Sindika Dokolo (Angola_África)

Page 1

TRANSIT_SALVADOR MOSTRA DA COLEÇÃO SINDIKA DOKOLO

MUSEU DE ARTE MODERNA DA BAHIA | MARÇO 2012


Yinka Shonibare How to blow up two heads at once | Instalação Técnica mista Manequins, armas, cera impressa em algodão têxtil, botas de equitação em couro e plinto. 2006


TRANSIT_SALVADOR Numa das obras presentes na exposição Transit_Salvador, dois manequins sem cabeça travam um diálogo mudo, forças antagônicas que se espelham. Vestidos com finas roupas de um passado não tão remoto, a aparência imediata da cena de época induz, à primeiríssima vista, a uma leitura reducionista. Que facilmente cede espaço, porém, a referências mais elaboradas, evidenciando aspectos mais amplos, elaborados e sutis a respeito das ideias que fundamentam a obra em questão (de Yinka Shonibare, artista anglo-nigeriano), caso o espectador se permita analisar a cena de forma menos condicionada. Reflexões sobre a identidade da África contemporânea e suas relações com a história, a política e a economia mundial, o multiculturalismo, a globalização e as políticas neo-coloniais estão presentes na obra de Shonibare, bem como na de muitos outros dos quatorze artistas presentes nesta exposição. Totalitarismo, apartheid, racismo, entre outros temas, permitemnos revisitar os elementos que formaram nosso imaginário sobre o continente africano e em relação à nossa própria herança cultural. Transit tem o intuito de apresentar parte da produção artística africana ao público brasileiro, apresentando obras de artistas consagrados de várias gerações. Ao percorrer esta mostra, o visitante terá oportunidade de perceber a fragilidade de mitos cuidadosamente trabalhados através de séculos de colonialismo econômico e cultural, que propagaram uma visão reducionista e defasada a respeito da cultura africana e mantiveram a hegemonia da imagem eurocêntrica e ocidental como modelo praticamente absoluto nas representações culturais. Em termos ideais, o multiculturalismo requer uma abertura para a efetiva interação entre as distintas culturas confrontadas; as obras presentes nesta exposição nos permitem pensar sobre a assimetria nas relações entre elas, explicitando a necessidade de analisarmos não só esta ausência de equilíbrio, mas, sobretudo, a dinâmica que o estabelece. Stella Carrozzo Diretora Museu de Arte Moderna da Bahia


TRANSIT_ SALVADOR O programa Transit consiste na circulação, entre Angola e Brasil, de uma das mais importantes coleções de arte africana contemporânea do mundo, pertencente à Fundação Sindika Dokolo. A ideia central é realizar exposições itinerantes por cidades brasileiras, com o intuito de promover a difusão e o acesso ao pensamento filosófico e à estética africana contemporânea através das artes visuais. Instalações, vídeos, fotografias e pinturas fazem parte da mostra Transit_ Salvador, apresentada no Museu de Arte Moderna da Bahia. São vinte e cinco trabalhos, de doze artistas provenientes de nove diferentes países africanos, além de um artista norte-americano e três de origem europeia. A seleção representa a diversidade da coleção Sindika Dokolo, mostrando a heterogeneidade em relação à produção africana atual. Transit busca divulgar a produção dos artistas e aprofundar as abordagens de cada um, sem explorar a falsa e comum ideia de um conceito africano homogêneo e reducionista, de uma arte sem autor que é apenas tribal ou regional. Os temas e o refinamento estético dos trabalhos permitem uma nova leitura em relação à atualidade artística, cultural, estética, política e sócioeconômica da África. A partir das obras, podemos perceber a inserção plural da cultura africana no processo de globalização e na história atual. Esta mesma coleção serviu de base para a montagem do primeiro pavilhão africano na Bienal de Veneza, em 2007, e possui obras fundamentais que participaram de importantes exposições ao redor do mundo, a exemplo da Bienal de Bordeaux, da Trienal de Luanda, do Observatório SD em Valença (Espanha) e da mostra Africa Remix, que foi uma das mais importantes já realizadas no intuito de exibir a nova produção africana. Africa Remix foi aberta em Dusseldorf, na Alemanha, em 2004, e no ano seguinte seguiu para o Centro Georges Pompidou, em Paris, e depois circulou por Londres e Tókio. Agora no Brasil, Salvador foi escolhida para receber a primeira mostra coletiva do projeto, pois acreditamos que a relação afetiva e histórica dos baianos com os africanos é fundamental para acolhermos, no país, as obras destes grandes artistas. Esperamos que haja uma troca entre o público e a coleção, e que se inicie um movimento necessário de ressignificação a respeito da produção artística e da cultura contemporânea do continente africano no país. Daniel Rangel | Fernando Alvim Curadores

WILLIAM KENTRIDGE Felix in exile | Vídeo. 9’. 1994


ARTISTAS A instalação “L’initiation”, do artista maliano Abdoulaye Konaté (1953), é uma típica representação de seu trabalho, que frequentemente aborda temas como a guerra, os direitos humanos e a influência da globalização na sociedade. Konaté é também gestor e ativista cultural em seu país, onde atualmente ocupa o cargo de diretor do Conservatório de Arte e Mídia de Bamako. Já foi premiado no Chevalier de l’Ordre National du Mali e no Chevalier de l’Ordre des Arts et des Lettres de France, sendo ainda nomeado em 2008 para o prêmio Artes Mundi. O tríptico fotográfico intitulado “Le príncipe de la faim”, do camaronês Bili Bidjocka (1962), faz parte do universo das obras relacionadas com personagens, estética afro-universal e moda. Bidjocka vive atualmente em Paris, e é conhecido, sobretudo, por suas esculturas e instalações, em que busca expressar metáforas de perda e ausência relacionadas com as práticas religiosas e os ritos de Camarões. Dentre as principais exposições que participou, estão as Bienais de Johanesburgo, Havana, Dakar, Taipei e Veneza, além da Trienal de Luanda. O angolano Ihosvanny (1975) é filho de cubanos e cresceu entre Luanda e Havana, onde estudou pintura e teve seus primeiros contatos com a arte. O vídeo “Noise 3” faz parte de uma série de trabalhos audiovisuais impregnados pelo olhar do pintor. Suas obras documentam uma série de experiências estéticas, usando diferentes tipos de linguagens e meios. Participou de importantes exposições coletivas, como a Bienal de Veneza (2007), a Bienal de Bordeaux (2009) e a Trienal de Luanda (2007 e 2010). O coletivo IngridMwangiRobertHutter é formado por Ingrid Mwangi, nascida no Quênia, e seu marido, o alemão Robert Hutter. Os artistas resolveram fundir seus nomes e também a data e local de nascimento. Constantemente, afirmam que juntos formam uma nova identidade, o “ser” IngridMwangiRobertHutter, nascido em 1975, em NairobiLudwigshafen. Seus trabalhos possuem forte carga dialética e abordam temas como violência e discriminação – seja racial, social ou sexual. As guerras, os meios de comunicação, a autoimagem e a identidade são os assuntos que os impelem atualmente. Vivem na Alemanha com seus quatro filhos e, constantemente, participam de mostras coletivas em países como Inglaterra, Estados Unidos, Marrocos e Alemanha.

O vídeo “White Woman”, da artista sueca Loulou Cherinet (1970), que vive e trabalha entre Estocolmo e Addis Abeba, na Etiópia, aborda o limite entre documentário e ficção. A artista não esconde que monta as cenas de seus vídeos, mas os “personagens” normalmente interpretam a si mesmos. Cherinet é mestre em Belas Artes pelo Instituto Real de Artes, em Estocolmo, e participou da 14ª Bienal de Sidney, na Austrália (2004), e da mostra Africa Remix, em Paris, além de Trienal de Luanda e de exposições individuais e coletivas na Europa e na África. A sul-africana Minnette Vári (1968) já participou da Bienal de Havana, da Bienal de Veneza e, aqui no Brasil, da Bienal do Vento Sul, em Curitiba, entre outras mostras internacionais. Atualmente, vive e trabalha em Johanesburgo, onde produz instalações, performances, esculturas, fotografias e vídeos que abordam temas ligados a identidade, política, mitologia e história, a exemplo do vídeo “Alien”, de 1998. Foi premiada com uma bolsa da Civitella Ranieri Foundation, na Itália, em 2009, e com uma residência na Alemanha, em 2010. O marroquino Mounir Fatmi (1970) trabalha com vídeos, instalações, desenhos, pinturas e esculturas, buscando libertar o espectador de seus preconceitos. O artista apresenta a instalação sonora e visual “Save Manhattan 03”, na qual desenha o skyline de Nova York com caixas de som e luz. A profanação do objeto religioso e sagrado, a desconstrução e a banalização dos dogmas e das ideologias são abordagens recorrentes em seus trabalhos, que já foram expostos em importantes espaços expositivos na Europa, Ásia e África, além de terem participado de diversas Bienais. Recebeu o Grande Prêmio da 7ª Bienal de Dakar e, em 2010, foi premiado na Bienal do Cairo. Escultor, dançarino e artista performático americano, Nick Cave (1959) se formou em 1982 no Instituto do Kansas City, onde aprendeu e aperfeiçoou suas técnicas de costura. A instalação “Soundsuit” faz parte de uma série de obras que se adaptam e vestem o corpo humano. A forma singular como cada obra é concebida confere àquele que o veste uma nova identidade, tal como acontece no teatro. Trata-se de uma nova descoberta de nós mesmos, das nossas limitações performáticas, da linguagem do corpo e da nossa relação com o espaço. Cave já exibiu seu trabalho em diversos museus e galerias, sendo atualmente um dos grandes nomes da cena contemporânea mundial.


A sul-africana Ruth Sacks (1977) vive e trabalha em Johanesburgo. Seu trabalho analisa situações históricas sob uma ótica contemporânea, levantando questões sobre os legados culturais para as gerações futuras. Ela, que trabalha com instalações, textos, performances e vídeos, já participou de várias exposições em galerias e museus, como no Centro de Arte e Mídia de Karlsruhe, na Alemanha (2011), no Museu de Arte Africano, nos EUA (2009), no Palazzo delle Papesse, em Siena (2008), na 52ª Bienal de Veneza (2007) e na Bienal das Canárias (2006). As três fotografias do artista camaronês Samuel Fosso (1962) fundem autor e personagem na mesma obra, criando um diálogo entre performance e fotografia. Nas imagens, carregadas de humor e crítica tipicamente africanos, ele encarna inusitados personagens. Fosso atualmente vive e trabalha em Bangui, na República da África Central. Através dos autorretratos, Fosso explora as identidades e ironiza os estereótipos da cultura africana e global. Seu trabalho já foi exposto em diversos locais do mundo, como na Bienal de Fotografia de Bamako (1994), na mostra África Remix (2005-2006) e na Bienal de Veneza (2007). As primeiras imagens que estão nas paredes do Casarão são uma série de quatro fotografias de Seydou Keita (1921 – 2001), fotógrafo autodidata do Mali que abriu seu estúdio em Bamako, em 1948. Ele se especializou em portraits, fotografando a sociedade maliana na transição da colônia francesa para país independente. Sua primeira exposição individual ocorreu em 1994, em Paris, na Fundação Cartier, seguida por várias outras em todo o mundo. Atualmente, é reconhecido como o pai da fotografia africana e um dos maiores fotógrafos do século XX.

Seydou Keita Sem título | Fotografia. Impressão em gelatina de prata. 1950/55. Impressa em 2007

A videoinstalação The Wailers, da sul-africana Tracey Rose (1974), propõe uma inusitada partida de basquete subaquática. Rose vive, trabalha e leciona em Johanesburgo, na mesma universidade onde, em 1996, formou-se em Artes Visuais. Ela é conhecida por suas performances, fotografias e videoinstalações, que abordam questões raciais, miscigenação e representação corporal. Participou de importantes exposições, como a 49ª e 52ª Bienal de Veneza, entre outras coletivas, bienais, residências e individuais pela Europa, Estados Unidos, Ásia e a África.


Considerado um dos mais importantes artistas africanos de todos os tempos, William Kentridge (1955) produziu obras de grande criatividade em diversas disciplinas artísticas. Kentridge é reconhecido por suas animações, iniciadas nos anos 80, que lhe deram enorme projeção. Ele desenvolveu uma técnica inovadora, ao realizar as sequências de seus filmes utilizando a mesma folha de papel, carvão e borracha. O artista une desenho, animação, cinema e teatro e, para mudar as cenas, apaga uma e surge com a outra, sempre deixando rastros entre as imagens e os acontecimentos. Seu trabalho aborda temas pessoais e políticos, originários de sua vida na África do Sul durante e após o período do Apartheid. São exibidos seis vídeos. Em cinco deles, Kentridge utiliza a mencionada técnica do carvão. Já o sexto é realizado em “paintbrush”, programa rudimentar do design gráfico digital. Destaque para o vídeo “Felix in Exile”, que também faz parte do acervo do MoMA de Nova York. Yinka Shonibare MBE (1962) é fruto de duas culturas: apesar de ter nascido em Londres, foi na Nigéria que cresceu e se desenvolveu como artista. Sua arte explora temas sobre raça, identidade, história e alienação, através de uma estética complexa e rica em simbolismos. Impressiona pela maneira que consegue subverter, misturar, indefinir e questionar a noção de identidade e cultura através de suas instalações. A obra “How to Blow up two heads at once” faz parte de uma série de trabalhos em que ele utiliza manequins e roupas feitas com tecidos africanos, para realizar majestosas e inusitadas cenas históricas. Recentemente, ele recebeu o título de Membro do Império Britânico. Artista franco-argelina, nascida em Moscou, Zoulikha Bouabdellah (1977), cresceu na Argélia, onde viveu até o começo da guerra civil que a obrigou a deixar seu país e se estabelecer na França. Seu trabalho é baseado na transgressão e se inspira na identidade plural; através de instalações, fotografias e vídeos questiona o atual modelo político, social, moral e religioso. Zoulikha recebeu muitos prêmios, incluindo o principal de Abraaj (2009) e o “Meurice” de Arte Contemporânea (2008). Suas peças já passaram pelo Tate Modern, em Londres, Museu Mori, em Tóquio, Centro Pompidou, em Paris, e pelas Bienais de Veneza e Bamako.

SAMUEL FOSSO La Famme Américaine Libérée des années 70 | Fotografia s/ alumínio. Série Tati 1997


CURADORES

FERNANDO ALVIM nasceu em 1963, em Angola. É artista, curador e vice-presidente da Fundação Sindika Dokolo. Atualmente reside em Luanda, sendo um dos principais dinamizadores da cena artística angolana, tanto nacional como internacionalmente. Trabalhando simultaneamente como artista e curador, Alvim levou para Bruxelas, em 1999, o Camouflage, um espaço expositivo de vanguarda, cuja principal intenção era dar visibilidade à produção artística africana na Europa. Nos últimos anos, Alvim idealizou e continua a dirigir a Trienal de Arte de Luanda, que se constitui numa das principais plataformas para a arte contemporânea no continente. Em 2007, juntamente com o Simon Njami, foi o curador do projeto “Check List - Luanda Pop” durante a Bienal de Veneza, primeiro pavilhão africano no evento, que foi montado a partir da coleção da Fundação Sindika Dokolo e reuniu o trabalho de cerca de 30 artistas africanos, sendo um panorama significativo da criação africana do momento. Em 2010, foi um dos cinco curadores internacionais convidados pela 29ª Bienal de São Paulo. No Brasil, é o idealizador e curador da galeria Soso arte contemporânea africana e do espaço SOSO + Cultura, ambos do empresário angolano Mário de Almeida em São Paulo, sendo este último em parceria com Daniel Rangel.

DANIEL RANGEL é baiano, curador, gestor cultural e artista, e atualmente ocupa o cargo de Diretor Artístico do Instituto de Cultura Contemporânea (ICC), em São Paulo. Daniel iniciou seu contato com as artes através da música. Na universidade, passou a realizar vídeos e fazer produção cultural, atividades que o levaram a trabalhar com o artista visual Tunga, em 1999, permanecendo seu assistente até 2001. Residiu de 2000 a 2003 em Barcelona (Espanha) onde, além de trabalhar com o próprio Tunga e outros artistas em diferentes montagens pela Europa, foi diretor de criação da produtora Global Media & Sponsoring, importante empresa de comunicação e arte espanhola. Em Salvador abriu a produtora Procria, com foco em comunicação e arte, tendo realizados inúmeros eventos e festivais envolvendo artistas de diversas linguagens. Entre 2007 e 2008, foi assistente de direção do Museu de Arte Moderna da Bahia, durante a gestão de Solange Farkas, quando então assumiu e dirigiu por quase três anos a Diretoria de Museus do IPAC. Como curador, foi o idealizador de importantes mostras realizadas em Salvador, a exemplo do programa Quarta Dimensão, no Palacete das Artes, que contou com exposições individuais de Tunga, José Resende e Waltercio Caldas, e do programa Ocupas, que recebeu site specifics dos artistas Caetano Dias, Eder Santos, Carlito Carvalhosa e José Rufino, no Palácio da Aclamação. Esta exposição recebeu o prêmio da Revista Bravo de melhor mostra de 2010. Além de várias mostras realizadas na Bahia, Daniel foi um dos curadores convidados da última edição da Bienal de Cerveira, em Portugal (2011), e da II Trienal de Luanda, em Angola (2010). No espaço SOSO + Cultura, idealizado por ele em parceria com Fernando Alvim e com o empresário angolano Mario Almeida, curou importantes mostras coletivas e individuais, como “Melhor Assim”, de Carlito Carvalhosa, e a primeira exposição do programa Transit, a individual do artista sul-africano William Kentridge.


DIÁLOGOS EM CONSTRUÇÃO O que nos traz Transit? De que forma as obras dos artistas contemporâneos do continente africano nos seduzem, nos provocam e dialogam com nossas inquietações? De que forma podemos refletir sobre nossas práticas em arte e educação? Traz-nos a força do presente, da ação e do sentimento de um tempo passado, de formação, de narrativas já experienciadas e ainda por serem vividas. Transit, palavra em inglês, que em português nos faz pensar em passagem, em caminho, nas relações que se estabelecem nos percursos que trilhamos e nas transformações que delas decorrem. A presença, o diálogo e o cruzamento entre as linguagens artísticas, como o desenho, o cinema de animação, o vídeo, a instalação, a fotografia, encantam-nos evidenciando a maestria técnica dos artistas, aliada às narrativas contemporâneas. Fazem-nos refletir sobre um sentimento de grupo, de coletiVIDAde, de um tecido que vai se constituindo a partir do entrelaçamento de inúmeros fios, linhas. O sentimento da beleza presente nesta construção coletiva que é a cultura, sob uma visão de multi e transculturalidade. As ações educativas têm como objetivo evidenciar e explorar esteticamente e em estesia as obras dos artistas que integram a mostra. Compõem o Programa Inter.Mediações o encontro com os curadores da mostra e o oferecimento de oficinas de curta duração, que acontecerão na Galeria 3, intitulada para esta exposição como Espaço Criativo. Abertas ao público, as oficinas também integrarão as visitas mediadas e os projetos sociais desenvolvidos pelo MAM-BA, através do Núcleo de Arte e Educação. Nossa equipe aguarda sua visita! Roseli Amado Coordenadora do Núcleo de Arte e Educação

Seydou Keita Sem título | Fotografia. Impressão em gelatina de prata. 1950/55. Impressa em 2007


PROGRAMA INTER.MEDIAÇÕES

CONVERSA COM OS CURADORES Fernando Alvim e Daniel Rangel conversarão com o público sobre a proposta da exposição Transit, com obras de artistas do acervo da Fundação Sindika Dokolo (Angola | África), enquanto um programa itinerante por cidades brasileiras, sendo esta a mostra inicial deste percurso. Dia: 26/03/12 Horário: 17h Local: Cinema do MAM-BA OFICINA DE DESENHO LIVRE A partir das visitas à exposição, os participantes serão convidados a realizar desenhos, como registros de sua imaginação, utilizando materiais como carvão e grafite sobre papel. A noção de movimento a partir das mudanças no registro da forma também será trabalhada nesta oficina. Ministrantes: Adriana Araújo, Ana Rachel Schimiti, e Roseli Amado (Educadores do NAE – MAM-BA). Dia: Terça-feira Horário: 15h às 18h Local: Galeria 3 Faixa etária: todas as idades OFICINA DE FLIP BOOK Os participantes terão contato com esta técnica que explora a sensação de movimento a partir da repetição de desenhos com variações em pequenos formatos. Ministrantes: Juan Norena e Daniel Almeida (Educadores do NAE – MAM-BA)

Dia: Terça-feira Horário: 14h às 16h Local: Galeria 3 Faixa etária: todas as idades OFICINA DE AUTORRETRATO PERFORMÁTICO Convidados a fotografar seu autorretrato, preparando-se previamente com o uso de adereços e construção de um ambiente com materiais disponíveis. Ministrante: Ana Rachel Schimiti, Ednaldo Júnior e Janaina Chavier (Educadores do NAE -MAM-BA). Dia: Quinta e sexta-feira Horário: 15h às 18h Local: Galeria 3 Faixa etária: todas as idades NARRATIVAS FOTOGRÁFICAS A partir da escolha de imagens visuais, textuais e mapas disponibilizados, cada participante construirá uma narrativa. Ao término, apresentará sua criação aos demais participantes. Ministrante: Adriana Araújo, Juan Norena e Roseli Costa (Educadores do NAE – MAM-BA). Dia: Quarta-feira Horário: 15h às 18h Local: Galeria 3 Faixa etária: todas as idades NARRATIVAS DESENHADAS Construção de um livro coletivo, com as narrativas construídas pelos visitantes da exposição. Este livro ficará disponibilizado no Espaço Criativo, para a interação dos visitantes e também para sua leitura.


PROJETO ZOOM.IN ZOOM.OUT

TRANSIT_SALVADOR

O projeto Zoom.In Zoom.Out busca estreitar as relações entre o museu e a cidade estabelecendo vínculos com o entorno e a região metropolitana. Uma equipe de educadores do MAM-BA vai até as escolas e instituições para a realização de atividades de sensibilização estéticoartísticas e de educação patrimonial. Posteriormente os estudantes e seus professores realizam uma visita ao MAM-BA, em visitas mediadas nos espaços expositivos e sítio arquitetônico do Solar do Unhão. No momento, a realização das visitas ao museu acontece de acordo com a disponibilidade de transporte de cada instituição participante. Agendamentos para participação no projeto Zoom.in Zoom.out: (71) 3117-6141 e-mail: educativomam@gmail.com Visita da equipe de educadores do MAM-BA à instituição: terça-feira, das 9h às 11h30min. Visita da instituição ao MAM-BA: quinta-feira, das 14h às 17h.

REALIZAÇÃO Fundação Sindika Dokolo CURADORIA Daniel Rangel | Fernando Alvim COORDENAÇÃO GERAL Daniel Rangel COORDENAÇÃO LUANDA Marita Silva PRODUÇÃO Cláudia Veiga | Catherine Gouffeau LOGÍSTICA Soso arte contemporânea africana_ZHN PRODUÇÃO TRANSIT_SALVADOR Canal Produções | Núcleo Criativo COORDENAÇÃO DE PRODUÇÃO TRANSIT_SALVADOR Nadjaí Araújo PROJETO GRÁFICO TRANSIT_SALVADOR Dinha Ferrero APOIO TAAG- Linhas Aéreas Angolanas SOSO arte contemporânea africana | Espaço SOSO+ Cultura

VISITAS MEDIADAS

MAM-BA

Agendamentos de escolas, instituições e grupos para visitas mediadas, com o acompanhamento e orientação de educadores do MAM-BA à exposição.

DIREÇÃO Stella Carrozzo Assessoria Técnica Luciana Moniz Assistente de Direção Liane Brück Heckert COORDENAÇÃO NÚCLEO DE MUSEOLOGIA Sandra Regina Jesus Acompanhamento Museológico Rogério Sousa COORDENAÇÃO NÚCLEO ARTE EDUCAÇÃO Roseli Amado COORDENAÇÃO NÚCLEO DE PRODUÇÃO Carolina Câmara Produção Noemi Fonseca COORDENAÇÃO NÚCLEO DE MONTAGEM Daiane Oliveira Produção de Montagem Lia Cunha EQUIPE DE MONTAGEM Agnaldo Santos, Jairo Morais, Marlon Santana COORDENAÇÃO NÚCLEO DE COMUNICAÇÃO Allysson Viana Designer Assistente Angelo Serravalle Assessoria de Imprensa Thaís Seixas COORDENAÇÃO NÚCLEO ADMINISTRATIVO Dércio Santana

Dia: Quarta e sexta-feira Horário: 14h e 16h VISITAS ESPONTÂNEAS Os visitantes que, ao chegarem ao museu, desejarem orientações acerca da exposição ou sítio arquitetônico do Solar do Unhão podem se inscrever na loja do museu. Horário: 15h às 18h


MUSEU DE ARTE MODERNA DA BAHIA DIREÇÃO Stella Carrozzo ASSESSORIA TÉCNICA Luciana Moniz ASSISTENTE DE DIREÇÃO Liane Brück Heckert COORDENAÇÃO DO NÚCLEO DE MUSEOLOGIA Sandra Regina Jesus COORDENAÇÃO DO NÚCLEO DE ARTE E EDUCAÇÃO Roseli Amado COORDENAÇÃO DO NÚCLEO DE PRODUÇÃO Carolina Câmara COORDENAÇÃO DO NÚCLEO DE MONTAGEM Daiane Oliveira COORDENAÇÃO DO NÚCLEO DE COMUNICAÇÃO Allysson Viana COORDENAÇÃO DO NÚCLEO ADMINISTRATIVO Dércio Santana Moreira NÚCLEO DE MUSEOLOGIA Museólogos Rogério de Sousa | Janaína Ilara | Restauro Maria Lúcia Lyrio | Alberto Ribeiro | Walfredo Neto Supervisão de Guardas de Acervo Diego da Silva | Emile Ribeiro | Jackson Queiroz | José Mário de Jesus | Guardas de Acervo Derilene Pinho | Diogo Vasconcelos | Elaine Bispo | Erasto Lopes | Fábio Messias | Gilson Assis | Luiz Augusto Silva | Paulo Victor Machado | Robson José de Jesus | Sílvio Sérgio Silva | Tamires Carvalho NÚCLEO ARTE E EDUCAÇÃO Produção do Educativo Nara Pino | Assistente de Produção Gil Cleber Moreira | Assistentes Eliane Silveira Garcia | Estagiária Tássia Mirela Correia Gomes | Supervisão de Ações Sociais Adriana Araújo | Supervisão das Oficinas Lica Moniz de Aragão| Produção das Oficinas Eduardo Santana | Assistentes das Oficinas Ana Cláudia Muniz | Antonio Bento | Antonio Cruz José da Hora | Raimundo Bento | Sebastião Ferreira | Valter Lopes Costa | Professores Evandro Sybine | Florival Oliveira | Hilda Salomão | Maria Betânia Vargas | Marlice Almeida | Renato Fonseca | Olga Goméz | Rener Rama | Supervisão de Mediação Cultural Janaina Chavier | Mediadores Culturais Daniel Almeida Costa | Ednaldo Gonçalves Junior | Juan Noreña | Roseli Costa Rocha I Ana Rachel Shimiti | Assistente de Mediação Jean Pedro BIBLIOTECA Vera Bezerra NÚCLEO DE PRODUÇÃO Desenvolvimento de Projetos Carolina Almeida | Produção Executiva Marcela da Costa | Produção Cultural Clara F. Trigo | Produção Carmen Palumbo | Noemi Fonseca | Paulo Tosta | Wilkens Santos | Assistente de Produção Fábio Vasquez NÚCLEO DE COMUNICAÇÃO Assessoria de Imprensa Thaís Seixas | Designer Assistente Angelo Serravalle | Estagiário de Jornalismo Luiz Oliveira Filho | Estagiário de Design Gustavo Pontas NÚCLEO DE MONTAGEM Produção de Montagem Lia Cunha | Equipe de Montagem Agnaldo Santos | Jairo Morais | Marlon Santana NÚCLEO ADMINISTRATIVO Recepção Antonieta Pontes | Secretárias Cristiane Moreira | Sandra Cristina Moura | Valdete Moreira Silva | Assistentes Administrativos Alexsandro Muniz | Carlos Costa | Edmundo Galdino | Fernando Nascimento Lopes | Júlio Cesar Santos| Luiz Henrique O. da Cruz | Loja Aldemiro Rodrigues Brandão | Nadiene Lopes | Almoxarifado Antônio Mascarenhas | Jocimar Lopes | Supervisores de Manutenção Ramon Maciel | Sergio Sena Pereira | Marcenaria Marcos Antônio da Silva | José Humberto da Silva | Pintores Antonio Jorge Ferreira | Ademir Ferreira dos Santos | Cid Eduardo Ferreira | Eletricistas Jorge Bispo dos Santos | José de Assis Alecrim | Jardineiro Claudio Pinheiro de Almeida | Pedreiros Francisco Vitório | José Inácio Santos | Auxilia de manutenção Josie Luis de Carvalho dos Santo | Tiago Santos cruz | Copa Ângela Maria Pereira | Limpeza Antonio Lourenço de Jesus | Emanuel Rubens Oliveira | Isidro da Silva Cruz | Jean Lobo dos Santos | Jorge Luiz Mendes Jussara Reis de Souza | Raimundo José | Reinaldo Querino | Sueli Conceição dos Santos | Vera Lúcia Ferreira

RUTH SACKS Don’t panic | Vídeo. 4’54” 2005

GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA JAQUES WAGNER SECRETARIA DE CULTURA DO ESTADO DA BAHIA ANTONIO ALBINO CANELAS RUBIM

ABERTURA 26 DE MARÇO ÀS 19H CASARÃO TÉRREO E CAPELA MAM-BA

INSTITUTO DO PATRIMÔNIO ARTÍSTICO E CULTURAL DA BAHIA - IPAC FREDERICO MENDONÇA DIRETORIA DE MUSEUS MARIA CÉLIA TEIXEIRA MOURA SANTOS

VISITAÇÃO DE 27.03.12 A 29.04.12 Terça a domingo, das 13h às 19h; sábados, das 13h às 21h ENTRADA GRATUITA

MUSEU DE ARTE MODERNA DA BAHIA AV CONTORNO S/N | SOLAR DO UNHÃO | SALVADOR.BAHIA.BRASIL WWW.MAM.BA.GOV.BR | MAM@MAM.BA.GOV.BR | 71.3117.6139 AGRADECIMENTOS SINDIKA DOKOLO | MÁRIO ALMEIDA | RUI REMIGIO | ALEXANDRE COSTA | WAIVER LOGÍSTICA | ART ON THE MOVE | CARLOS PAIVA | ANA PAULA VARGAS | MONA CAMARGO | REGINA PINHO DE ALMEIDA | MÔNICA TRIGO | GEÓRGIA STEEL Todas as imagens SÃO DO acervo Fundação Sindika Dokolo



Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.