DIÁRIO DOS CAMPOS Caderno Especial Junho | 2017
Agricultura: uma indústria a céu aberto
Preparar o solo, escolher a melhor semente, investir em tecnologia e, sobretudo, acreditar que a chuva virá no momento certo. Assim é a agricultura, chamada pelos produtores de indústria a céu aberto. Nesta safra, 2016/2017, os Campos Gerais deverão colher mais de 7,4 milhões de toneladas, entre soja, milho, feijão e trigo. Volume que sem dúvida anima, mas preocupa diante do desafio chamado mercado. Neste momento, que se inicia o plantio das culturas de inverno, os agricultores dividem a atenção com o Plano Safra 2017/2018 que chega com crédito rural reduzido e juro de 8,5% ao ano.
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Caderno Especial
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Produtividade
Região colhe a maior safra de soja dos últimos tempos Maior colheita havia sido no período 2012/13, quando os produtores colheram 1,95 milhão/t
O
resultado obtido nas lavouras de soja dos Campos Gerais na safra 2016/17 não poderia se diferente do nacional, marcado por recorde. A região colheu 2,09 milhões de toneladas, o maior volume dos últimos anos, perdendo apenas para o período 2012/13, quando saíram das propriedades rurais 1,95 milhão de toneladas. Já em relação à safra 2015/16 a atual é 6,89% maior. Os números são do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab). Apesar do incremento na produção, a área plantada regionalmente (18 municípios) foi reduzida, passando de 557.200 hectares na última safra para 536.865 nesta, redução de 36,59%. O que explica o acréscimo na produção é a produtividade, a maior dos últimos dez anos. Se na safra 2007/08 a média foi de 3.476 quilos por hectare, agora a rentabilidade é de 3.894 quilos
Wilson Oliveira Diretor Presidente
por hectare, 28,26% superior. Na comparação da safra atual com a de 2015/16 o incremento chega a 14,05%. O economista do Deral em Ponta Grossa, Luís Alberto Vantroba, comenta que engenheiros agrônomos, com 20 anos de atividade, estão admirados com tamanha produtividade. Para o economista, três fatores explicam a boa colheita: pesquisa, tecnologia e condições climáticas. Em relação às chuvas ele observa que elas ocorreram “na hora certa”. Enumera as novas tecnologias empregadas no campo junto ao correto manejo do solo, a condução das lavouras e a assistência técnica. “Nossa região se preocupa com o solo, que é à base de tudo. Se não cuidar, a produtividade começa cair”, alerta. Em termos de pesquisa ele comenta sobre o bom trabalho que vem sendo feito, culminando com o lançamento de novas sementes.
Ana Virginia Valêncio de Oliveira Diretora Geral
Marcos Silva Gerente de Conteúdo
Luciana R. Brick Edição
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Comercialização atinge 50% da produção
Cuidados com o solo e uso de tecnologia vêm garantindo a produtividade
Produto de consumo internacional, a soja vem sendo comercializada a passos lentos. “Não por causa da grande produção, mas do preço”, explica o economista do Deral, Luís Alberto Vantroba. Ele comenta que os produtores que fizeram venda antecipada conseguiram preços melhores. No final de maio, o preço de balcão girava em torno de R$ 62 a saca de 60 quilos. Cerca de 50% da safra está comercializada. Vantroba calcula que em anos anteriores, neste mesmo período, entre 60% e 70% da produção estava vendida. O que não faltou foi problema com armazenagem. “Os produtores tiveram que correr atrás. Prudentópolis procurou espaço nos armazéns de Ponta Grossa, algumas cooperativas conciliaram devido ao grande volume, mas ainda deu para contornar a situação. Nos últimos anos, o Banco do Brasil ofereceu financiamento para construção de silos e várias propriedades ampliaram ou construíram”, lembra. O produtor, Lourenço Zapotoczny, comemora o resultado que obteve com a soja. “Choveu na época certa”, fala. Ele optou por vender metade da produção e aguardar para ver o que acontecerá com a cotação. “Vendemos para pagar as contas”, diz. A safra restante está armazenada em uma cooperativa, que será vendida no momento em que ele se preparar para a próxima safra.
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IndĂşstrias de Ponta Grossa embarcaram 1,05 milhĂŁo kg no primeiro quadrimestre As indĂşstrias de Ponta Grossa embarcaram 1,05 milhĂŁo de quilos de soja no primeiro quadrimestre de 2017, o que corresponde a uma exportação de US$ 400 milhĂľes. Foram embarcados nĂŁo apenas grĂŁos, mas resĂduos sĂłlidos provenientes da extração do Ăłleo e o prĂłprio Ăłleo. Segundo o delegado da Receita Federal em Ponta Grossa, Gustavo Horn, “hoje a soja e derivados representa quase que 80% das nossas
exportaçþes totais do anoâ€?, observa. De acordo com o presidente do Sindicato Rural de Ponta Grossa e do NĂşcleo Sindical Rural dos Campos Gerais, Gustavo Ribas Netto, dois fatores explicam o volume exportado com soja neste ano: armazenagem e supersafra. O presidente observa que a falta de locais para armazenamento ĂŠ um problema constante. “A capacidade de armazenagem no Brasil ĂŠ infe-
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rior à produção. A capacidade eståtica precisa ser maior. Fizemos a maior safra da história, mas isto impacta na necessidade de armazenagem�, comenta Ribas.
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JĂĄ a safra recorde, segundo o presidente, chegou com margem pequena ou negativa para o produtor, que estĂĄ tendo que embarcar a soja porque o navio jĂĄ estĂĄ contratado.
Plano Plano
Safra Safra 2017/2018 2017/2018 2017/2018
Juntos, Juntos, Juntos, desenvolvemos desenvolvemos desenvolvemos a a sua produção. produção. a sua sua produção.
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Produtores se preparam para maior safrinha dos Ăşltimos 10 anos Ă rea destinada ao milho de segunda safra ĂŠ a segunda maior desde 2007/08
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safrinha virou safrĂŁoâ€?. A observação ĂŠ do economista, LuĂs Alberto Vantroba, do Departamento de Economia Rural (Deral) do nĂşcleo regional da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), sobre a segunda safra de milho (2016/17) com produção estimada em 182.700 toneladas na regiĂŁo. Na safra 2007/08 a produção era de apenas 87.050 toneladas. Caso a previsĂŁo de colheita se confirme ela serĂĄ 109,87% maior que a de 2007/08 e 165,28% superior a de 2015/16. Vantroba explica que a safrinha tem a preferĂŞncia dos produtores de municĂpios como Tibagi, Arapoti, Ventania, SengĂŠs e Arapoti, onde o risco de geada ĂŠ menor. Por outro lado, ele observa que o investimento em tecnologia vem influenciando nos resultados obtidos. A produtividade tambĂŠm ĂŠ a maior dos Ăşltimos dez anos. Se em 2007/08 a mĂŠdia nas propriedades rurais era de 3.461 quilos por hectare, nesta safra deverĂĄ chegar a 7 mil quilos por hectares, mais que o dobro da registrada no passado. Apesar de o preço do milho nĂŁo estar nada convidativo, a ĂĄrea destinada ao cultivo nesta safra ĂŠ 91,91% maior que a de 2015/16. O cereal estĂĄ ocupando 26.100 hectares contra 13.600 hectares na passada. É a segunda maior ĂĄrea desde 2007/08, perdendo apenas para o plantio de 2010/11. Mas se o mercado estĂĄ ‘ruim’ o que explica o incremento na ĂĄrea? No inĂcio do plantio
(entre janeiro e fevereiro), os produtores negociaram a saca de 60 quilos por R$ 50, hoje o valor estĂĄ oscilando na casa dos R$ 21. A colheita deverĂĄ se iniciar neste mĂŞs de junho e fica a incerteza se o milho safrinha continuarĂĄ crescendo em ĂĄrea plantada.
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Primeira safra
Produtividade alcança 10 mil quilos por hectare
Colheita da safrinha acontece em junho
A produtividade nas lavouras de milho (primeira safra) dos Campos Gerais chegou a 10.603 quilos por hectares na safra 2016/17. Na passada, a média foi de 8.840 quilos por hectare. Com a excelente produtividade – fruto do investimento em semente e tecnologia, aliado às condições climáticas favoráveis em todo o período – a produção atual soma 1,05 milhão de toneladas, 66,27% a mais que a obtida na última safra (633.165 toneladas). Nesta safra, os agricultores destinaram uma área maior ao milho, já que no período do plantio os preços estavam favoráveis, com isto o cereal ocupou 99.290 hectares contra 74.845 na anterior. Os números são do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab). No Paraná, entre a primeira e segunda safra de milho se estima uma colheita de 18,4 milhões de toneladas do grão. É justamente este aumento na oferta que está derrubando os preços no mercado e esta queda dificulta uma previsão para o próximo plantio da primeira safra, que deverá ocorrer após a colheita do trigo.
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Segunda safra
Produção de feijão Ê 10 mil/t maior que a passada
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uem apostou no feijĂŁo estĂĄ colhendo e bem! A segunda safra (2016/17) rendeu 10 mil toneladas a mais que a 2015/16, quando os produtores colheram em torno de 94.572 toneladas. Agora sĂŁo 104.187 toneladas, com uma produtividade mĂŠdia de 2.085 quilos por hectare. A primeira safra jĂĄ havia sido superior, com colheita de 91.718 toneladas contra 75.064 toneladas (2015/16), com rentabilidade mĂŠdia de 1.916 quilos por hectare. O produtor, Lourenço Zapotoczny, plantou feijĂŁo apenas de primeira safra. “Sempre tem o problema de geada em maio e geralmente acontece de perder com a segunda safraâ€?, conta. Ele conta que colheu uma mĂŠdia de 137 sacas por alqueire. “Este ano foi uma das melhores produtividadesâ€?, comemora. Lourenço conseguiu vender a saca por R$ 110. “Foi muito bom o preçoâ€?, diz. Mas se ambas as safras foram maiores, o que explica o elevado preço aos consumidores? Segundo o economista do Departamento de Economia Rural (Deral) do nĂşcleo regional da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), LuĂs Alberto Vantroba, trĂŞs argumentos tĂŞm sido utilizado. “A chuva que atrapalha a colheita, sĂł o ParanĂĄ estĂĄ colhendo nesta ĂŠpoca, entĂŁo todos os compradores se concentram aqui, e a geada no Sudoeste em abril, principal regiĂŁo produtora no Estadoâ€?, explica. Quanto ao mercado, para ele, neste momento o que existe ĂŠ especulação. “Uns dizem que vai se sustentar, outros que vai cairâ€?, observa. Ele lembra que o preço de balcĂŁo do feijĂŁo carioca chegou a R$ 270 a saca de 60 quilos. Em janeiro, na Ăşltima safra atĂŠ entĂŁo, se comercializou a R$ 140.
“Depois o preço foi subindoâ€?, relata. O preto que estava em R$ 110 agora chega a R$ 140 a saca. Esta safra “surpreendeu, quase ninguĂŠm acreditava muito. A nossa ĂĄrea diminuiu um pouco, mas no ParanĂĄ aumentouâ€?, afirma. No Estado a primeira safra foi 24% maior que no ano passado, com uma colheita de 364.687 toneladas. JĂĄ a segunda teve um aumento de 18% na ĂĄrea plantada, passando de 204.037 hectares para 241.079 hectares, o que deverĂĄ resultar em mais de 445 mil toneladas, volume 50% maior que a anterior. Para o economista do Deral, MethĂłdio Groxco, apesar da queda nos preços para os produtores, os valores ainda estĂŁo acima do mĂnimo do grĂŁo. Ele lembra que o ParanĂĄ ĂŠ o Ăşnico fornecedor nacional de feijĂŁo de cor, o que ajudou a manter os preços nos Ăşltimos 15 dias. Com o inĂcio da colheita em SĂŁo Paulo e Minas Gerais os valores deverĂŁo cair.
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Produtores apostaram na safra de feijĂŁo neste ano
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Produtividade mÊdia alcançada nas duas safras Ê superior as obtidas no ano passado
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Redução
Ponta Grossa då largada ao plantio de trigo Com cotação nada atrativa, produtores optaram por reduzir a årea destinada à principal cultura de inverno
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Estimativa do custo de produção do trigo Mês/ano: Fevereiro de 2017 Produtividade: 48 sacas por hectare (60 kg/hectare) R$/ R$/ Especificação ha 60kg Operação de måquinas e implementos 306,49 6,39 Despesas de manutenção de benfeitorias 24,28 0,51 Mão de obra temporåria 43,11 0,90 Sementes/Manivas 234,00 4,88 Fertilizantes 533,00 11,10 Agrotóxicos 455,49 9,49 Despesas gerais 31,93 0,67 Transporte externo 81,12 1,69 Assistência tÊcnica 32,57 0,68 Proagro/Seguro 47,89 1,00 Juros 58,79 1,22 Total dos custos variåveis 1.848,67 38,53
* Considerando custos fixos e operacionais o total sobe para R$ 3.108,64, o que resulta em R$ 64,79 o custo da saca de 60 quilos.
Participação (%) 9,86 0,78 1,39 7,53 17,15 14,65 1,03 2,61 1,05 1,54 1,89 59,47
Fonte Seab/Deral
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nquanto municĂpios como Tibagi, Ventania, Arapoti e SengĂŠs iniciaram o plantio do trigo na segunda quinzena de maio, Ponta Grossa e cidades mais prĂłximas estĂŁo começando agora, em junho. Mas as expectativas em relação ao mercado da principal cultura de inverno nĂŁo sĂŁo muito animadores. Com o preço em declĂnio, os produtores decidiram rever a ĂĄrea plantada A produtividade e esta revisĂŁo foi para mĂŠdia prevista baixo. A primeira estimanas lavouras ĂŠ tiva do Departamento de 3.500 quilos de Economia por hectare Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab) aponta para 130 mil hectares na regiĂŁo (18 municĂpios), 44.900 hectares a menos que o destinado na safra 2015/16. Por outro lado, a produtividade mĂŠdia prevista nas lavouras ĂŠ de 3.500 quilos por hectare, 480 quilos acima da obtida na safra anterior, que foi de 3.020 quilos por hectare.
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Principais Componentes do Custo de Produção )HUWLOL]DQWHV
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Mas a boa rentabilidade não será suficiente para se atingir uma produção superior em 2017. A previsão não passa de 455.000 toneladas. Se houver esta confirmação, a queda na safra será de 13,57%. O produtor, Douglas Taques Fonseca, já está plantando em Tibagi e iniciando em Ponta Grossa e confirma que haverá redução na área. “O plantio vai diminuir bastante porque o preço não está bom”, explica. Neste momento, ele observa que não há sinalização de melhora, no entanto Douglas acreditar que deixar de planta não é a melhor saída. “Se não plantar trigo, terá que fazer cobertura verde como aveia para depois fazer o plantio direto, então o trigo ainda é opção e pode ser que até a próxima colheita muita coisa mude. Se o dólar voltar ao que estava tempos atrás, aí já começa a compensar de novo. A agricultura é assim, tem que jogar sempre, é sempre incerteza, tem que correr o risco. É uma indústria a céu aberto”, diz. Para o economista do Deral, Luís Alberto Vantroba, o que frustrou os produtores nesta safra foi realmente a comercialização passada, marcada por preços nada atrativos. O economista lembra que quem optou pela cevada conseguiu cerca de R$ 32 pela saca, já quem continuou no trigo observe em torno de R$ 30 a saca (cerca de 18% abaixo do custo de produção). Ele acredita que deverá permanecer na principal cultura de inverno aqueles que têm uma boa produtividade e tecnologia para isto.
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Estado estima produção 9% maior O Paraná tem uma expectativa de produção, se o clima no inverno for normal, de 3,1 milhões de toneladas, volume 9% inferior ao colhido no ano passado. Muitos produtores que desistiram de plantar o trigo migraram para a cultura do milho e aveia para evitar prejuízos, analisa o engenheiro agrônomo do Deral, Carlos Hugo Godinho.
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Agronegócio responde por 65% dos contratos no BRDE Meta é atingir R$ 1 bilhão em operações no Paraná. Em 2016 foram contratados R$ 618,4 milhões
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nquanto muitos setores da economia nacional vêm tentando das mais diversas maneiras atravessar o difícil cenário econômico, o agronegócio vem puxando o mercado. E para ajudar os produtores a plantar e, sobretudo, investir em suas lavouras, as instituições financeiras desempenham papel importante. Em 2016, o Banco Regional de Desenvolvimento Econômico (BRDE) registrou a contratação de R$ 618,4 milhões através do agronegócio paranaense. Foram 1.556 operações de crédito, sendo que R$ 36,7 milhões em 66 contratos foram destinados a projetos nos Campos Gerais. Confira a entrevista com o superintendente da Agência Paraná do BRDE, Paulo Cesar Starke.
DIÁRIO – Como são os valores emprestados nas últimas safras? PAULO - No ano de 2016 foram contratados para investimentos do agronegócio. Nas safras de 2012 a 2015, com os juros significativamente baixos, os produtores renovaram seus parques de máquinas e executaram os investimentos necessários para os próximos anos. Dessa forma, nas safras de 2015 a 2017 observou-se uma leve queda nos investimentos, apesar do bom momento do setor. DIÁRIO - Qual a previsão de liberação para a próxima safra? PAULO - Em 2017 a nossa meta é realizar R$ 1 bilhão em operações, sendo que historicamente 65% do valor contratado são destinados ao Agronegócio.
Paulo Starke: “há quase 30 anos o BRDE investe e muito na parceria com cooperativas de crédito”
a linha ABC. Sempre a necessidade é o carro chefe. Secundariamente, condições diferenciadas das linhas quanto a custo e prazo definem qual produto alocar para um investimento. As linhas de crédito mais procuradas nos últimos cinco anos foram: Prodecoop, para investimentos de cooperativas; Inovagro e Moderagro, principalmente para investimentos em avicultura, suinocultura e na cadeia do leite; PCA, para armazenagem; e ABC, para investimentos em florestas e projetos de integração lavourapecuária-floresta.
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DIÁRO - O BRDE consegue chegar até os pequenos produtores rurais? PAULO - Há quase 30 anos o BRDE investe e muito na parceria com cooperativas de crédito e cooperativas de É o valor em operações produção. Elas nos permitem que o BRDE quer no ter capilaridade e oportunizar Paraná em 2017 DIÁRIO - Quais linhas aos produtores de pequeno para o setor rural são as porte alternativas de crédito a mais procuradas na região? longo prazo para investimenPAULO - Na prática, as linhas mais procu- tos. É uma parceria de sucesso. Mais recenteradas o são sempre em função da necessidade mente expandimos este processo de colaboração de investimentos. Este é o principal motivo da recíproca também para empresas integradoras e demanda. Por exemplo, se hoje se anuncia fornecedoras de máquinas e equipamentos. Hoje a instalação de um novo frigorífico de carne há vários meios de o produtor acessar o BRDE. suína, aumenta a demanda por Moderagro para E também pode contar com nosso atendimento instalação de granjas. Se o produtor possui uma direto através do e-mail: brdepr@brde.com.br, área propícia para plantio de florestas, buscará site: www.brde.com.br ou telefone (41)3219-8150.
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Instituições atendem produtores no custeio da safra
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m 2016, a cooperativa Sicredi Campos Gerais liberou R$ 312 milhões em operações de custeio agrícola e pecuário, volume que vem crescendo nos últimos cinco anos. “Crescemos em média 35% ao ano” revela o diretor executivo, Márcio Zwierewicz. Segundo ele, a cooperativa está estrutura em relação a patrimônio líquido e liquidez “para crescer mais 30% em 2017 e fechar o ano com R$ 400 milhões liberados. Para tanto dependemos de um Plano Safra do Governo Federal sem surpresas negativas”, diz. Em termos de diferenciais, Márcio explica que como as taxas no crédito rural são as mesmas em todas as instituições financeiras, o Sicredi atua fortemente com atendimento e com a não exigência de títulos de capitalização. Além disto, “Nós esperamos ele observa que a participação que a nova do associado nos resultados da crise política cooperativa, diante do que o cooperado movimenta e opera, eclodida no fim também é um atrativo. de maio não E diante de uma safra de traga influencias grãos recorde, Márcio está otimista. “Nós esperamos que a negativas ao nova crise política eclodida no Plano Safra” fim de maio não traga influencias negativas ao Plano Safra, pois todos somos sabedores que o agronegócio é o que ainda equilibra o País”, salienta. Já a superintendência Estadual de Varejo e Governo liberou para os produtores dos Campos Gerais, na última safra, aproximadamente R$ 919 milhões (posição em 19 de maio último). Até o momento foram 9.029 contratos. Os números seguem numa crescente, na faixa de 11%. A superintendência observa que nos municípios dos Campos Gerais o BB abrange 80,77% do crédito rural.
Márcio: Sicredi atua fortemente no atendimento ao cooperado
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Caixa quer dobrar volume em negócios
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Superintendência da Caixa Econômica nos Campos Gerais contratou mais de R$ 375 milhões em operações de crédito Rural no ano de 2016. A expectativa é dobrar o valor neste ano. Segundo o superintendente regional da Caixa, Adriano Resende, como a Caixa tem linhas de custeio, investimento e comercialização que atendem médios e grandes produtores, “nosso ticket médio de liberação por operação é em torno de R$ 250 mil”, conta. A Caixa vem progressivamente aumentando sua participação no mercado de crédito rural. “Nossos grandes diferenciais aos produtores são a disponibilidade de recursos obrigatórios, sem a necessidade de mix de taxas; a liberação do recurso do custeio diretamente na conta corrente do produtor e a possibilidade de dispensa do seguro agrícola para a região (para operações da Safra de Verão, acima de R$ 300 mil); Ele cita ainda a ausência de cobrança de taxa flat nas ope“A Caixa vem rações de investimento e a posse preparando sibilidade de convênio com as para ampliar cooperativas clientes da Caixa para contratação de operações a carteira de customizadas. “E o mais imporcrédito rural na tante o atendimento e operacionalização tempestivos nas conregião” tratações. As operações de custeio agrícola de até R$ 500 mil têm sua análise técnica realizada de forma on-line, quando da apresentação do plano simples nas agências”, afirma. Para o superintendente, “a região é referência em gestão profissional das propriedades agrícolas, produtividade de grãos e alto nível tecnológico adotado no campo em todo o Brasil. Aqui nasceu o Plantio Direto”, avalia. Plano “A Caixa vem se preparando para ampliar a carteira de crédito rural na região, e atender as necessidades dos clientes ao longo de todo o ciclo produtivo, desde o plantio até a colheita. Estamos investindo também em tecnologia, de forma a atender nossos clientes e parceiros do Agronegócio de forma cada vez mais rápida e interativa”, fala.
Adriano: “a região é referência em gestão profissional das propriedades agrícolas”
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Recorde
IBGE refaz estimativa e chega à safra ainda maior
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instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revisou em maio a sua estimativa de safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas. A previsão para este ano é uma produção 29,2% maior que a de 2016, portanto com expectativa de atingir 238,6 milhões de toneladas (184,7 milhões na passada). Se os números se confirmarem, será a maior safra da história. O levantamento aponta que a área total a ser colhida alcançará 60,9 milhões de hectares, incremento de 6,7% diante da área colhida em 2016 (57,1 milhões de hectares). Entre os três principais produtos de destaque estão a soja, o milho e o arroz, que juntos representam 93,7% da estimativa de produção e por 87,95% da área cultivada. De acordo com o IBGE, a área de soja aumentou 2,1% em relação à anterior, enquanto a de milho 17,2% e a de arroz, 3,0%. O Mato Grosso continua ocupando o primeiro lugar nacional na produção de grãos (25% de participação), seguido pelo Paraná (18,3%) e Rio Grande do Sul (14,6%). Somados, estes três estados respondem por 57,9% do total estimado para 2017. O Paraná deve colher entre R$ entre 40 milhões e 42 milhões de toneladas de grãos, se as condições de clima se mantiverem normais durante o inverno também.
Safra de grãos
nacional Soja
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113,9 milhões de toneladas
Milho
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93,9 milhões de toneladas
Feijão
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1,39 milhão
de toneladas
Trigo
Conab A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), 5,2 milhões que também faz o acompanhamento da safra, destaca a de toneladas produção recorde de soja, com crescimento de 18,4% em comparação ao período anterior, devendo chegar a 113,9 milhões de toneladas. Já a safra de milho deve se aproximar de 93,8 milhões de toneladas, 39,5% maior que a 2015/2016. O feijão voltou a atrair os produtos e a expectativa é de uma colheita 33,5% maior. Só na primeira safra estavam previstos mais de 1,39 milhão de toneladas. Neste momento, os produtores estão de olho no trigo, principal cultura de inverno. Em todo País, se estima uma queda de 8,8% na área, que deverá passar de 2,1 milhões de hectares para 1,93 milhão de hectares. A produção deverá chegar a 5,2 milhões de toneladas.
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Caderno Especial
DIĂ RIO DOS CAMPOS
Safra
Produtores terĂŁo R$ 190,2 bi para custeio e comercialização Plano AgrĂcola e PecuĂĄrio traz juro mais baixo a partir de julho. Do total de recurso, R$ 116,2 bi tĂŞm taxas fixadas pelo Governo
O
'FDIF VN OFHĂ˜DJP RVF WBJ NVMUJQMJDBS TFVT MVDSPT
inĂcio de junho foi marcado pelo anĂşncio do Governo Federal envolvendo o agronegĂłcio. O Plano AgrĂcola e PecuĂĄrio, para a safra 2017/2018, trouxe R$ 190 bilhĂľes em crĂŠdito, R$ 5 bilhĂľes a mais que o passado e juro 1% menor. Do total anunciado, R$ 150,2 bilhĂľes serĂŁo direcionados para custeio e comercialização. Deste total, R$ 116,2 bilhĂľes com juros e taxas fixados pelo Governo. Outros R$ 34 bilhĂľes chegarĂŁo ao mercado, a partir de julho, com juros livres, atravĂŠs de negociaçþes entre instituiçþes financeiras e os produtores. “O setor agrĂcola colocou mais de 13% no PIB deste trimestreâ€?, disse o ministro da Agricultura, PecuĂĄria e do Abastecimento (Mapa) Blairo Maggi, É o limite de ao anunciar o Plano ao lado do presifinanciamento de dente, Michel Temer. custeio por produtor, Os juros sofreram redução de um por ano-agrĂcola ponto percentual ao ano nos chamados programas prioritĂĄrios, voltados Ă armazenagem e Ă inovação tecnolĂłgica na agricultura – ligados ao Programa para Construção e Ampliação de ArmazĂŠns (PCA), e ao Programa de Incentivo Ă Inovação TecnolĂłgica na Produção AgropecuĂĄria (Inovagro), respectivamente. A taxa cobrada nesses dois programas ĂŠ a mesma: 6,5% ao ano. Os juros cobrados para o custeio caĂram de 8,5% e 9,5% ao ano para 7,5% e 8,5%.
R$ 3
milhĂľes
DIÁRIO DOS CAMPOS
Caderno Especial
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Anúncio foi feito por Michel Temer e pelo ministro da Agricultura, Blairo Maggi
R$ 550
milhões
É o valor disponível pelo Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR), em 2018. Outros R$ 1,4 bilhão serão para apoio à comercialização.
Inovagro Voltado ao financiamento de equipamentos da agricultura de precisão, o Inovagro terá R$ 1,26 bilhão em recursos, com limite de R$ 1,1 milhão por produtor.
Armazenagem
Moderfrota
Para o Programa de Com uma produção estimada em 232 milhões de toneladas de grãos, Moderni-zação da Frota de aumento de 24,3% em relação à safra 2016/2017, o novo Plano Safra Tratores Agrícolas e Implementos disponibiliza R$ 1,6 bilhão em recursos para investimento em armazenagem. Associados e Colheitadeiras (Moderfrota) foram destinados R$ 9,2 bilhões em recursos. O Plano prevê que para a compra de máquinas e implementos agrícolas haverá um limite de 90% do O Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) valor financiado, com prazo de pagamento de sete anos. terá R$ 21,7 bilhões em recursos a uma taxa de juros de 7,5% ao ano. Médios produtores rurais terão R$ 18 bilhões à disposição para custeio e R$ 3,7 bilhões em investimentos.
Pronamp
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Caderno Especial
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Cenário
Paraná é exemplo a ser seguido pelo Brasil, diz ministro Blairo Maggi esteve em Castro, no começo de junho, onde falou sobre a importância do agronegócio para o País
“O
Paraná é um dos principais Estados da Federação na produção agrícola e consegue transformar isto em leite, aves, suínos, bovinos. O Paraná é um belo exemplo para ser seguido pelo resto do Brasil”. Esta é a avaliação do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Blairo Maggi, que esteve em Castro no último dia 1° de junho. Ele participou do V Fórum Mais Milho, evento realizado pela Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), Associação dos Produtores de Soja e Milho do Mato Grosso (Aprosoja-MT), Associação dos Produtores de Sementes do Mato Grosso (Aprosmat). Nesta safra de verão, o Paraná está colhendo 24,5 milhões de toneladas de grãos, porém a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab) projeta uma safra total, considerando as três cultivadas no Estado durante um ano, entre 40 milhões e 42 milhões de toneladas de grãos, se as condições de clima se mantiverem normais durante o inverno também. Em Castro, o ministro falou sobre a importância do agronegócio na economia brasileira, que registrou crescimento de 1% no Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre, resultado puxado pelo PIB Agropecuário que aumentou 13,4% no mesmo período. Ele faltou também dos problemas de estocagem da safra (recorde nacional), mas dos avanços que houve ao longo dos últimos 40 anos em infraestrutura. Confira.
Impulso para o agronegócio O agronegócio sempre é a parte da economia que mais tem crescido nos últimos anos e o crescimento de 13,4% é basicamente a recuperação daquilo que perdemos no ano passado; são mais de 30 milhões de toneladas de grãos que deixaram de existir em 2016 por problemas de frustração de clima. A agricultura impulsiona a economia porque tem um volume maior de produção até mesmo com preços menores que no ano passado. Se tivéssemos mantidos os mesmos preços do mercado internacional do ano passado com a produção que nós temos, talvez tivéssemos crescido em torno de 17%.
Debate sobre mercado de milho trouxe Blairo Maggi a Castro
Safra X armazenagem Safra recorde é um problema bom. A gente tem problemas de estocagem, mas nos últimos anos os produtores têm se antecipado um pouco na comercialização do milho. Hoje, considerando que está organizado para exportação e para o consumo interno que vai acontecer, nós temos equacionado em torno de 70% da safra brasileira deste ano, o restante vai ter que se trabalhar agora, ampliar as exportações, tem estoque de passagem para fazer, enfim produzir bastante tem estes problemas, cai preço, não tem muito onde colocar; e a produção não melhorou só no Brasil, a Argentina e os Estados Unidos também colheram uma safra boa e isto deprimiu os preços e o produtor vai ter que conviver com isto.
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Participação do PR no PIB
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Plano Safra
O Paraná é um dos principais Estados da Federação na produção agrícola e consegue transformar isto em leite, aves, suínos, bovinos. O Paraná é um belo exemplo para ser seguido pelo resto do Brasil.
Nós tivemos que reduzir os anos de pagamento; alguns programas que eram 15 anos para pagar baixaram para 12 anos para poder ter espaço de baixar os juros. A aprovação da lei do teto, onde a gente não pode gastar mais do que produz, deu ao Governo um Todos nós sempre reclamamos que queremos mais e isto está absolutamente correto. Agora orçamento e tudo tem que estar dentro, portanto se formos fazer retrospecto dos últimos 40 anos, o Brasil cresceu muito na área de produção e a agricultura é um setor que também foi afetado cresceu bastante em infraestrutura; ferrovias que não existiam hoje já trafegam, hidrovias foram e por isto nós não conseguimos avançar. Esperamos implementadas, rodovias melhoradas e isto não pára e nós queremos mais. Quanto mais rodovias, que para o ano que vem a economia brasileira volte a estradas e ferrovias melhor será a competitividade. O Brasil já melhorou bastante e o Governo crescer e se a economia cresce, abre espaço para a gente tem um novo programa de concessão e esperamos que a iniciativa privada compre esta ideia e poder avançar. Penso que este é um ano um pouco difícil a ideia do Governo é09/06/17 sempre dar aos investidores a garantia de que os contratos serão cumAnuncio_DiarioCampos.pdf 1 16:35 para a agricultura, os preços estão mais baixos, mas os produpridos, quer dizer um investidor deve saber como entrar no negócio, como ficar e lá na tores ainda irão chegar bem no ano que vem. frente se quiser sair ele sai com toda segurança da legislação brasileira.
Investimento em infraestrutura
INOVAÇÃO, PAIXÃO E AS MELHORES SOLUÇÕES DO PLANTIO À COLHEITA. Essa é a receita de sucesso que, há mais de 30 anos, une a tecnologia à simplicidade do campo.
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R$ 30 bilhões
R$ 30 bilhões
Agricultura familiar fica com crédito igual da safra anterior
É o crédito rural com taxas de juros entre 2,5% e 5,5% ao ano.
Juros mais baixos e garantia de preços para estímulo à produção de alimentos da mesa dos brasileiros.
Agricultores terão taxas de juros que variam de 2,5% a 5,5% ao ano
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ara a safra 2017/2018, a agricultura familiar poderá contar com crédito de R$ 30 bilhões. O valor é exatamente o mesmo anunciado em 2016, só que por outro Governo. O Plano Safra para este setor, anunciado pelo presidente Michel Temer, no último dia 31 de maio, passa a vigorar também sem alteração nas taxas de juros que vão de 2,5% a 5,5% ao ano. O novo plano chega com valor segurado de até R$ 10 bilhões. Está contemplada a garantia safra, voltada aos agricultores que tiverem perdas de safra devido à seca no sem-árido. Já os trabalhadores rurais sem terra foram incluídos no Plano Nacional de Crédito Fundiário (PNFC), que prevê
Programa de Garantia de Preços da Agricultura Familiar PGPAF Mais: cobertura para estimular a produção de alimentos.
pagamentos de até R$ 7,5 mil durante cinco anos, em processos menos burocráticos. Os recursos serão originários do Fundo das Terras e poderão ser utilizados ainda pelos que possuem pouca terra a financiar ou imóvel por meio de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater). Segundo o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, a agricultura familiar é responsável, segundo o ministro por 87% da mandioca produzida no país; 46% do milho; 34% do arroz; 70% do feijão; 16% da soja; e 62% dos hortifrutigranjeiros. “Além disso é responsável por 74% dos postos de trabalho no meio rural, 84% dos estabelecimentos agropecuários, 4 milhões de famílias, 13,6 milhões de pessoas, e 30% das exportações do setor”, destaca.
Seguro da Agricultura Familiar - SEAF
*2017/2018 - R$ 10 Bilhões segurados *Garantia de renda de até 80% da receita bruta esperada da lavoura *Cobertura de renda líquida de até R$ 40 mil para lavouras permanentes e olerícolas e R$ 22 mil para demais
de 2,5% taxa juros para:
Produção arroz, feijão, mandioca, leite, alho, tomate, cebola, batata, abacaxi, banana, açaí, laranja, olerícolas (produtos presentes na cesta básica e que compõem os índices de inflação); Produção de alimentos em sistemas de produção de base agroecológica ou orgânica; Investimentos em produção de energia renovável, irrigação, armazenagem e práticas sustentáveis de manejo do solo e da água.
Garantia-Safra
•Volume segurado 2016/2017: R$ 468 milhões •Agricultores atendidos 2016/2017: 844.079 •Municípios Atendidos: 1.096
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Cultivo
Região aposta na diversificação das lavouras
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s produtores estão cada vez mais procurando alternativas de plantio para as lavouras. A canola é uma delas. Na safra 2015/16 a ‘florzinha amarela’ ocupou 2.107 hectares, mas nesta (2016/17) foram 2.048 hectares. Mesmo com o recuo, a produção deve seguir maior e atingir 51.876 tone-ladas, acima da registrada no ano passado que foi de 45.568 toneladas. O que deve explicar esta diferença é a produtividade, prevista em 25.330 quilos por hectare (21.627 na passada). A colhei-ta deverá acontecer no segundo semestre, mas são as condições climáticas que deverão ditar o futuro da canola. A batata não é uma diversificação, mas a principal fonte de renda para muitos produtores. Na safra 2015/16 (primeira), a área destinada ao cultivo nos Campos Gerais foi de 3.156 hectares, enquanto na 2016/17 de 2.947 hectares. Apesar do recuo na área, a produção foi superior e alcançou 84.446 toneladas contra 81.967 tone-ladas na
Canola (foto), batata e tomate também garantem renda aos produtores
Tomate
safra passada. O que garantiu este resultado foi o rendimento, que Com o principal produtor em Reserva, o chegou a 28.655 quilos por hectare (25.972 na passada). tomate também registrou uma boa safra. Já na segunda safra a batata ocupou área de 2.048 hectares “O clima que se apresentou foi bom, por contra 2.107 hectares no período 2015/16. Foram colhidas Reserva ficar mais ao Norte o frio não é 51.876 toneladas (45.568 na safra 2015/16). A produtividade tão intenso”, observa. média foi de 25.330 quilos por hectare. Na região, a safra 2015/2016 (primeiApesar de não ter havido problema nesta safra, em ra) teve área plantada de 461 hectares, termos de condições climáticas, o preço na primeira enquanto na 2016/2017 de 428 hectares. safra foi ruim e nesta segunda a notícia não é nada Com investimento em tecnologia, a produtivianimadora. dade saltou de 59.575 quilos por hectare para O economista do Departamento de Economia Rural 67.395 quilos por hectare, o que culminou com (Deral) do núcleo regional da Secretaria de Estado uma produção na atual safra de 28.845 tonelada Agricultura e do Abastecimento (Seab) de Ponta das. Na passada foram 27.464 toneladas. Grossa, Luís Alberto Vantroba, lembra que a colheita Na segunda safra o cultivo atingiu área de 373 foi em excesso, com produtores de determinadas hectares (456 no período 2015/2016). A rentabiliregiões tendo que jogar a bata-ta. dade média foi de 59.051 quilos por hectare na safra Ele observa que a batata exige área nova 2016/2017 contra 57.377 no período anteri-or. A proconstantemente, o que leva o produtor ao dução deve ficar, no entanto, em 22.026 toneladas. arrenda-mento de áreas.
PARANA,
UM ESTADO NO CAMINHO CERTO.
PARA 55% DA POPULAÇÃO, ESTAMOS MELHOR QUE OUTROS ESTADOS
(Paraná Pesquisas)
MAIS
25.182 EMPREGOS CRIADOS EM 2017 (CAGED)
O 2º ESTADO MAIS COMPETITIVO DO BRASIL (The Economist Intelligence)
O Paraná é exemplo de competência e modelo para outros estados. *VT \TH NLZ[qV TVKLYUH mNPS L LÄJPLU[L UVZZV ,Z[HKV ZL KLZ[HJH e cresce em todas as áreas, gerando empregos, atraindo investimentos e melhorando a qualidade de vida dos paranaenses.