Editorial E
“ ste ano, a Igreja no Brasil vai aprofundar o livro de Deuteronômio e o lema “Abre tua mão para o teu irmão” (Dt 15,11). Dom Waldemar Passini, bispo de Luziânia, que também é mestre em ciências bíblicas, disse que a Igreja no Brasil e a Comissão Bíblico-Catequética da CNBB estão num tempo de adaptação. “Estamos acompanhando os dramas e as tragédias das pessoas e de seus familiares e também de coisas que afetam a vida de nossas comunidades, cidades, país e mundo”, disse. Dom Waldemar disse que a Igreja, por ser encarnada nas diferentes realidades, não pode ficar alheia ao avanço do novo Coronavírus. Contudo, o bispo de Luziânia disse que isto não significa que ela deve permanecer parada e se au-
Mês da Bíblia 2020 vai favorecer o estudo sobre o livro de Deuteronômio sentar da reflexão, da oração e dos encontros. Ele reforçou, por outro lado, que são necessárias adaptações. “Esse ano, diante desta realidade, imagino que o lugar da oração e reflexão da família já conquistou espaço. Para o Mês da Bíblia a prioridade deve ser à Palavra de Deus”, disse. O livro que será aprofundado este ano é o Deuteronômio. Segundo o bispo, trata-se de um livro de grande importância, citado várias vezes no Novo Testamento. “Nós precisamos, como sempre para o Antigo Testamento, termos a referência da leitura cristã. Lemos o Antigo Testamento como Palavra de Deus para nós, mas temos na mente e no coração o Evangelho de Jesus Cristo e a teologia do Novo Testamento para nós como um todo. Assim vamos ao livro de Deuteronômio e vamos encontrá-lo tal
Enfoque Pastoral D
Dom Waldemar Passini
como ele se apresenta”, disse. Trata-se de um texto de grande importância teológica porque coloca em seu centro a Lei de Deus. Lei como núcleo primeiro dado a Moisés e que depois de muito tempo continua falando a seu povo, estimulando o culto a Deus, mais tarde reconhecido como único e promove relações de fraternidade entre irmãos e entre o povo de Israel”. Fonte: CNBB - Publicado em 31 de agosto de 2020
“Seduziste-me, ó Senhor, e deixei-me seduzir.” Jr 20,7
esde 1971, no Brasil, tem sido uma tradição celebrar em setembro o mês da Bíblia. A Igreja escolhe um livro para ser estudado e meditado nos grupos de rua, círculos bíblicos, catequese, formações com os agentes de pastoral, etc. E neste ano se propõe o livro de Deuteronômio, com o lema “Abre tua mão para o teu irmão” (Dt 15,11) para a comemoração do mês dedicado as Sagradas Escrituras. A Palavra de Deus ao ser contemplada, conduz todo ser humano a uma amizade com o Senhor e neste processo de sedução, de atração, somos todos conduzidos pelo Espírito Santo a descobrir os desígnios de Deus em nossa vida. Infelizmente podemos ao decorrer dos anos enxergar na Bíblia somente a nossa ‘verdade’, e isso pode aos poucos nos distanciar do amor de Deus e de sua vontade. Podemos até nos sentimos enga-
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Pe. Marcelo Dias Soares Coord. Diocesano de Pastoral
nados pelo Senhor como se sentiu o profeta Jeremias algumas vezes em seu ministério de profeta. Mas é urgente perceber que a leitura das Sagradas Escrituras só será bem proveitosa se nos deixarmos conduzir pelo Espírito de Deus. Somente assim poderemos, como Jeremias, enxergar a presença do Senhor em nossa vida e a Verdade revelada na Sua Palavra, que nos liberta e enche de esperança: “Porque a Palavra de Deus é viva e eficaz”. (Hb 4,12) Como afirma a Conferência de Aparecida, “faz-se necessário priorizar uma Animação Bíblica da Pastoral, tarefa que se abre para os novos tempos” (cf. DAp, 99a.248). Ela responde com maior eficácia aos desafios do momento, pois a mesma brota do modo com que Deus, em sua sabedoria, foi reunindo as condições para que pudesse se estabelecer uma relação dialógica, mediada por uma Palavra que
Folha Diocesana de Guarulhos
Nesta Edição
se faz vida na história pessoal e de um povo. E nas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora (2019-2023), destaca-se a Palavra como um dos “pilares” que sustentam a casa – a comunidade missionária. Todos os cristãos são chamados a perceberem que a Bíblia não é apenas um livro de estudo, mas sim de vivência e testemunho. Para isso, se tem incentivado a metodologia da Lectio divina (Leitura orante da Bíblia) que é mais que um método, é uma atitude e uma mística atraente e envolvente. Com passos interligados: Leitura (O que diz o texto em si?), Meditação (O que o texto diz para mim?), Oração (O que texto me faz dizer a Deus?) e Contemplação/ ação (em que o texto me faz viver melhor?). Roguemos a Virgem Maria, Mãe de Deus e nossa, para que confiemos no Senhor e na sua providência, que nunca falha. E nos abramos sempre a sua Santa Vontade.
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Voz do Pastor
A igreja funda-se sobre a Palavra de Deus
Pastoral Vocacional Coragem para dizer sempre sim a Deus
Falando da Vida Aceitação ou Resignação
Direito e Família Cristã Lutar sempre, desistir jamais!
Especial
11º Seminário Administrativo
Escola da Palavra
Deuteronômio 4 Encontros sobre o Livro
Expediente Jornalista Responsável PE. MARCOS V. CLEMENTINO MTB 82732
Orientação Pastoral PE. MARCELO DIAS SOARES Editoração Eletrônica LUIZ MARCELO GONÇALVES Tiragem: ON-LINE CÚRIA DIOCESANA DE GUARULHOS Av. Gilberto Dini, 519 - Bom Clima, Guarulhos CEP: 07122-210 | 11 2408-0403
www.diocesedeguarulhos.org.br folhadiocesana@diocesedeguarulhos.org.br
Setembro de 2020
Agenda do Bispo - Setembro 2020 02
09h30 – Codipa 14h30 – Atendimento Cúria
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07h30-11h30 – Enc. Sem. Propedêutico
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09h30 – Atendimento Cúria
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19h30 – Missa Paróquia Santa Cruz e NS Aparecida - Novena
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11h00 – Missa Catedral 16h00 – Missa Viva a Vida Seminário Diocesano – transmissão on-line 09h30 – Colégio Consultores 14h30 – Atendimento Cúria
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09-12h – Pres. do Regional Sul1 – CNBB
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09h30 – Atendimento Cúria
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11h00 – Missa Catedral
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20h00 – Encontro com a coordenação da comunidade Resto de Israel
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09h30 – Economato e 14h30 – Atendimento Cúria 20h00 – Enc. Coordenação da Com.Canaã 09h30 – Reunião da Equipe de formação da Escola diaconal 20h00 – Encontro com a coordenação da Comunidade Divino Esposo 09h30 – Atendimento Cúria 20h00 – Encontro com a coordenação da Comunidade Fonte de Luz 12h00 – Missa da Romaria Diocesana em Aparecida – Transmissão on-line 08h30 – Missa da Pastoral da Sobriedade Paróquia S.Geraldo 11h00 – Missa Catedral
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20h00 – Enc. Coord. da Comunidade Sacratus 14h30 – Atendimento Cúria 20h00 – Enc. Coord. da Missão Fogo Abrasador 20h00 -Enc. Coordenação da Missão D.Bosco 09h30 – Atendimento Cúria
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Voz do Pastor
15h00 – Enc. Seminaristas - Sem. Diocesano 20h00 – Reunião com a coordenação da Fraternidade Vitória 11h00 – Missa Catedral 14h30 – Reunião Equipe de formadores do Seminário diocesano – Lavras 20h00 – Encontro com a coordenação da Comunidade Sicar 14h30 – Atendimento Cúria
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+Edmilson Amador Caetano, O.Cist. Bispo diocesano
A Igreja funda-se sobre a Palavra de Deus, nasce e vive dela.
s Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE 2019-2023) colocam como um dos pilares da comunidade eclesial missionária a PALAVRA DE DEUS. “A Igreja funda-se sobre a Palavra de Deus, nasce e vive dela(...) O Povo de Deus encontrou sempre nela sua força e, também hoje, a comunidade eclesial cresce na escuta, na celebração e no estudo da Palavra de Deus. Essa centralidade da Palavra na vida das comunidades cristãs é fundamental para a identificação e configuração com a Palavra que se fez carne.” (DGAE 146) E nos encaminhamentos práticos uma das sugestões é implantar centro de estudos sobre a Palavra de Deus. Assim sendo, no mês da Bíblia, em nossa diocese, teremos uma oportunidade de estudo e reflexão semanal, com uma edição especial on-line da Escola da Palavra, promovida pelas foranias Aparecida e Rosário. O livro bíblico de estudo será o proposto pela Comissão bíblico-catequética da CNBB, o livro do Deuteronômio. O livro do Deuteronômio é escrito dentro de uma realidade: o povo antes de atravessar o Jordão e tomar posse da terra prometida, recebe a explicitação da Lei de Deus que deverá observar. O núcleo de todo o livro do Deuteronômio é o “credo” do povo de Israel, o Shemá: “São estes os mandamentos, os estatutos e as normas que o Senhor vosso Deus ordenou ensinar-vos, para que coloqueis em prática na terra a qual passais, a fim de tomardes possa dela...Ouve, ó Israel, (Shemá Israel), O Senhor nosso Deus é o único Senhor. Portanto, amarás o Senhor teu deus com todo o teu coração, com toda a tua alma, com toda a tua força.” (Dt 6,1.4-5) . Com esta fé crida e vivenciada é que o povo poderá atravessar o Jordão e tomar posse da terra. Jesus, na sua vida pública e na realização do mistério pascal, cumpre e vivencia o Shemá. Deste modo, Ele é o único que pode atravessar o Jordão e entrar na Terra Prometida. Jesus, como o povo de Israel, é submetido ao Shemá no deserto, ao iniciar sua vida pública após o batismo de João, no Jordão. (cf. Mt 4,1-11) Amar a Deus de todo o coração significa colocar nele toda nossa segurança. O pão é símbolo de todas as seguranças humanas que, muitas vezes,
nos fazem deixar de lado a Palavra e buscar aquilo no qual nos sentimos mais seguros. Jesus não se deixa iludir pelas artimanhas de Satanás e, ao invés de transformar a pedra em pão, prefere viver não somente de pão, mas de “toda Palavra que sai da boca de Deus”. (cf. Mt 4,4) O povo de Israel constantemente se revolta contra a sua história e os desígnios de Deus que são propostos. Quer sempre fazer a história a seu modo. Jesus é tentado por Satanás a não entrar na vontade do Pai, quando lhe é proposto se jogar do pináculo do templo para que a Palavra de Deus se cumpra. Na realidade, Satanás quer desviar Jesus do caminho redentor da Cruz. Duvidar do amor de Deus nas realidades de cruz da nossa história e não amar quando a cruz se apresenta é “tentar” a Deus. A resposta de Jesus é “não tentarás o Senhor teu Deus.” (cf. Mt 4, 7) Jesus ama a Deus com toda a sua alma. Israel fabrica um “deus”, um ídolo no Sinai: um “deus” que simbolize tudo o que é o próprio ideal de felicidade, que não perscruta os desígnios de Deus. Para Israel ter é poder. Ter poder é o que dá prazer. Jesus é tentado a ter todas as riquezas. Para tanto deve ser escravo de Satanás, prostrando-se e adorando o pai da mentira. A resposta de Jesus “adorarás o Senhor teu Deus e somente a Ele prestarás culto”, é a concretização de amar a Deus com todas as suas forças. (cf Mt 4,10) Jesus é Aquele que com toda a verdade atravessou o Jordão e verdadeiramente pode no seu ministério público anunciar que “o Senhor nosso Deus é um”. No entanto, a vivência do Shemá pelo Senhor Jesus, a testemunha fiel, (cf Ap 3,14) também o faz tomar posse da Terra Prometida. Uma vez que Ele fez isso por nós, por Ele e n’Ele também temos acesso a esta Terra. De fato, na Cruz o Senhor Jesus amou a Deus todo o seu coração, pois do seu coração traspassado pela lança jorrou sangue e água. De seu lado aberto nasce a Igreja, sua Esposa que nos gera a todos para a vida nova com a força da Palavra e dos Sacramentos. Amou a Deus com toda a sua alma, com toda sua vontade e inteligência. Sua cabeça foi coroada de agudos espinhos. Os braços fortes representam a força das conquistas humanas. Jesus amou a Deus com todas as suas forças, pois seus braços foram pregados na cruz.
Folha Diocesana de Guarulhos
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Pastoral Vocacional
Irmã Adriana Costa
Congregação das Irmãs Operárias
Coragem para dizer sempre Sim a Deus
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m relação a Cristo, todo chamado é um “sinal. Cada vocação é um caminho particular de revelar o mistério do próprio Cristo (LG 46). A vocação cristã, entendida como “sinal”, revela a grandeza de cada chamado na relação com Deus. A vocação, de fato, não é fruto de uma iniciativa livre do homem, mas é a “resposta” que ele dá ao amor de Deus, em Cristo, por meio do Espírito. A vocação torna-se “sinal” se está enraizada no amor de Cristo, que se expressa na linguagem de gestos concretos e formas de vida significativas. A fidelidade ao chamado faz todo vocacionado (a) testemunhar a ação salvífica
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Folha Diocesana de Guarulhos
de temor e angústia que nos invadem periodicamente: medo de Deus ou do futuro; medo porque nos sentimos submersos, esmagados pela experiência do mal, do pecado, da hostilidade; medo porque o sentido da vida nos escapa. Todos estes são os casos em que somos convidados a tomar estas palavras do Senhor em oração: Coragem, sou eu, não tenhas medo. Assim como Pedro, o Senhor nos fará andar sobre as águas junto com ele, nos manterá unidos a ele e, enquanto estivermos com ele, estaremos salvos. A escolha vocacional comporta a confiança plena na ajuda de Deus, sobretudo em vista dos momentos de crise, de medo e dúvida. De certo modo, o discernimento vocacional é também profecia, pois acentua a confiança na fidelidade de Deus, que é fundamento para toda fidelidade humana. Por isso se ouve de Cristo nesta passagem Bíblica “Coragem sou Eu, não temais”, um convite a colocar a própria existência nas promessas de Deus, e não nas seguranças humanas. Percebendo que estava correndo perigo, Pedro grita por socorro a Jesus. de Jesus no meio de nós. Mas todo vocacionado (a) é tam O texto bíblico inspirador do 15º bém convidado a ter coragem, dizer sim Viva a Vida da Diocese de Guarulhos a Deus sempre, no cotidiano e em todas «Coragem! Sou Eu! Não temais!» (Mt 14, as situações, na fidelidade constante das 27), apresenta Deus mais uma vez como pequenas coisas, «Quem é fiel no pounosso Salvador. Pela boca de Jesus o co também é fiel no muito» (MT25,21). O Nome Santo de Deus é revelado, nos re- Salmo 119,09 tem uma pergunta e uma cordando a experiência de Moises «Eu resposta que pode nos ajudar a manter sou»(Ex3,14 ), e sua promessa de estar sempre a coragem de dizer sim a Deus conosco se manifesta e, além disso, nos sempre. Diz o salmo: Como pode um joconsola e incentiva a “Coragem”. vem conservar puro o seu caminho? Ob O medo sempre fez parte da expe- servando a sua Palavra. riência humana revelada na Bíblia. Muitos Que neste mês dedicado a Palavra personagens bíblicos tiveram medo. E de Deus, Ela possa ser lâmpada no caminós também experimentamos este senti- nhar de todo vocacionado (a) e alimente a mento. São muitas as formas de medo, coragem de dizer sempre sim a Deus. Setembro de 2020
Liturgia A
Padre Fernando Gonçalves
Comissão Diocesana de Liturgia
A Liturgia como lugar privilegiado da Palavra de Deus
Exortação Apostólica Verbum Domini, do Papa Bento XVI, tem como finalidade tratar da Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja. No numero 52 da exortação, retomando a teologia da Constituição Litúrgica Sacrosancum Concilium, explicita o papel fundamental da Palavra de Deus durante o momento celebrativo: Considerando a Igreja como “Casa da Palavra”, deve-se antes de tudo dar atenção à Liturgia sagrada. Esta constitui, efetivamente, o âmbito privilegiado onde Deus nos fala no momento presente da nossa vida: fala hoje ao seu povo, que escuta e responde. Cada ação litúrgica está, por sua natureza, impregnada da Sagrada Escritura... Mais ainda, deve-se afirmar que o próprio Cristo “está presente na sua palavra, pois é Ele que fala ao ser lida na Igreja a Sagrada Escritura”. Com efeito, a celebração litúrgica torna-se uma contínua, plena e eficaz proclamação da Palavra de Deus. (VD 52)
A assembleia litúrgica é o contexto por excelência para a leitura e interpretação da Sagrada Escritura. “É na Liturgia que Deus fala ao Seu povo, e Cristo continua a anunciar o Evangelho”. A Bíblia, testemunho mais eloquente da Revelação, unida à Tradição da Igreja, tem na Liturgia seu lugar de cumprimento. A Palavra de Deus, na sagrada Liturgia, é algo vivo e atual. Sua ação salvífica se concretiza de modo privilegiado nos Sacramentos, em particular na Eucaristia. As leituras que compõem o Lecionário têm como finalidade transmitir o conteúdo da Sagrada Escritura de modo acessível e pedagógico. A Liturgia é a celebração dos mistérios de Cristo no tempo. Na Liturgia não proclamamos apenas uma Palavra, não fazemos simplesmente uma leitura da História da Salvação, mas a mesma atualiza-se: a Liturgia proclama e realiza os mistérios da salvação na vida do povo de Deus.
Falando da Vida
Sempre que a Palavra de Deus é proclamada, é o Espírito que fala por meio da voz do leitor e doa o fervor para que a mesma e única Palavra seja interpretada de modos diversos, uma vez que o mesmo Espírito Santo foi quem inspirou a Escritura. Diante do exposto ate aqui, recordamos aos leitores que não basta ler! O leitor deve saber proclamar o texto. Sua leitura proclamada deve atingir a atenção e o coração dos ouvintes. O leitor deve projetar a sua voz para fora, de forma que fique nítida aos ouvidos da assembleia. Será que em nossas comunidades podemos ser mais caprichosos na proclamação da liturgia da Palavra?
Romildo R. Almeida Psicólogo Clínico
Aceitação ou Resignação
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O que fazer quando o sofrimento é maior do que nós mesmos?
ser humano não foi feito para sofrer, pelo menos de acordo com as nossas bases instintivas. Quando somos expostos a situações que envolvem dor, a tendência natural é reagir com inconformismo e indignação e o pensamento que prevalece dentro de nós é: Não quero isso pra mim. O fato de não aceitarmos um determinado acontecimento, nos lança numa cadeia de sentimentos e emoções que se combinam e se multiplicam e isso só faz piorar as coisas. É dentro desse contexto que começa a depressão e, por conseguinte, uma série de outros problemas ligados a ela. A Psicologia nos coloca diante de uma questão interessante quando se trata de lidar com a dor seja em relação a uma doença física ou a um acontecimento que nos perturba como no caso da pandemia onde temos que ficar isolados socialmente. O que fazer? Aceitar ou resignar-se. Essas são as
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duas posturas que podemos ter diante das perdas que nos afligem. A princípio, parece que querem dizer a mesma coisa, mas na verdade há uma grande diferença entre elas. Aceitar uma situação difícil significa parar de gastar energia com culpa e autorrecriminações e ao invés disso, focar a atenção naquilo que podemos fazer de forma concreta para conviver melhor com a dificuldade. Resignação, por outro lado, é entregar-se passivamente e desistir de lutar considerando-se incapaz de enfrentar o problema. Imaginemos uma pessoa que sofre de uma doença incurável. Aceitar o fato a coloca numa posição ativa diante da doença fazendo-a focar nas possibilidades que ainda tem, buscando viver o momento presente, valorizando as mínimas coisas que é capaz de fazer independentemente de suas limitações. No mesmo exemplo, a resignação faria dela uma pessoa apática e lamentosa em relação ao ocorrido. Atrairia para si o olhar de pena por parte daqueles que a cercam.
Em outras palavras ela não aceita o destino, apenas se submete a ele de maneira passiva justificando com a frase: “fazer o que? Deus quis assim”. A ciência tem demonstrado que a maior parte das doenças afeta muito mais a nossa mente do que nosso corpo e que o processo de cura conta com uma participação importante do psiquismo. Saber administrar os próprios pensamentos cultivando uma vida serena é condição básica para se obter uma vida melhor. Portanto, levante a cabeça e siga em frente. Desenvolva atitudes de gentileza e acolhimento e autocompaixão. Afinal, se Deus te ama, você também tem que se amar. Aceite-se exatamente como você é.
Folha Diocesana de Guarulhos
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Vida Presbiteral O
Padre Cristiano Aparecido de Sousa Representante dos Presbíteros
O Sacerdote e a Palavra: “Crê o que lês, ensina o que crês e vive o que ensinas”
decreto Presbyterorum Ordinis, que legisla sobre o ministério e a vida dos sacerdotes, inicia o capítulo II falando sobre as funções dos presbíteros e destaca, dentre elas, o presbítero como ministro da Palavra de Deus. Creio que, com o início do mês de Setembro, temos uma oportunidade ímpar para falar acerca do relacionamento entre o sacerdote e a Palavra. Que lugar ocupa a palavra na vida do presbítero? “Como primeiro dever, anunciar a todos o Evangelho de Deus” (PO4). Não se trata simplesmente de um convite, mas antes, uma intimação do próprio Cristo, Palavra eterna do Pai. “Ide por todo mundo, pregai o Evangelho a todas as criaturas” (Mc 16,15). Por ocasião da ordenação diaconal, o candidato recebe o Livro dos Evangelhos acompanhado destas palavras: “Recebe o Evangelho de Cristo que tens missão de proclamar. Crê o que lês, ensina o que crês e vive o que ensinas”. Este deve acompanhá-lo, marcar todo o seu ministério. Não se pode conceber um sacerdote que não ama a Palavra de Deus. Por meio da Palavra, o sa-
cerdote se forma e forma. O lugar da Palavra na vida do sacerdote é, portanto, central. É um dos amores da vida sacerdotal! Em que consiste pregar o Evangelho? Em poucas palavras, consiste em anunciar Cristo Jesus, sua paixão, morte e ressurreição, núcleo central do querigma. E, ao mesmo tempo, o único anúncio transformador. Por meio do anúncio da palavra, o sacerdote, como o próprio Jesus, conduz o povo das escrituras ao altar do pão, assim como fez Jesus caminhando com os discípulos de Emaús. A Palavra, portanto, abre nossos olhos, descerra nossos ouvidos, retira nossa cegueira. A palavra faz arder o coração. Aqui manifesta-se que o que lemos é o que cremos. O sacerdote, por meio da meditação constante da palavra, numa intimidade existencial, se deixa ser alcançado pelo Senhor que se revela a nós nas escrituras. Bendita seja a Palavra. Recordo-me aqui das palavras do Papa emérito Bento XVI: “nossa religião não é religião do livro, mas religião da Palavra, a Palavra que se fez carne”. É este o grande ensina-
Pastoral Familiar E
Padre Carlos Vicente Lima Assessor Diocesano da Pastoral Familiar
Eu e minha casa serviremos ao Senhor
ste foi o tema da Semana Nacional da Família deste ano. De fato, o tema se tornou bastante oportuno para a maneira como esta semana da família foi vivida em nossa diocese, devido a este tempo de isolamento social. Nossas famílias deram testemunho de como a Igreja doméstica pode e está a serviço do Senhor testemunhando os valores e a riqueza do “ser família”. Evidentemente não somos uma Igreja virtual, nada substitui a “espiritualidade do encontro” – Maria quando vai visitar sua prima Isabel é recebida com alegria – porque somos a Igreja do encontro, a grande família de Deus que se reúne no amor, mas nos servimos dos mais variados recursos nestes tempos de pandemia para mostrar à nossa sociedade a alegria da família cristã católica. Nossa Diocese viveu de forma distinta a
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mento vindo dos presbíteros. Um ensinamento eterno, não adequado às modinhas dos tempos, mas uma verdade que atravessa gerações. Uma verdade eterna. Aqui o sacerdote ensina o que crê. Desde o amanhecer até o anoitecer, a Palavra deve marcar as ações do sacerdote. “Tua Palavra é lâmpada para os meus pés” (Sl 119,115). Sem a Palavra que dirija as ações, o sacerdote se apresentará perdido, nas trevas. Com a Palavra, portanto, o sacerdote saberá por quais caminhos deverá andar e conduzir os fiéis que dele dependem. Sabendo que “Desconhecer a Sagrada Escritura é desconhecer a Cristo” (São Jerônimo), então, aquilo que se ensina deve ser por ele vivido. A pregação da Palavra é, portanto, um dos mais importantes ofícios da vida do sacerdote que levará os fiéis a uma profunda experiência de encontro com Cristo, a Palavra eterna do Pai. O amor do sacerdote pela Palavra fará também os fiéis se debruçarem sobre o Livro Santo. A Palavra, que alimenta e dá a Vida, satisfará os anseios mais existenciais dos fiéis e também do Sacerdote.
Folha Diocesana de Guarulhos
Semana Nacional da Família este ano. Tivemos a missa de abertura presidida por nosso bispo D. Edmilson, com a presença de alguns sacerdotes e uma representação significativa de todas as paróquias de nossa diocese mostrando assim nossa comunhão eclesial e nosso amor pelas famílias. A pastoral familiar presente em quase todas as paroquias de nossa diocese e os párocos promoveram momentos diversificados de comunhão, fraternidade, formações e oração em prol das famílias. Quanta riqueza pastoral e espiritual experimentaram nossas famílias na comunhão eclesial de nossas Igrejas domésticas! As famílias abriram as portas de suas casas numa verdadeira acolhida virtual a todas as pessoas, rezamos juntos, nos conhecemos, nos formamos e nos alegramos na comprovação de que “o desejo de família permanece vivo...e isto incentiva a Igreja” (Sínodo das famílias). A alegria do amor presente na família dos
filhos de Deus nos contagia e nos ensina a superar todos os obstáculos. Confiamos a Maria nossa Mãe, que guarda solicitamente no tesouro de seu coração todos os acontecimentos de cada uma de nossas famílias (AL 30) este momento de dificuldade em que vivemos, mas também pedimos a ela que nos ajude a interpretá-lo à luz da fé , de modo a reconhecermos a mensagem de Deus presente na história!
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Direito e Família Cristã
Lutar sempre, desistir jamais!
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o nosso último artigo, refletimos sobre a necessidade de praticarmos boas obras no mundo, inclusive na política, como consequência de nosso processo de conversão à Jesus, que nos convida a sermos sinais de uma vida nova em um mundo corrompido pelo pecado, seguindo o exemplo de tantos homens de Deus, que, no curso da história bíblica, foram fiéis ao seu chamado. Mas é verdade que, muitas vezes, ao longo da caminhada, somos tomados pelo desânimo, geralmente por duas razões. Primeiramente, em tantos campos, como na defesa da família e da vida, o mal parece estar definitivamente prevalecendo. Em segundo lugar, muitos cristãos, tendo em mente que a Palavra de Deus no narra que, antes da volta de Jesus, haverá grande perseguição (Mt. 24, 9; 2 Tm 3, 1-5), concluem que não valeria a pena lutar. Ora, não sabemos se Jesus voltará neste mês, ou daqui há séculos. O que sabemos, pela Bíblia, é que devemos prosseguir evangelizando (At. 20, 27) e praticando boas obras (Ef. 2, 10) e que, um
Bíblia P
Marcos Antônio Favaro Procurador Jurídico, pós-graduando em Teologia, mestre em Direito pela PUC-SP
dia, Jesus pedirá conta de nossos talentos (Mt. 25, 14). E por isso devemos ser bons administradores da graça de Deus, cada um colocando à disposição dos outros o dom que recebeu (1 Pd. 4,10). Vale a pena imaginar se os bons cristãos que há muito nos precederam, e que influenciaram positivamente a sociedade de seu tempo, tivessem tido uma atitude de desesperança, como estaria nossa sociedade hoje? Como estariam nossas leis? Teríamos condições de evangelizar, de formar famílias cristãs, com possibilidade de viver os valores do Reino? Certamente não. Mas bendito seja Deus por muitos santos que, sem nunca desistir, procuraram fazer o bem, e, em muitas vezes, Deus abençoou suas lutas. O Papa Bento XVI certa vez disse que “o mal faz mais barulho do que o bem: um assassinato brutal, a propagação da violência, injustiças graves fazem notícia; pelo contrário, os gestos de amor e de serviço, o cansaço quotidiano suportado com fidelidade e paciência, muitas vezes na sombra, não aparecem”. De fato, como sabemos, uma árvore que cai faz mais barulho que uma floresta que cresce. Quantas famílias que se esforçam para viver
como a Família de Nazaré! Quantos pais que honram sua missão, dando até a última gota de suor pelos seus! Quantas mães que exalam santidade no serviço desinteressado aos filhos e ao marido! E quanto esse exército de famílias em busca do Reino poderá crescer, em número e em ardor na vivencia dos valores evangélicos, se nós, corpo da Igreja viva de Cristo, assumirmos com radicalidade a nossa missão? Quão melhor o mundo não será, se essa forma de viver irradiar para toda a sociedade e para o Estado? Maria, com coração traspassado pela morte de seu Filho, aos pés da cruz, quando o mal parecia prevalecer, deu-nos exemplo de fidelidade e esperança. Seu auxílio, como Mãe de Deus e nossa mãe, nos coloca no caminho da vitória. Foi Na aparição de 13 de julho de 1917, que Nossa Senhora disse: “Por fim, o Meu Imaculado Coração triunfará”. O Imaculado Coração de Maria triunfa, quando deixamos que Ela gere Cristo em nós, para que, através do nosso sim a Deus, também possamos nos associar a sua missão de fazer Cristo conhecido e amado até a Sua segunda vinda. Que pela sua Santíssima intercessão, assim seja!
Antônio Carlos Frizzo Vigário da Paróquia Santa Rita de Cássia – Jardim Cumbica
No Mês da Bíblia, vamos ao livro do Deuteronômio!
ara começar a conversa, podemos dizer que um texto bíblico carrega em si uma preocupação da sua comunidade de origem. Ele expressa a história de um grupo, de uma sociedade. Ninguém, ainda mais antigamente, quando era caro – precisava gastar um bom dinheiro para se conseguir pergaminhos feitos de couro de carneiro ou folhas de papiro vindas da região do Egito – escreve textos sem um interesse. Assim, não se pode procurar num determinado texto o seu sentido como se ele fosse uma unidade destituída dos problemas das pessoas do seu tempo. Nenhuma passagem bíblica, por pequena ou simples que seja, está desvinculada de sua época. O texto só está na bíblia porque foi importante para a vida da comunidade. Nada se encontra longe da vida de uma comunidade. Produzir uma leitura bíblica preocupada com a vida, eis um bom começo, um bom interesse para ler o livro do Deuteronômio de modo proveitoso. Falamos assim, porque a obra apresenta os interesses defendidos por homens e mulheres encar-
Setembro de 2020
nados nas contradições da época. Vamos a alguns exemplos. No livro do Deuteronômio (Dt) há uma lei muito clara que proíbe prejudicar alguém: “Não matarás” (Dt 5,17). No mesmo livro, encontramos leis que impõem a morte ao próximo: “se o profeta falar em nome de outros deuses, tal profeta deverá ser morto” (Dt 18,20). Ou ainda, “o profeta ou intérpretes de sonhos, deverá ser morto” (Dt 13,6). Alguns textos proíbem a escravidão, pois o povo foi escravo no Egito e, não devem maltratar estrangeiros, órfãos e viúvas (Dt 5,12-15). Mais adiante, há uma clara ordem para escravizar todos, até mesmo mulheres e crianças (Dt 20,10-14). Diante destas contradições, surge uma ligeira pergunta: afinal, quem escreveu isso? Numa parte, manda fazer o bem, em outras praticar o mal. Qual a melhor escolha? Claro está que o livro tem suas contradições e foi escrito em diferentes épocas e por diferentes mãos. As leitoras e os leitores devem estar atento para perceber que um texto traz a história do seu tempo. A leitura popular da bíblia feitas em nossas comunidades, círculos bíblicos e grupos de famílias não quer ficar presa à “letra” e matar o “espírito”.
Busca entender cada texto no seu contexto. Uma leitura dos 34 capítulos, desse longo livro, ajudará perceber momentos importantes vividos pela comunidade religiosa de Israel. Quando tivermos algumas dúvidas sobre qualquer passagem bíblica, o melhor critério para resolver é buscar uma saída na pessoa de Jesus de Nazaré. Isso mesmo. Pode parecer estranho, mas Jesus citou muitas vezes as passagens conhecidas do livro. Sua atitude é sempre de acolhida, de ensinar, de manifestar solidariedade ao sofredor, propor ideias para a prática da justiça e jamais cair na tentação da prática da idolatria. Um, entre tantos exemplos, é o diálogo sobre a tentação e sua superação, logo após passar quarenta dias jejuando. O texto está no evangelho de Mateus, 4,1-11. Vale a pena relê-lo e notar que tanto o tentador como Jesus buscam soluções nas páginas do Deuteronômio. O desejo de poder político, riqueza e idolatria – manipular Deus – Jesus supera com base numa boa compreensão da lei aplicada na defesa de suas propostas de vida. Shalom!
Folha Diocesana de Guarulhos
07
Especial Padres e Diáconos participam do 11º Seminário Administrativo
O
setor de administração diocesana, realizou nos dias 25 e 26 de agosto de 2020, no Centro Diocesano de Pastoral, Bom Clima, o 11º Seminário Administrativo para padres e diáconos da Diocese de Guarulhos com a presidência do bispo, Dom Edmilson Amador Caetano e o auxílio dos membros do Conselho Econômico. No discurso de abertura, o bispo apresentou os dois principais objetivos do Seminário, em primeiro lugar, promover a sinodalidade diocesana (expressão que significa a participação e comunhão em vista da missão), fundamental para fortalecer a caminhada como Igreja. É necessário caminharmos juntos e acreditar na força da unidade promovida pelo diálogo e respeito as diferenças, evitando a imposição de ideias, de modo especial nas redes sociais, e os conflitos que desfiguram a imagem da Igreja como expressão de comunhão. Em segundo lugar, o seminário representa a importância da transparência sob a devida administração dos bens da comunidade confiada ao bispo, sacerdotes, diáconos e funcionários da Mitra Diocesana de Guarulhos.
08
Folha Diocesana de Guarulhos
Os assuntos tratados: 1 -
Demonstrativo anual global das paróquias (Dízimo, Coletas, Coletas especiais: Campanha da Fraternidade, Terra Santa, Óbulo de São Pedro, Missionária, Evangelização, Congresso Eucarístico).
2 -
Demonstrativo anual global da Cúria Diocesana (Controladoria de encargos Paroquias, Pastoral, Escola Diocesana de Música, Escola de Ministérios, Fundo Diocesano de Solidariedade, Centro diocesano Missionário, Fundo de Amparo aos Presbíteros e Projeto Santa Edwiges).
3 -
Demonstrativo anual global Seminário Imaculada Conceição e Santo Antônio.
4 - Contrato de Prestação de Serviço. 5-
Custo mensal dos Funcionários e Convênio. Ao término dos assuntos, Dom Edmilson agradeceu o esforço dos organizadores e a presença de todos os participantes presentes e online.
Setembro de 2020
Aconteceu E
Santa Eucaristia pelo Jubileu dos 50 anos da Paróquia Santo Antônio – Parque
m 15 de agosto de 2020, celebramos o Jubileu de Ouro de nossa amada Paróquia Santo Antônio – Parque, “50 Anos no Anúncio do Evangelho”, tal como o lema dos festejos de nosso jubileu. Dia de render graças a Deus por este tempo de evangelização, construção do reino, trabalho pastoral, dedicação e crescimento espiritual. Dom Edmilson esteve presente presidindo a Santa Eucaristia, às 19h. Celebrando a vigília da Solenidade da Assunção de Maria, nosso bispo, com sua autoridade pastoral, ensinou que o mistério da Igreja é anunciar o Evangelho e ser testemunha viva dos feitos de Deus em nossa vida, assim como Maria, no qual, através dela, recebemos a boa nova, Jesus Cristo. Ao final da celebração, nosso pároco, Pe. Ítalo Sá, fez a leitura da carta em agradecimento às comemorações deste dia especial. Após a Santa Missa, participamos ainda do acendimento da nova cruz, na torre de nossa paróquia, que embelezou ainda mais a nossa noite, o nosso bairro e a nossa festa.
Setembro de 2020
Carta Guarulhos, 15 de agosto do ano de 2020. Paróquia Santo Antônio - Parque Assim como seu Padroeiro que foi evangelizador, Assim como Maria que disse seu SIM, Assim como Jesus que propagou aos quatro cantos da Terra o amor de Deus e a sua misericórdia: Assim a nossa paróquia surgiu, com a missão de EVANGELIZAR! Nossa igreja, hoje, celebra 50 anos de Paróquia, o Jubileu de Ouro. Jubileu, em hebraico quer dizer “Toque da Trombeta de Deus”, convocando para uma grande celebração. O Jubileu é uma Graça de Deus, na missão da Igreja. E traz uma grande alegria para os paroquianos, reanima as forças, renova a fé, dá novo vigor nas pastorais e movimentos da Igreja. Traz esperança de saber que Deus continua caminhando na história da Paróquia Santo Antônio. Afinal, é tempo de jubileu, é tempo de rejubilar. Quantas bênçãos, encontros, transformações se deram ao longo destes 50 anos! Uma linda história de amor. Quantos paroquianos estiveram presentes no início de nossa comunidade, participaram de sua fundação, muitos ainda estão conosco firmes e fortes
na fé e outros que já se encontram na glória do Pai. Quantos passaram por nós e nos marcaram profundamente! A estes e todos nossa eterna gratidão. Muito nos alegra poder celebrar esta data, Jubileu de Ouro, 50 anos de Evangelização e dar continuidade aos trabalhos em nossa comunidade. Acalenta o coração ver uma nova geração seguindo estes passos. Os passos de Santo Antônio, a obediência de Maria, o amor de nosso Mestre Jesus! Que venham mais anos de evangelização para servir à Cristo e aos nossos irmãos! Comemorar o Jubileu tem como objetivo: Fortalecer a consciência de pertença a nossa Igreja Paroquial; Resgatar a história de nossa Paróquia; Celebrar com gratidão estes 50 anos. Pessoas, pastorais, movimentos, associações e obras ao longo dos 50 anos. Fazer memória do que recebemos e realizamos é o caminho melhor para revigorar a fé, a alegria pelas conquistas feitas, perceber nossos erros, pedir perdão e nos lançarmos para novos desafios com renovada esperança. Nossa paróquia amada, amor que brota de nosso coração, amor recebido do coração misericordioso de Jesus. Alegremo-nos neste momento especial, continuemos nossa caminhada de fé e que propaguemos os feitos de nossa comunidade. Viva, Paróquia Santo Antônio - Parque!
Folha Diocesana de Guarulhos
09
Aconteceu Missa Diocesana de Abertura da Semana Nacional da Família – 2020
N
o Sábado, dia 08/08, com as presenças dos padres Cristiano Sousa, Éder Monteiro, Jonas Barbosa e Carlos Vicente, assessor diocesano da Pastoral Familiar, foi celebrada por Dom Edmilson a Missa Diocesana de Abertura da Semana Nacional da Família 2020 contando com a participação presencial de quase todas as Paróquias de nossa Diocese que enviaram pelo menos 01 casal como representante. Com o tema desse ano “Eu e minha casa serviremos ao Se-
nhor” (Josué 24,15), somos chamados neste mês vocacional, a viver a Semana da Família de forma diferente, de maneira mais resguardada mas, com muita dedicação. “Que a santa Eucaristia fortaleça a vida e a missão da Pastoral Familiar de nossa Diocese e que esta Semana da Família seja realmente uma força espiritual, cada Paróquia de seu jeito vivenciando o dom e a presença de Deus nas Famílias.” (Dom Edmilson Amador Caetano) PASCOM SANTA CRUZ
Teste rápido de COVID para o Clero e funcionários diocesanos
N
o dia 17/08 foi realizado na Cúria Diocesana o teste rápido de COVID
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Folha Diocesana de Guarulhos
para o Clero e funcionários da Diocese de Guarulhos. Veja algumas fotos desse evento.
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Vai Acontecer Padres Aniversariantes Setembro 2020
Nascimento 12 (1966) Pe. Frei Rildo Fonseca de Lima - oar 22 (1986) Pe. Johnny William Bernardo Ordenação 16 (2006) Pe. João Batista Dutra 21 (2008) Pe. Edson Roberto dos Santos 21 (2008) Pe. Francisco Gomes dos Santos 21 (2008) Pe. Marcelo Dias Soares 21 (2008) Pe. Weber Galvani Pereira
Atenção
DATAS DAS COLETAS ESPECIAIS TERRA SANTA DIAS 12 e 13 DE SETEMBRO ÓBULO DE SÃO PEDRO E CAMPANHA MISSIONÁRIA DIAS 17 e 18 DE OUTUBRO CAMPANHA DA FRATERNIDADE E EVANGELIZAÇÃO DIAS 21 e 22 DE NOVEMBRO
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Folha Diocesana de Guarulhos
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