EDIÇÃO N° 24

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pra você

• ANO V • EDIÇÃO 24 • FEV MAR 2021 •

GASTRO TOUR

Cozinha mexicana, apimentada e com muita tradição cultural

ARQUITETURA

Cantinho das bebidas em casa

SOMMELIER

Vinhos leves e refrescantes para o verão

pão nosso DE TODO DIA

Receitas com fermento natural conquistam o paladar brasileiro e fazem muita gente, literalmente, colocar a mão na massa


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Sumário 14

Capa

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Pães artesanais com fermento natural conquistam os brasileiros

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Na Casa do Chef Marcus Alves, o chef revelação do ano em Cuiabá

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Cultura no Prato O sushi, iguaria milenar da culinária japonesa, ganhou o paladar mundial

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Delícias Bolinhos, clássicos dos botecos e indispensáveis em happy hours


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Gastro Tour

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A rica e milenar gastronomia mexicana

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Sommelier Rótulos leves e refrescantes que combinam com o verão

Saúde à mesa

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Frutas saborosas para combater o calor e manter-se hidratado

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Arquitetura A praticidade e o charme dos cantinhos das bebidas

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Viver bem A corrida e seus benefícios para o corpo e para a alma

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Nossa Gente A arte conectada de Rafael Jonnier


Editorial

Delícias artesanais

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radicional ao paladar brasileiro, com aroma e sabor incomparáveis, o pão artesanal dominou as cozinhas e invadiu as redes sociais durante o ano passado, conquistando sua própria hashtag e trazendo diferentes receitas para testar e experimentar. Além de ser delicioso desfrutar de um pão fresquinho, com casca crocante, interior macio e aspecto rústico, graças à fermentação natural, a delícia se torna uma ótima opção para incorporar a dietas mais nutritivas e balanceadas. Por falar em sucessos, o sushi, herança da culinária japonesa, é uma iguaria milenar que ganhou o paladar mundial. Quem gosta sabe que, quando o desejo de comê-lo vem, é impossível controlá-lo. Apesar de ser amplamente consumido no país, nos costumes japoneses, o prato é restrito a ocasiões especiais e momentos de celebração. Confira mais sobre sua história e curiosidades em “Cultura no Prato”. Presentes nos cardápios de boteco e indispensáveis em happy hours, os deliciosos e irresistíveis bolinhos são outra maravilha que cativa os brasileiros. Combinando criatividade, versatilidade e sabor, as deliciosas receitas vêm se inovando e atraindo mais fãs. Conhecida pelo taco, burrito, quesadilla e guacamole, a gastronomia mexicana é legitimada como patrimônio mundial, devido a sua riqueza, origem e recursos, que incluem agricultura, sabores e aromas marcantes e costumes de comunidades ancestrais. Aproveitando o verão, nada melhor do que explorar diferentes opções para se refrescar. Nesta edição, apresentamos os melhores rótulos de vinho disponíveis na Adega Cave Noble e quais frutas podem ajudar na hidratação em dias quentes. Em Décor, descubra como pensar e construir um cantinho especial para guardar e preparar bebidas em casa. Veja também o esporte que vem ganhando mais adeptos a cada dia, o universo colorido de Rafael Jonnier e muito mais. Boa leitura e um grande abraço,

Família BigLar BIGL AR

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A revista “≠ pra você” está disponível gratuitamente para tablets e smartphones na App Store e Google Play

Coordenação Geral Genius Publicidade CEO Junior Brasa Atendimento Amanda Rodrigues Produção Gráfica Milena Lopes

Conteúdo, edição e arte Direção Editorial Glauco Piccirillo Redação Adriana Panzini Ana Clara Moreno Andressa Boa Sorte Elen Valereto Michelle Monte Mor Priscila Vanti Protásio Morais Shayla Silva Direção de Arte Eduardo Silva

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Maria Isabel Donini Revisão Bárbara Spigolon Loureiro

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Impressão e Acabamento Gráfica Print Capa Produção: Raphael Costa Foto: Wander Lima

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Tiragem 10 mil exemplares Para Anunciar

A Revista BigLar não se responsabiliza pelos conceitos emitidos em artigos assinados, bem como pelas informações ou conteúdo dos anúncios publicados. A reprodução total ou parcial do conteúdo desta obra é expressamente proibida sem prévia autorização. A Revista BigLar é produzida pela Goya Conteúdo Editorial.

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marketing@biglar.com.br (65) 99920-5900 (65) 3317-5900


carta do leitor

Só encontro no BigLar “Sou cliente há muitos anos, ia à loja do Jardim das Américas ainda quando era do lado do Shopping, mas a loja que frequento hoje é a da Miguel Sutil. Além de cliente, acompanho todos os eventos que acontecem no mercado, estou sempre por aqui. Na minha opinião, é o melhor mercado de Cuiabá e tudo que preciso encontro por lá. Lembro quando era mais nova, ia para lá com meus pais simplesmente para passear e conhecer produtos diferentes. Quando mais velha, via na televisão a propaganda de umas garrafas azuis. Procurei na cidade toda e não achei em lugar nenhum. Fui encontrá-las no Big e tinha de todas as cores e sabores. ”

Nayane Belo Vinhal, cliente BigLar há 12 anos

Variedade e Dedicação “Compro no BigLar desde que meu marido foi transferido do Sesc de Maceió para o do Pantanal. Frequentávamos a loja de Várzea Grande e depois a de Cuiabá. Eu amo comprar no BigLar, porque é um supermercado que você encontra tudo o que deseja, desde os queijos às variedades de carnes, bebidas, biscoitos, chocolates, enfim, tudo que eu preciso encontro aqui. Além disso, os funcionários são muito dedicados, sempre dispostos a nos atender e auxiliar, sendo gentis e atenciosos a todas nossas solicitações.”

Anna Maria Dias Rodrigues Silva, cliente BigLar há 21 anos

Parte da minha história “O BigLar faz parte da minha vida desde quando eu tinha 10 anos de idade. Todos os domingos, eu, minha mãe e minha irmã íamos fazer compras na loja do Jardim das Américas. Era um momento em família muito feliz e divertido. Ficava esperando pacientemente a semana passar para ganhar chocolates durante nossa ida ao mercado. O BigLar faz parte de grandes momentos da minha infância. O tempo passou, eu me tornei adulta e o mercado continua a fazer parte da minha vida. Sou muito grata por participar dessa história especial que tem marcado várias gerações de famílias mato-grossenses!”

Haiese Sorrentino, cliente BigLar há 20 anos

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P R AT E L E I R A — POR SHAYLA SILVA —

D E P O RT U G A L PA R A O M U N D O

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líder do mercado cervejeiro português, a cerveja Sagres, pode ser encontrada com exclusividade nas unidades do BigLar. As cervejas da fabricante são 100% naturais, produzidas segundo métodos tradicionais, levando em sua composição água, malte, cereais não maltados e uma rigorosa seleção de lúpulos. Não são usados aditivos ou conservantes, o que resulta em um sabor amargo agradável, a cor dourada e uma textura leve. Além da versão tradicional com 5% de teor alcoólico, estão disponíveis a Sagres Preta, uma cerveja escura medianamente encorpada, a Sagres Puro Malte com 0% de álcool e a Sagres Radler, uma combinação da cerveja Sagres com o sumo de limão natural, de baixo teor alcoólico.

Massa sem glúten? Temos! Aos intolerantes ao glúten ou àqueles que estão dando um tempo ao componente em sua alimentação, uma boa notícia: não precisam aposentar as massas de vez! A Seitz é uma marca alemã especializada em massas e demais produtos gluten free. Desde 1995, a empresa de base familiar é a única fabricante de massas sem glúten da Alemanha, colocando a qualidade em primeiro lugar, com ingredientes nobres que garantem massas leves e frescas. A premissa da marca é que uma dieta sem glúten não precisa, necessariamente, significar limitação ou renúncia, mas sim alegria e prazer. E ela garante isso através da gama de produtos, que inclui desde massa para lasanhas a variados tipos de macarrões.

SABORES DA

U

BÉLGICA

ma das coisas que vem à mente quando falamos da Bélgica é chocolate! Não à toa, sua capital, Bruxelas, é considerada centro mundial do chocolate fino artesanal. Mas você não precisa dar uma volta ao mundo para provar desta deliciosa fama, aliás, estes chocolates estão bem pertinho de você, aqui no BigLar. Em nossas lojas, você encontra barras de chocolate (chocolate amargo, chocolate ao leite, chocolate com caramelo etc.), frutas revestidas de chocolate, caixas com chocolates sortidos, chocolates marmoreados com avelã praliné e, claro, não poderiam faltar os emblemáticos chocolates Sea Shells, em formato de conchas em homenagem à costa belga, que se tornaram best-sellers e ícone da marca.

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Mais sabor, menos açúcar

UM TOQUE DE

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LARANJA

A Ferronatto Chocolates Finos é uma empresa gaúcha que atua desde 2005 proporcionando produtos diferenciados ao mercado nacional. Sua linha de produtos é elaborada com matérias-primas e insumos do mais rígido controle de qualidade. Além disso, seus chocolates não levam adição de gorduras alternativas, o que proporciona a entrega de produtos nobres, com menos açúcar e, consequentemente, com sabor acentuado de um verdadeiro chocolate. A gama de produtos da Ferronatto vai de preparações para bebidas a barras de chocolates (ao leite, com amêndoas, branco com nibs de cacau), bombons e damascos (damasco desidratado com chocolate ao leite e damasco no chocolate amargo 70%). Vale destacar que alguns destes produtos levam o selo de Certificado de Produto Vegano SVB.

Macerao Moscatel é um premiado vinho chileno da Vinícola Luis Felipe Edwards, produzido a partir das vinhas de Moscatel de Alexandria, no Vale do Itata, plantadas há mais de 60 anos. Este vinho único e expressivo é elaborado com métodos de vinificação tradicional, com uvas vindimadas manualmente, fermentadas com leveduras selvagens e maceração peculiar de três meses para desenvolver aromas e estrutura complexos, e resultar no estilo que é popularmente denominado de “Vinho de Laranja”. Com aromas exóticos de geleia de laranja, quincã e biscoito de gengibre, garante um palato seco, mas suculento.

DÁ - L H E T RU FA S !

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esde 1980, a empresa italiana Tartufi Jimmy vem oferecendo trufas (tubérculo da família dos fungos, parente dos cogumelos) diretamente da Umbria, considerada o coração verde da Itália. A variedade de produtos à base deste ingrediente que a marca oferece, e que, claro, você encontra aqui no BigLar, é surpreendente. Esta cartela inclui trufas inteiras em conserva, em cremes, patês, azeites, condimentos (sais, molhos, óleos, vinagres balsâmicos etc.), pestos, linha grill (ketchup, maionese, mostarda etc.) e muito mais.

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VITRINE

JÁ NAS

gôndolas — INSTAGRAM @SUPERMERCADOSBIGLAR —

OS PRODUTOS MAIS CURT ID OS NA S NOSSA S REDE S SO CIAIS N U T R I T I VA E S A B O R O S A

HERANÇA ITALIANA

GLÚTEN FREE A Bebida Prebiótica Pura Fibra é cuidadosamente formulada, composta por fibras vegetais e solúveis, que exercem ação instantânea no organismo, estimulando a atividade das bactérias benéficas do intestino.

Incrivelmente gostosas e saborosas, as massas de pizza e tortilha sem glúten pré-assadas da Casa Rigiani são feitas à base de mandioca cozida e dão um basta na conhecida frase “sem glúten, sem graça”.

Feito para paladares exigentes, os vinhos da adega Sottano são fabricados através de um processo minucioso que combina tradição com o que há de mais recente na tecnologia, criando sabores singulares.

D EL ÍCI A S VEGA NA S

H O RT I N H A E M C A S A

Isentos de ingredientes artificiais ou sódio, os temperos da linha Lyoh esbanjam aroma, saúde e praticidade. As folhas são selecionadas, higienizadas e liofilizadas, processo que preserva sabor, cor e propriedades nutricionais.

TOQUE ESPECIAL Os produtos veganos da BASI.CO se inspiram nos clássicos acompanhamentos de pães e torradas, contando com requeijão, manteiga e cream cheese. Todos de origem vegetal e com alta qualidade nutricional.

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Livre de conservantes e corantes, o Vinagre de Maçã e Mel da Castelo preserva as propriedades nutricionais da fruta e equilibra o sabor, diminuindo a sensação de acidez do vinagre e dando toque refinado ao prato.


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C A PA — POR ADRIANA PANZINI —

DELÍCIAS

artesanais

PÃ E S A R T E S A N A I S P R E PA R A D O S C O M L E VA I N O F E R E C E M SABORES E T E XT URAS DIFERENCIADOS REUNINDO NUT RIÇ ÃO

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Produção: Raphael Costa / Fotos: Wander Lima

aminhar de pé no chão, passar manteiga no pão bem quentinho para derreter, um cafezinho para beber, a família reunida… as coisas simples da vida nos dão força para viver.” No trecho do poema de Bráulio Bessa, tão adequado aos tempos desafiadores que passamos, misturam-se gostosas lembranças, cheirinho de saudade de casa e sabor de alegria: não há alimento que simbolize melhor o cuidado, o afeto e a união do que o pão. Se preparado sem pressa, de forma artesanal e com fermentação natural, com os segredos que só a tradição guarda, melhor ainda. É o que, cada vez mais, os brasileiros estão descobrindo. A tendência de busca por este tipo de produto já era registrada pela ABIP (Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria) desde 2019, em um setor que movimenta, anualmente, mais de R$ 90 bilhões, atrelada à demanda da sociedade por uma alimentação mais natural e saudável, com o resgate de antigas preparações. Mas, durante o isolamento social provocado pela pandemia, expandiu-se e invadiu as redes sociais, com todo mundo querendo aprender a fazer o

O irresistível Pão de Nozes com Gorgonzola, um dos mais queridos pelos clientes do BigLar

seu pão ou buscando novas alternativas no mercado, com direito até mesmo a hashtag (#Pãodemia) no Instagram.

“NOVIDADE” DO TEMPO DOS SEUS AVÓS – OU BISAVÓS A preocupação com hábitos mais saudáveis, assim como a escolha de ingredientes frescos e menos industrializados à mesa, faz parte da evolução da sociedade moderna, mas o uso de fermentação natural para a elaboração dos pães é tão antigo como a própria iguaria que, dizem os estudiosos, surgiu lá pelos 4 mil anos a.C., pelas mãos dos egípcios e hebreus. Neste processo milenar, o fermento é criado a partir de água, farinha, leveduras naturais e muita, mas muita

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paciência, mesmo, para dar tudo certo. O resultado compensa: um produto mais saboroso, com miolo mais leve e aerado, casquinha mais firme e crocante. Não à toa, diz a lenda que o imperador Júlio César mantinha sua popularidade distribuindo pães para a população de Roma, onde se contavam centenas de padarias já em 46 a.C. Especulações históricas à parte, os benefícios para saúde são igualmente inegáveis: oferece digestão mais fácil, índice glicêmico mais baixo que outros tipos de pães e proporciona maior índice de nutrientes. Já a mencionada paciência, essa é de lei, desde a elaboração do fermento natural, também chamado de levain (em francês), sourdough (em inglês) ou massa madre (espanhol), que é simples, mas exige procedimentos constantes e o tempo adequado para chegar no ponto certo. Em seguida, todo o processo de preparação do pão, propriamente dito, também exige muita calma. Os pães levain produzidos pelo BigLar com farinha francesa podem demorar de 24 a 28 horas para ficarem prontos, contando com cerca de cinco horas para fazer as massas e, depois, em torno de 21 horas para que a fermentação aconteça lentamente em baixas

O nosso delicioso Pão de Cacau com Chocolate Callebaut é elaborado a partir de fermentação natural

A Baguete Francesa é assada na pedra do forno de lastro

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temperaturas, o que ajuda a garantir parte dos aromas e texturas dos miolos de cada tipo de pão. Na sequência, todas as receitas são assadas na pedra do forno de lastro, deixando a casca bem crocante. E o bacana é que dá para utilizar este processo tanto nas opções com massa branca, como o pão baguete ou ciabatta, que possuem miolo macio e alvéolos grandes, como em massas enriquecidas com grãos e outros ingredientes especiais, que apresentam um miolo mais denso e alvéolos pequenos, como os deliciosos pão de cacau e raspas de laranja, pão de figo turco, pão integral levain, pão italiano em formato filão e bola, e o irresistível pão de nozes com gorgonzola, um dos mais queridos pelos clientes do BigLar. Para conservar melhor, depois de tanta espera, é aconselhável manter os pães devidamente embrulhados em papel para que não ressequem ou endureçam rápido, mas, se isso acontecer depois de alguns dias, a dica é passar um pouquinho de água e deixar alguns minutos em forno quente para recuperar o frescor.


biblioteca de F E R M E N TO S N AT U R A I S

Sabia que existe uma “biblioteca” criada para classificar e armazenar os diferentes tipos de fermentos naturais existentes ao redor do mundo? Inaugurada em 2013, na Bélgica, a Sourdough Library já conta com um acervo de 124 diferentes levain originários de 21 países, incluindo o Brasil, devidamente conservados pelo padeiro e “bibliotecário” Karl de Smedt. Amostras do valioso fermento natural criado e cultivado pelas padarias paulistanas Basilicata, Cepam, Benjamim A Padaria e Brico Bread fazem parte da coleção. Para continuamente ampliar os exemplares, Smedt está sempre viajando pelos quatro cantos do planeta, colhendo e estudando novos levain. O material não é aberto ao público em geral, mas no site www.questforsourdough.com, em inglês, é possível ter mais informações sobre os itens catalogados, conferir curiosidades sobre o processo de fermentação natural, acessar receitas e até cadastrar o seu próprio levain, contando um pouco como foi feito e outras características que ache interessante, como já fizeram mais de dois mil orgulhosos autores. Em tempo, por sua relevância histórica, o primeiro registro da biblioteca foi uma amostra de um fermento de Altamura, no Sul da Itália, usado na produção do pão na região, um dos mais antigos do mundo, identificado em registros datados de 37 a.C.

Pão integral com nozes, rico em fibras e delicioso AVENTURANDO-SE A PRODUZIR SEU PRÓPRIO LEVAIN O bom levain é o segredo dos melhores pães artesanais com fermentação natural. Uma vez criado, vira um organismo vivo e que, se bem cuidado e alimentado, pode durar muitos anos. É tão precioso para o resultado final que padeiros, padarias – e o BigLar, claro - têm o seu e já existe até uma biblioteca para catalogar os diferentes tipos cultivados ao redor do mundo (veja Box). Muitas vezes, é passado de geração para geração como um presente. Pode parecer tudo muito complicado e até estranho,

mas o processo é simples, só exige cuidado, paciência e atenção. São duas as principais maneiras de criar o seu levain do zero. Na primeira, basta misturar cerca de 20 g da farinha de sua preferência (branca, integral ou de centeio) à mesma proporção de água. Deixe repousar de um dia para o outro em um recipiente coberto com um pano, mas que permita a passagem de ar. Diariamente, vá acrescentando água e mais farinha, por cerca de quatro a seis dias. Você saberá que está pronto quando começarem a surgir bolhas de ar na mistura, o que indica que a cultura de micro-organismos está viva e estável. A partir daí, é só hidratar e alimentar seu levain regularmente, variando a proporção de água

Pão de Brioche, uma das melhores receitas da boulangerie francesa

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Pão italiano com casca crocante e miolo macio

O Pão Australiano tem massa escura, macia e adocicada

churrasqueira PÃO DE

Ingredientes: • 300 g de farinha de trigo • 180 ml de leite morno • 15 g de açúcar • 7,5 g de sal • 5 g de fermento biológico seco • 15 g de azeite Modo de preparo: Em uma vasilha, coloque o leite morno, misture o fermento e mexa, tampe com um filme plástico e reserve por 20 minutos. Acrescente a farinha, o sal, a manteiga e misture o leite com o fermento. Divida a massa em pequenas bolinhas e deixe descansar cobertas com um pano por 10 minutos. Após esse tempo, abra a massa com o auxílio de um rolo e deixe bem fininha. Leve para a churrasqueira com a brasa bem quente, em cima de uma grelha e deixe por 2 minutos de cada lado. Sirva como um dos acompanhamentos para o seu churrasco.

e farinha acrescentados entre 50% e 100%, de acordo com a textura desejada. Por exemplo, se o fermento tem 50 g, adicione 50 g de farinha e 50 ml de água para uma consistência mais mole. Para uma alternativa mais firme, coloque a metade da água, 25 ml. O segundo jeito é recorrendo a um líquido já fermentado no lugar da água, como caldo de cana, suco de frutas ou algum outro produto natural rico em açúcares, que já contenha tudo o que é necessário para facilitar a reprodução dos

micro-organismos responsáveis pela liberação dos gases e ácidos para a formação do levain, adicionando, da mesma maneira, a farinha escolhida, na mesma proporção. Os sabores não influenciam, em nada, o paladar na produção do pão, já que o processo de fermentação elimina todas as características iniciais dos líquidos. Criado o levain, é aconselhável guardar sob refrigeração e ativá-lo toda vez que for usá-lo para fazer seu pão, ou seja, retirar da geladeira, alimentar o levain e aguardar um tempo em temperatura ambiente, que varia conforme a quantidade desejada. Pronto, já pode começar sua própria tradição artesanal!

O Pão Ciabatta, produzido a partir de fermentação natural, possui miolo macio e alvéolos grandes

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NA CASA DO CHEF — POR ADRIANA PANZINI —

MARCUS

Alves

ASSISTA AO MODO DE PREPARO PELO QR CODE ACIMA

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título de Chef Revelação do Ano em Mato Grosso, conferido pela Associação de Chefs de Cozinha de Mato Grosso, especialmente em um período que foi tão complicado para todos os profissionais, reforça a principal característica do chef Marcus Alves, depois do grande talento gastronômico: sua capacidade de superação. Nascido e criado em Guiratinga, pequena cidade do interior, a cerca de 300 quilômetros de Cuiabá, precisou de muita determinação e força de vontade

para, finalmente, ingressar na carreira que sempre sonhou e se tornar referência no setor na região, atendendo eventos personalizados para até 1.000 pessoas. Com as restrições impostas pela pandemia, ampliou sua presença nas redes sociais com sucesso, conectando alunos e clientes com vídeos de receitas saborosas, mas de preparo simples, para que todo mundo conseguisse reproduzir em casa. Mais um obstáculo vencido, em uma trajetória repleta de desafios.

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ESTUDO ALIMENTAÇÃO ' E PLANEJAMENTO SAUDÁVEL Com apenas 15 anos, Alves passou no vestibular, pela primeira vez, em Gastronomia e Direito, mas em comum acordo com os pais, dedicou-se à segunda carreira, à época mais tradicional e considerada mais estável. Viajava, todos os dias, 240 quilômetros para comparecer às aulas na faculdade em Rondonópolis e, depois de formado, assumiu a função de assessor jurídico em um


órgão público na cidade de Cuiabá. Em 2017, já mais estabilizado no trabalho, o desejo de se realizar na carreira dos sonhos veio à tona. O chef, porém, antes, teve que lidar com um problema que impactava sua saúde, a obesidade. Tomou a decisão de realizar uma cirurgia bariátrica e perdeu 90 quilos em um ano, aumentando sua disposição e preparo físico para encarar a puxada rotina da cozinha profissional. E não só isso: os cuidados necessários após o procedimento acabaram facilitando seu acesso ao mundo das panelas. “Depois da cirurgia, mudei radicalmente minha alimentação, priorizando saladas, grelhados e proteínas vegetais, incrementados com molhos diferentes. Inclusive, estávamos no início da moda da salada de pote”, conta Marcus Alves. “Minhas combinações caprichadas e saudáveis começaram a chamar a atenção dos meus colegas no trabalho e, como meu horário permitia um tempo livre pela manhã, comecei a fornecer marmitas para o pessoal também, com receitas que eu mesmo testava, e quando vi, já atendia cerca de 30 clientes”, aponta. Em 2018, fez, novamente, o vestibular para Gastronomia, passou em primeiro lugar e recebeu uma bolsa de estudos de 50%. Ao encerrar o curso como aluno de destaque, registrou a média máxima da Universidade de Cuiabá, o que lhe rendeu um convite para fazer a prova e atuar na instituição como professor das disciplinas de cozinha brasileira e internacional. Daí em diante, passou a contabilizar outras

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NA CASA DO CHEF

Confira a receita completa no Canal BigLar, no YouTube, e na nossa página no Facebook. A cada edição, você vai encontrar uma receita especialmente preparada por nossos clientes apaixonados pela boa gastronomia.

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formações essenciais na área, como o curso na famosa Le Cordon Bleu. Hoje, coordena, em parceria com o chef Waldemar Untar, uma empresa especializada em eventos personalizados.

SURPRESA DE SABORES REGIONAIS A receita que o chef preparou para os leitores, e que já está nas redes sociais do BigLar, traz uma saborosa e completa representação dos melhores ingredientes típicos da região, perfeitamente equilibrados com muito talento. “Criei esta prepara-

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ção pensando muito na valorização dos sabores proporcionados pelos três biomas que apenas o Mato Grosso reúne em um só território: Pantanal, Cerrado e Floresta Amazônica”, revela Alves. “Guiratinga é banhada pelo rio Garças, que faz divisa com Goiás, então, sempre foi muito presente para mim, desde a infância, a abundância de peixes frescos e do pequi, por exemplo”, relata. “É um prato que alia, ainda, muita história e cultura do nosso povo, feito para todos partilharem juntos”, acrescenta. “Atualmente, existe uma busca pela alimentação mais simples e saudável, de pequenos produtores, dos produtos cultivados no quintal, mas essa já era minha rotina de criança, guardando, especialmente, na memória os almoços na fazenda preparados pelas minhas avós”, diz. “Em complemento a esta vivência, aprendi a equilibrar ingredientes regionais e alta gastronomia com quatro chefs mato-grossenses que são inspirações para mim desde a faculdade: Marcelo Cotrim, Waldemar Untar, Carol Manhoso e Ariani Malouf”, enumera. “Hoje, tenho o prazer de tê-los como amigos pessoais e dividir a cozinha e o conhecimento com todos, o que é um privilégio”, completa.


R ECE ITA S DI F E R E NT E P RA VO CÊ — POR ADRIANA PANZINI —

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MAC & CHEESE

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ão tem como não dar “match”: a receita de macarrão com queijo - ou mac & cheese, em seu nome

original em inglês - reúne dois dos ingredientes mais apreciados da culinária em todo o mundo. Mas você sabia que a origem desta deliciosa preparação, selecionada pelo chef Marcelo Cotrim para os leitores e já disponível nas redes sociais do BigLar, remonta a séculos? Contam os historiadores que o primeiro registro da iguaria, como a conhecemos hoje, teria sido realizado pela empresária inglesa Elizabeth Raffald, em seu livro "The Experience English Housekeeper",

em 1769, mesclando molho bechamel e queijo cheddar. Anos depois, teria sido trazida aos Estados Unidos após uma viagem à Europa pelo então Secretário de Estado norte-americano Thomas Jefferson, junto com uma máquina de fazer macarrão, e servida em um banquete em 1802, quando Jefferson já ocupava o posto de terceiro presidente da nação. Mas foi a partir de 1937 que se tornou, de fato, um ícone da gastronomia daquele país, durante a chamada Grande Depressão, quando a receita ganhou uma versão industrial, vendida em caixas a apenas 19 centavos de dólar, e se tornou uma opção acessível de refeição nutritiva. Referências culturais à parte, a boa notícia é que é muito simples preparar este prato irresistível para a família ou os amigos em casa, basta ficar atento às dicas do chef Cotrim. “É importante escolher uma massa curta e, de preferência, que tenha furos, como penne, conchiglie ou rigatonni, que permitem envolver, ao máximo, o molho cremoso”, explica, indicando que, além do cheddar, é possível variar o queijo conforme a preferência, optando por gorgonzola e brie, entre outros. “O tempo de cozimento também é essencial

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Cuiabano, formado em Gastronomia, Pós-Graduado em Chef de Cozinha Brasileira, indicado ao Prêmio Nacional Dólmã como um dos três melhores Chefs de MT no ano de 2015. Estagiou nos Restaurantes Epice, do Chef Alberto Landgraf, e nos premiadíssimos Mocotó, do Chef Rodrigo Oliveira, Dalva & Dito e D.O.M. Restaurante, do Chef Alex Atala , todos em São Paulo - SP. Foi colunista gastronômico da Folha do Estado, luta pela valorização dos ingredientes e preparações regionais. É o Chef por trás da Cotrim Gastronomia, empresa que trabalha com eventos gastronômicos personalizados. Participante da 1ª temporada do Reality de gastronomia Mestre do Sabor, da Rede Globo. Atualmente, é consultor gastronômico responsável pelas receitas do Supermercado BigLar e realiza consultorias no Estado de Mato Grosso.

para dar a consistência certa”, acrescenta. “Se no pacote da massa escolhida estiver indicado que para ficar al dente é preciso cozinhar por sete minutos, por exemplo, é bom sempre deixar um minuto a menos no fogo, escorrer e deixar esse tempinho que sobrou para que ela acabe de cozinhar no próprio molho, ao misturar”, diz. “Na hora de acrescentar a massa, coloque um pouquinho desta água de cozimento no molho, isso vai fazer com que ele fique muito mais cremoso”, completa.


GLOSSÁRIO

do chef

O SEU DICIONÁRIO GA ST RONÔMICO

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presentando mais quatro termos incorporados à culinária brasileira, essa edição da revista Diferente pra você traz os significados de “Pasteurizar”, “Concassé”, “Curar”, “Guarnecer”.

PASTEURIZAR

CURAR

Processo destinado a conservar certos alimentos sem alterar o paladar ou destruir algumas vitaminas e propriedades alimentares dos mesmos. Consiste em um aquecimento de até 80 graus e seguido de um resfriamento brusco. Usa-se muito a técnica para o leite. Este sistema de conservação foi criado por Pasteur em 1865, o que inspirou seu nome.

Usado desde o princípio da culinária, o termo denomina o período necessário para que um alimento em conserva alcance seu ponto ideal de amadurecimento, antes de ser consumido. Curam-se principalmente queijos, picles e artigos de charcutaria. A técnica consiste em subtrair o líquido natural dos alimentos, para reduzir o surgimento de bactérias e aguardar o resultado final.

CONCASSÉ

GUARNECER

Do francês, em tradução livre, significa esmagado ou triturado, no entanto, o termo designa a técnica de cortar em cubinhos vegetais e frutas, sobretudo o tomate e a pimenta, sem a pele ou sementes. Para facilitar a retirada da pele, os ingredientes costumam ser escaldados em água quente. Nesse método, o corte pode ser feito em qualquer tamanho, sem muita preocupação na padronização.

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Consiste em decorar, arrumar ou enfeitar pratos, drinques e coquetéis. Pode ser tanto todo o conjunto de apresentação da receita, como a travessa ou recipiente escolhido, a disposição dos ingredientes ou acompanhamentos dos pratos, quanto apenas as guarnições – preparados ou ingredientes inseridos para servir com a receita.

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C U LT U R A N O P R AT O — POR PRISCILA VANTI —

ARROZ, PEIXE

e história

O S P R I M E I R O S R E L AT O S D A P R E S E N Ç A D O S U S H I F O R A M R E G I S T R A D O S N O J A PÃ O P O R V O LT A D O A N O 7 0 0

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sushi, figura carimbada em diversos meios e de diversas formas, do restaurante japonês à churrascaria, de um jantar romântico a um piquenique no parque, existe há mais de 1.300 anos, tendo surgido, inicialmente, em países do Sudeste Asiático, como Tailândia e Malásia, e como quase todas as boas e duradouras invenções da humanidade, a iguaria foi inventada meio que por acaso, a partir de um problema que precisava ser resolvido: a conservação dos peixes.

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o sushi? MAS O QUE É

Basicamente, o sushi é composto de arroz temperado com vinagre, sal e açúcar; um peixe, legumes ou frutos do mar. Existem muitos tipos e variações de sushi e, a cada dia, surgem mais. Seria, praticamente, impossível descrever todos, mas sabendo que eles se diferem, principalmente pelo modo de preparo, podemos separá-los em duas categorias: moldados e enrolados. Quando moldados à mão, recebem o nome de nigiri, que é o sushi que se parece com um bolinho de arroz com uma fatia de peixe em cima. Já enrolados, temos vários tipos, apresento aqui os três mais populares. Em primeiro, temos o hossomaki, que é o famoso sushi que vemos na maioria dos lugares, com uma alga marinha por fora, o arroz e um recheio no centro. Outro bem popular é o uramaki, que é um “sushi ao contrário” onde o arroz fica por fora e a alga e o recheio no centro. E claro, devemos uma menção especial ao temaki, que é quase uma unanimidade, em que temos um cone de alga recheado com arroz e um complemento (geralmente peixe e pepino). É uma variação muito popular, temos temakerias em formato de restaurante, lancherias, em trailers e até em pequenos carrinhos empurrados manualmente.

Seguindo as técnicas desenvolvidas no Sudeste Asiático, a cabeça e as vísceras do animal eram retiradas, os filés do peixe cru eram salgados e acondicionados em um barril de madeira com camadas de arroz cozido entre eles. Com a fermentação natural do arroz, ocorria a liberação de ácido láctico, o que azedava o peixe e garantia sua conservação. Sendo assim, naquela época, prensava-se o peixe salgado com arroz, que era utilizado somente para conservar o peixe e depois era jogado fora, uma vez que o longo processo de armazenamento (de um a três anos) tornava o arroz impróprio para consumo e somente o peixe era aproveitado. Com o passar dos tempos e o visível encarecimento do arroz, no entanto, esta prática de conservação foi sendo, gradativamente, deixada de lado por muitos daqueles países. No Japão, as primeiras evidências da presença do sushi, vindo por meio da China, foram registradas por volta do ano 700. Quando foi introduzida neste país, no século VII, a técnica de conservação sofreu uma pequena modificação: a utilização de pedras, para prensar o peixe cru e o acréscimo do arroz. Assim, foi criado o tipo de sushi narezushi, que tinha o odor

e sabor fortes como características. Um exemplo atual deste tipo de sushi é o funazushi, feito com a carpa. Em seguida, no século XV, um tipo de sushi chamado nama narezushi foi criado. Basicamente, era o narezushi com um período de fermentação menor (cerca de um mês), o que já permitia o consumo do arroz e do peixe juntos. Esta é considerada a primeira forma do sushi moderno. Já no século XVII, o médico Matsumoto Yoshiichi passou a introduzir o vinagre no arroz para encurtar o período de preservação. Isto diminuiu o tempo de preparo do sushi para um dia. Com a fartura de pescados e frutos do mar na baía de Tóquio, o peixe passou a ser consumido cru e fresco. Além do ganho em tempo de preparo do sushi, o vinagre adicionou um sabor especial ao prato. Este tipo de sushi é chamado de hayazushi. Ainda no final do século XVII, um novo tipo de sushi é criado na região de Osaka: o oshizushi. Numa caixa de madeira, o arroz de sushi e o peixe cru são colocados com um peso por cima para comprimi-los. O sushi é cortado em pedaços retangulares. O estilo de sushi de Osaka ficou conhecido como estilo kansai. O sushi mais conhecido e popular, chamado niguirizushi, apareceu somente

O Oshizushi foi criado na região de Osaka

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C U LT U R A N O P R AT O

o sushi NO BRASIL

No Brasil, o sushi ganhou versões personalizadas no período Edo (1603-1868), em torno de 1800. Trata-se de um bolinho de arroz de sushi com uma fatia de peixe cru por cima, para consumo imediato, que podia ser manuseado com as mãos, dispensando os hashis. Este tipo de sushi foi criado por Hanaya Yohei, considerado o primeiro sushiman da história. Favorecido pela crescente vida agitada que tomava forma nas cidades grandes, o nigirizushi se tornou uma espécie de fast-food nos arredores de Tóquio. As pessoas petiscavam na entrada dos estabelecimentos, nas ruas ou à beira de estradas. Assim,

o método de preservação havia sido substituído pelo conceito de frescor e rapidez para servir. Em 1923, após a cidade de Tóquio ser atingida por um terremoto, muitos donos de quiosques alimentícios voltaram para suas regiões de origem e disseminaram a receita do sushi por todo o Japão. Finalmente, com a globalização, o sushi espalhou-se por todo o mundo. Além do sabor, a preocupação do homem moderno com uma alimentação saudável fez do sushi um sucesso mundial.

Niguirizushi é o tipo de sushi mais popular BIGL AR

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Desde 1908, quando o navio Kasato-Maru aportou no Brasil, com cerca de 800 imigrantes japoneses com o seu jeito contido e educado, sua cultura milenar e sua culinária exuberante vêm nos conquistando aos poucos. Ao chegarem aqui, os imigrantes se depararam com uma alimentação totalmente diferente daquela com a qual estavam acostumados. Desta forma, a culinária japonesa no Brasil passou por uma série de adaptações, utilizando ingredientes locais para manter a sua tradição e cultura vivas. Por isso, é muito comum vermos que existem certas diferenças fundamentais entre a culinária japonesa original e a desenvolvida no Brasil. No Japão, tende-se a usar molho shoyu em quantidades moderadas, enquanto no Brasil, ele é usado em maiores quantidades. Outro ingrediente que também é encontrado com mais frequência na alimentação japonesa e que não é tão utilizado no país é o wasabi ou raiz forte. No Brasil, tende-se a consumir alguns tipos específicos de sushi, como os hossomakis e uramakis em versões “personalizadas”. Estes sushis, normalmente, levam ingredientes como o cream cheese na receita, o que foge totalmente ao tradicional japonês. O sushi, no entanto, tão consumido na culinária japonesa no Brasil é um dos pratos que os próprios japoneses comem raramente, ficando apenas para ocasiões especiais. A iguaria é considerada uma comida de comemoração e, por isso, é consumida somente em momentos de celebração.


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DELÍCIAS — ELEN VALERETO —

CLÁSSICOS

dos botecos

P E T I S C O S V E R S ÁT E I S E S A B O R O S O S O S B O L I N H O S

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A G R A D A M A O S M A I S VA R I A D O S PA L A D A R E S

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esmo com os momentos de happy hour comprometidos neste último ano, os bolinhos são a comida de boteco mais democrática do brasileiro. Para compor entradinhas, aperitivos e acompanhar aquela bebida gelada, as opções são diversas e agradam desde os apreciadores de carne a vegetarianos. Normalmente, os bolinhos salgados são empanados, passados em ovo batido e em farinha, e fritos. No entanto, algumas versões fit têm ganhado espaço ao apresentar,

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atualmente, sugestões assadas ou preparadas em fritadeiras do tipo airfryer, que não usam óleo, para que a dieta não seja comprometida e os bons momentos possam ser compartilhados. Os salgados mais clássicos, como o croquete, o bolinho de bacalhau, de arroz e o bolinho de carne moída, nunca faltam nos cardápios de bares e restaurantes e, ao

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gostinho DA INFÂNCIA

Croquete, um dos salgados mais clássicos

mesmo tempo, são fáceis de preparar em casa. Já os bolinhos de milho, de batata, abóbora e de mandioca estão entre as iguarias que garantem versatilidade para criar propostas com muitos recheios. Deixando a criatividade solta, veja quantos bolinhos podem ser preparados: bolinho de mandioca recheado com queijo, bolinho de jiló recheado com provolone, bolinho de abóbora cabotiá com carne seca, bolinho de feijoada, croquete de jámon, bolinho de polenta com linguiça, bolinho de milho recheado com frango, bolinho de tilápia, bolinho de milho cremoso, bolinho de mandioca com costela, bolinho de batata com atum, entre tantas outras receitas.

REAPROVEITAMENTO E SABOR O arroz é um alimento sempre presente no dia a dia do brasileiro e, muitas vezes, acaba sobrando no almoço ou jantar, nascendo aí o famoso bolinho de arroz. A receita mais simples mistura o arroz, ovo batido, leite,

BOLINHO DE

bacalhau Ingredientes: • 50 ml de azeite extravirgem • 100 g de manteiga • 1 cebola picada • 3 dentes de alho picados • 1 kg de aparas de bacalhau cozido • 500 g de batatas-asterix cozidas • 1 maço de salsinha picada • 1 L de óleo de canola Modo de preparo: Em uma panela, refogue a cebola e o alho em azeite e manteiga, acrescente o bacalhau e refogue por 5 minutos. Misture com as batatas cozidas e amasse até formar uma massa homogênea, tempere com sal e pimenta-do-reino, acrescente a salsinha picada e desligue o fogo. Deixe esfriar por 1h na geladeira. Molde os bolinhos e frite por imersão a 180 °C até que fiquem dourados, retire do óleo e escorra. Bon appétit!

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Nem só de bolinho salgado vive o brasileiro. Para aqueles momentos que pedem um cafezinho feito na hora, o bolinho de chuva é o quitute doce mais pedido. A massa é simples e fica com uma textura mole após a mistura de ovos, farinha, leite, açúcar e fermento para bolo. Com bolinhos modelados com uma colher, é só fritar e finalizar, ainda quente, com açúcar e canela.

farinha e temperos a gosto. A massa é moldada com a ajuda de uma colher, preparando os bolinhos para a fritura. A farinha pode ser substituída por mandioca cozida, dando origem a uma receita e a um sabor diferente ao bolinho de arroz. Já para um bolinho de arroz recheado, as opções não faltam: queijo, carne seca, costela, frango, presunto, linguiça e ricota estão entre


DELÍCIAS

to comum, além da inclusão de grãos na massa, como a chia. Juntamente a bolinhos menos calóricos, muitas variações de receitas também apresentam bolinhos low carb ou sem glúten.

CERVEJINHA PARA PETISCAR

Bolinhos de arroz elas, que devem ser adicionadas em pedaço ou pequenas porções no meio da massa crua do bolinho.

VERSÕES FIT BOLINHO DE

almôndega

Fonte: www.schornstein.com.br

Ingredientes: • 500 g de carne moída • 1 ovo • 2 colheres (sopa) de água • ½ xícara (chá) de farinha de rosca • 3 colheres (sopa) de cebola picada • 200 g de molho de cranberry • ¾ xícara (chá) de molho de pimentão • 1 colher (sopa) de açúcar mascavo Modo de preparo: Preaqueça o forno em fogo baixo. Em uma tigela, misture a carne moída, o ovo, a água, as migalhas de pão e a cebola picada. Com a mistura, faça pequenas bolinhas e asse por cerca de 20 minutos, sempre virando as unidades. Em uma panela, acrescente os molhos de cranberry e pimenta, o açúcar mascavo, o suco de limão e as almôndegas, e cozinhe por uma hora para aromatizar e ganhar mais sabor.

Como os bolinhos são petiscos tão versáteis, a adaptação dos ingredientes e do modo de preparo não são problemas para os bolinhos considerados fit. Uma das principais diferenças está no uso de farinhas integrais, como aveia e linhaça, recheios menos gordurosos, e o modo de preparo em fritadeiras do tipo airfryer, que não levam óleo, ou assados em forno. O uso de frango e batata-doce é mui-

Na rede BigLar, há uma grande variedade de cervejas para acompanhar porções de bolinhos para petiscar. Entre as marcas disponíveis, estão a brasileira Schornstein, que pode ser encontrada em seis estilos: Pilsen, Weiss, IPA, Witbier, Bock e Stout. Por ser uma cerveja de trigo, a cerveja do tipo Weiss pede harmonização com sabores mais complexos, proposta na combinação dos molhos de cranberry e pimenta, e da acidez do limão. São ideais no preparo dos bolinhos de almôndega (Veja a receita nesta matéria). Já a tradicional cerveja Pilsen, que é leve e de baixo amargor, não impõe combinações exóticas de sabores. São acompanhamentos mais simples, com boa gordura de queijos, encontrada em bolinhos recheados, como bolinho de milho com queijo e bolinho de tilápia empanado recheado com provolone, ou com queijo parmesão na farinha do empanado.

Bolinhos e cervejas são uma deliciosa combinação BIGL AR

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MEU MOMENTO

BigLar

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Fotos: Protásio Morais

“O BigLar tem muita variedade e qualidade incontestável”, descreve o Pe. Isaias Bernardo.

Juliana Trechaud em sua compra da semana, “na verdade duas vezes por semana... às vezes três (risos)”.

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“Dia sim, outro também no BigLar ”, revela dona Neide de Arruda Rondon, acompanhada de Giovane Nunes Rondon Filho.

Mayara Strobel em compras: “Amo vir ao BigLar. Tem dias que venho só para tomar café da manhã.”

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icamos muito felizes em receber os clientes que visitam nossas lojas, cada um deles tem uma história, um motivo que o trouxe ao BigLar. Para nós, é muito importante conhecer um pouco mais da trajetória de cada um desses amigos, e foi pensando nisso que nasceu o “Meu Momento BigLar”, um espaço onde registramos com carinho algumas dessas visitas.

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Michele Arruda Pereira e Juninho Ferreira: “Pensar qualidade é pensar BigLar”.

Voltando de férias, Dawson Ferreira fez uma paradinha para abastecer a dispensa. “O atendimento do BigLar é espetacular e me faz voltar sempre”.

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“Sempre que falta alguma coisinha em casa, é pretexto para fazer uma visita ao BigLar”, revela Dalvadisio Jr.

Gentil Silvano: “Três vezes por semana é fácil me encontrar no BigLar”.

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GASTRO TOUR — POR MICHELLE MONTE MOR —

SABOR CHEIO

de história ALÉM DE BEL AS PRAIAS DIVERSIDADE GEOGRÁFIC A

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E AT R A Ç Õ E S A R Q U E O LÓ G I C A S O M É X I C O É R E C O N H E C I D O

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POR SUA RIC A GAST RONOMIA

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lém das praias de águas cristalinas, o México, país situado na América do Norte, entre os Estados Unidos e a América Central, tem em sua geografia montanhas, desertos e selvas. Entre os locais mais visitados estão ruínas, como Teotihuacán e a cidade maia de Chichén Itzá, assim como cidades da era colonial espanhola. E a gastronomia é outro tesouro da cultura mexicana. Em 2010, foi eleita Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO. É considerada um modelo cultural que envolve práticas agrícolas e técnicas culinárias milenares,

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como a nixtamalização, que é um processo de cozimento e maceração do milho. Além disso, a gastronomia é um dos elementos mais importantes da cultura deste país e o que melhor o representa no mundo. Com temperos intensos, a culinária mexicana tem uma base milenar pré-colombiana, evidenciando-se pela cultura seletiva das plantas de milho, há cerca de 8.000 anos. Sofreu forte influência da colonização espanhola e tem como ingredientes principais o milho, feijão, tomate, abóbora, abacate, cacau, baunilha e as tradicionais e variadas pimentas.

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tortilhas As ruínas de Chichen Itza Suas bebidas também são bastante tradicionais e conhecidas mundialmente. A principal é a tequila, além do mescal – bebida tomada com um verme vivo no copo ou garrafa – e a menos conhecida, o pulque, bebida dos tempos pré-colombianos, feita do suco fermentado do agave, planta tipicamente mexicana da qual são produzidas estas três bebidas.

ARTE CULINÁRIA A gastronomia mexicana está cheia de tradição, aromas, sabores e história. Traz toda a riqueza cultural do México. Desde o método de cultivo dos ingredientes, práticas rituais, conhecimentos práticos ancestrais, técnicas culinárias, costumes e modos de comportamento comunitários ancestrais. Cada prato conta uma história e seu processo de preparação foi passando de geração em geração. Para os mexicanos, a comida é um elemento muito importante, partilhada com a família e amigos, uma forma de mostrar a personalidade de seu povo e acolher os visitantes. Em uma viagem ao México, é imprescindível experimentar pratos regionais preparados por cozinheiros tradicionais que fazem do ritual de cozinhar uma arte culinária. A variedade de receitas é tão grande quanto o próprio território. De norte a sul, cada região tem criações representativas, cujos significados estão profundamente ligados aos costumes do lugar, e não há melhor maneira de descobrir um destino do que pelos seus sabores. A cozinha mexicana abrange desde os agriculto-

res que a cultivam, os colhedores aos chefs e provadores, cada peça é fundamental na criação dos pratos. Ingredientes como milho, feijão e pimenta malagueta, além dos endêmicos, abóbora, abacate, baunilha e cacau reforçam a riqueza culinária, a qual geração após geração continua a unir famílias em todo o mundo. A cozinha mexicana, feita em fogo baixo, com amor e uma boa conversa, tem um gosto único e inesquecível.

HISTÓRIAS DE SABOR De acordo com a publicação “Contextos da Alimentação – Revista de Comportamento, Cultura e Sociedade”, da editora Senac, a cozinha tradicional mexicana possui fatores que vão além de trans-

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As tortillas são discos feitos com milho ou trigo. Elas podem ser de vários tipos, de acordo com os recheios: Quesadilla: um tipo de tortilla com recheio de queijo; Enchillada: tortilla com recheio de frango, carne moída ou queijo, cozinhada no molho de pimenta (chilli); Tostada: é uma tortilla frita com frango, vegetais, tomate, feijão, queijo ralado, chilli e molho de coentro; Panucho: tortilla frita com purê de feijão; Burrito: tortilla enrolada com recheio de queijo, tomate, feijão, chilli, carnes, dentre outros; Nachos: tortillas crocantes com formato de triângulo, usadas para comer com molhos diversos, tais como guacamole e chilli com carne.

formar o alimento, envolvendo a religião, rituais indígenas e tradições locais, que se mantêm vivos até hoje, levando à formação dos pilares que sustentam a gastronomia mexicana, a herança indígena e a influência europeia, marcada, principalmente, pelos espanhóis.


GASTRO TOUR

Pozole

Chilli com carne

Tamal

Neste contexto, a Cozinha Tradicional Mexicana foi reconhecida pela Organização das Nações Unidas pela capacidade de evoluir e, ao mesmo tempo, manter sua autenticidade, a partir da preservação de elementos como “el chile, el maíz y el frijol”, ou seja, “a pimenta, o milho e o feijão”. Outra informação importante: aproximadamente 15,4% das espécies mundiais de alimentos teve sua origem em solo mexicano, que possui, atualmente, as 40 principais variedades de milho e 120 principais variedades do chile (pimenta). Das 63 espécies de feijão selvagem que habitam o planeta, 52 estão presentes no México. A publicação revela, ainda, que a tortilla mexicana, ou o tlaxcalli (na língua nativa Nahuatl), ou waaj (na língua nativa Maya) era, e ainda é, a base da comida do México e de outros países

da América Central. Uma tortilla é, originalmente, feita de farinha de milho desde os tempos pré-colombianos, podendo, nos dias atuais, ser produzida apenas com farinha de trigo ou contar com uma mistura dela. Serviu como “prato”, “colher” e “pão” das culturas pré-hispânicas e até meados do século XIX, e é a base de vários pratos mexicanos.

SABORES DA GASTRONOMIA MEXICANA Guacamole: muito popular no México, este prato é feito com abacate, pimenta, cebola, tomate, dentre outros temperos. Chilli com carne: tradicional, é feito com feijão e molho de tomate com pimenta.

Mole Poblano

Tacos: muito famosos no México, os tacos ganharam o mundo, virando ícone da cozinha mexicana. No Norte, os principais tacos são os de Trompo (carne de porco), Bistek (bisteca bovina), Campechana (mistura dos tacos de Trompo e Bistek adicionados de queijo Oaxaca) e de Nopales – um cacto muito comum na região, consumido desde os povos pré-hispânicos. Eles são partidos em cubos, refogados com verduras e chile, servindo de recheio. Os tacos são temperados com uma grande variedade de chile, alho, cebola e especiarias, fatiados finamente e assados em um espeto, semelhante ao churrasco grego brasileiro. Mole Poblano: um tipo de molho mexicano criado com chocolate e pimenta, sendo muito consumido pelos mexicanos. Pode ser feito com frango. O mole é um dos pratos mais representativos da gastronomia mexicana, especial para grandes celebrações culturais. Pozole: é uma sopa feita com milho e carne de porco, tradicional em datas como o Natal. Tamal: o tamal (do Nahuatl tamalli, que significa enrolado) é um nome genérico dado a inúmeros pratos de origem indígena preparados com massa de milho cozida, geralmente no vapor, embrulhada em folhas da mesma planta ou bananeira. Eles podem ser recheados ou não, podendo conter carne, legumes, pimenta, frutas, salsa, entre outros produtos. Podem ser doces ou salgados.

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SOMMELIER — POR MICHELLE MONTE MOR —

combina COM VINHO O V E RÃO E STAÇ ÃO

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MAIS QUENT E DO ANO COMBINA COM

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R Ó T U LO S L E V E S E REFRESC ANT ES. SAIBA COMO ESCOLHER

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vinho também pode ser uma opção refrescante para aliviar o calor durante o verão. Mas é preciso saber escolher bem os rótulos e como servi-los. Neste período, os mais indicados são os brancos, rosés e os espumantes, sendo mais refrescantes, pois são servidos gelados. É possível também inovar com rótulos mais leves e jovens, como os vinhos verdes, de Portugal.

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SOMMELIER

Na estação mais quente do ano, as castas preferidas são Chardonnay, Sauvignon-blanc e Riesling. Isso porque elas dão origem a vinhos com menor teor alcoólico, que costumam ser mais secos, leves, frescos, jovens e menos complexos. Tais características harmonizam com pratos típicos desta estação. Entre as uvas brancas mais conhecidas e mais leves, que agradam a todos os paladares pela boa acidez e baixa graduação alcoólica, estão a Sauvignon Blanc, Pinot Grigio, Torrontés. Já os vinhos brancos mais encorpados, extremamente gastronômicos, são elaborados com as uvas Chardonnay, Encruzado, Alvarinho e Riesling.

verano TINTO DE

Ingredientes:

• 750 ml de vinho tinto seco • 1 L de bebida gaseificada (refrigerante de soda, água com gás ou água tônica) • Rodelas de limão-siciliano • Gelo a gosto Modo de preparo:

Misture a bebida gaseificada e o vinho em uma jarra. Acrescente o gelo e as rodelas de limão e sirva em um copo alto.

A temperatura correta no momento de servir ajuda a realçar o sabor frutado do vinho. No caso do espumante, o frescor é ainda maior, graças à gaseificação natural. Outra opção famosa no verão são os rosés. E, ao contrário do que se pensa, eles são elaborados a partir da uva-tinta. A diferença é que a casca da uva fica em contato com o mosto por menos tempo. Algumas das castas de uvas mais utilizadas para a elaboração dos rosés são PinotNoir, Merlot, Mal-

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bec, Syrah, Tempranillo, Grenache e Cabernet Sauvignon.

HARMONIZAÇÃO DE VERÃO Verão pede pratos leves e bebidas refrescantes. Para harmonizar tanto com o branco como com o rosé, escolha pratos à base de frutos do mar, carnes brancas, peixes, saladas, queijo de cabra, risotos e aperitivos em geral. Uma dica é dar preferência aos exemplares mais jovens, pois ao contrário dos vinhos tintos, os brancos e rosés


vão perdendo, na maioria dos casos, acidez e frescor. Já o espumante, é a bebida mais versátil que existe, combinando com pratos leves à feijoada. Para quem não abre mão do vinho tinto, uma dica é optar pelos exemplares mais jovens (safras de até quatro anos), com menor teor alcoólico, aromas de frutas e vegetais frescos, e com menos contato com a madeira. Sobre os tintos de verão, vale dar aquela resfriada, diferentemente dos tintos encorpados e tânicos. Harmonizam muito bem com massas, churrasco, risotos e embutidos. Sugestão de uvas que proporcionam vinhos mais macios: Gamay, Pinot Noir, Merlot, Carménère e Tempranillo. Aliado à baixa temperatura, o sabor mais ácido dá sensação de frescor. Por isso, é importante resfriar esse vinho tinto jovem entre 12 °C e 14 °C. A harmonização com os rosés, muito procurados durante os dias ensolarados por serem saborosos, delicados, leves, refrescantes e versáteis, é fácil. Famosos na França, Portugal e nos Estados Unidos, os vinhos rosés começam a ganhar espaço aqui no Brasil. Caem muito bem com diversos pratos, desde saladas, pizzas, frutos do mar, peixes, queijos, carne branca até comidas

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degustar PA R A

1 - Credencial Rosé CVR Lisboa 2 - Marques de Marialva Baga Rosé IG Beira Atlântico Bruto 3 - Sottano Torrontés Mendoza 4 - Apaltagua Gran Verano Rosado Carmenere Valle Central 5 - Loma Negra Reserva Riesling D.O. Colchágua Costa 6 - Loma Negra Chardonnay D.O. Colchágua Costa 7- Flora Orgânico Red Blend Valle Colchagua 8-L oma Negra Rosé D.O. Valle Central 9-M asciarelli Colline Teatine IGT Rosato 2018 Abruzzo 10 - Cava Flocs Rosé

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picantes. São uma boa pedida para eventos e atividades ao ar livre. As cores dos vinhos rosé variam do rosa-salmão ao rosa-cereja. A temperatura ideal para servi-los varia de acordo com o corpo do vinho. Os mais leves, entre 6 °C e 8 °C, enquanto os estruturados, entre 10 °C a 12 °C.

DRINQUES COM A CARA DA ESTAÇÃO A combinação entre vinho e verão vai muito bem, obrigada. Mas se você está pensando em sair da zona de conforto de só escolher um bom rótulo refrescante – inclusive, até já te ajudamos nisso –, dá para ir além! Nada mais a

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SOMMELIER

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verdes VINHOS

Os vinhos brancos e espumantes são os mais consumidos durante os dias mais quentes. Os brancos reúnem uma acidez equilibrada, aroma de frutas cítricas e baixo teor alcoólico. Além disso, são refrescantes, versáteis e fáceis de beber. Os espumantes trazem frescor, sabor diferenciado e perlage, aquelas famosas bolinhas originárias da presença do gás carbônico na bebida. Outro tipo de vinho que vem ganhando espaço no Brasil é o verde. Apesar do nome, a nomenclatura está relacionada ao local onde a bebida é produzida e não a sua cor. Este vinho é feito exclusivamente em uma região localizada no noroeste de Portugal, em uma área conhecida como a Região Demarcada dos Vinhos Verdes. O vinho verde pode ser branco, rosado, tinto e até espumante. Elaborado a partir de castas produzidas na região, são vinhos jovens, leves, muito frescos e com notas frutadas e florais. Mais ácidos, costumam harmonizar bem com frutos do mar e peixes de água salgada. Devem ser servidos em temperaturas mais baixas para que sua acidez seja refrescante.

Clericort cara do verão do que os drinques. Então, por que não fazê-los utilizando o apreciado vinho? Isso, além de trazer frescor nos dias mais quentes, é uma maneira digamos que, mais “inovadora” de criar estas bebidas para o verão, visto que, os drinques, em sua grande maioria, utilizam como base alcoólica um destilado. Sem contar que, é uma ótima ideia dar um novo destino àquelas garrafas

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que estão perdidas na adega. Além dos clássicos vinhos de verão – brancos, rosés e espumantes –, há espaço para os tintos. Inclusive, trouxemos um drinque famosíssimo durante o verão das cidades espanholas, o Tinto de Verano. Já, se se sua praia é vinho branco, aposte no certeiro Clericot, bastante consagrado na Argentina. Separe suas taças, os rótulos preferidos, algumas frutas tropicais, e tim-tim, um brinde ao verão!

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ADEGA

Cave Noble APRECIAND O VINHOS BRANCOS NO VERÃO

Na Cave Noble, você encontra opções versáteis e refrescantes para apreciar durante o verão: os vinhos brancos. Esses exemplares, geralmente, têm baixo teor alcoólico, são servidos em temperaturas mais baixas e trazem sensação de frescor à boca, consequência da alta acidez que possuem devido ao tipo de cultivo e à fermentação das uvas. Assim, o paladar é estimulado pela acidez preponderante, conferindo toques florais, frutados e cítricos, que caem muito bem no verão.

degustar

A L G U N S M OT I VO S PA R A

Clima: em grande parte do Brasil, durante quase todo o ano, a temperatura pede vinhos mais refrescantes, mais leves ao palato e à digestão, e servidos em temperaturas mais baixas. Gastronomia: na hora de harmonizar vinhos e pratos, os brancos são muito versáteis e combinam com uma grande variedade de pratos. Além de saladas, frutos do mar, peixes e doces, os brancos são ideais com: aspargos, chucrute, cozinha chinesa, cozinha japonesa, cozinha tailandesa, curries, escargots, foie gras (escalope e terrine) e rãs.

Vinho Flora Orgânico Sauvignon Blanc 2020

Vinho Vinha do Bispado Douro 2019

Vinho Masciarelli Villa Gemma Colline Teatine Bianco

Vinho Balance Sauvignon Blanc

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Estilos: existe uma ampla gama de vinhos brancos para vários paladares e ocasiões. Podem ser doces, meio doces ou secos; florais, frutados, barricados (fermentados em madeira e, portanto, com aromas de baunilha, tostados etc.); leves ou encorpados. Como exemplos de brancos leves, podemos citar: Vinhos Verdes, Sauvignon blanc, Pinot grigio, Torrontés e Chablis AOC. Entre alguns mais encorpados estão: vinhos barricados (fermentados em madeira) em geral, Rieslings, Chardonnay, Alvarinhos (alguns são barricados), brancos do Rhône (Chateauneuf-du-Pape, Condrieu), Chablis grand Cru.


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SAÚDE À MESA — POR ANA CLARA MORENO —

SABOR

do verão

R I C A S E M ÁG UA V ITAM I NA S E NUT R I E NT E S A S F R UTA S T Í P I C A S

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D E S S A E S T A Ç Ã O S Ã O U M A O P Ç Ã O S A B O R O S A PA R A C O M B AT E R O C A LO R E M A N T E R - S E H I D R AT A D O

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asta dar um giro rápido pelo setor de hortifrúti do BigLar para notar a explosão de cores, aromas e sabores que tomam conta do lugar nesta época do ano. Tudo isso, graças às frutas que dão as caras em fevereiro e março – caso do abacaxi, melancia, uva, manga, laranja, entre outros. Fundamentais em qualquer dieta saudável, as frutas possuem características específicas e próprias para seu desen-

volvimento, que englobam propriedades do solo e mudanças climáticas e influenciam diretamente em seu sabor e no valor nutricional. Assim, ao priorizar o consumo de frutas típicas da estação, sempre há a garantia de opções mais frescas, saborosas e nutritivas. “Isso acontece porque quando cultivadas em seu período natural, captam melhor os nutrientes do solo. São mais saborosas, por terem seus ciclos respeitados, fazen-

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do assim com que sejam mais nutritivas. Além de fazer bem para a saúde, consumir frutas da estação é ainda uma forma de consumo mais sustentável para o planeta, pois não ocorre nenhuma interferência humana durante o processo de plantio”, explica Maria Vitória Moreira Cantares, nutricionista do BigLar.


com damasco GELEIA DE LARANJA

Ingredientes: • 100 g de damasco seco • Suco de três laranjas • Um pedaço de pau de canela Modo de preparo: Pique o damasco em pedaços bem pequenos. Em uma panela, com fogo médio, coloque o damasco picado com a canela e o suco de laranja. Mexa, às vezes, e deixe a panela entreaberta até o líquido reduzir. Para guardar, esterilize um pote de vidro com tampa. Para fazer isso, coloque-o em água fervente e seque bem. Espere a geleia esfriar e reserve-a no pote.

CONSUMO IDEAL As altas temperaturas do verão pedem refeições mais leves, frescas e saborosas. “As frutas são grandes aliadas por proporcionarem hidratação e refresco, assim ajudando a amenizar o calor”, afirma a nutricionista. Por serem ricas em água, fibras e nutrientes, as protagonistas dessa matéria tornam-se ótimas alternativas para os dias quentes. Ainda sendo possível aproveitá-las de inúmeras maneiras, explorando todos seus atributos sensoriais, como cor, sabor, textura e aroma, em receitas de geleias, compotas, doces e sucos, Maria Vitória alerta que quando consumidas in natura, por não sofrerem nenhuma alteração, são mais saudáveis e ideais para

incorporar a uma dieta balanceada. “Ao fazer adição de açúcar ou qualquer outro produto que não seja in natura para essas preparações, estamos fazendo com que as vitaminas e minerais diminuam”, justifica a profissional.

Abacaxi: composto por 86% de água, essa fruta tropical deliciosa combina muito com a estação, sendo uma opção refrescante e rica em fibras e vitaminas. Seu consumo favorece a circulação sanguínea, facilita a digestão e estimula a produção de colágeno – proteína responsável por sustentar a pele e as articulações.

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Manga: de sabor irresistível e adocicado, a manga é outra boa companheira para os meses mais quentes do ano. Por mais que tenha um pouco mais de calorias do que suas companheiras de estação, ela também traz muitos benefícios. Rica em vitaminas A e E, ela ajuda a prevenir sinais de envelhecimento e a controlar a pressão arterial.

Maracujá: fonte de vitaminas A, C e outras do complexo B, o maracujá apresenta boa quantia de sais minerais, entre eles o cálcio, ferro, fósforo e sódio. É um ótimo calmante natural para o organismo humano e um poderoso antioxidante que age contra o envelhecimento precoce dos órgãos.


SAÚDE À MESA

do verão SABORES

Melancia: refrescante, doce e nutritiva, a melancia é uma das frutas mais deliciosas para saborear no verão. Composta por 95% de água, a delícia possui muitas propriedades benéficas para a saúde, graças ao seu conteúdo de vitamina C e antioxidantes. Pode ser mesclada com um sorvete para ajudar a combater o calor ou ainda em drinques inusitados.

Melão: é uma fruta com baixas calorias, muito forte nutricionalmente e pode ser usado para emagrecer e hidratar a pele, pois é rico em vitamina A, água e flavonoides – poderosos antioxidantes que atuam prevenindo problemas como doenças cardíacas e envelhecimento precoce.

Pera: rica em fibras e vitaminas, a pera contribui para o bom funcionamento intestinal. Pela sua composição nutricional, pode ser utilizada em tratamentos cardíacos, prisão de ventre, inflamação intestinal e na bexiga, na formação dos ossos, dentes e sangue, além de auxiliar o sistema nervoso. Pêssego: fruta excelente para compor um cardápio rico em nutrientes, antioxidantes, fibras, vitaminas e sais minerais para o organismo. Por ter poucas calorias e oferecer sensação de saciedade, o pêssego é um ótimo aliado para quem quer emagrecer. Uva: rica em sais minerais, vitaminas A, C e do complexo B (B1, B2, B3 e B6) e muitos outros nutrientes, a uva é vitalizadora, calmante, antirreumática, diurética, tônica para o sistema nervoso, além de ajudar no combate a distúrbios gástricos e refrescar o sistema digestório. A uva conta com um universo inteiro só para ela, com variedades de cores e sabores que vale a pena experimentar.

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No BigLar, você encontra as frutas mais badaladas da estação. Nutritivas e saborosas, elas podem ser consumidas in natura ou como ingredientes de receitas, deixando seu verão cheio de sabor e saúde. Listamos algumas delas: Além da laranja, outra fruta cítrica, típica do verão, é a acerola. Surpreendente e cativante, ela atrai e encanta com sua cor vermelha e sabor amargo. Repleta de benefícios nutricionais, é uma grande parceira para sucos refrescantes ou um picolé. Outra grande aliada para a estação é a pitaya, que chama a atenção por sua cor rosa vibrante e seu aspecto diferente. Combina perfeitamente com preparações de iogurte, geleias e saladas de frutas, além de se tornar um saboroso picolé congelado in natura. A graviola, também comum no verão, conta com poucas calorias e um sabor único, ácido e pouco adocicado, sendo a parceira perfeita para deliciosas receitas de chá e sobremesas. Originárias da Ásia, duas frutas que desembarcaram no país e se adaptaram perfeitamente ao cultivo e ao paladar brasileiro, são o caqui e a carambola. Poderosos companheiros para sucos e vitaminas possuem sabor adocicado e levemente ácido.


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ARQUITETURA — POR RENATA TURBIANI —

bar em CASA T ER UM C ANT INHO PA R A A S B E B I D A S É P R ÁT I C O E D Á UM CHARME À DECORAÇ ÃO

Projeto: Carolina Fagundes

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ara os fãs de bares e drinques, ou apenas para quem gosta de receber bem amigos e parentes, ter um cantinho especial para guardar e preparar as bebidas em casa é indispensável – ainda mais neste momento de pandemia do novo coronavírus, em que é recomendável evitar locais cheios de gente. Mas se engana quem pensa que o pub caseiro exige grandes dimensões, investimentos e reformas. Na verdade, qualquer espacinho pode ser aproveitado para o receber. Inclusive, segundo a arquiteta Daiane Zaffari, mais importante que seu tamanho, é ele ficar próximo à área destinada ao convívio social (salas de estar e de jantar, copa, cozinha, varanda ou sacada). “As possibilidades para se ter um bar na residência são inúmeras. Ele pode, por exemplo, ser feito sob medida em um ambiente exclusivo ou que está sem muita utilidade, ou montado em um armário, estante, embaixo da escada, em um carrinho charmoso, nicho ou móvel de apoio, como aparador e buffet”, diz. “Em casos de pouco espaço, invista em peças menores, como a bandeja, que é o objeto principal. Faça uma seleção de


poucas taças e bebidas, assim você consegue montar o seu bar em proporção com o ambiente em que ele está inserido”, aconselha a arquiteta Carolina Fagundes. Na escolha do lugar, só há uma restrição, como aponta o arquiteto Renan Pinotti, sócio do escritório Fibra Arquitetura: “As bebidas devem ficar longe da luz solar e afastadas de fontes de calor ou ambientes quentes para garantir a

UT E N S Í L I O S PA R A O

Nem só de garrafas e decoração bacana vive um bar. Para que ele, realmente, torne-se funcional, os utensílios são essenciais. Saiba, a seguir, quais você deve ter não apenas para preparar as bebidas, mas também para servi-las: • Jogos de copos e taças (para long drink, coquetéis, vinho, cerveja, whisky, conhaque e licor); • Caneca; • Bandeja; • Coqueteleira; • Socador; • Dosador; • Porta-copos ou bolacha; • Colher bailarina e misturadores; • Abridor de garrafas e saca-rolhas; • Cortador de lacre; • Corta pingo; • Termômetro; • Decanter ou aerador para vinho; • Tampa para garrafa; • Funil; • Balde e pegador de gelo; • Faca; • Tábua de corte; • Espremedor; • Açucareiro; • Champanheira; • Marcadores para taças e copos; • Guardanapos; • Porta-rolhas ou tampinhas; • Canudos reutilizáveis; • Jarra.

Projeto: Carina Dal Fabbro / Foto Priscila Amaral

seu cantinho

sua conservação e qualidade”. Em se tratando dos vinhos, ele ressalta, melhor armazená-los na posição horizontal, se não forem consumidos logo. Isso evita que estreguem, já que permite que o líquido fique em contato com a rolha, evitando o seu ressecamento e, consequentemente, impedindo a entrada excessiva de ar no interior da garrafa.

DECORAÇÃO Mesmo que o home pub seja pequeno e discreto, é importante que tenha estilo e personalidade. É aí que entra a decoração, e o ideal é que ela seja executada sem exageros e se-

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“As possibilidades para se ter um bar na residência são inúmeras. Ele pode, por exemplo, ser feito sob medida em um ambiente exclusivo ou que está sem muita utilidade, ou montado em um armário, estante, embaixo da escada” Daiane Zaffari, Arquiteta


ARQUITETURA

Projeto: Daiane Zaffari

mesma tonalidade, o que confere um visual mais clean, ou de tons diferentes, para um ar mais despojado. Por fim, se espaço não for problema para o bar, vale apostar em frigobar, adega climatizada, cervejeira e chopeira. Além de facilitarem o armazenamento das bebidas e as manterem na temperatura certa, esses equipamentos, hoje em dia, contam com designs tão diferenciados e decorativos, que são capazes de enriquecer mais ainda o ambiente.

guindo o mesmo padrão do restante da casa, para que tudo fique em equilíbrio. Boas opções para dar uma bossa a esse ambiente são quadros, espelho, fotografias, papel de parede, letreiro luminoso, revestimentos, garrafas e copos com design diferente, peças trazidas de alguma viagem especial, pequenas coleções e até jogos que remetam ao universo dos botecos, como dardos e mini bilhar. Para acomodar as bebidas, a bandeja é peça-chave, pois, ao mesmo tempo em que organiza e delimita a área, também

decora. Esse elemento, segundo a arquiteta Carolina Fagundes, pode tanto acompanhar o estilo da residência quanto contrastar com a bancada onde será inserida. Fora isso, precisa ter um tamanho proporcional. “Nela, podemos colocar um balde de gelo, algumas garrafas e taças selecionadas, um vaso com flores e, se couber, uma vela para aromatizar”, ensina. Outra dica para que a produção fique ainda mais harmônica é criar uma composição com itens de tamanhos e alturas variados, acomodando os mais altos atrás. Também é possível brincar com as cores, juntando peças da

• Cerveja; • Vinho; • Espumante; • Vodca sem sabor e saborizada; • Gim; • Whisky; • Tequila; • Rum; • Conhaque; • Aperol; • Licor; • Sucos; • Refrigerantes; • Água; • Água tônica; • Água de coco.

Projeto: Carolina Fagundes

“Em casos de pouco espaço invista em peças menores, como a bandeja, que é o objeto principal. Faça uma seleção de poucas taças e bebidas, assim, você consegue montar o seu bar em proporção com o ambiente em que ele está inserido”

bebidas

PA RA O SEU BA R

Carolina Fagundes, Arquiteta

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VIVER BEM

faz bem ao CORPO E À ALMA ALÉM DE BENEF ÍCIOS À SAÚDE F ÍSIC A COMO CONT ROLE

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DO COLEST EROL A CORRIDA É UMA FORT E ALIADA

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N O C O M B AT E À D E P R E S S Ã O — POR ANDRESSA BOA SORTE —

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início de um novo ciclo sempre vem acompanhado de uma lista de resoluções. Podemos dizer, sem medo de errar, que, no topo destas “promessas de ano novo” da maioria de nós, está algo relacionado à prática de atividades físicas. Afinal, quem nunca disse a si mesmo “preciso sair do sedentarismo”? A boa notícia é que uma atividade simples e sem custo algum tem se tornado cada vez mais popular entre os brasileiros: a corrida de rua. Prova disso é um estudo feito pela maior plataforma de participação esportiva do mundo, o aplicativo Strava, que apontou a corrida de rua como

um fenômeno no Brasil, tendo em vista o número crescente de provas e participantes. A pesquisa Why We Run (“Por que Corremos”?) mostra alguns dos motivos desta popularidade. A preocupação com a saúde está entre as principais motivações daqueles que decidiram colocar o pé na estrada. Outro dado muito interessante da pesquisa é que, entre os brasileiros, cruzar a linha de chegada é a maior recompensa de uma prova (70% dos entrevistados elencaram esse como o melhor momento), enquanto a média global para esse item foi de 63%.

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SAÚDE MENTAL Entre os japoneses pesquisados, 15% dizem que correm porque isso ajuda a sentir menos ansiedade e depressão. No Brasil, este percentual foi menor, 5%. No entanto, uma variante comum entre os corredores por aqui é que, após iniciarem a prática esportiva, todos perceberam uma melhora significativa na qualidade de vida e no humor. A dona de casa Sandra Maria Lucas, casada e mãe de três filhos, aos 61 anos, é um retrato de que a corrida melhora tanto a saúde física quanto mental. Há quatro anos, decidiu que precisava


perder peso. A preocupação maior veio após o diagnóstico de artrose, um tipo de desgaste nas articulações que provoca desconforto e dor. Despretensiosamente, começou a fazer caminhadas diárias. Foi aumentando o ritmo e o condicionamento físico, e quando menos se deu conta, as corridas já faziam parte do seu dia a dia. “A corrida me proporcionou diversos benefícios físicos e mentais. Senti uma disposição que, há tempos, não tinha. Melhorou o meu humor, minha autoestima e as dores pelo corpo, que antes eram constantes, diminuíram consideravelmente”, conta. A primeira corrida de rua que participou foi há dois anos. Foram 10 km com obstáculos. “É uma sensação de conquista cruzar a linha de chegada. Hoje, eu não vejo mais a minha vida sem praticar exercícios, em especial a corrida, que além da saúde, me proporcionou novas amizades”, diz Sandra ao se referir ao grupo de mulheres que conheceu na prática da corrida de rua. Entre os planos da dona de casa está poder participar da maior corrida de rua do Centro-Oeste, a Corrida de Reis, realizada, tradicionalmente, no início de cada ano. “Meu sonho é participar desta prova. Infelizmente, devido à pandemia, ela não foi realizada em 2021, mas eu tenho certeza que este período

motivação PA R A C O R R E R

A saúde é o principal incentivo para os corredores de todo o mundo. Mais de 80% dos 25 mil entrevistados na pesquisa Strava citam, pelo menos, uma motivação física quando perguntado por que eles começaram. Para outros, a saúde mental foi o maior fator para sair do sedentarismo. Entre o público brasileiro, 22% responderam que os problemas de saúde foram o motivo pelo qual começaram a prática da corrida (contra apenas 2% nos EUA).

vai passar e, em 2022, não apenas eu, mas outros amantes da corrida de rua poderão se alegrar correndo os 10 quilômetros entre Várzea Grande e Cuiabá”, diz Sandra.

É CIÊNCIA: A PRÁTICA DA CORRIDA TE DEIXA MAIS FELIZ Pesquisas feitas pelo Instituto Karolinska, na Suécia, mostraram que a corrida tem impacto na superação do estresse e da depressão. Diversos outros estudos já comprovaram que a prática é uma potente aliada na liberação de endorfina, o hormônio da felicidade. Em outras palavras, após correr, por no mínimo trinta minutos, o organismo libera o hormônio responsável pela sensação de bem-estar e felicidade. Como se esse já não fosse um grande motivo para você que está lendo começar (caso ainda não seja adepto da prática), listamos

“A corrida me proporcionou diversos benefícios físicos e mentais. Senti uma disposição que, há tempos, não tinha. Melhorou o meu humor, minha autoestima e as dores pelo corpo, que antes eram constantes, diminuíram consideravelmente” Sandra Maria Lucas

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VIVER BEM

10 motivos pelos quais você precisa começar a correr em 2021. As dicas são do personal trainer Felliphy Coelho. Ele destaca que a musculação e os alongamentos são essenciais para dar um bom suporte ao corpo, além de ajudar a melhorar a performance na corrida. Antes de começar, o profissional também orienta uma ida ao médico para a avaliação física. Isso vai prevenir lesões e outros problemas de saúde para quem tem algum tipo de restrição.

1. Coração: a corrida exige que o coração aumente o fluxo de sangue para todo o corpo. As fibras do músculo se fortalecem e a cavidade aumenta. Desta forma, o coração bombeia mais sangue com menos batidas, tornando-se mais eficiente. Com o aumento da circulação sanguínea pelo corpo, cresce a entrada de oxigênio nos tecidos.

2. Ossos: estimula a formação de massa óssea, aumentando a densidade dos ossos, evitando problemas como a osteoporose.

de Reis A CORRIDA

nível mais alto de HDL (colesterol “bom”), encarregado de transportar os ácidos graxos no sangue e de evitar o seu depósito nas artérias.

6. Estresse: com a corrida, há liberação do hormônio cortisol, aliviando o estresse e a ansiedade.

3. Cérebro: aumenta os níveis de serotonina, neurotransmissor que regula o sono e o apetite. Em baixas quantidades, esta substância está associada ao surgimento de problemas como a depressão.

7. Sono: fazer atividade física melhora a qualidade do sono. Correr faz a pessoa dormir melhor. Após o exercício, o corpo libera endorfina, substância que provoca a sensação de bem-estar e ajuda a relaxar.

4. Peso: quanto maior a intensidade do exercício, maior a queima calórica e de gordura. A corrida ajuda a gastar muitas calorias, favorecendo a perda ou manutenção do seu peso. Em uma hora de treino, um atleta chega a queimar até 950 calorias.

8. Músculos: a corrida ajuda a melhorar a resistência muscular e também queima a gordura dos tecidos musculares, deixando-os mais fortes e definidos.

5. Colesterol: diminui os níveis de LDL (colesterol “ruim”). Corredores de longas distâncias têm o

10. Articulações: correr torna a cartilagem das articulações mais espessa, o que protege melhor estas regiões tão frágeis do nosso corpo.

9. Rins: com o aumento da circulação, há, também, uma melhora da função dos rins, que filtram o sangue e reduzem o número de substâncias tóxicas que circulam pelo corpo.

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A corrida de rua mencionada por Sandra, Corrida de Reis, carrega este nome em homenagem aos Três Reis Magos, visto que, anualmente, é prevista para ser realizada no primeiro domingo após o Dia de Reis Magos, celebrado em 6 de janeiro. Homologada pela Confederação Brasileira de Atletismo, a corrida faz parte do calendário de atletas do Brasil e do mundo, e é tida como uma das principais corridas do país. Com um percurso de 10 Km entre as cidades de Cuiabá e Várzea Grande, no Mato Grosso, a Corrida de Reis foi realizada pela primeira vez em 1985, e é organizada pela TV Centro América, afiliada da Rede Globo. Esta prova também chama atenção por seus prêmios generosos, que vai além da satisfação garantida aos seus participantes, amantes desta prática. Trata-se de uma das maiores premiações nacionais, que agracia os vencedores das categorias masculina e feminina com um carro 0 Km. Do 2º ao 5º colocado, em ambas categorias, além do troféu, recebem prêmio em dinheiro. Importante dizer que a corrida, ainda, é inclusiva, com Categoria Especial para deficientes físicos e intelectuais.


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NOSSA GENTE — POR PROTÁSIO MORAIS —

ARTE

conectada

O UNIVERSO DE CORES CRIADO P E LO A R T I S T A

P L Á S T I C O R A FA E L JONNIER

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á alguns anos, as ruas de Cuiabá vêm ganhando um colorido especial, realçado por figuras e cenários oníricos capazes de despertar a simpatia do público. O personagem Pescador de Sonhos foi um dos primeiros a despontar na galeria a céu aberto proposta pelo artista plástico Rafael Jonnier. Encabeçado pelo Pescador de Sonhos, o universo criado por Jonnier, ainda, daria espaço a outros personagens carismáticos como a Princesinha do Rio, Adob Dog, Animais Psicodélicos e o Pássaro Pitaya. Em 2018, esta série rendeu ao artista sua primeira exposição individual, que o lançou em voos ainda mais ousados. No mesmo ano, o artista foi selecionado para integrar residência artística na Europa. Lá produziu diversas obras para a exposição Origins, tendo como cenário a encantadora e animada capital da Holanda, Amsterdã. De lá para cá, Jonnier não parou mais de se reinventar. Num breve panorama, a trajetória de Rafael Jonnier, nascido em Cáceres,

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iniciou-se com o artista pintando no estilo Pop Art, passou pelo grafite e deixou sua marca nas ruas do Centro Histórico da capital mato-grossense. Inovou e agregou às suas exposições novas tecnologias de imersão, como a realidade aumentada, que permitiu ao observador uma experiência sensorial ainda mais singular. Rafael Jonnier desenha desde criança, mas só passou a se dedicar à arte depois de migrar para Cuiabá, quando tinha 21 anos. Conta que se mudou para a capital para fazer o ensino superior e, já no meio do curso, começou a produzir alguns trabalhos artísticos. O que se intensificou quando se instalou na famosa Rua 24 de Outubro, onde teve um escritório junto a uma amiga. Iniciou sua carreira sabendo que não seria fácil viver do seu trabalho como artista. Ele tinha dois grandes desafios: desenvolver uma identidade artística e ingressar no mercado da arte. É certo que, uma das principais características da arte contemporânea é a versatilidade, compreendida em toda sua incrível capacidade de inovação. Premissa levada muito a sério por Rafael Jonnier, que tem, na tecnologia, uma forte aliada, fonte de transmissão e interatividade do público com sua obra. “Vai além, é uma fonte de inspiração mesmo. De uma forma ou de outra, a tecnologia sempre esteve presente no meu trabalho. Cada vez mais necessária, do processo criativo ao processo de produção e comunicação, tudo envolve a tecnologia. Estou sempre pensando em proporcionar o máximo de emoção para o público, tento mantê-lo conectado, às vezes, o levo para uma experiência dentro da arte, literalmente”, revela. Aos 29 anos de idade, ele avalia que, ao apostar na tecnologia, também aproxima a produção artística das novas gerações. “A juventude tem sede de conhecimento, de experimentações diferenciadas. É um ótimo atrativo. Espero que essa experiência se torne uma referência.” Jonnier estudou Designer, o que o

JONNIER ART GALLERY

“Estou sempre pensando em proporcionar o máximo de emoção para o público, tento mantê-lo conectado, às vezes, o levo para uma experiência dentro da arte, literalmente” Rafael Jonnier, artista plástico

ajuda na concepção e edição das peças. Entre outras projeções, o artista utiliza pesquisa de mercado para desvendar o desejo do público. Desta forma, o artista descobriu novos nichos e possibilidades, abrindo espaço, assim, para empreender.

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Em março de 2021, será lançada a Jonnier Art Gallery, um espaço localizado na Avenida Estevão de Mendonça que proporcionará uma experiência ainda mais imersiva às coleções e instalações do artista. “Uma experiência totalmente nova para o público, com visitas agendadas e monitoradas, espaços interativos e conectados, uma imersão audiovisual com coleções temáticas e exposições comemorativas. Queremos recriar um cenário artístico em Mato Grosso que faça parte da rota das artes no mundo”, adianta. O artista recorda que, quando esteve na Holanda, chegou o momento em que teve que escolher entre continuar na Europa ou voltar para o Brasil. Para continuar no velho continente, teria que trabalhar em outras atividades para poder seguir pintando aos fins de semana. Assim, estaria se distanciando de seu objetivo principal. “Então, decidi voltar, mas trabalhar


NOSSA GENTE

com outra visão, de um empreendedor e não de artista apenas. Voltei com técnicas novas e decidi ser o melhor, ou estar entre os melhores. É complicado pintar, cuidar de agenda, atender clientes, cuidar das finanças. Hoje minha esposa, Aline Herane, cuida da minha agenda, é minha produtora, meu financeiro, meu anjo da guarda. Tenho dois ajudantes aprendizes que me auxiliam muito também. Posso dizer, com orgulho, que sou empresário da arte.” Bem como seu mais célebre personagem, o Pescador de Sonhos, Rafael busca, inquieto, ampliar, a cada dia, o que ele chama de “Universo Jonnier”, que vai além do mundo onde vivem seus carismáticos personagens oníricos. “Nossa vida é permeada por sonhos, e a pessoa que não sonha, não realiza. Meu propósito de vida é ensinar arte para crianças. Não sei quando vou partir,

mas quero deixar um legado para a humanidade, não quero ser um mero pintor e ser lembrado pela minha arte, apenas. Meu público é a nova geração, se eu conseguir influenciar uma única criança, ficarei em paz. Deus me deu o dom de pintar. Usar isso para ajudar e impactar, positivamente, a vida das pessoas é incrivelmente gratificante”, conclui.

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inspiram FIOS QUE

Em 2020, estampamos o talento de cinco artistas do nosso Estado, dentre eles Rafael Jonnier, em lenços que foram doados às mulheres em tratamento contra o câncer. Abaixo, a ilustração assinada pelo artista.


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R A D A R C U LT U R A L — POR SHAYLA SILVA —

TRABALHO INÉDITO

de Bob Dylan

R E C E I TA S DA S É R I E

FRIENDS Quem é fã da série Friends vai adorar esta novidade gastronômica! Espere aí, gastronomia e Friends? Pois é, quem já maratonou sabe que estes dois universos estão interligados e que a comida eternizou momentos marcantes, como o pavê de Ação de Graças da Rachel e os probleminhas intestinais de Ross, viciado em tacos. Com “Friends – O livro de receitas oficial”, recém-lançado pela Editora Belas Artes, você poderá replicar estas e outras mais de 100 receitas inspiradas na série, como o irresistível cheesecake do vizinho, os doces que são pequenas gotas do paraíso, o prato de fritas só para o Joey, afinal ele não divide comida, e muitas outras. Coloque o avental, chame os amigos e aproveite para assistir a alguns episódios enquanto cozinha.

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ob Dylan anunciou o lançamento do box "Bob Dylan 1970" para 26 de fevereiro de 2021, via Columbia/Legacy. O trabalho trata-se de um material inédito que traz nove músicas com o ex-Beatle George Harrison. As músicas são resultado de uma session que os dois realizaram ainda no primeiro ano da década de 70, daí o nome do projeto. O box será composto por três CDs e, além das canções com Harrison, apresentará B-Sides nunca lançados dos álbuns "Self Portrait" e "New Morning", ambos também de 1970.

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E L E S E S T Ã O D E V O LTA

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magine ter que esperar nada mais, nada menos que 32 anos para a continuação de um filme. Foi exatamente este tempo que levou para que "Um Príncipe em Nova York 2" saísse do papel. A continuação do clássico de 88, que é um dos filmes mais emblemáticos da carreira de Eddie Murphy, traz o ator de volta ao papel do príncipe Akeen. No primeiro longa, o personagem deixa seu país de origem na África e parte para o Queens, nos Estados Unidos, para fugir de um casamento arranjado. Já nesta versão moderna, Akeem e seu melhor amigo Semmi (Arsenio Hall) partem para os Estados Unidos em busca de um filho perdido do príncipe, com a proposta de levarem o mais novo herdeiro do trono de Zamunda para ficar com sua verdadeira família, mas será que ele aceita? O filme chega ao Amazon Prime Video em 5 de março de 2021.

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