pra você
• ano i • edição 6 •
GASTRO TOUR
Diversidade gastronômica na encantadora Califórnia
estilo de vida
Curtindo a estrada e conhecendo o mundo sobre duas rodas
cozinha
Obra da capa: Rita Duarte
Os molhos clássicos que enriquecem receitas e dão personalidade aos pratos
talento mato-grossense A singularidade, as inspirações e as histórias de vida de artistas locais que com sua arte ganharam o mundo
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Sumário 8
Leitor
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Mensagens dos nossos clientes e leitores
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Em família Carol Manhozo, do Flor Negra, prepara um cardápio afetivo para a família e amigos
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Capa Artistas plásticos locais que espalham seu talento pelo Brasil e no mundo
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Gastro tour A pluralidade da gastronomia californiana
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Saúde à mesa
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Pimentas: um toque de sabor que faz bem à saúde
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Panificação O delicioso universo dos pães especiais
Na cozinha
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A presença marcante, e sempre bem-vinda, dos molhos clássicos
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No bar As técnicas de fabricação e os diferentes tipos de whisky
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Lifestyle Conhecendo o mundo a bordo de uma motocicleta
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Nossa terra O resistente trabalho das ceramistas do São Gonçalo do Beira Rio
Editorial
A arte mato-grossense
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hegamos a mais uma edição e, desta vez, em nossa matéria de capa destacamos um seleto grupo de artistas plásticos de Mato Grosso que com seu talento transpuseram as barreiras regionais e alcançaram reconhecimento nacional e até mesmo internacional. Eles nos contam um pouco da trajetória pessoal e das inspirações que influenciam seus trabalhos. Deixamos aqui um agradecimento especial à artista plástica Rita Duarte, que generosamente nos cedeu a imagem de uma de suas obras para ilustrar a capa desta edição. O destino que recomendamos para uma viagem gastronômica é a Califórnia. Região muito conhecida pelos vinhos, mas que também oferece uma rica e diversificada gastronomia, que passa por ótimas cervejas artesanais, produtos orgânicos e pratos com frutos do mar. Outro destaque fica por conta da pimenta, alimento amado por muitos brasileiros e que, além de oferecer um toque a mais de sabor aos pratos, é também um ingrediente muito rico para a saúde. Uma das sensações culinárias do momento são os pães especiais. Seja na diversidade de ingredientes ou no modo de preparo, uma variedade de diferentes pães estão conquistando o paladar das pessoas. Na gastronomia, alguns molhos são considerados clássicos, e a partir deles, surge uma infinidade de pratos mundialmente consagrados. Conheça um pouco mais dessas misturas, os ingredientes e os melhores acompanhamentos. Você conhece os processos de fabricação, os ingredientes e as nomenclaturas usadas em whisky? Para ajudar nossos leitores a entenderem melhor essa bebida tão apreciada, preparamos um conteúdo que ajuda a desvendar os termos e os estilos de whisky mais conhecidos. Para alguns aficcionados, uma simples viagem não basta, precisa ser de motocicleta. De pequenas distâncias até cruzando as fronteiras do país e do continente, apresentamos alguns apaixonados por motos que se dedicam a pegar a estrada sobre duas rodas. Ainda nesta edição, temos um bate-bola com Marcelo Ayoub Giglio, que apresentou uma receita para o nosso canal no YouTube e nossa página do Facebook; também convidamos a chef Carol Manhozo para preparar um almoço Em Família; e, mostramos um pouco da história das ceramistas do São Gonçalo do Beira Rio, patrimônio cultural cuiabano que resiste ao tempo. Uma ótima leitura e um abraço da
Família BigLar bigl ar
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#pra você
A revista “≠ pra você” está disponível gratuitamente para tablets e smartphones na App Store e Google Play Coordenação Geral Genius Publicidade CEO Junior Brasa Atendimento Mariana Penteado Pirani Ligia Torres Produção Gráfica Tassia Nagazawa
Conteúdo, edição e arte Direção Editorial Glauco Piccirillo Redação Andressa Boa Sorte Daniele Danchura Elen Valereto Gabriela Ferigato Graziela Delalibera Kátia Carminatto Mani Jardim Marcelo Xavier Michelle Monte Mor Direção de Arte Juliano Polotto
Acompanhe
Revisão Patrícia Amaral
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Impressão e Acabamento Gráfica Print Tiragem 15 mil exemplares Marketing BigLar marketing@biglar.com.br (65) 99920-5900
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A Revista BigLar não se responsabiliza pelos conceitos emitidos em artigos assinados, bem como pelas informações ou conteúdo dos anúncios publicados. A reprodução total ou parcial do conteúdo desta obra é expressamente proibida sem prévia autorização. A Revista BigLar é produzida pela Goya Conteúdo Editorial.
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Para Anunciar Rico Ferraz ricoferraz@birobrasil.com (65) 99611-3262 Foto de Capa Wander Lima
Para o leitor
Sou fã incondicional “Gosto muito da revista. Leio sempre todas as matérias. Em especial, gosto muito das matérias que falam de Cuiabá, publicadas nas seções Nossa Terra e Nossa Gente. Sou do Rio de Janeiro e essa terra me recebeu muito bem, e eu valorizo muito Cuiabá, que me recebeu com muito carinho. Também adoro as matérias de gastronomia. Gosto de cozinhar e sempre leio as receitas, faço algumas. Também fico atenta às sugestões de vinhos. O BigLar para mim é amor, respeito, parceria. É um supermercado que completa a vida de todos aqui em Cuiabá. Eles pensam em todos, são solidários, são caridosos, pensam muito no outro, e é isso o que importa na vida. Sou fã incondicional.”
Maria Renata Aguiar do Nascimento, cliente do BigLar há 20 anos
Temas agradáveis “Como tudo o que o supermercado BigLar faz pelo seu cliente, a revista é muito especial e já faz parte da nossa vida. É uma leitura leve e prazerosa, ideal para os momentos de folga. Sempre trata de temas agradáveis e que despertam bastante interesse, desde a gastronomia, a enologia, o turismo, os assuntos relacionados à nossa cidade. O BigLar e toda a sua equipe estão de parabéns.”
Mardem Machado de Souza, cliente do BigLar há 15 anos
Parte da nossa vida “Comecei a acompanhar a revista ano passado e acho o conteúdo ótimo, excelente. A revista reflete o padrão do supermercado. Sou frequentador assíduo do BigLar. Sempre nos fins de tarde dou uma passada, compro pão e mais alguma coisa que precisa em casa. Aos sábados, sempre vou com um grupo de amigos fazer degustação de vinho na adega. O BigLar faz parte da nossa vida. Há muito tempo sou cliente do BigLar.”
Luís Mauro Viegas Ferreira Mendes, cliente do BigLar há 22 anos
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Qualidade sem igual “Gosto da diversidade da revista. De fácil leitura, ela é leve e descontraída. Sou dona de um restaurante japonês, adoro assuntos que abordam o meio culinário. Consigo me atualizar em várias áreas, com apenas uma revista. Compro no BigLar há mais de 20 anos. Vou ao BigLar desde pequena com minha mãe. Hoje já sou casada, tenho duas filhas e continuo grudada no BigLar. Acho tudo o que eu quero em um só lugar e com uma qualidade sem igual. Que o BigLar continue assim, sempre inovando.”
Hellen Rodrigues Portela, cliente do BigLar há mais de 20 anos
Sempre faço as receitas “Sou cliente BigLar faz muitos anos, porque confio na procedência dos produtos e na qualidade do atendimento diferenciado. Gosto muito da revista, a parte de tecnologia na cozinha sempre traz inovações, a vitrine mostra o que há de novo e interessante nas prateleiras do supermercado. Em especial, na edição passada, “Vem aí o arraial”, gostei muito da parte que traz sugestões para as férias. Achei muito interessante o texto sobre os principais cortes de carnes. Como meu hobby tem a ver com sabor e cores, o artigo alquimia dos coquetéis pra mim teve maior destaque. Sempre faço receitas do mestre Derivan. Espero que em todas as edições venham sugestões com relação aos coqueteis.”
Silvia Helena Schuring Manzano, cliente do BigLar há 22 anos
a q u i , o d e s ta q u e é vo c ê Oferecer o melhor, atendendo às suas necessidades, é um compromisso do BigLar. Sua participação é importante para que cada edição esteja em conexão com o que você deseja, promovendo o diálogo e acolhendo sugestões. Sendo assim, escreva para nós, para o seguinte e-mail: marketing@biglar.com.br. (65) 99920-5900. Esperamos sua participação!
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T e c n o lo g i a n a C o z i n h a — p o r M ANI J ARDI M —
p r e pa r a m o s u m a c o l e tâ n e a d e p r o d u t o s pa r a o s pa pa i s q u e f r e q u e n ta m a c oz i n h a e q u e g o s ta m d e n o v i d a d e s q u e fa c i l i ta m a v i d a n a h o r a d e c oz i n h a r
F O G Ã O I N TE L I G E N TE
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uem gosta de cozinhar mas tem dificuldade em encontrar o tempo certo do alimento irá gostar do novo fogão 76DWG, da Electrolux. Sua exclusiva tecnologia Food Sensor faz com que um dispositivo inserido na carne no forno a gás, meça a temperatura interna do assado e notifique quando o alimento atinge a temperatura adequada, cortando o gás automaticamente! A novidade permite que o consumidor controle o produto. E ainda, por meio do aplicativo I-Kitchen, disponível para iOS, é possível interagir com seis funções do fogão wireless, entre eles, o acesso a 70 receitas disponíveis no APP. Você saberá onde comprar neste site: : www.electrolux.com.br
C H U R R ASQUEI R A
FUNCIONAL
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timo presente para aquele pai que gostaria de levar o churrasco para o futebol ou até mesmo para a pescaria! A Etna II é uma churrasqueira muito funcional e pode ser usada tanto na mesa, quanto em seu suporte de 82 centímetros de altura. São seis níveis de temperatura, perfeitos para os mais diversos tipos de alimentos. Disponibiliza bandeja coletora de gordura e sua grelha pode ser regulada em duas posições. Totalmente desmontável, pode ser facilmente transportada. Tem sistema de segurança com desligamento automático e alças laterais com toque frio. Você saberá onde comprar neste site: www.mallory.com.br
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Sabonete inox café p r o gr a m a d o
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deal para os atarefados que não podem chegar atrasados no trabalho! A cafeteira Expressionist CMP60, da Electrolux, surgiu para facilitar a vida de quem acorda cedo com pouco tempo para a primeira refeição do dia. Excelente para quem aprecia café gourmet, ela conta com jarra térmica, painel em LCD HighContrast™ e função programável, que permite programar o café com até 24 horas de antecedência! O consumidor pode programar a bebida antes de dormir e acordar com uma xícara quentinha à sua espera. Para os paladares mais refinados, possui a tecnologia de preparação ProBrew™ e o sistema AromaStrength™, que regulam a intensidade da bebida de acordo com o gosto de cada um. Além disso, possui filtro de água de carvão ativo PureAdvantage™, que proporciona um café de aroma envolvente, mais saboroso e puro. Um verdadeiro estímulo para começar o dia em harmonia e sem atrasos!
Seu pai adora cozinhar mas não se acostuma com o cheiro de alho e cebola que fica na mão após o preparo da refeição? Então, ele irá adorar o sabonete inox que consegue desaparecer com o odor desagradável impregnado nos dedos. Isso porque o aço inoxidável catalisa a oxidação dos ácidos e do enxofre. Basta lavar as mãos normalmente e depois esfregá-las com o sabonete mágico por cerca de 30 segundos, sob a água corrente. Sabonete Mágico Fish Kikkerland, da Etna, em formato de peixe, é uma excelente opção para os pescadores, que após praticarem o hobby, limpam o alimento e precisam de algo para retirar o cheiro forte das mãos. Que tal?
Você saberá onde comprar neste site: www.electrolux.com.br
Você saberá onde comprar neste site: www.etna.com.br
A L IADA N A DIETA
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tualmente, é comum encontrarmos dietas baseadas em panquecas e tapiocas, mas manusear estas receitas acaba se tornando um verdadeiro desafio para muitos homens. Agora, com a Panquequeira Elétrica, da Cadence, é possível preparar crepes, tapiocas e até mesmo ovos de forma prática e saudável. Pois sua base antiaderente não gruda o alimento e não necessita de óleo. O produto ainda acompanha uma borda de silicone removível que pode ser usada no preparo da tapioca! Você saberá onde comprar nos sites: www.cadence.com.br | www.multicoisas.com.br
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vitrine
Já Nas
prateleiras — INSTA G RA M @ s u p e r m e r c a d o s b i g l a r —
os produtos mais curt id os na s nossa s rede s so ciais cuidado extremo
n at u r a l
A Master Gourmet produz uma linha de molhos artesanais, naturais e sem conservantes. A forma perfeita e saudável para proporcionar um toque especial ao seu prato.
fr u ta i n t e gr a l As frutas disponíveis no Hortifruti do BigLar são altamente selecionadas e de qualidade para que você e sua família usufruam de uma vida saudável.
Da fruta direto pra você: o Suco de Laranja Facilita BigLar é ideal pra quem gosta de sabor e praticidade. 100% natural, sem açúcar e sem conservantes.
frescor com intensidade
p r at i c i da d e n o p o t e
s a b o r e m d o br o Para a correria do dia a dia, nada melhor que as frutas fresquinhas e selecionadas da Facilita do BigLar. Alimentação prática e saudável.
Esporão é um vinho clássico português que nos dias mais frios pode vir acompanhado do delicioso queijo VigParm.
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A suavidade do Fontana Fredda se completa com a força do Gorgonzola, um contraste que se complementa deliciosamente. Simplesmente perfeito.
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vitrine — INSTA G RA M @ s u p e r m e r c a d o s b i g l a r —
c l á s s i c o e s p a nh o l
especial e exclusivo
sabor da itália Harmonia perfeita nasce da combinação entre o Mayor de Castilla e o Jamón Pata Negra: dois sabores de Espanha para se deliciar.
u Provroou? e adoartilhe! Comp
r #BigLa
O Manduria da Zolla e o Pastrami da Vito Balducci são dois sabores italianos que, combinados, proporcionam momentos de felicidade.
Septima Lote Especial é uma raridade, são apenas 6.220 garrafas deste vinho argentino. Uma edição especial merece um queijo especial, como “A Dutch Masterpeace”.
harmonize
e delicie-se
excelência em sabor
p r a ta d a c a s a
A Pizza Artesanal de Calabresa com assinatura e a qualidade do BigLar harmoniza muito bem com esse Chianti da Bonacchi, clássico da Itália.
harmonia O Chablis de Christian Moreau é um maravilhoso vinho branco francês que combina perfeitamente com um queijo leve, como o Gouda da Kroon.
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Feitos um para o outro: a combinação entre o vinho branco Sauternes e o queijo Roquefort deixa no paladar aquele gostinho de quero mais.
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Afeto
e memórias à mesa — Por Daniele Danchura —
C a r o l M a n h oz o p r e pa r a pa r a a fa m í l i a e a m i g o s u m c a r d á p i o q u e t r a z à t o n a l e m b r a n ç a s d e o u t r a fa s e d a v i d a
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uando o elevador parou no 10º andar do prédio onde Carol Manhozo mora com a família, foi impossível não sentir o cheirinho de comida vindo do apartamento 102. Com a porta aberta e um sorriso no rosto, a chef do restaurante Flor Negra, recepcionou os amigos com simpatia e uma simplicidade ímpar que contagia, assim como o aroma vindo da cozinha. Enquanto continuava com os preparativos do almoço e espera pela mãe, Vanda Basso Manhozo e pela irmã Maria Gabriela Manhozo, que ainda estavam no trabalho, Carol contou que já foi comissária de bordo durante seis anos, morou em Campo Grande e em São Paulo, e durante sua estadia em São Paulo foi que resolveu se dedicar à cozinha. Ela lembrou que já cozinhava muito em casa, pois dividia o apartamento com uma colega, mas era Carol quem mais ia para a cozinha. Como era comissária de bordo e estava sempre viajando, comia muito fora de casa.
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Fotos: Wander Lima
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“Estava sempre em restaurantes, sempre comendo na rua. É gostoso, mas chega uma hora que você quer comer a sua comida, quer comer em casa, o normal do dia a dia. Então, quando eu estava em casa, era dona da cozinha”, explicou Carol. Quem cozinha mais em casa são a mãe e a irmã, principalmente no fim de semana. Todas têm muitas atribuições, e como ela cozinha no restaurante, no fim de semana Carol descansa um pouco. Vanda é psicanalista, e a irmã Gabriela é fisioterapeuta. O pai, Mauro Manhozo, é falecido há 17 anos. A primeira a chegar para o almoço é Vanda, que deixa as coisas no quarto e volta em seguida com o cabelo preso para ajudar a filha na cozinha. A psicanalista contou que elas são sempre assim, se ajudando na cozinha. Enquanto uma prepara os pratos, outra arruma a mesa e assim vai indo. “Aqui é tudo muito corrido. Então quando estamos juntas aproveitamos”, afirmou. Ela explicou também que durante a semana não são de comer arroz e feijão em casa.
O cardápio fica por conta principalmente da carne, das verduras, e tem também abóbora, mandioca e mandioquinha. Apesar da correria, Vanda lembra que ela e as filhas fazem questão de almoçarem juntas ao menos uma vez por semana, além do sábado e domingo. “Somos mulheres fortes e ´trabalhadeiras´, e que gostamos de comida farta”, ressaltou. A mãe contou que quando Carol era pequena sempre gostava de trabalhos manuais, de servir os outros, e dizia que seria garçonete. “Durante um tempo ela serviu, quando era comissária de bordo, agora ela foi mexer com suas mãos na cozinha. Isso sempre esteve preparado para ela”, afirmou. Logo chega a irmã Gabriela, que segundo Carol é a especialista em arrumar a mesa, e em combinações. “Foi ela quem decorou toda a casa. A Gabi sabe combinar bem as coisas, as cores, a decoração”, completou. E realmente o ambiente se torna agradável com as combinações de tons pastel escolhidos por Gabrie-
Farofinha com bacon
Ingredientes: • 500 gramas farinha de mandioca de Poxoreu • ½ cebola picadinha • 300 gramas de bacon Modo de preparo: Fritar o bacon em cubos pequenos em uma frigideira, antes que frite totalmente, adicionar a cebola picadinha e, por fim, após dourar a cebola, adicionar a farinha. Temperar com sal e pimenta do reino a gosto.
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momentos E m fa m í l i a
A seção Em Família tem como pauta principal trazer um pouco do cotidiano dos chefs de cozinha de Mato Grosso. Por isso, ao fazer a produção de cada matéria, a Revista BigLar pede que esses profissionais indiquem um prato que cozinhariam em um almoço ou jantar entre parentes e amigos. Assim, você, leitor, se tiver vontade, pode reproduzir essas delícias na sua casa e fazer o seu próprio encontro em família.
la, e pela mãe, nos papéis de parede que ornamentam a sala de jantar, em conjunto com um grande espelho que acaba dando a sensação de amplitude ao local. Os móveis pesados de madeira, como a cristaleira, o aparador e a mesinha do telefone completam o ambiente. No aparador, vários livros
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sobrecoxa
d e fr a ng o a s s a d a com maçã
Rendimento: 6 pessoas Ingredientes: • 12 sobrecoxas de frango desossadas (korin) • 12 cebolas médias • 12 maçãs da Turma da Mônica • 300 gramas de manteiga sem sal Aviação, sal e pimenta a gosto. • 200 ml vinho branco seco Modo de preparo: Lave as sobrecoxas e tempere com sal e pimenta-do-reino moída na hora, numa assadeira monte da seguinte maneira : ¼ de cebola, ¼ maçã embaixo de cada sobrecoxa e besunte com manteiga por cima. Coloque o que sobrar das maçãs e cebolas juntas com um quadrado da manteiga na mesma assadeira e cubra com papel alumínio e leve ao forno pré aquecido por + ou – 50 minutos. Após retirar o papel alumínio, deixe no forno até dourar. Faça um molho aproveitando o caldo da assadeira acrescentando meia xicara de vinho branco seco.
de receitas de vários países do mundo, compõem a decoração, assim como um grande vaso de vidro com várias rolhas dentro que, segundo Vanda, são dos vinhos apreciados pela família. A chegada do amigo Thiago Corrêa, chefe de cabine em uma empresa área, e que está de passagem por Cuiabá, animou ainda mais o ambiente na cozinha da família Manhozo. Carol preparou o almoço especialmente para recebê-lo, que tem residência fixa em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, e o surpreendeu. “Nossa, tudo isso por minha causa, que honra”, se alegrou Thiago. Em seguida, chegou o outro amigo convidado por Carol, o assessor jurídico Marcelo Dantas, que já entra “curiando” o que está acontecendo na cozinha, onde Gabriela e Carol preparam a farofa. Os três também conversaram sobre saúde, problemas do sistema gastro e das dificuldades de quem tem esse tipo de doença e gosta de comer. Vanda e Thiago conversaram na sala enquanto as meninas e Marcelo terminavam de organizar o almoço. Os dois falaram sobre os acontecimentos da vida de cada um e aproveitaram para matar as saudades.
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DIVERSÃO NA MESA Assim que o almoço ficou pronto, Carol faz questão de servir um por um dos convidados e recebeu os elogios pelos pratos que preparou: salada mix de folhas, com alface, rúcula e agrião; a farofinha de bacon; o arroz com brócolis e o prato principal que é a sobrecoxa de frango assada com maçã. “Carol, este frango com maçã está divino. Muito bom mesmo”, elogiou Thiago. Já Marcelo não resistiu e também fez comentários sobre o prato. “Isto está fantástico, não tem o que falar, é muito bom. Mas tudo que a Carol faz é maravilhoso mesmo”, ressaltou. Enquanto comiam, a conversa e as risadas também povoaram o ambiente. Os assuntos foram os mais variados possíveis, desde o prato que foi servido, até sobre a programação para o período da tarde, que incluía ir ao Mercado do Porto buscar um peixe, e da noite também.
salada
d e m i x d e f o lh a s
Ingredientes: • 1 pé de alface-americana • 1 maço de rúcula • 1 maço de agrião • 1 bj tomate grape Molho leve para salada: • Suco de 1 limão-siciliano • 1 colher de mostarda Dijon em grãos • 1 colher de mel • 100 ml de azeite extravirgem • sal e pimenta-do-reino
Apesar da descontração, tanto Vanda quanto Gabriela precisavam voltar ao trabalho, mas não sem antes provar a deliciosa sobremesa: rabanada de brioche com calda e sorvete de creme. “Carol do céu, que delícia isso aqui menina”, exclamou a mãe ao comer a sobremesa. A reação dos demais não foi diferente e o que se ouviu em seguida na mesa foram apenas os suspiros de apreciação do prato.
FACULDADE EM SÃO PAULO Em São Paulo, a chef cuiabana pensou em fazer uma faculdade, um curso, já que havia feito biologia durante três anos, mas não concluiu. Como o pai cozinhava bastante, e ela também sempre cozinhou, a família descendente de italianos sempre foi de comer bem e bastante, então se decidiu pela gastronomia. “Era uma coisa que eu gostava, e no curso eu comecei a gostar mais ainda, até mais do que voar, que já era uma coisa que eu adorava. Quando eu terminei a faculdade, precisava fazer estágio, e vim fazer aqui em Cuiabá. O Mahalo foi o primeiro restaurante que eu entrei de cozinha profissional, foi ali que eu tive noção do que era uma cozinha. Fiz um estágio de três me-
ses, mas continuava trabalhando como comissária de bordo. E no Haru também fiz estágio. Foi então que decidi sair da aviação, até porque não dava para levar as duas profissões juntas”, explicou. Carol ainda ficou durante três meses em Cuiabá e então, decidiu morar fora para trabalhar na área. Foi para Dublin, capital da Irlanda, onde morou durante dois anos e três meses, trabalhando em várias cozinhas de buffet, de catering, de café, sendo que a de restaurante foi a que mais gostou de trabalhar. Quando cansou, Carol decidiu vir embora. Em Cuiabá, trabalhou em outros dois lugares antes de ir para o Flor Negra, onde está já há dois anos. A chef tem oito anos de cozinha, o que considera pouco tempo. Para ela, cozinha é um universo onde não se cansa de aprender e que cada vez que aprende uma coisa, vê que tem tanto mais pela frente. “Cada vez que você lê uma coisa, vê que tem tanta coisa nova acontecendo, eu leio muito sobre isso. Tem um mundo muito vasto de ingredientes, de técnicas, e assim a gente vai se aprimorando, crescendo. E por isso que eu falo que é pouco tempo”, ressaltou.
arroz
com Brócolis
Ingredientes: • 500 gramas de arroz agulhinha • 1 maço de brócolis • 2 dentes de alho • 500 gramas de cebola Modo de preparo: Branquear o brócolis em água fervente, e em seguida dar um choque em uma vasilha com água gelada com gelo. Picar bem pequeno e refogar em uma frigideira com azeite e meia cebola picadinha. Refogar 1 cebola com 2 dentes de alho, cozinhar o arroz e então, por fim, adicionar o brócolis já picado e refogado.
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SABORES E MEMÓRIAS O prato que a Carol decidiu fazer para a família e os amigos, ela aprendeu durante a faculdade em São Paulo, e costumava fazer muito quando morava lá, pois é bem simples e saboroso. “Resolvi fazer esse porque é um prato que traz muitas lembranças e que todo mundo gosta, é uma junção de memórias, da época que estava em São Paulo. E hoje o Thiago também está aqui. É um conjunto. Não é só o sabor, o conteúdo do alimento, se é chique ou não, é mais uma questão do que o prato lembra, das recordações. Ia muito amigo meu lá em casa, morava muita gente de Cuiabá lá em São Paulo, então sempre que ia gente lá em casa eu fazia esse prato.”
MANTEIGA SEMPRE Carol contou que mesmo não almoçando tanto em casa, existem alguns ingredientes que não podem faltar na geladeira da família. “Eu não almoço tanto, mas minha mãe e minha irmã sim, e agora elas estão passando por um momento mais, vamos dizer, fitness, então não pode faltar filé, que é mais fácil de fazer, arroz com grãos, verduras e frutas, e queijo”, explicou. Mas para ela, o ingrediente essencial, aquele que nunca, jamais poderá faltar é a manteiga. “Manteiga não pode faltar, porque dá sabor em qualquer prato, dá textura, dá um diferencial na comida. Lógico que é gordura, mas é uma gordura boa”, conclui.
rabanada Brioche para rabanada Rendimento: 2 pães Ingredientes: • 500 gramas de farinha de trigo • 15 gramas de sal • 60 gramas de açucar refinado • 10 gramas de fermento biologico seco • 300ml de leite •2 90 gramas de manteiga sem sal • 5 ovos Modo de preparo: Misture todos ingredientes secos, adicione o ovo misturado com o leite e bata por 10 minutos na masseira. Deixar a manteiga picada em cubos fora da geladeira até que fique em ponto pomada. Acrescente a manteiga na mistura e bata por mais 7 minutos a massa. Deixe-a descançar na geladeira por aproximadamente 8 horas, para então abrir e fazer o pão. Assar em forno pré-aquecido por 10 minutos a 160 graus, e então abaixar o forno na temperatura mínima e assar por mais 30 minutos.
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Calda para rabanada Ingredientes: • 500 gramas de creme de leite fresco • 500 gramas de leite • 8 gemas • 130 gramas de açúcar • 1 fava de baunilha Modo de preparo: Misturar o leite com a fava da baunilha, deixar esquentar até que começe a ferver. Em um recipiente misture as gemas com o açúcar e então colocar essa mistura no leite ja quente, voltar ao fogo até atingir a temperatura de 82 graus . Então tirar rapidamente do fogo e acrescente o creme de leite. Por na geladeira pra esfriar. Mistura para rabanada Ingredientes: • 300 gramas creme leite fresco • 200 gramas de açúcar refinado • meia fava de baunilha Modo de preparo: Bater com um mixer o creme de leite, açúcar e a fava de baunilha aberta ao meio. Passar o brioche nessa mistura e fritar em frigideira antiaderente com manteiga. Sirva com sorvete de creme
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na casa do chef
Fotos: Wander Lima
— Por Graziela Delalibera —
Marcelo
Ayoub Giglio nosso
convidado
Nascido em São Paulo, Marcelo Ayoub Giglio mora desde 1980 em Cuiabá. O empresário é formado em administração e, coincidentemente, atua no segmento de móveis planejados tendo como carro-chefe de sua loja, a Kitchens – Cuiabá, a venda de cozinhas. A paixão pela gastronomia surgiu cedo. Aos 12 anos, ele já montava pratos individualmente para os familiares, inspirado por imagens de revistas, livros e até por embalagens de alimentos. “Como tínhamos o hábito de reunir toda a família nas refeições, meus pais, Vagner e Emili, e minhas irmãs, Renata e Paula, eram minhas cobaias”, diz Giglio, que revela manter vivo um costume de seus antepassados: a fartura à mesa.
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uer uma sugestão de menu para uma ocasião especial? Aprenda uma receita clássica que combina sabor e sofisticação, a Lagosta à Thermidor. O empresário Marcelo Ayoub Giglio ensinou a preparar a sua versão do prato como opção para o Dia dos Pais. A receita está disponível em nosso canal no YouTube e em nossa página no Facebook. Para aprender o passo a passo, acesse a playlist Na Casa do Chef. Por que escolheu ensinar a lagosta? É o prato mais pedido entre os amigos. Aprendi numa viagem a Recife (PE), com um grande amigo. Compramos a lagosta de pescadores que passavam de jangada, no fundo da casa dele, no Pontal de Maracaípe, próximo a Porto de Galinhas. De lá pra cá, fui alterando a receita, mudando alguns temperos, dando minha cara ao prato. Quais foram suas principais influências na cozinha? Creio que o gosto por cozinhar e por comer é algo que veio de família. Sou descendente de libaneses e italianos, duas nacionalidades muito bem conhecidas pela culinária. Minha avó Lourice, já falecida, sempre fez questão de ter os netos por perto para preparar a massa e montar suas esfirras. Acho que essa satisfação em fazer algo que as pessoas gravem como especial e peçam novamente, aprendi com ela. E o que me ajudou a aperfeiçoar meus pratos foram livros, viagens e bons restaurantes. Nas viagens, me presenteio com temperos, azeites, utensílios e itens de diversos lugares do mundo.
tas Receivas em i s u l exc página do nossa
k Faceboo
— www.facebook.com/superbiglar —
E como foi sua evolução na culinária? O aprendizado foi testando receitas, muitas de livros, sempre cozinhando para alguém. Acho isso muito importante. Meus filhos me pedem para preparar pratos diferentes, assistem comigo canais de culinária na TV e isso me incentiva. Quando cozinho em casa, eles sempre querem participar. Mesmo com toda a correria, faço questão de almoçar com minha esposa, Josemara, e meus três filhos: Gustavo, Felipe e Marcela. Qual a importância da qualidade dos ingredientes em uma receita? Isso é bem simples de responder: é o primordial. Tenho muitos amigos que gostam de cozinhar também, e o assunto sempre é o mesmo: bons ingredientes, só no Big Lar. Caso não tiver, é só pedir que providenciam para nós.
assista
na casa do chef
Gostou das receitas apresentadas pelo nosso convidado? Acesse o nosso canal e descubra mais alternativas para se aventurar na cozinha. Lá, existem várias outras opções de pratos, todos preparados com muito carinho por clientes e amigos apaixonados pela boa gastronomia. Inspire-se!
Como são suas reuniões em torno da mesa? Como gosto de cozinhar e ter pessoas por perto, o projeto da minha casa teve essa preocupação. Minha arquiteta, no caso, minha mãe, fez com que o local onde mais gosto de ficar estivesse interligado com os locais onde recebo as pessoas. Posso cozinhar e interagir com meus amigos, sair da cozinha e, em poucos passos, já estar na mesa com todos. Minhas reuniões são muito prazerosas.
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Você tem o hábito de preparar alguma comida em especial nessas ocasiões? Sempre são pratos diferentes. A lagosta é muito pedida, portanto, repito muito esse prato. Em geral, gosto de fazer coisas novas e inventar sabores. Na ocasião do Dias dos Namorados, combinamos com um grupo de amigos que o jantar seria lá em casa e fiquei responsável pelo menu. Como um amigo tem alergia a frutos do mar, sugeri uma carne e preparei um ossobuco ao molho de redução de vinho do porto. Já havia feito esse prato há uns dois anos. Dessa vez, encontrei no Big Lar a massa Fregola Tostata. A cozinhei um dia antes para meus filhos. Eles aprovaram, e dela fiz a “cama” para o ossobuco. Como cardápio para o Dia dos Namorados, ficou ossobuco com crosta de grana padano ao molho de redução de vinho do porto na cama de fregola na manteiga com tartufo branco. Na sua opinião, que é comer bem? Quando se fala em comer bem, a primeira ideia que temos em mente é comer algo saudável. Na minha opinião, transcende a um simples alimento. Comer bem simplesmente é algo que nos deixa feliz!
sommelier — Por Graziela Delalibera —
A rainha
das uvas brancas V e r s at i li dade da C a rta
v i n h os de di f e r e nt e s e st i los
C
Alguns rótulos de vinhos brancos produzidos com a uva chardonnay encontrados na Cave Noble BigLar. •P laneta Chardonnay 2011: italiano da Sicília. Aromas de pêssego, limão siciliano e castanhas. Harmoniza com peixes, frutos do mar e o tradicional antepasto siciliano “sarde a beccafico”. •A melia Chardonnay: considerado o melhor vinho branco do Chile. Austero, seco e amadeirado. Acompanha queijos de massa cozida, peixes com molhos intensos, bacalhau condimentado e com diversidade de ingredientes. •R obert Mondavi Woodbridge Chardonnay 2015: californiano, com ótima relação custo x benefício. Harmoniza com canapés, queijos frescos, caldos e massas com molho branco. •P enfolds Koonunga Hills Chardonnay: do sul da Austrália. Notas de frutas cítricas, pêssego e melão. Na harmonização, como aperitivo, com canapés em geral, risoto de frutos do mar, salmão grelhado com molho de maracujá, peixes grelhados na manteiga e queijos leves e médios. • Matua Valley Chardonnay: da Nova Zelândia. Notas de abacaxi, pêssego, melão e toques cítricos. Peixes, frutos do mar e queijos leves são indicados para acompanhar.
onsiderada a “rainha das uvas brancas”, a chardonnay tem caráter versátil e facilidade de cultivo. Conforme a região de plantio e a maneira com que é tratada, resulta em vinhos com diferentes estilos. A partir dela, é produzido um dos vinhos brancos mais famosos do mundo, o Chablis, clássico branco francês da região de Chablis, ao norte da Borgonha. O vinho possui características únicas devido ao tipo de clima e solo da região. Sobressaem-se os exemplares do entorno da cidade de Chablis. O sommelier Luiz Roberto Corrêa Lima, da equipe Cave Noble by BigLar, explica que há quatro tipos de Chablis: Petit Chablis, Chablis, Chablis Premiere Cru e Chablis Grand Cru. “Eles destacam-se pelo frescor, mineralidade, acidez elevada e persistência.” A harmonização clássica para o Chablis são os queijos gruyère e emmental, peixes, frutos do mar e, principalmente, as ostras. “Com os Chablis Premier e Grand Cru, mais encorpados e estruturados, peixes com molhos mais intensos e cremosos, e salmão ou haddock defumado.” Em 1976, um vinho produzido a partir da uva chardonnay da safra de 1973, na Califórnia (EUA), venceu o Julgamento de Paris: o Chateau Montelena Chardonnay 1973. O feito abriu as portas para os vinhos de qualidade do Novo Mundo. Hoje, chardonnays californianos, chilenos, argentinos, brasileiros, australianos e neo-zelandeses despertam interesse dos consumidores do mundo todo.
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Imagens ilustrativas
de vinhos
char d on nay dá or i g e m a
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CA p A — P o r ANDRESSA BOA SORTE —
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les conquistam cada vez mais espaço no meio artístico nacional e internacional. Não é para menos. Com o talento que ganha vida através de mãos habilidosas e sensibilidade singular, os artistas plásticos “fabricados” aqui, ultrapassam as fronteiras culturais. Mas o que será que eles levam na bagagem? Em cada tela, uma miscelânea de cores, sabores, aromas, memórias, e é claro, muitos sentimentos! Essa pluralidade de estilos e referências é justamente o que torna tão rico o cenário cultural das artes plásticas em Mato Grosso. Nesta edição, vamos mostrar alguns dos nomes de peso do mundo das artes e que já caíram – num ótimo sentido da palavra – no gosto popular.
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Obra: Adir Sodré
Obra: Adriano Figueiredo
A Arte
aqui é digoreste!
Obra: Rita Duarte
Rita Duarte
Rita Duarte
Nacional de Belas Artes, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, conta que quando morou no Rio, suas telas tinham a predominância dos tons turquesa. Em uma de suas viagens, a artista plástica visitou o México, e lá teve uma experiência que a marcou. “O guia turístico estava nos apresentando pinturas Maias em afresco. Quando ele mostrou um dos desenhos, citou que aquele era o azul turquesa utilizado pelos
Inspiração que vem dos sonhos Um fato curioso sobre a artista, é a inspiração que tem para pintar. Ela conta que inúmeras vezes sonha com as cores e formatos e, quando acorda, não tem dúvidas: transforma o sonho em realidade. “Uma vez eu sonhei que estava em um lugar e ali havia uma piscina. Quando me aproximava, via diversas telas pintadas, submersas nas águas. Eram desenhos incríveis” conta. O trabalho de Rita passou por várias fases. A artista que é formada na Escola
Obra: Rita Duarte
Rita Duarte, como ela mesma gosta de mencionar, é “nascida e criada” ‘em Cuiabá. Desde pequena descobriu a paixão pelos desenhos e ao longo da carreira desenvolveu um estilo próprio através do abstracionismo. Com um currículo extenso, mais de 25 anos de carreira, diz que se expressa por meio das cores. “Eu sempre penso antes de criar meus desenhos, porque sei que aquilo que eu pintar, vai transmitir uma energia para o ambiente onde aquela tela ficará exposta, então, sempre penso em coisas boas”, diz a artista que tem o reconhecimento do público e da crítica com as suas pinceladas multicoloridas. Não é à toa que a capa desta edição ganhou um toque especial com um dos trabalhos de Rita.
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Maias. Quando vi a cor, me emocionei, pois era exatamente o tom que eu havia usado nos meus últimos trabalhos”, relembra a artista, que percebeu naquele momento, como a arte não tem barreiras e pode ser transmitida em qualquer lugar do mundo. “É fácil identificar essas fases do meu trabalho. Acredito que o local onde o artista mora acaba por influenciar na sua obra. Quando retornei para Cuiabá, os tons terrosos começaram a sobressair”, explica. As telas da artista já foram expostas no Museu do Louvre, em Paris, também em Londres, Estados Unidos e já chegaram ao Japão.
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Adriano Figueiredo
Obra: Zenilton Mattos
O cuiabano Adriano Figueiredo retrata bem em suas telas, a influência da infância vivida na terra do sol escaldante e povo acolhedor. Ele conta que quando menino, de manhã era comum o guaraná ralado, e ao final da tarde, o som da viola-de-côcho, tocada pelo avô, seo Hortêncio. Em seus desenhos curvilíneos e com muitas cores vibrantes, Adriano diz que sua arte está intimamente ligada à cultura cuiabana. “Sempre passei minhas férias no sítio, tendo um contato muito próximo com a fauna e flora pantaneira. Eu trabalho em curvas, e são essas curvas que vão contando essas minhas histórias de infância, rodeado da mesa farta das delícias da nossa culinária e ao som do cururu”, conta o artista. Sem ficar preso à uma única técnica, Adriano diz que gosta de experimentar. “Já pintei em acrílico, óleo e agora estou estudando as aquarelas. Gosto de pintar em telas, MDF, parede, chão, garrafas. O material faz parte da composição e nisso deixo livre a minha criatividade”, declara.
Zenilton ganhou destaque com seu trabalho que ressalta a feminilidade da mulher cuiabana, permeada por elementos da cultura regional. Suas telas já foram expostas em São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e também fora do Brasil, na Espanha, Alemanha e Japão
Obra: Adriano Figueiredo
Curvas que conquistam As telas de Adriano já rodaram o Brasil e agora ganham destaque em países como Portugal, Noruega, França, Espanha e Estados Unidos. “Se meu trabalho está alcançando outras pessoas em países com culturas diferentes, significa que estou conseguindo transmitir a minha energia e as minhas impressões sobre o lugar onde nasci. A arte é universal”, afirma. O artista conta ainda uma curiosidade sobre a primeira tela, que surgiu despretensiosamente. “Eu queria dar um presente para a minha namorada na época, porém não tinha dinheiro. Decidi fazer um desenho para ela. E deu certo. Hoje ela é minha esposa e isso já tem 17 anos. A essência do que fiz na minha primeira tela, é a mesma até hoje”.
As telas de Adriano chegaram em países como Portugal, Noruega, França, Espanha e Estados Unidos. “Se meu trabalho está alcançando outras pessoas em países com culturas diferentes, significa que estou conseguindo transmitir a minha energia e as minhas impressões sobre o lugar onde nasci” bigl ar
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Zenilton Mattos Quem diria que o garoto que teve problemas na escola por causa das suas pinturas, iria ter naquele hobbie, a sua profissão. “Quando tinha cerca de onze anos, meus pais foram chamados pela diretora da escola. O motivo é que eu havia ficado uma semana inteira sem copiar nenhuma lição do quadro. O que eu estava fazendo? Enchi meu caderno de desenhos”, diz Zenilton num misto de saudosismo e orgulho. O artista ganhou destaque com seu trabalho que ressalta a feminilidade da mulher cuiabana, permeada por elementos da cultura regional. Suas telas já foram expostas em São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e também fora do Brasil, na Espanha, Alemanha e Japão. “As minhas telas significam para mim um pedaço da minha história, da minha vida, e que eu posso levar para as pessoas. São meus sentimentos, porque é isso que acontece quando um artista coloca na tela uma arte, independentemente da temática. É muito bom poder dividir isso com as pessoas, seja em suas casas, seja em galerias ou até mesmo nas ruas, como os muros que já pintei em Cuiabá”.
Capucine também tem renome internacional e teve o prestígio de ter suas telas expostas no mais conceituado Museu do Mundo – o Louvre, em Paris
Adir Sodré O pintor e desenhista nasceu em Rondonópolis e se mudou para Cuiabá aos 15 anos de idade. Frequentou o ateliê livre da Fundação Cultural na UFMT, orientado por Humberto Spíndola e Dalva Maria de Barros, em 1977. Seu trabalho é guiado por uma temática bem regional, que ganha forma através de cores vibrantes e é regado de elementos da cultura cuiabana. Entre suas coleções mais conhecidas, cujo erotismo se faz presente na sutiliza dos pincéis, estão “Falos e Flores” (1986) e “Orgia das Frutas” (1987). “Quando comecei a pintar, achava que poderia mudar o mundo com a minha arte. Eu entendo que a arte existe para que a realidade não nos destrua”, afirma o artista de caráter irreverente, mas que também utiliza seu talento para tecer críticas sobre problemáticas sociais. Adir Sodré já teve seus trabalhos expostos de maneira coletiva e individual em museus nos Estados Unidos e Japão, além de ter uma extensa trajetória por todo o Brasil.
Capucine picicaroli Uma artista que representa bem a pluralidade de sensações, fato que ela aproveita para se comunicar através de suas telas. “Eu me inspiro nas coisas do dia a dia, que eu vejo e que me interessam. Vão de coisas simples à mitologia e também culturas de outros países”. A paranaense radicada em Cuiabá encanta quem já teve a oportunidade de ver seu trabalho que fez um mergulho na cultura do país norte-americano, o México. A personagem principal da série é a também pintora Frida Kahlo. Os quadros ainda ganharam colorido com as Catrinas (uma representação humorística do esqueleto de uma dama da alta sociedade, típica figura mexicana), animais e esqueletos. Capucine também tem renome internacional e já teve o prestígio de ter suas telas expostas no mais conceituado Museu do Mundo – o Louvre, em Paris. Além disso, a artista já marcou presença com suas Fridas nos Estados Unidos. “Cuiabá é a cidade que eu vivo desde os 5 anos. Aqui estão muitos dos meus amigos e nessas conversas, no nosso clima e na nossa comida, eu me inspiro para criar. Cuiabá é uma cidade muito amorosa. Parece um grande bairro onde todo mundo se conhece e é amigo. Essas características acabam influenciando muito nas minhas obras”, diz.
A arte como forma de protesto. Adão Domiciano, conhecido pela pintura Naif (Pintura ingênua), usa o dom das artes para passar uma mensagem de conscientização. “Muito se ouve falar do desmatamento e aquecimento global, mas pouco se faz para combater isso. Quando eu faço minhas telas, eu penso sempre em passar uma mensagem”, explica o capixaba que vive em Cuiabá desde a década de 80. “Eu procuro nas minhas obras dar um grito de revolta pela devastação do meio ambiente. Meus trabalhos têm essa narrativa da destruição da natureza. Minhas últimas telas são de dois cenários antagônicos: muitas chuvas e cheias nas cidades e muita seca em outras regiões. Situações que são reflexo da falta de cuidado do homem com o meio ambiente”, afirma o artista.
“Quando comecei a pintar, achava que poderia mudar o mundo com a minha arte. Eu entendo que a arte existe para que a realidade não nos destrua”
O naif
Adir Sodrê
c o m m at u r i da d e
Com um tom poético, Adão imprime em seus traços, a preocupação com o meio ambiente e seu amor pela simplicidade da vida no campo. A riqueza de detalhes e o traçado de finos pincéis rendeu ao artista diversos prêmios regionais e nacionais, como Salão Jovem Arte Mato-Grossense 1989, 1990, 1994 e 1999, e a Bienal de Arte Naif do Brasil em 2000, 2002 e 2006.
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Obra: Adir Sodré
Obra: Capucine Picicaroli
Adão Domiciano
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Victor Hugo Artista plástico mato-grossense de renome internacional tem um trabalho incrível no que diz respeito à fauna e flora pantaneira. Os paredões da Chapada dos Guimarães também ganham cores vibrantes nos pincéis comandados pelo artista. Suas pinturas têm um forte apelo de consciência ecológica e de divulgação das belezas naturais de Mato Grosso. Seu talento já percorreu países como Estados Unidos, Alemanha e Peru lhe rendendo, inclusive, prêmios internacionais. Valdivino Miranda Com um estilo bem particular, Valdivino Miranda expressa em suas telas, desenhos que passam a ideia de constante transformação. Seu trabalho é sempre marcado pelos detalhes e suas narrativas alegóricas transmitem um tom poético ao mesmo tempo simples e instigante para a imaginação de quem vê. Julio César De origem humilde, teve sua maestria nos pincéis e tintas descoberta no Ateliê Livre, no Museu de Arte e Cultura da UFMT. O artista é adepto do pontilhismo, técnica que utiliza para dar vida às suas telas há mais de 20 anos. Já fez várias exposições coletivas e individuais que despertaram o interesse de admiradores da boa arte no Brasil. O nome do artista consta no livro “Meu Brasil de A a Z”, no qual estão reunidos trabalhos dos melhores artistas do país.
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Obra: Sebastião Silva
Valques Rodrigues Artista plástico cuiabano, começou a pintar desde pequeno, aos seis anos de idade. Possui um trabalho reconhecido no Brasil, e tem várias telas vendidas no exterior. Seu estilo de pintura Naif conquista pela simplicidade e ao mesmo tempo por passar uma mensagem em suas telas. A arte está no sangue! O pai de Valques é o também talentoso artista plástico Nilson Pimenta. Sebastião Silva Artista plástico cuiabano, que assim como outros nomes da arte regional, “nasceu” do Ateliê Livre da Universidade Federal de Mato Grosso. Entre os elementos presentes em suas telas, frutas como caju e manga e a doçura dos quintais cuiabanos. Os animais típicos da fauna pantaneira também têm forte presença. O artista mato-grossense, conceituado no Brasil, também já teve obras expostas nos EUA. Nilson Pimenta É considerado um dos mais importantes pintores do Brasil na arte Naif. Ele é Baiano, porém radicado em Cuiabá, tem uma relação forte com a terra. Passou a infância no meio rural, e retrata em suas obras parte desse sentimento. Suas telas já rodaram o país, o que lhe conferiu diversos prêmios e ainda lhe renderam uma exposição individual em Londres, Paris. É uma referência das artes plásticas e ainda um incentivador e descobridor de talentos.
Obra: Nilson Pimenta
Obra: Julio César
Obra: Valdivino Miranda
Obra: Victor Hugo
Obra: Valques Rodrigues
Time de Ouro
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post do chef
tas Receivas em si exclu página do nossa
k Faceboo
Pintado assado — Por Graziela Delalibera —
C h e f p r o p õ e f o r m a d e p r e pa r o i n o va d o r a pa r a u m d o s pescados mais popul ares da culinária regional
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você #prapravocê
Fotos: Wander Lima
U
m dos peixes mais saborosos e apreciados da culinária regional do Mato Grosso, o pintado é preparado principalmente grelhado, frito ou ensopado. O chef Marcelo Cotrim inova e apresenta nesta edição uma receita diferente: pintado assado com vinagrete de manga e banana. “O prato foi pensado para valorizar um dos peixes mais consumidos em nosso Estado. A receita combina o pescado com frutas e cítricos, proposta que traz ainda mais frescor para essa preparação leve e saborosa.” O resultado é um peixe bastante suculento. O vinagrete traz um contraste de textura e de temperatura ao prato, proporcionando perfeita harmonia. “Não temos muito costume de assar o pintado. Os peixes assados que mais fazemos são o pacu, a piraputanga, a matrinxa, entre outros. Quis propor uma nova opção de preparo, diferente do usual.” A atenção ao tempero é essencial para o sucesso da receita. “Em geral, escolhemos peixes com o lombo mais alto, ficando mais difícil de o sabor penetrar. Por isso, os temperos vão juntos na assadeira, para liberarem sabor durante o cozimento”, explica o chef. Para identificar o ponto do peixe assado,
— www.facebook.com/superbiglar —
a dica é sentir a textura com o auxílio de um garfo depois do tempo recomendado de forno. “Primeiramente, o peixe muda de coloração e textura, passando a ficar mais firme.” Segundo Cotrim, o prato mostra-se
ideal para qualquer momento. “Além de tratar-se de uma refeição leve e saudável, o pintado é um dos maiores peixes do Pantanal. Com isso, seu preparo torna-se uma ocasião para celebrar com amigos e familiares os prazeres da regionalidade.” A receita completa e o modo de preparo estão no Post do Chef, em nossa página no Facebook.
sobre o chef
Cuiabano, Marcelo Cotrim é formado em gastronomia, pós-graduado em Chef de Cozinha Brasileira e vencedor da 2ª edição do concurso Lufada de Peixes. Em 2015, foi indicado ao Prêmio Nacional Dólmã, como um dos três melhores chefs do estado. Estagiou nos renomados restaurantes paulistanos Epice, sob o comando do chef Alberto Landgraf, e D.O.M., de Alex Atala. Como profissional, valoriza ingredientes e preparações regionais. Trabalha com eventos gastronômicos personalizados e consultorias. Instagram: marcelo_cotrim
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gastro tour — Por Michelle Monte Mor —
os sabores da
Califórnia A g a st r on om ia d o e stad o na costa o e s t e d o s EUA é t ã o d i v e r s i f i c a d a q u a n t o a s u a c u lt u r a
O
s brasileiros estão entre os turistas que mais visitam os Estados Unidos. De acordo com Departamento de Turismo dos EUA, até setembro de 2016, pouco mais de 1,6 milhão de brasileiros foi ao país. Por lá, os lugares preferidos são Nova Iorque, Califórnia e Miami. O National Travel and Tourism Office do Departamento de Comércio dos Estados Unidos revela que mais de 68% das visitas foram a lazer. Entre os destinos americanos que oferecem clima agradável, diversas opções de passeios e boa gastronomia está a Califórnia. Apelidada de “O Estado Dourado” (Golden State, em inglês), a Califórnia oferece diversidade de paisagens e sabores. Com seu clima praiano e descontraído, atrai muitos brasileiros. Segundo o Visit California, órgão de promoção do turismo, os viajantes do Brasil gastam, em média, cerca de US$ 2 mil em uma viagem pela Califórnia. O mais populoso e rico dos estados americanos, é composto por cidades onde é possível se bronzear numa praia pela manhã e terminar praticando esqui em um pico nevado. Lá estão as famosas praias de Malibu e os pontos turísticos imperdíveis de Hollywood. Mas a Califórnia se destaca também por sua gastronomia. É reconhe-
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cida pelas suas vinícolas e vinhos. E, recentemente, as cervejas artesanais e os alimentos orgânicos, produzidos localmente, ganham cada vez mais espaço e notoriedade. Em Los Angeles, por exemplo, há um grande número de imigrantes. O que resulta em uma enorme diversidade onde vivem pessoas oriundas de 140 países, falando aproximadamente 90 idiomas diferentes. Isso incrementa o setor gastronômico da cidade.
Diversidade de sabores Com milhares de casinhas vitorianas, São Francisco é uma cidade jovem, vibrante e ousada. “Frisco”, nome dado por seus habitantes, é uma das cidades mais animadas dos Estados Unidos. E além da diversidade cultural, oferece milhares de possibilidades gastronômicas ao viajante. “Estive na Califórnia, em São Francisco e Los Angeles, em janeiro de 2016. Durante 20 dias experimentei muitos pratos por lá. Até mesmo os fast foods são interessantes. Estive em um que servia comida asiática, com um tempero adocicado e ardente. Os pratos ofereciam até mesmo opções com camarões, que são ingredientes bem consumidos por lá”, revela o estudante Cesar Vinícius Sampaio Ribeiro de Assis, de 18 anos. E como citou Cesar Vinícius, as receitas mais famosas na Califórnia são feitas com alimentos vindos do mar. Isso acontece por estar localizada na costa do oceano Pacífico. Por lá, dois pratos fazem muitos sucesso: Cioppino e Clam Chowlder. O primeiro é uma receita ítalo-americana, uma
Clam Chowlder caldeirada de frutos do mar, servida com pão. Começou a ser feita em 1800, quando pescadores italianos imigraram para São Francisco. O Clam Chowder talvez seja o prato mais típico e popular de “Frisco”. Trata-se de uma sopa cremosa de mexilhões, acompanhada de cenouras e batatas. É servido dentro do pão. Quase todos os restaurantes do lugar servem o prato, mas o mais famoso é o Clam Chowder servido no Boudin Bakery. A Boudin Bakery é uma padaria muito antiga e tradicional e há 200 anos usam fermentação natural na produção dos pães. Conta ainda com um museu, uma esteira de pães de vários tipos e formatos. E por falar em pães, eles também são as estrelas em São Francisco.
Com uma infinidade de tipos, eles fazem da panificação uma arte. O pão Sourdough é o mais tradicional e famoso por lá. O nome vem de sour (que em inglês quer dizer azedo) e dough (massa). Ou seja, é um pão de massa azeda. Podemos compará-lo aqui no Brasil ao pão italiano. É feito com fermentação natural, usando lactobacilos vivos. Assim como quase todos os pães em São Francisco. As padarias fogem do industrializado e as receitas passam de geração para geração. Cada estabelecimento usa um fermento, o que faz que cada um tenho um sabor único. Para se ter uma ideia da importância da fermentação natural, a principal bactéria encontrada nos fermentos de sourdough, chama-se Lactobacillus sanfranciscensis, uma homenagem a cidade.
“Durante 20 dias experimentei muitos pratos por lá. Até mesmo os fast foods são interessantes.” Cesar Vinícius Sampaio Ribeiro de Assis, estudante de 18 anos.
Cioppino
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gastro tour
feiras
gastronômicas
Vinhos e boa gastronomia Os vinhos produzidos na Califórnia são tão famosos quanto os pães e as receitas com frutos do mar de São Francisco. Os apaixonados por vinhos devem visitar Napa Valley, região famosa por suas vinícolas. Os turistas costumam alugar um carro e dirigir até Napa. Uma dica é visitar a Vinícola Robert Mondavi, que promove passeios e degustações. Aproveite a viagem gastronômica por Napa para provar um croissant amanteigado ou um sanduíche feito com pão fresquinho. Vale a pena também experimentar um cookie, um éclair ou uma torta. São diversos restaurantes, lojas de alimentos artesanais e orgânicos e escolas de culinária, que servem produtos da estação e vinhos refrescantes. Uma dica é NapaStyle, uma loja de comida artesanal curada pelo chef celebridade Michael Chiarello. No Hurley’s Restaurant, por exemplo, o chef Bob Hurley serve opções aperfeiçoadas de pratos frescos, simples e sofisticados da gastronomia da região. Em Napa Valley, o chef Thomas Keller, chef com três estrelas no Guia Michelin, possui dois restaurantes. O Bouchon e o The French Laundry. O Bouchon é um bistrô e uma padaria e é mais fácil para conseguir uma reserva. O outro é um restaurante mais formal. Nele, a reserva é mais difícil.
Building Marketplace Os frutos do mar são as estrelas da gastronomia na Califórnia. E na mesma “onda” estão as ostras. As espécies locais são criadas em fazendas ao norte de São Francisco, como a Drake’s ou Tomales Bay. Por lá, os Oyster Bar (Bar de Ostras) são muito comuns. Entre as ostras comuns dessa região estão a Kumamoto, a Marin Miyagi, Golden Nuggets e a Olympia. Para quem é fã da iguaria, vale a pena ir até o Waterbar, que fica em frente a Bay Bridge, com vista para o mar. Aproveite para pedir um vinho espumante produzido localmente para acompanhar.
Para quem tem um perfil mais low profile, a Califórnia também é um bom destino. São dezenas de feiras gastronômicas ao ar livre e muita oferta de alimentos orgânicos. Entre os mais famosos estão o Ferry Building Marketplace, um mercado municipal e o famoso Pier 39, em Fisherman’s Wharf. Com dezenas de lojinhas e restaurantes, o lugar é um dos principais pontos turísticos de São Francisco. Por lá, produtores locais vendem frutas e verduras orgânicas e frutos do mar. “Durante a nossa estada na Califórnia só comemos frutos do mar. Adorei conhecer o Pier 39 e experimentar os camarões”, diz Ely Ines Ferraz de Campos Olavarria, médica neurologista. Ela e o marido, o analista de sistemas, Renato Miguéis Olavarria Filho passaram 13 dias na Califórnia. Viajaram de carro de São Francisco até Las Vegas. “Em Santa Mônica, os frutos do mar também são imperdíveis. Mais ao sul da Califórnia, em Carmel (ou Carmel-by-the-Sea), é a joia da costa oeste americana. Tem restaurantes charmosos, chefs aclamados e vinícolas premiadas. Além disso, é famosa por seu mercado de agricultores”, revela Renato Miguéis. Carmel fica a 200 quilômetros de São Francisco. Uma viagem de duas horas.
“Durante a nossa estada na Califórnia só comemos frutos do mar. Adorei conhecer o Pier 39 e experimentar os camarões” Ely Ines Ferraz de Campos Olavarria, médica neurologista, que viajou com o marido Renato Miguéis Olavarria Filho, analista de sistemas
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saúde à mesa — Por Gabriela Ferigato —
Ardida e saudável I n g r e di e nt e e s se n cial e m mu ita s r ece ita s, a p i m e nta tam bé m p r op or ci ona be n e f í ci os a s aú de e p ode a j u dar n a p r e v e n ç ã o d e d o e n ç a s e n o a u m e n t o d a lo n g e v i d a d e
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mada por uns, evitada por outros, a pimenta é um fruto bastante típico e enraizado na culinária brasileira e internacional. Mas, além de ser a protagonista em algumas receitas, apresenta também muitos benefícios para o organismo. Existem mais de 150 variedades do gênero Capsicum catalogadas no mundo, derivadas de cinco espécies. Pimenta de cheiro, de bode, cumari-do-pará, malagueta, dedo-de-moça, murupi, biquinho e cambuci estão entre as mais consumidas no Brasil. Cultivadas de Norte a Sul, são alimentos que oferecem proteção antimicrobiana, anti-inflamatória e anticancerígena, bem como uma função termogênica que contribui para o processo de emagrecimento. Esses benefícios vêm, em grande parte, graças à capsaicina, a mesma substância responsável pela sensação de queimação na boca e pelo calor que sobe pelo corpo ao ingerir o alimento. Segundo Marlete Giroldo, nutricionista responsável pela empresa Natural Club, de Cuiabá (MT), especializada em produtos e serviços de alimentação saudável, as pimentas são ricas em vitaminas A, C e E. “Embora o sabor picante seja o atributo mais atrativo, os seus frutos são ricos em fibras, sais minerais, vitaminas, flavonoides e carotenos.” A vitamina A, por exemplo, que escolhe alimentos de cores vivas para se alojar, melhora a visão, auxilia no crescimento, contribui na formação dos dentes, na formação de colágeno, além de ser necessária para a renovação celular.
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Já a vitamina E tem um papel essencial quando o assunto é a prevenção de doenças. Ao atuar como um forte antioxidante, age contra a deterioração das células e o envelhecimento. Uma pesquisa da Universidade de Vermont, nos Estados Unidos, mostrou que consumir pimenta pelo menos uma vez ao mês reduz a mortalidade em até 13%, sendo a maior queda nas doenças relacionadas ao coração, como enfarte e acidente vascular cerebral (AVC). O estudo foi feito com 16 mil norte-americanos ao longo de quase 19 anos e mostrou que o alimento estimula a dilatação dos vasos sanguíneos, o que reduz a pressão arterial. De acordo com a pesquisa, não há diferenciação sobre qual tipo de pimenta trouxe os benefícios (fresca ou em pó). Famosa e muito consumida no Brasil, a pimenta-do-reino (Piper nigrum L.), porém, não é do mesmo gênero das demais. Originária da Índia, é feita do grão de uma planta trepadeira. Na culinária, as possibilidades são inúmeras. De acordo com a nutricionista, as doces são facilmente degustadas cruas ou refogadas. “As com maior
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variedades m a i s c o nh e c i d a s
1. Bode (C. chinense): frutos
arredondados ou achatados, vermelhos e amarelos. É muito picante e os frutos maduros são utilizados principalmente em conservas. 2. C ambuci (C. baccatum var. pendulum): frutos
vermelhos em forma de campânula ou de sino. Com sabor adocicado, pode ser utilizada em saladas. 3. Cumari-do-pará (C. chinense): frutos triangulares e
amarelos quando maduros. Bastante picante, é utilizada em conservas. 4. D edo-de-moça (C. baccatum var. pendulum): frutos
alongados e vermelhos. Sua pungência é baixa e é utilizada em molhos, conservas e desidratada, em flocos (calabresa). 5. M alagueta (C. frutescens):
uma das mais cultivadas, é vermelha, mede de 1,5 a 4 centímetros. Com pungência de média para alta, é a mais utilizada para “esquentar” o acarajé.
ardência são recomendadas cozidas, refogadas ou em conserva, com o propósito de não provocar irritações na mucosa. Lembrando que as vitaminas A e E são lipossolúveis, portanto a técnica de refogar e/ou curtir em óleo permite que as substâncias se conservem neste meio”, destaca Marlete. A ardência do fruto é medida em uma escala sensorial denominada Scoville Heat Units (SHU) ou Unidades de Calor Scoville. Seus valores variam de zero para pimentas doces, como a Cambuci e a doce-americana, até mais de um milhão para as extremamente picantes, como a Carolina Reaper com 1.569.300 SHU, considerada uma das mais ardidas do mundo. Para a nutricionista, a formação de hábitos alimentares das crianças deve receber atenção. “O uso contínuo de temperos que se sobrepõem ao sabor natural dos alimentos deve ser evitado, principalmente se estiverem em salgadinhos ultra processados ou similares. As pimentas doces e pimentões são melhores para iniciar a adesão a estes alimentos. Suas cores, crocância e aroma podem conquistar os pequenos”.
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6. Pimenta-de-cheiro (C. chinense): frutos alonga-
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dos, triangulares ou retangulares. A coloração também é variável (amarelo-leitoso ao preto), assim como a pungência (doce até muito picante).
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7. Jalapeño (C. annuum):
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originária do México, com frutos grandes, sabor forte e pungência mediana.
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pa d a r i a
Pães mais que especiais — Por Kátia Carminatto —
Fotos: Wander Lima
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ue atire a primeira migalha quem nunca ficou com água na boca ao sentir o cheiro de um pão fresquinho assando no forno. Ou quando viu aquela cesta de pão quentinho sobre a mesa. Seja no café da manhã, no almoço, no jantar ou no lanche, o pão é um dos poucos alimentos que pode ser considerado unanimidade em qualquer lugar do mundo, preservadas, é claro, as preferências regionais. Não é pra menos: o hábito de consumir pão é milenar. A história conta que o pão surgiu há 12 mil anos na Mesopotâmia (hoje Iraque) juntamente com o cultivo do trigo. Sem fermento, as primeiras amostras eram duras, secas e achatadas. Somente com a incorporação do processo de fermentação desenvolvida pelos egípcios é que o pão ganhou um aspecto mais parecido com o que se tem hoje.
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De lá pra cá muita coisa mudou, mas a paixão pelo pão permaneceu intacta. “Atualmente a panificação dispõe de novas técnicas nas áreas de fermentação, batimento e cocção, além de tecnologias, máquinas e equipamentos modernos como fornos e ultracongeladores que facilitam a produção”, revela Rogério Shimura, professor e consultor na área de panificação e diretor do Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria de São Paulo (Sindipan).
Fermentação natural O processo produtivo mais dinâmico abriu espaço para os novos sabores e as várias combinações que estão caindo no gosto popular. “A grande tendência do momento são os pães com fermentação natural. É praticamente uma volta ao passado, já que a fabricação dessas especialidades não utiliza tantos aditivos”, comenta o chef-padeiro. A fermentação natural é resultado da reação química da combinação entre água, farinha e cana-de-açúcar que produzem os fungos e bactérias próprios para a panificação. Um pão produzido a partir desse processo leva mais tempo para ficar pronto e possui uma aparência rústica, normalmente com casca crocante, um miolo irregular e um sabor levemente azedo. Mas são pães de fácil digestão que contribuem para a absorção de
vitaminas e minerais. Além disso, possuem um índice glicêmico mais baixo e aumentam a sensação de saciedade. É o caso do pão italiano – tradicional, integral ou com adição de frutos.
Multigrãos Outra grande tendência são os pães multigrãos. “Os novos hábitos de consumo estão despertando o consumidor para uma vida mais saudável. Isso já é realidade na Europa, onde o consumo de pães multigrãos e de centeio é bem grande”, observa Shimura. No Brasil, segundo ele, as pessoas estão começando a atentar para a questão da saúde e nutrição e por isso buscam produtos de maior valor nutricional e saudabilidade. “O aumento no consumo desses pães já é representativo por aqui, em especial a procura pelos integrais”, completa. Por serem enriquecidos, esses pães prometem ajudar na redução do índice glicêmico e do colesterol. As outras funções estão relacionadas à prevenção de doenças e do envelhecimento precoce e até equilíbrio hormonal. Vale notar que os pães integrais e os enriquecidos com grãos e cereais proporcionam uma sensação de saciedade maior e por isso são grandes aliados nas dietas alimentares. Nesse quesito, as especialidades que levam centeio, aveia, linhaça, quinoa, uva-passa e castanhas são as mais recomendadas.
Os tradicionais Tendências à parte, há ainda quem prefira o bom e tradicional pão branco. A boa notícia para quem quer manter a linha é que não é preciso eliminar esse tipo de pão do cardápio, basta comer com moderação e escolher bem os acompanhamentos. Proteínas e vegetais são as opções recomendadas pelos nutricionistas. E para não
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No BigLar
tem!
Com uma estrutura de altíssima qualidade e atenta às preferências do consumidor, a padaria do BigLar produz diariamente, além dos tradicionais pães brancos, como baguete francesa, pão português e ciabata, grande variedade de pães especiais. Para a tendência do momento, que são os pães de fermentação natural, a equipe de panificação mantém uma rotina cuidadosa, já que essa especialidade exige um tempo maior de preparo em função do processo de levedação, que é o que garante as propriedades naturais da massa. Nessa categoria, o carro-chefe é o pão italiano. A área de panificação do BigLar busca aliar o sabor à nutrição. Os pães enriquecidos com grãos, por exemplo, possuem ingredientes cuidadosamente selecionados para preservar a equivalência do valor nutricional. Especialidades como os pães 7 grãos, aveia com mel, integral com nozes e centeio com passas e castanha são algumas das especialidades encontradas na categoria dos funcionais. E com tanta variedade, só fica com água na boca quem quer !
pa d a r i a
quer sentir tanto peso na consciência – e na balança – existem opções da tradicional massa do pão francês com adição de grãos. Outro queridinho entre os tradicionais é o pão português. Conhecido pelo aroma acentuado, essa especialidade possui uma casca crocante e espessa e um miolo leve e saboroso. O toque de azeite é o que o diferencia dos outros pães e por isso harmoniza perfeitamente com frios e patezinhos especiais para aqueles dias em que se quer fugir da rotina. O Ciabata também é um dos preferidos da lista de pães brancos. Indicado para aqueles sanduíches frios e assados que substituem uma refeição esse pão de origem italiana tem um miolo macio e areado que vai bem com recheios doces e salgados. Ele pode ser consumido em todas as refeições e também serve de base para saborosas bruschettas, um antepasto coringa na hora de receber amigos (veja receita).
Novos sabores Na alegria e na tristeza, na saúde e na doença. Sim, o pão é o acompanhamento de todas as horas e não é só por aqui que ele faz tanto sucesso. “O pão é consumido em vários países da Europa e América do Sul acompanhando os mais variados pratos. Para se ter uma ideia o consumo de pão por habitante no Chile e na Argentina é mais que o dobro do que no Brasil”, afirma Shimura. “Os consumidores desejam encontrar qualidade e variedade nas padarias e as inovações do setor nos últimos anos já estão contribuindo para o incremento da panificação no Brasil”, destaca Shimura. Pontos de venda menores, maior variedade de pães “funcionais”, especialização da mão-de-obra e novas tecnologias são algumas das mudanças já incorporadas nesse novo formato de comercialização de pães. Ou seja, ainda teremos muitos sabores para experimentar.
Os pães que ilustram essa matéria podem ser encontrados nas lojas do Biglar
Receitas especiais
Bruscheta no ciabata Ingredientes: •1 pão tipo ciabatta •1 50 g de muçarela •4 tomates do tipo italiano picado (sem semente) •3 colheres de azeite (sopa) •O régano e sal a gosto •M anjericão fresco para decorar Preparo: Corte o pão ciabata em fatias de aproximadamente um dedo de espessura. Cubra cada uma das fatias com uma rodela fina de muçarela. Em uma vasilha tempere o tomate picado com o azeite, o sal e o orégano. Cubra as fatias de pão com o tomate temperado e leve ao forno pré-aquecido 200° por aproximadamente 5 minutos, até que a muçarela derreta. Decore com manjericão e sirva a seguir. Antepasto de cebola roxa no pão italiano Ingredientes: •5 00 g de cebola roxa cortada em tiras finas •2 colheres (sopa) de azeite de oliva
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• 3 colheres (sopa) de açúcar mascavo •3 colheres (sopa) de vinagre balsâmico •S al a gosto Preparo: Refogue a cebola no azeite até que ela fique caramelizada. Acrescente o açúcar mascavo e o vinagre balsâmico. Cozinhe em fogo baixo por 25 minutos, mexendo de vez em quando. Sirva no pão italiano. Atum no pão multigrãos Ingredientes: •2 fatias de pão integral •m eia lata de atum light misturado •1 colher de sopa de maionese light •1 colher de cenoura ralada •1 colher de sopa de milho Preparo: Misture o atum com a maionese até formar uma pasta e em seguida acrescente a cenoura ralada e o milho. Toste levemente as fatias antes de servir.
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i nstag o u r m e t — INSTA G RA M @ s u p e r m e r c a d o s b i g l a r —
Modo de preparo 1. Corte o pão em fatias e cubra com azeite, lemon pepper, alecrim e tomilho delicadamente. Leve ao forno a 180o por sete minutos; 2. E m um recipiente, misture os ingredientes do molho na sequência; 3. Distribua o carpaccio uniformemente em uma tábua. 4. C ubra com o molho 5. P olvilhe o queijo grana padano. Distribua a rúcula e coloque mais queijo grana padano. Um fio de azeite para finalizar.
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com alcaparras u m d e l i c i o s o c a r pa c c i o
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• Pão italiano (1 baguete) • Lemom pepper • Alecrim e tomilho • 1 caixa de carpaccio • Queijo grana padano ralado • Rúcula baby Molho • 150ml de Mel • 100gr de alcaparras • 40g de açúcar mascavo • 100g de castanha-de-caju picada • 2 limões-sicilianos • Pimenta-do-reino • Mostarda dijon • Azeite e sal
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M i s> e> > >e> >n> > >p> l> >a> >c e — Por Elen Valereto —
Molhos clássicos Em massas, carnes ou sal adas, cada molho tem uma função essencial na formação do sabor
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uitos pratos trazem um bom molho como base ou acompanhamento. Dependendo de sua performance na participação de uma receita, pode até roubar a cena e virar o protagonista. A presença dos molhos na composição de pratos é sempre programada e fundamental. As massas, por exemplo, independentemente de sua especificidade – curtas, longas, recheadas ou não – necessitam de um meio mais líquido ou cremoso para tornar a combinação em uma só. O nhoque, que tem textura macia e pequenos pedaços, tem massa suave que pode absorver tudo o que o molho oferece, assim como os ragus. Já as massas recheadas, como o capeletti, conchiglione e ravióli, podem ser servidas ao molho de tomate, à bolonhesa, com bechamel e ainda receitas à base de manteiga e ervas, sugere o chef de cozinha Aécio Moreira, do D’Ourique, de Cuiabá.
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Foto: divultação Restaurante D’Ourique
Com o espaguete e o linguine já é diferente. “A consistência ‘al dente’ e os fios longos destas massas podem molhos líquidos, encorpados, mas não muito cremosos para não comprometer a integridade do prato”, explica Moreira. As sugestões ideais para essas duas massas são os tradicionais molhos pesto (feito com manjericão fresco, azeite, nozes e queijo), de tomate, bechamel, ervas frescas com frutos do mar.
Fettuccine ao molho parisiense
A escolha correta dos molhos não somente dá umidade a uma receita, mas também sabor, textura, aroma e temperatura. Sendo doce, pode ser acompanhado de especiarias, ou salgado, com temperos frescos ou desidratados; também mais líquido, rústico ou cremoso; aromático, frio ou quente. As versões mais conhecidas (molho de tomate, bechamel ou molho branco, caesar, aïoli, holandês e espagnole) têm cada qual uma peculiaridade quanto aos ingredientes usados, a técnica, o modo de cocção, como deve ser servido e qual a melhor harmonização. Os molhos base, por exemplo, servem como criação para outras versões. Um exemplo é o molho de tomate (ou sugo), que pode ser usado para preparar o molho bolonhesa, putanesca e o rosé, enquanto o bechamel é base para criar o molho parisiense. Quando se tem uma base definida, é possível acrescentar legumes, cogumelos, frutos do mar e acompanhar carnes “A variedade de molhos que podem ser criados a partir de uma receita tradicional é grande,
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Ingredientes: •3 gemas de ovo •5 dentes de alho •8 00ml de azeite de oliva •S uco de meio limão tahiti •S ementes de urucum •S al e pimenta a gosto Modo de fazer: Aqueça os dentes de alho e algumas sementes de urucum no azeite, em fogo bem baixo, sem deixar borbulhar. Quando o alho estiver dourado, retire e escoe. Descarte as sementes de urucum. Em um liquidificador, coloque o alho confitado, as gemas, sal e pimenta a gosto. Bata rapidamente. Acrescente lentamente o azeite, que deve estar em temperatura ambiente. Despeje em fio, sem parar de bater. A consistência final do molho aïoli deve ser semelhante a de uma maionese. Por último, acrescente o suco de limão. Caso prefira um sabor de alho mais acentuado, substitua os dentes confitados por uma pasta de alho fresco, cortado em fatias e amassados com sal no pilão.
depende além das tradições da culinária, mas também de uma boa dose de criatividade do chef”, explica o chef de cozinha do D’Ourique.
Clássico molho vermelho O molho vermelho ou de tomate é um clássico mundial e muito conhecido no Brasil, principalmente por conta da vinda dos imigrantes italianos. Massas abertas, como vários tipos de macarrão, ou fechadas, lasanha, pizza, sopas e carnes são algumas das opções para saborear um bom molho de tomate.
Fonte: Aécio Moreira (D’Ourique)
Foto: divultação Restaurante D’Ourique
Polpetone ao sugo
Aïoli
de urucum
M o lh o d e t o m a t e
tradicional
Segundo o chef de cozinha Paulo Vitor Lara Leite, do restaurante Dom Sebastião, de Cuiabá, o primeiro registro desse molho foi exatamente na Itália, no livro de cozinha napolitana “Lo Scalco Alla Moderna”, de Antonio Latine, em 1962. “Os tomates eram muito ácidos para comer, até que o chef Antonio Latine decidiu usá-los para fazer uma mistura com cebola e azeite, criando um molho”, conta o chef do Dom Sebastião. O molho de tomate é, inclusive, uma das especialidades de Leite. Segundo ele, até a escolha do fruto é importante para um bom molho, sendo o do tipo italiano o mais indicado pela quantida-
Fonte: Paulo Vitor Lara Leite (Dom Sebastião)
Ingredientes: •1 kg de tomates italianos frescos e maduros •1 cebola roxa ou branca •A zeite extra virgem • F olhas de manjericão a gosto Modo de preparo: Faça cortes finos na cebola para desmanchar durante o cozimento. Em uma panela média, refogue a cebola com o azeite. Adicione os tomates picados e tempere com sal. Deixe cozinhar em fogo médio por pelo menos uma hora. Se precisar, acrescente um pouco de água para não queimar. Quando chegar ao ponto desejado, desligue o fogo e junte as folhas de manjericão.
Massa das pizzas são banhadas com molho de tomate fresco antes de receber o recheio de menor de sementes e mais polpa. “A segunda dica é retirar a pele, fazendo um leve corte em formato de X na parte de cima e, em seguida, colocando os tomates em água fervendo. Depois, utilizamos a técnica de choque térmico, colocando água fria com gelo. Os tomates são divididos em quatro partes, retiradas as sementes e cortados em cubos pequenos para obter um molho rústico. Para um molho mais liso, é só bater no liquidificador ou processador, colocando apenas o tomate”, ensina o chef do Dom Sebastião.
Conheça os principais molhos •B echamel: popularmente conhecido como molho branco, é muito usado para incorporar massas e suflês e cobrir ou acompanhar algumas carnes mais suaves, como a de aves. O bechamel é preparado a partir de um roux (que significa partes iguais de dois ingredientes) de farinha e manteiga. A noz moscada ralada na hora é uma especiaria muito presente que dá sabor e aroma delicados ao bechamel. • E spagnole: é um dos molhos base da cozinha francesa preparado com um roux com farinha tostada e manteiga, acrescentando caldo de carne posteriormente. Pode ser apurado no fogo com carne e vegetais e outros condimentos frescos para dar mais sabor e aroma.
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•A ïoli: é outro molho base da gastronomia francesa, mas preparado com alho, gemas de ovos e azeite. Assim como a maionese, o azeite é colocado aos poucos até atingir a textura cremosa desejada. Como é fresco, pode acompanhar peixes não gordurosos, frutos do mar, vegetais, salada de batatas, carpaccio e carne vermelha. Segundo o chef de cozinha Aécio Moreira, Cuiabá tem uma versão de aïoli nas ruas: “a maionese temperada”, muito usada nos hambúrgueres. •M olho vermelho: é um clássico da cozinha italiana, sendo um dos mais conhecidos e consumidos. O molho pode ser mais líquido ou rústico (com pedaços de tomate) e serve como base para outros preparos. Costuma-se adicionar ervas frescas, como salsinha e manjericão, e azeite para finalizar. •H olandês: citado em 1593 em um livro de gastronomia holandesa, mas popularizado pelos franceses, é preparado com gema de ovo e manteiga, mas pode-se adicionar água para que as gemas fiquem emulsificadas. Esse molho é adicionado tradicionalmente na receita francesa “Ovo Beneditino”. • Caesar: é o molho mais fácil de preparar e usado tradicionalmente para temperar salada de folhas verdes. No entanto, algumas carnes grelhadas, como a bovina e a de frango, tem recebido o molho para ganhar um toque mais fresco. De origem americana, o molho leva maionese, ovos, suco de limão, molho inglês, mostarda, alho e azeite.
Foto: divulgação Dom Sebastião
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Whisky conhecer para apreciar — Por Kátia Carminatto —
A s s u t i l e z a s e va r i e d a d e s d e s a b o r e s e n c o n t r a d a s nos diferent es t ipos de whisky, se dão, além do mé todo d e fa b r i c a ç ã o , t a m b é m p e l a m at é r i a - p r i m a u t i l i z a d a
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ara os apreciadores de whisky, saborear a mais nobre das bebidas destiladas é praticamente um ritual. O segredo é degustar lentamente cada gole e procurar distinguir nele a essência da sua composição. Toda essa distinção tem um motivo. O whisky tem um processo de produção muito refinado que começa com a fermentação de grãos – cevada, trigo, centeio ou milho – passando pela destilação e filtragem, até chegar no envelhecimento em barris de carvalho, o que pode levar anos. É justamente a combinação entre a composição dos grãos, a forma de destilação, o tempo de envelhecimento e o tipo de barril que caracteriza o sabor tão peculiar do whisky. “A qualidade de um whisky também é influenciada pelas matérias-primas utilizadas em sua produção, pelos processos de fermentação e até mesmo pela água empregada na fabricação da bebida, isso sem contar o tempo de maturação e a qualidade dos barris de carvalho”, explica Alexandre Campos, especialista em whisky e um dos colaboradores do site Single Malt Brasil.
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Diversidade Ele destaca que é possível produzir um whisky de qualidade em qualquer parte do mundo, desde que o produtor tenha o domínio de técnicas de destilação e busque os melhores barris de carvalho disponíveis para o envelhecimento da bebida. “Na Índia, por exemplo, existe um tipo de whisky produzido a partir da cana-de-açúcar, o que aqui nós chamaríamos de cachaça. O que se sabe é que cada país define por meio de sua legislação o que é whisky”, completa o especialista. Apesar da diversidade, os principais produtores de whisky são Escócia, com os famosos Scotchs, a Irlanda com os Irish Whiskeys (com “e” mesmo), os Americam Whiskeys dos Estados Unidos (também com um “e” a mais), e os produzidos no Japão, muito similares aos escoceses. Canadá, Austrália, Inglaterra, País de Gales e Suécia são países que, por cultivarem a tradição de beber whisky, também investem na produção do destilado. No Brasil, a produção ainda é tímida e não chegam a competir com os tradicionais importados. No entanto, existem boas opções no mercado nacional em destilarias concentradas, em maior parte, na região sul do país. Segundo Campos, a produção local está caminhando no sentido de melhorar o destilado nacional.
apreciando o ritual
Para apreciar o whisky e sentir as notadas da sua composição, são necessários alguns preparativos O copo Para beber o whisky puro ou com uma pedra de gelo, o ideal é uma um copo curto com fundo grosso. Para drinks “longos”, o melhor é um copo um copo alto, fino e reto. A dosagem As destilarias recomendam uma dose de 28 mililitros para a prova do whisky. Detalhe: o copo deve ser segurado pelo pé para não adulterar o sabor puro da bebida. O aroma Um bom apreciador deve assimilar o aroma do whisky antes de o provar para estudar a cor e a pureza. Sim, isso também faz parte do ritual.
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As categorias Scotchs Na pioneira Escócia, de onde vem os primeiros registros de produção de whisky, estão três os tipos de scotchs mais conhecidos: •S ingle Malt: É o tipo mais raro e caro de uísque. Tem um aspecto oleoso e licoroso e possui um traço complexo em aromas e sabores. •S ingle Grains: Produzido a partir da combinação de diversos grãos e um processo de destilação contínuo em alambique industrial. •B lended: É obtido a partir da combinação de Single Malt e Single Grains de diferentes tipos e idades, Normalmente possui um sabor mais suave e neutro. Americam Whiskeys Dos Estados Unidos vem o whiskey americano, de onde se destacam duas grandes categorias: •B ourbon: Produzido com 51% de milho e conservado em barris tostados de carvalho, possui um toque amadeirado, é adocicado e apresenta sabores e aromas intensos de baunilha e especiarias. •T enesse: Fabricado apenas no estado americano que leva seu nome, distingue-se do Bourbon apenas pelo processo de filtragem. Irish Whiskeys Os whiskeys irlandeses, que concorrem com os escoceses no quesito pioneirismo, destacam-se pelo processo de destilação e são categorizados em: • I rish Single Malt: Fabricado a partir de cevada maltada, seu aspecto se assemelha ao Single Malt escocês. •P ure Pot Still: Tem um aspecto oleoso e um sabor condimentado e frutado. • I rish Single Grain: Produzido do milho em um processo contínuo de destilação, possui com alto teor alcoólico. • I rish Blended: Elaborado pela combinação dos três tipos ou de apenas dois tipos de whiskeys.
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Harmonização
provando um bom whisky
Despeje um pouco de whisky no copo e deixe-o repousar durante alguns momentos à temperatura ambiente. Em seguida, agite o copo para que o líquido se espalhe em todas as direções do interior do copo. Agora sim: com um pequeno gole, deixe o whisky repousar na boca e mantenha-o preso durante um período de 20 ou 30 segundos. Esse é o tempo ideal para ficar a conhecer toda a pureza da bebida e assim conseguirá apreciar e retirar todos os seus sabores principais. Deve provar sempre um whisky duas vezes para desbloquear e descobrir todos os seus sabores.
Os whiskies normalmente apresentam sabores tostados de café, turfa queimada, amêndoas, nozes, canela, baunilha, chocolate, especiarias, caramelo e frutas cítricas.Saber diferenciar essas notas leva algum tempo, mas boa harmonização com o acompanhamento certo pode despertar o paladar. As combinações mais clássicas, e que caem bem com quase todos os tipos de whiskies, são chocolate, queijos suaves, castanhas, amendoim, salmão e frutos do mar. “Talvez não exista bebida que combine melhor com chocolate que whisky. Nesse caso, whiskies leves e frutados, caso dos blended e Irish Whiskies são os mais indicados”, ensina Campos. Para queijos de sabores fortes e encorpados, como roquefort, provolone, cheddar ou parmegiano regiano, o especialista indica os destilados com sabores mais marcantes e encorpados, como os single malt turfados, que coferem notas terrosas ao destilado. Já no caso de queijos mais cremosos e suaves, como Brie
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com ou sem água?
Ao adicionar água ao whisky, seu teor alcoólico diminui consideravelmente. Para os iniciantes, essa é uma opção para torná-lo mais palatável. A idade do destilado também precisa ser levada em conta. Os whiskies mais novos – 12 anos ou menos – precisam de água para adocicar o seu sabor; enquanto os mais velhos – 15 anos ou mais – devem ser ingeridos puros. Importante: não se deve utilizar água com gás, nem gelo, pois elsas alteram o sabor original do whisky.
e Camembert, a harmonização pode ser feita tanto com blended ou o single malts mais suaves. Com ou sem acompanhamento, o certo é que o whisky é um destilado nobre e que merece ser degustado com muito requinte e apreciado sem nenhuma moderação.
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Paixão pelas duas rodas — Por Michelle Monte Mor —
M ot o c i c l i s ta s e n f r e n ta m c h u va , s o l e v e n t o pa r a conhecer novos lugares
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uem gosta de viajar sempre chega de um lugar já pensando no próximo destino. E para aqueles que viajam de moto, o percurso é tão importante quanto o local de chegada. Diferente de viajar de avião ou carro, em uma moto o viajante se conecta com a natureza durante todo o trajeto. Pega sol, chuva, neve, passa frio. E é exatamente essa possibilidade de experimentar diversas sensações que atrai tanta gente às duas rodas. É assim com o analista de suporte Pablo Luiz F. Bachega Soares, de 33 anos. Ele viaja de moto desde 2007. E já pegou a estrada com motos de 125cc, 150cc e 250cc. Atualmente viaja em grupo, sempre acompanhado pela mulher, Patrícia Bachega Soares, em uma Kawasaki Versys 650cc. “Por ser preta e amarela, carinhosamente a apelidamos de Chitara, nome daquela personagem do desenho Thunder Cats”, brinca Pablo Soares. O analista conta que prefere deixar o carro na garagem. “Gosto de moto porque sou capaz de ter todos os meus sentidos ativados, sentir o calor, frio, cheiros, poder ouvir o motor roncando alto, prazer pelo veículo e a estrada.
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po todo ficamos sonhando em fazer esse passeio de moto. Existe também a vontade de conhecer Alter do Chão, no Pará, o lugar é paradisíaco! Enfim, são tantos lugares lindos que temos pelo Brasil e pela América do Sul, que fica até difícil de escolher”, diz.
“Viajar de moto para mim é como consumir vinho. Precisa de tempo. Por esse motivo não me filio a grupos. Gosto de decidir sozinho o meu trajeto e meu destino.”
SOZINHO e com tempo para conhecer o local
Custódio Gastão da Silva Junior, de 36 anos.
Poder encontrar com amigos, poder sair da rotina de trabalho. Ter seu grupo de amigos sempre em expansão, porque é inexplicável essa capacidade de fazer novas amizades quando estamos sobre duas rodas”, explica. E para ele, as vantagens vão além. Ele revela que nesse tipo de viagem consegue se desligar dos problemas, das ansiedades e das angústias do futuro. “Em cima da moto eu vivo o agora. É quando entro em sintonia com o meu eu. E também é a hora que a parceria, o companheirismo, no caso dos casados, estão mais exacerbados”, diz. Ele e a mulher já estiveram em diversas regiões turísticas de Mato Grosso. Foram para Tangará da Serra, Nobres, Primavera do Leste, Rondonópolis, Campo Verde, Acorizal, Rosário Oeste e Sinop. O casal também costuma ir com frequência para a Chapada dos Guimarães. “Sempre que possível, minha esposa e eu optamos em viajar de moto. Em qualquer noite quente de Cuiabá subimos para Chapada apenas pelo prazer da estrada. Nos sentimos conectados, unidos, afinal o garupa é peça importantíssima na condução de uma moto. Na moto nos sentimos mais próximos, pois temos que cuidar um do outro. Também tem o lado do minimalismo, levamos o mínimo de roupas e sapatos possível para as viagens, para não gerar tanto peso na moto e transtornos com bagagens durante o passeio, pois como temos que carregar tudo, nesse caso menos é sempre mais!”.
Mais viagens pelo Brasil e América do Sul A cada 15 dias, Pablo, a mulher e o grupo de amigos motociclistas se juntam para viajar de moto. “Aproveito para esticar a relação da moto e ganhar algumas dores nas costas”, brinca. Mas o analista tem planos para fazer viagens mais longas pelo Brasil e América Latina. “Como todo amante das duas rodas, gostaríamos de conhecer a Serra do Rio do Rastro, em Santa Catarina, um trecho ultra sinuoso da SC-438, com 284 curvas. Fica entre Lauro Müller e Bom Jardim da Serra”, explica. Pablo também pretende seguir até Ushuaia, na Argentina. O lugar é conhecido como La ciudad del Fin del Mundo (A cidade do Fim do Mundo). “Recentemente estivemos em Buenos Aires e em Montevidéu, o tem-
Sozinho e com calma. Este é o estilo de viagem do professor Custódio Gastão da Silva Junior, de 36 anos. Em suas aventuras de moto, sua única companheira é uma Yamaha XT 660 Z Ténéré. Com ela já esteve no Uruguai e em Buenos Aires, em 2015. Uma viagem de cerca de 2700 quilômetros. “Viajar de moto para mim é como consumir vinho. Precisa de tempo. Por esse motivo não me filio a grupos. Gosto de decidir sozinho o meu trajeto e meu destino. Tenho interesse em moto turismo, em conhecer a cultura do povo”, revela. Para Gastão, passar tanto tempo em cima de uma moto não é problema. Ele, na verdade, prefere as duas rodas. “Com ela entro em qualquer lugar e fico em contato constante com a natureza. A moto dá uma conexão maior com o meio. No carro você tem conforto, sua música, suas coisas, seu cheiro. Na moto, você tem a chuva, o vento o sol, a natureza como um todo interagindo com motociclista. Além disso, ficamos mais atentos em uma viagem de moto, pois se um erro mínimo acontecer, você pode morrer”, diz o professor.
“Gosto de moto porque sou capaz de ter todos os meus sentidos ativados, sentir o calor, frio, cheiros, poder ouvir o motor roncando alto, prazer pelo veículo e a estrada” Pablo Luiz F. Bachega Soares, de 33 anos
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De moto até na Tailândia!
“Não conhecer o caminho, enfrentar as variações do clima contratempos, sentir dor e frio. Tudo isso me faz preferir a moto. A gente supera tudo e se adapta com muita rapidez” Luis Felipe Portella Alves, 32 anos
Antes de pegar a estrada, Gastão Junior define o tempo de viagem, o trajeto, planeja quanto vai gastar, o que deseja ver no caminho e o que levar. “É preciso também ficar atento à autonomia da moto. Nunca fiquei sem combustível em uma viagem, mas isso pode acontecer. Portanto, no meu planejamento já defino onde vou abastecer”, revela. Para quem viaja sozinho, o planejamento de viagem é essencial. Definir pontos de parada, locais de manutenção e postos de combustíveis é o básico para tentar evitar dor de cabeça durante a viagem.
Não importa o lugar. O que Luis Felipe Portella Alves gosta é de viajar de moto. Aos 32 anos, o consultor de investimentos imobiliários e corretor de imóveis já viajou pelo Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Acre, Rondônia, Peru, Cordilheira dos Andes, Chile, Paraguai, Argentina e até Tailândia. Tudo em duas rodas. O gosto pelas viagens de moto foi incentivado pelos amigos. Luis Felipe já teve moto esportiva grande, uma Honda CBR 1000 Repsol, mas resolveu investir em uma Yamaha Tènèrè para suas viagens. Para ele, é muito mais emocionante do que viajar de carro. “Não conhecer o caminho, enfrentar as variações do clima contratempos, sentir dor e frio. Tudo isso me faz preferir a moto. A gente supera tudo e se adapta com muita rapidez. Em cima da moto ficamos em grande concentração. É quase uma meditação”, comenta o consultor. Sozinho, ele só faz viagens curtas. Em percursos mais longos, Luis Felipe prefere estar acompanhado pelos amigos e pela namorada, Nadja Costa. No início de 2017, o casal foi para a Tailândia, onde passaram 34 dias. E por lá, aproveitaram para conhecer um pouco do local em duas rodas. Foram cinco dias passeando de moto. “Por lá, o número de pessoas que usa a moto é bem maior que aqui.
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Além disso, as estradas são boas. O que me surpreendeu é que o terreno e o visual mudam bastante”, disse. E para enfrentar tantas horas na estrada, ele pratica exercícios físicos e cuida da alimentação. “Ao viajar de moto, nossa rotina muda. Eu bebo menos álcool e mais água, como melhor e até emagreço. O preparo físico é importante, pois você fica mais confortável durante as viagens e sente menos dores. As viagens longas, com amigos e para lugares novos são as preferidas de Luis Felipe. “Para mim, viajar de moto é uma conquista”.
Luis Felipe já viajou pelo Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Acre, Rondônia, Peru, Cordilheira dos Andes, Chile, Paraguai, Argentina e até Tailândia. Tudo em duas rodas
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nossa terra — Por Daniele Danchura —
Resistência pela identidade N
a comunidade de São Gonçalo Beira Rio, em Cuiabá, a cerâmica ainda faz parte da rotina dos ribeirinhos graças ao trabalho de apenas sete artesãos que resistem na Associação dos Ceramistas São Gonçalo para não deixar essa arte cair no esquecimento. Dona Alice Conceição de Almeida, nos seus setenta anos, presidente da associação, lembra da época em que o grupo contava com cerca de 60 membros. Nos dias de hoje, ela traz no olhar o misto de alegria e tristeza entre a importância da cerâmica para a identidade do lugar e o lamento pelo desinteresse dos mais jovens em manter a tradição. Dona Alice teme que a tradicional cerâmica de São Gonçalo não tenha um futuro garantido. O desinteresse, segundo ela, seria pelo fato de os jovens procurarem trabalho com salário fixo para se manterem, já que o artesão não garante uma renda adequada e rápida para viver. “Dá muito trabalho para fazer e também para vender, e também não é tão reconhecido”, afirma
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Fotos: Secom/MT
Mesmo com a facilidade para encontrar a matéria-prima para a confecção do artesanato, como a lenha, que é adquirida de outras pessoas, e a argila, antes era buscada rio abaixo nos barrancos e agora é comprada junto a cooperativas que cobram apenas pela mão de obra, novos artesãos não têm sido atraídos para o trabalho manual. Dona Alice nasceu na comunidade de São Gonçalo Beira Rio e desde os 10 anos aprendeu o ofício de artesão com sua mãe. Hoje, ela é a mais experiente das ceramistas do local, adora o que faz, e é a última da família a se dedicar à cerâmica, já que os demais membros, como filhas e netos, decidiram seguir por outros caminhos. Apesar dos registros históricos apontarem que a cerâmica foi introduzida em São Gonçalo Beira Rio pelos índios Coxiponés, que viviam na região e influenciaram na cultura dos “novos” moradores, a atividade ceramista ganhou força a partir de meados do século XIX e era desempenhada principalmente por mulheres. Por várias gerações, o artesanato perdurou sendo a fonte principal de renda para as famílias da comunidade, sendo que hoje, representa apenas uma parcela de renda para uma minoria das famílias ribeirinhas. Para que não fosse extinta, a atividade ceramista teve que se adequar para atender novos públicos. Além das tradicionais moringas e panelas, os artesãos passaram a produzir peças com formato de elementos presentes na comunidade, como galinhas, peixes, frutas, entre outros. Essas peças com estilo mais artístico e decorativo obtiveram sucesso para conquistar o gosto dos turistas, que são os principais clientes da comunidade. Grande parte das peças produzidas pelos artesãos locais são expostas na Casa dos Artesãos para serem vendidas ao público que visita a comunidade.
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nossa terra
Produção das peças O processo de produção das peças se inicia com a obtenção do barro branco, o qual é retirado das margens do Rio Cuiabá. Com a chegada do barro, ele é preparado para ser modelado. Os torrões são quebrados e peneirados. O material que não passou pela peneira é deixado de molho na água por uma noite e no dia seguinte amassado junto com a outra parte já peneirada. Com o barro preparado, tem início o processo de modelagem da peça, atividade que requer bastante habilidade e criatividade por parte do ceramista. Peças pequenas podem ser finalizadas em um dia, já as maiores são feitas em etapas. Finalizada a modelagem, a peça é posta em repouso para que fique mais endurecida.
processo de modelagem A próxima etapa é de acabamento, na qual a peça passa por um processo de raspagem, em seguida é pintada com tauá (barro) vermelho, recebe o “alisamento” para ganhar brilho e por fim recebe os desenhos em tauá branco. O último rito é o de cozimento, considerada a etapa mais crítica, pois a fumaça pode escurecer demais a peça ou a peça pode rachar devido o excesso de calor. O cozimento é iniciado pela manhã com fogo brando produzido por lenha grossa e afastada da peça. A finalização, no final do dia, é feita utilizando uma lenha mais fina para produzir labaredas que deixam a peça mais avermelhada.
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r a d a r c u lt u r a l — Por Marcelo Xavier —
Guri de Uruguaiana A ssistido por mais de três milhões de pessoas, o Guri de Uruguaiana este mês vai desembarcar pela primeira vez em Cuiabá. O show ocorre dia 27 de agosto, às 20h, no Teatro Zulmira Canavarros (Av. André Maggi nº 6, Centro Político Administrativo). O personagem gauchesco de Jair Kobe chega trazendo o stand up comedy Guri de Uruguaiana 2 — A Missão (Quase Impossível) para todas as idades. O espetáculo cruzou as fronteiras do sul e agora está atravessando o país em 2017. Na bagagem, ele traz desde “Os Causos do Guri”, além da divertida canja musical dos conjuntos “Gurilage People” e os “Guritles”. Os ingressos custam R$ 80. Porém, todos têm direito à meia-entrada mediante entrega de um quilo de alimento não perecível no dia do evento. que deve ser levado no dia do evento. Os tickets já estão à venda no link techtickets.com.br/gurideuruguiana
Ch o r a o c a v a c o d e
Cazes
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os Concertos Oficiais de agosto (26 e 27), a Orquestra do Estado do Mato Grosso divide o palco do Cine Teatro Cuiabá com o caviquinista e professor Henrique Cazes, um dos maiores solistas do instrumento no Brasil. Além de Cazes, a Orquestra, sob a regência do maestro Leandro Carvalho, recebe o grupo Choros & Serestas para três homenagens: o centenário de Dalva de Oliveira (1917-1972), 80 anos de morte de Noel Rosa (1910-1937) e 80 anos de nascimento do compositor e violonista Baden Powell (1937-2000). No programa, a OEMT também revisita a música clássica russa. O cardápio musical da abertura dos Concertos Musicais é dedicado à Dmitri Shostakovich, que realça o encontro da tradição romântica com manifestações artísticas diversas. Deste que é uma das maiores expressões da música popular eslava do século passado, a Sinfônica do Mato Grosso destaca a “Sinfonia de Câmara”, op.110a. Os ingressos custam entre R$ 20 e R$ 10 (Disponíveis na bilheteria do Cine Teatro Cuiabá e no site www.ingressosmt.com. br). Mais informações: 65 3027-1824.
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O E s t r a nh o Q u e N ó s A m a m o s
om previsão de estreia no Brasil dia 24 de agosto, o filme O Estranho Que Nós Amamos já está sendo esperado pelos cinéfilos de plantão. Baseado no clássico gótico de Thomas Cullian e com roteiro e direção de Sofia Coppola, o drama conta a história de John (Collin Farrell), um soldado da Guerra Civil Americana ferido gravemente na perna e mantido num internato para garotas no Sul Confederado, onde sua presença começa a alterar todas as relações sociais entre elas. Diferente da versão cinematográfica de 1971, filme de Coppola propõe-se a tirar o foco anterior do personagem do soldado em favor das mulheres que ele conhece: elas são a diretora do internato, Miss Martha (Nicole Kidman), a professora Edwina (Kirsten Dunst) e as últimas cinco crianças que restaram no lugar devastado pela Sesessão, entre elas, Alicia (Elle Fanning).
Meu reino por um cavalo
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elson Rodrigues dizia que uma pessoa poderia morrer, amar ou trair por uma frase. As palavras podem mudar o mundo. Podem ferir, chocar, emocionar, rir ou chorar. É possível dizer que há frases que ajudaram a mudar o mundo. Shakespeare, que era um grande frasista (“Fragilidade, teu nome é mulher!”, em ‘Hamlet’), tem muitas expressões suas — tão boas quanto suas próprias peças — que atravessam séculos e hoje são de uso corrente em todas as línguas. Meu Reino por um Cavalo! (LPM, 240 páginas) citação do apelo desesperado do Rei Ricardo na peça ‘Ricardo III’, do autor de ‘Romeu e Julieta’ e percorre centenas de ditos, aforismos e fragmentos de textos produzidos por grandes vultos da humanidade e que ainda têm grande ressonância no mundo em que vivemos. O leitor vai percorrer vários universos que vão desde aspectos das relações humanas, como o amor, o desamor, a amizade, o drama de existir, a vida e a morte, até o mundo em conflito, em que grandes personagens se sobrepuseram às armas com palavras e, com elas, contribuíram para mudar o rumo da história.
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pa l av r a
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e som
oyce Moreno prepara-se para comemorar meio século de carreira, desde seu álbum homônimo, em 1968, pela antiga Philips. Palavra e Som, nome de seu novo trabalho, pode ser considerada uma suíte histórica em treze movimentos. além de composições autorais, parcerias completam o repertório de Joyce. Transitando dentre vários gêneros — da valsa ao baião, da toada ao samba, do jazz à balada, Joyce apresenta desde a conhecida “No Mistério do Samba” (gravado anteriormente por Maria Rita) até uma inusitada parceria póstuma com o poeta tropicalista Torquato Neto em “O Poeta Nasce Feito” — parceria que, a um só tempo, a destaca como bastião da resistência da velha MPB. Nas palavras da cantora e compositora, “uma mala cheia de canções, transbordando palavras, sons e emoções”. Lançamento em CD Biscoito Fino, também disponível nas plataformas digitais.
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acontece — por redação —
Novo BigLar
Jardim das Américas C am pan ha de i nau g u raç ão é r e t ratada de man e i ra div e rt i da
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ara a campanha de inauguração da nova loja do Jardim das Américas, o BigLar
apostou em uma história cativante, que fala de amor platônico de forma poética e bem humorada. Como é notório, a nova loja está muito mais moderna e confortável. A mudança geográfica, por sua vez, até que não foi grande. Isso porque o novo BigLar está um pouquinho mais para frente do Shopping Três Américas. Aproveitando esse mote, o filme de lançamento, criação da Genius Publicidade, faz uma analogia divertida a uma cena clássica do cinema e da infância de muita gente. Mostra o momento dramático em que aquele melhor amigo da rua muda de casa com a família. No filme, um garotinho aparece completamente desolado ao ver seu grande amor platônico, sua vizinha, de mudança. O drama do menino, no entanto, logo se dissipa. Na verdade, a garotinha mudou para algumas casas ao lado. Praticamente, o mesmo que acontece com o BigLar do Jardim das Américas: uma nova loja, a 500m da antiga. Depois de mostrar a família da menina chegando ao amplo estacionamento e nos corredores da loja, o filme se encerra com a cena dos dois amigos “abrindo” um laço vermelho, com a fachada do BigLar ao fundo.
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Amigas do Peito
BigLar celebra Dia dos Avós
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oar leite materno é um gesto de amor que pode salvar vidas. Ciente disso, o BigLar preparou uma
nova campanha do projeto Amigas do Peito, que estimula mães a doarem leite materno, a ser destinado a bebês prematuros. Em 2017, a campanha completa 10 anos. A campanha é realizada anualmente, integrando a Semana Mundial de Aleitamento Materno, e vai de 31 de julho até 12 de agosto. Por meio dela, o BigLar disponibiliza, em todas as suas lojas, pontos de coleta de leite materno com profissionais especializados para orientar as lactantes. A expectativa é repetir o sucesso do ano passado. O filme da campanha de 2016, criado pela Genius Publicidade, foi gravado em uma UTI neonatal para mostrar o quanto a doação de leite materno é fundamental para a recuperação dos bebês prematuros. Emocionantes, as cenas trazem o testemunho de Leidinayra de Jesus, mãe da bebê Yasmin, prematura de sete meses. Diante da câmera, ela é surpreendida com a presença de uma doadora e agradece imensamente o gesto. “Só de saber que ela está melhorando, vai sair daqui logo, logo eu já fico mais feliz em continuar doando até quando eu tiver leite”, retribuiu Gertrudes, a doadora. Vale observar que a doação de leite materno nunca deve ser feita de forma direta. A recomendação é procurar um banco de leite local ou, durante o período da campanha, em um dos postos de coleta nas lojas BigLar. Avise suas amigas, familiares e convide todas as mamães lactantes para participar!
Ação expressa carinho e gratidão por clientes
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s avós são seres que vieram ao mundo para proporcionar as melhores lembranças que carregaremos ao longo da vida. Quem não guarda na memória preciosos momentos na companhia da vovó e do vovô, como os deliciosos almoços de domingo, os divertidos passeios de mãos dadas, as brincadeiras, as longas conversas cheias de sabedoria? Para celebrar esse forte laço de amor, no dia 26 de julho comemora-se o Dia dos Avós. Sempre valorizando a família, o BigLar prepara uma ação especial para marcar a data e expressar a gratidão e o afeto a todos aqueles que vivenciam a arte de ser avós. Ao passar pelas lojas da rede nessa data, os avós ganham bandejas personalizadas, com frutas e uma deliciosa mensagem. Essa é a maneira carinhosa que BigLar encontrou para homenagear essas pessoas que são um presente em nossas vidas.
— www.facebook.com/superbiglar —
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fa z d i f e r e n t e — por
Mani Jardim —
Construção sustentável em alta MIC R OES F E R AS ECO L Ó G ICAS p a r a
COSMÉTICOS
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números cosméticos e produtos de higiene pessoal possuem em sua formulação microesferas plásticas com partículas que passam incólumes pelas redes de tratamento de esgoto e acabam poluindo rios e oceanos. Recentemente, pesquisadores britânicos da Universidade de Bath, desenvolveram uma alternativa renovável e biodegradável para as microesferas de plástico. Produzidas em celulose, as novas microesferas podem ser “quebradas” nos processos de tratamento de esgoto, ou mesmo no ambiente natural em um curto período de tempo, o que não acontece com as partículas derivadas de petróleo. A solução é amplamente promissora em frear a poluição causada em rios e oceanos do mundo.
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o Brasil, a preocupação com o meio ambiente tem sido um tema recorrente na construção civil. Diversas instituições no país, já contam com a certificação LEED (Liderança em Energia e Design Ambiental, em português), concedida pelo Green Building Council Brasil (GBC Brasil), que visa atestar a adequação dos prédios existentes aos princípios da sustentabilidade. Controle de pragas nas áreas verdes e manutenção de espécies nativas ou adaptadas, são alguns dos critérios avaliados.
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POPU L AÇ Ã O MAIS CO N SCIE N TE
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m levantamento recente da Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT), no período de 1º de janeiro a 10 de junho de 2017, mostrou que os casos notificados de dengue tiveram redução de 71%, se comparado ao mesmo período do ano passado. O dado revela uma população mais consciente, que aplicou medidas preventivas de sucesso. Entretanto, nem todos os territórios do Estado estão com queda nos casos de dengue, mas o exemplo já é suficiente para inspirar toda a população, inclusive do país! Vale lembrar que manter um ambiente limpo, sem lixos e entulhos, é uma prática sustentável que ajuda a diminuir o impacto no futuro ambiental do planeta.
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