lojista dirige nte
36 ano
2 °4 ·n 9
· ju nh o2 010 · r$ 9,90
PERFIL A receita de sucesso da Pague Menos ATENDIMENTO Como lidar com reclamações dos clientes
levante a bola da sua equipe como os critérios de convocação do técnico dirigente Lojista � junho 2010 � 1 dunga podem ser aplicados na gestão da loja
2�
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Financiar a aquisição de matérias-primas, formação de estoques e pagamentos diversos das micro e pequenas
empresas cou ainda mais fácil com o Capital de Giro do Banco do Nordeste. Taxa a partir de 0,77%* a. m. e até 24 meses parar pagar. Passe em uma agência do Banco do Nordeste e conheça este e outros produtos do melhor banco para a sua empresa. 4�
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Capital de Giro do Banco do Nordeste.
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�5
Nesta edição
A Dirigente Lojista é editada e comercializada pela Editora Empreendedor
E
scolher as melhores pessoas para integrar sua equipe
e montar um time bem preparado para vencer é uma das principais tarefas de um líder eficaz, esteja ele dentro de uma loja ou sentado no banco em um estádio de futebol. Em tempos de Copa do Mundo, esta comparação se torna ainda mais evidente e nos permite traçar uma série de paralelos entre os dois ambientes na gestão de equipes. Tendo como ponto de partida os critérios usados pelo técnico da Seleção Brasileira para escalar o time que foi à Copa, o repórter
DIRETOR-EDITOR Acari Amorim acari@empreendedor.com.br DIRETOR DE COMERCIALIZAÇÃO E MARKETING Geraldo Nilson de Azevedo geraldo@empreendedor.com.br REDAÇÃO dirigentelojista@empreendedor.com.br EDIÇÃO-EXECUTIVA Diógenes Fischer REPORTAGEM Alexandre Gonçalves, Marlon Assef e Paula Arend EDIÇÃO DE ARTE Fernanda Pereira PROJETO GRÁFICO Wilson Williams REVISÃO Lu Coelho EDITORA DO PORTAL EMPREENDEDOR Carla Kempinski SEDES São Paulo GERENTE COMERCIAL Fernando Sant’Anna Borba fernandoborba@empreendedor.com.br EXECUTIVO DE CONTAS Osmar Escada Junior e Ana Carolina Canton de Lima Rua Sabará, 566 – 9º andar – conjunto 92 – Higienópolis 01239-010 – São Paulo – SP Fone: (11) 3214-1020 empreendedorsp@empreendedor.com.br
Brasília Ulysses C. B. Cava CLSW 301 – Bloco C – Loja 62 – Sudoeste 70673-603 – Brasília – DF Fones: (61) 9975-6660 / 3225-3715 ulyssescava@gmail.com Rio Grande do Sul Flávio Duarte Rua Silveiro 1301/104 – Morro Santa Tereza 90850-000 – Porto Alegre – RS Fone: (51) 3392-7767 commercializare@terra.com.br Paraná Merconeti Representação de Veículos Comunicação Ltda / Ricardo Takiguti Rua Dep. Atílio Almeida Barbosa, 76 – conjunto 1 – Boa Vista – 82560-460 – Curitiba – PR Fone: (41) 3079-4666 ricardo@merconeti.com.br Pernambuco HM Consultoria em Varejo Ltda / Hamilton Marcondes Rua Ribeiro de Brito, 1111 – conjunto 605 – Boa Viagem 51021-310 – Recife – PE – Fone: (81) 3327-3384 hmconsultoria@hmconsultoria.com.br
Florianópolis EXECUTIVA DE ATENDIMENTO Tharin Merizio anuncios@empreendedor.com.br Av. Osmar Cunha, 183 – Ceisa Center – bloco C – 9° andar – Centro – 88015-900 – Florianópolis – SC Fone: (48) 2106-8666
Minas Gerais SBF Representações / Sérgio Bernardes Faria Av. Getúlio Vargas, 1300 – 17º andar – conjunto 1704 30112-021 – Belo Horizonte – MG Fones: (31) 2125-2900 / 2125-2927 sbfaria@sbfpublicidade.com.br
ESCRITÓRIOS REGIONAIS Rio de Janeiro Triunvirato Desenv. Empresarial Ltda / Milla de Souza Rua São José, 40 – sala 31 – 3º andar – Centro 20010-020 – Rio de Janeiro – RJ – Fone: (21) 3231-9017 triunvirato@triunvirato.com.br
PRODUÇÃO GRÁFICA Teixeira Gráfica e Editora
www.empreendedor.com.br SERVIÇO DE ATENDIMENTO AO ASSINANTE assine@empreendedor.com.br
Alexandre Gonçalves conferiu as opiniões de consultores especiaConfederação Nacional de Dirigentes Lojistas
lizados em varejo e recursos humanos e preparou uma versão para o varejo da “cartilha Dunga” de escalação. Confira a matéria a partir da pág. 24. Esta edição traz ainda uma reportagem sobre a melhor forma de receber reclamações do cliente e um perfil do empresário Francisco Deusmar à frente da rede de farmácias Pague Menos. Diógenes Fischer Editor 6�
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Presidente Roque Pellizzaro Junior 1º Vice-Presidente Vítor Augusto Koch Vice-Presidente Egnaldo Pedro da Silva Vice-Presidente Adão Henrique Vice-Presidente José Vicente Rocha Estevanato Vice-Presidente Agenor Braga e Silva Filho Vice-Presidente Melchior Luiz Duarte de Abreu Filho Diretores José Manoel Ramos Renato Campos Carvalho Wagner Gonçalves da Silveira Júnior Wilmar Jardim de Carvalho Fernando Luis Palaoro Adilson Schuenke Olavo Aloísio Steffen Ilson Xavier Bozi Adelayde Cristina Arçari Hand Cuzzuol Diretorias Especiais Diretor Administrativo e Financeiro Silvio Antônio de Vasconcelos Souza Diretor do CEDEL Francisco Honório Pinheiro Alves Diretor do DASPC Roberto Alfeu Pena Gomes Diretor do CEPES Kissao Álvaro Thais Diretor do CONTEC Aldo Moura Gonçalves Diretor do CEACON Antonio Wanderlei da Silva Rey Diretor do COMERSUL Paulo Silva DIRETOR DE COMUNICAÇÃO José César da Costa Coordenador de Administração Marcelo Rosado
Coordenador de Expansão Celso Vilela Guimarães Coordenador da CDL Jovem Davidson Luiz Cardoso Conselho Fiscal Integrantes Efetivos Alberto Fontoura Nogueira da Cruz, Eduardo Melo Catão e Marcelino Campos Integrantes Suplentes Jayme Tassinari, Milton Araújo, Jacinto Lúcio Borges Diretoria SPC Brasil Conselho Deliberativo Presidente Itamar José da Silva Vice-Presidente José César da Costa Conselho de administração Presidente Roberto Alfeu Pena Gomes Vice-Presidente Eduardo Melo Catão Diretor Financeiro Melchior Luiz Duarte de Abreu Filho Vice-Diretor Financeiro Marcelo Salles Barbosa Diretor de Comunicação Francisco de Freitas Cordeiro Superintendente André Luiz Pellizzaro supervisão Luiz Santana
a o s
l o j i s t a s
CONFEDERAÇÕES UNIDAS POR MUDANÇAS NO
SIMPLES NACIONAL O
Simples Nacional e a formalização do Empreendedor Individual foram temas de debate promovido pelo Congresso Nacional, que realizou o Seminário Nacional Aprimoramentos da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas. Este encontro serviu como base para subsidiar projeto de lei complementar que vai alterar a Lei Geral. O que posso destacar deste encontro foi a preocupação dos congressistas em dar atenção a todos os setores, já que foram ouvidas a CNDL (Comércio), a CNI (Indústria) e a CNA (Agricultura). Atualmente as micro e pequenas empresas são a base da economia nacional, responsáveis pela empregabilidade e sustentabilidade dela. Entre os parlamentares que expuseram suas opiniões, o deputado Cláudio Vignatti (PT-SC) e o senador Adelmir Santana (DEM-DF), que atuam como presidente e vice da Frente Parlamentar Mista das Micro e Pequenas Empresas, lembraram do enorme gargalo que temos hoje. O Movimento Lojista esteve por mim representado em um dos
“A força e a união do Movimento foram demonstradas por caravanas de fora da capital federal para acompanhar a discussão” ROQUE PELLIZZARO JUNIOR Presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL)
painéis, onde ficou demonstrada a perversidade da substituição tributária e a antecipação do ICMS nas fronteiras para as empresas varejistas optantes do Simples Nacional, além da necessidade de ampliação do teto da tabela do Simples. A força e a união do Movimento foram demonstradas por caravanas de fora da capital federal para acompanhar a discussão. Entre elas, a do Rio de Janeiro, encabeçada pelo presidente da FCDL/RJ, Jair Francisco Gomes; e a comitiva
vinda do Pará, liderada pelo presidente da CDL Belém, Álvaro Cordoval de Carvalho. Movimento unido é movimento fortalecido!
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í nd i c e
20 EDIÇÃO
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36
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Atendimento Por melhor que seja sua loja, receber reclamações dos consumidores é algo invevitável. Por isso, esteja preparado para transformálas em oportunidades de recuperar clientes insatisfeitos, aprenda a ouvir críticas e seja ágil nas soluções. 48
20
8�
Entrevista O jornalista Tagil Oliveira Ramos, autor do livro Twitter, chiclete & camisinha, explica como as empresas podem construir relacionamentos com seus clientes usando serviços como o Twitter e outras redes sociais de forma mais eficiente e interessante para os seguidores da sua marca.
Perfil Investindo na antecipação de tendências e na adoção de programas de responsabilidade social, o empreendedor Francisco Deusmar transformou a rede Pague Menos na líder do disputado mercado brasileiro do varejo farmacêutico. Projeto de Loja Conheça a gigastore da Livraria Cultura, que investiu R$ 6 milhões para juntar quatro lojas da rede em uma só área de 4,2 mil m2 no prédio que abrigou por quatro décadas o tradicional Cine Astor, em São Paulo.
seções
26 Reportagem de capa Saiba como formar um time campeão de vendas tendo como base os critérios usados pelo técnico Dunga para escalar a Seleção Brasileira: coerência, confiança, liderança, responsabilidade, comprometimento, espírito de equipe e resultados.
10
Movimento
14
Brasil Lojista
16
CNDL Jovem
18
Informe Jurídico
58
Varejo Internacional
64
Móveis e Negócios
70
Tecnovarejo
80
Leitura
82
Agenda
52
Banho de Loja por Kátia Bello
62
Ponto de Venda por Caio Camargo
68
De Olho no Cliente por Luciana Carmo
74
Ideias e Estratégias por Francisco Cunha
78
Sobre Loja por Josemar Basso
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�9
M O V I M E N TO
Falta de transparência em cartões preocupa governo
N
os moldes do que está sendo
Segundo Ramos, o assunto já está
existência de possível bolha no setor
feito em países como Estados
sendo debatido no ambiente internacio-
de cartões de crédito. “No Brasil, ainda
Unidos, Costa Rica e México, o gover-
nal, onde o uso do dinheiro de plástico
não há preocupação sobre isso. Mas,
no brasileiro vai aumentar os esforços
vem gerando uma necessidade global
obviamente, essa falta de transparên-
para padronizar as informações e au-
pela normatização do setor. “No Bra-
cia na relação de consumo suscita pre-
mentar a transparência no mercado de
sil, queremos aumentar e padronizar
ocupações”, disse Ramos.
cartões de crédito. A comunicação foi
o grau de informação disponível entre
O diretor da Associação Brasileira
feita pelo coordenador-geral de comu-
emissores e consumidores, exigir que
das Empresas de Cartões de Crédito e
nicação da Seae (Secretaria de Acom-
sejam fornecidas informações e que in-
Serviços (Abecs), Fernando Teles, afir-
panhamento Econômico) do Ministério
centivem o consumidor a se portar com
mou durante audiência pública que
da Fazenda, Marcelo Ramos, durante
mais cautela”, pontuou.
as empresas estão empenhadas em
audiência pública na Comissão de De-
Ele salientou que, no exterior, desde
tornar o setor mais transparente. “Que-
fesa do Consumidor, da Câmara, para
a crise financeira internacional de 2008,
remos deixar tudo mais claro para o
tratar do tema.
houve aumento da preocupação com a
consumidor”, ressaltou o executivo.
Sem Losango.
10 �
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Com Losango.
Venda de alimentos sobe 20% impulsionada por classes D e E consumo de bens não-duráveis
O
te. A cesta de produtos de limpeza do
A classe C foi a segunda posicionada em
teve forte expansão no primeiro
lar sofreu variação positiva de 7% em
expansão de consumo. Os domicílios da
trimestre do ano, segundo levantamen-
número de itens adquiridos pelos domi-
classe média ampliaram em 16% o vo-
to da empresa de pesquisa Kantar Worl-
cílios e de 10% em valor, ante aos três
lume de compras e gastaram 14% mais
dpanel. O destaque foi para o grupo dos
primeiros meses do ano passado.
no período para realizar o abastecimen-
alimentos, que teve 20% de expansão
De acordo com a pesquisa, as clas-
em volume e 15% em valor,
to do lar.
ses D e E foram as que mais
Por último, a população de classes A
ante igual período de 2009.
Os itens de
impulsionaram os resulta-
e B aumentaram em 11% o número de
Já o consumo de bebidas
alimentação
dos, com alta de 18% no
itens comprados, gastando 15% a mais.
teve alta de 10% em volu-
também cresceram
número de itens comprados
Para Christine Pereira, diretora comercial
na comparação com igual
da Kantar WorldPanel, as classes D e E
período de 2009. Os gastos
aproveitaram o aumento da renda para
em valor no
com as cestas e categorias
abastecer a geladeira e a dispensa, es-
primeiro trimestre
cresceram 15% no período.
pecialmente com alimentos.
me e 16% em valor. A cesta de produtos de higiene e beleza cresceu 7% e 15%, respectivamen-
15%
Com a Losango seus clientes compram mais. Com o CDC Losango você oferece mais poder de compra para seus clientes. Eles compram a prazo e você recebe à vista. Conte com a agilidade e a segurança da maior promotora de vendas do país. A Losango é uma empresa do Grupo HSBC, o maior banco do mundo, e há 39 anos está no mercado de varejo. Potencialize seus negócios. Seja nosso parceiro. Acesse losango.com.br/sejanossoparceiro
dirigente Lojista � junho 2010 �vigente. 11 A Losango atua como prestadora de serviços de correspondente não bancário do HSBC BANK BRASIL S.A. – BANCO MÚLTIPLO, conforme permitido pela legislação
M O V I M E N TO
MasterCard e Cielo anunciam parceria comercial A partir do dia 1º de julho, os terminais de pagamento da Cielo passam a aceitar os cartões da
Varejistas reforçam os estoques para o Natal
P
ara garantir preços Com o término da Isso porque todo o procesbaixos e a entrega de Copa do Mundo, so demora em torno de 60
produtos sem atropelos,
começa a corrida aos fornecedores em busca de melhores condições de preço e prazos de entrega
a 90 dias. A varejista de móveis e eletrodomésticos
bandeira MasterCard no Brasil. A
as grandes redes do vare-
iniciativa faz parte da estratégia
jo brasileiro já começam
de fomentar novos negócios no
a preparar suas compras
setor e proporcionar um cresci-
para atender à demanda
mento ainda mais acelerado do
do Natal. Segundo apurou
mercado brasileiro de cartões.
o site www.dci.com.br,
Além disso, oferece aos clientes
até o final da Copa do Mundo da África
a negociação de compra de importa-
MasterCard ainda mais opções
do Sul, as negociações entre comércio
dos começa a partir do início de julho,
para realizar suas compras, já que
e indústria devem se intensificar por
a fim de garantir prazo de entrega.
a rede da Cielo possui mais de 1,7
conta da corrida dos varejistas pelos
Na Cybelar, sediada em Indaiatuba
milhão de lojistas credenciados e
produtos que serão as vedetes do Na-
(SP), as compras devem começar logo
cobre 98% do território nacional.
tal de 2010.
depois do mundial de futebol. A rede
pretende premiar clientes com três casas mobiliadas e com automóvel na garagem. Para reforçar os estoques de produtos nas lojas,
“A parceria com a Cielo tem o
A rede catarinense Lojas Berlan-
aposta nos itens da linha marrom (te-
potencial de ampliar nossa rede
da, por exemplo, já fez solicitação à
levisores e aparelhos de som, entre ou-
de aceitação e, com isso, ofere-
Caixa Econômica Federal para auto-
tros), principalmente depois da volta da
cer mais conveniência aos porta-
rização de sua campanha de Natal.
cobrança do IPI sobre a linha branca.
dores. Além disso, a abertura do
Apesar do otimismo das redes, es-
mercado estimulará a criatividade
pecialistas acreditam que as vendas
e a inovação no desenvolvimen-
este ano devem ser menos aceleradas
to de novos produtos e serviços”,
por causa dos juros mais altos e da
afirma Gilberto Caldart, presidente
desvalorização do real perante o dólar,
da MasterCard Brasil e Cone Sul.
em comparação com o ano passado.
Para Rômulo Dias, presidente da
Para o professor do Programa de Ad-
Cielo, a união com a MasterCard é
ministração do Varejo (Provar) Nuno
um divisor de águas no negócio
Fouto, será nos últimos meses do
das duas companhias. “Estamos
ano que o bolso do consumidor
comprometidos e prontos para
ficará mais sensível às ações do
operar multibandeira a partir de
governo para controlar a inflação.
1º de julho. Tenho certeza de que
“Se subir mais, poderá frear o ím-
se inicia aqui uma parceria sólida
peto do consumidor na hora de
e duradoura”, diz. 12 �
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gastar.”
Pequenas empresas crescerão mais nos próximos cinco anos
L
evantamento da empresa Ten-
doméstico se destacam setores como
dências
Integrada
serviços, comércio e indústria auto-
sobre as perspectivas para as micro
motiva e eletroeletrônica. Isso tam-
e pequenas empresas nos próximos
bém se reflete nas micro e peque-
cinco anos mostra um cenário de
nas empresas, com possibilidades de
crescimento, principalmente nos se-
crescimento maior para aquelas que
tores de comércio e serviços. O estu-
atuam no setor de consumo domésti-
do foi apresentado durante o Encontro
co. Também há possibilidades de cres-
Nacional dos Conselheiros do Sistema
cimento para as que atuam na cadeia
Sebrae 2010 em Brasília, no dia 26 de
de fornecedores das atividades que
de projetos de
maio, e prevê um crescimento médio
receberão maiores investimentos. As
mineração
de 4,5% ao ano para economia brasi-
que crescerão menos são as que atu-
de energia; a
leira nos próximos cinco anos, impul-
am nos setores de calçados, têxtil e
Sudeste, por fa-
sionado principalmente pelo consumo
petroquímica, devdido à alta concor-
tores como pro-
doméstico e pelo investimento.
rência dos produtos importados, com
dução de petró-
preços mais competitivos em virtude
leo, bens de capital
da valorização do real.
e indústria automoti-
Consultoria
Na área de investimento despontam mineração, siderurgia, petróleo e
e
construção civil, associados a fatores
Conforme o estudo, as regiões que
va; e a Centro-Oeste,
como a Copa do Mundo de 2014 e a
mais crescerão nos próximos cinco
por onde se expande
Olimpíada de 2016. Já no consumo
anos são a Norte, pela alta incidência
a fronteira agrícola.
Inadimplência de pessoa física é a menor desde 2005
A
s pessoas físicas estão deixando menos contas atrasadas: a taxa de inadim-
tabiliza operações de empréstimos com atraso Segundo dados do
superior a 90 dias. A inadimplência geral, que
plência, que inclui todas as operações reali-
Banco Central,
inclui as operações com pessoas físicas e com
zadas em bancos, recuou de 7%, em março
o índice de
empresas, também recuou para 5% em abril.
deste ano, para 6,8% em abril, segundo o Banco Central. Conforme a instituição, é
6,8%
Em março, estava em 5,1%. Com isso, está no nível mais baixo des-
o menor valor desde dezembro de 2005,
atingido em abril foi
de março do ano passado (5%). Já a taxa de
quando ficou em 6,74% ao ano.
o mais baixo desde
inadimplência das operações dos bancos com
dezembro de 2005
as empresas permaneceu em 3,6% ao ano em
Esse foi o sexto mês consecutivo de queda na inadimplência das pessoas físicas. Para
abril, mesmo valor de março. É o valor mais bai-
medir o nível de inadimplência, o BC con-
xo desde junho de 2009, quando somou 3,4%. dirigente Lojista � junho 2010
� 13
b r a s i l
l o j i s t a
FCDL/SC propõe solução tributária para microempresa
Presidente da CNDL participa de evento no RJ Aconteceu nos dias 29 e 30 de maio, a 8ª Integração Lojista das CDLs do Estado do Rio de Janeiro, na cidade de Angra dos Reis. Entre os presentes estavam o presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior – que participou de uma reunião com presidentes de CDLs do Estado –, e o superintendente Dr. André Luiz.
CDL Santa Maria realiza Encontro de Executivos DEBATE NA ASSEMBLEIA Lideranças lojistas defendem cobrança de ICMS diferenciada para as PMEs
criação de uma tabela diferen-
A
pequeno empresário, que represen-
ciada para que as micro e pe-
ta mais de 90% do setor produtivo
quenas empresas de Santa Catarina
estadual, é uma forma das empresas
não percam competitividade com a
não perderem os benefícios conquis-
substituição tributária foi sugerida
tados com o Simples”, defende Ser-
pela FCDL/SC em audiência pública
gio Medeiros, presidente da FCDL/
realizada no dia 12 de maio com a
SC. “O valor agregado ao produto é
Secretaria da Fazenda e representan-
atualmente calculado pelo governo
tes de entidades empresariais do es-
com base em pesquisas, mas preci-
tado. A tabela proposta pelos lojistas
samos rever esta margem de lucro
definirá o percentual da margem de
estabelecida e definir uma tabela es-
lucro sobre qual o ICMS será cobra-
pecífica para as MPEs”, diz. Ele expli-
do e foi apresentada às cerca de 450
ca que com o Simples pagava-se de
pessoas que lotaram o auditório da
1,25% a 3,95% em impostos sobre o
Assembleia Legistativa para debater
faturamento. Já no regime de substi-
o sistema de tributação que passou a
tuição, os impostos variam de 17% a
vigorar para mais 12 setores a partir
25%. A equipe técnica da Fazenda
de 1º de maio.
comprometeu-se a discutir com os
“Aplicar uma tabela escalonada com percentuais reduzidos para o 14 �
dirigente Lojista � junho 2010
empresários adequações no regime de substituição tributária.
A Câmara de Dirigentes Lojistas de Santa Maria (RS) realizou no dia 14 de maio o 1º Encontro de Executivos, iniciativa com o objetivo de fomentar a relação entre as CDLs e estimular a criatividade em ações voltadas às relações comerciais. O evento teve a participação de 12 entidades, entre CDLs e ACIs, de diferentes cidades gaúchas. Novos encontros já estão planejados para intensificar a troca de experiências.
Conselho do SPC Brasil se reúne em Brasília O Conselho Deliberativo do SPC Brasil esteve reunido no dia 27 de maio, na sede da CNDL, para tratar de questões como família de produtos, novo sistema integrado de comunicação, Portal e Material de Marketing do SPC Brasil. Na ocasião, foram apresentadas as contas até abril de 2010 e o parecer da auditoria relativo às contas do exercício de 2009.
FCDL/MG promove 7o encontro de profissionais de CDLs A Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Minas Gerais recebeu no dia 20 de maio as caravanas de presidentes e integrantes do movimento lojista estadual para o 7º Encontro de Profissionais das CDLs Mineiras. “Com união, esforço e trabalho conseguimos reunir cerca de mil pessoas e fazer este grande
Presidente da CNDL debate cartões com ministro da Justiça
evento para capacitar e integrar CDLs
A regulamentação do setor de cartões de crédito foi tema de encontro no último
Junior, prestigiou o evento e pontuou
dia 31 entre o presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior, e o ministro da Justiça,
o quanto o comércio varejista gera
Luiz Paulo Barreto. “Nossas posições foram ouvidas e a Confederação estará nas
renda, trabalho e riquezas. “Somos
discussões para a regulamentação do setor de cartões de crédito”, diz Pellizzaro.
o setor que mais emprega e mostra-
Também participaram da reunião o superintendente da CNDL, André Luiz Pellizzaro,
mos muita união, como todos os pre-
e o gerente de relacionamento institucional, Luiz Santana.
sentes ressaltaram aqui”, conclui.
de todo o estado”, afirma José César da Costa, presidente da FCDL/MG. O presidente da CNDL, Roque Pellizzaro
Movimento Lojista em peso no seminário sobre Lei Geral das PMEs o último dia 8 de junho, a Câmara
N
põem 20% do PIB nacional,
dos Deputados realizou o Seminá-
são responsáveis por 40%
rio Nacional Aprimoramentos da Lei Ge-
dos
ral das Micro e Pequenas Empresas. A
além de representar 99%
Lei Geral, antiga reivindicação dos micro
das empresas brasileiras.
e pequenos empreendedores, foi pro-
Liderados pelo presidente
mulgada em 14 de dezembro de 2008
da CNDL, Roque Pellizzaro
e “trata de vários temas (burocracia, tri-
Junior, representantes do
butação, mercados, tecnologia, crédito,
Movimento Lojista marca-
etc) que fomentam o desenvolvimento
ram presença no seminário,
entre eles os deputados Cláudio Vig-
e a competitividade das MPEs”, confor-
que contou ainda com a participação
natti (presidente) e Luiz Carlos Hauly
me descrição no site do Sebrae.
de integrantes da Frente Parlamentar
(secretário-geral) e o senador Adelmir
Mista das Micro e Pequenas Empresas,
Santana (vice-presidente).
As micro e pequenas empresas com-
empregos
formais,
dirigente Lojista � junho 2010
� 15
C D L
JO V E M
Dia da Liberdade de Impostos é sucesso em todo o Brasil
R
ealizado todos os anos em 25
em todo o País. Este ano, a iniciati-
paga pelos contribuintes. A soma dos
de maio, data em que simbo-
va capitaneada pelo movimento CDL
impostos pagos ao longo de um ano
licamente o brasileiro deixa de tra-
Jovem aconteceu simultaneamente
corresponde a todo o dinheiro que
balhar para pagar impostos, o Dia
em várias cidades do Brasil e teve
os trabalhadores recebem de 1o de
da Liberdade de Impostos obteve
como objetivo principal mostrar à
janeiro até 25 de maio, motivo pelo
mais uma vez grande repercussão
população a elevada carga tributária
qual a data foi escolhida.
Mobilização nacional
Como foi o Dia da Liberdade de Impostos em algumas cidades brasileiras Brasília (DF) Na capital federal, o posto participante foi o Jajour, que reduziu o preço da gasolina de R$ 2,64 para R$ 1,59 (desconto de R$ 1,05 de impostos embutidos). No período das 6h às 17h30 a fila de carros para abastecer chegou perto dos oito quilômetros. “Muitos consumidores não sabem, mas pagam cerca de 40% em tributos em cada produto comprado”, afirma Samuel Torres Vasconcelos, coordenador da CDL Jovem DF. Belo Horizonte (MG) A venda de gasolina com desconto dos tributos (a R$1,33/litro, com 43% de desconto) foi acompanhada por muita irreverência. Para simbolizar o consumidor que carrega a carga tributária, um burro foi utilizado e os participantes da ação estavam com nariz de palhaço. “Nos sentimos verdadeiros palhaços porque trabalhamos quatro meses e 28 dias do ano apenas para pagar tributos”, diz Geovanne Teles, coordenador estadual da CDL Jovem de Minas Gerais. Florianópolis (SC) Organizado em parceria com o Posto Nienkotter, o Dia da Liberdade de Impostos possibilitou a venda do litro de gasolina comum de R$ 2,59 por R$ 1,21 o litro (descontados 53% de carga tributária). “Queremos chamar a atenção dos consumidores para a má aplicação dos recursos”, afirma Renan Stringhini, coordenador da CDL Jovem de Florianópolis. “Sabemos que o imposto é necessário para se viver em sociedade, mas a questão em xeque é a aplicação deste dinheiro”, diz. Lages (SC) Empresas integrantes da CDL Jovem, juntamente com o posto de combustível Raid, possibilitaram que mais de 300 veículos abastecessem 15 litros de gasolina comum, comercializada a um preço especial de R$ 1,478 por litro. O preço normal é de R$ 2,787 (R$ 1,20 são impostos).
16 �
dirigente Lojista � junho 2010
CDL Caruaru sedia Convenção Norte/Nordeste de CDL Jovem
E
ntre 3 e 5 de junho, a equipe da FCDL/PE, acompanhada do ge-
rente de relacionamento institucional da CNDL, Luiz Santana, esteve nos municípios de Caruaru, Serra Talhada e Ouricuri para participar de eventos realizados pelas CDLs locais. A primeira parada foi a Convenção Norte/Nordeste das CDLs Jovem, em Caruaru, que reuniu nomes como Armando Monteiro Neto, presidente da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), e Jorge Côrte Real, presidente da
DE OLHO NO FUTURO Crescimento da economia e formação de novas lideranças foram temas do evento
Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe). “Nossa Confede-
Representando a CDL Jovem Nacio-
institucional da CNDL, representou o
ração está amadurecendo e ganhando
nal, Geovane Teles falou da responsa-
presidente da CNDL, Roque Pellizzaro
credibilidade. A entidade hoje possui
bilidade que as CDLs Jovem têm diante
Junior para tratar das ações realizadas
um presidente jovem e ativo, que está
do crescimento da economia brasileira
pelas CDLs Jovem em vários estados e
dando uma nova cara ao Movimento
e da importância da formação de líde-
da disposição da CNDL para auxiliar as
Lojista”, afirmou Eduardo Catão, presi-
res para gerir esse crescimento. Já Luiz
unidades jovens.
dente da FCDL/PE.
Santana, gerente de relacionamento
No dia 4, na CDL de Serra Talhada, ocorreu a posse do novo presidente da entidade, Everaldo Melo de Lima. Ele assume uma entidade estruturada graças ao trabalho das gestões anteriores, como a do ex-presidente Francisco Mourato, que construíram uma das principais CDLs do estado. Finalizando o giro por Pernambuco, em Ouricuri a comitiva participou da Feira do Comércio, que em sua terceira edição já é considerada umas das prin-
CERIMÔNIA DE POSSE Everaldo Melo de Lima assumiu a presidência da CDL de Serra Talhada
cipais da região. O evento contou com mais de 45 expositores. dirigente Lojista � junho 2010
� 17
i nf o rm e
j ur í d i c o
As MPEs optantes do Simples Nacional e a substituição tributária Lojista optante do Simples N (faturamento: R$ 100 mil) o dia 8 de junho acompanha-
mos o presidente da CNDL, Ro-
que Pellizzaro Junior, para defender as
MPEs optantes do Simples Nacional no Congresso Nacional, durante o Seminário Nacional de Aprimoramento da Lei
OPERAÇÃO SEM A SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA
OPERAÇÃO COM A SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA
Geral das Micro e Pequenas Empresas.
Colchão (custo) R$ 229,10
Colchão (custo) R$ 229,10
A preocupação da CNDL merece desta-
MVA (76,87%)
R$ 176,10
MVA (76,87%)
R$ 176,10
que, pois o avanço da modalidade da
Valor revenda
R$ 529,00
Valor revenda
R$ 529,00
cobrança do ICMS através da “substi-
ICMS (1,25%*)
R$ 6,61
ICMS (17%*)
R$ 39,08 (5491%)
tuição tributária” é uma cômoda forma de arrecadação implementada pelos
*ICMS das MPEs optantes do Simples
*ICMS das MPEs optantes do Simples
governos estaduais em detrimento das
Nacional sem a substituição tributária
Nacional com a substituição tributária
empresas, já que, ao invés de exercer seu papel de fiscalização, o estado copecto, recebeu atenção a cobrança do
ecoou no Congresso Nacional a ban-
Ou seja, antes da venda da merca-
ICMS na fronteira como forma de an-
deira “As MPEs pedem socorro”, es-
doria que está no estoque do lojista.
tecipação do ICMS. Esta cobrança onera
perando que os senhores deputados
Além disso, interfere no próprio negó-
mais uma vez os optantes do Simples
e senadores corrijam em tempo estas
cio do lojista ao fixar um valor mínimo
Nacional que não tem como se creditar
distorções em defesa das MPEs optan-
para a revenda do produto, a chama-
do tributo antecipado, além de mascarar
tes do Simples Nacional.
da MVA (Margem de Valor Agrega-
uma cobrança de diferença de alíquota
A substituição tributária é um ver-
do), inibindo assim, sob pena de mais
de ICMS que somente é legítima sobre
dadeiro desestímulo à manutenção e
prejuízo, promoções, por exemplo.
o consumidor final, sendo este aspecto
abertura de novas empresas porque
Também foi destaque a disparidade
alvo de uma Ação Direta de Inconstitu-
os governos mais uma vez focam no
dos valores do ICMS que pode chegar
cionalidade promovida pela CNDL em
aumento espetacular da arrecadação
com a substituição tributária aos op-
trâmite no Supremo Tribunal Federal.
fiscal para sustentar a pesada e pouco
bra pelo tributo de forma antecipada.
Outra discussão foi a necessidade do
eficiente máquina administrativa, pou-
aumento do teto da tabela do Simples
co se importando com os contribuintes.
Veja no quadro acima o exemplo da
Nacional, passando dos seus atuais
E estes, por sua vez, já não suportam
venda de um colchão sob as regras do
R$ 2,4 milhões para R$ 3,6 milhões.
mais este modelo fiscal que está le-
governo de Santa Catarina, estado que
Todos estes pontos foram bem levan-
vando ao colapso e à ruína financei-
apresenta 140 mil empresas optantes
tados pela CNDL na explanação do seu
ra de empreendedores que investem
do Simples Nacional. Além deste as-
presidente Roque Pellizzaro Junior que
suas vidas em seus negócios.
tantes do Simples Nacional em mais de 400% de aumento.
18 �
dirigente Lojista � junho 2010
por ANDRÉ
LUIZ, assessor jurídico Cndl
CNDL vai ao STF garantir acesso à Justiça no RN
A
da CNDL, André Luiz Pellizzaro.
CNDL questiona no Supremo Tri-
notas rápidas
bunal Federal, através de uma
Nas comparações com os valores
Ação Direta de Inconstitucionalidade
anteriormente cobrados, existem itens
(Adin), a nova Lei de Custas e Emolu-
das custas processuais que subiram
mentos do Rio Grande do Norte, aten-
mais de 2.700%, outros 1.000% e ain-
dendo solicitação da CDL Natal e da
da entre 156% e 500%. Mas a gran-
FCDL/RN. Existe um pedido de medida
de parte do aumento foi entre 78% e
cautelar para suspender de imediato os
240%. No caso dos emolumentos, tam-
efeitos da lei.
bém há itens com patamares elevados
“A ideia surgiu a partir do presiden-
de aumento. Alguns subiram 3.500%,
te da OAB/RN, Paulo Eduardo Teixei-
enquanto que a maior parte varia entre
ra, que desde o início foi enfático em
73% e 100%. O alto valor das custas di-
combater a nova lei”, informa
ficulta o acesso ao Poder Judi-
o advogado Daniel Alves
ciário e consequentemente a
Pessoa, que assina a ação
realização da Justiça e o pleno
com seu sócio, Tiago Ma-
exercício da cidadania.
fra, ambos da Mafra & Pessoa Advogados,
juntamente
com o advogado
Em baixa
Em alta O movimento
O
das entidades
da cobrança
que represen-
do ICMS pe-
tam
setor
los estados
produtivo pela criação do
através da substituição
“Ministério das MPEs”, veri-
tributária que onera se-
ficado no ultimo dia 8 de ju-
veramente os optantes
nho no Seminário Nacional
do Simples Nacional e
de Aprimoramento da Lei
compromete a competi-
Geral das MPEs.
tividade.
o
avanço
assejur@cndl.org.br
Má prestação de serviço: Esgotado o prazo de 90 dias previsto no Código de Defesa do Consumidor, o comprador não poderá exigir do fornecedor a reexecução do serviço, a restituição da quantia paga ou o abatimento proporcional do preço. Porém, o pedido de indenização por danos causados pode ser ajuizado no prazo prescricional de cinco anos. (fonte: STJ) Imunidade profissional: O advogado tem imunidade profissional, não constituindo injúria e difamação qualquer manifestação de sua parte no exercício dessa atividade, em juízo ou fora dele, conforme decisão do STJ. Contudo, incorre nas sanções disciplinares perante a Ordem dos Advogados do Brasil. (fonte: STJ) Estacionamento em shoppings: O estabelecimento comercial que oferece estacionamento a seus clientes é responsável pelos danos ocorridos nos veículos ali estacionados. Este foi o entendimento da 4ª Câmara de Direito Civil do TJSC. (fonte: TJSC)
“Não existem pessoas de sucesso e pessoas fracassadas. O que existe são pessoas que lutam pelos seus sonhos ou desistem deles.” Augusto Cury, médico, psiquiatra, psicoterapeuta e escritor dirigente Lojista � junho 2010
� 19
e n t r e v i s t a
20 �
dirigente Lojista � junho 2010
Tagil Oliveira Ramos | Escritor e jornalista
BONS NEGÓCIOS NO
TWITTER por alexandre gonçalves fotos CASA DA PHOTO
Autor do recém-lançado livro Twitter, chiclete e camisinha, o jornalista, escritor e conferencista Tagil Oliveira Ramos é categórico em afirmar que o Twitter já é uma ferramenta consolidada – mas não esgotada – para fazer negócios. Ele prevê que em breve haverá um novo boom dentro do próprio site com o uso de novas aplicações. Na entrevista a seguir, além de analisar os rumos do Twitter, Tagil apresenta algumas dicas para os lojistas que ainda não aderiram ao serviço de microblogging.
dirigente Lojista � junho 2010
� 21
e n t r e v i s t a
Dirigente Lojista – No livro, você
abstrata de comunicação que inunda
num ambiente em que não faltam
compara o Twitter a um jogo. Na
a twittosfera. Para ter presença nela,
vírus e pessoas mal-intencionadas.
sua opinião, as empresas do varejo
é preciso “soprar” bem a “twitbola”,
já aprenderam a “jogar Twitter”?
enchê-la com “espírito” e técnica.
DL – Para onde caminha o Twitter
Tagil Oliveira Ramos – As empresas
Desse modo, você faz relacionamen-
como ferramenta para fazer negó-
de varejo estão aprendendo a jogar.
tos, inclusive os de natureza comer-
cios? Está longe de estar consoli-
Um estudo da Associação Comercial
cial. E a camisinha é uma metáfora
dada?
de São Paulo mostra que 17% ade-
para se relacionar com segurança,
Tagil – O Twitter já é considerada
riram às redes sociais. Ainda não é
uma ferramenta de negócios. Conto
um número astronômico, concordo,
no livro casos de sucesso como o do
mas indica que as empresas estão
Departamento de Outlet da fabricante
investindo nesse segmento. A tec-
de computadores Dell. Também narro
nologia está madura e já foi testada.
como a livraria Saraiva usa para au-
Muitas empresas começam a aderir
mentar suas vendas, de uma maneira
motivadas até pela entrada dos con-
lúdica. Mas, longe de estar esgotada,
correntes! O Twitter faz parte desse
a ferramenta Twitter só tem a crescer.
universo, uma vez que é a interface
Dentro em breve, teremos aplicações
que permeia todas as demais redes
preparadas para o mercado publicitá-
sociais. Twittar é fácil. É como tocar
rio. Será um novo “boom” dentro da
violão. As primeiras notas são até fá-
própria plataforma. Teremos muitas
ceis de tirar. Mas se tornar um vio-
notícias, ainda este ano.
lonista profissional é outra coisa. No Twitter, acontece o mesmo. É preciso
DL – Que avaliação você faz das em-
dedicação, sensibilidade, ações foca-
presas que entram no Twitter pen-
das e um respeito muito grande pe-
sando em um único resultado: ven-
las pessoas que seguem você.
der mais? É um erro ignorar outras
DL – A propósito, por que o título Twitter, chiclete e camisinha? Tagil – São coisas portáteis que não podem faltar no bolso do homem e da mulher do nosso tempo. Numa explicação mais compenetrada, o leitor verá que o livro é dividido em duas partes: “Chiclete e Bolas” e “Camisinha e Bons Hábitos”. A chave para tudo é a metáfora do “twichiclete”. Trata-se de uma substância 22 �
dirigente Lojista � junho 2010
Saímos da abstração do público-alvo para o público-seguidor, que é vivo, reage às promoções, replica, reclama, dá ideias, interage e, obviamente, compra produtos
possibilidades proporcionadas pelo Twitter como valorização da marca e relacionamento com clientes? Tagil – As motivações para usar o Twitter são várias. O impulso de vendas é um deles. A Dell vendeu US$ 3 milhões pelo Twitter. Não dá para desprezar isso. Os bancos estão entrando no Twitter. As formas de pagamento on-line estão consolidadas. Mas, com certeza, uma estratégia de Virtual Branding ou Marca Virtual é
algo que dará resultado a médio e longo prazos também. Esse serviço pode ser terceirizado. Trabalho como diretor de Marketing em redes sociais para uma empresa chamada TurbinaCom (www.turbinacom.net). Prestamos serviço para empresas de todo tamanho. Há soluções escalonáveis, adequadas ao objetivo de cada marca. Além disso, o relacionamento
com um clique. E divulga para sua
No Twitter, é preciso dedicação, sensibilidade, ações focadas e um respeito muito grande pelas pessoas que seguem você
rede inteira. O “mouse a mouse” é mais eficiente que o boca a boca. DL – Quais as chances de uma marca consagrada obter bons resultados no Twitter apenas por ser uma marca já conhecida? A responsabilidade é maior? Tagil – A chamada virtual branding
com o cliente certamente fica mui-
faz parte da marca total da empresa.
to mais intenso, permitindo aumen-
Mas não está colada a ela. Tem uma
tar seu tíquete de compra por meio
e, obviamente, compra produtos das
independência. Muitas empresas não
de conceitos como, por exemplo, o
empresas que ele segue e respeita. É
entram no Twitter ou em outras re-
SAC 2.0, o atendimento on-line que
assim no mundo real. No Twitter, isso
des sociais com medo das reclama-
trabalha em sinergia com SAC tradi-
pode ser mais rápido e mais eficien-
ções que chegarão envolvendo seu
cional, trazendo redução de custos à
te. O conceito de público-seguidor é
nome. O que elas não sabem é que,
operação como um todo.
quase o de um cartão de fidelidade
independentemente de estarem ou
virtual. Cativar esse seguidor envian-
não presentes na twittosfera, sua
do tweets expressivos é uma arte.
marca já está nos comentários das
DL – Como convencer um “neotwitter” de que ele não precisa de
pessoas. É como deixar uma Ferra-
um número, mas de um público
DL – Qual a melhor forma de conquis-
ri estacionada na rua. Uma marca é
seguidor?
tar e fidelizar o público-seguidor?
mais valiosa que uma Ferrari e as re-
Tagil – Aumentar o número de se-
Tagil – A melhor forma de fazer isso é
des sociais mais ativas que uma rua.
guidores é algo natural para o “Twit-
enviar mensagens significativas para
Caso as grandes marcas não tenham
ter Master”, como eu cito no livro.
ele e responder a suas perguntas e
estratégia para a chamada web 2.0,
Não deve ser a preocupação princi-
demandas. Sabemos que raramente
sua marca virtual pode ser arranha-
pal. Vem com o tempo de viagem
um cliente muda de marca, se está
da, a ponto de prejudicar seu negó-
na “estrada twitteira”. O importante
satisfeito. Nenhuma empresa per-
cio principal.
é acertar o alvo. Isso exige técnica.
derá seguidores para o concorrente,
Não adianta ter 100 mil seguidores
caso mantenha esse índice de satis-
DL – O que uma empresa perde
que nada agregam ao seu negócio.
fação alto. Temos casos de empresas
quando entra no Twitter e faz um
No Twitter, por causa de suas carac-
que venderam estoques inteiros em
certo alarde por isso, mas não man-
terísticas, conseguimos sair da abs-
tempos recordes, por meio de cam-
tém uma presença regular no site?
tração do chamado público-alvo para
panhas promocionais via Twitter. O
a realidade do público-seguidor. Esse
consumidor twitteiro é rápido, instru-
último é vivo, reage às promoções,
ído, com bom poder aquisitivo. Se é
replica, reclama, dá ideias, interage
oferecida uma boa oferta, ele decide dirigente Lojista � junho 2010
� 23
e n t r e v i s t a
Que impacto o abandono do perfil
O comentário, aparentemente bem-
uma opção interessante, vista com
pode causar entre os seguidores?
humorado, ofendeu muita gente que
bons olhos?
Tagil – Entrar de maneira errada no
participava, quase perdendo o valor
Tagil – Primeiro, ele deve separar um
Twitter ou nas redes sociais é tão gra-
da campanha realizada.
bom tempo para isso. Talvez fosse bom fazer um curso para se habilitar.
ve quanto ficar fora. Abrir um perfil empresarial e colocar o filho de 12
DL – E quando quem abastece a
Pode ler obras especializadas. Entrar
anos para responder aos tweets e
mídia social é o dono da empresa,
em redes sociais e usar as ferramen-
posts não é um bom negócio. Por
qual a principal recomendação? É
tas de mídia social é semelhante a
isso, recomendo que se contrate uma
ganhar uma emissora de rádio ou
empresa especializada nisso. Outra
de TV. Imagine a situação: você tem
alternativa é formar esse profissional
uma emissora e precisa criar uma
dentro de casa, mas leva tempo e
programação todos os dias. Ressal-
custa mais caro. O abandono de um
vadas as devidas proporções, as duas
perfil é um desastre para um marca.
situações são muito semelhantes.
Significa que ela escolheu a hora erra-
Não é uma opção interessante, na
da, a estratégia errada e o profissional
maioria dos casos, o dono fazer isso.
errado para tomar conta.
O proprietário ou presidente de uma empresa deve cuidar do seu core-
DL – Se a loja resolve fazer o tra-
business, do qual ninguém mais en-
balho por conta própria, como
tende mais que ele, e terceirizar o
orientar funcionários sobre o uso
marketing digital. Sai mais barato do
das mídias sociais? Qual deve ser o
que montar uma estrutura interna.
perfil deste profissional? Tagil – Quem vai gerenciar esse pro-
DL – Por fim, entre as muitas “twi-
cesso e a inserção nas mídias sociais
tdicas” que você dá no livro e no
deve ter cabeça 2.0. Não adianta co-
seu perfil no Twitter, qual você
locar o “menino-prodígio que manja
considera a mais importante?
de computadores”. Isso era possível antes da Era da Conectividade. O perfil desse profissional deve ser obviamente compatível com a cultura da empresa. Mas deve ser alguém com especialização. Recentemente a Fiat fez uma campanha no FormSpring (serviço em que é possível mandar perguntas até anônimas) e uma pessoa sem tato respondeu que a “cor-de-rosa para carros era coisa de são-paulino”. 24 �
dirigente Lojista � junho 2010
O consumidor twitteiro é rápido, instruído, com bom poder aquisitivo. Se é oferecida uma boa oferta, ele decide com um clique
Tagil – Pergunta difícil. Todas são importantes, pois contemplam demandas e perfis diferentes. Mas vou arriscar a indicar três, focadas no público que nos lê: faça um plano de, no mínimo, 12 meses para seu negócio em redes sociais; comece pequeno e pense grande; e gerencie a qualidade pelos comentários dos clientes. Afinal, cliente satisfeito não procura o concorrente.
dirigente Lojista � junho 2010
� 25
c a p a
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r e cur s o s
h um a n o s
com o
time
na mão por alexandre gonçalves fotos shutterstock
quando o técnico Dunga anunciou a
coerência, comprometimento, con-
o país do futebol, onde o que
convocação dos jogadores para dis-
fiança, liderança, espírito de equipe,
não falta é brasileiro metido a
putar a Copa do Mundo na África do
responsabilidade e resultados.
técnico, costuma-se dizer que cabeça
Sul. Ao convocar uns e não levar ou-
Diferente do técnico da Seleção,
de treinador é sempre imprevisível:
tros – pedidos em massa pela torci-
o dono de loja não prepara sua equi-
nunca se sabe o que vai sair de lá.
da e pela mídia esportiva –, Dunga
pe apenas para uma competição que
Se o treinador em questão for o da
justificou suas escolhas com uma
acontece de quatro em quatro anos.
Seleção Brasileira em época de Copa
espécie de “cartilha” para convoca-
Ele precisa ter o time na ponta dos
do Mundo, a imprevisibilidade atin-
ção, baseada não apenas no desem-
cascos, jogando por música a qual-
ge seu grau máximo, para surpresa
penho dos atletas em campo, mas
quer tempo para encarar as “copas
e até espanto do torcedor. Foi assim
principalmente em qualidades como
do mundo” que o varejo disputa no
N
26 �
dirigente Lojista � junho 2010
Como aplicar a “cartilha” de Dunga para encarar os desafios enfrentados pelo varejo ao longo do ano decorrer do ano: Natal, Dia das Mães, Dia dos Pais, Dia dos Namorados, Dia das Crianças, volta às aulas... Assim como Dunga não levou em conta somente aspectos técnicos para escolher os 23 jogadores que foram para a Copa, o lojista também pode levantar a bola da sua equipe usando critérios semelhantes aos adotados pelo comandante do time canarinho. Da mesma forma como não bastou a habilidade com a bola nos pés para garantir uma vaga na Seleção, não basta o bloco de nota fiscal na mão do vendedor e a vocação para vendas para fazer dele um craque da loja. É possível ir além e, quase sempre, é preciso. Com a ideia de adaptar para a realidade do varejo os principais pontos da “cartilha Dunga”, a Dirigente
Lojista reuniu um time de cinco consultores especializados em gestão de pessoas para debater o tema. O resultado desta tabelinha você acompanha nas páginas a seguir. Preparado para ter o time na mão, como se diz na gíria do futebol? Vire a página.
dirigente Lojista � junho 2010
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c a p a
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r e cur s o s
h um a n o s
A importância da coerência Se o lojista toma decisões incoerentes a reação de gerentes e vendedores vem em forma de desmotivação
da. Para Gilclér Regina, o que está em
a coerência, desde que não confundida
afirma. Na avaliação de Costa, a maio-
ta acrescenta que as atitudes incoeren-
com teimosia, tem tudo para ser um
ria das pessoas admira a qualidade de
tes do lojista aborrecem, constrangem
pilar importante na busca dos resul-
coerência do outro. Sempre haverá
e podem até incentivar sentimentos de
tados desejados. “O maior risco que
momentos em que o lojista terá que
revanche. Por isso, devem ser evitadas
um lojista corre ao confundir coerência
tomar decisões difíceis. “Aí se age coe-
a todo custo. “Imagine um incoerente
com inflexibilidade é não reter talentos
rentemente, as chances de sua decisão
dizendo: ‘vamos lá gente, nós vamos
que são fundamentais para ter compe-
ser acolhida pelos colaboradores serão
conseguir alcançar a meta’”, diz Costa.
titividade e fazer a diferença”, afirma o
enormes”, aponta.
“Você acha mesmo que alguém o se-
Após o anúncio dos 23 jogadores convocados para a Copa do Mundo, o técnico Dunga justificou a presença de alguns e a ausência de outros na lista com uma palavra: coerência. Para ele, não fazia sentido desprezar o trabalho feito desde que assumiu a Seleção e convocar jogadores que mal começaram a se destacar. Para muitos, a coerência pregada por Dunga estava mais para teimosia. Internamente, na relação entre comandante e comandados,
consultor Gilclér Regina. “Em time que
Da mesma forma, o impacto de de-
se ganha, também se mexe, mas só
cisões incoerentes também deve ser
acho que não se pode ser radical nem
medido pelo lojista antes de ser toma-
de um lado nem de outro”, diz. O consultor Evaldo Costa concorda: ser inflexível achando que está sendo coerente coloca o lojista numa zona de risco. “O lojista deve possuir visão empreendedora, estar aberto e alinhado com novos conceitos de gestão, escutar com sapiência, ter boa capacidade de liderar pessoas e processos”,
28 �
dirigente Lojista � junho 2010
jogo, neste caso, é a credibilidade da equipe para com a liderança. Se o lojista age de forma incoerente, diz Regina, a reação de gerente e vendedores vem em forma de insatisfação e desmotivação. “De certa forma, eles se sentem traídos na confiança e na credibilidade, o que prejudica os próximos passos do planejamento da loja e gera um descompromisso da equipe”, alerta. Além da desmotivação, Evaldo Cos-
guirá? Pouco provável”, conclui.
A cultura da liderança positiva A presença de Gilberto Silva no time de Dunga rendeu críticas da mídia esportiva, sob a alegação de que a atual fase técnica do volante está longe daquela da campanha vencedora na Copa de 2002. Mas Gilberto Silva não é só um volante. É também um dos líderes que Dunga identificou no time brasileiro. Tanto que, na ausência de Lúcio, é o ex-atleta do Atlético Mineiro quem assume a faixa de capitão. “O processo de liderança ocorre naturalmente, independentemente do cargo”, conta o consultor Jerônimo Mendes. “Conhecimento e habilidades são fundamentais, entretanto, as atitudes dependem de cada líder em particular”, diz. Para identificar lideranças, bas-
Assim como o capitão é o técnico dentro de campo, o líder da loja precisa ter voz ativa nas decisões estratégicas
res da loja, o dono pode contar com a ajuda do gerente. “Quanto mais aberta e clara for a comunicação, melhor”, avalia Paulo Roberto de Souza.
ta olhar mais atentamente. É o que
os colegas de trabalho, que não são
“O lojista não deve temer o fato de
sugere o consultor Paulo Roberto de
competitivos entre si, por exemplo.”
os funcionários poderem expressar
Souza. “O líder tem como competên-
Assim como o capitão é o técnico
cia desenvolver pessoas, tem a ca-
dentro de campo, o líder da loja pre-
Jerônimo Mendes diz que a forma
pacidade de estabelecer os rumos do
cisa ter voz ativa nas decisões estra-
como o lojista vai chegar ao líderes
negócio e se comunicar com clareza
tégicas. “A participação dos líderes
da equipe depende do estilo de lide-
com as equipes”, afirma. “Ele tam-
de equipe deve ser integral porque
rança utilizado. O lojista deve estar
bém entende quais as competências
eles vivenciam diariamente o pro-
aberto a todas as percepções. “En-
necessárias a desenvolver em cada
cesso de vendas”, diz Mendes. Paulo
tretanto, deve tomar cuidado para
um do time.” Sobre estimular novas
Roberto de Souza concorda e acres-
não atropelar a hierarquia e provocar
lideranças, Souza diz que a equipe de
centa: “É fundamental saber ouvir a
desconforto para a liderança princi-
vendas trabalha com um foco muito
equipe, principalmente o pessoal do
pal”, diz. “O lojista deve deixar claro
específico. Para atingir as metas, é
front, que poderá passar informa-
sua forma de monitorar e andar com
preciso que o foco não seja desvia-
ções sobre o comportamento dos
frequência pela loja a fim de levantar
do. “Mas há vendedores que têm o
consumidores.”
percepções sobre o comportamento
perfil de liderança, que estimulam
Para se aproximar dos outros líde-
suas ideias livremente”, lembra.
dos clientes e dos funcionários.” dirigente Lojista � junho 2010
� 29
c a p a
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r e cur s o s
h um a n o s
Aprenda a dividir responsabilidade Além de pitacos sobre a forma do time jogar, o auxiliar técnico Jorginho esteve sempre ao lado de Dunga nas entrevistas coletivas com voz ativa para tomar a palavra e rebater críticas ao trabalho da dupla na Seleção. Nem sempre acertou o tom, mas assumiu para valer suas responsabilidades como fiel escudeiro. “O líder precisa saber delegar, dando pode-
O líder precisa saber delegar poderes e confiar no potencial do seu time de colaboradores
ditam que sim e isso estaria ligado a uma mudança no perfil do lojista, muito mais atento e interessado em aprimorar sua gestão. “No passado, era raro encontrar um pequeno lojista em um congressos fora do país, como a National Retail Federation, em Nova York, por exemplo”, conta Costa. “O lojista brasileiro entendeu que o sucesso dificilmente será obtido somente com o umbigo enterrado
res e cobrando responsabilidade”, diz o consultor Evaldo Costa. “Caso
de experiência que permita a total
contrário, será pouco provável que
delegação de poderes e responsabi-
consiga montar um time vencedor.”
lidades”, defende.
na loja”, garante. O que pode emperrar a divisão de responsabilidades é a forma
Segundo Costa, as pessoas desejam
Mas o lojista brasileiro está pre-
como isso é feito. Para Evaldo Costa,
ser desafiadas para provar que são
parado para dividir responsabilidades
depende muito do tamanho da loja,
capazes. Quem não delega e cobra
com sua equipe? Costa e Souza acre-
mas sempre é possível dividir tarefas
responsabilidade, na opinião do con-
e responsabilidades. Ele sugere um
sultor, acaba se tornando um cen-
sistema de rodízio. “O funcionário
tralizador e a loja dificilmente será
escolhido para cuidar da arruma-
maior do que o alcance de seu
ção da loja este mês poderá ser
braços. Saber dividir responsabi-
responsável pela pesquisa de satisfação de clientes
lidade é fundamental não
no próximo, e no outro, pe-
só para que a loja possa
las tarefas administrativas”,
“andar”, mas que tenha
diz. O lojista também pode
possibilidade de crescer. “Com
dividir a responsabilidade de
uma equipe comprometida, o
pensar novas ideias para a
lojista tem tempo de cuidar re-
loja, como sugere Souza. “A
almente do crescimento do ne-
equipe de vendas deve ser
gócio e não perde tempo com
ouvida para que possa passar
questões cotidianas”, afirma
feedback e sugestões para o
o consultor Paulo Roberto de
desenvolvimento do negócio
Souza. “É necessário preparar a
e a melhoria do atendimen-
equipe até que atinja um nível
to.” Ouviu?
30 �
dirigente Lojista � junho 2010
Prêmio a quem se compromete O goleiro Doni, reserva na Roma,
no alcance dos resultados. “O restan-
da Itália, não foi convocado para a
te fica por conta do plane-
Copa do Mundo apenas pela seu de-
jamento”, diz.
sempenho dentro de campo. Contri-
Com
tamanha
buiu e muito, nas palavras do pró-
importância,
con-
prio técnico Dunga, o fato do atleta
quistar – antes dos
ter se indisposto com seu clube para
resultados – o comprome-
defender a Seleção durante um tor-
timento da equipe passa
neio. Para o técnico, Doni mostrou
a ser prioridade para o
comprometimento e por isso teve
lojista. “Comprometimen-
seu passaporte carimbado para a
to não acontece em um
África do Sul.
passe de mágica, mas comprometimento
exige do lojista a von-
requer valorização de atitudes, pai-
tade de acreditar no
xão pelo trabalho realizado e capa-
seu potencial, valorizar
cidade de acreditar no seu potencial
o seu produto e servi-
humano”, define o consultor Dal-
ço e nas competências
mir Sant’Anna. No caso do varejo,
existentes na sua equipe”,
Sant’Anna diz que receber homena-
diz Sant’Anna. Nesse sentido, ensi-
gens é digno de pessoas que valo-
na o consultor, estar comprometido
rizam cada oportunidade como um
com as decisões da empresa exi-
momento único. O prêmio pode ser
ge esforço da parte da equipe para
variado, diz o consultor, mas não se
sair do comodismo e aceitar cada
pode jamais deixar de valorizar uma
mudança como uma nova oportuni-
pessoa comprometida. “Premiar é si-
dade. Sant’Anna cita que há pesso-
nônimo de reconhecimento”, afirma.
as que reclamam da empresa, mas
O consultor Jerônimo Mendes re-
não são capazes de ficar uma hora
força esta ideia e sugere que o lojista
a mais para concluir uma atividade.
seja simples e direto, elogie em públi-
“Balconistas, vendedores e atenden-
co, destaque a importância da equipe
tes querem ser o primeiro colocado
na conquista dos resultados e envolva
em vendas, mas quando a empresa
sultor: é necessário vestir a camisa
a equipe em projetos mais arrojados.
convida para um treinamento, dizem
da loja, mas é fundamental acreditar
“Dinheiro é importante, motivação é
que no dia a dia a aprendizagem não
que suas decisões serão o resultado
fundamental”, aponta. Ele avalia que
funciona.”
para o encontro da satisfação com o
“Premiar
o
o comprometimento representa 90%
Para estes, vale o recado do con-
Estar comprometido com as decisões da empresa exige esforço da parte da equipe para sair do comodismo
fazer bem-feito. dirigente Lojista � junho 2010
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c a p a
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r e cur s o s
h um a n o s
Equipe mantida faz diferença Torcida e mídia alimentaram a esperança de ver Neymar e Paulo Henrique Ganso, do Santos, convocados por Dunga, mas no fundo todos sabiam que isso seria muito difícil de acontecer. Neymar e Ganso seriam intrusos num “grupo fechado”, formado com base na coerência do técnico, no comprometimento dos jogadores e na confiança entre ambos. “Para formar
Da seleção ao treinamento, a meta é manter um grupo coeso e reduzir a rotatividade
preza um chefe legal, um ambiente sadio mesmo que competitivo”, sugere. Paulo Roberto de Souza concorda. “Todo funcionário quer ser reconhecido, independentemente da posição que ocupa”, afirma. Por isso, diz o consultor, é importante que os líderes reconheçam o trabalho dos funcionários, estimulem comprometimento da equipe, deem feedback claro e promovam metas desafiantes, mas que possam
uma equipe, é importante saber selecionar primeiramente os funcionários
prometimento e o reconhecimento do
que têm as competências técnicas e
trabalho da equipe”, avalia. “Criar e
Ao evitar a rotatividade de ven-
comportamentais para o cargo”, diz o
estimular uma cultura de equipe unida
dedores, a loja ganha uma “equipe
consultor Paulo Roberto de Souza. “O
para atingir as metas é essencial para
de campeões”, na opinião de Gilclér
treinamento é importante, mas o de-
o sucesso do negócio.”
Regina. Se falta um bom motivo para
ser atingidas.
Para “fidelizar” os integrantes da
apostar na manutenção da equipe,
Souza afirma mais que entender o
equipe, o consultor Gilclér Regina afir-
Paulo Roberto de Souza avalia que já
negócio, a missão e os valores da em-
ma que a melhor estratégia é o olho
não cabe mais a ideia de simplesmen-
presa, é importante que os vendedores
no olho. “Geralmente as empresas
te “trocar” as pessoas. “Outras virão e
sejam comprometidos e isso se torna
querem motivar, mas não perguntam
também com necessidades de desen-
chave na formação da equipe. Para
o que motiva”, diz. “Plano de incenti-
volvimento do seu potencial”, diz. “E
ele, uma equipe responsável é tam-
vos faz parte, já que vendedor vive de
uma equipe que fica mais tempo uni-
bém uma equipe estimulada, que se
resultados, de comissão, mas também
da, conhece tudo do negócio, conhece
safio começa já na seleção.”
sente parte importante do todo. “Um
toda a clientela”, completa Gilclér Re-
bom líder sabe trabalhar este com-
gina. “E isso é tudo”, atesta.
32 �
dirigente Lojista � junho 2010
dirigente Lojista � junho 2010
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c a p a
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r e cur s o s
h um a n o s
O peso da confiança
Para marcar gols em forma de vendas, é preciso que o líder acredite em sua equipe e todos acreditem na empresa
34 �
dirigente Lojista � junho 2010
Ronaldinho Gaúcho e Adriano
Gilclér Regina acredita que o lojista
poderiam ter embarcado com a
conquista sua equipe com os exem-
Seleção para a África do Sul.
plos do dia a dia, com sua história e
Mas tanto para o meia do
com motivação, que, na visão dele,
Milan quanto para o ata-
ainda é o que leva a atitudes que re-
cante da Roma faltou
sultarão em números positivos. Dalmir
um pouco mais de futebol
Sant’Anna, por sua vez, lembra que
e, principalmente, faltou
estimular a comunicação e compar-
conquistar a confiança do
tilhar as inovações ajudam na busca
técnico Dunga. Confiança
pela confiança mútua. Ele adverte que
que ele demonstrou ter
não adianta estimular um funcionário
nos 23 convocados e que pa-
para participar de uma palestra se o lo-
receu ser recíproca por parte
jista diz que treinamento é tudo igual.
dos jogadores. “Quando há falta
“Também não adianta exigir simpatia
de confiança, a insegurança e a au-
se o lojista chega à loja diariamente
sência de credibilidade são colocadas
reclamando de tudo.”
em primeiro lugar”, compara o con-
A confiança também ajuda no re-
sultor Dalmir Sant’Anna. “Se um elo
lacionamento entre os membros da
da corrente enfraquece com a falta
equipe. Sant’Anna diz que resulta-
de confiança, acontece uma espécie
dos aparecem quando o trabalhador
de efeito dominó e uma hora caem
valoriza a cooperação. “No meu en-
todos”, completa o consultor Gilclér
tendimento, a confiança é uma mola
Regina.
propulsora por trás de todas as ações
Para o sucesso de uma loja, não
na busca de melhores resultados.”
basta o lojista confiar na equipe. “Não
Gilclér Regina avalia que privilégios
adianta somente o líder confiar se o
entre membros da equipe podem
próprio funcionário não acredita na
atrapalhar neste processo. “É igual
empresa”, afirma Dalmir Sant’Anna.
a muitas histórias que vemos no
Numa alusão ao futebol, o consultor
futebol, onde alguns ganham uma
diz que para um time marcar um gol,
fortuna e outros, os carregadores de
é preciso o esforço de várias pesso-
piano, têm salários bem menores”,
as, do preparador físico ao atacante.
diz. Queira ou não, acredita Regina,
“Para um lojista vencer, todos pre-
sempre haverá uma disputa vela-
cisam estar em sintonia para remar
da do menor querendo derrubar o
juntos na mesma direção.”
maior. “É preciso ter cuidado.”
Foco nos resultados A conquista da Copa de 1994, com um futebol sem muito brilho, mas de resultado, serviu de referência para Dunga traçar seu trabalho na Seleção. Repetiu para quem quisesse ouvir: o importante é o resultado e não o jeito de jogar. No caso do varejo, o resultado está sempre focado no aumento nas vendas. Mas outros resultados também devem estar na mira do lojista. O consultor Jerônimo Mendes lista alguns destes resultados: excelência
O lojista deve estimular o espírito empreendedor dos funcionários, reconhecer os inovadores e de alto desempenho
Jerônimo Mendes acredita que o lojista não pode abrir mão de fatores emocionais e motivacionais. “O lojista deve estimular o espírito empreendedor dos funcionários, reconhecer os inovadores e de alto desempenho e substituir os ineficientes”, sugere. Evaldo Costa propõe um exercício: imagine um lojista que tenha fracassado diante de uma meta de aumentar o lucro em 20%. Para isso, ele deveria ampliar a clientela em 25%, alcançar 97% de satisfação dos consumidores,
no atendimento; fidelização dos clientes; aumento na carteira de clientes;
do os resultados não são atingidos, “a
treinar 80% de sua equipe e aumentar
desempenho da equipe em relação
postura do lojista e do time de ven-
o market share em 20%. “Admitindo
aos resultados anteriores; e redução
das deve comprovar que todos estão
que o lojista não tenha chegado ao lu-
no volume de reclamações.
comprometidos com suas decisões”,
cro esperado, mas que tenha atingido
Também é preciso saber avaliar os
explica Sant’Anna. “É necessário parar
os demais pontos, podemos dizer que
resultados alcançados e, a partir disso,
para refletir, aprimorar as competên-
o lucro não foi bom, mas os resulta-
estabelecer novas metas, se necessá-
cias e investir cada vez mais em trei-
dos foram alcançados”, afirma. “É bem
rio. “Independentemente dos resulta-
namento”, afirma. Entre outras ações,
provável que os resultados alcançados
dos, avalie o esforço da equipe e de
possam, no próximo período, se con-
cada profissional em particular”, sugere
verter em lucro”, conclui.
Mendes. O consultor Evaldo Costa propõe que o lojista tenha um plano de metas simples e objetivo. “Lembre-se da famosa frase: ‘Não há bons ventos para quem não sabe para onde ir’.” A equipe não pode ficar de fora da avaliação dos resultados. “A participação dos vendedores é essencial, principalmente quando atitudes simples como trocar o ‘não sei’ por ‘vou verificar’ são colocadas em prática”, diz o consultor Dalmir Sant’Anna. E quandirigente Lojista � junho 2010
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G EST Ã O
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A t e nd i m e n t o
deixe o cliente
reclamar Ignorar as críticas de consumidores insatisfeitos pode ser fatal para a imagem da sua loja por Marlon aseff imagens shutterstock
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dirigente Lojista � junho 2010
sejam direcionadas especificamente
cionário treinado pode solucionar a
grande maioria dos lojistas já
ao varejo, fizeram com que o setor
questão, quando a demanda não for
ouviu a sentença do guru do
se adaptasse a um novo parâmetro,
muito grande. “O empresário precisa
marketing Philip Kotler, onde ele afir-
que inclui menor tempo de espera,
entender que o SAC não é um serviço
ma que manter um cliente custa cinco
opções de cancelamento de serviços,
de reclamações, mas de atendimento,
vezes menos que conquistar um novo.
redução do número de mensagens
por isso é preciso treinar as pessoas
Mas muitos varejistas ainda se dão ao
publicitárias ao telefone e menor
para atender bem os clientes”, ensina
luxo de perder clientes, por falta de
tempo de espera.
Persona. Antes de mais nada, o lojista
A
ações voltadas ao seu público. Muitos
De acordo com o consultor Mário
deve buscar um serviço que satisfaça
ainda não possuem um sistema efi-
Persona, hoje em dia o serviço de
o cliente a partir de suas reclamações
ciente de Serviço de Atendimento ao
atendimento ao cliente não é mais
e resolver o que não está dando certo
Cliente (SAC) e não sabem como lidar
exclusividade das grandes redes do
no contato com a loja. Persona avalia
com as reclamações dos consumido-
varejo. Com o acesso a serviços tercei-
res. As novas regras que regulamen-
rizados, empresas de menor porte
tam o SAC de empresas de telefonia
podem usufruir de um sistema
e de serviços em geral, embora não
eficiente. Muitas vezes, um fun-
dirigente Lojista � junho 2010
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G EST Ã O
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A t e nd i m e n t o
Se antes as reclamações dependiam exclusivamente de um contato telefônico, hoje o Contact Center ampliou as possibilidades
que o SAC pode servir a três grandes
almente, com os inúmeros recursos
vez mais fadados ao fracasso. O com-
propósitos. O primeiro é efetivamente
tecnológicos que o varejista tem à
promisso com o cliente, segundo o
ser o representante da empresa diante
disposição, não é mais admissível que
especialista em varejo, Sérgio Almei-
do cliente; depois ser o representante
o consumidor seja ignorado. Se antes
da, requer profissionais que queiram
do cliente diante da empresa e, por fim,
as reclamações dependiam exclusiva-
resolver os problemas como se fos-
coletar informações que meçam os ín-
mente de um contato telefônico, hoje
sem seus, e defendam os interesses
dices de satisfação do consumidor.
o conceito de Contact Center ampliou
dos clientes acima de tudo. O com-
as possibilidades de abordagem.
prometimento, define o consultor,
Mas é preciso cuidado, pois quan-
precisa ser adotado de maneira en-
do o cliente usa o SAC e não tem suas reivindicações atendidas, o serviço
Retenção e fidelização
fática pelo varejista, com um espírito
agrava ainda mais a insatisfação. Isso
Se para muitos lojistas o serviço
de servidor e consciente dos ganhos
mostra que alguma coisa está sendo
de reclamação ainda é relegado a
que serão gerados nos aspectos da
muito mal planejada no atendimen-
um espaço de reação e até de apri-
competitividade.
to. “De que adianta um lojista ofere-
sionamento do cliente, essa atitute
Mas para que um funcionário aten-
cer um bom produto e gastar muito
deve migrar urgentemente para uma
da com a qualidade devida os clientes
dinheiro para conquistar clientes,
filosofia que veja o SAC como ferra-
insatisfeitos é preciso treinamento. Seja
quando uma só ligação ao serviço de
menta de retenção e fidelização de
por telefone, e-mail ou por outro meio,
atendimento transforma esse con-
clientes. Serviços que ainda usam
o porta-voz da loja não pode ser rude
sumidor em inimigo número um da
fórmulas de coação ou constrangi-
ou incorrer em erros de português, por
empresa?”, indaga o consultor. Atu-
mento para reter clientes estão cada
exemplo. Se o pequeno lojista não pu-
38 �
dirigente Lojista � junho 2010
der dar treinamento para esse serviço,
final quem sai perdendo sempre é o
vamente um consumidor que poderia
então é melhor terceirizar. Reter clien-
varejista. Por outro lado, é muito mais
estar perdido para a concorrência.
tes parece ser um desafio que ainda
fácil fazer desse limão uma limonada.
“É importante lembrar que aqueles
não está bem claro para os lojistas que
“A reclamação do cliente é um gran-
que se dão ao trabalho de apresentar
não estruturaram o SAC conveniente-
de presente, um favor que o cliente
uma queixa ainda têm alguma con-
mente. Para Fernando Saba Arbache,
presta à empresa”, diz Burlamaqui.
fiança na empresa, já que pelo menos
da Fundação Getulio Vargas, o cliente
Segundo ela, o acompanhamen-
95% dos clientes não reclamam, ape-
de hoje pouco reclama, pois com a
to das queixas permite uma análi-
nas mudam de fornecedor”, avalia a
grande oferta de produtos, inclusive
se apurada da imagem da empresa
especialista. Isso significa que o con-
pela internet, é muito mais fácil igno-
junto ao consumidor. Em um merca-
sumidor que reclamou quer continuar
rar e partir para o concorrente.
do onde a concorrência é cada vez
sendo cliente, a despeito dos proble-
Bete Burlamaqui, especialista em
maior, a imagem institucional é um
mas que tenha enfrentado. Para Bur-
comunicação corporativa, lembra que
dos ativos mais importantes junto aos
lamaqui, as reclamações dos clientes
ninguém gosta de ouvir reclamações,
consumidores. Ao mesmo tempo, a
podem ser muito lucrativas, pois em
e os comerciantes não são exceção a
reclamação funciona como uma ver-
muitos casos indicam de-
essa regra. Entre os lojistas que não
dadeira consultoria gratuita que o
estão preparados para tratar com seus
cliente presta ao lojista. Assim
clientes, a primeira reação que surge
ele poderá recuperar a con-
é a mágoa e logo depois a raiva. No
fiança perdida e fidelizar no-
sejos de consumo e revelam novos nichos de mercado.
Se bem administrada, a reclamação funciona como uma verdadeira consultoria gratuita que o cliente presta ao lojista
dirigente Lojista � junho 2010
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G EST Ã O
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A t e nd i m e n t o
FERRAMENTAS PARA VIRAR O JOGO Saiba como usar diferentes canais para atender às reclamações dos clientes e reconquistar sua preferência
Pessoalmente – Concentre-se no que a pessoa fala, não a interrompa e deixe-a falar. Preste atenção aos detalhes da queixa e demonstre atenção. Entre em sintonia com o cliente através da identificação da personalidade dele, e simplifique a mensagem. Certifique-se de que o cliente está entendendo o que você fala. Se ele não comprende, entenda o porquê. Apresente-se impecavelmente, mas sem extravagância, mantenha uma boa postura e o bom humor, coloque-se no lugar do cliente e escute o que ele fala. Seja gentil e demonstre disposição, tranquilidade, sinceridade e rapidez na solução dos problemas. Por telefone – Atenda ao primeiro toque, pois o pronto atendimento causa excelente impressão. Saúde enfaticamente, dê o nome da empresa e se coloque à disposição. Escute com atenção e use um tom de voz amigável. Seja empático e verifique se entendeu a mensagem, caso contrário peça para repetir. Informe com clareza e seja ágil sem ser rápido demais, cada cliente tem um tempo certo. Certifique-se de que o cliente entendeu e sempre pergunte em que mais você pode ser útil. Despeça-se de forma calorosa e deseje um bom dia ao cliente. Por Internet – Se não puder responder a um e-mail no momento em que o recebeu, não demore mais de 24 horas. Seja breve na mensagem e simplifique com objetividade. Evite arquivos pesados e se certifique que estão livres de vírus. Cite a fonte das informações, evite gírias e nunca use letras maiúsculas. Pratique o marketing de permissão e cuide para não enviar spams. Cuidado para não trocar os destinatários, personalize as mensagens, pois cada cliente é único. Dê opções ao cliente para contactar a loja por outros meios e, antes de enviar um email, pense em como o cliente se sentirá ao receber essa mensagem. 40 �
dirigente Lojista � junho 2010
Fonte: Sérgio Almeida
dirigente Lojista � junho 2010
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p e rf i l
l o j i s t a
febre de
sucesso por Marlon aseff
42 ďż˝
dirigente Lojista ďż˝ junho 2010
Como Francisco Deusmar transformou a Pague Menos na maior rede de farmácias do País
tário e coordenador do curso de Econopioneirismo na adoção de progra-
O
mia. Ao mesmo tempo, colocava em
mas de responsabilidade social e
prática toda a teoria que repassava aos
a antecipação de tendências fizeram da
alunos. “A persistência em conciliar
rede Pague Menos a líder no disputa-
estudos e vocação comercial sempre
do mercado nacional do varejo farma-
acompanhou minha trajetória”, reco-
cêutico. Em 2009 a empresa tornou-se
nhece o empreendedor.
uma das poucas varejistas do País a
Depois da experiência universitária,
possuir lojas em todos os 26 estados,
Deusmar partiu para o mercado fi-
além do Distrito Federal. No mesmo
nanceiro, onde foi o responsável pela
período a popularidade da farmácia
organização da área de operações da
cearense atingiu as nuvens, com a
Bolsa de Valores regional. Criou a PAX
consolidação de nada menos que 340
Corretora de Valores, que se tornou a
lojas, distribuídas por 100 municípios.
maior do Brasil na sua área de atua-
Isso representa um atendimento men-
ção. Mas o sucesso ainda era pouco
sal de 5,5 milhões de clientes, em um
para as pretensões do empreendedor
incremento anual de 20% no fatura-
cearense. Em 1981 foi para os Estados
mento, que beirou os R$ 2 bilhões no
Unidos, onde se especializou na Bolsa
ano passado.
de Valores de Nova York e aprimorou
À frente desse império empresarial está o cearense Francisco Deusmar de
seus conhecimentos de gerenciamento na Universidade da Flórida.
Queirós, um exemplo de empreende-
De volta ao Brasil, já com seu pri-
dor brasileiro que não mediu esforços
meiro milhão de dólares, deu início ao
para chegar ao topo. Nascido em 1947
império das farmácias Pague Menos,
na pequena cidade de Amontoada, no interior cearense, Deusmar começou cedo, aos oito anos de idade, ajudando o pai em uma pequena mercearia, logo depois da família se mudar para Fortaleza. A partir daí não parou mais. Graduou-se em Ciências Econômicas e Administrativas pela Universidade Federal do Ceará, foi professor universi-
REDE pague menos
9 mil colaboradores
350
pontos de venda
26
estados da federação DEUSMAR: “Embasamos nosso modelo de negócio no tripé inovação, conveniência e cidadania, e procuramos crescer passo a passo, nos reiventando continuamente”
100 municípios
R$ 1,8 bilhão de faturamento (2009)
p e rf i l
l o j i s t a
nos anos 1990. Mas os planos de expansão do empreendedor cearense não pararam por aí. A chegada da Pague Menos a São Paulo abriu as portas do País. Durante esse período, além das farmácias, Deusmar consolidou um grupo empresarial que atua em setores tão diversos como o químico, bancário e de comunicação. Só neste ano a rede cearense planeja crescer mais 20% e chegar à marca de 400 lojas.
Tratamento VIP O novo ciclo de expansão da Pague DRugstoRe A rede foi pioneira na adoção do formato de conveniência no varejo farmacêutico
Menos deve contar ainda com um di-
inaugurando a matriz na periferia de
corrência, a rede de farmácias cea-
ser ainda maior: o Espaço VIP. A am-
Fortaleza. A década seguinte encon-
rense brigou na Justiça pela condição
pliação de lojas que contam com esse
traria Deusmar Queirós empenhado
de incorporar o conceito de drugstore
local diferenciado, destinado à venda
em consolidar seu conceito de farmá-
em suas lojas, conseguindo o direito
de cosméticos, cremes e produtos que
cia popular e inovadora, em uma ex-
de vender conveniência, produtos de
levam marca própria, será prioridade.
pansão que aos poucos ganhou todo
beleza, higiene pessoal e objetos de
Pelo menos 40 lojas devem receber o
o mercado nordestino. Com o foco na
uso diário. Ganhou a batalha e abriu
tratamento VIP, que agrega mais espa-
inovação, e sempre à frente da con-
um diferencial que impulsionou a rede
ço de atendimento, com ambiente em
ferencial que faz o sucesso da farmácia
TRAJETÓRIA
1989
1997
2000
1993
1998
2003
Torna-se pioneira no recebimento de contas e vendas de vales-transporte.
Nasce a Farmácia de Manipulação Pague Menos, dedicada à produção de medicamentos e cosméticos manipulados. 44 �
dirigente Lojista � junho 2010
Realização do 1º Encontro de Mulheres Pague Menos, o maior evento feminino
A Pague Menos lança o Cartão Pague Menos MasterCard, aceito em milhares de estabelecimentos em todo país. Primeira empresa privada do nordeste a adotar um município no Programa Social Alfabetização solidária.
Atinge um recall de marca de 74%, o maior do Ceará.
Em parceria com o UNICEF, cria o Programa Infância Feliz Pague Menos, com o objetivo de contribuir para a educação de crianças de baixa renda através de doações de livros para bibliotecas comunitárias.
piso de porcelanato e ar-condicionado. Serão priorizadas cidades com mais de 100 mil habitantes, em São Paulo, sul de Minas Gerais e Região Sul. Embora não esteja descartada a ampliação de lojas nos mercados do Norte e Nordeste, onde a Pague Menos é líder no segmento, os investimentos no Sul e Sudeste devem ser a tônica para os próximos meses. Do início em Fortaleza até a consolidação nacional,
MARKETING Aposta na comunicação e nas promoções para atrair o cliente
a Pague Menos nunca parou de mudar e buscar alternativas úteis para os consumidores. “Sempre embasamos nosso modelo de negócio no tripé inovação, conveniência e cidadania, e procuramos crescer passo a passo, mas sem deixar de nos reiventar continuamente”, ensina Deusmar Queirós. A mais recente inovação criada por ele é a promoção de um circuito de corridas, que levará milhares de pessoas para as ruas de diversas capitais brasileiras. As corridas, que acontecerão de maio a novembro, serão acom-
2005
O Cartão Sempre Pague Menos atinge a marca de 3,6 milhões de usuários. Cria o conceito exclusivo “loja dentro de loja”: um ambiente diferenciado em suas farmácias para clientes específicos. Assim surgem o Espaço Vip e o Espaço Vida Saudável.
2006
Em parceria com o Governo Federal, a Pague Menos implanta a Farmácia
Popular em todas as suas lojas, para levar medicamentos com até 90% de desconto para todo cidadão brasileiro, sendo uma das primeiras redes de farmácia a ter essa iniciativa.Cria a AME – Atendimento de Medicamentos Especiais. Uma estrutura totalmente voltada a medicamentos especiais, que necessitam de controle e cuidados diferenciados, como os indicados para o tratamento de infertilidade, oncologia, diabetes e demais patologias específicas.
2008
1º lugar em volume de vendas e em número de lojas no ranking oficial da Abrafarma. Nasce o Sempre Bem, programa de TV com veiculação nacional que leva saúde e beleza para todo o Brasil.
2009
Consolidação da rede em todo o pais, atraves deações como promoções “Sonha Brasil”. A Pague menos realiza, Lojista � junho 2010 � 45 com odirigente sorteio de 10 casas.
p e rf i l
l o j i s t a
panhadas por palestras e orientações
tarde, uma parceria com o Unicef abria
2012 Francisco Deusmar de Queirós
sobre saúde, beleza e atividades como
as portas da rede de farmácias para a
quer chegar às 440 unidades de sua
massagens e aplicação de cosméticos.
aquisição de livros que seriam doados
farmácia e abrir o capital da empresa
Tudo em um ambiente de descontra-
a bibliotecas comunitárias em bairros
no mercado acionário. “Continuaremos
ção, onde o foco será o cliente. De
com população de baixa renda por
a ocupar espaços no Norte e Nordeste,
acordo com a diretora de marketing e
todo o Nordeste.
onde já somos líderes, mas queremos
compras Patrícia Rodrigues, outro pon-
A acelerada expansão da Pague Me-
ter maior presença no Sul e Sudeste”,
to que terá destaque será a promoção
nos em um momento onde o varejo
adianta o empresário. Nada mal para
da consciência ecológica. Para isso a
brasileiro passa por uma série de fu-
o garoto que começou ajudando o pai
Pague Menos está elaborando ativida-
sões e incorporações parece não as-
em uma pequena mercearia, venden-
des como o recolhimento de medica-
sustar o empresário, que já declarou
do laranjas, bananas e rapaduras em
mentos vencidos para incineração, em
que não está interessado em abrir
feiras, com um caixote na cabeça ou
parceria com a Anvisa (Agência Nacio-
sociedade para alavancar a rede. Até
em um velho carro de mão.
nal de Vigilância Sanitária). “São iniciativas que buscam estimular cuidados com a saúde, o bem-estar e até a autoestima dos participantes”, assegura Patrícia. As ações de responsabilidade social, que tornaram a Pague Menos conhecida no mercado nacional, também serão valorizadas, com doação de parte do valor arrecadado nas inscrições para a Associação Brasileira de Amiotrofia Espinhal.
Atuação social A adoção dos conceitos de responsa-
“Continuaremos a ocupar espaços onde já somos líderes, mas queremos ter maior presença no sul e sudeste”
bilidade social faz parte das diretrizes da rede desde 1985, quando Queirós deu início a um programa pioneiro de doação de ambulâncias e cadeiras de rodas a municípios pobres do Ceará. Em 1998 a Pague Menos tornou-se a primeira empresa nordestina a adotar um município, no programa social Alfabetização Solidária. Cinco anos mais 46 �
dirigente Lojista � junho 2010
FRAnscisco DeusMAR presidente da rede Pague Menos
Fotos de Edemir Garcia, meramente ilustrativas
New York
Palestras
4 5 6 . 4 US$
Participantes
Exposição
www.primundo.com.br/nr f11
*Consulte valores para acompanhantes.
O logotipo NRF’s BIG SHOW e seus direitos pertencem a National Retail Federation of EUA ®
pr o j e t o
48 ďż˝
d e
dirigente Lojista ďż˝ junho 2010
l o j a
Uma livraria de
cinema por PAULA AREND fotos CASA DA PHOTO
O espaço que abrigou por 40 anos o tradicional Cine Astor, em São Paulo, hoje é palco da maior unidade da Livraria Cultura, que investiu R$ 6 milhões para juntar quatro lojas em uma única gigastore de 4,2 mil m2
despertasse a memória afetiva nas
O
espaço do famoso Cine Astor, no
pessoas que circulam pela loja, fosse
Conjunto Nacional, em São Pau-
inclusivo e combinasse com a relação
lo, foi reaberto ao público em maio de
da Livraria Cultura com os clientes.
2007, após quase sete anos fechado.
E sob a premissa de que a arqui-
A sétima arte continuava presente no
tetura precisa entender o lugar, o pú-
local, mas em “segundo plano” e dis-
blico que vai atingir e o negócio, o
tribuída em prateleiras, no formato de
arquiteto Fernando Brandão buscou
DVD. Desde então, a atração principal
primeiro entender a relação do Cine
tem sido a vasta coleção de títulos da
Astor – que funcionou por 40 anos e
Livraria Cultura, que fechou as quatro
fechou as portas em 2001 – com o
lojas que tinha no edifício e investiu
lugar e o imaginário dos paulistanos.
R$ 6 milhões para criar uma gigastore
“As pessoas têm uma afetividade
com um espaço de 4,2 mil m².
muito grande por esse local”, conta
“O sapato estava apertado”, ex-
o profissional de 50 anos, lembrando
plicou Pedro Herz, diretor-geral da Li-
que as estreias dos grandes clássicos
vraria Cultura e filho dos fundadores.
da Disney da sua geração acontece-
Segundo ele, não havia espaço para
ram ali. “A cidade inteira vinha assis-
arrumar adequadamente os livros nas
tir aos filmes, e todos se encontravam
prateleiras e para a venda de CDs,
no Cine Astor”, recorda.
DVDs e revistas. Somente na unida-
Aproveitando-se dessa “nostal-
de do Conjunto Nacional são cerca de
gia”, Brandão recuperou alguns ele-
150 mil títulos de livros – de 2 mi-
mentos do projeto do cinema que re-
lhões em catálogo –, e 35 mil CDs e DVDs. Entretanto, o desejo era evitar transformar o espaço em um “supermercado de livros”. A prioridade do projeto era criar um ambiente que dirigente Lojista � junho 2010
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pr o j e t o
d e
l o j a
avivassem essa sensação nas pessoas
rampa do período do cinema, mas
que passam pela Livraria Cultura. O
que estava demolida. Após comprar
principal deles é a rampa do acesso
os ingressos, era por uma passarela
principal à loja. “Era preciso encontrar
similar que os frequentadores do Cine
um meio de chegar ao paraíso”, con-
Astor tinham acesso ao mezanino,
ta Brandão, que perdeu mais de uma
onde aguardavam a sessão come-
semana pensando em como resolver
çar. E as portas da sala de projeção
o problema de acesso, uma vez que
abriam-se justamente onde hoje es-
havia um muro de quatro metros para
tão as portas de vidro da livraria. Uma
alcançar o piso inclinado. A ideia de
vez ultrapassadas, elas dão acesso
colocar uma escada rolante foi des-
ao declive da plateia, com três níveis
considerada pelo profissional, por re-
para a exposição dos produtos. E onde
lembrar grandes magazines. Não era
ficavam as cadeiras, além das prate-
o objetivo.
leiras, o arquiteto criou um deque de
A solução foi recuperar a famosa
madeira nivelando o piso, com pufes
rampa hi-tech A antiga rampa de acesso ao cinema foi recuperada e hoje exibe telas de plasma
50 �
dirigente Lojista � junho 2010
LIVRARIA CULTURA Localização »Conjunto Nacional, São Paulo Data do projeto »fevereiro de 2006 Conclusão da obra »maio de 2007 Área construída »4.200 m2 Piso »carpete, MDF Mobiliário »topos de tapume, pufes, poltronas Laje »estrutura metálica
para as pessoas sentarem com calma
solução acabou formando uma facha-
de quase 500 m² de loja”, revela o
e conhecerem as obras antes de com-
da bastante moderna e lúdica, que
arquiteto. “Mas, no final, ele percebeu
prar. Ao invés de cinema, literatura.
inclui ainda 12 monitores de plasma
que ganharia se doasse esse espaço”,
– que agregam tecnologia à loja – e o
acrescenta. Ainda na fachada, Bran
nome da livraria em branco, sobre o
dão aproveitou a sanca de luz do pro-
fundo de topo de compensado.
jeto do edifício, dando continuidade
Desafio de engenharia Mas se a idealização da rampa
para o espaço já da Livraria Cultura,
levou mais de uma semana, a con-
Na parte inferior da rampa em for-
cretização desse desejo deu trabalho
ma de U foi criada uma galeria de arte
à equipe de engenharia. Toda a sus-
permanente, aberta ao público, que se
A exigência de que a passarela
tentação da passarela precisaria estar
mescla ao piso do Conjunto Nacional.
precisaria estar apoiada nos pilares
“jogada” nos três pilares da entrada.
E na antessala da entrada, poltronas
decorre do fato de que a planta inicial
Diante disso, criou-se uma estrutura
permitem às pessoas descansarem
daquele espaço fora planejada para
com uma grelha de ferro que segura
ou já começarem a leitura do livro
uma laje de cinema, com capacidade
os cabos presos a cada 15 centímetros
que acabaram de comprar. “Não foi
de sustentação da ordem de 200 kg/
ao longo dos 35 metros de rampa. A
fácil convencer o cliente a abrir mão
m². No caso do projeto da livraria, se-
mas que é ocupado pela rampa.
DE PLATeIA A ÁREA DE VENDAS As cadeiras deram lugar a prateleiras, mas a inclinação do piso foi mantida no espaço que se tornou o vão central da loja
dirigente Lojista � junho 2010
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pr o j e t o
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l o j a
REQUINTE RETRÔ O café foi instalado no piso superior, com vista para a Alameda Santos e iluminação natural vinda das janelas
riam necessários 800 kg/m² em cada
de que o piso inclinado pudesse in-
como as demais laterais do edifício,
laje. E eram três níveis. Por ser um
comodar as pessoas ou causar algum
que têm saídas. Isso só não aconte-
prédio tombado, não havia condições
problema à saúde dos funcionários,
ceu porque era um cinema. Com tal
de alterar a estrutura ou se apoiar nas
principalmente. O argumento do ar-
argumento e após a aprovação do
paredes. O caminho foi reforçar os
quiteto para convencer os donos da
arquiteto do Conjunto Nacional, David
pilares localizados nos dois níveis de
loja foi de que 50% da população
Liebeskind, Brandão conseguiu a apro-
garagem no subsolo. Foram criadas
passa o dia inteiro com o corpo incli-
vação para mudar aquele espaço. A
cintas ao redor dos pilares para fortifi-
nado. A justificativa foi inspirada em
instalação de toldos e mesas chegou
car a estrutura, uma vez que não po-
uma das arquitetas presentes na reu-
a ser cogitada, mas questões relati-
deriam ser construídos novos pilares.
nião, que usava sapato de salto alto.
vas ao condomínio impediram que as ideias fossem adiante. Mesmo assim,
“Foram alugadas 45 garagens por três meses para a execução da obra”,
Heranças históricas
foi feita uma abertura para vitrine.
conta o arquiteto. A estrutura inclina-
O fato de o prédio ser tombado
Tais janelas permitem que os clien-
da da garagem, aliás, que proporciona
também exigiu outros esforços. A fa-
tes que estiverem no café da livraria
o aspecto de plateia para a exposição
chada lateral da loja, com saída para a
acompanhem o tráfego na Alameda
dos livros, mereceu até consulta ao
Alameda Santos, estava fechada. No
Santos e colaboram com a ilumina-
ortopedista. Havia uma preocupação
projeto original, tal espaço deveria ser
ção natural do local, mas também
52 �
dirigente Lojista � junho 2010
Você pensa em maximizar os resultados da sua gestão financeira?
Pense Sebrae. Gestão
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do controle à decisão
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dirigente Lojista � junho 2010
� 53
pr o j e t o
d e
l o j a
melhoram a relação com as pessoas
põem o projeto de luminotécnica, que
na rua. A questão da inclusão, aliás,
inclui luzes direcionadas às pratelei-
é enfatizada por Brandão. “A arquite-
ras, abajures espalhados em algumas
tura precisa ser inclusiva, somar-se à
mesas ao longo da loja e lâmpadas
vizinhança”, analisa. E o Conjunto Na-
embutidas. “É genial em criatividade,
cional foi justamente tombado pela
mas simples, com a cara do Brasil”,
novidade de ser um espaço comercial
destaca Brandão, referindo-se ao tra-
incluindo as pessoas na rua. O edifí-
balho de Falangue. O arquiteto, aliás,
cio une a Avenida Paulista, a Rua Au
divide com o designer a assinatura
gusta, a Rua Padre João Manuel e a
das luminárias do café. E no mesmo
Alameda Santos. “Soma no tecido ur-
sentido é a comunicação visual da
bano”, acrescenta.
loja, com painéis de Carlos Matuck.
ILHA DE CONFORTO Um deque de madeira em vários níveis acompanha a inclinação do piso e serve de ponto de leitura para os clientes
“Ele tem uma linguagem como ar-
Simplicidade no detalhe
tista que é universalmente entendível,
mória afetiva das pessoas”, explica
Mas se a parte estrutural foi com-
desde criança aos mais velhos”, elo-
Brandão. Os adoradores de música
plicada, no acabamento buscou-se
gia o arquiteto. A comunicação visual,
também ganharam um espaço espe-
materiais simples, apenas combina-
aliás, é bem limitada propositalmente
cial, delimitado por divisórias de vidro
dos de forma sofisticada. A paleta
na Livraria Cultura, apenas com pai-
e decorado com desenhos em painéis
de cores da loja, derivada das telas
néis de ferro suspensos na estrutura
de madeira relacionados com o tema,
do pintor brasileiro Cândido Portinari,
metálica laranja da laje, identifican-
assinados por Carlos Matuck, no últi-
contempla as cores primárias, mas
do as sessões principais. “Não é um
mo nível da loja.
em tons mais queimados. No piso, o
supermercado de livros. A intenção
Mas o objetivo da nova livraria
carpete quadriculado areia e verme-
é que o cliente procure o vendedor”,
também incluía agregar mais servi-
lho predomina, mas alguns espaços
justifica Brandão, explicando que o
ços, aproveitando a localização. Mes-
são delimitados com MDF revestido
conceito de que modernidade está
mo o café, em parceria com a rede
de papelão. As prateleiras e as ilhas
atrelada a autoatendimento é muito
de restaurantes Viena, traz um cardá-
de exposição são de topo de tapume.
relativo. “Há lugares em que o cliente
pio mais rico, que o coloca quase na
O guarda-corpo que cerca os diferen-
deve ser servido. E a livraria é um de-
categoria de um pequeno bistrô. Ao
tes níveis da loja é com vergalhão de
les”, reforça.
mesmo tempo, o auditório que exis-
obras. E o formato curvilíneo faz com
E se o objetivo é “servir”, o públi-
te nas outras unidades da Cultura se
que ele se autoestruture. “Uma loja
co infantil também mereceu atenção.
transformou em um teatro para 160
não precisa ser cara para ser sofisti-
Dois dragões de madeira – um sus-
lugares que terá curadoria do ator
cada ou vendedora”, defende o arqui-
penso e um no piso – próximos à se-
Dan Stulbach. “A sensação é de ‘mis-
teto.
ção infantil, no segundo nível, refor-
são cumprida’”, resume Pedro Herz,
A iluminação segue esse pensa-
çam o astral mágico que a literatura
no editorial da publicação interna da
mento. Luminárias assinadas por Fá-
proporciona. “O dragão é o único ser
livraria, com notícias sobre lançamen-
bio Falangue – que ganharam prêmio
das histórias infantis que não existe. É
tos, divulgado no mês da inauguração
do Museu da Casa Brasileira – com-
pura fantasia. E isso vai ficar na me-
da loja.
54 �
dirigente Lojista � junho 2010
dirigente Lojista � junho 2010
� 55
o p i n i ã o
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b a n h o
d e
l o j a
as Mulheres são o
futuro do varejo C
ostumo dizer a meus clientes que nós mu-
Vários negócios já perceberam o nosso po-
lheres somos o futuro do varejo, porque
der de consumo e estão faturando conosco. Os
compramos para nós e para os filhos (às vezes,
mais imediatos são os ligados à indústria da
até para o marido) quando estamos ansiosas ou
beleza, que entendem o universo feminino e
deprimidas, felizes ou tristes. Uma nova peça
sabem como nos fazer gastar mais. Mas hoje o
se faz absolutamente necessária para combinar
“dinheiro feminino” é cobiçado em territórios
com algo que adquirimos ontem e hoje des-
antes tidos como masculinos, como materiais
cobrimos que precisamos de mais dois ou três
para construção ou acessórios para carros.
itens para completar o visual. É sempre uma
Saber despertar desejo e gerar necessida-
nova bolsa que pede mais um sapato que não
des emocionais é a tônica do momento. Não
combina com a roupa antiga ou com o corte de
compramos um casaco novo apenas para nos
cabelo atual. É um ciclo que não para, alimenta-
proteger do frio. Para a saúde física de uma
do pelo marketing, pela moda, pelas inovações
“Para o lojista,
mulher, não importa ter um rosto que aparen-
e pela mídia que dá os inputs para mudarmos
é cada vez mais
ta 50 ou 30 anos, mas para sua autoestima
importante
as não gastassem tanto dinheiro tentando se
entender o
igualar a modelos prontos de sucesso, beleza,
a nossa vontade. Somas enormes são gastas
público feminino
quistar a sua identidade própria. A busca da
nestes esforços, em cirurgia plástica, academia
e saber como
nossas opiniões sobre o que antes considerávamos moderno e agora julgamos jurássico. Estamos sempre querendo mudar ou lutar para frear as mudanças que o tempo faz, contra
de ginástica, produtos de beleza e maquiagem. Engana-se quem pensa que os gastos das mulheres estão relacionados somente a frivolida-
ele pensa, age e consome”
mentação do dia a dia ou até qual apartamento será comprado. Tudo isso nos confere um lugar de destaque nos números do varejo.
juventude e felicidade se conseguissem conidentidade é um caminho a ser percorrido. A mensagem que quero deixar com este artigo não é um suspiro feminista e sim mostrar ao lojista que é cada vez mais importante entender o público feminino e saber como ele
des. Muitos são relativos ao lar ou à família, dos quais somos as decisoras, como a simples ali-
pode fazer toda a diferença. Talvez as pesso-
Kátia Bello Arquiteta e sócia-diretora da Opus Design. katia@opusdesign.com.br
pensa, age e consome. Este certamente é um mercado consumidor que não pode ser desprezado nem hoje nem amanhã. As mulheres são o presente e o futuro do varejo!
v a r e j o
i n t e rn a c i o n a l
NO TOPO DO
MUNDO
Com três representantes brasileiros, a lista que aponta as 250 maiores empresas varejistas do mundo demonstra a concentração do poder no mercado global
A
revista oficial da Federação do Varejo Norte-Americano (NRF) – Stores Magazine (www.stores.org) – pu-
blicou no início do ano a 13ª edição de seu relatório “Os Poderosos do Varejo Global”, desenvolvido em parceria com a empresa de auditoria Deloitte. A publicação listou as 250 maiores redes varejistas do mundo, considerando o último período fiscal avaliado de cada empresa, até junho de 2009. O estudo também apresentou um panorama macroeconômico global e os principais desafios, tendências e estratégias que afetam o setor. As vendas e os lucros ao longo do ano fiscal 2008 dos 250 poderosos do varejo global refletem o impacto da diminuição da confiança dos consumidores no mundo causados pela crise financeira. Entre as empresas listadas, 61 apresentaram queda nas vendas em 2008, contra 44 em 2007. Como os gastos se tornaram muito mais dependentes da receita do que do crédito, os varejistas dos
58 �
dirigente Lojista � junho 2010
por
Diógenes fischer
diogenes@agenteinforma.com.br
segmentos de vestuário e acessórios, eletrônicos e utensílios domésticos enfrentaram dificuldades. Entretanto,
OS TOP 10 E O DESEMPENHO BRASILEIRO Posição Empresa no ranking
País de origem
Vendas no varejo (US$ milhões)
1 Walmart 2 Carrefour 3 Metro 4 Tesco 5 Schwarz 6 Kroger 7 Home Depot 8 Costco 9 Aldi 10 Target 92 G. Pão de Açúcar 131 Casas Bahia 200 Lojas Americanas
EUA 401.224 França 127.958 Alemanha 99.004 Reino Unido 96.210 Alemanha 79.924 EUA 76.000 EUA 71.288 EUA 70.977 Alemanha 66.063 EUA 62.884 Brasil 10.047 Brasil 6.524 Brasil 3.886
considerando a gravidade da retração econômica global, o crescimento composto de vendas no varejo de forma geral não foi tão lento como poderia ter sido. As vendas no varejo dos 250 poderosos, corrigidas monetariamente e ponderadas pelas vendas, subiram 6,3% em 2008, comparado a 7,6% em 2007. O total das vendas dos 250 poderosos do varejo global ultrapassou US$ 3,8 trilhões no ano fiscal de 2008 em comparação com os US$ 3,6 trilhões alcançados pelas 250 maiores de 2007.
mento de vendas em 2008. De cada 20
Entre os brasileiros, permaneceram
O aumento no valor global de vendas
varejistas do ranking dos maiores do
na lista os dois varejistas que já tive-
em dólares norte-americanos refletiu
mundo, um é da América Latina. Além
ram destaque nas últimas edições: o
o efeito de um dólar mais fraco com
disso, a região já responde por 10,7%
Grupo Pão de Açúcar, que saltou do
relação a muitas das principais moe-
do faturamento do grupo responden-
106º lugar para a 92ª colocação; e a
das durante 2008. Acompanhando os
te da pesquisa. De qualquer forma, o
Casas Bahia, que subiu do 147º lugar
efeitos da queda nas receitas, o lucro
posicionamento dos EUA ainda é pre-
para a 131ª posição. Por outro lado,
líquido caiu de 3,7% no ano anterior
dominante no ranking, com um terço
a Cencosud, do Chile, tirou o Pão de
para 2,4%, mostrando uma ruptura na
das empresas e representatividade de
Açúcar da primeira posição, deixando
tendência de melhoria contínua na lu-
41,2% em faturamento.
o varejista brasileiro em segundo lugar entre os maiores da América Latina. O
cratividade do varejo nos últimos anos. Muitos varejistas efetivaram vendas fazendo uso de grandes promoções, o que prejudicou muito seus resultados. O estudo indica que os mercados emergentes da América Latina vivem um período de grandes oportunidades para o varejo, em parte por conta do aumento do consumo interno e também pelo espaço que vêm ganhando nos mercados globais. Não foi à toa que a região apresentou maior cresci-
O total das vendas dos 250 poderosos do varejo global ultrapassou US$ 3,8 trilhões em 2008
estudo foi finalizado antes do anúncio da fusão com a Casas Bahia. Neste ano mais uma empresa brasileira marcou presença entre os poderosos: a Lojas Americanas, na 200ª posição. Além disso, a empresa foi classificada na 11ª posição da lista das 50 empresas de crescimento mais rápido entre 2003 e 2008. A Casas Bahia, que já estava neste grupo na última edição do estudo, desponta na 39ª colocação. dirigente Lojista � junho 2010
� 59
v a r e j o
i n t e rn a c i o n a l
100 milhões de chineses fazem compras via web O governo chinês divulgou no início de junho dados sobre ao uso da iternet no país, onde 384 milhões de pessoas têm acesso à web. De acordo com os dados oficiais, cerca de um quarto delas, o equivalente a mais de 100 milhões de internautas, tem o
China incentiva troca de eletrodomésticos
hábito de comprar on-line. Em 2009, o volume de transações de comércio eletrônico ultrapassou os 3,6 trilhões de yuans – o equivalente a US$ 527 bilhões.
política de incentivo que estimula o
A
locais que a empresa recebeu uma noti-
Conforme o documento oficial,
consumidor chinês a trocar os ele-
ficação da Câmara Municipal de Comércio
‘‘o varejo on-line está se expan-
trodomésticos com mais de um ano de
de Beijing exigindo que as determinações
dindo rapidamente, e seu mer-
uso por equipamentos novos foi estendi-
do governo fossem cumpridas à risca.
cado vem sendo gradualmente
da pelo governo. Programada para encer-
A política de incentivo à troca de ele-
regulado”. A oferta de serviços
rar em maio, a campanha foi prolongada
trodomésticos funciona em conjunto com
especializados em e-commerce
para o fim de 2011 em Beijing. Implanta-
um programa estatal de subsídios para a
também acompanha este cres-
da em junho de 2009, a iniciativa estatal
compra de utilidades domésticas por fa-
cimento, e aos poucos vêm
garante 10% de subsídio para a compra
mílias da área rural. Em tempos de crise
surgindo soluções nas áreas de
de produtos novos, desde que o consumi-
econômica mundial, quando os mercados
autenticação digital, e-payment
dor entregue o antigo no ato da compra.
externos reduziram sua demanda por
e logística.
Disponível para famílias cujas residências
produtos chineses, essa prática ajudou a
tenham sido previamente registradas, a
desafogar a produção da indústria local.
política foi lançada em um programa pilo-
Foi devido a essas práticas que empre-
to envolvendo nove províncias e cidades,
sas como Haier e Midea obtiveram boas
incluindo Beijing e Xangai, e vem ajudan-
performances em 2009. De acordo com
do a impulsionar as vendas da indústria
dados do governo, até maio de 2010, já
chinesa de utilidades domésticas.
haviam sido vendidos 13 milhões de pro-
Um representante da rede varejista
dutos por meio do incentivo às trocas; e o
Suning, especializada em eletroeletrôni-
número de aparelhos reciclados está pró-
cos e eletrodomésticos, relatou a jornais
ximo dos 14 milhões.
60 �
dirigente Lojista � junho 2010
Clássicos da Puma rodando por aí
D
urante o verão inglês, as décadas de 1970 e 1980 serão re-
visitadas pela marca esportiva Puma, em um projeto experimental chamado “Rewind Forward” (algo como “rebobine para frente”, em português). Um showcase vai celebrar a herança dos “Arquivos Puma”, seus momentos mais marcantes e seus produtos mais populares. A ideia é mostrar como os produtos podem ser tão relevantes de se transformar em uma loja com
estrutura do veículo. Na parte interna,
Rewind
a cara dos anos 70 e depois mudar
a Pop-Out shop será forrada por ima-
Forward, foi convocado um time de
novamente para um ambiente que
gens de arquivo mostrando momen-
criadores das áreas de design e mú-
remete à década seguinte, tudo du-
tos especiais na história da Puma.
sica, que serão os “cérebros” audio-
rante uma “parada nos boxes”, ao es-
visuais do projeto. Os coletivos de
tilo Fórmula 1.
hoje quanto eram nos anos 70 e 80. Para
desenvolver
o
A marca pretende exibir o veículo mutante em estacionamentos, esta-
design londrinos Eat Sleep Work/Play,
A loja-carro terá elementos desta-
ções de trem ou até mesmo no jardim
Inventory Studio e The Klassnik Corpo-
cáveis, incluindo assentos, bagageiro,
de uma casa. “Quanto mais estranho
ration se uniram para criar a “Pop-Out
telas de TV e outras coisas que po-
o lugar, melhor”, diz o designer Ro-
shop”, um veículo customizado capaz
dem ser destacadas diretamente da
bert Boon, do Inventory Studio.
Comércio mundial cresce 25% no primeiro trimestre O comércio global de mercadorias cresceu 25% em valor no primeiro trimestre de 2010, em comparação com o mesmo período do ano passado. A informação é da Organização Mundial do Comércio (OMC), que destacou ainda o crescimento de 20% das exportações dos EUA e da Europa e de 29% para as da China. Bem acima disso estão as exportações dos países da África e do Oriente Médio, que cresceram 53%. Já as da Comunida-
Aumento da demanda foi mais forte na Índia, com 55% de acréscimo nas importações; e na China, cujas compras externas cresceram 65%
de de Estados Independentes (Rússia e outras repúblicas ex-soviéticas) cresceram 54%, alimentadas pela demanda asiática e pelos preços das commodities, segundo informa a OMC. O crescimento da demanda foi mais forte na China e na Índia. As importações chinesas cresceram 65% no primeiro trimestre deste ano, em comparação com o mesmo período de 2009, enquanto as da Índia cresceram 55%. dirigente Lojista � junho 2010
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o p i n i ã o
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p o n t o
d e
v e nd a
Guia para um bom projeto de
comunicação visual T
em duvidas na hora de definir a comuni-
Placas de setorização – Denominam os se-
cação visual da sua loja? O que um bom
tores da loja e podem ser instaladas na parede
projeto precisa (ou não) conter? Tenha em
ou com fixação aérea. O tamanho e proporções
mente: Muita informação vira informação ne-
variam de acordo com as características da loja,
nhuma. Priorize o que é importante ser visto.
principalmente o pé-direito. É interessante que sempre fiquem acima das gôndolas, a uma al-
Primeiramente, antes de sair por aí pendu-
tura mínima de 2,20 metros.
rando placas é preciso saber a real necessidade delas. Aquele setor da loja lhe parece escondi-
Placas de serviços – Placas para indicar ser-
do ou é difícil o consumidor chegar sozinho até
viços de lanchonete, guarda-volumes, etc., de-
lá? Entao precisa de uma placa. Visualmente eu
vem ter um padrão diferente das placas de se-
consigo encontrar tudo o que preciso? Então ela
torização. Nelas você sinaliza todos os serviços
não se faz necessária.
que sua loja oferece ao cliente, cada uma no
Podemos dividir um projeto de comunicação visual da seguinte maneira: Placas de estacionamento – Necessárias para
“Antes de sair por aí
seu local exato. Entretanto, é possível criar uma grande placa na entrada para mostrar de uma só vez todos os serviços que sua loja oferece.
espaços muito grandes, servem para guiar o
pendurando
cliente, de modo que não se perca. São as famo-
placas é preciso
racterizadas por fornecerem informações sobre
sas placas A1, setor vermelho, etc. Ainda dentro
saber a real
troca de produtos, características especiais de
do estacionamento, não esqueça das placas com legislações sobre responsabilidades por furtos, além das velocidades e mãos permitidas. Entrada da loja – Se for possível, um bom “Seja bem-vindo” é sempre interessante para recepcionar quem entra. Aqui também cabem placas com ofertas ou uma amostra do tablóide. Também é desse ponto que você pode guiar o cliente com uma planta da loja, permitindo que ele rapidamente localize o que precisa. 62 �
dirigente Lojista � junho 2010
necessidade
Placas informativas – Essas placas são ca-
determinados itens, etc. Placas de pictogramas – Pictogramas são
delas”
pequenos desenhos que representam uma
Caio Camargo Especialista em varejo e merchandising, diretor de Planejamento Estratégico da Fantasy Publicidade & Propaganda. www.falandodevarejo.com.br
telefones, ou até mesmo a restrição de cigarros
mensagem. São usados para indicar sanitários, e aparelhos celulares. Placas de emergência – São usadas para sinalizar todo o projeto do corpo de bombeiros, dos hidrantes e extintores às saídas de emergência.
Placas obrigatórias – Posicionadas principalmente nos caixas e balcão de trocas da loja, exibem leis e telefones que precisam estar à disposição do cliente. Placas decorativas – Nessas placas você pode colocar imagens e símbolos que valorizem a loja e provoquem desejo de compra no consumidor, como pessoas consumindo os produtos ou em momentos de felicidade e prazer. Essas imagens incentivam a compra. Placas promocionais – São as placas que compõem o mix de merchandising da loja. Além de placas em pontos estratégicos como corredores, também estamos falando de splashes, stoppers, wobblers, etc. Placas de corredores – Algumas empresas costumam nomear e numerar os corredores de uma loja. Por um lado isso é interessante, pois facilita a caminhada do cliente pela loja. Por outro, principalmente quando a loja tem interesse na venda assistida, desmotiva o cliente a procurar um vendedor. Saída da loja – Assim como na entrada, no caso da saída, mensagens como “Obrigado, volte sempre”, ou “Obrigado por escolher a loja”, também são interessantes. dirigente Lojista � junho 2010
� 63
móv e i s
e
n e góc i o s
Pesquisa revela que 70% das mulheres pesquisam preços on-line
consumidoras
conectadas 64 �
dirigente Lojista � junho 2010
por
Geraldo Rigoni
geraldo@geraldorigoni.com.br
EletroShopping
s mulheres estão recorrendo cada
A
disseram buscar informações em sites
vez mais à internet na hora das
de revistas ou de especialistas antes
A Credicard fechou um ambicioso
compras. Não é novidade que a mu-
de adquirir um produto. Já 42% prefe-
acordo com a segunda maior rede
lher sempre teve grande participação
rem o site dos próprios fabricantes.
de móveis e eletrodomésticos
no consumo nacional e o poder de in-
O estudo mostra ainda que estar
fluenciar nas decisões de compras da
conectado à rede mundial faz parte
de expandir a oferta de cartões
família, amigos ou grupos sociais ao
da rotina da mulher. E o acesso à in-
com a bandeira da varejista.
qual pertence. A novidade é que ago-
ternet não se dá apenas com o uso
Com faturamento anual de
ra elas se mostram mais preocupadas
de computadores. As mulheres estão
R$ 700 milhões e 139 lojas, a
em gastar menos tempo e dinheiro
também usando outros aparelhos na
EletroShopping entra no negócio
na hora de consumir e por isso recor-
busca por praticidade e comodidade.
de financiamento de produtos com
rem ao e-commerce.
Estes aparelhos são usados principal-
grandes bancos nacionais como
Uma pesquisa da Sophia Mind
mente para gerenciamento de com-
Itaú Unibanco e Bradesco. Nos dois
revelou que 70% das entrevistadas
promissos e auxílio no bem-estar e
próximos anos a rede nordestina
realizam pesquisas de preço on-line,
saúde.
espera ter 500 mil cartões em
mesmo que no final façam suas com-
Segundo a pesquisa, através da
pras em uma loja física. De acordo
internet as mulheres leem conteúdos
com a pesquisa, esse comportamento
de interesse (80%), se atualizam com
feminino deve-se a um aumento da
os acontecimentos (78%) e se diver-
preocupação com a renda familiar e o
tem (68%).
orçamento doméstico.
do Nordeste, com o objetivo
circulação, com uma base de 5 milhões de clientes.
Trimestre positivo O Grupo Pão de Açúcar
O estudo aponta ainda que a inter-
divulgou, em seu balanço
net influencia nas decisões de com-
no primeiro trimestre, um
pras do sexo feminino, uma vez que
crescimento de 47,1% e um
67% disseram buscar informações na
lucro bruto de R$ 7,785 bilhões.
rede sobre os produtos que vão com-
As vendas líquidas totalizaram
prar. Além disso, 53% das pesquisadas
R$ 6,973 bilhões. O avanço registrado foi de 50,2% em relação ao mesmo período do
ano passado. Na avaliação de ‘’XXXXXXXX’’ todas as bandeiras, destaque para as marcas Extra Hipermercados, Extra Supermercados, Extra Eletro e Assai, que cresceram acima da média. No canal virtual, as três lojas on-line (Extra, Ponto Frio e Pão de Açúcar) do grupo apresentaram alta de 65,3%. dirigente Lojista � junho 2010
� 65
móv e i s
e
n e góc i o s
2011 será o ano dos móveis Mercado moveleiro global pode crescer até 5% no ano que vem urante a I-Saloni, que aconte-
D
leira nacional. Segundo as previsões,
sil vem trabalhando mais incentivos
ceu de 14 a 19 de abril na Itália,
no ano que vem poderemos ter um
para a indústria, e de que, para gran-
uma avaliação do World Furniture Ou-
crescimento de até 5%. Algo incrível
des países, ocupamos uma importan-
tlook Workshop confirmou a previsão
para um setor que vem de ano a ano
te posição de “país estratégico”.
de que 2011 pode ser um ótimo ano
conquistando dificilmente mais espa-
É por isso que os brasileiros que
para a indústria mundial de móveis
ço.Como a pesquisa mesmo ressalta:
foram à I-Saloni gostaram do que
e também para os fabricantes nacio-
se 2009 foi fraco, 2010 será bom e
ouviram e voltaram com fôlego para
nais. Hoje, a maioria dos empresários
2011 tem tudo para ser ótimo.
fazer das previsões a realidade da indústria moveleira nacional.
já coloca a crise de escanteio para tri-
Contabilize a estas expectativas a
lhar rumos diferentes. Claro que seus
recuperação da parceria entre Brasil
efeitos ainda são vividos por muitos
e Argentina. Apesar de inimigos nos
setores. Porém, a crise deixou mais
gramados, éramos parceiros de longa
Um crescimento projetado em tor-
uma vez a certeza da incrível capa-
data no comércio de móveis. A rela-
no de 5% para o mercado global foi
cidade de superação e de busca por
ção ficou estremecida nos desdobra-
um dos dados apresentados durante
alternativas frente as adversidades.
mentos da crise e tende a se norma-
a 10ª edição do World Furniture Ou-
lizar nos próximos meses.
tlook Workshop, onde o Centro de
Por isso os dados divulgados na Itália empolgaram a indústria move-
Também tem o fato de que o Bra-
Brasil tem o menor desemprego em 12 anos No mês de março, o índice de desemprego no País atingiu seu menor nível em 12 anos, de acordo com a Fundação Seade e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Segundo estudo das duas entidades, a taxa de desemprego atingiu 13,7% frente os 13% de fevereiro. Mesmo com a alta, este é o menor percentual para um mês de março desde 1998. A pesquisa realizada em seis cidades metropolitanas apresentou crescimento em Salvador (1,1%), São Paulo (0,9%), Distrito Federal (0,6%), Belo Horizonte (0,5%), Recife (0,3%) e Porto Alegre (0,2%). As principais quedas foram no setor de serviços (-115 mil vagas), comércio (-55 mil) e no agregado de outros setores (-19 mil). Já os crescimentos foram na indústria (+ 31 mil) e na construção civil (+21 mil). 66 �
dirigente Lojista � junho 2010
Mercado global
Pesquisas Industriais (CSIL) mostrou
Faturamento dos principais países fabricantes pode chegar a US$ 376 bilhões as perspectivas do setor moveleiro
tação são a China, Itália, Alemanha
para os próximos anos.
e Polônia.
De acordo com especialistas
A indústria moveleira dos países
que formularam o World Furni-
de alta renda responde por 58% da
ture Outlook, o faturamento dos
produção total, enquanto que 42%
60 principais países fabricantes
do montante mundial representam
de móveis pode atingir US$ 376
os países de média e baixa rendas.
Para este ano espera-se
bilhões no próximo ano. O estu-
As sete maiores economias produzem
um crescimento de até 2%.
do revelou ainda que os maiores
juntas US$ 159 bilhões em móveis.
Em 2011, com a previsão de aquecimento do mercado, a expec-
importadores de móveis são os
O World Furniture Outlook previa
Estados Unidos, Alemanha, França
uma queda de 20% na produção do
tativa é retomar o patamar do setor
e Reino Unido. Os líderes de expor-
setor moveleiro mundial em 2009.
freado pela crise mundial.
Casa&Video está de volta A rede carioca Casa & Vídeo retoma suas atividades com
Consumo popular fortalecido Segundo pesquisa do Instituto Data Popular, o poder
bancos depois da prisão de parte de sua diretoria pela
de compra das classes C, D e E está cada vez maior. A
Polícia Federal, no ano passado, devido a irregularidades
previsão é de que as pessoas enquadradas nessas classes,
na importação de mercadorias. Após o escândalo
com renda mensal de dois a nove salários mínimos, serão
deflagrado pela operação “Negócio da China”, a rede
as principais responsáveis pelo crescimento do consumo
optou pela recuperação judicial, aceita pela Justiça e
em 2010. A expectativa é que elas movimentem R$ 833
mais tarde pelos credores. Dessa forma a Casa & Vídeo
bilhões, contra R$ 545,6 bilhões das classes A e B juntas.
manteve-se aberta com uma nova estrutura de gestão,
Essa inserção deve-se ao fortalecimento da economia,
passando a ser controlada por um fundo de investimento,
ao crescimento da oferta de crédito e ao aumento do
com 66% das cotas pertencentes ao atual presidente,
salário mínimo, que injetou na economia R$ 26,7 bilhões
Fábio Carvalho. Hoje a dívida da rede é de R$ 300 milhões,
somados a outros R$ 13 bilhões dos benefícios Bolsa
renegociada até 2012. Por enquanto, Carvalho tenta
Família. Hoje, 69% dos cartões de crédito estão na classe
reorganizar a casa e aumentar as vendas e já anuncia a
C, D e E. Na avaliação geral do Data Popular, o “grosso” do
inauguração de cinco novas lojas no Rio de Janeiro para os
mercado se tornou as classes baixas, enquanto o mercado
próximos meses.
de luxo passou a ser um segmento menos representativo. dirigente Lojista � junho 2010
� 67
o p i n i ã o
|
d e
o l h o
n o
c l i e n t e
FAÇA seu cliente
GANhar tempO C
onhecer o cliente não é fácil, exige predis-
E não para por aí. Há também um espaço
posição em ouvir, pesquisar, coletar infor-
que funciona 24 horas para que o motorista
mações, reunir pessoas e transformar estas ricas
possa dar banho no seu cachorro, pois é comum
informações em ações. Tenho observado que as
entre os caminhoneiros desta região levar ani-
pessoas querem cada vez mais ganhar tempo,
mais de pequeno porte como companhia.
obter a melhor eficiência que a tecnologia pode
Outros serviços também foram agregados:
oferecer e a praticidade do autosserviço, mas
barbearia, dentista, sala com vídeo, banheiros
com a certeza de que, se algo der errado, have-
(que anunciam serem os melhores pela lim-
rá alguém lá para ajudá-lo.
peza oferecida), sala para jogar videogame, internet sem fio gratuita, salas individuais para
Vou dar um exemplo. Recentemente visitei
banho, lavanderia, restaurante e lanchonetes.
uma operação de posto de combustível para
Os serviços foram agregados com o objeti-
caminhões. Com um público-alvo claramente
“Tempo é um
vo de facilitar a vida do cliente, dar a solução
As portas não fecham nunca – funcionam
bem valioso para
único deste estabelecimento, mas parte de um
365 dias por ano, 24 horas por dia. Possui uma
qualquer pessoa
definido, que passa muito tempo fora de casa, a empresa foi estruturada da seguinte forma:
loja de conveniência para atender necessidades rápidas de suvenires, alimentos e bebidas. E o
e tem um papel
principal: oferece 16 bombas dedicadas a ca-
importante no
minhões, número superior à média na região.
processo de
Desta forma, quando um caminhão chega há sempre uma bomba vazia.
fidelização”
de peças. Na loja principal é possível testar os acessórios em um caminhão para testes dentro da área de vendas, qu também oferece audiobooks, filmes e assistência para celular. 68 �
dirigente Lojista � junho 2010
relacionamento entre cliente e loja. Quando um caminhão passar pela região, em que posto vai parar? O local se tornou referência não só para caminhoneiros como para o público em geral. Uma rede de lavanderias recentemente anunciou que vai oferecer serviços de costura em suas lojas. Quando você vai ao supermercado, seu carro já pode ser lavado enquanto você
Além disso, o posto oferece serviço de guincho 24 horas, oficina mecânica e venda
completa. Abastecer não é o fim nem o objetivo
Luciana Carmo Especialista em gestão de serviços e palestrante. luciana.carmo@mixxer. com.br
faz as compras. Tempo é um bem valioso para qualquer pessoa e tem um papel importante no processo de fidelização. Quanto mais você contribuir para que seu cliente o tenha, mais próximo estará de conquistar sua preferência.
dirigente Lojista � junho 2010
� 69
t e cn o v a r e j o
“Boas maneiras” nas ações de Como enviar mensagens sem risco de prejudicar a imagem da loja
70 �
dirigente Lojista � junho 2010
por ALEXANDRE
O
GONÇALVES
alexandre@agenteinforma.com.br
pções para divulgar ofertas e promoções na internet não faltam. Ainda
Autoexecutáveis: não de-
mais agora que as chamadas mídias sociais ganharam espaço. Mas entre
vem ser enviados arquivos
Twitter, Facebook, Orkut e outros, a boa e velha mensagem distribuída por cor-
com autofuncionamento. Os
reio eletrônico continua sendo uma das opções mais utilizadas. De acordo com
autoexecutáveis são arquivos que os
levantamento da Associação Brasileira de Marketing Direto (Abemd), quando o
programas gerenciadores de e-mail
assunto é e-mail marketing, o comércio ocupa o quarto lugar entre os principais
conseguem ler e interpretar, inician-
segmentos da economia, com 9,5% do mercado brasileiro de marketing direto.
do automaticamente algum processo
Perde para os bancos (23%), empresas de telecomunicações (14,5%) e publi-
que não é necessariamente desejado
cações (10,5%). O lojista que está pensando em investir em e-mail marketing
pelo receptor. Essa modalidade de ar-
deve observar alguns procedimentos para evitar que o envio de mensagens
quivo também torna o sistema vulne-
seja um tiro pela culatra – quando, em vez de beneficiar, a ação pode prejudicar
rável à transmissão de vírus (voluntá-
a empresa. Para não fazer feio, siga as dez recomendações da Abemd sobre o
ria ou não). Relevância: o consumidor
envio de e-mail marketing. E boa mensagem.
não se incomoda em receber Ética: atuar dentro do Código
Uso do endereço eletrôni-
uma mensagem de cunho
de Ética da Abemd, que con-
co: no cadastro prévio, deve
comercial, desde que seja relevante
ceitua detalhadamente as
ficar claro que o endereço
para ele. Portanto, preocupe-se sem-
eletrônico poderá ser utilizado para
boas práticas no marketing direto.
pre com o conceito de relevância.
Autorregulamentação:
o envio de mensagens comerciais,
Frequência: deve-se pre-
atuar dentro do Código de
ou seja, na geração de leads próprios
ferencialmente oferecer ao
Autorregulamentação
para
ou, se for o caso, repassado também
cliente que assinale a opção
Prática de E-mail Marketing, que con-
com a finalidade de envio de men-
de sua preferência na frequência de
ceitua detalhadamente as boas práti-
sagens comerciais. E o receptor deve
recebimento de informações ou so-
cas de e-mail marketing.
ter manifestado expressa concordân-
licitar que ele opte entre as diversas
cia com isso.
alternativas de periodicidade que lhe
Opt-in: o primeiro recebimento é muito importante,
Tamanho dos arquivos: pro-
são oferecidas. Quando não for possí-
pois marca o início da re-
cure sempre limitar o tama-
vel oferecer que faça a opção, deve-se
lação. É preciso ter permissão prévia
nho dos arquivos enviados,
deixar claro qual a frequência de envio
(opt-in) antes do envio da primeira
seja no corpo das mensagens ou nos
mensagem. No caso de existir prévia
anexos. Deve-se ter sempre em mente
Política de relacionamento:
e comprovável relação comercial ou
o público da média inferior em capaci-
é sempre conveniente que se
social entre o remetente e receptor, o
tação tecnológica (software, hardware
tenha clareza na política de
envio de mensagem é permitido.
e modalidade de conexão). Sugere-se
relacionamento adotada, o que pode
Opt-out: toda mensagem
mensagens no formato txt ou html,
ser feito por meio de um contrato/
precisa ter opt-out. É prerroga-
este último com tamanho máximo de
compromisso assumido formalmente
tiva do receptor decidir o mo-
12 KB, e que as figuras (GIFs) não este-
com o consumidor.
mento em que não quer mais receber
jam anexadas na mensagem, mas sim
mensagens de determinado emissário.
localizadas em servidor próprio.
das mensagens.
Para saber mais: Abemd - www.abemd.org.br dirigente Lojista � junho 2010
� 71
t e cn o v a r e j o
“Mãozinha” aos pequenos Microsoft Brasil cria portal de soluções grátis para empresas
G
rátis e Melhor é o nome do portal lançado pela Microsoft Brasil
com objetivo de apresentar as soluções gratuitas que a empresa oferece para pequenas e médias empresas brasileiras. No site www.gratisemelhor.com. br é possível acessar pacotes como o Windows Live com disco virtual de 25GB, o Windows Live Messenger e o Windows Live Groups, entre outros. Além disso, o visitante também
menu de ferramentas Uma “mestre-de-cerimônias” virtual apresenta os aplicativos disponíveis no site
encontra todas as versões demo dos produtos da Microsoft para experi-
quenas e médias empresas brasileiras
Segundo o executivo, o objetivo da
mentação, incluindo casos de sucesso
passam a ter acesso a uma série de
Microsoft é apresentar de forma sim-
de pequenas e médias empresas. Ou-
ferramentas que podem ajudá-las a
ples e intuitiva todas as alternativas
tro benefício do portal é disponibilizar
crescer e se profissionalizar”, afirma
disponíveis para ajudar a impulsionar
centenas de modelos de documentos
Mauricio Ferreira, gerente de Estraté-
os negócios de pequeno e médio por-
como folha de pagamento, apresen-
gia de Pequenas e Médias Empresas
tes, incluindo cursos e treinamentos. O
tações, capa de fax e muitas outras
da Microsoft Brasil. “Muitas desconhe-
portal também conta com uma “mes-
aplicações que facilitam o dia a dia
cem que algumas soluções são gratui-
tre-de-cerimônias” que explica conte-
do empreendedor. “Pelo site, as pe-
tas ou custam muito pouco.”
údos e dá dicas durante a navegação.
Consumidor conectado
Pirataria na mira
Pesquisa realizada pelo Profuturo/FIA (Programa de Estudos do Futuro da Fundação Instituto de Administração), sobre o futuro da banda larga nos próximos dez anos no País, revela que metade da população de classe C terá acesso à internet em 2020, sendo que 60% das conexões serão de internet rápida. O levantamento indicou que, em 2008, apenas 7% das conexões desse segmento econômico eram do tipo banda larga. Além da classe C, outras esferas também terão grande aumento na utilização dessa tecnologia. Na classe A, em 2008, 64% das conexões de internet eram por meio de banda larga, porém, em 2020, a projeção é de que esse índice suba para 99%. Na classe B, as conexões saltarão de 26%, em 2008, para 90% em 2020; e as classes D e E saltarão de 1%, em 2008, para 25% em 2020.
Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes), a Business Software Alliance (BSA) e a Entertainment Software Association (ESA), o mês de março foi marcado por um trabalho intenso e coordenado entre todas as esferas da polícia do País, o que resultou num total de 116 mil CDs falsificados apreendidos. As regiões Sul e Sudeste foram responsáveis por 94% do volume de mercadorias capturadas. Destaque para Foz do Iguaçu, São Paulo e Rio de Janeiro, três áreas extremamente impactadas pela pirataria.
72 �
dirigente Lojista � junho 2010
Solução na hora certa Empresa desenvolve sistema de acordo com novas normas sobre uso de ponto eletrônico
Bematech traz novidades em automação O Bematech Loja Practico foi
mpresas que utilizam qualquer
E
do papel. “Chegamos ao valor de R$ 4
uma das soluções apresentadas
tipo de meio eletrônico para mar-
por trabalhador/ano, que será o custo
pela Bematech na 19ª edição
car o ponto de colaboradores têm até
de emissão dos comprovantes. É um
da ABF Franchising Expo 2010,
agosto para se adequar ao Sistema de
aumento para o empresário, mas nada
realizada em São Paulo entre 9
Registro Eletrônico de Ponto (SREP),
tão grandioso”, observa.
e 12 de junho. Trata-se de um
Na opinião de Monteiro, a tecnolo-
sistema voltado para varejistas
Trabalho e Emprego
gia do novo REP pode
de pequeno a médio porte, que
(MTE). A partir des-
auxiliar inclusive a
permite cadastrar e controlar o
ta data, será preciso
gestão de RH. “Uma
histórico de compras e crédito
emitir um compro-
empresa
ter
dos clientes, além de fazer a
vante a cada registro
uma lata de lixo ao
integração com as operadoras
do colaborador, que
lado do REP para que
de cartão com telas intuitivas
deverá ser guardado
o trabalhador se livre
e fáceis de usar.
para eventuais com-
do papel e outra pode
provações na justiça
incentivar o colabora-
Practico, os visitantes que esti-
do Trabalho. Antena-
dor a guardar cada
veram no estande da empresa
da com esta mudan-
recibo e reforçar a
na ABF Franchising Expo deste
ça, a Ahgora, empresa de tecnologia
proposta de empresa responsável. São
ano também puderam conhe-
com sede em Florianópolis, criou o
dois lados, temos que saber aproveitar
cer o MisterChef.net, sistema
Registrador de Ponto Eletrônico (REP),
as oportunidades”, diz.
de gestão criado para atender
conforme portaria do Ministério do
pode
Além
do
Bematech
Loja
A expectativa é que um modelo
ao segmento de food service,
simples do REP custe em torno de R$
com o acréscimo do módu-
Ricardo Monteiro, sócio da Ahgora,
3,5 mil, metade do previsto pela Con-
lo MisterChef Live, o primeiro
explica que muitas empresas estão as-
federação Nacional da Indústria quando
no mercado a permitir acesso
sustadas com o volume de recibos que
do lançamento da portaria do MTE, em
a um painel de controle com
podem ser emitidos e com os custos
agosto de 2009. Segundo Monteiro, a
gráficos e relatórios on-line
decorrenter disso. Ele esclarece que,
proposta é ter um sistema com outras
pela web.
quando se coloca na ponta do lápis, es-
funcionalidades. “Nosso modelo vai
O aplicativo permite moni-
tes custos podem não ser tão altos. A
avisar a equipe de recursos humanos
torar, em tempo real, fatura-
Ahgora fez uma conta simples em que
quando a bobina estiver acabando, por
mento, venda por hora, produ-
foram considerados quatro registros de
exemplo, ou ainda, alertar por meio
tos vendidos, tíquete médio,
cada trabalhador, em 22 dias de tra-
eletrônico quem foi o colaborador que
número de pessoas, estoque,
balho por mês, e o preço de mercado
se esqueceu de bater o ponto”, afirma.
entre outros processos.
um sistema que já atende às exigências legais.
dirigente Lojista � junho 2010
� 73
o p i n i ã o
|
i d e i a s
e
e s t r a t é g i a s
um decálogo para
administrar o tempo A
dministrar adequadamente o tempo é
aplicado a ela. Uma hora de trabalho concen-
um dos maiores desafios do desempe-
trado é bem mais produtiva que quatro períodos espaçados de 15 minutos, por exemplo.
nho profissional. Para não desperdiçar este recurso precioso, proponho um decálogo, que não
7. Dê-se uma recompensa a cada progres-
tem a pretensão de ser definitivo, mas faz o
so – Sempre que cumprir uma etapa de um
esforço de ser suficientemente abrangente:
trabalho, faça um intervalo, tome um suco, dê uma volta no quarteirão, conceda-se um pe-
1. Fique tranquilo – Se você é responsável
queno prêmio. O tempo ficará mais produtivo.
e comprometido com o trabalho, sempre vai
8. Relaxe de vez em quando – Evite passar
faltar tempo para fazer tudo o que precisa ser
mais de duas horas com dedicação ininterrupta
feito. Não se desespere por isso. 2. Planeje – Quanto mais tempo você de-
a uma tarefa. Mesmo que não tenha feito pro-
dicar ao planejamento do trabalho a ser feito,
gressos significativos, dê um intervalo, relaxe,
mais tempo você ganhará na execução. 3. Estabeleça prazos curtos – Não esqueça
“A forma mais
faça um alongamento se necessário. Quando o trabalho empaca, é essencial quebrar a rotina.
que “o trabalho se expande até ocupar todo o
produtiva de
tempo disponível”, por isso fixe um prazo justo
ganhar tempo
mente que o tempo livre se faz, não se encon-
fazendo um
de suas obrigações e transformar em obrigação
para cada tarefa e permaneça fiel a ele. 4. Mantenha-se ocupado(a) – Tempo desperdiçado atrai desperdício de tempo na proporção direta da importância do trabalho a ser executado. Portanto, evite ficar desocupado. 5. Use a pressão a favor – Quase nada é fei-
trabalho é ter
9. Crie tempo livre – Tenha sempre em tra. Por isso, você deve procurar “tirar proveito tudo o que deseja fazer”. 10. Trabalhe com prazer – A forma mais
prazer com o que
produtiva de você ganhar tempo fazendo um
está sendo feito”
trabalho é ter prazer com o que está sendo fei-
to a tempo se não sofrer algum tipo de pressão.
to. O tempo mais mal gasto do mundo é aque-
Cabe a você procurar aproveitar a pressão para
le empregado num trabalho chato.
ajudar a impulsionar o que precisa ser feito. 6. Evite interromper tarefas – Não é propriamente o tempo despendido em uma tarefa que conta, mas a quantidade de tempo ininterrupto 74 �
dirigente Lojista � junho 2010
Francisco Cunha Sócio-fundador da TGI Consultoria em Gestão. www.tgi.com.br
Apesar de sua aparente simplicidade, não é fácil adotar esses “mandamentos”. Mas a prática mostra que a própria tentativa já é um ganho importante.
dirigente Lojista � junho 2010
� 75
INFORME DO SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS Maio de 2010 l www.sebrae.com.br l 0800 570 0800
Divulgação Sebrae
Empresas se unem para ampliar competitividade e acesso ao mercado Centrais de Negócios contribuem para o fortalecimento do comércio varejista por meio de ações conjuntas em marketing, acesso a mercados e capacitação Dificuldades para crescer de forma sustentável e a percepção de que os grandes tomariam o espaço dos pequenos. Este foi o pano de fundo para a criação da Rede Centersul, que agrega 31 lojas de materiais de construção em 24 cidades do Mato Grosso, em um raio de até 850 km de distância. A rede é um exemplo bem-sucedido de Central de Negócios, uma meto-
do Sebrae 76 �Empreender dirigente Lojista �Informe junho 2010
dologia desenvolvida pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e que tem beneficiado empresas em diversos segmentos da economia. O projeto teve início com três empresários, que fundaram a Associação das Pequenas e Médias Empresas de Materiais para Construção e Acabamento (Apemac) com o objetivo de fortalecer as
empresas dos associados e garantir a sobrevivência de cada um no mercado. O maior desafio para administração da rede é a distância entre as lojas e as particularidades de cada localidade. Cada município possui demandas de produtos diferentes, com necessidades específicas para cada região do Estado. Até 2008, a Apemac era caracte-
alguns anos nós desenvolvemos uma metodologia que permite a estruturação de Centrais de Negócios, beneficiando empreendedores das mais variadas áreas de atuação que procuram o Sebrae em busca de soluções para seus negócios. As experiências são as mais variadas possíveis, desde supermercados, laticínios, papelarias, farmácias, comércio varejista, materiais de construção, hortifruticultura etc”, avalia.
Integrar para crescer junto O exemplo bem-sucedido da Rede Centersul é um entre muitos espalhados pelo País, em estados como Alagoas, Bahia, Ceará e Minas Gerais. De acordo com Wang Hsiu Ching, gerente da Unidade de Acesso a Mercados do Sebrae Nacional, a Central de Negócios proporciona a organização de empresas ou produtores para gerar ganhos coletivos de escala ou competitividade. “Há
O que é a Central de Negócios: É uma entidade de base associativa formada por empresas ou empreendedores independentes, voltada para a busca de soluções conjuntas de interesse econômico com foco no mercado em que atuam. É uma ação decorrente de um processo coletivo, com o objetivo de promover e ampliar o acesso a mercados.
Principais benefícios das Centrais de Negócios: - Para as micro e pequenas empresas, proporcionam ganho em escala nas compras e, portanto, maior poder de barganha e preços melhores. Nas vendas, podem reduzir os custos de comercialização através de compartilhamento de estruturas comuns, incluindo equipe de vendas, centrais de comercialização, logística e promoção comercial. - Para empresas mais avançadas, os benefícios envolvem desde a unificação de várias empresas independentes sob uma mesma marca de rede (como acontece no setor de farmácias) até campanhas promocionais conjuntas, centros de distribuição coletivos, centrais de relacionamento coletivas, plano de marketing e modelo padronizado de visual de loja, sistema de gestão de compras, vendas e estoque integrados. Divulgação Sebrae
rizada como uma central de Centrais de Negócios contribuem para o fortalecimento do comércio varejista por meio de ações conjuntas em marketing, acesso a mercados e capacitação Empreender Informe do Sebrae Informe do Sebrae Empreender Empresas se unem para ampliar competitividade e acesso ao mercado compras, que negociava melhores condições de preços aos seus associados. Em setembro daquele ano, foi aprovada em assembleia a criação da rede de vendas da associação. Com a implantação da Rede Centersul as lojas passaram por um processo de reformulação visual, onde foram padronizados desde a fachada ao layout interno das empresas. Esta padronização possibilitou a realização de marketing em conjunto, facilitando a divulgação da marca em mídias até então inalcançáveis para as empresas individualmente. Com presença maciça na televisão, muitos fornecedores buscaram a Rede Centersul para negociar, pois passaram a conhecer melhor as lojas do grupo. Entre os principais benefícios conquistados pela Rede Centersul estão a redução dos custos de aquisição de mercadorias e serviços, marketing integrado, cartão de crédito com a marca da rede, sistemas de treinamento para colaboradores e profissionais, cartão fidelidade, além da troca de experiências e informações entre os associados. Toda esta gama de vantagens tem gerado um aumento substancial nas vendas das lojas e, principalmente, na rentabilidade das empresas.
As lojas da Rede Centersul passam por uma reformulação visual da fachada à área de vendas
Informe do Sebrae Empreender dirigente Lojista � junho 2010 � 77
o p i n i ã o
|
SOB R E
LOJA
As relações comerciais SÃO
IGUAIS ÀS AMOROSAS S
im, porque uma relação, seja comercial
saber que perguntas fazer ao cliente e como
ou amorosa, começa pelo interesse: um
abordá-lo saindo da mesmice.
cliente por determinado produto ou um olhar
Durante o atendimento, é importante obter
para alguém que chamou a atenção, uma pa-
informações sobre o que ele tem comprado,
quera. Mas, antes de nos atirarmos de cabeça,
onde tem comprado, como paga suas contas,
o correto seria fazer uma pesquisa para saber
enfim, reconhecer suas características pessoais.
se o que oferecemos é adequado para satisfa-
No momento que temos uma ideia do tipo do
zer seus desejos e necessidades. Para criar uma
cliente, podemos dizer que já estamos inician-
relação contínua, deve haver, desde o primei-
do o namoro. Conhecendo o que ele gosta, fica
ro contato, um diálogo sem mentiras, grandes
mais fácil saber o que lhe oferecer. É nesse momento que devemos iniciar
exageros ou informações sonegadas.
nossa venda, a hora do “casamento” com o
Devemos manter com nosso cliente um contato constante e sincero, pois só assim va-
“Para criar uma
cliente. E acaba por aí? De jeito nenhum. Um
mos descobrindo suas preferências, que podem
relação contínua
amor velho precisa de tanta atenção e carinho
mudar todos os dias. A pesquisa junto ao cliente deve ser constante para, à medida que o tempo
deve haver um
passa, adequarmos nossos serviços e produtos
diálogo sem
ao que ele deseja naquele momento.
quanto um novo. É preciso ter cuidado com os “Ricardões” (nossos concorrentes). Nesse momento, começa também a pós-venda, em que a atenção deve ser redobrada, com um atendi-
Quando o cliente passar na frente de nossa
mentiras ou
loja e desviar seu olhar para ela, está iniciada a
informações
Só conseguiremos fazer isso se nossa pes-
paquera. Quando entrar, precisamos analisá-lo
sonegadas”
quisa inicial foi bem-feita, se houve bastante
e descobrir algo a respeito dele antes de re-
que produtos despertam seu interesse. As pessoas não gostam quando entram em uma loja e logo um vendedor pergunta se pode ajudar. Para elas, ajuda é “esmola”. É preciso 78 �
dirigente Lojista � junho 2010
diálogo para conhecer hábitos e necessidades. É no dia a dia que devemos buscar formas de
alizar a venda. Fazemos isso observando sua maneira de vestir, sua forma de se comunicar e
mento constante, permanente.
Josemar Basso Administrador de empresas, consultor e palestrante. josemarbasso@ officemarketing.com.br
encantar o cliente para garantir sua fidelidade. O objetivo é construir uma relação contínua que gere bastante “filhos”, ou seja, compras constantes, cada vez mais alegres, felizes e “reforçadas”.
• • • • • • • •
95 centros de distribuição no Brasil Atendimento em todos os municípios brasileiros Mais de 150.000 clientes cadastrados 1.500 caminhões Frota com idade média de 2,8 anos 5.000 colaboradores 6% do orçamento aplicado em tecnologia O melhor gerenciamento de risco do Brasil
Ufa! Conseguimos! Prêmio Mérito Lojista.
Daqui não saímos mais.
www.braspress.com.br � 79
dirigente Lojista � junho 2010
l e i t ur a
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l a nç a m e n t o s
Twitter, chiclete & camisinha Tagil Oliveira Ramos Ed. Novatec. 216 páginas. R$ 39
Os segredos do Twitter desvendados em linguagem simples e bem-humorada. Baseado em conceitos de marketing comportamental, o autor apresenta as leis que regem as relações em um ambiente de mídia social e traz dicas preciosas para orientar a presença da sua marca na “twittosfera”.
60 verdades para administrar sua carreira
Karen Otazo Ed. Sextante. 192 páginas. R$ 19,99
De forma simples e inusitada, a autora foge das fórmulas batidas sobre como você deve agir para ser bem-sucedido. Todas as dicas apresentadas aqui foram testadas, partindo da premissa de que a vida profissional é um jogo e vale a pena saber jogá-lo.
Design como ferramenta de negócios Agora, mais que nunca, a gestão do
Os autores apresentam o conceito
design torna-se uma aliada para o su-
do design de experiências centrado no
cesso no mundo dos negócios. Para uma
cliente e mostram como ele pode ser a
empresa, ser focada em design não sig-
chave para transformar seu negócio. O
nifica fazer produtos maravilhosos, sim-
livro inclui ainda dois temas altamen-
plesmente. Significa conseguir transmitir
te inovadores: A Gestão da Cadeia de
uma ideia emocional positiva para seus
Suprimentos das Empresas e Importância
clientes, encarando o design como uma ferramenta estratégica. Este é o tema central do livro de Brunner e Emery, que ensina o caminho para implantar um ótimo design em sua cultura comercial.
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Gestão Estratégica do Design Robert Brunner e Stewart Emery Ed. M. Books 208 páginas. R$ 59
de se Criar um Portal de Experiências. De acordo com os autores, estes são aspectos fundamentais para a transformação de uma empresa que faz design em uma empresa cujo foco estratégico é o design.
Geração Y – O Nascimento de uma Nova Versão de Líderes
100 maneiras de motivar as pessoas
Sidnei Oliveira Ed. Integrare. 152 páginas. R$ 35
Steve Chandler e Scott Richardson Ed. Sextante. 176 páginas. R$ 19,90
Entender as novas gerações sempre foi um desafio. Especialista no desenvolvimento de lideranças, o autor quebra uma série de preconceitos e mostra que definir os jovens desta geração apenas por suas características negativas é simplista e incorreto. Afinal, eles possuem muitas qualidades que são inexistentes ou pouco desenvolvidas nas gerações anteriores.
Um guia prático e objetivo para ajudá-lo a encarar os desafios profissionais de forma menos estressante. Se sua equipe não está desmotivada, é hora de admitir que o problema pode ser você. A colaboração necessária para o trabalho em equipe não pode ser obtida por meio de gritos, ameaças ou pressões, mas conquistada com respeito, inspiração e orientação.
dirigente Lojista � junho 2010
ItatIaIa. Vencedora do Prêmio “mérito Lojista” em
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Itatiaia. Pela 6ª vez consecutiva, vencedora do Prêmio “Mérito Lojista”, na categoria móveis, segmento cozinha de aço. Obrigado a todos os nossos clientes e parceiros. dirigente Lojista � junho 2010
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a g e nd a
Vitrine do mercado de eletros
Ponto de encontro entre o varejo e a indústria, a Eletrolar Show chega a sua quarta edição A Eletrolar Show é um evento exclusivamente B2B, dirigido para a indústria e o varejo de eletrodomésticos e eletroeletrônicos do Brasil, onde fornecedores e lojistas se encontram para realizar parcerias, conhecer tendências e – principalmente – fechar negócios. O evento é o ponto de encontro da indústria com o pequeno, o médio e o grande varejo, e espera para este ano receber um público superior a 10 mil pessoas. Em sua quarta edição, o evento reúne executivos qualificados das redes de varejo, fabricantes,
importadores, atacadistas, hiper e supermercados, home centers, lojas de departamentos, distribuidores, representantes comerciais e mercado corporativo. 20 a 23/07/2010 Eletrolar Show 5ª Feira de Negócios para a Indústria de Varejo de Eletrodomésticos e Eletroeletrônicos Transamérica Expo Center São Paulo – SP www.eletrolarshow.com.br
Julho 4 a 7/07/2010 TM Fashion 5a Feira de Calçados, Bolsas e Acessórios Renaissance SP Hotel São Paulo – SP www.tmfashion.com.br 2 a 18/07/2010 Feira do Circuito das Malhas 4a Feira de Moda Tricô e Lã Centro de Eventos São Luís São Paulo – SP www.feiradocircuitodasmalhas. com.br 5 a 8/07/2010 Francal 42ª Feira Internacional da Moda em Calçados e Acessórios Pavilhão de Exposições do Anhembi São Paulo – SP www.feirafrancal.com.br 82 �
20 a 23/07/2010 Movinter 8ª Feira de Móveis do Estado de São Paulo Pavilhão de Exposições da Interior Eventos Mirassol – SP www.movinter.com.br 21 a 23/07/2010 Supermix 5ª Feira das Indústrias Atacadistas-Distribuidoras e Supermercadistas de PE Centro de Convenções de Pernambuco Recife – PE www.embalaweb.com.br 28 a 30/07/2010 Salex 21a Exposição SulAmericana da Indústria de Diversões Transamerica Expo Center São Paulo – SP www.salex.com.br
dirigente Lojista � junho 2010
Agosto 3 a 5/08/2010 Brazil Promotion 8ª Feira de Marketing Promocional Transamérica Expo Center São Paulo – SP www.brazilpromotion.com.br
3 a 6/08/2010 Movimat 25ª Feira de Intralogística Expo Center Norte São Paulo – SP www.feiramovimat.com.br
Setembro 3 a 12/09/2010 Festa Nacional do Calçado Parque de Exposições da Fenac Novo Hamburgo – RS www.feiranacionaldocalcado. com.br
22 a 26/09/2010 Expomusic 27a Feira Internacional da Música - Instrumentos Musicais, Áudio, Iluminação e Afins Expo Center Norte São Paulo – SP www.expomusic.com.br
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