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JOSÉ COSTA FUNDADOR

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DESDE 1932 - EDIÇÃO 23.932 - R$ 2,50

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BELO HORIZONTE, SÁBADO, 7, A SEGUNDA-FEIRA, 9 DE SETEMBRO DE 2019

Loja Elétrica investe R$ 30 milhões em nova unidade em Contagem O maior ponto de venda da rede terá atendimento especial para o setor industrial DIVUÇGAÇÃO

Com 5.600 metros quadrados, a maior unidade da Loja Elétrica, distribuidora mineira de materiais elétricos, será instalada em Contagem, às margens da BR-381, mediante investimento de R$ 30 milhões. O décimo ponto de venda da rede terá como diferencial o atendimento especializado para clientes industriais, que respondem por 50% da demanda atual do grupo. A localização estratégica, próxima do polo industrial de Contagem, motivou a criação do balcão personalizado para o setor. A loja também terá uma sessão especial de equipamentos de segurança eletrônica. Outra aposta da Loja Elétrica são filiais in company, operações instaladas dentro des empresas. Com a abertura de uma unidade dentro da Vale em Vitória em agosto, com aporte de R$ 4 milhões, já são dez operações in company A Loja Elétrica aposta na diversificação do perfil de atendimento de suas filiais de acordo com a demanda da rede. Pág. 11 FILÓ ALVES / ARQUIVO DC

Supermercados mineiros apuram crescimento de 3% nas vendas

DIVULGAÇÃO

Págs. 2 e 3

Indústria está perdendo grande oportunidade

Euro - dia 6

Comercial

Compra: R$

4,4875

TR (dia 9): ............................. 0,0000% Venda: R$ 4,4898

Ouro - dia 6

IPCA-IBGE (Julho): ............ 0,01%

Compra: R$ 4,0500 Venda: R$ 4,3000

Nova York (onça-troy): US$ 1.506,24

IPCA-Ipead (Julho): ............ 0,68%

R$ 198,74

IGP-M (Julho): ......................... 0,40%

BM&F (g):

BOVESPA

Poupança (dia 9) ............ 0,3434%

Turismo Ptax (BC)

Após acumular perdas desde 2015, quando registrou queda de 35%, a indústria do vestuário já está se recuperando em Minas Gerais. O presidente do Sindivest-MG, Luciano José de Araújo, destaca que até 2014 o setor vinha apresentando resultados positivos. A tendência para 2019 é retomar o patamar de 2014. A realização da Minas Trend em outubro contribuirá para o aumento da demanda. Pág. 4

ARTIGOS

Dólar - dia 6

Compra: R$ 4,0644 Venda: R$ 4,0650

Mercado livre de energia registra expansão no País

Indústria de vestuário se recupera no Estado

O agronegócio de Minas Gerais terá oportunidade de ampliar as exportações quando o acordo de livre comércio assinado entre o Mercosul e a Associação Europeia de Livre Comércio (Efta), bloco formado por Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein, entrar em vigor. Produtos como o complexo carne, mel, café torrado, farelo de soja, milho, suco de frutas e batata podem ter os embarques favorecidos com o estabelecimento de cotas e isenção de tarifas. Pág. 8 O café é um produtos que podem ser beneficiados com novo acordo comercial

Compra: R$ 4,0797 Venda: R$ 4,0804

O desequilíbrio das contas públicas, que é antigo, mas se agravou muito nos últimos anos, chegou a um ponto em que começam a faltar recursos mesmo para despesas essenciais. Universidades federais e centros de pesquisas científicas, alguns dos mais renomados e importantes do País, estão nessas condições e já anunciaram que alguns importantes trabalhos correm risco de paralisação ainda neste mês. Igualmente comprometido, para permanecermos exclusivamente nesta área, está o pagamento de bolsas de estudos a centenas de milhares de jovens estudantes brasileiros, no Brasil e no exterior. “As torneiras estão secando”, pág. 2

Estimulado por preços em torno de 28% inferiores ao do mercado cativo, o mercado livre de energia está em expansão no País. Com o crescimento anual do setor, já são 6,5 mil consumidores atendidos, representando 31% do consumo nacional e 82% do consumo industrial, aponta a Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel). Pág. 6

As vendas dos supermercados mineiros cresceram 3,09% em julho sobre o mesmo mês de 2018 e 0,78% frente a junho. Os números da Amis, deflacionados pelo IPCA, apontam alta de 2,38% no acumulado do ano. A entidade mantém a previsão de aumento de 4% no faturamento de 2019 sobre os R$ 35,8 bilhões registrados no ano passado, mas com possibilidade de revisão para 3,5% se as expectativas de melhora na economia forem frustradas. Pág. 5 A expectativa da Amig é fechar o ano com aumento de 4% no faturamento

Agronegócio de MG pode lucrar com acordo entre Mercosul e Efta

EDITORIAL

+1,52 +1,03 +0,68 -0,50 -0,94 02/09 03/09

04/09

05/09

06/09

(Carlo Barbieri)

Evocações do meu passaporte (Cesar Vanucci)

O famoso grito da independência (Sérgio Ribeiro Santos)

Democracia no acesso aos alimentos (Fábio Kagi)

Precatórios: o calote precisa ter fim (Antônio Tuccílio)

O patriotismo como símbolo do pertencimento

(Daniel Medeiros)


BELO HORIZONTE, SÁBADO, 7, A SEGUNDA-FEIRA, 9 DE SETEMBRO DE 2019

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OPINIÃO Indústria está perdendo grande oportunidade CARLO BARBIERI* A guerra comercial entre os Estados Unidos e a China abriu um mar de oportunidades para diversos países do mundo, inclusive o Brasil. Para o agronegócio, a suspensão de importação ou tarifas para os produtos agrícolas americanos escancarou as oportunidades para as commodities brasileiras. Criou-se um cenário de sobretaxação de bilhões de dólares sobre a China para colocação de seus produtos no mercado americano e, consequentemente, uma possibilidade única para a indústria brasileira, que parece estar em um sono profundo diante deste contexto. O governo de Donald Trump está praticamente implorando aos importadores americanos que busquem alternativas aos produtos chineses e, seguramente, o Brasil seria o parceiro comercial preferido, inclusive pela proximidade geográfica e pela nova relação comercial que se estabelece entre os dois países. No começo de setembro, como anunciado, o governo americano começou a impor uma tarifa de 15% em cerca de US$ 112 bilhões importados da China. Em três meses (15 de dezembro), o

governo americano colocará uma nova tarifa de 15% sobre cerca de US$160 bilhões. Essas medidas farão com que, praticamente, não haja produtos chineses sem uma taxa adicional de importação. Hoje, os armazéns das zonas livres da Flórida estão superlotados com produtos chineses que não conseguem confirmação de pedidos de venda e não podem ser devolvidos ao seu país de origem. Os importadores não querem entrar nesta briga e buscam alternativas para os US$ 800 bilhões que os EUA importam do gigante asiático. A Europa está fazendo sua lição de casa ao desvalorizar o euro como nunca havia feito, chegando a pouco mais de US$ 1. Com isso, deu mais competitividade aos produtos da região. Lembremos que 50% do déficit comercial americano é oriundo do superávit que a China tem com o país, cerca de US$ 400 bilhões. O regime de Pequim está fazendo o que pode. Desvalorizou sua moeda a valores não vistos há décadas para tentar manter os empregos e as divisas. Contudo, seu crescimento já cai a menos de 6% ao ano, uma catástrofe

para quem tem 1,6 bilhão de bocas para alimentar. Um raio de esperança surge com uma nova direção da Apex em Miami e a dinâmica do Secon do Consulado Geral do Brasil em Miami. Há que se ter um rápido e profundo estudo de inteligência de mercado para sabermos que setores podem ser beneficiados com esta situação ímpar e imediata ação dos setores industriais brasileiros. Ações integradas que garantam à indústria brasileira a dianteira de vantagens nesta guerra. O uso da regra 321 que permite importações, sem impostos de qualquer produto abaixo de US$ 800 seria um refresco para os importadores. Seria um alívio também para fabricantes brasileiros que poderiam usar do sistema para fazerem com que seus produtos pudessem estar nas mãos dos compradores em 48 horas, praticamente num sistema “just in time”. Se realmente os governos anteriores conseguiram sucatear a indústria brasileira, esta é a melhor oportunidade para reagir, pois mercado há e de sobra. * Analista político e economista

Evocações do meu passaporte CESAR VANUCCI * “Delhi foi fundada pelos deuses. O Mahabharata, com suas 90 mil estrofes, conta a história.” (De um folheto distribuído aos turistas) Retiro hoje do baú sugestivas anotações de viagem, de duas décadas atrás, que ainda conservam frescor de atualidade. O guia turístico que nos acompanha numa visita a Agra garante, num portunhol caprichado. Nessa lindíssima cidade indiana, famosa pelo Taj Mahal e outras deslumbrantes referências arquitetônicas, existe um conjunto de edificações milenares que suplanta, em grandiosidade – pasmo dos pasmos –, o próprio santuário brotado da paixão do califa (destronado pelo filho), autor do gesto de veneração à mulher amada mais famoso da história. Da edificação desconhecida, avistam-se ao longe as reluzentes e majestosas cúpulas de mármore. Ela é, entretanto, interditada aos turistas estrangeiros e indianos. Tudo por culpa de terroristas ligados ao fundamentalismo muçulmano, que alegam estar a edificação plantada em solo sagrado, hoje em poder de infiéis. Também o Taj Mahal, pelo que revela o guia, é alvo de atenções permanentes por parte das forças de segurança, à vista das ameaças dos radicais religiosos. Nas três guerras com o Paquistão, os militares criaram à sua volta artifícios de camuflagem visando protegê-lo de eventuais ataques, inclusive aéreos. Já noutra região menos conhecida da Índia, Monte Abu, Rajastão, não inserida nos circuitos turísticos tradicionais, localiza-se mais um incrível complexo arquitetônico, construído em mármore, na mesma linha suntuosa do Taj Mahal. É o “Delwara Jain Temples”, composto de cinco santuários lindíssimos. Do ponto de vista de esculturas, o conjunto chega a suplantar o Taj. Pode ser apontado entre as grandes maravilhas da antiguidade. É o mesmo caso da Cidade Abandonada localizada na planície entre Jaipur e Agra, com seus palácios, templos e cidadelas de beleza impressionante. Ou da Cidade Rosada, do Fort Amber e do incrível Observatório Astronômico de Jaipur (capital do Rajastão). Todos têm posição de justificado relevo, no patrimônio cultural da humanidade, ao lado de outras obras portentosas indianas e não indianas. Nos relatos dos guias indianos, a caverna de tesouros

acumulados por Ali Babá não é lenda. A caverna existe. Está situada na região de Fort Amber. E, pelo menos numa ocasião, em tempos recentes, o “abre-te Sézamo” aconteceu. Foi no governo de Indira Gandhi. O Exército vasculhou as encostas das fortificações, num trabalho extenso de escavações, conseguindo desenterrar parte do tesouro. Em todos os lugares que preservam tesouros arquitetônicos de eras remotas, como o Egito, Peru, Bolívia, México, Tibet, China, para ficar nalguns exemplos, os guias trazem na ponta da língua as explicações sobre a origem misteriosa das maravilhas contempladas. São, geralmente, explicações pouco convincentes. Sobra sempre a impressão de que ficaram faltando muitas coisas, até mesmo por compreensível falta de um conhecimento técnico mais aprofundado da realidade pesquisada. Assim também nos pontos turísticos fabulosos da Índia. Com uma diferençazinha. Os relatos ali são mais coloridos. Mais cheios de imaginação e de filigranas retóricas. Afinal, a Índia é o país das mil e uma noites! Vez do leitor – O escritor e acadêmico Jair Barbosa da Costa, coronel da Polícia Militar MG, comenta o artigo “Um escritor na crista da onda” (DC, 8 de agosto), classificando de “preciosa a análise do livro “Sapiens – uma breve história da humanidade”, do renomado escritor Yuval Noah Harari. Curiosas chamadas para detalhes que marcam, através dos tempos, grandes diferenças entre o que parece ser e o que de fato foi (ou continua sendo, com outros nomes?). Essa hierarquia social do Código Hamurabi é estupendamente estúpida: uma ordem hierárquica “formada por homens superiores, homens comuns e escravos” – os primeiros ficavam com todas as coisas, os segundos, com a sobra e “os escravos, com uma surra, se reclamassem”. Outra: que diabo de igualdade é esta dos americanos, estabelecida em 1776, ao instituir divisão em que “as mulheres ficam desprovidas de autoridade”? Isso sem contar a cara de pau dessa gente que não se constrange de ser, por escrito, hipócrita. Sua leitura e síntese movadora de Sapiens... empurram para a livraria o leitor sedento de novidades valorosas na literatura universal. É o que irei fazer nos próximos dias. Grande abraço fraterno.” * Jornalista (cantonius1@yahoo.com.br)

O famoso grito da independência SÉRGIO RIBEIRO SANTOS * Neste 7 de setembro, o Brasil comemora 197 anos do famoso Grito do Ipiranga. No entanto, como geralmente ocorre com datas comemorativas, convencionou-se este dia para celebrar o momento em que o Brasil deixa de ser uma colônia de Portugal e passa a ser um país que dirigirá seu próprio destino. Na historiografia, há a imagem de que datas são como pontas de iceberg, que servem principalmente para indicar um corpo submerso. Neste caso, podemos entender o referido episódio como esta ponta que revela todo um processo entre a chegada da Família Real ao Brasil em 1808 e a coroação de D. Pedro II em 1841. No entanto, movimentos emancipacionistas já se instalavam na Colônia, antes mesmo de 1808. Basta olharmos para a Inconfidência Mineira (1789) e a Conjuração Baiana (1798). Além do que,

a Revolução Francesa, Independência dos Estados Unidos e das Colônias na América Espanhola, criavam todo um contexto que fomentava ainda mais as aspirações de uma elite local que deseja se emancipar da antiga Metrópole. Toda essa situação se torna ainda mais crônica com a chegada da Família Real ao Brasil. A Colônia passa a ter status de Sede do Governo Imperial, o Brasil passa integrar o Reino Unido de Portugal e Algarves e toda uma estrutura administrativa e política é construída para atender o governo de D. João VI. Contudo, tais medidas privilegiam os portugueses e ao mesmo tempo desagradam as lideranças locais, que passaram a se sentir preteridas. Com o retorno de D. João VI a Portugal, as relações entre Lisboa e Brasil tornam-se cada vez mais difíceis. As lideranças locais se aproximam de

D. Pedro I, e este, instado por elas, e resistindo a pressão de Portugal para retornar à Europa, protagoniza o famoso ato que ficaria imortalizado no quadro de Pedro Américo. Contudo, a construção de uma nova nação ainda estava em seu início e seria este um processo que enfrentaria muita luta interna e externa. Os modelos que serviriam de base para este novo projeto político lutariam entre si até que o próprio Brasil visse a si mesmo como uma nação independente. Aliás, processo este que ainda hoje está em pleno andamento e que disputam almas e consciências de cada brasileiro. * Graduado em Teologia, Mestre e Doutor em História. É coordenador dos Cursos de Licenciatura em História e Geografia (EaD da Universidade Presbiteriana Mackenzie

Diário do Comércio Empresa Jornalística Ltda. Fundado em 18 de outubro de 1932 Fundador: José Costa

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As torneiras estão secando Era esperado, foi anunciado e não faltaram ponderações e advertências. O desequilíbrio das contas públicas, que é antigo, mas se agravou muito nos últimos anos, chegou a um ponto em que começam a faltar recursos mesmo para despesas essenciais. Universidades federais e centros de pesquisas científicas, alguns dos mais renomados e importantes do País, estão nessas condições e já anunciaram que alguns importantes trabalhos correm risco de paralisação ainda neste mês. Igualmente comprometido, para permanecermos exclusivamente nesta área, está o pagamento de bolsas de estudos a centenas de milhares de jovens estudantes brasileiros, no Brasil e no exterior. Alguém já disse que abandonar a ciência, a pesquisa e a inovação é o equivalente a abandonar o futuro e este parece ser a situação do País. Vamos regredindo, aos poucos, à condição de fornecedores de commodities agrícolas e minerais, sem elaboração e sem valor agregado, com a indústria definhando, num processo de empobrecimento que é evidente. Treze milhões de Universidades desempregados federais e centros não existem por acaso. Mudar de pesquisas demanda científicas, disciplina e alguns dos mais racionalidade, renomados e num processo importantes de mudanças, de do País, estão convencimento, que ainda nessas condições permanece e já anunciaram muito distante que alguns do necessário importantes e assim trabalhos permanecerá correm risco de enquanto o exercício da paralisação ainda política não tiver neste mês por objetivo o bem comum. Não é preciso muito para lembrar que o impeachment da então presidente Dilma Rousseff era apontado como uma espécie de renascimento que teria como base o ajuste fiscal, com que se dizia comprometido seu sucessor. Não aconteceu porque prevaleceram os interesses menores e pessoais, distantes de um projeto de Estado. Quase quatro anos foram perdidos e pouco avançamos, certamente muito menos que o necessário, tanto que as finanças do País se encontram, e conforme o próprio governo não esconde, muito próximas de uma situação de colapso, em que não haverá recursos disponíveis nem mesmo para a conta dos funcionários ativos e inativos. Na esfera pública a realidade é apontada num tom de ameaça e não para apontar a necessidade de mudar e mudar rapidamente, começando por apagar o poder das corporações que sequestraram a renda pública. Cortar privilégios, gastar menos e, sobretudo, gastar melhor, com todos os caminhos tortos devidamente bloqueados. Apesar das promessas da campanha eleitoral ou de diagnósticos apontados com tanta clareza, a tarefa continua por ser cumprida, enquanto questões sem importância alguma são postas à mesa, talvez apenas para confundir. O fato é que continuamos perdendo tempo e, pior, estamos perdendo o fôlego também enquanto não acordamos e reagimos.


BELO HORIZONTE, SÁBADO, 7, A SEGUNDA-FEIRA, 9 DE SETEMBRO DE 2019

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OPINIÃO

Democracia no acesso aos alimentos

O patriotismo como símbolo de pertencimento

FÁBIO KAGI *

Sempre que eu questiono “por que o homem planta?”, a resposta que recebo, na grande maioria das vezes, é que é para ganhar dinheiro. Naturalmente, essa é uma resposta correta, mas essa não é a origem da agricultura, que nasceu ainda nos tempos do homem das cavernas. Quando o homem começou a plantar passou a ter mais próximo de si um dos três itens básicos para sua sobrevivência: o alimento. Assim, os avanços da agricultura sempre estiveram intimamente ligados à sobrevivência de nossa espécie. Não há como negar que precisamos produzir comida, além de fibras e energia, pois sempre haverá a necessidade de produzir mais do que o consumo global, até porque sempre haverá algum desperdício. Precisamos de muita comida para alimentar as 7 bilhões de pessoas do mundo atual. E será necessário aumentar em 50% a produção de energia e em 70% a produção de alimentos para atender às demandas futuras de quase 10 bilhões de pessoas. Pensando na evolução da demografia em um sentido mais amplo, os ancestrais humanos habitam o planeta há mais de 5 milhões de anos e a população teve um crescimento lento e estável até chegar a 1 bilhão de pessoas, por volta do ano 1800, marcado pelo capitalismo e pelo início da explosão das populações urbanas. Antes da moeda, cada família precisava produzir seu alimento porque as relações comerciais eram de escambo. Com o dinheiro, as pessoas podiam estar nas cidades, trabalhando em outras atividades, e comprar seus alimentos. E, assim, diante dos atrativos urbanos, as populações nas cidades não param de crescer frente ao campo, e temos cada vez menos gente produzindo para alimentar mais pessoas.

DANIEL MEDEIROS*

O homem, com sua ciência, certamente será capaz de aumentar a produção de alimentos. Mas, se já sobra comida, por que há fome no mundo? Porque o problema está no acesso aos alimentos. O problema nunca foi a falta de comida, e sim a falta de dinheiro – ou alguém duvida de que comida chegaria aos povos hoje famintos, se eles tivessem o capital necessário para comprá-la? Se a demanda pelos alimentos é constante, são os ciclos de oferta que determinam os preços. Em qualquer quebra global da produção, os preços sobem. Certamente quem tem renda consegue comprar os alimentos necessários, mas e quem não tem? Cada aumento de preço dos alimentos cria uma desigualdade social cada vez maior. Em face do aumento da população e das justas pressões pelo não desmatamento, há outra solução que não seja aumentar a produtividade das áreas com o uso de insumos? Deixo aqui uma reflexão: será mesmo que a produção de alimentos social e ambientalmente justa é aquela que preconiza a volta ao passado nas técnicas de cultivo? Aquela que vende seus produtos pelo dobro do preço porque produz menos e precisa de mais mão de obra? Será que a sociedade quer voltar aos patamares de preço do século XIV, em que, por exemplo, o açúcar era tão raro e dispendioso que era conhecido como “ouro branco”, chegando seu quilo a custar US$ 100? Uma vez li uma frase cujo autor desconheço: Quem tem o prato cheio de comida pode ter vários problemas, mas aquele com o prato vazio tem um só.

Michael Sandel, professor do curso de Direito em Harvard, discute a importância de o Estado criar obrigações aos cidadãos, de forma a fortalecer os laços de pertencimento com o espaço público, o ambiente no qual todos – ricos e pobres, brancos e negros, nacionais e imigrantes, jovens e velhos, homens e mulheres, aptos ou portadores de deficiências físicas ou mentais – convivem, mais ou menos, intensa ou sazonalmente. Sandel questiona duas características da legislação americana que, segundo ele, enfraquecem esse laço de pertencimento: o voto facultativo e o serviço militar não obrigatório. Para Sandel, recuperando a ideia aristotélica de “bem”, a finalidade da ação virtuosa não é a maior satisfação ou simplesmente fazer o que “é certo”. É agir para o bem comum, o bem da polis, da comunidade compartilhada. Isto é, a pátria. Daí o jurista e professor norte-americano criticar o esvaziamento das ações nas quais todos os cidadãos conviveriam e partilhariam um propósito comum: a proteção de seus locais de pertencimento. No Brasil, a discussão em torno das chamadas “obrigações cívicas” ainda são fortemente marcadas pela presença recente do regime militar. Aliás, essa vontade de apagar o passado da presença dos militares no poder levou, logo após o início da redemocratização, ao fim das disciplinas de Educação Moral e Cívica, Organização Social e Política do Brasil e Estudos dos Problemas Brasileiros, além de esvaziar e depois praticamente extinguir o Projeto Rondon, que levava jovens dos grandes centros urbanos para conhecer e conviver com a realidade de outras regiões do país. Os currículos escolares foram revisados e os chamados “heróis da pátria” remanejados para o limbo, quando não “desconstruídos” pela nova linguagem no poder. Da mesma forma, as manifestações em relação aos símbolos da pátria – bandeira e hino – e suas festividades também caíram em desuso.

*Gerente adjunto de Inovação e Sustentabilidade da Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef)

Precatórios: o calote precisa ter fim

Redação

Luciana Montes Editores Alexandre Horácio

Rafael Tomaz

Clério Fernandes

Gabriela Pedroso

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Em um palco improvisado em frente ao distrito do 5º arrondissement, o comissário de polícia se preparava para uma coletiva com a imprensa. A temperatura estava agradável e o sol, ainda que timidamente, se fazia presente. O único fato que causava um certo desconforto era o voo rasante de um corvo sobre as cabeças dos jornalistas. Senhoras, senhores, estamos aqui hoje para comunicar, se esse corvo nos der licença, o resgate da menina Aline e a prisão de sua sequestradora. Devemos isso aos esforços da tenente Natalie, aqui ao meu lado, e, sobretudo, aos resultados das investigações do capitão Maurel, que, lamentavelmente, não pode estar aqui hoje porque passa por um checkup cardíaco. Agradeço a presença de todos. Se houver alguma pergunta, tentaremos respondê-la. — Sr. comissário, minha pergunta seria com relação aos novos casos de pessoas desaparecidas. Parece que o número desses desaparecimentos está muito acima do normal. Vocês têm alguma explicação para o fato? Antes de ouvir a resposta do comissário, Natalie deixa o palco para atender o telefone. — Tenente Natalie, bom dia, aqui é do Hospital Val-de-Grâce. Durante os exames, o capitão Maurel teve problemas e seu estado é bastante crítico. A senhora poderia avisar a Sra. Virgínia? Não estamos conseguindo falar com ela. — Farei isso a caminho daí. Após se identificar na portaria do hospi-

*Presidente da Confederação Nacional dos Servidores Públicos (CNSP)

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processos inexistentes, mas que para ter direito ao valor é preciso pagar uma taxa. Enganados, eles pagam o valor solicitado, que vai parar no bolso de golpistas. Essas pessoas abusam da falta de informações e da boa-fé dos idosos e fazem disso um negócio. Um negócio que, vale destacar, existe apenas porque o poder público abre brechas. Além da demora e das fraudes, o credor também precisa lidar com as constantes tentativas do governo de diminuir os valores a ser pagos. No ano passado, por exemplo, o Supremo Tribunal Federal (STF) realizou julgamento sobre a atualização dos índices de correção monetária e juros de mora aplicados aos precatórios. O governo queria o uso da Taxa Referencial (TR), que é defasada. Em outras palavras, o credor que espera há quase 20 anos por seu precatório receberia um valor não atualizado. Felizmente, o STF votou contra e manteve o Índice de Preços ao Consumidor Amplo Especial (IPCA-E), que é o correto, pois reflete a inflação. Estados e municípios precisam entender que precatórios não são um favor. Precatórios são um direito. Direito esse que faz diferença na vida dos credores. Políticos como o senador Serra devem parar de agir contra quem os elegeram e deixar que os prazos atuais sejam respeitados. O calote já foi longe demais.

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* Doutor em Educação Histórica pela UFPR e professor do Curso Positivo, em Curitiba

O Corvo (XXXIX)

ANTONIO TUCCÍLIO *

O senador José Serra (PSDB/SP) quer, mais uma vez, estender o prazo de pagamento dos precatórios. Segundo consta na Proposta de Emenda Constitucional nº 95/2019, o prazo será prorrogado até 31 de dezembro de 2028 (o atual é 2024). Eu pergunto: até quando? Quantas pessoas ainda morrerão sem receber seus precatórios? Há credores que esperam há mais de 15 anos para receber o que lhes é devido por estados, municípios e pela União. O prazo é constantemente alterado. Já foi 2020, agora é 2024, amanhã será 2028. E, certamente, esse prazo-limite mudará em breve. A regra é postergar o máximo possível para beneficiar os estados e municípios caloteiros, mesmo que isso prejudique a população. Precatório é uma “jabuticaba”: existe apenas no Brasil. Em resumo, são títulos de dívidas do Poder Público reconhecidas pela Justiça. Quando o cidadão ganha um processo contra um ente público, passa a integrar uma fila de pagamentos que, a depender do senador Serra, será eterna. A demora é tanta que alguns credores, principalmente os idosos, vendem seus precatórios para enganadores a preços irrisórios – cerca de 8% dos valores que teriam a receber. Quando o precatório é finalmente liberado, o golpista recebe o valor completo. Há também casos de idosos que recebem cartas com falso timbre do Tribunal de Justiça em suas residências. No texto, consta que eles têm direito a receber importância de Previdência ou pecúlio em

Certo ou errado, o resultado é que as novas gerações convivem hoje com um vácuo de referências simbólicas, na medida em que nada ocupou o lugar dos programas e atividades referentes ao congraçamento do espaço público. Recentemente, uma amiga que passou a morar em Londres e matriculou a filha na escola local, contou-me que em uma das primeiras atividades, a professora falou sobre os heróis ingleses e perguntou aos alunos migrantes quais os heróis de seus países. A menina de 13 anos ficou nervosa, porque não sabia o que responder. “Tiradentes” foi o que lhe ocorreu. Mas sem saber exatamente explicar por que ele foi um “herói”. Discutir essa temática não significa, em absoluto, buscar uma volta ao passado, uma lamentação nostálgica a um período de repressão e autoritarismo que não fez nenhum bem aos cidadãos brasileiros. Significa buscar recuperar a discussão sobre quem somos como brasileiros, qual o passado comum que podemos compartilhar e chamar de “nosso”, quais as referências que nos permitem trilhar uma narrativa de pátria, de identidade, de compromisso, de defesa de valores que constituem o que chamamos de “direitos de todos”. Essa tarefa está em aberto, para além dos heróis fabricados ou imaginados. Quem sabe a filha de minha amiga pudesse dizer, diante da pergunta da professora, a lista de educadores, poetas, pesquisadores, líderes comunitários, empreendedores, democratas, trabalhadores que construíram esse país para além de seus próprios interesses, para além de seus próprios privilégios. Eu teria, na ponta da língua, dois nomes, meus heróis: Zilda Arns e Herbert de Souza.

tal, ela vai diretamente para o CTI, onde o médico de plantão a aguarda. Caminham em direção ao box onde está Maurel; ao chegar lá, o médico abre a cortina que separava o capitão dos outros pacientes e, antes de deixá-la entrar, diz: — Não se preocupe, tenente, está tudo bem. — Mas me ligaram dizendo... — Que ele estava muito mal. E estava. Ele tinha sofrido uma parada cardíaca, tentamos reanimá-lo, mas sem sucesso. Já nos preparávamos para remover o corpo quando ocorreu o inexplicável. Ele voltou. Ele inexplicavelmente voltou. — Ah, que boa notícia doutor. Ele ainda corre perigo? — Os exames indicam que não, outro fato inexplicável. Tudo parece ter voltado ao normal. A tensão antes estampada no rosto de Natalie cede lugar a um ar de contentamento. Ela já se prepara para ir até Maurel quando pergunta ao médico: — Quem é aquela Sra. com vestido preto e a cabeça coberta por um véu? É parente? — Sra. de preto? Com véu na cabeça? Desculpe-me, tenente, mas não há ninguém ao lado do capitão Maurel. (Fim) *Escritor. Autor dos livros “Fantasmas de um escritor em Paris”, “Meu pseudônimo e eu”, “O estranho espelho do Quartier Latin”, “A bicha e a fila”, “O corvo”, “O portal” e “A escolha”

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BELO HORIZONTE, SÁBADO, 7, A SEGUNDA-FEIRA, 9 DE SETEMBRO DE 2019

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ECONOMIA ALISSON J SILVA - ARQUIVO DC

POLÍTICAS PÚBLICAS

Pacote de combate ao desemprego pode liberar até R$ 65 bilhões para empresas

Entre os fatores que estão impulsionando a indústria do vestuário em Minas Gerais está a reforma trabalhista

VESTUÁRIO

Setor começa a dar sinais de recuperação em Minas Gerais neste ano Porém, setor estima voltar aos patamares registrados em 2014 MICHELLE VALVERDE

A indústria do vestuário, em Minas Gerais, está se recuperando das perdas registradas desde 2015, quando o desempenho do setor passou a ser afetado pela crise econômica. A expectativa é encerrar 2019 em patamares iguais aos de 2014, o que é considerado um importante avanço. A expectativa positiva se deve à retomada de parte da confiança dos empresários, que estão desengavetando projetos e voltando a investir. De acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias do Vestuário de Minas Gerais (Sindivest-MG), Luciano José de Araújo, até 2014 o setor vinha apresentando resultados positivos, mas em 2015 encerrou com queda de 35%. A tendência é, em 2019, retomar ao patamar de 2014, o que representa um crescimento nos últimos anos de 52%. “Nossa expectativa é que, neste ano, alguns setores voltem a bater os números de 2014. Estamos trabalhando nessa linha e gerando negócios. Estamos com a reforma trabalhista implantada no nosso setor, que é de alta empregabilidade,

a reforma teve um reflexo positivo. É um conjunto de fatores que vem contribuindo para a retomada”. Ainda segundo Araújo, outros fatores que vêm contribuindo para uma melhor expectativa do setor foram as aprovações da reforma da Previdência e da Medida Provisória da Liberdade Econômica. Estas aprovações são consideradas importantes para atrair novos investimentos e aportes em infraestrutura, o que vai promover a retomada da economia, a geração de empregos e de renda. “2019 está sendo um ano não tão bom quanto gostaríamos, porque as reformas já deveriam ter sido aprovadas, mas está sendo um ano para se consolidar o crescimento. Paramos de apresentar resultados negativos e estamos crescendo, mesmo em índice menor”, explicou. Ainda segundo Araújo, a expectativa positiva em relação à retomada do setor também se deve ao melhor resultado do Índice de Confiança do Empresário Industrial, que atingiu 59,8 pontos. Valores acima de 50 pontos mostram melhor perspectiva para os próximos meses e intenção de investir. “Alguns setores da indústria

do vestuário, como de uniformes e a moda casual, por exemplo, já mostram tendência de crescimento, o que é importante. O aumento da confiança dos empresários é fundamental para a retomada dos investimentos. No auge da crise, em 2016, o índice de confiança chegou a 29 pontos, foi um período em que ninguém queria investir, os empresários estavam sem crença. Hoje, estamos em 59,8 pontos e, isso, demonstra o aumento da confiança na economia, o que é importante para a retomada de projetos, o que irá beneficiar todos os setores, com a geração de empregos”, explicou. Evento - Para o restante do ano, um dos principais fatores que irão contribuir para o aumento da demanda é a Minas Trend, que será em outubro. “Nossas expectativas são positivas. Várias marcas que tinham saído da Minas Trend estão retomando. É um evento importante para o setor. A Minas Trend vai ajudar a consolidar os resultados para as empresas. Esperamos um aumento no volume de negócios”, explicou.

VEÍCULOS

Brasil e Argentina assinam novo acordo automotivo e livre-comércio fica para 2029 São Paulo - Às vésperas das eleições presidenciais no principal sócio do Mercosul, com provável vitória da oposição, os governos do Brasil e da Argentina assinam na sexta-feira (6) um novo acordo automotivo. O documento prevê o livre-comércio de veículos e autopeças em 1º de julho de 2029 -nove anos a mais que a previsão do entendimento atual. Em compensação, não há condicionalidades para que o livre-comércio seja estabelecido. Pelos cálculos da equipe econômica, isso significa que o comércio de veículos entre Brasil e Argentina estará finalmente liberado cinco anos antes da implementação do acordo Mercosul-União Europeia. Desde a criação do Mercosul, em 1990, o setor automotivo é um dos poucos que ficaram de fora do bloco e sempre teve um comércio administrado. A possibilidade de livre troca de carros e peças vem sendo postergada sucessivas vezes. O acordo também prevê um

aumento gradativo do chamado “flex”, múltiplo que regula o comércio de veículos e peças entre os dois países. Hoje está em 1,5: para cada US$ 1,50 exportados do Brasil para a Argentina, os argentinos podem enviar US$ 1 aos brasileiros. Com o novo entendimento, esse indicador sobe para 1,7 e avança gradativamente até 3,0 perto do fim da vigência do tratado. O novo acordo também prevê equalização das regras de origem (porcentual de peças nacionais nos carros) entre Brasil e Argentina ao acordo entre Mercosul e União Europeia até 2027. Outra diferença entre o acordo atual e o que vai ser assinado é o tratamento para veículos híbridos e elétricos. Hoje não há tratamento diferenciado. Automóveis, ônibus e caminhões híbridos e elétricos serão beneficiados. O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o acordo automotivo assinado na sexta-feira entre Brasil e Argentina

independe das eleições no país vizinho. “Acordo automotivo é mais um avanço no processo de integração e trata-se de uma maior aproximação com a Argentina”, afirmou Guedes a jornalistas, após solenidade de assinatura do acordo, no Rio de Janeiro. O ministro ressaltou que a política do governo do presidente Jair Bolsonaro é de “abertura gradual porém segura” da economia, e lembrou que o país também está em negociações comerciais com os Estados Unidos e com o México, depois de ter concluído acerto de acordo de livre comércio com a União Europeia. “Serão cada vez mais acordos bilaterais abrangentes”, afirmou o ministro. O ministro da Produção e Trabalho da Argentina, Dante Sica, diz que a definição de regras mais estáveis para o acordo, que até então vinha sendo renovado a cada dois ou três anos, trará mais estabilidade. (Folhapress/ Reuters)

Brasília - O pacote de combate ao desemprego em estudo pelo governo prevê medidas em ao menos dez frentes. Em uma delas, está prevista a liberação de até R$ 65 bilhões para capital de giro de empresas. Em outra, a ideia é criar uma espécie de rede de “agências de trabalho” privadas. As propostas estão na mesa do ministro Paulo Guedes (Economia) e já foram apresentadas para um grupo seleto de empresários e banqueiros. O ministro ainda precisa dar o aval às sugestões de alguns de seus secretários. Para estimular a atividade empresarial, a equipe econômica estuda uma mudança numa regra da Justiça do Trabalho, onde estão parados R$ 65 bilhões na forma de depósitos recursais - valor em juízo para poder recorrer de sentença trabalhista. Desde 2017, a reforma trabalhista permitiu que seja apresentado um seguro como garantia, em vez do depósito em dinheiro, que compromete os limites de crédito das companhias. Mas isso não vale para processos anteriores à medida. Por isso, uma das sugestões é aplicar a mesma norma para o estoque e liberar esses recursos para as empresas. O time de Guedes quer também incentivos para a qualificação de desempregados e trabalhadores autônomos. Guedes vai reunir a equipe para decidir sobre qual será a versão final do pacote de estímulo ao emprego e a data para lançar as medidas. Além disso, a equipe econômica quer criar um grupo técnico para acompanhar o andamento do projeto

e traçar metas. Para viabilizar o projeto em tempo de aperto no Orçamento, pode ser usado dinheiro do Sistema S - que reúne instituições empresariais voltadas à capacitação e que recebem recursos públicos - e de entidades filantrópicas de educação. Ainda na área de qualificação, o plano prevê incentivos fiscais para a empresa que investir no aprimoramento dos empregados. Está em avaliação uma compensação de parte do PIS/Pasep, que seria maior no caso de trabalhador contratado por menos de um ano. O objetivo é aumentar a produtividade e reter os empregos no País. Outra medida envolve parcerias para que empresas privadas passem a atuar como uma espécie de agência de trabalho. Se uma empresa de recursos humanos, por exemplo, conseguir emprego para quem está recebendo seguro-desemprego, terá um prêmio: parte restante que a pessoa teria direito. Provavelmente, metade. Prefeituras também poderiam participar do programa. Com isso, é esperada uma redução nos gastos com seguro-desemprego, estimados em R$ 41 bilhões para 2020. Também foi sugerida uma reformulação do Sistema Nacional de Emprego (Sine) ou até sua a privatização. Ala da equipe econômica considera que o sistema, criado em 1975, é antigo, baseado em estrutura física e cara. Hoje, só 3,13% das contratações formais são realizadas pelo Sine, que tem atuado em qualificação e intermediação de empresas e trabalhadores. (Folhapress)

Proposta prevê desoneração para a contratação de jovens São Paulo - Uma das principais propostas para estimular a criação de vagas prevê a redução de tributos para empresas que contratarem jovens para o primeiro emprego ou profissionais de qualquer idade desempregados há mais de dois anos. Os benefícios podem ser: desoneração da folha de pagamentos (parcela patronal para o INSS), isenção de contribuições para Sistema S e redução no valor pago para o FGTS. Essa vantagem para o empresário deve ser temporária, talvez pelos seis primeiros meses de contrato. Se o empregado for demitido antes do período a ser determinado pelo governo, a empresa terá que pagar os tributos que foram descontados. A equipe econômica estuda usar recursos do Sistema S para bancar esses novos contratos, que vêm sendo chamados de Emprego Verde e Amarelo. Outra forma de financiar a ideia é fazer ajustes nas renúncias fiscais. Ao apresentar a proposta para alguns empresários, o governo fez questão de ressaltar que todos os direitos do trabalhador estão garantidos nessas contratações. Patrocinado pela Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, o programa Emprega+ também tem foco na qualificação e na criação de empregos, mas envolve, entre outras medidas, a criação de um voucher. Os vales seriam distribuídos para que as pessoas possam fazer cursos e voltar ao mercado de trabalho. O orçamento estimado para a iniciativa é de R$ 8 bilhões em quatro anos, e a expectativa é atender a 4,4 milhões de desempregados. O governo também estuda

reestruturar o sistema do Microempreendedor Individual (MEI), programa que formaliza os negócios de micro e pequenos empreendedores. Diferentes faixas de rende e de contribuição podem ser criadas dentro do programa. A ideia é ampliar a inclusão previdenciária e a formalização. O projeto também permitirá a ampliação do número de empregados para o MEI. Em outra frente, a equipe de Guedes avalia a criação de um programa chamado CERTSimples, voltado para reduzir os juros nos créditos para micro e pequenas empresas. Isso poderia ser feito aumentando a transparência de informações sobre os empreendimentos para os bancos. Ainda na área bancária, o time de Guedes analisa uma medida para ampliar a oferta de crédito, liberando R$ 10 bilhões de recursos próprios do Banco do Nordeste. A proposta envolve oferecer o serviço para comunidades, para pessoas sem comprovação de renda e sem garantias. Esse modelo vem sendo adotado com sucesso pelo Banco do Nordeste e poderia ser ampliado para todo o País. Outra medida busca reabilitar quem está recebendo aposentadoria por invalidez e tem condições de atuar em outro setor. Essa proposta foi publicada pela Folha em abril. Cerca de 18% das aposentadorias no Brasil são por invalidez. Mas o governo entende que uma parcela dessas pessoas pode ser qualificada para trabalhar em outra atividade. Atualmente, a taxa de reabilitação é de 1% a cada ano. Por isso, a ideia é fazer um plano para tornar essa medida mais efetiva e ajudar no ajuste de contas da Previdência. (Folhapress)


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ECONOMIA SUPERMERCADOS

Vendas crescem 3,09% em Minas Gerais Com resultado obtido em julho, setor acumula incremento de 2,38% neste ano, de acordo com a Amis ANDREA ROCHA

Os supermercados de Minas Gerais repetiram o comportamento apurado ao longo do ano e registraram um crescimento de 3,09% nas vendas em julho em relação ao mesmo mês do ano passado e de 2,38% no acumulado do ano. Na comparação com junho, a alta foi de 0,78%. Os números, deflacionados pelo IPCA/IBGE, constam do Termômetro de Vendas, pesquisa mensal realizada pela Associação Mineira de Supermercados (Amis) De acordo com o superintendente da Amis, Antônio Claret Nametala, com o resultado de julho, a entidade mantém a previsão de crescimento de 4% no faturamento deste ano sobre os R$ 35,8 bilhões apurados no ano passado. No entanto, já considera a possibilidade de revisão dessa taxa para 3,5%, caso as expectativas de melhora da economia não se concretizem ao longo do segundo semestre. A variação de 0,78% em julho em relação a junho é atribuída ao maior número de dias (31 contra 30). E também ao fato de não haver feriado em julho, como ocorre em junho (Corpus Christi, dia 20), quando parte das lojas tem o horário de funcionamento reduzido. Já o crescimento de 3,09% sobre o mesmo mês do ano passado reflete a melhora, ainda que lenta, do ambiente econômico e dos índices de emprego, especialmente em Minas Gerais, que respondeu por 24% (10.609) dos 43,8 mil postos de trabalho gerados no País. O crescimento observado

em julho de 2019 frente ao mesmo mês de 2018 superou a taxa apurada no confronto entre julho de 2018 e igual intervalo de 2017, que foi de 2,68%. Mas, no acumulado do ano, o crescimento de 2,38% ficou abaixo da taxa de 2,6% registrada em 2018 na comparação com o mesmo período de 2017. “É crescimento sobre crescimento”, pontua Nametala, reconhecendo, no entanto, que o ritmo de alta está menor do que o percebido em 2018. Segundo Nametala, como no primeiro semestre as expectativas com a aprovação de reformas como a previdenciária, e a geração de empregos não se concretizaram, “existe um sentimento de que o faturamento do setor não cresça 4% como o previsto anteriormente”, podendo ficar na casa de 3,5%. Segundo ele, ainda há expectativa de alguma recuperação da economia ainda no segundo semestre, em virtude de fatores como a redução do custo da cesta básica e também a injeção de recursos por meio da liberação do FGTS e PIS. “Em julho, pelo segundo mês consecutivo, apuramos queda no custo da cesta básica em Minas Gerais, sendo de 1,52% em junho e de 0,83% em julho, o que aumenta o poder de compra”, observa o superintendente da Amis. Segundo ele, com a melhora nos níveis de emprego percebida neste ano, o mercado supermercadista mineiro já observa o retorno do consumidor a alguns produtos, como, por exemplo, a manteiga de leite e de itens que são líderes de mercado, que

ALISSON J SILVA - ARQUIVO DC

Setor supermercadista em Minas Gerais estima crescimento de 4% neste ano e um faturamento de R$ 35,8 bilhões

verificado na região Central, com 0,23%. “Geralmente essa região apresenta as maiores taxas, mas, em julho, em virtude das férias escolares, muita gente deixa a Capital e reduz o consumo”, observa Nametala. A segunda região com maior crescimento foi a Zona da Mata (1,37%), seguida pela região Norte (1,17%); Sul (0,98%); Rio Doce/Mucuri/ Jequitinhonha (0,8%); CentroRegiões – Todas as sete regi- -Oeste (0,7%) e a Central, ões de Minas apresentaram com 0,23%. variações positivas em julho, na comparação com junho. Investimentos – Atualmente O maior crescimento ocorreu a Amis reúne 7.242 lojas e no Triângulo/Alto Paranaí- supermercados, responsába, com 1,93% e o menor foi veis pela geração de 200 mil

têm valores mais altos. Em todos os meses do ano foram observadas altas no faturamento do setor em Minas, na comparação com igual período de 2018. Em janeiro, cresceu 2,84%. Em fevereiro, 1,13%. Em março, 1,27%. Em abril, subiu para 3,21%; em maio, 1,01% e, em junho, avançou 4,17%, superando a taxa de 3,09% registrada em julho.

empregos diretos. Com as 70 unidades que estão sendo inauguradas neste ano em diversas regiões do Estado, com investimentos da ordem de R$ 520 milhões, a previsão é 7.300 novas vagas de emprego. Aos empresários do setor, a recomendação de Nametala é de que trabalhem pela redução de custos, principalmente em momento de inflação mais baixa, quando é pequena a margem de reajuste de preços. “E atenção também ao mix de produtos e aos segmentos, pois estamos observando um crescimento muito grande nas lojas de bairro e ata-

carejo, com aumento da concorrência”. Semana do Brasil – A Amis está apoiando a iniciativa do governo federal de estimular a promoção de descontos em lojas físicas e virtuais de todo o País, na semana entre 6 e 15 de setembro. Na avaliação de Nametala, a Semana do Brasil pode contribuir para o consumo, assim como ocorreu com a Black Friday, que começou de forma tímida e hoje tem um efeito sazonal importante. De acordo com a entidade, várias redes de supermercados estão aderindo em Minas Gerais.

PREÇOS

Inflação oficial avança 0,13% na RMBH em agosto JULIANA SIQUEIRA

O aumento da taxa de água e esgoto (8,13%), da energia elétrica residencial (4,11%) e do aluguel residencial (0,72%) foram os principais responsáveis pela alta de 0,13% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em agosto na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na sexta-feira (6). O número representa o quarto maior resultado mensal em relação às 16 áreas avaliadas. A RMBH ficou atrás apenas de São Paulo (0,33%), Fortaleza (0,33%) e Curitiba (0,18%). A variação mensal no País foi de 0,11%, menor do que a que foi registrada em julho, de 0,19%. No Brasil, a taxa acumulada no ano é de 2,54%. Já nos últimos 12 meses, é de 3,43%. Conforme ressalta Venâncio da Mata, coordenador da pesquisa do IPCA em Minas Gerais, ao avaliar a variação acumulada do ano na RMBH, de 2,67%, o aumento registrado em agosto não causou um impacto muito grande. Trata-se, ainda, do menor índice de 2019, sendo que a maior alta do IPCA ocorreu em janeiro (0,70%).

mês. Quando se trata do grupo de transportes, por exemplo, as passagens aéreas registraram queda de 14% e a gasolina de 0,60%, impactando o índice geral em -0,04p.p. e -0,03p.p., respectivamente. Mata destaca, porém, que “a maior queda foi no grupo de alimentação e bebida”. O tomate, por exemplo, apresentou diminuição de preço de 31,88%, com impacto de -0,08p.p., seguido pela cenoura (-24,10%), repolho (-11,85%), morango (-10,13%), batata-inglesa (-7,63%), alface (-6,33%), brócolis (-5,55%), couve (-5,08%) e feijão carioca (-4,93%). Por sua vez, alguns itens alimentícios, ao contrário dos citados anteriormente, apresentaram aumento em vez de queda. Os maiores entre eles foram a cebola (13,31%), a abóbora (6,71%), a salsicha (5,28%), o quiabo (4,49%), a carne de porco salgada e defumada (2,53%), a maçã (2,30%) e, por fim, o macarrão (2,07%).

Capital – Conforme publicado recentemente, o custo de vida em Belo Horizonte subiu 0,22% em agosto, na comparação com o mês de julho, impulsionado principalmente pelas altas de 1,13% para produtos administrados e de 3,21% no Baixas - Alguns itens con- grupo de saúde e cuidados tribuíram para frear o incre- pessoais. O item plano de mento do índice no último saúde individual foi o que

mais contribuiu, com elevação de 7,35% no mês. No ano, a inflação acumulada é de 3,44% e, nos últimos 12 meses, chegou a 4,24%,

próximo ao centro da meta de 4,25% definida pelo Conselho Monetário Nacional para o ano de 2019. O Índice de Preços ao

Consumidor Amplo (IPCA) e o Índice de Preços ao Consumidor Restrito (IPCR) foram divulgados ontem pela Fundação Instituto de

Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais, vinculada à Universidade Federal de Minas Gerais (Ipead/UFMG).

IPCA tem alta de 0,11% no Brasil, aponta IBGE Rio - Agosto registrou inflação de 0,11%, divulgou na sexta-feira (6) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em sua pesquisa de IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). O resultado é 0,08 ponto percentual abaixo da taxa do mês passado. Em julho, o registro havia sido de 0,19%. A variação acumulada no ano de 2019 chegou a 2,54%, enquanto os últimos 12 meses registraram 3,43%. Em agosto de 2018, a taxa foi de 0,09%. A desaceleração foi influenciada pela deflação nos grupos Alimentação e Bebidas (-0,35%) e Transportes (-0,39%). A diminuição dos preços nas passagens aéreas contribuíram para os números negativos no item Transporte. “Após os reajustes nos meses de férias, as passagens ficaram com uma base mais alta, e agora voltam para uma base mais baixa”, disse o gerente da pesquisa do IBGE, Pedro Kislanov. A queda nas passagens aéreas foi de 15,66% em agosto, depois de altas de 18,90% e 18,63% em junho e julho, respectivamente.

Ele também explicou que alguns dos principais alimentos tiveram significativas reduções nos preços, como o tomate (-24,49%), a batata inglesa (-9,11%), e as verduras e hortaliças (-6,53%), o que justifica a deflação no item Alimentação e Bebidas. Assim como no mês passado, o maior impacto foi no grupo habitação (1,19%), por conta da alta de 3,85% na energia elétrica. O registro contribuiu com 0,15 pontos percentuais no índice de agosto, que passou a vigorar com a bandeira vermelha patamar 1. De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), essa cobrança significa um adicional de R$ 4 para cada 100 quilowatts-hora consumidos. A alta na energia elétrica trouxe reflexos principalmente em Fortaleza e São Paulo. A cidade cearense teve um aumento de 9,01%, enquanto a capital paulista computou 5,06%. Os registros representaram variações de 0,33% em ambas no IPCA de agosto, os maiores do país entre os índices regionais. Em julho, a bandeira tarifária foi amarela, que representa R$ 1,50 a cada 100 quilowatts-

-hora. A bandeira tarifária verde, em junho, é sem custos para os consumidores. Outro item que subiu em habitação foi o gás encanado (0,46%), consequência do reajuste de 0,99% nas tarifas do Rio de Janeiro (0,93%) desde o dia 1 de agosto. O botijão de gás teve queda de 0,93% graças ao anúncio da Petrobras de reduzir 8,15% o preço do botijão de 13 kg nas refinarias desde 5 de agosto. “De julho para agosto, houve deflação em três dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados”, informou o IBGE nesta sexta. Sete das 16 zonas captadas pelo IBGE para cálculo da inflação registraram deflação: Vitória (-0,50%), Aracaju (-0,47%), São Luís (-0,31%), Campo Grande (-0,21%), Belém (-0,20%), Rio de Janeiro (-0,06%) e Porto Alegre (-0,04%). “Nessa época do ano é comum a inflação ser mais baixa, porque os aumentos dos preços monitorados, como, por exemplo, ônibus urbanos, costumam se concentrar no início do ano”, afirmou Pedro Kislanov, gerente da pesquisa. O IBGE calcula o IPCA desde 1980 entre famílias

com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange dez regiões metropolitanas do Brasil, mais as cidades de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e Brasília. O índice de agosto foi calculado entre 30 de julho e 27 de agosto de 2019. (Folhapress)

CORREÇÃO Em relação à matéria “LED reduz o consumo em 55% em BH”, publicada em 5 de agosto, esclarecemos que este índice de economia é relativo somente aos locais onde as luminárias foram substituídas, a redução total dos custos com o serviço na Capital atingiu 18,5%. O valor do contrato da PPP é de R$ 991,8 milhões, sendo R$ 400 milhões a serem investidos pela BHIP na operação e modernização. A contrapartida do município é a remuneração de R$ 1 bilhão pela operação durante o tempo do contrato.


BELO HORIZONTE, SĂ BADO, 7, A SEGUNDA-FEIRA, 9 DE SETEMBRO DE 2019

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ECONOMIA ENERGIA

Mercado livre jĂĄ atende 6,5 mil consumidores Crescimento do setor no PaĂ­s jĂĄ o leva a responder por 31% do consumo nacional e 82% do industrial JULIANA SIQUEIRA

O mercado livre de energia estĂĄ em expansĂŁo. Segundo informaçþes da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), o crescimento anual do setor jĂĄ o leva a registrar, atualmente, 6,5 mil consumidores atendidos, representando 31% do consumo nacional e 82% do consumo industrial. O impulso para esses nĂşmeros tĂŁo expressivos vem, sobretudo, conforme o presidente executivo da entidade, Reginaldo Medeiros, dos preços mais baixos oferecidos pelo segmento - que, de acordo com ele, historicamente, giram em torno de 28% a menos em comparação ao mercado cativo. “Ao longo de 16 anos, os consumidores conseguiram alcançar, ao todo, uma economia de R$ 185 bilhĂľesâ€?, afirma ele. Atualmente, porĂŠm, conforme destaca Medeiros, o potencial mĂĄximo de consumo nacional chega a 38%. Isso porque a compra de energia fora do ambiente regulado requer que a demanda contratada seja de, ao menos, 500WM. “Isso representa uma conta de energia de aproximadamente R$ 100 mil por mĂŞsâ€?, diz. Distinção - Essa grande diferenciação nos valores, conforme explica o presidente do conselho de administração da Associação Brasileira de Centrais HidrelĂŠtricas PCH e CGH, Walmor Alves, estĂĄ relacionada ao fato de o mercado livre de

energia ter a possibilidade de sempre comprar a energia mais barata do momento, “se ĂŠ ĂŠpoca de chuva, por exemplo, adquire a hidrĂĄulica; quando nĂŁo ĂŠ, a eĂłlicaâ€?, exemplifica.â€? AlĂŠm disso, existem outras razĂľes, como frisa Alves. A competição estĂĄ entre esses motivos, gerando, inclusive, alguns entraves. “O lucro no mercado livre ĂŠ reduzido, jĂĄ que hĂĄ muita competição, o que impacta tambĂŠm a capacidade de reinvestimentoâ€?, analisa. Futuro - Se ainda hĂĄ bastante espaço para expansĂŁo, qual deverĂĄ ser o futuro desse cenĂĄrio? Medeiros ressalta que as perspectivas sĂŁo de que haja uma reforma do setor. Inclusive, jĂĄ existem projetos de lei no Senado e na Câmara para a expansĂŁo do segmento, que poderĂĄ chegar atĂŠ os pequenos consumidores. Alves, por sua vez, destaca que, atualmente, a conta nĂŁo estĂĄ bem distribuĂ­da. “O mercado livre de energia ĂŠ, muitas vezes, injusto com a competição de mercado. Os grandes consumidores compram uma energia mais barata, enquanto o concorrente, que ĂŠ menor, nĂŁo consegue acesso a elaâ€?, ressalta. De acordo com ele, uma alternativa seria abrir esse mercado por segmentos e nĂŁo por tamanho do consumo. JĂĄ o presidente da CMU comercializadora de energia, Walter FrĂłes, afirma que as suas expectativas sĂŁo de que todos os consumidores de alta tensĂŁo tenham acesso a esse mercado, “em

Ao longo de 16 anos, os consumidores do mercado livre conseguiram alcançar, ao todo, uma economia de R$ 185 bilhþes

curto ou mĂŠdio prazoâ€?, diz. “As expectativas sĂŁo muito boas, tendo em vista o viĂŠs liberal do atual governoâ€?, salienta. Sem modismos - O consultor de energia Rafael Herzberg afirma que o mercado livre de energia ĂŠ uma excelente oportunidade para os clientes que podem escolher esse ambiente de negĂłcio. No entanto, o consumidor nĂŁo deve se deixar levar pelo que o profissional chama de “modismosâ€?.

“O mais importante ĂŠ o cliente descobrir quais sĂŁo as vantagens, as desvantagens e os riscos que esse mercado ofereceâ€?, avalia. De acordo com o profissional, quem vai para o mercado livre de energia precisa saber quando estĂĄ sendo oferecido um bom preço. “JĂĄ tive clientes que pagaram caro. O mercado flutuaâ€?, ressalta. Herzberg afirma que os valores podem sofrer variaçþes relacionadas Ă oferta, ao fato de os reservatĂłrios

das hidrelĂŠtricas estarem ou nĂŁo bem estabelecidos e Ă prĂłpria atividade econĂ´mica do PaĂ­s. “O cliente deve fazer uma prospecção cuidadosa e conseguir preços atraentes. O mercado livre precisa ser entendido para que possa ser contratado e, assim, se obtenha a economiaâ€?, afirma. “Os contratos sĂŁo negociados conforme o interesse e conveniĂŞncia do consumidor, podem ser de um mĂŞs ou de 10 anos, por exemploâ€?, frisa.

Liquidação de operaçþes tem R$ 7,6 bi não pagos São Paulo - A liquidação financeira de operaçþes do mercado de curto prazo de eletricidade referente a julho contabilizou R$ 8,68 bilhþes em transaçþes, mas arrecadou apenas R$ 1,09 bilhão junto às empresas que atuam no setor, informou a Câmara de Comercialização de Energia ElÊtrica (CCEE) na sexta-feira (6). Dos R$ 7,59 bilhþes em aberto na liquidação, que promove pagamentos e recebimentos entre os participantes do mercado de energia, R$ 7,45 bilhþes de-

vem-se a liminares em que operadores de hidrelÊtricas conseguiram isenção de pagamento por custos com o chamado risco hidrológico. Com isso e com outras decisþes judiciais que dão preferência a algumas empresas na distribuição dos valores arrecadados, a maior parte dos agentes do mercado com crÊditos a receber no acerto de contas embolsou apenas 3% dos valores esperados, segundo a CCEE. A operação, realizada mensalmente pela CCEE, envolveu 8,1 mil agentes,

Edital de Citação prazo de 20 dias. O Dr. Cåssio Azevedo Fontenelle, MM. Juiz de Direito da 27ª Vara Cível desta Comarca, na forma da lei, etc., faz saber a todos quantos o presente edital virem ou dele conhecimento tiverem, que perante este Juízo e respectiva Secretaria, tramitam os autos da ação de Procedimento Comum n° 024.14.224.245-2, requerido pelo Autor: Banco do Brasil S/A, CNPJ 00.000.000/0001-91 contra Ladorca Empreendimentos Ltda, CNPJ 05.443.671/0001-40 e Fabiano Ladeira Dornellas de Castro, CPF 651.887.486-49. Em síntese, a parte autora dez que celebrou com o rÊu Contrato de Abertura de CrÊdito BB Giro Empresa Flex n° 385.703.216, com vencimento final em 26/01/2014, assinado atravÊs de seu representante legal, cujo objeto era disponibilizar ao rÊu, em sua conta corrente mantida junto à instituição financeira, o valor de R$ 120.000,00. Em razão do atraso no pagamento do dÊbito a dívida atual do requerido totaliza o montante de R$ 121.049,63, referente aos contratos inadimplidos pelo devedor. Assim, tem o presente edital a finalidade de citar os rÊus Ladorca Empreendimentos Ltda, CNPJ 05.443.671/0001-40, na pessoa de seu representante legal e Fabiano Ladeira Dornellas de Castro, CPF 651.887.486-49, que encontram-se em local incerto e não sabido, para todos os termos e atos da presente ação e, querendo, apresentar sua contestação no prazo de 15 (quinze) dias. Adverte-se outrossim que, caso não seja a ação contestada no prazo legal, presumir-se-ão aceitos como verdadeiros, todos os fatos articulados pelo autor em sua petição inicial. Adverte-se de que serå nomeado curador especial em caso de revelia. E, para constar, expediu-se o presente edital que deverå ser publicado por 3 (três) vezes, uma vez no Diårio Judiciårio Eletrônico e pelo menos duas vezes em jornal de circulação local e que serå afixado no local de costume neste foro. Belo Horizonte, aos 09 de julho de 2019. O Dr. Cåssio Azevedo Fontenelle. Luciano Fåbio Marques de Brito, Escrivão Judicial.

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EDITAL DE CONVOCAĂ‡ĂƒO PARA ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINĂ RIA Os representantes legais provisĂłrios da Associação dos TĂŠcnicos AgrĂ­colas de Minas Gerais - ATAMG, de acordo com o processo nĂşmero: 5076302-80.2017.8.13.0024 sendo estes: Carlos Roberto Alves, Ely Avelino e VitĂłrio Alves Freitas com sede e foro na cidade de Belo Horizonte MG e âmbito de representação no Estado de Minas Gerais, Entidade representativa de classe, CNPJ 21.700.562/0001-18, na forma dos artigos 5Âş, 6Âş, 7Âş e 11Âş do estatuto vigente, convoca os associados em dia com suas obrigaçþes sociais para reunirem-se em Assembleia Geral ExtraordinĂĄria, a ser realizada no dia 21/09/2019, Ă s 8h00min, na sede do Sintamig, localizado na av. Ă lvares Cabral, 1600 – no segundo andar, bairro Santo Agostinho - Belo Horizonte – MG, em primeira convocação, com a presença de 2/3 (dois terços) dos associados, em segunda convocação Ă s 9h00min, com a presença da metade mais um dos associados e em terceira convocação Ă s 10h00min, com a presença mĂ­nima de 10 (dez) associados, conforme disposto no estatuto da Entidade, com encerramento previsto para as 13h00min, para deliberar sobre a seguinte pauta: • Eleição e posse da nova Diretoria e do Conselho Fiscal, para o mandato de dois anos. Belo Horizonte – MG, 07 de setembro de 2019. TĂŠcnico AgrĂ­cola - Ely Avelino TĂŠcnico AgrĂ­cola - Carlos Roberto Alves TĂŠcnico AgrĂ­cola - VitĂłrio Alves Freitas

sendo que 7,2 mil tinham crĂŠditos a receber - o que acontece, por exemplo, com usinas que produzem mais energia do que venderam em contratos ou consumidores que nĂŁo utilizaram toda eletricidade que haviam contratado. Novela bilionĂĄria - O rombo bilionĂĄrio nas liquidaçþes se arrasta hĂĄ anos, apĂłs operadores de hidrelĂŠtricas terem ido Ă Justiça ainda em 2015 para questionar os custos com o risco hidrolĂłgico, quando as usinas precisam comprar energia no mercado para cumprir contratos devido Ă menor DECLARAĂ‡ĂƒO DE PROPĂ“SITO LĂ?GIA REGINA DUARTE, nascida em Contagem, MG, inscrita no CPF sob o nÂş 032.721.016-83 e portadora da CI nÂş M7.517.231, expedida pela SSP/MG com endereço na Rua Eugenio Gualberto, nÂş 25, casa 1, bairro Santa Helena, na cidade de Belo Horizonte, MG, CEP 30.642-490; DECLARA, nos termos do art. 6Âş do Regulamento Anexo II Ă Resolução nÂş 4.122, de 2 de agosto de 2012, sua intenção de exercer cargos de administração no BANCO FIDIS S/A. ESCLARECE que eventuais objeçþes Ă presente declaração devem ser comunicadas diretamente ao Banco Central do Brasil, no endereço abaixo, no prazo de quinze dias contados da divulgação, por aquela Autarquia, de comunicado pĂşblico acerca desta, por meio formal em que os autores estejam DEVIDAMENTE IDENTIlCADOS ACOMPANHADO DA DOCUMENTAção comprobatĂłria, observado que os declarantes podem, na forma da legislação em vigor, ter direito a vistas do processo respectivo. BANCO CENTRAL DO BRASIL - Departamento de Organização do Sistema Financeiro - GerĂŞncia TĂŠcnica em Belo Horizonte - Av. Ă lvares Cabral, 1605 - 2Âş andar - Bairro Santo Agostinho - Belo Horizonte - MG CEP: 30.170-001. LĂ?GIA REGINA DUARTE

geração ocasionada por fatores como o baixo nĂ­vel dos reservatĂłrios. No final de 2015, o governo chegou a um acordo com elĂŠtricas sobre parte dos valores em disputa, mas o imbrĂłglio prosseguiu sobre o restante dos dĂŠbitos, que ainda nĂŁo podem ser cobrados devido Ă s liminares, obtidas apĂłs as empresas alegarem no JudiciĂĄrio que decisĂľes do governo e fatores nĂŁo-hĂ­dricos teriam elevado significativamente os custos do risco hidrolĂłgico. O governo hĂĄ meses tem tentado costurar novo acordo para que as elĂŠtricas retirem as liminares restantes e paguem os valores devidos - em troca, elas receberiam uma prorrogação de contratos de concessĂŁo para Gustavo Costa Aguiar Oliveira, Leiloeiro 2ÂżFLDO 0$7 -8&(0* Qž WRUQD S~EOLFR TXH UHDOL]DUi XP OHLOmR 2QOLQH SRU PHLR GR 3RUWDO ZZZ JSOHLORHV FRP EU FRP DEHUWXUD QR GLD H HQFHUUDPHQWR QR GLD jV KRUDV S DOLHQDomR GH DWLYRV H[FHGHQWHV GH DiĂĄrios Associados e outros 1RUPDV SDUD SDUWLFLSDomR UHJLVWUDGDV QR &DUWyULR GR ž 2ItFLR GH 5HJ GH 7tWXORV H 'RFV GH %+ Qž ,QIR H HGLWDO QR VLWH ZZZ JSOHLORHV FRP EU RX S WHO

Pedido de Licença Ambiental de Operação

Pedido de Licença Ambiental de Operação

O Bernardo Rodrigues de Paula, responsåvel pelo empreendimento denominado Marcenaria Fratelli LTDA, situada a Rua Palmeira Imperial, n° 229A, CEP 30510780, bairro Nova Gameleira, Belo Horizonte/MG, torna público que protocolizou requerimento de Licença de Operação à Secretaria Municipal de Meio Ambiente - SMMA.

O Roberto Starling Tavares, responsåvel pelo empreendimento denominado Gutfarma Farmåcia e Manipulação LTDA, situada a Rua Ludgero Dolabela, n° 668, CEP 30441048, bairro Gutierrez Belo Horizonte/ MG, torna público que protocolizou requerimento de Licença de Operação à Secretaria Municipal de Meio Ambiente - SMMA.

Comunicado A Vivo informa que, por motivo de falha em equipamento na central da operadora alguns telefones ďŹ xos da localidade Sete Lagoas - MG, tiveram seu funcionamento prejudicado no dia 20/08/2019 das 16h12 Ă s 16h17. Assim que houve a interrupção, enviamos equipes especializadas ao local e o equipamento daniďŹ cado foi recuperado.

a operação de suas usinas hídricas. O acerto, no entanto, depende de mudança legal, proposta em projeto de lei que espera deliberação do Senado. O MinistÊrio de Minas e Energia do governo Jair Bolsonaro chegou a dizer que o projeto sobre o risco hidrológico era a prioridade da pasta em 2019, prevendo sua aprovação logo no início do ano legislativo, mas não conseguiu articular a votação da matÊria junto aos parlamentares atÊ o momento. Mais recentemente, a CCEE tem rejeitado argumento dos geradores hidrelÊtricos de que fatores não-hídricos estariam por trås de grande parte dos dÊbitos questionados nas liminares. Na semana passada, a CCEE apresentou cålculo segundo o qual apenas 3% dos custos com risco hidrológico deveriam-se a tais fatores não-hídricos. (Reuters)

Carga do sistema deve subir 2,2% São Paulo - A carga de energia do sistema elÊtrico interligado brasileiro deve avançar 2,2% em setembro ante o mesmo mês do ano passado, versus previsão de alta de 1,7% no relatório da semana anterior, projetou o Operador Nacional do Sistema ElÊtrico (ONS) em boletim na sexta-feira. Soma do consumo com as perdas na rede, a carga deve avançar mais fortemente no Sul (5,2%) e no Norte (5%), regiþes nas quais as previsþes sofreram poucas alteraçþes, enquanto no Sudeste a estimativa agora Ê de aumento de 1,5% (ante 0,6% no relatório da semana anterior). No Nordeste, o ONS prevê queda de 0,1%, ante alta de 0,4% na previsão da semana passada. Jå as chuvas na região das hidrelÊtricas do Sudeste, que concentram os maiores reservatórios, devem representar 75% da mÊdia histórica no mês, previsão praticamente eståvel. No Nordeste, segundo em reservatórios, elas foram estimadas em 43% (eståvel ante projeção anterior). Para o Sul, o ONS reduziu a previsão de chuvas para 37% da mÊdia histórica, versus 55% no relatório da semana anterior. (Reuters)

A GABRIELLA LAGE FREITAS, responsĂĄvel pelo empreendimento denominado CEITEL METAIS LTDA ME, FABRICAĂ‡ĂƒO DE ARTIGOS DE SERRALHERIA, EXCETO ESQUADRIAS, FABRICAĂ‡ĂƒO DE EQUIPAMENTOS TRANSMISSORES DE COMUNICAĂ‡ĂƒO, PEÇAS E ACESSĂ“RIOS, COMÉRCIO ATACADISTA DE FERRAGENS E FERRAMENTAS, COMÉRCIO VAREJISTA DE FERRAGENS E FERRAMENTAS, localizada na RUA ESTORIL, 1.215, BAIRRO SĂƒO FRANCISCO, CEP 31.255-190 – BELO HORIZONTE/MG, torna pĂşblico que protocolizou requerimento de Licença Concomitante (LAC1) Ă Secretaria Municipal de Meio Ambiente - SMMA.

Gustavo Costa Aguiar Oliveira /HLORHLUR 2¿FLDO 0$7 -8&(0* Qž WRUQD S~EOLFR TXH UHDOL]DUi XP OHLOmR RQOLQH SRU PHLR GR 3RUWDO ZZZ JSOHLORHV FRP EU FRP DEHUWXUD QR GLD H HQFHUUDPHQWR QR GLD OHLOmR jV KRUDV SDUD DOLHQDomR GH DWLYRV H[FHGHQWHV GD HPSUHVD Xerox ComÊrcio e Indústria Ltda. 1RUPDV SDUD SDUWLFLSDomR HVWmR UHJLVWUDGDV QR &DUWyULR GR ž 2ItFLR GH 5HJ GH 7tWXORV H 'RFV GH %+ VRE R Qž ,QIRUPDo}HV VREUH YLVLWDomR DRV EHQV H HGLWDO FRPSOHWR SRGHUmR VHU REWLGDV QR VLWH ZZZ JSOHLORHV FRP EU RX FRP D HTXLSH GR OHLORHLUR SHOR WHO

LICENÇA AMBIENTAL SIMPLIFICADA LAS 0 A PLANALTO MANUTENĂ‡ĂƒO ELÉTRICA E TRANSPORTES EIRELI, CNPJ 33.104.057/0001-90, por determinação da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento SustentĂĄvel - SEMMAD, torna pĂşblico que foi solicitado atravĂŠs do Processo Administrativo nÂş 5451904161, a Licença $PELHQWDO 6LPSOLÂżFDGD Âą /$6 SDUD D DWLYLGDGH de prestação de serviços de Manutenção e Reparação de Maquinas, Aparelhos e Materiais ElĂŠtricos, localizada Rua Planalto, nÂş 596, Bairro SĂŁo Marcos, Betim - MG, CEP 32.640-820.

(Lei Municipal n.º 7.277, de 17 de janeiro de 1997, e Deliberaçþes Normativas do COMAM n.º 39/02 e n.º 42/02) Julio Cesar dos Santos, responsåvel pelo empreendimento denominado Campos Confecção e Comercio de Doces e Salgados Eireli, com sede na rua Platina 74, bairro Prado, CEP 30.411092, Belo Horizonte, Minas Gerais, torna público que protocolizou requerimento de licença de operação à Secretaria Municipal de Meio Ambiente - SMMA.


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POLÍTICA PLANALTO

Bolsonaro busca fortalecer sua base com evangélicos Grupo é aposta do presidente contra o aumento de sua rejeição Brasília - Diante de uma avaliação popular em queda, com impacto inclusive em setores identificados com o bolsonarismo, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) iniciou articulação para se aproximar ainda mais de evangélicos e seus líderes. Considerado um dos pilares de sua base de apoio, o grupo religioso é a aposta do presidente para evitar um aumento de uma rejeição social, blindar-se de retaliações no Congresso e catapultá-lo a uma disputa à reeleição. Em café da manhã com a Folha de S.Paulo, na última terça-feira (3), Bolsonaro disse que é preciso conversar cada vez mais com os evangélicos. “Trazê-los para perto”, ressaltou. O presidente tem acenado com a indicação de evangélicos para cargos públicos, concedido benefícios fiscais a templos cristãos, chancelado projetos que reforçam a pauta de costumes e cogitado a indicação de um religioso para o posto de vice-presidente em 2022. Na tentativa de emplacar um pacote tributário a templos religiosos, a bancada evangélica convidou, no mês passado, o presidente para um almoço na casa do deputado federal Silas Câmara (PRB-AM). Em um dos momentos do encontro, ele engatou uma conversa com um grupo de congressistas, na qual fez uma análise sobre as próximas eleições presidenciais. Qualquer político que tenha juízo sabe que a política de 2022 passa pelo movimento evangélico, disse Bolsonaro, segundo relataram à Folha três parlamentares presentes. No último mês, a popularidade de Bolsonaro enfrentou uma erosão. A mais recente pesquisa Datafolha mostrou o aumento de 33% para 38% na reprovação de sua gestão, com perda de apoio entre os mais ricos e os mais escolarizados. O índice de eleitores que consideram o governo ruim ou

REUTERS/ADRIANO MACHADO

A queda na popularidade levou Jair Bolsonaro a se aproximar mais dos evangélicos

péssimo é, no entanto, muito menor entre os evangélicos na comparação com outros grupos religiosos. Entre eles, 27% o reprovam, enquanto esse percentual entre católicos é de 42%, entre espíritas, 46%, e umbandistas, 56%. O presidente pediu, na semana passada, ao deputado e pastor Marco Feliciano (Pode-SP) que lhe apresentasse uma lista de líderes evangélicos. Ele os convidou para que fiquem ao seu lado, na tribuna de autoridades, durante o desfile de Sete de Setembro, na Esplanada dos Ministérios, neste sábado (7). Foram chamados, entre outros, Edir Macedo (Universal), Renê Terra Nova (Movimento Internacional da Restauração), Robson Rodovalho (Sara Nossa Terra) e Manoel Ferreira (Assembleia de Deus). “Ele queria louvar o movimento evangélico, porque nós temos público. Você traz os pastores e as ovelhas vêm junto”, disse Feliciano, que tem feito a ponte do presidente com a bancada religiosa. “O nosso apoio é endêmico, não é sistêmico”, ressaltou. O segmento evangélico representa, como já mostrou pesquisa Datafolha, 29% da população brasileira, percen-

tual que vem crescendo ano após ano. Com a expansão da religião, São Paulo ganhou 2.433 novas igrejas em 25 anos, como informou a Folha na última quinta-feira (5). Neste ano, a frente parlamentar evangélica deu um salto em relação à legislatura passada, passando de 84 para 112 integrantes, e se tornou o principal anteparo do presidente no Poder Legislativo, diante do fato dele não ter montado uma base de apoio. Para manter a sua fidelidade, Bolsonaro tem levantado cada vez mais bandeiras conservadoras. Ele se posicionou recentemente, por exemplo, contra a criminalização da homofobia e, na última terça-feira (3), anunciou que pediu ao Ministério da Educação um projeto contra a “ideologia de gênero” no ensino fundamental. Indicações - Em paralelo a esse movimento, tem prometido aumentar o número de evangélicos em cargos públicos. O presidente tem atualmente em sua equipe ministerial cinco representantes da religião e pretende também indicar evangélicos para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) e para o posto de diretor-presidente da Ancine (Agência

Nacional do Cinema). No campo financeiro, Bolsonaro também tem sido generoso. Desde o início do mandato, os evangélicos foram atendidos em ao menos duas medidas adotadas pela Receita Federal que beneficiam templos religiosos. Em junho, uma instrução normativa dispensou da inscrição no CNPJ os estabelecimentos de organizações religiosas “que não tenham autonomia administrativa ou que não sejam gestores de orçamento”. Segundo líderes evangélicos, isso afeta principalmente templos abertos em comunidades onde há pouca presença do Estado e mais dificuldade em se reunir os documentos necessários para a inscrição no CNPJ, permitindo que os espaços de culto nesses locais funcionem como filiais de um templo maior. Em outra decisão, de maio, foi ampliado o valor total de receitas, doações e contribuições a partir do qual pessoas jurídicas “imunes e isentas” são obrigadas a apresentar um tipo de escrituração contábil. Antes, o teto para a dispensa dessa escrituração era de R$ 1,2 milhão. Com a nova instrução, o valor subiu para R$ 4,8 milhões. (Folhapress)

Aras e crise na PF são percalços da Lava Jato São Paulo - A escolha de Augusto Aras para comandar a Procuradoria-Geral da República será, com a cada vez mais provável derrubada da direção da Polícia Federal, o principal teste de resistência da Operação Lava Jato. Mais do que enterrar a ação que o ajudou a chegar ao poder, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) parece querer descobrir o limite da lealdade do seu ministro da Justiça, Sergio Moro. No bolsonarismo, tal atributo é confundido com genuflexão incondicional. O próprio Aras aceitou acender velas para santos diversos no caminho até a cadeira de Raquel Dodge. Ele ainda precisa ser aprovado pelo Senado, mas a flexibilidade pregressa no trato com correntes da esquerda à direita parece facilitar sua vida por lá - e à Casa já basta ter de lidar com a eventual rejeição de Eduardo Bolsonaro à embaixada em Washington. Menos certo é o impacto das revelações que vão emergindo sobre sua vida dupla

de procurador e “consultor” de escritório de advocacia, uma inusitada condição permitida pelo fato de ele ter entrado na carreira antes da Constituição de 1988. Por um lado, há um desgaste bastante provável. Por outro, a certeza por parte dos políticos de que se está lidando com alguém que conhece o ramo, até pelos relatos de seu envolvimento em causas eleitorais. No Brasil, isso pode significar várias coisas, mas o benefício da dúvida está com Aras. Mas é na Lava Jato que a coisa pega. Se beijou a cruz do bolsonarismo, Aras não tem histórico de depositar oferendas no altar da operação que virou sinônimo do combate à corrupção. Dirá agora que a apoia e tal, como seria óbvio, mas atores influentes em Brasília que o conhecem afirmam o mesmo: ele tem tudo para manietar a operação. Como se sabe, a Lava Jato vive o momento de maior descrédito a partir das inconfidências virtuais reveladas pelo The Intercept Brasil e

pela subsequente ofensiva da ala garantista do Supremo Tribunal Federal (STF) que coloca em risco um rosário de sentenças. O ponto de inflexão agora será a escolha do sucessor de Maurício Valeixo à frente da PF, conforme Bolsonaro faz questão de sugerir sempre que pode. Após a interferência na regional fluminense que estava de olho nas ligações de sua família com milicianos, o presidente prepara um golpe final na autonomia da instituição. Adversário potencial - O grande afetado por tudo isso é Moro. O peso político do ministro, que faz Bolsonaro o temer como adversário potencial em 2022, é evidente: mesmo sob intensa pancadaria, ele ainda goza de 25 pontos percentuais a mais de aprovação do que o chefe, como mostrou o Datafolha. Não é incidental, pois, que Bolsonaro tenha elencado uma série de humilhações públicas para aplicar a ele, só para afagá-lo aqui e ali.

Moro paga, com juros, o preço de ter aceitado gostosamente o papel de salvador da pátria usando uma toga e, depois, vestido o manto de vestal a serviço de alguém beneficiado por sua atuação. Isso nada tem a ver com os diversos méritos da Lava Jato, mas no contexto atual acaba sendo mais um prego no caixão da operação. Se será Aras e o eventual sucessor de Valeixo quem irá completar o serviço, não se sabe. O que é certo é o dono do martelo: Jair Messias Bolsonaro. Ironia pura, dado que a terra arrasada deixada pela investigação na política tradicional foi um dos elementos centrais para a ascensão do hoje presidente. Não parece haver disposição ou energia para ver “as ruas” se levantarem pelos riscos do fim da Lava Jato. Reação mais provável, e imponderável a esta altura, é das instituições que vêm sendo subjugadas pela vontade do presidente – é dali que sortilégios podem vir para rondar o Planalto. (Folhapress)

Congresso reage com cautela a vetos Brasília - O Congresso Nacional reagiu com cautela aos vetos do presidente Jair Bolsonaro ao projeto de lei sobre abuso de autoridade, anunciados na última quinta-feira. Ao lembrar que a palavra final sobre os temas vetados caberá ao Congresso, o líder do Solidariedade na Câmara, Augusto Coutinho (PE), ressaltou que os parlamentares terão de lidar, também, com o custo político da decisão que tomarem. “O presidente exerceu a prerrogativa que tinha, do veto, mas é importante lembrar que a palavra final é do Congresso Nacional. Essa é uma matéria polêmica, que suscita muitos interesses de corporações que se envolveram na questão. E o ônus que terá, se tiver que derrubar algum veto desses, ficará por ordem e responsabilidade do Congresso”, disse o deputado. Coutinho defendeu que os vetos sejam detalhadamente analisados, sem “revanchismo”ou “enfrentamento entre os poderes”. Logo após a publicação dos vetos de Bolsonaro na última quinta-feira, o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), presidente do Senado e do Congresso, defendeu tratar-se de um procedimento natural da democracia e afirmou que conversaria com os líderes para verificar a possibilidade de convocar uma sessão conjunta do Congresso Nacional para a quarta ou quinta-feira da próxima semana. “Estão fazendo um cavalo de batalha em uma coisa que é natural“, disse Alcolumbre, ao ser questionado se o número de vetos trazia um desgaste na relação entre o Executivo e o Legislativo. “Em várias matérias votadas, em vários projetos de lei votados no Parlamento, ele é sancionado ou vetado. Só tem dois caminhos.”, ressaltou. Bolsonaro sancionou o projeto de lei que trata do crime de abuso de autoridade com 19 vetos, incluindo o item que previa penas a juízes que decretarem medidas de privação de liberdade fora das normas legais existentes e o que impedia o uso de algemas quando não houver resistência à prisão. Os 19 vetos incluem artigos inteiros, parágrafos e incisos que, somados, alcançam 36 itens. O presidente tinha até a quinta-feira para definir os vetos ao projeto. O líder do Democratas, deputado Elmar Nascimento (DEM-BA), considerou os vetos de Bolsonaro como parte do equilíbrio da democracia. Ponderou, no entanto, que a evolução dos debates sobre o tema serviram para ampliar a sua convicção segundo a qual “só é contra a lei

de abuso quem comete abuso”. “Numa análise preliminar da lista de vetos, concordo com a posição do presidente em vetar o item que restringia o uso de algemas, pois os policiais, muitas vezes, tratam com traficantes e com a milícia armada e, quando proibidos de usar estes equipamentos, poderiam ficar muito expostos”, avaliou o líder do DEM, em uma análise que considerou “preliminar” . Revisão - No mundo jurídico, enquanto entidades ligadas à magistratura defenderam a decisão presidencial, e até demandavam vetos mais extensos, advogados apontavam a necessidade de o Congresso revê-la. Em nota pública a Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), argumentou que “o texto, como foi encaminhado ao Palácio do Planalto, em alguns pontos era subjetivo e colocava em risco a independência judicial”. A entidade defendeu que, apesar dos vetos, a matéria ainda seja debatida diante da possibilidade de alguns deles serem revistos pelo Parlamento. Tanto a Ajufe quanto a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) manifestaram preocupação especial e fizeram pedidos de vetos ao presidente. “Os vetos pedidos pela AMB atingiam diretamente a atividade dos magistrados, comprometendo seriamente a independência judicial”, disse nota da AMB. Por outro lado, o advogado criminalista e professor de Processo Penal do Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), Fernando Parente, avaliou que a maioria dos vetos diz respeito a crimes relacionados a direitos de pessoas acusadas e outros estão relacionados ao exercício da advocacia. “Isso fortalece o Estado enquanto autoridade e o enfraquece enquanto Democrático de Direito, o que é extremamente perigoso para os direitos e garantias de todos os cidadãos, conquistados a duras penas e muito sangue por nossos antepassados”, disse o professor. “Os vetos são um retrocesso e deixam claro o viés nada cidadão da linha de pensamento do governo”, acrescentou. O advogado criminalista João Paulo Boaventura reforçou a argumentação pela derrubada dos vetos, por recaírem sobre dispositivos que tipificavam os abusos mais recorrentes e, por isso, de maior relevância prática para a sociedade. “Infelizmente, caso o Congresso não derrube os vetos, teremos perdido uma grande oportunidade de evoluir na relação entre o Estado e a sociedade”, avaliou. (Reuters).


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COMÉRCIO EXTERIOR

Acordo entre Mercosul e Efta pode beneficiar Minas Termos ainda devem ser aprovados pelos parlamentos dos países envolvidos Frederico Celente / Codevasf

MICHELLE VALVERDE

O acordo de livre comércio firmado entre o Mercosul e a Associação Europeia de Livre Comércio (Efta), bloco integrado por Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein, quando entrar em vigor, será mais uma oportunidade para os produtos do agronegócio de Minas Gerais. Além do estabelecimento de cotas e isenção de tarifas, o que favorece os embarques, o acordo chancela a qualidade dos produtos nacionais e serve de referência para a abertura de novos mercados. Dentre os produtos do agronegócio que podem se destacar nas negociações estão o complexo carne, frutas, mel, café torrado, farelo de soja, milho, suco de frutas e batata. O acordo terá de ser votado pelos parlamentos dos países do Mercosul e da Efta para entrar em vigor. De acordo com as informações divulgadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), com um PIB de US$ 1,1 trilhão e uma população de 14,3 milhões de pessoas, a Efta é o nono maior ator no comércio mundial de bens e o quinto maior no comércio de serviços. A estimativa é que o acordo Mercosul-Efta irá incrementar o PIB brasileiro em US$ 5,2 bilhões em um período de 15 anos. A coordenadora da assessoria técnica da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), Aline Veloso, explica que os países que integram a Efta não fazem parte do grupo da União Europeia (UE) – com o qual também foi firmado acordo de comercialização - mas tem varias ações relacionadas com a UE, o que é muito

Entre os produtos mineiros que devem ser beneficiados com o acordo estão as frutas e o café

interessante para Brasil e para Minas Gerais. “A principal linha do acordo está baseada nas relações comerciais bilaterais especialmente de produtos agropecuários e tem critérios específicos para possibilitar a expansão das exportações do agronegócio para os países. O acordo também prevê a eliminação de 100% das tarifas de exportação dos setores industrial e pesqueiro. Em relação aos produtos agrícolas exportados pelo Mercosul ao bloco, nós teremos concessão de acesso livre de tarifas ou concessões parciais, com cotas para a exportação dos nossos produtos aos países do bloco”. O novo acordo é considerado importante para expandir as exportações de Minas e do País. Dentre os produtos que poderão ser exportados pelo acordo estão as carnes bovinas, de frango, suína e de peru, mel, milho, frutas e batata. Aline ressalta que Minas é um grande produtor de batatas e tendo as adequações exigidas será possível fazer as exportações. “O acordo é bastante

interessante porque abre possibilidade de expansão das exportações. Quando pesamos nisso, principalmente no segmento de carne, que envolve suínos, bovinos e aves, isso nos garantirá a chancela da sanidade dos nossos produtos e todo o trabalho que vem sendo feitas pelos nossos produtores rurais. E, claro, na habilitação das planas frigoríficas principalmente produtos frescos e refrigerados de carne bovina”. Fruticultura - Em relação à exportação de frutas, o acordo também é muito interessante para Minas Gerais, abrindo possibilidades de comercialização de abacate fresco, banana, amendoim, citros. O acordo também prevê a exportação de produtos processados como o farelo de soja, café torrado, melaço de cana e sucos de frutas. “Os produtos processados têm maior valor agregado, o que é importante. Dentre os países do Mercosul, o Brasil deve encabeçar as futuras embarcações de café torrado e, Minas Gerais, sendo o

maior produtor do grão será beneficiado”, disse Aline. Assim como no acordo com a União Europeia, a Efta também diferencia a caracterização de produtos com origem identificada. As regiões e os produtos que possuem certificações de origem poderão ser identificados e inclusos nas listas de comum identificação das origens. Outras ações interessantes são de desburocratização dos processos de exportação com cooperação aduaneira, a possibilidade de autoidentificação dos produtos (através de rótulos e embalagens que garantam a rastreabilidade) e de autocertificação. “Estamos orientando os produtores rurais para que eles tenham um melhor controle e consigam desenvolver as ações priorizando as certificações”, disse Aline. Ainda segundo a representante da Faemg, a parceira Mercosul e Efta também trata da importância do Acordo de Paris, evidenciando a importância do comércio e do desenvolvimento sustentável.

Exportação de soja deve somar 72 mi de toneladas São Paulo - A exportação de soja do Brasil em 2019 atingirá 72 milhões de toneladas, estável, ante previsão divulgada em agosto, informou na sexta-feira (6) a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove). A manutenção na estimativa mensal indica uma queda de 13,5% ante o recorde embarcado em 2018, quando o País exportou 83,26 milhões de toneladas, sendo beneficiado pela forte demanda da China em meio à guerra comercial com os Estados Unidos, de acordo com dados da associação que reúne as principais tradings do setor. No acumulado do ano até agosto, segundo informações do governo brasileiro, os embarques de soja do maior exportador global atingiram 57,23 milhões de toneladas, queda de 11,4% ante o mesmo período do ano passado. “A previsão de exportações foi mantida em 72 milhões de toneladas, pois está alinhada com os embarques realizados até o momento”, disse à Reuters o economista-chefe da Abiove, Daniel Furlan Amaral. A redução na comparação com 2018 ocorre após o Brasil ter colhido neste ano uma safra menor, estimada pela Abiove em 117,6 milhões de toneladas (estável ante previsão de agosto), e também com o impacto da peste suína africana na China, que está reduzindo o rebanho no país asiático, maior importador da matéria-prima utilizada para ração. “A China continua dando sinais de redução da demanda em relação a 2018 e a guerra comercial (EUA-China) permanece, mas essas fatores já foram incorporamos na projeção anterior”, acrescentou Amaral.

A Abiove não mexeu em tais números em setembro após ter elevado em quase 4 milhões de toneladas a projeção de exportação da oleaginosa em agosto. A entidade também manteve os números relacionados ao farelo de soja, mas alterou previsões sobre o óleo de soja. A associação reduziu a projeção de consumo interno de óleo de soja em 100 mil toneladas em 2019, para 8 milhões de toneladas, e elevou as exportações em 100 mil toneladas, para 1 milhão de toneladas. “Essas alterações decorrem de uma constatação de menor consumo de óleo de soja, exceto biodiesel, e de aumento das exportações de óleo de soja. Os demais itens não tiveram alteração”, informou a Abiove, em nota. Milho - De outro lado, as exportações de milho do País estão crescentes, devendo somar recordes neste ano. Em um comunicado separado, a consultoria FCStone elevou sua projeção de exportação do cereal para um recorde de 37 milhões de toneladas em 2019, 1 milhão a mais do que o previsto no mês anterior. A previsão, divulgada à Reuters na sexta-feira, foi feita após os embarques de milho do Brasil dispararem em agosto, para um novo recorde mensal de 7,65 milhões de toneladas, elevando o total exportado no ano para 23 milhões de toneladas, mais que o dobro do visto nos oito primeiros meses de 2018 (9,19 milhões de toneladas), de acordo com dados divulgados pelo governo no início da semana. Para a soja, a FCStone manteve previsão para o ano de 71,5 milhões de toneladas. (Reuters)

MEIO AMBIENTE

PLANO SAFRA

Operações de crédito rural somam Entidades ligadas ao agronegócio se unem a ONGs para pedir ação na Amazônia R$ 38,9 bilhões, informa o Mapa O valor das contratações das operações de crédito rural nos dois primeiros meses da safra 2019/2020 (julho e agosto) foi de R$ 38,9 bilhões. As operações de custeio somaram R$ 24,8 bilhões (+ 2%), investimento, R$ 7,2 bilhões (+14%), comercialização, R$ 4 bilhões (-41%) e as de industrialização somaram R$ 2,9 bilhões (+40%). Os números fazem parte do Balanço de Financiamento Agropecuário Safra 2019/2020, divulgado na sexta-feira (6) pela Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), com base nos dados do Sistema de Operações do Crédito Rural e do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro), do Banco Central. O custeio do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) alocou R$ 5,9 bilhões

(+28%). Esse montante de recursos corresponde a 37.356 contratos (+15%). Para o custeio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), foram financiados 148.367 contratos (-2%) equivalendo a R$ 4,4 bilhões (+16%). As linhas de investimento tiveram performance bastante positiva, com o Pronamp alocando R$ 413 milhões (+71%), com 3.268 contratos (+38%) e o Pronaf com R$ 2,1 bilhões (+15%) e 160.083 contratos (-4%). Dentre os programas de investimento, destaque para o Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica na Produção Agropecuária (Inovagro), Programa ABC (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono) e Moderinfra (financiamento para o desenvolvimento da agropecuária irrigada sustentável), respectivamente com variação de +109%, +55% e +45% superior à

safra passada. Apesar de o crédito para a comercialização ter valor aplicado, nesta safra, inferior ao da safra passada, foram R$ 4 bilhões contra R$ 6,8 bilhões no período anterior, o número de contratos aumentou em 19%, somando 5.320 contratos, o que representa atendimento a um maior número de produtores rurais com valores de contrato mais baixos. Em relação às fontes de recursos do crédito rural destacam-se a poupança rural controlada (R$ 14,7 bilhões; +38%), os programas de investimento com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), somando R$ 2,9 bilhões, com alta de 16%, as Letras de Crédito do Agronegócio/LCAs (R$ 4,5 bilhões; +31%) e a poupança rural livre (R$ 1,2 bilhão; +143%). (Com informações do Mapa)

São Paulo - Uma importante associação da indústria de exportação de carne do Brasil e outras entidades do agronegócio se juntaram na sexta-feira (6) a organizações não-governamentais para pedir o fim do desmatamento em terras públicas, exigindo ação do governo à medida que os focos de queimadas na floresta amazônica aumentaram neste ano. O grupo do setor de carne bovina Abiec e as ONGs Imazon e Ipam estão entre as 11 entidades brasileiras que assinaram uma campanha que também exige a proteção de áreas de conservação no País e a criação de uma força-tarefa do Ministério da Justiça para resolver conflitos por terras públicas de floresta. O maior número de incêndios florestais desde 2010 está atingindo a Amazônia este ano, revelaram dados da agência de pesquisa espacial do país no mês passado, provocando um clamor global

de que mais deve ser feito para proteger a maior floresta tropical do mundo. A proteção da Amazônia é vista como vital para o combate às mudanças climáticas. Aproximadamente 60% da Amazônia está no Brasil. Marcello Brito, presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), disse que algo deve ser feito para evitar danos ao setor agrícola do País como represália aos incêndios na Amazônia. “Não vi contratos sendo cancelados em nenhum setor; as exportações continuam. Mas a luz vermelha está piscando”, disse Brito. “Se a ação não for tomada, se o discurso não mudar, se a retórica não mudar, as coisas podem piorar.” A campanha também pede que outra força-tarefa examine as florestas em terras públicas às quais não foi atribuída nenhuma reserva ou outro status. Cerca de 40% do desmatamento em 2018 ocorreu

em terras públicas, segundo o Ipam. Todas as florestas devem receber designações com base no que são mais adequadas, disse o diretor-executivo do Ipam, André Guimarães. Por exemplo, se contiver espécies sensíveis, uma floresta poderá ser protegida como reserva ou parque nacional, disse ele. Outras poderiam ser designadas como florestas nacionais ou áreas de concessão para a exploração sustentável de madeira, disse Guimarães. Aproximadamente 650.000 km2 de floresta no Brasil uma área quase o dobro do tamanho da Alemanha - não têm designação, de acordo com o Ipam. Mais cedo nessa semana, o Ipam reportou em nota que, dos 45.256 focos de fogo registrados no bioma Amazônico de janeiro ao final de agosto, 33% foram verificados em propriedades privadas, que cobrem 18% da área amazônica. (Reuters)


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DIVULGAÇÃO

EMPREENDEDORISMO

Mineira Pão & Companhia volta a crescer no Brasil Empresa passa por reestruturação pelo processo de fermentação natural, que dura quase oito Farinha, leite, ovos e açúcar. horas”, diz. Foi com esses ingredientes [básicos] que, há 37 anos, Novo desafio - O diretor um casal de empreendedores afirma que a marca viveu mineiros transformou um momento de crescimento por negócio de família em uma muitos anos, mas a morte do importante franquia no País: fundador, em 2007, acabou a Pão & Companhia. O que trazendo novos desafios para eles não imaginavam era o negócio. “Estávamos sem que a receita de sucesso não cabeça, ficamos muito perdiviria apenas do sabor do pão, dos e, por isso, resolvemos ter mas de uma jornada cheia cautela. Isso durou 10 anos: de reinvenção e recomeços. foi um tempo sem captação Hoje, a franquia tem 34 de novos franqueados e eslojas espalhadas em 12 cida- távamos apenas atendendo des no Brasil e segue em um a demanda”, relata. plano de reestruturação, o O diretor explica que foi que deve fortalecer a marca nessa época que a franquia e ampliar o número de uni- perdeu controle dos franquedades. Mas, antes disso, o ados e passou abrir exceções negócio enfrentou desafios, nos padrões para satisfazêcomo uma mudança drástica -los. “Foi um período difícil, de conceito na década de 90, porque as franquias ficaram resistência e saída de fran- independentes demais e os queados e, em 2007, uma de empreendedores já não quesuas maiores perdas: a morte riam seguir os padrões”, O diretor da franquia e filho do fundador, Heitor Valadão, lembra que o esforço de recomeçar é uma constante na história da marca DIVULGAÇÃO do fundador, Hélio Valadão. lembra. A confiança dos franO atual diretor da fran- queados na marca também quia e filho do fundador, havia caído. Heitor Valadão, lembra que E foi diante desse cenário, o esforço de recomeçar é que o empreendedor resgatou uma constante na história a cultura do recomeço na Pão da marca. Ele explica que o & Companhia. Há cerca de negócio surgiu como uma dois anos, ele começou um padaria de conveniência: as projeto de reestruturação da unidades vendiam produtos marca e dos processos para próprios, mas também de ter- formatação das franquias. ceiros. Com o Plano Real, em Cerca de R$ 300 mil foram 1994, o fundador da franquia investidos em consultoria entendeu que não fazia mais e em processos para “orgasentido comercializar produ- nizar a casa”, o que incluiu tos que não eram fabricados reestruturação de processos nas padarias. e campanhas para fortaleci“Enquanto a inflação era mento da marca. alta, os produtos de conveni“A ideia é facilitar a cheência e de terceiros vendiam gada de novos franqueados, bem e com lucro, pois o preço pois até então o processo podia aumentar. Mas, com a tinha algumas amarras, que estabilização da economia, o impedia a implementação cenário mudou. Os supermer- ágil de novas unidades. Tamcados tinham preços melho- bém estamos reavaliando res e, nas nossas unidades, os os processos de auditoria e produtos acabavam ficando assistência técnica nas unina prateleira”, explica. dades”, detalha. Valadão afirma que o prinRedefinição - A venda de cipal objetivo dessa reorgaconveniência foi trocada por nização é o fortalecimento outra oferta: o café servido da marca, mas ele acredita A Pão & Companhia tem 400 receitas exclusivas e todos os produtos são feitos sem aditivos químicos e com fermentação natural à mesa. No livro sobre sua que o crescimento em uniDIVULGAÇÃO própria história, Hélio Vala- dades será conseqüência dão escreveu sobre esse mo- natural. “Não temos pressa mento: “Tiramos as gôndolas em relação a novas franquias. e entramos com as mesas da Nosso mercado é complexo cafeteria. Recomeçamos!”. e o franqueado precisa de A mudança não foi en- tempo para se adequar ao carada positivamente por padrão. Mas, é claro que essa muitos franqueados, que reestruturação dos processos acabaram deixando a mar- fará a rede crescer”, diz. ca, fazendo com que a rede Segundo ele, a meta é abrir diminuísse. Em seu livro, o duas a três unidades por ano. fundador afirma que chegou Das 34 franquias existentes a assinar 85 contratos de hoje, quatro estão em Belo franquia, entre 1987 a 1996. Horizonte, todas na região Mas, desses todos, apenas 12 Centro-Sul. O diretor afirma permaneceram até o ano em que há uma unidade em que ele escreveu sua história, implementação em Niterói, em 2006. no Rio de Janeiro, de forma Heitor Valadão afirma que a marca deve encerrar o que a decisão do pai aca- ano com 35 lojas. bou sendo uma reviravolta “O que aprendi nesses para a franquia, que ganhou últimos anos é que as regras notoriedade por seu con- e o padrão devem existir. Por ceito de produção própria. outro lado, não dá para engesHoje, a Pão & Companhia sar o negócio porque o Brasil tem 400 receitas exclusivas é muito diverso. A questão e todos os seus produtos são é: rever padrões é possível, feitos sem aditivos químicos desde que eles não contrariem e com fermentação natural. seus valores, que no nosso “Inclusive o pão francês – caso é o pão saudável, sem item com maior saída - passa aditivos”, conclui. Das 34 franquias Pão & Companhia existentes hoje, quatro estão em Belo Horizonte, todas na região Centro-Sul THAÍNE BELISSA


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NEGÓCIOS ENTRETENIMENTO

E-COMMERCE

Tagarela abre loja no Luxemburgo Investimento no buffet infantil, que tem 560 metros quadrados, foi de R$ 500 mil DIVULGAÇÃO

DANIELA MACIEL

Diante da crise que atingiu o Brasil, os sócios do Buffet Tagarela, Tatiani Corcini e Ângelo Silva, se viram diante de duas opções: se acomodar e torcer para o pior passar ou investir e se preparar para sair na frente quando a economia retomar o crescimento. Daí surgiu uma oportunidade: investir R$ 500 mil em um espaço 560 metros quadrados no bairro Luxemburgo, na região Centro-Sul. A unidade do Buritis foi fechada. “Essa é uma estratégia para tentar sair da crise. Vínhamos com um volume satisfatório em 2018, mas em 2019 caiu muito. Já tínhamos o desejo de ir para um lugar com maior potencial. Então resolvemos investir, alcançando classe B+ e A. Participando de feiras vimos o que essas classes mais altas exigem mais”, explica Silva. Além da mudança de endereço, os empresários investiram em novos brinquedos e atrações. Todo o espaço foi planejado para atender o público infantil garantindo o conforto também dos adultos. A casa comporta até 300 convidados. “A configuração de um buffet infantil é muito diferente de uma casa de festas tradicional. Os brinquedos ocupam uma área grande,

Ângelo Silva e Tatiani Corcini, proprietários do buffet, preveem crescimento de 30% para o segundo semestre de 2019

tem a questão da segurança e ainda ter espaço para as crianças correrem sem se machucarem, nem derrubar o vovô e a vovó”, destaca o sócio do Buffet Tagarela. Para os adultos, alguns detalhes foram especialmente pensados, como estacionamento coberto, fechamento acústico, sistemas de som e climatização especial. “Tudo isso acaba custando mais

caro, mas garante a qualidade do empreendimento. O cliente não sabe dizer por que, mas ele sabe que aquele lugar foi melhor que outro e acaba voltando e indicando”, pontua. A estimativa de crescimento para o segundo semestre de 2019 é de 30% nos negócios. Como a casa poderá receber eventos maiores do que os que aconteciam até aqui, a

probabilidade é que o número de colaboradores contratados por festa, em média, também aumente, passando de 15 para 18 freelancers. Dados da Associação Brasileira de Empresas e Eventos (Abeoc) apontam que esse segmento cresce, em média, 14% ao ano. Segundo a Associação Brasileira de Eventos (Abrafesta), o setor movimentou R$ 17 bilhões em cerimônias e festas em 2017.

“Os clientes dessas classes sociais continuam comprando, mas são extremamente exigentes. Então, é claro, que precisamos de otimismo e coragem para fazer esse investimento. Quem investe na crise, quando ela passa está com o negócio pronto e essa é a nossa expectativa: sair na frente com um produto capaz de agradar esse público”, completa.

INOVAÇÃO

Dunning entre as melhores startups de BH A Dunning, plataforma especializada em gestão de recebíveis investida pelo BMG UpTech, é uma das 10 melhores startups de Belo Horizonte, eleita pela Amcham Arena. Com esse resultado, a empresa ganhou o direito de participar da final regional da competição, no dia 24 de setembro. Nessa e nas outras seletivas pelo País, serão escolhidas, ao todo, 150 startups, que se apresentarão para uma banca de jurados na disputa nacional, que acontecerá em São Paulo, em outubro. A competição é promovida pela Câmara Americana de Comércio (Amcham Brasil) desde 2017, com o intuito de levar soluções inovadoras - que usam inteligência artificial, internet das coisas e acessibilidade - para o ambiente de oportunidades da entidade. Isso significa conectá-las a mais de 5 mil empresas associadas, de

variados portes e segmentos, em busca de projetos e inspirações que possam revolucionar os negócios. Neste ano, participam da Arena quase 800 startups de 15 cidades brasileiras. Lançada em 2016, a Dunning usa inteligência artificial para dar mais eficiência aos processos de contas a receber, cobrança e análise de crédito de médias e grandes corporações. A ferramenta utilizada possibilita diminuir a inadimplência, controlar melhor o fluxo de caixa e automatizar processos. De acordo com um dos fundadores da empresa, Bruno Lambertucci, o principal diferencial é a identificação do perfil de pagamento do cliente e a geração de réguas de cobrança automatizadas e personalizadas. Para ele, estar na lista das melhores empresas de Belo Horizonte é um grande motivo para comemorar, porém ele quer aproveitar

a oportunidade oferecida pela Amcham Arena para ampliar os horizontes. “É um resultado que, certamente,

aumenta nossa visibilidade e credibilidade. Mas vamos em busca de voos mais altos para apresentar nossas

estratégias de cobrança personalizadas para todo o Brasil, na disputa final”, destaca. (Da Redação)

InvestSmart Day será na Capital Belo Horizonte sediará no dia 19 de setembro, das 9h às 21h, o InvestSmart Day. Há 2 anos, o evento vem se consagrando como o maior de seu segmento no Rio de Janeiro. Agora, chega a Minas Gerais sob a batuta dos três escritórios mineiros da InvestSmart (Savassi, Raja e Três Invest) - credenciada à XP Investimentos, que tem como foco oferecer as mais adequadas oportunidades de investimentos aos seus clientes. O coração financeiro da capital mineira reunirá, pela primeira vez, um time de experts para

palestras sobre investimentos, economia, política, mercados asiáticos, entre outros assuntos. Além de conhecimento e informação, esta é uma excelente oportunidade de proximidade com o público, pois haverá estandes para exposição de produtos e serviços, coquetel de confraternização e espaço para networking. “Nossa proposta é conectar as duas pontas do mercado financeiro: investidores e investimentos. No atual cenário econômico nacional, caracterizado pela queda dos juros bá-

sicos da economia, escolher onde investir faz toda a diferença para quem busca bons resultados financeiros. Elaboramos uma programação pensando nessas pessoas, que querem buscar novos caminhos para o futuro”, comenta o idealizador do evento, Samyr Castro. Um dos grandes diferenciais do encontro são os benefícios sociais gerados. Isso porque toda a renda arrecadada com a venda de ingressos será destinada ao Instituto Mario Penna. O evento é promovido pela InvestSmart. (Da Redação)

Extra entrega as compras em até quatro horas De acordo com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), o comércio eletrônico deve atingir um volume de vendas de R$ 79,9 bilhões em 2019, crescimento estimado de 16% na comparação com o ano passado. Acompanhando esse cenário, o Extra, que vem em um acelerado processo de transformação digital e inovação, complementa a sua atuação no e-commerce na cidade de Belo Horizonte oferecendo a modalidade de entrega Express em seu e-commerce (www.clubeextra. com.br), na qual o cliente recebe suas compras de supermercado no mesmo dia, em até quatro horas. O objetivo é aprimorar a experiência do cliente em todos os seus momentos e canais preferidos de compra, permitindo que ele adquira o que quiser e na forma como preferir: pela loja física, site ou aplicativo. No Express, após a conclusão da compra pelo site e escolha da modalidade de entrega, o pedido do cliente é encaminhado para uma área específica para o atendimento do e-commerce na loja, na qual colaboradores dedicados a essa tarefa realizam o minucioso trabalho de separar os itens da compra. Após a separação e conferência, o pedido sai para entrega no endereço cadastrado pelo consumidor. Participam dessa modalidade de entrega todos os itens comprados no site - como alimentos, bebidas, higiene, beleza e pet, além de produtos de limpeza, acessórios automotivos e produtos para organização da casa (não participam as categorias de eletrônicos e eletrodomésticos). “O comportamento do cliente vem mudando cada vez mais rápido e o Extra tem evoluído para entregar as múltiplas opções de compra e entrega que este novo cenário exige. Com a modalidade Express, o Extra dá um importante passo para o refinamento da experiência de compra dos consumidores, atendendo todos os momentos de compra, e o aprimoramento das relações de consumo com o objetivo de fidelizar ainda mais os clientes, sendo uma marca cada vez mais presente na rotina das pessoas”, explica o diretor de E-commerce do Extra, Rodrigo Pimentel. No Extra, um terço dos clientes que compram no e-commerce já optam pela entrega Express e o crescimento da modalidade mais do que dobrou no último ano. (Da Redação)

CARTÃO

Gastos da DMCard em Minas chegam R$ 158 mi Após registrar um recorde na movimentação dos cartões private label que administra durante o primeiro semestre, com R$ 1,1 bilhão transacionados, a DMCard identificou que Minas Gerais foi um dos grandes colaboradores para o resultado. Apenas em solo mineiro, foram movimentados R$ 158 milhões em compras pagas com o cartão próprio em supermercados parceiros. O montante representa um crescimento de 93% na região, quase o dobro frente ao movimentado no mesmo período do ano passado.

O aumento fortemente acentuado do uso do cartão próprio dos supermercados para as compras foi identificado no mesmo período em que as vendas no comércio mineiro em geral tiveram variação negativa. De acordo com o IBGE, no acumulado dos primeiros seis meses do ano, Minas Gerais apresentou uma queda de -0,2% nas compras no varejo. Vendas em queda no comércio mostram um consumidor com bolso mais apertado, fazendo compras mais racionais e ainda com

dificuldade em conseguir crédito. Estes são os fenômenos que acabam impulsionando a busca pelo private label, como explica Carlos Tamaki, diretor financeiro da DMCard. “O cartão de loja tem se transformado em uma solução mais fácil, principalmente para as classes mais baixas, para que consigam manter, pelo menos, o consumo doméstico básico e a dispensa do lar abastecida”. Além do consumidor, o varejo também tem buscado no private label uma forma de incrementar suas vendas

oferecendo crédito, maior poder de compra e fidelizando seus consumidores. No segundo semestre de 2018, a rede Supermercados BH se tornou parceira da DMCard entregando a ela a gestão de sua carteira de crédito que, até então, era administrada internamente. A transação, com esta que é a 7º maior rede supermercadista do Brasil, também colaborou para o acentuado crescimento da DMCard na região. Apesar de já possuir seu cartão próprio, o fato de entre-

gar essa gestão a uma empresa especializada neste segmento já apresentou grande melhoria nos resultados. Por exemplo, em janeiro, com o término da transição e 100% do crédito próprio sob administração da DMCard, o total gasto por esta forma de pagamento foi de R$ 13,5 milhões. O montante representa quase o triplo do que foi movimentado em dezembro nos cartões ainda geridos pela própria rede, que totalizou R$ 5,5 milhões. Com seu crescimento acelerado no Estado de Minas Gerais, a DMCard acaba

de se tornar conveniada à Associação Mineira de Supermercados (Amis). A entidade cobre cerca de 90% de todas as vendas do setor supermercadista mineiro e tem entre seus filiados desde microempreendedores até as gigantes redes internacionais presentes na região. A partir de agora, os supermercados filiados à Amis têm condição exclusiva na adesão aos serviços da DMCard, como a implantação de um cartão de crédito próprio e uma poderosa plataforma de CRM. (Da Radação)


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NEGÓCIOS DIVULGAÇÃO

EXPANSÃO

Loja Elétrica prevê aporte de R$ 30 mi na 10ª loja da rede Filial será instalada em Contagem THAÍNE BELISSA

O município de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), vai sediar a maior unidade da distribuidora mineira de materiais elétricos, Loja Elétrica. Com inauguração prevista para dezembro e investimento de R$ 30 milhões, a filial, que é a 10ª loja da rede, terá 5.600 metros quadrados. A nova loja, às margens da BR-381, contará com atendimento especializado aos clientes industriais. Essa é a segunda expansão da rede neste ano: há um mês, a rede investiu R$ 4 milhões em uma filial in company, instalada na operação da Vale, em Vitória, no Espírito Santo. O gerente de vendas da Loja Elétrica, Aluízio Abdon Araújo, explica que a rede já tem uma loja em Contagem, na Centrais de Abastecimento de Minas Gerais (Ceasa Minas). Mas, segundo ele, essa filial tem

um público bem específico, que são os produtores, fazendeiros e comerciantes que circulam pelo espaço. A segunda loja na cidade é justificada por uma demanda dos clientes industriais, que representam 50% do atendimento da Loja Elétrica hoje. “Essa será a maior filial da rede e ficará no espaço que era ocupado pelo supermercado Makro, próximo ao Carrefour. É uma área muito próxima das indústrias e que atenderá melhor esse cliente de material elétrico industrial”, afirma. Personalização - Justamente por esse foco, a unidade terá um balcão especializado para atender as indústrias. Isso porque o atendimento ao consumidor final, que vai à loja em busca de um lustre, por exemplo, é muito diferente do atendimento industrial. “O cliente da indústria normalmente é um mecânico, que chega vestido com

Expansão da Loja Elétrica ajudará a marca a crescer 10% em seu faturamento em 2019, em relação ao ano passado

seu macacão e uma peça danificada cheia de graxa. Eu preciso ter um balcão para que ele coloque essa peça e se sinta à vontade”, explica. Outra novidade que essa loja terá é uma sessão diferenciada no setor de iluminação para atender o instalador de equipamentos de segurança eletrônica, como de câmera de segurança e alarme. Segundo o gerente, o galpão de 5.600 metros quadrados é alugado e, por isso, o investimento de R$ 30 milhões será em estru-

turação da loja e formação de estoque. A filial deve gerar 86 empregos diretos logo na sua abertura, mas esse número pode chegar a 200 no ano que vem. O gerente não abre expectativas de vendas, mas destaca que a expansão ajudará a marca a crescer 10% em seu faturamento em 2019, em relação ao ano passado. In Company - A Loja Elétrica também está crescendo em número de filiais in company, que são operações instaladas dentro

das empresas. Na prática são pequenos estoques da marca em empresas que precisam fazer manutenções de urgência e com agilidade. De acordo com o gerente, o investimento nesse tipo de unidade é menor porque a estrutura é da empresa-cliente. Até o momento, a Loja Elétrica conta com 10 filiais in company, sendo que a última foi aberta em agosto em uma operação da Vale, em Vitória. O investimento foi de R$ 4 milhões. “Já tínhamos uma in company em uma operação da Vale em

Barão de Cocais, na região Central do Estado, e a experiência positiva fez com que a empresa solicitasse essa segunda unidade. Essa filial é a primeira da rede fora de Minas Gerais”, diz. O gerente destaca que a Loja Elétrica negocia com a mineradora a instalação de mais filiais em outras operações da empresa. O setor é um importante público da Loja Elétrica e, por isso, a marca estará na Expo & Congresso Brasileiro de Mineração (Exposibram), entre os dias 9 e 12 de setembro, no Expominas.

TELECOMUNICAÇÕES

TIM, Ericsson e Inatel inauguram laboratório 5G Na liderança pelo desenvolvimento do 5G no Brasil, a TIM inaugurou mais um 5G Living Lab TIM. O projeto é pioneiro e tem como objetivo o desenvolvimento do ecossistema de soluções e experimentação da nova tecnologia em rede real. Em parceria com a Ericsson, a operadora ativou uma rede de quinta geração, operando na frequência de 3,5 GHz, no Instituto Nacional das Telecomunicações (Inatel), em Santa Rita do Sapucaí (Sul de Minas). Essa é a segunda ativação - em fase de testes - 5G feita pela TIM no País, mediante licença específica da Anatel. A primeira foi em Florianópolis (SC), onde a operadora registrou velocidades superiores a 1Gbps. A TIM optou por habilitar a rede 5G em parceria com instituições de ensino para promover o conhecimento e demonstrar o poder transformador dessa próxima onda tecnológica em um ambiente de troca inovador. “Queremos ser pioneiros e protagonistas nos casos de uso do 5G, incentivando a criação de um ecossistema de soluções que acelere a adoção da tecnologia no País. Estamos engajados na busca de novas aplicações que ajudem a melhorar questões que impactam o dia a dia das empresas e das pessoas, como é o caso da Saúde, Educação e Segurança. Nosso DNA inovador contribuirá para oferecer sempre os melhores serviços para nossos clientes”, anuncia o CTIO da TIM Brasil, Leonardo Capdeville. Em parceria com a TIM e a Ericsson, o Inatel já desenvolve projetos sobre as tecnologias 4G e NBIot em Santa Rita do Sapucaí.

“O pioneirismo das pesquisas do 5G no Brasil é uma das marcas do Inatel. Nossos pesquisadores desenvolvem soluções inéditas para o ecossistema 5G e este projeto agregará muito valor aos nossos programas institucionais. O foco é desenvolver soluções inteligentes para segurança, com aplicações de iluminação, monitoramento por vídeo e rastreamento de veículos, dentro do contexto de Inter-

net das Coisas. As empresas e a instituição pretendem utilizar o 5G para implementar soluções de cidades inteligentes, criando uma rede com cobertura por todo o município, atendendo cerca de 42 mil habitantes. Ainda será possível instalar câmeras de segurança em todos os postes e implantar outras tecnologias, como soluções de identificação facial, estacionamento inteligente, entre outras”,

afirma o diretor do Inatel, Carlos Nazareth. “Pioneira na implementação do 5G em quatro continentes (2/3 das operações comerciais de 5G em funcionamento utilizam tecnologia Ericsson), mantemos um robusto plano de investimentos em pessoas, em infraestrutura e em parcerias com as operadoras, o governo, e com o mundo acadêmico para apoiar o desenvolvimento do Brasil

e seu fortalecimento como polo de exportação de altíssima tecnologia por meio desta que é a revolução tecnológica mais importante dos tempos atuais”, diz o presidente da Ericsson para o Cone Sul da América Latina, Eduardo Ricotta. E acrescenta: “A Ericsson acredita que a tecnologia 5G será o principal fator de transformação econômica, competitividade e ganho de eficiência dos mais dife-

rentes setores da economia na próxima década”. As unidades do 5G Living Lab TIM são importantes no desenvolvimento de um ecossistema para experimentação da tecnologia com usuários reais em ambientes do dia a dia. Lá, os clientes finais, pesquisadores, empresas, startups e instituições públicas irão interagir para validar novos produtos, casos de uso, serviços e soluções em geral. (Da Redação)

Estado poderá oferecer soluções de vanguarda O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, visitou, na última quinta-feira (5), Santa Rita do Sapucaí e Itajubá, no Sul de Minas, região considerada polo tecnológico do Estado. Pela manhã, acompanhado de lideranças locais, ele esteve no Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel), em Santa Rita do Sapucaí, onde inaugurou a Casa 5G, fruto da parceria entre o Inatel, a

TIM e a Ericsson. À tarde, Zema esteve na Universidade Federal de Itajubá (Unifei) e na Helibras, fabricante de helicópteros que emprega cerca de 540 pessoas. Acompanhado do secretário de governo, Bilac Pinto, dos deputados estaduais Antônio Carlos Arantes, Dalmo Ribeiro, Duarte Bechir e Doutor Paulo e de lideranças locais, o governador inaugurou a Casa TIM 5G, em

Santa Rita do Sapucaí. Minas é pioneiro na região Sudeste no experimento do sinal de 5ª geração e a tecnologia poderá trabalhar em prol do Estado, atraindo empresas que desenvolvem produtos e soluções. Segundo o diretor do Inatel, professor Carlos Nazareth Motta Martins, com pesquisas em 5G podemos oferecer soluções de vanguarda para o País.

“Dentro desse cenário, de muito empenho e dedicação, a implantação das redes das redes 5G, em nossa cidade, pela TIM, com tecnologia Ericsson, torna-se um capítulo de muita relevância para as telecomunicações no Brasil”, avalia. A parceria entre o Inatel, TIM e Ericsson é um marco para Minas Gerais, proporcionando mudanças significativas na Saúde, na

Educação, no Agronegócio, na Segurança, no entretenimento e em games, por exemplo. O governador parabenizou as empresas pelo lançamento do 5G e ressaltou a importância da tecnologia para o desenvolvimento do Estado. “Sei do potencial tanto para o setor privado quanto para o público e como ela pode ajudar na Educação, na Saúde e na Segurança Pública”. (Agência Minas)

DEMONSTRAÇÕES DA CASA TIM 5G • Saúde: atendimento médico baseado em imagem com luva tátil controlada remotamente. O paciente estará no ambiente da Casa TIM 5G e o médico fará o diagnóstico a partir do seu consultório; • Educação: aula a distância dada por um professor com soluções de comunicação unificada, utilizando um quadro interativo (Webex Board); • Segurança: demonstração de como seria um atendimento a um chamado de emergência em uma cidade inteligente, onde as câmeras estão conectadas e a tecnologia 5G permite acesso ao vivo dos pontos de monitoramento; • Indústria: a ABB marcará presença com o YuMi, primeiro robô colaborativo de dois braços do mundo. Programado para preparar e servir café, a ideia é demonstrar como a conectividade e a confiabilidade da

rede 5G permitem acessar uma aplicação remotamente, com maior velocidade, além de exemplificar a precisão do robô; • Indústria 4.0: Com base em uma longa experiência no desenvolvimento do 3G, 4G e de tecnologias Wi-Fi, a Qualcomm lidera as invenções tecnológicas para tornar o 5G uma realidade comercial. A empresa irá demonstrar uma simulação de como o 5G revolucionará o cenário industrial. A demo compara dois cenários distintos de conectividade via Internet das Coisas (IoT): um com rede 4G e outro com 5G. No segundo, é possível ver os benefícios de uma comunicação, que permite que um robô seja controlado com baixa latência e, mais importante, com alta confiabilidade (99,9999%). Essa será a base para a implementação de diferentes soluções para o ambiente industrial;

• Realidade Aumentada: utilização do 5G em um ambiente de indústria de manufatura (Smart Manufacturing) com realidade aumentada, em uma mesa de treinamento de operadores de chão de fábrica (com dinâmica de alarmes, tele sensor, tele monitoramento, esteira e braço mecânico); • Realidade virtual: câmeras inteligentes (Meraki) conectadas a óculos de realidade virtual que permitem visitas virtuais à ambientes na Casa e na própria Inatel; • Casa conectada: criação de um ambiente para visitação onde os eletrodomésticos são todos conectados, no conceito de Internet das Coisas (IoT). Além de explorar o pilar da casa conectada, a LG trouxe exclusivamente para o evento, aparelhos 5G já prontos para funcionar no Brasil, assim que a rede começar a operar. (Agência Minas)


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FINANÇAS AMANDA PEROBELLI - REUTERS

MERCADO

Fundos de ações captaram R$ 38,8 bi no acumulado do ano Volume é quase o dobro do registrado em 2018 Os fundos de ações alcançaram captação líquida de R$ 38,8 bilhões entre janeiro e agosto deste ano. Dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) mostram que o volume é quase o dobro dos R$ 19,5 bilhões registrados no mesmo período de 2018. Apenas em agosto, os ingressos líquidos desses produtos somaram R$ 7,4 bilhões, maior captação da classe para este ano. “A grande entrada de recursos nos fundos de ações confirma a tendência de diversificação por parte dos investidores em busca de maior rentabilidade. No ano passado, foram os multimercados que lideraram esse movimento. É um reflexo do cenário de juros baixos, com expectativa de leve redução até o final de 2019, que estimula as pessoas a tomarem mais protagonismo frente às suas aplicações”, explica o vice-presidente da Anbima, Carlos André. Os aportes totais da indústria de fundos nos primeiros oito meses de 2019, de R$ 172,3 bilhões, seguem acima da média para os últimos cinco anos (de R$ 116,6 bilhões) e superam em 153% o volume registrado no mesmo período de 2018, de R$ 68,2 bilhões. Em agosto, além da alta nos fundos de ações, os multimercados foram responsáveis pelo ingresso líquido de R$ 6,2 bilhões, seguidos pelas classes de ETFs (Exchange Traded Funds) e de previdência, com R$ 3,4 bilhões e R$ 2,1 bilhões, respectivamente. Os fundos de renda fixa tiveram resgates líquidos de R$ 9,2 bilhões. É a terceira vez no ano em que eles apresentam captação negativa. Além da captação, as maiores rentabilidades em agosto também ficaram com os fundos de ações. O tipo valor/

crescimento (que investe em empresas consideradas subavaliadas no mercado e com potencial de crescimento) teve ganho médio de 3,09%, seguido pelos tipos small caps (formado por ações de empresas com baixa capitalização no mercado) e sustentabilidade/ governança (constituído por empresas com bons níveis de governança corporativa e responsabilidade social), com 1,27% e 1,22%, respectivamente. Na classe de multimercados, os retornos médios foram de 1,50%, 0,73% e 0,62% para os tipos long and short neutro (fazem operações de ativos e derivativos ligados à renda variável), macro (que definem as estratégias de investimento baseadas em cenários macroeconômicos de médio e longo prazos) e trading (realizam operações explorando movimentos de curto prazo nos preços dos ativos de renda fixa, variável, cambiais, etc.). Gestão de patrimônio - De acordo com a Anbima, os recursos administrados pelas casas de Gestão de Patrimônio atingiram R$ 170,7 bilhões no primeiro semestre deste ano, contra R$ 148 bilhões em dezembro de 2018 (alta de 15,3%). O segmento atende 9.091 grupos econômicos em todo o País, o que representa avanço de 7,5% sobre o fim do ano passado. “As casas de gestão de patrimônio prestam um tipo de atendimento mais personalizado. Esse serviço se torna ainda mais relevante em períodos como o atual, em que os juros baixos estimulam a busca dos investidores por alternativas às suas aplicações”, afirma o membro da Comissão Temática de Gestão de Patrimônio da associação, Alexandre Braga. Entre os produtos financeiros mais utilizados por

esse segmento de clientes, os fundos de investimento se destacam. A classe de multimercados apresenta maior fatia, 23% das aplicações totais, seguida pelos fundos de renda fixa, com 19,1%, de ações, com 10,9%, de estruturados, com 6,8% (incluindo fundos de participação e imobiliários), e os fundos em direitos creditórios com 2,8%. Somente em agosto, a captação líquida dos fundos de ações atingiu R$ 7,4 bi, aponta a Anbima No consolidado geral, os ativos de renda fixa ainda são maioria nas carteiras: somando os fundos dessa categoria com outros produSão Paulo - A bolsa paulista voltou a para dar fôlego à economia. tos (como títulos públicos e Em Wall Street, o S&P 500 fechou subir na sexta-feira (6), com o principal debêntures, por exemplo), índice chegando a superar os 103 mil com avanço de 0,09%, após ter alternado alcançam 47,8% do total de pontos na máxima, sustentado pela alta e baixa ao longo da sessão. recursos investidos, com R$ Para analistas da XP Investimentos, forte alta do setor financeiro, em sessão 81,6 bilhões. Os ativos de que também contou com discurso do indicadores econômicos divulgados na renda variável (incluindo chairman do Federal Reserve, Jerome semana mostraram que os cenários dofundos e aplicações diretas Powell. méstico e internacional seguem mistos. em ações) detêm 20,2%, ou O Ibovespa subiu 0,68%, a 102.935,43 R$ 34,4 bilhões. pontos. Na semana, o índice avançou Dólar - O dólar encerrou em queda Conforme a tendência dos 1,78%. O volume financeiro da sessão contra o real, marcando sua primeira últimos períodos, a região queda semanal em quase dois meses, somou R$ 13,9 bilhões. Sudeste permanece concenem dia de maior ânimo nos mercados O Fed seguirá agindo “conforme trando o maior volume de por expectativas de corte de juros nos apropriado” para sustentar a expansão recursos administrados pelas Estados Unidos. econômica da maior economia do muncasas de gestão de patrimôdo, disse o chairman Jerome Powell na O dólar à vista teve queda de 1,783%, nio: R$ 144,8 bilhões, o que sexta-feira (6), repetindo promessa que a R$ 4,1051 na venda. Na semana, a morepresenta 84,4% do total. os mercados financeiros enxergam como eda norte-americana acumulou queda Em relação ao número de a sinalização de uma redução adicional de 1,512%, primeira desvalorização grupos econômicos, a relação na taxa de juros. semanal desde 12 de julho, quando é a mesma: são 7.223, o que No que provavelmente serão os últi- registrou variação negativa de 2,113%. equivale a 79,5%. As demais mos comentários públicos do banqueiro Para Camila Abdelmalack, econoregiões aparecem na seguinte central dos EUA antes da reunião do mista-chefe da CM Capital Markets, ordem: Sul (R$ 16,6 bilhões Fed deste mês, Powell disse que as aua queda do dólar foi influenciada por e 1.317 clientes atendidos), toridades estarão observando de perto um clima de menor aversão ao risco Nordeste (R$ 5,8 bilhões e os riscos geopolíticos, as condições fi no exterior diante da ratificação das 253); Centro-Oeste (R$ 2,7 nanceiras e outros dados econômicos a apostas de cortes de juros nos EUA após bilhões e 261); e Norte (R$ caminho enquanto avaliam o que fazer. a divulgação de dados do mercado de 726,5 milhões e 37). Agentes do mercado também rea- trabalho e da fala do chairman do Fed. “A ausência de notícias negativas já giram aos dados do Departamento de Base de dados - A partir deste Trabalho dos EUA mostrando a criação é um sinalizador positivo, e o mercado ano, a base das estatísticas de 130 mil postos de trabalho na folha encontra espaço para se recuperar. O de gestores de patrimônio de pagamento não agrícola em agosto, caso é que estamos muito vulneráveis da ANBIMA foi ampliada. aquém das expectativas no mercado, e ao cenário externo. Hoje, o movimento A partir do novo Código de taxa de desemprego em 3,7%, enquanto é esse, mas na semana que vem tudo Administração de Recursos de o salário médio por hora trabalhada pode mudar.” Terceiros, todas as instituições subiu 0,4%. Moedas emergentes pares do real, associadas ou aderentes que Também repercutiu decisão do banco como rand sul-africano e o peso mexiprestam esse tipo de serviço central da China de reduzir o volume cano, também se valorizavam frente ao devem reportar os seus dados. de dinheiro que bancos devem reter dólar. Contra uma cesta de moedas, a Para efeito comparativo, os em reservas, liberando 900 bilhões de moeda norte-americana tinha leve alta resultados de dezembro de iuanes (US$ 126,35 bilhões) em liquidez de 0,02%, a 98,434. (Reuters) 2018 foram reprocessados. (Da Redação)

Bolsa de valores atinge 103 mil pontos

CONJUNTURA

Bradesco corta a projeção do PIB para 1,9% em 2020 São Paulo - O Bradesco cortou a projeção de crescimento da economia brasileira em 2020 para 1,90% ao ano ante os 2,20% previstos anteriormente, reflexo principalmente da piora no cenário global com a guerra comercial entre Estados Unidos e China. Neste ano, a projeção foi mantida em 0,80%, abaixo do desempenho dos últimos dois anos, quando a economia cresceu 1,1% ao ano. No consenso do mercado, medido semanalmente pelo Boletim Focus do Banco Central, a economia brasileira vai crescer 0,87% neste ano e 2,10% em 2020. Apesar da revisão de cenário para baixo, Fernando Honorato, economista-chefe do banco, afirma que agora o ambiente permite surpresas positivas. “Está chegando em um ponto em que podemos começar a nos surpreender para cima”, afirma Honorato ao citar a retomada das ne-

PILAR OLIVARES - REUTERS

Corte das projeções do PIB pela instituição financeira está ligada a uma desaceleração da economia global

gociações para uma trégua na disputa comercial. “Os dois países estão esticando a corda, mas não querem chegar a um ponto de não retorno”, acrescenta o economista sobre o risco

de danos para a economia dos países. A revisão do PIB brasileiro para o próximo ano está ligada a uma desaceleração do crescimento da economia global, cortado

Ainda assim, o risco de o setor privado não entrar ainda existe. “Acho que o global é hoje disparado o maior risco. No doméstico, tem risco associado à mudança de modelo [com redução dos gastos do governo] e talvez o setor privado não entre. Mas, se não tiver respondendo, o juro pode cair ainda mais”, acrescenta o economista. O Bradesco revisou ainda a previsão de que a taxa Selic caia para até 4,75%, ante a previsão anterior de 5%. O Bradesco elevou a previsão de câmbio ao final deste ano para R$ 4, ante os R$ 3,80. Para ele, a queda de juros levou o câmbio a uma valorização. Para ele, o câmbio tem três fatores: os juros, a solvência (capacidade do governo pagar dívidas) e o crescimento econômico. “Como o Brasil não cresce, não atrai investimento”, afirma Honorato.

de 3,2% a 2,8%. O crescimento doméstico precisará vir do setor privado e os investimentos poderiam ser em infraestrutura, onde não há ociosidade, segundo Honorato. Teto de gastos - Para o

economista-chefe do Bradesco, o teto para os gastos do governo ainda não deve ser derrubado, como chegou a ser discutido ao longo da semana. “Conceitualmente, uma vez que o país tiver com consolidação fiscal bem avançada, não é um grande problema. Quando olha as boas práticas do FMI, pode retirar investimento público de regra fiscal. Dito isso, sendo bem específico, o momento não é apropriado para qualquer revisão de teto de gastos”, afirmou Honorato. Segundo ele, o importante é que se continue a agenda de reformas, como a administrativa, antes de revisar o teto. “O teto cumpre papel de forçar discussão [das reformas]”, diz. Para ele, a agenda de reformas é correta e está avançando. “É angustiante ver a agenda positiva não produzir crescimento”, complementa. (Folhapress)


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BELO HORIZONTE, SÁBADO, 7, A SEGUNDA-FEIRA, 9 DE SETEMBRO DE 2019

LEGISLAÇÃO RECURSOS HÍDRICOS

Estado altera a concessão de outorgas Decreto reduz o número de documentos exigidos para a formalização de processo junto ao Igam O governo de Minas Gerais publicou na última quinta-feira o Decreto 47.705, que reúne normas relativas à outorga e visa desburocratizar a regularização deste documento que autoriza o uso de recursos hídricos no Estado. Entre as novidades que o decreto traz estão a simplificação das modalidades de outorga e a redução de documentos exigidos para formalização do processo junto ao Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam). O decreto tem prazo de 30 dias para entrar em vigor e é o primeiro passo para o aprimoramento dos processos de outorga, uma vez que será desdobrado em outras regulamentações administrativas. Em relação à documentação exigida, não será mais necessária apresentação de diversos documentos, como cópias autenticadas de documentos pessoais, escritura do imóvel averbada, cadastro ambiental rural, dentre outros. “Essa medida segue as diretrizes da Política de Simplificação e Desburocratização de Processos, gerando eficiência na formalização e na análise”, afirma a diretora-geral do Igam, Marília Melo. Com a simplificação, ficam extintas as modalidades

Histórico

permissão e concessão, restando apenas a autorização como ato a ser emitido pelo instituto. “As modalidades de atos administrativos denominados permissão e concessão não são aplicáveis à outorga de direito de uso dos recursos hídricos”, afirma a diretora-geral, explicando sobre a atualização de conceito. Ela explica ainda que a nova norma traz eficiência à regularização dos usos de recursos hídricos, uma vez que concentra as informações referentes à concessão de outorgas. Para as áreas de conflito pelo uso da água, declaradas pelo Igam, regiões em que há demanda maior que a oferta, o decreto traz novidades que visam a garantia de disponibilidade hídrica a todos, com atuação do comitê de bacia hidrográfica. Este deverá convocar os usuários para elaboração de proposta de alocação negociada de recursos hídricos para fins de regularização. Isso deve ocorrer em um processo único, de outorga coletiva, com apoio do Igam ou de órgão ou entidade competente.

DIVULGAÇÃO

tado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), retornou ao Igam. Desde então, o instituto vem trabalhando em um planejamento de médio e longo prazo para garantir a sustentabilidade do uso da água, além de ter como meta zerar o passivo de outorga. Com os novos procedimentos e com o fortalecimento das Unidades Regionais de Gestão das Águas (Urgas), no interior do Estado, houve um au- O uso da água em Minas será desburocratizado com a simplificação das modalidades mento de eficiência de 180% nas análises, o que gerou redução de 3.348 processos TRIBUTOS no passivo de outorga. O Igam permanece aprimorando seus procedimentos para otimizar a análise dos processos, sem comprometer a qualidade técnica. Brasília - A Receita Federal foi liberada, o contribuin- ou poupança, em seu nome, “O novo decreto vem se somar à política de efici- informou na sexta-feira (6) te deve acessar a página da em qualquer banco. Os lotes de restituição são ência praticada pelo Igam, que a consulta ao quarto lote Receita na internet ou ligar que é um dos órgãos do de restituições do Imposto de para o Receitafone (146) e liberados mensalmente. O Sisema. A área ambiental Renda 2019 será aberta nesta informar o CPF e a data de Fisco libera os pagamentos do Estado está cada vez segunda-feira (9) a partir das nascimento. Caso tenha entra- por ordem de chegada da mais fortalecida e moder- 9 horas. O quarto lote inclui do no quarto lote, a situação declaração. Isto significa que na, garantindo eficiência e também restituições residuais da declaração será “crédito em entregou a declaração mais cedo, recebe a restituição priqualidade aos serviços que dos exercícios de 2008 a 2018. enviado ao banco”. Se o valor não foi creditado, meiro. são oferecidos ao cidadão Segundo a Receita, o dinheiro A restituição ficará dispomineiro”, afirma o secretário será depositado na conta do o contribuinte pode telefonar de Estado de Meio Ambiente contribuinte no próximo dia para 4004-0001 (capitais) e nível no banco durante um Retorno - Em maio de 2018, e Desenvolvimento Susten- 16. O crédito bancário será feito 0800-729-0001 (demais locali- ano. Se o contribuinte não a análise de outorgas, que tável, Germano Vieira. (Com para 2.819.522 contribuintes, dades) ou ir a uma agência do fizer o resgate nesse prazo, Banco do Brasil para agendar deverá requerê-la por meio até então era de responsabi- informações da Agência totalizando R$ 3,5 bilhões. Para saber se a declaração o crédito em conta-corrente da internet. (ABr) lidade da Secretaria de Es- Minas)

Receita Federal vai abrir consulta ao quarto lote de restituições do IR

162). Internet, RICMS-MG/2002, artigo 85, I, “n.2”. anexo V, parte 1, artigo 152, caput, Esta agenda contém as princi- § 1º, II. ICMS - agosto - contribuinte/ pais obrigações a serem cumpridas atividade econômica: indústrias nos prazos previstos na legislação Dia 9 não especificadas no art. 85, I, da em vigor. Apesar de conter, basialínea “e” do RICMS-MG/2002. camente, obrigações tributárias, ICMS - agosto - contribuinte/ Notas: de âmbito estadual e municipal, atividade econômica: indústrias (1) O pagamento deve ser efetua agenda não esgota outras de- de lubrificantes ou de combus- ado até o dia 8 do mês subsequente terminações legais, relacionadas tíveis, inclusive álcool para fins ao da ocorrência do fato gerador. ou não com aquelas, a serem carburantes, excetuados os demais (2) Na hipótese de não haver cumpridas em razão de certas combustíveis de origem vegetal. expediente bancário o recolhiatividades econômicas e sociais Notas: mento poderá ser efetuado no específicas. Agenda elaborada (1) O pagamento do valor rema- primeiro dia útil após, nos tercom base na legislação vigente nescente (10% do ICMS devido) mos do art. 91 da Parte Geral do em 05/08/2019. Recomenda-se deverá ser efetuado até o dia 8 do RICMS-MG/2002. DAE/internet, vigilância quanto a eventuais mês subsequente ao da ocorrência RICMS-MG/2002, Parte Geral, alterações posteriores. Acompa- do fato gerador. artigo 85, I, “n.3”. nhe o dia a dia da legislação no (2) Na hipótese de não haver Site do Cliente (www.iob.com.br/ expediente bancário o recolhiICMS - agosto - contribuinte/ sitedocliente). mento poderá ser efetuado no atividade econômica: prestador primeiro dia útil após, nos ter- de serviço de transporte. Notas: ICMS - prazos de recolhimento mos do art. 91 da Parte Geral do (1) O pagamento deve ser efetu- os prazos a seguir são os cons- RICMS-MG/2002. DAE/internet, ado até o dia 8 do mês subsequente tantes dos seguintes atos: RICMS-MG/2002, Parte Geral, ao da ocorrência do fato gerador. a) artigos. 85 e 86 da Parte Geral artigo 85, I, “p.2”. (2) Na hipótese de não haver do RICMS-MG/2002; e expediente bancário o recolhib) artigo 46 do anexo XV do ICMS - agosto - contribuinte/ mento poderá ser efetuado no RICMS-MG/2002 (produtos su- atividade econômica: comércio primeiro dia útil após, nos terjeitos a substituição tributária). O atacadista em geral quando não mos do art. 91 da Parte Geral do Regulamento de ICMS de Minas especificado no art. 85, I, “b” do RICMS-MG/2002. DAE/internet, Gerais é aprovado pelo Decreto RICMS-MG/2002. Notas: RICMS-MG/2002, Parte Geral, nº 43.080/2002. (1) O pagamento deve ser efetu- artigo 85, I, “n.4”. ado até o dia 8 do mês subsequente Dia 8 ao da ocorrência do fato gerador. ICMS - 27 a 31 de agosto (2) Na hipótese de não haver indústrias de bebidas e fumos ICMS - agosto - Declaração expediente bancário o recolhi- - operações próprias da indúsde Apuração e Informação do mento poderá ser efetuado no tria de bebidas, classificada no ICMS (DapiI 1) - contribuintes primeiro dia útil após, nos termos código 1113-5/02 da Cnae, que sujeitos à entrega: gerador e/ou do artigo 91 da Parte Geral do apresente faturamento, por núcleo distribuidor de energia elétrica e RICMS-MG/2002. DAE/internet, de inscrição, no mês anterior ao de gás canalizado; prestador de RICMS-MG/2002, Parte Geral, da ocorrência do fato gerador, serviço de comunicação (telefo- artigo 85, I, “n.1”. superior a R$ 400.000.000,00, e da nia); indústria de combustíveis e indústria do fumo, classificada no lubrificantes, exceto combustíveis ICMS - agosto - contribuinte/ código 1220-4/01 da Cnae, que de origem vegetal. Notas: atividade econômica: comércio apresente faturamento, por núcleo (1) Os prazos para transmissão varejista, inclusive hipermerca- de inscrição, no mês anterior ao de documentos fiscais pela Inter- dos, supermercados e lojas de da ocorrência do fato gerador, sunet são os mesmos atribuídos às departamentos. Notas: perior a R$ 400.000.000,00. Notas: demais formas de entrega dos (1) O pagamento deve ser efetu(1) Recolhimento até o dia 8 do documentos fiscais previstos no ado até o dia 8 do mês subsequente mês subsequente ao da ocorrência RICMS-MG/2002. ao da ocorrência do fato gerador. do fato gerador, relativamente às (2) Tendo em vista ser uma (2) Na hipótese de não haver operações realizadas do dia 27 ao obrigação acessória eletrônica expediente bancário o recolhi- último dia de cada mês. e a inexistência de prazo para mento poderá ser efetuado no (2) Na hipótese de não haver prorrogação quando a entrega primeiro dia útil após, nos termos expediente bancário o recolhicair em dia não útil, manter o do artigo 91 da Parte Geral do mento poderá ser efetuado no prazo original de entrega (RICMS- RICMS-MG/2002. DAE/internet, primeiro dia útil após, nos ter-MG/2002, anexo V, parte 1, artigo RICMS-MG/2002, Parte Geral, mos do art. 91 da Parte Geral do

RICMS-MG/2002. DAE/internet, ICMS - agosto - substituição RICMS-MG/2002, Parte Geral, tributária - saídas de mercadorias artigo 85, XIX, § 20. indicadas nos artigos 12; 13; 16, I; 18, III; 47; 58, II, § 2º; 64, caput; ICMS - 24 a 31 de agosto - 111-A, I; 113, parágrafo único, do comunicação na modalidade de anexo XV do RICMS-MG/2002 telefonia e gerador, transmissor relativo ao imposto devido por ou distribuidor de energia elé- substituição tributária nas opetrica faturamento - operações ou rações internas. DAE/internet, prestações próprias do prestador RICMS-MG/2002, anexo XV, de serviço de comunicação na parte 1, artigo 46, III,” a” e “b”. modalidade telefonia, classificado nos códigos 6110-8/01 e ICMS - agosto - Declaração 6120-5/01 da Cnae, que apre- de Apuração e Informação do sente faturamento, por núcleo ICMS (Dapi 1) - contribuintes de inscrição, no mês anterior sujeitos à entrega: indústria do ao da ocorrência do fato gera- fumo; demais atacadistas que dor, superior a R$ 30.000.00,00, não possuam prazo específico em e do gerador, transmissor ou legislação; varejistas, inclusive distribuidor de energia elétrica hipermercados, supermercados e que apresente faturamento, no lojas de departamento; prestador mês anterior ao da ocorrência de serviço de transporte, exceto do fato gerador, superior a R$ aéreo; empresas de táxi-aéreo e congêneres. Notas: 300.000.000,00. Notas: (1) Recolhimento até o dia 8 do (1) Os prazos para transmissão mês subsequente ao da ocorrência de documentos fiscais pela Interdo fato gerador, relativamente net são os mesmos atribuídos às às operações ou prestações rea- demais formas de entrega dos lizadas do dia 24 ao último dia documentos fiscais previstos no de cada mês. RICMS-MG/2002. (2) Na hipótese de não haver (2) Tendo em vista ser uma expediente bancário o recolhi- obrigação acessória eletrônica mento poderá ser efetuado no e a inexistência de prazo para primeiro dia útil após, nos termos prorrogação quando a entrega do artigo 91 da Parte Geral do cair em dia não útil, manteremos o RICMS-MG/2002. DAE/internet, prazo original de entrega (RICMSRICMS-MG/2002, Parte Geral, -MG/2002, anexo V, parte 1, artigo artigo 85, XXI, § 23. 162). Internet, RICMS-MG/2002, anexo V, Parte 1, artigo 152, caput, ICMS - 24 a 31 de agosto - § 1º, III. fabricante de refino de petróleo - operações próprias do estabeleICMS - agosto - substituição tricimento fabricante de produtos do butária - o distribuidor hospitalar refino de petróleo e de suas bases, situado no Estado é responsável, classificado no código 1921-7/00 na condição de sujeito passivo da Cnae. Notas: por substituição, pela retenção e (1) Recolhimento até o dia 8 do pelo recolhimento do ICMS demês subsequente ao da ocorrência vido nas operações subseqüentes do fato gerador, relativamente às com as mercadorias elencadas operações realizadas do dia 24 ao no capítulo 13 (medicamentos) último dia de cada mês. da parte 2 do anexo XV. Nota: O (2) Na hipótese de não haver recolhimento será efetuado no expediente bancário o recolhi- dia 9 do mês subsequente ao da mento poderá ser efetuado no saída da mercadoria, na hipótese primeiro dia útil após, nos termos do art. 59-B da Parte 1 do Anexo do artigo 91 da Parte Geral do XV do RICMS-MG/2002. DAE/ RICMS-MG/2002. DAE/internet, internet, RICMS-MG/2002, anexo RICMS-MG/2002, Parte Geral, XV, parte 1, artigos 46, III, “c” e art. 85, XX, § § 21 e 22. 59-B.





Indicadores Econรดmicos In๏ฌ aรงรฃo

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Out.

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Abril

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Junho

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Taxas de cรขmbio

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05

04

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3DUD FDOFXODU R YDORU D SDJDU DSOLTXH D DOtTXRWD H HP VHJXLGD D SDUFHOD D GHGX]LU

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Competรชncia do Depรณsito Crรฉdito 3% * 6% 0DLR -XOKR -XQKR $JRVWR 7D[D TXH GHYHUi VHU XVDGD SDUD DWXDOL]DU R VDOGR GR )*76 QR VLVWHPD GH )ROKD GH 3DJDPHQWR Fonte: &DL[D (FRQ{PLFD )HGHUDO

Seguros

TBF

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Fonte: )HQDVHJ

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Agenda Federal Comprovante de Juros sobre o Capital Prรณprio โ PJ - FornecimenWR j EHQHยฟFLiULD SHVVRD MXUtGLFD GR &RPSURYDQWH GH 3DJDPHQWR RX &UpGLWR GH -XURV VREUH R &DSLWDO 3UySULR QR PrV GH DJRVWR DUW ย ,, GD ,QVWUXomR 1RUPDWLYD 65) Qย )RUPXOiULR ,3, 3DJDPHQWR GR ,3, DSXUDGR QR PrV GH DJRVWR LQFLGHQWH VREUH SURGXWRV FODVVLยฟFDGRV QR FyGLJR GD 7,3, FLJDUURV TXH FRQWHQKDP WDEDFR &yG 'DUI 'DUI &RPXP YLDV

Previdรชncia Social (INSS) GPS - EnYLR DR VLQGLFDWR (QYLR DR VLQGLFDWR UHSUHVHQWDWLYR GD FDWHJRULD SURยฟVVLRQDO PDLV QXPHURVD HQWUH RV HPSUHJDGRV GD FySLD GD *XLD GD 3UHYLGrQFLD 6RFLDO *36 UHODWLYD j FRPSHWrQFLD DJRVWR +DYHQGR UHFROKLPHQWR GH FRQWULEXLo}HV HP PDLV GH XPD *36 HQFDPLQKDU FySLDV GH WRGDV DV JXLDV 1RWD 6H D GDWD OLPLWH SDUD D UHPHVVD IRU OHJDOPHQWH FRQVLGHUDGD IHULDGR D HPSUHVD GHYHUi DQWHFLSDU R HQYLR GD JXLD /HPEUDU TXH SDUD DV HPSUHVDV TXH Mi SDVVDUDP D VXEVWLWXLU D *),3 SHOD '&7):HE SDUD HIHLWRV SUHYLGHQFLiULRV R UHFROKLPHQWR GDV FRQWULEXLo}HV SUHYLGHQFLiULDV SDVVRX D VHU HIHWXDGR SRU PHLR GR '$5) HPLWLGR SHOR SUySULR DSOLFDWLYR *36 FySLD

Dia 13

Aluguรฉis )DWRU GH FRUUHomR DQXDO residencial e comercial IPCA (IBGE) -XOKR IGP-DI (FGV) -XOKR IGP-M (FGV) -XOKR

Dia 10

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BELO HORIZONTE, SÁBADO, 7, A SEGUNDA-FEIRA, 9 DE SETEMBRO DE 2019

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DC MAIS dcmais@diariodocomercio.com.br

Programa da Unesco Ouro Preto se transformará em um importante palco de discussões e debates sobre a educação. A partir da próxima quarta-feira e até sexta-feira, ocorre o Encontro Nacional do Programa de Escolas Associadas da Unesco. As 800 vagas disponíveis para inscrição foram esgotadas, o que obrigou a organização a abrir uma nova sala com transmissão simultânea. A coordenadora internacional da Rede PEA-Unesco, Sabine Detzel, vai falar sobre a agenda global da educação 2030 e o papel das escolas associadas. Outro palestrante é o filósofo, historiador e psicólogo Daniel Munduruku, escritor pertencente à etnia indígena mundurucu e doutor em educação pela USP. Entre as atrações culturais, estão confirmadas as participações da Orquestra Ouro Preto, Grupo Sarandeiros e Clube da Esquina (com Murilo Antunes, Telo Borges, Bárbara Barcellos e Flávio Venturini).

Inclusão de gênero A Exposibram 2019 trará para o debate um tema essencial na atualidade, a equidade de gênero. O painel “Políticas de inclusão de gênero na mineração”, que será realizado na próxima terça-feira (10) contará com a presença da diretora financeira da Anglo American, Ana Sanches, que falará sobre as experiências da empresa neste campo. A companhia vem discutindo gênero globalmente por meio de seu programa Everyone e em junho deste ano foi aceita como signatária dos Princípios de Empoderamento das Mulheres, da ONU. Além disso, A meta da Anglo American é ter 33% dos cargos de liderança ocupados por mulheres até 2023, mais que o dobro do atual índice de 15,6%.

EVENTOS

Sistema Ocemg inaugura centro de treinamento O Sistema Ocemg inaugurou na última terça-feira, em Belo Horizonte, o Centro de Treinamento do Cooperativismo Mineiro, um espaço dedicado à capacitação e formação profissional. O espaço conta com salas de aula e administrativas, além de auditório e área de convivência, distribuídos por 1.437 m2 de área construída, e tem capacidade de receber até 300 participantes simultaneamente. A cerimônia reuniu autoridades do Estado e do setor, entre eles o governador Romeu Zema e as secretárias de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Ana Maria Valentini, e de Desenvolvimento Social, Elizabeth Jucá. Na oportunidade, Zema congratulou o cooperativismo e ressaltou sua relevância para o desenvolvimento de Minas. “O Centro de Treinamento possui uma estrutura que está dentro do que há de mais moderno em termos de tecnologia para a educação. Com certeza, virão muitos frutos deste trabalho”, disse. Segundo o governador, o segmento é parte importante para a retomada da economia do Estado por sua contribuição em diversos ramos. O Brasil possui mais de seis mil cooperativas, distribuídas em todos os

estados brasileiros, com maior concentração nas regiões Sul e Sudeste. Deste número, apenas Minas, conta com cerca de 12%, reunindo 771 cooperativas registradas no Sistema Ocemg. Ressalta-se o grande potencial econômico do setor. O cooperativismo participa de 9% do PIB mineiro, agregando mais de um milhão de cooperados e 43,4 mil empregados, responsável por uma movimentação econômica de R$ 53,6 bilhões. “Sempre primamos pela educação e a inauguração deste espaço é a concretização de um sonho”, ressaltou o presidente da organização, Ronaldo Scucato, durante a solenidade. “Não esperamos que seja apenas um centro de treinamento, mas de conhecimento e de cultura, com foco na disseminação do cooperativismo”, completou. O superintendente do Sistema OCB, Renato Nóbile, afirmou que a Unidade Nacional vê com admiração e respeito a conquista do cooperativismo mineiro. E frisou que “a materialização deste centro valoriza o trabalho do Sistema S”. O vice-presidente do Sistema Ocemg, Luiz Gonzaga Viana Lage, disse que as expectativas com esse novo empreendimento são grandes, e ele acredita que a

capacitação é a solução para a maioria das questões do cooperativismo. De acordo com a gerente de capacitação da organização, Andréa Sayar, a intenção do novo espaço é “oferecer uma estrutura de treinamento compatível com o que o público espera, em termos de modernidade, tecnologia, criando um ambiente favorável para a aprendizagem. E também para os instrutores, que seja um espaço com recursos adequados para que possam ofertar a educação de alto nível, algo que temos conseguido alcançar até o momento”. Para os dirigentes cooperativistas, trata-se de uma grande oportunidade de desenvolvimento do setor. “O Centro de Treinamento vai fazer crescer o cooperativismo, por meio de uma melhor formação dos líderes e de um novo modelo educacional que visa um crescimento exponencial das nossas cooperativas”, confirmou o presidente da Unimed BH, Samuel Flam. “Será um espaço em que todos nós, cooperativistas, poderemos trazer nossas experiências e levar conhecimento para as cooperativas”, concordou o presidente do Sicoob Coopemata, de Cataguases, César Mattos FOTOS: GENILTON ELIAS

Centro cultural A Cemig iniciará na próxima semana as obras de modernização do andar térreo do Edifício Júlio Soares, sede da companhia desde a sua inauguração em 1985. Localizado no bairro Santo Agostinho, em Belo Horizonte, a área será revitalizada para receber um amplo espaço artístico e transformar-se em um espaço mais eficiente e agradável para empregados e população. O destaque do projeto será a criação de um centro cultural, a partir da ampliação da atual galeria de arte. Segundo o head de comunicação da Cemig, Marco Antônio Lage, o local estará apto a receber grandes exposições, eventos artísticos e gastronômicos, feiras temáticas e outras modalidades de manifestações culturais.

Pronunciamento do governador Romeu Zema

Pronunciamento do superintendente OCB Renato Nobile

Ex-presidente da Faemg, Gilman Viana; superintendente do Sebrae, Afonso Maria Rocha; presidente do Sistema Ocemg/ Sescoop, Ronaldo Scucato; superintendente do Ocemg, Alexandre Gatti Lages; e presidente da Fiemg, Flávio Roscoe

Presidente do Sistema Ocemg, Ronaldo Scucato, e o governador Romeu Zema

Ilustração e literatura Considerada uma das mais relevantes artistas plásticas de Minas Gerais, Yara Tupynambá é a convidada da Academia Mineira de Letras para apresentar a palestra “Ilustração e Literatura, artes que se complementam”. A conferência será realizada na próxima terça-feira (10), às 19h30, com entrada gratuita. Entre os assuntos abordados, Yara Tupynambá destaca a criação de ilustrações reafirmando as palavras do escritor, a importância da ilustração desde a antiguidade, o uso das iluminuras e a possibilidade de reprodução gráfica e a ampliação de sua divulgação por meio de xilogravura. :A Academia Mineira de Letras fica na rua da Bahia, 1.466, Lourdes.

“Letra em cena” Romancista, poeta, memorialista, dramaturgo, argumentista, roteirista de cinema e pintor mineiro, da cidade de Curvelo, Lúcio Cardoso (1912 – 1968) é o focalizado da sessão de setembro do programa literário do Minas Tênis Clube, “Letra em cena. Como ler”, da próxima terça-feira, às 19h, no Café do Centro Cultural Minas Tênis Clube. Sob o olhar do professor da faculdade de Letras da UFMG Jacyntho Lins Brandão, as letras do Lúcio, que é considerado por especialistas expoente da literatura intimista e introspectiva no Brasil, será decifrada. A sua obra mais importante é “Crônica da Casa Assassinada”, de 1959, é um dos livros mais cultuados da literatura brasileira, tendo sido traduzido para o francês, italiano e inglês. O evento acontece no Café do Centro Cultural Minas Tênis Clube (rua da Bahia 2.244, Lourdes).

CULTURA Música Concerto – A Filarmônica de Minas Gerais realiza concerto gratuito e ao ar livre na Praça da Savassi. É a primeira vez que a orquestra se apresenta no local. Sob a direção do regente associado Marcos Arakaki, o público ouvirá um repertório variado que

tem os ritmos da marcha e da valsa, músicas que povoam a nossa memória, composições inspiradas em histórias reais ou imaginárias, a música que se ouve no cinema. O Brasil estará presente com os ritmos e melodias que nos falam da nossa origem como povo, da força da cultura brasileira e da diversidade que nos une. Quando: 8 de BRUNA BRANDAO setembro (11h) Quanto: entrada gratuita Onde: Praça da Savassi Teatro Dostoiévski – Baseado em Nastácia Filíppovna - heroína do clássico “O Idiota”, de Fiódor Dostoiévski - o

espetáculo “Nastácia” une o teatro a outras linguagens artísticas, como instalação de Ronaldo Fraga e videoarte de Cao Guimarães para contar a história de uma das mais instigantes personagens femininas da literatura universal. A direção é de Miwa Yanagizawa e no elenco estão Chico Pelúcio, Flávia Pyramo e Odilon Esteves. Quando: até 9 de setembro, de sexta a segunda-feira, às 19 horas. Quanto: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meiaentrada); clientes Banco do Brasil têm 50% de desconto nos ingressos Onde: CCBB Belo Horizonte (Praça da Liberdade, 450, Funcionários) www.facebook.com/DiariodoComercio www.twitter.com/diario_comercio dcmais@diariodocomercio.com.br Telefone: (31) 3469-2067


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