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o clube dos bons
pagadores
a APROVAÇÃO DO CADASTRO POSITIVO ABRE NOVAS POSSIBILIDADES DE CRÉDITO E CONSUMO NO PAÍS ENTREVISTA Adriana Medeiros e o papel do líder na gestão de mudanças
tendÊNCIA O sucesso de vendas do iPad 2 e suas aplicações no varejo
PERFIL Eletrônica Santana: inovando sem perder a tradição familiar
PAC – A Encomenda Econômica dos Correios. Sua mercadoria onde você quiser e no prazo que você precisa.
A encomenda econômica dos Correios é o jeito mais seguro e confiável de enviar encomendas rodoviárias de até 30 kg para todas as cidades do Brasil. Saiba mais sobre este serviço e as possibilidades de retorno de encomendas através da logística reversa acessando www.correios.com.br/pac.
a o s
Nesta edição
DIRETORIA DIRETORIACNDL CNDL
A
aprovação do Cadastro Positivo pela presidenta Dilma
Rousseff representa mais uma vitória política do Movimento Lojista e do comércio brasileiro de modo geral, mas sua importância não se resume a isso. Se bem administrada e organizada, a implantação do cadastro pode representar um passo adiante na relação entre o consumidor e quem concede crédito para que ele possa consumir. Para ambas as partes, identificar quem paga em dia seus compromissos é algo vanta-
Presidente Roque Pellizzaro Junior 1º. Vice-Presidente Vítor Augusto Koch Vice-Presidente Adão Henrique Vice-Presidente Francisco Honório Pinheiro Alves Vice-Presidente Geraldo Cesar de Araújo Vice-Presidente José Cesar da Costa Vice-Presidente Melchior Luiz Duarte de Abreu Diretor Administrativo e Financeiro Silvio Antônio de Vasconcelos Souza Diretor do DASPC Roberto Alfeu Pena Gomes DIRETOR CDL Jovem Samuel Torres de Vasconcelos Diretores Ralph Baraúna Assayag, Maurício Stainoff, Sergio Alexandre Medeiros, Jair Francisco Gomes, Marcelo Caetano Rosado Maia Batista, Mustafá Morhy Júnior, Paulo Gasparoto, Ilson Xavier Bozi, Maria do Socorro Teixeira Noronha, Antônio Xará, Fernando Luis Palaoro, Francisco Regis Cavalcanti Dias DIRETORIAS ESPECIAIS Adilson Schuenke Emanuel Silva Pereira Celso Vilela Guimarães Geovanne Telles Valdir Luiz Della Giustinna Marcelo Sales Antoine Youssef Tawil José Manoel Ramos Egnaldo Pedro da Silva
para conceder crédito em condições melhores para quem tem um bom histórico e o consumidor deixa de pagar pelo risco dos maus pagadores e tem acesso a juros menores. Mesmo com claros benefícios, a lei que instituiu o Cadastro Positivo enfrentou resistência e demorou a ser aprovada, apesar do sistema já ter se mostrado bem-sucedido em diversos países. Com a aprovação, o lojista precisa agora esclarecer seu cliente sobre as vantagens de se cadastrar, pois a adesão é voluntária. Para saber mais sobre este assunto confira a matéria da repórter Cléia Schmitz, a partir da página 22. Boa leitura e boas vendas! Diógenes Fischer Editor dirigente Lojista � junho 2011
Geruza Lúcia de Nazareth, Francisco Freitas Cordeiro, Álvaro Cordoval de Carvalho Conselho Fiscal Alberto Fontoura Nogueira da Cruz, Eduardo Melo Catão e Marcelino Campos (membros efetivos); Jayme Tassinari, Milton Araújo e Divino José Dias (suplentes)
CONSELHO SUPERIOR Romão Tavares da Rocha, Aliomar Luciano dos Santos,
Conselho Deliberativo DO SPC BRASIL Presidente Itamar José da Silva Vice-Presidente José César da Costa
Conselho FISCAL DO SPC BRASIL Luiz Antônio Kuyava, Maria do Socorro Teixeira Noronha, Antoine Yossef Tawil
ASSINE a dirigente lojista (61) 3213 2000 | assinatura.dirigentelojista@cndl.org.br | www.cndl.org.br
Serviço Ao Assinante assinante.dirigentelojista@cndl.org.br A revista Dirigente Lojista é produzida pela Editora Empreendedor DIRETOR-EDITOR Acari Amorim acari@empreendedor.com.br DIRETOR DE COMERCIALIZAÇÃO E MARKETING Geraldo Nilson de Azevedo geraldo@empreendedor.com.br REDAÇÃO dirigentelojista@empreendedor.com.br EDIÇÃO-EXECUTIVA Diógenes Fischer REPORTAGEM Alexandre Gonçalves, Cléia Schmitz, Fábio Bianchini e Mateus Boing EDIÇÃO DE ARTE Diógenes Fischer PROJETO GRÁFICO Wilson Williams REVISÃO Lu Coelho EDITORA DO PORTAL DA CNDL Ana Paula Meurer EDITORA DO PORTAL EMPREENDEDOR Carla Kempinski SEDES São Paulo DIRETOR COMERCIAL Fernando Sant’Anna Borba fernandoborba@empreendedor.com.br EXECUTIVOS DE CONTAS Osmar Escada Junior e Gerson Cândido dos Santos Rua Sabará, 566 – 9º andar – conjunto 92 – Higienópolis 01239-010 – São Paulo – SP Fone: (11) 3214-1020 empreendedorsp@empreendedor.com.br Florianópolis EXECUTIVA DE ATENDIMENTO Joana Amorim anuncios@empreendedor.com.br Rua Padre Lourenço Rodrigues de Andrade, 496 Santo Antônio de Lisboa – 88053-400 – Florianópolis – SC Fone: (48) 3371-8666 CENTRAL DE COMUNICAÇÃO Rua Anita Garibaldi, nº 79, sala 601 - Centro Fone: (48) 3216-0600 E-mail: comercial@centralcomunicacao.com.br
BRASIL: O PAÍS DAS MPEs
natimortas
Superintendente André Luiz Pellizzaro supervisão Luiz Santana
Conselho de administração DO SPC BRASIL Presidente Roberto Alfeu Vice-Presidente Melchior L. D. de Abreu Filho Diretor Financeiro Silvio Antônio de Vasconcelos Souza Vice-Diretor Financeiro Marcelo Salles Barbosa Diretor de Comunicação Dr. Francisco de Freitas SUPERINTENDENTE Nival Martins Júnior
joso. O lojista ganha mais segurança
4�
l o j i s t a s
ESCRITÓRIOS REGIONAIS Rio de Janeiro Rua São José, 40 – 4º andar – Centro 20010-020 – Rio de Janeiro – RJ Fone: (21) 2611-7996 / 9607-7910 milla@triunvirato.com.br Brasília Ulysses C. B. Cava Condomínio Ville de Montagne, Q. 01 Casa 81 - Lago Sul - 71680-357 - Brasília - DF Fones: (61) 9975-6660 / 3367-0180 ulyssescava@gmail.com Rio Grande do Sul Flávio Duarte Rua Silveiro 1301/104 – Morro Santa Tereza 90850-000 – Porto Alegre – RS Fone: (51) 3392-7767 commercializare@terra.com.br Paraná Merconeti Representação de Veículos de Comunicação Ltda / Ricardo Takiguti Rua Dep. Atílio Almeida Barbosa, 76 – conjunto 3 Boa Vista – 82560-460 – Curitiba – PR Fone: (41) 3079-4666 ricardo@merconeti.com.br Pernambuco HM Consultoria em Varejo Ltda / Hamilton Marcondes Rua Ribeiro de Brito, 1111 – conjunto 605 – Boa Viagem 51021-310 – Recife – PE – Fone: (81) 3327-3384 hmconsultoria@hmconsultoria.com.br Minas Gerais SBF Representações / Sérgio Bernardes Faria Av. Getúlio Vargas, 1300 – 17º andar – conjunto 1704 30112-021 – Belo Horizonte – MG Fones: (31) 2125-2900 / 2125-2927 sbfaria@sbfpublicidade.com.br PRODUÇÃO GRÁFICA Teixeira Gráfica e Editora
O
Brasil que assiste à escalada das grandes redes de varejo ainda não se deu conta de que o avanço desses conglomerados implica necessariamente no abate do pequeno comércio. A conta é simples: dos 5.565 municípios brasileiros, cerca de 500 têm a presença do chamado “grande varejo”. Em todo o restante do País a ligação entre a produção e o consumo é feita por micro e pequenas empresas. É um número consistente, mas que pode até se inverter caso prevaleça o modelo de política tributária que privilegia os grandes e dificulta a sobrevivência dos pequenos. Nos estados que adotam a substituição tributária, recolhe-se do comerciante o tributo referente à venda do produto ainda no momento da compra junto ao fornecedor. É o chamado imposto sobre a Margem de Valor Agregado (MVA), taxa que tem feito micro e pequenas empresas de diversos segmentos fecharem suas portas. Para esses empresários, a substituição tributária praticamente anula as conquistas com o Simples Nacional, deixandoos sem fluxo de caixa.
“O futuro das MPEs depende da revisão de uma política tributária que privilegia os grandes e dificulta a sobrevivência dos pequenos” ROQUE PELLIZZARO JUNIOR Presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL)
O efeito disso é uma azeda jabuticaba brasileira, que permite casos como o de um pequeno comerciante que, mesmo com apenas dois funcionários, é obrigado a faturar acima de R$ 35 mil por mês para ter seu negócio funcionando. Exemplos de natimortos no mundo das MPEs não faltam. Em sua maioria em razão dos altos custos com fornecedores e prestadores de serviço, como empresas que administram cartões de crédito, que chegam a cobrar entre 30% e 40% a mais dos micro e pequenos. O futuro do micro e pequeno em-
preendedor depende da revisão desse modelo de negócios, como também depende da revisão da Lei Geral e das faixas de faturamento das MPEs, assim como do debate em torno da aprovação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) das 40 horas que, se levada adiante, produzirá um efeito nefasto para centenas de milhares de pequenos empreendimentos. O que está em jogo não são os salários e renda de alguns poucos empresários, mas que modelo de negócio queremos ter a médio e longo prazos.
www.empreendedor.com.br dirigente Lojista � junho 2011
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índ i c e
EDIÇÃO
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16 30
34 40 dirigente Lojista � junho 2011
seções
Tendência Sucesso de vendas desde o primeiro dia de lançamento no País, o iPad 2 conquista o consumidor e também o lojista, oferecendo uma série de aplicações inovadoras de comunicação no ponto de venda.
16
34
6�
Entrevista A consultora Adriana Medeiros explica como e por que todo líder deve reavaliar seu comportamento e não ter medo de mudar suas atitudes relacionadas à motivação e à valorização da equipe.
40
Perfil Criada há 47 anos por Rubens Martins, a Eletrônica Santana superou crises e se tornou referência no mercado devido à habilidade em se adaptar a mudanças e à sintonia entre o fundador e o filho, que dividem a administração da loja. Projeto de Loja Mesmo em espaço reduzido, a loja modelo da franquia de moda infantil Márcia Barbieri faz uso da criatividade e da tecnologia para criar um ambiente aconchegante e com referências à natureza.
22
Reportagem de capa
A implantação do Cadastro Positivo no Brasil traz novas possibilidades para o mercado de crédito e consumo, criando mecanismos capazes de aumentar a segurança para quem concede e reduzir os juros para o consumidor. Saiba qual foi o papel da CNDL na aprovação da lei que criou o cadastro e como você também pode fazer sua parte "vendendo" a ideia a seus clientes.
5
Aos Lojistas
8
Brasil Lojista
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Informe Jurídico
50
Móveis e Negócios
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Tecnovarejo
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Agenda
opinião 49
Banho de Loja por Kátia Bello
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De Olho no Cliente por Luciana Carmo
64
Sobre Loja por Josemar Basso
dirigente Lojista � junho 2011
�7
br a s i l
l o j i s t a
Roque Pellizzaro Junior participa de audiência sobre cartões de crédito
A
Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados
Dirigentes da CNDL prestigiam encontro de CDLs e SPCs gaúchos
O
atual cenário do Sistema de
“Quem migrar para outro sistema
Proteção ao Crédito no Brasil
que não o do SPC estará automati-
cartões de crédito. Entre os participan-
foi o centro das atenções no Encon-
camente fora do associativismo”,
tes estava o presidente da CNDL, Ro-
tro das CDLs e dos SPCs gaúchos, or-
alertou o presidente da federação
que Pellizzaro Junior, que defendeu a
ganizado pela FCDL-RS no Centro de
gaúcha. “Mudanças profundas estão
necessidade de uma simplificação no
Eventos Plaza São Rafael, em Porto
ocorrendo neste cenário”, salientou o
modo de pagamento dos cartões.
Alegre. “Este é um evento para de-
presidente da CNDL, Roque Pellizzaro
Deputados que participaram da au-
fender os interesses dos lojistas do
Junior, que marcou presença no even-
diência destacaram a importância de
Rio Grande do Sul”, afirmou o pre-
to. Outros dirigentes participaram do
uma fiscalização mais eficiente. “Pre-
sidente da FCDL-RS, Vítor Augusto
encontro, entre eles o presidente do
ocupa-me o fato de ninguém tomar
Koch, em seu pronunciamento na
Conselho de Administração do SPC
realizou audiência pública no dia 8 de junho para debater a fiscalização dos
abertura do encontro, que reuniu
Brasil, Roberto Alfeu, e o presidente
DEBATE APROFUNDADO Presidente da CNDL (centro) defendeu uma simplificação no modo de pagamento
cerca de 200 representantes das Câ-
do Conselho Deliberativo do SPC Bra-
maras e dos SPCs do estado.
sil, Itamar José da Silva. Ambos par-
Leonardo Quintão (PMDB-MG). “Te-
a diretora do Departamento de Prote-
Koch ressaltou a importância de
Os parlamentares defenderam ain-
mos que aprofundar o debate”, defen-
ção e Defesa do Consumidor do Minis-
manter o Movimento Lojista unido.
da a utilização de preços diferenciados
de Quintão. Já o deputado Guilherme
tério da Justiça, Juliana Pereira da Silva;
de acordo com a forma de pagamento,
Campos (DEM-SP) ressalta que a eco-
a procuradora regional da República
o que atualmente é proibido pela le-
nomia do comerciante com os custos
Valquíria Quixadá Nunes; e o chefe do
gislação. “O consumidor vai economi-
do cartão é repassada ao consumidor,
Departamento de Normas do Sistema
zar 7% ou 8% numa compra à vista,
justificando a cobrança diferenciada.
Financeiro do Banco Central do Brasil
conta das administradoras de cartão, o que pode ser danoso para o consumidor”, afirma o deputado Walter Ihoshi (DEM-SP), que solicitou a audiência.
Também participaram da audiência
em relação ao cartão”, diz o deputado
(BC), Sérgio Odilon dos Anjos.
Rio Grande do Norte realiza 15a Convenção do Comércio e Serviços Nos dias 2 e 3 de junho o Teatro Riachuelo, em Natal,
Palco para troca de experiências, debates e discussões
recebeu um dos maiores eventos do segmento do comér-
sobre o panorama econômico, a convenção reuniu grandes
cio e serviços do Nordeste brasileiro, a 15 Convenção do
nomes do mundo político, empresarial, da comunicação e
Comércio e Serviços do Rio Grande do Norte. O evento é
do entretenimento. Entre os palestrantes, o designer Hans
uma realização da FCDL-RN, CDL Natal e CDL Jovem e este
Donner, que falou sobre como dinamizar marcas; e Dirceu Si-
ano teve como tema “A Arte do Sucesso”.
mabucuru, que falou da marca como diferencial competitivo.
a
8�
dirigente Lojista � junho 2011
ticiparam do painel “SPC Brasil e SPC Rio Grande do Sul”.
UNIDADE NO MOVIMENTO Dirigentes reforçaram a ligação entre o SPC e o associativismo lojista no Brasil
Diretoria se reúne em Brasília A diretoria da CNDL esteve reunida no dia 1º de junho, na sede da entidade em Brasília. Entre os assuntos em pauta, a apresentação dos demonstrativos financeiros, o relatório da auditoria relativo às contas de 2010 e às Convenções Nacionais de 2010 e 2011. Alguns projetos também fizeram parte da conversa entre os dirigentes, como Projeto Copa 2014, Projeto E-COM 2011 e Projeto Sebrae. Ainda durante a reunião os diretores puderam conhecer o sistema de videoconferência adotado pela CNDL.
Ajuste na Lei Geral é tema de oficina No último dia 31 de maio, a CNDL e o Sebrae Nacional promoveram uma oficina sobre a proposição do ajuste do ICMS no Projeto de Lei 591/10, que trata da Lei Geral das MPEs. O presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior, fez a abertura do evento, destacando a importância de haver uma discussão sobre este tema. Em seguida, o gerente de políticas públicas do Sebrae, Bruno Quick, também fez uma breve apresentação. A oficina aconteceu na sede da CNDL em Brasília.
br a s i l
l o j i s t a
Conselho Deliberativo do SPC se reúne Conselheiros de todo o Brasil participaram da reunião do Conselho Deliberativo do SPC Brasil que aconteceu no dia 9 de junho, na sede da CNDL em Brasília. O presidente do Conselho, Itamar José da Silva, abriu a reunião ao lado do presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior, do presidente do Conselho de Administração do SPC Brasil, Roberto Alfeu, e do diretor financeiro do SPC Brasil, Silvio Vasconcelos.
CDL Uruguaiana reativa mercado público municipal O presidente da CDL Uruguaiana (RS), Jorge Prestes Lopes, e o diretor da entidade, Clarindo Martins Barbosa, participaram no dia 1º de junho da reabertura do mercado público da cidade gaúcha. Um dos símbolos da história do comércio de Uruguaiana, o local estava desativado há mais de cinco anos. Após a reforma de sua estrutura física, o espaço reabre as portas com bancas completamente reformuladas que priorizam o acesso fácil do consumidor aos produtos comercializados, além de um ambiente limpo e arejado. “A revitalização do Mercado Público é muito mais do que o retorno de um ponto comercial”, diz Lopes. “É a revitalização da nossa memória, o resgate da dignidade do uruguaianense em redescobrir seus pontos históricos”, completa o dirigente.
Inadimplência registra alta de 8,21% em maio
A
inadimplência do consumidor
das medidas de contenção de crédito
registrou alta de 8,21% em
adotadas ainda no fim de 2010 pelo
maio de 2011, na comparação com
Banco Central.
o mesmo período de 2010. Os dados
A comparação com o mês de abril
são da CNDL/SPC Brasil, divulgados
mostrou uma queda da inadimplên-
no dia 9, em Brasília. Foi a quarta
cia de 0,27%, em função da proxi-
elevação seguida da taxa em 2011
midade do Dia dos Namorados e da
ante os resultados do ano anterior, o
tendência do brasileiro em honrar
que causa preocupação do comércio
compromissos para poder se manter
e reforça a cautela do varejo para os
ativo no consumo.
próximos movimentos da inadimplência.
Segundo o presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior, a luz amare-
No ano, o indicador já acumula
la continua acesa. “Nós precisamos
alta de 3,61%, após iniciar o ano em
que o comércio auxilie o consumidor
baixa de 10,09%, em razão sobretu-
mostrando a ele sua capacidade de
do do ciclo de aperto monetário, com
pagamento na hora de conceder cré-
o aumento da taxa de juros básico, e
dito”, afirma o dirigente.
CRÉDITO CONSCIENTE Em coletiva de imprensa, o presidente da CNDL disse que o comércio deve ajudar o consumidor a entender sua capacidade de pagamento ao conceder crédito
br a s i l
l o j i s t a
FCDL-PE realiza 2o Encontro de Comunicação O 2o Encontro de Comunicação das CDLs de Pernambuco aconteceu no dia 26 de maio no auditório da CDL Arcoverde. Este ano, o evento contou com a presença de presidentes, secretários e assessores das CDLs do estado. Os participantes acompanharam palestras sobre mídias digitais, marketing, vendas e SPC Brasil, ministradas por profissionais da FCDL-PE (o analista de comunicação Rhuan Torres e o gerente de relacionamento Michel Queiroz), além da analista de marketing do SPC Brasil, Priscila Siqueira, da coordenadora de comunicação da CDL Recife, Talita Moura, e do diretor comercial do Instituto Capacitar, Luciano Gouveia.
CDL Jovem de Brusque promove ciclo de palestras O Núcleo CDL Jovem da CDL de Brusque (SC) deu início às suas atividades promovendo, nos dias 13, 14 e 15 de junho, a Semana de Palestras CDL Jovem. Foram três palestras gratuitas, voltadas para jovens empresários e estudantes. Na abertura, o economista e administrador Wagner Dantas abordou o tema “Empreendedorismo”. No dia seguinte, o também economista da Universidade Regional de Blumenau (Furb), Marcel Siebert, abordou o tema “Cooperativismo”. Na quarta-feira, o especialista em finanças pela Universidade Federal do RS (UFRGS), Denys Wiese, abordou o tema “Desmistificando a bolsa de valores”.
FCDL-MG realiza oitavo encontro estadual de CDLs ntre os dias 26 e 29 de maio,
E
atual gestão da FCDL-MG pelo trabalho
executivos e funcionários de CDLs
realizado. O deputado estadual Dr. Via-
de mais de 100 cidades mineiras se
na, membro da Frente Parlamentar de
reuniram para discutir assuntos da
Apoio ao Comércio Varejista, também
classe e receber treinamento técnico
deu boas-vindas às CDLs e reafirmou
na oitava edição do maior encontro de
seu compromisso com a classe lojista.
profissionais de CDLs de Minas Gerais.
Em seguida, o presidente da CDL
Neste ano, o encontro teve como tema
Fortaleza, Francisco Freitas Cordeiro,
a evolução da tecnologia e como ela
convidou os participantes para a 52ª
deve ser utilizada para melhorar nosso
Convenção Nacional do Comércio Lo-
cotidiano.
jista, em setembro, na capital cearen-
Na abertura do evento, o presiden-
se. A executiva de Coronel Fabriciano
te da FCDL-MG, José César da Costa,
(MG), Soraya Adriane, representou
apresentou os novos membros da di-
todos os executivos e funcionários
retoria, em uma solenidade simbólica
de CDLs em um discurso emocionado
de posse, com a presença de autorida-
pelo qual foi aplaudida de pé. Todos os
des do Movimento Lojista. O governa-
presidentes de CDLs que prestigiaram
dor do estado, Antonio Anastasia, que
a solenidade foram diplomados pela
não pôde comparecer, agradeceu aos
FCDL-MG, reafirmando o compromisso
lojistas com um vídeo parabenizando a
e a união da classe lojista mineira.
i n f o rm e
por ANDRÉ
j u ríd i c o
O que muda com o
LUIZ, assessor jurídico Cndl assejur@cndl.org.br
Cédulas com tinta antifurto não serão mais trocadas
Cadastro Positivo?
O Banco Central (BC) não vai mais res-
lei que cria o Cadastro Positivo
A
via do cadastrado, que poderá acessar
vas e não vinculadas à análise de ris-
sarcir o cidadão que receber cédulas da-
foi sancionada com três vetos
gratuitamente suas informações, cujo
co de crédito. O interessado poderá a
nificadas por dispositivos antifurto e so-
pela presidenta Dilma Rousseff. Foram
histórico não poderá ultrapassar 15
qualquer momento deixar de figurar
mente irá ressarcir os bancos quando o
excluídos a limitação ao acesso gratui-
anos. As empresas gestoras destes
no cadastro e somente aqueles que
dinheiro for marcado por acidente ou em
to às próprias informações, o impedi-
Ele aumentará o acesso ao crédito, reduzirá os juros e diminuirá os riscos de inadimplência
tenham o interesse comercial ou cre-
caso de roubo frustrado, quando o dinheiro é deixado próximo ao caixa. Esta
ditício com o cadastrado terão acesso
responsabilidade, que deveria ser do BC e dos bancos, foi repassada à população,
aos dados.
que deverá conferir cédula por cédula, verificando se apresentam algum sinal
mento do cancelamento do cadastro pelo consumidor havendo alguma operação de crédito não quitada e a liberação do compartilhamento de dados sem autorização. O Cadastro Positivo registrará a pontualidade no pagamento dos compromissos financeiros do cidadão que autorize seu cadastramento, obtendo, assim, um maior e melhor acesso a crédito com juros mais baixos. A jus-
Exemplos de outros países são favo-
da “tinta rosa”, como verdadeiros fiscais e peritos. Mesmo que desproporcional
ráveis. No México, o Cadastro Positivo
à medida adotada pelo BC, a recomendação é que a população não receba
fez com que a concessão de crédito
cédulas suspeitas. Quem receber, deve apresentá-las em qualquer banco para
triplicasse, e nos Estados Unidos, do-
que sejam encaminhadas para investigação. O dinheiro só será ressarcido se for
brasse. No Brasil, o Cadastro Positivo
verificado que a mancha não é proveniente de dispositivo antifurto.
aumentará o acesso ao crédito, reduzirá os juros e diminuirá os riscos de inadimplência. É positivo para o lojista
Expectativa de emprego gera indenização
que venderá mais, para a indústria que
A expectativa de contratação de um trabalhador que, após ter sido entre-
tificativa para isso é que o “bom pa-
cadastros deverão informar sobre os
aumentará sua produção e também
vistado e ter tido sua carteira de trabalho retida, não foi efetivado no cargo,
gador” oferece um risco menor de
dados compartilhados nos seis meses
para o consumidor, que terá mais crédi-
foi motivo de condenação de uma empresa pela Justiça do Trabalho. A justifi-
inadimplência. Pelo texto da lei, a
anteriores à solicitação.
to com juros mais favoráveis. Além de
cativa foi de que a culpa da empresa é presumida porque o dano decorre da frustração injustificada da promessa de emprego. (Fonte: TST)
inclusão de informações no banco de
Também estará vedada a exigência
ser positivo para a economia brasileira,
dados dependerá da autorização pré-
de informações consideradas excessi-
que hoje se mostra em desaceleração.
”A cultura forma sábios; a educação, homens” » O Superior Tribunal de
» Um técnico de segurança do
Justiça, no julgamento de um
trabalho receberá indenização
recurso especial, reconheceu
por danos morais no valor de
» Duas diaristas que pretendiam o reconhecimento da relação de emprego com seus patrões
a natureza alimentar dos
R$ 70 mil porque foi dispensado
tiveram recursos rejeitados pelo
honorários pertencentes
por justa causa, não provando a
TST. O ministro Pedro Paulo Manus,
A Confederação Nacio-
A determinação do Banco Cen-
ao profissional advogado
empresa qualquer ato capaz de
relator do processo, reforçou que
nal de Dirigentes Lojis-
tral em não trocar as notas
independentemente de serem
caracterizar a dispensa faltosa,
o reconhecimento do vínculo
tas (CNDL) e o SPC Brasil
manchadas por suspeitas de
originados em relação contratual
conforme o acórdão proferido
do trabalhador doméstico está
cada vez mais presentes na im-
roubo de caixas eletrônicos. A população
ou em sucumbência judicial.
pela Segunda Turma do Tribunal
condicionado à continuidade na
prensa nacional como dignos re-
não pode arcar com mais este encargo
(Fonte: STJ)
Superior do Trabalho. (Fonte: TST)
prestação dos serviços. (Fonte: TST)
presentantes do varejo brasileiro.
que é único e exclusivo dos bancos.
14 �
dirigente Lojista � junho 2011
Louis de Bonald, filósofo e político francês
Em alta
Em baixa
notas rápidas Uso de imagem O Tribunal de Justiça de Santa Catarina confirmou sentença da comarca de Blumenau que condenou um empregador a pagar indenização por danos morais a ex-funcionária que teve sua imagem usada sem autorização em espaços publicitários. “A utilização da imagem de cidadão, com fins econômicos, sem a sua devida autorização, constitui locupletamento indevido, ensejando a indenização. Portanto, concluo que a empresa deve indenizar a autora pela utilização de sua imagem em material publicitário. A reparação, assim como a indenização por dano moral, independe de qualquer prova de prejuízo material”, afirmou o relator da matéria, desembargador Carlos Prudêncio. (Fonte: Poder Judiciário de Santa Catarina) Imposto de Renda A 4ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho entendeu que cabe ao trabalhador o pagamento do imposto devido por ele e que a culpa do empregador pelo nãopagamento de verbas remuneratórias não exclui a responsabilidade do próprio empregado pelo pagamento do Imposto de Renda devido. (Fonte: TST) Penhora de bem de família O ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes negou a suspensão de decisão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul que determinou a penhora do imóvel considerado “bem de família”, porque dado como garantia hipotecária em negócio. Aplicando o artigo 3º, inciso V, da Lei 8.009/90, afasta a impenhorabilidade do bem de família nos casos de execução de hipoteca sobre imóvel oferecido como garantia real pelo casal ou entidade familiar. (Fonte: STF)
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e n t r e v i s t a
Adriana Medeiros | Consultora e palestrante
mudar para
melhorar por alexandre gonçalves fotos divulgação
Promover mudanças de comportamento e atitude a partir da motivação e da valorização da equipe ajuda a reter talentos e gerar resultados positivos. Esta é a opinião da consultora e palestrante Adriana Medeiros, especialista em comportamento humano. “As empresas são feitas por pessoas que precisam ser valorizadas e sentir o quanto são importantes, independente do posto que ocupam”, diz. Na entrevista a seguir, Adriana – autora do recém-lançado livro O dia da mudança – dá dicas importantes para lojistas, gerentes e vendedores que desejam “sincronizar” suas atitudes em busca de melhores resultados.
16 �
dirigente Lojista � junho 2011
dirigente Lojista � junho 2011
� 17
e n t r e v i s t a
Quando é hora de mudar o compor-
novos conhecimentos, lazer e até trei-
de semana, quando ele poderia estar
trabalhada uma mudança na base da
tamento dentro de uma empresa?
namentos. Não aqueles treinamentos
com a família, aproveitando seu tem-
empresa que é formada pelos líderes,
Adriana Medeiros – Uma empresa
de oba-oba, aqueles treinamentos em
po de outra forma. Diante de tudo
pelos gestores? Eles devem prestar
não consegue mudar se não mudar o
que o funcionário vai porque é obriga-
isso é importante ressaltar que o pro-
muita atenção nisso. A empresa in-
comportamento de todo o seu pesso-
do. Fica um dia inteiro rezando para
cesso de mudança é interno em pri-
veste em uma palestra que não vai
al. Se a empresa quer uma mudança
que acabe logo porque é tedioso e
meiro lugar, mas partindo sempre do
gerar mudanças significativas na orga-
que englobe uma positividade que
sai de lá frustrado porque geralmente
líder da equipe. Aliás, chefe é posto.
nização porque não envolve aqueles
leve ao crescimento pessoal de cada
os treinamentos acontecem nos finais
O chefe está chefe. Ele não é chefe.
que são os agentes que vão provocá-
integrante de sua equipe, ela preci-
Agora, o líder é líder, independente-
las. É como aquele casal em que o
sa oferecer melhorias que propiciem
mente do posto que ele ocupa dentro
marido e a mulher se dão muito mal
um clima de mudança. O colaborador
da empresa.
em casa mas na rua são só elogios
precisa se sentir muito bem dentro
um para o outro. Mas em casa não é
postura de líder e aprender a perce-
É muito fácil cobrar do funcionário de uma maneira agressiva, com foco totalmente voltado para as falhas. Em vez de fazer assim, por que não focar nas qualidades deste profissional?
ber a reação dos colaboradores diante do que lhes é pedido. Dependendo da reação, o gestor vai saber se precisa mudar ou não o seu comportamento. O gestor pode antecipar a necessidade de mudança ou isto é despertado apenas quando um fator ocorre dentro da empresa, como a saída repentina de bons funcionários ou a queda brusca nos resulta-
da empresa. E isso não está relacio-
Neste contexto, como um chefe
assim. O “cliente” interno não está fe-
dos mensais?
nado somente à questão do dinhei-
percebe que precisa mudar seu
liz. Por isso é importante trabalhar os
Adriana – É difícil. É muito complexa
ro, da remuneração. Se o funcionário
comportamento e sua atitude para
conceitos de qualidade e de bem-es-
a mudança. Por exemplo, nas minhas
ganha um aumento de R$ 1 mil, ele
se tornar um líder?
tar pessoal entre todos os que estão
mudar. Todo mundo quer mudar todo
palestras, eu trabalho muito a questão
vai gastar R$ 1 mil. Se ele ganha um
Adriana – É muito difícil até por uma
envolvidos no dia a dia da empresa.
mundo, mas não quer mudar a si
comportamental e consequentemente
aumento de R$ 20 mil, ele vai gastar
questão de ego. Ele precisa alterar
Não é só o cliente final que deve estar
mesmo. É como você criticar a casa de
a parte motivacional, a representação
R$ 20 mil. Portanto, não é dinheiro
alguns conceitos dele. Ele vê o outro
satisfeito, mas também o seu colega
alguém. É mais fácil criticar a casa de
que cada colaborador possui dentro da
que gera um processo de mudança de
abaixo dele, mas deve entender que
que está ali, ao seu lado, buscando os
alguém do que limpar e deixar a sua
empresa. Isto faz a pessoa caminhar
comportamento e de atitude de um
o outro está ali também como um co-
mesmos resultados, as mesmas me-
casa organizada. Eu costumo dizer que
melhor dentro da empresa. Eu não
funcionário. Mas aquilo o que a em-
laborador, como peça de uma grande
tas. Desta forma tudo funciona bem.
uma pessoa respeitada pelo medo é
acredito, por exemplo, que faça dife-
presa e seus líderes fazem para que o
máquina, uma pequena parte do todo.
Eu gosto de destacar que as empresas
o chefe. Uma pessoa respeitada pelo
rença no trabalho de uma empresa fi-
funcionário se sinta muito bem, feliz,
Quem atua apenas como chefe e não
não são feitas de máquinas. É feita de
amor é o líder. O chefe precisa perce-
car dizendo “vamos lá, vamos ser cam-
motivado e valorizado para desem-
como um verdadeiro líder precisa
pessoas que precisam ser valorizadas.
ber o quanto ele é amado ou não e
peões, vamos ganhar dinheiro para
trabalhar esta mudança de compor-
Precisam sentir o quanto são impor-
qual é a reação das pessoas em rela-
comprar uma casa, um carro novo”.
tamento, partindo da observação de
tantes, independentemente do posto
ção a ele. Não existe coisa pior do que
Eu acredito em fazer o colaborador se
que ele é um colaborador da empresa
que ocupam.
ser respeitado por medo. No momen-
sentir bem, se sentir feliz no cargo que
to em que ele deixa de “estar” chefe,
ocupa porque faz bem feito, dando o
penhar suas tarefas. Antigamente era assim: o chefe era o chefe. O patrão mandava e o colaborador aceitava ou não, e se não estivesse interessado em cumprir aquelas ordens pedia as contas e ia embora. Hoje tem muita gente querendo entrar no mercado de trabalho. O difícil é manter alguém dentro da sua empresa. Então, oferecer a possibilidade de mudança de comportamento e de atitude não é oferecer um bom salário para o funcionário, mas proporcionar também 18 �
dirigente Lojista � junho 2011
É preciso oferecer melhorias que propiciem um clima de mudança. O colaborador precisa se sentir muito bem dentro da empresa. E isso não está relacionado somente à questão da remuneração
tanto quanto o faxineiro ou o vendedor. Deve estar ciente que a empresa
É possível desenvolver esta capa-
certamente será pisoteado. O ser hu-
seu melhor. Consequentemente, o ou-
funciona por causa de todos. Ou seja,
cidade de detectar a necessidade
mano é assim. Enquanto o funcionário
tro estará contente. O dono ou o ges-
a primeira mudança para transformar
de mudar para que outros também
estiver subordinado a um chefe que
tor deve estar ciente dos valores que a
um chefe em líder seria uma mudan-
mudem?
ele não gosta, ele respeita por medo.
empresa procura seguir. Ter valores é o
ça de percepção. Eu sou chamada
Adriana – A mudança acontece em
Mas quando o chefe cai, o funcionário
que fundamenta a vida. Amizade, le-
para dar muitas palestras para mudar
nível pessoal. Você só muda o mundo
passa por cima, o que é até natural
aldade, honra, honestidade... Se você
a atitude dos colaboradores. Mas es-
se você mudar. O mais difícil é “que-
porque a mágoa pela forma como
trabalha estes “temperos” de maneira
pere aí: como é que eu vou gerar uma
brar” este conceito de chefe “não lí-
foi tratado é grande. Por isso é que
congruente, sabendo quem você é e
mudança nos colaboradores se não é
der”, fazer ele enxergar que precisa
os chefes devem procurar adotar uma
o que você quer na empresa, você vai dirigente Lojista � junho 2011
� 19
e n t r e v i s t a
mudar as pessoas à sua volta porque
Não tiro o direito do chefe ou do líder
ser tratado? Principalmente os colabo-
pode pedir de forma agressiva para
tamento do cliente que pode ser
você está mudando. As pessoas come-
chamar atenção do funcionário. Não
radores querem ser tratados de forma
o vendedor tratar bem o cliente. Fica
retraído ou até mesmo agressivo,
çam a notar o que você tem para dar e
é uma anarquia onde cada um faz e
igual aos gestores. Até porque eles, na
confuso, compreende? Por isso volto
querem dar de volta. Nas palestras, as
age como bem entende. A questão é
hierarquia, estão numa posição infe-
a destacar a importância da liderança
pessoas me perguntam: quero ser fe-
como a atenção é chamada. É aquela
rior e acabam se sentindo menores.
pelo exemplo e também do trabalho
liz, o que eu faço? Primeiro, comece a
velha questão que a maioria das pes-
Só que eles esquecem que são eles
de mudança começar na base junto
fazer o outro feliz. Comece a exercitar
soas esquece e não pratica: faça pelo
que carregam a empresa. São eles
aos donos e aos gestores.
este comportamento.
próximo o que você gostaria que fi-
que fazem a empresa funcionar. Por mais contraditório que pare-
zessem por você. Como o líder quer
A grande questão da venda é a comunicação. O vendedor precisa conhecer muito bem o produto que a loja comercializa. E lembrar que a venda é um momento de grande felicidade para o cliente
arrogante? Adriana – Exatamente. A grande questão da venda é a comunicação. O vendedor precisa conhecer muito bem o produto que a loja comercializa. E lembrar que a venda é um momento de grande felicidade para o cliente.
Este seria um comportamento “con-
A partir da sua experiência como
ça, adotar uma abordagem mais
tagiante” que pode motivar outras
palestrante, no contato com as em-
de líder e menos de chefe seria o
mudanças?
presas do varejo, o processo de se-
maior medo para uma mudança no
Adriana – É possível, mas a mudança
leção de pessoal consegue detectar
comportamento de quem comanda
deve vir de dentro de cada um. Por
se o futuro empregado é mais ou
uma organização? Há um receio de
exemplo, é muito fácil cobrar do fun-
menos aberto a sugestões de mu-
perder o “poder de mandar”?
vendendo alegria, bem-estar... É isso
cionário de uma maneira agressiva,
danças em seu comportamento?
Adriana – Sim, por uma questão de
que o cliente quer inconscientemente
com foco totalmente voltado para as
Adriana – Isto depende muito da for-
crença, este seria o maior medo. O
melhor, a empresa cresce e o funcio-
e é isso que o vendedor deve saber
falhas. Em vez de fazer assim, por que
ma como trabalha o RH da empresa.
chefe pensa que não “pode baixar
nário também cresce, fica feliz. E o
conscientemente. E você não pode
não focar nas qualidades deste profis-
Depende da percepção do profissional
sua guarda” porque isso seria mostrar
funcionário feliz vai tratar muito bem
empurrar felicidade ou qualquer ou-
sional? “João, seu trabalho é excelen-
da área de gestão de pessoal. Mas
sua fragilidade – entendendo baixar a
o cliente. É uma questão de valores.
tro sentimento para ninguém. Você
te, você sempre trabalhou muito bem,
não é difícil de saber. Você percebe
guarda como uma abordagem menos
É como eu coloco nas minhas pales-
pode levar o camelo até o rio, mas é
mas o que houve neste mês para que
isso fazendo. A gente não aprende só
agressiva e muito mais proativa, aten-
tras: as notas de R$ 100,00 e R$ 2,00
ele quem vai decidir se bebe água ou
baixasse sua cota de vendas?” O que
ouvindo. A gente aprende vendo. As
ciosa e educada. Atenção e educação
têm o mesmo tamanho, praticamen-
não. Da mesma forma, é o vendedor
acontece quando a abordagem ocor-
pessoas podem não acreditar naqui-
são sinônimo de força, nunca de fragi-
te a mesma cor. O que as diferencia?
que mostra o caminho da felicidade
re desta forma? A pessoa se sente
lo que um líder diz, mas certamente
lidade. Fragilidade eu acredito que ve-
O valor. No caso do atendimento, é o
para o cliente através da venda de um
lisonjeada, valorizada porque não é
acreditam naquilo que ele faz. Por
nha da agressividade. O líder tem que
valor que o vendedor tem para ofere-
produto. Vai depender da abordagem
isso o líder tem que mostrar a for-
prestar atenção. Observar sem receio
cer para o cliente. O valor está dentro
dele – que deve ser simpática, gene-
ma como as questões da empresa,
de mostrar suas fraquezas.
dele. Se ele tratar mal um cliente, é
rosa, conhecendo muito bem o produ-
porque é isso o que ele tem dentro
to, sem forçar a barra – para que se al-
elogio pelo elogio. É uma abordagem que deixa claro para o funcionário que ele é importante para o trabalho do gerente, para o bom desempenho da loja. A mensagem é: eu quero investir em você. É importante saber se ele está com algum tipo de problema até para ajudá-lo – o que será possível se a abordagem for desta forma acolhedora e não agressiva, com uma cobrança pura e simples. Não dá para apontar só a ferida. Isto é ruim. 20 �
dirigente Lojista � junho 2011
A gente não aprende só ouvindo. A gente aprende vendo. As pessoas podem não acreditar naquilo que um líder diz, mas certamente acreditam naquilo que ele faz
incluindo a necessidade de mudança
Um carro, uma joia, uma calça, um sapato, não importa. A pessoa não está comprando por infelicidade. Isso significa dizer que o vendedor não está vendendo um produto. Ele está
e a percepção de que é preciso mu-
Isso vale também no relaciona-
dele. Se ele tratar bem, é porque é
cance o objetivo de ambos: a venda e
dar, devem passar por algum tipo de
mento externo? Ou seja, com o
isso o que ele tem dentro dele. Cada
a compra. Neste sentido, cabe lembrar
transformação. Dependendo do perfil
consumidor final da empresa?
um dá aquilo que tem.
que se o vendedor atender 200 pes-
do funcionário, o líder poderá moldá-
Adriana – Totalmente. É uma “roda-
lo para atender ao tipo de comporta-
viva”. O funcionário está numa em-
Este comportamento do vendedor,
da da mesma forma que a primeira e
mento que se pretende ser o padrão
presa onde ele é bem tratado. Sendo
baseado em valores, seria essencial
merece o mesmo atendimento lá do
na empresa não só dizendo, mas sim
bem tratado, ele se sente bem. Se ele
na abordagem do cliente que pela
começo do dia, ainda que possa estar
mostrando, fazendo. Um exemplo
se sente bem, certamente fará seu
primeira vez entra na loja? Pode
cansado ou desgastado pela rotina do
simples desta situação: o gerente não
trabalho de um jeito melhor. Fazendo
ajudar a “desmontar” o compor-
dia a dia.
soas num dia, a última deve ser trata-
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positivo! O Cadastro Positivo promete trazer juros menores para o consumidor que paga em dia e mais segurança para lojas e bancos que concedem crédito por Cléia schmitz
A
foto PHOTOSTOGO
gora é para valer. A lei que permite a criação de um cadastro de bons pagadores entrou em vigor no Brasil.
Depois de ser aprovada pelos deputados e senadores, a legislação que institui o chamado Cadastro Positivo foi sancionada pela presidenta Dilma Rousseff e publicada no Diário Oficial no dia 10 de junho. Para o varejo brasileiro, trata-se de um avanço importante para alavancar o mercado de crédito e consumo no País. “A palavra-chave é segurança. Devemos levar em conta o risco inerente às vendas a prazo hoje e que será reduzido de forma muito relevante com a aplicação do Cadastro Positivo. Assim teremos menos burocracia, mais vendas e menos perdas”, analisa Roque Pellizzaro Junior, presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). 22 �
dirigente Lojista � junho 2011
dirigente Lojista � junho 2011
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pontualidade. A lógica é a seguinte:
Consequentemente, teremos taxas
hoje, o valor do empréstimo é obtido
de inadimplência menores do que as
por uma fórmula que considera o custo
atuais, cujos índices têm sido motivo
do dinheiro, a taxa de inadimplência e
de preocupação para os lojistas. Nos
o spread bancário (diferença entre os
cinco primeiros meses deste ano, a
juros cobrados pelos bancos nos em-
inadimplência avançou 3,61%, se-
préstimos e as taxas pagas pelos ban-
gundo dados do SPC Brasil. Em maio,
cos aos investidores que colocam seu
a taxa subiu 8,21%, na comparação
dinheiro em aplicações). Com acesso
com o mesmo período do ano passa-
ao histórico de bons pagadores, será
do. “Acendeu não mais a luz amarela,
possível oferecer a esses consumido-
mas a luz laranja. A gente sobe um
res planos mais justos – ou seja, com
patamar no alerta”, destaca Roque
juros menores – fazendo com que dei-
Pellizzaro. Para ele, a situação reflete
xem de pagar pelos maus pagadores.
a falta de critérios para o uso do cré-
“Esse é um conceito que nós estamos tentando implantar há anos. Ago-
dito no Brasil, uma situação que deve mudar com o Cadastro Positivo.
ra, finalmente, o consumidor poderá fazer uso desse instrumento e pagar GUILHERME CAMPOS: “É uma questão de tempo para que os consumidores percebam os benefícios decorrentes de um cadastro que mostre seu histórico de bom pagador”
Tendência mundial
menos”, destaca o deputado paulis-
O Brasil era o único país do G20, gru-
ta Guilherme Campos, que preside a
po dos mais ricos, a não contar com
Frente Parlamentar Mista do Comércio
um cadastro de bons pagadores. Da-
A implantação do Cadastro Positivo
Outra grande vantagem do mode-
Varejista. Para ele, não há dúvida de
dos do Banco Mundial mostram que
traz uma nova filosofia para a conces-
lo é a expectativa de juros menores
que o novo modelo ganhará espaço
os países que adotaram um cadastro
são de crédito no Brasil. Ao contrário
nas operações de crédito para clientes
de destaque nas relações de crédito no
positivo tiveram, em média,
dos sistemas de proteção existentes
que costumam quitar suas contas com
País. Campos acredita que é só uma
até agora – que listam clientes devedores – o novo modelo será capaz de identificar os consumidores que pagam suas contas em dia. A expectativa é de que ele beneficie lojistas de todos os tamanhos ao estimular a adimplência e reduzir o risco das operações de crédito. Além disso, o Cadastro Positivo deve facilitar o acesso ao crédito, estendendo o benefício a milhares de consumidores, especialmente àqueles que não têm conta bancária e encontram dificuldades em financiar suas compras. 24 �
dirigente Lojista � junho 2011
O Cadastro Positivo deve estender o acesso ao crédito a milhares de consumidores que não têm conta bancária
ENTENDA O CADASTRO POSITIVO O que é Banco de dados com informações de adimplência de pessoas ou empresas com a finalidade de subsidiar concessões de crédito, vendas a prazo e outras transações financeiras que impliquem risco. Objetivos Identificar consumidores que pagam suas contas em dia para oferecer a eles taxas de juros mais baixas e, assim, estimular a pontualidade. Com acesso ao histórico de pagamentos, a tendência é haver uma melhor avaliação do risco e, consequentemente, uma queda nos índices de inadimplência. Benefícios para o lojista Ao dispor do histórico de crédito, o lojista pode adaptar as condições de financiamento ao perfil de risco do cliente em questão. Desta forma, além de estimular a concessão de crédito a clientes com histórico de bom pagador, ele reduz os gastos e outras perdas decorrentes da inadimplência. Como o lojista pode ajudar A adesão ao Cadastro Positivo é uma decisão do consumidor. Portanto, ao fechar uma venda ou um contrato de financiamento, estimule seus clientes a autorizarem a inclusão de seus dados no novo sistema. Mostre a eles as vantagens que poderão obter ao fazer parte de uma lista de bons pagadores, como, por exemplo, a redução de juros.
questão de tempo para que os consumidores percebam os benefícios decorrentes de um cadastro que mostre seu histórico de bom pagador. “O mais díficil já passou, que foi o embate na Câmara dos Deputados, onde muitos não perceberam as vantagens para o cidadão”, afirma Campos. Espera-se que a queda dos juros nas operações de crédito para os bons pagadores também estimule outras pessoas a saldarem suas contas no prazo para obter o mesmo benefício. dirigente Lojista � junho 2011
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redução de 43% na inadimplência. Segundo o deputado mineiro Leonardo Quintão, relator do projeto na Câmara Federal, ao ser implantado no México, o modelo com foco nos consumidores que pagam em dia reduziu em até 30% o custo do crédito naquele país. Já nos Estados Unidos, a implantação do sistema elevou a taxa de acesso a financiamentos de 40% para 80%, o que indica que o modelo pode expan-
Nos EUA, a implantação do sistema elevou a taxa de acesso a financiamentos de 40% para 80%
uma nova lógica nas relações de com-
para o Cadastro Positivo. “Estamos pre-
deste novo modelo para quem finan-
res na própria loja. “Além disso, mui-
pra e venda”.
parados do ponto de vista tecnológico.
cia suas compras. “Temos que ganhar
tas vezes esse processo demora mais
A nova lei ainda vai passar por re-
Só vamos esperar a regulamentação
a confiança das pessoas num proces-
de uma hora – em alguns segmentos
gulamentação mas, em tese, já está
da lei para que possamos adaptar nos-
so semelhante ao que passamos com
pode chegar a um dia –, o que irrita
em vigor. Isso significa que empresas
so sistema às novas regras previstas
o cartão de crédito”, compara Alfeu.
o consumidor. Por isso, podemos afir-
como o SPC Brasil, sistema de infor-
nesse modelo”, afirma Roberto Alfeu,
Para o presidente do SPC Brasil, o
mar sem erro que o Cadastro Positivo
mações das Câmaras de Dirigentes
presidente do SPC Brasil. Para o exe-
sistema de bons pagadores também
vai permitir ao lojista vender melhor
Lojistas (CDLs), já podem começar a
cutivo, o funcionamento a pleno vapor
poderá reduzir custos dos lojistas ao
e com mais velocidade”, destaca Al-
formar e operar sua base de dados
do Cadastro Positivo depende de uma
eliminar, ou pelo menos facilitar, a re-
feu. Para ele, esse é um bom motivo
mudança de cultura, mas deve aconte-
alização de cadastros de consumido-
para que os associados ao SPC com-
cer num prazo máximo de cinco anos. “Acredito numa evolução rápida, mas
dir o acesso ao crédito e, consequenteempresas de pequeno porte, que, his-
ela depende do ritmo de conscientiza-
Para o Sebrae, o Cadastro Positivo
toricamente, registram baixa inadim-
ção do consumidor de que ele vai pa-
deve trazer benefícios às micro e pe-
plência”, avalia o diretor-técnico do
gar mais barato aderindo ao sistema.”
quenas empresas, uma vez que vai
Sebrae, Carlos Alberto dos Santos.
baratear o crédito tomado pelos em-
Segundo ele, esta é uma medida “de
presários e ao mesmo tempo diminuir
transparência, que valori-
o risco que eles têm ao conceder fi-
za o bom pagador, ou
nanciamentos a seus clientes. “A nova
seja, o lado positivo
processo de formação da
lei vai facilitar o acesso ao crédito pelas
do cliente, imprimindo
base de dados do Ca-
mente, fomentar a economia.
O papel do lojista Nesse sentido, os varejistas terão uma função importante no
dastro Positivo. Afinal, de acordo com a nova
SUCESSO internacional De acordo com o Banco Mundial, os países que adotaram o cadastro positivo tiveram, em média, redução de 43% na inadimplência:
» Nos Estados Unidos, a instituição do cadastro positivo elevou a taxa de acesso a financiamentos de 40% para 80%;
» No México, a implantação de um sistema de bons pagadores permitiu maior acesso ao crédito para a população de baixa renda e reduziu em 30% o custo do crédito;
lei, a inclusão do consumidor no sistema é voluntária, ou seja,
de autorização prévia mediante documento específico ou de cláusula nos contratos de financiamento ou compra a prazo;
» O Cadastro Positivo não elimina os sistemas de proteção de crédito existentes até então. Os cadastros baseados na lista de consumidores inadimplentes continuarão em operação;
» É proibido fazer anotações acerca do cadastrado que não tenham relação com a análise de risco de crédito, tais como origem ética e social, orientação sexual, condições de saúde e convicções políticas e religiosas;
» O consumidor cadastrado pode solicitar acesso a seus dados sempre que o desejar;
» O consumidor pode pedir o cancelamento de seu nome ou
rização prévia do
de informações contidas no cadastro a qualquer momento;
cliente mediante
» As informações do cadastrado só podem ser acessadas
documento específico ou de cláusula nos contratos de financiamento ou compra a prazo. Assim, os comerciantes serão uma peça-chave para
hoje atinge 150% do PIB do país;
difundir a cultura do Cadas-
» Na Coreia do Sul, a inadimplência caiu de 10% para 1,1%;
tro Positivo, mostrando aos
mais ricos, a não contar com um cadastro de bons pagadores.
» A inclusão do consumidor no Cadastro Positivo depende
depende da auto-
» Na China, o sistema ajudou a impulsionar o crédito, que
» O Brasil era o único país do chamado G20, grupo dos países
fique atento
consumidores as vantagens
por empresas e instituições com as quais ele tiver relação comercial ou creditícia;
» O banco de dados, a fonte das informações e o consulente do crédito serão responsáveis por danos morais e materiais causados ao cadastrado;
» As informações permanecerão nos bancos de dados das empresas gestoras do Cadastro Positivo por um prazo máximo de 15 anos;
» As empresas gestoras do Cadastro Positivo não poderão compartilhar as informações.
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mo que tenha alguma obrigação creditícia em curso. Outro ponto no texto aprovado pelos parlamentares que foi alvo de veto de Dilma é o compartilhamento das informações pelos diferentes bancos de dados. Segundo a presidenta, o dispositivo contradiz o princípio da lei que garante que o compartilhamento de informações só é permitido se autorizado expressamente pelo cadastrado. O veto tem a aprovação do SPC Brasil. “Concordamos com a presidenta porque achamos temerário para o consumidor ter seus dados na mão de empresas que não têm tradição e experiência nesse segmento. O ROBERTO ALFEU: “É temerário que o consumidor tenha seus dados na mão de empresas sem tradição ou experiência. O cliente deve escolher quem vai administrar seu cadastro”
cliente é quem deve escolher quem vai administrar seu cadastro”, afirma Roberto Alfeu.
partilhem seus cadastros com o sis-
meses, o consumidor poderá solicitá-
O Cadastro Positivo chega ao País
tema, mediante autorização de seus
lo sempre que o desejar. Além disso,
com um atraso de quase dez anos,
clientes.
poderá pedir o cancelamento de seu
se considerarmos que o assunto en-
nome ou de informações contidas no
trou em pauta no Congresso brasi-
cadastro a qualquer momento, mes-
leiro ainda em 2003. “O processo foi
Detalhes da lei A lei tem alguns pormenores que devem ser bem observados por todos os agentes envolvidos. Entre eles, a proibição de anotações sobre o cadastrado que não tenham relação com a análise de risco de crédito, tais como origem ética e social e orientação sexual. Outra questão importante diz respeito ao acesso do consumidor às suas informações no Cadastro Positivo. Após veto da presidenta Dilma ao inciso que limitava esse acesso a uma vez a cada quatro 28 �
dirigente Lojista � junho 2011
O Cadastro Positivo chega ao Brasil com um atraso de quase dez anos, pois entrou em pauta no Congresso ainda em 2003
longo, todavia resultou num modelo que entendo adequado ao Brasil. No que diz respeito às negociações com o Congresso Nacional, posso dizer que aprendi muito. É importante saber que dentro da Casa Legislativa Nacional temos os mais diversos segmentos da sociedade representados, cada qual com sua visão e pensamentos. Faz parte da democracia compreender e trabalhar para que a maioria vença e o País consiga seguir progredindo”, avalia Pellizzaro.
t e nd Ê n c i a
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t e c n o l o g i a
o todo-poderoso
tablet
O formato lançado pela Apple criou um nicho de mercado e se transformou no novo objeto de desejo do consumidor. Agora é a vez dos lojistas descobrirem suas aplicações por fábio bianchini
foto PHOTOSTOGO
tablets em 2011, contra os 100 mil
respondia por 90% das vendas deste
o seu primeiro dia de vendas
vendidos em 2010. Apesar da con-
segmento.
no Brasil, em maio, o iPad 2,
corrência de outros fabricantes, o
“O iPad é objeto de desejo não só
novo modelo de computador portátil
iPad 2 deve manter a liderança. Até
por ter sido o primeiro, mas por ter
acionado por toques na tela da Ap-
agora, o primeiro modelo da Apple
também o design mais diferenciado
N
entre os tablets, uma opção fantástica
ple, causou a mobilização já tradicional para cada lançamento da gigante da informática. Filas de compradores formaram-se nas portas de lojas em todo o Brasil, várias das quais abriram à meia-noite especialmente para vender o tablet, como é chamado esse tipo de aparelho. Até o final do dia, o estoque já havia esgotado em várias dessas lojas. A IDC, especializada em inteligência de mercado e consultoria nos setores de tecnologia da informação e telecomunicações, avalia que os brasileiros devem comprar 300 mil 30 �
dirigente Lojista � junho 2011
Após o sucesso como bem de consumo, a próxima etapa é levar o aparelho para as lojas como ferramentas de venda
de ótimos aplicativos e também por ser de uma marca já bastante admirada”, avalia Fred Alecrim, consultor e palestrante sobre comércio varejista. Além do iPad 2, os nomes mais fortes no mercado de tablets são o Galaxy Tab da Samsung, o Xoom da Motorola e o Optimus Pad, da LG.
Experiências no varejo Após confirmado o sucesso no comércio como bem de consumo, a próxima etapa é levar os aparelhos para as lojas como ferramentas dos dirigente Lojista � junho 2011
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t e nd Ê n c i a
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t e c n o l o g i a
varejistas e várias experiências já começaram. A Motorola realizou duas pesquisas entre 2 e 17 de dezembro do ano passado, com 545 empregados do varejo em várias áreas e com 1.056 consumidores. A primeira conclusão foi que os vendedores têm a impressão de que os consumidores estão mais aparelhados que eles para acessar instantaneamente informações sobre os produtos, por meio de comparações de preços, acesso a cupons e redes sociais. Por outro lado, dos consumidores que notaram o uso dessa tecnologia pelos atendentes, apenas 43% consi-
No Brasil, alguns estabelecimentos já oferecem os tablets como cardápios ou mostruários sofisticados, com interatividade, informações e sugestões
trata de uma rede com 1.100 lojas no país. A publicação calculou ser a Best Buy, uma cadeia de lojas de produtos eletrônicos. O aparelhamento dos vendedores faria parte da iniciativa Loja Conectada. No ano passado, um teste do programa deu iPads, Xooms e Galaxy Tabs a 27 lojas para iniciar o processo de educar consumidores e realizar negócios. O resultado, de acordo com relatórios, indica que o programa deve ser expandido no futuro. Uma possível utilização seria a criação de um sistema baseado no tablet para administração de pontos de venda e inventário. A Apple tem utilizado, em suas próprias lojas,
deraram que ela aprimorou de alguma maneira a experiência da compra,
sensíveis ao toque, sem a interme-
um sistema baseado no iPod Touch
apesar desse índice ser superior para
diação dos vendedores.
e, em dezembro do ano passado, a
consumidores mais jovens. O que
Na mesma época da divulgação da
revista Apple Insider relatou que ou-
mais atraiu foi a possibilidade deles
pesquisa, no início de 2011, a revis-
tros varejistas demonstraram inte-
mesmos procurarem produtos, preços
ta Forbes anunciou que, de acordo
resse em trabalhar com o aparelho
e promoções em recursos de telas
com “fontes internas”, uma das 10
e com o iPad.
maiores redes de varejo nos Estados
Na semana seguinte, entretanto, a
Unidos distribuiria iPads a todos os
Best Buy negou a informação sobre
vendedores e que se
os iPads. Mas a declaração, feita por um porta-voz da rede ao Wall Street
dirigente Lojista � junho 2011
Entre eles, qual seria a marca adotada
Também em 2010, a Dove utilizou
creme noturno, hidratação, ampolas,
e quantas pessoas da equipe trabalha-
tablets em 266 supermercados, hi-
entre outros, diretamente nos pontos
riam com o novo recurso.
permercados e nas Lojas Americanas
de venda.
Experiências brasileiras
de todo o País para lançar a nova li-
Na 17ª edição do Senac Rio Fashion
nha de produtos para cabelo. Promo-
Business, maior evento de negócios
Journal, deixa a entender que a pos-
No Brasil, alguns estabelecimentos
toras abordaram as consumidoras e
de moda da América Latina, realizada
sibilidade existe, pois afirma que con-
oferecem os tablets como cardápios
perguntaram sobre como elas gosta-
no Rio de Janeiro em janeiro de 2011,
sidera, sim, a aquisição de aparelhos
ou mostruários mais sofisticados, com
riam de ter o cabelo e realizavam no
a grife de jeans Lode estreou em seu
para as equipes, mas ainda não tem
interatividade, informações e suges-
aparelho testes interativos e simula-
estande o software Cesto, criado es-
decisões finais a respeito dos detalhes.
tões. No Bar Brahma, em São Paulo,
ções para conhecer as linhas de trata-
pecialmente para a marca pela de-
desde o ano passado os clientes ana-
mento mais adequadas ao uso diário
senvolvedora Klan. Seis vendedoras
lisam as opções e combinações de
e sugestões sobre os produtos que
tinham iPads acoplados a leitores
pratos e bebidas e podem fazer o pe-
melhor atendem às necessidades de
óticos conectados por wi-fi a um ser-
dido diretamente à cozinha, apenas
cada uma. A ação promocional apre-
vidor local. Com essa tecnologia, os
tocando na tela, em sistema desen-
sentou os novos xampu, condiciona-
computadores identificavam a peça
volvido pela Esys Colibri.
dor, pós-xampu, spray sem enxágue,
escolhida pelo comprador e apresen-
por conta própria Pesquisa da Motorola descobriu que o consumidor prefere procurar produtos, preços e promoções em telas sensíveis ao toque sem a intermediação de vendedores 32 �
estoque digital Com o aplicativo Cesto, os vendedores da grife Lode acessam em seus iPads todas as opções de modelos e cores da marca
dirigente Lojista � junho 2011
� 33
t e nd Ê n c i a
|
t e c n o l o g i a
tavam variações de cores, tamanhos e modelos, sugestões de combinações com outras peças, montagem de vitrines e ainda dava a opção de fazer o pedido automaticamente. A versão apresentada no evento é destinada ao atacado, mas as duas empresas já trabalham em uma nova, para varejistas.
Possibilidades e entraves Alecrim destaca outras possibilidades: estabelecimentos que colocam tablets como terminais de consulta dos produtos, com opção de compra. O que não há na loja, pode ser comprado via tablet dali mesmo e envia-
A adoção dos tablets no varejo só não é maior devido à alta tributação sobre os aparelhos, o que torna o iPad brasileiro um dos mais caros do mundo
A notícia de que a Foxxcon, empresa taiwanesa que monta os iPads para a Apple, produzirá o aparelho no Brasil a partir de novembro, divulgada em abril pela empresa e pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Aloísio Mercadante, faz parecer ser mais viável a popularização imediata do produto e sua adoção de forma mais intensa no varejo. Com as diferenças nos custos de fabricação e nos impostos (que, no total, atualmente equivalem a 54,7% do preço do tablet da Apple), o custo do aparelho diminuiria em média 30%. Em fevereiro, o presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétri-
do diretamente para a casa do comprador. “O varejista precisa primeiro
Tanto para os modelos mais sofisti-
ca e Eletrônica (Abinee), Humberto
planejar qual é o seu objetivo para
cados quanto para os mais simples, os
Barbato, havia calculado que tablets
depois definir as ferramentas que vai
maiores preços são os do Brasil, segui-
fabricados no Brasil com benefícios
utilizar e como. Lá fora, há lojas que
dos pelos da França, de acordo com as
fiscais do programa Computador
usam os tablets como POS e qualquer
cotações de moeda no final de maio.
para Todos, do governo federal, cus-
vendedor passa a ser um caixa, com
A versão básica, sem 3G, com 16 GB,
tariam entre R$ 800 e R$ 1 mil. A
tablets e smartphones”, observa.
custava R$ 1.649 no Brasil. O mais ba-
Apple, entretanto, não se pronunciou
O principal obstáculo para a adoção
rato era nos Estados Unidos: R$ 805.
oficialmente a respeito e a Foxxcon
do aparelho em massa no varejo bra-
Para o mais sofisticado, com 3G e 64
recuou, afirmando que nada está
sileiro ainda é o preço. Pesquisa rea-
GB, os preços eram de R$ 2.599, o mais
confirmado.
lizada pelo professor Alcides Leite, da
caro de todo, no Brasil, e de R$ 1.285
Trevisan Escola de Negócios, a pedido
no Japão, onde está mais
do caderno Link e do blog Radar Econô-
barato.
mico, ambos do jornal O Estado de São Paulo, avaliou o iPad 2 no mercado brasileiro como o mais caro entre os países pesquisados. Ele comparou os preços no Brasil aos de França, Espanha, Portugal, Itália, Alemanha, Inglaterra, Austrália, México, China, Japão e EUA. 34 �
dirigente Lojista � junho 2011
CARO DEMAIS Atualmente, 54,7% do preço do iPad 2 é decorrente de impostos
p e r f i l
l o j i s t a
gerações
EM SINTONIA Os 47 anos de história da Eletrônica Santana são marcados pela persistência e visão de mercado do fundador Rubens Martins, que hoje administra o negócio ao lado do filho por fábio bianchini
A
36 �
dirigente Lojista � junho 2011
história da Eletrônica Santana,
fotos GIOVANNI SANDES
do fundador e atual gerente comer-
do fim dos anos 1960 e ao longo da
cial e de marketing.
década de 1970. Primeiro tornou-
na zona norte de São Paulo, é
Rubens (o pai) trabalhava em
se referência nos arredores, depois
uma história de como a identificação
uma loja de reposição de peças para
em toda a cidade e até mesmo em
de uma marca com suas origens e
equipamentos eletrônicos na Santa
outros municípios. Atento às
com o perfil de seu fundador pode
Efigênia, rua paulistana que aglome-
tendências do mercado,
ajudar um negócio a superar turbu-
rava dezenas de estabelecimentos
durante os anos 1980 Ru-
lências do mercado e se reinventar
do tipo. Em 1964, resolveu abrir uma
bens agregou ao negócio
sem perder a identidade como em-
na região onde morava. Para iniciar o
da eletrônica o comércio de
presa familiar. A loja fundada há 47
negócio, fez parceria com um sócio,
aparelhos eletrônicos e filmes em
anos por Rubens Martins passou de
que era técnico em eletrônica e cui-
VHS para videolocadoras de todo o
um pequeno balcão, onde ele e o
dava dos consertos, serviço que tam-
Brasil, mas o principal continuava
sócio atendiam, para uma loja física
bém prestavam, mas deixaram de
sendo o ramo de peças.
e virtual com mais de 100 funcio-
lado após cinco anos, quando passa-
nários, sem que a sede nunca fosse
ram a se dedicar exclusivamente ao
muito longe do local onde fica hoje,
comércio de peças.
Mudança necessária A crise que acabou redefinindo
na Rua Voluntários da Pátria. “No
A qualidade dos serviços e produ-
o perfil da empresa surgiu no início
máximo um pouquinho para lá ou
tos oferecidos e a ausência de outras
da década de 1990, devido a dois
para cá, mas no mesmo quarteirão”,
lojas de eletrônicos na região aju-
fatores principais: as grandes lojas
conta Rubens Branchini Martins, filho
daram a loja a se expandir a partir
de departamentos e magazines asdirigente Lojista � junho 2011
� 37
p e r f i l
l o j i s t a
sumiram a maior parte do mercado de eletrônicos, ao mesmo tempo em que a importação massiva fez com que os consumidores preferissem comprar novos aparelhos a consertar os que estragavam. Assim, a procura por peças para reparos diminuiu abruptamente. Foi o começo de um período de 10 anos de crise, quando a empresa precisou se reposicionar no mercado. Na época, a reputação que a marca da Eletrônica Santana conquistara em mais de 20 anos desempenhou
A venda pela internet teve início em 2003, quando o filho do fundador voltou à loja, como alternativa mais segura para crescer
papel duplo. Por um lado, a confiança
prou a parte do sócio. Um aspecto
soube se adaptar e encontrar novas
fundamental para a sobrevivência foi
opções de mercado”, avalia.
diversificar o negócio com a venda de equipamentos de comunicação e segurança.
Injeção de tecnologia Branchini Martins, 35 anos, está
Mas então o fato de ser muito
na loja desde 2003, após ter traba-
conhecida criou um problema para
lhado lá quando garoto e depois sa-
a loja: “Estávamos muito marcados
ído para criar seus próprios projetos.
com a venda de peças e o público
Hoje divide a administração com o
demorou um pouco a assimilar essa
pai, que está com 66 e permane-
mudança”, lembra Branchini. Até
ce ativo à frente dos negócios. Eles
hoje ainda há quem chegue à loja
contam também com uma equipe
à procura de peças para consertos e
de executivos, que os ajuda a con-
reparos. “E nem temos como indicar
trolar as várias atividades: além de
outro lugar, porque quase todo mun-
comercializar mais de 8 mil produtos
que Martins construíra com parceiros
dades para quitar dívidas. Por várias
do abandonou isso. Na Santa Efigênia
diferentes, de pilhas a sofisticados
e fornecedores foi fundamental nos
vezes a loja chegou perto de fechar,
foi a mesma coisa, todos passaram
sistemas de telefonia e segurança,
momentos em que surgiram dificul-
mas ele conseguiu se manter e com-
por dificuldades e sobreviveu quem
tanto na loja física quanto pela in-
DO BALCÃO À WEB O pequeno negócio de reposição de peças fundado em 1964 tornou-se uma loja física e virtual com mais de 100 funcionários
ternet, a Eletrônica Santana oferece soluções dessas atividades, também para empresas. A venda pela internet, definida
TRADIÇÃO LOCAL A loja comercializa mais de 8 mil itens, de pilhas a sofisticados sistemas de telefonia e segurança, e é referência no comércio da zona norte de São Paulo
por Branchini como “a grande virada”, começou na mesma época em
par, em janeiro último, da 100ª con-
de vizinhança e a experiência de
que ele voltou à loja, como alterna-
venção da National Retail Fundation
quase cinco décadas ainda orientam
tiva mais segura que encontraram
(NRF) dos Estados Unidos, realizada
os negócios na Eletrônica Santana.
para crescer. O e-commerce ainda
em Nova York, ele quer dedicar-se
De certa forma, avalia Branchini, a
era novidade no Brasil, uma oportu-
mais às mídias sociais como maneira
empresa vende hoje o aprendiza-
nidade inexplorada, porém o risco e
de manter o contato com os usuários,
do que adquiriu ao longo dos anos.
os custos eram mais baixos do que a
numa versão on-line da proximidade
“Quando meu pai decidiu vender
outra opção – a abertura de filiais. Na
da loja de bairro. Os perfis no Face-
aparelhos de telefonia e seguran-
ocasião, a empresa tinha seis funcio-
book e Twitter indicam esse caminho,
ça na década de 1990, foi o único
nários. O salto para a equipe atual
apesar do número de seguidores ain-
lugar para onde podia ir, não tinha
foi realizado em sete anos, mas não
da ser menor do que o potencial de
nem condições de planejamento. Foi
sem percalços.
uma loja com o volume de consumi-
muito duro, apanhamos muito. Uma
dores da Eletrônica.
das coisas que a gente oferece é o
Rubens Martins, o pai e fundador,
38 �
dirigente Lojista � junho 2011
segue na busca de novos caminhos e
Apesar do investimento no mer-
atento às possibilidades. Após partici-
cado virtual, as raízes no comércio
cliente não precisar passar por esse processo doloroso.” dirigente Lojista � junho 2011
� 39
pr o j e t o
d e
l o j a
charme
bucólico Com pouco espaço e muita inovação, a nova loja da franquia Márcia Barbieri passa a sensação de infância em meio à natureza por mateus boing
fotos divulgação
de pedras com peixinhos, um campo enos computador e televisão,
M
com flores e borboletas e um grupo
mais brincadeiras ao ar livre. É
de coelhinhos. No rio, por exemplo,
o que sugere o novo conceito de loja
os peixinhos se afastam de quem se
da franquia Márcia Barbieri, rede de
aproxima enquanto ouvem-se passos
moda infantil para meninas de zero
na água. “O efeito é impressionante”,
a 10 anos. O ponto de venda modelo
diz o arquiteto Roberto Bordin, que
para as demais unidades foi inaugu-
não conhece outra loja no Brasil que
rado recentemente no shopping cen-
usa esse sistema.
ter Maringá Park, em Maringá (PR).
A árvore decorativa localizada no
Criado pela Noz Arquitetos, de Flávia
centro da área de vendas também
Giazzi e Roberto Bordin, o projeto traz
chama a atenção. Feita de pinus vin-
As vitrines, uma aberta e uma fe-
inovações e grande número de solu-
do de reflorestamento certificado, a
chada, contêm outras soluções ver-
ções de varejo num espaço de loja de
peça reforça o conceito da loja e é
sáteis para mostrar as novidades. Na
cerca de 80 metros quadrados.
importante item de merchandising,
Talvez a maior inovação possa ser
Criatividade na vitrine
peças decorativas, cartazes de liqui-
metálicos pode receber araras, pra-
lhanças com crianças de verdade do
dação ou mesmo uma grande ima-
teleiras ou expositores de calçados.
que manequins de moda adulta em
gem de lançamento.
Uma escada e uma pequena caixa,
relação a seus respectivos clientes. O
À frente da moldura, uma platafor-
além de trilhos no teto que sustentam
objetivo é aproveitá-los para mostrar
vitrine aberta, uma grande moldura
ma retangular branca, como um “L”
nuvens decorativas e outros objetos,
todos os produtos da marca Márcia
uma vez que pode ser decorada de
branca demarca o limite posterior. De
deitado, levanta e destaca os mane-
completam os equipamentos na vitri-
Barbieri, que conta com uma linha
vista, literalmente, no piso vinílico.
acordo com as estações do ano, da-
cantos arredondados e suspensa por
quins. O piso e a coluna lateral da vi-
ne aberta, sem contar os manequins,
variada de acessórios.
Um projetor de vídeo de alta tecno-
tas comemorativas, feriados e novas
cabos de aço fixos no piso e teto, ela
trine são revestidos de tiras de ma-
que merecem menção à parte.
logia faz aparecer no chão, em áreas
coleções. “É uma ferramenta silencio-
dá prestígio à área. Dentro da moldu-
deira coloridas e coladas uma a uma
Feitos de fibra de vidro, com peru-
loja do Maringá Park correspondem a
circulares mais claras, imagens intera-
sa, mas que sinaliza as mudanças na
ra, linhas finíssimas fazem “levitar” os
em trabalho minucioso. Na coluna,
cas e em poses naturais, os mane-
crianças de diferentes faixas etárias e
tivas ligadas à natureza, como um rio
loja”, afirma Bordin.
objetos ali colocados, que podem ser
um conjunto de pequenos suportes
quins usados na loja têm mais seme-
feições físicas. “A ideia é mostrar que
40 �
dirigente Lojista � junho 2011
Os 13 manequins à disposição na
dirigente Lojista � junho 2011
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pr o j e t o
d e
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na "sombra" da árvore Ao pé da planta decorativa, a bancada branca lembra um vaso e também serve para expor a linha de acessórios da marca
inovação no chão No piso vinílico, um projetor de vídeo de alta tecnologia faz aparecer imagens interativas nas áreas circulares mais claras
as diferenças existem naturalmente
manequins, trilhos de vitrine equili-
e que cada criança é linda com sua
bram nuvens decorativas.
própria natureza”, diz Flávia Giazzi. Desde a inauguração da loja, no dia 31 de maio, nove dos 13 manequins
dirigente Lojista � junho 2011
praticamente toda a coleção. Cada um tem estilo e decoração próprios, de
Exposição e iluminação
acordo com o tipo de roupa que ofere-
Dentro da loja, ao pé da árvore de-
ce. Cremalheiras embutidas garantem
corativa, uma bancada branca passa a
versatilidade na exposição das peças.
De nove, quatro fazem parte da de-
ideia de vaso da planta. Nessa banca-
Pinus com tinta automotiva, novamen-
coração da vitrine fechada. Eles ficam
da é exposta a linha de acessórios da
te, nas molduras e bases dos armários.
à frente de um painel que varia do
marca. Ao lado, uma arara face out re-
Os fundos são de um tipo especial de
verde, embaixo, ao azul, na parte de
úne sugestões de combinação, en-
laminado melamínico, importado da
cima. “Remete a terra e céu”, explica
quanto mesas de apoio para as roupas
Alemanha. “É uma textura fosca, que
Flávia. O que não deixa dúvida, devi-
completam o mobiliário do centro da
não reflete a iluminação, um branco
do às flores, pingos de chuva e fra-
loja. Todas as peças são em pinus com
quente, não gelado”, diz Bordin.
ses existentes nesse painel de fundo
revestimento de pintura automotiva,
e desenhados em branco. Acima dos
exceto a arara face out, metálica.
disponíveis já foram utilizados.
42 �
Nas paredes, seis armários reúnem
O cuidado na iluminação dos armários se estende ao restante da loja. dirigente Lojista � junho 2011
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pr o j e t o
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As lâmpadas utilizadas, de multivapor metálico, têm baixa potência e alto índice de luminosidade. “A iluminação é um vendedor importantíssimo no ponto de venda. Ela guia o cliente
NO ARMÁRIO Nichos nas paredes simulam armários decorados e iluminados de acordo com o estilo da roupa em exposição
Tanto que a meta inicial de aumentar o faturamento médio de R$ 60 mil para R$ 100 mil na loja de Maringá já está a caminho de ser superada.
até o ponto de caixa”, afirma Bordin.
Foco na experiência
A localização do caixa foi, aliás, es-
nado. Nas paredes pre-
trategicamente planejada: ao lado do
dominam o rosa e o azul.
“Quebramos muito a cabeça”,
vão da porta. Desse modo, segundo
Para obter, por exemplo,
diz Bordin, no sentido de pen-
Bordin, o funcionário pode controlar
o rosa desejado, os ar-
sar as soluções de varejo para
o movimento de clientes e ao mes-
quitetos recorreram a um
a loja sem, ao mesmo tempo,
mo tempo proteger os provadores e
papel de parede branco,
abandonar as emoções. “É im-
a área de maquiagem infantil, que
importado, que recebe
portante oferecer uma experi-
ficam ao lado. Atrás do caixa há um
a tonalidade procurada.
ência que fique na memória do
elemento lúdico – uma casinha de bo-
“Lançando mão desse re-
cliente. Hoje não se discute o
necas, que leva aos provadores.
curso, pudemos aplicar o
que você comprou, mas onde
rosa da nossa paleta de
comprou”, avalia o arquiteto.
O teto de gesso tem dois tamanhos de pé-direito – o maior tem 4 metros.
cores”, conta Bordin.
Além do novo conceito, uma
Já o mezanino funciona como estoque
Voltando ao lado exte-
nova logomarca define os valo-
e abrigo das máquinas de ar-condicio-
rior, há um elemento en-
res da empresa. Marcinha, per-
tre as vitrines que passa
sonagem-símbolo da marca,
despercebido – a porta
ganhou um novo design que
da loja. Metálica, de en-
transmite ação, beleza, criativi-
rolar, ela fica escondida
dade e modernidade. “A marca
na parte superior quando
foi desenvolvida por uma das
o ponto de venda está
maiores empresas de branding
aberto. E justamente as-
do mundo”, conta Rawlinson
sim revela sua maior qualidade, um
Lá dentro, a tarefa é levá-lo a com-
Peter, gerente de operações da franquia.
grande vão de cerca de 4 metros de
prar. Uma das maneiras de fazer isso
“Ela muda conforme a situação. Troca o ves-
altura e 3 de largura. De acordo com
é facilitando o trabalho da equipe de
tido, recebe chapéu, laço, tiara, cachecol.”
os arquitetos, a ideia é que o cliente
vendas. Na loja do Maringá Park, os
A próxima loja da rede a receber o novo
que está caminhando pelo shopping
vendedores quase nunca precisam
conceito de ponto de venda será a fran-
nem perceba que entrou na loja.
sair de cena para ir ao estoque. Isso
quia de Ponta Grossa (PR), a ser inaugura-
porque praticamente todos os pro-
da em outubro. Atualmente, a rede conta
dutos estão à mão. Soluções práticas
com nove unidades, quatro em municípios
como essa são responsáveis pelo su-
paranaenses e uma em cada uma destas
cesso do novo projeto, cuja eficiên-
cidades: São Paulo, Rio de Janeiro, Cuiabá,
cia está superando as expectativas.
Palmas e Porto Velho.
manequins expressivos Feitos de fibra de vidro, com perucas e em poses naturais, os manequins representam crianças de diferentes faixas etárias e feições físicas 44 �
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POSICIONAMENTO ESTRATÉGICO O caixa ao lado do vão da porta permite controlar o movimento de clientes e ao mesmo tempo protege os provadores e a área de maquiagem infantil dirigente Lojista � junho 2011
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46 �
dirigente Lojista � junho 2011
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o p i n i ã o
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b a n h o
d e
l o j a
tamanho Não É mais documento
J
á é sabido que no varejo brasileiro os hi-
Diferente do passado, quando a ordem era
permercados vêm perdendo espaço para
estocar, os consumidores hoje vão ao super-
os supermercados nos últimos anos. Eles reina-
mercado mais de uma vez por semana. Isso
ram na época de superinflação, quando as pes-
contribui para eles escolham lojas que exijam
soas – preferencialmente no mesmo dia em
menos deslocamento e, de preferência, este-
que recebiam seus salários – corriam para onde
jam no caminho de casa ou do trabalho.
sabiam que podiam encontrar todos os produ-
Neste tipo de compra de reposição os su-
tos em um só lugar para fazer o abastecimento
permercados de menor porte, cravados em
do mês antes que os preços aumentassem.
pontos estratégicos da cidade, levam vanta-
Com o passar dos anos, porém, as variáveis
gem. Outro formato que também é frequente
da equação que compõem a decisão de compra
hoje são os chamados “atacarejos”, que ven-
do consumidor foram mudando e esta propos-
dem tanto para clientes corporativos como para
ta de loja passou a ser menos atrativa. Se por um lado propicia mais espaço para produtos, o tamanho dos hiper também faz o cliente ter que andar mais para completar suas compras, perdendo mais tempo em cada visita à loja. O tempo disponível dos clientes aliado ao
“Para certos públicos e em diminuir a
quadrados que a loja ocupa, mas também a
exerce sobre o consumidor. Segundo a Associa-
significar um
jas deste segmento já tiveram um raio de ação
aumento nas
de 10 quilômetros, mas hoje contam apenas
vendas”
com um quilômetro e meio. Naturalmente, o em questão oferece uma solução melhor que os concorrentes também afetam o quanto o consumidor se dispõe a andar para fazer uma compra. 48 �
dirigente Lojista � junho 2011
De novo entra em questão a medida certa para uma loja. Ela não é só relativa aos metros
variedade pode
número de opções disponíveis e o quanto a loja
este formato para compras de abastecimento.
certas categorias,
trânsito intenso interferem na atração que se ção Brasileira dos Supermercados (Abras), as lo-
consumidores finais que, por vezes, elegem
outras medidas de performance. No passado tínhamos a ideia de que quanto mais produtos, melhor, pois estávamos oferecendo mais variedade aos clientes. O presente nos mostra que, para certos públicos em certas categorias de produtos, diminuir a variedade de itens disponíveis pode significar um aumento nas vendas.
Kátia Bello Arquiteta e sócia-diretora da Opus Design. katia@opusdesign.com.br
Os tempos mudaram e a expressão “tamanho é documento” está caindo em desuso. Tamanho único é coisa do passado. Encontrar o tamanho certo é nossa missão do presente. dirigente Lojista � junho 2011
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m ó v e i s
e
n e g ó c i o s
por
Geraldo Rigoni
geraldo@geraldorigoni.com.br
O BAÚ AGORA É DA LUIZA Preço de venda foi de R$ 83 milhões, 20% do faturamento bruto da rede de lojas do Grupo Silvio Santos em 2010 Magazine Luiza comunicou no
O
foco na classe C, mesmo público-alvo
da Lojas Maia, o Magazine Luiza, ter-
mês de junho à Comissão de
das lojas do Magazine Luiza”. Com
ceiro maior varejista de eletroeletrô-
Valores Mobiliários (CVM) que adqui-
essa aquisição, o Magazine Luiza au-
nicos e móveis do País, já enxerga a
riu as 121 lojas da rede de varejo de
menta sua área total de vendas em
necessidade de pelo menos 60 novas
eletroeletrônicos e móveis do Baú da
mais 46 mil metros quadrados, equi-
lojas na região. Segundo Luiza Helena
Felicidade. Espalhadas pelos estados
valentes a cerca de 11% da área de
Trajano, presidente da rede varejista,
de São Paulo, Minas Gerais e Paraná,
vendas atual.
os pontos já estão sendo identificados
Parte das lojas adquiridas, princi-
83 milhões – 20% do faturamento
palmente no Paraná, deverá ser con-
O Magazine Luiza tem atualmen-
bruto das lojas do Grupo Silvio Santos
vertida em lojas virtuais, reforçando
te 142 pontos de venda no Nordeste
em 2010. O acordo foi celebrado em
também a estratégia de investimento
e pretende chegar a 200 em um pe-
memorando no dia 10 de junho.
nesse canal de vendas. Como a rede
ríodo de dois anos. Com a economia
“A aquisição das lojas do Baú re-
do Baú da Felicidade tem cerca de
mais pujante da região, Pernambu-
força a estratégia do Magazine Luiza
3 milhões de clientes cadastrados, o
co pode ser, segundo a empresária,
de consolidação da sua presença nos
Magazine Luiza pretende apresentar
o estado mais contemplado com as
mercados de atuação, com destaque
a esses consumidores o seu sistema
novas lojas da rede. Paralelamente,
para o fortalecimento das operações
de concessão de crédito Luizacred,
a empresa está iniciando o proces-
no Paraná e na região metropolitana
que serve para financiamento de pro-
so de retirada da marca Lojas Maia
de São Paulo”, diz o fato relevante co-
dutos e serviços internos.
do mercado. “Vamos reformar essas lojas, incluir artigos de presente e
municado à CVM. Também afirma a empresa de Luiza Helena Trajano que LUIZA HELENA TRAJANO Com a aquisição, a presidente do Magazine Luiza reforça a presença no Sul e Sudeste, mas também quer crescer no Nordeste 50 �
dirigente Lojista � junho 2011
e adquiridos.
as unidades foram adquiridas por R$
EXPANSÃO NO NORDESTE
“as lojas do Baú estão localizadas em
Menos de um ano após sua entra-
pontos comerciais estratégicos, com
da no Nordeste, por meio da aquisição
brinquedos e, então, passar a utilizar apenas a marca Magazine Luiza. Será gradual”, explica. dirigente Lojista � junho 2011
� 51
m ó v e i s
e
n e g ó c i o s
notas rápidas A chilena Cencosud, uma das maiores varejistas da América Latina, estaria negociando a compra de alguns ativos da francesa Carrefour no Brasil, de acordo com o jornal chileno Financiero. Segundo fontes próximas à companhia chilena, o controlador da Cencosud, Horst Paulmann, estaria em conversas com executivos do Carrefour a fim de comprar alguns dos ativos da rede francesa. O eventual interesse da rede chilena por ativos do Carrefour no Brasil seria parte dos agressivos planos de expansão pretendidos pela Cencosud desde sua entrada no País, em 2007. A Cencosud tem unidades em operação na Argentina, Brasil, Colômbia, Chile e Peru. A rede de móveis e eletroeletrônicos Cybelar, com 86 lojas no interior de São Paulo, inaugurou sua primeira unidade em Valinhos (SP). Com isso, a empresa amplia sua presença no interior paulista, segundo maior mercado do País. Já presente em lugares próximos, como Vinhedo, Indaiatuba e Itapira, a varejista quer abrir lojas em cidades menores, criando maior proximidade com os consumidores. Até o final do ano, a Cybelar quer chegar a 105 pontos de venda no estado. A rede de eletroeletrônicos Lojas Colombo inaugurou uma nova unidade no Paraná, em São José dos Pinhais. O ponto de venda, no Shopping São José, oferece o mix completo de produtos da Colombo. A rede conta com 331 pontos de venda nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Minas Gerais.
Walmart avalia aquisições para crescer no Brasil O
Walmart, maior rede varejista
comparação de vendas nas mes-
do mundo, está analisando po-
mas lojas e comércio eletrônico.
tenciais alvos de aquisição no Brasil.
Há 16 anos no Brasil, o Walmart man-
J. P. Suarez, vice-presidente sênior de
tém a terceira posição no ranking das
desenvolvimento de negócios inter-
maiores redes de varejo alimentar.
nacionais, afirma que apenas o cres-
Suas vendas de R$ 22,3 bilhões em
cimento orgânico não é suficiente
2010 deixam a filial brasileira abai-
para que o grupo conquiste mercado
xo do Carrefour (R$ 29 bilhões) e do
no País. “Buscamos oportunidades
Pão de Açúcar (R$ 36,1 bilhões, in-
de adquirir lojas para ajudar no nos-
cluindo eletroeletrônicos).
Pesquisa do Data Popular impulsiona feira Brasil Móveis
Eletro Shopping compra rede cearense Top Móveis
E
so crescimento orgânico”, diz Suarez.
Segundo o presidente da rede no
“Temos acesso a capital. Para nós,
País, Marcos Samaha, serão aber-
isso não é um problema”, completa
tas 80 lojas este ano, a maioria no
deste adentro, a pernambucana Eletro
o executivo.
Nordeste e no formato Todo Dia,
Shopping anunciou a aquisição da Top
O executivo admite que sua em-
acordo
de lojas de vizinhança, um modelo
Móveis, rede cearense de 16 lojas. O
presa já foi sondada pelas rivais, mas
com a estratégia mundial do Wal-
próximo do Walmart Express, nova
negócio, que não teve o seu valor di-
garante que pretende continuar “no
mart para crescer nos próximos
aposta da varejista, com cerca de
vulgado, visa fortalecer a empresa no
papel de caçador, e não de caça”. An-
anos, calcada em quatro pilares:
10% do tamanho de um hipermer-
Ceará, onde ainda tem presença dis-
tes da Top Móveis, a Eletro Shopping
aquisições,
cado convencional.
creta. Rio Grande do Norte e Paraíba
já havia comprado outras duas redes
também estão no centro da estratégia
pernambucanas: Grandelar e Hermol,
de expansão da rede, que espera atin-
com 30 lojas cada.
A
iniciativa
está
de
crescimento
orgânico,
m meio à voracidade com que as
lidando com uma perna aqui no Nor-
gigantes do varejo avançam Nor-
deste”, diz o vice-presidente da Eletro Shopping, Fernando Freitas.
gir a marca inédita de R$ 1 bilhão de
A maior parte das lojas da Top Mó-
faturamento este ano. A ideia é ganhar
veis está em Fortaleza, porém o gru-
corpo para fazer frente ao apetite das
po também tinha alguns pontos no
grandes redes, cada vez mais interes-
interior do Ceará, próximos à região
sadas em um dos mercados que mais
de Juazeiro do Norte, outro polo con-
crescem no País.
sumidor importante do estado. Com
“Nosso foco sempre foi o Nordes-
essa compra, a primeira fora de Per-
te. As outras é que estão descobrindo
nambuco, a Eletro Shopping passa a
agora esse filão que a gente já conhe-
contar com 148 lojas distribuídas em
ce bem. Sabemos que esse pessoal
seis estados do Nordeste. A meta é
(as grandes varejistas) está se conso-
fechar o ano com 180 pontos.
A Brasil Móveis está cercada de otimismo. A expectativa positiva dos organizadores para o fechamento de bons negócios durante o evento é reafirmada pelos dados do Data Popular. O instituto revelou que em 2010 os gastos com móveis e itens domésticos das famílias brasileiras giraram em torno de R$ 41 bilhões. Para este ano a previsão é de que o consumo de móveis e itens domésticos seja 23% superior ao de 2010. Realizada pela Associação das Indústrias de Móveis do Rio Grande do Sul (Movergs) em parceria com a Reed Multiplus, a Brasil Móveis ocorre entre os dias 9 e 12 de agosto no Anhembi, em São Paulo. A organização espera receber cerca de 400 expositores e uma média de 7,5 mil visitantes por dia, ou seja, cerca de 30 mil pessoas durante o período da feira.
o p i n i ã o
|
d e
o l h o
n o
c l i e n t e
ideias simples, resultados
101 Varejo ª
Delegação Oficial da CNDL
extraordinários
Janeiro/2012 Datas de saída: 11 e 12 de janeiro HOTEL
5
Hospedagem de 7 noites em New York no Hotel Intercontinental Times Square (5 estrelas) Passagem aérea partindo da cidade escolhida voando TAM Café da manhã exclusivo para o grupo Internet no quarto Tour de compras Woodbury ou Jersey Gardens* Seguro de viagem Premium (cobertura de US$ 250.000,00) Traslado de chegada e saída em New York** Traslado exclusivo para o evento (somente ida) Workshops em New York com consultores da CNDL Inscrição NRF BIG SHOW 2012 Jantar de confraternização da CNDL Assistência Integral da Equipe Primeiro Mundo Maleteiros e taxas do Hotel ESTRELAS
A
tualmente comenta-se muito a im-
sua área de produtos para limpeza de acordo
portância de proporcionar uma expe-
com os ambientes do lar: limpeza para cozi-
riência de compra diferenciada. As pessoas
nha, banheiro, quartos, etc.
são diferentes, portanto motivadas e impul-
Outra loja que é fonte de inspiração – foi
sionadas de maneira distinta. Atravessamos
eleita uma das melhores empresas america-
um período de transformações, em que
nas na gestão de pessoas – é a The Contai-
novos conceitos surgem a cada momento.
ner Store, especializada em organização de
Conhecer bem o seu cliente não é mais su-
casa, escritório e cozinha. É uma empresa
ficiente. É necessário gerar satisfação, com-
focada no reconhecimento e treinamento
preender e mexer com o seu emocional.
dos funcionários. Seu presidente, em um
Há uma empresa virtual chamada make
dos congressos da NRF, disse: “Acreditamos
my own monster (faço meu próprio “mons-
que se você colocar os funcionários em pri-
tro”), que confecciona o bichinho de pelú-
“É de grande
meiro lugar e cuidar melhor deles do que
cia a partir de um desenho e uma história
valia visitar
qualquer outra pessoa, eles cuidarão melhor
criados pela criança. Um presente que não tem preço, a personificação da sua primeira “obra de arte”. A Playmobil lançou recentemente no
operações diferentes da sua
do seu cliente”. É de grande valia para o varejista visitar operações diferentes da sua área de atuação, pensar fora da caixa, descobrir novas e
mercado a loja da Apple na sua versão brin-
área de atuação
criativas maneiras de operar. O planejamen-
quedo, sem tecnologia, mas capaz de des-
para descobrir
to é fundamental para efetuar qualquer mu-
pertar o imaginário das crianças ao montar
novas maneiras
dança, mas inspire-se, busque alternativas,
a sua própria loja, inclusive com as famosas filas de “bonecos”, que ocorrem sempre que
de operar”
não mudar a categorização da loja para facilitar a vida do cliente? O Supermercado São Sebastião, no Rio de Janeiro, categorizou a 54 �
dirigente Lojista � junho 2011
dos a partir das ações implementadas. Afinal, o que seu cliente espera? Que você seja
há um lançamento de novos produtos. Se toda ação gera uma reação, por que
mude e mensure todos os benefícios obti-
Luciana Carmo Especialista em gestão de serviços e palestrante. luciana.carmo@mixxer. com.br
capaz de utilizar ideias simples e criativas para mexer com seu imaginário e propiciar emoções diferentes e prazerosas em cada contato que ele tiver com sua loja.
Convenção Mundial do
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por ALEXANDRE
t e c n o v a r e j o
GONÇALVES
alexandre@agenteinforma.com.br
Tecnologia da Informação, parceiro da
vitrine da
Afrac na realização da Autocom. Nos três dias de evento, profissio-
tecnolOgia
nais do varejo e atacado e proprietários de estabelecimentos comerciais de todo o País tiveram a oportunidade de conhecer as novas tecnologias em automação que visam aumentar sua competitividade e lucratividade, por meio da modernização de processos que envolvem toda a cadeia de uma rede comercial. Uma das novidades demonstradas na feira foi uma loja dotada com o sistema de pagamento com tecnologia RFID, que transmite dados por radiofrequência e que elimina a necessidade do consumidor colocar os produtos no balcão do caixa. No ato da compra,
Maior feira de automação comercial da América Latina, a Autocom 2011 apresentou dezenas de novos produtos para varejistas que buscam mais segurança, controle e agilidade à gestão de suas lojas
o cliente passa o carrinho perto de
tacou a oferta de suprimentos como as
odo de pelo menos cinco anos. A obri-
uma antena que identifica automa-
novas bobinas térmicas para emissão
gatoriedade para utilização deste tipo
ticamente os produtos por meio de
de cupom fiscal, cujo papel, por deter-
de bobina com o novo papel vigora a
sinais de rádio. A tecnologia realiza a
minação do Cotepe (Comissão Técnica
partir de 1º de julho.
soma de valores dos itens, de forma
Permanente), deve ter fibras alvejadas
Além da maior quantidade de no-
que o cliente dirige-se ao caixa ape-
que podem ser vistas com luz negra
vidades, a Autocom 2011 também
nas para efetuar o pagamento. Tenta-
ou ultravioleta. Esse tipo de tecnolo-
alcançou recorde de público com a
tivas de roubo também são evitadas,
gia possibilita que os dados impressos
visitação de 10 mil profissionais ao
já que a antena identifica produtos
permaneçam inalterados por um perí-
longo dos três dias de evento. Le-
A Autocom também mostrou lançamentos de softwares para pequenas
Autocom 2011 (13ª Exposição
A
ção comercial de mais de 200 marcas
presidente da Associação Brasileira de
e médias empresas comerciais, im-
e Congresso de Automação Co-
nacionais e internacionais.
Automação Comercial (Afrac), organi-
pressoras fiscais, quiosques e termi-
mercial, Serviços e Soluções para o
“Acompanhando a economia na-
zadora do evento. “O número recorde
nais autônomos, desktops, notebooks,
Comércio), considerada o maior even-
cional, o mercado deve seguir regis-
de lançamentos traduz o momento
servidores, computadores de mão, ta-
to do setor na América Latina, reuniu
trando bons resultados à medida que
vivido pelo mercado de automação
blets, teclados, comandas eletrônicas,
de 7 a 9 de junho, no Expo Center, em
a sociedade eleva sua capacidade de
comercial”, afirma Fábio Lazzarini,
coletores de dados e leitores de códi-
São Paulo, as novidades em automa-
consumo”, destaca Zenon Leite Neto,
diretor-executivo do Ideti Eventos em
gos de barras. O evento também des-
56 �
dirigente Lojista � junho 2011
vantamento realizado com exposito-
escondidos em bolsas ou roupas.
Em três dias, a feira recebeu a visita de 10 mil pessoas, que movimentaram cerca de R$ 140 milhões em negócios
res apontou ainda para a viabilização de negócios que somam R$ 140 milhões para os próximos 12 meses, o que representa 10% do volume movimentado anualmente pelo setor. Nas páginas a seguir, confira alguns dos lançamentos apresentados durante a Autocom 2011.
dirigente Lojista � junho 2011
� 57
t e c n o v a r e j o
CPU exclusiva para automação Bematech lança o computador RC-8000, com tamanho reduzido e desenvolvido para se adaptar às necessidades do comércio
Cardápio de soluções para impressões especiais Zebra Technologies apresenta impressoras para os mais variados tipos de aplicação
RC-8000, primeira CPU exclusi-
O
destacada participação no mercado
va dedicada à automação co-
de impressoras fiscais. Além disso,
mercial produzida pela Bematech no
havia a oportunidade de aumentar
Brasil, foi o destaque da empresa na
sua presença no mercado de CPUs.
Autocom deste ano. Trata-se de um
Não por acaso, a Autocom foi o
computador com tamanho reduzido,
evento ideal para lançar o RC-8000.
impressões
desenvolvi-
A Zebra ainda levou para a Auto-
com volume correspondente a um
Para Eros Jantsch, diretor de hardwa-
das pela empresa, começando pelas
com impressoras da Série Xi™, com
terço de uma CPU convencional, de-
re da Bematech, a relevância da feira
impressoras de cartões, como a ZXP
durabilidade, qualidade e velocida-
senvolvido para se adaptar ao espaço
está no fato de promover a discussão
Série 3. As impressoras de cartões
de de impressão, ideais para comer-
de frente de caixa. De acordo com a
de questões importantes para a auto-
da Zebra fornecem segurança, qua-
ciais com alto volume de impressão.
empresa, o RC-8000 é mais robusto,
mação comercial brasileira. “É o mo-
lidade e menores custos. Podem ser
Por fim, a Zebra demonstrou apli-
possui fonte externa, maior durabili-
mento em que fabricantes, distribuido-
impressos cartões de pagamento,
cações de impressão móvel através
dade e menor consumo de energia.
res, revendas, entidades regulatórias e
cartões de filiação, crachás de iden-
de soluções como as impressoras da
varejistas se reúnem para discutir a
tificação de funcionários, além de
série QL Plus, usadas para etiquetas
produto no Brasil por causa de todo
expansão do setor, novas tecnolo-
vales-presente.
com código de barras, recibos, re-
o conhecimento em automação co-
gias, tendências e estratégias”,
mercial que possui a partir de sua
ressalta o executivo.
A empresa decidiu produzir este
Baixo custo
Loja no evento
O Pay&Go, software para a captura de transações eletrônicas (TEF) realizadas com cartões de crédito, débito, voucher, entre outros, e que oferece ao estabelecimento comercial total controle sobre as vendas realizadas, foi a novidade apresentada pela CIS na Autocom, em parceria com a NTK Solutions. O Pay&Go possui atualização remota, Help Desk especializado 24h por dia e interface de fácil operação ao usuário, além de eliminar a necessidade de desenvolvimentos ou upgrade de software e hardware para uso da solução.
Os visitantes da Autocom tiveram a oportunidade de conhecer as possibilidades de uso da tecnologia RFID (identificação por radiofrequência) no estande da NL Informática. A RFID recupera e armazena dados remotamente por meio de dispositivos chamados de transponder ou coletor e colocados em embalagens. Com o auxílio de chips e antenas, o sistema permite responder aos sinais de rádio enviados por uma base transmissora.
O produto é uma solução integrada e abrangente e tem como pontos fortes a integração com o sistema de automação comercial do estabelecimento, a rapidez e o fato da própria NTK fazer a instalação e ativação. Outra característica técnica relevante é o fato do sistema estar ativo através de conexão GPRS ou 3G, caso a linha da internet cair.
Além do uso da RFID, a NL Informática apresentou uma solução para frente de loja para suprir a carência do mercado de varejo de alto e médio giro por uma solução única de vendas que possa atender o processo de ponta a ponta, sem depender de vários fornecedores.
58 �
dirigente Lojista � junho 2011
Q
uem visitou o estande da Ze-
HC100, que imprime desde pulseiras
bra Technologies na Autocom
de identificação até etiquetas de pre-
conheceu de perto as soluções para especiais
ços de varejo, rótulos, entre outros.
No segmento de impressoras
latórios, entre outros. Permitindo a
desktop, a Zebra apresentou soluções
impressão no local e on-demand,
compactas, acessíveis e fáceis de
essas impressoras ajudam a melho-
operar – com destaque para o modelo
rar a eficiência logística.
compacta e versÁtil A HC100 imprime desde pulseiras de identificação até rótulos e etiquetas de preços
Epson lança terceira geração de impressoras A Epson aproveitou sua participação na Autocom para lançar a terceira geração de suas impressoras fiscais. A nova versão conta com um processador mais rápido e USB nativo, além de possuir uma memória de fita detalhe com maior capacidade de armazenamento. Os novos modelos são: TM-T81FB III modelo de entrada, TM-T88FB III com maior velocidade, TM-H6000FB III híbrida, com impressora de cheques, leitor CMC7, endosso e validação. Segundo Marcos Dalla Nora, gerente da unidade de negócios da Epson, o mercado de automação está aquecido e as empresas do varejo estão cada vez mais cientes da importância da automação comercial para melhorar seus controles ou para adequação das exigências fiscais.
Coletores de dados Pidion A nova linha de coletores de dados Pidion, incluindo o Bip 1300 e Bip-6000, foi o destaque da Prime Technologies na Autocom. O Bip 1300 realiza operações comerciais e financeiras, podendo ser usado como um ponto de checkout móvel para o varejo em geral e também em instituições bancárias e financeiras. Já o Bip-6000 possui resistência a impactos, quedas e operações em campo, atende às atuais exigências de agilidade e alta velocidade no processamento de informações e coleta de dados.
t e c n o v a r e j o
Faturamento simplificado A Alterdata, especializada em softwares legais, apresentou na Autocom o NF-Easy, aplicativo que se encarrega de toda a complexidade exigida por lei para que as empresas trabalhem com faturamento através de nota fiscal eletrônica. A solução foi criada para se comunicar com qualquer software de faturamento, gerando informações para conectar os dados com a Secretaria da Fazenda. Com isso, pretende facilitar o trabalho de todos que possuam sistemas de emissões de notas fiscais.
Software de controle e gestão para PMEs As pequenas e médias empresas (PMEs) ganharam atenção especial no estande da Nasajon Sistemas na Autocom, com destaque para o Comerzio, software que permite o controle de clientes, vendedores, fornecedores e estoque, garantindo segurança e eficiência de toda rotina de um estabelecimento comercial. A empresa apresentou também soluções para gestão empresarial como o Contábil, para controle da contabilidade fiscal, além do Persona para gerenciamento de matriz e filiais, que facilita a rotina do departamento pessoal, uma vez que controla folhas de pagamento, recibos, guias de funcionários, autônomos, estagiários e, também, prestadores e tomadores de serviços. 60 �
dirigente Lojista � junho 2011
Automação integrada para pequenos comércios
Agilidade no setor de confecção Lançamentos da Millennium Network trazem mais controle para empresas do ramo do vestuário e redes de varejo de moda
C
Combo 3, da Daruma, é destinado para a frente de caixa
om 17 anos de experiência em
“O mercado de
softwares de gestão para a in-
automação comer-
dústria e o varejo de moda e vestuá-
cial
movimenta
rio, a Millennium Network participou
em torno de R$
da Autocom 2011 com o objetivo de
1,3 bilhão a cada
ampliar o networking com parceiros
ano”, diz Rodri-
aptos a se tornarem canais de negó-
go Motono, dire-
cios, além de apresentar seu portfó-
tor comercial da
lio de soluções. Destaque para o ERP
empresa. “A ten-
Millennium Business e os aplicativos
dência é que esse
Millennium Basic (foto), voltados
número aumente
para micro e pequenas empresas de
com a crescente
confecção, e o Store Manager, siste-
demanda por apli-
Urmet Daruma, multinacional
A
parado às soluções já existentes no
ma de gestão de ponto de venda,
cativos de gestão no setor comercial,
gócios espalhados em seis estados
que atua nos setores de tele-
mercado.”
voltado a lojas de vestuário, calça-
em toda a sua cadeia, do varejo ao
do Brasil (São Paulo, Minas Gerais,
comunicações, automação comercial
O Combo 3 é composto pelo ter-
dos, presentes, acessórios, bijuterias,
atacado.” Atualmente, a Millennium
Santa Catarina, Ceará, Pernambuco e
e informática, marcou sua participa-
minal TA 1500 (teclado inteligente
cosméticos e afins.
Network conta com 45 canais de ne-
Piauí).
ção na Autocom com a apresentação
completo, robusto e compacto que
de mais um produto para sua frente
dispensa conexão com computador
de Automação Comercial, ampliando
para a operação) e pela Mach 1 (im-
a família dos combinados Daruma.
pressora térmica fiscal MFD para a
Trata-se do Combo 3, uma solução
emissão de cupons fiscais, compacta,
para as frentes de caixa destinada a
com concepção moderna e de alta
pequenos comércios de todo o Brasil.
velocidade de impressão).
Departamentos conectados
Celta Business Solutions facilita a gestão do negócio pela internet
A
CeltaWare, desenvolvedora de softwares para automação co-
De acordo com a empresa, o
A comercialização do produto já
grande diferencial desta solução é
está sendo feita por meio das re-
o baixo custo. “Queremos conquis-
vendas da fabricante. As vendas já
via internet e que utiliza a plataforma de servidores da Micro-
tar também o pequeno comercian-
estão liberadas para o Acre, Amapá,
soft. Além de integrar os departamentos e as unidades do cliente
te”, diz Welington Sousa, gerente
Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso,
em tempo real e com total segurança, o software permite que os
de marketing da companhia. “Nos-
Pará, Paraná, Rondônia e São Paulo.
clientes utilizem as rotinas mais comuns de venda sem a necessi-
sa ideia é oferecer uma solução que
O investimento do comerciante para
dade explícita de importação e exportação de dados. Tudo isso em
agrega eficiência e qualidade por um
adquirir o Combo 3 gira em torno de
uma interface intuitiva e de fácil operação.
custo muito acessível quando com-
R$ 2.050,00.
mercial de pequenas e médias empresas, divulgou na Auto-
com o novo Celta Business Solutions, desenvolvido para funcionar
dirigente Lojista � junho 2011
� 61
Junho/2011 – www.sebrae.com.br – 0800 570 0800
projeto vai conectar pequenas empresas ‘Conecte Seu Negócio’, resultado da parceria entre Google, Sebrae, Yola e HP, pretende ampliar a presença dos pequenos negócios na internet
P
esquisa recente da consultoria McKinsey Global Institute mostra que as empresas que utilizam a web nos negócios conseguem aumentar a produtividade em até 10%, e têm mostrado taxas de crescimento até duas vezes maiores em relação àquelas que não possuem. Para ajudar a conectar os mais de 5 milhões de pequenos empreendimentos à internet, o Google lançou no dia 15 de junho, em parceria com o Sebrae, a HP (empresa multinacional de tecnologia) e a Yola (empresa de serviços de hospedagem e design de websites), o programa Conecte Seu Negócio, que pretende facilitar e ampliar a entrada de empresários de todo o Brasil no mundo web. Como parte do lançamento, o Google oferecerá domínios grátis aos primeiros 5 mil inscritos – promoção válida para a primeira anuidade. Além disso, o programa contempla a criação, o design e a hospedagem do website de forma
gratuita. Após o site ser criado, os empresários receberão créditos em Google AdWords – solução de publicidade online – para promover seu site na internet. “Acreditamos que a oferta de ferramentas que ajudam no investimento inicial de construção de um site será um grande estímulo para os mais de 5 milhões de empresários brasileiros que buscam expandir seus negócios on-line. Nosso objetivo é mostrar a esses empreendedores que a internet é um ambiente muito rico em oportunidade, com bom retorno sobre os investimentos”, afirma Fabio Coelho, presidente do Google Brasil. O Sebrae vai estimular o empreendedorismo e o desenvolvimento das micro e pequenas empresas no meio digital, com a produção de material educacional e treinamentos por webinars, além de todo o suporte necessário no canal oficial do projeto. “O Sebrae está presente em todos os estados e no Distrito Federal. Vamos utilizar
O projeto foi lançado no dia 15 de junho com a oferta de domínio grátis aos primeiros 5 mil inscritos
nosso conhecimento e capilaridade para levar essa iniciativa a todo o País, mostrando que a internet é uma ferramenta de inovação que fortalece os micro e pequenos negócios”, afirma o presidente do Sebrae, Luiz Barretto. //Como participar A partir do site www.conecteseunegocio. com.br, o empresário pode checar se o domínio desejado está disponível. Feito isso, basta registrar a empresa por meio do CPF/CNPJ e preencher o formulário com os dados. Começa então a fase da construção do website: com o uso da ferramenta da parceira Yola, o usuário poderá escolher diversas opções de layout, formatação de página, inserir fotos e o conteúdo. A ferramenta possibilita a criação de e-commerce, quando necessário.
Juliano Souza, da Giuliana Flores: “Assim que o Google chegou ao Brasil, nós fizemos contato com eles e passamos a utilizar as ferramentas disponíveis de promoção”
Foto: Felipe Rangel
informe do serViço brasileiro de apoio àS micro e pequenas empresas
empresas que utilizam a web nos negócios aumentam a produtividade em até 10% e têm mostrado taxas de crescimento até duas vezes maiores em relação àquelas que não possuem
E para ter uma boa infraestrutura do projeto on-line, o usuário conta com um pacote especial da HP na oferta de computadores (desktops e notebooks), impressoras e monitores. “A HP acredita no grande potencial de crescimento das pequenas e médias empresas no Brasil e iniciativas como a do Google promovem a inserção destes negócios no mundo virtual”, diz Eduardo Brach, diretor de Vendas PSG para SMB. //Expansão dos negócios Há 21 anos no mercado (11 deles na internet), a Giuliana Flores obtém 90% do faturamento das vendas on-line, diz o gerente de marketing Juliano Souza. Inovadora, a empresa foi uma das primeiras floriculturas a vender por catálogo em São Paulo. “Entrar na internet foi uma consequência. No início, pensamos Serviço Texto: www.agenciasebrae.com.br Mais informações: www.conecteseunegocio.com.br
Empreender – Informe do Sebrae. Presidente do Conselho Deliberativo Nacional: Roberto Simões. Diretor-Presidente: Luiz Barretto. Diretor-Técnico: Carlos Alberto dos Santos. Diretor de Administração e Finanças: José Claudio dos Santos. Gerente de Marketing e Comunicação: Cândida Bittencourt. Edição: Ana Canêdo, Antônio Viegas. Endereço: SGAS 604/605, módulos 30 e 31, Asa Sul, Brasília/DF, CEP: 70.200-645 Fone: (61) 3348-7100 – Para falar com o Sebrae: 0800 570 0800 Na internet: sebrae.com.br // twitter.com/sebrae // facebook.com/sebrae // youtube.com/tvsebrae
que teríamos um catálogo no computador, mas as coisas evoluíram muito e apostamos nas vendas on-line.” Um dos grandes parceiros foi o Google. “Assim que eles chegaram ao Brasil, nós fizemos contato e passamos a utilizar as ferramentas disponíveis de promoção.” Atualmente, segundo o gerente, a Giuliana Flores é uma das maiores floriculturas on-line do País. Dos 600 pedidos por dia, quase 30% são originários de links patrocinados e da busca orgânica no Google. O sistema cresceu tanto que hoje o gerente de marketing possui duas empresas para gerenciar os links patrocinados e a busca orgânica. “Para se ter uma ideia, queríamos fazer mídia com televisão paga nos Estados Unidos. Por meio do Google Analytics, pude estudar os nossos clientes lá e decidir a melhor estratégia”, conta.
o p i n i ã o
|
SO B R E
LOJA
chefe novo NO PEDAÇO
E
xiste um ditado que diz: “Vassoura nova
o lojista deve ter certeza de que realmente
sempre varre melhor”. Eu já tenho outra
é preciso trocar. Deve observar ainda se está
forma de ver esta situação. Para mim, tudo de-
avaliando corretamente os defeitos e proble-
pende de quem vai operar, se esta vassoura vai
mas apresentados pelo profissional. Afinal,
varrer bem ou não.
durante um bom período ele trabalhou muito
Se prestarmos atenção nas lojas, quando
bem. Também é importante avaliar como foi o
acontece uma troca de chefia, dependendo de
nosso comportamento no comando deste exe-
quem está saindo ou entrando, cria-se um perí-
cutivo que queremos trocar. Na maioria das ve-
odo que podemos chamar de “purgatório”. Ele
zes estão trocando pelo simples fato de trocar,
começa no dia da apresentação do novo chefe,
mais por incompetência ou má avaliação do
até ele conhecer pessoalmente cada um. Nem
dono ou diretor, que não fez avaliações, trei-
todos os chefes se aprofundam muito nesta parte, a grande maioria fica em cima de obser-
“Mudar pessoas
vações feitas ou já tem uma ideia através de
não adianta se
uma primeira avaliação. Assim como o chefe
nossa equipe
anterior, logo elege seus preferidos – aqueles
namento, delegações, cobranças constantes. É preciso saber quanto custa tudo isso – não só em dinheiro, mas em tempo – até um novo colaborador conhecer a filosofia da empresa. Em uma loja ouvi de vários colaboradores
em quem mais confia ou acha que pode confiar.
não estiver
antigos que o dono “adorava mudar”. Sempre
Outros gerentes que entram já no primeiro
preparada
que vinha um consultor ocorria uma mudança.
mês trocam vários da equipe sem uma avaliação mais profunda. É como muitos treinadores
e informada
que, quando mudam de clube, sempre levam
sobre o que
alguns jogadores junto. E o que acontece normalmente nestas mudanças? Até o novo cola-
pretendemos”
vai gastar. Seja em indenizações sobre demissões ou no treinamento de novos profissionais. Antes de promover uma troca de chefia, 64 �
dirigente Lojista � junho 2011
de volta após a saída do consultor, pois quem tinha entrado não rendeu o que era esperado. Teve um pensador, Heráclito, que disse que nada é permanente, exceto a mudança. Mas mudar por mudar não basta, precisa-
borador entender a rotina e a filosofia da loja, o tempo vai passar e muito dinheiro a empresa
Só que muitas vezes quem saía era chamado
Josemar Basso Administrador de empresas, consultor e palestrante. josemarbasso@ officemarketing.com.br
mos saber por que estamos mudando, onde e como queremos chegar. Mudar pessoas não adianta se nossa equipe não estiver preparada e informada sobre o que pretendemos.
Associativismo, o caminho para nossa Fortaleza.
a g e nd a
Mercado de imagem sob novo enfoque Com formato renovado, a PhotoImageBrazil aposta na transferência de conhecimento A 19ª edição da PhotoImageBrazil chega para inovar um mercado já marcado por revolucionários lançamentos nos segmentos de Foto, Vídeo, Impressão, Web Design e Mídia. A evolução tecnológica das empresas presentes no evento levou a organizadora a adotar o conceito "Educação+Negócios", em que os expositores tomam para si a responsabilidade de transferir conhecimento tecnológico, discutir e apresentar as tendências para conquistar novos clientes e “alimentar” os cativos.
A PhotoImageBrazil é o maior evento do mercado de foto e imagem na América Latina. A expectativa para este ano é reunir 450 marcas e um público profissional estimado em 30 mil compradores.
5 a 8/07/2011 Eletrolar Show 6a Feira Internacional de Eletrodomésticos, Eletroeletrônicos e Informática Transamérica Expo Center São Paulo – SP www.eletrolarshow.com.br 66 �
Venha fazer parte do maior encontro do segmento comercial do Brasil.
Agosto 6 a 9/07/2011 Autoparts 5ª Feira de Autopeças, Equipamentos e Serviços Pavilhão da Festa da Uva Caxias do Sul – RS www.feiraautoparts.com.br 19 a 22/07/2011 Fipan 18ª Feira Internacional de Panificação, Confeitaria e do Varejo Independente de Alimentação Expo Center Norte São Paulo – SP www.fipan.com.br 21 a 24/07/2011 Bio Brazil Fair 7ª Feira Internacional de Produtos Orgânicos e Agroecologia Pavilhão da Bienal São Paulo – SP www.biobrazilfair.com.br
dirigente Lojista � JUNHO 2011
16 a 18/08/2011 Brazil Consumer Electronics Expo 2a Feira Internacional de Eletrônica de Consumo, Informática e Entretenimento Expo Center Norte São Paulo – SP www.cebshow.com.br
Durante 3 dias você poderá participar de palestras e debates com a presença de grandes nomes nacionais que irão abordar temas de interesse do comércio lojista.
27 a 30/08/2011 House & Gift Fair South America 41ª Feira Latino-Americana de Artigos para Casa e Decoração Expo Center Norte São Paulo – SP www.grafitefeiras.com.br
FENAL – Feira Nacional de Produtos, Serviços e Soluções para o Lojista. A FENAL, que ocorrerá paralela ao evento, será uma grande oportunidade de novos negócios. Estarão expondo indústrias e empresas fornecedoras do segmento lojista, com destaque para as áreas de: logística, franquia, marketing, tecnologia, turismo e serviço, um total de 106 stands.
Faça já sua inscrição pelo site: www.52convencaolojista.com.br
Setembro 2 a 11/09/2011 Expolar 12ª Feira Multissetorial de Produtos para o Lar Centro de Convenções de Maceió Maceió – AL www.profeiras.com.br
2 a 11/09/2011 Festa Nacional do Calçado 6ª Feira Nacional do Setor Coureiro-Calçadista Parque de Exposições Fenac Novo Hamburgo – RS www.festanacionaldocalcado. com.br
Informações: (85) 3452.0800 e 52convencaolojista@cdlfor.com.br Realização:
IMAGENS MERAMENTE ILUSTATIVA
2 a 4/07/2011 Cosmobel 11ª Feira de Cosméticos, Beleza e Fitness Parque da Marejada Itajaí – SC www.acfeiras.com.br
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16 a 18/08/2011 PhotoImageBrazil 19ª Feira Internacional da Imagem Expo Center Norte São Paulo – SP www.photoimagebrazil.com.br
Julho 1o a 3/07/2011 Super Acaps Panshow 25ª Feira de Supermercados e Padarias do Espírito Santo Pavilhão de Exposições de Carapina Serra – ES www.acaps.com.br
De 11 a 14 de setembro de 2011, no ExpoCeará
Patrocínio:
Apoio:
Agência oficial:
Companhia aérea oficial:
Agências organizadoras:
1971
2011
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