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especial Como foi a cerimônia de entrega do Prêmio Mérito Lojista 2010 homenagem José Alencar: para sempre na memória do varejo brasileiro
sustentabilidade
é para todos
iniciativas de pequenos e médios varejistas mostram por que vale a pena investir em ações sustentáveis
Central de Atendimento BB 4004 0001 ou 0800 729 0001 – SAC 0800 729 0722 – Ouvidoria BB 0800 729 5678 – Deficiente Auditivo ou de Fala 0800 729 0088 Suporte Técnico 3003 0500 (regiões metropolitanas e capitais) e 0800 729 0500 (demais regiões)
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Nesta edição
DIRETORIA DIRETORIACNDL CNDL
E
m um mercado onde as pessoas estão cada vez mais cons-
cientes do impacto de seus hábitos de consumo no meio ambiente e na sociedade, o grau de sustentabilidade de produtos e negócios tornou-se um quesito importante a ser considerado pelo consumidor ao escolher o que – e de quem – vai comprar. As grandes redes varejistas perceberam essa tendência e já vêm levantando há alguns anos esta bandeira, divulgando ações para economizar recursos e diminuir resíduos
Presidente Roque Pellizzaro Junior 1º. Vice-Presidente Vítor Augusto Koch Vice-Presidente Adão Henrique Vice-Presidente Francisco Honório Pinheiro Alves Vice-Presidente Geraldo Cesar de Araújo Vice-Presidente José Cesar da Costa Vice-Presidente Melchior Luiz Duarte de Abreu Diretor Administrativo e Financeiro Silvio Antônio de Vasconcelos Souza Diretor do DASPC Roberto Alfeu Pena Gomes DIRETOR CDL Jovem Samuel Torres de Vasconcelos Diretores Ralph Baraúna Assayag, Maurício Stainoff, Sergio Alexandre Medeiros, Jair Francisco Gomes, Marcelo Caetano Rosado Maia Batista, Mustafá Morhy Júnior, Paulo Gasparoto, Ilson Xavier Bozi, Maria do Socorro Teixeira Noronha, Antônio Xará, Fernando Luis Palaoro, Francisco Regis Cavalcanti Dias DIRETORIAS ESPECIAIS Adilson Schuenke Emanuel Silva Pereira Celso Vilela Guimarães Geovanne Telles Valdir Luiz Della Giustinna Marcelo Sales Antoine Youssef Tawil José Manoel Ramos Egnaldo Pedro da Silva
aspectos mais amplos do conceito de sustentabilidade. Mas os varejistas de menor porte não têm por que ficar para trás, conforme mostra a repórter Cléia Schmitz na matéria de capa desta edição. Ela ouviu especialistas no assunto e buscou exemplos de lojistas que vêm usando a criatividade e a consciência para fazer a diferença com ações sustentáveis. Ainda nesta edição: a cobertura da entrega do Prêmio Mérito Lojista 2010 e uma homenagem à memória do ex-vice-presidente José Alencar e de sua profunda relação com a Nação Lojista. Diógenes Fischer Editor 4�
dirigente Lojista � março/Abril 2011
Conselho Fiscal Alberto Fontoura Nogueira da Cruz, Eduardo Melo Catão e Marcelino Campos (membros efetivos); Jayme Tassinari, Milton Araújo e Divino José Dias (suplentes) Superintendente André Luiz Pellizzaro supervisão Luiz Santana Conselho Deliberativo DO SPC BRASIL Presidente Itamar José da Silva Vice-Presidente José César da Costa Conselho de administração DO SPC BRASIL Presidente Roberto Alfeu Vice-Presidente Melchior L. D. de Abreu Filho Diretor Financeiro Silvio Antônio de Vasconcelos Souza Vice-Diretor Financeiro Marcelo Salles Barbosa Diretor de Comunicação Dr. Francisco de Freitas
CONSELHO SUPERIOR Romão Tavares da Rocha, Aliomar Luciano dos Santos,
Conselho FISCAL DO SPC BRASIL Luiz Antônio Kuyava, Maria do Socorro Teixeira Noronha, Antoine Yossef Tawil
ASSINE a dirigente lojista (61) 3213 2000 | assinatura.dirigentelojista@cndl.org.br | www.cndl.org.br
em suas operações, além de projetos sociais e ambientais envolvendo
Geruza Lúcia de Nazareth, Francisco Freitas Cordeiro, Álvaro Cordoval de Carvalho
Serviço Ao Assinante assinante.dirigentelojista@cndl.org.br A revista Dirigente Lojista é produzida pela Editora Empreendedor DIRETOR-EDITOR Acari Amorim acari@empreendedor.com.br DIRETOR DE COMERCIALIZAÇÃO E MARKETING Geraldo Nilson de Azevedo geraldo@empreendedor.com.br REDAÇÃO dirigentelojista@empreendedor.com.br EDIÇÃO-EXECUTIVA Diógenes Fischer REPORTAGEM Alexandre Gonçalves, Cléia Schmitz e Marlon Aseff EDIÇÃO DE ARTE Diógenes Fischer PROJETO GRÁFICO Wilson Williams REVISÃO Lu Coelho EDITORA DO PORTAL DA CNDL Ana Paula Meurer EDITORA DO PORTAL EMPREENDEDOR Carla Kempinski SEDES São Paulo DIRETOR COMERCIAL Fernando Sant’Anna Borba fernandoborba@empreendedor.com.br EXECUTIVO DE CONTAS Osmar Escada Junior e Ana Carolina Canton de Lima Rua Sabará, 566 – 9º andar – conjunto 92 – Higienópolis 01239-010 – São Paulo – SP Fone: (11) 3214-1020 empreendedorsp@empreendedor.com.br Florianópolis EXECUTIVA DE ATENDIMENTO Joana Amorim anuncios@empreendedor.com.br Rua Padre Lourenço Rodrigues de Andrade, 496 Santo Antônio de Lisboa – 88053-400 – Florianópolis – SC Fone: (48) 3371-8666 CENTRAL DE COMUNICAÇÃO Rua Anita Garibaldi, nº 79, sala 601 - Centro Fone: (48) 3216-0600 E-mail: comercial@centralcomunicacao.com.br
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www.empreendedor.com.br
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l o j i s t a s
LEI GERAL DAS MPEs: O AnO
DAS MUDANÇAS A
importante participação das micro e pequenas empresas na economia se torna evidente diante do fato de representarem 20% do PIB nacional. Estas empresas correspondem a mais de 99% dos 5,8 milhões de negócios brasileiros e empregam mais da metade dos trabalhadores com carteira assinada do País. É impossível pensar no desenvolvimento pleno do Brasil sem a presença delas. O comércio varejista, formado em sua imensa maioria por MPEs, necessita de políticas públicas e leis voltadas ao seu fortalecimento. Há muito tempo a CNDL vem reivindicando mudanças urgentes na Lei Geral das MPEs. No ano passado, deu entrada na Câmara dos Deputados, de autoria do então deputado federal Cláudio Vignatti (PT/SC), o Projeto de Lei Complementar nº 591/2010 que altera a Lei Complementar nº 123/06. Entre as mudanças propostas está a ampliação do teto da receita bruta anual das empresas para inclusão no Simples Nacional. O limite de faturamento bruto anual da mi-
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dirigente Lojista � março/Abril 2011
“Acreditamos que o momento é favorável e esperamos que o Congresso acelere a tramitação da matéria” ROQUE PELLIZZARO JUNIOR Presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL)
croempresa passará dos atuais R$ 240 mil para R$ 360 mil, e da empresa de pequeno porte de R$ 2,4 milhões para R$ 3,6 milhões. No caso do Empreendedor Individual, está previsto o impedimento de cobrança do registro, dentre outras ações. As inovações envolvem ainda a inclusão de novas categorias econômicas no Simples Nacional, o fim da cobrança antecipada do ICMS nas divisas estaduais, e via substituição tributária, para as empresas do Simples Nacional. Com a anunciada criação da Secretaria das Micro e Pequenas Empresas, que terá status de minis-
tério, e com o prosseguimento da Frente Parlamentar Mista do Comércio Varejista do Congresso Nacional, atuando ao lado da Frente Parlamentar das MPEs, do sistema CNDL – composto pela CNDL, pelas Federações e pelas Câmaras de Dirigentes Lojistas –, do Sebrae e das demais entidades associativas, acreditamos que o momento é favorável. Esperamos agora que o Congresso acelere a tramitação da matéria na Casa Legislativa para a pronta aprovação das mudanças, afastando o temor de ficarmos mais um ano sem ações efetivas e práticas em favor das MPEs.
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EDIÇÃO
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dirigente Lojista � março/Abril 2011
Entrevista A consultora de empresas Gisela Kassoy explica por que é preciso desenvolver uma cultura de inovação em sua loja e envolver toda a equipe na tarefa de atrair e fidelizar os clientes. Especial Saiba como foi a entrega do Prêmio Mérito Lojista, que reuniu representantes do varejo e seus fornecedores para uma festa de gala em reconhecimento aos principais parceiros dos lojistas no ano passado.
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Homenagem A Nação Lojista presta seu tributo ao pequeno varejista de Muriaé (MG) que se tornou um gigante da indústria brasileira e chegou à vicepresidência da República, sem nunca abandonar a simplicidade, o otimismo e a persistência que marcaram sua trajetória. A luta contra o câncer no fim da vida apenas reforçou seu exemplo como um grande brasileiro que nunca será esquecido.
seções 10
Brasil Lojista
16
CDL Jovem
18
Informe Jurídico
52
Móveis e Negócios
58
Tecnovarejo
66
Leitura
68
Agenda
50
Banho de Loja por Kátia Bello
56
De Olho no Cliente por Luciana Carmo
62
Sobre Loja por Josemar Basso
26
Reportagem de capa
Manter uma operação ambiental e socialmente sustentável não é exclusividade das grandes redes. Pequenos e médios varejistas mostram como é possível ganhar mercado e atrair clientes com negócios preocupados em diminuir seu impacto no meio ambiente e na sociedade. Veja como a sua loja também pode investir na sustentabilidade e ainda lucrar com isso.
dirigente Lojista � março/abril 2011
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Dirigentes lojistas prestigiam evento do Programa Empreendedor Individual
N
o último dia 7 de abril, o presidente da CNDL, Roque Pellizzaro
Junior, acompanhado pelo presidente da FCDL/CE, Francisco Honório Pinheiro Alves, participou da cerimônia no Palácio do Planalto que comemorou a marca de 1 milhão de trabalhadores formalizados no Programa do Empreendedor Individual. De acordo com dados da Presidência da República, as mulheres representam mais da metade dos micro e pequenos empresários brasileiros e chegam a 45% dos empreendedores individuais.
ENCONTRO Após a cerimônia, os representantes da CNDL se reuniram com o senador José Pimentel
Em seu discurso, a presidenta Dil-
individuais que são capazes de conquis-
o Movimento Lojista, e o senador José
ma Rousseff destacou a importância do
tar sua autonomia, mas também obter
Pimentel, com quem Pellizzaro Junior
programa. “É, sem sombra de dúvida,
os seus direitos no que se refere à apo-
e Honório Pinheiro estiveram também
um programa que leva ao desenvolvi-
sentadoria, por exemplo”, completou.
no dia 7. Após o encerramento da ceri-
mento, leva à independência, à autono-
Na mesma cerimônia, a presidenta
mônia, o presidente da CNDL e o presi-
mia das pessoas”, afirmou Dilma. “So-
Dilma assinou a redução de alíquota
dente da FCDL/CE conversaram com o
bretudo, o programa transforma o Brasil
da contribuição do Empreendedor In-
presidente do Banco do Nordeste, Ro-
numa teia de relações entre pequenos
dividual, resultado de uma parceria re-
berto Smith, sobre o desenvolvimento
empreendedores e empreendedores
alizada entre a CNDL, que representa
na Região Nordeste.
»O deputado Leonardo Quintão (PMDB-MG) recebeu
» O presidente Roque Pellizzaro Junior foi recebido pelo
o presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior,
presidente do Sebrae Nacional, Luiz Barretto, e pelo
em seu gabinete na Câmara no dia 30 de março.
gerente de Políticas Públicas da entidade, Bruno Quick.
Durante o encontro, que contou também com a
Na pauta do encontro estavam o desenvolvimento de
presença do presidente do DASPC, Roberto Alfeu,
projetos visando à qualificação do micro e pequeno
foram tratados assuntos como o projeto do Cadastro
varejista, que representa mais de 90% do universo dos
Positivo, do qual o deputado Quintão é o relator na
cerca de 800 mil pontos de venda ligados à CNDL em
Câmara dos Deputados.
todo o País.
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dirigente Lojista � março/Abril 2011
Seminário Nacional de SPCs tem mais de 300 participantes Centro de Convenções e Even-
O
várias palestras, como as ministra-
tos Brasil 21, em Brasília, se-
das por Luiz Humberto Castro, di-
diou de 31 de março a 1º de abril o
rigente do Sebrae; e por Fernando
78º Seminário Nacional de SPCs, com
Martins e Zélia Vieira, da CDL Recife.
mais de 300 inscritos de todo o País.
Outros temas abordados nas pales-
A abertura contou com a presença
tras foram a certificação digital e es-
do presidente da CNDL, Roque Pelliz-
tratégias de venda.
zaro Junior, ao lado do presidente do
Com o tema “Construindo uma
Conselho Deliberativo do SPC Brasil,
Tropa de Elite, o consultor Rodrigo
Itamar Silva, e do presidente do Con-
Pimentel, ex-integrante do Bope,
selho de Administração do SPC Brasil,
empolgou os participantes em sua
Roberto Alfeu, que ministrou a pales-
palestra dizendo que “as Tropas de
tra inicial do evento.
Elite devem encontrar soluções que
Entre as palestras, o destaque fi-
ninguém havia pensado antes”.
cou para o consultor Luc Pinheiro, que
O evento teve ainda cases de su-
falou sobre “o desafio de trabalhar
cesso sobre eficiência na captação
com líderes voluntários”. Ao final de
de novos associados e relaciona-
sua participação, o palestrante deu
mento e comunicação, além de uma
um recado: “Despesa é que nem
mesa-redonda, com o presidente da
unha: cresce todo dia e uma vez por
CNDL ao lado do presidente do Con-
semana precisamos cortar”.
selho de Administração do SPC Bra-
O Cadastro Positivo foi tema de
sil, Roberto Alfeu.
4º Seminário Jurídico Nacional reúne advogados Paralelamente ao 78º Seminário Nacional de SPCs, aconteceu o 4º Seminário Jurídico Nacional, que reuniu advogados do Movimento Lojista durante dois dias. O promotor de Justiça do Distrito Federal, Leonardo Bessa, abriu as palestras. Em seguida, o advogado José Saraiva tratou de recursos especiais e recursos internos no STJ e TST. No segundo dia, o advogado da CDL Salvador, Sérgio Schlang, focou sua participação destacando os temas Decisões do STJ, Ilegitimidade de parte, Desnecessidades do AR e Decisões dos Juizados Especiais conflitantes com entendimentos do STJ. Na sequência, o advogado Adriano Branquinho falou sobre Ação Rescisória e, encerrando o evento, o diretor jurídico da Serasa, Silvânio Covas, fez uma apresentação sobre dados sensíveis e estratégia de defesa.
CNDL organiza Encontro Nacional de Comunicação No 1º de abril, o 4o Encontro Nacional de Comunicação do Movimento Lojista reuniu representantes das assessorias de comunicação das FCDLs e das CDLs de todo o País com o objetivo de melhorar a comunicação do Movimento Lojista. No evento, os participantes puderam acompanhar palestras e compartilhar informações sobre temas como o funcionamento do setor de comunicação da Confederação e do SPC Brasil e a relação dos jornalistas com as assessorias de imprensa.
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Inadimplência registra aumento de 22,61% no mês de março
A
inadimplência do consumidor registrou alta de 22,61% em março,
comparado ao mês de fevereiro. O aumento é consequência do descontrole no orçamento doméstico nos dois primeiros meses do ano causado pelo pagamento de impostos como IPTU e IPVA, além de despesas acumuladas com viagens e festejos durante o Carnaval. Comparado ao mesmo período de 2010, a taxa de inadimplência subiu 4,3% em março. Os principais fatores que contribuíram para este resultado foram o encarecimento do crédito devi-
COLETIVA À IMPRENSA O presidente da CNDL aconselhou mais cautela ao lojista na hora de conceder crédito
do à elevação ininterrupta da taxa Selic
compras com cartão de crédito e no uso
são bons e estamos avaliando que a
nas últimas duas reuniões do Comitê
do limite do cheque especial.
inadimplência vai continuar subindo”,
de Política Monetária (Copom) do Ban-
Segundo o presidente da CNDL, Ro-
diz o dirigente. “O comércio deve ficar
co Central e a falta adequada de crité-
que Pellizzaro Junior, acendeu o sinal
mais cauteloso e se tornar mais exigen-
rios para o uso do crédito mais caro nas
amarelo. “Os números de março não
te na concessão do crédito”, atesta.
Comissão organizadora da 52ª Convenção Nacional se reúne A Comissão Organizadora da 52ª Convenção Nacional do Comércio Lojista esteve reunida no dia 24 de março, em Fortaleza. O gerente de eventos Kleber Silva representou a CNDL na reunião, que contou ainda com a participação do presidente da FCDL/CE, Francisco Honório Pinheiro Alves, e o presidente da CDL Fortaleza, Francisco Freitas Cordeiro. A 52ª Convenção Nacional do Comércio Lojista acontecerá de 11 a 14 de setembro de 2011 em Fortaleza e tem o objetivo de unir representantes das CDLs, FCDLs e empresários do comércio varejista de todo o Brasil para um amplo debate sobre temas que auxiliem no desenvolvimento do setor. 12 �
dirigente Lojista � março/Abril 2011
Liquida DF registra aumento médio de 10,8% nas vendas
A
nona edição do Liquida DF, promovida pela CDL Distrito Federal
de 25 de fevereiro a 5 de março, atingiu um aumento médio de 10,8% nas vendas em comparação com o mesmo período do ano passado. “Nossa estimativa inicial era incrementar as vendas em 10% no período da liquidação e conseguimos superar isto”, diz o presidente da CDL, Geraldo Araújo. “Os consumidores intensificaram as compras nos últimos dias e o movimento nas lojas durante os dez dias da campanha foi muito bom”, avalia. De acordo com o dirigente, o índice foi registrado em pesquisa por
DEZ DIAS DE DESCONTOS O Liquida DF impulsionou o movimento de 8,5 mil lojas de rua e 10 shoppings
amostragem realizada pela CDL, que
dos (14,88%), Drogaria e Perfumaria
Distrito Federal. Foram mais de 40 seg-
ouviu 168 lojistas de shoppings e lo-
(12,50%), Papelaria (11,97%) e Ótica
mentos do comércio e serviços, como
jas de rua que participaram do Liquida
e Relojoaria (11,67%).
Moda, Calçados, Eletroeletrônicos, Su-
DF. Segundo Araújo, o segmento de
O Liquida DF contou com a partici-
permercados, Farmácias, Artigos Espor-
Vestuário registrou o maior índice de
pação de 8,5 mil lojas de rua e de 10
tivos, Autopeças, Agências de Turismo,
vendas (15,24%), seguido de Calça-
shoppings do Plano Piloto e cidades do
Clínicas e Postos de Combustível.
Sorteio de R$ 300 mil em prêmios encerra campanha da FCDL/RS A Campanha Natal de Prêmios, promovida pela FCDL/
A Campanha Natal de Prêmios, que se estendeu com
RS em conjunto com as CDLs gaúchas, terminou no dia 31
o “Liquida, tchê!”, foi realizada de 20 de novembro de
de março com o sorteio de R$ 300 mil em prêmios. “Esta
2010 a 10 de março deste ano e teve a participação de
é uma promoção inédita em todo o Brasil, que serve de
cerca de 40 mil estabelecimentos gaúchos. “A promoção
referência para outras federações estaduais”, afirma Vítor
aumentou a competitividade dos empresários de micro e
Koch, presidente da FCDL. O sorteio foi realizado na Praça
pequeno portes”, destaca Koch. Os números comprovam:
Otávio Rocha, em Porto Alegre, e contabilizou mais de 11
a campanha deste ano gerou R$ 2,1 milhões em vendas,
milhões de cupons, equivalente a quatro toneladas.
um resultado 15% maior que o da campanha passada. dirigente Lojista � março/abril 2011
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Frente parlamentar apoiará o comércio em Mato Grosso Um projeto apresentado pelos deputados estaduais Sérgio Ricardo (PR) e José Riva (PP) propõe a criação da Frente Parlamentar do Comércio de Mato Grosso. “A Frente vai representar o comércio junto ao Executivo, atendendo pleitos nas questões de legislação, contribuindo para equilibrar a discussão pública e combater excessos da Sefaz”, esclarece José Riva. Para Sérgio Ricardo, o papel da Frente será apoiar as reivindicações do setor e servir de canal para promover a qualificação profissional dos matogrossenses, ampliar a geração de emprego e estabelecer um elo entre o lojista, o consumidor e o legislativo. “Mas em especial estarão as questões fiscais e tributárias que sobrecarregam a atividade comercial”, afirma. O presidente da CDL Cuiabá, Paulo Gasparoto, acredita que a criação da Frente buscará o equilíbrio de forças entre a classe empresarial e o executivo estadual, mantendo a positividade das relações entre empresas e governo.
CDL Recife estreita parceria com prefeitura O prefeito do Recife, João da Costa, secretários e assessores participaram no dia 17 de março de um almoço com a diretoria da CDL Recife. O encontro informal teve como objetivo estreitar as relações entre a entidade e o executivo local, para que atuem da melhor forma em benefício da cidade.
Governo federal aprova projeto da CDL Uberlândia iretores da CDL Uberlândia se
D
tido em sua integridade. “Com o apoio
reuniram com o deputado federal
do governo daremos a dimensão que
Gilmar Machado (PT/MG) para tratar
ele merece, expandindo-o para outros
do projeto Portal Inova Empreendedor,
estados do País”, comemora.
que visa ao aumento da competitivi-
Negócios virtuais – Com conheci-
dade e inserção das MPEs no mercado
mento de mercado, os usuários Por-
globalizado. Criado pela entidade lojis-
tal Inova Empreendedor poderão re-
ta, o projeto disponibilizará serviços de
alizar negócios virtuais por meio do
informação via internet e instrumentos
casamento entre oferta e demanda,
móveis voltados para desenvolver os
consumidores e empresas, MPEs e
setores produtivos de comunicação e
fornecedores, bem como gerar catá-
acesso a negócios virtuais. Segundo o
logos eletrônicos identificados com o
deputado, o projeto foi aprovado pelo
perfil dos consumidores em diversas
Ministério de Ciência e Tecnologia e
regiões do País. Também poderão ex-
encaminhado à Financiadora de Estu-
pandir o mercado e novos negócios
dos e Projetos (Finep).
por meio de capacitação profissional,
O presidente da CDL Uberlândia,
divulgação de editais de licitações go-
Celso Vilela, destaca que mesmo com a
vernamentais e outras necessidades
mudança de governo o projeto foi man-
específicas.
PARCERIA ESSENCIAL Dep. Gilmar Machado (esq.) ao lado do presidente da CDL Uberlândia, Celso Vilela
Presidente da CNDL marca presença na 3ª Convenção do Comércio de Vacaria (RS)
O
presidente
Roque
Pellizzaro
Junior foi um dos palestrantes
da 3ª Convenção do Comércio de Vacaria (RS), realizada no último dia 27 de março como parte das comemorações dos 20 anos de fundação da entidade. “É uma história de trabalho e sucesso”, destacou Pellizzaro, que em sua palestra abordou as tendências no varejo, especialmente depois da crise financeira internacional. A convenção reuniu mais de 500 participantes e contou ainda com as participações do jornalista Caco BarRECONHECIMENTO Roque Pellizzaro recebe o pin da CDL da Câmara de Dirigentes Lojistas da cidade
cellos, da Rede Globo, e do empresário Cláudio Forner, do Sebrae.
Nova diretoria da CDL Lages (SC) toma posse Tendo à frente o empresário Nil-
Catarina, o lageano Raimundo Co-
últimos anos. Maria Elisabeth disse
ton Rogério Alves, a CDL de Lages (SC)
lombo; o prefeito de Lages, Renato
que aprendeu muito mais do que
empossou sua nova diretoria no dia
Nunes de Oliveira; e o deputado es-
ensinou e que deixava o cargo rea-
18 de março, em solenidade na sede
tadual e líder do governo na Assem-
lizada enquanto pessoa e enquanto
de campo da entidade com a presen-
bleia, Elizeu Mattos.
empresária.
ça de mais de 500 pesssoas. Esta será
Antes da posse, a empresária Ma-
Atualmente, a CDL de Lages con-
a segunda passagem de Alves como
ria Elisabeth Medeiros Neves, que
ta com mais de 1 mil associados. E
presidente da entidade, cargo que já
comandou a CDL de Lages nos últi-
o comércio dispõe de mais de 3 mil
ocupou entre os anos de 2004 e 2005.
mos três anos e seis meses, fez um
empresas na cidade, a maior parte de
A posse foi prestigiada pelo pre-
pronunciamento bastante emotivo.
pequeno porte. Juntas, estas empre-
sidente da CNDL, Roque Pellizzaro
De forma poética, ela leu um dis-
sas empregam mais de 5 mil traba-
Junior. Entre as autoridades presen-
curso e agradeceu por todas as rea-
lhadores, com uma participação de
tes estavam o governador de Santa
lizações que a CDL empreendeu nos
50% no PIB do município. dirigente Lojista � março/abril 2011
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j o v e m
CDL Jovem de Garanhuns tem sua primeira diretoria A CDL de Garanhuns realizou no dia 24 de março a solenidade de posse da primeira diretoria da CDL Jovem local, a terceira criada em Pernambuco. O evento contou com a presença do presidente da FCDL/PE, Adjar Soares, do diretor-executivo da entidade, Eduardo Oliveira, e do gerente de relacionamento, Michel Queiroz, além do presidente CDL Garanhuns, Fernando do Couto, e de diretores e ex-diretores da entidade local. Para o presidente Adjar Soares, a CDL Jovem promove a renovação das lideranças no Movimento Lojista e dá maior dinamismo às discussões e encaminhamentos de temas importantes. ”Precisamos desta juventude para somar em melhorias não só para o comércio, mas para a região como um todo”, disse o presidente da CDL Garanhuns, Fernando do Couto.
Câmara Legislativa do DF homenageia jovens empresários O presidente da CDL Jovem do Distrito Federal, Samuel Vasconcelos, e outros diretores da entidade, participaram de sessão solene em homenagem à Semana do Jovem Empresário, realizada pela Câmara Legislativa no dia 25 de março. A iniciativa do encontro partiu do deputado Israel Batista (PDT), que destacou a importância de adoção de uma nova cultura empreendedora entre os jovens. “É preciso sensibilizar o jovem sobre a necessidade de empreender”, disse o parlamentar.
Jovens lojistas de Campo Grande organizam congresso nacional de empreendedorismo
A
CDL Jovem de Campo Grande,
Empresários. “Agora em 2011, Cam-
em parceria com o Conselho de
po Grande terá a chance de mostrar
Jovens Empresários da Associação Co-
às lideranças jovens do Brasil que te-
mercial e Industrial da capital sul-ma-
mos estrutura suficiente para discutir
to-grossense, é uma das responsáveis
os rumos do empresariado jovem,
pela organização do 17º Congresso
fomentado em cada estado e que es-
Nacional de Jovens Empresários, que
tará reunido no próximo mês de no-
será realizado nos dias 10 e 11 de
vembro aqui em Mato Grosso do Sul”,
novembro de 2011. Promovido pela
completa.
Confederação Nacional de Jovens Em-
Troca de conteúdo – Ainda de
presários (Conaje), o congresso acon-
acordo com Marins, o objetivo é trazer
tece todos os anos e há pelo menos
jovens empresários de todas as partes
três os representantes de Mato Gros-
do Brasil para participarem do evento
so do Sul vêm demonstrando interes-
em Campo Grande. O grande atrativo
se em sediar o evento no estado.
é que serão dois dias com bastante
“Para se ter ideia do trabalho que
troca de conteúdo, principalmente so-
realizamos, em 2010 perdemos por
bre a questão da tecnologia, já que o
um voto para a cidade de Florianó-
tema desta edição do congresso será
polis”, diz Maicon Thomé Marins,
“Brasil 2.0”, propagado também pelo
presidente do Conselho de Jovens
sistema Sebrae nacional.
i n f o rm e
j u r í d i c o
O peso da legislação trabalhista Precisamos de leis modernas e eficientes, que assegurem a livre negociação entre empregados e empregadores
U
ma reportagem da revista bri-
mente aos empregadores. Por sua vez, os empre-
tânica The Economist alertou
sários há muito reclamam que essa onerosa lei
o mundo sobre os problemas da le-
trabalhista, juntamente com elevados impos-
gislação trabalhista brasileira, que,
tos sobre os salários, impedem de realizar
além de prejudicar o emprego, re-
contratações e os empurram para fazer
tira a competitividade do Brasil e
pagamentos “por fora”.
influencia negativamente na economia, afastando investidores. Nossas leis trabalhistas datam de
Neste contexto, confirmando a dificuldade da legislação em contribuir com o emprego, é destaque
1943 e foram idealizadas para uma
no Congresso Nacional a pro-
economia fechada, com predomi-
posta de emenda constitu-
nância agrícola. Hoje, se tornaram
cional que reduz a jor-
arcaicas, contraproducentes e onero-
nada de trabalho de 44
sas tanto para as empresas quanto
horas semanais para 40
para os trabalhadores, impedidos de
horas, sem o ajuste cor-
negociar mudanças mesmo quando
respondente ao salário, e aumenta o
seu salário. Com a redução da jorna-
há um acordo mútuo. Nossa legisla-
valor da hora extra de 50% para 75%.
da, este custo aumentará ainda mais.
ção incentiva trabalhadores insatis-
Esta medida pode ter um resultado
Vejam que nos EUA os encargos sobre
feitos a tentar serem demitidos em
inverso ao pretendido, pois incentiva-
o salário somam 23%; no Japão, 19%;
vez de pedir demissão, pois assim
rá a automatização propiciando mais
na Itália, 24%; e na Inglaterra, 28%.
recebem uma multa de 40% sobre o
demissões, além de estimular a infor-
Precisamos de uma legislação tra-
saldo no FGTS. Hoje, até mesmo um
malidade no setor produtivo por mera
balhista moderna, que assegure a
empregado alcoólatra não pode ser
questão de sobrevivência.
empregados e empregadores a livre
O aumento do nível de emprego
negociação de seus contratos, além
O artigo comenta ainda que, em
depende do crescimento da econo-
da desoneração da folha de paga-
2009, 2,1 milhões de brasileiros pro-
mia que impulsiona o consumo e au-
mento, estimulando o emprego e a
cessaram empregadores na Justiça
menta as vendas do comércio e da
renda para o crescimento sustentá-
do Trabalho, que tem um custo anual
indústria, além da qualificação dos
vel do Brasil e o aumento da nos-
de mais de R$ 10 bilhões, destacan-
trabalhadores através de cursos pro-
sa competitividade diante de países
do que a Justiça Trabalhista brasileira
fissionalizantes. Hoje um funcionário
preparados para crescer, como China,
raramente se posiciona favoravel-
traz encargos que superam em 100%
Rússia e Índia.
demitido por justa causa.
18 �
dirigente Lojista � março/Abril 2011
por ANDRÉ
LUIZ, assessor jurídico Cndl assejur@cndl.org.br
Comércio eletrônico na mira do Código do Consumidor O Código de Defesa do Consumidor vai incluir normas específicas para o comércio eletrônico, que movimentou R$ 15 bilhões em 2010. A reclamação de quem compra na web não é somente quanto à qualidade dos produtos, mas também sobre os prazos de entrega e a devolução dos produtos. Contudo, o índice de satisfação dos consumidores brasileiros com o comércio virtual atingiu 86% no primeiro semestre. (Fonte: Record)
Contribuição previdenciária não se aplica ao aviso-prévio Por não se tratar de verba salarial, não incide contribuição previdenciária sobre verba paga ao trabalhador a título de aviso-prévio indenizado. Com esse entendimento o ministro Teori Albino Zavascki, do STJ, afastou a cobrança afirmando que o aviso-prévio é indenizado no período que lhe corresponderia o emprego, não havendo prestação de trabalho. Assim, por ser ela estranha à hipótese de incidência, é irrelevante a circunstância de não haver previsão legal de isenção em relação a tal verba que exige o exercício do labor. (Fonte: STJ)
”Entre a raiz e o fruto, há o tempo” Carlos Drummond de Andrade, poeta
Em alta
Em baixa
A programação do pai-
A manutenção da contribuição
nel jurídico do 78º Semi-
social de 10% sobre o FGTS ain-
nário Nacional de SPCs,
da cobrado do empregador nas
que aconteceu nos dias 31 de
demissões sem justa causa para ressar-
março e 1º de abril em Brasília.
cimento das perdas nas contas do Fundo
Na programação, temas como o
causadas pelos Planos Verão e Collor 1,
cadastro positivo, recursos no STJ
em 1989 e 1990, pois já se cumpriu o que
e no TST, decisões relacionadas ao
era previsto na legislação, não benefician-
SPC e estratégias de defesa.
do o trabalhador e sim o próprio governo.
notas rápidas Salário atrasado e dano moral O Tribunal Superior do Trabalho decidiu que embora caibam danos morais decorrentes do atraso habitual do pagamento do salário, cabe ao empregado demonstrar a existência de constrangimento pessoal e abalo dos valores inerentes à sua honra para a configuração do dano moral. (Fonte: TST) Mais encargos ao empregador I O STJ decidiu sobre a possibilidade de o empregado acionar a empresa por danos materiais em razão da contratação de advogado para ingresso com reclamação trabalhista. A ministra Nancy Andrighi destacou que aquele que deu causa ao ajuizamento da reclamação trabalhista deverá arcar com os honorários contratuais, de modo que o vencedor não suporte o dano sofrido pelo inadimplemento da obrigação trabalhista. (Fonte: STJ) Mais encargos ao empregador II A Câmara analisa o Projeto de Lei 8050/10, que obriga as empresas a informar aos empregados, no momento em que estes deixam a empresa, que eles têm dois anos de prazo para entrar na Justiça com ação trabalhista. O autor do projeto é o senador Antonio Carlos Júnior (DEM-BA). Enquanto os países que buscam desenvolvimento flexibilizam a legislação trabalhista, o Brasil sobrecarrega o empregador, onerando cada vez mais a folha de pagamento e as exigências de RH, a exemplo do novo ponto eletrônico, da inevitável redução de jornada de trabalho e formalização excessiva do contrato de trabalho. (Fonte: Câmara dos Deputados)
dirigente Lojista � março/abril 2011
� 19
e n t r e v i s t a
20 �
dirigente Lojista � março/Abril 2011
Gisela Kassoy | Consultora de empresas especializada em Criatividade e Inovação
inovação faz a
diferença por alexandre gonçalves fotos divulgação
Para se sobressair em meio à concorrência crescente no varejo, todo lojista precisa desenvolver uma cultura de inovação em sua loja e focá-la para causar um impacto positivo nos resultados do estabelecimento. “A loja que inova fica diferente e isso fica visível para a clientela”, diz a consultora Gisela Kassoy, especializada no assunto. Para ela, o lojista deve adotar uma postura pró-inovação e envolver toda a equipe na tarefa de atrair e fidelizar os clientes. Na entrevista a seguir, Gisela dá dicas preciosas para o lojista que sente a necessidade de inovar seu negócio, mas não sabe por onde começar.
dirigente Lojista � março/abril 2011
� 21
e n t r e v i s t a
É possível inovar no varejo? Como?
está no próprio lojista. Ele começa
deve ter a capacidade de adaptá-las,
Gisela Kassoy – É possível inovar de
o processo de implantação de uma
aproveitar o que há de bom nelas.
inúmeras formas. O lojista pode ino-
cultura de inovação a partir de uma
No caso de uma rede de lojas, o
var, por exemplo, no display dos pro-
mudança em seu comportamento,
processo de implantação de cultu-
dutos e também na forma de lidar
estimulando ideias e estando tam-
ra de inovação na empresa começa
com os clientes. Um dos maiores gru-
bém sempre aberto para recebê-las
normalmente com um Programa de
pos empresariais do varejo brasileiro,
da equipe e até dos clientes. Não é
Ideias com o objetivo de estabelecer
o Pão de Açúcar, por exemplo, adotou
preciso adotar todas as ideias, mas
um canal que garanta que as ideias
uma ação inovadora no atendimento:
o lojista, sendo um líder na prática,
cheguem às pessoas certas e que sejam avaliadas e implementadas.
perto da área onde são vendidas as frutas, a rede de supermercados colocou funcionários que se comportavam
Como saber se ações inovadoras
como feirantes, conversando com os
realizadas por um concorrente po-
clientes e oferecendo pedaços como
dem ajudar um lojista no proces-
degustação para eles experimenta-
so de inovação? Inovação é tudo
rem, além de apresentar combina-
igual, o que muda é o endereço?
ções de produtos a serem oferecidos,
Gisela – O lojista pode copiar as
como livros e brinquedos, por exem-
ações relacionadas a processo, que
plo. Há outros tipos de inovações que
o cliente desconhece. Ele também
nem são visíveis aos clientes, como
deve copiar aquelas que todos os
as inovações em processos internos,
seus concorrentes já fazem para não
que podem facilitar os serviços e re-
ficar para trás e pode se inspirar na
duzir custos.
ação inovadora do concorrente para fazer algo semelhante. Mas é im-
O que o lojista ganha ao levar para
portante destacar – e não deve ser
dentro de seu estabelecimento a
esquecido – que fazer exatamente
cultura da inovação? Por onde começar? Gisela – O lojista passa a saber como atrair e fidelizar seus clientes. Isto acontece porque, a partir da implantação da cultura da inovação, os funcionários da loja passam a atuar como verdadeiros detetives, buscando dicas para aprimorar os serviços e os produtos oferecidos pelo estabelecimento. Sobre os primeiros passos no processo de inovação, a resposta 22 �
dirigente Lojista � março/Abril 2011
O gerente precisa também inserir as tarefas relativas à inovação ao seu cotidiano. Nada vai acontecer se ele só cobrar as tarefas relativas a rotina ou solução de problemas
igual ao concorrente neutraliza o efeito inovador da mudança. O que acontece se um lojista baseia sua inovação num exemplo que vem da indústria, por exemplo? A forma de inovar muda muito de um setor econômico para outro? Gisela – Sim, a forma de inovar muda muito, mas ideias sempre podem ser adaptadas. Veja um exemplo que veio das companhias aéreas. Foram as
empresas deste setor que criaram os
dos criativos. Esta é uma competência
“sistemas de milhagem” – um sistema
fundamental, mas só ela não basta.
de pontuação que premia a fidelidade – que foram adaptados e aplicados tanto no setor de serviços quanto no comércio, como restaurantes, cabeleireiros, livrarias e até pipoqueiros! Que mudanças o lojista deve fazer para que conceitos ligados à inovação possam ser assimilados pela equipe de trabalho? O que deve ser
Há erros que podem e devem ser evitados, mas uma inovação malsucedida não deve ser considerada erro, e sim uma tentativa entre várias
Falta visão sistêmica e de longo prazo. Consequentemente, conseguimos ter ótimas ideias, mas que tendem a ser mais adaptadoras do que realmente inovadoras. Além disso, temos dificuldade em implementá-las. E o papel do gerente no desenvolvimento de uma cultura de inovação, como fica?
descartado sem falta?
Gisela – O gerente tem um papel im-
Gisela – Começando pelo final, a
portantíssimo. Tudo muda quando ele
principal atitude a ser descartada é
é valorizado pelas ideias que obtém
aquele comodismo do “sempre foi
caso, um indício de que os terninhos
de sua equipe. Num mundo hierár-
assim”. As inovações devem ser res-
não agradaram ou de que este tipo
quico, é uma vergonha para o gerente
peitadas e seu papel nos resultados
de roupa não vende tanto.
“não ter tido a ideia antes”. Por que
da empresa deve ser considerado.
ele estimularia seus colaboradores?
Uma forma prática de demonstrar a
Qual o papel da equipe de cola-
O gerente precisa também inserir as
importância da inovação é fazer com
boradores no desenvolvimento de
tarefas relativas à inovação ao seu co-
que todos saibam quanto se econo-
uma cultura de inovação?
tidiano. Nada vai acontecer se ele só
mizou ou quanto se ganhou a par-
Gisela – O que acontece é que a
cobrar as tarefas relativas a rotina ou
tir de uma inovação bem-sucedida.
equipe deve “contaminar-se” mutu-
solução de problemas.
Além disso, toda a questão do risco
amente pelo clima pró-inovação. Es-
e do erro deve ser reconceituada. Há
trategicamente, as empresas passam
Neste contexto, quais são os maio-
erros que podem e devem ser evita-
a contar com seus líderes informais,
res inimigos da inovação dentro de
dos, mas uma inovação malsucedida
que são as pessoas que impulsiona-
uma empresa?
não deve ser considerada erro e sim
rão os demais integrantes da equipe
Gisela – O principal inimigo eu diria
uma tentativa entre várias. É preciso
rumo às mudanças necessárias. Te-
que é o medo. No meu trabalho com
que todos na loja passem a ver que,
nho feito esse tipo de trabalho com
consultoria em inovação, fui desco-
se as coisas não acontecerem da for-
muito sucesso. E posso garantir que
brindo como o medo é importante e
ma esperada, pode não significar um
não é difícil localizar estes líderes e
atualmente dou muita ênfase a esse
erro, mas sim uma surpresa que in-
convencê-los a colaborar.
aspecto. E você encontra mais de um
dica algo bem mais interessante. Por
tipo de medo. Vai desde o medo de
exemplo, se uma loja de roupas faz
O comportamento do brasileiro fa-
ser ridicularizado por ter e sugerir
vários terninhos e as compradoras
vorece a inovação?
uma ideia durante uma reunião ou
só querem levar as calças. Há, neste
Gisela – Os brasileiros são considera-
numa conversa com chefes e coledirigente Lojista � março/abril 2011
� 23
e n t r e v i s t a
gas de trabalho até o medo da ino-
Gisela – Claro! No varejo, mais do que
atendimento, nos produtos e ser-
vação que está sendo proposta não
em qualquer lugar, a inovação traz
viços? E do contrário, a inovação
dar certo. Mas isto tem remédio. Bas-
uma aura diferente, estimula curiosi-
pode “assustar” clientes com perfil
ta investir em um mix de mudança
dade dos compradores potenciais. A
mais tradicional, avesso a novida-
cultural com técnicas de avaliação de
loja fica diferente.
des? É fácil "converter" e fidelizar este cliente?
riscos e monitoramento de aplicação e resultados. Como o lojista pode identificar pro-
De que forma o lojista pode iden-
Gisela – O lojista atrairá mesmo quem
tificar no consumidor se ele é uma
não busca inovação. Inovar muitas
pessoa que busca inovação no
vezes é surpreender. O que é apenas
fissionais com perfis inovadores
diferente pode atrair ou assustar, mas
antes da contratação, ainda no mo-
quando se fala sobre inovação, presu-
mento da seleção?
me-se que é sempre algo que agrega
Gisela – Há testes para tal, feitos
valor, que gera uma melhoria. Nesse
por profissionais especializados. Mas
caso é muito difícil assustar alguém.
há também uma forma muito simples: basta fazer duas perguntas. A
Tamanho é documento quando o
primeira seria um exemplo de ino-
assunto é inovação? O que muda
vações que o candidato tenha rea-
no desenvolvimento da cultura da
lizado. Com esta pergunta, o lojista
inovação em relação ao porte das
saberá o que o candidato entende
empresas?
por inovação e se luta para levar
Gisela – Tamanho não é documento.
ideias adiante. A segunda pergunta
Aliás, a inovação pode ser o “pulo do
seria sobre as inovações que o candi-
gato” no caso de empresas menores.
dato faria na loja. O lojista não deve
Há aspectos da cultura de inovação
desqualificar o candidato se não
que são semelhantes: muita partici-
gostar da sugestão. Inovadores não acertam o tempo todo, ainda mais um candidato que não conhece bem a empresa. É importante que as duas perguntas sejam feitas nesta ordem. Com a primeira resposta o candidato se sentirá mais à vontade para ousar, dar sua sugestão para a loja. E como o cliente percebe as mudanças? É visível a diferenciação entre lojas que inovam e lojas que não inovam? 24 �
dirigente Lojista � março/Abril 2011
Há outros tipos de inovações que nem chegam a ser visíveis aos clientes, como as melhorias em processos que podem facilitar os serviços e reduzir os custos
pação, espaço para ousadia, o risco é administrado em vez de temido. Outros, como trabalho individual ou em equipe, estão relacionados à cultura da empresa como um todo. O que diferencia mesmo é a estrutura: uma empresa pequena pode gerar, avaliar e implementar as novas ideias em grupos, enquanto que as maiores podem ter programas de ideias. O importante é ter formas de estimular as ideias, e ter formas de resgatá-las, avaliá-las e implementá-las.
c a p a
|
s u s t e n t a b i l i d a d e
você
também pode ser
sustentável por CLÉIA SCHMITZ
foto PHOTOSTOGO
cessos de produção – seja o uso de
colher empresas socialmente res-
onsultora em sustentabilidade,
algodão orgânico e de poliéster de
ponsáveis”, diz a lojista. “Deu mais
Andreia Rosa de Amorim se
garrafas plásticas, ou o tingimento
trabalho, mas o resultado é que ti-
frustrava por não conseguir ver na
e a estamparia com produtos biode-
vemos uma noção real da influên-
prática o resultado de seu trabalho.
gradáveis.
cia que podemos exercer no mer-
C
Até que ela mesma decidiu abrir um
Segundo Andreia, selecionar os
cado. Em seis meses quebramos o
negócio e provou que era possível
fornecedores não foi tarefa fácil.
paradigma de que não há mercado
adotar uma série de ações ecologi-
Ela conta que mapeou cerca de 100
para tais produtos. Nossos clientes
camente responsáveis mesmo sen-
empresas e enviou um questioná-
estão encantados.” Diante de tanto
do uma pequena empresa do varejo.
rio com mais de 30 perguntas para
sucesso, Andreia planeja dobrar as
Foi assim que surgiu a Eco Moda para
avaliar o nível de sustentabilidade
vendas este ano com o lançamento
Crianças, loja de roupas infantis es-
e detectar parceiros comerciais em
da coleção outono-inverno. Ela diz
pecializada em artigos sustentáveis,
potencial. Pouco mais de 25 empre-
que considera sua loja um grande
inaugurada em Florianópolis em se-
sas responderam e 12 foram sele-
laboratório para um projeto maior:
tembro de 2010. Todas as marcas
cionadas para integrar a primeira
estruturar uma rede de franquias
vendidas na loja têm algum tipo de
coleção da Eco. “Todo mundo pre-
com foco no consumo consciente de
preocupação ecológica em seus pro-
cisa fazer escolhas e eu decidi es-
roupas e artigos infantis.
26 �
dirigente Lojista � março/Abril 2011
Com ações simples e bem planejadas, pequenos e médios varejistas brasileiros mostram que ser social e ambientalmente responsável não é uma exclusividade das grandes redes
A decisão de Andreia – ou escolha, como
ela
prefere
chamar – está em sintonia com as mais recentes tendências do mercado varejista. Pesquisas divul-
que 73,5% das empre-
gadas recentemente pela consulto-
sas adotam práticas de
ria Deloitte sobre o comportamento
sustentabilidade. Esse per-
dos lojistas e os anseios do consu-
centual chega a 88% entre
midor comprovam: a sustentabilida-
as companhias consideradas
de é um fator de decisão de compra
líderes de mercado.
importante para uma parcela cada
Você, pequeno lojista, deve
vez maior de brasileiros, atentos a
estar pensando agora: “Claro,
práticas como reciclagem e preser-
eles têm tamanho e recursos para
vação do meio ambiente. O estu-
investir em ações de sustentabilida-
do – feito com 50 redes varejistas
de”. Isso realmente é verdade. Mas
de grande e médio porte – concluiu
voltemos ao caso da lojista Andreia. dirigente Lojista � março/abril 2011
� 27
c a p a
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s u s t e n t a b i l i d a d e
Ela não gastou mais do que normalmente gastaria se tivesse planejado uma loja convencional. “Pelo contrário, a montagem do espaço ficou abaixo do valor”, garante a arquiteta Carine Nath, responsável pelo projeto da loja e sócia-proprietária do escritório Ecodhome, de Florianópolis, especializado em arquitetura sustentável. Com uma área de cerca de 30 m2, o espaço da loja foi concebido com base em conceitos de sustentabilidade como menor geração de resíduos, uso de materiais ecológicos como madeira de demolição, aproveitamento da luz natural e iluminação artificial eficiente. “São ações viáveis a qualquer projeto, incluindo pequenos negócios”, afirma Carine.
Visão de longo prazo Para a arquiteta Kátia Bello, diretora da Opus Design, cabe ao profissional mostrar ao varejista que existem vários caminhos para fazer um mesmo projeto de loja. A escolha por um espaço com arquitetura ecologicamente responsável não implica necessariamente um aumento dos custos. “Nós mostramos que dois mais dois é igual escolhidos a dedo Andreia de Amorim, da Eco Moda para Crianças, seleciona seus fornecedores de acordo com os critérios ambientais adotados nos processos de produção 28 �
dirigente Lojista � março/Abril 2011
a quatro, mas que um e meio mais dois e meio também.” Katia admite que alguns materiais e procedimentos podem encarecer um projeto, porém ressalta que sempre trarão um resultado positivo para o negócio no futuro próximo. O isolamento térmico de uma construção, por exemplo, ten-
de a exigir menos investimentos no sistema de ar-condicionado, o que vai se refletir em contas mais baixas de energia elétrica no futuro. “O varejista tem que pensar no custo operacional do negócio a médio e longo prazo, e uma arquitetura responsável tende a reduzir esse valor”, destaca Kátia. Há 18 anos atuando exclusivamente com projetos para o varejo, Kátia Bello se recorda quando o tema
o que é ser sustentável? A sustentabilidade se apoia no tripé meio ambiente, sociedade e economia. Isso quer dizer que para ser sustentável, seu negócio deve sim dar lucro, mas não pode abdicar de processos que cuidem do meio ambiente e das pessoas envolvidas – sejam elas seus clientes, funcionários ou a comunidade onde sua loja está inserida. Sob essa lógica é importante reduzir o impacto da loja à natureza, além de oferecer salários justos aos funcionários e manter um bom relacionamento com a vizinhança. Se você quer ser sustentável, promova e apoie iniciativas que ajudem a transformar pelo menos a comunidade à sua volta num lugar melhor para se viver.
Um espaço de loja com arquitetura ecologicamente responsável não implica necessariamente um aumento de custos sustentabilidade estava basicamente associado à caridade. Ela conta que, nos Estados Unidos, a última crise econômica deixou mais clara a verdadeira face das práticas sustentáveis: a possibilidade de eliminar desperdícios e reduzir custos. “Não
JOANA BICALHO: “A gestão ambiental está se tornando condição básica para manter a micro e pequena empresa no futuro e o balanço social será exigido de maneira mais enfática também às MPEs”
há mais dúvidas de que essas ações
ser um ótimo negócio para todos: de
servem para melhorar a operação do
microempresas a grandes redes. “A
varejo. Num projeto arquitetônico,
gestão ambiental torna o cenário da
elas podem ter um custo inicial de
empresa mais eficiente, estabelece
implantação mais alto, mas a solu-
indicadores de sucesso, alcança maior
ção se paga com o tempo.” Segundo
rentabilidade econômica em função
Kátia, uma operação sustentável se
da minimização do desperdício de
baseia na eficiência quanto ao uso
energia e outros recursos dos pro-
de recursos, incluindo a reutilização
cessos e procedimentos do negó-
e a reciclagem de materiais.
cio”, afirma a consultora. Ela cita, por exemplo, a redução da taxa de des-
Caridade ou estratégia?
perdício dos recursos como papel e
Para a consultora Joana d’Arc Bica-
energia – um percentual que estima-
lho Félix, diretora do portal Empresa
se girar em torno de 40%. Da mesma
Responsável, é bom não esquecer
forma, sistemas de coleta de água da
que a sustentabilidade já mostrou
chuva podem trazer economias de dirigente Lojista � março/abril 2011
� 29
c a p a
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s u s t e n t a b i l i d a d e
Sete passos para a sustentabilidade
1
Compre de fornecedores sustentáveis Selecionar fornecedores sócio e ambientalmente responsáveis deve ser prioridade para um varejista que pretende adotar práticas de sustentabilidade. Pode dar trabalho no início, mas é a melhor forma de contribuir para que práticas sustentáveis se multipliquem nos negócios.
2
Tenha uma loja sustentável Ao construir, reformar ou montar uma loja, chame um profissional especializado em arquitetura sustentável. Exija uma loja com iluminação,
30 �
dirigente Lojista � março/Abril 2011
uso de água e sistema de ar-condicionado eficientes. Utilize materiais que de alguma forma, seja no processo produtivo ou na sua utilização, causem menor impacto ao meio ambiente e à sociedade, como madeira certificada ou de demolição; equipamentos poupadores de água; tintas e adesivos à base de água.
3
Ofereça opções ecológicas ao cliente Mesmo que você não consiga garantir um mix 100% composto de artigos fabricados com princípios de sustentabilidade, procure oferecer ao menos alguns itens com essas características
e dê destaque para eles na loja. Da mesma forma, tenha alternativas ecológicas, como sacolas que agridam menos o ambiente.
4
Incentive práticas sustentáveis Dê descontos para clientes que dispensarem a sacola plástica; instale um sistema de coleta seletiva no pátio da loja; faça a coleta de materiais como lâmpadas, pilhas, remédios, vidro e plástico, principalmente se você comercializa esses itens; ofereça bicicletário e estimule hábitos que ajudem na mobilidade urbana, tanto por parte dos funcionários quanto dos clientes.
5
Dê um destino correto para o seu lixo Recicle o que for possível e tome muito cuidado para que o seu lixo não cause transtorno à vizinhança, como mau cheiro e sujeira na rua. Lembre-se: é a sua imagem que está em jogo.
6
Contrate pessoas que moram perto da loja Nem sempre é possível e este nem deve ser o único critério de seleção, mas procure dar preferência para quem é seu vizinho. Agindo assim você contribui para melhorar a mobilidade urbana e ainda cria uma identificação com seus clientes mais próximos.
7
Invista em ações ambientais ou sociais Crie ou apoie iniciativas que contribuam com a qualidade de vida, como ciclovias, reforma e a manutenção de praças, plantio de árvores, medidas contra alagamentos e desmoronamentos, etc. Seja parceiro de programas que incentivem a escolarização, o esporte, o primeiro emprego, a diversidade, o acesso à cultura, entre outros.
Em uma loja, é possível reduzir em cerca de 40% o consumo de papel e energia e em até 90% o consumo de água até 90% no consumo deste recurso nas instalações da loja. Joana Bicalho ressalta ainda que o próprio mercado já começa a exigir uma postura responsável das empresas. Ela cita o caso de grandes bancos, como a Caixa Econômica Federal (CEF), que já não liberam mais empréstimos ou linhas de crédito para
Roberta cardoso: “Não tem problema nenhum a empresa ganhar com ações socialmente responsávels, desde que a comunidade também saia ganhando”
empresas que não incluem aspectos sociais e ambientais em seu plano
Exemplos práticos
de negócio. Grandes corporações
Cabe destacar que muitos peque-
também passaram a cobrar de seus
nos varejistas já desenvolvem ações
parceiros comerciais a comprovação
de responsabilidade social e ambien-
de requisitos mínimos de sustenta-
tal. Para conhecer algumas delas,
bilidade na cadeia produtiva. “Desta
basta acessar o banco de práticas de
forma a gestão ambiental está se
sustentabilidade, disponível no por-
tornando uma condição básica para
tal Varejo Sustentável, mantido pelo
manter a micro e pequena empre-
Centro de Excelência em Varejo da
sa em um futuro próximo. Em bre-
Fundação Getulio Vargas (GVcev). En-
ve, o balanço social será exigido de
tre dezenas de cases destaca-se o do
maneira mais enfática também às
Mercadinho Mangueira, de São Ber-
MPEs”, aposta Joana.
nardo do Campo (SP). Desde 2000, dirigente Lojista � março/abril 2011
� 31
c a p a
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s u s t e n t a b i l i d a d e
o proprietário da loja, Matias Fiúza,
lembra que quando montou a loja
assaltos ao negócio, o que ele tam-
promove anualmente o concurso do
muitos adultos mandavam as crianças
bém credita ao bom relacionamento
Aluno Nota 10. As crianças com me-
comprar cigarro ou bebida alcoólica.
que mantém com a comunidade.
lhor desempenho escolar ganham
Como ele não vendia, vinham tomar
Para a professora Roberta Cardoso,
um passeio para um restaurante ou
satisfação. “Hoje isso não acontece
pesquisadora do GVcev, o que Matias
parque da região.
mais”, conta o varejista. Fiúza tam-
Fiúza faz é transformar sustentabili-
bém não tem problemas de roubos e
dade em lucro com um custo baixís-
No ano passado, Fiúza levou uma turma de 43 alunos especiais de uma escola local para o Habib's em Santo André. “É algo simples para nós, mas para muitas crianças da comunidade é um acontecimento distante da sua realidade, ou seja, uma experiência nova e muito prazerosa”, explica Fiúza. Na próxima edição, ele planeja incluir uma seção de cinema ou teatro no passeio. Com o programa, o empresário conquistou a simpatia das crianças e também dos pais dos alunos, seus clientes no mercado. Ele
Muitos varejistas de pequeno porte já desenvolvem práticas sustentáveis, mas geralmente não sabem como identificá-las
simo. E não há mal nenhum nisso, garante Roberta. “Não tem problema a empresa ganhar se a comunidade também estiver ganhando”, conclui. Ela afirma que muitos varejistas de pequeno porte desenvolvem práticas sustentáveis sem saber. Quando perguntados sobre iniciativas de responsabilidade social e ambiental, não relatam ações de sustentabilidade simplesmente porque não a consideram como tal. “A questão é: ninguém nasce andando e mastigan-
do, portanto, comece com pequenas
inevitável, faça você mesmo. Se você
atitudes”, recomenda a professora.
deixar o outro fazer, pode custar mais caro”, alerta a professora.
Esforço conjunto
nota 10 em iniciativa Matias Fiúza, proprietário de um mercadinho em São Bernardo do Campo (SP), criou um concurso que premia as crianças da comunidade com o melhor desempenho escolar
Para Joana Bicalho, não se trata
Unir forças é um bom caminho. No
de filantropia. “Esta cabe ao terceiro
ano passado, a Associação Catarinen-
setor. Às empresas, o segundo setor,
se de Supermercados (Acats) con-
cabe promover o desenvolvimento.
vocou seus associados para fazerem
Entretanto, a responsabilidade com
parte do projeto Supermercado Lixo
os resultados de seus atos é uma
Zero, uma parceria com a Novociclo
exigência a todos”, explica a consul-
Ambiental, consultoria em gestão de
tora. Ela destaca o relatório O Estado
resíduos. A meta da entidade é de
do Mundo, divulgado no ano passa-
que até 2020 todos os associados
do pelo Programa das Nações Uni-
estejam fazendo a destinação cor-
das para o Desenvolvimento (PNUD),
reta de seus resíduos, diminuindo o
que trouxe o seguinte alerta: esta-
volume do lixo propriamente dito, ou
mos tirando da natureza 35% a mais
seja, o material destinado aos aterros
de recursos naturais do que a velo-
sanitários. Com a nova lei de resíduos
cidade do planeta de recomposição.
sólidos, que exige das empresas uma
“Além de empresários, somos filhos,
atitude responsável em relação ao
pais, avós... Precisamos acordar para
seu lixo, a iniciativa da Acats é uma
a realidade de que nossos atos re-
sábia decisão. Para Roberta Cardoso,
fletem diretamente na qualidade de
se antecipar à legislação é uma ati-
vida de nossos parentes num futuro
tude inteligente. “Se a mudança é
próximo.”
pequenas atitudes, grandes resultados Siga as dicas práticas da consultora Joana Bicalho (www.empresaresponsavel.com.br):
» Elimine o uso desnecessário de papel em suas
publicidade em sacolas ecológicas;
atividades utilizando as tecnologias disponíveis;
» Dê preferência a embalagens de papelão, que se
» Substitua lâmpadas de alto impacto pelas ecoeficientes e amplie a possibilidade de luz natural;
» Reavalie seu processo logístico de distribuição de forma a aproveitar a capacidade máxima dos veículos. Invista na logística reversa para abastecer mercados secundários com a devolução de materiais inservíveis como embalagens; » Após o uso, transforme seus banners de
decompõem em três meses e têm baixo impacto na linha de produção;
» Avalie a possibilidade de transporte coletivo para os funcionários, substituindo os diversos carros individuais que emitem mais dióxido de carbono; » Ofereça produtos na medida da necessidade do cliente. No varejo de alimentos, a meia porção, por exemplo, evita o desperdício.
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A grande festa
do varejo de Dirigentes Lojistas (CNDL), cuja
O
ano de 2010 foi um ano em
representatividade é evidenciada pe-
que o comércio brasileiro pôde
las 27 Federações Estaduais (FCDLs),
Embala-
1.390 Câmaras de Dirigentes Lojistas
das pela estabilidade econômica,
(CDLs) e 1.700 Serviços de Proteção
aumento de renda da população,
ao Crédito (SPCs) em todo o País,
maior poder aquisitivo das classes C
que reúnem os dirigentes de mais
e D, geração de empregos e crédi-
de 850 mil pontos de venda de mi-
to, dentre outros fatores, as vendas
cros, pequenas e médias empresas
do varejo cresceram 8,25% no ano
varejistas.
finalmente
comemorar.
passado em comparação com 2009.
O Prêmio Mérito Lojista vem ocor-
Além disso, o índice de inadimplên-
rendo desde 1980 e leva em consi-
cia recuou 1,85%. Para completar este período de boas notícias, nada melhor do que premiar os fornecedores, órgãos de imprensa e prestadores de serviços que se destacaram no Brasil em 2010, numa escolha por voto direto dos lojistas de todo o Brasil. Esta láurea é traduzida no Prêmio Mérito Lojista, evento que aconteceu no dia 31 de março, no Centro de Eventos Brasil 21, em Brasília, consagrando a verdadeira festa do Oscar do Varejo. A premiação é organizada anualmente pela Confederação Nacional 34 �
dirigente Lojista � março/Abril 2011
O Prêmio Mérito Lojista é promovido desde 1980 e leva em consideração a importância e participação das categorias no mercado varejista brasileiro
A entrega do Prêmio Mérito Lojista ocorrida no dia 31 de março, em Brasília, numa realização da CNDL e SPC Brasil, com apoio das FCDLs e CDLs, reuniu os melhores parceiros do varejo nacional em uma cerimônia de gala por márcio silveira
fotos CNDL
dirigente Lojista � março/abril 2011
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deração a importância e participação das categorias no mercado varejista brasileiro, em todos os ramos do comércio. Os lojistas votam avaliando um conjunto de ações como qualidade do produto oferecido, preço, serviço, atendimento, promoção, propaganda e responsabilidade social, dentre outros itens. “A cada edição do prêmio fica mais evidente a evolução do comércio brasileiro e a imprescindível participação dos parceiros e fornecedores para o sucesso do nosso varejo”, destaca o presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior. “A
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O Mérito Lojista 2010 premiou empresas de 17 segmentos e sete personalidades políticas e empresariais que se destacaram no ano passado
grande celebração proporcionada
e atender aos anseios dos consumidores, inseridos num mercado de transformações cada vez mais rápidas”, completa.
Cerimônia emocionante O Mérito Lojista deste ano premiou empresas de 17 segmentos e sete personalidades políticas e empresariais que mais se destacaram no ano de 2010. A abertura da solenidade de premiação foi marcada por forte emoção de todos os presentes ao encontro. Antes da execução do Hino Nacional brasileiro, os convidados e agraciados prestaram uma homenagem ao ex-vice-pres-
pelo Mérito, reunindo fornecedores,
reconhecer todos que se dedicaram
idente da República José Alencar,
prestadores de serviço e lojistas de
com determinação, inovação e qua-
que faleceu no dia 29 de março.
norte a sul do País, é o momento de
lidade para movimentar o comércio
Alencar foi vice-presidente da Câ-
noite de integração A festa de entrega do prêmio reuniu representantes da indústria e do varejo nacional no Centro de Eventos Brasil, em Brasília
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dirigente Lojista � março/Abril 2011
roque pellizzaro junior O presidente da CNDL destacou as conquistas do Movimento Lojista e a parceria essencial entre o varejo e seus fornecedores
mara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) durante os anos de 1984 e 1986 e atualmente era membro do Conselho Consultivo e fundador contribuinte da Fundação CDL Pró-criança. Era um líder associativista, uma das vozes mais fortes da política nacional e empresário de sucesso. Depois da homenagem, o presidente da CNDL destacou ainda as conquistas do Movimento Lojista e a valorização da classe lojista no Brasil em 2010. Roque Pellizzaro Junior ressaltou em seu discurso que é
Na cerimônia, a CNDL prestou homenagem ao ex-vicepresidente José Alencar, que já foi dirigente da CDL de Belo Horizonte
necessário trabalhar para satisfazer melhor os consumidores e o trabalho do Movimento Lojista. “O tempo urge, as ações são muitas. Vamos fazer isso juntos e já”, finalizou, enfatizando que as grandes
bandeiras
Movimento
do
Lojista
continuarão na ordem do dia em 2011. Após a entrega do troféu Deusa da Fortuna e do discurso dos homenageados, a cerimônia se encerrou com um show do cantor e compositor Oswaldo Montenegro. dirigente Lojista � março/abril 2011
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VAREJISTAS QUEREM FORTALECER A GRANDE PONTE Lideranças lojistas falam sobre o evento, prioridades do varejo e a evolução da cadeia produtiva
“
O comércio é uma grande ponte. Uma ponte que tem duas cabeceiras. A indústria e o consumidor. O fortalecimento das cabeceiras é que garante a continuidade do tráfego. E nisso o varejo está muito preocupado. A premiação que fazemos no Mérito Lojista Brasil 2010 vem consagrar aqueles pilares, aqueles cernes das cabeceiras, principalmente da cabeceira indústria. Neste sentido, nós vemos um bom relacionamento, e são exemplo, são ‘cases’ de como o restante da cadeia deve se portar. No entanto, existem temas que afetam todos os setores e que devem merecer nossa atenção. Um destes temas é o Código de Defesa do Consumidor. Será desenvolvido agora nessa revisão do CDC o relacionamento do comércio com a indústria. E estes premiados da noite de hoje serão os ‘cases’ de como a indústria deve se portar.
Tudo o que acontece hoje na relação consumidor-comércio precisa ser repassado na relação comércio-indústria. Por quê? Porque somos uma ponte, Nós somos atividade-meio, não atividade-fim. E se há uma diferença grande no relacionamento na primeira etapa, na primeira cabeceira, que é comércio e consumidor, se há uma diferença de tratamento, entre comércio e indústria você vai gerar uma defasagem muito grande. Nós precisamos nivelar este processo. Em suma, se eu tenho 30 dias para arrumar um produto, para substituir ou devolver o dinheiro, eu tenho que ter esta mesma prerrogativa com a indústria. No processo legislativo nós temos que estabelecer esta sintonia.”
Roque Pellizzaro Junior, presidente da CNDL
“
A cerimônia de entrega do Prêmio Mérito Lojista mostrou a importância desta distinção organizada pela CNDL, não apenas para o comércio, mas para toda a cadeia produtiva que a atividade varejista movimenta. Ao alcançar sua 32ª edição, o prêmio enaltece e reforça a parceria que o comércio estabelece com a indústria e com seus demais fornecedores. Este relacionamento vem se consolidando de uma maneira em geral, pois dele depende o que será oferecido ao consumidor que entra em nossas lojas. É desta relação que vai se estabelecer o nível de competitividade, por meio do preço, da logística, dos processos de gestão envolvidos em toda esta cadeia que vai da produção à venda final. Estabelece-se desta forma uma relação importante, ainda mais em momentos de expectativa como o que atualmente vivemos no Brasil, em função do aumento dos juros e também da inflação. Entendemos, porém, que essas são questões pontuais e que serão administradas de forma a manter a economia brasileira na trajetória do desenvolvimento econômico e na busca da redução das desigualdades sociais.”
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dirigente Lojista � março/Abril 2011
Vitor Augusto Koch, 1º vicepresidente da CNDL e presidente da FCDL-RS
Eduardo Melo Catão, presidente da CDL Recife
“
O Mérito Lojista está bem melhor, evoluindo bastante, bem mais organizado. Tivemos um diferencial este ano, no qual as as empresas do Nordeste também foram muito bem avaliadas e estão aqui recebendo o prêmio. A expectativa no cenário econômico é grande com a nova presidente da República. Sabemos que ela vai ter um trabalho desafiante e esperamos que ela corresponda. Com relação à economia brasileira, ela deve continuar crescendo não no ritmo do ano passado, mas com bons resultados. Nestes três primeiros meses do ano, o comércio vem mantendo uma faixa de 5% a 6% de crescimento e acho que vamos chegar ao final do ano com esta mesma margem sobre o ano anterior. O crescimento do Brasil é visível. É impressionante, por exemplo, o que está acontecendo em Pernambuco, onde indústrias estão sendo implantadas, empregos sendo gerados. Este fato influencia o comércio e todos os setores estão melhorando, o que mostra que a economia está bem, com ótimas perspectivas.”
MÉRITO LOJISTA DO ANO Deusmar Queirós, da rede de farmácias Pague Menos, é um exemplo de otimismo, determinação e visão empreendedora Nascido no Ceará, Francisco Deusmar de Queirós começou a trabalhar ainda criança, atendendo no balcão da pequena mercearia de seu pai. Com 64 anos de idade, formado em Economia e com cursos no exterior, ele recordou sua trajetória profissional no discurso de agradecimento do troféu Mérito Lojista do Ano. Semeando otimismo e ética nas relações empresariais, Deusmar é um homem determinado e empreendedor que há 30 anos fundou aquela que é hoje a maior rede de farmácias do Brasil: a Pague Menos. Inovação, diversificação, atendimento, gestão de qualidade e preços baixos fizeram a rede se consolidar com referência em sua área de atuação. A empresa também desenvolve ações na área de solidariedade e de responsabilidade social, com o apoio de suas unidades espalhadas em todo o País. A Nação Lojista, na visão de Deusmar, é a grande âncora da economia. Ele elogiou a atuação da CNDL, em sua fala, e destacou a liderança do presidente da Confederação, Roque Pellizzaro Junior. O homenageado prevê que a economia brasileira terá continuidade em sua fase de crescimento nos próximos anos, beneficiando toda a sociedade. “Tenho orgulho de ser comerciante e tenho orgulho de ser brasileiro”, finaliza o presidente da rede Pague Menos, enfatizando que objetiva ajudar a construir um Brasil próspero, justo, alegre e sadio.
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“
O Mérito Lojista é o ‘Oscar’ do varejo brasileiro. Um momento especial onde o Movimento Lojista homenageia pessoas e empresas que se destacaram na indústria, no comércio e na comunicação. Neste ano tivemos mudanças visando melhorar o evento, e parabenizo a CNDL, a diretoria e os funcionários pela forma como foi conduzida a organização. Esperamos que a cada ano o evento seja melhor e traga mais resultados. Este ano é muito importante, com mudanças políticas, nova presidenta do País, governadores, deputados, processo de renovação da Frente Parlamentar de Apoio ao Varejo no Congresso Nacional. Em Minas Gerais estamos renovando a Frente e esperamos que todos os estados estejam fazendo isso. O mesmo desejamos para as frentes parlamentares municipais. É preciso levar adiante as bandeiras do Movimento Lojista: regulamentação do setor de cartão de crédito, alterações na lei geral, redução da carga horária, reforma tributária, as MPEs, são bandeiras importantíssimas. As soluções destas questões já seriam suficientes para termos um ano de grandes realizações.”
José Cesar da Costa, vice-presidente da CNDL e presidente da FCDL/MG
“
Numa escolha espontânea e democrática onde os eleitos são apontados pelos lojistas, o Mérito premia profissionais e empresas que são referência de qualidade no fornecimento de produtos e serviços, gerando um diferencial de relacionamento que contribui para o crescimento do Brasil. O reconhecimento público daqueles que, independente do porte do empreendimento, são os grandes pilares do desenvolvimento de nosso País, atendendo a um crescente mercado e gerando milhares de empregos, proporciona uma oportunidade ímpar para a celebração. Parabenizo a todos os laureados do Mérito Lojista. Com certeza, os premiados colaboram para que o Brasil, por intermédio do comércio, possa alavancar não somente sonhos e vendas, mas equilíbrio social e sustentabilidade” Maurício Stainoff, Diretor da CNDL e Presidente da FCDL/SP.
“
O Mérito Lojista, ao homenagear setores tão diversos do varejo brasileiro, mostra também a evolução das nossas empresas. Observamos que os premiados e as empresas laureadas com a Deusa da Fortuna têm priorizado, junto com a qualidade, o relacionamento, o pós-venda, a inovação, o encantamento do cliente, transformando a aquisição de um produto ou prestação de serviço numa experiência única para o consumidor, fidelizado com serviços agregados e novas formas de se comunicar. A competitividade não está relacionada somente ao preço e é preciso estar preparado para os novos tempos. O Mérito Lojista vem destacando as empresas que já estão na nova era e que servem de exemplo para os demais empreendedores. O bom relacionamento da indústria, fornecedores, prestadores de serviço e o comércio, tendo como foco a satisfação do cliente, é a chave para a conquista do mercado e o reconhecimento público dessas ações.”
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dirigente Lojista � março/Abril 2011
Sergio Alexandre Medeiros, diretor da CNDL e presidente da FCDL/SC
“
As perspectivas para a economia brasileira são boas, não somente para 2011, mas para os próximos anos, principalmente em função da realização da Copa do Mundo e das Olimpíadas. A expansão dos investimentos vai gerar não somente oportunidades de trabalho, mas uma movimentação comercial e de serviços que terá reflexos em toda a cadeia produtiva. Devemos estar preparados para este cenário que se antecipa muito promissor e o empresário do varejo certamente fará sua parte. O comércio vai ser uma das alavancas desta transformação . O que nos preocupa, no entanto, é a postura do governo em aumentar juros e impostos, como se isso fosse receita efetiva para segurar a inflação. Este tipo de arrecadação acaba indo para um setor não produtivo, como se a iniciativa privada tivesse que ser penalizada. Sou a favor, na verdade, do incentivo ao consumo, pois a economia e o comércio em movimento geram mais produção e mais empregos, com reflexos positivos para toda a sociedade.”
Itamar José da Silva, presidente do Conselho Deliberativo do SPC Brasil
“
O Mérito Lojista representa a coroação de tudo que tem sido feito nos últimos anos com a liderança do presidente Roque Pellizzaro. O evento é importante pois prestigia de forma clara os empreendedores e aqueles que se destacam no Brasil nas suas áreas de atividade. Fortaleza receberá e hospedará a 52ª Convenção Nacional do Comércio Lojista. Nós estamos extremamente otimistas de que faremos um grande evento para o Movimento Lojista brasileiro, uma vez que o Ceará é um destino turístico. Além disso, estamos vivendo um bom momento no Brasil em todas as 27 unidades federativas. Portanto, deveremos ter cerca de 6 mil convencionais em setembro, quando discutiremos todos os temas ligados ao Movimento Lojista.”
Francisco Honório Pinheiro Alves, vicepresidente da CNDL e presidente da FCDL/CE
“
O Mérito Lojista se consagra como uma vitrine para as grandes ações, empreendimentos e novas formas de relacionamento do varejo brasileiro. O congraçamento entre os diversos elos da cadeia produtiva demonstra a sintonia entre profissionais e empresas, unidos pelo associativismo e pelo objetivo de atender cada vez melhor, com qualidade e competência. Testemunhamos o esforço do empresariado brasileiro em abastecer o mercado com produtos e serviços que atendam às necessidades e anseios dos consumidores, contribuindo para o desenvolvimento econômico do País. Paralelamente a estas iniciativas, a CNDL e o SPC Brasil vêm investindo em capacitação profissional, em qualificação e em tecnologia, garantindo o maior banco de dados da América Latina com soluções para auxiliar empresas na análise e concessão de crédito.”w
Roberto Alfeu Pena Gomes, presidente do SPC Brasil dirigente Lojista � março/abril 2011
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reconhecimento aos parceiros
Confira a lista completa dos ganhadores do Prêmio Mérito Lojista Brasil 2010 Automação
Entretenimento
Emissor de cupom fiscal
Sweda
Bicicletas Sundown
Software gerencial
Ionics
Brinquedos
Estrela
Jogos eletrônicos
Sony
Bazar | Utilidades domésticas Camping e lazer
MOR
Iluminação
Cristais Saint-Gobain
Lâmpadas
Philips
Louças Schmidt
Interruptores e tomadas
Pial
Cutelaria Tramontina
Cabos Pial
Vidros Saint-Gobain
Informática
Calçados
Computadores
Itautec
Feminino Azaléia
Impressoras
HP
Infantil Bibi
Suprimentos
Multilaser
Masculino
Ferracini
Tênis Olympikus
Materiais de construção Argamassa
Quartzolit
Cama | Mesa | Banho
Cimento Votoram
Banho Teka
Cobertura Brasilit
Cama Altenburg
Chuveiros e aquecedores
Lorenzetti
Mesa Teka
Ferragens e segurança
Carbografite
Ferramentas
Tramontina
Eletrodomésticos Ar-condicionado Consul Linha branca
Brastemp
Portáteis Philips
Eletroeletrônicos
Louças Deca Metais e acessórios
Deca
Portas e janelas
Sasazaki
Pisos e azulejos
Eliane
Reservatório/caixa d’água
Eternit
Som e imagem
Sony
Tintas e acessórios
Basf/Suvinil
Aparelho celular
Nokia
Tubos e conexões
Tigre
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Moda Feminina Malwee Infantil Marisol Jovem Cobra d'Água Masculina
Mormaii
Móveis Cozinha Todeschini Cozinha de aço
Itatiaia
Serviços Cartão de crédito
Visa
Cartão de débito
Cielo
Suporte Cielo
Colchões Castor
Administradora de cartão de loja
Itaucard
Estofados Herval
Assistência médica
Unimed
Estantes e racks combinados Madesa
Banco comercial
Banco do Brasil
Banco cooperativo
Sicredi
Infantil Kappesberg
Companhia aérea
TAM
Quarto Henn
Entrega rápida
Sedex
Financeira/Sistema CDC
Losango
Operadora (telefonia fixa)
Oi
Sala de jantar
Movelar
Ótica
Operadora (telefonia móvel) Vivo Provedor de internet
Oi
Refeições convênio
Ticket
Ray Ban
Referência de crédito e informações cadastrais
SPC
Relógio Technos
Seguradora
Mapfre
Transportadora
Braspress
Armações de óculos de grau
Tecnol
Lentes de grau
Varilux
Óculos de sol
Papelaria Cadernos Tilibra
Veículo de transporte
Escrita e corretivos
Automóvel
Chevrolet
Motocicleta
Honda
Bic
Papel Tilibra
Utilitário Mercedes-Benz dirigente Lojista � março/abril 2011
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Homenageados
Mídia | Comunicação Jornal especializado/negócios
Valor Econômico
Rádio AM Bandeirantes Rádio FM Jovem Pan Rede nacional de televisão
Globo
Revista de circulação nacional
Veja
Revista especializada/negócios
Exame
Jornal estadual – Acre
A Tribuna
Jornal estadual – Alagoas
O Jornal
Jornal estadual – Amapá
Jornal do Dia
Jornal estadual – Amazonas
Diário do Amazonas
Jornal estadual – Bahia
Correio da Bahia
Jornal estadual – Ceará
Jornal estadual – Distrito Federal
Diário do Nordeste Correio Braziliense
Jornal estadual – Espírito Santo A Tribuna Jornal estadual – Goiás
O Popular
Jornal estadual – Maranhão
O Estado do Maranhão
Jornal estadual – Mato Grosso
A Gazeta
Jornal estadual – Mato Grosso do Sul A Crítica Jornal estadual – Minas Gerais
O Estado de Minas
Jornal estadual – Pará
O Liberal
Jornal estadual – Paraíba
Jornal da Paraíba
Jornal estadual – Paraná
Gazeta do Povo
Jornal estadual – Pernambuco
Jornal do Commercio
Jornal estadual – Piauí
Diário do Povo
Jornal estadual – Rio de Janeiro
Jornal do Comércio
Jornal estadual – Rio Grande do Norte Tribuna do Norte Jornal estadual – Rio Grande do Sul
Jornal do Comércio
Jornal estadual – Rondônia
Diário da Amazônia
Jornal estadual – Roraima
Folha de Boa Vista
Jornal estadual – Santa Catarina
Diário Catarinense
Jornal estadual – Sergipe
Jornal da Cidade
Jornal estadual – São Paulo
Folha de São Paulo
Jornal estadual – Tocantins
Jornal do Tocantins
Destaque Apoio ao Movimento Lojista Deputado Mauro Benevides Destaque Economia O Estado de S. Paulo Destaque Empreendedorismo Guilherme Ferreira Costa Destaque Excelência Comercial Óticas Diniz Destaque Inovação Cia Hering / Hering Store Destaque Marketing Lojas Renner Destaque Mérito Lojista do Ano Deusmar Queirós Destaque Responsabilidade Social Luiz Inácio Lula da Silva
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dirigente Lojista � março/Abril 2011
José Alencar
1931 2011
um grande
brasileiro
O pequeno varejista que se tornou gigante industrial e vicepresidente da República deixou um exemplo de otimismo e persistência que ficará marcado na memória do País por marlon aseff
sava de seu próprio governo. Vice-pre-
uma imagem inabalável de luta con-
importante é poder voltar.” A
“O
sidente polêmico, foi crítico da diretriz
tra a doença, que comoveu a nação.
frase que José Alencar gosta-
econômica e dos juros altos, quando o
A persistência foi uma das mais
va de lembrar como lema de sua vida,
silêncio bastaria para garantir uma es-
fortes marcas do varejista, industrial e
dita por seu pai quando ele saía de
trada tranquila pela frente. Ao contrá-
homem público. José Alencar Gomes
casa para iniciar uma trajetória vito-
rio, expôs suas ideias gestadas como
da Silva nasceu em 17 de outubro de
riosa, ficou marcada na imagem que
um genuíno varejista, que aprendeu o
1931, em uma localidade próxima de
os brasileiros guardaram do vice-pre-
bê-á-bá nos inúmeros dias que passou
Muriaé, cidade mineira a 300 quilô-
sidente. Mais do que um belo adágio,
atrás de um balcão de loja.
metros de Belo Horizonte. Décimo pri-
no entanto, o conselho paterno que
A sinceridade a toda prova valeu
meiro filho de uma numerosa família
Alencar costumava recitar revela o
a confiança do presidente Lula, que
de 14 irmãos, o ex-vice-presidente da
compromisso com a ética, que o vare-
entregou ao vice a incumbência de
República sempre trilhou seu próprio
jista e posteriormente o industrial e o
acumular o cargo de ministro da Defe-
caminho. Começou a trabalhar muito
político nunca abandonaria.
sa por dois anos a partir de 2004. Em
cedo, aos sete anos, ajudando o pai
Nem mesmo quando subiu a ram-
2006 repetiu a dobradinha vitoriosa e
em um pequeno comércio. Aos 15
pa do Palácio do Planalto como um
se reelegeu com Lula para mais um
anos decidiu apostar na independên-
dos homens mais poderosos do País,
mandato. Casado com Mariza Campos
cia e deu início à trajetória que o le-
Alencar se eximiu de dizer o que pen-
Gomes da Silva, deixou três filhos e
varia aos mais altos cargos políticos e dirigente Lojista � março/abril 2011
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h o m e n a g e m
Alencar abriu sua primeira loja aos 18 anos e construiu no varejo uma história exemplar como líder empresarial
de sua própria fabricação. A pequena
irmão, Geraldo, abriu o sonhado negó-
depois, vendeu o estabelecimento e
Montes Claros, a 425 quilômetros de
cio próprio. A loja, localizada na Ave-
partiu para o negócio de cereais por
Belo Horizonte. Atualmente a Cotemi-
nida Olegário Maciel, no Bairro Barro
atacado, mudando completamente
nas possui 11 unidades industriais, dis-
Branco, chamava-se “A Queimadeira”
de ramo e demonstrando uma ver-
tribuídas por Minas Gerais, Rio Grande
e vendia tecidos, chapéus, sapatos e
satilidade que seria marca registrada
do Norte, Paraíba, Santa Catarina e
utilidades para o lar.
de sua vida empresarial. Com a ex-
ainda na Argentina. Nesses polos de
No início, Alencar tinha de dor-
periência acumulada no varejo, deu
fabricação e desenvolvimento são
mir na loja para economizar os gas-
um passo fundamental em 1959,
elaborados fios, camisetas, toalhas de
tos e investir no negócio. Três anos
quando começou a vender os tecidos
banho e lençóis das marcas Artex, Cal-
empresariais da nação. O começo, no entanto, não foi fácil. Com poucos recursos e uma remuneração muito baixa, o futuro líder empresarial dormia em uma cama no corredor de uma pensão, pois o dinheiro não dava nem para pagar um quarto. Mas a experiência inicial não foi em vão. Com os conhecimentos adquiridos no comércio, Alencar mudou para Caratinga, onde persistiu na atividade varejista, atuando como vendedor. Aos 18 anos, com um empréstimo obtido junto ao
tecelagem União dos Cometas passou para seu controle, com a morte do irmão Geraldo. Em 1963, surgiu a Companhia Industrial União dos Cometas, que mais tarde receberia o nome de Wembley Roupas S/A. Mas a grande guinada ainda estava por vir. Finalmente, em 1967, ele criou aquela que seria a indústria têxtil fundamental da América Latina, a Coteminas (Companhia de Tecidos Norte de Minas). O império têxtil nascia em
LOJISTA DE CORAÇÃO Sempre atencioso às reivindicações do comércio, Alencar recebeu líderes lojistas da CNDL em seu gabinete no ano passado
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dirigente Lojista � março/Abril 2011
fat, Garcia e Santista, exportados para os Estados Unidos, Europa e Mercosul.
TRAJETÓRIA DE UM GUERREIRO
O sucesso empresarial, conquistado sempre com muito esforço, catapultou o industrial para a vida pública. E passo a passo José Alencar trilhou o caminho da representatividade política. Primeiro foram as associações comerciais de Caratinga e de Ubá, depois a Associação Comercial de Minas e a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte. Com a experiência acumulada foi eleito presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) e vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em 1993 tentou o governo mineiro e ficou em terceiro lugar, em sua única derrota nas urnas. Voltou em 1998, com uma eleição consagradora ao Senado, com cerca de 3 milhões de votos. Com a experiência política consolidada, estava tudo preparado para o grande passo, que veio em 2002, quando foi eleito vice-presidente na chapa do petista Luiz Inácio Lula da Silva. De lá para cá, José Alencar teve de enfrentar seu adversário mais ferrenho, o câncer, que acabou por vencer a batalha, deixando o País órfão de um homem público que foi admirado como poucos. Enquanto esteve à frente dos cargos políticos e empresariais que ocupou, José Alencar levou ao pé da letra o conselho paterno, exibindo um comportamento ético que o fez um dos políticos mais queridos da nação.
1931
Alencar nasce em uma pequena localidade mineira, próxima de Muriaé, distante 300 quilômetros de Belo Horizonte. É o décimo primeiro, de uma numerosa família de 14 filhos.
1938
Começa a trabalhar ajudando o pai, em um pequeno comércio da família. Ali aprende as noções básicas de venda e administração. Mais tarde, tenta a sorte como vendedor em Caratinga, onde mora precariamente em uma pensão.
1950
Com um empréstimo do irmão mais velho, Geraldo, abre sua própria loja em Caratinga, batizada de “A Queimadeira”, onde vende desde tecidos até sapatos e chapéus.
1953
Vende “A Queimadeira” e se decide por um novo ramo: a venda de cereais. O negócio prospera, até que Alencar dá uma nova guinada em sua vida empresarial.
1959
Com a morte do irmão, Geraldo, ele assume a tecelagem União dos Cometas, que mais tarde seria batizada de Wembley Roupas S/A.
1967
Alencar une-se ao deputado Luiz de Paula Ferreira e funda a Coteminas (Companhia de Tecidos Norte de Minas), em Montes Claros, cidade a 425 quilômetros de Belo Horizonte. É o início de um império têxtil sem precedentes no País.
1975
Com o crescimento da Coteminas, a década é de consolidação da liderança empresarial de Alencar. Assume a presidência das associações comerciais de Caratinga e de Ubá, da Associação Comercial de Minas Gerais e da CDL de Belo Horizonte. Essa trajetória culmina com sua eleição para presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais, que projeta sua liderança para todo o País.
1993
Filia-se ao PMDB e já no ano seguinte se lança candidato ao governo de Minas, ficando em terceiro lugar. Em 1998, é eleito com quase 3 milhões de votos para o Senado.
2002
Dá o passo mais importante de sua carreira política, sendo eleito vice-presidente da República na chapa de Luiz Inácio Lula da Silva. Faz o papel de avalizador ao setor empresarial da candidatura petista.
2006 2011
Repete a dobradinha com Lula e vence mais uma vez a disputa a Presidência da República.
Conforme havia prometido, José Alencar assiste do hospital à posse da sua candidata, Dilma Rousseff, na Presidência da República. Semanas depois morre em São Paulo, aos 79 anos, após 10 anos de luta contra o câncer e 17 cirurgias. É homenageado em todo o País como um grande líder político e empresarial. dirigente Lojista � março/abril 2011
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o p i n i ã o
|
b a n h o
d e
l o j a
o prazer e a
oportunidade M
eu ponto fraco de consumo são livros
do entro numa livraria é um deleite porque
de design. É só entrar em uma livra-
adoro livros, há emoções envolvidas. Quando
ria e ver aquele selo de 20% de desconto em
um ponto de venda consegue atingir o nosso
um título interessante, que meu olho começa
emocional e o ato da compra se torna um real
a brilhar e já consigo imaginar o lugar perfeito
prazer, o racional fica em segundo plano.
para ele na estante do escritório. Neste mo-
Digo isso porque somos atraídos pelo pra-
mento, se eu abrir o livro e o conteúdo me
zer e também pela oportunidade, que é a isca
convencer, a loja já efetuou a venda. Sem a
da promoção. Quem não gosta de ir a uma
necessidade de nenhuma argumentação do
loja e saber que o item que deseja baixou de
vendedor, eu vou diretamente ao caixa, pago
preço? Melhor ainda se esta condição tiver um
e saio feliz.
motivo do tipo liquidação de verão, ou seja:
Por que isso acontece? Mesmo trabalhando com design de varejo há 18 anos, conhecendo os mecanismos usados para vender mais e sabendo de todos os pontos da loja
“estamos baixando o preço para acabar com
”Quando um ponto de venda
os estoques”. Promoção tem que ter data para começar e data para acabar, senão vira condição normal de venda. E se torna irresistível se
onde estão os cross-merchandising e os estí-
faz com que o
for uma loja que vende a categoria que você
mulos para comprar um livro mais caro junto
ato da compra
mais gosta de comprar.
com aquela “oportunidade”, ainda consigo
Usei um tom descontraído neste artigo,
entrar numa livraria e colocar meu lado racio-
se torne um
mas peguei este exemplo real que acontece
nal em segundo plano e andar pela loja como
real prazer, o
comigo para ilustrar como o varejo pode ir
em um verdadeiro passeio cheio de atrações imperdíveis? Já me fiz esta pergunta algumas vezes,
racional fica em segundo plano”
porque este meu comportamento de compra não se repete em outros tipos de lojas, onde entro e já começo a decodificar as distribuições de margens de venda, por exemplo. Cheguei à conclusão de que se trata de prazer. Quan50 �
dirigente Lojista � março/Abril 2011
além e que, quando conseguimos entender o que realmente traz prazer aos nossos clientes, não importa qual o grau de informação racional que eles tenham sobre como uma loja é
Kátia Bello Arquiteta e sócia-diretora da Opus Design. katia@opusdesign.com.br
montada para fazer com que se gaste mais dinheiro, eles continuarão gastando. Gastar dinheiro em lojas que emocionam é sempre um prazer!
m ó v e i s
e
n e g ó c i o s
Sistemas de gestão descentralizados e cultura empresarial que gravitam em torno da loja e do cliente produzem modelos de negócios vencedores 52 �
dirigente Lojista � março/Abril 2011
por
Geraldo Rigoni
geraldo@geraldorigoni.com.br
LOJA: onde tudo acontece relevante observar que as em-
É
cessos de trade marketing a aplica-
queados, também opera um sistema
presas de varejo de sucesso,
ção de pesquisas com metodologias
de TV corporativa via satélite, empre-
independentemente de seu porte,
etnográficas e o aprofundamento do
gado para treinar, informar e envolver
normalmente possuem forte envol-
estudo do shopper (quem está na loja
as equipes de mais de 3 mil lojas es-
vimento com as lojas e proximidade
e compra) são alternativas para se
palhadas em todo o País.
entre o centro decisório, clientes e
aproximar do ponto de venda e dos
colaboradores operacionais. O ponto
consumidores.
A Zara, principal referência no negócio de moda no mundo, mantém
de venda é o principal instrumento de
Sistemas de gestão descentraliza-
uma estrutura pouco hierarquizada,
comunicação, relacionamento e tangi-
dos e cultura empresarial que gravi-
com forte presença de executivos
bilização da marca. A loja é um labo-
tam em torno da loja e do cliente
nas lojas, canais abertos de comuni-
ratório permanente e termômetro de
produzem modelos de negócios ven-
cação entre lojas e retaguarda e um
comportamento, inspiração e tendên-
cedores.
processo sincronizado globalmente,
cias. O contato com colaboradores de
O Magazine Luiza sempre foi uma
no qual as lojas “pedem” mercadoria
linha de frente e clientes é insubstituí-
empresa de cultura forte, proximi-
duas vezes por semana e alimentam
vel para tornar a empresa ágil, inova-
dade e comunicação intensa com as
todo o processo de planejamento co-
dora e sintonizada com mudanças de
lojas. A expansão multirregional, as
mercial, de produto, abastecimento
comportamento e demanda.
aquisições e o aumento de escala do
e produção.
A indústria de consumo tem de-
negócio tornaram mais difícil o conta-
Portanto, nunca é demais lembrar
senvolvido canais de venda próprios
to com todas as lojas. A empresa pos-
e reforçar a importância de dedicar
ou exclusivos para se aproximar do
sui uma TV corporativa que permite
tempo e atenção da empresa para vi-
consumidor, testar conceitos, explorar
manter um fluxo contínuo de comu-
venciar a loja, interagir com equipes e
o portfólio, posicionar a marca e criar
nicação, interação e motivação entre
clientes e construir canais de comuni-
alternativas de distribuição. A estrutu-
matriz e lojas. A rede O Boticário, que
cação que permitam manter o centro
ração e o aumento de status de pro-
opera a distribuição por meio de fran-
decisório próximo do centro nervoso. dirigente Lojista � março/abril 2011
� 53
m ó v e i s
e
n e g ó c i o s
IPO do Magazine Luiza pode levantar R$ 1,215 bilhão A rede Magazine Luiza anunciou os detalhes da sua oferta inicial de ações, com
São Paulo reduz ICMS dos móveis Medida do governo estadual acirra ainda mais a guerra fiscal entre polos produtores “guerra fiscal” promovida pelos estados, com intuito de resguar-
torno de 30% dos móveis produzidos
deve fazer uma oferta primária
A
to desta redução. Estima-se que em
dar o mercado interno e fomentar o
no Rio Grande do Sul sejam vendidos
de 33,75 milhões de ações
desenvolvimento local, teve um novo
para o mercado paulista, o maior con-
ordinárias e secundária de
capítulo neste mês, afetando direta-
sumidor do País.
16,564 milhões de ações,
mente o segmento de móveis.
previsão de movimentar até R$ 1,215 bilhão. A companhia
A notícia chega em meio ao en-
O governo de São Paulo anunciou
cerramento da 10a Feira Internacional
estimativa de preço entre R$ 16
uma redução de 7% no valor do Im-
de Móveis, Matérias-Primas e Acessó-
e R$ 21. Considerando que as
posto Sobre Circulação de Mercado-
rios (Fimma), realizada de 21 a 25 de
ações atinjam o valor máximo
rias e Prestação de Serviços (ICMS)
março, em Bento Gonçalves (RS).
estipulado, a oferta pode
para os móveis fabricados no estado.
Em entrevista concedida ao portal
chegar a R$ 1,057 bilhão. Um
Em termos de comparação, o valor
ClicRBS, do Rio Grande do Sul, o pre-
lote suplementar de 7.547.164
chega a ser 5% menor do que as
sidente da Associação das Indústrias
ações está previsto e, se for
empresas gaúchas pagam no Rio
de Móveis do Estado do Rio Grande
integralmente exercido, poderá
Grande do Sul.
do Sul (Movergs), Ivo Cansan, disse
também ordinárias, com
elevar a operação a R$ 1,215 bilhão, levando em conta o preço máximo estimado por papel. A companhia prevê a
O mercado gaúcho, inclusive, deve
que os executivos do setor devem fa-
ser um dos que mais sentirá o impac-
zer um estudo aprofundado dos impactos causados pela medida paulista e apresentá-lo ao
precificação das ações para
governo gaúcho. "O impacto
28 de abril. O período de
será muito grande para quem
reserva para os investidores
produz para vender para São
interessados em participar
Paulo. Perde muita competi-
da operação começou em 14
tividade. Mesmo que só 5%
de abril e acabou em 27 de
destes 30% sejam afetados,
abril. O início dos negócios na
ainda representa muito para
BM&FBovespa foi marcado
a indústria gaúcha, o equiva-
para 2 de maio e as ações
lente ao que se vende para
serão negociadas sob o código
mais de três estados juntos",
MGLU3.
avaliou Cansan.
Leroy Merlin abre mais uma loja em Campinas A Leroy Merlin inaugurou este mês sua 22ª loja no Brasil e a segunda em Campinas (SP). Entre os diferenciais estão serviços como o “Drive Thru da Construção”, área externa onde
O que é madeira sustentável ou certificada?
A
o cliente pode comprar material básico sem precisar entrar na loja. O serviço abre mais cedo que o restante da loja, oferece frete grátis e entrega no mesmo
certificação da madeira é um
sentantes de vários países em seu
dia para compras até 400 quilos.
aval de garantia ao consumidor
quadro de gestão.
Outra novidade é “A Leroy Merlin
que os produtos que adquire foram
O logotipo de FSC – um traço que
obtidos de florestas bem gestionadas
simula uma árvore – pode aparecer
instalação em domicílio do
nos pontos de vista econômico, social
em materiais ou móveis. Cada ano
produto adquirido na loja.
Instala”, que oferece ao cliente
e ambiental. Isso assegura
um dos anagramas leva
que a compra de móveis,
um número de registro
papel, painéis ou carbono,
que estabelece a proce-
entre outros, não contri-
dência do produto. Esta
buiu para a destruição das
certificação não tem por
florestas que ainda restam
fim inspecionar florestas,
no País.
dando crédito a entida-
Centauro e Magazine Luiza
des que auditam a gestão
serão as novas âncoras do Plaza
Um dos principais sis-
Plaza Shopping de Itu ganha novas âncoras
temas de certificação que temos é
florestal e a cadeia de transformação
Shopping Itu, em uma área de
o do Conselho de Gestão Florestal
da madeira, além de se caracterizar
expansão que será aberta no
(FSC), único que conta com o apoio
por ser um sistema independente de
segundo semestre. Atualmente
das principais organizações ecoló-
produtores e comerciantes.
o shopping recebe 8 milhões
gicas, sindicatos e ONGs. Sua ampla
Segundo dados do FSC Internacio-
aceitação reside em parte no fato de
nal, mais de 117 milhões de hectares
a expansão, o shopping passa
ser o único selo desse tipo aplicável
de florestas de 82 países já foram
a contar com novos espaços
mundialmente, com critérios de cer-
certificados. As vendas destes produ-
de sanitários, banheiro família,
tificação exigentes e reunindo repre-
tos superam os 13 milhões de euros.
fraldário e concierge.
de consumidores por ano. Com
o p i n i ã o
|
d e
o l h o
n o
c l i e n t e
uma viagem pelo
varejo alemão R
ecentemente acompanhei um grupo
A utilização de iluminação para tornar
de empresários brasileiros à Euroshop,
a loja mais flexível e sempre atual para o
uma das principais feiras mundiais de vare-
consumidor foi um dos temas de destaque.
jo, que ocorre a cada três anos em Dussel-
Materiais simples – como tubos de papelão,
dorf, na Alemanha. Todos os recordes foram
tecidos e artigos reciclados – foram usados
batidos este ano: 1.970 expositores, 15 pa-
na confecção dos estandes, demonstrando
vilhões e 120 mil visitantes. Nesta edição,
como poderiam ser aproveitados nas lojas.
600 brasileiros participaram do evento.
No segmento de confecções o grande des-
A feira é constituída por quatro grandes
taque foram os manequins. Fabricados de
setores: EuroConcept, com oito pavilhões
maneira sustentável ou utilizando tecnolo-
destinados a construção, instalação, arquite-
gia de ponta, criavam uma atmosfera dife-
tura e design de loja; EuroSales, onde verifi-
rente e vanguardista, sendo algumas vezes
camos as últimas tendências em marketing,
“Durante visita
visual merchandising, displays e manequins;
à Euroshop
EuroCIS, um pavilhão dedicado à tecnologia
confundidos com pessoas (foto abaixo). Durante a viagem também visitamos algumas operações varejistas que se desta-
da informação, sistemas de pagamento e
2011, vimos
cam no uso da tecnologia e principalmente
segurança e gestão de produtos e equipa-
exemplos de
na interatividade com o cliente. Uma delas
mentos para o PDV; e EuroExpo, que exibia
foi a loja conceito da Globetrotter, especia-
materiais de comunicação, lojas móveis, es-
como os serviços
lizada em esportes praticados ao ar livre.
tandes e estruturas para eventos, além de
agregados
Além do belo e prático projeto arquitetônico,
podem fazer
a loja é focada no atendimento ao consumi-
uma seção dedicada à sustentabilidade. Tudo o que foi apresentado tinha como objetivo central aumentar a relação com o
muita diferença”
cliente, ajudar a destacar o produto no ponto de venda, tornar a loja mais amigável e melhorar a experiência do cliente tendo como consequência o aumento das vendas e a geração de lucro. 56 �
dirigente Lojista � março/Abril 2011
dor. Tudo pode ser tocado, experimentado e principalmente testado. Nos fins de semana, a média de tempo que um cliente fica den-
Luciana Carmo Especialista em gestão de serviços e palestrante. luciana.carmo@mixxer. com.br
tro da loja ultrapassa cinco horas. Entre os serviços oferecidos pela loja estão uma livraria com acervo focado em viagens e esportes, uma agência de viagens e
um centro de vacinação mantido por um hospital local para que o cliente possa tomar as vacinas necessárias de acordo com o país que vai visitar. Há ainda uma câmara fria com vento para provar jaquetas e até uma piscina gigante para testar caiaques e equipamentos de mergulho (foto ao lado). Os banheiros são uma atração à parte.
do Futuro do Metro Group, o maior
ma semana. Nas etiquetas eletrônicas
Um deles tem cenografia que remete
grupo de varejo alemão. O hipermer-
de preço há informação sobre o país de
a uma escotilha de navio e em outro o
cado é uma espécie de pista de testes
origem do vinho e a temperatura que
cliente tem a sensação de estar numa
para tecnologias que serão utilizadas
ele deve ser mantido.
selva. Mochilas de viagem cheias com
em outras lojas do grupo. A loja ofere-
No setor de esportes, o cliente ouve
sua capacidade total podem ser usadas
ce um tour guiado por robôs que con-
uma música diferente do som am-
pelo cliente para caminhar pela loja,
duzem o cliente pela loja e explicam
biente da loja e pode testar todos os
subir escadas e simular como seria seu
cada detalhe.
equipamentos de ginástica como se
uso real durante uma viagem. O mes-
Acompanhar o comportamento de
estivesse em uma academia. Com este
mo acontece com os tênis, que são ca-
compra do consumidor e oferecer so-
arranjo a loja obteve um aumento de
tegorizados pelo tipo de uso: na selva,
luções e serviços para tornar sua vida
25% nas vendas destes produtos. Nos
na cidade ou na neve. Os funcionários,
mais prática estão no DNA desta em-
caixas, é possível optar pelo self che-
na maioria, são esportistas e auxiliam
presa. Na área de frutas, por exemplo,
ckout e aprender a utilizar o sistema as-
os clientes como consultores.
as informações adicionais sobre os ali-
sistindo a vídeos explicativos ou então
mentos e receitas podem ser acessadas
contar com o auxílio de funcionários.
nas máquinas de consulta de
Os pagamentos podem ser feitos pelo
preço e as balanças identifi-
celular ou utilizando as impressões di-
cam automaticamente cada
gitais do cliente.
Outra operação visitada foi a Loja
item e disponibilizam suas informações nutricionais.
Outra inovação destacada na Euroshop e que já está implantada nos
Os ambientes da loja mis-
hipermercados que visitamos são as
turam cores e mobiliários
máquinas onde o cliente deposita gar-
para distinguir cada catego-
rafas plásticas para reciclagem e obtém
ria de produto. Na adega o
créditos para sua próxima compra.
cliente pode degustar alguns
Estes foram alguns exemplos do
vinhos e, caso precise de aju-
que vimos por lá e que mostram como
da, há um display com os 10
os serviços agregados podem fazer
rótulos mais vendidos na últi-
muita diferença no varejo. dirigente Lojista � março/abril 2011
� 57
t e c n o v a r e j o
sete dicas
para ter sucesso no
e-commerce A
consultoria WX7 (www.wx7.com.br) preparou uma lista com sete dicas para os varejistas que pretendem
investir em comércio eletrônico com maiores possibilidades de sucesso. Faça o check-list e veja se você está preparado ou ainda precisa se preparar para entrar no segmento que alcança números cada vez maiores no decorrer dos anos. Confira na página ao lado as dicas da WX7:
58 �
dirigente Lojista � março/Abril 2011
por ALEXANDRE
❶
GONÇALVES
alexandre@agenteinforma.com.br
Analise o mercado
em um provedor especializado. Pla-
É muito importante avaliar e
neje sua capacidade com cuidado
monitorar como os seus concorren-
para garantir que sua loja virtual te-
tes estão utilizando o canal on-line
nha um bom desempenho de acordo
para definir seu posicionamento, mix
com o número de visitantes que a
de produtos, políticas de preço e en-
acessarão.
tregas, entre outros fatores determinantes para o seu sucesso.
❷
Defina a plataforma de vendas ideal
❺
Diga que você existe Uma loja virtual, diferente da
maioria das lojas físicas que estão localizadas em pontos estratégicos,
A plataforma de vendas é um dos pi-
precisa ser massivamente divulgada
lares para uma operação de comér-
para ser conhecida. Faça um plane-
cio eletrônico de sucesso. Sua loja
jamento de publicidade e marketing
virtual precisa transmitir segurança
focado no retorno do investimento
e credibilidade para conquistar seu
(ROI) para que sua loja virtual cresça
visitante e convertê-lo em consumi-
e atinja seus objetivos.
dor. Ao escolher a plataforma, procure unir o design com a facilidade de navegação (usabilidade) adequada ao público-alvo e produto comercializado.
❸
❻
Seja pontual nas entregas
Entregar de forma rápida e eficiente e estar preparado para prevenir possíveis atrasos é fundamental para
Monte sua equipe
manter a satisfação de seu cliente e
Um dos principais diferen-
fidelizá-lo cada vez mais. Se possuir
ciais para se ter sucesso no comércio
alguns conhecimentos na área, você
eletrônico é o atendimento ao clien-
pode montar sua própria operação
te. É de extrema importância montar
logística. Caso contrário, encontre um
uma equipe multidisciplinar para ga-
parceiro especializado para ajudá-lo.
rantir que dúvidas sobre navegação ou produtos e pedidos já realizados sejam sanadas de forma rápida e eficiente. Não se esqueça que um bom
❼
não pare de evoluir Entenda o perfil dos clien-
tes que estão comprando em sua
gerente é fundamental para cuidar
loja virtual e quais ações podem ser
de toda a equipe e da operação.
feitas para melhorar os resultados.
❹
Sempre acompanhe as tendências Prepare sua
e, se possível, evolua sua loja virtual
infraestrutura de TI
antes de seus concorrentes. Nunca
Sua plataforma deve ser hospedada
pare de inovar!
Projeto E-Commerce Brasil busca consolidar setor O Grupo iMasters, com apoio do Google e Abril, lançou a marca E-Commerce Brasil para fornecer conteúdo rico e avançado para profissionais que já atuam na área, a partir de ações como o Fórum E-Commerce Brasil, conferências técnicas, além do portal do projeto na internet (www. ecommercebrasil.com.br). No site, o lojista interessado em saber mais sobre o assunto encontra artigos técnicos, blogueiros especializados, área multimídia com a gravação de todas as palestras do projeto, catálogo de fornecedores, entre outras informações. O projeto contará ainda com a Revista Impressa E-Commerce Brasil, com periodicidade bimestral e foco nos lojistas on-line, e com a TV E-Commerce Brasil, em formato de WEB TV e TV Fechada.
Reclamações de lojas on-line crescem 79% De acordo com o Procon-SP, de novembro de 2010 a janeiro deste ano foram registradas 4.838 reclamações contra serviços de comércio eletrônico, relacionado à entrega de produtos e serviços. O número representa um aumento de 79% em relação ao mesmo período anterior. Entre as empresas de e-commerce, as principais mencionadas nas reclamações foram Ricardo Eletro, TIM, Saraiva, Americanas.com, Submarino, Shoptime, Comprafacil, Walmart, Ponto Frio, Brands Club, Centauro e Fatordigital.
t e c n o v a r e j o
Os rumos do marketing digital As discussões no Digitalks, em Florianópolis, mostraram que conteúdo e presença em mídias sociais devem ser prioridades das empresas
O
auditório do Hotel Majestic, em
Comunicadores instantâneos – A posi-
Florianópolis, lotou no dia 6 de
ção do Brasil no ranking de uso de co-
abril para a edição 2011 do Digitalks
municadores instantâneos tipo MSN
Avaliação de ações – Outro ponto
(www.digitalks.com.br), evento que
Messenger, Skype, Google Talk, entre
importante nos debates foi a necessi-
reúne especialistas para apresentar
outros, é praticamente o dobro em re-
dade de saber extrair novas ideias e
novidades e apontar rumos para o
lação ao restante do mundo, segundo
oportunidades a partir da avaliação de
marketing digital no Brasil e no mun-
levantamento da consultoria comSco-
número e dados gerados por ações
do. Confira um resumo do que de mais
re, que pesquisa o uso de internet em
na internet. Dos números e dos dados
importante foi apresentado nesta edi-
casa e no trabalho.
podem sair uma forma de estabele-
aberto a receber conteúdos e ofertas sobre o assunto que lhe interessa.
cer uma parceria diferenciada entre
ção do evento. Comércio eletrônico – Brasilei-
clientes baseada em resultados e transparência.
ros ainda têm medo de comprar pela internet, mas isso está mudando. O
Cliente – Os participantes desta-
principal medo é fornecer dados de
caram a importância de compreen-
cartão de crédito. Uma solução para
der o que o cliente quer e criar novos
converter o medo em fidelização é
produtos e serviços a partir disso. O
surpreender o cliente com uma ex-
relacionamento com cliente deve ser
periência muito positiva na compra.
de proximidade e de “afetividade”.
Blogs – Em mais de uma pales-
Buscas e mídias sociais – Temas
tra foi destacado que o Brasil é um
predominantes nas palestras do Di-
país que gosta e acessa muito blog. É
gitalks, não só porque foram citados
bem posicionado nos levantamentos
várias vezes, mas porque foram cita-
que mostram hábitos dos usuários de
Nichos – O investimento em ni-
dos várias vezes como parte da mes-
internet na América Latina e no mundo.
chos de mercados e segmentos mui-
ma estratégia, numa nova perspectiva
O que foi apresentado desmente qual-
to específicos foi enfatizado no Digi-
para “aparecer bem no Google”. Ficou
quer argumento sobre o fim dos blogs
talks. O termo usado foi “massa de
evidente o peso da presença digital
por causa do Twitter ou do Facebook.
nichos”. Ou seja, mesmo que o volu-
em mais de um canal ou “proprieda-
Pelo contrário. Com a popularização
me de acesso seja baixo em relação
de”. Para uma empresa, é preciso ter
dos dois serviços os blogs ganharam
a um site ou blog que trate de vários
contas em mídias sociais e tratá-las
ferramentas para ampliar divulgação,
assuntos, a aposta em nichos traz
com o mesmo cuidado dispensado ao
abrir novos canais de interatividade e
vantagens comerciais porque atrai
site, justamente para que possa ocupar
gerar assunto para outras mídias.
um público cativo, interessado e mais
espaço estratégico nos sites de busca.
60 �
dirigente Lojista � março/Abril 2011
Novo conceito em PDV Com design arrojado, o SB-9090 da Bematech tem a tecnologia de um celular sofisticado Bematech, uma das principais
A
a mesma presente na tela sensível
empresas na área de soluções
ao toque dos celulares de última ge-
de tecnologia para o comércio, colocou
ração, o SB-9090 possui design que
no mercado mais um produto com de-
traz proteção contra a penetração de
sign e tecnologias diferenciados. Tra-
vapores, gorduras ou derramamento
ta-se do SB-9090 POS Touch, um com-
de líquidos.
putador projetado especialmente para
Com tecla touch screen, que pro-
resistir às condições adversas de ope-
picia mais agilidade ao atendimento,
ração em bares, restaurantes e hotéis.
graças à interface que utiliza ícones
“Com o SB-9090, trazemos ao mer-
de fácil identificação e mais intuitiva,
cado uma CPU com design arrojado,
o SB-9090 elimina a necessidade de
interface mais produtiva por permitir
manutenção constante, além de gas-
utilização de softwares mais intuitivos
tos excessivos de energia.
e, ao mesmo tempo, um produto com a robustez necessária para ambientes de restaurantes, bares e hotéis”, afirma Eros Jantsch, diretor de Hardware da Bematech. Além de utilizar a tecnologia PCT (Projected Capacitive
Touch),
“Presenteador” para o Dia das Mães O site de vendas Comprafacil.com criou uma página especial para o Dia das Mães, uma das datas mais quentes do varejo. Batizada de “Presenteador de Mães”, a página conta com seis perfis de mães para facilitar a compra do presente: tradicional, tecnológica, esportiva, vaidosa, coruja e de primeira viagem. Ao escolher o perfil que mais se aproxima da mãe, o consumidor encontra listas direcionadas de presentes. A escolha dos tipos de mãe foi determinada pelo histórico de navegação e interesse dos clientes do site.
WebStore supera metas na Locaweb A Locaweb registrou no mês de janeiro um crescimento de 230% no número de lojas virtuais que utilizam a WebStore, a plataforma de e-commerce da empresa, uma das maiores do País no segmento de hospedagem na internet. A WebStore permite que o usuário crie sua própria loja virtual, customizando o layout e cadastrando produtos de maneira simples e intuitiva, além de ajudá-lo a aparecer nos principais mecanismos de busca, alavancando os negócios do cliente. Com o aumento nas lojas ativas, a WebStore conta hoje com 600 canais de compra e venda de produtos por parte de micro e pequenos empresários que desenvolveram interesse em levar seus negócios para a internet. O tíquete médio por transação é de R$ 140 e a quantidade de transações efetuadas passou de aproximadamente 700 (dezembro/2010) para 1.300 (janeiro/2011).
o p i n i ã o
|
SOB R E
LOJA
o gerente formador
de conduta E
stava em uma loja recentemente quan-
Um gerente ou dono de loja somente
do ouvi um colaborador perguntar ao
conseguirá a confiança e lealdade de sua
gerente onde devia colocar determinada mer-
equipe se procurar corrigir seus próprios er-
cadoria que acabara de chegar. O gerente res-
ros e demonstrar que realmente conhece o
pondeu que era para deixá-la "em qualquer
que está fazendo, resolvendo os problemas
lugar" e que depois ele veria onde colocar. O
na hora.
colaborador ficou olhando para o gerente, com
Ele tem a obrigação de mostrar perma-
cara de bobo, e foi para o final da loja comen-
nentemente para a sua equipe o que é correto
tar com um colega: "Lembra da bronca que
fazer e, se for o caso, deve ter a coragem de
ele deu na gente por não termos colocado a
se desculpar quando acontece um erro. Ou, se
mercadoria no lugar que ele queria na semana
por sua precipitação, induziu a sua equipe a
passada?" Analisando o comportamento deste nosso gerente, o que podemos observar é que ele: – transferiu o problema para depois, o que significa retrabalho; – não passou uma ideia de organização para o seu colaborador e sua equipe; – provavelmente vai esquecer que mandou colocar o produto em determinado lugar e acabará dando uma bronca na equipe; – demonstrou que não planeja o seu trabalho, pois deveria saber que estava chegando
”Ele tem a obrigação de mostrar à equipe
– não deu atenção ao seu colaborador a respeito do problema. Se tivesse parado um minuto para pensar, responderia de forma adequada. 62 �
dirigente Lojista � março/Abril 2011
que a responsabilidade é sua. Não basta o chefe ser organizado, ele tem que saber que com tempo, treinamento e organização tudo tenderá a sair perfeito. Não
o que é correto e,
adianta o gerente querer “carregar o piano”.
se for o caso, ter
Ele até pode dar uma ajuda para indicar onde posicioná-lo ou mesmo ajudar a equipe a es-
a coragem de se
colher o melhor lugar para colocá-lo. Mas sua
desculpar quando
participação deve ser pequena. É obrigação da
há algum erro”
equipe tocar o dia a dia seguindo o exemplo das chefias. Então precisamos ter sempre na consciên-
mercadoria e já deveria destinar um local para os produtos;
errar. Tem que ter a sabedoria de reconhecer
Josemar Basso Administrador de empresas, consultor e palestrante. josemarbasso@ officemarketing.com.br
cia a importância das chefias serem exemplos, e através da repetição, ensinamento e aprendizado constante o gerente será um formador de conduta no dia a dia de sua equipe.
abril/2011 – www.sebrae.com.br – 0800 570 0800
informe do serViço brasileiro de apoio àS micro e pequenas empresas
Atentos àS oportunidades Para cada empresário que inicia um empreendimento por necessidade, dois abrem o negócio por vislumbrar uma oportunidade no mercado brasileiro passou a ter mais de dois empreendedores por oportunidade para cada um por necessidade. Em 2009, a relação era de 1,6. Essa evolução mostra a vocação empreendedora do brasileiro, uma vez que a abertura por necessidade ocorre pela falta de alternativas profissionais. O aumento na geração de emprego em 2010 contribuiu para a redução do empreendedorismo por necessidade. Além disso, o empreendedorismo por oportunidade aumenta quando a economia fica estável e quando melhoram os níveis de escolaridade e renda. “O ambiente econômico atual do Brasil favorece o surgimento de novas oportunidades aos micro e pequenos empresários, que precisam se preparar para enfrentar os desafios que virão”, afirma o presidente do Sebrae, Luiz Barretto. “Neste cenário, o Sebrae terá papel fundamental para auxiliálos a identificar oportunidades e se preparar para enfrentar a concorrência, com foco principalmente na inovação”, completa.
Empreender Este informe é de responsabilidade do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), sob coordenação da Gerência de Marketing e Comunicação. Endereço: SGAS 604/605, módulos 30 e 31, Asa Sul – Brasília/DF – CEP: 70.200-645 // Fone: (61) 3348-7100 // Twitter: @sebrae
Foto: Bernardo Rebello
O
crescimento da atividade empreendedora no País não é apenas quantitativo, mas principalmente qualitativo. A pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM 2010), divulgada pelo Sebrae no final de abril, mostra que para cada negócio aberto por necessidade – motivado, por exemplo, pelo desemprego – pouco mais de dois foram iniciados porque os empresários enxergaram uma oportunidade no mercado. A proporção entre oportunidade e necessidade, de 2,1, é praticamente a mesma da média dos 60 países pesquisados, de 2,2. O índice brasileiro é o maior já registrado desde que o País começou a participar da pesquisa, no ano 2000. Em 2002, o empreendedorismo por necessidade superava o por oportunidade – para cada empreendedor por necessidade havia 0,7 por oportunidade. A relação se inverteu em 2003, mas somente em 2010 o Brasil
pesquisa global entrepreneurship monitor mostra a evolução da vocação empreendedora do brasileiro, impulsionada pela estabilidade econômica
Foto: Bernardo Rebello
De cada 100 negócios abertos por oportunidade no país, 25% sÃO varejistas, comprovando que o comércio é a atividade mais procurada pelos empreendedores O comércio também lidera entre os que empreendem por necessidade, com 26% da preferência
A Pesquisa GEM 2010 identificou que apenas 16,8% dos empreendedores brasileiros consideram o produto ou serviço que oferecem novo para os consumidores, o que faz do fomento à inovação o principal desafio para que eles possam se desenvolver e ampliar seu mercado. Esta é a 11ª vez que o Brasil participa da pesquisa GEM, o maior estudo contínuo sobre a dinâmica empreendedora do mundo. Desde sua primeira edição, em 1999, mais de 80 países já participaram da pesquisa, sendo apenas 13 por mais de 10 anos seguidos. E pelo 10º ano seguido, o Sebrae é parceiro na realização da pesquisa no Brasil. //Varejo oferece mais oportunidades O comércio é a atividade em que mais se investe por enxergar uma chance de sucesso. De cada 100 empresários que
abrem negócios por oportunidade no País, 25% se tornam varejistas. As outras áreas mais demandadas são alimentação e hospedagem (15%), atividades imobiliárias (13%) e indústria de transformação (10%). Entre os que empreendem por necessidade, o comércio continua liderando, com 26% da preferência. Em seguida, aparecem as empresas de alojamento e alimentação (21%), a indústria de transformação (11%) e as atividades imobiliárias (9%). A proporção dos negócios que surgem por oportunidade cresce quanto maior a escolaridade e a renda média dos empresários. Entre os profissionais que estudaram mais de 11 anos ao longo da vida, por exemplo, a relação sobe para 4,6. No outro extremo, há mais empresários por necessidade entre os que estudaram menos de quatro anos – a razão é de um empresário por necessidade para cada um que empreServiço
Textos: Agência Sebrae de Notícias – www.agenciasebrae.com.br Central de Relacionamento Sebrae: 0800 570 0800 Mais informações: www.portaldoempreendedor.gov.br
www.sebrae.com.br – 0800 570 0800
ende por oportunidade. Entre os que estudaram de cinco a 11 anos a taxa é de 2,2. Para cada empresário que empreende por necessidade, quatro empreendem por oportunidade se a renda familiar é superior a seis salários mínimos. Se o rendimento varia de três a seis salários mínimos, a relação cai para 3,5 por oportunidade para cada um por necessidade. Entre os que ganham menos, até três salários mínimos, a relação cai para 1,3. Os mais jovens vislumbram mais oportunidades. A taxa entre oportunidade e necessidade é de 3,4 entre os brasileiros que têm entre 25 e 34 anos e de 2,9 para quem tem entre 35 e 44 anos. A relação cai para 1,2 para quem tem acima de 45 anos. Entre os muito jovens, com idade entre 18 e 24 anos, a proporção é de um empreendedor por necessidade para cada 1,7 por oportunidade.
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dirigente Lojista � março/Abril 2011
de Compra; Planejamento Estratégico; Gestão da Informação; Localização; Gestão Financeira; Gestão de Pessoas; entre outras.
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Mais espaço para os calçados A Francal chega à sua 43a edição com uma ampliação de 75% na área de exposições A edição de 2011 da Francal – Feira Internacional da Moda em Calçados e Acessórios – trará os lançamentos em calçados, bolsas e acessórios para a primaveraverão 2011/2012 e deverá seguir o sucesso da edição do ano passado, que trouxe mais de 53 mil profissionais do setor, dentre eles 27.327 compradores nacionais e internacionais. Consolidando-se no posto de uma das feiras mais importantes do setor de coureiro-calçadista, e responsável pela maior geração de negócios no
segundo semestre do ano, a Francal 2011 terá uma ampliação de 75% na sua área de exposição, maximizando o rol de expositores e a qualidade dos serviços prestados aos visitantes. 27 a 30/06/2011 Francal 43ª Feira Internacional da Moda em Calçados e Acessórios Pavilhão de Exposições do Parque Anhembi São Paulo – SP www.feirafrancal.com.br
Maio
Junho
9 a 12/05/2011 Apas 27o Congresso de Gestão e Feira Internacional de Negócios em Supermercados Expo Center Norte São Paulo – SP www.feiraapas.com.br
11 a 15/05/2011 Expo Noivas & Festas 18ª Exposição de Produtos e Serviços para Festas de 15 Anos, Bodas e Festas Corporativas Riocentro – Pavilhão 2 Rio de Janeiro – RJ www.exponoivas.com.br
9 a 13/05/2011 Brasilplast 13ª Feira Internacional da Indústria do Plástico Pavilhão de Exposições do Anhembi São Paulo – SP www.brasilplast.com.br
13 a 22/05/2011 Feiarte – Edição Paraná 25ª Feira Internacional de Artesanato Centro de Exp. de Curitiba Curitiba – PR www.feiartepr.com.br
10 a 13/05/2011 Movexpo 4ª Feira Nacional de Móveis para a Região Nordeste Centro de Conv. de Pernambuco Olinda – PE www.movexpo.com.br 68 �
14 a 16/05/2011 Christmas Fair Feira Internacional de Artigos para Natal, Brinquedos e Festas Sazonais Transamérica Expo Center São Paulo – SP www.grafitefeiras.com.br
dirigente Lojista � abril 2011
20 a 23/06/2011 FIT 0/16 – Edição Primavera/Verão 37ª Feira Internacional do Setor Infanto-Juvenil, Teen e Bebê Expo Center Norte (Azul) São Paulo – SP www.fit016.com.br
15 a 18/06/2011 Brasilshop Sudeste 11ª Feira e Congresso Internacional do Varejo Expo Center Norte São Paulo – SP www.alshop.com.br
Julho 5 a 8/07/2011 Eletrolar Show 6a Feira Internacional de Eletrodomésticos, Eletroeletrônicos e Informática Transamérica Expo Center São Paulo – SP www.eletrolarshow.com.br
6 a 9/07/2011 Autoparts 5ª Feira de Autopeças, Equipamentos e Serviços Pavilhão de Eventos da Festa da Uva Caxias do Sul – RS www.feiraautoparts.com.br
Associativismo, o caminho para nossa Fortaleza. De 11 a 14 de setembro de 2011, no ExpoCeará
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