lojista dirige nte
ano 36
· n°
6· 43
j
an /f ev 201 1 · r$ 9,90
O BRASIL NA
país tem a maior delegação internacional no evento mais importante do varejo mundial
NRF 2011
ENTREVISTA Andrea Huggard-Caine explica o que move a chamada “Geração Y”
estratégia Os cartões private label e suas vantagens para lojistas e clientes
GESTÃO Dicas de planejamento para você começar o ano de olho no futuro
Nesta edição
DIRETORIA CNDL
A
cada ano, sempre no mês de janeiro, milhares de profissio-
nais que trabalham com comércio varejista no mundo todo se reúnem em Nova York para mais uma convenção anual da National Retail Federation (NRF). Mas em 2011 o evento teve um sabor especial, por dois motivos: além de ser o centésimo aniversário do encontro mais importante do varejo mundial, esta edição foi marcada por um recorde na participação brasileira. Com uma delegação de cerca de 1,4 mil
Presidente Roque Pellizzaro Junior 1º. Vice-Presidente Vítor Augusto Koch Vice-Presidente Adão Henrique Vice-Presidente Francisco Honório Pinheiro Alves Vice-Presidente Geraldo Cesar de Araújo Vice-Presidente José Cesar da Costa Vice-Presidente Melchior Luiz Duarte de Abreu Diretor Administrativo e Financeiro Silvio Antônio de Vasconcelos Souza Diretor do DASPC Roberto Alfeu Pena Gomes DIRETOR CDL Jovem Samuel Torres de Vasconcelos Diretores Ralph Baraúna Assayag, Maurício Stainoff, Sergio Alexandre Medeiros, Jair Francisco Gomes, Marcelo Caetano Rosado Maia Batista, Mustafá Morhy Júnior, Paulo Gasparoto, Ilson Xavier Bozi, Maria do Socorro Teixeira Noronha, Antônio Xará, Fernando Luis Palaoro, Francisco Regis Cavalcanti Dias DIRETORIAS ESPECIAIS Adilson Schuenke Emanuel Silva Pereira Celso Vilela Guimarães Geovanne Telles Valdir Luiz Della Giustinna Marcelo Sales Antoine Youssef Tawil José Manoel Ramos Egnaldo Pedro da Silva
NRF, depois dos EUA. Mesmo assim, muitos lojistas brasileiros não tiveram a oportunidade de fazer parte desta missão internacional. Foi pensando neles que preparamos um material especial reunindo grande parte das tendências e novidades apresentadas na convenção em Nova York. Além disso, ouvimos a opinião de dirigentes lojistas que participaram do evento e buscamos a análise dos consultores que acompanharam a caravana da CNDL. Confira a cobertura do repórter Alexandre Gonçalves a partir da página 22. Boa leitura e um ótimo 2011! Diógenes Fischer Editor 4�
dirigente Lojista � jan/FEV 2011
Conselho Fiscal Alberto Fontoura Nogueira da Cruz, Eduardo Melo Catão e Marcelino Campos (membros efetivos); Jayme Tassinari, Milton Araújo e Divino José Dias (suplentes) Superintendente André Luiz Pellizzaro supervisão Luiz Santana Conselho Deliberativo DO SPC BRASIL Presidente Itamar José da Silva Vice-Presidente José César da Costa Conselho de administração DO SPC BRASIL Presidente Roberto Alfeu Vice-Presidente Melchior L. D. de Abreu Filho Diretor Financeiro Silvio Antônio de Vasconcelos Souza Vice-Diretor Financeiro Marcelo Salles Barbosa Diretor de Comunicação Dr. Francisco de Freitas
CONSELHO SUPERIOR Romão Tavares da Rocha, Aliomar Luciano dos Santos,
Conselho FISCAL DO SPC BRASIL Luiz Antônio Kuyava, Maria do Socorro Teixeira Noronha, Antoine Yossef Tawil
ASSINE a dirigente lojista (61) 3213 2000 | assinatura.dirigentelojista@cndl.org.br | www.cndl.org.br
pessoas, fomos o país que levou o maior número de participantes à
Geruza Lúcia de Nazareth, Francisco Freitas Cordeiro, Álvaro Cordoval de Carvalho
Serviço Ao Assinante assinante.dirigentelojista@cndl.org.br A revista Dirigente Lojista é produzida pela Editora Empreendedor DIRETOR-EDITOR Acari Amorim acari@empreendedor.com.br DIRETOR DE COMERCIALIZAÇÃO E MARKETING Geraldo Nilson de Azevedo geraldo@empreendedor.com.br REDAÇÃO dirigentelojista@empreendedor.com.br EDIÇÃO-EXECUTIVA Diógenes Fischer REPORTAGEM Alexandre Gonçalves, Marlon Aseff, Andréa da Luz e Beatrice Gonçalves EDIÇÃO DE ARTE Diógenes Fischer PROJETO GRÁFICO Wilson Williams REVISÃO Lu Coelho EDITORA DO PORTAL DA CNDL Ana Paula Meurer EDITORA DO PORTAL EMPREENDEDOR Carla Kempinski SEDES São Paulo DIRETOR COMERCIAL Fernando Sant’Anna Borba fernandoborba@empreendedor.com.br EXECUTIVO DE CONTAS Osmar Escada Junior e Ana Carolina Canton de Lima Rua Sabará, 566 – 9º andar – conjunto 92 – Higienópolis 01239-010 – São Paulo – SP Fone: (11) 3214-1020 empreendedorsp@empreendedor.com.br Florianópolis EXECUTIVA DE ATENDIMENTO Samantha Arend Schvantes anuncios@empreendedor.com.br Rua Padre Lourenço Rodrigues de Andrade, 496 Santo Antônio de Lisboa – 88053-400 – Florianópolis – SC Fone: (48) 3371-8666 CENTRAL DE COMUNICAÇÃO Rua Anita Garibaldi, nº 79, sala 601 - Centro Fone: (48) 3216-0600 E-mail: comercial@centralcomunicacao.com.br
ESCRITÓRIOS REGIONAIS Rio de Janeiro Rua São José, 40 – 4º andar – Centro 20010-020 – Rio de Janeiro – RJ Fone: (21) 2611-7996 / 9607-7910 milla@triunvirato.com.br Brasília Ulysses C. B. Cava Condomínio Ville de Montagne, Q. 01 Casa 81 - Lago Sul - 71680-357 - Brasília - DF Fones: (61) 9975-6660 / 3367-0180 ulyssescava@gmail.com Rio Grande do Sul Flávio Duarte Rua Silveiro 1301/104 – Morro Santa Tereza 90850-000 – Porto Alegre – RS Fone: (51) 3392-7767 commercializare@terra.com.br Paraná Merconeti Representação de Veículos de Comunicação Ltda / Ricardo Takiguti Rua Dep. Atílio Almeida Barbosa, 76 – conjunto 3 Boa Vista – 82560-460 – Curitiba – PR Fone: (41) 3079-4666 ricardo@merconeti.com.br Pernambuco HM Consultoria em Varejo Ltda / Hamilton Marcondes Rua Ribeiro de Brito, 1111 – conjunto 605 – Boa Viagem 51021-310 – Recife – PE – Fone: (81) 3327-3384 hmconsultoria@hmconsultoria.com.br Minas Gerais SBF Representações / Sérgio Bernardes Faria Av. Getúlio Vargas, 1300 – 17º andar – conjunto 1704 30112-021 – Belo Horizonte – MG Fones: (31) 2125-2900 / 2125-2927 sbfaria@sbfpublicidade.com.br PRODUÇÃO GRÁFICA Teixeira Gráfica e Editora
www.empreendedor.com.br
a o s
l o j i s t a s
reinventar o presente e o futuro
do varejo C
ada participação na Convenção da NRF (Federação Nacional do Varejo Americano) nos proporciona uma bagagem preciosa de aprendizado e reflexão. A 100ª edição do maior encontro mundial do varejo não foi diferente. Junto com a numerosa e destacada delegação da CNDL tivemos a oportunidade de ampliar nossos conhecimentos sobre as tendências do comércio e ao mesmo tempo conhecemos de perto inovações que mudam radicalmente nossa visão sobre as tradicionais relações comerciais. O acelerado desenvolvimento da tecnologia, com equipamentos portáteis de alta precisão, velocidade e comunicação – como os smartphones e os tablets, por exemplo – nos leva a repensar nossa relação com o consumidor e com o próprio mercado. Temos que estar preparados para recebê-los. Eles já estão em nossas portas, não só fisicamente, mas principalmente virtualmente, com recursos que possibilitam percorrer as lojas, escolher, provar, comprar e até pagar com este magnífico meio de acesso. O consumidor mobile (móvel) e co-
“Temos que nos preparar para redefinir relacionamentos, gestão, atendimento e incorporar inovações” ROQUE PELLIZZARO JUNIOR Presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL)
nectado precisa de um tratamento especial, pois com a mesma velocidade que escolhe nossos estabelecimentos pode se transportar para outra rápida e definitiva alternativa de compra. Temos que nos preparar para redefinir relacionamentos, gestão, atendimento e incorporar inovações para acompanhar este ritmo. A hora é agora. Também ficou presente na percepção de quem participou da NRF que as mudanças de hábitos do consumidor envolvem também a questão da sustentabilidade. Esta situação não pode estar mais dis-
sociada do negócio, do produto ou do serviço. E mais uma vez precisamos estar atentos a esta realidade verde que é irreversível. Estas rápidas transformações não dizem respeito apenas ao megavarejo. Valem também para todos os empreendimentos, independente do porte. É preciso ficar receptivo, sem receio, pois estas novas fronteiras devem ser encaradas como oportunidades para exercitarmos nossa capacidade de adaptação e de realização, avaliarmos nosso comportamento com relação às mudanças. dirigente Lojista � jan/FEV 2011
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í n d i c e
EDIÇÃO
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32
Gestão Confira dicas de especialistas em planejamento e descubra como organizar o seu negócio para garantir que as ações programadas no início do ano sejam colocadas em prática e tragam os resultados esperados. 16
32
X
6�
Entrevista Andrea Huggard-Caine, especialista em gestão de RH, explica como as empresas devem se relacionar com um novo perfil de colaborador, cada vez mais presente no mercado de trabalho: os jovens de até 30 anos, integrantes da chamada ”geração Y”.
dirigente Lojista � jan/FEV 2011
42
38
Estratégia Saiba como implantar um cartão private label em sua loja e conheça as vantagens do sistema que permite ao varejista oferecer crédito pré-aprovado e ainda obter informações sobre os hábitos de consumo dos clientes.
42
Perfil Unindo técnicas modernas de gestão e a tradição do atendimento personalizado, Carlos Aziz garantiu o sucesso da Woodlouse House, loja multimarca especializada em grifes famosas de moda masculina.
seções 8
22
Reportagem de capa
Com uma presença recorde dos brasileiros, a 100a edição da convenção anual da NRF reuniu em Nova York milhares de lojistas de toda a parte do globo para trocar experiências, debater os rumos do mercado, pesquisar tendências internacionais e conhecer de perto as inovações tecnológicas que vão revolucionar o varejo nos próximos anos.
Brasil Lojista
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Informe Jurídico
14
Destaque FCDL
48
Móveis e Negócios
54
Tecnovarejo
64
Leitura
66
Agenda
46
Banho de Loja por Kátia Bello
52
Ponto de Venda por Caio Camargo
58
De Olho no Cliente por Luciana Carmo
62
Sobre Loja por Josemar Basso
dirigente Lojista � jan/FEV 2011
�7
b r a s i l
l o j i s t a
Movimento Lojista se solidariza com desabrigados no Rio de Janeiro O s telejornais mostram a trágica situação de famílias no Rio de
Janeiro, atingidas pelas fortes chuvas que provocaram deslizamentos na região serrana do estado. Assim
como ocorreu em Santa Catarina em 2008, milhares de pessoas são penalizadas pela ação do tempo, aliada à precária situação habitacional. Por isso, a CDL de Blumenau, a pedido do presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior, está promovendo ações de solidariedade ao povo do Rio de Janeiro, retribuindo o apoio recebido pela cidade em 2008. A CDL de Blumenau encabeçará a
CAOS URBANO A lama e o entulho invadiram as ruas de Nova Friburgo, Petrópolis e Teresópolis
captação de recursos do Movimento
de Blumenau foi aberta para arreca-
Lojista. Na cidade catarinense, o Cor-
dar doações que serão destinadas às
po de Bombeiros, empresas e enti-
vítimas do Rio de Janeiro.
dades estão recebendo donativos e uma conta corrente em nome da CDL
Confira ao lado os dados da conta para o depósito de doações.
FCDL/RJ mobiliza CDLs do estado para auxiliar vítimas da tragédia A Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio de Janeiro lançou o ”Movimento Solidário Cedelista Rio” para ajudar os desabrigados
Banco do Brasil agência 95-7 C/C 500.000-9 CDL / SOS Rio de Janeiro
CDL de Nova Friburgo Prefeitura Municipal Av. Alberto Braune, 225 – Centro Nova Friburgo – RJ
pela catástrofe na região serrana. A FCDL/RJ pede que cada CDL faça par-
CDL de Petrópolis
te desta ação, liderando em suas cidades com a criação de um posto de
Rua Irmãos D’Angelo, 48 (sobreloja) Centro Petrópolis – RJ
coleta de doações de água potável, leite, alimentos, roupas, cobertores, colchonetes e itens de higiene pessoal como sabonete, creme dental e fralda descartável. As doações deverão ser enviadas para os endereços
CDL de Teresópolis
listados ao lado.
Travessa Ranulfo Téo, 36 – Cj. 01 e 02 – Centro Teresópolis – RJ
8�
dirigente Lojista � jan/FEV 2011
Inadimplência registra queda em dezembro A taxa de inadimplência apresentou
”Ao mesmo tempo, aumentaram suas
queda de 4,49% em dezembro
dívidas”, avalia. ”E às vezes a confiança
de 2010, em comparação ao mês de
acaba sendo maior do que a capacida-
novembro, com expansão de 4,59%.
de de honrar compromissos.”
Esta baixa vem após dois meses con-
Já durante todo o ano de 2010, a
secutivos de alta. Entre os fatores que
inadimplência caiu 1,85%, comparado
determinaram este índice estão a libe-
ao ano de 2009. A queda se deve ao
ração da segunda parcela do 13° e a
aumento no rendimento da população
injeção de recursos na economia via
em conjunto com o aumento da mas-
crédito, o que fez com que parte dos
sa salarial no período.
inadimplentes aproveitasse o mês de
Consultas crescem – O núme-
dezembro para quitar débitos junto ao
ro de consultas ao SPC Brasil apre-
SPC e voltar ao mercado de consumo.
sentou aumento no Natal de 2010.
Contudo, na comparação com de-
Comparado com 2009, houve um
zembro de 2009, a inadimplência subiu
crescimento de 10,56% no volume
2,73%. Segundo Fernando Sasso, eco-
de consultas. ”O consumidor chegou
nomista do SPC Brasil, o cenário econô-
ao Natal de 2010 em melhores con-
mico positivo aumentou a confiança do
dições do que as verificadas na mes-
consumidor, que passou a gastar mais.
ma data de 2009”, diz Sasso.
FERNANDO SASSO: ”O consumidor chegou ao Natal de 2010 em melhores condições do que em 2009”
Presidente da FCDL/SC integra diretoria do Sebrae A partir de janeiro, o varejo de Santa Catarina passa a contar com um representante na diretoria executiva do Sebrae/ SC. O empresário Sergio Medeiros, presidente da FCDL/SC, passa a ocupar o cargo de vice-presidente do Conselho Deliberativo da entidade para a gestão 2011-2014. Desde 2008 à frente da FCDL/ SC, Sergio Medeiros pretende, na diretoria do Sebrae/SC, incentivar a formalização de empreendedores individuais, a qualificação de trabalhadores e a criação de um serviço de informações e estatísticas para as entidades empresariais do estado. ”Quanto mais informações tivermos sobre a atuação das micro e pequenas empresas do estado, mais condições temos de defender os interesses do segmento”, diz.
CDL Uruguaiana promove palestra sobre atendimento O ano começou com evento importante na CDL Uruguaiana (RS). No dia 13 de janeiro, a entidade promoveu a palestra ”Os Segredos do atendimento ao cliente em um mercado cada vez mais exigente”, ministrada pela consultora Tatiane Simões para uma plateia de mais de 40 pessoas. A palestra faz parte do ciclo de programas empresariais criado pelo Sebrae que, em parceria com a CDL, vem sendo disponibilizado para o empresário local e seus colaboradores. A programação segue em fevereiro com a 2a Etapa do Workshop ”Finanças e Inadimplências”.
b r a s i l
l o j i s t a
CDL Joaçaba (SC) tem novo comando No dia 1º de janeiro, a nova diretoria da CDL Joaçaba (SC) assumiu o comando da entidade. Eleita com 97% dos votos na eleição realizada no dia 30 de novembro passado, a nova diretoria estará à frente da CDL pelos próximos dois anos. O presidente eleito é Aluar Zagonel, empresário que já ocupou cargos em outras diretorias, incluindo o de vice-presidente na gestão anterior. Segundo o novo presidente, a diretoria assume com o objetivo de dar continuidade à gestão anterior. ”A diretoria anterior conseguiu realizar grandes projetos no município, como o Natal Encantado, e o nosso objetivo é nos espelhar nisso e tentar melhorar cada vez mais”, destaca Zagonel.
Diretoria da CDL Manhuaçu (MG) é empossada Em cerimônia realizada no dia 13 de janeiro, no salão de eventos da Câmara de Vereadores do município, a CDL Manhuaçu (MG) empossou sua nova diretoria para o biênio 2011/2012. O grupo é liderado pelo empresário e farmacêutico Fernando José de Lima, que assume com a missão de dar continuidade aos trabalhos da gestão anterior e de promover novas ações visando ao fortalecimento do setor comercial de Manhuaçu. Em seu discurso, Lima afirmou que dará continuidade ao projeto de crescimento da entidade, agradeceu o apoio dos parceiros e associados e apontou alguns dos projetos que serão realizados durante sua gestão. A cerimônia de posse contou com a presença de lideranças do varejo e de autoridades locais, como o prefeito Adejair Barros.
Nova diretoria toma posse na CDL Cuiabá A nova diretoria da CDL Cuiabá, que comandará
a entidade no biênio 2011-
2012 sob a liderança do empresário Paulo N. Gasparoto, tomou posse no último dia 4 de janeiro. A diretoria empossada conta com quatro vicepresidentes e 23 diretores, empresários e empresárias de diversos segmentos do comércio da capital matogrossense. O presidente eleito Paulo N. Gasparoto afirmou que novos produtos e serviços receberão uma forte atenção da entidade, mas também será dada continuidade aos já existentes. ”Isso para atender
PAULO GASPAROTO: ”A questão tributária segue na pauta da entidade. Não vamos permitir mais o aumento de impostos e continuaremos trabalhando na defesa dos associados neste sentido”
aos associados em áreas diversas de seu negócio, com melhor
esgotada e se chega a um patamar
custo-benefício”, diz Gasparoto, que
em que a carga tributária é impedi-
destaca ainda que a questão carga
tiva de desenvolvimento. Para ele,
tributária seguirá na pauta da entida-
as medidas arbitrárias e ilegais por
de. ”Não vamos permitir mais o au-
parte da Sefaz também serão dura-
mento de impostos e continuaremos
mente combatidas. ”Chegou-se a um
trabalhando na defesa dos associa-
momento em que eram tantos de-
dos neste sentido, como já vínhamos
cretos e portarias que não tínhamos
fazendo”, afirma.
mais como acompanhar o volume”,
O dirigente diz que os governos
diz. ”Entendemos que o Estado deve
federal, estadual e municipal pre-
cobrar o previsto no Código Tributário
cisam entender que a capacidade
e nós pagarmos o que é devido por
contributiva dos contribuintes está
lei”, conclui.
Comércio de Santa Catarina perde um de seus principais líderes Faleceu na madrugada
Natural de Florianó-
do último dia 7 de janeiro
polis, José Dias começou
o empresário José Dias, um
a vida profissional como
dos principais incentivado-
funcionário público e pro-
res do associativismo do
fessor. Durante 22 anos,
comércio de Florianópolis
de 1952 a 1974, dirigiu
e de Santa Catarina. Como
a loja Casa Londres, re-
dirigente lojista, Dias ocu-
ferência no mercado de
pou a presidência da CDL
tecidos exclusivos para
de
confecções
Florianópolis
entre
na Capital catarinense.
1970 e 1971 e da FCDL/SC durante seis anos, de 1974 a 1980. O empresário conquistou o respeito e a ad-
femininas
JOSÉ DIAS Ex-presidente da FCDL/SC e da CDL de Florianópolis, foi um lutador incansável pela união dos representantes do varejo
Último
florianopolitano
presidente da FCDL, na sua gestão houve um
miração do Movimento Lojista por se
com inúmeras vitórias que resulta-
aumento de quase 500% no número
mostrar um incansável lutador pela
ram no crescimento do setor e de
de CDLs pelo estado, o maior em toda
união dos representantes do varejo,
toda a economia catarinense.
a história da entidade.
CDL Chapecó (SC) apresenta entidade aos novos sócios Os novos associados da CDL de
pela secretária executiva da entida-
Chapecó (SC) participaram no dia 21
de, Marli Longaretti. Em seguida, as
de janeiro da 1ª edição do “Café com
agentes comerciais Edna Primel e
Conhecimento”. O objetivo foi apre-
Nívea Bitencourt
sentar as ações desenvolvidas pela
história, a atual estrutura e as ações
entidade, destacar os benefícios em
desenvolvidas pela entidade. Entre os
ser associado ao SPC, além de pro-
destaques, a 43ª Convenção Estadual
mover a integração entre os novos
do Comércio Lojista, programada para
associados. A abertura do evento foi
o período de 26 a 28 de maio deste
conduzida pelo presidente da enti-
ano, em Chapecó, que será promovi-
dade, Gilberto Badalotti, pelo diretor
da pela FCDL/SC e pela CDL Chapecó
do SPC, Sérgio Francisco Siepko, e
com o tema “Consumidor do futuro”.
apresentaram a
Nova diretoria assume CDL de Patrocínio (MG) A nova diretoria da CDL de Patrocínio (MG), que tem no comando o empresário Maurício da Cunha, tomou posse no último dia 19 de janeiro em solenidade que contou com a participação de empresários, autoridades, parceiros da CDL/Acip, e CDLs de Uberaba, Patos de Minas, Araxá e Coromandel. “A presença das CDLs do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba demonstra a união e o valor que o trabalho de cada um representa”, avalia o empresário Celso Vilela, presidente da CDL Uberlândia e que representou a FCDL/MG e a CNDL na posse.
i n f o r m e
j u r í d i c o
Dúvidas sobre a responsabilidade civil do advogado A teoria de perda de uma chance (perde d’une chance) dá suporte à responsabilização do agente causador, não de dano emergente ou lucros cessantes, mas sim de algo que intermedeia um e outro: a perda da possibilidade de buscar posição jurídica mais vantajosa que muito provavelmente alcançaria se
Ficha e cidade limpas
não fosse o ato ilícito praticado.
O
Nos casos em que se reputa essa responsabilização pela per-
s R$ 29 mil necessários para
para o pagamento foi recebida pe-
da de uma chance a profissio-
a limpeza das 30 toneladas
los dirigentes políticos que agora,
nais de advocacia em razão de
de material de campanha espelha-
além da ”ficha limpa”, devem ter a
condutas tidas por negligentes,
da pela cidade de Blumenau (SC)
”cidade limpa”.
diante da incerteza da vantagem
no dia das eleições do ano passa-
”Se a vergonha é dividida, nin-
não experimentada, a análise
do levaram o juiz eleitoral Stephan
guém fica vermelho. Assim, a con-
do juízo deve se debruçar sobre
Klaus Radloff a tomar uma inusita-
ta vai para todo mundo”, destacou
a real possibilidade de êxito do
da decisão. Passou a conta aos 22
o magistrado. Esta decisão bem
processo eventualmente perdi-
partidos políticos constituídos. Mais
que poderia se transformar em lei
da por desídia do causídico.
moral do que legal, a notificação
(Fonte: Jornal de Santa Catarina).
Assim, não é só porque perdeu o prazo de contestação ou interposição de recurso que o
” O Superior Tribunal de Justiça
” Contrariando entendimento
advogado deve ser automati-
(STJ) confirmou que o prazo
manifestado em decisão anterior,
camente responsabilizado pela
para se revisar judicialmente
o Supremo Tribunal Federal
perda da chance. Há que pon-
contratos bancários é de dez
(STF) negou o direito do fisco à
derar a probabilidade, que se
anos, tendo em vista que estes
obtenção de dados bancários
supõe real, de que teria êxito
documentos são fundados em
sem ordem judicial, protegendo o
em sagrar seu cliente vitorioso
direito pessoal.
sigilo fiscal do contribuinte.
(Fonte: STJ).
12 �
dirigente Lojista � jan/FEV 2011
por ANDRÉ
LUIZ, assessor jurídico Cndl assejur@cndl.org.br
Empresa com débito na Fazenda pode ter ingresso negado no Simples
A
1ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que não constitui coação o indeferimento de ingresso no Simples Na-
cional por causa de débito com a Fazenda estadual. Para o relator, ministro Luiz Fux, o tratamento tributário diferenciado para as micro e pequenas empresas não as exime do dever de cumprir as suas obrigações tributárias. Ainda segundo o ministro, a exigência de regularidade fiscal do interessado em optar pelo regime especial não se trata de um ato discriminatório. ”Aliás, isso é imposto a todos os contribuintes, não somente às micro e pequenas empresas”, afirma. (Fonte: STJ)
Em alta
Em baixa
A exigência de concurso
O adiamento, pelo Congres-
público para os tabeliões
so Nacional, da elevação do
titulares de cartórios, con-
teto do Simples para 2011,
forme determinação do Supremo
prejudicando as micro e pequenas
Tribunal Federal.
empresas brasileiras.
Trabalho duas vezes na semana não implica em vínculo de emprego
”O futuro mais brilhante é baseado num passado intensamente vivido” Clarice Lispector, escritora
Contribuição previdenciária e aviso prévio indenizado O aviso prévio, quando não trabalhado, tem indiscutível natureza jurídica de indenização, não integran-
Para a 6ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho, a
do a base de cálculo das contribuições previdenciárias.
falta de continuidade na prestação de serviços invia-
Isto porque a garantia de integração desse período no
bilizou o reconhecimento de vínculo de emprego de
tempo de serviço do empregado está limitada às van-
uma diarista que trabalhava duas vezes por semana na
tagens econômicas como salários, reflexos e verbas
mesma residência. Segundo o ministro Maurício Godi-
rescisórias obtidas no interregno de pré-aviso. Com
nho Delgado, ”somente o trabalho em metade da se-
este argumento, a 8ª Câmara do Tribunal Regional do
mana, ou seja, a partir de três dias semanais, apresenta
Trabalho de São Paulo negou provimento a recurso
a continuidade de que fala o artigo 1º da Lei 5.859/72”
ordinário interposto pela União que buscava tributar o
(Fonte: TST).
aviso prévio (Fonte: TRT/SP). dirigente Lojista � jan/FEV 2011
� 13
d e s t a q u e
F c d l
trabalho reconhecido
Vítor Koch, presidente da FCDL/RS, assume presidência do Sebrae/RS
EM DEFESA DAS MPEs: Ao assumir o cargo, Koch disse que pretende aproximar ainda mais o Sebrae dos pequenos empresários do interior do estado
presidente da FCDL/RS, Vítor
O
imprimir o nosso ritmo, o nosso jeito”,
uma vez organizado, tende a ser gran-
Koch, foi empossado no último
disse Koch após o ato de posse.
de” diz. ”Tendo lucro, o empresário
dia 4 de janeiro na presidência do Se-
O dirigente, que vai acumular o
poupa e reinveste”, afirma Koch, que
brae/RS, durante reunião do Conselho
comando das duas entidades (seu
é pequeno empresário em Três Coro-
Deliberativo da entidade, realizada em
mandato na FCDL/RS termina em de-
as (RS) e conhece bem as dificuldades
Porto Alegre. Koch substitui o presi-
zembro deste ano), quer dar ênfase e
enfrentadas por esse segmento.
dente da Fiergs, Paulo Tigre, e cum-
acompanhar de perto o processo de
O novo presidente do Sebrae/RS
prirá mandato de quatro anos. ”A ges-
sensibilização dos micro e pequenos
espera destinar recursos para proje-
tão de Tigre foi excelente, a diretoria
empresários para o uso de ferramen-
tos que se mostrem eficazes em um
executiva foi reconduzida, mas vamos
tas de gestão. ”O pequeno negócio,
trabalho sério, transparente e focado
14 �
dirigente Lojista � jan/FEV 2011
na natureza da instituição. Na reunião de posse de Koch foram reconduzidos
fcdl em ação
para a gestão que se inicia o diretorsuperintendente, Marcelo de Carvalho Lopes, o diretor de Administração e Finanças, Léo José Borges Hainzenreder, e o diretor técnico, Marco Antônio Kap-
O ano de 2010, que culminou com a escolha de Vítor Koch para a presidência do Sebrae/RS, foi movimentado para a FCDL/RS que apostou em ações já tradicionais, mas também de novos serviços para os lojistas gaúchos.
Apoio na gestão das CDLs
Sebrae/RS. ”A atual diretoria já está
Para auxiliar a organização interna das CDLs, a FCDL passou a oferecer treinamentos para a utilização do software Scopi visando planejamento, monitoramento, comunicação e documentação. O programa busca, a partir de indicadores, otimizar o controle de projetos dentro das entidades. No total, 45 CDLs já foram capacitadas pelos treinamentos do Scopi. E as CDLs que utilizam a ferramenta podem receber o selo de qualidade, certificado emitido pela FCDL.
qualificando os consultores e preten-
QComércio
demos reforçar esse trabalho.”
e na expansão da entidade. Em 2010
O programa QComércio visa melhorar a qualidade dos serviços no varejo, a partir da avaliação contínua de indicadores sobre o desempenho do comércio e de treinamentos. Ainda em fase inicial de implantação na CDL Caxias do Sul, a expectativa é de que muito em breve o QComércio se estenda às demais CDLs.
foram abertas duas CDLs por mês e
41ª Convenção Estadual
atualmente são 186 filiadas à FCDL.
A 41ª edição do principal evento do varejo gaúcho, realizada em 2010 na cidade de Lajeado, reuniu mais de mil pessoas, entre empresários e gestores, e contou com palestras dentro do tema O Poder do Varejo, além da apresentação de serviços oferecidos pela FCDL/RS como SPC Empresa e o cartão CDL Plex.
pel Ribeiro. ”Vamos dar continuidade aos projetos de sucesso e criar novos”, afirma Koch, destacando a importância do trabalho realizado pela equipe do
Sua atuação à frente da FCDL/RS foi focada no fomento da qualidade
Em 2007, ano da posse de Vítor Koch na presidência da FCDL/RS, eram apenas 90 associadas. No comando do Sebrae/RS, Koch pretende agir de for-
23º Mérito Lojista
ma semelhante, reforçando a aproxi-
Outro evento tradicional da FCDL/RS, o Mérito Lojista 2010 recebeu 480 pessoas, entre empresários, políticos e imprensa, para a premiação de 30 empresas e sete personalidades em reconhecimento concedido pela diretoria executiva da entidade.
mação e o contato com os pequenos empresários do interior gaúcho. ”Temos que sensibilizar os pequenos para que eles corrijam rotas e conquistem resultados”, diz. Para o dirigente, as empresas precisam se organizar e definir seus objetivos e estratégias anuais para que possam atingir os resultados esperados e evitar que determinadas situações comprometam o sucesso dos seus negócios. ”A meta de todo o pequeno empresário é ser grande e o Sebrae tem as ferramentas para ajudá-lo”, conclui.
Seminário Copa 2014 Porto Alegre, uma das sedes da Copa 2014, recebeu em setembro o seminário Projeto 2014, iniciativa da CNDL para discutir a infraestrutura tecnológica e a segurança pública necessárias para a realização de um evento na proporção de um mundial de futebol.
Campanha Quero Meu Cliente de Volta A FCDL/RS participa da campanha nacional de recuperação de crédito Quero Meu Cliente de Volta, iniciativa da CNDL, que prevê condições especiais para consumidores inadimplentes na negociação de suas dívidas com o varejo. A FCDL orienta os lojistas para que realizem uma repactuação com seus clientes, sem cobrança de juros.
SPC Empresa Em 2010, a FCDL/RS passou a oferecer o SPC Empresa, um novo serviço onde, além das habituais consultas de pessoa física, os lojistas têm acesso também a dados cadastrais de pessoas jurídicas.
A
e n t r e v i s t a
16 �
dirigente Lojista � jan/FEV 2011
A
Andrea Huggard-Caine | Sócia-diretora da Huggard-Caine Consultoria e Gestão em RH
PREPARE-SE PARA a
geração Y por beatrice gonçalves fotos casa da photo
Nos próximos quatro anos, estima-se que 50% dos postos de trabalho serão ocupados por pessoas nascidas entre 1980 e 2002. A chamada ”geração Y” inclui jovens com até 30 anos que chegam ao mercado com um perfil diferente: trabalham de forma coletiva, gostam de dar e receber feedbacks, fazem várias coisas ao mesmo tempo e não têm medo de arriscar. Para se adaptar a esse novo tipo de colaborador, a consultora Andrea HuggardCaine aconselha às empresas que busquem entender o comportamento destes jovens e os eventos que influenciaram sua infância, passada nos anos 2000.
dirigente Lojista � jan/FEV 2011
� 17
A
e n t r e v i s t a
Por que é importante entender a
que o que definiu essa geração, por
e depois a função que exerce. A ge-
geração a que uma pessoa perten-
exemplo, foi a chegada do homem
ração X, que veio a seguir, presenciou
ce para compreender sua forma de
à Lua, os grandes desenvolvimentos
uma série de discussões na socieda-
viver ou mesmo de trabalhar?
de tecnologia e a era Kennedy nos
de, viu surgir a Aids, os problemas
Andrea Huggard-Caine – Toda gera-
Estados Unidos. Essa é uma geração
ambientais e, por conta disso, é mais
ção tem a ver com valores que ela
otimista e considera o trabalho sua
cética. Para eles, o importante é ter
compartilha e isso costuma ser mol-
identidade. Se você perguntar a uma
competência e se diferenciam pela
dado até os 17 anos. Até os sete
pessoa dessa geração o que ela faz,
criatividade individual. Já a geração Y
anos, o que costuma acontecer é as
ela dirá primeiro o nome da empresa
trabalha muito mais a coletividade do
crianças copiarem as pessoas que es-
que as outras gerações. Essa é uma
tão à sua volta e por isso são mais in-
geração que está entrando no merca-
fluenciadas por sua família. Após essa
do agora e deve preencher 50% das
fase e até os 17 é a época de formar
vagas no mercado de trabalho nos
valores e um momento em que elas
próximos quatro anos.
estão mais ligadas aos colegas. Depois dessa idade é muito difícil que
Que valores os jovens da geração Y
a pessoa mude seus valores. Quando
estão trazendo para o mercado? O
elas chegam ao mercado de traba-
que influencia esta geração?
lho, já têm isso bem definido. Além
Andrea – A geração Y está sendo
da influência direta das pessoas com
influenciada pela década dos anos
quem convivem, é preciso ver o que
2000. O fato mais relevante foi o 11
aconteceu no mundo na época em
de setembro, quando essa geração
que elas cresceram. Essas característi-
viu o choque dos aviões no World
cas influenciam toda a vida da pessoa
Trade Center acontecer ao vivo e isso
e inclusive sua forma de trabalhar.
criou uma sensação de que não há
Como é feita a divisão de grupos por geração? Andrea – Nós consideramos que cada geração abrange em média 20 anos. Quem tem até 30 anos nós consideramos da geração Y; dos 30 aos 50 é da geração X; dos 50 aos 70 é de pósguerra ou baby boomer; e acima de 70 anos consideramos como da geração dos veteranos. Cada uma compartilha valores diferentes. Se pegarmos o grupo pós-guerra perceberemos 18 �
dirigente Lojista � jan/FEV 2011
Quando há um conflito geracional, é preciso entender por que o outro está tendo essa reação, até que ponto é um valor dele e a partir disso é preciso chegar a um acordo comum.
proteção em lugar algum e que é preciso tomar decisões rápidas. Essa geração também foi muito influenciada pelos jogos de videogame, pela internet, pelas redes sociais e pelos reality shows, que mostraram a eles que nós podemos estar sendo observados o tempo todo. É uma geração que tende a ser mais imediatista, até porque essa foi a forma que ela foi educada. Eles não têm receio em começar de novo e de errar. São pessoas que jogaram muito videogame quando
eram crianças e com os jogos apren-
que eles exijam da empresa em que
deram que se as coisas não dão certo
trabalham evolução o tempo todo. O
é possível começar de novo. Diferente de outras gerações, se perguntarmos para alguém até 30 anos no que elas trabalham, elas dirão primeiro sua profissão e depois a empresa onde trabalham. Elas valorizam mais a construção coletiva, conseguem fazer várias coisas ao mesmo tempo, têm uma alta capacidade de análise, aprendem muito rápido e vivem sem-
A geração Y foi muito influenciada pelos jogos de videogame, pela internet, pelas redes sociais, pelos reality shows e por eventos globais como o 11 de setembro.
que acontece é que nas empresas, quando se fala em metas, costuma se falar em metas anuais, visão de longo prazo, mas não é isso que eles querem. Eles querem metas de prazos curtos. Uma das reclamações que se faz a essa geração é que eles são muito instáveis. Isso realmente acontece? Andrea – Não acredito que seja uma
pre conectadas com seus pares.
geração mais instável, mas ela tem As empresas estão preparadas
menos medo de arriscar. Se não der
para lidar com esse novo perfil de
eles têm. É esse o tipo de feedback
certo, ela começa de novo como em
profissional?
que eles querem. Tem uma expressão
um jogo. Nos games a forma de ga-
Andrea – Muitos gestores de empre-
que eu gosto muito que é a ”feedback
nhar é pela tentativa e erro. Se eu per-
sas não estão acostumados a lidar
twitter”, ou seja, 120 caracteres. Algo
co, eu começo de novo. Isso explica
com pessoas com essas atitudes, não
rápido em que o líder fala para cada
por que quando eles não gostam de
entendem a dinâmica dessa geração e
funcionário como ele está e o que
um trabalho eles mudam. Porque eles
isso acaba por gerar muitos conflitos. A
pode ser melhorado.
não têm medo de errar. Com as ge-
questão é entender por que a geração
rações anteriores, as empresas ainda
é daquele jeito e tentar se adaptar a
Que outras influências dos video-
tinham tempo para tentar reconquis-
ela. Essa geração, por exemplo, gosta
games podem ser percebidas no
tar um funcionário descontente com o
de dar e receber ”feedback”. A inter-
comportamento dessa geração?
trabalho. Já com a geração Y, se eles
pretação disso para outras gerações é
Andrea – No videogame eu sou a
não gostam da empresa, eles saem.
diferente. Quando você vai a uma em-
estrela, a pessoa, eu comando o
presa e diz ”vamos dar um feedback”,
jogo. Eu posso ser quem eu quiser.
Como lidar com os conflitos que
as pessoas acham que é aquela ses-
Se não der certo eu posso ser outra
podem surgir com tantas gerações
são anual de sentar e conversar com
coisa na vida. Isso faz com que eles
diferentes convivendo no mesmo
todos os funcionários. Mas não é isso
se permitam arriscar mais do que as
ambiente de trabalho?
o que essa geração está pedindo. O
gerações anteriores. Com o videoga-
Andrea – Acredito que os conflitos de
feedback que eles querem está mais
me eles aprenderam a trabalhar com
geração surgem a partir de aspectos
baseado na forma que eles jogam
metas para, por exemplo, passar de
que são valorizados de forma diversa.
videogame, quando ficam constante-
fase. Qualquer jogo tem um objetivo,
Por exemplo, a geração Y considera a
mente recebendo informações sobre
tem uma meta que obriga o usuário
construção coletiva mais importante,
como estão no jogo e quantas ”vidas”
a evoluir para continuar. Isso faz com
enquanto a X valoriza mais a produdirigente Lojista � jaN/FEV 2011
� 19
e n t r e v i s t a
ção individual e a competência. Aí é
temem que o funcionário passe mais
discutindo e colaborando com tudo,
uma questão de respeito. Quando
tempo na rede social do que traba-
sem às vezes saber o que ela pode
há um conflito geracional, é preciso
lhando. Não acredito nisso. Equivale a
dizer ou não, em que momento ela
entender por que o outro está tendo
não ter uma linha telefônica por receio
está representando a empresa, quais
essa reação, até que ponto é um valor
de que a pessoa vá passar mais tem-
informações são confidenciais. Isso
dele e a partir disso é preciso chegar
po no telefone. Isso é uma questão
é independente da rede social estar
a um acordo comum. Você não precisa
de desempenho e de orientação. Mas
dentro ou fora da empresa. Cabe às
concordar com tudo, mas você precisa
o que mais me preocupa é o uso ético
empresas educar seus profissionais
respeitar as diferenças de opinião.
das redes sociais. Essa população veio
para isso. O funcionário não pode falar mal de um chefe na rede social. Ele
Como tornar uma empresa atraen-
esquece que às vezes o próprio chefe
te para esta geração?
está na rede dele e vai receber aque-
Andrea – Uma das formas de atrair
le comentário. O que a empresa tem
essa turma é criar nas empresas um
que fazer é orientar: ”Veja bem o que
conceito de comunidade. Os membros
você vai falar no Facebook durante o
da geração Y são extremamente indi-
fim de semana, você é uma pessoa
viduais e ao mesmo tempo valorizam
só”. Acredito que nos próximos anos
o coletivo. A ideia que essa geração
vai haver um movimento grande para
tem de coletividade e de individualis-
educar e orientar os funcionários so-
mo é muito diferente das outras. Eles
bre o uso correto de redes sociais.
gostam de se unir por grupos de afinidades e consideram que o que os tor-
Que dificuldades essa geração Y
na individuais é o próprio grupo, já que
encontra no mercado de trabalho?
cada um tem afinidades diferentes.
Andrea – A geração Y aprendeu com os jogos que tudo é lógico, tudo é
A geração Y está habituada desde a infância a usar redes sociais na internet. Como as empresas devem lidar este fato e com o receio de ver informações sigilosas divulgadas por funcionários na web? Andrea – Acho que esse é um dos grandes desafios das empresas. Eu sou a favor de que se libere o uso de redes sociais no serviço. Mas há quem proíba o uso para evitar downloads de músicas e filmes – o que ocupa a banda larga da empresa – ou porque 20 �
dirigente Lojista � jan/fev 2011
Com as gerações anteriores, as empresas ainda tinham tempo para tentar reconquistar um funcionário descontente. Já com a geração Y, se eles não gostam da empresa, eles saem.
possível e que tudo tem uma solução. Eu considero que isso foi ensinado a eles de forma errada. Se perguntar a uma criança ou a um adolescente a resposta de algo, eles costumam perguntar qual é a resposta correta. Na vida real nós sabemos que não existe uma única solução. Precisamos estimulá-los a ver que há várias alternativas e soluções para uma mesma questão. Também é importante mostrar-lhes que a lógica da tentativa e erro nem sempre é a melhor solução.
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BRASIL
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afeta a economia dos Estados Unidos
tes de 42 países. A reunião promove a
brasilei-
e da Europa, quem participou da NRF
troca de experiências entre presiden-
ro marcou um golaço na 100ª
voltou para suas bases com a certeza
tes de entidades do varejo e este ano
Convenção Anual da National Retail
de que o consumidor está mudando e
discutiu o progresso de alguns países
Federation (NRF), realizada em Nova
dois temas serão predominantes nos
em relação à redução das taxas co-
York de 9 a 13 de janeiro: nossa de-
próximos anos: tecnologia e susten-
bradas pelas empresas de cartão de
legação foi a maior entre todas as
tabilidade.
crédito dos lojistas. Em lugares como
O
Movimento
Lojista
nações estrangeiras participantes no
A agenda oficial dos brasileiros na
México, Estados Unidos, Alemanha e
evento. O grupo brasileiro contou com
100ª NRF começou com a participa-
Canadá, por exemplo, os varejistas
cerca de 1,4 mil integrantes, entre os
ção do presidente da CNDL, Roque
pagam taxas fixas pela aceitação do
quais dirigentes da CNDL, de FCDLs e
Pellizzaro Junior, na reunião do Firae,
cartão de débito que variam entre
de CDLs. Além de acompanhar dis-
principal fórum mundial de dirigentes
US$ 2 e US$ 1,50, independente do
cussões sobre a crise que desde 2008
lojistas, que conta com representan-
valor da compra.
22 �
dirigente Lojista � jan/FEV 2011
na capital
mundial
do varejo Lojistas brasileiros marcam presença na 100a convenção anual da NRF, o evento que aponta os rumos do comércio no mundo por alexandre gonçalves
fotos NRF/CNDL
Nos últimos anos, associações va-
US$ 0,07. Enquanto isso, no Brasil, os
Carmo, Eugênio Foganholo e Nelson
rejistas dos EUA, do Canadá e das
varejistas pagam 2% de comissão em
Barrizzelli, a delegação brasileira cir-
nações europeias passaram a atuar
todas as vendas recebidas com cartão
culou pela feira e conferiu as tendên-
junto às autoridades governamentais
de débito e diante disso o presidente
cias para o varejo apresentadas nas
com o objetivo de aumentar a fiscali-
da CNDL já declarou que aumentar a
chamadas “supersessões”. Depois de
zação sobre as operadoras de cartões.
fiscalização, como no caso dos EUA,
cada dia do evento, os consultores
Como resultado, o Federal Reserve
será o próximo objetivo na luta da
comandaram workshops exclusivos
Board (o banco central norte-ameri-
Confederação pela redução nos cus-
para os lojistas brasileiros, onde os
cano) deverá incentivar a redução da
tos dos cartões no Brasil.
principais temas das palestras foram aprofundados e “traduzidos” para a
taxa vigente no momento para US$ 0,12 a partir de abril. A NRF, que é
Absorvendo novidades
realidade do varejo nacional. Tam-
a entidade maior do varejo nos EUA,
Nos dias seguintes, com o supor-
bém foram indicadas lojas de sucesso
quer reduzir ainda mais a taxa, para
te técnico dos consultores Luciana
em Nova York para visitação e atuadirigente Lojista � jan/FEV 2011
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presença MARCANTE O presidente da CNDL, Roque Pellizzaro, ao lado do presidente da FCDL/CE, Honório Pinheiro, e membros da comitiva cearense
lização sobre conceitos e tendências
ra e considerou a visita uma oportu-
teratividade entre o consumidor e o
do mercado americano. No último dia
nidade de conhecer o que há de mais
produto torna o autoatendimento o
do evento houve ainda um workshop
inovador em matéria de tecnologia
futuro do varejo”, avalia o dirigente.
final para discutir o balanço geral da
para o comércio. “No âmbito da te-
Segundo o consultor Nelson Bar-
100ª NRF.
lefonia móvel, entramos em contato
rizzelli, praticamente todas as dis-
A programação exclusiva da dele-
com tecnologias que há cinco ou dez
cussões levantadas na NRF sobre co-
gação brasileira não se limitou aos
anos eram pura ficção científica. A in-
nhecer melhor o consumidor passam necessariamente pelo uso da tecno-
workshops. Foram organizadas também visitas técnicas com a consultora Luciana Carmo à feira da Expo Hall, que apresentou novidades físicas e virtuais para os lojistas. Em um espaço de 14 mil m , cerca de 600 expo2
sitores demonstravam produtos e serviços inovadores voltados ao mercado varejista. Silvio de Vasconcelos Souza, ex-presidente da CDL Recife e diretor administrativo e financeiro da CNDL, fez parte do grupo que esteve na fei24 �
dirigente Lojista � jan/FEV 2011
A NRF destacou duas áreas que serão cruciais para o varejo nos próximos anos: tecnologia e sustentabilidade
logia. Ele também reconhece que o uso de aparelhos móveis deve causar um impacto nas atividades de escolha de mercadorias, compra e forma de pagamento. A previsão é de que, no final de 2012, metade dos celulares em operação nos EUA será do tipo smartphone, apropriado para executar todas as atividades necessárias para adquirir produtos sem precisar se deslocar até alguma loja física. “Trata-
se de uma tecnologia já disponível e que pode ser utilizada imediatamente pelos varejistas brasileiros”, avalia. Conforme Barrizzelli, o surgimento de um novo consumidor pós-crise econômica e móvel centralizou todas as discussões na NRF. “Os apresenta-
IDEIAS E TENDÊNCIAS A consultora Luciana Carmo, da Mixxer, que acompanhou a delegação brasileira na 100ª NRF, destaca alguns dos pontos principais apresentados nesta edição do evento:
1
Os clientes querem produtos sustentáveis e esperam que as empresas sejam mais claras nas informações apresentadas dos produtos e nas ações que promovem relacionadas à sustentabilidade;
2
Na sua maioria, o consumidor não está disposto a pagar mais caro para ter um produto sustentável;
3
A tecnologia surge como uma ponte que gera agilidade entre conhecer o cliente e facilitar a sua interação com a empresa. Entre os dispositivos apresentados na NRF, destaque para o cartão fidelidade que o cliente usa também para receber eletronicamente um cupom de desconto ou possa solicitar ajuda;
4
Lojas importantes como conceito de varejo continuarão sendo abertas, utilizando com grande maestria a tecnologia como ferramenta de informação e interatividade com o cliente;
5
É necessário sempre repensar o seu negócio, pois o concorrente pode estar em qualquer lugar diante da facilidade do acesso eletrônico;
6
A importância das redes sociais é notável, mas o grande desafio dos varejistas é descobrir como ganhar dinheiro com o Facebook;
7
As máquinas de compra, febre no Japão, que foram apresentadas com uma tecnologia embarcada de ponta, touch screen e câmera que identifica faixa etária e sexo do cliente para sugerir produtos que costumam ser mais consumidos por pessoas do mesmo grupo;
8
O iPad aparece em algumas lojas como ferramenta para interação com informações sobres coleções, atributos sobre o produto e serviços disponíveis;
9
Nova York tem sido o berço das chamadas flagships, lojas conceitos como a Maison Ralph Lauren feminina, recéminaugurada, que apresenta excelente bom gosto na concepção do negócio, aplicação de visual merchandising com forte utilização de manequins com atitude;
10
Outra operação muito interessante é o Foodparc, com vários ambientes inovadores e clean. Muito mais do que um local de eventos ou refeições, é um lugar para estar com pessoas, onde os pedidos podem ser feitos e acompanhados por telas de computadores touch screen.
dores das várias sessões, ainda que com visões diferentes, enfatizaram a importância de se obter pleno conhecimento do consumidor, suas preferências, seus anseios e as novas formas disponíveis para comunicação personalizada do tipo um-a-um”, observa. Ele cita o exemplo da rede Macy's, que no Natal passado enviou 40 milhões de catálogos com 3 mil versões personalizadas a partir de informações que a empresa vem “colecionando” sobre seus clientes nos últimos dois anos através do programa Minha Macy’s. O consultor cita outro caso interessante apresentado na NRF: o da rede de lojas da Disney, que viu suas vendas “renascerem das cinzas“ após um período de crise. “Vendo hoje estas lojas parece incrível que alguns anos atrás o Grupo Disney teve que enfrentar uma corte de falências”, observa. Os pontos de venda foram totalmente remodelados aproveitando a aura do “mundo da fantasia“ criado por Walt Disney. Logo na entrada de cada loja existe uma “árvore mágica“ onde são projetados filmes e histórias conhecidas pelas crianças. “Ao passear pela loja, a criança se depara com várias estações
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PALAVRA DOS ESPECIALISTAS Os consultores Luciana Carmo e Nelson Barrizzelli analisavam cada dia da convenção em workshops promovidos pela CNDL
onde ela pode interagir com seus per-
e tendências mais voltados para o
desafio urgente para o lojista brasilei-
sonagens preferidos ou se transformar
mercado norte-americano, é possível
ro: aumentar a interatividade com os
em princesas ou piratas com o auxílio
tirar lições que podem ser aplicadas
clientes. “Cabe ao empresariado bra-
da tecnologia”, conta Barrizzelli.
à nossa realidade. Quanto ao uso de
sileiro usar a criatividade para 'tropi-
novas tecnologias, os custos de im-
calizar' algumas ideias apresentadas
portação e a carga tributária ainda
na NRF”, sugere a consultora. “Se não
Segundo Luciana Carmo, consultora
são impeditivos para a maioria dos
puder utilizar monitores touch screen,
da Mixxer Desenvolvimento Empre-
pequenos e médios empresários.
o lojista pode utilizar TVs de LCD para
sarial e uma das especialistas que
Apesar disso, diante das novidades
apresentar melhor o produto e infor-
acompanhou a delegação da CNDL,
que já começam a ser testadas no
mações na loja”, diz.
ainda que a NRF apresente conceitos
mercado mundial, Luciana aponta um
Lições para o Brasil
DIAS DE APRENDIZADO 8 de janeiro O presidente da CNDL, Roque Pellizzaro, participa da reunião do Firae, o fórum mundial de entidades lojistas. Acontece o primeiro workshop da delegação, com saudação do presidente aos participantes e apresentação da programação na NRF. O consultor Nelson Barrizzelli destaca as expectativas para o evento. Sueli Bauhatem, diretora da agência Primeiro Mundo, fala sobre oportunidades em NY.
Outra diferença entre o Brasil e os
Confira dia a dia como foi a participação da delegação da CNDL na 100ª NRF
9 de janeiro A delegação da CNDL marca presença no centro de convenções no primeiro dia da NRF, acompanhando as palestras e mantendo contato com delegações de outros países. Na primeira supersessão, Jill Puleri, executivo da IBM, e Dan Heath, coautor do best seller Switch, falam sobre “A ascensão do consumidor: compreender e responder aos seus desejos e necessidades”. Em seguida, Stéphane Boute, do grupo francês Casino, apresenta o tema “A precisão no varejo e o consumidor mobilizado”. Entre outros assuntos, fala das ferramentas usadas para conhecer melhor o “consumidor móvel”. Richard K. Crone, consultor da Crone Consulting LLC, finaliza o dia com a palestra “Usando pagamentos via celular para aumentar a base de clientes passíveis de contato”.
Programação estendida
EUA com relação à penetração da
e vão até lá para negociar o melhor
tecnologia no dia a dia do varejo é
preço e menor prazo de entrega”,
Além das palestras e das visitas téc-
a disseminação dos smartphones,
explica. “A indicação do boca a boca
nicas com o suporte dos consultores, a
que ainda são caros para o consumi-
agora é via rede social. O que os ami-
delegação da CNDL também participou
dor médio. De acordo com Luciana,
gos indicam ou falam de determinada
de eventos de confraternização duran-
apesar de mais lenta, a tendência de
loja é levado em consideração no mo-
te a 100ª NRF. Destaque para o jan-
migração para os meios de pagamen-
mento de realizar uma compra.”
tar promovido pela Confederação, que
to digitais será uma realidade para o mercado brasileiro nos próximos anos, resultando em um grande contingente de clientes comprando com smartphones. Do ponto de vista do consumidor, o brasileiro vem reagindo positivamente a inovações tecnológicas. De acordo com Luciana, temos mais de 189 milhões de aparelhos celulares em operação e, em 2010, o comércio eletrônico faturou algo em torno de R$ 15 bilhões. “Atualmente as pessoas pesquisam muito na internet sobre o produto. Quando chegam na loja já conhecem todas as especificações
confraternização Os diretores da Serasa, Paulo Melo e Rafael Pebe (dir.) com o presidente Roque Pellizzaro e sua esposa Deborah durante o jantar oferecido à delegação da CNDL
10 de janeiro O segundo dia de NRF começa com a palestra de Terry Lundgren, presidente da Macy’s, que destaca a importância do setor varejista para a recuperação da economia dos EUA. O “consumidor mobile”, aquele que utiliza smartphones, tablets e outras ferramentas móveis para suas compras, é o destaque na segunda supersessão do dia. A seguir, o guru Paco Underhill alerta para a importância da adoção de práticas sustentáveis. Abertura da Expo 2011 Hall com 600 expositores com as inovações para o varejo oferecer e vender mais e melhor. Fechando o dia, a delegação da CNDL se reúne em um jantar de confraternização.
11 de janeiro Destaque para a supersessão “Tornando o negócio do varejo dinâmico”, apresentada por Kirill Tatarinov, vice-presidente da Microsoft. Em outra supersessão: a decisão estratégica da Disney em investir em renovação em sua rede de lojas com o uso da tecnologia. Os líderes de varejo tocam o sino de fechamento da Bolsa de Valores de Nova York, demonstrando a importância da NRF e do varejo para a economia americana. Os integrantes da delegação da CNDL se reúnem para a foto oficial no centro de convenções onde acontece a NRF. A Serasa oferece jantar aos integrantes da delegação da CNDL.
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vitrine da inovaçÃO Na feira que ocupou 14 mil m2 na Expo Hall, os lojistas brasileiros puderam ver e testar novas tecnologias para o varejo
reuniu os lojistas brasileiros na chur-
novos conhecimentos e ampliar seus
jistas brasileiros tiveram a oportunida-
rascaria Plataforma. O presidente da
relacionamentos comerciais.
de de estreitar relações e brindar o sucesso da participação na NRF 2011 em
CNDL, Roque Pellizzaro Junior, e o 1º
O outro jantar de confraternização
vice-presidente, Vítor Koch, agradece-
que teve a presença da delegação da
ram a presença de todos e ressaltaram
CNDL foi promovido pela Serasa. Re-
Nesta missão internacional, a CNDL
a importância da NRF e da participação
cepcionados pelo diretor-executivo da
contou com a parceria da agência de
dos brasileiros no evento para agregar
entidade, Paulo Melo, os dirigentes lo-
viagens Primeiro Mundo, que deu
DIAS DE APRENDIZADO
um clima de alegria e descontração.
Confira dia a dia como foi a participação da delegação da CNDL na 100ª NRF
12 de janeiro As supersessões destacam o futuro do segmento de artigos de luxo e como os varejistas podem utilizar o correio eletrônico de forma mais eficaz. A consultora da CNDL, Luciana Carmo, conduz visita dirigida à feira da NRF com os integrantes da delegação brasileira. O presidente Roque Pellizzaro Junior entrega ao presidente da FCDL/MG, José Cesar da Costa, placa alusiva ao fato da delegação mineira ser a maior entre todas as federações presentes na missão da CNDL.
13 de janeiro Os consultores da CNDL Eugênio Foganholo e Luciana Carmo apresentam o workshop final com os destaques da 100ª NRF para a delegação da CNDL. Ao final do workshop, o presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior, agradece a participação de todos e ressalta os objetivos da entidade em viabilizar a participação dos lojistas na NRF, além de agradecer aos consultores, colaboradores e à agência Primeiro Mundo pelo trabalho realizado. A 100ª NRF chega ao fim depois de reunir mais de 18.500 convencionais, com destaque para o Brasil, que esteve representado pela maior delegação estrangeira no evento.
apoio logístico aos participantes. Sueli Bauhatem, executiva da empresa, apresentou no primeiro workshop para a delegação da CNDL as oportunidades que os lojistas poderiam explorar na cidade de Nova York.
Preparados para o futuro Entre novas tecnologias, práticas sustentáveis e consumidores conscientes, a 100a edição da NRF mostrou
#NRF EM TEMPO REAL Mesmo quem não esteve em Nova York conseguiu acompanhar o dia a dia da NRF pelo Twitter do presidente da CNDL (@roquepellizzaro), que recebeu inúmeros elogios por usar a ferramenta para transmitir aos seus quase 1,5 mil seguidores as novidades do maior evento do varejo mundial com links e fotos. Veja alguns dos tweets publicados por Pellizzaro sobre a 100ª NRF: Bom dia. Hoje toda nossa delegação já está em Nova York. Assim inicia toda a programação oficial de nossa delegação 234 participantes. – 8 de janeiro de 2011
que os lojistas do mundo todo devem estar prontos para uma série de novos desafios nos próximos anos, sem esquecer dos “velhos conhecidos”,
Acabamos de apresentar os números da economia brasileira e do varejo na reunião do Firae. Todos os demais países ficaram impressionados. – 8 de janeiro de 2011
como concorrência e conjuntura econômica. “Nos países desenvolvidos a continuidade da recessão provocada pela crise do segundo semestre de
Os consumidores multicanais gastam 50% mais que outros tipos de consumidores. Mas para isto o varejista deve estar preparado para atendê-lo. – 9 de janeiro de 2011
2008 ainda repercute nas vendas”, diz Barrizzelli. Inversamente, em países como o Brasil o varejo cresceu até de modo expressivo. “Olhando para
Seguindo nosso roteiro de visitas a lojas indicadas por nossos consultores em Nova York, loja Apple na 5ª Avenida http:// yfrog.com/h6czzrj – 9 de janeiro de 2011
frente, as previsões são de que nos próximos dois anos o varejo crescerá mais nos países em desenvolvimento, devendo continuar uma certa es-
Brasil citado como um dos grandes mercados para o varejo, segundo os expositores um mercado a ser buscado pelos varejistas globais. – 10 de janeiro de 2011
tagnação nos países desenvolvidos.” Este deverá ser o cenário da 101ª NRF, que acontece de 15 a 18 de janeiro de 2012, e onde certamente es-
Em 2020, redes sociais serão muito mais presentes no dia a dia das pessoas. Fica uma questão: como isto vai interferir no consumo? – 10 de janeiro de 2011
tará mais um numeroso grupo de lojistas brasileiros. Continuando a parceria bem-sucedida com a Primeiro Mundo, a CNDL divulgará em breve detalhes
Vídeo apresentado na #NRF11 que mostra o celular como meio de pagamento: http://www.youtube.com/ watch?v=2yTxxhz_18M – 10 de janeiro de 2011
sobre como participar do evento no ano que vem e explorar em primeira mão os novos rumos para o varejo mundial e para seus negócios.
Resumindo a #NRF11: o FIM da fronteira entre analógico e digital na vida das pessoas obrigará o varejo a reinventar o ponto de venda. – 12 de janeiro de 2011
c a p a
|
O
BRASIL
N A
N RF
Dirigentes lojistas analisam participação brasileira na 100ª NRF R
ealizada de 9 a 13 de janeiro, a 100ª National Re-
tentabilidade e tecnologia móvel. O Brasil, mais uma
tail Federation (NRF), principal evento do varejo
vez, marcou presença no evento como a maior delega-
mundial, reuniu mais de 18.500 participantes que foram até Nova York para conhecer de perto as principais tendências para o setor nos próximos anos, como sus-
ção estrangeira, capitaneada pela CNDL. Confira a seguir a análise de dez dirigentes lojistas sobre a participação brasileira na 100ª NRF.
Roque Pellizzaro Junior, presiden-
são brasileiros, tendo assim uma
futuros em relação ao comportamen-
te da CNDL: ”O fim da fronteira entre
grande oportunidade de nos aperfei-
to do varejo. Neste ano, novamente
o virtual e o físico mudou os hábitos
çoarmos. Assim, cabe à CNDL manter
o atendimento ao cliente foi priorida-
dos consumidores, o que, aliado à
informados os varejistas pequenos,
de, pautada na mobilidade. Realidade
sustentabilidade, indica que o varejo
médios e grandes sobre as novidades
distante para aplicação no varejo de
deverá se redesenhar. Seja o peque-
e tendências apresentadas na NRF”.
pequeno porte no Brasil”.
deverá ter estes termos em seu pro-
Sergio Medeiros, presidente da
Marcelo Sales, presidente da FCDL/
jeto. Esta lição nossos 23 delegados
FCDL/SC: ”Mais uma vez foi extre-
ES: ”Os temas nas palestras não tive-
presentes à NRF 2011 trouxeram
mamente importante a participação
ram uma abordagem profunda, estan-
para o Brasil”.
da delegação lojista do Brasil na NRF.
do muito ligadas aos patrocinadores
Nesta edição, concluímos que cada vez
cujos temas atenderam aos ‘cases’ de
Roberto Alfeu Pena Gomes, presi-
mais estamos globalmente equipara-
interesse das próprias empresas, além
dente do Conselho Administrativo
dos e que a participação do grupo nes-
da organização não estar preparada
do SPC Brasil: ”A NRF 2011 mostrou
te evento é fundamental para novas
para o grande número de convencio-
que o Brasil passa por uma transfor-
visões, trocar experiências para aplicá-
nais. Contudo, vimos positivamente o
mação cultural e educacional, pois
las no nosso dia a dia. Até 2012!”
novo conceito de interatividade”.
Vítor Augusto Koch, primeiro vice-
Osmar Silveira, ex-presidente da
Saiba mais sobre a participação
presidente da CNDL, presidente da
CDL de Florianópolis: ”O atual mo-
brasileira na 100ª NRF no blog
FCDL/RS e do Sebrae/RS: ”A NRF
mento do mercado globalizado onde
www.cndl.org.br/blognrf
proporciona uma oportunidade de co-
o treinamento do RH, a informação
nhecimento de tendências e cenários
constante do consumidor e do vare-
no, o médio ou o grande varejista,
32% dos participantes estrangeiros
30 �
dirigente Lojista � jan/FEV 2011
EM BUSCA DE CONHECIMENTO Dos cerca de 1,4 mil brasileiros que participaram da NRF deste ano, 200 faziam parte da delegação oficial da CNDL
jista, o avanço tecnológico através das
só as tendências do varejo america-
em especial aos mineiros, a maior
vendas virtuais e a sustentabilidade
no, mas de interagir com os demais
delegação estadual no evento”.
formam um conjunto para o sucesso
participantes. Com estes novos co-
das empresas”.
nhecimentos será possível desenvol-
Celso Vilela, presidente da CDL de
ver ainda mais nossas entidades e
Uberlândia: ”A NRF 2011 analisou um
nossos negócios”.
cenário intenso de oportunidades e de-
Freitas Cordeiro, presidente da CDL
sejos sobre o comportamento do con-
de Fortaleza: ”A NRF é uma oportuni-
dade que proporciona ao varejo uma
José Cesar da Costa, presidente da
sumidor, novos conceitos em formato
visão antecipada do que se projeta
FCDL/MG: ”A presença na capital do
de lojas, o compromisso com a a sus-
para o futuro em termos de avanços
varejo é um aprendizado para qual-
tentabilidade e a interatividade como
tecnológicos e de gestão”.
quer varejista. Trouxemos na baga-
forma de encantar o consumidor. Multi-
gem o conhecimento e uma oportu-
plicar estes conhecimentos é o papel da
Adjar Soares, presidente da FCDL/
nidade única de podermos discutir e
CNDL através das CDLs como forma de
PE: ”Participar pela primeira vez nos
debater as melhores formas de evo-
agregar conhecimento às micro e pe-
deu a oportunidade de conhecer não
luir nossos negócios. Agradecemos
quenas empresas do varejo”. dirigente Lojista � jan/FEV 2011
� 31
g e s t à O
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P l a n e j a m e n t o
não se perca
nos planos Aprenda como elaborar o documento que pode mudar para melhor os resultados da sua loja por alexandre gonçalves
mento que o lojista visualiza suas
fotos photostogo
Por onde começar
m cliente entrou na loja, mas
U
necessidades (mais funcionários, in-
O lojista sabe que precisa planejar,
saiu logo em seguida porque to-
cremento no mix de produtos, pre-
mas também precisa saber como dar
dos os vendedores estavam ocupados
sença digital, inovação no ambiente
início a essa tarefa de forma eficien-
e ele não tinha tempo nem disposi-
de loja, promoções especiais, entre
te e organizada. ”Todo planejamento
ção de esperar para ser atendido. Ou-
outras) e estabelece as ações que
começa com as definições das estra-
tro cliente seguiu o mesmo caminho
deverá colocar em prática para supri-
tégias a serem desenvolvidas”, diz
porque entrou na loja disposto a com-
las. Mesmo que o ano já tenha co-
Sérgio DalSasso, consultor, escritor e
prar o produto ”modelo A”, mas a loja
meçado, nunca é tarde para planejar.
palestrante especializado em gestão
só tinha o ”modelo B” para oferecer.
Para ajudar nesta tarefa, confira as
de negócios e empreendedorismo. Já
Enquanto isso, numa rede social não
dicas dos consultores Sérgio DalSas-
para Cláudia Montezuma, consultora
muito distante dali, um cliente solta-
so e Cláudia Montezuma.
especializada em varejo da Ponto de
va os cachorros na loja porque cansou de esperar a entrega da mercadoria prometida para duas semanas atrás. Como se não bastasse, a loja concorrente, que fica na mesma rua, passou por uma grande reforma e reinaugurou em grande estilo com uma promoção de parar o trânsito. Sabe qual a melhor maneira – e talvez a única – de não passar por nenhuma das situações acima? Planejamento! É por meio do planeja32 �
dirigente Lojista � jan/FEV 2011
Referência, o primeiro passo para o
É por meio do planejamento que o lojista visualiza suas necessidades e estabelece ações para supri-las
planejamento deve ser avaliar muito bem a equipe da loja, seus potenciais, competências e habilidades. ”É importante ver em quais setores os funcionários precisam ser treinados, quem está com problemas, quem precisa ser mais incentivado e até quem não tem que ficar”, diz Cláudia. ”Nenhum planejamento anual se mostrará eficaz se as pessoas certas não estiverem nos lugares certos.”
dirigente Lojista � jan/FEV 2011
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P l a n e j a m e n t o
Sobre os primeiros passos do planejamento, Sérgio DalSasso destaca que o lojista precisa antes de tudo conhecer a fundo seu negócio. ”Isso depende da visão, da capacidade e do nível de conhecimento da equipe para formar um ‘pensar, desenvolver e planificar’ que retrate as reais possibilidades e caminhos para o desenvolvimento futuro das atividades”, diz. Na opinião do consultor, o primeiro passo para um planejamento reúne o que ele chama de ”pleno conhecimento” do que está sendo feito do negócio, com a inclusão
O desafio é fazer um planejamento adequado à realidade da empresa e do mercado para que possa ser colocado em prática
pré-requisitos para dar conta de uma tarefa essencial para o crescimento do negócio. E com o planejamento não é diferente. Disposição é apenas um dos muitos ingredientes que um lojista precisa ter para fazer do planejamento um sucesso. Cláudia Montezuma cita equipe motivada, vontade e determinação de atender muito bem, histórico dos números e análise das ações. Se o planejamento for para uma loja nova, a consultora sugere que o empreendedor busque informações em entidades representativas e também com outras empresas (concorrentes e fornecedo-
de novos planos e investimentos que devem ser retratados de forma lógica
projeções retratem e espelhem da
em números. ”A ampliação da loja ou
melhor forma o que pode acontecer
Já Sérgio DalSasso, criatividade e
a inclusão de novos fornecedores im-
em relação às evoluções das ativida-
inovação são dois ingredientes que
pacta em perspectivas de crescimento
des”, aponta.
não podem faltar. ”É algo a ser sem-
res) do mesmo ramo de atuação.
pre estimulado, proposto e testado em
em vendas, novos funcionários, novos treinamentos, mudanças do quadro
Ingredientes indispensáveis
cada etapa a ser desenvolvida e en-
funcional, etc. Todos estes detalhes
Como em qualquer atividade empre-
riquecida pela participação do grupo”,
devem ser considerados para que as
sarial, o varejista precisa reunir alguns
explica o consultor. ”A missão de uma
34 �
dirigente Lojista � jan/FEV 2011
empresa depende da forma como conseguimos criar diferenciações das mínimas coisas e sempre pensando em poder desenvolver fórmulas que conquistem novos clientes e consigam criar fidelidade aos já conquistados.” Cláudia Montezuma afirma que o importante no final de tudo é ter muito G.A.S., ou Gestão de Atendimento e Serviços. ”Se alguma coisa está dando muito certo, copie”, afirma. ”Não há nada de errado nisso e o segredo é copiar fazendo ainda melhor”. Ela diz que o lojista com verdadeira vocação e capacidade de implementação de ideias e ações saberá fazer isso. Mas adverte: por mais capacitado que seja, o lojista nunca vai conseguir fazer isso sozinho. ”Portanto, atenção ao pessoal é um ingrediente que não pode faltar”.
Sérgio dalsasso ”Caso um lojista sinta que todo seu esforço não vem atingindo os objetivos, deve reavaliar seu modelo, seus colaboradores e tudo o que movimenta seu negócio”
Seguindo a mesma linha, Sérgio
nado à receita de sucesso de um pla-
é até compreensível que o lojista fuja
DalSasso lembra que autoavaliação é
nejamento. ”Caso um lojista sinta que
um pouquinho da realidade e coloque
outro ingrediente que deve ser adicio-
todo seu esforço não vem atingindo
metas e objetivos distantes de serem
os objetivos, o mesmo deve reava-
alcançados. O desafio é fazer um pla-
liar seu modelo, seus colaboradores e
nejamento adequado à realidade da
tudo o que movimenta seu negócio”,
empresa e do mercado para que o
sugere. Dessa forma, na avaliação de
que for planejado possa ser mesmo
DalSasso, o lojista troca o ”eu consigo”
colocado em prática. ”Um sistema de
por uma visão do conjunto para desen-
planejamento sobrevive como objeto
volver novas ideias. ”Normalmente nos
de gerenciamento de uma atividade
limitamos quando achamos que pode-
lojista, quando conseguimos trabalhar
mos fazer tudo sozinhos, sem dividir
de forma hábil, competente e periódica
responsabilidades, sem reconhecer as
com o modelo de gestão”, ensina Dal-
próprias imperfeições”, alerta DalSasso.
Sasso. ”Assim, sua qualidade depende da velocidade e poder analítico do gru-
Planejamento realista Quando decide colocar no papel o que deseja para seu estabelecimento
po para que se possa projetar, revisar e redirecionar caminhos quando isso se fizer necessário”, aponta. dirigente Lojista � jan/FEV 2011
� 35
g e s t à O
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P l a n e j a m e n t o
Cláudia Montezuma diz que para
”Os mercados estão em perma-
ao fracasso”, diz Cláudia. ”Por isso, é
que o planejamento esteja em sinto-
nente mudança, e todos que ficarem
importante analisar o mercado e pla-
nia com a realidade do negócio e do
perdidos na multidão de lojas que fa-
nejar como sair da mesmice.” Neste
mercado, a primeira providência é es-
zem a mesma coisa estarão fadados
contexto, Sérgio DalSasso resume di-
tabelecer uma meta junto com todos. Para ela, nenhum resultado é bom o suficiente se não houver meta a atingir. ”A meta deve ser desafiadora, mas atingível para haver motivação”, lembra a consultora. O planejamento, ensina Cláudia Montezuma, deve ser mensurável e ”acompanhável”, o que não significa dizer que as metas devam ser apenas quantitativas. ”O lojista pode querer vender X, mas o cliente tem que querer comprar”, diz. ”Para que isso aconteça, é preciso pensar na qualidade da venda, estimular a atitude de servir da equipe e só então pensar nos números e no mercado.” 36 �
dirigente Lojista � jan/FEV 2011
Formar especialistas em cada área da empresa facilita a elaboração do planejamento e garante mais velocidade na tomada de decisões
zendo que o lojista deve elaborar um planejamento que possa ser revisado com praticidade para permitir mudanças e tomadas de decisão com grande agilidade. ”Com isso, o lojista evita desperdícios e cria antecipadamente condições para uma movimentação rica em alternativas pela rentabilidade do negócio”, explica.
Participação da equipe Não ouvir os funcionários da loja é abrir mão de uma vantagem competitiva que faz toda diferença. Um planejamento feito sem a participação deles corre sério risco de ficar no papel. ”Só
cionários, especialmente aqueles que
muda de um ano para o outro”, obser-
estão na ponta do negócio, como os
va. A cada novo planejamento é preci-
vendedores, sabem muito.
so fazer uma avaliação profunda para
O consultor Sérgio DalSasso vai além.
ter certeza de que não houve mudança
Para ele, seja qual for o modelo de ges-
de prioridades. ”Se estava previsto para
tão da empresa, para o desenvolvimen-
o ano anterior e não foi executado, pro-
to do negócio é preciso trabalhar pelo
vavelmente não era prioridade”, avalia.
crescimento da utilidade das funções.
Para DalSasso, ações que não deram
Ou seja, formar especialistas em cada
certo são passíveis de ajustes para que
área da empresa, o que favorecerá cer-
alcancem os resultados desejados. ”O
tamente a elaboração do planejamen-
planejamento é um sistema gerencial
to. ”A grande vantagem dessa política
diário que reúne e integra as pessoas
é garantir mais velocidade e qualidade
através de um modelo que estabeleça
nas tomadas de decisões.”
a qualidade dos caminhos que o negócio vai seguir”, explica. ”O grande dife-
Tire o plano da gaveta
rencial de um bom planejamento está
Para quem já tem o hábito de fazer
justamente neste exercício obrigatório
seu planejamento anual, o cuidado é
e constante entre o prever, o planificar
quem participa se sente comprometi-
com aquelas ideias e ações que por
e o agir em conjunto pela espera dos
do”, lembra Cláudia Montezuma. Além
alguma circunstância não foram colo-
avanços, resultados e mudanças”, diz.
disso, na opinião da consultora, as em-
cadas em prática. A consultora Cláudia
Encarando o planejamento desta for-
presas – inclusive no varejo – gastam
Montezuma diz que não é recomendá-
ma, é possível resgatar uma ideia da
muito dinheiro com pesquisas quando
vel simplesmente ”reaproveitar” ações
gaveta com grandes chances de suces-
deveriam se lembrar que seus fun-
de um planejamento para outro. ”Tudo
so ao colocá-la em prática.
as datas quentes do varejo Se preferir, o lojista pode elaborar um planejamento específico para vender mais nas principais datas comerciais do ano. Confira as datas (não esqueça dos feriados da sua cidade e do seu estado), avalie como foram as vendas em 2010 e estabeleça metas e ações para incrementar as vendas, como melhorar o atendimento, contratar mais funcionários e realizar promoções e ofertas. Carnaval – 8 de março
Estações do ano
Páscoa – 24 de abril
20 de março – início do Outono
Dia das Mães – 8 de maio
21 de junho – início do Inverno
Dia dos Namorados – 12 de junho
23 de setembro – início da Primavera
Dia dos Pais – 14 de agosto
22 de dezembro – início do Verão
Dia das Crianças – 12 de outubro Natal – 25 de dezembro
e s t r a t é g i a
38 �
dirigente Lojista � jan/FEV 2011
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p r i v a t e
l a b e l
cartão
da casa Com o sistema private label, o comerciante pode oferecer crédito pré-aprovado e ainda ter informações privilegiadas sobre o consumo de seus clientes
por beatrice gonçalves
foto photostogo
concede o cartão. O órgão analisa os
Por este sistema é possível consultar
á foi o tempo em que para vender
J
dados e avalia a aprovação do crédi-
o cadastro do consumidor para acom-
a prazo era preciso fazer o credi-
to para o consumidor. Com o private
panhar sua rotina de compras, verificar
ário do cliente na própria loja. Hoje o
label, o cliente não paga anuidade
que produtos costuma adquirir com
lojista pode conceder crédito sem se
pelo uso do cartão, pode fazer o par-
mais frequência e com que periodici-
preocupar com isso. Com o sistema
celamento das compras em até 12
dade. Informações que podem auxiliar
private label é possível ter um cartão
vezes na loja emissora e pode até
na elaboração de estratégias de ma-
que leva o nome da rede e oferecer
refinanciar suas contas. O lojista tam-
rketing a partir do perfil dos consumi-
crédito pré-aprovado aos clientes sem
bém paga taxas mais baixas pelas
dores ou ainda desenvolver ações que
comprometer o capital de giro. Quem
transações e tem a vantagem de con-
promovam a fidelização.
concede o crédito nesse caso são as
tar com o dinheiro das vendas sem
Segundo a Associação Brasileira
instituições financeiras administrado-
o risco de inadimplência ou atraso no
das Empresas de Cartões de Crédito
ras dos cartões, responsáveis por ge-
pagamento.
e Serviços (Abecs), essa é uma forma
renciar todo o processo. Isso permite
Diferente das vendas feitas com
de pagamento que tem crescido no
que o comerciante tenha a garantia
cartões de grandes bandeiras como
País. De acordo com o órgão, estavam
de pagamento das compras a prazo e
Visa e MasterCard, em que o lojista
em operação em junho de 2010 cer-
possa se dedicar melhor ao negócio.
não consegue ter informações sobre o
ca de 211 milhões de cartões private
O cliente é cadastrado na loja e
consumidor que compra na sua loja, o
label – o que significa um aumento
deve preencher um formulário que é
cartão private label permite ao comer-
de 14% em relação ao mesmo perío-
entregue à instituição financeira que
ciante conhecer melhor seus clientes.
do do ano passado. Um mercado que dirigente Lojista � jan/FEV 2011
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e s t r a t é g i a
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p r i v a t e
l a b e l
O private label deve crescer a uma média de 20% nos próximos anos e substituir aos poucos os cheques prédatados
realiza mais de 99 milhões de transações e movimenta cerca de R$ 5 milhões. A expectativa é que o private label cresça a uma média de 20% nos próximos anos e que substitua aos poucos os cheques pré-datados. Entre os maiores emissores de cartões próprios estão as lojas Riachuelo, que têm uma média de 123 mil clientes cadastrados por loja; e a Renner, com 97 mil cartões por unidade. Mas não são só as grandes empresas que estão aderindo ao sistema.
Acessível a todos
instituição administra cartões private label de mais de 500 lojas dos grupos Marisol, Lilica & Tigor, One Store, Carmen Steffens, Transbyshop, Someday e Caverna do Dino. Pelo sistema oferecido pela Santinvest, cada empresa contratante pode cadastrar regras específicas para o uso do private label, podendo oferecer condições de pagamento de três até dez vezes com e sem juros. O cliente que aderir ao cartão não paga anuidade e, quando o utiliza, recebe em casa a fatura para o pagamento. O lojista paga taxas de 2,50%
O pet shop Cão.com, de Florianópo-
a prazo. Com o cartão, nós fazemos
a 2,90% por transação realizada, um
lis, possui duas unidades e já tem seu
o nosso trabalho e a financeira faz o
valor mais baixo do que o cobrado
cartão próprio. Mais de 350 clientes
dela. Essa é uma forma de pagamen-
por cartões de bandeiras como Visa
estão cadastrados e podem parcelar
to segura tanto para nós empresários
e MasterCard, que fica em torno de
suas compras em até três vezes, po-
quanto para os clientes”, avalia Lucia-
5%. ”Empresas de pequeno e médio
dem pagar a primeira parcela em 30
no Granemann e Silva, médico-veteri-
portes não têm poder de barganha
dias e ainda participar do programa
nário proprietário da Cão.com.
para negociar suas taxas com grandes
de pontuação em que a cada compra
O cartão oferecido pelo pet shop
bandeiras. Na Santinvest é diferente:
realizada na loja eles ganham pontos
tem a administração da financeira
nós privilegiamos essas empresas.
e podem trocar por produtos. ”Agora
Santinvest. Os clientes podem fazer
Estamos sempre procurando formas
consigo me programar melhor, porque
a solicitação do cartão na loja e já
de melhor atendê-las”, explica Milton
antes eu tinha que ter mais capital de
podem sair dali com crédito pré-apro-
Mousselin, consultor de negócios da
giro para poder oferecer pagamento
vado de R$ 70. Além da Cão.com, a
Santinvest.
cadastro rápido Para agilizar o processo de cadastramento do cliente no
A Fidelity Processadora e Serviços oferece uma série de
sistema private label, o lojista pode contar com uma série
soluções de gerenciamento das informações que inter-
de ferramentas para fazer a adesão do cliente no ponto
ligam o ponto de venda ao sistema da instituição que
de venda. Ao invés de preencher fichas e enviá-las pelos
emite o cartão. Com isso, em poucos minutos a adminis-
Correios para as financiadoras que emitem o cartão – o
tradora do private label faz consultas ao Serasa e ao SPC,
que pode demorar até cinco dias úteis –, o comerciante
analisa a proposta e, se aprovada, o cliente já pode usar
pode fazer isso em apenas três minutos.
na hora o seu novo cartão.
Pelo sistema da administradora, as empresas têm acesso ao banco de dados dos clientes com informações como data de nascimento, frequência de visita à loja, tíquete médio e até dados sobre as preferências de consumo. Segundo Mousselin, isso ajuda o lojista a conhecer melhor quem são seus clientes. Ele cita o caso da grife infantil Lilica & Tigor que, com o cartão próprio da rede, conseguiu colocar junto ao cadastro dos pais dados sobre as crianças que usam as roupas da marca. ”O cartão próprio ajuda as empresas a entender seus clientes, a elaborar estratégias de marketing e a fortalecer a marca. Com essas informações é possível convidar o cliente para um desfile da loja, avisá-lo de uma promoção ou
milton MousselIN A solução é ideal para empresas de pequeno e médio portes, que não têm poder de barganha para negociar suas taxas com grandes bandeiras de cartão de crédito
mesmo mandar um e-mail para ele no
de 1 mil cartões, paga por transação
A MasterFarma, associação de 490
dia do aniversário.”
realizada taxas que vão de 2,5% a 5%
farmácias de Santa Catarina e do Pa-
e pode optar por alugar um aparelho
raná, tem cartão próprio emitido pela
POS ou usar o sistema de captura que
Plenocard e em menos de um ano con-
funciona pela internet.
seguiu cadastrar 10 mil clientes. Com
Implantação facilitada A Plenocard, empresa do Grupo Connex, administra cartões private label de
O cartão permite que o cliente pague
o cartão, as farmácias passaram a ofe-
550 lojas da Região Sul do País e do
suas compras em até 12 vezes, faça
recer descontos e todas as vantagens
interior de São Paulo. Com o sistema
pagamento mínimo de parcelas e o re-
da compra à vista para quem compra
oferecido pela administradora, o lojista
financiamento da conta. Não é cobrada
a prazo pelo private label, permitindo
não precisa contratar várias empresas
anuidade – o usuário só paga taxa de
o parcelamento da compra em até três
para ter um cartão próprio. A tecnolo-
manutenção nos meses em que utiliza
vezes sem juros. ”Quando a farmácia
gia de captura, a processadora, a ban-
o cartão, um valor que fica em torno
tem crediário próprio, perde muito tem-
deira, a administração e a financeira
de 3,5% ao mês. ”Trabalhamos para
po para fazer a cobrança. Com o private
são do grupo, o que permite que o co-
que as pequenas e médias empresas
label, temos a garantia do pagamento.
merciante gaste menos para implantar
possam oferecer crédito a seus clien-
Dá para se organizar melhor. Semanal-
o private label e não precise se preo-
tes através de um cartão próprio e nós
mente, sabemos quanto vamos receber
cupar com o gerenciamento do cartão.
damos todo o suporte e garantimos a
e que poderemos usar aquele dinhei-
Para aderir ao sistema, o lojista precisa
operação”, afirma Fabrício de Souza,
ro”, afirma Marcelo Grasso, diretor ad-
investir R$ 2 mil em uma cota inicial
diretor de negócios da Plenocard.
ministrativo da MasterFarma. dirigente Lojista � jan/FEV 2011
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p e r f i l
42 �
l o j i s t a
dirigente Lojista � jan/FEV 2011
EQUILÍBRIO COM
ELEGÂNCIA
Carlos Aziz deixou a sociedade em um atacado de tecelagem para criar a Woodlouse House, loja que combina conceitos modernos de gestão com a tradição do bom atendimento por ANDRéa DA LUZ
foto CASA DA PHOTO
1969 percebeu que o varejo poderia
artigos de alta qualidade, com preços
varejista Carlos Aziz sabe man-
ser um grande negócio. Com uma loja
atrativos e bom atendimento, e foi as-
ter o delicado equilíbrio entre
de tecelagem no mais conhecido cen-
sim que surgiu a nossa loja”, lembra
modernidade e tradição. Sua loja – a
tro comercial de São Paulo, notou que
Aziz. Para começar o novo negócio,
Woodlouse House, especializada em
seu estabelecimento atraía também o
ele comprou uma casa e a demoliu
moda masculina – mantém o estilo
público elitizado. ”Muitas pessoas vi-
para construir a loja. Com o passar do
moderno na arquitetura e nos pro-
nham comprar aqui e pagavam com
tempo, outros terrenos adjacentes fo-
cessos de gestão, ao mesmo tempo
cheques de bairros nobres da cidade.
ram adquiridos e o espaço de
em que prima pela tradição do aten-
Adquiriam mercadorias com preço
120 m2 transformou-se em
dimento personalizado e do impe-
acessível e depois iam até os shop-
uma megaloja de 800 m2.
cável pós-venda. Com mais de 2 mil
pings para embalar o produto para
Desde o início, o em-
itens em artigos de grifes como Calvin
presente”, conta Aziz.
O
presário apostou na qualidade
Klein, Aramis, Fideli, Pólo, Ralph Lau-
Identificar a origem dos cheques
do atendimento. Todos os vendedores
ren e Lacoste, entre outras, a loja de
foi o primeiro insight, que o levou a
passam por dois anos de cursos e trei-
800 metros quadrados no Brás, em
desfazer a sociedade que mantinha
namentos antes de atender o cliente.
São Paulo, tornou-se referência em
na tecelagem e se dedicar exclusiva-
”Eles precisam conhecer os produtos,
bom atendimento e requinte.
mente ao varejo. A Woodlouse House
as marcas, o estoque e a localização
Foi prestando atenção em deta-
abriu as portas em 1973, com foco
das mercadorias”, explica o varejista.
lhes que o empresário e economista
em um público exigente e sofisticado.
Quando o cliente compra pela primei-
acostumado a atuar no atacado desde
”Cada vez mais os clientes queriam
ra vez e precisa de um ajuste ou condirigente Lojista � jan/FEV 2011
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p e r f i l
l o j i s t a
serto, a alfaiataria passa todas as suas
Cadastro detalhado
Espanha tive uma dor de dente e, ao
medidas para o cadastro. ”Quando
Com cerca de 7 mil clientes ativos,
chegar à clínica, tiraram uma foto mi-
ele pedir uma entrega, temos todos
o cadastro informatizado é um ponto
nha na recepção. Perguntei por que
os dados necessários para um servi-
de referência para os vendedores. Lá,
faziam isso e o dentista contou que
ço impecável”, explica. ”Se acontecer
estão disponíveis, além das medidas
a prática facilitava a identificação do
de o cliente lavar um traje e manchar,
do cliente, suas preferências por mar-
paciente desde o momento que ele
não questionamos por que ele lavou
cas, seu cargo e local de trabalho e
telefona para a clínica”, relembra.
daquela forma, trocamos a peça e re-
uma foto. Aliás, a ideia de incluir fo-
Percebendo a oportunidade para um
solvemos o problema com nosso for-
tografias no cadastro é outro detalhe
atendimento mais personalizado e
necedor. O custo da troca é menor do
que não passou despercebido pelo
ágil, Aziz não perdeu tempo e impor-
que o de perder um cliente.”
empresário. ”Durante uma viagem à
tou a ideia para a loja. ”Quando um cliente liga, o vendedor vê a foto dele no cadastro e sabe com quem está falando, o que torna o atendimento muito melhor.” Na loja, auditores de moda atuam como conselheiros, indicando produtos, explicando a diferença de qualidade entre os artigos e ajudando o cliente a encontrar o traje mais adequado para cada ocasião. A qualidade desses funcionários é tão importante que eles viajam frequentemente ao exterior para se atualizar sobre tendências e buscar novas marcas para o mix da loja. ”É preciso ir atrás da mercadoria que o cliente deseja, para que ele compre tudo conosco”, afirma Aziz. Além do atendimento impecável, os serviços de alfaiataria e delivery garantem a excelência no pós-venda. Os produtos saem da loja etiquetados com a advertência de que devem ser QUALIDADE TOTAL O empresário mantém uma equipe que viaja constantemente ao exterior em busca de novidades e prioriza a eficiência no pós-venda
44 �
dirigente Lojista � jan/FEV 2011
entregues no horário combinado com
contratados para ”passear” em shop-
que atua como varejista. ”O cliente de
o cliente e as notas fiscais são lacra-
pings e pesquisar os preços em lojas
hoje tem mais acesso à informação e
das em envelopes para garantir a pri-
concorrentes. ”A pesquisa mostra se
sabe quanto custa o produto em qual-
vacidade do cliente. O serviço parece
o mesmo artigo que tenho aqui está
quer lugar do mundo. Antigamente,
simples, mas com a onda de assaltos
sendo vendido a um preço menor lá
com a inflação, ele poderia ser con-
em São Paulo, garantir a segurança é
fora”, explica o lojista. ”Se estiver,
fundido com a oscilação de preços,
fundamental. ”As entregas são fei-
tento descobrir o porquê.”
mas hoje ele viaja, sabe a cotação do
tas por funcionários com mais de 12
Segundo Aziz, o perfil da cliente-
dólar e compara preços em questão
anos de casa e com quem o cliente
la mudou bastante nos 38 anos em
de minutos. Se acha que está caro, não compra”, afirma o empresário,
já comprou várias vezes”, diz. O departamento de pós-venda informa o horário e o número da placa do carro da entrega e os funcionários identificados com crachá ganham uma senha para entrar na casa do cliente. ”A rotatividade dos vendedores é baixa porque eles são bem remunerados, e isso acontece porque eles vendem bem”, avalia Aziz. A multimarcas Woodlouse House é a maior revendedora de artigos da Dudalina e da Ricci & Colella no País, mas não deixa de observar o mercado à sua volta. Universitários são
”Quando comecei, há mais de 35 anos, a tradição do Brás era o atacado. Hoje, somos profissionais do varejo e isso faz a diferença”
que prefere não apostar em uma grife própria. ”O cliente quer o glamour da Tommy, da Calvin Klein. Não adianta lançar uma grife e não vender o que o cliente quer. Oferecemos o que o consumidor realmente deseja com preços atrativos”, resume. O resultado é um crescimento de 25% ao ano, que vem se mantendo desde 2003. ”Quando comecei, a tradição do Brás era o atacado, que não permitia trocas nem prova dos produtos. Hoje, somos profissionais do varejo e isso faz a diferença”, conclui. dirigente Lojista � jan/FEV 2011
� 45
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b a n h o
d e
l o j a
aguçando a
imaginação N
o fim do ano, uma instalação natalina
pares, amor ao próximo, amor misturado com
foi muito comentada na mídia: a árvore
saudade. Tudo isto são emoções humanas. Se
de Natal gigante de Covent Garden, em Lon-
olharmos para trás os momentos mais mar-
dres. A Árvore de Natal de Covent Garden me-
cantes que nossa memória guardou são os que
receu lugar de destaque porque foi além de
despertaram nossas emoções. E tanto a arte
ser apenas uma decoração natalina original.
quanto os projetos bem-feitos têm esse poder.
Ela conseguiu despertar emoções e, ao invés
Quem trabalha no varejo não pode esquecer
de ser apenas contemplada, literalmente fez
disso. É importante se concentrar em relatórios
as pessoas interagirem.
precisos, em previsões orçamentárias e longos
A árvore funcionava assim: para acender
planejamentos de metas. Todavia, saber cativar e
suas 50 mil luzinhas de LED era preciso que
emocionar os consumidores é o atalho para que
um casal se beijasse – cada um segurando um
os números se concretizem. Muitas vezes nos
galho com um fio embutido – para fechar o circuito. Após esta experiência romântica, o casal era convidado a fazer uma doação à instituição
”Projetos bem-feitos
prendemos somente aos dados, nos esquecendo dos propósitos maiores, e não olhamos para fora das nossas mesmices. Projetos bem-feitos não
Prince’s Trust e podia ainda enviar mensagens
não podem ser
podem ser considerados supérfluos ou meros
para quem estivesse distante. Houve quem du-
considerados
”devaneios de uma mente criativa”. Apenas agu-
vidasse que as lâmpadas eram realmente acesas pelo beijo, e os mais incrédulos suspeitaram
supérfluos ou
que alguém escondido apertava um botão. Cré-
‘devaneios de
dulas ou não, as expressões de contentamento no rosto de cada pessoa que via as luzes se
uma mente
acendendo tornou evidente que a árvore atin-
criativa’”
giu o mais alto nível de popularidade. O sucesso da árvore se deve à imaginação do artista Paul Cocksedge, que, no fim das contas, apresentou uma forma única e bemsucedida para falar de amor. Amor entre os 46 �
dirigente Lojista � jan/FEV 2011
çando nossa imaginação é que podemos ir além, além de nossos concorrentes, do que os nossos clientes esperam de nós, do que os consumidores imaginam e, principalmente, além de nós mesmos. Do que um dia foi um limite para nós. Por isso convido você a começar 2011 refletindo sobre uma afirmação de Albert Eins-
Kátia Bello Arquiteta e sócia-diretora da Opus Design. katia@opusdesign.com.br
tein, alguém que chegou a resultados nunca antes imaginados e soube ir além de seu tempo: ”A imaginação é mais importante que o conhecimento”.
m ó v e i s
e
n e g ó c i o s
O otimismo é maior na Região Nordeste, onde 62,2% dos consumidores dizem que este é um bom momento para adquirir bens de consumo duráveis 48 �
dirigente Lojista � jan/FEV 2011
por
Geraldo Rigoni
geraldo@geraldorigoni.com.br
O momento dos
duráveis A maioria dos brasileiros considera a situação atual favorável à compra destes produtos no comércio
A
maioria dos brasileiros acre-
las consideram o momento atual ruim
62,2% das famílias acreditam ser este
dita que o momento atual é
para consumo de duráveis.
um bom momento para o consumo de
propício para a aquisição de bens de
Apesar do índice ainda alto de
consumo duráveis, conforme mostra
consumidores que acreditam que o
A Região Sul possui menos famílias
o Índice de Expectativas das Famílias
presente é o melhor momento para
otimistas, já que 45,1% dos consumi-
(IEF) divulgado no início de janeiro
efetuar esse tipo de compra, na com-
dores consultados pelo Ipea acreditam
pelo Instituto de Pesquisa Econômica
paração com novembro – quando
que agora é um bom momento para a
Aplicada (Ipea).
56,3% das famílias tinham essa per-
compra de duráveis.
Enquanto 54,3% das famílias ouvidas pelo Ipea em dezembro de 2010
bens duráveis.
cepção – houve uma queda de 2 pontos percentuais.
Nas regiões Sudeste e Norte, 51,3% dos consumidores têm essa percep-
afirmaram que o momento é bom para
Considerando as regiões brasileiras,
comprar essas mercadorias, 41,2% de-
o otimismo é maior no Nordeste, onde
ção, ao passo que no Centro-Oeste, o percentual alcançou os 54,3%.
Classe C é a principal consumidora de móveis e itens domésticos De 2002 para 2010, os gastos das famílias da
Já as despesas das classes D e E cresceram de R$
classe C com produtos como cama, sofá, armários,
1,7 bilhão para R$ 8,3 bilhões, o que elevou a
luminárias, tapetes e utensílios domésticos
participação de 15,91% para 19,85%.
subiram de R$ 3,1 bilhões para R$ 17,9 bilhões,
A pesquisa mostra que houve crescimento de
ultrapassando o consumo das classes A e B, que
consumo para todas as classes sociais. Os gastos em
subiu num ritmo menor, passando de R$ 5,9 bilhões
2010 são 3,93 vezes o valor registrado em 2002.
para R$ 15,8 bilhões.
Mas é a classe C que assume condição de destaque
Em 2002, a classe C tinha 29,32% das compras de
nos últimos oito anos, ultrapassando as classes A e
móveis e itens domésticos. Em 2010, o percentual
B na composição do total de gastos para a casa. Na
subiu para 42,70%. Em contrapartida, o consumo
classe C, o aumento foi de 5,69 vezes. Já nas classes
das classes A e B caiu de 54,77% para 37,46%.
A e B, de 2,67 vezes. dirigente Lojista � jan/FEV 2011
� 49
m ó v e i s
e
n e g ó c i o s
Made in Paraíba Segundo a Associação dos Fabricantes de Móveis e Artefatos de Madeira da Paraíba (Amap), a fabricação de móveis e componentes de madeira está em franca expansão no estado. Nos
Dificuldades pelo caminho Ano começa com câmbio valorizado e baixa demanda internacional para alguns setores
P
ara 2011, o relatório do Bra-
mais com a concorrência chinesa.
desco classificou os setores das
A indústria de móveis, tam-
indústrias de grande porte,
indústrias têxtil, calçados e madeira
bém citada neste grupo, sofre com
como AIAM e Vamol,
como de Baixa Performance. Estes
a concorrência em função de ter
implantaram fábricas em terras
segmentos são os que mais sofrem
como um dos grandes gargalos a
paraibanas. Margeando os
com o câmbio valorizado, a concor-
matéria-prima proveniente da in-
gigantes, as micro e pequenas
rência chinesa e a demanda fraca
dústria da madeira.
empresas e indústrias locais
dos países ricos.
últimos cinco anos, algumas
O Bradesco classifica como Mé-
De acordo com o relatório, eles
dia-baixa Performance os setores
têm em comum o fato de as exporta-
que ainda apresentarão demanda
Com auxílio do Sebrae, 26
ções serem concentradas nos países
robusta em 2011, mas com mar-
empresários de João Pessoa
desenvolvidos e demandarem inten-
gens apertadas por causa do câm-
uniram-se para desenvolver
sivamente mão de obra. Por conta
bio valorizado, da forte concorrência
ações de crescimento
disso, estes setores sofrem ainda
e dos custos elevados.
iniciaram em 2008 um esforço para se manterem vivas.
sustentável para aumentar o faturamento. Dados relativos à comparação de 2008 com 2009 mostram que as empresas agregadas tiveram uma média de crescimento de 16% no faturamento e de 11% de aumento no número de pedidos. No País, existem 16 mil indústrias moveleiras que empregam mais de 200 mil pessoas. Do total de fabricantes, 60% são de móveis residenciais, 25% de móveis de escritório e 15% de móveis institucionais. 50 �
dirigente Lojista � jan/FEV 2011
REFLEXO NO mercado MOVELEIRO A indústria da madeira, essencial para o setor, sofre com a concorrência chinesa
Rumo ao Norte O Grupo Máquina de Vendas Norte (City Lar e Gabryella) anunciou que pretende inaugurar 40 lojas em 2011. Ainda serão realizadas mudanças de ponto e reformas, que incluem climatização e mudança de mobiliário em cerca de 50 lojas. A rede inaugurou recentemente cinco lojas em Mato Grosso e deve inaugurar outras duas nos municípios de Várzea Grande e Cuiabá. Resultado da união da City Lar com a Máquina de Vendas (formada pela fusão CRESCIMENTO E DEMANDA As instalações em Camaçari (BA) podem atender encomendas de até 70 lojas
Casas Bahia inaugura primeiro CD no Nordeste
Q
das marcas Insinuante e Ricardo Eletro), a rede atua em 23 estados e no Distrito Federal.
Adeus, Bahia A empresa varejista Ponto Frio anunciou o fechamento de
uase dois anos após iniciar suas
Isso tudo é suficiente para aten-
operações no Nordeste, a rede
der a demanda gerada por 70 lojas,
suas 53 lojas na Bahia. A rede
varejista Casas Bahia inaugurou seu
apesar de o Nordeste ter ”apenas”
divulgou também informações
primeiro Centro de Distribuição na re-
27 filiais na Bahia, uma em Aracaju
sobre a negociação da
gião, oitavo da rede no País.
(SE), e outras seis no interior baia-
transferência dos pontos
Localizado em Camaçari (BA), na
no com inauguração prevista para
comerciais, distribuídos por
região metropolitana de Salvador, o
2011. Também este ano, a Casas
30 municípios baianos, para
CD foi um investimento de R$ 58 mi-
Bahia deve chegar a mais três esta-
a operadora Claro. Em nota, a
lhões e ocupa uma área de 69 mil
dos da região: Alagoas, Pernambuco
empresa informou que tomou
metros quadrados. As instalações
e Ceará.
a decisão considerando que o formato digital, implementado
têm uma capacidade de estoque de
A Nova Casas Bahia projeta en-
590 mil metros cúbicos, podendo
cerrar 2011 com um faturamento de
somente na Bahia, não se
abrigar 200 caminhões e fazer 6 mil
18 bilhões, representando R$ 1 bi-
enquadra ao novo modelo de
entregas diárias.
lhão a mais do que em 2010.
negócio definido pelo grupo. dirigente Lojista � jan/FEV 2011
� 51
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p o n t o
d e
v e n d a
Os quatro ps
e o varejo de hoje
N
ão dá para falar de marketing e prin-
a qualidade dos produtos da marca que dita
cipalmente de estratégia sem falar na
quais serão seus preços.
famosa teoria que define o marketing mix,
Praça – Este ponto envolve tanto a ques-
elaborada por Jerome McCarthy, e conheci-
tão da localização quanto a questão do ponto
da hoje como os 4Ps (quatro pês). Segundo
de venda em si. Quanto à localização, é nítido
McCarthy, toda estratégia de marketing deve
o esforço dos grandes varejistas em buscar
levar em consideração quatro pilares: Produto,
novos formatos que permitam a operação em
Preço, Praça e Promoção.
bairros ou cidades menores. Há uma grande dificuldade de encontrar, principalmente nos
Mas dentro do varejo de hoje, como se
grandes centros, bons pontos comerciais.
comportam esses quatro elementos? Produto – Podemos dizer que o varejo ca-
Quanto ao ponto de venda em si, vale a pena
minha por dois caminhos distintos: oferecer
dizer que os PDVs atuais buscam mais do que
uma solução completa, com grande sortimen-
”Toda estratégia
ser apenas o local de exposição do produto,
to, como no caso dos grandes magazines ou
de marketing
tentando ser um reflexo completo dos atribu-
minho, especializar-se em apenas um produto
deve levar em
cando não apenas informar, mas se comunicar
buscando a excelência no mercado. Podemos
consideração
com seus consumidores. Uma via de mão du-
hipermercados; ou, na contramão desse ca-
também falar do caminho de alguns varejistas que, para preencher lacunas em seu sortimen-
quatro pilares:
to ou fortalecer a ligação de sua marca com
Produto,
o consumidor, vêm investindo no lançamento
Preço, Praça e
de marcas próprias. Preço – Nem sempre o menor preço é a
Promoção”
de preço de seus consumidores, ou seja, sua valia. Na relação entre marca e preços, não são os preços que criam valia às marcas, mas 52 �
dirigente Lojista � jan/FEV 2011
pla para troca de informações e aprendizado, visando sua constante evolução. Promoção – É o ”sangue que corre nas veias” do varejo, principal motor propulsor de boas vendas. Entretanto, busca-se através de softwares e estudos específicos oferecer promoções individualizadas e customizadas, mais
melhor estratégia competitiva. O correto é ter um valor de mercadoria adequado à sensação
tos e desejos das marcas, interagindo e bus-
Caio Camargo Gerente comercial do Gad'Retail e autor do blog Falando de Varejo www.falandodevarejo.com.br
de acordo com o real interesse dos consumidores. Comprou uma TV de alta definição? Que tal um desconto na compra de um aparelho de Blu-ray, ou ainda um home theater?
t e c n o v a r e j o
quem é o e-consumidor
brasileiro Pesquisa do Ibope revela o perfil de quem compra pela internet
O
Ibope Mídia entrevistou 2.500
pras pela internet e está concentra-
internautas em 11 regiões do
do entre São Paulo e Rio de Janeiro
País, incluindo cinco capitais e o
(37% dos entrevistados).
Distrito Federal com uma missão:
O levantamento foi realizado
descobrir o perfil do consumidor on-
entre maio e junho de 2010 e se
line brasileiro. E a pesquisa apontou
apoiou na base de dados mundial
como principais resultados que o
do Target Group Index, com um uni-
e-consumidor verde e amarelo tem
verso de 61 milhões de pessoas en-
33 anos, pertence à classe AB, gasta
tre 15 e 64 anos. Veja a seguir mais
em média R$ 118 por mês em com-
dados da pesquisa.
Faixa etária – De acordo com a pesquisa, a faixa etária que mais consome em lojas virtuais é a que está entre 25 e 44 anos, totalizando 48%, sendo que a idade média do e-consumidor brasileiro é 33 anos. A segunda faixa etária que mais consome na internet brasileira, 17%, é formada por compradores que possuem idade entre 20 e 24 anos. Gênero e estado civil – Os homens compram mais pela internet do que as 54 �
dirigente Lojista � jan/FEV 2011
por ALEXANDRE
GONÇALVES
alexandre@agenteinforma.com.br
mulheres (54% contra 46%). En-
Produtos preferidos – Os consu-
quanto isso, há um equilíbrio entre
midores virtuais estão interessados
casados e solteiros: 49% e 41%,
em comprar livros (30%), telefones e acessórios para celulares (20%), ele-
respectivamente. Localização – Outra característica do comércio eletrônico
trodomésticos (18%) e produtos de tecnologia pessoal (17%).
brasileiro é a concentração, apon-
Desejos de compra – Um total de
ta a pesquisa. As cidades de São
25% dos entrevistados respondeu que-
Paulo e Rio de Janeiro reúnem 37%
rer comprar câmeras digitais. Outros
dos compradores em lojas virtuais.
17%, celulares, sendo que 15% decla-
Classe socioeconômica – Como
raram o desejo de comprar um iPhone.
destacado, o e-consumidor é, em sua
Preferências – Cerca de 80% dos
maioria, da classe AB, respondendo
entrevistados navegam pela web para
por 61% da receita do e-commerce
comparar preços. Outros 66% respon-
brasileiro. A classe C, que vem ga-
deram que realizaram de uma a cinco
nhando destaque no mercado con-
compras pela internet nos últimos seis
sumidor, aparece na pesquisa com
meses, enquanto que 30% disseram
35%, enquanto que a classe DE
ter gasto pelo menos R$ 224 nas com-
soma 4%.
pras on-line no mesmo período.
números do MERCADO virtual Confira o desempenho do comércio eletrônico brasileiro em 2010, com destaque para o período do Natal, de acordo com levantamento da camara-e.net.
R$ 2,2 bilhões
Valor movimentado em vendas de bens de consumo entre 15 de novembro e 24 de dezembro, representando aumento de 40% em relação ao mesmo período de 2009.
6 milhões
Total de pedidos também entre 15 de novembro e 24 de dezembro.
224 mil
Pico de pedidos ocorrido no dia 14 de dezembro. Em 2009, o pico foi de 150 mil pedidos no dia 16 de dezembro. dirigente Lojista � jan/FEV 2011
� 55
t e c n o v a r e j o
Como fisgar o e-consumidor Cinco dicas para quem quer investir no marketing digital em 2011
O
desempenho do mercado on-
a empresa. É preciso buscar formas
otimização e e-mail marketing, e
line no Brasil não poderia ser
criativas de utilizar ferramentas tra-
avaliar o investimento em sites de
melhor, como mostram os números
dicionais, como links patrocinados,
compra coletiva e programa de afi-
publicados nesta edição do TecnoVarejo. E diante de um segmento com bons resultados e perspectivas ainda melhores, que estratégias um lojista deve adotar para fisgar o consumidor on-line? Quem responde é o consultor Sílvio Tanabe, consultor da Magoweb e autor do blog Clínica Marketing Di-
Que estratégias adotar diante de um segmento com bons resultados e perspectivas ainda melhores?
liados. Redes sociais – Torna-se quase obrigatório estar presente nas redes e mídias sociais devido à abrangência entre os internautas e crescimento em importância nas decisões de compra. Mas para se obter resultados efetivos é necessário considerar duas variáveis essenciais: seu público-alvo
gital (www.magoweb.com/cli-
e a forma como ele interage em
nicadigital), que preparou uma
cada rede social.
lista com cinco aspectos que de-
Tendências – Em 2011, a ten-
vem ser considerados por quem
dência que merece mais atenção
deseja investir em marketing di-
é o mobile marketing. Acompanhe
gital em 2011.
a popularização dos smartphones
E-Commerce – As platafor-
com conexão à internet, do iPad
mas de e-commerce são cada vez
e tablets (computadores sem te-
mais acessíveis, seguras e com
clado), que possibilitam novas for-
vários recursos para administra-
mas de publicidade, como aplica-
ção, controle de estoque, vendas
tivos (APPs) e games.
e formas de pagamento. O desafio
Profissionalização – Seja por
atual para o sucesso no comércio
meio de profissionais próprios ou
eletrônico está no atendimento,
de uma agência, é necessário ter
logística e segmentação.
a orientação e suporte especia-
Publicidade on-line – Os inves-
lizado para planejar, executar e
timentos em publicidade on-line
acompanhar as diversas ações,
também precisam ser aprimora-
que além de tudo precisam estar
dos. Não se trata necessariamente
alinhadas e integradas a outras
de aumentar a verba, mas atuar de
atividades comerciais e de mar-
forma diferenciada para destacar
keting da empresa.
56 �
dirigente Lojista � jan/FEV 2011
PayPal e Vivo lançam pagamento por telefone celular
Tem que ter conteúdo Pesquisa mostra que e-mail marketing só com anúncio não agrada aos usuários Inova Tecnologias, empresa es-
A
e-mail e 27% dos usuários preferem a
pecializada em sistema de e-
mala-direta postal tradicional. Apenas
mails, realizou uma pesquisa on-line
10% são receptivos a ligações promo-
sobre e-mail marketing entre os bra-
cionais e 5% a visitas comerciais;
sileiros e obteve como principal re-
• Os usuários são mais receptivos a
sultado a preferência por mensagens
receber e-mail marketing de empresas
com conteúdo editorial. No total, 76%
que possuem escritório ou loja em sua
dos entrevistados preferem receber
cidade do que de empresas que atuam
novidades e ofertas das empresas via
apenas pela internet;
e-mail marketing, mas esperam que
• Os usuários preferem receber e-
estas mensagens contenham conteú-
mails comerciais mensalmente (38%)
do editorial relevante. Veja alguns dos
ou semanalmente (25%);
resultados da pesquisa:
• Os fatores mais importantes para
• 78% dos usuários afirmam que
julgar se uma mensagem é ou não
costumam ler os boletins que veicu-
spam são, em lados opostos, a predo-
lam conteúdo editorial, número que
minância de conteúdo editorial relevan-
cai para 45% quando o boletim con-
te (a maioria diz que não marcaria como
tém apenas anúncios publicitários;
spam) e a predominância de anúncios
• 76% dos usuários desejam receber ofertas de produtos e serviços por
(a maioria marcaria como spam ou
A empresa de pagamentos online PayPal e a operadora Vivo firmaram parceria que permitirá aos brasileiros pagar suas contas usando o telefone celular. Os pagamentos são efetuados por meio de SMS. Segundo a Vivo, a novidade estará disponível a partir do primeiro trimestre de 2011 apenas para os clientes da operadora que possuem aparelhos com as tecnologias GSM e 3G nos planos pré-pago, Vivo Controle ou pós-pago. Operando em 190 países, com mais de 2 milhões de contas, a PayPal espera atingir um volume de mais de US$ 500 milhões em transações este ano no mundo.
Groupalia chega a 2 milhões de usuários no Brasil A Groupalia, empresa espanhola que atua no segmento de compras coletivas, febre da internet em todo o mundo, acaba de alcançar a marca de 2 milhões de usuários no Brasil. No Brasil desde agosto, a Groupalia atua em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre e Brasília, oferecendo diversos serviços de lazer com até 90% de desconto. De acordo com o diretor da empresa no Brasil, Henrique Iwamoto, a expectativa é que a unidade brasileira supere a matriz na Espanha. ”O Brasil é a nossa grande aposta por ter um perfil de consumidor totalmente ligado em promoções e oportunidades”, diz.
apagaria a mensagem sem ler). dirigente Lojista � jan/FEV 2011
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c l i e n t e
O VALOR DA
EXPERIÊNCIA O
que significa uma boa experiência
Algumas lojas promovem um verda-
para você? Há muito tempo, certas
deiro encontro entre amigos, incluem mú-
frases que permeiam a relação entre o clien-
sicas após determinado horário, organizam
te e a empresa já não fazem tanto sentido:
eventos e criam verdadeiros clubes entre os
”servir bem para servir sempre”, ”posso te
clientes, usando também as redes sociais
ajudar”, ”a sua opinião é muito importante
para alavancar informações sobre produtos,
para nós”, etc. O comportamento do cliente
desfiles e novas coleções.
mudou e a suas expectativas com relação
O cliente quer ser reconhecido e se
ao atendimento também.
sentir bem. Isso envolve a organização do
Quando alguém compra uma viagem,
espaço, atmosfera, atendimento impecá-
espera muito mais do que apenas passeios
vel e aroma. Há empresas especializadas
agradáveis e descoberta de novos lugares.
em marketing olfativo, pois o cheiro aguça
Sua expectativa é ter uma experiência me-
”O cliente quer
determinadas áreas do cérebro e provoca
morável! Chegar a um hotel e ser tratado
ser reconhecido
emoções e sensações nas pessoas. Muitas
com cortesia, quartos limpos, toalhas macias, camas confortáveis, internet sem fio
e se sentir bem.
e chocolates na cama. Hóspedes esperam
Isso envolve a
ser ”mimados” na medida certa. Mas tudo
lojas e até mesmo alguns supermercados trabalham com esta ferramenta. Pequenos detalhes fazem a diferença, portanto conheça bem seu público e tra-
precisa acontecer de forma natural e sem
organização do
balhe para surpreendê-lo. Treine e envolva
imprevistos, e isso só ocorre quando a em-
espaço e um
seus funcionários, pois as boas experiências
presa está muito focada em qualidade e
atendimento
são propagadas, mas o inverso também é
presta atenção aos detalhes. Os novos shoppings já buscam a huma-
impecável”
nização das suas áreas, incluindo áreas mais verdes em seus projetos paisagísticos, cafés, lugares mais confortáveis para as pessoas sentarem, livrarias e uma série de serviços agregados para tratar muito bem o cliente. 58 �
dirigente Lojista � jan/FEV 2011
verdadeiro. Lembrar do aniversário continua sendo importante, mas não o faça de maneira mecanizada, demonstre interesse ge-
Luciana Carmo Especialista em gestão de serviços e palestrante. luciana.carmo@mixxer. com.br
nuíno em conhecer o cliente e em antecipar seus desejos. E não esqueça: oferecer experiências positivas e memoráveis é a melhor maneira de agregar valor ao seu negócio
janeiro/2011 – www.sebrae.com.br – 0800 570 0800
informe do serViço brasileiro de apoio àS micro e pequenas empresas
aS VANTAGENS DA fORMALIZAÇÃO Trabalhadores informais regularizados ganham qualidade nos serviços oferecidos e ampliam sua participação no mercado partir do acesso à rede. ”No início, as pessoas mal sabiam como ligar o computador. Hoje, independente do nível de instrução, muita gente sabe acessar os sites para se comunicar, como as redes sociais, e para fazer pesquisas escolares, manter-se bem informado ou simplesmente jogar.” Com o cadastro do Empreendedor Individual em mãos, Marcos pode usufruir de benefícios que antes não tinha alcance. Um dos exemplos citados por ele é o Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), que vai lhe possibilitar prestar serviços para outras empresas. ”O pagamento mensal pela formalização é compatível com a estrutura e o rendimento de meu negócio e me permite ter acesso a crédito com taxas menores. Tenho mais segurança em minha firma”, complementa o empresário. O registro ainda tornou possível que o estabelecimento de Marcos ingressasse na Associação Pernambucana de Centros de Inclusão Digital (Apecid). Criada este ano, a entidade é responsável por representar a
Foto: Fausto Muniz / Sebrae em Pernambuco
C
onhecido por reunir importantes centros culturais, como o Memorial Chico Science e a Casa da Cultura, além de igrejas de alto valor histórico, o Bairro de São José, no centro de Recife, é um dos mais antigos da cidade. Apesar da diversidade cultural, moradores como o ex-militar Marcos Francisco, de 38 anos, perceberam carências que apenas as invenções da modernidade são capazes de resolver. ”Moro aqui há anos e notei a pequena quantidade de locais onde a população pudesse ter acesso à internet”, revela. Dessa forma, há três anos, ele abriu o Centro de Inclusão Digital Lan da Vila, que no início tinha apenas três computadores e hoje já conta com oito. Recentemente, Marcos aderiu ao Empreendedor Individual, para que seu negócio funcione de forma mais profissional. ”Há três anos, era difícil encontrar locais que permitissem o acesso a baixo custo”, revela Marcos. Ele ainda relata mudanças nos hábitos da popularização a
”O pagamento mensal pela formalização é compatível com a estrutura e o rendimento de meu negócio e me permite ter acesso a crédito com taxas menores”
Dono de lan house realiza cadastro e oferece o serviço em bairro
Empreender Este informe é de responsabilidade do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), sob coordenação da Gerência de Marketing e Comunicação. Endereço: SGAS 604/605, módulos 30 e 31, Asa Sul – Brasília/DF – CEP: 70.200-645 // Fone: (61) 3348-7100 // Twitter: @sebrae
Foto: André Telles
O empresário mantém um cadastro atualizado dos clientes na internet, que inclui, além de pessoas físicas, cerca de 35 empresas, onde detalha até o gosto de cada um Antônio Nélson Gonçalves, mais conhecido como Nelsinho da Pipoca, conta que vai começar a receber pagamentos com cartão
classe de proprietários de lan houses em Pernambuco, tendo a participação de 30 empresas no estado. De acordo com dados de 2007 do Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (Cetic.br), mais de 50% dos acessos à internet são realizados pelas classes C e D e via centros públicos pagos, ou seja, lan houses e cyber cafés. //Regularização e informatização Cartões de crédito e débito têm sido cada vez mais utilizados pelos pequenos empreendimentos. É o caso de Jorge Eduardo Ribeiro Ramos, dono de uma pet shop na Rocinha (comunidade do Rio de Janeiro), que passou a oferecer este tipo de pagamento, uma conquista trazida pela formalização como EI. ”Tenho muitos clientes de alto poder aquisitivo na vizinhança e eles me encomendavam rações e medi-
camentos. Nunca deixei de atendê-los, mesmo pagando até 40% mais caro pelos produtos. Com o CNPJ, minha margem de lucro aumentou muito e ainda posso fazer estoque”, comemora. Recentemente, ele abriu uma loja em São Conrado, bairro vizinho à comunidade onde mora e ainda planeja outro ponto em Jacarepaguá, zona oeste da cidade. Faturando cerca de R$ 8 mil por mês, ele já não se enquadra como EI, previsto para quem ganha até R$ 36 mil por ano. ”Graças a Deus, meu negócio cresceu e, com o cartão, vou faturar ainda mais. Não vou mais perder um cliente, porque ele não tem dinheiro na carteira no momento da compra”, resume. A formalização também modificará a vida de Antônio Nélson Gonçalves, mais conhecido como Nelsinho da Pipoca. ”Depois do carnaval, começo a oferecer pagaServiço
Textos: Agência Sebrae de Notícias – www.agenciasebrae.com.br Central de Relacionamento Sebrae: 0800 570 0800 Mais informações: www.portaldoempreendedor.gov.br
www.sebrae.com.br – 0800 570 0800
mento através de cartão”, vai logo avisando. Com uma carrocinha na Cinelândia, centro comercial do Rio, começou a chamar a atenção ao criar o Disk Pipoka para atender quem não podia sair do trabalho. Pipoca com bacon, leite condensado e pitadas de canela são algumas das opções. ”Olha, mais de 20 pessoas já me falaram sobre o pagamento com cartão. Como sempre procuro atender aos pedidos dos clientes, vou aderir”, afirma. A tecnologia já faz parte do dia a dia do negócio do pipoqueiro. O empresário mantém um cadastro atualizado dos clientes na internet, que inclui, além de pessoas físicas, cerca de 35 empresas, onde detalha até o gosto de cada um. Nelsinho já criou um blog, usa o Twitter para dar informações fresquinhas e planeja comprar um netbook para dar informações em tempo real.
o p i n i ã o
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SOBRE
LOJA
O QUE ESPERAR para vocÊ
E SUA LOJA EM 2011? A
tendência é acontecer exatamente o
Tudo dependerá de suas atitudes diante da
que ocorreu no ano passado. É como
equipe, dos fornecedores, dos clientes e prin-
receita de bolo: se batermos a massa sempre
cipalmente diante de si próprio. Não adiantará
da mesma forma, com a mesma receita e os
culpar o mercado, o governo, os clientes, a equi-
mesmos ingredientes, pode ter certeza de que
pe, sua mulher, a ”namorante” ou seja lá quem
teremos sempre o mesmo bolo.
você costuma culpar pelos insucessos de sua
Não adianta todo ano fazer uma listinha
loja. Se alguma coisa tem que mudar, deve co-
do que vai fazer no ano que vem se você não
meçar por você mesmo antes de querer mudar
consegue se desapegar da rotina, se qualquer
sua loja e as pessoas ao seu redor.
alteração em sua vida é uma coisa impossível
Se analisarmos friamente nossos negócios
de pensar. Ainda mais se você é daqueles que
veremos que o sucesso depende de fazer o
joga sempre a culpa nos outros. Veja como é fácil fazer isso: ”O mercado não está favorável”, ”a equipe não está preparada”, ”hoje não, vamos começar amanhã”, ou então, ”não preciso de informações ou cur-
”Tudo dependerá de suas atitudes diante da equipe,
sos, eu sei o que vai acontecer”. E assim por
dos fornecedores,
diante. Basta olhar-se no espelho e ver o filme
dos clientes e
do que você disse no ano passado sobre as mudanças que pensou fazer e não fez. E pensar também em quantas pessoas deixou de consultar ou de quantos eventos deixou de participar, onde novas ideias foram
principalmente diante de si próprio”
grande coisa, pois ”o olho do dono ajuda a engordar”. Engordar o que, se você não vê e nem usa outras maneiras de administrar? 62 �
dirigente Lojista � jan/FEV 2011
dando novos nomes e estas obviedades. Sua equipe está preparada? Desde o conhecimento dos produtos, das condições de entrega e financeiras, ao merchandising da loja e à apresentação pessoal de cada colaborador? Seu mix está adequado ao perfil dos clientes? Ao momento que o mercado está atravessando? Ao que o consumidor está procurando? Seus preços são competitivos? Qual o nicho de mercado que você está trabalhando? Sua loja tem um bom merchandising ou mais parece um depósito bagunçado, sujo, caixas abertas, corre-
trocadas. Quantas vezes ficou enfiado em sua loja sem sair achando que estava fazendo
óbvio, mas costumamos querer ”marquetear”,
Josemar Basso Administrador de empresas, consultor e palestrante. josemarbasso@ officemarketing.com.br
dores atravancados? E você? O que está fazendo hoje diferente do que fez ontem para mudar o que precisa ser mudado, em você e na sua loja?
CA
IInvestir nvestir em m ssucesso ucesso é bbom. om. EEm m 1166 aanos nos dde e ssucesso ucesso é melhor m elhorr aainda. inda. O Pátio P ti Pá tio o Belém Be Belé elém lé ém tem te comodidade, como modi dida dade de,, serviços serv se rviç iços o e varievar arie ie-que deixam dade da de e q ue d ue eixa ei xam m ainda aind ai n a mais is completa ccom ompl plet pl etaa a vida et v da de vi de mais m ma ais d de e 45 mil mil pessoas pes esso soas as que visitam vis sit itam am o shopping ssho hopp p ing diariamente. esse sucesso diar di aria iame ment nte. e E e e. s e su ss suce cess s o pode po ode ser serr seu, seu e , ini in vestidor, público certo vest ve stid idor or,, que que já começa ccom omeç om eçaa com com um p úblilico úb co o ccer e to er para a o seu seu negócio. neg n egóc ócio io. mercado diferenSão 16 1 aanos noss de m no mer erca cado ccom om u um m mix di dife fere rennlojas, cciado ci ado de loj ojas as,, confortáveis conf co nfor ortá t áve veis is salas sal alas as de de cinema, cine nema ma,, moda, supermercado, mo superm mer erca cado do,, praça praç pr a a de alimentação, alilime ment ntaç a ão, lojas loja lo jass departamento serviços consolidam Pátio de d dep epartamento o e se serv rviç iços os q que ue ccon o so on solilida dam m o Pá Páti tio o Belém coração cidade. Belé Be lém m como c mo o sshopping co ho opp ppin ing g do ccor raç ação ã d ão daa ci cida dade. hora lazer, quem vive Na h hor oraa da dass comprass e do llaz azer er,, qu uem m vviv ive e em Besempre encontra Shopping do Coração lém lé m se semp mpre re sse encont tra n no o Sh Shop oppiing d o Co Cora raçã ç o Cidade. da C idad id ade. e.
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l e i t u r a
|
l a n ç a m e n t o s
Empreendedorismo na internet
Bom chefe, mau chefe Robert I. Sutton Bookman. 256 pág. R$ 49
Dailton Felipini Editora Brasport. 224 pág. R$ 45
Este é um livro que vai tirar (ou garantir) o sono de quem exerce alguma função de chefia. A partir de sua leitura, você não poderá mais fugir da realidade: que tipo de chefe você é? Mas não espere um livro de testes e autoavaliação. Este é um texto embasado em pesquisas e repleto de exemplos e casos reais, que escancaram a por vezes dura vida de quem tem um chefe.
O propósito deste livro é duplo: ajudar o empreendedor a encontrar um segmento de negócio na internet compatível com seus interesses e fornecer critérios de avaliação para possibilitar mais segurança com relação às perspectivas de sucesso. O autor oferece 100 ideias para potenciais negócios na internet, 50 delas ligadas ao comércio.
E se o cliente não tiver razão? Seus clientes são irracionais. E, na
partir de sua atividade como consultor na
verdade, você também. Nós todos somos.
área de experiência de compra, o autor
A maioria de nossa atividade cognitiva
demonstra como a parte subconsciente
ocorre no subconsciente ”irracional”,
do cérebro comanda decisões e
escondido do nosso cérebro racional. E isso
comportamentos de consumo.
tem grande influência na forma como seus
Ao apresentar o conceito de ”cliente
clientes percebem o mundo ao seu redor e
irracional”, Cusick propõe maneiras de
tomam decisões. Segundo William Cusick,
modificar estratégias em áreas que vão
quando as empresas se derem conta
da pesquisa e design de produto ao
disso, inevitavelmente vão mudar suas
recrutamento de funcionários e layouts de
estratégias para atrair e manter clientes. Combinando dados de pesquisas recentes com exemplos do mundo real a
Todos os clientes são irracionais William J. Cusick | CampusElsevier | 224 pág | R$ 55,90
clientes estão realmente fazendo, e não no que eles dizem ou acham que fazem.
Manual do sócio
O líder comunicador
Em linguagem simples, aborda questões que todo integrante de uma sociedade deve saber. Advogado especialista em Direito Societário, o autor aponta o caminho para que futuros sócios avaliem todos os aspectos antes de começar um negócio, evitem brigas durante a empreitada e conduzam uma eventual separação da melhor maneira possível.
Apresentando um programa de sete passos para transformar sua mensagem em uma história convincente, este livro é indicado para qualquer pessoa que tem de realizar uma palestra. O leitor encontrará técnicas e ferramentas práticas, com cases de empresas como Microsoft e Intel e personalidades como Barack Obama e Frank Sinatra.
Jair Gevaerd Editora Íthala. 201 pág. R$ 39
64 �
loja, sempre baseando-se naquilo que os
dirigente Lojista � jan/FEV 2011
Jerry Weissman Campus-Elsevier. 272 pág. R$ 59,90
a g e n d a
Construindo bons negócios A 19a edição da Feicon Batimat reúne fornecedores do segmento de material de construção A Feicon Batimat é o principal evento do setor da construção na América Latina com o objetivo de demonstrar produtos, tendências, soluções e lançamentos, reunindo em um único local. É o ambiente ideal para o lojista deste segmento conhecer novos produtos e serviços, observar as tendências do mercado, além de analisar concorrência e estreitar relacionamento com fornecedores no âmbito nacional e internacional. A feira conta com expositores de setores como Automação, Ilumi-
nação, Revestimentos, Aquecedores e Ar-Condicionado, Portas, Janelas e Acessórios, Transporte, Produtos para Cozinhas e Banheiros, Fundações e Estruturas e muito mais. 15 a 19/03/2011 Feicon Batimat 19a Feira Internacional da Indústria da Construção Pavilhão de Exposições do Anhembi São Paulo – SP www.feicon.com.br
Fevereiro 3 a 6/02/2011 Expo Noivas & Festas 18a Feira de Produtos e Serviços para Casamentos e Festas Centro de Exp. Imigrantes São Paulo – SP www.exponoivas.com.br
19 a 20/02/2011 Salão do Esudante 17a Feira Internacional da Educação Centro de Eventos São Luís São Paulo – SP www.salaodoestudante. com.br
9 a 12/02/2011 Feninjer 52a Feira Nacional da Indústria de Joias, Relógios e Afins Transamérica Expo Center São Paulo – SP www.feninjer.com.br
22 a 24/02/2011 Bijóias 52o Salão de Bijuterias, Folheados, Prata e Acessórios de Moda Centro de Convenções Frei Caneca São Paulo – SP www.masi-bijoias.com.br
16 a 19/02/2011 Abimad 9a Feira Brasileira de Móveis e Acessórios de Alta Decoração Centro de Exposições Imigrantes São Paulo – SP www.abimad.com.br 66 �
22 a 25/02/2011 Texfair Home Feira Internacional de Produtos Têxteis para o Lar Parque Vila Germânica Blumenau – SC www.texfairhome.com.br
dirigente Lojista � jan/FEV 2011
Março 11 a 15/02/2011 Abup Show 22a Feira da Associação Brasileira das Empresas de Utilidades e Presentes Pavilhão Bienal do Ibirapuera São Paulo – SP www.abup.com.br
14 a 17/02/2011 Gift Fair 42a Brazilian International Gift Fair Expo Center Norte São Paulo – SP www.giftfair.com.br
Abril 12 a 16/04/2011 Automec 10a Feira Internacional de Autopeças, Equipamentos e Serviços Pavilhão de Exp. do Anhembi São Paulo – SP www.automecfeira.com.br
13 a 16/04/2011 Abrin 28a Feira Brasileira de Brinquedos Expo Center Norte São Paulo – SP www.abrin.com.br