no complexos de águas minerais País desde o rompimento da pelo País. barragem da mina do Córrego Os dados são do Institu- do Feijão, em Brumadinho, to Brasileiro de Mineração na Região Metropolitana (Ibram) e foram apresentados de Belo Horizonte (RMBH) pelo presidente do Conselho em janeiro. “Temos sim que Diretor, Wilson Brumer, em penalizar quem fez algo de visita ao DIÁRIO DO CO- errado e provocou tamanhas MÉRCIO, juntamente com perdas. Mas é preciso uma o diretor-presidente do Ins- diferenciação para não criar tituto, Flávio Ottoni Penido. uma insegurança jurídica Para Brumer, eles mostram ainda maior”, completou. a complexidade do setor naEle se refere aos vários cional. “É bom salientar que processos que tiveram início a mineração no Brasil não no Brasil após o colapso da envolve apenas o minério de estrutura, com a instauração ferro, mas diversos outros mi- de Comissões Parlamentares nerais que são explorados em de Inquérito (CPIs), mudanças todo o território. E tamanha na legislação ambiental e nos é a importância da atividade parâmetros para obtenção de que a Agência Nacional da novas licenças, suspensão de Mineração (ANM) foi a última operações extrativas, entre a ser criada pelo governo”, outras. destacou. Nesse sentido, o dirigente Ações - E para tentar colembrou que o Ibram defende laborar com um ambiente uma agência estruturada e mais seguro e uma mineração atuante, que possa ajudar a mais produtiva no futuro, o promover todas as reflexões Ibram tem realizado uma série e transformações necessárias de ações, como a realização ao setor extrativo, que vive a do Seminário Internacional maior crise nacional após os sobre Gestão de Rejeitos e rompimentos de duas barra- Segurança de Barragem, o gens de rejeitos de minério Encontro com Fornecedores de ferro em Minas Gerais: de Tecnologia na Gestão de uma da Samarco, em Bento Rejeitos e a criação do Mining MARA BIANCHETTI
De acordo com levantamento do Instituto Brasileiro de Mineração, empresas de grande porte são minoria dentro do setor nacional
Vale aposta em recuperação no 3º tri Rio de Janeiro/São Paulo - A mineradora Vale prevê um terceiro trimestre “bastante forte”, após dois trimestres de prejuízos com impactos do rompimento mortal de uma de suas barragens em Brumadinho, afirmou ontem o diretor-executivo de Finanças e Relações com Investidores, Luciano Siani. A gestão da companhia, no entanto, tem focado principalmente nas reparações relacionadas ao desastre, deixando discussões como o pagamento de dividendos aos acionistas para um segundo momento. No segundo trimestre, o prejuízo líquido da Vale foi de US$ 133 milhões, principalmente devido à inclusão de novas provisões para futuros custos que serão demandados pelo colapso de sua estrutura em 25 de janeiro. “Esperamos que o segundo trimestre tenha sido de transição e que vamos ter um terceiro trimestre
bastante forte para suportar a reparação e os futuros retornos aos acionistas”, afirmou Siani, destacando que as provisões anunciadas já trazem uma segurança sobre os valores que serão empenhados. No segundo trimestre, a empresa apresentou uma provisão adicional de US$ 1,5 bilhão. No primeiro trimestre, a Vale havia feito um provisionamento de US$ 4,5 bilhões devido à tragédia de Brumadinho. O colapso da estrutura, com mais de 11 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério de ferro, atingiu instalações da Vale, comunidades, mata e rios da região, incluindo o Paraopeba. Foram confirmados 248 mortos e 22 ainda estão desaparecidos. “Do ponto de vista qualitativo, nós temos já uma boa ideia daquilo que vai ser o escopo da reparação e compensação ambiental e estamos usando a melhor estimativa. Portanto,
daqui para frente, o que pode e vai acontecer naturalmente são oscilações, mas em torno desse grande número”.
Hub e a elaboração do “Guia de Boas Práticas de Gestão de Barragens e Estruturas de Disposição de Rejeitos”. Este último, conforme Brumer, contou com a participação de 50 especialistas
coordenados pelo órgão e está disponível para receber contribuições técnicas até o próximo dia 16. A versão final será apresentada na Expo & Congresso Brasileiro de Mineração
(Exposibram), que acontece de 9 a 12 de setembro, no Expominas, onde também haverá espaço para novos debates acerca do documento e poderá ser aderido de forma voluntária pelas mineradoras.
Operações - Com a tragédia, a Vale foi levada a interromper diversas atividades em meio a uma revisão da segurança de suas estruturas. Recentemente, a empresa obteve liberação para voltar a operar Brucutu, sua principal mina de Minas Gerais, e parte de sua produção em Vargem Grande, também no Estado. Com isso, a empresa elevou sua capacidade de produção de minério de ferro para o intervalo entre 340 milhões a 345 milhões de toneladas por ano. Antes do desastre, a estimativa da empresa era atingir 400 milhões de toneladas em 2019, o que agora só deverá ser possível em cerca de dois ou três anos, segundo os executivos da empresa. (Reuters)
BALANÇA COMERCIAL
País registra pior superávit para julho em 5 anos Brasília - A balança comercial brasileira teve superávit de US$ 2,293 bilhões em julho, o pior para o mês desde 2014 (US$ 1,562 bilhão), com a fraqueza da economia sendo refletida tanto na ponta das exportações quanto das importações. O dado, divulgado pelo Ministério da Economia ontem, também veio abaixo da expectativa de um saldo positivo em US$ 3,8 bilhões conforme pesquisa da Reuters com analistas. No mês, as exportações tiveram queda de 14,8% ante julho de 2018, pela média diária, a US$ 20,054 bilhões. Já as importações caíram 8,9% na mesma base de comparação, a US$ 17,761 bilhões.
No acumulado dos sete primeiros meses do ano, a balança comercial ficou positiva em US$ 28,369 bilhões, recuo de 16,3% sobre igual etapa do ano passado. “(Há) menor demanda externa por conta da desaceleração da economia mundial e menor demanda interna por conta de desempenho aquém do esperado para a economia nacional”, avaliou o subsecretário de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior, Herlon Brandão. Depois de iniciar 2019 prevendo uma alta de 2,5% para o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, o governo foi revisando sua perspectiva para baixo, até cortá-la a 0,81% no último mês. Para o resultado conso-
lidado da balança no ano, a expectativa de analistas ouvidos pelo Banco Central na mais recente pesquisa Focus é de um saldo positivo de US$ 52 bilhões nas trocas comerciais, contra um superávit de US$ 58 bilhões de 2018. No mês passado, o Ministério da Economia ajustou suas estimativas e passou a prever um superávit comercial de US$ 56,7 bilhões para este ano. Destaques - Do lado das exportações, o desempenho negativo foi verificado em todas as categorias em julho, com destaque para os embarques de produtos básicos, que recuaram 16,7% ante igual mês do ano passado. No mês, houve diminui-
ção de 61,2% nas vendas de petróleo em bruto e de 34,6% da soja em grão, dois importantes produtos da pauta comercial brasileira. “Esses dois produtos apresentaram queda tanto de volume quanto de preço no mês”, disse Brandão. Ele apontou que o apetite por petróleo é afetado pela desaceleração da economia mundial, com reflexo nas cotações internacionais do produto. Já as vendas de soja têm sido impactadas pelos problemas sanitários da China, pontuou Brandão. A soja comprada do Brasil é utilizada principalmente na alimentação de porcos, mas a produção suína no gigante asiático sofreu forte redução em função do surto
de peste suína africana no país. Olhando para as demais categorias, as exportações brasileiras de manufaturados e semimanufaturados caíram 12,3% e 4,6% em julho, respectivamente. Na ponta das importações, as compras de combustíveis e lubrificantes subiram 22% em julho. Também cresceram as aquisições de bens intermediários (+4,9%) e de bens de consumo (+1%). Em contrapartida, as importações de bens de capital despencaram 53% sobre julho do ano passado. O Ministério da Economia chamou a atenção para a retração verificada principalmente em barcos-faróis, guindastes, docas e diques flutuantes. (Reuters)
Exportações de minério de ferro sobem 16,6% Rio de Janeiro - As exportações de minério de ferro do Brasil cresceram 16,6% em julho ante o mês anterior, para 34,3 milhões de toneladas, maior nível em nove meses, após a Vale retomar a produção em sua maior mina de Minas Gerais, apontaram dados oficiais divulgados ontem. O volume é o maior desde outubro de 2018, quando as vendas externas brasileiras de minério de ferro atingiram 37,2 milhões de toneladas, segundo números compilados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). O montante de julho, entretanto, é 4,7% menor que o registrado no mesmo mês do ano passado. As exportações brasileiras da commodity neste ano foram fortemente abaladas com o rompimento de uma barragem de rejeitos de minério da Vale, em Brumadinho, em 25 de janeiro, que levou a uma paralisação de diversas atividades para uma revisão da segurança. Em abril, as vendas externas atingiram o menor volume em mais de sete anos, somando 18,3 milhões de toneladas e, desde então, têm se recuperado. A Vale, que responde por grande parte dos embarques do País, obteve autorização em junho para retomar Brucutu, sua principal mina de Minas Gerais, de 30 milhões de toneladas anuais de capacidade. Em meio ao corte de oferta no Brasil e também na Austrália, outro grande exportador global, o preço do minério de ferro exportado pelo País avançou para US$ 74,7 por tonelada, contra US$ 69,5 em junho e US$ 50,4 por tonelada em julho de 2018, na esteira de ganhos no mercado chinês, cuja produção de aço está crescente. Com isso, a receita das exportações brasileiras atingiu US$ 2,6 bilhões em julho, alta de 25,3% em relação a junho e avanço de mais de 40% quando comparado ao mesmo mês do ano passado. (Reuters)
BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 2 DE AGOSTO DE 2019
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POLĂ?TICA LEGISLATIVO
Câmara cassa mandato de ClĂĄudio Duarte Afastamento definitivo do vereador do PSL foi aprovado por unanimidade em sessĂŁo realizada ontem Trinta e sete vereadores votaram, ontem, pela cassação do mandato do vereador ClĂĄudio Duarte (PSL) por quebra de decoro parlamentar em função da prĂĄtica chamada de “rachadinhaâ€?, que compreende o repasse por parte de servidores do gabinete do vereador de parte de suas remuneraçþes. Eram 39 os vereadores em PlenĂĄrio, incluindo a presidente Nely Aquino (PRTB) e ClĂĄudio Duarte, que nĂŁo votaram. Os vereadores FlĂĄvio dos Santos (Podemos) e Preto (DEM) nĂŁo estiveram presentes. A reuniĂŁo, que definiu pela primeira vez em toda a histĂłria da Câmara Municipal de Belo Horizonte pelo afastamento definitivo de um vereador, foi movimentada e teve inĂcio com a leitura do relatĂłrio do vereador Mateus SimĂľes (Novo), que apontava pela cassação. ApĂłs a leitura, a palavra foi dada aos vereadores, que
KAROLINE BARRETO - CMBH
Foram 37 votos favoråveis à cassação do vereador Clåudio Duarte por quebra de decoro
tiveram 15 minutos cada um, para fazer as suas consideraçþes. Doze vereadores se pronunciaram. Entre outras afirmaçþes, os vereadores
destacaram a importância dada ao devido rito processual legislativo no processo de cassação, definido pelo Decreto-Lei 201/67, e a ne-
cessĂĄria serenidade na hora do voto. Defesa - A defesa de ClĂĄudio Duarte foi feita pelo
advogado Vicente Rezende JĂşnior, durou 54 minutos e questionou ponto a ponto os itens do relatĂłrio que motivaram a cassação. Segundo ele, o vereador cassado “nĂŁo ĂŠ rĂŠu confesso e, no momento, sequer ĂŠ rĂŠu em processo que tramita na Justiçaâ€?. Ainda segundo o advogado, existem provas cabais de que nada disso (as acusaçþes sobre “rachadinhaâ€?) aconteceu e sentenciou que “o sentimento que tem que imperar aqui hoje ĂŠ o de justiça, em que se pese o julgamento polĂticoâ€?. Sobre a denĂşncia de “imposição, direcionada aos servidores de seu gabinete, de que repassassem parcela de suas remuneraçþesâ€? ao entĂŁo vereador ClĂĄudio Duarte, Vicente Rezende disse que as testemunhas declararam em juĂzo que nĂŁo houve repasses, exceto Marcelo Caciano, autor da denĂşncia Ă PolĂcia Civil. “Todas as testemunhas declararam que nĂŁo houve repasse e
nĂŁo hĂĄ, nos autos, comprovação que houvesse saques para repasse ao vereadorâ€?, afirmou o advogado. O advogado tambĂŠm questionou parte do texto que pede a cassação por causa da prisĂŁo cautelar do vereador “em virtude de investigação relacionada ao mandatoâ€?, ocorrida em abril deste ano. Para o advogado, “a prisĂŁo foi decretada a partir de uma declaração de suposta ameaça do vereador ao assessor Marcelo Caciano, nĂŁo se tratando de prisĂŁo por condenação criminalâ€?. Com a cassação, ClĂĄudio Duarte perde o mandato como vereador e, segundo o Decreto-Lei 201/67, a Câmara deve informar a cassação Ă Justiça Eleitoral, responsĂĄvel por decidir sobre a inelegibilidade do agora ex-vereador. Em atĂŠ 48 horas, a Câmara farĂĄ a convocação do suplente Ronaldo Batista (PMN), que tem 30 dias para assumir o cargo. (Com informaçþes da CMBH)
EXECUTIVO ADRIANO MACHADO - REUTERS
PolĂŞmicas de Bolsonaro sĂŁo estratĂŠgia para pautar debate polĂtico, apontam especialistas SĂŁo Paulo - A metralhadora de declaraçþes polĂŞmicas, que na avaliação de muitos cruzam o limite do razoĂĄvel, disparada nas Ăşltimas semanas pelo presidente Jair Bolsonaro mistura a forma de ser do presidente, mas tambĂŠm embute uma estratĂŠgia de monopolizar a pauta do debate polĂtico. “Isso ĂŠ parte da personalidade dele, sempre foi, mas eu acho que ele usa muito isso para pautar a mĂdia com polĂŞmicas. Ele cria as polĂŞmicas, de certa forma soa quase como espontâneo, porque ele sempre foi uma pessoa polĂŞmica, de falar sem muito filtro, e agora na situação em que ele estĂĄ ele tem usado muito essas declaraçþes polĂŞmicas para pautar a mĂdiaâ€?, disse o analista Danilo Gennari, da Distrito Relaçþes Governamentais. “Cada coisa dessas que ele fala fica dois dias de mĂdia em torno disso, aĂ ele vai e cria mais umaâ€?, acrescentou. O presidente causou ultraje e indignação de crĂticos, ao mesmo tempo que mobilizou a sua base mais fiel, com comentĂĄrios sobre
nordestinos - a quem chamou de “paraĂbasâ€? quando achava que nĂŁo estava sendo gravado, com questionamentos sobre a existĂŞncia de fome no PaĂs e sobre os dados oficiais de desmatamento da AmazĂ´nia e sobre a possibilidade de prisĂŁo do jornalista norte-americano Glenn Greenwald. Nesta semana, o presidente disse que poderia dizer ao presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, como seu pai, Fernando Santa Cruz Oliveira, desapareceu durante a ditadura militar e, contrariando informaçþes oficiais de que ele foi morto sob custĂłdia do Estado, disse que foi assassinado por membros da organização de esquerda a qual pertencia. Gennari avalia que a estratĂŠgia tem relação com a ideia sempre propalada por Bolsonaro de que a imprensa nĂŁo o trata de forma justa. Assim, ele usa sua capacidade jĂĄ famosa de gerar controvĂŠrsias em escala industrial para deter o controle. “JĂĄ tem muito tempo que
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Cooperativa de Clinicas MĂŠdicas CirĂşrgicas Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais â&#x20AC;&#x201C; Coopuni - HUCMMG CNPJ nÂş 01.417.485/0001-86 Edital de Convocação - Assembleia Geral OrdinĂĄria O presidente da Coopuni, Dr. Roberto Garcia Gonçalves, convoca os cooperados para a Assembleia Geral ExtraordinĂĄria que serĂĄ realizada no dia 14 (quatorze) de agosto de 2019, no Centro de Estudos do Hospital UniversitĂĄrio CiĂŞncias MĂŠdicas de Minas Gerais, Ă rua AimorĂŠs nÂş 2896, Bairro Santo Agostinho, Belo Horizonte, CEP 30.140-070, Ă s 11 horas (onze horas), em 1ÂŞ (primeira) convocação, com a presença de 2/3 (dois terços) dos cooperados; Ă s 12 horas (doze horas), em 2ÂŞ (segunda) convocação, com a presença de metade mais 01 (um) dos cooperados e Ă s 13 horas (treze horas), em 3ÂŞ (terceira) e Ăşltima convocação, com a presença de, no mĂnimo, 10 (dez) cooperados, para deliberar sobre a ordem do dia: ž Destinação do valor de R$ 156.674,35, referente a restituição do ISS recolhido dos cooperados no perĂodo de 2009 e 2010. Belo Horizonte, 02 de agosto de 2019. Dr. Roberto Garcia Gonçalves - Presidente Nota: 1) Declara-se que o nĂşmero de cooperados com direito ao exercĂcio do voto, nesta data, ĂŠ de 160 (cento e sessenta).
TIBAGI ENERGIA SPE S.A. CNPJ/MF NÂş 23.080.281/0001-35 - NIRE 31.3.00112209 EDITAL DE CONVOCAĂ&#x2021;Ă&#x192;O DA ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINĂ RIA. Convidamos os senhores acionistas da TIBAGI ENERGIA SPE S.A. (â&#x20AC;&#x153;Companhiaâ&#x20AC;?), para se reunirem em Assembleia Geral ExtraordinĂĄria, a ser realizada no dia 09 de agosto de 2019, Ă s 17:00 horas, na sede social da Companhia, localizada na Avenida GetĂşlio Vargas, nÂş 874, 10Âş andar, Sala 1006, Bairro Savassi, CEP 30.112-021, Belo Horizonte, Minas Gerais, para deliberar sobre a seguinte ordem do dia: (i) Alterar as condiçþes do resgate das açþes preferenciais de emissĂŁo da Companhia, de forma a prorrogar o Prazo para TransferĂŞncia dos ImĂłveis; (ii) Alterar o Artigo 5Âş, parĂĄgrafo 3Âş, do Estatuto Social da Companhia em razĂŁo da deliberação a ser aprovada no item â&#x20AC;&#x153;(i)â&#x20AC;?; (iii) Alterar o Artigo 24Âş do Estatuto Social da Companhia para prever que o dividendo mĂnimo obrigatĂłrio serĂĄ equivalente a 25% do lucro lĂquido do exercĂcio ajustado; (iv) 2ETIlCAR A !TA DE !SSEMBLEIA 'ERAL %XTRAORDINÂśRIA DA #OMPANHIA REALIZADA EM DE novembro de 2017 (â&#x20AC;&#x153;AGE de 30/11/2017â&#x20AC;?) para fazer constar o que segue: (a) o valor correto do capital social da Companhia antes do seu aumento deliberado na AGE de 30/11/2017; (b) o valor correto do aumento do capital social; (c) o nĂşmero correto de açþes ordinĂĄrias emitidas em razĂŁo do aumento de capital; e (d) o valor correto do preço de emissĂŁo total das açþes ordinĂĄrias e preferenciais emitidas; (v) !JUSTAR EM DECORRžNCIA DA RETIlCAŸO MENCIONADA EM VI O ITEM DA !'% DE O â&#x20AC;&#x153;Anexo I â&#x20AC;&#x201C; Boletim de Subscriçãoâ&#x20AC;? da ata da AGE de 30/11/2017, e o artigo 5Âş, caput, do Estatuto Social da Companhia, que integrou a ata da AGE de 30/11/2017 como seu Anexo IV; (vi) 2ATIlCAR AS DEMAIS DELIBERAÂźĂ&#x160;ES TOMADAS NA !'% DE (vii) 2ATIlCAR A CONTRATAŸO DA %MPRESA !VALIADORA RESPONSÂśVEL PELA AVALIAŸO DOS IMĂ&#x2020;VEIS A SEREM CONFERIDOS AO CAPITAL social da Companhia pela Guartela Energia SPE S.A. (â&#x20AC;&#x153;ImĂłveisâ&#x20AC;?); (viii) Aprovar o laudo de avaliação elaborado pela Empresa Avaliadora referente aos ImĂłveis; (ix) Aumentar o capital social da Companhia, mediante emissĂŁo de novas açþes preferenciais, nominativas e sem valor nominal, a serem subscritas e integralizadas pela Guartela, mediante a conferĂŞncia dos ImĂłveis ao capital social da Companhia; (x) 3ENDO APROVADO O AUMENTO DO CAPITAL SOCIAL DA #OMPANHIA E AS RETIlCAÂźĂ&#x160;ES PREVISTAS NO ITEM (vi) acima, alterar o caput do artigo 5° do Estatuto Social da Companhia; (xi) !UTORIZAR OS 3RS /lCIAIS DOS #ARTĂ&#x2020;RIOS DE 2EGISTRO de ImĂłveis competentes a procederem com todas as averbaçþes, cancelamentos, registros e demais atos necessĂĄrios para o PERFEITO REGISTRO DO PRESENTE INSTRUMENTO A lM DE CONCLUIR A TRANSFERžNCIA DA PROPRIEDADE DOS )MĂ&#x2020;VEIS PARA A #OMPANHIA (xii) Autorizar os Diretores da Companhia para praticar todos os atos necessĂĄrios Ă implementação das deliberaçþes aprovadas; e (xiii) #ONSOLIDAR O %STATUTO 3OCIAL DA #OMPANHIA DE MODO A REmETIR AS DELIBERAÂźĂ&#x160;ES TOMADAS ACIMA "ELO (ORIZONTE DE AGOSTO de 2019. MĂĄrcio Barata Diniz - Presidente do Conselho de Administração.
ele diz que a imprensa sĂł bate nele, que a imprensa nĂŁo dĂĄ o crĂŠdito, nĂŁo dĂĄ as notĂcias boas. Como a avaliação dele ĂŠ que a imprensa sempre vai estar contra ele, eu imagino que a estratĂŠgia dele seja â&#x20AC;&#x2DC;jĂĄ que eles vĂŁo estar contra mim, deixa eu dar o que eles falarem, porque aĂ eles vĂŁo falar o que eu quero que eles falemâ&#x20AC;&#x2122;â&#x20AC;?, disse Gennari. â&#x20AC;&#x153;O controle da narrativa, dos argumentos, das manchetes tem sido dele.â&#x20AC;? Sinal amarelo - Para o analista polĂtico Rafael Cortez, da TendĂŞncias Consultoria, Bolsonaro mantĂŠm na PresidĂŞncia o seu â&#x20AC;&#x153;personagem eleitoralâ&#x20AC;? e dĂĄ sinais de nĂŁo ter respeito Ă s instituiçþes. â&#x20AC;&#x153;Essa ĂŠ a maneira que ele enxerga o exercĂcio da polĂtica. Mostra bem o modo que ele enxergou a sua subida ao poder, o pouco apreço ao pluralismo, Ă pluralidade, ao rito institucionalâ&#x20AC;?, disse Cortez. â&#x20AC;&#x153;O que vai ser testado neste momento ĂŠ o equilĂbrio polĂtico-institucional. NĂŁo me parece que o presidente tenha apreço a pilares ORDEM DE FREI ORLANDO CNPJ/ME 17.461.898/0001-06 EDITAL DE CONVOCAĂ&#x2021;Ă&#x192;O DE ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINĂ RIA SĂŁo convidados os senhores associados da Ordem de Frei Orlando (â&#x20AC;&#x153;Entidadeâ&#x20AC;?) a se reunirem em Assembleia Geral ExtraordinĂĄria, a ser realizada no dia 09 de agosto de 2019, na sede da Entidade, localizada na Rua SantarĂŠm, nÂş 50, Bairro Nova Cintra, municĂpio de Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, CEP 30.516-070, realizando-se a primeira convocação para instalação da Assembleia Geral Ă s 18:00 horas. Caso nĂŁo estejam presentes a maioria dos associados, a segunda convocação para instalação da Assembleia Geral serĂĄ realizada Ă s 18 horas e 30 minutos, do dia 09 de agosto de 2019, instalando-se a Assembleia Geral com qualquer nĂşmero de associados presentes, para deliberação acerca da seguinte ordem do dia: a) Alteração e reforma do Estatuto da Ordem de Frei Orlando; b) Eleição dos novos membros do Conselho Deliberativo e da Diretoria Executiva; c) Outros assuntos de interesse da Entidade. Belo Horizonte, 02 de agosto de 2019. WAGNER Ă LVARES DE OLIVEIRA - Diretor Presidente.
Especialistas avaliam que falar de impeachment de Bolsonaro ainda ĂŠ algo precipitado
bĂĄsicos - seja no plano dos valores, seja no plano do respeito Ă s instituiçþesâ&#x20AC;?, acrescentou. Para Cortez, entretanto, o comportamento do presidente, muitas vezes criticado como autoritĂĄrio e nĂŁo democrĂĄtico, nĂŁo representa, ao menos por ora, um risco institucional ou de o Executivo buscar centralizar mais poder em si. â&#x20AC;&#x153;Por ora, vejo mais como um movimento que nĂŁo reflete acĂşmulo de poder, muito mais essas idiossincrasias em relação ao modus operandi do bolsonarismo &203$1+,$ 6,'(5Ă&#x2019;5*,&$ 3,7$1*8, &13- 1,5( (GLWDO GH &RQYRFDomR GH $VVHPEOHLD *HUDO ([WUDRUGLQiULD )LFDP FRQYRFDGRV RV VHQKRUHV DFLRQLVWDV GD &RPSDQKLD 6LGHU~UJLFD 3LWDQJXL QD IRUPD GH VHX (VWDWXWR 6RFLDO H GD /HL SDUD VH UHXQLUHP HP $VVHPEOHLD *HUDO ([WUDRUGLQiULD TXH VHUi UHDOL]DGD QD GDWD GR GLD jV GH] KRUDV QD $Y (QJ &DUORV *RXODUW VDOD %XULWLV &(3 %HOR +RUL]RQWH 0* D ÂżP GH GHOLEHUDUHP VREUH D (OHLomR 5HHOHLomR GRV PHPEURV GD 'LUHWRULD %HOR +RUL]RQWH $ 'LUHWRULD
e uma visĂŁo de mundo do presidente e do seu nĂşcleo mais prĂłximoâ&#x20AC;?, disse. Ao mesmo tempo ressaltou que esse risco ĂŠ â&#x20AC;&#x153;dinâmicoâ&#x20AC;? e que o â&#x20AC;&#x153;sinal amareloâ&#x20AC;? tem de permanecer aceso. Na mesma linha, Gennari, da Distrito, lembrou que, ao menos atĂŠ o momento, â&#x20AC;&#x153;nĂŁo houve nenhuma medida mais concreta em que as instituiçþes corressem riscoâ&#x20AC;?. â&#x20AC;&#x153;Se hĂĄ alguma exacerbação de poder de algum lado, vocĂŞ tem outros Poderes que vĂŁo chegar e se contrapor a isso, como jĂĄ fizeram.â&#x20AC;? Motivação - Os analistas ouvidos pela Reuters tambĂŠm concordam que falar neste momento sobre um eventual processo de impeachment contra Bolsonaro por causa de seus excessos JOSĂ&#x2030; PATRUS PARTICIPAĂ&#x2021;Ă&#x2022;ES LTDA.
Edital de Intimação. SebastiĂŁo de Barros QuintĂŁo, Oficial Efetivo do CartĂłrio do 5Âş OfĂcio de Registro de ImĂłveis da comarca de Belo Horizonte, em cumprimento as atribuiçþes legais ao seu cargo, com fundamento no artigo 26 da lei 9514 de 20 de novembro de 1997, faz saber a todos quanto o presente edital virem ou dele conhecimento tiverem, conforme requerido pela Bradesco Administradora de ConsĂłrcios Ltda, inscrito no CNPJ-52.568.821/0001-22, credor do contrato nÂş 0119/213 em garantia por alienação fiduciĂĄria, firmado em 16/02/2007 registrado neste serviço (CartĂłrio do 5Âş oficio de Registro de ImĂłveis da Comarca de Belo Horizonte) sob o R.5 da matricula 93742, referente ao imĂłvel situado na Rua Usvaldo Peres de Paula, nÂş 401, Casa Geminada tipo E, Conj. Habitacional Vila Rica, Pampulha, Lote 01, quarteirĂŁo 01, com saldo de responsabilidade de V. Sa. Rodrigo Moreno de Almeida, CPF-030.713.846-10 e Gisele Ferreira Botelho de Almeida, CPF-051.219.016-07, venho intimar a V. Sa. para fins de cumprimento das obrigaçþes contratuais relativas ao saldo devedor do contrato em conformidade com a clĂĄusula contratual que prevĂŞ as hipĂłteses de vencimento antecipado da dĂvida. Informo ainda que o valor da dĂvida sofrerĂĄ as atualizaçþes contratualmente avençadas atĂŠ a data do efetivo pagamento. O pagamento deverĂĄ ser feito junto a credora Bradesco Administradora de ConsĂłrcios Ltda, onde deverĂĄ efetuar a purga do dĂŠbito no prazo improrrogĂĄvel de 15 dias, contados a partir desta data. Na oportunidade fica V.S.a cientificado (a) que o nĂŁo cumprimento da referida obrigação no prazo ora estipulado, garante o direito de consolidação da propriedade do imĂłvel em favor do credor fiduciĂĄrio Bradesco Administradora de ConsĂłrcios Ltda nos termos do artigo 26 §7Âş da lei 9514 de 20/11/1997. Belo Horizonte, 10 de Julho de 2019.
TIBAGI ENERGIA SPE S.A. CNPJ/MF NÂş 23.080.281/0001-35 - NIRE 31.3.00112209 EDITAL DE CONVOCAĂ&#x2021;Ă&#x192;O DA ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINĂ RIA - Convidamos os senhores acionistas da TIBAGI ENERGIA SPE S.A. (â&#x20AC;&#x153;Companhiaâ&#x20AC;?), para se reunirem em Assembleia Geral ExtraordinĂĄria, a ser realizada no dia 09 de agosto de 2019, Ă s 14:00 horas, na sede social da Companhia, localizada na Avenida GetĂşlio Vargas, nÂş 874, 10Âş andar, Sala 1006, Bairro Savassi, CEP 30.112-021, Belo Horizonte, Minas Gerais, para deliberar sobre a seguinte ordem do dia: (i) a 1ÂŞ (primeira) emissĂŁo de debĂŞntures simples, nĂŁo converSĂ VEIS EM AÂźĂ&#x160;ES DA ESP½CIE COM GARANTIA REAL COM GARANTIA ADICIONAL lDEJUSSĂ&#x2020;RIA EM S½RIE Ă&#x2039;NICA h$EBžNTURESv PARA DISTRIBUIŸO pĂşblica com esforços restritos de colocação da Companhia (â&#x20AC;&#x153;EmissĂŁoâ&#x20AC;?), nos termos da Instrução da ComissĂŁo de Valores MobiliĂĄrios NÂ? DE DE JANEIRO DE CONFORME ALTERADA h/FERTAv (ii) A AUTORIZAŸO š $IRETORIA DA #OMPANHIA PARA PRATICAR TODOS OS ATOS NECESSÂśRIOS OU CONVENIENTES š FORMALIZAŸO E IMPLEMENTAŸO DA /FERTA INCLUSIVE A CONTRATAŸO DOS PRESTADORES DE SERVIÂźOS NECESSÂśRIOS PARA TANTO E (iii) A RATIlCAŸO DOS ATOS JÂś PRATICADOS PELA $IRETORIA DA #OMPANHIA RELACIONADOS šS DELIBERAÂźĂ&#x160;ES ACIMA Belo Horizonte, 01 de agosto de 2019. MĂĄrcio Barata Diniz - Presidente do Conselho de Administração.
CNPJ-MF 25.321.779/0001-78 CONVOCAĂ&#x2021;Ă&#x192;O Ficam os SĂłcios Quotistas da JosĂŠ Patrus Participaçþes Ltda. convocados para ReuniĂŁo, na sede social, na Rua Matias Cardoso, nÂş 169 - 8Âş andar, Bairro Santo Agostinho, em Belo Horizonte, Minas Gerais, Ă s 12:00h (doze horas), em primeira convocação, e Ă s 12:30h (doze horas e trinta minutos), em segunda convocação, do dia 14 (quatorze) de agosto de 2019 (dois mil e dezenove), para deliberarem sobre a seguinte Ordem do Dia: a) Adequação do contrato social, em decorrĂŞncia do falecimento de quotista e, por consequĂŞncia, transferĂŞncia das açþes Ă s descendentes de primeiro grau, nos termos do Contrato Social; E 5H 5DWLÂżFDomR GD DWD GH UHXQLmR UHDOL]DGD em 21/06/2016 registrada na JUCEMG sob o nĂşmero 5815503 em 12/08/2016; c) Eleição de Administradores; d) Deliberação sobre a Oitava Alteração do Contrato Social; e) Tomar as contas dos administradores e deliberar sobre as demonstraçþes contĂĄbeis, o balanço patrimonial e o resultado econĂ´mico, bem como as contas dos administradores, relativos ao exercĂcio social encerrado em 31 de dezembro de 2018; f) Deliberar sobre a destinação do lucro lĂquido do exercĂcio. Belo Horizonte, 31 de julho de 2019. (a) Marcos Caram Patrus. (a) Fernando Caram Patrus.
retĂłricos seria extremamente precipitado. â&#x20AC;&#x153;Quando se fala de impeachment, a gente precisa de dois elementos: motivo e motivação. Motivo ĂŠ a razĂŁo. A razĂŁo tem um componente judicial. Ă&#x2030; um crime de responsabilidade? Agrava muito a Constituição?â&#x20AC;?, disse Creomar de Souza, da Dharma Political Risk. â&#x20AC;&#x153;O segundo ĂŠ a motivação, o que significa, do ponto de vista polĂtico, ĂŠ saber se os entes polĂticos tĂŞm a vontade de fazer um processo de impeachment. E aĂ quando a gente anda no Congresso, vocĂŞ nĂŁo vĂŞ ainda essa motivação para issoâ&#x20AC;?, argumentou. Para ele, hĂĄ uma divisĂŁo grosso modo entre um terço da população radicalmente bolsonarista, outro que rejeita o presidente e um outro terço que estĂĄ mais ao centro do espectro polĂtico, ĂŠ mais pragmĂĄtico e se preocupa principalmente com os resultados da economia. Na avaliação de Creomar, se a agenda econĂ´mica avançar e o cenĂĄrio na economia for favorĂĄvel, o nĂvel de tolerância aos excessos do presidente aumenta. Ao mesmo tempo, o oposto acontece se as reformas patinarem e Ăndices como investimento e desemprego seguirem ruins. (Reuters)
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LEGISLAÇÃO DIVULGAÇÃO
FRAUDES
Investigação da Receita contra 133 contribuintes é suspensa por Moraes Ministros do STF estavam entre os alvos de fiscalização Brasília - O ministro do Su- gados pelo órgão. A manifestação atribuídas a membros da forçapremo Tribunal Federal (STF), foi divulgada após a imprensa -tarefa da Lava Jato e ao ex-juiz Alexandre de Moraes, decidiu divulgar que o casal seria citado federal e ministro da Justiça e ontem suspender investigação em uma apuração preliminar de Segurança Pública, Sergio Moro. fiscal aberta pela Receita Federal “possíveis fraudes de corrupção, “Esta é a maior crise que se contra 133 contribuintes para lavagem de dinheiro, ocultação abateu sobre o aparato judicial apurar suspeitas de irregulari- de patrimônio ou tráfico de in- do Brasil desde a redemocratizadades fiscais. A fiscalização é fluência”. Reportagens também ção”, avaliou Mendes, antes da realizada pela Equipe Especial afirmaram que a esposa do minis- primeira sessão plenária do STF de Fraudes (EEF), especializada tro Dias Toffoli, Roberta Rangel, após o recesso do meio de ano. “Já na investigação de autoridades, também seria alvo do Fisco. demoramos muito. O Conselho O pedido de suspensão das in- Nacional da Justiça Federal, o CNJ, entre elas, ministros da Corte. No entendimento do ministro, vestigações foi assinado dentro do e o CNMP (Conselho Nacional há graves indícios de ilegalidades inquérito aberto pelo presidente, do Ministério Público) precisam na investigação e “direcionamento Dias Toffoli, para apurar notícias olhar para essa questão, essa das apurações em andamencrise, com a gravidade que to”. Na mesma decisão, Moraes ela merece, porque de fato “São claros os indícios de desvio de determinou o afastamento ela é muito grave”, afirmou. temporário de dois servidores Desde junho, o site The finalidade na apuração da Receita, da Receita Federal por quebra Intercept Brasil, do jornaque, sem critérios objetivos de de sigilo. lista norte-americano Glenn “Considerando que são seleção, pretendeu, de forma oblíqua Greenwald, o jornal Folha de claros os indícios de desvio e ilegal, investigar agentes públicos” S.Paulo e a revista Veja têm publicado conversas que tede finalidade na apuração da Receita Federal, que, sem riam sido mantidas entre critérios objetivos de seleção, falsas (fake news) e ofensas que procuradores da Lava Jato e Moro, pretendeu, de forma oblíqua e tenham a Corte como alvo. O in- de modo privado, por meio de um ilegal, investigar diversos agentes quérito tramita de forma sigilosa aplicativo de mensagens. públicos, inclusive autoridades e foi prorrogado hoje por mais Em sua publicação mais recendo Poder Judiciário, incluídos 180 dias pelo ministro Alexandre te, o jornal Folha de S.Paulo e o ministros do Supremo Tribu- de Moraes, que é relator do caso. site Intercept Brasil divulgaram nal Federal, sem que houvesse, ontem mensagens em que o corepita-se, qualquer indicio de Vazamentos - Os ministros Gil- ordenador da Lava Jato, Deltan irregularidade por parte desses mar Mendes e Marco Aurélio Dallagnol, estaria estimulando contribuintes”, decidiu. Mello, do Supremo Tribunal Fe- a força-tarefa a investigar miEm fevereiro deste ano, a Re- deral (STF), cobraram ontem ação nistros do Supremo, entre eles ceita negou que o ministro do dos conselhos Nacional de Justiça Gilmar Mendes e o presidente da STF Gilmar Mendes e sua esposa, (CNJ) e Nacional do Ministério Corte, Dias Toffoli, por meio de Guiomar Mendes, sejam investi- Público (CNMP) ante as conversas informações da Receita Federal.
Alexandre de Moraes apontou indícios de ilegalidades na investigação
A iniciativa abarcaria ainda as esposas dos ministros. “Isso é incrível. Porque atua no Supremo Tribunal Federal o procurador-geral da República. É inconcebível que um procurador da República, de primeira instância, busque investigar atividades desenvolvidas por ministros do Supremo”, disse Marco Aurélio Mello ao comentar a reportagem. “Cabe, evidentemente revelados os fatos, acionar, e aquele que se sinta prejudicado deve fazê-lo para avançarmos culturalmente, o CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público)”, acrescentou Marco Aurélio.
Para Gilmar Mendes, “tudo indica que a Receita Federal estava servindo como órgão de pistolagem”. O ministro acrescentou que “quando isso se faz com o presidente do Supremo Tribunal Federal, o que eles não serão capazes de fazer com o cidadão comum”. O ex-juiz Sergio Moro e os integrantes da força-tarefa da Lava Jato no Paraná afirmam que a autenticidade das mensagens publicadas pela imprensa não pode ser verificada e que o material foi obtido de modo criminoso, por meio da invasão de seus aparelhos telefônicos. (ABr)
DECLARAÇÃO
MP
Fisco mira em operação com criptomoeda
Supremo mantém demarcação de terras indígenas com a Funai
Brasília - Começou a valer ontem a obrigatoriedade de prestação de informações à Receita Federal sobre operações de compra e venda envolvendo moedas virtuais (criptomoedas ou criptoativos). A mais famosa delas é o Bitcoin. A medida vale para empresas, pessoas físicas e corretoras que usam esse sistema de transações financeiras. As regras para essa prestação de contas estão definidas na Instrução Normativa RFB 1.888/2019. As informações sobre cada transação deverão ser registradas mensalmente. Por isso, o primeiro registro será realizado em setembro, com base nos dados de agosto.
A norma estabelece que as informações sobre as transações deverão ser prestadas com a utilização do sistema Coleta Nacional, disponibilizado por meio do Centro Virtual de Atendimento (e-CAC). Dois atos declaratórios executivos (ADEs) da Coordenação-Geral de Programação e Estudos (Copes) foram publicados em junho. Eles trazem os manuais de orientação do layout e de preenchimento do sistema relativas às operações realizadas com criptoativos. Segundo a norma, as informações deverão ser prestadas sempre que o valor mensal das transações, isolado ou conjuntamente, ultrapassar R$ 30 mil, e inclui todo tipo de
operação, como compra e venda, permuta, doação, transferência de criptoativo, entre outras. De acordo com a Receita Federal, o mercado de moedas digitais no Brasil possui mais investidores que a Bolsa de Valores de São Paulo (B3), que têm cerca de 800 mil pessoas cadastradas. Além disso, esse mercado movimentou, apenas em 2018, mais de R$ 8 bilhões no país. A coleta de informações sobre esse tipo de operação é uma tendência mundial e, segundo a Receita Federal, se intensificou em vários países após ação de grupos que estariam se utilizando do sistema para a prática de crimes como
lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e financiamento do tráfico de drogas e armas. Pelas regras, as informações deverão ser transmitidas à Receita Federal até as 23h59min59s, horário de Brasília, do último dia útil do mês subsequente àquele em que ocorreu o conjunto de operações realizadas com criptoativos. Ou seja, as informações do mês de agosto serão prestadas até o último dia útil de setembro e assim sucessivamente. As penalidades pela não prestação das informações são multas que variam de R$ 100 a R$ 500 ou de 1,5% até 3% do valor da operação não-informada. (ABr)
DANOS MORAIS
Utilização indevida de marca gera multa Brasília - A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), por unanimidade, determinou o cancelamento do domínio da Decolando Turismo na internet e manteve a condenação da empresa por danos morais, no valor de R$ 50 mil, em virtude da utilização indevida de marca, em ação movida pela Decolar.com. No processo, a Decolar.com sustentou que a Decolando Turismo fazia uso de nome e leiaute muito semelhantes aos seus, e que isso poderia causar confusão nos consumidores e desvio de clientela, pois são empresas que atuam no mesmo segmento. Por isso, a Decolar pediu que a outra empresa se abstivesse de utilizar qualquer marca com o mesmo verbo. A autora da ação disse ainda que a concorrente agiu de má-fé, já que teria registrado sua marca depois do registro da marca Decolar.com – motivo pelo qual
requereu o pagamento de danos materiais e morais decorrentes da concorrência desleal. Em sua defesa, a Decolando alegou que não agiu de má-fé e que não houve violação de direitos de marca nem comprovação da prática de atos de concorrência desleal. O pedido foi julgado parcialmente procedente em primeiro grau, com a determinação de abstenção do uso da marca. Quanto ao uso do domínio www.decolando.com. br, o juízo decidiu que, mesmo tendo sido registrado depois, não foi comprovada má-fé; por isso, autorizou o uso simultâneo aos domínios www.decolar.com e www. decolar.com.br. O juiz também rejeitou o pedido de danos materiais e morais, considerando que não houve demonstração de prejuízos. Entretanto, em segundo grau, a Decolando foi condenada pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal a compensar os danos
morais, mantida a improcedência dos pedidos de reparação dos danos materiais e de cancelamento do nome de domínio. As duas empresas recorreram ao STJ. A relatora dos recursos, ministra Nancy Andrighi, ressaltou que a Decolar.com é mais antiga e que seu domínio na internet e sua marca também são anteriores aos registros da Decolando Turismo, e que a má-fé pode ser caracterizada como “atos antiéticos e oportunistas”. Segundo ela, a situação retratada no processo pode, sim, causar confusão nos consumidores e desvio de clientela. A ministra apontou que o Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) prevê que os nomes de domínio que induzam terceiros a erro, desrespeitem a legislação ou violem direitos de terceiros não podem ser submetidos a registro.
destacou que a confusão indevida entre os nomes de domínio é notória, pois se dá pelo fato de as empresas utilizarem o mesmo verbo – ainda que uma delas no gerúndio –, o que viola o direito de exclusividade do uso da palavra pela empresa Decolar.com, assegurado pelo artigo 129 da Lei 9.279/1996. Sobre a questão dos danos morais em razão do uso indevido de marca – reconhecido pelas instâncias ordinárias –, Nancy Andrighi citou precedentes do STJ segundo os quais esses danos “decorrem de ofensa à imagem, identidade e/ou credibilidade do titular do direito tutelado”. Para a jurisprudência, a configuração do dano moral em tais casos é consequência da comprovação do uso indevido de marca, não sendo necessário demonstrar prejuízo ou abalo moral. (Com informações Verbo - Além disso, a relatora do STJ)
Brasília - Por unanimidade, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu ontem manter a liminar do ministro Luís Roberto Barroso que suspendeu, em junho, trecho da medida provisória que devolveu ao Ministério da Agricultura a atribuição de realizar demarcações de terras indígenas. A decisão do STF foi tomada para julgar a questão definitivamente. Antes do julgamento, a Câmara e o Senado também rejeitaram mudanças nas demarcações e mantiveram os atos com a Fundação Nacional do Índio (Funai), vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública. A transferência das demarcações para a Agricultura estava prevista na reestruturação administrativa realizada pelo governo federal em janeiro. No entanto, em maio, a mudança não foi aprovada pelo Congresso, que devolveu a atribuição à Funai. Em junho, uma nova medida foi editada pelo presidente Jair Bolsonaro para manter as demarcações na pasta da Agricultura. Em seguida, o ministro Barroso suspendeu a nova medida a pedido do PSB, PT e da Rede. Ao analisar o caso, o ministro concordou com os argumentos apresentados pelos partidos e afirmou que a nova medida é inconstitucional. Segundo Barroso, o artigo 62 da Constituição definiu que “é vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo”. (ABr)
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AGRONEGÓCIO
agronegocio@diariodocomercio.com.br
AGRIMINAS
Feira cresce e 13ª edição será no Expominas Evento começa no próximo dia 7 e deve movimentar entre R$ 8 milhões e R$ 10 milhões em negócios IAÇANÃ WOYAMES
MICHELLE VALVERDE
A demanda aquecida e o reconhecimento da qualidade dos produtos da agricultura familiar foram fatores que provocaram o crescimento da Feira de Agricultura Familiar de Minas Gerais (Agriminas). A 13ª edição do evento, que será de 7 a 11 de agosto, ocorrerá, pela primeira vez, no Centro de Feiras e Exposições George Norman Kutova (Expominas), em Belo Horizonte. Com cerca de 600 expositores, a expectativa da organização é de movimentar em negócios entre R$ 8 milhões e R$ 10 milhões, valor que vai superar em pelo menos 60% os R$ 5 milhões registrados na edição anterior. De acordo com o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Minas Gerais (Fetaemg) e idealizador da Agriminas, Vilson Luiz da Silva, nos últimos anos, a demanda pelos produtos da agricultura familiar cresceu substancialmente e, por isso, houve a mudança do local da feira, que, até o ano passado, era realizada na Serraria Souza Pinto. Com a alteração do local, o número de expositores passou de 300 para 600. A solicitação por parte dos produtores para participar do evento é crescente, o que também contribuiu para a expansão. “Estamos muito otimistas com a Agriminas. Os consumidores reconhecem a qualidade dos produtos da agricultura familiar e, por isso, mudamos o local
Ao todo, serão 600 expositores da agricultura familiar na feira em Belo Horizonte este ano, o dobro da edição passada
do evento. Com o espaço maior, teremos mais famílias expondo e comercializando os produtos. Além da qualidade diferenciada e da grande variedade, os produtos da agricultura familiar são mais saudáveis, seguros, e a população tem buscado por isso”, disse Silva. Oportunidade de negócios - A projeção é de que o evento receba cerca de 100 mil visitantes, entre consu-
midores, agricultores, técnicos, estudantes e lideranças rurais. Também é esperada a visitação de empresários do setor de supermercados e comércios especializados, que terão a opção de negociar a aquisição dos itens da agricultura familiar direto com os produtores. “A Agriminas é uma vitrine para os produtos da agricultura familiar. O evento é importante para estimular as negociações
dos produtores rurais direto com os consumidores e para a realização de negócios com supermercados, sacolões e lojas especializadas, por exemplo. É uma forma de agregar valor e colocar produtos regionais e de qualidade no mercado final”, explicou Silva. Com a ampliação da feira, a movimentação financeira deve variar entre R$ 8 milhões e R$ 10 milhões em negócios. Na edição ante-
rior, o faturamento ficou próximo a R$ 5 milhões. De acordo com Silva, além das vendas diretas, vários negócios são concretizados também no pós-feira. A organização da feira disponibiliza hospedagem e alimentação gratuitamente para todos os expositores. Os agricultores familiares não têm nenhum custo para expor na feira. “Oferecemos todo o suporte que o agricultor fami-
liar precisa para participar da feira. A Agriminas tira o pequeno agricultor familiar da invisibilidade. É uma oportunidade para que ele possa ampliar a sua área de atuação, fazendo novos contatos e parcerias comerciais. Diversos expositores fecham negócios na feira e tornam-se fornecedores de mercados e sacolões”, disse Silva. Capacitação - Além da comercialização de produtos, a feira também é um espaço de aprendizado, capacitação e atualização dos produtores. Durante a Agriminas, serão realizadas diversas palestras com temas importantes para o setor produtivo, como as tecnologias disponibilizadas, a instalação e uso da produção de energia solar no campo, industrialização do leite, como negociar os produtos com supermercados, entre outros assuntos. “Nosso intuito não é só vender. É levar para os expositores informações e a conscientização de que é necessário produzir conforme a demanda do mercado, com qualidade e variedade”, destacou. Uma das novidades do evento é o estande da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), onde técnicos irão orientar os produtores rurais sobre diversos temas, incluindo a agroecologia, hortifrutigranjeiros, cooperativismo, cafeicultura, agroindústria e boas práticas, bovinocultura de leite e avicultura caipira.
EXPORTAÇÃO DE LATICÍNIOS
ALIMENTOS
Brasil deve priorizar vendas de queijos à China
Preços mundiais têm segunda queda consecutiva puxada por cereais e açúcar
São Paulo - O Brasil deve iniciar embarques de laticínios à China neste mês, com a associação Viva Lácteos afirmando que o País pode registrar US$ 4,5 milhões por ano em vendas ao gigante asiático a partir de 2021, já que é preciso tempo para a construção de relações comerciais duradouras. O Ministério da Agricultura anunciou, na semana passada, que a China havia autorizado 24 estabelecimentos a exportar produtos como queijo, manteiga, leite condensado e leite em pó, com a expectativa de que os embarques se iniciassem em agosto. Diretor-executivo da Viva Lácteos, Marcelo Martins disse em entrevista ontem que a autorização pode impulsionar o setor, que planeja focar inicialmente as vendas de queijo para a China, mercado no qual os fabricantes nacionais seriam mais competitivos. “Neste momento, temos total convicção de que não temos como exportar commodity”, disse ele. As companhias brasileiras de laticínios estão ávidas para voltar o foco às exportações, após uma ausência de mais de uma década na China, intervalo que usaram para atender ao mercado doméstico, que
WILLIAN DIAS / ALMG
Chineses importam anualmente 110 mil toneladas do produto derivado do leite
cresceu 4% ao ano entre 2008 e 2014, segundo Martins. “(As autorizações) foram um passo importante dentro de uma estratégia de gerar demanda. Nada melhor que a abertura do mercado chinês”, avaliou ele. “Mas temos dever de casa por fazer”. Martins afirmou que os custos de frete e a instabilidade da rede elétrica no Brasil, que é vital para operar e manter qualquer atividade lucrativa no setor de laticínios, também representam desafios aos potenciais exportadores. Intolerância à lactose - Ian Lin, presidente-executivo da consultoria comercial Group Serpa, de Xangai, disse em entrevista que
os consumidores chineses não estão acostumados a comprar produtos lácteos, mas a cultura pode mudar. Uma grande parcela da população da China é intolerante à lactose, de acordo com estudos científicos, embora campanhas comerciais estimulando seu consumo como parte de uma dieta saudável tenham ajudado a impulsionar o segmento de derivados de leite no país. Lin afirmou que as importações dominam o mercado de laticínios da China, com a Nova Zelândia representando 51% do leite em pó importado pelo país, volume que totalizou cerca de 800 mil toneladas em 2018. O executivo enfatizou que o Brasil enfrentará a
competição de fornecedores fisicamente mais próximos, notando que o custo do frete marítimo é de US$ 870 para o embarque de 20 toneladas de produtos lácteos da Nova Zelândia para a China, enquanto o valor é de US$ 1.500 para carregamentos partindo do Brasil. Por outro lado, a China importa 110 mil toneladas de queijo por ano, e este é um mercado com um crescimento anual de 13%, disse Martins. No ano passado, as exportações totais de laticínios pelo Brasil somaram US$ 58,2 milhões, com Argentina, Chile e Rússia entre os maiores compradores, segundo dados da Viva Lácteos. (Reuters)
Roma - Os preços mundiais dos alimentos caíram pelo segundo mês consecutivo em julho, após cinco altas mensais seguidas anteriormente, puxados pelas quedas nos preços de alguns cereais, laticínios e açúcar, informou ontem a agência de alimentos da ONU. O índice de preços de alimentos da Organização para Agricultura e Alimentação (FAO), que mede as variações mensais de uma cesta de cereais, oleaginosas, laticínios, carnes e açúcar, ficou em média de 170,9 pontos no mês passado, ante 172,7 pontos revisados em junho. O número de junho havia sido divulgado anteriormente como 173,0 pontos. A FAO não atualizou sua previsão para a produção mundial de cereais. A próxima estimativa será divulgada em 5 de setembro. O índice de preços de cereais da FAO caiu 2,7% em relação a junho devido aos menores preços do trigo e do milho, mas ainda subiu 4,1% em relação ao nível de julho do ano passado. O índice de preços do arroz da FAO marcou seu quinto mês sucessivo de estabilidade,
disse a agência. O índice de preços de laticínios da FAO caiu 2,9% em relação a junho, o segundo mês consecutivo de queda, com recuo de quase 3% em comparação com o mesmo mês do ano passado. As cotações da manteiga foram as que mais caíram, seguidas por queijo e leite em pó integral. O índice de preços do açúcar da FAO caiu 0,6% em julho em relação ao mês anterior, principalmente devido às expectativas de maior produção de cana-de-açúcar na Índia, o maior produtor de açúcar do mundo, após chuvas acima da média nas principais regiões produtoras de açúcar. Por outro lado, o índice de preços do óleo vegetal aumentou 0,8% em relação ao mês anterior, com os preços do óleo de soja e girassol mais firmes mais do que compensando uma queda nos valores do óleo de palma. O índice ainda estava 11% abaixo do nível do ano passado. O índice de preço da carne subiu 0,6% em julho ante junho, registrando o sexto mês consecutivo de aumento moderado. (Reuters)
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ACELERAÇÃO
Fiemg Lab 4.0 irá selecionar 50 startups Serão três fases, que serão acompanhadas pelo desenvolvimento contínuo dos modelos de negócios SEBASTIÃO JACINTO JÚNIOR
THAÍNE BELISSA
Um grande evento de celebração à inovação marcou a abertura oficial do programa Fiemg Lab 4.0, na última quarta-feira, no Teatro Sesiminas, na região Leste da Capital. Essa é a primeira edição do programa nessa nova versão, que vai focar em soluções voltadas para a indústria e acelerar 50 startups. Durante a inauguração, representantes das quatro indústrias madrinhas - Cemig, RHI Magnesita, Gerdau e Vale - falaram sobre suas expectativas e a importância da inovação aberta para o setor industrial. Juntas, elas aportarão R$ 1,4 milhão nas startups nos próximos 12 meses. O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Flávio Roscoe, afirma que o novo DNA do Fiemg Lab traz o foco da inovação para a indústria. “Queremos que startups desenvolvam soluções que aumentem a produtividade e a competitividade das nossas indústrias. As startups, por outro lado, ganham acesso a empresas de grandes porte e crescem mais rápido. Vamos juntar esses dois mundos e gerar desenvolvimento para o Estado”, afirmou. O programa selecionou 49 empresas de oito estados brasileiros, além de uma empresa da Carolina do Norte, nos Estados Unidos. Desse total, 50% são de Minas Gerais. As empresas desenvolvem soluções para diferentes
Roscoe: queremos que startups desenvolvam soluções que aumentem a produtividade e a competitividade das indústrias
setores e atuam com tecnologias como big data, internet das coisas, computação em nuvem e biotecnologia. De acordo com a gestora do programa, Mariana Yasbeck, as empresas são aceleradas durante um ano e, nesse tempo, apresentam ao menos uma prova de conceito de aplicação da solução. O investimento de R$ 1,4 milhão será acessado gradativamente pelas startups, na medida em que avançam pelas fases no programa. Desse montante, R$ 240 mil serão
destinados a um fundo para a realização de provas de conceito renumeradas. Essas provas serão propostas pelas indústrias madrinhas e apenas algumas startups irão realizá-las. O vice-presidente comercial siderurgia para a América do Sul da RHI Magnesita, Celso Freitas, adiantou que as provas de conceito propostas pela empresa envolverão os temas energia e cadeia de suprimentos. “Temos uma cadeia logística complexa e precisamos de mais efi-
ciência. Além disso, trabalhamos com fabricação em altas temperaturas e estamos em busca de soluções para reduzir o custo de energia na produção”, diz. Ele afirma que a proposta do Fiemg Lab chegou no momento certo, justamente quando a empresa se movimentava rumo à inovação aberta. “Começamos algumas iniciativas de procurar startups, mas o Fiemg Lab nos chamou a atenção porque facilitaria esse trabalho de seleção e com o know hall da
indústria. Já tem sido muito interessante participar do projeto, inclusive, para engajar o nosso time que precisa passar por essa mudança de cultura”, destacou. Já o gerente-geral industrial da Gerdau, Maurício Metz, afirmou que a empresa vai lançar desafios às startups em relação à evolução de produtividade em floresta e à segurança dos trabalhadores na movimentação de panelas de aço líquido. Essa é a segunda vez que a empresa participa do Fiemg Lab e a experiência
positiva na primeira edição motivou o retorno. “Tínhamos demandas históricas que foram resolvidas de forma muito mais ágil por startups. Se tivéssemos recorrido ao formato tradicional de parcerias teríamos nos deparado com soluções muito mais caras e demoradas”, diz. Cultura - O gerente executivo de inovação da Vale, Hélio Mosquim, afirmou que a participação no programa é importante não apenas para a implantação de novas tecnologias, mas para o desenvolvimento da cultura de inovação na empresa. “As startups nos ensinam sobre essa forma ágil de trabalhar com foco na resolução de problemas. Além disso, há uma sinergia entre as empresas madrinhas e compartilhar cases é uma forma de acelerar a inovação também”, disse. O gerente de inovação tecnológica e alternativas energéticas da Cemig, Frederico Ribas, afirmou que o grande diferencial que atraiu a empresa para o programa foi o seu “selo de b2b”. “O fato de ser um programa focado em soluções para indústria pesada com foco em Minas Gerais foi o grande atrativo”, disse. Ele também destacou que esse processo de desenvolvimento da “cultura startup” acontece aos poucos, na medida em que a empresa evolui de uma agenda exclusivamente voltada para a pesquisa e inovação e adere a iniciativas de inovação mais ágeis.
ANNA ROCHA / FUMSOFT
TELECOMUNICAÇÕES
Anatel aprova TAC de R$ 86,7 milhões da mineira Algar Telecom
“Os desafios da transformação digital nas organizações” foi o tema da palestra realizada pela Fumsoft na Capital
DEBATE
Fumsoft estimula cultura inovadora “Os desafios da transformação digital nas organizações” foi o tema da palestra ministrada no dia 31 de julho, pelo CEO do Grupo Kroton, Rodrigo Galindo, no Museu Inimá de Paula, na capital mineira. Realizado pela Fumsoft - entidade sem fins lucrativos e que promove iniciativas de Tecnologia e Inovação (TI) para o ecossistema do Estado de Minas Gerais - o evento fez parte do Select, iniciativa que gera valor para seus associados por meio de encontros com personalidades referências no Brasil. Na ocasião, também foi lançado o programa de associados, que reúne
benefícios e descontos exclusivos para as empresas participantes. O presidente da Fumsoft, Leonardo Fares, ressaltou a importância do compartilhamento de experiências e informações entre as associadas para o fortalecimento do setor. “Além de a entidade contribuir para o desenvolvimento dessas empresas, o debate contínuo sobre temas relevantes entre os profissionais de TI também é uma forma de favorecer a retomada do crescimento econômico de Minas Gerais, uma vez que a área está presente em todas as cadeias produtivas”,
afirmou Fares. Na ocasião, Galindo destacou a relevância das organizações se reinventarem sempre para alcançar o sucesso e frisou que os erros fazem parte de uma empresa que visa implantar a cultura inovadora. “Neste processo de transformação digital, é mais importante ter boas perguntas do que respostas e os erros têm valor de aprendizado”, disse. Ainda de acordo com Galindo, o engajamento do líder também é um fator que faz diferença, “já que o processo de transformação digital é acompanhado por uma mudança de cultura e
de mind set”. Entre os anos de 2009 e 2018, o Grupo Kroton implementou inovações de eficiência (70%), incrementais (20%) e disruptivas (10%), as quais resultaram em melhorias nas operações internas e na experiência dos alunos. Hoje, o Grupo é considerado a maior empresa de educação do Brasil, com aproximadamente 2,5 milhões de alunos nos ensinos presencial e a distância. (Da Redação)
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou ontem a proposta de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) da Algar Telecom. Pela proposta, a empresa, que presta serviços de telecomunicação em 15 estados, vai transformar as multas aplicadas pela agência em investimentos na melhoria do serviço. O valor total do TAC é de R$ 86,7 milhões. Os valores serão revertidos em ações de melhoria no atendimento, como implantação de rede móvel em 4G em nove municípios com população menor que 30 mil habitantes. A empresa também vai ter que implantar o 4G em 22 distritos não sede e instalar 52 estruturas da telefonia móvel, conhecidas como Estações Rádio Base (ERBs), em rodovias na área de atuação da Algar nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Goiás e Mato Grosso do Sul. Segundo a Anatel, a expectativa com o TAC é que a telefonia móvel chegue a 70 mil novos usuários. Os municípios que receberão essa infraestrutura têm Ín-
dice de Desenvolvimento Humano (IDH) inferior à média nacional. A empresa se comprometeu ainda a instalar redes de 4G dentro de sua área de cobertura, que compreende 135 municípios, em locais onde a tecnologia não está disponível. A operadora se comprometeu também a ressarcir, em até 30 meses, de todos os usuários de telefonia fixa e móvel atingidos por eventual interrupção do serviço. O TAC ainda precisa ser aprovado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) antes de ser implantado e o valor estimado de R$ 86,7 milhões ainda pode ser corrigido de acordo com a regulamentação aplicável. Internet das Coisas - A Anatel aprovou também a realização de consulta pública voltada para reavaliar a regulamentação das aplicações de Internet das Coisas (IOT, na sigla em inglês). A consulta visa diminuir barreiras regulatórias à expansão das aplicações de internet das coisas e comunicações máquina-a-máquina. (ABr)
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BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 2 DE AGOSTO DE 2019
12
DC AUTO IMPRESSÕES AO DIRIGIR
Fiat Argo Trekking anda bem e surpreende em estradas de terra Versão aventureira do hatch é equipada com pneus de uso misto e suspensão elevada AMINTAS VIDAL*
A Fiat foi a primeira montadora no Brasil a enxergar o potencial das versões travestidas de off-road. Nos final dos anos de 1990, ela lançou a perua Palio Weekend Adventure. A grife se espalhou rapidamente por diversos modelos da marca, chegando a compor o portfólio da picape Strada, do monovolume Idea e da minivan Doblò. Com o mercado ávido por versões aventureiras, principalmente as de custo mais baixo, a Fiat criou a assinatura Trekking, uma espécie de segunda divisão da linha Adventure. Equipada com apliques mais discretos, e a usual elevação na suspensão, a Trekking integrou o catálogo da Palio Weekend e da Strada, versões já descontinuadas para ambos os modelos. Coube ao Argo Trekking, variante aventureira do hatch da Fiat, ressuscitar essa assinatura. Ela se tornou a quinta versão do modelo que oferece até sete configurações, ao se optar entre motores e câmbios, abrangendo todas as faixas de acabamentos e preços. Lançado em meados de 2017, o Argo está buscando um melhor posicionamento no mercado. No fechamento de 2018 foram emplacadas 63.011 unidades, o 8° modelo mais vendido do Brasil entre os automóveis. Neste ano, no fechamento do primeiro semestre, ele já é o 7° colocado, com 36.211 emplacamentos, segundo dados fornecidos pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). A Fiat já declarou que seu objetivo é posicionar o Argo entre os cinco primeiros até o fechamento de 2019. Argo Trekking - DC Auto recebeu o Argo Trekking 1.3 bicombustível, com câmbio manual, para avaliação. No site da montadora o preço sugerido da versão básica é R$ 59,99 mil, mas este valor só se aplica para o preto sólido, denominado Vulcano. As outras cores sólidas acrescem R$ 0,8 mil, as metálicas R$ 2 mil e, as perolizadas, R$ 2,30 mil. Essa variação de preços para as cores sólidas poderia ter uma explicação, pois todos os Argo Trekking têm o teto neste preto Vulcano e, isolar essa área para pintar, onera a operação. Mas, pesquisando as configurações de outros modelos que não tem teto em cor diferente, nós verificamos que a Fiat está oferecendo apenas uma cor sólida sem adição no preço, e todas as demais modificam o valor no sistema. Além da diferença no teto mencionada, o Argo Trekking traz todos os elementos externos de design da sua versão esportiva HGT. As molduras nas caixas de rodas, nas laterais e nas bases dos para-choques, além da ponteira do escapamento retangular, são as mesmas.
O aerofólio dando continuidade ao teto, detalhe na base da grade frontal e as capas dos retrovisores também são iguais, mas tudo em preto. Exclusivo no Argo Trekking são as barras longitudinais de teto e os adesivos alusivos à versão, com direito a símbolo e logotipo que combinam as cores cinza, laranja e preto. Outro diferencial que só aparece nesta versão são os emblemas do modelo, logotipos e logomarcas da Fiat, tudo em preto, inclusive a logomarca aplicada ao volante. O toque final do Argo Trekking é dado por um adesivo preto sobre a parte central do capô. Além de conferir uma estética “Jeep”, o adesivo tem a função de reduzir o reflexo do sol para dentro do carro, segundo a montadora. Interior - Por dentro, a temática se repete. Todas as peças plásticas e os revestimentos em tecido são pretos, inclusive os do teto, colunas e bancos. Variações de texturas, apliques cromados e outros imitando alumínio fosco, assim com a faixa central do painel em cinza escuro, conferem qualidade aos acabamentos e alguma sofisticação ao interior. As peças têm construção e encaixes condizentes com a categoria. Costuras dos bancos em linha na cor laranja, a logomarca da versão bordada em seus encostos e seus detalhes acolchoados arrematam os diferenciais internos do Argo Trekking. Essa versão é baseada na Drive 1.3 manual, com
FOTOS: AMINTAS VIDAL
alguns opcionais convertidos em equipamentos de série e todas os diferenciais citados anteriormente. Seus principais equipamentos de série são: alarme antifurto, ar-condicionado, central multimídia com tela de 7 polegadas touchscreen, direção elétrica progressiva, faróis de neblina, gancho universal para fixação de cadeira para criança (Isofix), airbag duplo e ABS, assinatura em LED nos faróis, retrovisores externos elétricos com setas de direção integradas, sensor de estacionamento traseiro, sistema de monitoramento de pressão dos pneus, travas e vidros dianteiros e traseiros elétricos com função de um toque, volante com comandos de rádio e telefone, entre outros. São apenas dois os opcionais: rodas em liga leve pintadas em cinza escuro e calçadas com pneus de uso misto ATR 205/60 R15 (os mesmos que vêm com as rodas estampadas e com calotas) e a câmera de marcha à ré. Eles custam R$ 1,59 mil e R$ 0,7 mil, respectivamente. *Colaborador
Motor 1.3 e câmbio de cinco marchas, manual, garantem agilidade ao modelo O motor da versão Trekking do Argo é o 1.3 Firefly flex, de 4 cilindros em linha. Ele possui injeção indireta multiponto. O cabeçote apresenta comando de válvulas simples tracionado por corrente com variação de abertura na admissão e na exaltação. Com alta taxa de compressão, 13.2/1, seu torque máximo é 14,2/13,7 kgmf às 3.500 rpm e a potência atinge 109/101cv às 6.250 rpm, sempre com etanol e gasolina respectivamente. O câmbio é manual de 5 velocidades com embreagem monodisco a seco. O que mais chama a atenção ao entrar na Argo Trekking é mesmo a altura elevada das suspensões. São 21 cm de vão livre em relação ao solo, quatro a mais se compararmos à versão Drive. Mesmo na posição mais baixa, em todas as versões do Argo os bancos ficam altos, e na Trekking, mais ainda. A ergonomia é boa, com todos os comandos à mão. Os pneus de uso misto, mais largos (2 cm) e mais altos (1,2 cm) que os “normais”, casaram bem com o acerto mais rígido das suspensões elevadas. O Argo Trekking inclina-se menos em curvas que a versão Drive, apesar de ser mais alto. Mas seu conjunto oscila em uma frequência mais alta, trans-
ferindo mais vibrações para o interior da cabine. No asfalto, o carro parece fazer mais esforço ao se deslocar, resultado da maior área de contato com o piso e da aerodinâmica prejudicada pela altura da carroceria. Ele também se torna mais ruidoso, por ser essa uma característica destes pneus especiais, e pela maior resistência ao ar provocada por todo o conjunto elevado. Dirigindo - É sobre a terra que ele se mostra outro. No mesmo trecho de estrada em que avaliamos os modelos da Jeep, o Argo Trekking não fez feio. Apesar de não entregar o mesmo conforto dos SUVs, passou por todas as irregularidades da estrada sem tocar o fundo e sem atingir o limite do curso das suspensões. Os pneus mostraram muita aderência, mesmo sobre terra solta, e mantiveram o controle direcional nas mais diversas velocidades. Na cidade, ele transpõe lombadas, valetas e acessa rampas de garagem sem encostar a parte de baixo da carroceria ou os para-choques. Sobre asfalto irregular, ou calçamento, seu desempenho também merece elogios, pois quase não se sente as variáveis destes pisos. A direção é muito leve em manobras, mas se tornou menos direta
com estes pneus mais largos e altos. Quando o carro está em velocidades maiores, o peso do volante é adequado, mas suas reações ficam um pouco anestesiadas. Um motor muito elástico e um câmbio com relações mais curtas garantiram um bom desempenho à versão. O giro sobe muito rápido, mas seu alto limite, 6.250 rpm, prolonga as acelerações em cada marcha. Isso não faz do Argo Trekking um esportivo, mas garante agilidade à versão e atende a uma direção responsável e segura. O ruído que invade a cabine nas altas rotações é um som mais grave, menos estridente que o antigo 1.4 Fire da Fiat. O câmbio até tem engates precisos, mas o curso da alavanca é longo e sua movimentação muito amortecida, prejudicando o correto posicionamento da mesma. O ar-condicionado é eficiente, apesar de ser manual. O sistema multimídia é rápido, tem bom tamanho de tela e funcionou muito bem conectado ao Android Auto. No bluetooth apresentou alguma instabilidade nas ligações, mas reproduziu as músicas do celular com perfeição. A câmera de marcha à ré, com guias gráficas esterçáveis, é muito útil em manobras de estacionamento e, em conjunto com os
sensores sonoros, ajudam bastante no dia a dia. Consumo - Circulamos aproximadamente por 300 km. Nos melhores trechos de estrada e andando de forma econômica, atingimos até 13 km/l, sempre com etanol no tanque e ar-condicionado ligado. Rodando normalmente, o consumo subiu para 11 km/l, pois aos 110 km/h o motor já atinge as 3.500 rpm, o que não contribui com a eficiência energética. Na cidade, o gasto energético do Argo Trekking foi de 7 km/l, nas mesmas condições citadas anteriormente. Esse motor é bem mais potente que o antigo 1.4 fire de 8 válvulas do Palio, mas, também, menos econômico. Apesar de ter o menor valor entre todos os hatches compactos aventureiros do nosso mercado, o Argo Trekking também é caro, mas traz as modificações mecânicas que oferecem o melhor comportamento na terra e em pisos precários, quando comparado aos seus concorrentes diretos. Para quem circula nesses pisos, ou gosta dessa estética, o Argo Trekking é uma boa opção. Já a versão não modificada, a Drive 1.3 manual, custa menos, é mais econômica e mais adequada para quem só circula em vias asfaltadas. (AV)
Indicadores EconĂ´micos InďŹ&#x201A;ação
DĂłlar
COMERCIAL*
PTAX (BC)
TURISMO*
COMPRA
R$ 3,8468
R$ 3,8165
R$ 3,7902
VENDA
R$ 3,8475
R$ 3,8173
R$ 3,7909
COMPRA
R$ 3,8290
R$ 3,7643
R$ 3,7894
VENDA
R$ 3,8296
R$ 3,7649
R$ 3,7900
Ă&#x2039;QGLFHV -XOKR IGP-M (FGV)
0,51%
TR/Poupança $JRVWR
6HW
2XW
1RY
'H]
-DQ
)HY
0,70%
1,52%
0,89%
-0,49%
-1,16%
0,01%
0,88%
0DUoR 1,26%
$EULO
0DLR
0,92%
0,45%
-XQKR 1R DQR PHVHV 0,80%
4,38%
6,51%
IPC-Fipe
0,23%
0,41%
0,39%
0,48%
0,15%
0,09%
0,58%
0,54%
0,51%
0,29%
-0,02%
0,15%
2,07%
3,88%
IGP-DI (FGV)
0,44%
0,68%
1,79%
0,26%
-1,14%
-0,45%
0,07%
1,25%
1,07%
0,90%
0,40%
0,63%
4,40%
6,04%
INPC-IBGE
0,25%
0,00%
0,30%
0,40%
-0,25%
0,14%
0,36%
0,54%
0,77%
0,60%
0,15%
0,01%
2,45%
3,31%
IPCA-IBGE
0,33%
0,09%
0,48%
0,45%
-0,21%
0,15%
0,32%
0,43%
0,75%
0,57%
0,13%
0,01%
2,23%
3,37%
COMPRA
R$ 3,6900
R$ 3,6600
R$ 3,6400
ICV-DIEESE
0,14%
0,09%
0,55%
0,58%
0,32%
-0,21%
0,43%
0,35%
0,54%
0,32%
0,20%
-0,21%
1,63%
2,96%
VENDA
R$ 4,0000
R$ 3,9700
R$ 3,9400
IPCA-IPEAD
0,67%
0,03%
0,37%
0,29%
-0,20%
0,30%
1,87%
-0,24%
0,52%
-0,07%
0,27%
0,16%
2,52%
3,96%
Maio 998,00 0,25 23,54 3,5932 6,26
Junho 998,00 0,09 23,54 3,5932 6,26
Fonte: BC - *UOL
SalĂĄrio/CUB/UPC/Ufemg/TJLP Custo do dinheiro Taxas referenciais
1R ÂżP +i de junho
CDB PrĂŠ - taxa bruta ao ano
+i
mĂŞs
meses
-
6,13%
5,70%
7,82%
CDI - taxa OVER ao ano
6,40%
6,40%
6,40%
6,39%
CDI - taxa efetiva ao ano
6,40%
6,40%
6,40%
6,39%
Julho SalĂĄrio 954,00 CUB-MG* (%) 0,30 UPC (R$) 23,54 UFEMG (R$) 3,2514 TJLP (&a.a.) 6,56 *Fonte: Sinduscon-MG
Agosto 954,00 0,31 23,54 3,2514 6,56
Set. 954,00 0,13 23,54 3,2514 6,56
Fonte: Valor EconĂ´mico
Taxas de câmbio
Ouro
02('$ 3$Ă&#x2039;6 &Ă?',*2 BOLIVIANO/BOLIVIA 30 COLON/COSTA RICA 35 COLON/EL SALVADOR 40 COROA DINAMARQUESA 45 COROA ISLND/ISLAN 55 COROA NORUEGUESA 60 COROA SUECA 70 COROA TCHECA 75 DINAR ARGELINO 90 DINAR/KWAIT 95 DINAR/BAHREIN 100 DINAR/IRAQUE 115 DINAR/JORDANIA 125 DINAR SERVIO 133 DIRHAM/EMIR.ARABE 145 DOLAR AUSTRALIANO 150 DOLAR/BAHAMAS 155 DOLAR/BERMUDAS 160 DOLAR CANADENSE 165 DOLAR DA GUIANA 170 DOLAR CAYMAN 190 DOLAR CINGAPURA 195 DOLAR HONG KONG 205 DOLAR CARIBE ORIENTAL 210 DOLAR DOS EUA 220 FORINT/HUNGRIA 345 FRANCO SUICO 425 GUARANI/PARAGUAI 450 IENE 470 LIBRA/EGITO 535 LIBRA ESTERLINA 540 LIBRA/LIBANO 560 LIBRA/SIRIA, REP 570 NOVO DOLAR/TAIWAN 640 LIRA TURCA 642 NOVO SOL/PERU 660 PESO ARGENTINO 665 PESO CHILE 715 PESO/COLOMBIA 720 PESO/CUBA 725 PESO/REP. DOMINIC 730 PESO/FILIPINAS 735 PESO/MEXICO 741 PESO/URUGUAIO 745 QUETZEL/GUATEMALA 770 RANDE/AFRICA SUL 775 RENMIMBI IUAN 795 RENMINBI HONG KONG 796 RIAL/CATAR 800 RIAL/OMA 805 RIAL/IEMEN 810 RIAL/IRAN, REP 815 RIAL/ARAB SAUDITA 820 RINGGIT/MALASIA 825 RUBLO/RUSSIA 828 RUPIA/INDIA 830 RUPIA/INDONESIA 865 RUPIA/PAQUISTAO 870 SHEKEL/ISRAEL 880 WON COREIA SUL 930 ZLOTY/POLONIA 975 EURO 978 Fonte: Banco Central / Thomson Reuters
01 Nova Iorque (onça-troy)
31
30
US$ 1.444,64
US$ 1.411,82
US$ 1.430,75
R$ 174,20
R$ 172,83
R$ 173,98
BM&F-SP (g) Fonte: Gold Price
Taxas Selic Tributos Federais (%)
Meta da Taxa a.a. (%)
Setembro
0,47
6,50
Outubro
0,54
6,50
Novembro
0,49
6,50
Dezembro
0,49
6,50
Janeiro
0,54
6,50
Fevereiro
0,49
6,50
Março
0,47
6,50
Abril
0,52
6,50
Maio
0,54
6,50
Junho
0,47
6,50
Reservas Internacionais 31/07 .......................................................................... US$ 385.730 milhĂľes Fonte: BCB-DSTAT
Imposto de Renda AlĂquota
Parcela a
(%)
deduzir (R$)
Isento
Isento
De 1.903,99 atĂŠ 2.826,65
7,5
142,80
De 2.826,66 atĂŠ 3.751,05
15
354,80
De 3.751,06 atĂŠ 4.664,68
22,5
636,13
Acima de 4.664,68
27,5
869,36
Base de CĂĄlculo (R$) AtĂŠ 1.903,98
Deduçþes: a) R$ 189,59 por dependente (sem limite). b) Faixa adicional de R$ 1.903,98 para aposentados, pensionistas e transferidos para a reserva remunerada com mais de 65 anos. c) Contribuição previdenciĂĄria. d) PensĂŁo alimentĂcia. Obs:
Para calcular o valor a pagar, aplique a alĂquota e, em seguida, a parcela a deduzir.
Fonte: Secretaria da Receita Federal - A partir de Abril do ano calendĂĄrio 2015
Out. 954,00 0,11 23,54 3,2514 6,98
Nov. 954,00 0,18 23,54 3,2514 6,98
Dez. 954,00 2,05 23,54 3,2514 6,98
Jan. 998,00 0,53 23,54 3,5932 7,03
Fev. 998,00 0,13 23,54 3,5932 7,03
Março 998,00 0,10 23,54 3,5932 7,03
Abril 998,00 0,20 23,54 3,5932 6,26
9(1'$ 0,5591 0,7125 0,006753 0,4377 0,5673 0,03111 0,3969 0,1645 0,07614 0,03196 12,5808 0,003228 5,4144 0,03607 1,0427 2,6275 3,8296 3,8296 2,9008 0,01854 4,6419 2,7917 0,4893 0,5707 3,8296 0,01295 3,8535 0,0006351 0,03537 0,2317 4,6518 0,002544 4,6331 0,1229 0,6878 1,1558 0,05543 0,005434 0,001152 3,8296 0,07521 0,07496 0,1998 0,1115 0,5006 0,002536 0,5552 0,5546 1,0467 9,9522 0,01536 0,0000912 1,021 0,0009476 0,9241 0,05992 0,0002714 0,2484 1,0925 0,003226 0,984 4,2363
7$%(/$ '( &2175,%8,dÂŽ(6 '( -$1(,52 '( Tabela de contribuição dos segurados empregados, inclusive o domĂŠstico, e trabalhador avulso SalĂĄrio de contribuição AlĂquota (R$) (%) AtĂŠ 1.751,81 8,00 De 1.751,82 a 2.919,72 9,00 De 2.919,73 atĂŠ 5.839,45 11,00 CONTRIBUIĂ&#x2021;Ă&#x192;O DOS SEGURADOS AUTĂ&#x201D;NOMOS, EMPRESĂ RIO E FACULTATIVO SalĂĄrio base (R$) AlĂquota % Contribuição (R$) AtĂŠ 998,00 (valor. MĂnimo) 11 109,78 De 998,00 atĂŠ 5.839,45 20 199,60 atĂŠ 1.167,89 COTAS DE SALĂ RIO FAMĂ?LIA
Remuneração R$ 907,77 R$ 907,78 a R$ 1.364,43
AtĂŠ Acima de
Valor unitĂĄrio da quota R$ 46,54 R$ 32,80
Fonte: MinistĂŠrio do Trabalho e da PrevidĂŞncia Social - VigĂŞncia: Janeiro/2019
FGTS Ă&#x2039;QGLFHV GH UHQGLPHQWR &RHÂżFLHQWHV GH -$0 0HQVDO
Competência do Depósito CrÊdito 3% * 6% Fevereiro/2019 Abril/2019 0,2466 0,4867 Março/2019 Maio/2019 0,2466 0,4867 * Taxa que deverå ser usada para atualizar o saldo do FGTS no sistema de Folha de Pagamento. Fonte: Caixa Econômica Federal
Seguros
TBF
14/07
0,01311781 2,92791132
15/07
0,01311781 2,92791132
16/07
0,01311781 2,92791132
17/07
0,01311781 2,92791132
18/07
0,01311781 2,92791132
19/07
0,01311781 2,92791132
20/07
0,01311781 2,92791132
21/07
0,01311781 2,92791132
22/07
0,01311781 2,92791132
23/07
0,01311781 2,92791132
24/07
0,01311781 2,92791132
25/07
0,01311781 2,92791132
26/07
0,01311781 2,92791132
17/07 a 17/08 18/07 a 18/08 19/07 a 19/08 20/07 a 20/08 21/07 a 21/08 22/07 a 22/08 23/07 a 23/08 24/07 a 24/08 25/07 a 25/08 26/07 a 26/08 27/07 a 27/08 28/07 a 28/08 29/07 a 29/08 30/07 a 30/08 31/07 a 31/08
27/07
0,01311781 2,92791132
28/07
0,01311781 2,92791132
29/07
0,01311781 2,92791132
30/07
0,01311781 2,92791132
31/07
0,01311781 2,92791132
01/08
0,01311781 2,92791132
02/08 0,01311781 2,92791132 Fonte: Fenaseg
0,5015 0,4786 0,4558 0,4573 0,4790 0,5008 0,4975 0,4947 0,4723 0,4505 0,4507 0,4722 0,4936 0,4927 0,4911
AluguÊis Fator de correção anual residencial e comercial IPCA (IBGE) Junho IGP-DI (FGV) Junho IGP-M (FGV) Junho
0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000
0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715
1,0337
IRPF - Renda variĂĄvel - Pagamento do Imposto de Renda devido por pessoas fĂsicas sobre ganhos lĂquidos auferidos em operaçþes realizadas em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhados, bem como HP DOLHQDomR GH RXUR DWLYR ÂżQDQFHLUR fora de bolsa, no mĂŞs de junho/2019 (art. 915 do RIR/2018) - CĂłd. Darf 6015. Darf Comum (2 vias) IRPF â&#x20AC;&#x201C; Quota - Pagamento da 4ÂŞ quota do imposto apurado pelas pessoas fĂsicas na Declaração de Ajuste relativa ao ano-calendĂĄrio de 2018, acrescida da taxa Selic de junho/2019 mais juro de 1% - CĂłd. Darf 0211.Darf Comum (2 vias) IRRF - Fundos de Investimento ImobiliĂĄrio - Pagamento do Imposto de Renda Retido na Fonte incidente sobre os lucros distribuĂdos pelos Fundos de Investimento ImobiliĂĄrio a seus quotistas, apurados segundo o regime de caixa, com base em balanço ou balancete semestral encerrado em 30.06.2019 (art. 27, § 3Âş, da Instrução Normativa RFB nÂş 1.022/2010) - CĂłd. Darf 0211. Darf Comum (2 vias) CSL - Apuração mensal - Pagamento da Contribuição Social sobre o Lucro devida, no mĂŞs de junho/2019, pelas pessoas jurĂdicas que optaram pelo pagamento mensal do IRPJ por estimativa (art. 28 da Lei nÂş 9.430/1996). Darf Comum (2 vias) CSL - Apuração trimestral - Pagamento da 1ÂŞ quota ou quota Ăşnica da Contribuição Social sobre o Lucro devida no 2Âş trimestre de 2019 pelas pessoas jurĂdicas submetidas Ă apuração trimestral do IRPJ com base no lucro real, presumido ou arbitrado, acrescida da taxa Selic de junho/2019 mais juro de 1% (art. 28 da Lei nÂş 9.430/1996). Darf Comum (2 vias) 5HÂżV 3DHV Pagamento pelas pessoas jurĂdicas optantes pelo Programa GH 5HFXSHUDomR )LVFDO 5HÂżV FRQIRUme Lei nÂş 9.964/2000; e pelas pessoas fĂsicas e jurĂdicas optantes pelo Parcelamento Especial (Paes) da parcela mensal, acrescida de juros pela TJLP, conforme Lei nÂş 10.684/2003. Darf Comum (2 vias) 5HÂżV Pagamento pelas pessoas jurĂdicas optantes pelo Programa de ReFXSHUDomR )LVFDO 5HÂżV FRQIRUPH /HL nÂş 11.941/2009. Darf Comum (2 vias)
1,0604 1,0651
14/07 a 14/08 15/07 a 15/08 16/07 a 16/08 17/07 a 17/08 18/07 a 18/08 19/07 a 19/08 20/07 a 20/08 21/07 a 21/08 22/07 a 22/08 23/07 a 23/08 24/07 a 24/08 25/07 a 25/08 26/07 a 26/08 27/07 a 27/08 28/07 a 28/08 29/07 a 29/08 30/07 a 30/08 31/07 a 31/08
0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000
0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 0,3715 -
Agenda Federal Dia 31
Contribuição ao INSS &2035$ 0,547 0,7045 0,006648 0,4371 0,5672 0,03104 0,3967 0,1644 0,07515 0,03179 12,5582 0,003191 5,4097 0,03592 1,0425 2,6252 3,829 3,829 2,8992 0,01815 4,5856 2,7902 0,4892 0,5609 3,829 0,01294 3,8521 0,0006311 0,03536 0,2312 4,6496 0,002522 4,6285 0,1228 0,6873 1,1538 0,05541 0,005426 0,001151 3,829 0,07502 0,07491 0,1997 0,1113 0,4973 0,002527 0,5549 0,5544 1,0462 9,9403 0,01534 0,0000912 1,0207 0,0009303 0,9233 0,0599 0,0002711 0,247 1,0917 0,003226 0,9835 4,2349
27/06 a 27/07 28/06 a 28/07 29/06 a 29/07 30/06 a 30/07 01/07 a 31/07 01/07 a 01/08 02/07 a 02/08 03/07 a 03/08 04/07 a 04/08 05/07 a 05/08 06/07 a 06/08 07/07 a 07/08 08/07 a 08/08 09/07 a 09/08 10/07 a 10/08 11/07 a 11/08 12/07 a 12/08 13/07 a 13/08
Previdência Social (INSS) - Programa de Modernização da Gestão e de
Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro - Profut (Parcelamento de dĂŠbitos junto Ă RFB e Ă PGFN)- Pagamento da parcela mensal, acrescida de juros da Selic e de 1% do mĂŞs de pagamento, decorrente do parcelamento de dĂŠbitos das entidades GHVSRUWLYDV SURÂżVVLRQDLV GH IXWHERO nos termos da Lei nÂş 13.155/2015 e da Portaria Conjunta RFB/PGFN nÂş 1.340/2015. Nota: A Resolução CC/ FGTS nÂş 788/2015, a Circular Caixa nÂş 697/2015 e a Portaria Conjunta PGFN/ MTPS nÂş 1/2015 estabelecem normas para parcelamento de dĂŠbito de contribuiçþes devidas ao FGTS, inclusive das contribuiçþes da Lei Complementar nÂş 110/2001, no âmbito do Profut. GPS/GRF/GRDE/Darf, conforme o caso (2 vias) PrevidĂŞncia Social (INSS) - Programa de Recuperação PrevidenciĂĄria dos Empregadores DomĂŠsticos Redom (Parcelamento de dĂŠbitos em nome do empregado e do empregador domĂŠsticos junto Ă PGFN e Ă RFB). Pagamento da parcela mensal, acrescido de juros da Selic e de 1% do mĂŞs de pagamento, decorrente do parcelamento de dĂŠbitos previdenciĂĄrios a cargo do empregador domĂŠstico e de seu empregado, com vencimento atĂŠ 30.04.2013, nos termos dos arts. 39 a 41 da Lei Complementar nÂş 150/2015 e da Portaria Conjunta RFB/PGFN nÂş 1.302/2015. Nota: A prestação deverĂĄ ser paga por meio de GPS, com o cĂłdigo de pagamento 4105. GPS (2 vias) Declaração de Operaçþes ImobiliĂĄrias (DOI) - Entrega Ă Secretaria da Receita Federal do Brasil, pelos CartĂłrios de OfĂcio de Notas, de Registro de ImĂłveis e de Registro de tĂtulos e Documentos, da Declaração de Operaçþes ImobiliĂĄrias relativa Ă s operaçþes de aquisição ou alienação de imĂłveis realizadas durante o mĂŞs de junho/2019 por pessoas fĂsicas ou jurĂdicas (Instrução Normativa RFB nÂş 1.112/2010, art. 4Âş). Internet Declaração de Operaçþes Liquidadas com Moeda em EspĂŠcie (DME) Entrega da DME pelas pessoas fĂsicas ou jurĂdicas residentes ou domiciliadas no Brasil que, no mĂŞs de junho/2019, tenham recebido valores em espĂŠcie cuja soma seja igual ou superior a R$ 30.000,00, ou o equivalente em outra moeda, decorrentes de alienação ou cessĂŁo onerosa ou gratuita de bens e direitos, de prestação de serviços, de aluguel ou de outras operaçþes que envolvam transferĂŞncia de moeda em espĂŠcie, realizadas com uma mesma pessoa fĂsica ou jurĂdica (Instrução Normativa RFB nÂş 1.761/2017, arts. 1Âş, 4Âş e 5Âş). Internet
BELO HORIZONTE, SEXTA-FEIRA, 2 DE AGOSTO DE 2019
16
DC MAIS dcmais@diariodocomercio.com.br
“Curta no Almoço” Hoje, às 13h15, o Cine Humberto Mauro (avenida Afonso Pena, 1.573, Centro) dá prosseguimento à sua mostra Curta no Almoço exibindo os filmes “Cilao” (França, 2016), de Camilo Restrepo e “La Bouche” (França, 2017), do mesmo diretor. Ambos os filmes foram destaques na 19ª edição do FestcurtasBH, sendo que La Bouche foi o grande vencedor da Competitiva Internacional naquele ano. A sessão terá duração de 32 minutos e os ingressos devem ser retirados meia hora antes do início da sessão. A entrada é gratuita.
Exposição “Metamorfose” Ao longo de 13 anos de profissão, a fotógrafa Ivna Sá já registrou mulheres com corpos queimados, deficientes físicas, visuais, com idade avançada e desenvolveu o olhar para captar a beleza na diversidade. A exposição «Metamorfose» exibe uma parte de seu trabalho, mostrando as transformações pelas quais mulheres passam durante tratamentos oncológicos. A fotógrafa busca recuperar a autoestima das modelos pois a considera essencial na recuperação da imunidade das pacientes. A mostra estará em cartaz no hall do Instituto Santo Tomás de Aquino (ITSA), que fica na rua Itutinga, 340, Minas Brasil, amanhã, de 9 às 18 horas.
VIVER EM VOZ ALTA
ROGÉRIO FARIA TAVARES*
O sonho recorrente
Mauro era muito apegado ao carro. Chegava a ser ciumento. Tratava-o como a um brinquedo exclusivo, no qual ninguém mais podia tocar. Era capaz de passar tardes inteiras dedicado a limpá-lo, caprichoso, carinhoso. Por isso, quando estendeu a chave do carro à mulher, pedindo que ela dirigisse, Elmira tomou um susto. Mas logo se recompôs. Se por um segundo se perdeu em devaneios, rapidamente voltou a si, empertigando a coluna, compenetrada. Seus olhos brilharam. Com os dentinhos amarelados pelo vício do tabaco, mordeu os lábios inferiores, como quem espera que sangrem. O tique que há décadas cismava em atazaná-la apareceu novamente e ela deitou a cabeça em direção ao ombro esquerdo, buscando ouvir um estalo. Era inacreditável, mas a cena do marido entregando a ela a chave de seu tesouro mais precioso fazia parte de seu sonho recorrente. Aquele, o mais perigoso. Aquele, o pior, o que lhe provocava insônia e desespero. Sorriu nervosa, com medo de que o marido notasse. Por dentro, deu uma gargalhada. A verdade é que, desde o dia anterior, o delegado não estava se sentindo muito bem. Depois de relutar muito, admitiu, para si mesmo, que precisava descansar. ‘Vamos para o sítio’, sentenciou. ‘Mas hoje é quarta-feira’, lembrou a esposa. ‘Não tem problema. Eu preciso ir’. Ansiosa, Elmira fez a bagagem de ambos e embarcaram. Depois de ajustar a distância do banco em relação ao painel e de alterar
levemente a posição dos retrovisores, deu partida. Mesmo com a cabeça completamente tomada pelas cenas terríveis do sonho recorrente, agora perto de encenar-se na realidade, permitiu-se sentir o prazer de conduzir. Sua satisfação era ainda maior por conta da duração da rota, que seria de cerca de duas horas, tempo necessário para chegar até o ponto evocado em sua memória. Para Mauro, iriam ambos até o sítio do casal, na cidade em que costumavam passar alguns fins de semana e feriados, nos últimos tempos apenas os dois, já maduros, os filhos criados e casados, morando fora. Pobre Mauro. Ao lado de Elmira, em poucos minutos, cumprindo rigorosamente o sonho-profecia, Mauro já
cochilava, abrindo os olhos uma vez ou outra, como no momento de uma freada mais brusca. Em meia hora, no entanto, dormia e roncava sem pudor, em sono profundo, de que dificilmente despertaria sozinho ou antes que cumprissem o percurso. Perturbada pelos sons – cada vez mais altos – emitidos pelo marido, Elmira tentou acordá-lo, repetindo seu nome com a voz firme e brava. Sem o sucesso esperado, experimentou ligar o rádio. Não adiantou. Aumentou o volume. Não foi o suficiente. Suspirando fundo, a mulher aceitou o fato de que a vida iria, realmente, realizar o seu delírio, como num caminho sem volta. A providência seguinte foi esperar o trecho certo, a curva mais fechada da estrada, quando,
DIVULGAÇÃO
das suas margens estreitas, se podia avistar, lá embaixo, no final da ribanceira, o rio largo e sinuoso, apontando para longe. Assim que chegou ao lugar apontado pela memória, parou o carro no meio da pista, corajosa. Retirando o cinto de segurança atravessado no peito de Mauro, falou, pela última vez, o seu nome, o rosto bem próximo ao do marido, sem obter resposta. Abandonou o carro rapidamente, indo esconder-se atrás de algumas folhagens. Viu tudo, mas não ficou para ajudar. Sem pestanejar, fixou os olhos no final da ribanceira, o rio largo e sinuoso, apontando para longe. *Jornalista. Presidente da Academia Mineira de Letras
DIVULGAÇÃO
Visita ao DC
“Memoricídio” feminino
O diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Flávio Ottoni Penido, o. presidente do Conselho Diretor do Ibram, Wilson Nélio Brumer, o diretor de Comunicação do Ibram, Paulo Henrique Leal Soares, e o sócio-diretor da Profissionais do Texto, Sergio Cross, visitaram ontem o DIÁRIO DO COMÉRCIO, onde foram recebidos pelo diretor-presidente do DC, Luiz Carlos Motta Costa, e pela diretora editorial do DC, Adriana Muls.
O movimento feminista mineiro “Quem Ama Não Mata (QANM)” dá prosseguimento às suas atividades políticoculturais contra toda forma de violência à mulher e realiza o Seminário Leituras & Ações Feministas com a palestra “Memoricídio: o apagamento da história das mulheres na literatura e na imprensa”. A palestra da professora doutora e pesquisadora da UFMG Constância Lima Duarte será realizada na próxima segunda-feira, às 19 horas, no Teatro da Cidade (rua da Bahia, 1.341, Centro). A entrada é gratuita, com inscrições pelo sympla.
CULTURA MARCELA POLIDO
“Letra em Cena” Na próxima terça-feira, às 19 horas, o Café do Centro Cultural Minas Tênis Clube (CCMTC) receberá mais uma sessão do programa literário do Minas Tênis Clube, “Letra em Cena. Como ler...”. Dessa vez, será dedicada às letras do poeta curitibano Paulo Leminski (1944 – 1989), no mês em que completaria 75 anos. A análise da obra de Leminski será feita por Tarso de Melo, poeta, crítico e editor paulista. A leitura da obra será realizada pela atriz Bruna Kalil Othero. As inscrições gratuitas podem ser feitas no site da Sympla. O CCMTC fica na rua da Bahia, 2.244, Lourdes.
Música Blues - O “XIII BH Soul Blues Festival”e prestará homenagem ao cantor e guitarrista norte-americano John Lee Hooker, que foi uma das maiores lendas do blues. A celebração ao grande ícone, que marcou gerações, ficará a cargo do som contagiante de Sérgio Duarte (SP), Audergang (foto) e Alexandre da Mata & The Black Dogs. Quando: 3 de agosto (23h) Quanto: R$ 20,00 Onde: Stonehenge Rock Bar (rua Tupis, 1.448 - Barro Preto)
Encontro marcado - Flávio Venturini, Sá & Guarabyra e 14 Bis comemoraram quatro décadas de carreira. Há quem acredite que esse encontro já estava marcado há muitos anos, no início da década de 70, quando a nova dupla Sá & Guarabyra convidou o jovem Flávio Venturini para participar da gravação do primeiro disco lançado desde a saída do parceiro Zé Rodrix Quando: 3 de agosto (21h) Quanto: Plateia I: R$160,00/ R$80,00 (meia-entrada); Platéia II R$140,00 / R$70,00 (meia-entrada); e Plateia III R$120,00/ R$60,00 (meia-entrada)
duas peças essenciais para o piano e orquestra: o Concerto para piano nº 17 em Sol maior, K.453, de Mozart; e a célebre Rhapsody in Blue, de Gershwin. Bandonéon – “A Latinidade Ainda de Gershwin, sob regência de Rufo Herrera”, concerto do maestro Fabio Mechetti, a apresentado pela Orquestra orquestra executa a suíte da Ouro Preto dentro da série ópera Porgy e Bess, um retrato “Domingos Clássicos”, mergulha sinfônico, recheada de elementos na obra do bandoneonista e da música popular norte compositor argentino radicado americana. em Minas Gerais. Com regência Quanto: 2 de agosto (20h30) do maestro Rodrigo Toffolo, o Quanto: R$ 46,00 (coro), R$ concerto terá a participação do 52,00 (Balcão Palco), R$ 52,00 próprio Rufo Herrera, membro (Mezanino), R$ 70,00 (Balcão e fundador da Orquestra Ouro Lateral), R$ 96,00 (Plateia Central), Preto, no bandonéon. Do tango R$ 120,00 (Balcão Principal) às meditações, passando por e R$140,00 (Camarote); meiacomposições minimalistas entrada para estudantes, maiores assinados por Herrera, o concerto de 60 anos, jovens de baixa renda e celebra a latinidade da obra do pessoas com deficiência artista. Onde: Sala Minas Gerais (rua Quando: 4 de agosto (11h) Quanto: R$ 25,00 (inteira), R$ 12,50 Tenente Brito Melo, 1.090, Barro Preto) (meia) e R$ 10,00 (cliente Sesc) Onde: Grande Teatro Sesc Palladium (rua Rio de Janeiro, 1. www.facebook.com/DiariodoComercio 046, Centro) Onde: Grande Teatro do Palácio das Artes (avenida. Afonso Pena, 1.537, Centro)
Piano – A Filarmônica de Minas Gerais recebe o pianista Arnaldo Cohen, que interpreta
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