Ana Lehmann realça dinâmica empresarial da região
Presidente do IAPMEI sublinha "inovação" empresarial
Pedro Machado: “PME do distrito de Leiria são exemplares”
Páginas 10 a 13
Páginas 18 e 19
Ministro destaca a importância da qualificação
Conheça as PME Excelência e Líder do distrito e de Ourém
Entrevista P8 e 9
Página 6
Páginas 46 a 54
Este suplemento faz parte integrante da edição de hoje do
ESPECIAL PME 2017 EXCELÊNCIA E LÍDER
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ECONOMIA SÃO 180 AS EMPRESAS DO DISTRITO DE LEIRIA E DE OURÉM QUE OSTENTAM O GALARDÃO DE PME EXCELÊNCIA 2017, COM BASE NO UNIVERSO DAS PME LÍDER. A IMPORTÂNCIA DA QUALIFICAÇÃO DOS RECURSOS HUMANOS NO DESENVOLVIMENTO DAS EMPRESAS E DEMAIS SECTORES É O TEMA CENTRAL DESTE TRABALHO
DISTINÇÃO | 03 Especial PME Excelência e Líder
O estatuto Excelência
País aplaude mais PME Excelência e Leiria surge em destaque Análise Há cada vez mais empresas com o estatuto PME Excelência, atribuído pelo IAPMEI, e o distrito de Leiria é dos que tem mais empresas
O
País aplaude, este ano, 1.947 PME que, pela sua prestação, revelaram-se merecedores do 'selo' de excelência atribuído pelo IAPMEI - Agência para a Competitividade e Inovação. São as grandes cidades que mais se destacam pelo número elevado de empresas com este estatuto – Porto (415), Lisboa (369) e Braga (217) -, mas há outras, como é o caso de Leiria, também com boa prestação. No distrito, houve 167 PME Excelência, mais cinco do que em 2016, sendo o concelho de Leiria o que mais se destaca, com 57 empresas. Seguem-se, Ma-
rinha Grande (24), Pombal (23) e Alcobaça (18). Nazaré e Bombarral, ambos com três, e Alvaiázere, com apenas uma PME Excelência, são os concelhos com menor número de empresas distinguidas com o estatuto. Por sua vez, em Ourém houve 13 PME Excelência, o que coloca o concelho em destaque no distrito de Santarém. No panorama nacional, Portalegre, Beja e Bragança são os distritos com menor número de empresas com o 'título' atribuído pelo IAPMEI – Portalegre tem apenas cinco. A grande maioria das empresas que recebeu o estatuto em
Fevereiro, numa cerimónia realizada em Gondomar, é de pequena dimensão, apesar de 95 ser de micro dimensão. Quer isto dizer que 5% das empresas com estatuto, apesar do reduzido número de funcionários, cumpriram cumulativamente diversos critérios do IAPMEI, ligados ao crescimento do volume de negócios, à autonomia financeira e à rendibilidade líquida do capital próprio, entre outros. Na análise dos sectores, há que ter em atenção a indústria que representa cerca de 31% das empresas distinguidas. O comércio representa cerca de
26%, o turismo 20% e os serviços 12%. Tais percentagens reflectem a importância do sector secundário no País, ainda que seja claro que áreas como o turismo tenham cada vez mais relevância. Mas não foi só o número de PME Excelência que aumentou – em 2016 houve, no País, 1.786, e em 2017, 1.947 empresas. Também o volume de negócios registou uma subida de cerca de 15,3% entre 2015 e 2016, assim como o capital próprio (20,2%), o volume de exportações (20,7%) e a autonomia financeira (9%).
O estatuto PME Excelência é atribuído ao grupo das PME Líder que apresentem os melhores desempenhos, criando condições acrescidas de visibilidade para estas empresas de perfil superior. Lançado pelo IAPMEI Agência para a Competitividade e Inovação em 2008, no âmbito do Programa FINCRESCE, o estatuto PME Líder surgiu com o objectivo de "distinguir empresas com perfis de desempenho superiores, conferindo-lhes notoriedade e criandolhes condições optimizadas de financiamento para desenvolverem as suas estratégias de crescimento e de reforço da sua base competitiva", refere a agência. No que diz respeito a vantagens, ambos os estatutos apresentam-se como mais-valia, tanto na própria empresa como na envolvente ou até no alargamento da oferta de produtos e serviços financeiros. No primeiro caso, o 'selo' do IAPMEI têm implicações na sustentabilidade e desempenho económico da empresa, já que a agência, em parceria com várias entidades, disponibiliza produtos e serviços em condições favoráveis. Além disso, há que relevar a visibilidade que o IAPMEI, o Turismo de Portugal e os Bancos parceiros conferem, no que toca ao mérito no mercado de cada empresa. As PME Líder têm ainda acesso facilitado a soluções e ofertas de financiamento, como, por exemplo, nas linhas de crédito ou no acesso aos mercados de capitais.
04 | DISTINÇÃO Especial PME Excelência e Líder
PME Excelência da região aumentam volume de negócios e de exportações Análise Empresas com estatuto atribuído pelo IAPMEI são cada vez mais e dão mostras sobre
o porquê de serem consideradas de excelência
A
A variação entre os dados de 2015 para 2016 foi positiva ainda para o activo das empresas e para o EBITDA. De destacar o volume de exportações, que registou uma subida de 189 milhões e 290 mil euros para 213 milhões e 517 mil euros, o que representa um aumento de 14,6%, ainda que mais baixo que a média nacional (cerca de 20%). Quanto à autonomia financeira, o crescimento foi de 7% de um ano para outro. Das 167 empresas A maioria das do distrito distinguiPME Excelência das, 64 são da área do distrito de industrial, mas maiLeiria são de peoria dos sectores quena dimensão, integram lista acompanhando a tendência nacional, mas 12 das 167 empresas são de dimensão micro. A realidade é diferente no concelho de Ourém, onde a maioria das empresas são de pequena dimensão e as restantes de média dimensão. O volume de negócios das PME Excelência aumentou 28,2% de 2015 para 201, e o resultado líquindo 47,1%. O volume de exportações aumentou mais que a média nacional – de 12 para 16 milhões, o que representa aproximadamente 31%.
maioria das empresas com estatuto PME Excelência em Leiria pertence ao sector da indústria, acompanhando a tendência nacional. Das 167 empresas que foram distinguidas, 64 são da área industrial, mas a maioria dos sectores estão representados – mais de 41 empresas estão ligadas ao comércio, 25 ao turismo, 15 aos transportes, cinco à construção e imobiliário, 15 aos serviços e três ao sector agrícola. No concelho de Ourém, a realidade é ligeiramente diferente. Considerando o potencial turístico de Fátima, quatro das 13 PME Excelência são da área do turismo, igualando em número as empresas com o estatuto do sector industrial. Há também uma de comércio, uma de serviços, e uma de construção e imobiliário. Falemos de estatísticas. No distrito de Leiria, o volume de negócios das PME Excelência aumentou 13,9% entre 2015 e 2016, de cerca de 563 milhões de euros para 641 milhões de euros. Aumentaram também o resultado líquido, ou seja, o lucro que a empresa apresenta após serem deduzidos aos ganhos todos os gastos, em 34%, e o capital próprio, em 21,5%.
FICHA TÉCNICA | Director: Adriano Callé Lucas Directores-adjuntos: Miguel Callé Lucas, Arménio Travassos e João Luís Campos
MARÇO 2018
Coordenação editorial: Nuno Henriques Textos: Bruna Santos, Helena Amaro, José Roque, Mário Pinto e Sónia Perdigão Fotografia: Luís Filipe Coito, Arquivo e DR
Direcção Comercial: Teresa Veríssimo Coordenação Comercial: Joana Oliveira Vendas: Graça Santos, Ivone Branco, Isabel Figueiredo, Mário Carrola, Sandra
Mendonça, Telma Piedade e Vitor Pimenta Design Gráfico: Pedro Seiça Publicidade: André Antunes e Rui Semedo Impressão: FIG – Indústrias Gráficas
OPINIÃO | 05 Especial PME Excelência e Líder
A IMPORTÂNCIA DA ENVOLVENTE PARA A QUALIFICAÇÃO DAS PME
U
Ana Abrunhosa Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC)
ma das características do Portugal 2020/Centro 2020 é o grande dinamismo das empresas portuguesas, bem como de alguma capacidade de certas regiões em atrair investimento estrangeiro. Os números falam por si. No final de 2017, estavam executados, no Portugal 2020, 5.5 mil milhões de euros, a que corresponde uma taxa de execução de 21%, para a qual o domínio da competitividade e internacionalização dava um contributo de 27%. No caso do Centro 2020, a taxa de execução no final de 2017 era de 12%, sendo maioritariamente devida ao desempenho das empresas, 69%. Ou seja, dos 259 milhões de euros de fundos europeus executados, 178 milhões de euros eram da responsabilidade dos Sistemas de Incentivos. Este dinamismo das empresas, demonstrado pelo elevado investimento já aprovado com apoio de fundos europeus, e que também se sente na procura muito elevada nos avisos de concurso que encerraram no final de 2017, está contudo,
significativamente dependente do facto das empresas conseguirem, paralelamente à inovação tecnológica, fazer a inovação organizacional, que só se faz com qualificação da gestão, qualificação dos trabalhadores e com modelos de negócio mais adequados às tendências do mercado (global). Sendo o nosso tecido empresarial maioritariamente constituído por pequenas empresas, uma forma de ganharem dimensão e massa crítica é através da cooperação com outras empresas, com as Associações Empresariais ou com instituições do sistema científico e tecnológico (por exemplo, centros tecnológicos, instituições de ensino superior, incubadoras de empresas). Neste contexto, é muito importante que a envolvente às empresas seja facilitadora de difusão de conhecimento e inovação, seja mediadora nas parcerias, seja indutora de novas formas de criação de valor e de resolução dos problemas. A Região de Leiria é um exemplo de referência de como estas entidades traba-
lham de forma articulada entre si e com as empresas. É também um exemplo de como as empresas tomam a iniciativa na formação de novos trabalhadores e na formação contínua dos seus trabalhadores, em associação com outras empresas, com o Centimfe, com o Instituto Politécnico de Leiria e com a Nerlei. A Região de Leiria é também um excelente exemplo de como o Instituto Politécnico de Leiria coloca o seu conhecimento ao serviço da economia local, de um centro Tecnológico e de uma Associação empresarial que cumprem a sua missão de forma especialmente activa (fazem a rede com as empresas, inserem-se em redes internacionais, estimulam a inovação das empresas,...). E tudo isto em estreita articulação com os municípios e com a CIM da Região de Leiria, que não deixam de corresponder sempre que são solicitados. Este ecossistema de inovação é determinante para a qualificação das empresas locais, factor decisivo para a sua competitividade num mercado global muito competitivo.
06 | QUALIFICAÇÃO Especial PME Excelência e Líder
Ministro da Economia destaca a importância da qualificação nos sectores mais tradicionais Desenvolvimento A qualificação nos sectores mais tradicionais é um dos caminhos que o ministro da Economia,
Manuel Caldeira Cabral, entende que o País tem de percorrer nos próximos anos. Governante destaca o papel do Instituto Politécnico de Leiria na área da qualificação e da sua ligação ao sector empresarial
O
ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, salienta que alguns sectores da economia portuguesa “registaram um aumento de pessoas qualificadas nos últimos anos”, mas ainda estão muito longe de outros, que lidam há vários anos com tecnologia de ponta, nomeadamente os moldes e os plásticos. “Temos uma geração muito qualificada que não encaixa numa estrutura industrial feita para uma geração mais antiga, com imenso mérito, mas que não teve as mesmas oportunidades de estudar. Por isso, o desafio é integrar os jovens qualificados em sectores mais tradicionais”, afirmou o ministro da Economia durante a intervenção que fez no jantar/conferência ‘Competitividade: Condição para o Desenvolvimento Económico e Social’, realizada, em Fevereiro, na Nerlei - Associação Empresarial da Região de Leiria. Perante uma plateia constituída por empresários, autarcas e dirigentes associativos, Manuel Caldeia Cabral destacou a importância do Instituto Politécnico de Leiria (IPL) na área da qualificação e a sua ligação ao sector empresarial, considerando “um exemplo a copiar” por outras instituições de ensino superior, sublinhado nunca ter tido a ilusão de que as startup não são soluções para tudo, mas “são parte para a integração das pessoas mais jovens e empreendedoras no mercado de trabalho”. Referindo-se ainda ao IPL,
Ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, considera que “o desafio é integrar os jovens qualificados em sectores mais tradicionais”
Manuel Caldeira Cabral salientou que a instituição de ensino “distingue-se” dos outros institutos “pela relação que tem com as empresas”. “Não é o único, não é uma situação ímpar. Há, de facto, muito trabalho em muitas universidades e politécnicos pelo País com uma forte ligação às empresas, mas nem todas as instituições de ensino superior em Portugal assumiram essa ideia de uma forma tão transversal, como o Politécnico de Leiria. Nesse sentido, esteve à frente do seu tem-
po, está no caminho certo. Muitas vezes fala-se da importância das instituições de ensino superior nas cidades, nas regiões, como factor de desenvolvimento. Aqui fala-se e faz-se esse desenvolvimento”, destacou o governante. O outro desafio que o País tem pela frente, na óptica do ministro, da Economia, “é pegar no conhecimento, na capacidade científica e tecnológica existente nos institutos politécnicos e nas universidades e colocá-los ao serviço das em-
presas. Este não é um problema português, mas europeu, quando comparado com o dos EUA. É um problema por vencer. Ninguém tem uma solução, mas em Leiria ninguém esteve à espera da solução, o IPL soube fazer o seu caminho com as empresas”, sublinhou o governante. Para Manuel Caldeira Cabral, “o estímulo e a ponte entre instituições e empresas e escolas de negócio já está a ser feito”, e está a ser complementado através do “lançamento de vários
programas de apoio ligados à inovação, como forma de criar o conhecimento em valor” e que sirvam para acompanhar a digitalização e a Indústria 4.0”. Segundo o ministro da Economia, “o grande desafio” que se coloca ao Governo e à sociedade em geral é “saber integrar com êxito” no mercado de trabalho as pessoas qualificadas, como forma de “valorizar e tornar mais sofisticados” alguns sectores mais tradicionais ligados aos ramos alimentar, têxtil ou vestuário.
08 | INDÚSTRIA Especial PME Excelência e Líder
“PME Líder e PME Excelência devem afirmar-se como modelos e agentes mobilizadores” Entrevista Ana Lehmann, secretária de Estado da Indústria, realça o “valioso contributo” das empresas
e dos empresários do distrito de Leiria, assim como a dinâmica empreendedora da região para alavancar a economia portuguesa
Qual é a importância do estatuto de PME Líder e da distinção PME Excelência? Portugal implementou, há mais de 10 anos, o Programa designado por 'PME Líder', e desde 2009, atribui o Prémio 'PME Excelência'. O estatuto de PME Líder é atribuído anualmente a empresas com melhores perfis de risco com base em standards de desempenho objectivos. As PME Líder que apresentem os melhores desempenhos são anualmente distinguidas como o Prémio de PME Excelência. Neste ano foram ainda distinguidas as sete empresas PME Excelência 2017 com maiores níveis de intensidade e dina-
mismo nas exportações, na produtividade, na criação de valor, na criação de emprego, com maiores índices de crescimento e empresas Gazela, com maior longevidade e Melhor Turismo. O estatuto PME Líder e PME Excelência atribuído pelo IAPMEI e pelo Turismo de Portugal, em parceria com nove bancos, sinaliza o mérito das melhores PME nacionais, potenciando o desenvolvimento das suas actividades. O reforço da reputação e visibilidade da empresa facilita as suas relações com o mercado. O reconhecimento é um factor de diferenciação e uma garantia da solidez e idoneidade das empresas, contribuindo decisiva-
Ana Lehmann sublinha a importância do reconhecimento das empresas
mente para um maior e melhor acesso das empresas ao financiamento de que necessitam, por exemplo, para investimentos de adaptação à Indústria 4.0, programa-chave da Sistema de Estacionamento Inteligente (SEI) . Refira-se ainda o acesso, em condições especiais, a serviços como sejam a formação em alta direcção, a serviços externos de notação de risco, entre outros. Este tipo de reconhecimentos tem também uma grande importância no âmbito da motivação, da difusão de melhores práticas e da mobilização. As PME em geral poderão beneficiar dos efeitos demonstradores
INDÚSTRIA | 09 Especial PME Excelência e Líder
destas empresas, observar como se podem desenvolver e ter referências relativamente ao que é possível atingir. Ao obter este estatuto as empresas reconhecidas assumem também uma responsabilidade, a de serem exemplos para as demais. Sente que as empresas, designadamente as PME Excelência, já estão sensibilizadas para a necessidade de terem cada vez mais quadros qualificados, para que possam continuar na senda da competitividade, inovação e internacionalização? Sim, de outra forma não teriam atingido estes níveis de diferenciação. Também neste aspecto, as PME Líder e as PME Excelência devem afirmar-se como modelos e agentes mobilizadores. A digitalização e a Indústria 4.0 representam, mais do que um fenómeno tecnológico, um fenómeno humano, que requer recursos humanos qualificados e com formação adequada para responder às exigências das novas tecnologias e aos novos modelos organizacionais. O futuro do trabalho,
será mais criativo, digital, em colaboração com a tecnologia – exigindo uma aposta muito maior na formação e na requalificação dos nossos recursos humanos, do chão de fábrica à gestão, como se defendeu em Davos, e também na recente Conferência Ministerial da OCDE sobre PMEs, no México, onde tive oportunidade de representar Portugal. Urge dotar as pessoas das competências adequadas às exigências e é nesse sentido que estamos a trabalhar. Em consonância com esta prioridade fundamental para o desenvolvimento do País o Governo lançou o programa Incode2030, para apoiar este desígnio. As empresas e associações empresariais têm conseguido, nos últimos anos, fundos comunitários para se modernizarem e ganhar mais dimensão? Sim. Os fundos comunitários têm oferecido grandes oportunidades para a modernização das empresas, a vários níveis e em diversos âmbitos. Foram lançados apoios a projectos re-
Este tipo de reconhecimentos tem também uma grande importância no âmbito da motivação, da difusão de melhores práticas e da mobilização
Os fundos comunitários têm oferecido grandes oportunidades para a modernização das empresas, a vários níveis e em diversos âmbitos
lacionados com a inovação e qualificação do tecido produtivo, com o empreendedorismo qualificado e criativo, formação, assim como para associações empresariais e clusters, entre outros. Os apoios dirigem-se a todo o espectro de actividades, desde investimentos em equipamento físico moderno até projectos intangíveis e intensivos em conhecimento como os de I&D e inovação, passando pela formação de recursos humanos. Em 2017 e 2018 foram abertos avisos com dotação de mais de 700 milhões de euros, incluindo avisos com a inclusão de critérios Indústria 4.0. Para além destes apoios, Portugal tem vindo a desenvolver novos instrumentos de apoio ao financiamento das PME, trabalhando com o sistema financeiro, colocando no mercado instrumentos financeiros suportados em empréstimos e garantias, capital de risco e 'business angels'. Procura-se desta forma diversificar as fontes de financiamento e ultrapassar os constrangimentos no financiamento das PME nos seus esforços de modernização, capa-
citação, inovação, crescimento e internacionalização. Qual foi o desempenho das empresas do distrito de Leiria no contexto da atribuição do estatuto PME Líder e dos prémios PME Excelência? É por todos reconhecido que o distrito de Leiria se destaca pelo dinamismo e qualidade do seu tecido empresarial. Em 2017, contribuiu para oito por cento do total das 7199 Empresas Líder, e para 8,6 por cento das PME Excelência, afirmando-se como o quinto distrito com maior representação. Estas PME Líder e Excelência são verdadeiras aceleradoras de crescimento, com grande relevo para o distrito, em particular nos municípios onde estão instaladas. Realço o valioso contributo das empresas e dos empresários do distrito de Leiria, assim como a dinâmica empreendedora da região. Contamos com a região e com os seus empresários para implementar este desígnio da modernização da nossa indústria, sabendo inovar na tradição e afirmando a indústria do futuro.
10 | IAPMEI Especial PME Excelência e Líder
“Está confirmada a capacidade de resiliência das PME” IAPMEI Jorge Santos realça a “importância muito relevante” da PME Líder do distrito
de Leiria, considerando que representam “uma referência para o tecido empresarial”. Presidente do IAPMEI realça, também, os níveis de “desempenho e de solidez” das PME Líder e Excelência
Jorge Santos destaca o “papel fundamental que tem desempenhado a Nerlei na dinamização do tecido empresarial da região de Leiria”
L
eiria é o quinto distrito em número de PME Líder e PME Excelência, “sendo notório os níveis médios de desempenho e de solidez destas empresas, assim como a evolução registada no último ano”. Assim destaca o presidente do IAPMEI - Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas, sublinhando que “as PME Líder do distrito de Leiria,
assumem, como em outros distritos, importância muito relevante, pelo que representam, em termos económicos, mas também pelo seu exemplo, constituindo uma referência para o tecido empresarial”. “Está hoje confirmada a capacidade de resiliência das PME, que tendo passado por um período de crise financeira, mas também de importante trans-
formação a nível económica, souberam não só resistir, particularmente em alguns sectores, mas também enfrentar adversidades diversas, simultaneamente com a realização de esforços significativos na inovação de produtos e processos, na abordagem e conquista de novos mercado e novos clientes, num contexto de forte competitividade e con-
corrência a nível internacional”, adianta Jorge Santos. Para o responsável, “o crescimento da actividade empresarial, na geração de valor, na criação de postos de trabalho, no incremento das exportações, demonstram quão significativas foram as transformações e os resultados alcançados pelas empresas portuguesas e pelas PME em particular”.
Relevância do universo PME Líder é evidenciado pela sua dimensão” O presidente do IAPMEI sublinha que “as PME Líder são apenas uma pequena percentagem (cerca de 17%) das Pequenas e Médias Empresas (excluindo assim as microempresas), a nível nacional. Na realidade, as PME Líder, pelo seu desempenho e solidez financeira, são empresas que pela própria evolução demonstram estarem em melhores condições para prosseguir estratégias de crescimento e inovação, pela maior facilidade no acesso a recursos financeiros”. “É importante ter presente que os estatutos PME líder e PME Excelências, são atribuídos pelo IAPMEI em conjunto com o Turismo de Portugal (sector do Turismo) em parceria com os 11 principais bancos, com o Sistema de Garantia Mútua, pelo que estes disputados estatutos, conferem notoriedade e permitem o acesso em condições preferenciais a soluções de financiamento com melhores condições de prazo e custo”, frisa Jorge Santos. Ainda segundo o responsável, “a relevância do universo PME Líder é evidenciado pela sua dimensão, em número de empresas, volume de negócios, número de postos de trabalho, assim como pelos rácios de solidez e de desempenho, conforme se constata nos quadros seguintes. Também a evolução destas empresas, fica evidenciado, pelo forte incremento dos rácios no último ano”.
12 | IAPMEI Especial PME Excelência e Líder
“O crescimento da economia nos últimos dois anos, confirma que a fase de estagnação foi superada e que as empresas portuguesas, têm sabido actuar de forma inteligente e muito dinâmica nos mercados internacionais, são disso prova o crescimento das exportações, não só para a Europa, como para outros mercados”, destaca o responsável máximo do IAPMEI. Jorge Santos destaca, neste contexto, “o surgimento de novas actividades, mas também a capacidade de inovação revelada a par da reestruturação de empresas, em diversos sectores, que permitiu a regeneração da actividade e o incremento da capacidade competitiva”. O presidente do IAPMEI sublinha que “as PME, pela sua dinâmica e maior flexibilidade, mas também pelo seu peso na geração de valor e de emprego, assumem um papel muito relevante no surto de crescimento da economia, não podendo deixar-se de relevar o papel das empresas de maior dimensão, pelo peso directo nas exporta-
ções e na geração de valor e indirecto, através do impacto sobre empresas, envolvidas em ‘clusters’ e em cadeias de valor”. “Fundos comunitários são uma fonte de financiamento importante” No entendimento de Jorge Santos, “os fundos comunitários do Portugal 2020 são, seguramente, uma fonte de financiamento importante de apoio aos esforços de investimento, qualificação, inovação e internacionalização das empresas e os mesmos têm vindo a ser utilizados intensivamente, o que já se reflecte em alguns dos resultados alcançados pelas empresas”. “Pelo volume de número de projectos e dimensão dos incentivos concedidos apoiando a inovação, não temos dúvidas em afirmar que não estamos perante um ‘chavão’, mas sim perante uma realidade essencial para o desenvolvimento e competitividade, sendo que quando falamos em inovação, não nos limitamos aos produtos, mas também aos processos, mar-
Jorge Santos destaca “o surgimento de novas actividades, mas também a capacidade de novação revelada a par da reestruturação de empresas, em diversos sectores”
“Importantes são também as medidas de apoio fiscal à capitalização e ao financiamento das empresas, que foram já implementadas no âmbito do Programa Capitalizar”
keting, e inovação organizacional e de gestão”. O presidente do IAPMEI adianta que, naquela matéria, “importa, contudo, ter em conta, que a par dos Incentivos, e do importante poder de alavancagem do investimento produtivo, tem sido muito importante a oferta de soluções de financiamento com partilha pública de risco (crédito bancário com cobertura parcial de risco pelo estado, através do sistema de garantia mútua), e de fundos de capital de risco com financiamento público”. “Importantes são também as medidas de apoio fiscal à capitalização e ao financiamento das empresas, que foram já implementadas no âmbito do Programa Capitalizar” (estão no site do IAPMEI), adianta Jorge Santos. O responsável adianta ainda que “existe forte expectativa quanto à possibilidade de Portugal vir a contar com um novo quadro de apoio comunitário no pós 2020, sobre o qual se iniciaram já preparativos sobre estratégias a definir envolvendo os mais importantes actores
políticos. Mas todos estes desafios e expectativas para o crescimento da actividade das PME e da economia no seu todo, exigem uma atenção especial para a disponibilização de mãode-obra qualificada que constitui hoje uma das principais preocupações e potencial constrangimento, objectivo para o qual as empresas têm também de contribuir de forma activa, quer directamente quer através das suas associações”, sublinha Jorge Santos. “Neste aspecto, não posso deixar de salientar o papel fundamental que tem desempenhado a Nerlei [Associação Empresarial da Região de Leiria] na dinamização do tecido empresarial da região de Leiria, tendo o IAPMEI desenvolvido parcerias de sucesso, como é o caso do projecto Espaço Empresa, que partiu de um piloto instalado na Nerlei, e que vai ter agora uma implementação alargada a nível nacional, em cooperação com os municípios, num conceito adaptado, tirando partido dos resultados desse piloto”, conclui o presidente do IAPMEI.
IAPMEI | 13 Especial PME Excelência e Líder
Jorge Santos: “As PME assumem um papel muito relevante no surto de crescimento da economia”
14 | ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL Especial PME Excelência e Líder
Formação ao longo da vida deve ser intensificada para responder aos novos desafios Nerlei Formação ao longo da vida é uma das ideias-chave
defendidas pelo presidente da Nerlei como adaptação aos novos desafios, que considera que as empresas devem criar condições para essa valorização, sobretudo na era do 4.0 e da inteligência artificial
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stamos na era do 4.0 e da inteligência artificial, o que significa que estamos no meio de uma revolução que pode, muito provavelmente, alterar a forma como vivemos e nos relacionamos e, sobretudo, a forma como trabalhamos. Longe vão os tempos em que o trabalhador era o ‘homem dos mil ofícios’. Fazia um pouco de tudo na empresa onde la-
borava, mesmo sem a necessária qualificação. Hoje em dia, este cenário mudou, e o sucesso de uma empresa está relacionado, entre outros factores, com a qualificação dos recursos humanos. Quanto mais ‘ferramentas’ o colaborador tiver, maior o desempenho e eficácia de uma empresa. E, se tivermos em conta, que a era do 4.0 e da inteligência artificial traz novos desafios às empresas, mais pre-
mente se torna a necessidade de qualificação. Isto mesmo defende o presidente da Nerlei – Associação Empresarial da Região de Leiria, que considera a qualificação da mão-de-obra o “desafio para toda a sociedade”. “Já está a mudar, e vai mudar muito mais intensa e rapidamente nos próximos anos, a forma de fazer as coisas e também o que se faz. Vamos deixar
Era do 4.0 e da inteligência artificial pode alterar a forma como trabalhamos
ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL | 15 Especial PME Excelência e Líder
de fazer alguns trabalhos/tarefas, vão surgir outras que até aqui não existiam, há tarefas/trabalhos que vão passar a ser feitos por robots e com recurso a inteligência artificial. São muitas as mudanças e vão acontecer de forma mais rápida que em anteriores ‘revoluções’”, aponta Jorge Santos. A rapidez dos acontecimentos leva mesmo o presidente da Nerlei a considerar que “uma eficiente qualificação das pessoas é, hoje em dia, um dos factores que mais pode diferenciar uma empresa no mercado global”. “As empresas são construídas por pessoas e são estas que fazem a diferença, não só pelas suas qualificações em si, mas sobretudo por comportamentos que transformem essas mesmas qualificações em resultados para a organizações”, afirma Jorge Santos. No entanto, mais do que qualificar, o presidente da Nerlei defende um investimento das empresas no seu próprio quadro de pessoal. “As empresas deverão investir no desenvolvimento pessoal de todos os seus
Mão-de-obra qualificada é uma mais um passo para as empresas alcançarem a excelência
Jorge Santos: “Uma eficiente qualificação das pessoas é, hoje em dia, um dos factores que mais pode diferenciar uma empresa no mercado global”
colaboradores. Se não for ‘a prioridade’, pelo menos uma das prioridades, pois não sendo o único factor de sucesso é, seguramente, um dos factores necessários para o sucesso”, assegura. ILP atento às necessidades das empresas O contributo do Instituto Politécnico de Leiria no apoio à qualificação da mão-de-obra tem sido “fundamental” para
as empresas da região. Segundo o presidente da Nerlei, aquela instituição de ensino superior de Leiria “tem sabido construir uma grande proximidade ao tecido empresarial da região, perceber quais as suas necessidades, em termos de qualificações, e adaptar a sua oferta formativa a essas necessidades”. “Temos de intensificar a formação ao longo da vida, como forma de adaptação perma-
nente aos novos desafios. Além disso, as nossas empresas têm grande necessidade de técnicos intermédios qualificados, falha que se poderia colmatar com uma aposta de qualidade nos cursos técnicos/profissionais”, defende Jorge Santos. Segundo o presidente da Nerlei, a grande maioria das empresas “já percebeu” que qualificar o seu quadro pessoal tem as suas vantagens. “Aos poucos, todas vão percebendo, e vão tomando medidas no sentido de dotarem o seu quadro de pessoal dos recursos humanos com as competências que as especificidades de cada empresa exigem”, aponta aquele responsável pela Associação Empresarial da Região de Leiria, para quem o nível de qualificação das pessoas, “além de ser uma vantagem competitiva para as empresas, do ponto de vista da responsabilidade social é também uma obrigação”. “As empresas devem criar condições que facilitem aos colaboradores apostarem na sua valorização, tanto profissional como pessoal”, conclui.
16 | OPINIÃO Especial PME Excelência e Líder
UM PATRIMÓNIO DE CONHECIMENTO
N José Couto Presidente da Câmara de Comércio e Indústria do Centro (CEC)
ão há qualquer dúvida sobre a grandiosidade do desafio a que as empresas estarão sujeitas nos próximos anos, em especial as pequenas e médias empresas. Está claro que o que conta é a capacidade de ser competitivo, e de assim permanecer nos clientes e no mercado global o que determina fazer escolhas, investir em equipamentos e tecnologias, na organização, nos sistemas de informação e nas pessoas. O processo de digitalização da actividade económica, a indústria 4.0, traz um novo conjunto de pressupostos, que constroem um novo quadro de análise que será determinante para a formulação de futuras estratégias de negócio. É verdade que a quantidade de desafios é grande, destacando-se o processo de alteração de formas de fazer, tidas como inalteráveis até há pouco tempo atrás, a necessidade de desconstruir áreas de produção e de construir novos 'layouts' e processos de produção, a introdução de equipamentos e tecnologias que comuniquem entre si... Um conjunto de novas premissas condicionará a empresa do futuro. Teremos organizações um pouco diferentes do que temos hoje, onde serão especialmente valorizados os processos de inovação, onde os níveis de especialização superiores e o nível de competências serão determinantes. Os mercados serão, sem qualquer dúvida, globalizados e por essa via e pelos pactos de comércio entre conglomerados e por alteração, mesmo por desaparecimento, das barreiras que constringem o comércio internacional, o número de mercados diferenciados e distintos em termos de valores particulares serão muito reduzidos. A capacidade da empresa se integrar em redes e colaborar em
processos complementares que aumentem a sua capacidade de penetração e de resposta a novas regras concorrenciais, que provavelmente manterá como axioma fundamental a competitividade, será decisivo e incontornável – em redes à escala global as PME serão mais fortes para enfrentar a concorrência transnacional. A resposta às alterações vertiginosas da indústria 4.0 não está em manuais, mas é aceite que haverá alteração nos modelos de negócio e nos processos e na cadeia de valor, e há que considerar um desafio incomensurável ao nível dos recursos humanos. O desaparecimento de profissões e o aparecimento de outras, o reforço de competências e de processos de inovação, a capacidade de adaptar e reciclar profissões, determinará uma grande exigência às pessoas nas empresas. Portanto, as melhores empresas serão aquelas que vencerem a batalha da competitividade e se preparem em tempo para o futuro. Em suma, serão aquelas que valorizarem os recursos humanos. O ritmo de modificações e de respostas às combinações entre tecnologia, comunicação e consumo obrigará à antecipação das decisões e a promover alterações para as quais terá de haver competências instaladas. Os colaboradores das empresas poderão ficar rapidamente desabilitados para responder em tempo e em qualidade a processos de interoperabilidade ou às exigências da virtualização, entre outros. Assim, torna-se clara a importância do conhecimento, das competências reunidas na equipa e a definição de construção de perfis capazes de acolher as alterações produzidas por incorporação de novas tecnologias e da crescente digitalização da economia. A qualificação fará parte da resposta resi-
liente das empresas que terão de ter activo, em permanência, um processo de formação, de adição de competências que promovam um património de conhecimento que fará a diferença.
A resposta às alterações vertiginosas da indústria 4.0 não está em manuais, mas é aceite que haverá alteração nos modelos de negócio e nos processos e na cadeia de valor
As melhores empresas serão aquelas que vencerem a batalha da competitividade e se preparem em tempo para o futuro. Em suma, serão aquelas que valorizarem os recursos humanos
18 | TURISMO Especial PME Excelência e Líder
mais robustos.
“As PMEi do distritoi de Leiria sãoi exemplares”i
Pedro Machado diz que ostentar o selo PME Excelência ou PME Líder é, merecidamente, um prémio e um enorme motivo de orgulho para empresas
Entrevista Pedro Machado, presidente do Turismo Centro Portugal, destaca a importância
das Pequenas e Médias Empresas como o “grande motor da economia portuguesa”. Para o responsável, “as PME do distrito de Leiria são exemplares”
Qual a importância que o presidente do Turismo Centro Portugal (TCP) dá às PME Excelência e Líder? As Pequenas e Médias Empresas são, indubitavelmente, o grande motor da economia portuguesa. Esta é uma frase que, longe de estar batida, é cada vez mais verdadeira, numa altura em que a economia nacional atravessa uma fase de expansão. E se as PME são esse motor, nada mais justo do que reconhecer aquelas que, entre elas, são as melhores e apresentam os indicadores mais positivos. Ostentar o selo PME Excelência ou PME Líder é, me-
recidamente, um prémio e um enorme motivo de orgulho para empresas que implementaram medidas de gestão racionais e modernas e que se conseguem bater com as maiores. Sente que as empresas, designadamente as PME Excelência, já incutiram na sua gestão a necessidade de terem cada vez mais quadros qualificados, para que possam continuar na senda da competitividade, inovação e internacionalização? Essa é a realidade com que me deparo diariamente, entre empresas de turismo e não só. Um
dos denominadores comuns das PME Excelência é, de facto, a excelência dos seus recursos humanos. A aposta na formação, de base e contínua, é um dos factores por detrás dos bons resultados. Hoje em dia, é impensável gerir empresas apenas com base na intuição e na tradição. Estas são características sem dúvida importantes, mas que não chegam para singrar num mercado global e cada vez mais competitivo. Quem dispõe de quadros mais qualificados é quem consegue inovar mais facilmente, quem ousa chegar a mercados menos tradicionais e quem apresenta resultados
A aposta na formação, de base e contínua, é um dos factores por detrás dos bons resultados. Hoje em dia, é impensável gerir empresas apenas com base na intuição e na tradição
Em que aspectos as PME Excelência e Líder se distinguem das empresas da região de Leiria comparativamente ao resto do País? Considera que é uma realidade diferente dos restantes distritos? As PME do distrito de Leiria são exemplares. De facto, se analisarmos os dados de 2017, facilmente percebemos que Leiria é, a par de Aveiro, o distrito do Centro de Portugal com mais empresas distinguidas. Isto diz muito do dinamismo que é reconhecido a esta região e que é cada vez mais evidente. A região de Leiria é composta por concelhos extraordinariamente activos, também a nível do Turismo, pelo que não surpreendem estas distinções. De que forma é que as PME Excelência e Líder da região podem dar um contributo para o sector no que ao Turismo diz respeito? E a nível nacional? Podem dar, e dão, um contributo fundamental. Se analisarmos os dados relativos às PME Excelência, vemos que, em 2017, foram distinguidas 1.947 empresas nacionais. Destas, 393 são empresas da área do Turismo. O peso das empresas do Turismo subiu bastante no total nacional; em relação a 2016, cresceu 20,2 por cento no total de empresas distinguidas. Vemos também que 66 das empresas galardoadas na área do Turismo são da região Centro de Portugal – em 2016 eram 36. Mais: 25 destas 66 são do distrito de Leiria. Como se vê, o contributo desta região para o total nacional é muito significativo. O Turismo Centro Portugal sente que o número de PME tem aumentado nos vários sectores do turismo? Sim. É uma evidência que uma parcela muito importante dos méritos do crescimento do turismo é devida aos pequenos e médios empresários. Honra lhes
TURISMO | 19 Especial PME Excelência e Líder
seja feita. Desde aqueles que apostam nos restaurantes tradicionais e que oferecem os mais genuínos produtos da região, àqueles que se lançam em actividades de animação turística ou que desenvolvem espaços de turismo no espaço rural, entre outros empreendimentos, a importância dos PME está a aumentar a olhos vistos. Não só em quantidade, mas também na qualidade dos produtos turísticos que oferecem. Sente que os empresários têm colaborado o suficiente com o Governo e com o TCP para ajudar a alavancarem as regiões onde estão inseridas? Os empresários da região Centro de Portugal – e os de Leiria não fogem à regra – são os melhores parceiros possíveis do TCP na implementação de uma estratégia que está a render frutos. O Centro de Portugal tem alcançado resultados notáveis no crescimento da procura turística. Aliás, segundo os números recentemente divulgados pelo INE, o ano de 2017 foi o melhor de sempre
para a actividade turística no Centro de Portugal. Entre Janeiro e Dezembro, registaramse 5.654.683 dormidas no Centro de Portugal, o que representa um crescimento de 14,52 por cento em relação ao total de 2016. Refira-se ainda que, em 2017, as dormidas no País aumentaram em média 7,35 por cento, ou seja, metade do crescimento registado no Centro de Portugal. Esta procura reflecte-se, naturalmente, de forma muito positiva nas receitas. Em 2017, os proveitos totais da actividade turística no Centro de Portugal dispararam 19,4 por cento. Ora, nada disto seria possível sem o imprescindível esforço dos empresários. O Portugal 2020 é a derradeira oportunidade para as PME
Pedro Machado “O território do Centro de Portugal, neste cenário de exponencial aumento da procura, assume-se como destino privilegiado”
Excelência e associações comerciais se afirmarem definitivamente nos mercados? Não diria que é a derradeira oportunidade, mas é, sem dúvida uma oportunidade histórica que é dada às empresas e associações comerciais para se modernizarem e afirmarem definitivamente nos mercados. Não podemos esquecer que Portugal vai receber 25 mil milhões de euros até 2020. Este montante representa um enorme esforço da União Europeia, que o nosso País não se pode dar ao luxo de desperdiçar, de forma nenhuma. Candidaturas bem estruturadas, realistas mas ao mesmo tempo ambiciosas, estão ao alcance de muitos empresários, que não devem deixar fugir a possibilidade de poderem evoluir com a ajuda e so-
lidariedade europeia. Que visão tem o TCP para o sector do turismo no seu todo? O Turismo é a actividade do presente e do futuro. Todas as previsões indicam que vai haver cada vez mais pessoas a deslocar-se, em todo o mundo, apenas com o objectivo de conhecerem outros países, outros povos e outras culturas. Portugal não passa ao lado deste epifenómeno. Pelo contrário, está bem no centro do 'furacão'. O território do Centro de Portugal, neste cenário de exponencial aumento da procura, assumese como destino privilegiado. Os visitantes que nos procuram, cada vez de mais longe, dos EUA à China, chegam em busca de experiências diversificadas, de que o Centro de Portugal é um expoente importante: a Natureza, o património, a cultura, a gastronomia e os vinhos, o turismo de desporto e activo, o turismo de saúde e bem-estar. São experiências em que esta região se tem vindo a aprimorar e em que deve continuar aapostar no futuro.
20 | INDÚSTRIA DE MOLDES Especial PME Excelência e Líder
Cefamol: uma associação que melhora o sector incentivando a qualificação Moldes Numa indústria em que a senda do crescimento tem sido constante ao longo dos últimos anos,
a qualificação e a inovação, tanto ao nível de mão-de-obra como de técnicas, não é esquecida, e tornou-se uma aposta
A
indústria dos moldes portuguesa é um fenómeno nacional e além-fronteiras, sendo que, ao longo dos últimos anos, o seu desenvolvimento tem pautado um estatuto de referência na Europa e no mundo. E, se o sector dos moldes nacional deixa marca no estrangeiro, parte do seu 'brilhantismo' tem origem local, no distrito de Leiria. As empresas de moldes têm atingido patamares de excelência e, como o apoio e a coordenação são indispensáveis para o sucesso, a Cefamol - Associação Nacional da Indústria de Moldes, sediada na Marinha Grande, assume, nessa área, um papel preponderante.
Para a Cefamol, o principal desafio que se coloca às empresas de moldes nacionais passa pela sensibilização e atracção de jovens técnicos qualificados Nascida em 1969, a Cefamol preocupa-se em representar, de forma activa, os seus associados, consolidando a sua identidade e o seu espaço de intervenção. Na caminhada para o sucesso do sector, existem várias áreas que carecem de atenção, tais como a inovação e a qualificação de mãode-obra e equipamento. É a pensar no eixo da qualificação que a Cefamol organiza, regularmente, seminários, conferências, 'workshops' e encontros, que têm privilegiado o intercâmbio de ideias, experiências e conhecimentos entre
Cefamol Actividade com secretário-geral Manuel Oliveira e o presidente João Faustino
empresas e centros de saber, motivando, simultaneamente, a indústria a trabalhar em rede e a cooperar na partilha de recursos e na obtenção de resultados comuns. O êxito da qualificação no sec-
tor está ainda assente na aposta em ‘Inovação e Desenvolvimento’ (I&D), que, entre outras etapas, passa pela mudança, já aplicada, nos materiais plásticos utilizados, na engenharia, no desenvolvimento de produto,
maquinação de peças, compósitos ou a produção de componentes e sistemas integrados. Engenharia, design, concepção de produto, prototipagem ou a produção de peças e componentes são elementos que,
cada vez mais, passam e devem constar na oferta do sector dos moldes. Além do material e das técnicas em si, as pessoas que levam a indústria para a frente não podem ficar esquecidas. É nesse enquadramento que a Cefamol defende que a indústria deve caminhar em direcção à reafirmação junto de instituições de ensino, por forma a promover a atracção de jovens técnicos qualificados para o sector. Para a Cefamol, actualmente, o principal desafio que se coloca às empresas de moldes nacionais passa pela sensibilização e atracção de jovens técnicos qualificados para a indústria, de forma a manter a senda de crescimento registada ao longo dos últimos anos, reforçando a qualificação dos recursos humanos nas empresas. Para sensibilizar os jovens para o ramo, a Cefamol salienta a aposta junto das instituições de ensino secundário e superior, apresentando as oportunidades profissionais em estágios, desenvolvimento de projectos ou teses, visitas de estudos, entre outros que permitam a interacção entre empresas e centros de saber. A Cefamol promove ainda a formação de empresários, quadros e técnicos das empresas como um elemento fundamental na actividade, reforçando competências nas organizações e contribuindo para a competitividade internacional do sector e dissemina a mensagem através de artigos técnicos regularmente publicados na revista ‘O Molde’.
22 | OURÉM Especial PME Excelência e Líder
Domingos Neves, presidente da Aciso, frisa que 2017, aquando das comemorações do Centenário das Aparições, foi um ano "extraordinário para Fátima, para a região Centro e para o País"
OURÉM | 23 Especial PME Excelência e Líder
Aciso concentra atenções para ‘polir’ e exibir a ‘pérola’ de Ourém-Fátima Turismo Sector turístico do concelho de Ourém é um exemplo de sucesso no País, mas também
tem visibilidade internacional. Presidente da Associação Empresarial Ourém-Fátima sublinha que o ano de 2017 foi “extraordinário”
E
xiste sempre, em cada concelho, alguém ou alguma entidade, que tenta reforçar, perante os 'olhos do mundo', que a sua terra tem algo para dar, mostrar ou em que trabalhar. Em Ourém, uma das entidades que mais aperfeiçoa oferta local é a Aciso - Associação Empresarial Ourém-Fátima. A Aciso começou a ganhar vida a 19 de Março de 1943, data em que foi criado o Grémio do Comércio do Concelho de Vila Nova de Ourém, por desanexação do Grémio do Concelho de Tomar. Daí em diante, o trabalho da Aciso tem sido promover a oferta do concelho, trabalhando, da melhor forma, os atractivos de que está munido Ourém e aperfeiçoando todos os serviços nele disponíveis. Uma das pérolas do concelho, senão a mais brilhante de todas elas, é Fátima, a cidade de eleição do turismo religioso português. É precisamente no sector do turismo religioso que a Aciso tem feito uma grande aposta nos últimos anos. Domingos Neves, presidente da Aciso, lembrava recentemente, por ocasião dos VI Workshops Internacionais de Turismo Religioso, que o ano de 2017, aquando das comemorações do Centenário das Aparições, foi um ano "extraordinário para Fátima, para a região Centro e para o País". O Santuário de Fátima recebeu a visita de nove milhões de pessoas, "um número só comparável às visitas ao Vaticano", esclareceu Domingos Neves quanto ao balanço do ano passado. Com um volume tão grande de visitantes e com
Fátima no centro das atenções mundiais a qualidade da oferta é algo que não pode ser descurado. Assim, os Workshops Internacionais de Turismo Religiosos, que surgem com a colaboração da Aciso, vêm reforçar a qualificação dentro do sector turístico religioso, tendo promovido o "desenvolvimento de 4.800 reuniões" entre especialistas do sector. Até a própria sexta edição dos 'workshops' surgiu como um desenvolvimento para o sector, espelhando a complementaridade da oferta turística através de um parceria entre Ourém e a Guarda. Segundo o presidente da Aciso, o turismo religioso é, actualmente, reconhecido como "um activo fundamental para a promoção do País e em especial do território Interior". O novo desafio da Aciso, no que toca ao turismo religioso, é apostar na globalização. Para consolidar esta aposta, os Workshops de Turismo Religioso juntaram a presença de cerca de 700 pessoas, 150 operadores turísticos estrangeiros convidados (hosted buyers) e 150 'supliers', isto é, agentes de viagens, operadores turísticos, hoteleiros e empresários do sector, culminando na contabilização de 39 nacionalidades de 'olhos postos' no desenvolvimento do sector turístico religioso. "Fátima já está a ser promovida junto a operadores nos Estados Unidos e nas Filipinas", recordava Domingos Neves. De recordar também é a recente deslocação da Aciso às Filipinas, em meados de Fevereiro, que teve
em vista a promoção e desenvolvimento do sector na 3.ª edição da ITTE -International Travel Tra-
de Expo 2018, que decorreu no SMX Convention Center Manila. A participação da Aciso
foi acompanhada por 10 empresas associadas e serviu para exibir a oferta de turismo religioso em
Portugal, com uma apresentação do destino Fátima. Além da promoção internacional, o sector turístico do concelho de Ourém já tem dado cartas na excelência do seu serviço localmente, sendo que tanto o Hotel Aleluia, o Hotel Estrela de Fátima, a empresa Luís Augusto Fernando da Silva e também a empresa Pereira e Guerra, todas ligadas ao turismo, foram distinguidas, este ano, com o estatuto PME Excelência.
24 | ECONOMIA Especial PME Excelência e Líder
Exportações voltam a crescer em 2017 Balança comercial Depois de, em 2016, ter registado uma desaceleração, o sector das exportações voltou
a subir no ano passado, ultrapassando agora os 2.176 mil milhões de euros
S
ão boas notícias para a região. O volume de negócios no sector das exportações voltou a aumentar, e de forma significativa, depois de um ano em desaceleração. Este factor foi, de resto, registado a nível nacional, considerando mesmo a Associação Empresarial de Portugal, que demonstra o “esforço significativo” das empresas nas internacionalização e o “enorme reconhecimento” dos produtos nacionais no estrangeiro. Os dados, ainda que provisórios e preliminares, do Instituto Nacional de Estatística (INE), apontam para um aumento do volume de negócios no sector das exportações, praticamente, em todos os concelhos da região, incluindo Ourém.
As maiores ‘fatias’ do ‘bolo’ das exportações, em volume de negócios, continuam a dividir-se entre Leiria, Marinha Grande, Alcobaça e Pombal No total, a região registou cerca de 2.176 mil milhões de euros em exportações, um volume de negócios que contribuíram todos os concelhos, com excepção de Alvaiázere, Pedrógão Grande e Alcobaça. Os bens transaccionados aumentaram face a 2016, ano em que o sector registou pouco mais de dois mil milhões de euros. As maiores ‘fatias’ do ‘bolo’ das exportações continuam a dividir-se entre Leiria, Marinha Grande, Alcobaça e Pombal, com um volume de negócios entre Janeiro e Dezembro de 2017 de cerca de 610, 597, 253 e 180 milhões de euros, respectivamente.
Dados ainda são preliminares, mas INE revela que empresas da região voltaram a registar um aumento nas exportações Saída de bens em euros (Janeiro a Dezembro)
Concelhos
2016
Alcobaça Alvaiázere Ansião Batalha Bombarral C. Rainha C. Pera F. Vinhos Leiria M. Grande Nazaré Óbidos P. Grande Peniche Pombal Porto Mós Ourém
234.846,189 529,484 12.934,507 52.346,635 27.611,942 107.999,248 3.790,281 1.068,327 576.608,949 541.503,084 19.234,611 11.991,901 16,173,799 116.040,387 172.696,042 137.105,490 66.012,898
2017 253.417,683 370,816 17.279,780 54.114,388 37.291,572 114.951,896 3.818,544 1.086,194 610.298,652 597.140,235 21.554,837 12.541,165 9.720,711 116.834,424 180.988,706 145.455,176 72.866,174
Alvaiázere foi o concelho que menos produtos exportou, apresentando um volume de negócios até ao final do ano passado de cerca de 370 mil euros. Apenas três concelhos não aumentaram as suas exportações, fixando o volume de negócios neste sector em aproximadamente 370 mil em Alvaiázere, 9.7 milhões de euros em Pedrógão Grande, e 253 milhões de euros em Alcobaça. Foi na Marinha Grande que se verificou o maior ‘salto’ no volume de bens transacionados. De facto, no concelho ‘vidreiro’, o ano fechou com mais de 597 milhões de euros facturados ao nível das exportações quando,
em 2016, o valor tinha sido fixado em cerca de 541 milhões de euros. Também em Leiria, a diferença entre 2016 e 2017 no que às exportações diz respeito é significativa. Se, em 2016, o sector tinha encerrado o ano com um volume de negócios de cerca de 576 milhões de euros, em 2017, o número fixouse em mais de 610 milhões de euros. Do lado oposto, o concelho que mais perdeu volume de negócios foi Pedrógão Grande. Em 2016, tinha alcançado cerca de 16 milhões de euros em bens transacionados e, o ano passado terminou com mais de nove milhões de euros.
26 | ECONOMIA Especial PME Excelência e Líder
Região continua ‘dependente’ das importações
Números do INE também apontam para aumento das importações No quadro das importações,
os números do INE apontam igualmente para um aumento no volume de negócios. Em 2017, o número fixou-se em cerca de 1.669 mil milhões de euros quando, em 2016, tinha
fechado o ano com cerca de 1.480 mil milhões de euros em bens importados. Também neste caso, praticamente todos os concelhos da região registaram subidas na importação de bens. Para estes
números contribuiu também o concelho de Ourém, com excepção de Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos e Pedrógão Grande. Nesta tabela de subida de bens importados, lideram igualmente os concelhos de Leiria, Marinha Grande e Alcobaça, com cerca de 624, 272 e 1725 milhões de euros, respectivamente. Neste sector, foi Figueiró dos Vinhos o concelho que menos produtos importou, apresentando um volume de negócios até ao final do ano passado de cerca de 66 mil euros. Ao contrário, a grande maioria dos concelhos da região viram aumentar, de forma significativa, o seu volume de negócios nas importações. No caso de Leiria, por exemplo, os dados do INE revelam que no concelho do Lis, a balança comercial pendeu, em 2017, para o lado das importações. A estatística revela um volume de exportações no con-
celho do Lis de cerca de 610 milhões de euros em 2017. São mais cerca de 42 milhões de euros facturados em produtos face a igual período de 2016. Já o sector das importações ultrapassou, no ano passado, os 624 milhões de euros, mais
cerca de 56 milhões de euros em produtos importados em relação a 2016. Ainda assim, Leiria é o concelho que mais exporta, mas também aquele que mais sente necessidade de importar produtos.
Entrada de bens em euros (Janeiro a Dezembro)
Concelhos
2016
Alcobaça Alvaiázere Ansião Batalha Bombarral C. Rainha C. Pera F. Vinhos Leiria M. Grande Nazaré Óbidos P. Grande Peniche Pombal Porto Mós Ourém
159.246,320 2.481,796 22.487,061 74.953,407 11.043,377 107.573,096 1.319,489 82,010 568.642,191 234.531,590 20.065,307 25.032,918 2.546,840 83.248,418 119.614,283 47.722,708 82.638,336
2017 172.367,081 3.612,828 26.768,329 54.114,388 11.853,798 123.239,934 942,706 66,776 624.481,776 272.722,385 26.565,764 29.505,099 2.044,410 97.307,397 138.183,615 62.305,076 100.143,052
OPINIÃO | 27 Especial PME Excelência e Líder
UM UNIVERSO MUITO PRÓPRIO
A Nuno Mangas Presidente do Instituto Politécnico de Leiria
s PME são a realidade empresarial mais relevante do nosso país representando, de acordo com o portal PORDATA, uns expressivos 99,9% do total das nossas empresas. Poderíamos ainda acrescer o facto de muitas destas pequenas empresas terem ainda três outras caraterísticas: serem micro empresas, serem muitas vezes altamente especializadas e possuírem um cariz familiar. Isto faz com que sejam empresas com uma elevada capacidade de adaptação e até de renovação. As PME constituem, nesse sentido, um universo muito próprio. Sujeitas aos mesmos princípios de competitividade de todas as outras empresas, a sua pequena dimensão apresenta muitas vantagens, apresenta também determinadas dificuldades no que diz respeito à sua gestão. A competitividade, hoje, afere-se muito pelo potencial de inovação das empresas e pela sua capacidade para acrescentar valor aos seus produtos e serviços. Por seu turno, o potencial inovador depende muito da capacidade de atrair e reter recursos humanos qualificados. E é aqui que os benefícios da qualificação dos recursos humanos podem fazer a diferença. A excelência só se consegue alcançar através de um esforço constante de
melhoria. No caso das PME, também este aspeto levanta questões específicas. O número reduzido de pessoas que tem ao seu serviço pode representar uma dificuldade em termos de oportunidades de qualificação. A possibilidade de aceder a centros de formação, inovação e ciência de proximidade, como por exemplo, uma instituição de ensino superior, podem constituir um espaço de desenvolvimento em parceria fundamental para a sua sustentabilidade. Estas parcerias vêm possibilitar a qualificação dos recursos humanos, seja por via das formações mais convencionais, seja por via das chamadas “formações à medida”, ou seja, preparadas para responder a necessidades específicas de uma empresa. Mas vêm possibilitar ainda o acesso ao processo de inovação, através da investigação científica desenvolvida em parceria com a empresa. Este salto qualitativo só se torna possível com o estabelecimento de pontes de comunicação entre a empresa e o ensino superior e ciência, que são hoje fundamentais para promover o desenvolvimento do saber e a partilha de conhecimentos. O Politécnico de Leiria tem percorrido um caminho importante neste sentido,
em parceria com as empresas e os seus técnicos, as associações empresariais, as incubadoras, os centros tecnológicos e as unidades de investigação, incrementando este fluxo de partilha, promovendo o conhecimento mútuo do potencial existentes nas diferentes instituição e construindo, desta forma, uma plataforma sustentável de desenvolvimento mútuo. A excelência constrói-se. Nas PME e nas demais instituições. E constrói-se partilhando e com conhecimento. É muito difícil ser-se excelente sozinho. Acreditamos nas nossas PME e acreditamos que juntos há um caminho muito importante a percorrer.
Autor escreve com o novo acordo ortográfico)
A competitividade, hoje, afere-se muito pelo potencial de inovação das empresas e pela sua capacidade para acrescentar valor aos seus produtos e serviços
28 | OPINIÃO Especial PME Excelência e Líder
A IMPORTÂNCIA DA INOVAÇÃO PARA A QUALIFICAÇÃO DAS PME
S
Paulo Silva Santos Presidente da ARICOP (Associação Regional dos Industriais de Construção e Obras Públicas de Leiria)
em dúvida que as PME se constituíram como laboratório das primeiras manifestações inovadoras e empreendedoras, devido à sua importância socioeconómica e ao fato de serem de pequenas dimensões o que lhes dá a agilidade e a flexibilidade suficientes para substituírem técnicas e funções antigas por outras mais inovadoras, garantindo-lhes melhores resultados económicos, financeiros e de gestão. Inovar significa, assim, alavancar os negócios de uma empresa, reinventar processos internos e identificar oportunidades de ganhar mais, gastando menos. Inovar implica, ainda, da parte do empresário estar constantemente atento aos processos e práticas da empresa em busca de oportunidades, de diversificação e de processos de qualificação, desde logo a nível dos recursos humanos. São estes os objetivos que devem constar da agenda dos empresários com vocação inovadora, constituindo-se como condição necessária para conseguirem a almejada qualificação, qual selo de reputação e de notoriedade das empresas no
meio empresarial e na sua relação com os clientes. Uma empresa que pratica uma cultura de inovação, entendida como alterações a algo estabelecido, introduzindo algo novo ou melhorado está mais preparada para imprevistos, tende sempre a ser mais sustentável e atinge mais cedo os níveis de qualidade. No que respeita à construção civil e obras públicas, setor que a ARICOP representa no distrito de Leiria e concelho de Ourém, as PME atingem ainda uma percentagem diminuta e a grande maioria delas enfrentam problemas que respeitam, de forma transversal, a todo o setor da construção. Um dos que, hoje, se faz sentir com mais acuidade é a escassez de mão-de-obra qualificada, problema assaz gravoso quando se assiste à retoma do crescimento económico do setor. Além da escassez de mão-de-obra qualificada o setor da construção necessita urgentemente de inserir processos para elevar a produtividade no desenvolvimento de projetos, onde a reabilitação se imponha. Neste caso o caminho será sempre o in-
vestimento em novas tecnologias, que façam com que cada tarefa seja mais rápida sem perder a qualidade. Torna-se pois necessário que os industriais da construção se capacitem que a utilização de novas técnicas e tecnologias, associadas à competência da mão-deobra para usar essa tecnologia ajudam a ganhar qualidade e rapidez nas construções e, por outro lado, reduzem os custos. Mas não bastam boas ideias para que uma empresa se torne inovadora, tecnologicamente evoluída e potencialmente qualificada, é preciso também dinheiro, tempo, energia e competência dos gestores e colaboradores para transformar as boas ideias do papel em iniciativas competitivas. Aliás todo o processo construtivo vai ter qualidade na medida em que utiliza um projeto bem elaborado, materiais certificados e profissionais qualificados. Partilhamos ainda a certeza de que o futuro de qualquer setor de atividade, seja de ordem económica, social ou cultural só será promissor se souber inovar para competir e gerar qualidade. Porque não é por mero acaso que inovação e qualificação se encontram entre as principais prioridades da reprogramação Portugal 2020.
Autor escreve com o novo acordo ortográfico)
30 | ECONOMIA Especial PME Excelência e Líder
Exportações de moldes com novo recorde de 675 milhões Cefamol Exportações do sector dos moldes atingiram 675 milhões de euros em 2017 e batem recordes
pelo sexto ano consecutivo
A
Associação Nacional da Indústria de Moldes anunciou que as exportações do sector atingiram no ano passado 675 milhões de euros, batendo recordes pelo sexto ano consecutivo. “O ano de 2017 foi um ano de referência para a indústria portuguesa de moldes. As exportações do sector voltaram a atingir um valor recorde, ascendendo a mais de 675 milhões de euros, tornando-se o melhor ano de sempre”, referiu a Cefamol, no último dia de Fevereiro, numa nota de imprensa. Segundo a Cefamol, com sede na Marinha Grande, “em relação ao ano de 2016, no qual o valor das exportações ultrapassou, pela primeira vez, a fasquia dos 600 milhões de euros (atingindo os 626 milhões), o ano de 2017 representou um aumento de cerca de 8%”, sendo que “o valor total de produção estimado” é na ordem dos 794 milhões de euros. “Quando comparados com o início da década, mais concretamente o ano de 2010, os valores das exportações representam mais do dobro verificado nessa altura, o que é re-
Sector dos moldes exporta para 93 países, “o que demonstra a dimensão internacional e global desta indústria”, sublinha a Cefamol
ECONOMIA | 31 Especial PME Excelência e Líder
presentativo de que Portugal, ao longo dos anos, tem demonstrado uma elevada capacidade de adaptação às necessidades dos seus clientes e à evolução, quer dos mercados, quer das tecnologias”, nota a única associação representativa do sector no País, que tem nas regiões da Marinha Grande e de Oliveira de Azeméis, no distrito de Aveiro, 85% a 90% das empresas da indústria de moldes. À Lusa, o secretário-geral da Cefamol, Manuel Oliveira, disse que para 2018 “as perspectivas são positivas, mas vão depender, sobretudo, do lançamento de novos projectos na indústria automóvel”. Actualmente, o sector exporta para 93 países, “o que demonstra a dimensão internacional e global desta indústria”, sublinha ainda a Cefamol. “Em 2017, os principais mercados dos moldes portugueses foram Espanha (22%), Alemanha (21%), França (12%), República Checa (6%) e Polónia (5%). Este grupo foi seguido pelos Estados Unidos, México e Reino Unido”, refere a Cefa-
mol, informando que o ‘top ten’ dos mercados de destino fica completo com a Eslováquia e Hungria. Assim, “mantémse a preponderância do mercado europeu, principalmente comunitário, representando nos 10 últimos anos, em média, 80% do total de exportações”, sendo que o ano passado foi de 82%.
A indústria de moldes emprega aproximadamente 10.460 trabalhadores, tem 515 empresas, a maioria de pequena e média dimensões, dedicadas ao sector A Cefamol destaca, por outro lado, a criação de emprego líquido no sector, observando que desde o início da década a indústria de moldes recrutou “cerca de três mil novos quadros”. Sector emprega mais de 10 mil trabalhadores A indústria de moldes emprega aproximadamente 10.460 trabalhadores, tem 515 empre-
sas, a maioria de pequena e média dimensões, dedicadas à concepção, desenvolvimento e fabrico de moldes, informa a Cefamol. Portugal está entre os principais fabricantes de moldes a nível mundial, sendo o oitavo produtor do mundo e o terceiro a nível da Europa na área dos moldes para a injecção de plástico, exportando mais de 80% da produção total. A indústria automóvel é o principal cliente do sector em Portugal, representando cerca de 82% da actividade em 2016, seguindo-se a embalagem. “No entanto, o sector está presente em outras áreas industriais de grande importância para o desenvolvimento de novos produtos na economia mundial, assim como vem mantendo a procura por novas áreas e nichos, tais como a electrónica, a indústria aeronáutica ou os dispositivos médicos”, acrescenta a Cefamol. A Cefamol tem 162 empresas associadas que representam cerca de 80% da produção, empregabilidade e exportação do sector.
Portugal está entre os principais fabricantes de moldes a nível mundial
32 | ASSOCIAÇÃO Especial PME Excelência e Líder
fundamental na economia local e regional e destacando-se em projectos como o 'Poupar energia-Estratégia de Diversificação e Eficiência Energética para PME', que serviu de alerta aos empresários sobre a necessidade, vantagens e possibilidades de reduzir a sua factura energética através da incorporação de soluções testadas, de uma utilização mais racional da enerACISN destacou gia, do aumento da -se em projectos eficácia dos seus siscomo o 'Poupar temas energéticos e energia-Estratégia do corte de custos, de Diversificação e com impacto imeEficiência Energédiato. tica para PME' Mas nem só de projecto que ajudam e ensinam os empresários a tirar o melhor proveito das suas empresas vive o trabalho da ACISN. A associação da Nazaré reconhece também que mais que ensinar os 'chefes' das empresas locais é preciso preparar os trabalhadores do concelho para desempenhar com qualidade as suas funções. Neste sentido, com frequência, a ACISN promove formações de qualificação em áreas como os ramos de trabalho liACISN tem desempenhado, com crescente relevância, um papel fundamental na economia local e regional gados ao turismo (sector bastante desenvolvido no concelho), em áreas da informática e até em áreas como a segurança higiene e saúde no trabalho. Só nos últimos meses a ACISN já desenvolveu mais de uma dezena de formações dividindo a sua atenção em cursos e formações como o de atendimento ao público, serviço de vinhos, preparação e Nazaré No concelho da Nazaré existe uma associação para comerciantes serviço de bebidas simples, e industria que apoia o desenvolvimento do sector. Preparar e qualificar os trabalhadores utilização de Internet, novas dos diferentes sectores é uma prioridade da ACISN técnicas da cozinha, confecção de salgados e de sobremesas, pastelaria, primeiros socorros, prevenção e combate a incêntudo para aqueles que apreos seus associados. A ACISN om pouco mais de 20 Só nos últimos meses dios, entre outros. sentavam "maiores dificuldadesenvolveu-se "numa altura anos de história a AsA ACISN dedica-se a emdes de adaptação aos novos em que mais do que nunca o sociação Comercial a ACISN já desenvolveu preendedores, comerciantes, desafios", esclarece a associaassociativismo era de maior Industrial e de Serviços da Namais de uma dezena de hoteleiros, pescadores, indúsção. importância para o desenvolzaré (ACISN) nasceu naquela formações dividindo a tria, agricultores, restaurantes Ao longo dos anos, a ACISN vimento e sobrevivência do cidade piscatória do distrito de sua atenção em cursos e empresas do concelho da tem desempenhado, com comércio local", direccioLeiria com o intuito de repree formações Nazaré. crescente relevância, um papel nando a sua actividade sobresentar, defender e promover
ACISN prepara empresários e funcionários para um mercado de trabalho de qualidade
C
34 | OPINIÃO Especial PME Excelência e Líder
SABER LER A FÓRMULA MÁGICA DA QUALIDADE
M
Bruno Lemos Presidente da ACIMG (Associação Comercial e Industrial da Marinha Grande)
uito provavelmente por defeito (ou feitio) académico, sempre olhei para a Qualidade numa relação direta entre as expetativas que tenho de algo e o seu desempenho. Ou seja, as expetativas que eu vou ter de determinado serviço, deverão ser superadas pelo seu desempenho, para que eu reconheça qualidade nesse mesmo serviço. Não acredito num serviço de qualidade alta, em que a sua função fique aquém daquilo que espero dele no momento da compra. E esta forma de ver a qualidade aplica-se a produtos, atitudes, empresas, etc… Esperar uma atitude de melhoria contínua sem aumentar as expetativas que todos temos de uma empresa, torna-se uma tarefa no mínimo limitada no tempo. Até porque uma diferença abismal destas duas variáveis, leva a uma desconfiança difícil de justificar. Aquilo que um ‘Millennial’ exige da sociedade, nomeadamente económica, é de tal forma elevado que poucas empresas estão a conseguir acompanhar.
Considera-se que as a geração ‘Millennials’ são os indivíduos que nasceram entre 1980 e 2000. Pertencem a esta geração os jovens entre os 18 e 38 anos, filhos da Geração X e netos dos ‘baby boomers’. São apresentados como a primeira geração de nativos digitais. A simplicidade e a facilidade com que estes grandes clientes atuais sentiram durante todo o seu crescimento, é hoje exigida às empresas… àquelas que nasceram preparadas para isso (Uber, Airbnb, Google, etc…) e àquelas que nasceram há 25 anos, construídas a pulso por pessoas inspiradoras que passaram por formalismos e dificuldades habituais desses tempos. Este choque de gerações, acontece na sociedade civil e claro, na economia global. Olhar para as PME’s ou mesmo para as micro empresas, sem olhar para estes desafios, significa estar completamente fora de um mercado poderoso e de grande dimensão económica. Não obstante do n.º de ‘seniores’ estar a crescer em peso relativo, é certo que a taxa de consumo é bas-
tante maior nas idades jovens/adultos do que nas idades mais seniores. Os desafios são enormes. As barreiras são bastantes e altas. Não vejo alternativa a uma empresa (em qualquer área ou segmento) com preocupações fortes na qualificação, no ‘empowerment’ das suas equipas, com atitudes de apoio ao desenvolvimento pessoal e na motivação constante por novos desafios. Também no comércio isto é uma realidade. Diria até, que este é um dos setores onde tudo isto já aconteceu… e muitas empresas ficaram para trás. Só que não sabem.
Autor escreve com o novo acordo ortográfico)
Olhar para as PME’s ou mesmo para as micro empresas, sem olhar para estes de safios, significa estar com pletamente fora de um mercado poderoso e de grande dimensão económica
TURISMO | 35 Especial PME Excelência e Líder
Primeiro-ministro pede visitas e investimento na região Centro Turismo António Costa não esquece a região mais massacrada pelos incêndios de 2017
e pediu investimento e mais turistas no Centro
O
primeiro-ministro, António Costa, pediu que se visite e invista na região Centro do País, a que mais sofreu com os incêndios de 2017. "Visitemos e invistamos na região Centro, que foi a região mais massacrada pelas tragédias naturais que atingiram o País no último Verão", afirmou António Costa, na inauguração da Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), no último dia de Fevereiro. Sobre o Centro, a região em destaque na edição deste ano da BTL, o chefe do Governo considerou-a como um "excelente destino turístico" e que investir no Centro é "ajudar a dar uma nova vida e revitalizar
Xxxxxxx daxxxxxxxxxxxxxx
um território que foi massacrado pelas calamidades" do ano passado, incêndios que fizeram mais de 100 mortos. Necessidade de "continuar a acarinhar o Turismo" Face às informações de que Portugal teve "melhor crescimento económico desde o início do século" e que foi registada uma "das mais baixas taxas de desemprego da última década", o primeiro-ministro argumentou a necessidade de "continuar a acarinhar o Turismo" para que o País continue a crescer, assim como as exportações e para que haja "mais e melhor emprego". O governante afirmou ainda a importância de continuar a "valorizar o Turismo", que "ajuda a valorizar muitos territórios", produtos tradicionais, é "um fortíssimo gerador de emprego" e contribui para o crescimento da economia nacional e das exportações. O sector turístico também "ajuda a projectar a imagem internacional e a valorizar a marca Portugal", acrescentou António Costa..
36 | OPINIÃO Especial PME Excelência e Líder
A QUALIFICAÇÃO NAS EMPRESAS
O
Horácio Mota Presidente da Associação Comercial e de Serviços de Pombal
termo qualificação nas empresas é cada vez mais sinónimo de excelência nas empresas. Hoje em dia o empresário dá cada vez mais importância a factores imateriais do que propriamente aos equipamentos produtivos. É certo que os equipamentos produtivos são cada vez mais inovadores, cada vez mais produtivos e cada vez mais complexos, mas estão ao dispor da generalidade das empresas, ou seja, a tecnologia está disponível. Então o que distingue as empresas? A sua aposta na qualificação. É a aposta na qualificação que diferencia o sucesso das empresas. Hoje em dia os empresários estão cada vez mais atentos a todos os factores que podem potenciar a produtividade das suas organizações. Os equipamentos são complexos e exigem mão-de-obra qualificada. Os empresários procuram não só a mão-deobra mais qualificada, como ainda apostam na sua formação continua. Mas os recursos humanos são apenas uma parte da qualificação. Hoje em dia fala-se muito da industria
4.0, que mais não é do que a digitalização da linha de produção. É imperioso esta transformação, é imperioso 'ligar' a linha de produção ao sistema de informação da empresa. A gestão da empresa necessita de ter a informação disponível, e precisa de 'comandar' a produção de forma simples e objectiva. Há inúmeros programas de apoio que incentivam as empresas a apostar na quarta revolução industrial. Existem ainda outros factores que qualificam as empresas, a criação e desenvolvimento de marcas, que hoje em dia é também um factor distintivo e muito importante para o reconhecimento dos produtos e das empresas. O desenvolvimento de uma boa estratégia de promoção/marketing de uma marca pode fazer toda a diferença. A aposta na certificação dos sistemas de qualidade, com especial enfoque para a certificação na inovação (IDI). As certificações trazem não só associado uma melhor organização empresarial, como também dão reconhecimento a empresa
e permitem em muitos casos penetrarem em novos mercados. E porque vivemos num mundo globalizado, a aposta na economia digital é, provavelmente, o maior factor de qualificação das empresas. A economia digital não significa apenas que a empresa tenha um ‘website’, este conceito é muito mais abrangente. Hoje em dia todas as empresas deviam ter um site. Este é o cartão de visitas do século XXI. Mas economia digital significa ter uma plataforma abrangente e desmaterializada, que permita interagir com clientes, fornecedores e outros 'players', e mesmo servir de ferramenta de gestão dentro da empresa. Muitas coisas podem ser efectuadas com recurso a Internet, vendas ‘online’, compras ‘online’, disponibilização de catálogos e fichas técnicas, consulta de documentos, e mesmo a digitalização de toda a documentação. Todas estas tarefas podem ser efectuadas com o mínimo de recursos humanos e com o máximo de optimização e competitividade. Cabe, pois, ao empresário, utilizar todas estas ferramentas e potencia-las. Elas estão disponíveis e são uma prioridade nos programas de apoio do Portugal 2020. Só com uma organização muito competitiva, num mundo com um ambiente empresarial sempre em mudança, as empresas poderão sobreviver.
38 | OPINIÃO Especial PME Excelência e Líder
A IMPORTÂNCIA DA QUALIFICAÇÃO PARA A EXCELÊNCIA DAS PME
É Lino Ferreira Presidente da Acilis (Associação de Comércio, Indústria e Serviços da Região de Leiria)
com grande satisfação que verificamos que o PIB aumentou 2,7% em 2017, um ano de recuperação para a economia portuguesa O principal motor deste crescimento económico desde 2000 foi a aceleração do investimento privado das empresas e as exportações. O estatuto das PME’s Excelência e Líder premeia o mérito das empresas que tenham uma gestão de elevado desempenho e bons resultados económicos e financeiros e são estas PME’s que após estes anos de crise e de adversidades, muito contribuem para o crescimento e recuperação da economia portuguesa. Para continuarmos a aceleração do investimento as empresas deverão garantir que prosseguem estratégias de crescimento e de reforço da sua base competitiva, investindo na qualificação, inovação e no acesso ao mercado exterior. As empresas deverão contar com os programas de apoio, nomeadamente o Portugal 2020, do qual esperam celeridade na aprovação e nos pagamentos o que até agora não se tem verificado. O não cumprimentos dos prazos de pagamento tem comprometido a tesouraria das empresas prejudicando assim o desenvolvimento e crescimento empresarial. A internacionalização é um dos grandes desafios que se coloca às empresas e a forma que muitas destas encontraram para garantir a sustentabilidade e continuidade dos seus negócios. A qualificação dos colaboradores é essencial para que este passo seja dado
As empresas deverão garantir que prosseguem estratégias de crescimento e de reforço da sua base competitiva, investindo na qualificação, inovação e no acesso ao mercado exterior
As PME’s deverão apostar fortemente na qualificação dos colaboradores, investindo na formação de qualidade e adaptada às suas necessidades específicas
em segurança e que contribua para os bons resultados das empresas e economia nacional. As PME’s deverão apostar fortemente na qualificação dos colaboradores, investindo na formação de qualidade e adaptada às suas necessidades específicas. Este tipo de formação à medida e adaptada às funções desempenhadas pelo colaborador não poderá ser encarada como um custo acrescido para a empresa, mas sim um verdadeiro investimento que se traduzirá num aumento significativo da produtividade. A ACILIS através do programa POCI do Portugal 2020 apoia as micro, pequenas e médias empresas da região centro, produtoras de bens e serviços transacionáveis e/ou internacionalizáveis. Os projetos QI PME e Dinamizar, a realizar de 2018 a 2019, prevêem intervenções nas empresas ao nível da consultoria e da formação especializada para empresários e colaboradores nas áreas de organização e gestão, certificação da qualidade, economia digital, internacionalização e eficiência energética. A ACILIS dispõe de uma equipa de consultores e formadores experientes e altamente qualificados que prestam serviços de consultoria individualizada e especializada nas empresas com a participação ativa dos empresários e formação à medida para gestores e colaboradores.
Autor escreve com o novo acordo ortográfico)
40 | DISTINÇÃO Especial PME Excelência e Líder
Ministro aplaudei “esforço” dasi empresas quei conduz à excelênciai Ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, sublinhou, na cerimónia ‘PME Excelência 2017’, a importância e o valor da empresas distinguidas para o desenvolvimento do País
DISTINÇÃO | 41 Especial PME Excelência e Líder
Economia O País
tem 1.497 PME Excelência. Galardão referente a 2017 premiou 181 empresas da região de Leiria e ministro da Economia enalteceu o “esforço” dos empresários para o crescimento nacional
O
ministro da Economia reconhece o “esforço” dos empresários e das suas equipas cujas empresas foram distinguidas com o galardão ‘Excelência’, contribuindo para o crescimento da economia portuguesa. Na cerimónia ‘PME Excelência 2017’, que decorreu em Gondomar no passado dia 20 de Fevereiro, Manuel Caldeira Cabral reconheceu que se não fossem os parceiros envolvidos neste trabalho de reconhecimento das empresas “este processo não teria a força nem a visibilidade que tem” vai para quase uma década. “Todos os sectores de actividade cresceram a dois dígitos
no ano passado porque as empresas fizeram o seu trabalho de casa, investindo na inovação, nos seus recursos humanos e nos seus modelos de produção dos seus próprios produtos”, sublinhou o ministro, reconhecendo que são as empresas que foram distinguidas que “dão um esforço em todos os domínios”. Nos investimentos que fazem, nas alturas em que os decidem concretizar, na capitalização para que se mantenham entre as melhores e sem problemas de afirmação nos mercados em que se movimentam. “São as empresas, estas empresas que hoje aqui estão, todos vocês, que hoje levam Portugal para o futuro, que marcam os números essenciais de crescimento registados em 2017 e que queremos continuar a reforçar e a melhorar em 2018”, reconheceu o governante. Por sua vez, a opinião de muitos dos empresários galardoados é que “ser PME Excelência é um reconhecimento do trabalho de uma equipa, da sua dedicação e até dos inves-
“As empresas fizeram o seu trabalho de casa, investindo na inovação, nos seus recursos humanos e nos seus modelos de produção dos seus próprios produtos”
“São estas empresas [Excelência] que hoje levam Portugal para o futuro, que marcam os números essenciais de crescimento registados em 2017”
timentos concretizados na manutenção e crescimento das empresas”. Uma excelência que, como sublinham, prova também, a capacidade dos empresários e as potencialidades dos territórios em que decidiram apostar. Para os presidentes do IAPMEI - Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação, e do Turismo de Portugal, respectivamente Jorge Santos e Luís Araújo, dois dos parceiros da iniciativa, pretende-se “homenagear os bons desempenhos”. Sublinhando o aumento em termos de volume de negócios, nas exportações e nos resultados líquidos das PME Excelência, o presidente do IAPMEI reconheceu a importância das “boas e empenhadas parcerias”, onde se integram 11 bancos, o IAPMEI, o Turismo de Portugal e sociedades de garantias mútuas. “Esta distinção é um exercício de racionalidade económica ao reconhecerem-se as PME como motores da economia nacional contribuindo para arrastar outras empresas e en-
tidades para melhorar o desenvolvimento do País”, considera o presidente do IAPMEI. Uma realidade que também o presidente do Turismo de Portugal reconheceu apontando os 20% das empresas que representam um sector que tanto tem dado ao País: o turismo. “A excelência não é passageira” E se é de excelência que se trata, a secretária de Estado da Indústria, Ana Lehmann, aplaudiu a presença dos “melhores empresários” em representação de empresas que aceleram o crescimento da economia e assumem um impacto fundamental na criação de emprego. Ana Lehmann sublinhou “que mais de 90 por cento” do tecido económico português é constituído por pequenas e médias empresas. “A excelência que hoje aqui encontramos não é passageira. Mais de 100 recebem o estatuto PME Excelência desde o início e mais de 300 há cinco anos”, afirmou a secretária de Estado, sublinhando “o esforço que a
42 | DISTINÇÃO Especial PME Excelência e Líder
Gondomar foi o palco da cerimónia ‘PME Excelência 2017’, que decorreu no passado dia 20 de Fevereiro
grande maioria tem desenvolvido para melhorar a produção e capacitação com o recurso a apoios públicos”. A governante sublinhou a estratégia definida pelo Governo, olhando já para o Portugal 2030. Um percurso definido pelas novas apostas ao nível tecnológico, nomeadamente, na indústria 4.0 e a eco-
nomia digital. Coube ao CEO da Critical Manufacturing lançar os desafios que esta nova era vem definir para as empresas, nomeadamente às PME. Começando por referir que no futuro todas as empresas serão de software, Francisco Almeida Lobo procurou abanar os empresários
desafiando-os a definirem estratégias para enfrentarem este novo ciclo. Até porque, como referiu, “esta estratégia não se compra, mas tem que ser definida pelas próprias empresas”. E não há tempo a perder para que não se não deixe passar o comboio da mudança que se exige nos novos tempos. O Es-
Secretária de Estado da Indústria sublinhou “que mais de 90%” do tecido económico é constituído por PME
tado poderá dar uma ajuda importante com os vários apoios já definidos, mas o principal papel cabe aos empresários e à sua forma como decidirem definir o caminho a prosseguir, que se deve basear, fundamentalmente, nos clientes que cada vez mais
procuram produtos personalizados de alta qualidade. A forma como se vai alcançar esta aposta, garante Francisco Almeida Lobo, deita por terra a ideia de grandes fábricas ou unidades de produção com mão-de-obra barata.
44 | IAPMEI Especial PME Excelência e Líder
OS CRITÉRIOS PME EXCELÊNCIA 2017 Estatuto Para alcançar o ‘titulo’ Excelênica, empresas devem cumprir cumulativamente vários critérios
previamente definidos
A
s PME Excelência são seleccionadas pelo IAPMEI e pelo Turismo de Portugal, com base no universo das PME Líder. Para todos os sectores de actividade, com excepção do Turismo, as empresas deverão cumprir cumulativamente diversos critérios: terem tido autonomia financeira no ano anterior superior ou igual a 37,5%, a rendibilidade lí-
quida do capital próprio deve ser igual ou superior a 12,5%, o crescimento do volume de negócios não deverá ser inferior a zero, e o nível de rating, atribuído pelas Sociedades de Garantia Mútua, não deverá superior a 5, na escala de rating do Sistema de Garantia Mútua. Além disso, a Dívida Financeira Líquida/EBITDA, ou seja, o múltiplo para analisar o endividamento
Para todos os sectores de actividade, com excepção do Turismo, as empresas deverão cumprir diversos critérios
de uma empresa, terá que ser menor que 2,5, a relação do EBITDA dividido pelos activos totais da empresa terá que ser pelo menos de 10% e o EBITDA a dividir pelo volume de negócios terá que ser pelo menos de 7,5%. O EBITDA (resultado antes de juros, impostos, amortizações e depreciações) é um indicador finan-
ceiro que permite analisar financeiramente uma empresa ou organização através da demonstração de resultados. É utilizado para financiar os investimentos em bens de capital, financiar as necessidades de fundo de maneio, pagar impostos, cumprir o serviço da dívida e criar reservas. No caso das empresas do
sector do Turismo, os critérios para alcançar o estatuto PME Excelência não são os mesmos. Por exemplo, para certas empresas deste sector, a rendibilidade líquida do capital próprio não terá que ser igual ou maior que 12,5%, basta apenas que chegue aos 8%. A juntar, basta que Dívida Financeira Líquida a dividir pelo EBITDA não passe dos 3,5%.
46 | EMPRESAS EXCELÉNCIA Especial PME Excelência e Líder
Organismo
Nome
CAE
Concelho
Marinha Grande
IAPMEI
3D TECH - Produção, Optimização e Reengenharia, Lda.
25734
TP
A Popular - Sociedade de Turismo, Lda.
55119
Peniche
IAPMEI
A. Reis da Carne, Lda.
46320
Porto de Mós
IAPMEI
A. Santos - Electricidade, Lda.
41200
Alcobaça
IAPMEI
Acogi - Acessórios e Componentes para a Industria, Lda.
25734
Marinha Grande
IAPMEI
Afr - Moldes - Fabricação de Moldes para Plásticos, Lda.
25734
Marinha Grande
TP
Aldeia do Leitão - Restauração, Lda.
56101
Leiria
IAPMEI
Alfafoz, Lda.
47730
Alcobaça
IAPMEI
Alfaloc - Transportes, Lda.
49410
Marinha Grande
TP
Alves & Alves Lda.
56303
Alcobaça
TP
André Nunes - Unipessoal, Lda.
56301
Peniche
IAPMEI
Antonio Pereira Vieira Caseiro, Lda.
31091
Alcobaça
IAPMEI
ARENTIA, SA
62020
Leiria
IAPMEI
Auto Delta - Comércio de Peças, Acessórios e Automóveis, Lda.
45310
Leiria
IAPMEI
Avenal Petfood, S.A.
10920
Leiria
IAPMEI
Bigbrand - Publicidade, Lda.
73110
Leiria
IAPMEI
Brincafestas - Comércio de Brinquedos e Fogo de Artificio, Lda.
46493
Batalha
TP
Cabaz Florido, Lda.
56104
Pombal
IAPMEI
Cadflow-Optimização, Reengenharia e Comercialização de Hardware e Software, Lda.
62090
Marinha Grande
IAPMEI
CadSolid CAD CAM Integrado, Lda.
47410
Leiria
TP
Cais da Praia, Lda.
56107
Caldas da Rainha
IAPMEI
Caleiraeterna - Fabrico e Comércio de Componentes e Máquinas para Caleiras, S.A.
25992
Pombal
TP
Calrai - Serviços de Restauração, Unipessoal, Lda.
56101
Caldas da Rainha Óbidos
TP
Campo Aventura - Programas de Lazer, S.A.
93293
IAPMEI
Candelar - Candeeiros e Decorações para o Lar, Lda
25992
Leiria
TP
Carbono 21, Lda.
55202
Óbidos
IAPMEI
Carfi - Fábrica de Plásticos e Moldes, S.A.
22292
Marinha Grande
IAPMEI
Carlos Manuel Machado Silva, Lda.
45320
Caldas da Rainha
IAPMEI
Carnes Avenida - Preparação e Comércio de Carnes, Lda.
10130
Leiria
TP
Celestino Duarte & Filhos, Lda.
56101
Leiria
IAPMEI
Cemopol - Celuloses Moldadas Portuguesas, Lda.
17290
Pombal
IAPMEI
Cerâmirupe - Cerâmicas, Lda.
23413
Alcobaça
IAPMEI
Ceriart-Cerâmica Artística, SA.
23412
Alcobaça
TP
Cerro Mar, Lda.
55116
Caldas da Rainha
IAPMEI
Clinica Mota - Clínica de Medicina Dentaria de Leiria, Lda.
86230
Leiria
IAPMEI
Comsoftweb - Sistemas Informáticos, Lda.
47410
Pombal
IAPMEI
Consferrel - Construções, Sociedade Unipessoal, Lda.
41200
Peniche
IAPMEI
Construções Monteagudo, Lda.
25120
Pombal
IAPMEI
Construções Vieira Alves, S.A.
25110
Leiria
IAPMEI
Cozinhas Micra, S.A.
31020
Marinha Grande
IAPMEI
D. M. S. - Trucks, Lda.
45320
Leiria
IAPMEI
Destinos - Arte Cerâmica, S.A.
23412
Alcobaça
IAPMEI
Dionísio Marques Agostinho, Lda.
10711
Pombal
IAPMEI
Distrim 2-Industria, Investigação e Desenvolvimento, Lda.
26512
Marinha Grande
IAPMEI
DNC Técnica - Manutenção Industrial e Equipamentos, Lda.
33120
Leiria
IAPMEI
Doitlean, SA
62020
Leiria
TP
Duarte & Faustino - Churrasqueira, Lda.
56107
Pombal
IAPMEI
E.H.T.P. - European High Tech Plastics, Lda.
22220
Marinha Grande
IAPMEI
E.P.W. - Tecnologia de Extrusão, Lda.
22210
Pombal
IAPMEI
Embalpom, Lda.
46494
Óbidos
IAPMEI
Erofio - Engenharia e Fabricação de Moldes, S.A.
25734
Batalha
IAPMEI
Erofio Atlântico, S.A.
22292
Batalha
IAPMEI
Eurosicó - Transportes, Lda.
49410
Ansião
IAPMEI
F. G. P. - Fonseca, Garcia & Prazeres - Comércio e Representações de Bebidas, Lda.
46341
Bombarral
IAPMEI
F.M.P. - Fábrica de Moldes para Plásticos, Lda.
25734
Leiria
IAPMEI
Fabrimaq - Fabrico de Máquinas, Lda.
28293
Leiria
IAPMEI
Famplac - Moldes, Lda.
25734
Leiria
IAPMEI
Fapicentro ? Piscinas, S.A.
32996
Leiria
IAPMEI
FAPOR - FAIANÇAS DE PORTUGAL S.A.
23412
Batalha
IAPMEI
FBL-ACESSORIOS PARA MOVEIS, LDA
46740
Alcobaça
IAPMEI
Fernando da Luz Ruivo, Lda.
46690
Marinha Grande
IAPMEI
Fervaltir - Transportes e Logística, Lda.
49410
Ansião
IAPMEI
Flexidoor - Portões Seccionados e Automatismos, S.A.
25120
Leiria
IAPMEI
Flormania - Comércio de Flores e Acessórios, Lda.
47761
Pombal
EMPRESAS EXCELÉNCIA | 47 Especial PME Excelência e Líder
Organismo
Nome
CAE
Concelho
IAPMEI
Franis - Comércio a Retalho de Artigos para o Lar, Lda.
47593
Leiria
TP
Freduma, S.A.
56103
Leiria Alcobaça
IAPMEI
Frubaça - Cooperativa de Hortofruticultores, C.R.L.
46311
IAPMEI
Galhispo - Comércio Materiais Construção, Lda.
46732
Leiria
IAPMEI
Gecim - Gabinete de Engenharia e Consultadoria Industrial, Lda.
46690
Marinha Grande
IAPMEI
Gelsitio- Produtos Alimentares Congelados, SA.
46382
Nazaré
IAPMEI
Geóide ? Geosystems, S.A.
71120
Leiria
IAPMEI
Germiplanta - Viveiros de Plantas, Lda.
1300
Leiria
IAPMEI
Gosimac - Maquinações, S. A.
28960
Pombal
IAPMEI
Gosimat - Comércio e Indústria de Materiais de Construção, Lda.
25120
Leiria
IAPMEI
Gotalimpa, Lda.
81210
Alcobaça
TP
Graçotel - Indústria de Hotelaria, S.A.
56102
Pombal
TP
Grutas de Mira de Aire - Empreendimentos Turísticos e Espeleológicos, S.A.
93210
Porto de Mós
IAPMEI
Hidromarinha, Lda.
47784
Marinha Grande
IAPMEI
Hiperpeniche - Artigos para o Lar, Decoração e Alimentação, Unipessoal, Lda.
47192
Peniche
TP
Hotel Mestre Afonso Domingues, Lda.
55113
Batalha
IAPMEI
Hugo Fernandes - Portas e Automatismos, S.A.
25120
Leiria
IAPMEI
I. C. M. Trans - Transportes de Mercadorias, Lda.
49410
Porto de Mós
IAPMEI
Icel - Indústria de Cutelarias da Estremadura, S.A.
25710
Alcobaça
IAPMEI
Indufloor - Sistemas de Revestimentos, Lda.
43330
Leiria
IAPMEI
Inoxnorma - Comercialização de Equipamentos Agro Pecuários e Alimentares, Lda.
46610
Leiria
IAPMEI
ITJ - Internacional Moldes, Lda.
25734
Marinha Grande Leiria
IAPMEI
J. Cardoso - Electricidade, Lda.
43210
IAPMEI
J. R. P. - Produtos e Revestimentos para Construção Civil, S.A.
46732
Leiria
TP
Jael & Martins - Restauração, Lda.
56101
Peniche
IAPMEI
Jaime da Purificação Pereira
47522
Leiria
IAPMEI
JOFERLIS, LDA - MOLDES E ACESSORIOS NORMALIZADOS
25992
Leiria
IAPMEI
Jomafel - Sociedade de Exploração Hoteleira da Benedita, S.A.
47240
Alcobaça
IAPMEI
Jorge Ferreira Rodrigues - Parts, Unipessoal Lda.
45320
Leiria
IAPMEI
José dos Reis Fialho & Filhos, Lda.
46494
Alcobaça
IAPMEI
Joutil - Plásticos, Jogos e Utilitários, Lda.
22292
Marinha Grande
IAPMEI
Leiricargo - Transportes de Carga, Lda.
49410
Pombal
IAPMEI
Leiricimentos, Lda.
23610
Batalha
IAPMEI
Leiridiesel - Comércio e Reparação de Veículos Automóveis, S.A.
45200
Leiria
IAPMEI
Leirivida - Cuidados Médicos, Lda.
86210
Leiria
TP
Letras e Borboletas - Ecoturismo, Lda.
55202
Porto de Mós
IAPMEI
Logispace - Logística e Transportes, S.A.
49410
Pombal
TP
Luciano & Filhos, Lda.
56101
Nazaré
IAPMEI
M. G. S. I. - Acessórios para Indústrias, Lda.
28920
Pombal
IAPMEI
M.D.- Moldes Manuel Domingues, Lda.
71120
Leiria
IAPMEI
M.P. Tool - Engenharia e Produção de Moldes, Lda.
25734
Marinha Grande
IAPMEI
Madeiras do Vale da Catarina - Indústria e Serração de Madeiras, S.A.
16101
Leiria
IAPMEI
MadeiroPlaca - Sociedade Comercial de Aglomerados de Madeira, Lda.
46731
Pombal
IAPMEI
Manuel Barreto - Madeiras, Unipessoal, Lda.
46731
Caldas da Rainha
IAPMEI
Mário Santos Silva - Manutenção e Reparação de Veículos Automóveis, Lda.
45200
Porto de Mós
IAPMEI
Mármores Garcogel, Lda.
8113
Porto de Mós
IAPMEI
Maxiplás - Plásticos de Engenharia, Lda.
22292
Pombal
TP
Mega Menu - Gestão de Restaurantes, S.A.
56103
Marinha Grande
IAPMEI
Meirimota - Transportes, Lda.
49410
Pombal
IAPMEI
MESTRE COMBOIO - SOCIEDADE DE PESCA UNIPESSOAL, LDA.
3111
Peniche
IAPMEI
Moldata - Projecto e Programação de Moldes, Lda.
25734
Leiria
IAPMEI
Moldes Carreira, Lda.
25734
Leiria
IAPMEI
Moldes Dionísio, Lda.
25734
Leiria
IAPMEI
Narciso Dias & Filhos, Lda
10204
Peniche
IAPMEI
Natureza Verde - Gestão de Resíduos, Lda.
38112
Leiria
IAPMEI
Normolde - Estruturas para Moldes e Moldes, Lda.
25734
Marinha Grande
IAPMEI
Nutrifield, Lda.
46900
Caldas da Rainha
TP
O Bigodes - Actividades Hoteleiras, Lda.
56107
Alcobaça
IAPMEI
Ofipom - Comércio e Reparação de Máquinas Industriais, Lda.
33120
Pombal
IAPMEI
P. M. M. - Projectos, Moldes, Manufactura, Lda.
25734
Leiria
IAPMEI
Parafrutas - Comércio de Frutas, Lda.
46311
Alcobaça
IAPMEI
Patrovitrans - Transportes, Lda.
49410
Batalha
IAPMEI
Pervedant - Perfis e Vedantes, Lda.
22292
Leiria
TP
Petrarum Domus - Bar Restaurante, Lda.
56101
Óbidos
48 | EMPRESAS EXCELÉNCIA Especial PME Excelência e Líder
Organismo
Nome
CAE
Concelho
IAPMEI
PLATINENIGMA - UNIPESSOAL, LDA
49410
Leiria
IAPMEI
Plimat - Plásticos Industriais Matos, S.A.
22292
Marinha Grande
IAPMEI
Polidiagnóstico - Centro Polivalente de Medicina e Disgnóstico, Lda.
86906
Alvaiázere
IAPMEI
Pombaldial - Clínica de Diálise, Lda.
86220
Pombal
IAPMEI
Procadimoldes - Fabricação e Comércio de Moldes, Lda.
25734
Leiria
IAPMEI
PROMO-LAR PROMOÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ARTIGOS PARA A CONSTRUÇÃO CIVIL LDA
46732
Leiria
IAPMEI
QUEIJARIA PRADO DA SICÓ, LDA
10510
Ansião
IAPMEI
R.H. Vendas por Catálogo, Lda.
47910
Alcobaça
IAPMEI
Rectimold - Rectificação de Moldes, S.A.
25734
Porto de Mós
IAPMEI
Rianafarma, Unipessoal Lda.
47730
Bombarral
IAPMEI
S. N. L. Ibérica - Sociedade de Lavandarias, Lda.
96010
Leiria
IAPMEI
Santos & Cordeiro, S.A.
42220
Pombal
IAPMEI
Santos & Gonçalves, Lda.
47730
Caldas da Rainha
IAPMEI
Santos, Monteiro & Cª., Lda.
46470
Caldas da Rainha
IAPMEI
SD-Moldes, Lda
25734
Marinha Grande
IAPMEI
Século XXI Fashion Trading, Lda.
46421
Leiria
IAPMEI
Sevlaires - Plásticos, Lda.
22292
Marinha Grande
IAPMEI
SM3D - Serviços de Maquinação Tridimensional e Controlo de Qualidade, Unipessoal Lda.
25734
Leiria
TP
Super Menú - Sociedade de Refeições Ligeiras, S.A.
56103
Leiria
IAPMEI
T. F. P. Box, Unipessoal Lda.
17212
Alcobaça
TP
Taberna d'Adélia - Actividades Hoteleiras, Lda.
56101
Nazaré
IAPMEI
Teclena - Automatização, Estudos e Representações, S.A.
46620
Leiria
IAPMEI
Tecnifreza - Indústria de Moldes, S.A.
25734
Marinha Grande
IAPMEI
Tecnirolo - Engenharia Industrial, S.A.
71120
Leiria
IAPMEI
Topbanho - Materiais de Construção, Lda.
47523
Batalha
IAPMEI
TRANSEMA SA
49410
Marinha Grande
IAPMEI
Transporcarga - Transportes de Carga, Lda.
49410
Leiria
IAPMEI
Transportadora Central de Camarate, Lda.
49410
Pombal
IAPMEI
Transportes do Vale, Lda.
49410
Leiria
IAPMEI
TRANSTOMAS COMÉRCIO E TRANSPORTE DE MERCADORIAS LDA
49410
Ansião
IAPMEI
TTO-TRATAMENTOS TÉRMICOS DO OESTE, LDA.
23200
Leiria
IAPMEI
Urbilei - Sociedade de Mediação Imobiliária, Lda.
68311
Leiria
IAPMEI
V.S.V. - Modelação, Maquinação e Moldes, Lda.
25734
Alcobaça
IAPMEI
Valsteam Adca Engineering, S.A.
28140
Pombal
IAPMEI
Vidrexport - Produção de Vidro, Lda.
23132
Marinha Grande
TP
Vitor, Eusébio & Companhia, Lda.
56101
Caldas da Rainha
IAPMEI
Viveiros Viti Oeste de Horto Poense, Sociedade Agrícola, S. A.
1130
Bombarral
IAPMEI
Vulcal - Vulcanizações e Lubrificantes, S.A.
45310
Pombal
IAPMEI
Zap Transport, Unipessoal Lda.
49410
Leiria
IAPMEI
Electro-Marques - Reparações Eléctricas Auto, Lda.
45200
Ourém
IAPMEI
Eurohuman - Empresa de Trabalho Temporário, Lda.
78200
Ourém
IAPMEI
Europisol - Empresa de Trabalho Temporário, Lda.
78200
Ourém
IAPMEI
Gomel - Metalúrgica Gonçalves & Mendes, Lda.
25110
Ourém
TP
Hotel Aleluia - Investimentos Turísticos, Lda.
55111
Ourém
TP
Hotel Estrela de Fátima, Lda.
55111
Ourém
IAPMEI
Irmade - Indústrias de Revestimento de Madeiras, S.A.
16230
Ourém
TP
Luís Augusto Fernandes da Silva - Sociedade Unipessoal, Lda.
56301
Ourém
IAPMEI
Luvifal Sociedade de Construções, Lda
41200
Ourém
TP
Pereira e Guerra, Lda.
55111
Ourém
IAPMEI
Telmo Duarte - Comércio de Pedras Naturais, S.A.
23701
Ourém
IAPMEI
TRANSPORTES RODA ROSA, UNIPESSOAL LDA.
49410
Ourém
IAPMEI
Vipremi - Fabricação de Produtos em Betão, Lda.
23610
Ourém
50 | EMPRESAS LÍDER Especial PME Excelência e Líder
Organ.
Nome
CAE
Concelho
IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI TP IAPMEI IAPMEI IAPMEI TP IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI TP IAPMEI IAPMEI TP IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI TP IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI
A Transportadora de Carga Ideal dos Claras, Lda. Abílio Guerra Rodrigues - Construções, Lda. Absolutland - Comercialização de Produtos Alimentares, Lda. Adriano Bandeira, Lda. Adriano Lourenço Costa - Importação e Exportação de Calçado, Lda. Afitecnica - Centro Técnico de Afiação de Ferramentas, Lda. Agricortes - Comércio de Máquinas e Equipamentos, S.A. Agro- Pecuária das Espinheiras, Lda. Agro-Helfil - Sociedade de Agricultura de Grupo, Lda. Águias do Surf - Empreendimentos Turísticos de Peniche, Lda. Aki-d'El-Mar - Comércio e Indústria de Mariscos, Lda. Albano Morgado, S.A. Alfredo Carlos Silva Gomes, Lda. Alfredo Luís Ribeiro Narciso Vicente Alidata - Soluçoes Informaticas, Lda. Almerinda Oliveira Domingues Henriques Alphashirt - Equipamentos para a Indústria Gráfica, Lda Altrans - Transportes Rodoviários de Mercadorias, Lda. Alumitérmica - Comercialização de Sistemas de Alumínio, Lda Alvape - Construção e Obras Públicas, Lda. Amaro da Silva, Lda. Ambipombal - Recolha de Residuos Industriais, S.A. Ambisig - Ambiente e Sistemas de Informação Geográfica, S.A. Americana - Papelaria, S.A. Américo Alves - Comércio Internacional, S.A. Anjopatir - Transportes e Logística, Lda. António Carepa Sousinha & Filhos, Lda. António Emílio Gomes & Filhos, Lda. António Rosa - Cerâmicas, Lda. Areiagold - Actividades Turísticas e Hoteleiras, S.A. Armazéns S. Silvestre - Comércio Materiais de Construção, Lda. Artebel - Artefactos de Betão, S.A. Artifofo - Equipamentos Hospitalares e Farmacêuticos, Lda Ascensores do Oeste, Lda. Astecaldas - Assistência e Reparação de Electrodomésticos, Lda. Atelier do Doce, Lda. ATWOO CARCOSMETICS, LDA Auto Coelhinhos - Comércio Automóvel, S.A. Auto Leandro Santos-Comércio Automóveis, Unipessoal Lda. Auto Mecânica Alvorgense, Lda. Automecanica da Confraria, S.A. Aviourém - Especialidades Farmacêuticas, S.A. Bakermix - Fabrico e Comercialização de Produtos Alimentares, Lda. Belave - Produtos Alimentares, Lda. Benepvc - Fabrico e Comércio de Pvc, Lda. Bentos - Indústria de Mármores, Lda. Berbis, Lda. Bicimax - Artigos Desportivos, Lda. BLUMAQ - Peças para máquinas industriais, Lda BOBINADORA BJS S.A. Bockemuehl, Lda. Bollinghaus Steel, S.A. Bormat - Estruturas para Moldes, Lda. Branco Lisboa, Lda. Brindicis - Brindes Publicitários, Unipessoal Lda. Brisanorte ? Pastelarias, Lda. C. M. S. - Tecnologia de Plásticos, S.A. C. P. S. - Consultores de Informática, S.A. C.E.D.I.L.E. - Centro de Diagnóstico por Imagem de Leiria, Lda. Café Arcadas do Jardim, Lda. Caiado, S.A. CALDEIRA & CALDEIRA, LDA. Campovo - Produção e Comercialização de Ovos, S.A. Canalcentro - Materiais para Canalização e Climatização, S.A. Cantinho do Barrote Unipessoal, Lda. Carlis - Equipamentos Industriais, Lda. Carlos & César, Construção Civil, Lda. CARLOS CALHELHAS METALURGICA LDA Carlos Cozinheiro - Construções Metálicas, Lda. Carlos Manuel Pinto Oliveira - Unipessoal, Lda Carpintaria Central da Benedita, Lda. Carvalho & Alexandre - Distribuição Alimentar Especializada, Lda. Casa Queridos - Produtos para a Agricultura, Lda. Caseiro, Costa & Vieira, Lda. Casimiro & Santos, Lda. Celeiro do Móvel - Comércio de Mobiliario, Lda. CENTR0 GLASS COMERCIALIZAÇÃO DE VIDROS EM VIATURAS , LDA Cetial - Centro Técnico Automóvel do Liz, Lda. Cingel - Contabilidade, Informação e Gestão, Lda. Coberfer - Coberturas, Serralharia e Construção Civil, Lda. Cofral - Construções Francisco Ribeiro, Lda. Compogal - Indústria de Polímeros, S.A. Confraria Nossa Senhora da Nazaré Consercaldas - Comércio e Representação de Produtos Alimentares, Lda. Construções António Leal, S.A. Construções Carlos Barros & Filhos, Lda. Construções CLHD, Lda. Construções Linto & Marques, S.A. Corbário - Minerais Industriais, S.A. Cordeiro, Lda. Correia Rosa Lda. CS - COELHO DA SILVA, SA D.R.T. - Moldes e Plásticos, Lda. Datiben - Construções, Unipessoal Lda.
49410 41200 46311 46494 46422 46620 46610 1460 1240 55111 46381 13202 49410 56101 47410 47220 46410 46732 46720 41200 28250 38212 71120 46491 46494 49410 55111 42110 23413 55111 47523 23610 47740 43290 95220 10712 46900 45190 45110 46610 45110 46460 10893 46382 22230 8111 10712 46493 46630 33140 22192 24100 25734 47730 46494 10712 22292 62020 86906 92000 46430 46341 1470 46732 56101 47191 41200 25620 25110 47730 16230 46370 47761 45320 47300 46470 45200 71200 69200 43910 41200 20160 86100 46382 42110 41200 41200 41200 8122 25120 47730 23322 46900 41200
Pombal Batalha Bombarral Alcobaça Alcobaça Leiria Leiria Pombal Óbidos Peniche Caldas da Rainha Castanheira de Pêra Marinha Grande Nazaré Leiria Leiria Pombal Pombal Leiria Pombal Caldas da Rainha Pombal Óbidos Leiria Caldas da Rainha Porto de Mós Nazaré Leiria Alcobaça Marinha Grande Alcobaça Pombal Leiria Caldas da Rainha Caldas da Rainha Alcobaça Batalha Batalha Caldas da Rainha Ansião Leiria Leiria Óbidos Leiria Alcobaça Porto de Mós Ansião Marinha Grande Leiria Leiria Ansião Marinha Grande Leiria Caldas da Rainha Leiria Leiria Leiria Leiria Leiria Peniche Leiria Caldas da Rainha Pombal Leiria Marinha Grande Leiria Peniche Leiria Leiria Pombal Alcobaça Leiria Caldas da Rainha Leiria Porto de Mós Batalha Leiria Leiria Leiria Leiria Leiria Leiria Nazaré Caldas da Rainha Batalha Pombal Caldas da Rainha Caldas da Rainha Leiria Pombal Caldas da Rainha Porto de Mós Leiria Alcobaça
EMPRESAS LÍDER | 51 Especial PME Excelência e Líder
Organ.
Nome
CAE
Concelho
IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI TP IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI TP IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI
David & Oliveira, Lda. Deartis - Comércio e Indústria de Cerâmica Artística, Lda. Deconorma - Acessórios Normalizados para Moldes e Máquinas, Lda. Dehora - Industria de Calçado, Lda. Deltaplás - Equipamentos, Lda. Diamantino Malho & Cª., Lda. Diamantino Mota Gaspar, Lda. Diamantino Perpétua & Filhos, Lda. Dingipeças - Comércio de Peças Automóveis, Lda. Dionísio José Gomes das Neves, Lda. Distrifigueiró - Supermercados, Lda. DISTRIGÂNDARA - SUPERMERCADOS, LDA Distrigrande ? Supermercados, Lda. Distripeniche supermercados lda Distripombal - Supermercados, S.A. Domplex Logis - Gestão de Suportes Logísticos, S.A. DRT Rapid - Protótipos e Moldes, Lda. DT2 New Concept - The Rapid Manufacturing Center, Lda. Duarte & Malicia, Lda Duobidos Construções, Lda. E&T - Engineering and Tooling, Lda. E. Timóteo, Lda. E.I.B. - Empresa Industrial de Borracha, S.A. Ecomais - Recolha e Valorização de Resíduos, S.A. Ecopartes, Lda. Eletrocortes - Comércio e Reparação de Eletrodomésticos, Lda. Embala na Hora, Lda. EMMAD, S.A. Equipack - Equipamentos e Matérias primas Industriais, Lda. Escola Surf do Baleal, Lda. Especial Frutas - Comércio de Frutas e Produtos Hotícolas, Lda. EST - Empresa Serviços Técnicos, S.A. Eurobetonilhas - Betonilhas e Parquets, Lda. Eurocumsa - Comércio de Normalizados para Moldes, Lda. Eurofreza - Indústria de Moldes, Lda. EXPORTEMBAL-Fabricação e Exportação Embalagens Finas de Madeira,lda F. Caixeiro - Industrial Solutions, Lda. F. da Silva Graça - Sociedade Farmacêutica, Lda. F.I.P.A.L.- Fornecimento, Intercâmbio e Produção Avícola, S.A. Fábrica de Malhas Martos, Lda. Faianças J. Barreiro, Lda. Faianças Ramos, Lda. FAPLANA - FABRICA DE PLASTICOS DE LEIRIA S.A. Faria & Irmão, Lda. Faria & Pereira - Comércio de Viaturas Auto, Lda. FARIA E MOROUÇO, SA Farmácia Beatriz Godinho, Unipessoal Lda. Farmácia Godinho Tomaz, Unipessoal Lda. Farmácia Guardiano - Unipessoal, Lda. Farmácia Laborinho, Lda. Farmácia Nascimento Ferreira, Unipessoal Lda. Farmácia Oliveira Sucessores, Lda. Farmácia Senhor dos Milagres, Unipessoal Lda. Farmácia Torres e Correia, Lda. Farpedra - Exploração de Pedreiras, Lda. Ferragens do Marquês, Lda. Ferrão e Ferrão, Lda. Ferreira & Filhos - Reparações Auto, Lda. FERREIRA E FRADIGANO LDA Fibroplac - Fábrica de Placas de Gesso Laminado, S.A. Fiel Serralharia Lda FIPOLEIRIA - SUPERMERCADOS, LDA Fluxoterm - Climatização, Lda. Fonseca & Silva, S.A. Freire & Figueiredo, Lda. Fribaleia - Transportes Frigoríficos, Lda. Friesen - Indústria de Madeiras, Lda. Frigosto - Indústria de Transformação e Preparação de Produtos Congelados, Lda. Frishorta - Comércio de Produtos Hortícolas, Lda. Frutas Albino Tavares, Lda. Frutas Classe - Comércio de Frutas S.A. Frutembal-Produção e Exportação de Embalagens, Lda GA Moldes, Lda Geocam - Maquinação e Moldes, Lda. Geometria do Móvel - Fabricação de Mobiliário, Unipessoal Lda. Germano & Cordeiro, Lda. GLASS SOFT - ROBÓTICA & SISTEMAS, LDA. Goanvi - Central de Engarrafamento de Bebidas, Lda. Golfipen, Lda. Gonçaltir - Indústria e Comércio de Capotas, Lda. Gotalimpa II, Lda. Granfer - Produtores de Frutas, CRL. Graphite Technologies Moldes Portugal, Lda. GSVI, SA H Tubo - Comércio de Peças e Acessórios Industriais, Lda. H.B.C.II-PEÇAS AUTO,LDA. Habit"Armos - Construção Imobiliária, Lda. Hélio Paiva - Viveiros de Plantas, Lda. Hexatool Comércio de Ferramentas de Corte, S.A. HIDRO ORFÃO - HYDRAULIC SOLUTIONS, LDA HiperClima - Central de Distribuição Térmica de Portugal, S.A. Hlink - Redes e Software Industrial, Lda. Horácio Vieira Leal, Lda.
47711 23413 25992 15201 46690 20141 47523 45320 45320 25620 47111 47112 47111 47111 47111 52291 25734 22292 46731 41200 46690 1240 22192 38112 45310 47540 17211 16240 46690 56105 46311 43290 41200 46762 25734 16240 28992 47730 46382 14390 23413 23413 22292 22291 45110 22292 47730 47730 47730 47730 47730 47730 47730 47730 8111 46740 46732 45110 47220 23620 25501 47111 43222 25120 56107 49410 16240 10201 46311 47293 46311 16240 25734 25734 31091 8111 27122 46341 46382 13920 81220 46311 46900 45190 46762 45310 46130 1130 46620 46690 46740 62020 46732
Leiria Porto de Mós Leiria Leiria Leiria Pombal Pombal Leiria Leiria Pombal Figueiró dos Vinhos Leiria Marinha Grande Peniche Pombal Leiria Leiria Marinha Grande Leiria Óbidos Marinha Grande Óbidos Marinha Grande Batalha Leiria Leiria Alcobaça Marinha Grande Leiria Peniche Alcobaça Leiria Pombal Leiria Leiria Leiria Leiria Pombal Ansião Porto de Mós Alcobaça Alcobaça Leiria Leiria Leiria Leiria Leiria Leiria Marinha Grande Alcobaça Caldas da Rainha Leiria Leiria Pombal Alcobaça Pombal Leiria Marinha Grande Ansião Pombal Alcobaça Leiria Leiria Leiria Batalha Peniche Ansião Caldas da Rainha Peniche Caldas da Rainha Caldas da Rainha Marinha Grande Marinha Grande Alcobaça Leiria Porto de Mós Marinha Grande Alcobaça Peniche Porto de Mós Alcobaça Óbidos Marinha Grande Leiria Pombal Batalha Caldas da Rainha Nazaré Marinha Grande Leiria Leiria Marinha Grande Peniche
52 | EMPRESAS LÍDER Especial PME Excelência e Líder
Organ.
Nome
CAE
Concelho
IAPMEI IAPMEI IAPMEI TP IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI TP IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI TP IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI
Hortoberlenga, Lda. HUMBERTO MARQUES-CASH AND CARRY,LDA I. T. P. - Industria Transformadora de Plásticos, S.A. I.N. - Tours Viagens e Turismo, Lda. I.R.P. - Indústria Recicladora de Plásticos, Lda. I.T.U. - Imobiliária e Turismo, Lda. Icebel - Comércio de Máquinas e Desenvolvimento Industrial, Lda. Imoplastic - Indústria de Moldes e Plásticos, Lda. Inautom ? Automação, Lda. inCentea-Tecnologia de Gestão S.A. Indumape - Industrialização de Frutas, S.A. Innovation Makers - Serviços de Consultoria em Inovação, Lda. Inogen - Inovação e Soluções Veterinárias, Lda. Inovopedra - Industria Inovadora de Rochas Ornamentais, Lda. Intermolde - Moldes Vidreiros Internacionais, Lda. Irmãos Gomes - Industrias de Moldes e Plásticos, S.A. Itecmo - Indústria de Fabricação de Moldes, Lda. Ivo Cutelarias, Lda. J. Frias Construções, Lda. J. L. Santos, Lda. J.M.S.Pereira & Filhos, Lda. Jardiagro - Máquinas Agrícolas e Jardim, Lda. João Hermenegildo de Sousa & Filhos, Lda. João Serra de Carvalho, Unipessoal Lda. Joaquim Coelho Quaresma Ferreira, Lda. Joaquim Rodrigues da Silva & Filhos, Lda. Joaquim S. Henriques - Sociedade de Torrefação, Unipessoal Lda. Jomaze - Louças Artisticas e Decorativas, Lda. Jomotos - Comercialização de Motos, Lda. Jorge e Ramalho, Lda. JOSE CARREIRA DA SILVA COSTA, LDA. Julipedra - Indústria de Transformação de Mármores, Lda. K.L.C. - Industria de Transformação de Matérias Plásticas, Lda. L. M. Perfis - Indústria de Perfis e Portas, S.A. Labeto - Centro de Análises Bioquímicas, S.A. Lactifoz - Transformação e Comércio de Peixes e Mariscos, S.A. LC ? Negócios, Lda. Lealmat - Materiais de Construção, Decoração e Bricolage, Lda. Leiridata - Máquinas de Escritório, Lda Leirilis - Acessórios e Peças para Automóveis, S.A. Leirilivro, Comércio e Distribuição de Livros, Lda. Leiriplás - Sociedade Leiriense de Plásticos, Lda. Leiriprensa - Comércio e Reparação de Máquinas Industriais, Lda. Leirivedante - Vedantes e Perfis, Lda. Lídia Maurício Matias & Filhos, Lda. Lisstock - Comércio Internacional, Lda. Lizauto - Sociedade Portuguesa de Comércio e Reparação de Automóveis, Lda. Luís Guarda - Artigos Decorativos, Lda. LUSOPISOS PAVIMENTOS INDUSTRIAIS LDA M. Francisco - Madeiras, S.A. M. Simões & Filhos, Lda. M. T. V. - Indústria e Comércio de Marroquinaria e Acessórios de Vestuário, Lda. M.S. Cariano, Lda M.T.L. - Madeiras Tratadas Lda. Macolis - Materiais de Construção e Climatização, S.A. Mafepre - Material e Ferramentas de Precisão, Lda. Magal - Sistemas de Bombeamento, Lda. Maiaperfil - Metalomecânica, Lda. Manuel da Conceição Antunes - Construções e Obras Públicas, S.A. Manuel da Costa e Silva, Lda. Manuel de Sousa Barosa, Lda. Manuel E. Miranda Lda Manuel Mateus Frazão, Lda. Manuel Mendes, Lda. Manuel Órfão & Filhos, Lda. Manuel Pedro de Sousa & Filhos, Lda Manuel Rodrigues Ferreira, S.A. Manusystems, Manutenção de Sistemas, Unipessoal Lda. Maravilhas Soltas, Lda Marcelino & Filhos, Lda. Maria Natália Pereira da Valinha, Lda. Mariteste - Injecção e Produção de Plásticos Técnicos , Unipessoal Lda. Mármores Vigário, Lda. Marteleira - Hotelaria, Lda. Masiga - Materiais, Construção e Madeiras, Lda. Matos & Neves, Lda. Metalomecânica - Victor Monteiro, Lda. MGSD-Construções Lda Miranvias - Pintura e Sinalização, Lda. Mito - Fabricação de Moldes Metálicos, Lda. Moldegama - Moldes Técnicos, S.A. Moldene - Indústria de Moldes, Lda. Moldes 2000, Lda. Moldes Catarino, Lda. Moldes D4, Lda. Moldetipo II - Engineering Moulds and Prototypes (Portugal), Lda. Moldhercus-Fabrico de Moldes Metálicos, Lda. Moldoeste - Indústria de Moldes, S.A. Moldoeste II - Indústria de Plásticos, Lda Mondejo 2 - Energias e Construções, S.A. Montalman, Lda. Monte Fresco ? Supermercados, Lda. Movicortes - Serviços e Gestão, S.A. Moviter - Equipamentos, Lda.
1130 47250 22292 79110 38322 41200 28291 25734 46690 62020 10320 62020 46460 23701 25734 22292 25734 25710 41200 25734 47523 46610 46311 10912 16101 42990 10394 23413 45401 25710 46442 23701 22292 25120 86901 47112 46441 46732 47781 45320 46491 22292 46630 22192 56101 46190 45110 46441 43330 16101 25120 15120 47784 16102 46732 46620 46690 25992 42110 46732 10201 46620 41200 49410 16101 8112 46130 71120 1252 41200 47730 22292 8113 55111 16240 42110 24200 41200 42990 25734 25734 25734 25734 25734 25734 25734 25734 25734 22292 43210 33200 47111 82990 46630
Peniche Leiria Leiria Leiria Ansião Nazaré Marinha Grande Marinha Grande Batalha Leiria Pombal Óbidos Pombal Porto de Mós Marinha Grande Marinha Grande Leiria Caldas da Rainha Leiria Marinha Grande Alcobaça Pombal Bombarral Alvaiázere Figueiró dos Vinhos Pombal Leiria Alcobaça Pombal Alcobaça Leiria Alcobaça Marinha Grande Ansião Alvaiázere Pombal Caldas da Rainha Caldas da Rainha Leiria Leiria Batalha Leiria Batalha Leiria Nazaré Leiria Leiria Leiria Pombal Leiria Pombal Alcobaça Leiria Leiria Leiria Marinha Grande Pombal Leiria Leiria Leiria Caldas da Rainha Marinha Grande Alcobaça Pombal Leiria Alcobaça Caldas da Rainha Caldas da Rainha Caldas da Rainha Batalha Leiria Marinha Grande Alcobaça Peniche Leiria Batalha Leiria Leiria Ansião Porto de Mós Alcobaça Alcobaça Marinha Grande Marinha Grande Leiria Marinha Grande Leiria Marinha Grande Marinha Grande Leiria Batalha Leiria Leiria Leiria
EMPRESAS LÍDER | 53 Especial PME Excelência e Líder
Organ.
Nome
CAE
Concelho
IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI TP IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI
Mundial Rocha - Comércio de Frutas, S.A. N. Belchior, Lda. Neomáquina Supermercados, Lda. Neves & Beatos, Lda Neves & Santos, S.A. Nicul - Nova Indústria de Cutelarias, Lda. Norberto Gaspar - Comércio Materiais de Construção, Lda. Nova Plasteste, S.A. NUEUG - Sociedade de Mobiliário, Imóveid e Carpintaria, Unipessoal, Lda. Odraude - Construção Civil e Obras Públicas, Lda. ONDAL - COMERCIO DE AUTOMOVEIS, LDA Opcentro - Cooperativa da Pesca Geral do Centro, C.R.L. Optilink, Lda. Ovopor-Agro-Pecuária dos Milagres, S.A. P.J.M. - Construções Metálicas, Lda. Pacheco Pereira - Farmácias, Lda. PALETCOUTO - INDÚSTRIA DE PALETES, SERRAÇÃO E NEGOCIANTES DE MADEIRA, LDA. Pan e Past - Produtos de Panificação e Pastelaria, Unipessoal, Lda Pastceram - Pastas Cerâmicas, S.A. Pavimentos Silva - Pavimentos em Madeira e Outros Revestimentos, S.A. Pavimilhas - Pavimentos Industriais, Lda. Pearlmaster, Lda. Perfildoor - Componentes para Carpintaria, Lda. Perfilis - Caixilharia de Alumínio e PVC, Lda. Pérola do Tempo, S.A. Perpétua, Pereira & Almeida, Lda. Pessoalform - Empresa de Trabalho Temporário e Formação, Lda. PHARMASPOT, PRODUTOS E SERVIÇOS FARMACEUTICOS LDA Pinto & Braz, Lda. Pisosol - Pavimentos Industriais, Lda. Plácido Roque - Industria de Moldes e Máquinas, Lda. Planitec - Moldes Técnicos, Lda. Plasdan - Automação e Sistemas, Lda. Plásticos IPA, S.A. PLASTIDOM - Plásticos Industriais e Domésticos, S.A. Plimex - Plásticos Industriais, S.A. Policlínica Central da Benedita, S.A. Pombalverde - Produção e Comercialização de Plantas, Lda. Porfic - Fundição Injectada de Portugal, Lda. Portutecmo - Moldes para Plásticos, Lda. Preceram - Indústrias de Construção, S.A. Primofruta - Sociedade Hortofrutícola, Lda. Printglass - Transformação de Vidro, Lda. PROFISERV LDA. PROFRESCO - Produtos Alimentares, Lda. Propecuária - Veterinária e Farmacêutica, Lda. Querido Tinta Silva e Vicente Lda Quinta do Paul - Atividades Hoteleiras e Turísticas, Lda. R. C. L. - Caixilharia de Alumínios, Lda. Raf Portugal, Lda. Ramadas - Serviços de Aconselhamento de Dependências, Lda. Recauchutagem Guiense, Lda. Renalopes - Sociedade Comercial de Acessórios, Lda. Resitec Componentes Industriais, Lda. Ribermold, Lda. Rocha e Jorge, Lda Rodapeças - Pneus e Peças, S.A. Rotofer - Importação e Comercialização de Ferragens, Lda. Royal Kebab, Lda. RTJ Plásticos, SA Ruas & Neves Lda (ARTECIMEL (R)) Ruifer - Instalações e Reparações Eléctricas, Lda. S. I. B. -Sociedade Industrial de Britagem de Pedra, Lda. S. I. E. - Sociedade Internacional de Embalagens, S.A. S. N. S. V. - Sociedade Nacional de Sinalização Vertical, Lda. Sabril - Sociedade de Areias e Britas, Lda. Sagrec - Construções, S.A. Samiparts - Comércio de Peças Auto, Lda. Selmape - Empresa de Transportes Rodoviários de Mercadorias, Lda. Sildoor - Indústria de Móveis, S.A. Silva & Santos, Lda. Simplastic - Sociedade Industrial de Matérias Plásticas, Lda. Sitecna - soluções técnicas e de embalagem, S.A. Sival - Gessos Especiais, Lda. Socém - E. D. - Fabricação, Engenharia e Desenvolvimento de Moldes, S.A. SOCIEDADE AUTO CENTRAL LEIRIENSE, LDA. Sociedade de Pesca Afrodite, Lda. Socilux - Estudos e Comércio de Iluminação, Lda. Sodibatalha - Supermercados, Lda. Sodiguia - Supermercados, Lda. Somapil - Sociedade de Madeiras de Pinho, Lda. Sondagens do Oeste, S.A. Sondalis - Captações de Água, Lda. Sousa & Catarino, Lda. Sousa & Sousa, Lda. Sportino, Lda Station Leiria - Centro de Manutenção de Veículos, Lda. Submerci - Construção e Urbanizações, Lda. Suinigrupo - Rações para Animais, Lda. T. J. Aços, Lda. T. J. Moldes, S.A. T. P. B. - Tecnologia em Pavimentos e Construção, S.A. Teclis - Tecnica e Estudos de Electricidade, SA TECNIJUSTA - AJUSTAMENTO E MOLDES PARA PLÁSTICOS UNIPESSOAL, LDA
46311 46900 47111 23701 31091 25710 47523 22292 31091 41200 45110 46381 27310 10912 25110 47730 16240 46382 23992 47522 43330 47784 46720 25120 47770 23413 78200 47730 42990 43330 25734 25734 71120 22292 22292 22292 86210 1300 24540 71120 23321 46311 23190 46732 47230 46460 1460 56104 25120 45310 87902 22112 45200 27900 25734 46381 45320 46740 46390 22292 23610 43210 23640 22220 25992 8122 41200 45320 49410 31091 45110 22292 22292 23522 25734 45110 3111 47591 47111 47111 46731 43130 43130 8113 47522 47640 45320 42110 10912 25734 25734 43992 33200 25734
Bombarral Marinha Grande Alcobaça Porto de Mós Leiria Caldas da Rainha Leiria Marinha Grande Alcobaça Alvaiázere Leiria Peniche Pombal Leiria Pombal Alvaiázere Pombal Óbidos Alcobaça Leiria Pombal Leiria Leiria Leiria Leiria Alcobaça Marinha Grande Peniche Leiria Pombal Marinha Grande Porto de Mós Marinha Grande Porto de Mós Leiria Marinha Grande Alcobaça Pombal Leiria Marinha Grande Pombal Bombarral Marinha Grande Alcobaça Peniche Batalha Alcobaça Leiria Leiria Leiria Leiria Pombal Leiria Leiria Marinha Grande Peniche Pombal Pombal Leiria Marinha Grande Pombal Porto de Mós Leiria Leiria Ansião Pombal Marinha Grande Pombal Pombal Leiria Pombal Batalha Marinha Grande Leiria Alcobaça Leiria Peniche Leiria Batalha Pombal Leiria Pombal Leiria Alcobaça Leiria Bombarral Leiria Peniche Leiria Marinha Grande Marinha Grande Leiria Leiria Marinha Grande
54 | EMPRESAS LÍDER Especial PME Excelência e Líder
Organ.
Nome
CAE
Concelho
IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI TP IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI TP IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI TP TP IAPMEI IAPMEI IAPMEI TP IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI TP IAPMEI TP IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI TP IAPMEI TP TP IAPMEI IAPMEI TP TP IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI IAPMEI TP IAPMEI
Tecnimoplás - Industria Técnica de Moldes, Lda. Tecnocanto - Tecnologia de Sistemas e Equipamentos Industriais, Lda. Tecno-Pan, Lda. Tecofix - Técnica de Equipamento e Fixação, S.A. Tectend - Tectos Tensos Decorativos, Lda. TEKEVER Teknospiro - Fabrico de Condutas e Acessórios para AVAC, Lda. Tenpol, S.A. Termas da Piedade, Lda. Termocompo - Indústria Termoplástica, Lda. TERRALAVANDA, UNIPESSOAL, LDA. Tinturaria Rosários Quatro, Lda. TIRCOOL TRANSPORTES DE MERCADORIAS LDA TMF - Torres, Martins & Franca, S.A. Tomé Feteira II - Indústria de Limas e Equipamentos, S.A. Topcoatembal - Packaging e Tratamento de Plástico, Lda. Transgrícola ? Transportes, Lda. TransMenino - Transportes e Materiais de Construção, Lda. Transpataiense - Transportes Rodoviários de Mercadorias, S.A. Transportadora Ideal do Louriçal, Unipessoal Lda. Transportes Antunes Figueiras, S.A. Transportes Bandeiras, Lda. Transportes Central Pombalense, Lda. Transportes Fidalgo, Lda. Transportes Jaime Lopes, Lda. Transportes Lurdes Amado, Lda. Transportes Silva & Luis, Lda. Unisilvas - Produção e Comércio de Pão, Lda. Uziel Carvalho, Lda. V. M. F. - Petróleos, Lda. V.J. Transfer, Lda. Vale & Costa, Lda. Vecourbandesign, Unipessoal Lda. Velvet Design e Publicidade, Lda. Vendalinda - Importação, Exportação, Lda. Veramolde - Indústria de Moldes, Lda. Vicarpal - Comercialização de Paletes, Lda. Victor Santos - Flores e Acessórios, Lda. Vidraria Dujoca, Lda. Vidrimolde - Indústria Internacional de Moldes, Lda. Vimoter - Comércio de Veículos de Turismo, Lda. Virmolde - Indústria Técnica de Moldes, Lda. Worldjob - Empresa de Trabalho Temporário, Lda. A.S.C. - Artigos Sanitários do Centro, Lda. Alekra - Hotelaria e Turismo, S.A. António das Neves Marto e Filhos, Lda. Artesacris - Artigos Religiosos de Fátima, S.A. Aviário do Resouro - Produção de Ovos, Lda. Bilreiros & Ribeiro Silva, Lda. Bodas & Festas - Actividades Turísticas, Lda. Caxamar - Comércio e Industria de Bacalhau, Lda. Clinifátima - Serviços Médicos, S.A. Corifa - Construção Civil, Lda. Eco Demo, Demolições Ecologia e Construção, S.A. Ecodepur-Tecnologias de Protecção Ambiental, Lda. EUROMOLDING - MADEIRAS, LDA Fametal - Fábrica Portuguesa de Estruturas Metálicas, S.A. Farmácia Manuela Quartau, Unipessoal Lda. Farportugal - Indústria de Artigos Religiosos, Lda. Fátima Exporte, Lda. Fernanda Isabel R. Salsa Castelo, Unipessoal, Lda FERREIRA BAPTISTA & FILHOS, LDA Filourém - Comércio de Peças Auto, Lda. LINOS & FARIA LDA Lourenço & Filhos, Lda. Lubrifátima Pneus, Lda. M.A.E. - Peças para automóveis, Lda. Major - Santos & Filhos, Lda. Manuel das Neves Coelho, Filhos, Lda. Megapc - Informática e Software, Lda. Mendes Reis & Gonçalves, Lda. Micronipol - Micronização e Reciclagem de Polímeros, S.A. Monteiro & Filhos, S.A. Moviportas - Fábrica de Móveis e Portas de Rio de Couros, Lda. Pedra Alva - Sociedade Exploradora de Calcários do Centro, Lda. Profial - Profissionais de Alumínio, S.A. Ramecel-Rede Abastecedora de Mercearias do Centro, SA Restaurante Bar "O Recinto" Lda. Rodirima, Sociedade de Armação de Ferro, Lda. S.H.L. - Sociedade Hoteleira de Fátima, Lda. Segmentoponto4 - Gabinete de Arquitectura, Lda. Shoperfil, Lda. Silaco- Silicas, Abrasivos e Construções, Lda. Somerali - Sociedade de Empreendimentos Turísticos Meralis, S.A. Steyler Fátima - Actividades Hoteleiras, Lda. Super Freixianda - Supermercados Unipessoal, Lda. SUPERNOVE OUREM - SUPERMERCADOS, LDA Topeca - Produtos de Construção Civil, Lda. Transfor - Engenharia e Construção,S.A. TransJM Transportes e Logística, Lda. Trigénius - Tecnologias de Informação, S.A. Verdasca & Verdasca, S.A. Verde Pino - Agência Viagens e Turismo, Lda. Vitória de Sobral - Artigos Religiosos, S.A.
25734 28992 25120 46740 43390 62090 28250 22292 55111 22292 41200 13301 49410 42990 25731 32996 46214 49410 49410 49410 49410 49410 49410 49410 49410 49410 49410 10711 1500 46711 25992 56301 31091 73110 46422 25734 46731 46220 23120 25734 45110 25734 78200 46900 56107 55111 47784 1470 16101 56101 10204 86210 41200 41200 22230 16230 25110 47730 32996 46900 47730 47784 45310 46732 47220 45310 45320 46732 55111 47410 56101 38322 49410 16213 8113 25120 46390 56107 43992 55119 71110 25120 23701 55111 55111 47111 47111 23640 41200 49410 58290 23690 79110 47784
Marinha Grande Leiria Ansião Leiria Leiria Óbidos Leiria Leiria Alcobaça Leiria Óbidos Porto de Mós Caldas da Rainha Bombarral Marinha Grande Leiria Pombal Leiria Alcobaça Pombal Pombal Porto de Mós Pombal Porto de Mós Pombal Leiria Alcobaça Leiria Leiria Leiria Porto de Mós Caldas da Rainha Alcobaça Batalha Leiria Marinha Grande Leiria Leiria Leiria Marinha Grande Leiria Marinha Grande Leiria Ourém Ourém Ourém Ourém Ourém Ourém Ourém Ourém Ourém Ourém Ourém Ourém Ourém Ourém Ourém Ourém Ourém Ourém Ourém Ourém Ourém Ourém Ourém Ourém Ourém Ourém Ourém Ourém Ourém Ourém Ourém Ourém Ourém Ourém Ourém Ourém Ourém Ourém Ourém Ourém Ourém Ourém Ourém Ourém Ourém Ourém Ourém Ourém Ourém Ourém Ourém
56 | ANÁLISE Especial PME Excelência e Líder
Região de Leiria perdeu 38 PME Líder Balanço Concelho de Leiria foi aquele que perdeu maior número de PME Líder, mas continua a liderar o 'ranking' da região
A
região de Leiria tem vindo a perder, ano após ano, várias empresas com o estatuto de PME Líder. Se em 2015 eram 654 empresas com esse estatuto, e em 2016 esse número decresceu ligeiramente para 648, contando a região, em 2017, com 610 PME Líder, menos 38 que o ano anterior. Se contarmos apenas com o distrito, Leiria regista 578 PME Líder, a que se juntam as 32 do concelho de Ourém. Um dos concelhos que mais PME Líder perdeu foi o de Leiria, sendo, ainda assim, o concelho com mais empresas abrangidas com este estatuto na região. No total, o concelho de Leiria tem 206 PME Líder em 2017, quando em 2016 eram 294, um decréscimo de 88 empresas. O concelho que ficou no
segundo lugar no 'ranking' dos concelhos com mais PME Líder é o da Marinha Grande, com 75 empresas (menos três que em 2016), tendo ultrapassado o concelho de Pombal, que registou, em 2017, 74 PME Líder, menos sete que no ano anterior. Na listagem, o concelho de Alcobaça surge no quarto posto, com 59 PME Líder, tendo perdido quatro em relação ao ano anterior, seguindo-se, no quinto lugar, o concelho de Caldas da Rainha, com 37 PME Líder, sendo um
dos poucos concelhos da região que registou um aumento no número de empresas com esse estatuto – mais 10. Na sexta posição, aparece o concelho de Ourém, com 32 PME Líder, tendo sido um dos concelhos com maior perda de PME Líder, já que no ano anterior registava 63. Seguemse, respectivamente, os
concelhos da Batalha, com 26 PME Líder (30 em 2016), Porto de Mós, com 25 (29 em 2016), e Peniche, com 23, tendo registo um aumento significativo, já que em 2016 tinha 'apenas' 14 PME Líder. A fechar o 'top-10' estão os concelhos de Ansião, com 14 PME Líder, mais uma que no ano anterior, e o concelho de Óbidos, igualmente com 14 PME Líder, quando em 2016 tinha 20. A restante listagem é composta pelo concelho de Bombarral, com nove
PME Líder, seguindo-se o concelho da Nazaré, com oito, e o concelho de Alvaiázere, com cinco. Nestes três casos, o número de PME Líder em 2017 é igual ao registado ao ano anterior. O 'ranking' é fechado com os concelhos de Figueiró dos Vinhos, com duas PME Líder (tinha três em 2016) e Castanheira de Pera, com uma (tinha duas em 2016). Por sua vez, Pedrógão Grande não registou qualquer PME Líder em 2017, quando no ano anterior tinha duas.
Região de Leiria tem 610 PME Líder, menos 38 que em 2016. Distrito conta com 578 PME Líder e Ourém com 32
58 | CENTRO TECNOLÓGICO Especial PME Excelência e Líder
Tecnologia A
indústria dos moldes tem batido vários recordes nos últimos anos e parte do seu sucesso está a cargo de uma máquina funcional, com 'engrenagens', como o Centimfe, que há mais de vinte anos se dedica a proteger e a desenvolver o sector
U
Centimfe impulsionai sucesso de sectori dos moldes há maisi de duas décadasi
Indústria de moldes bate recordes, ano após ano, e tem se destacado pela excelência dos seus produtos
m dos sectores industriais em que a região de Leiria se destaca com distinção é, sem dúvida, o dos moldes. Ano após ano, a indústria dos moldes regional tem batido recordes e tem se destacado pela excelência dos seus produtos. Prova disso é a presença de várias empresas do sector na lista de pequenas e médias empresas (PME) com o galardão ‘Excelência’. O título atribuído é o reconhecimento de um trabalho pensado e aperfeiçoado que, apesar dos bons resultados já alcançados pela indústria dos moldes, continua em constante evolução. E, quando a tarefa é contribuir para a evolução do sector, existe, na região, uma entidade pronta a ajudar as empresas e a 'limar todas as arestas' da sua rotina de trabalho, de modo a tirarem o melhor proveito daquilo que sabem fazer. Falamos do Centimfe - Centro Tecnológico da Indústria de Moldes, Ferramentas Especiais e Plásticos. Criado em 1991, e sediado na Marinha Grande, o Centimfe
CENTRO TECNOLÓGICO | 59 Especial PME Excelência e Líder
afirma-se como uma instituição de utilidade pública sem fins lucrativos, com mais de 200 associados, integrando empresas, as associações sectoriais Cefamol - Associação Nacional da Indústria de Moldes, a Associação Portuguesa da Indústria de Plásticos (APIP), e os parceiros públicos, o IAPMEI, o IPQ e as Câmaras Municipais da Marinha Grande, de Leiria, da Batalha, e de Oliveira de Azeméis. Desde que foi criado, o Centimfe aplica uma missão e uma visão bem delineadas que culminam na política de qualidade e inovação. Mas qual é a missão do Centimfe? Bem, o próprio centro tecnológico dá resposta. Segundo informação divulgada pelo Centimfe, os objectivos da entidade passam por se posicionar "como uma interface de apoio ao desenvolvimento das indústrias de Moldes, Ferramentas Especiais e de Plásticos, através da interacção com as empresas destes sectores nas suas diferentes funções, actuando como elo de transferência de tecnologia entre o Sistema Científico e Tecnoló-
Centimfe aplica uma missão e uma visão bem delineadas que culminam na política de qualidade e inovação
gico, de que é parte integrante, e as Empresas, no quadro do Pólo de Competitividade e Tecnologia Engineering & Tooling (do qual é parceiro âncora)". Para concretizar esta missão, o Centimfe esforça-se por estar próximo das empresas de modo a conhecer e saber responder às necessidades das mesmas oferecendo "soluções específicas, apoio técnico, serviços inovadores e de quali-
dade, e informação estratégica". Incutir a prevenção e o rigor como padrão de desempenho nas empresas e desenvolver redes de cooperação com outras entidades do 'saber', contribuindo com participação activa em actividades de Investigação e Desenvolvimento Tecnológico (I&DT), são algumas das linhas de actuação do Centimfe junto das empresas para a me-
lhoria da sua qualidade. Contudo, o trabalho do centro tecnológico da Marinha Grande, no que diz respeito ao bom funcionamentos da indústria dos moldes, não se fica por aí e passa ainda pela aposta na transferência de tecnologia e de consolidação do Sistema Português da Qualidade e da Inovação e pela divulgação e disseminação dos avanços tecnológicos pela indústria (asso-
ciados), funcionando como umas das principais fontes de informação. O Centimfe possui também vários projectos em curso que procuram promover de forma sustentada a competitividade das empresas industriais, através do reforço das capacidades técnica, tecnológica e de marketing, e das competências dos recursos humanos. Os projectos em curso enquadram-se numa grande variedade de áreas temáticas, nomeadamente tecnologias de informação, materiais, processos, reengenharia, formação entre outras. Para ajudar no aperfeiçoamento e na qualidade no sector, não só a nível estrutural mas também ao nível da qualificação da mão-de-obra, o Centimfe desenvolve ainda formações que passam por campos como engenharia do produto e do processo, metrologia e controlo dimensional, sistemas de gestão, segurança higiene e saúde no trabalho, gestão comportamental e tecnologias de informação e comunicação.
60 | INVESTIMENTO Especial PME Excelência e Líder
Dados do Ministério da Economia indicam um volume de 128 milhões de euros em serviços prestados às empresas, no âmbito do projecto Interface
Investimento aprovado no programa Interface deve rondar 1.000 milhões em 2018 Governo Ministro da Economia apresentou três desafios em termos de áreas de competência
para o programa que promove a colaboração entre instituições de ensino superior e empresas
No final deste ano, devem estar aprovados investimentos de mil milhões de euros no programa Interface
INVESTIMENTO | 61 Especial PME Excelência e Líder
O
ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, informou que, no final deste ano, devem estar aprovados investimentos de mil milhões de euros no programa Interface, que em 2017 totalizou 586 milhões de euros. “Os projectos que estão em curso apontam para que possamos, até ao final do ano, ter projectos aprovados que já se aproximem dos mil milhões. A execução está a acelerar, muitos projectos que foram aprovados ao longo de 2017 estão agora a ganhar ritmo”, referiu o governante à Lusa. Em Fevereiro, na sessão de comemoração do 1.º aniversário do programa que promove a colaboração entre instituições de ensino superior e empresas, o ministro apresentou três desafios em termos de áreas de competência para o Interface: eficiência energética, economia circular e digitalização da indústria. Na sua apresentação, o governante informou sobre o lançamento de um financiamento base de 80 milhões de euros, para os próximos seis anos.
Caldeira Cabral precisou que no primeiro trimestre será lançada uma linha de 70 milhões de euros para reforço do equipamento de infraestruturas tecnológicas. No segundo trimestre, em complementaridade, serão lançados Vales Economia e Inovação e uma linha de financiamento para eficiência energética de 60 milhões de euros e uma outra de 40 milhões para economia circular. Um ano após o lançamento do programa, o governante avançou que, “entre incentivos comunitários e investimento das próprias empresas”, estão aprovados 586 milhões de euros, numa subida de 18,6% em relação ao período comparável do QREN, o anterior programa de fundos comunitários. Em 2017, os 28 centros Interface colaboraram com 17 mil empresas “em projectos de inovação, de melhoria da qualidade, de certificação dos seus produtos” para entrar em novos mercados ou colaborar com multinacionais e apresentar novos materiais. Os dados do Ministério da
Economia indicam ainda um volume de 128 milhões de euros em serviços prestados às empresas, no âmbito deste projecto, que resultou, por exemplo, numa nova pele artificial para assentos de automóvel que “garante condições de respirabilidade”. Outro projecto colaborativo enumerado foi o desenvolvimento do uso de casca de arroz, cortiça e borracha para isolamentos térmicos e acústicos. Os centros têm 3.500 associados e mais de 3.800 colaboradores, dos quais cerca de mil são doutorados. Há exatamente um ano, o ministro Caldeira Cabral anunciava à agência Lusa que o programa Interface teria um montante de 1.400 milhões de euros nos próximos seis anos. "Vai criar incentivos entre o ensino superior e as empresas, fazendo a ponte do conhecimento à necessidade de inovação empresarial", afirmava então Manuel Caldeira Cabral. O programa tem como objetivo reforçar as ligações entre empresas, universidades, politécnicos e centros tecnológi-
cos, permitindo uma maior ligação entre o conhecimento científico e a inovação empresarial. Além dos fundos estruturais, foi criado um fundo FITEC (Fundo de Inovação, Transferência de Tecnologia e Economia Circular) para permitir financiamento plurianual das instituições e em 2016 a dotação foi de 44 milhões de euros. "Ao longo dos seis anos deverá ser reforçada anualmente" para um total de "200 milhões de euros", acrescentou o governante em 23 de Fevereiro de 2017.
Em 2017, os 28 centros Interface colaboraram com 17 mil empresas “em projectos de inovação, de melhoria da qualidade, de certificação dos seus produtos”
62 | ECONOMIA Especial PME Excelência e Líder
Dados do crescimento económico são “muito boas notícias” INE Marcelo Rebelo de Sousa considera ser “muito bom para o País” os dados que vieram confirmar
o crescimento económico de 2,7% em 2017
O
Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou serem "muito boas notícias" a "magnífica confirmação" do crescimento económico de 2,7% em 2017 e a "boa surpresa" em relação à subida deste indicador em 2016. O Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmou, no último dia de Fevereiro, que a economia portuguesa cresceu 2,7% em 2017 e aproxima-se do valor que tinha em 2010, tendo
ainda revisto em baixa a taxa de desemprego de Dezembro para os 8,0%. "Em termos de indicadores macro-económicos, respeitando-se à economia como um todo e às nossas finanças, muito boas notícias para este quase aproximar do fim do primeiro trimestre", disse Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas, quando questionado sobre estes dados. O Presidente da República disse não ter ficado sur-
preendido com "uma magnífica confirmação no caso do crescimento de 2,7%", acrescentando que "relativamente ao ano de 2016 foi uma boa surpresa a subida de 1,5% para 1,6%". "Também uma confirmação, mas muito agradável, aquela da quebra do desemprego do final do ano passado para janeiro deste ano, portanto abaixo da fasquia dos 8%", detalhou ainda. A evolução "muito positiva do desemprego" coloca Por-
tugal, sublinhou Marcelo Rebelo de Sousa, "muito longe de números" que já teve e é "um sinal promissor". "É bom para o País, é muito bom para o País, para nós cá dentro, porque é mobilizador, e é bom lá fora porque confirma a boa impressão que há lá fora em relação à economia portuguesa", disse ainda.
A economia portuguesa cresceu 2,7% no do ano passado, atingindo cerca de 179,2 mil milhões de euros em termos reais, aproximando-se assim do valor que tinha em 2010, antes da crise económica, confirmou o INE. No último trimestre de 2017 a economia portuguesa avançou 2,4% em termos homólogos e 0,7% em cadeia.
INE confirmou, no último dia de Fevereiro, que a economia portuguesa cresceu 2,7% em 2017
ECONOMIA | 63 Especial PME Excelência e Líder
Secretária de Estado defende aposta em tecnologia criativa Indústria "A tradição é perfeitamente compaginável com a utilização de tecnologias
do mais moderno que existe”, defende secretária de Estado
A
secretária de Estado da Indústria defende que a economia portuguesa beneficiaria do desenvolvimento de soluções criativas para os setores mais tradicionais da indústria mundial. Para Ana Lehmann, “um País como Portugal pode afirmar-se no mundo com base na sua tradição e criatividade, aplicando tecnologia à enorme qualidade e tradição [de outras indústrias]", afirmou no final de Fevereiro, após visitar diversas empresas de tecnologia avançada. A governante realçou que "a tradição é perfeitamente compaginável com a utiliza-
Ana Lehmann "A tradição é perfeitamente compaginável com as tecnologias do mais moderno que existe"
“A tradição é perfeitamente compaginável com a utilização de tecnologias do mais moderno que existe”
ção de tecnologias do mais moderno que existe a nível internacional e a componente da criatividade é fundamental". Para a secretária de Estado da Indústria, em causa estão "actividades de altíssimo valor acrescentado", cujo estímulo não depende apenas de programas financeiros, já que apoiar a economia portuguesa passa também por "divulgar esta excelência, mostrando aos jovens que há oportunidade de emprego relevantes".
64 | INOVAÇÃO Especial PME Excelência e Líder
Governo vai investir 1,8% do PIB em investigação e desenvolvimento até 2020 Investimento Garantir a convergência de Portugal com a Europa é objectivo do Governo com investimento
previsto na área da investigação
O
Governo vai investir 1,8% do Produto Interno Bruto (PIB) em Investigação e Desenvolvimento (I&D) até 2020 para garantir a convergência de Portugal com a Europa nesta área. A informação consta da “comunicação política sobre o Conselho de Ministros” divulgada aos jornalistas, em Fevereiro. No domínio da inovação, o Governo quer aumentar as exportações de bens e serviços, ambicionando atingir um volume de exportações equivalente a 50% do Produto Interno Bruto (PIB) na primeira metade da década e reforçar a atracção de investimento directo estrangeiro. Para divulgar boas práticas na valorização do conhecimento e da I&D e a sua aplicação na prática, vai ser lançado o ‘Roteiro da Inovação’. Estas linhas orientadoras têm como objectivo garantir a convergência de Portugal com a Europa até 2030, através do aumento da competitividade da economia portuguesa, baseada na investigação, desenvolvimento e inovação, bem como nas condições de emprego qualificado em Portugal no contexto internacional.
Para divulgar boas práticas na valorização do conhecimento, vai ser lançado o ‘Roteiro da Inovação’
ECONOMIA | 65 Especial PME Excelência e Líder
Endividamento do sector não financeiro da economia aumentou Dados Do total do endividamento no final do ano passado do sector não financeiro, a maior parte deve-se ao setor privado (empresas e particulares)
O
endividamento do setor não financeiro da economia situava-se no final de 2017 nos 718,1 mil milhões de euros, um aumento de 7,5 mil milhões de euros face ao final de 2016, divulgou, em Fevereiro, o Banco de Portugal (BdP). Do total do endividamento no final do ano passado do setor não financeiro (de 718,1 mil milhões de euros), a maior parte deve-se ao setor privado (empresas e particulares) com 406,5 mil milhões de euros, enquanto o setor público não financeiro (administrações públicas e empresas públicas) contribuiu com 311,6 mil milhões de euros. O aumento do endividamen-
Números apontam para aumento do endividamento
to do sector não financeiro da economia face a 2016 resultou de um acréscimo de 3,8 mil mi-
lhões de euros no endividamento do setor público e de 3,7 mil milhões de euros no endi-
vidamento do sector privado. Segundo o BdP, a subida homóloga do endividamento do setor público “refletiu-se no incremento do financiamento concedido pelos particulares e pelo setor financeiro”, tendo este incremento sido “parcialmente compensado pelo decréscimo do financiamento externo”. “Ao nível do sector privado observou-se o aumento do endividamento das empresas privadas em 3,9 mil milhões de euros”, refere, explicando que este aumento se traduziu, sobretudo, no acréscimo do endividamento externo, “parcialmente compensado pela redução do financiamento do
sector financeiro”. “Relativamente aos particulares destaca-se a redução do financiamento obtido junto do setor financeiro”, acrescenta. Comparando o valor de Dezembro com o de Novembro, houve uma diminuição no endividamento do sector não financeiro da economia (setor público e privado, excluindo empresas financeiras, como bancos) de 2,6 mil milhões de euros. Para esta redução contribuiu a queda de 1,121 mil milhões de euros no endividamento do setor público, em dezembro face a novembro, e o recuo de 1,556 mil milhões de euros do endividamento do sector privado.
66 | BALANÇA COMERCIAL Especial PME Excelência e Líder
Exportações do têxtili e vestuário portuguêsi atingem recordei de 5.237 milhõesi
Exportações nacionais de têxtil e vestuário atingiram em 2017 um “recorde absoluto”, aumentando 4% face ao ano anterior
BALANÇA COMERCIAL | 67 Especial PME Excelência e Líder
2017 Saldo da
balança comercial do sector têxtil e vestuário português foi de 1.098 milhões de euros, com uma taxa de cobertura de 127%.
A
s exportações portuguesas de têxtil e vestuário atingiram em 2017 um “recorde absoluto”, aumentando quatro por cento (%) face ao ano anterior e somado 5.237 milhões de euros, divulgou a Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP). A ATP destaca, num comunicado, que as exportações de matérias têxteis “estiveram
muito mais dinâmicas no último ano”, registando um crescimento de 10%, enquanto as exportações de vestuário aumentaram 3% e as de têxteis para o lar subiram 1%. Espanha continuou em 2017 a liderar o ‘ranking’ dos principais destinos do sector, com uma quota de 34% mas, pela primeira vez nos últimos anos, registou uma queda de 0,6%, ou seja, menos 10 milhões de euros face a 2016, para um total de 1.772 milhões de euros. No ‘ranking’ dos principais cinco destinos da indústria têxtil e vestuário portuguesa destaca-se ainda a quebra das exportações para o Reino Unido, que recuaram 1,7%
(menos sete milhões de euros), para 418 milhões de euros, “provavelmente já efeitos do ‘Brexit’ (saída do Reino Unido da União Europeia). O destino que registou maior queda foi, contudo, a Tunísia, para onde o setor vendeu 36,8 milhões de euros, ou seja, menos 10 milhões de euros do que em 2016 (descida de 22%). Já os EUA, mesmo sem o Acordo de Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento (TTIP, do inglês ‘Transatlantic Trade and Investment Partnership’), foram o destino que mais cresceu, com um aumento absoluto de cerca de 54 milhões de euros, correspondente a um crescimento de 20,3%, que lhes confere uma quota de 6% (equivalente a 318 milhões de euros) nas exportações do sector. O mercado francês surge como segundo principal destino das vendas da indústria têxtil e vestuário portuguesa, com 12% do total e um aumento de 6% (mais 37 milhões de euros, para 654 milhões de euros), seguido pela Alemanha (mais 17 milhões de euros, ou 4%, para 453 milhões de euros), Reino Unido, EUA, Itália (acréscimo de 25 milhões de euros, ou 11,4%, para 246 milhões de euros) e Holanda (mais 20 milhões de euros, ou 11,2%, para 201 milhões de euros). As exportações para Angola, 13.º principal destino, aumentaram 47% (ou seja, mais 15 milhões de euros). Em 2017 o saldo da balança comercial do setor têxtil e vestuário português foi de 1.098 milhões de euros, com uma taxa de cobertura de 127%. Apesar dos “oito anos consecutivos de crescimento, no final dos quais se alcançou um novo recorde das exportações”, a ATP garante que indústria têxtil e vestuário portuguesa “não descura as dificuldades e ameaças que o futuro lhe coloca” e não confunde “a dinâmica de crescimento do passado com complacência face ao que está obrigada a fazer nos próximos anos”.
68 | INTERNACIONALIZAÇÃO Especial PME Excelência e Líder
Aceleração das exportações reconhece qualidade e aposta das empresas na internaci Empresas Presidente da Associação Empresarial de Portugal realça que aumento das exportações
“demonstram o esforço significativo das empresas no seu processo de internacionalização e, simultaneamente, o enorme reconhecimento da qualidade dos seus produtos pelos mercados internacionais”
Números do INE apontam para aumento de 10,1% das exportações em 2017, o que representa uma “significativa aceleração” relativamente ao acréscimo de 0,8% verificado em 2016
INTERNACIONALIZAÇÃO | 69 Especial PME Excelência e Líder
alização
A
Associação Empresarial de Portugal (AEP) congratulou-se com a “forte aceleração” das exportações em 2017, considerando que demonstra o “esforço significativo” das empresas na internacionalização e o “enorme reconhecimento” dos produtos nacionais no estrangeiro. “A AEP congratula-se com a forte aceleração das exportações, que registaram um crescimento nominal de 10,1%, quando em 2016 tinha sido de apenas 0,8%, segundo os dados que o INE [Instituto Nacional de Estatística]”. “É gratificante que no ano passado as exportações de bens tenham atingido, em termos de valor e de peso no PIB [Produto Interno Bruto], o máximo desde que há registo”, referiu, em Fevereiro, a associação num comunicado. Para o presidente da AEP,
Paulo Nunes de Almeida, estes dados “demonstram o esforço significativo das empresas no seu processo de internacionalização e, simultaneamente, o enorme reconhecimento da qualidade dos seus produtos pelos mercados internacionais”. Neste âmbito, a associação destaca “o crescimento das vendas para fora da União Europeia em cerca de 15%, com principal enfoque nos EUA, Angola, Brasil e China, mercados em relação aos quais a AEP tem vindo a apoiar massivamente as empresas portuguesas”. Como “menos positivo” aponta o agravamento do défice da balança de bens em 23,4%, em resultado de um aumento das importações (12,5%) acima das exportações, “ainda que em parte associado à maior dinâmica da importação de bens de equipamento face às necessidades de investimento, conduzindo a um valor da taxa de cobertura já ligeiramente abaixo de 80%”. “Esta tendência crescente das importações, não só pelo
Para o presidente da AEP, Paulo Nunes de Almeida, os números “de monstram o esforço significativo das empresas no seu processo de internacionalização”
As exportações e as importações registaram em 2017 uma “significativa aceleração”, aumentando 10,1% e 12,5% face a 2016
reforço do investimento, mas também do consumo, tem sido atenuada pelos esforços de valorização da oferta nacional em que a AEP está empenhada, conjuntamente com outras entidades, no âmbito do programa ‘Portugal Sou Eu’, o qual regista já cerca de 8.000 produtos com selo atribuído e 640 estabelecimentos aderentes de comércio e serviços”, sustenta. Relativamente ao comportamento do comércio internacional de serviços, cujos números finais de 2017 falta ainda conhecer, a associação diz ser “de esperar a continuação de um saldo positivo na balança de bens e serviços, bem como um aumento da intensidade exportadora”. “A AEP continuará fortemente empenhada no apoio ao processo de internacionalização das empresas, apelando para que este apoio constitua também um importante desígnio e foco de orientação das políticas públicas, em benefício do desenvolvimento económico sustentado do país”, remata Nunes de Almeida.
Exportações aumentaram 10,1% em 2017 As exportações e as importações registaram em 2017 uma “significativa aceleração”, aumentando 10,1% e 12,5% face a 2016, tendo o ano terminado com um agravamento do défice comercial para 13.843 milhões de euros, divulgou o INE em Fevereiro. Segundo as 'Estatísticas do Comércio Internacional' do Instituto Nacional de Estatística (INE), o aumento de 10,1% das exportações em 2017 representa uma “significativa aceleração” relativamente ao acréscimo de 0,8% verificado em 2016, enquanto a subida de 12,5% das exportações traduz uma “acentuada aceleração” relativamente ao crescimento de 1,5% do ano anterior. No final de 2017, o défice da balança comercial atingiu 13.843 milhões de euros em 2017, um agravamento de 2.622 milhões de euros face ao ano anterior que se refletiu num decréscimo da taxa de cobertura em 1,8 pontos percentuais, para 79,9%.
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Inovação e qualificação dos recursos humanos é essencial para o crescimento sustentado Desenvolvimento Ministro Pedro Siza Vieira defende a aposta na qualificação dos recursos humanos
e um sistema de inovação nas empresas
O
apoio ao investimento empresarial na inovação, a qualificação dos recursos humanos e a transferência de conhecimento das universidades para as empresas são essenciais para prosseguir o crescimento, de forma sustentável, defende o ministro-adjunto Pedro Siza Vieira. O governante reconheceu que o País vive um momento excepcional, mas acentuou que é necessário assegurar o esforço para que o crescimento económico seja sustentado. Para Siza Vieira, é preciso apostar na qualificação dos recursos humanos e ter um sistema de inovação mais espalhado nas empresas, acelerando a transferência de conhecimento e tecnologia das universidades para o mundo empresarial. “O roteiro para inovação que o primeiro-ministro lançou na semana passada [em Fevereiro] é um esforço para acelerar esse movimento de transferência de conhecimento das universidades para as empresas”, sublinhou Pedro Siza Vieira, por
ocasião da comemoração do segundo aniversário da Altice Labs, a 23 de Fevereiro. O ministro considerou as metas definidas como “ambiciosas, mas realistas”, apontando para até 2030 haver um aumento da despesa nacional em investigação e desenvolvimento para 3% do PIB, sendo um terço de investimento público e dois terços de investimento privado. Para o ministroAo nível da cria-adjunto Pedro Siza ção de emprego Vieira. é preciso qualificado, indiapostar na qualifica-se como objecação dos recursos tivo conseguir ter humanos no sector privado mais 25 mil postos de trabalho com grau académico de terceiro nível. “Para estarmos mais preparados para competir internacionalmente também é necessário aumentar a presença de jovens no ensino superior e os objetivos definidos são os de ter em 2030 uma taxa de participação de 60% da população com cerca de 20 anos, no ensino superior”, referiu o ministro-adjunto. Govenro quer ter no sector privado mais 25 mil postos de trabalho com grau académico de terceiro nível