Dirigente Lojista 439 - Maio 2011

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lojista dirige nte

ano 36 · n°

9· 43

M

AI O

20 11 · r$ 9,90

ENTREVISTA Conrado Vaz revela os segredos do Google e conta como vencer no e-commerce PERFIL Luciano Hang e a expansão sem limites da Havan

POR MEIO DE Ações sociais e de Capacitação, jovens lojistas em todo o país se unem para traçar o futuro do movimento lojista

Lideranças

em FoRMAÇÃO




Nesta edição

DIRETORIA DIRETORIACNDL CNDL

P

ara se fortalecer ainda mais e se manter constantemente

atualizado, o Movimento Lojista não pode ficar parado no tempo. Novas ideias e novas lideranças devem surgir para levar adiante a luta por melhores condições para os varejistas brasileiros, sem contudo deixar de aprender com a experiência das gerações anteriores. Ciente disso, a CNDL tem buscado consolidar e expandir a atuação das CDLs Jovens, verdadeiros núcleos de formação de novos líderes espalhados pelo País.

Presidente Roque Pellizzaro Junior 1º. Vice-Presidente Vítor Augusto Koch Vice-Presidente Adão Henrique Vice-Presidente Francisco Honório Pinheiro Alves Vice-Presidente Geraldo Cesar de Araújo Vice-Presidente José Cesar da Costa Vice-Presidente Melchior Luiz Duarte de Abreu Diretor Administrativo e Financeiro Silvio Antônio de Vasconcelos Souza Diretor do DASPC Roberto Alfeu Pena Gomes DIRETOR CDL Jovem Samuel Torres de Vasconcelos Diretores Ralph Baraúna Assayag, Maurício Stainoff, Sergio Alexandre Medeiros, Jair Francisco Gomes, Marcelo Caetano Rosado Maia Batista, Mustafá Morhy Júnior, Paulo Gasparoto, Ilson Xavier Bozi, Maria do Socorro Teixeira Noronha, Antônio Xará, Fernando Luis Palaoro, Francisco Regis Cavalcanti Dias DIRETORIAS ESPECIAIS Adilson Schuenke Emanuel Silva Pereira Celso Vilela Guimarães Geovanne Telles Valdir Luiz Della Giustinna Marcelo Sales Antoine Youssef Tawil José Manoel Ramos Egnaldo Pedro da Silva

tas, estes grupos promovem ações sociais e manifestações de cunho político e econômico com a descontração característica da juventude, mas também com muita seriedade e olho no futuro. Além da conscientização da população a respeito das causas lojistas, outra preocupação da CDL Jovem é com a capacitação de seus integrantes para atuarem como lideranças emergentes do Movimento Lojista. Para conhecer melhor o trabalho da CDL Jovem e saber como participar, confira a matéria de capa desta edição a partir da página 22. Boa leitura e boas vendas! Diógenes Fischer Editor 4�

dirigente Lojista � maio 2011

Conselho Fiscal Alberto Fontoura Nogueira da Cruz, Eduardo Melo Catão e Marcelino Campos (membros efetivos); Jayme Tassinari, Milton Araújo e Divino José Dias (suplentes) Superintendente André Luiz Pellizzaro supervisão Luiz Santana Conselho Deliberativo DO SPC BRASIL Presidente Itamar José da Silva Vice-Presidente José César da Costa Conselho de administração DO SPC BRASIL Presidente Roberto Alfeu Vice-Presidente Melchior L. D. de Abreu Filho Diretor Financeiro Silvio Antônio de Vasconcelos Souza Vice-Diretor Financeiro Marcelo Salles Barbosa Diretor de Comunicação Dr. Francisco de Freitas

CONSELHO SUPERIOR Romão Tavares da Rocha, Aliomar Luciano dos Santos,

Conselho FISCAL DO SPC BRASIL Luiz Antônio Kuyava, Maria do Socorro Teixeira Noronha, Antoine Yossef Tawil

ASSINE a dirigente lojista (61) 3213 2000 | assinatura.dirigentelojista@cndl.org.br | www.cndl.org.br

Reunindo jovens empresários e herdeiros de empresas varejis-

Geruza Lúcia de Nazareth, Francisco Freitas Cordeiro, Álvaro Cordoval de Carvalho

Serviço Ao Assinante assinante.dirigentelojista@cndl.org.br A revista Dirigente Lojista é produzida pela Editora Empreendedor DIRETOR-EDITOR Acari Amorim acari@empreendedor.com.br DIRETOR DE COMERCIALIZAÇÃO E MARKETING Geraldo Nilson de Azevedo geraldo@empreendedor.com.br REDAÇÃO dirigentelojista@empreendedor.com.br EDIÇÃO-EXECUTIVA Diógenes Fischer REPORTAGEM Alexandre Gonçalves, Fábio Bianchini, Marlon Aseff e Mateus Boing EDIÇÃO DE ARTE Diógenes Fischer PROJETO GRÁFICO Wilson Williams REVISÃO Lu Coelho EDITORA DO PORTAL DA CNDL Ana Paula Meurer EDITORA DO PORTAL EMPREENDEDOR Carla Kempinski SEDES São Paulo DIRETOR COMERCIAL Fernando Sant’Anna Borba fernandoborba@empreendedor.com.br EXECUTIVO DE CONTAS Osmar Escada Junior e Ana Carolina Canton de Lima Rua Sabará, 566 – 9º andar – conjunto 92 – Higienópolis 01239-010 – São Paulo – SP Fone: (11) 3214-1020 empreendedorsp@empreendedor.com.br Florianópolis EXECUTIVA DE ATENDIMENTO Joana Amorim anuncios@empreendedor.com.br Rua Padre Lourenço Rodrigues de Andrade, 496 Santo Antônio de Lisboa – 88053-400 – Florianópolis – SC Fone: (48) 3371-8666 CENTRAL DE COMUNICAÇÃO Rua Anita Garibaldi, nº 79, sala 601 - Centro Fone: (48) 3216-0600 E-mail: comercial@centralcomunicacao.com.br

ESCRITÓRIOS REGIONAIS Rio de Janeiro Rua São José, 40 – 4º andar – Centro 20010-020 – Rio de Janeiro – RJ Fone: (21) 2611-7996 / 9607-7910 milla@triunvirato.com.br Brasília Ulysses C. B. Cava Condomínio Ville de Montagne, Q. 01 Casa 81 - Lago Sul - 71680-357 - Brasília - DF Fones: (61) 9975-6660 / 3367-0180 ulyssescava@gmail.com Rio Grande do Sul Flávio Duarte Rua Silveiro 1301/104 – Morro Santa Tereza 90850-000 – Porto Alegre – RS Fone: (51) 3392-7767 commercializare@terra.com.br Paraná Merconeti Representação de Veículos de Comunicação Ltda / Ricardo Takiguti Rua Dep. Atílio Almeida Barbosa, 76 – conjunto 3 Boa Vista – 82560-460 – Curitiba – PR Fone: (41) 3079-4666 ricardo@merconeti.com.br Pernambuco HM Consultoria em Varejo Ltda / Hamilton Marcondes Rua Ribeiro de Brito, 1111 – conjunto 605 – Boa Viagem 51021-310 – Recife – PE – Fone: (81) 3327-3384 hmconsultoria@hmconsultoria.com.br Minas Gerais SBF Representações / Sérgio Bernardes Faria Av. Getúlio Vargas, 1300 – 17º andar – conjunto 1704 30112-021 – Belo Horizonte – MG Fones: (31) 2125-2900 / 2125-2927 sbfaria@sbfpublicidade.com.br PRODUÇÃO GRÁFICA Teixeira Gráfica e Editora

www.empreendedor.com.br


a o s

l o j i s t a s

ajustes vitais NA

lei geral U

m projeto de lei que, após sua aprovação, beneficiará 500 mil micro e pequenas empresas brasileiras deve ser prioridade na agenda dos parlamentares no Congresso Nacional. Trata-se do Projeto de Lei Complementar (PLP) nº 591/10, de autoria do ex-deputado Cláudio Vignatti, que promove ajustes na Lei Complementar nº 123/06, conhecida como Lei Geral. Além da desoneração tributária, outras alterações estão previstas para que os micro e pequenos empreendimentos continuem impulsionando a economia do País. Para que o PLP seja plenamente entendido, divulgado e aprovado, é necessária a mobilização não somente dos empresários, mas de diversos setores da sociedade. Por este motivo, a CNDL e o Sebrae, ao lado de diversas entidades associativas, têm percorrido o Brasil promovendo oficinas, encontros e seminários para esclarecer os pontos do projeto e informando a todos os interessados por que ele é tão premente. A mobilização das entidades tem também o imprescindível apoio da Frente Parlamentar Mista

“As ações para viabilizar as MPEs não se limitam a mudanças de faixas, novos tetos ou a inclusão de novas categorias. É preciso mais” ROQUE PELLIZZARO JUNIOR Presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL)

do Comércio Varejista e da Frente Parlamentar das MPEs, que servem como centros de discussão e conscientização sobre a relevância e impacto positivo que o PLP representa para todo o setor produtivo. Entre os ajustes necessários estão o fim da cobrança da Substituição Tributária e do ICMS na fronteira dos estados, a disponibilização do sistema gratuito de Nota Fiscal Eletrônica para a EPP, a simplificação tributária, o barateamento de equipamentos para inclusão digital, e a eliminação da aplicação do diferencial de alíquota nas opera-

ções entre optantes pelo Simples. Como se observa, as ações para viabilizar as MPEs não se limitam a mudanças de faixas, novos tetos ou a inclusão de novas categorias. É preciso mais. E é necessário manter uma ampla discussão sobre o tema, pois as MPEs precisam de melhores condições para enfrentar um mercado em mutação e cercado por grandes corporações, com maior capacidade de investimento. Somente com a mobilização conjunta conseguiremos atingir o objetivo de termos uma legislação eficaz e justa para as MPEs. dirigente Lojista � maio 2011

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í n d i c e

EDIÇÃO

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16 30

Mercado Confira os resultados da pesquisa O Observador, organizada pela Cetelem BGN, que retrata a consolidação da classe C e a ascensão das classes D e E, em um clima de otimismo com o futuro da economia.

16

34

34

X

6�

Entrevista O especialista em marketing digital Conrado Adolpho Vaz fala sobre a importância de estar bem posicionado nas buscas do Google e comenta estratégias para vender mais no ambiente on-line.

dirigente Lojista � maio 2011

40

40

Perfil Proprietário da Havan, maior rede de lojas de departamento da Região Sul, Luciano Hang quer ir além e prepara-se para inaugurar 25 novas lojas pelo País até o fim de 2012 – cada uma com sua própria réplica da Estátua da Liberdade. Projeto de Loja Confira a reformulação de uma loja da rede de calçados Shoebiz, que conseguiu se tornar mais sofisticada e atraente mantendo-se coerente com a proposta de atender a classe C.


seções 10

Brasil Lojista

12

CDL Jovem

14

Informe Jurídico

48

Móveis e Negócios

54

Tecnovarejo

64

Leitura

66

Agenda

46

Banho de Loja por Kátia Bello

52

Ponto de Venda por Caio Camargo

58

De Olho no Cliente por Luciana Carmo

62

Sobre Loja por Josemar Basso

22

Reportagem de capa

As CDLs Jovem estão se fortalecendo em todo o País e atraindo um número cada vez maior de associados em busca de uma valiosa experiência de vida, onde se aprende na prática a importância do empreendedorismo e do associativismo. É de lá que surgirão novas lideranças que vão renovar a gestão de nossas empresas e do próprio Movimento Lojista.

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b r a s i l

l o j i s t a

Conselho Fiscal aprova contas da CNDL referentes ao ano de 2010

N

o último dia 27 de abril, o Conselho Fiscal da CNDL esteve reunido

em Brasília e, entre os assuntos tratados, destaque para a apresentação dos demonstrativos financeiros e o exame e homologação do balanço do exercício financeiro de 2010. Para o conselheiro fiscal Eduardo Melo Catão, a reunião foi muito positiva e produtiva. “A CNDL está no caminho certo, principalmente no sentido de ter o financeiro auditado”, afirma Catão. “Temos que deixar a casa organizada e tudo certo para que no futuro não encontremos problemas”, diz.

CONTAS EM DIA "Temos que deixar a casa organizada", disse o conselheiro Eduardo Melo Catão (dir.)

Após análise, o balanço do exercí-

Assembleia de Representantes. Além

mem Zelaide Colombo (responsável

cio financeiro de 2010 foi aprovado por

de Catão, participaram da reunião os

pela auditoria), Daniel Grapeggia, da

unanimidade, oportunidade em que o

conselheiros fiscais Marcelino Campos

Juridicon (empresa responsável pela

Conselho Fiscal emitiu parecer conclu-

e Alberto Fontoura, a representante da

contabilidade da CNDL), e o superinten-

sivo recomendando a aprovação pela

Global Auditores Independentes, Car-

dente da entidade André Luiz Pellizzaro.

Confederação apresenta Convenção Nacional a CDLs da Paraíba Representantes das CDLs do Estado da Paraíba estiveram reunidos no dia 9 de abril para conhecer detalhes da 52ª Convenção Nacional do Comércio Lojista, que acontece em Fortaleza, no Ceará, de 11 a 14 de setembro. O gerente da CNDL e integrante da Comissão Organizadora da Convenção Nacional, Kleber Silva, participou da reunião apresentando resultados de convenções anteriores e destacando a importância do envolvimento da FCDL e das CDLs neste evento. Entre os presentes estavam o presidente da FCDL/PB, José Artur; os presidentes da CDL João pessoa, Eronaldo Maia; da CDL Campina Grande, Hilton Carneiro; e da CDL Esperança, Audalécio Nóbrega. 8�

dirigente Lojista � maio 2011


CNDL promove primeira reunião por videoconferência

O

presidente da CNDL, Roque

atmosfera 3.822 quilos de CO2 (gás

Pellizzaro Junior, estreou no dia

carbônico). Vamos supor que o crédi-

29 de abril o serviço de videoconfe-

to de carbono estivesse valendo US$

rência da entidade. Na estreia, ele,

5. A venda da economia total rende-

ao lado do superintendente André

ria US$ 19.110.

Luiz e do gerente Luiz Santana, in-

Para o presidente da CNDL, o uso

teragiram com a CDL Fortaleza que,

da videoconferência é muito impor-

em sua sede na capital cearense,

tante. “Infelizmente não pude estar

realizava uma reunião da Comissão

presente in loco nesta reunião tão

Organizadora da 52ª Convenção Na-

importante para a nossa convenção”,

cional Lojista.

diz Roque Pellizzaro Junior. “Mas com

Participando da reunião através

a videoconferência me fiz presente

de videoconferência, a CNDL gerou

e ainda colaboramos com o meio

uma economia financeira para os

ambiente”, completa. De Fortaleza,

cofres da entidade e também cola-

o presidente, o superintendente e o

borou com o meio ambiente. Se os

gerente da CNDL receberam as boas-

três dirigentes tivessem viajado até

vindas do presidente da CDL, Francis-

Fortaleza, teriam sido emitidos na

co Freitas Cordeiro.

ECONOMIA+ECOLOGIA A tecnologia reduz custos com viagens aéreas e seus impactos no meio ambiente

Integração no Amazonas A FCDL/AM e a CDL Manaus, em nome de seus Presidentes Ralph Baraúna Assayag e Ezra Azury Benzion Manoa, respectivamente, receberam no dia 19 de maio em uma reunião-almoço na sede da CDL o Presidente da Câmara Municipal de Manaus, Isaac Tayah, e o Vice-Presidente da Câmara Municipal de Manaus Marcel Alexandre da Silva. Durante o encontro, os vereadores receberam o Título de Membro Honorário da Frente Parlamentar da Federação e da CDL pelos relevantes serviços prestados à família Lojista.

Dia das Mães eleva vendas em 6,5% O SPC Brasil registrou alta de 6,53% nas vendas do varejo na semana que antecedeu o Dia das Mães. O resultado superou a projeção inicial, de 6%, e referese à variação registrada entre 2010 e 2011. A alta das vendas refletiu o bom momento do consumo interno, o que reforça o otimismo dos comerciantes para as próximas datas festivas de 2011. “Mesmo com aumento de juros e pressão inflacionária, o brasileiro tem mantido a intenção de consumo”, avalia o presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior.


b r a s i l

l o j i s t a

CDL Recife lança novo site O site da CDL Recife (www. cdlrecife.com.br) está de cara nova. Desde o dia 3 de maio, o principal canal de comunicação dos lojistas recifenses ganhou uma série de mudanças para facilitar o acesso aos serviços da entidade, com um espaço maior para notícias, onde os visitantes poderão se informar sobre as novidades na economia e no Movimento Lojista. Também estão disponíveis links para as redes sociais da instituição e sites de parceiros. “Tratase de uma ferramenta de trabalho para os lojistas que consultam o SPC, um veículo de informação para os empresários e uma vitrine de divulgação de eventos, ações e serviços em seus espaços publicitários”, ressalta o presidente da CDL Recife, Eduardo Catão.

Diretoria da nova CDL Ijuí (RS) toma posse ntônio Luiz Quatrin tomou posse

A

sendo realizado em Ijuí. “As parce-

na presidência da CDL Ijuí (RS)

rias existentes no município dão su-

na noite de 26 de abril, em cerimô-

porte à nova entidade”, afirmou. “A

nia que contou com a presença do

CDL Ijuí terá foco exclusivo no varejo

presidente da FCDL/RS e do Conselho

que é responsável por escoar a pro-

Deliberativo do Sebrae/RS, Vitor Au-

dução, aparar arestas e garantir gera-

gusto Koch. Em seu pronunciamento,

ção de emprego”, salientou.

Quatrin ressaltou que está preparado

Segundo o dirigente, o varejo e a

para auxiliar a classe lojista. “Nesta

prestação de serviços são responsá-

gestão nossa diretoria vai focar na as-

veis por 60% de tudo o que é pro-

sistência ao pequeno e médio lojista”,

duzido no estado. “Sem qualificação

disse. “Pretendemos disponibilizar a

não seremos competidores”, desta-

CDL para melhorar a qualificação do

cou. “Quem não mede, não sabe o

varejo e garantir a competitividade de

que faz, e quem não sabe o que está

nossos empresários.”

fazendo, desaparece. A qualidade é

Já o presidente da FCDL/RS, Vitor Koch, ressaltou o trabalho que vem

a única saída”, finalizou o presidente da FCDL/RS.

CDL Cuiabá investe nas redes sociais Além de estar no Twitter, a CDL Cuiabá agora também possui contas no Facebook e no YouTube. Além de assistir vídeos, os associados têm acesso a fotos, textos e links que levam diretamente a outras páginas da entidade. “A CDL Cuiabá conta ainda com mailing com notícias jurídicas e contábeis, além de notícias em geral e lançamentos de produtos e serviços da CDL”, aponta o gerente de relacionamento Douglas Nazareth. Confira nos endereços abaixo: www.twitter.com/cdlcuiaba on.fb.me/l9DI3L www.youtube.com/user/CDL765

FOCO NA QUALIDADE A meta da CDL Ijuí é capacitar e dar assistência aos pequenos e médios lojistas


Mobilização catarinense por melhorias na Lei Geral das MPEs

A

FCDL de Santa Catarina está engajada na luta pela aprova-

ção do Projeto de Lei Complementar 591/2010, que prevê alterações na Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas. Ao lado de outras entidades catarinenses, a FCDL/SC se mobiliza para pressionar a Câmara dos Deputados a votar o PL antes do recesso do Congresso, em julho, para que entre em vigor já no início do segundo semestre. O presidente da Federação, Sergio Medeiros, participou no início de maio

DEBATE PRODUTIVO FCDL e outras entidades estaduais defendem a aprovação urgente do projeto de lei

de um debate proposto pelo deputado

ma urgência pela sobrevivência das

Simples Nacional. O projeto prevê que

federal Jorginho Mello (PSDB-SC), em

MPEs, que representam mais de 90%

o teto das micro suba de R$ 240 mil

parceria com o Conselho Regional de

do setor produtivo em Santa Catarina.”

para R$ 360 mil e das pequenas de

Contabilidade e o Sebrae/SC. “Este PL

Entre as alterações mais importan-

R$ 2,4 milhões para R$ 3,6 milhões.

já deveria ter sido aprovado no fim do

tes, o dirigente catarinense destaca

“Os valores atuais estão defasados,

ano passado”, afirma Medeiros. “As

o aumento do limite de faturamento

deixando de fora do Simples quase 4

mudanças são necessárias e de extre-

para uma empresa se enquadrar no

mil empresas”, conclui Medeiros.

» O Sebrae Nacional realizou no dia 27 de abril

» As CDLs mineiras receberam no dia 28 de abril

um workshop voltado para administradoras de

a visita do presidente da CNDL, Roque Pellizzaro

bancos de dados, entidades associativas nacionais,

Junior. A reunião começou com uma homenagem

representantes de agentes financeiros e consultores

ao ex-diretor da FCDL/MG, Alberto Stanciarinni,

do Sebrae. Entre os palestrantes convidados estava

falecido no último mês. Em seguida, o presidente

o presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior, que

da FCDL/MG, José César da Costa, agradeceu a

abordou a questão do Cadastro Positivo. No mesmo

presença de todos e cedeu a palavra ao presidente

dia, um resumo das discussões sobre o tema foi

da CNDL, que elogiou a nova sede da entidade

encaminhado ao deputado federal Leonardo Quintão

e participou de discussão sobre vários temas,

(PMDB-MG), que no Congresso Nacional é o relator

incluindo projetos de apoio para o desenvolvimento

da Medida Provisória que cria o cadastro (MP-518).

das CDLs de Minas Gerais. dirigente Lojista � maio 2011

� 11


c d l

j o v e m

CDL Jovem de Goiânia realiza evento ciclístico Com o objetivo de conscientizar a população e autoridades a respeito da importância da ciclovia permanente, a CDL Jovem de Goiânia promoveu no dia 17 de abril o Pedal Goiano, onde centenas de pessoas percorreram 7 quilômetros de bicicleta passando pelas principais ruas e avenidas da capital. A mobilização aconteceu também com o objetivo de lutar pelo respeito que a população deve ter com o ciclista. Para o coordenador da CDL Jovem, Ricardo Teodoro, falta espaço nas ruas para utilizar este meio de transporte. “Temos que começar a solucionar isso em Goiânia agora.”

CDL Jovem de Belo Horizonte é empossada Foi empossada no último dia 4 de maio a diretoria do CDL Jovem da CDL de Belo Horizonte, gestão 2011/2012. A solenidade, realizada no Imperador Recepções e Eventos, contou com a presença do governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia. O presidente eleito, Ronney Antunes, tem como planos para sua gestão o desenvolvimento de campanhas para a redução da carga tributária, mobilização e capacitação do setor de comércio e serviços.

JUVENTUDE MOBILIZADA Ação chamou a atenção para a alta carga tributária em todos os setores do comércio

CDL Jovem organiza Dia Nacional da Liberdade de Impostos pelo País ostos de combustíveis de vá-

P

butária”, afirma o coordenador da

rios estados venderam gasolina

CDL Jovem Nacional, Samuel Vascon-

sem incluir os valores dos impostos

celos. Segundo ele, integrantes das

no último dia 25 de maio, no Dia da

CDLs Jovem recolheram assinaturas

Liberdade de Impostos, que também

do contribuinte. “Elas vão se tornar

marca o Dia Nacional do Respeito ao

uma carta de intenção a ser enviada

Contribuinte. O objetivo da ação, que

a todos os governantes solicitando

tem participação efetiva das CDLs Jo-

uma redução da carga tributária no

vem, é chamar a atenção da socieda-

Brasil“, diz.

de para a alta carga tributária paga no

Participaram do Dia da Liberdade

País, em todos os setores do comér-

de Impostos capitais como São Paulo,

cio, e não apenas nos combustíveis.

Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasí-

“Pretendemos buscar apoio da

lia, Florianópolis e Vitória, além de

população para que as entidades

cidades como Joinville, Lages, Nave-

representativas do comércio e de

gantes, Santa Rosa de Lima e Barra

outros segmentos pressionem o go-

Velha, em Santa Catarina, e Colatina

verno federal a reduzir a carga tri-

e Linhares, no Espírito Santo.


1971

2011

LOSANGO. HÁ 40 ANOS FAZENDO PARTE DAS CONQUISTAS DO VAREJO. Líder do mercado de varejo e parte do Grupo HSBC, a Losango possui solidez e credibilidade para ajudar você a atender às necessidades dos seus clientes. É assim que ela faz parte das suas conquistas, garantindo bons negócios e o crescimento da sua empresa, sempre respeitando o consumidor. Comemore com a Losango estes 40 anos de sucesso.

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i n f o r m e

j u r í d i c o

O empreendedor e a Justiça Certos julgamentos da Justiça do Trabalho nos fazem questionar até que ponto o Brasil oferece segurança jurídica a seus empresários lgumas decisões da Justiça do

A

sado ao empregador, até porque a

a autorização, pois o uso do uniforme

Trabalho chamam a atenção

própria Justiça do Trabalho não exige

em nada alterou o contrato de traba-

para um problema que demonstra a

a representação e já prevê honorário

lho ou maculou sua imagem.

imensa dificuldade de ser empreen-

quando o trabalhador é representado

dedor no Brasil: a falta de um ambien-

por sindicato de

te juridicamente seguro. Enquanto os

classe.

demais países do Bric (Rússia, Índia e

Outra decisão

China) estimulam o crescimento com

foi

políticas trabalhistas favoráveis, o sis-

nação de um

tema laboral brasileiro é visto mundo

empregador

afora como arcaico, contraproducente

indenizar

e oneroso tanto para empresas quan-

colaborador por

to para trabalhadores.

ter em seu uni-

Nesse contexto, alguns julgamen-

a

condea seu

forme logomar-

Algo parecido ocorre quando a

“O sistema laboral brasileiro é visto mundo afora como arcaico, contraproducente e oneroso”

Justiça do Trabalho

declara

que é responsabilidade

do

empregador arcar

com

ônus

de

o um

colaborador que inadvertidamente reti-

tos recentes da Justiça brasileira nos

cas de empresas de relacionamento

ra os equipamentos de segurança

levam a uma necessária reflexão. O

da empregadora, entendendo o jul-

(EPIs) que recebeu para usar sob a

primeiro condenou uma empresa a

gado da necessidade de autorização

justificativa de que o patrão tem o

indenizar um ex-colaborador que

expressa do empregado, o que diver-

“dever de vigilância”. Ora, em sen-

pagou honorários ao seu advogado

gimos. Primeiro, se o trabalhador utili-

do o trabalhador maior e responsá-

porque necessitou entrar com ação

zou o uniforme é porque a autorização

vel pelos seus atos como qualquer

judicial para revisão do contrato de

foi tácita. Segundo, se não concordava

cidadão, evidente que deve ter ele

trabalho. O contrato de honorários

em usar o uniforme, deveria ter bus-

a responsabilidade pelos seus atos.

entre o trabalhador e seu advogado

cado a “rescisão indireta” do contrato

Situações como estas são exemplos

é personalíssimo e não pode, por um

de trabalho conforme autorização da

dos riscos que os empreendedores

princípio de razoabilidade, ser repas-

CLT. E terceiro, certamente concederia

correm no dia a dia de suas atividades

“Muito mais que uma reforma trabalhista, o bom senso deve fazer parte do nosso cotidiano e da interpretação das leis” 14 �

dirigente Lojista � maio 2011

diante de uma legislação e uma Justiça que exigem cada vez mais. Muito mais que uma reforma trabalhista, o “bom senso” deve fazer parte do nosso cotidiano e da interpretação das leis, possibilitando ao empreendedor um mínimo de segurança jurídica.


por ANDRÉ

LUIZ, assessor jurídico Cndl assejur@cndl.org.br

Publicidade enganosa

notas rápidas

A Justiça paulista acatou a defesa de um lojista e considerou que houve erro grosseiro em anúncio do produto na internet, e não publicidade enganosa. O anúncio mostrou o valor de R$ 2,10 enquanto que o preço da mercadoria era de R$ 2.099,00. A consumidora exigia a compra pelo menor valor. Na decisão foi dito que “não é possível que a publicidade flagrantemente equivocada vincule o consumidor, criando nele expectativa justa de consumo. Para ser enganosa, ela deve ser recebida como verdadeira pelo consumidor, como real pelo destinatário”. (Fonte: Consultor Jurídico)

Cadastro do SPC A CDL do Rio Grande obteve êxito em demanda que a consumidora alegava que teria sido cadastrada no SPC sem a notificação prévia, desconhecendo a dívida. Após analisar a defesa que desmentiu a autora, o juiz revogou a liminar, permitindo nova negativação, oportunidade em que anotou que tem assistido a uma proliferação dessas demandas que visam claramente à obtenção de um lucro fácil e um enriquecimento ilícito, e que a conduta da parte da requerente revela má-fé por deduzir pretensão contra fato incontroverso; alterar a verdade dos fatos; usar do processo para conseguir fim ilegal; e, ainda, agir de modo temerário, condenando-a por litigância de má-fé. A defesa

Vaga de emprego O Tribunal Superior do Trabalho determinou a indenização de trabalhadora que foi exigida certidão de antecedentes criminais para vaga de emprego sob a justificativa de que sem que tal providência guarde pertinência com as condições objetivamente exigíveis para o trabalho oferecido, o empregador põe em dúvida a honestidade do candidato ao trabalho, vilipendiando a sua dignidade e desafiando seu direito ao resguardo da intimidade, vida privada e honra, valores constitucionais. (Fonte: TST) Uniforme O uso de marcas e produtos de fornecedores (grandes marcas de eletrodomésticos) em uniforme do empregado sem a autorização do trabalhador é passível de indenização, conforme entendimento do Tribunal Superior do Trabalho, porque “viola seu direito de uso da imagem”. (Fonte: TST)

da CDL foi do advogado Jessiel Pelayo Hirsch.

”Nas coisas ditas humanas, não há o que criticar, o que ridicularizar, somente há o que compreender” Espinosa, filósofo holandês

Em alta

Em baixa

O Conselho Nacional de Jus-

O projeto de lei (PL 400/11)

tiça que estabelece horário

que proíbe o monitoramento

mínimo de atendimento ao

por câmeras nas empresas

público pelo Poder Judiciário das 9h

sob a alegação de que viola o direito

às 18h, de segunda a sexta-feira.

à privacidade dos trabalhadores.

Honorários O Supremo Tribunal Federal, em recente decisão, reconheceu a natureza alimentar dos honorários pertencentes ao profissional advogado, independentemente de serem originados em relação contratual ou em sucumbência judicial. (Fonte: STJ) Acordo extrajudicial Mesmo desvantajosa para uma das partes, a transação extrajudicial é válida se os envolvidos têm pleno conhecimento dos termos do acordo e plena capacidade civil para agir. Esse é o entendimento da maioria dos ministros da Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça. (Fonte: STJ)

dirigente Lojista � maio 2011

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e n t r e v i s t a

16 �

dirigente Lojista � maio 2011


Conrado Adolpho Vaz | Especialista em marketing digital

venda mais NA

INTERNET por alexandre gonçalves fotos divulgação

Autor do livro Google marketing, Conrado Vaz afirma que o site de buscas mais popular do mundo se transformou em uma “avenida” onde é importante estar bem localizado para atrair consumidores para sua loja. Para garantir um bom “ponto” nas pesquisas, o caminho é gerar conteúdo relevante para o consumidor. “Quanto mais conteúdo gera, mais a loja será apontada como referência”, aponta. Na entrevista a seguir, ele também avalia a influência das redes sociais e o surgimento dos sites de compras coletivas, além de apontar estratégias que ajudam a obter melhores resultados nas vendas on-line.

dirigente Lojista � maio 2011

� 17


e n t r e v i s t a

O que mudou no marketing digital

te. O marketing digital não teve seu

zar. Um site como o Peixe Urbano só

desde a primeira edição do seu li-

rumo modificado pelas redes sociais,

faz com que as pessoas economizem

vro Google marketing, em 2009?

mas continua seguindo seu caminho

mais. O ser humano desde muito an-

As redes sociais mudaram os ru-

natural. Os sites de compra coletiva,

tes da internet já procurava pechin-

mos do marketing digital?

por exemplo, não mudaram o cami-

chas. A internet só potencializou esse

Conrado Adolpho Vaz – Não acho

nho do varejo, mas fizeram com que

sentimento. Isso acontece porque a

que o marketing digital tenha mu-

ele seguisse seu caminho natural. As

rede derruba a barreira geográfica.

dado de rumo. Devemos lembrar

pessoas sempre quiseram economi-

Isso muda toda a economia.

que o marketing digital é sobretudo marketing. Digital é somente o “so-

O que pode prejudicar a imagem de

brenome“, ou seja, as ferramentas

uma empresa no ambiente on-line?

que usamos para trabalhar o bom e

Conrado – Muita coisa, principal-

velho marketing em plataformas on-

mente a falta de respeito com o con-

line. Se estamos falando de marke-

sumidor/ser humano. Não responder

ting, na realidade falamos de “mer-

uma reclamação, tentar vender um

cadologia“ ou “estudo do mercado“,

produto ruim, enganar o consumidor,

que é a origem da palavra. Porém, o

se aproveitar de uma situação desfa-

mercado é formado por pessoas. E as

vorável para o consumidor como um

redes sociais nada mais são do que

modo de aumentar seus lucros e ou-

um reflexo do que a sociedade pen-

tras práticas relativamente comuns

sa e faz. Um Facebook só potencializa

em um mercado pré-internet. Hoje,

aquilo que o ser humano já queria: se

com a internet, tais práticas podem

relacionar com seus semelhantes e

levar uma empresa à falência. Vive-

amigos, principalmente em uma épo-

mos em uma era de transparência.

ca em que vivemos cada vez mais

As empresas devem tomar muito

isolados devido à violência e à falta de tempo. Vivemos para cima e para baixo e quando chegamos em casa só pensamos em tomar um bom banho e dormir. Deixamos nossos amigos de lado por pura falta de oportunidade de encontrá-los fisicamente. Nesse cenário, encontrá-los virtualmente durante todo o dia parece ser uma excelente solução. As redes sociais fazem parte do rumo natural do marketing digital, porque marketing digital é marketing, é mercado, é gen18 �

dirigente Lojista � maio 2011

As redes sociais nada mais são do que um reflexo do que a sociedade pensa e faz. Um Facebook só potencializa aquilo que o ser humano já queria: se relacionar com seus semelhantes e amigos

cuidado com suas ações. Não fazer para os outros aquilo que não fariam para si mesmas. O marketing digital, volto a dizer, é marketing. Desrespeito sempre foi motivo para a empresa parar de vender. Mas quando isso acontecia na lojinha do bairro, o bairro ficava sabendo e ninguém mais comprava na loja. Hoje o bairro se chama planeta Terra. A internet trouxe o planeta inteiro para o “bairro”. A lei continua a mesma, mas com muito maior intensidade.


Como e quando uma empresa deixa de “estar” e passa a “ser” uma empresa digital? Na sua avaliação, as empresas brasileiras compreendem a diferença? Conrado – Quando a cultura muda. Quando o CEO passa a pensar em transparência, bem comum, gerenciamento de informações em larga escala em prol do consumidor, servir ao consumidor e não se servir do consumidor. O conceito de internet é

nas os concorrentes, mas também

Vivemos em uma era de transparência. As empresas devem tomar muito cuidado com suas ações e não fazer para os outros aquilo que não fariam para si mesmas

conteúdos de terceiros que possam trazer referências negativas sobre a empresa. Qual o melhor caminho para atingir este objetivo? Conrado – O melhor caminho hoje em dia para aparecer bem no Google sempre é gerar conteúdo inédito e relevante para o consumidor. Quanto mais conteúdo relevante se gera, maior é a reputação da empresa, mais ela será apontada como referência e

libertário e nega toda a forma de co-

mais pessoas vão confiar na marca. O

mando e controle. É baseado em lide-

marketing de conteúdo hoje é muito

rança não imposta, mas conquistada.

importante para qualquer marca no

A internet é uma mudança cultural da

camente localizada. O local virtual atu-

mercado. As referências de terceiros

própria humanidade. Enquanto a em-

almente é uma dimensão paralela que

vêm naturalmente com um bom tra-

presa não viver essa mudança cultural

se forma na vida das pessoas. Temos

balho. Ao contrário de antes, quando

e enquanto não trazê-la para dentro

a dimensão dos átomos e a dimensão

a empresa tinha que fazer a sua pró-

de si mesma, a empresa não será

dos bits. Na dimensão dos átomos,

pria divulgação, hoje em dia a em-

digital, apenas tratará a rede como

poderíamos definir um bom local para

presa deve focar em um atendimento

mais uma mídia.

gerar tráfego para uma loja o famoso

perfeito e um produto ou serviço in-

“bom ponto comercial”. Uma Avenida

superável. Praticamente toda a verba

De que forma a página de buscas

Paulista, em São Paulo, ou uma Nos-

de marketing deve ir para a melhora

do Google pode interferir no mar-

sa Senhora de Copacabana, no Rio de

do próprio produto. O restante da ver-

keting feito pela internet? Qual o

Janeiro, ou ainda uma 5ª Avenida, em

ba deve ser destinado a provocar o

peso da busca para o sucesso de

Nova York. Na internet, essa grande

boca a boca sobre o produto. O consu-

uma ação de e-commerce?

avenida é o Google. Assim como um

midor deve ser o maior divulgador da

Conrado – O Google é responsável por

bom ponto influencia as vendas em

empresa. A internet fará a divulgação.

grande parte do tráfego de qualquer

uma loja, estar bem posicionado no

Quando a empresa consegue isso, ela

site hoje em dia nos países em que ele

Google pode influenciar as vendas em

passa a ser uma referência positiva

domina as buscas (praticamente to-

uma loja on-line.

no seu segmento.

na). Um e-commerce é baseado em

Com um número cada vez maior

Qual a principal exigência do con-

vendas independente da distância. O

de blogueiros e usuários de mídias

sumidor que utiliza a web para

Google traz para o consumidor a pos-

sociais como o Twitter, não basta

comprar? Existe um comportamen-

sibilidade de pertencer a uma praça

uma empresa aparecer bem numa

to padrão deste consumidor (pes-

virtualmente localizada, não geografi-

busca. É preciso superar não ape-

quisa em sites, busca de opinião de

dos, com raras exceções, como a Chi-

dirigente Lojista � maio 2011

� 19


e n t r e v i s t a

amigos, compara preços)?

bits e querem retardá-lo ao máximo

faculdades também atuam no senti-

Conrado – O consumidor atualmen-

na empresa. Tentam a qualquer cus-

do de não multiplicarem essa nova

te pesquisa muito mais, exige muito

to frear a mudança de cultura na em-

cultura. As agências devido à cul-

mais e quer uma oferta que seja a

presa. Sabem que não há mais volta,

tura do BV no País, e as faculdades

ideal para ele, na hora que ele qui-

mas tentam retardá-la ao máximo,

porque não atualizam os seus currí-

ser, onde ele quiser e com o preço

pois, se aderirem à mudança, terão

culos para inserir de maneira totali-

que ele quer pagar. O novo compor-

que voltar aos bancos da escola para

tária em sua grade a influência da

tamento do consumidor é só uma

aprender novas competências. E isso

cultura digital em todas as matérias.

consequência da sua percepção de

dá muito trabalho. As agências e as

Isso depende dos professores e es-

um deslocamento do eixo do poder

tes, coitados, têm que dar dezenas

de mercado das grandes empresas

de aulas por semana para sobreviver

para ele. Uma vez que o consumidor

e não têm tempo para se atualizar.

se percebe como o lado forte dessa

Isso gera o grande empecilho, que é

corda, ele passa a exigir mais. Isso é

a falta de profissionais que saibam

natural do ser humano.

trabalhar corretamente com marketing digital. Por isso as empresas não

Qual é a melhor definição para um

conseguem liberar mais do que 4%

mercado consumidor em um mer-

ou 5% da sua verba de marketing

cado baseado em informações? O

para o on-line (na média). Faltam

comportamento do empresariado

profissionais competentes para ad-

brasileiro já se adaptou a este ce-

ministrar essa verba.

nário? Qual o principal empecilho? Conrado – Não se adaptou. O prin-

Você desenvolveu a metodologia 8

cipal empecilho é o modus operandi

Ps do Marketing Digital. Como esta

com o qual as empresas sempre ga-

metodologia é aplicada, em com-

nharam dinheiro até então. As suas ações sempre foram de comandocontrole, sempre foram de modo a lucrar a qualquer preço sem respeitar o consumidor. Hoje ele reclama e sabe que pode quebrar uma empresa. O empresariado ainda não se acostumou ao ambiente caótico que a internet traz. Viver na incerteza é algo que não é para qualquer um. Há outro empecilho, que são os antigos gerentes e diretores que não se sentem confortáveis nesse mundo de 20 �

dirigente Lojista � maio 2011

O consumidor atualmente pesquisa muito mais, exige muito mais e quer uma oferta que seja a ideal para ele, na hora que ele quiser, onde ele quiser e com o preço que ele quer pagar

paração com o tradicional 4 Ps do marketing (Produto, Preço, Ponto de Venda e Propaganda)? Conrado – Os 4 Ps são variáveis controláveis do mercado, o mix de marketing. Os 8 Ps, apesar do nome parecido, não fala de variáveis controláveis. Fala de um método para que a empresa siga nas suas ações de internet. Os 8 Ps têm muito mais relação com o PDCA do que com os 4 Ps. As empresas estão perdidas com relação ao que é possível fazer com a


sistêmico. As empresas sempre tive-

internet. O que vem antes, o que vem depois, o que é algo dar certo e o que é algo dar errado. Não há parâmetros, não há critérios. Os 8 Ps vêm para organizar isso. Mostra o que a empresa deve fazer antes, o que deve fazer depois e qual o passo a passo do início ao final do processo de marketing digital e daí, como voltar ao começo novamente, como a empresa em melhoria contínua, sempre em beta. É um processo que se retroalimenta e faz com que a empresa conheça cada

Assim como um bom ponto influencia as vendas em uma loja física, estar bem posicionado no Google pode influenciar as vendas em uma loja on-line

ram seus objetivos de curto, de médio e de longo prazo. Eles continuam presentes, porém, o tempo encurtou para todos. Planejamento sempre foi um problema nas empresas, seja com internet ou sem internet. Desde que o mundo é mundo, as pessoas planejam muito pouco, principalmente no Brasil, onde planejamento não é uma prática comum. As novas tecnologias vieram para ajudar nisso, não para atrapalhar, mas as empresas parecem não ter notado isso. O

vez melhor do seu mercado.

planejamento mudou. Se antes plaPor onde começa o desenvolvi-

consequência de um bom trabalho. O

nejávamos durante dois anos para

mento de uma estratégia vencedo-

consumidor atualmente é o centro de

lançar um produto, e isso era um

ra na internet?

todas as ações da empresa, porque se

tempo razoável e compreensível para

Conrado – Pelo primeiro P, a pesqui-

ele não quiser comprar ou falar mal

tal fase do projeto, hoje é inadmissí-

sa. Antes de qualquer coisa, é preci-

da empresa, não haverá propaganda

vel. É preciso planejar sim, mas rapi-

so entender o que o seu consumidor

que o convença. “Menos propaganda,

damente. Talvez durante dois ou três

deseja. Sem isso não há como dar

mais qualidade”, esse deveria ser o

meses e lançar um produto semia-

um passo. Se a sua empresa entende

bordão entoado pelas empresas, mas

cabado, em beta. O próprio mercado

a mente do consumidor, você con-

infelizmente ainda não é.

vai dizer o que deseja. Assim é que o produto será planejado enquanto

seguirá entregar a única coisa que realmente faz a diferença na web:

Como as empresas devem enca-

é produzido e já utilizado. O plane-

a relevância. Sem relevância o seu

rar o surgimento de novas ferra-

jamento como uma primeira fase do

consumidor não vai abrir a sua men-

mentas na internet, que aconte-

projeto não foi extinta, pelo contrário:

sagem ou ler o seu tweet. Isso fará

cem sempre com grande rapidez?

deve estar cada vez mais presente,

também com que ele não passe sua

A busca por resultados imediatos

mas encurtou. Mudou sua natureza. A

mensagem para frente (o famoso

somada a esta característica da

execução se funde ao planejamento.

marketing viral). Desse modo, você

web de apresentar novidades com

Parte dela é o próprio planejamen-

não terá no mercado um aliado, mas,

grande rapidez podem atrapalhar

to, porém feito pelo consumidor do

sim, repetirá o modelo tradicional em

o planejamento e a execução de

produto. É uma grande mistura em

que o consumidor é visto como uma

ações digitais?

que os papéis estão cada vez mais

simples maneira de desovar estoques

Conrado – O mundo mudou, mas

difusos e confusos. É a era caórdica,

de produtos ou ganhar dinheiro. O

não totalmente. Ficou mais comple-

como diz Dee Hock em seu brilhante

dinheiro na nova economia é uma

xo e rápido. Ele ficou maior e mais

Nascimento da era caórdica. dirigente Lojista � maio 2011

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incubadora

de líderes Fomentando o associativismo e a mobilização social com irreverência e vontade de aprender, a CDL Jovem conquista adeptos e forma novas lideranças lojistas por ALexandre gonçalves

foto divulgação

um grande aprendizado e contribuiu

Outro dirigente que entrou no Mo-

oberto Alfeu Pena Gomes é um

R

muito para a minha vida pessoal e

vimento Lojista pelas portas da CDL

exemplo de como as CDLs Jovem

profissional”, lembra. Ele ressalta ain-

Jovem foi Davidson Cardoso, primei-

são fontes inestimáveis de talentos e

da a importância destes grupos na

ro a ocupar o cargo de coordenador

novas lideranças. Hoje diretor-presi-

renovação do próprio Movimento Lo-

nacional das CDLs Jovem, criado em

dente do SPC Brasil, Alfeu teve sua

jista. “Desta forma, é possível formar

julho de 2008. “Desde então o san-

primeira experiência como dirigente

novos líderes e contribuir para que

gue lojista corre nas veias”, afirma

na CDL Jovem de Belo Horizonte, da

eles assumam posição de liderança

Cardoso, atualmente vice-presidente

qual foi presidente. Foi sua escola de

nas CDLs e FCDLs e em toda a vida

da CDL Belo Horizonte. Empresário do

liderança. “Passar pela CDL Jovem foi

profissional”, atesta Alfeu.

ramo de óticas, ele diz que, além da

22 �

dirigente Lojista � maio 2011


iniciativa e empreendedorisMo Membros da CDL Jovem de Campo Grande integram a comissão organizadora do 17º Congresso Nacional de Jovens Empresários

sólida rede de relacionamentos que

em média 15 jovens lojistas cada. Até

Lojistas, ter pelo menos uma unidade

construiu nos dois anos e meio que

2015, é meta da Coordenação Nacio-

em cada capital.

desempenhou a função, a experiência

nal das CDLs Jovem, que atua junto à

“Sabemos de toda importância e

serviu como uma lição de liderança.

Confederação Nacional de Dirigentes

legado deixado pelas CDLs e a pre-

“Uma coisa é liderar pessoas da mesma cidade, mas outra é liderar pessoas de outras cidades, outros estados”, observa Cardoso. Desde que surgiu a primeira CDL Jovem, em Belo Horizonte, em setembro de 1988 (veja texto na página 28), novos líderes como Alfeu e Cardoso não faltam no “estoque” e vêm se destacando no Movimento Lojista em todo o Brasil. Atualmente, 12 estados mais o Distrito Federal contam com uma ou mais CDL Jovem, que reúnem

Doze estados e o Distrito Federal contam com uma ou mais CDL Jovem. Até 2015, a meta é ter uma em cada estado

paração de novas lideranças é a certeza da continuidade de projetos e defesa dos interesses do comércio varejista”, afirma Samuel Vasconcelos, atual coordenador nacional das CDLs Jovem. Para ele, falar de CDL Jovem é falar de sucessão. “Neste sentido, a consequência do aprendizado adquirido dentro de uma CDL Jovem é o crescimento pessoal e profissional que poderá ser replicado em suas emdirigente Lojista � maio 2011

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presas e em sua trajetória no

denação nacional, pulamos de

Movimento Lojista”, diz.

30 para 55 CDLs Jovem.”

Para participar de uma CDL

Mas entre tantas ações, a

Jovem é preciso ser sócio ou

de maior visibilidade é o Dia

sucessor de empresa ou profis-

Nacional da Liberdade de Im-

sional liberal, além de ser asso-

postos, surgida na CDL Jovem

ciado à CDL e ter entre 18 anos

Belo Horizonte e que mobiliza

e 36 anos, sendo que a idade

jovens lojistas de norte a sul do

limite para permanência é 40

País, sempre no dia 25 de maio.

anos. “A introdução de novos

Em Manaus, a CDL Jovem local

participantes nas CDLs Jovem

firmou acordo com um posto

acontece de forma natural atra-

da cidade para que os consu-

vés de ações e eventos como

midores comprassem gasolina

palestras ou seminários”, conta

livre de impostos a R$ 1,90,

Vasconcelos. “Existem também

representando uma economia

aqueles que por conhecerem

de R$ 0,85 em relação ao pre-

nossos associados são convi-

ço praticado na capital amazo-

dados e acabam aderindo a

nense, de R$ 2,75 em média.

nossa causa por entenderem

Cada carro abasteceu até 20

a importância de participar de

litros e para garantir o controle da venda do combustível foram

um movimento associativista e a diferença que isso faz na vida do jovem empreendedor.”

Samuel Vasconcelos: “Associar-se é entender a importância de participar de um movimento associativista e a diferença que isso faz na vida de um jovem empreendedor”

Expansão e visibilidade

etiquetados 250 carros. Em Florianópolis, a CDL Jovem da capital catarinense também se engajou no Dia da

nas convenções. Como o movimen-

Liberdade de Impostos e promoveu a

Davidson Cardoso conta que o sur-

to lojista percebeu a importância na

comercialização de 2.730 litros de ga-

gimento da Coordenação Nacional

formação de jovens líderes, houve o

solina sem os 38% de tributação. Com

das CDLs Jovem, do qual participou

interesse em melhorar a qualidade no

isso, o litro de combustível foi vendido

ativamente, ajudou a consolidar o

trabalho das CDLs Jovem. “Disso sur-

a R$ 1,73, mais de R$ 1 a menos que

movimento dos jovens lojistas. “Des-

giu a coordenação nacional com o ob-

o preço praticado em média. “Cada

de a criação da primeira CDL Jovem,

jetivo de expandir o número de CDLs

veículo teve oportunidade de abaste-

o movimento foi se expandindo na-

Jovem e de fortalecer as que já esta-

cer até 10 litros e o nosso objetivo foi

turalmente e, com o passar do tem-

vam em atividade”, lembra Cardoso.

justamente mostrar o peso da carga

po, existia um número bom de CDLs

“Houve uma boa aceitação do Movi-

tributária que incide sobre os produ-

Jovem, mas que não conversavam

mento Lojista como um todo e uma

tos comercializados no País”, ressalta

entre si”, conta, lembrando que os

participação efetiva nos eventos das

Giovanne Kazuo, coordenador da CDL

dirigentes jovens só se encontravam

CDLs e FCDLs e, em dois anos de coor-

Jovem de Florianópolis. “A intenção

24 �

dirigente Lojista � maio 2011


No decorrer dos anos, o movimento

é estimular a reflexão dos consumidores. Afinal, se paga muito em impostos, mas não sabemos como esses recursos são investidos”, diz. Além de mobilizações como o Dia Nacional de Liberdade dos Impostos, as CDLs Jovem também promovem atividades que contribuem de forma decisiva para a formação dos jovens líderes. Na CDL Jovem de Fortaleza, onde atualmente existem dez projetos em andamento, a Big Trip promove viagens que colocam os jovens lojistas em contato direto com grandes empresas, como Nissan e TAM, que têm a oportunidade de conhecer de perto a trajetória e trocar experiências. Além da Big Trip e dos demais projetos, a CDL Jovem Fortaleza também está envolvida com a 52ª Convenção Nacional do Comércio Lojista.

como iniciar uma cdl jovem O primeiro passo é formar uma parceria com a CDL da sua cidade e buscar subsídios e informações junto à Coordenação Nacional da CDL Jovem. Em seguida, identifique pessoas que estejam sintonizadas com a ideia dentro das empresas associadas à CDL de sua cidade, como jovens empresários, sucessores de empresas e líderes que já exerçam papel de destaque na categoria. Fonte: www.cdljovem.org.br

jovem cedelista vem conquistando cada vez mais espaço nas convenções lojistas e em Fortaleza não será diferente (até o fechamento desta edição a CDL Jovem Fortaleza ainda não havia divulgado como seria sua participação no evento).

Força jovem A expansão das CDLs Jovem por todo o Brasil não é boa apenas para o Movimento Lojista. Ela contribui para fortalecer algo que é essencial para quem dá seus primeiros passos no mundo empresarial: o associativismo. Ao fazer parte de um grupo como este, o jovem encontra oportunidades para desenvolver valores como ética, cidadania e comprometimento, essenciais para formar o caráter de um líder. Nes-

VIAGENS DE APRENDIZADO A Big Trip, promovida pela CDL Jovem de Fortaleza, leva grupos de jovens lojistas para se encontrar com grandes executivos

dirigente Lojista � maio 2011

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Entidades como a CDL Jovem trazem à tona as demandas daqueles que em breve comandarão a economia do País

direto com os grandes empresários

Renan Stringhini, coordenadores da

CDL Jovem ajuda no desenvolvimen-

buir no desenvolvimento de jovens

CDL Jovem em seus estados – Ceará,

to dos jovens com a formação de

empreendedores que podem vir a ser

Rio Grande do Sul, Espírito Santo e

uma boa rede de relacionamentos e

futuramente líderes no Movimento

Santa Catarina, respectivamente. “A

de negócios através de um contato

Lojista. “O jovem é o futuro, e preci-

se processo de descobrir sua capacidade de liderança, o jovem abandona a vaidade e o individualismo para incorporar o espírito da cooperação e da parceria. Além disso, entidades como a CDL Jovem são extremamente importantes para a economia porque trazem à tona as demandas daqueles que em breve comandarão a economia do País com uma nova maneira de interagir e gerir os negócios. São jovens como Helrson Dias, Marco Carbone, Leonardo Krohling e

do comércio, políticos, entre outros”, aponta Helrson Dias. “Também é uma boa incubadora de líderes, já que diariamente os jovens são instigados a participar de debates, palestras, visitas técnicas e discussões de assuntos do cotidiano.”

Participação em alta Marcos Carbone, presidente da CDL Jovem Rio Grande do Sul, valoriza a participação na CDL Jovem por contri-

samos preparar as novas lideranças para atender às demandas de um comércio que está muito dinâmico”, diz. Com foco no fortalecimentos das atuais e na fomentação de novas CDLs Jovem, Carbone qualifica como positiva a partipação dos jovens nas ações promovidas em território gaúcho. “A captação de novos participantes tem ocorrido através de encontros temáticos, cursos em parceria com o Sebrae, convenções e palestras”, diz. No Espírito Santo, Leonardo Krohling conta que desde sua fundação, há sete anos, a CDL Jovem capixaba vem contribuindo para a renovação DAVIDSON CARDOSO: “Uma coisa é liderar pessoas da mesma cidade, mas outra é liderar pessoas de outras cidades, outros estados” 26 �

dirigente Lojista � maio 2011


mobilização nacional Assim como a galera de Florianópolis, outras CDLs Jovens pelo Brasil organizaram manifestações públicas no dia 25 de maio

do Movimento Lojista. “O foco do nosso trabalho tem sido no desenvolvimento do jovem lojista com treinamentos e troca de experiências constantes”, diz. “Além disso, buscamos ser representativos tendo um grupo forte e sempre presente, apostando na formação diversificada de nossos diretores e no desenvolvimento de atividades que possam gerar receitas alternativas para a CDL.” Como prova do resultado alcançado até o momento, Krohling destaca cidades como Vitória e Colatina, onde membros da CDL Jovem já ocupam postos de diretores nas CDLs locais. Estreitar a relação dos jovens lojistas com as CDLs também é priorida-

QUEM PODE SE ASSOCIAR

de em Santa Catarina. “Um dos papéis da CDL é representar os lojistas e defender seus interesses, enquanto o papel da CDL Jovem é apresentar a

Os interessados em participar da CDL Jovem devem atender aos seguintes pré-requisitos:

CDL para os jovens e iniciá-los nestas

» Ser sócio, sucessor na

A partir disso, além de captar jovens

discussões, preparando-os para assumir funções de lideranças no Movimento Lojista”, diz Renan Stringhini.

empresa ou profissional liberal;

através de ações que façam com que

» Ser associado à CDL;

que também valoriza ações em par-

» Ter entre 18 anos (maior judicialmente) e 36 anos (limite de permanência é 40 anos), assumindo cargo diretivo ou função deliberativa na empresa. Fonte: www.cdljovem.org.br

as CDLs Jovem cresçam, Stringhini diz ceria com as CDLs. “Aqui em Santa Catarina buscamos criar uma agenda com ações para que as CDLs tenham um calendário e possam fazer ações integradas e com isso ter mais força e visibilidade”, conclui. dirigente Lojista � maio 2011

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PIONEIRISMO

JOVEM A

Há 23 anos nascia em Belo Horizonte a primeira CDL Jovem do Brasil

primeira CDL Jovem do Movi-

Jovem Belo Horizonte, que antes de

mento Lojista surgiu oficialmen-

assumir o cargo nunca havia partici-

te em Belo Horizonte em 27 de se-

pado de atividades do Movimento Lo-

tembro de 1988, por iniciativa de um

jista. “Para encarar o desafio, a nossa

grupo de jovens vinculados a tradi-

maior motivação foi a coragem e o

cionais estabelecimentos comerciais

nosso empreendedorismo.”

da capital mineira. “As empresas e a

De acordo com Braga, a ideia foi

própria CDL Belo Horizonte estavam

bem aceita e vários jovens empresá-

em uma fase de sucessão e alguns di-

rios aceitaram participar. “Tínhamos

retores tiveram a ideia de criar o CDL

50 vagas e mais de 80 inscritos”,

Jovem para que os jovens

lembra. No início, diante do inedi-

empresários pudessem

tismo da ideia, Braga diz que ele e

no futuro assumir a

os demais participantes trabalhavam

gestão da entida-

como os diretores da CDL. “Também

de”, conta Leonar-

realizávamos plenárias e reuniões

do Braga, primeiro

executivas e sempre tínhamos con-

presidente da CDL

vidados em nossas reuniões”, conta.

“Para encarar o desafio, nossa maior motivação foi a coragem e o nosso empreendedorismo” Leonardo Braga

Primeiro presidente da CDL Jovem Belo Horizonte


“O nosso primeiro e principal apoio foi mesmo da CDL e logo depois veio o apoio de outras entidades de classe, como a Federação das Indústrias de Minas Gerais e Associação Comercial de Belo Horizonte”, diz Braga, que ocupou a presidência por cinco anos e atualmente é diretor da CDL Belo Horizonte e membro do Conselho Superior do CDL Jovem local.

Renovação constante “É uma honra e uma responsabilidade para a nossa CDL ter sido pioneira do movimento jovem cedelista”, afirma Bruno Falci, presidente da CDL Belo Horizonte. Segundo ele, em todos os assuntos a participação do jovem é fundamental. “Mas é importante destacar que a mobilização e a garra desses jovens empresários fazem muita diferença na condução de diversos assuntos do interesse não só do comércio lojista”, diz. Atualmente, a CDL Jovem de Belo Horizonte é formada por 50 jovens lojistas. “Estes jovens buscam mais capacitação pela troca de experiências”, afirma Ronnye Antunes, atual presidente da CDL Jovem da capital mineira. “Como participamos de eventos em conjunto com outras entidades e temos um marketing institucional próprio, acreditamos ganhar ainda mais visibilidade, o que vem se confirmando com constantes pedidos de novos interessados em se associar”, comemora.

“Os jovens buscam capacitação pela troca de experiências. Temos recebido constantes pedidos de novos interessados em se associar” Ronnye Antunes

Atual presidente da CDL Jovem Belo Horizonte


m e r c a d o

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p e s q u i s a

dispostos a

consumir A expansão do poder de compra da classe C abre alas para a ascensão das classes D e E, em uma onda de otimismo e confiança no crescimento da economia por marlon aseff

foto PHOTOSTOGO

Atualmente, 25% da população se si-

A elevação do poder de com-

varejo brasileiro deve estar cada

O

tua nas classes D e E (47,9 milhões de

pra da população e o bom ritmo

vez mais atento às necessidades

pessoas), enquanto a classe C se mos-

da economia durante todo o ano

dos consumidores da classe C, que já

tra mais ampla que as classes A e B

passado também se refletiram na

domina o mercado nacional, com mais

(42,19 milhões, ou 21% da população)

confiança do consumidor. A pes-

de 101 milhões de pessoas. Esta foi

somadas às classes D e E.

quisa indica que o brasileiro está otimista com o desempenho do

uma das tendências apontadas pela pesquisa O Observador 2011, encomendada pela Cetelem BGN à Ipsos Public Affairs. De acordo com a pesquisa, o foco agora deve cair sobre as classes D e E, que estão em plena ascensão. Cerca de 19 milhões de brasileiros migraram para a classe C em 2010, que passou a representar 53% da população do País. Segundo o presidente da Cetelem BGN, Marcos Etchegoyen, essa nova realidade abre uma série de oportunidades no mercado de crédito. Etchegoyen analisa a mudança da pirâmide social como um losango. 30 �

dirigente Lojista � maio 2011

Mais de 50% dos brasileiros acreditam que seu padrão de vida e sua capacidade de compras para o lar vão crescer este ano

País em 2011. Cerca de 60% dos entrevistados esperam mais crescimento e 53% acham que o consumo vai aumentar. Para 52% dos consumidores, o mercado nacional deve aumentar a oferta de crédito e 39% acreditam que o PIB vai crescer até o final deste ano. As classes D e E, por sua vez, se dizem “entusiasmadas” com o Brasil de hoje. “O contentamento geral com o País está em elevação. O Brasil foi o mais bem avaliado em 2010 entre os 13 países em que esta pesquisa é realizada”,


dirigente Lojista � maio 2011

� 31


m e r c a d o

|

p e s q u i s a

em que a pesquisa começou a ser feita no País. Já a renda disponível (rendimento total da família menos os gastos) cresceu 45,22% em relação a 2009, chegando a R$ 200,64. Com mais renda, os gastos médios também aumentaram de 2009 para 2010 (veja box na página ao lado). Além do aumento dos gastos com seguros, previdência privada, aluguel, vestuário e convênios médicos, outros dados chamam a atenção, como o fato de que, em todas as regiões, o gasto médio com telefone fixo foi superior ao do telefone celular. Com o aumento da renda média disponível, mais brasileiros fizeMILTONLEISE filho, da cetelem BGN: “O consumidor deve receber informações de qualidade sobre consumo responsável, para que saiba como tomar crédito com consciência e equilibrar suas finanças”

em 2009, e cresceu a proporção de

ressalta o vice-presidente da Cete-

clarada pelos pesquisados foi de R$

embora o valor médio investido te-

lem BGN, Miltonleise Carreiro Filho.

809,00. Esse valor é nada menos que

nha diminuído. A pesquisa também

48,44% maior do que em 2005, ano

registrou o aumento da intenção de

Com isso, a expectativa é de que o

deva se refletir nas vendas do varejo em 2011. Mais de 50% dos brasileiros acreditam que o padrão de vida, a situação financeira e a capacidade de compras para o lar e os investimentos vão crescer este ano. De acordo com os números obtidos pelo

O Observador, 2010 foi um ano de aumento substancial da renda média dos brasileiros de todas as classes e regiões. Ainda assim, a alta se mostrou mais acentuada nas classes D e E, cuja renda familiar média de32 �

dirigente Lojista � maio 2011

aplicadores em todos os segmentos,

compra para este ano em todos os

impulso proporcionado pela crescente confiança dos novos consumidores

ram investimentos em 2010 do que

De acordo com a pesquisa O Observador, 2010 foi um ano de aumento substancial da renda em todas as classes e regiões do País

itens analisados, com destaque para móveis, decoração, entretenimento (TV, vídeo, HiFi), viagens e lazer. Em relação a meios de pagamento, o Observador 2011 indica que o brasileiro pretende pagar a maioria dos bens que vai adquirir em 2011 à vista, embora em 2010 já tenha aparecido uma tendência maior de financiamento de itens de maior valor como propriedades, carros e motos. No ano passado, mais de 60% das compras de carros, geladeiras, fogões e televisores, por exemplo,


foram financiadas. A pesquisa apon-

tante num país em que

ta que, embora o número percentu-

a classe C é dominante.

al de consumidores que pretendem

“A empresa tem como

economizar mais em 2011 tenha

missão contribuir para a

aumentado, cerca de 48% também

melhoria do bem-estar

pretendem gastar mais neste ano.

das famílias, oferecen-

Entre os segmentos em crescimento,

do produtos financeiros

há de se destacar a expansão da In-

diretamente e por in-

ternet. O acesso à rede deu um salto

termédio do varejo, que

em 2010. Nada menos que 41% dos

possibilitam o acesso ao

brasileiros maiores de 16 anos (mais

consumo e promovem a

de 58 milhões de pessoas) estão co-

ascensão social, respei-

nectados à rede que, em geral, é uti-

tando o poder aquisitivo

lizada para obter informações sobre

familiar”, diz Etchegoyen.

compras que serão realizadas depois

De acordo com Milton-

em lojas. Isso ocorre, em especial,

leise Carreiro Filho, vice-

nas aquisições de serviços e produ-

presidente da Cetelem

tos como televisores, vídeos, HiFi,

BGN, é importante que

lazer, viagens e itens culturais.

o consumidor brasilei-

Em 2010, 20% da população in-

ro continue recebendo de

quali-

gasto médio mensal Dos brasileiros em 2010* Supermercado....................R$ Energia elétrica.................R$ Aluguel.................................R$ Remédios.............................R$ Transporte coletivo..........R$ Gás.........................................R$ Água e esgoto....................R$ Condomínio ........................R$ Vestuário..............................R$ Prestações...........................R$ Lazer.....................................R$ Educação.............................R$ Convênio médico..............R$ Seguros................................R$ Previdência privada.........R$

375,00 74,00 299,00 88,00 71,00 41,00 40,00 50,00 198,00 184,00 113,00 274,00 127,00 231,00 123,00

dicou já ter feito compras virtuais,

informações

com o crescimento dos pagamentos

dade e de fácil compre-

com boleto bancário. Os que opta-

ensão. “A Cetelem BGN,

ram pelo uso de cartões de crédito

por exemplo, mantém um site com

rias do varejo para o varejo. Possui

buscaram parcelamento do paga-

orientações de consumo responsá-

uma carteira de mais de R$ 3,6 bi-

mento. A pesquisa também apontou

vel, o creditoresponsavel.com.br, que

lhões em ativos, mais de 3 mil lojas

que apenas 26% dos entrevistados

visa ajudar o brasileiro a tomar crédi-

emissoras, 1,6 milhão de portado-

comparam as taxas de juros, antes

to com consciência e equilibrar suas

res do Cartão Cetelem com acesso

de escolher aonde vão fazer compras

finanças”, define.

a mais de 1,3 milhão de estabele-

* Fonte: Pesquisa O Observador

financiadas. Além disso, as classes D

Empresa do grupo francês BNP Pa-

cimentos que cobrem desde postos

e E se preocupam mais com o valor

ribas, um dos maiores conglomera-

de gasolina, supermercados e far-

das prestações.

dos financeiros do mundo, com mais

mácias até grandes lojas de varejo e

de 200 mil colaboradores presen-

e-commerce. O BGN, que agora faz

tes em 85 países, a Cetelem iniciou

parte da linha de produtos da Cete-

Para Marcos Etchegoyen, esse é

suas atividades no Brasil em 1999,

lem, foi criado em 1994 e é uma das

mais um indicador de que o foco da

embasada na expertise de mais de

marcas brasileiras mais importantes

empresa deve se manter na educa-

50 anos no segmento de crédito ao

no segmento de crédito consignado

ção financeira, cada vez mais impor-

consumidor, e conta hoje com parce-

e financiamento.

Educação financeira

dirigente Lojista � maio 2011

� 33


p e r f i l

l o j i s t a

sem limites

para crescer

por fábio bianchini fotos divulgação

34 �

dirigente Lojista � maio 2011

À frente da Havan, rede de 25 lojas de departamento que atua no Paraná e em Santa Catarina, o empresário Luciano Hang almeja ganhar território em outros estados e dobrar o número de unidades até 2012


mente é não ter limites, como

Q

uando analisa a história da

aprendeu com o próprio cres-

Havan e vislumbra o futuro, o

cimento. Em maio, Hang foi

diretor-presidente Luciano Hang fala

premiado com o título Perso-

sempre da necessidade de trabalho,

nalidade de Vendas ADVB/SC

planejamento e ligação com suas ori-

2011, em reconhecimento a

gens. Mas outro princípio que gosta

seu estilo arrojado e aos 25

de reafirmar e lembrar permanente-

anos da empresa fundada em 26 de julho de 1986, em Brusque

ca que no quarto de século seguinte

(SC), como uma pequena loja de ata-

veio a se tornar uma das mais fortes

cado de tecidos.

de Santa Catarina. Hoje são 25 lojas

A premiação da ADVB é definida

de departamento em Santa Catarina

pela entidade, por votação, para ho-

e Paraná e não há a menor intenção

menagear as lideranças catarinenses

de parar por aí.

do varejo e do marketing. “É um prê-

Em 2011, devem ser inauguradas

mio muito importante para nós. Um

entre 12 e 16 novas filiais. Destas,

dos principais reconhecimentos que

já abriram três unidades, duas delas

recebemos até hoje e que nos coloca

em Florianópolis e uma em Londrina

entre as pessoas que fizeram e fazem

(PR). Ainda neste ano serão seis no-

a diferença na história e no comér-

vas lojas na região da Grande Curitiba

cio varejista de Santa Catarina”, avalia

e outras três no interior do Paraná.

Hang. Apesar de ser o único prêmio

Também estão em fase de instalação,

da ADVB concedido a pessoa física,

em Santa Catarina, duas lojas em Blu-

ele fala da vitória na primeira pessoa

menau, uma em São José e uma em

do plural. Combina com a maneira

Chapecó. Novas unidades em Joinville

como define seu método de trabalho:

e Itajaí estão em fase de pla-

de modo participativo e em equipe,

nejamento. Até o final de

no qual a melhor ideia prevalece.

2012, Hang prevê que a rede esteja presente em

Expansão estratégica Hang montou o negócio aos 24

35 cidades brasileiras, com 50 lojas.

anos, junto com o amigo Vanderlei

“Vamos continuar crescendo e

Limas. Sua experiência anterior era

abrindo lojas pelo País. O objetivo da

como vendedor, também em uma

Havan é tornar-se uma rede de lojas

loja de tecidos, emprego em que

nacional”, diz Hang. A estratégia ado-

começou aos 17 anos. Da junção do

tada é avançar pelo interior de São

sobrenome de Hang com o primeiro

Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do

nome de Vanderlei surgiu uma mar-

Sul, Goiás e Distrito Federal nos próxidirigente Lojista � maio 2011

� 35


p e r f i l

l o j i s t a

“Cada loja que abrimos é diferente da anterior. Procuramos constantemente inovar, tanto no visual merchandising como nos produtos” – Luciano Hang

mos anos, com o cuidado de preservar a identidade da rede ao mesmo tempo em que adapta cada unidade às características e necessidades do local onde ela será instalada. “Cada loja que abrimos é diferente da anterior. Procuramos constantemente inovar, tanto no visual merchandising como nos produtos. Estamos sempre buscando novidades através das importações”, explica.

Simbologia made in USA Os símbolos mais reconhecíveis da identidade visual da Havan são as réplicas da Estátua da Liberdade, colocadas diante da maioria das lojas. Sempre serão os símbolos da rede, garante Hang, que conta ainda: “Quando a estátua não é instalada nas cidades onde abrimos lojas, somos muito cobrados e questionados por isso”. O elemento foi incorporado a partir de 1995 para representar a liberdade de escolha dos clientes em comprar produtos de qualidade por preços baixos em uma loja de departamentos completa. A estátua da loja em Barra Velha, no Litoral Norte de Santa Catarina, tem 52 metros de altura e receberá elevador panorâmico e vista para o mar. Outra

característica

importante

presente em vários projetos arquitetônicos da Havan é a fachada estilizada da Casa Branca, sede do governo americano, adotada em uma das ampliações da sede localizada na Rodovia Antônio Heil, em Brusque. 36 �

dirigente Lojista � maio 2011


visual INCONFUNDÍVEL As fachadas com traços inspirados na Casa Branca, sede do governo dos EUA, são uma constante na maior parte das lojas da rede

Construída em 1989, esta foi a primeira sede própria da loja e passou por várias expansões ao longo dos anos, até chegar à estrutura atual, de 30 mil metros quadrados de área de vendas. Hang aponta a construção desta sede como um dos marcos mais importantes para a história e o desenvolvimento da rede. Também foi o caso da chegada a Blumenau, em 2005: “A implantação da filial no Shopping Neumarkt definiu um novo padrão arquitetônico, moderno e com uma visão mundial de varejo, adotado nas demais lojas inauguradas a partir de então”. Além de ser facilmente identificável, o empresário acredita que a loja também deve fazer-se identificar com os locais onde está. Este relacionamento, diz, é muito importante para a fixação da marca e estabelecer a confiança com todas as classes sociais, o que aumenta o público consumidor. “A Havan é uma empresa amiga da

“A Havan é uma empresa amiga da comunidade e que investe nas cidades onde está presente”

comunidade e que investe nas cidades onde está presente.”

presário, que apostou em um ousado projeto para transformar um prédio em ruínas em uma moderna loja de departamentos. “A loja ocupa um dos mais conhecidos cartões-postais de Santa Catarina e agora alia o passado e o futuro. Estamos felizes por podermos devolver este monumento da história de Blumenau à comunidade”, ressalta Hang. Além dos programas sociais, culturais e esportivos, a empresa promove

nhecido como “Castelinho da Moell-

eventos que atraem grande público, a

mann”. Inaugurado em maio de 2008,

exemplo do Natal Luz. Outra ação é

o Castelo Havan tornou-se a única

o Troco Solidário Havan, aplicado em

O maior exemplo dessa identi-

filial temática da rede, consolidando

todas as lojas e que tem beneficiado

ficação com a cultura local está na

sua posição como referência do vare-

várias entidades sociais, através da

segunda loja da rede em Blumenau,

jo regional e como atração turística. A

doação do troco pelos clientes. A loja

instalada em um edifício histório co-

loja é motivo de orgulho para o em-

apoia ainda projetos culturais e espor-

Identidade local

dirigente Lojista � maio 2011

� 37


p e r f i l

l o j i s t a

tivos locais. Essa proximidade permite também que a Havan conheça melhor o perfil da clientela, por mais ampla que seja. Isso se reflete na pluralidade e variedade dos produtos oferecidos. A rede comercializa mais de 100 mil itens diferentes: moda, cama/mesa/ banho, brinquedos, eletroeletrônicos, camping, tapetes/decoração, utilidades para o lar, material escolar e outros. Sem abandonar os tecidos, que foram a origem de tudo, naquela época em que não havia como prever que o pequeno balcão chegaria às proporções que tem hoje em dia.

“Há 25 anos não imaginávamos esta expansão. Mas hoje não temos limite para os nossos projetos” Luciano Hang

Hang acredita no desenvolvimento e na evolução do varejo brasileiro, em todas as regiões do País, como fatores favoráveis à expansão cada vez maior e à realização de planos ambiciosos, que não pareciam possíveis 25 anos atrás. “Não imaginávamos”, diz Hang. “Mas hoje não temos limite para os nossos projetos. O crescimento alcançado pela Havan é fruto do planejamento e de projetos que temos efetuado nos últimos anos. É também resultado do trabalho junto aos nossos clientes, atendendo seus anseios e objetivos em relação às compras.”

loja cartão-postal Em Blumenau (SC), a rede restaurou um antigo prédio comercial e criou uma loja temática que se tornou atração turística

38 �

dirigente Lojista � maio 2011



p r o j e t o

d e

l o j a

um toque de

classe A rede de calçados Shoebiz reformula suas lojas para atender o público classe C com elegância e bom gosto por mateus boing

fotos divulgação

A reforma na rede divide-se em

C

omo tornar a loja mais elegante

duas fases. A primeira teve início em

e dar um ar de sofisticação ao

2006 com projeto de comunicação

ambiente de vendas sem intimidar

visual realizado pela Kawahara Kata-

sua clientela, formada principalmen-

no Soluções para Varejo. A segunda

te por consumidores da classe C? Este

começou a partir de 2009, quando o

é um dos desafios na reforma pela

projeto foi reformulado e ampliado.

qual passa a rede varejista de cal-

Das 17 lojas da Shoebiz na Grande

çados Shoebiz. “É uma linha tênue.

São Paulo e interior paulista, falta re-

Tem que ter cuidado para não ultra-

formar três. O que deve ser feito até

passar o limite”, diz o coordenador

fevereiro do ano que vem.

de marketing da empresa, Leonardo

A unidade mais recente a ganhar

Capelli. Iluminação, cores, disposi-

melhorias foi a de São Miguel Paulis-

ção dos móveis e a maneira como

ta, na zona leste paulistana. Fechada

os calçados são expostos – tudo isso

para obras desde a primeira quinzena

reflete a busca por elegância. “Nos-

de fevereiro, a unidade foi reaberta

sa ideia é trazer o universo da moda

no fim de abril, uma semana antes do

para as lojas. Vestimos manequins

Dia das Mães. “Concluímos as obras

com as últimas tendências e os nos-

em tempo recorde para não perder a

sos calçados, o que não existia an-

data, que é o segundo Natal do va-

tes”, afirma Capelli.

rejo”, diz a coordenadora de projetos

40 �

dirigente Lojista � maio 2011


dirigente Lojista � maio 2011

� 41


p r o j e t o

d e

l o j a

A loja passou por trabalhos estruturais como remoção de vigas e levantamento de piso, além da impermeabilização do subsolo da Shoebiz, Fabiana Begiato. Segundo ela, por estarem previstas mudanças na configuração da loja, foram realizados trabalhos estruturais pesados como remoção de vigas e levantamento de piso, além da impermeabilização do subsolo, onde antes era área de venda e agora abriga parte do estoque. São 1,5 mil metros quadrados somando-se os cinco pavimentos, dos quais os dois últimos também servem como estoque. Na divisão atual, a área de vendas ocupa o térreo e o primeiro andar, num total de 800 metros quadrados. No térreo ficam o departamento feminino, que corresponde a 60% das vendas, e o de tênis, que equivale a 15%, assim como o setor de autoatendimento. No primeiro anACESSO FACILITADO A instalação de duas escadas rolantes facilitou o acesso dos clientes ao segundo pavimento e criou um diferencial entre as lojas de calçados da zona leste paulistana 42 �

dirigente Lojista � maio 2011

dar estão calçados infantil (15% das vendas) e masculino (10%), além dos caixas e do cyber café.


PREÇO BAIXO Em alto padrão A loja certificou-se de que as mudanças trouxessem apenas conforto para o cliente e seu custo não foi repassado aos preços

O setor de autoatendimento foi am-

Internet e tapioca

atrás da tapioca – São Miguel Paulis-

pliado e adequado ao novo layout. As

Outra novidade foi a instalação do

ta é uma região da cidade com fortes

prateleiras exibem o mesmo modelo

cyber café, que já existia em outras

raízes nordestinas. ”A tapioca deu su-

de calçado em diversos números. ”O

unidades da rede. O espaço fica no

percerto. Tem bom preço, vende bem

cliente pode entrar tranquilamente,

piso superior da área de venda. Os

e alimenta”, diz Fabiana. Segundo ela,

sentar no sofá e provar o calçado. De-

materiais usados em iluminação,

há planos para fortalecer a presença

pois é só colocar na sacola e ir pagar,

balcão, gesso, painel e piso cyber se-

do cyber café na rede. Uma das ideias

não precisa do vendedor para fazer

guem o padrão dos demais setores.

é trazer para o espaço um profissional

o fechamento da venda”, explica Ca-

De acordo com Capelli, no cyber café,

formado em gastronomia. ”O objetivo

pelli. O acesso entre os pavimentos

a Shoebiz tem como objetivo, mais

do cyber café na loja é fazer algo di-

de loja é feito através de duas esca-

que o lucro, o conforto e comodidade

ferente, agregar serviço, mas agregar

das rolantes. ”Foi um grande diferen-

dos clientes. A internet é grátis para

com qualidade”, afirma Fabiana.

cial por ser a primeira loja calçadista

quem compra na loja, e o café ofere-

A comunicação visual tem como

da praça a utilizá-las”, diz Fabiana,

ce sucos, salgadinhos, açaí, lanches e

base as cores azul e roxo. Azul é o

destacando que as escadas contam

até tapioca.

logo da Shoebiz, enquanto o roxo é

com sistema que reduz a velocidade

Fabiana conta que o espaço tem

uma novidade implantada a partir de

quando não há carga, o que diminui o

atraído pessoas que não costumavam

2009. Para Capelli, as cores anteriores,

consumo de energia.

frequentar a loja. Muitas delas vão

azul e branco, transmitiam frieza e não dirigente Lojista � maio 2011

� 43


p r o j e t o

d e

l o j a

As cores roxa e azul estão presentes em cada detalhe e trazem um ar feminino e jovial à loja ceberam lâmpadas econômicas do tipo CDM, CDMT e CDMR para destacar o calçado, que, por sua vez, passou a ser posicionado em plano inclinado. Fabiana explica que a opção de usar lâmpadas do tipo LED, uma tendência atual no varejo, foi descartada devido ao alto custo. Segundo ela, a fachada envidraçada e uma abertura nos funEXPOSIçÃO diferenciada Manequins estrategicamente posicionados ajudam a expor calçados e bolsas

dos da loja permitem economia de energia elétrica de 15%, em média.

Questão de identidade

remetiam ao público-alvo – as mulhe-

tituída pela de reflorestamento. Sofás

res. ”Foram feitos testes com diversas

e pufes, antes de tecido preto, ganha-

O painel atrás dos caixas é talvez o

cores. A combinação roxo e azul traz

ram nova forma e levaram revesti-

grande exemplo, na loja, de melho-

um ar feminino para a loja, dá calor

mento em curvim, mais resistente a

ria na comunicação visual. ”Antes era

e jovialidade”, diz. Matizes de roxo e

manchas e mais simples de limpar.

uma parede branca, fria, sem infor-

azul aparecem em móveis, luminárias,

Já o piso, vinílico, feito com 65% de

mação. Usamos adesivos para refor-

painéis informativos e decorativos.

material reciclado, garante conforto

çar a nossa identidade, passar infor-

térmico na hora de tirar o calçado e

mações básicas e divulgar iniciativas

facilidade de manutenção.

de sustentabilidade”, diz Fabiana.

Em relação aos móveis, reciclar foi a ordem, de acordo com Fabiana. Um balcão, por exemplo, recebeu reparos

A loja também ganhou novo siste-

Para nivelar a parede, aplicou-se uma

e revestimento de fórmica – material,

ma de iluminação. Grandes luminárias

camada de PS adesivado, espécie de

aliás, usado no acabamento de outras

circulares, com temas em azul e roxo,

placa de plástico.

peças de mobiliário. A madeira que

foram instaladas no centro do teto,

A reforma na loja de São Miguel

não pôde ser reaproveitada foi subs-

enquanto as prateleiras metálicas re-

Paulista deixou-a com layout mais

44 �

dirigente Lojista � maio 2011


elegante e trouxe novidades como as escadas rolantes e o cyber café. Mas não há o risco de perder a identidade com seu público-alvo? ”É possível pensar isso, mas essa ideia cai por terra porque na fachada da loja já temos as bancas promocionais. Então, por mais linda que a loja tenha ficado, atrás dessa modernidade o preço já transmite ao cliente a qual público está sendo vendido o produto”, diz Capelli. Para Fabiana, a prova de que a elegância e o toque de requinte implementados na loja da zona leste de São Paulo não intimidaram o público veio dos próprios clientes: ”Já ouvi dizer: 'Nossa, a loja agora parece um shopping'”.

COMUNICAçÃO VISUAL O painel atrás dos caixas exibe informações da loja e iniciativas de sustentabilidade

SABOR REGIONAL No cyber café, o acesso gratuito à internet e a saborosa tapioca atraem até mesmo quem não costumava frequentar a loja dirigente Lojista � maio 2011

� 45


o p i n i ã o

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b a n h o

d e

l o j a

O DEsAFIO nosso de cada dia

N

ão sei se você já parou para perguntar o

É este quebra-cabeça que me fascina. É

que o faz se levantar da cama todos os

o desafio de encontrar primeiro as perguntas

dias. Este é aquele exato momento que o des-

certas para começar a desvendar o mistério.

pertador toca e você pensa: viro para o outro

O mais gostoso é passar por todo o processo.

lado para mais uma sonequinha ou levanto? O

Do planejamento sai uma “receita de bolo”, ou

que faz você se levantar talvez seja a sua força

seja, o projeto que será o guia para que a ima-

motriz, aquilo que lhe dá o combustível para

gem se torne realidade: a loja em si. Quando

enfrentar os desafios daquele dia, sejam eles

a loja é inaugurada, aparentemente, a solução

profissionais ou pessoais.

foi encontrada? Mera ilusão.

Pensando nisso, descobri que uma das

Os clientes começam a interagir e usar o es-

coisas que me dão energia para levantar e

paço concebido a partir das ideias de quem o

dedicar várias horas daquele dia projetando,

projetou e começam a modificá-lo com o uso.

visitando obras, lojas prontas e dirigindo uma empresa de design de varejo é a evolução que o comércio nos proporciona. Serei mais clara: a primeira coisa que aprendi quando comecei a trabalhar com varejo, há 18 anos, foi a imensidão deste mundo

“Uma das coisas que me para levantar

balhamos em varejo e nos apaixonamos por isso

cobrimos que temos o que aprender. A rique-

a evolução que

existe uma única fórmula para atingir um de-

o comércio nos

terminado resultado, de maneira simplificada.

proporciona”

Quando iniciamos o design de uma loja temos melhor atmosfera de loja para aquela marca varejista destinada a tal público, no momento atual pelo qual a empresa passa. 46 �

dirigente Lojista � maio 2011

seus atributos, quaisquer que sejam eles. Desta maneira forma-se um ciclo sem fim. Nós que tra-

pela manhã é

várias opções e precisamos descobrir qual a

que um dia foi novo ou moderno e transformar

dão energia

varejista. Quanto mais aprendemos, mais desza de soluções possíveis é tamanha que não

O próprio tempo se encarregará de deteriorar o

somos movidos por esta busca constante pela evolução. Este é o nosso desafio. Esta afirmação pode deixar alguns motivados e outros aterrorizados. O importante é encontrar a sua verdade. Lembro desta citação de Mahatma Gandhi: “A verdade reside em todo coração humano. Cada um deve procurar por ela lá e ser guiado

Kátia Bello Arquiteta e sócia-diretora da Opus Design. katia@opusdesign.com.br

pela verdade assim que a veja. Mas ninguém tem o direito de forçar os outros a agir de acordo com sua própria visão da verdade”. Fica aqui a reflexão para fazermos até a próxima edição.



m ó v e i s

e

n e g ó c i o s

O FIM DE

uma

erA Responsável pela revitalização do Grupo Pão de Açúcar nos anos 1980, Abílio Diniz se prepara para encerrar seu mandato como presidente do conselho de administração da empresa 48 �

dirigente Lojista � maio 2011


por

Geraldo Rigoni

geraldo@geraldorigoni.com.br

ano de 2012 deve ser decisivo

O

no, Abílio transformou a sua empresa

possibilidade de fundir sua unidade

para o empresário Abílio Diniz,

na maior cadeia brasileira de lojas,

brasileira com o Pão de Açúcar. De

responsável pela reviravolta do Grupo

desbancando os dois maiores grupos

acordo com a publicação, a maior va-

Pão de Açúcar, que quase foi à falência

varejistas do mundo, o Walmart e o

rejista da Europa teria dado mandato

nos anos 1980. Em 2005, Diniz tirou

Carrefour.

para o banco de investimento Lazard

toda a sua família do capital do Grupo

Futuro indefinido – Com a apro-

estudar uma transação que poderia

Pão de Açúcar (seus filhos inclusive)

ximação da saída de Abílio Diniz do

envolver a família controladora do

e vendeu 50% do controle da compa-

Grupo Pão de Açúcar, em 2012, é de

Pão de Açúcar assumindo uma parti-

nhia para o grupo varejista francês Ca-

se supor que existam conversas nos

cipação no Carrefour.

sino, com o qual já possuía um acordo

bastidores e zigue-zagues nos cor-

Em comunicado, o Grupo Casino,

acionário desde 1999. Apesar de pas-

redores das empresas. Procurado,

que detém 35% de participação no

sar a dividir meio a meio os vetos e os

o Grupo Pão de Açúcar afirmou que

Pão de Açúcar, desconhecia qual-

direitos com o Casino, Diniz manteve

desconhece a informação e não vai

quer negociação até a veiculação

a gestão do Pão de Açúcar em suas

comentar especulações, mas recen-

pela mídia e não autorizou terceiros

mãos e foi, até hoje, quem sempre

temente negou que esteja em ne-

a representar seus interesses em tais

deu as cartas na varejista.

gociações com o Carrefour para uma

negociações. Ainda segundo o comu-

Mas, a partir do ano que vem,

possível fusão das operações brasi-

nicado, o presidente do conselho de

esse equilíbrio pode mudar. O Casino

leiras dos dois grupos varejistas. Em

administração do Pão de Açucar, Abí-

terá direito de comprar mais ações de

comunicado à Comissão de Valores

lio Diniz, disse estar ”sempre em bus-

Abílio Diniz, passando a assumir, em

Mobiliários (CVM), a maior varejista

ca de alternativas para o crescimento

teoria, o leme dos negócios. Assim,

do País afirmou que ”não é parte em

da companhia e que não há nenhum

em 2012 terminaria também, pelo

qualquer negociação com o Carrefour

fato ou ato que justificasse uma divul-

acordo original, o mandato do empre-

e não contratou qualquer assessor fi-

gação ao mercado”.

sário à frente da gestão do Grupo Pão

nanceiro com esse fim”.

Analistas se mostraram céticos

de Açúcar. Com uma estratégia agres-

Sem citar fontes, o jornal francês

quanto à informação do jornal fran-

siva de aquisições e expansão, viabili-

Journal du Dimanche havia publicado

cês, afirmando que tal operação leva-

zada em parte pelos recursos do Casi-

que o Carrefour estaria estudando a

ria a entraves de concorrência.

A partir do ano que vem o grupo francês Casino, parceiro do Pão de Açúcar desde 1999, terá direito de comprar mais ações de Diniz e pode assumir o comando do maior varejista brasileiro dirigente Lojista � maio 2011

� 49


m ó v e i s

e

n e g ó c i o s

Ponto Frio abre loja conceito no Rio de Janeiro A Ponto Frio inaugurou neste

Magazine Luiza oferece consórcio para casamentos

mês uma loja conceito de 1,7 Magazine Luiza ampliou neste mês seu leque de opções de

podem ser beneficiados por meio de

um espaço high tech, que

O

Segundo a empresa, os consumidores

consórcio e passou a oferecer um

sorteios ou de lances livres em por-

proporciona uma experiência

produto voltado para festas de casa-

centagem para contratar os serviços

de compra única. Além de

mento. A iniciativa apresenta cartas

para sua celebração, seja casamento

uma vitrine de tecnologia e

de crédito com valores entre R$ 2 mil

ou algum outro tipo de comemoração.

informática para produtos de

e R$ 10 mil, em planos de 15 a 48

Atualmente, o consórcio está dis-

maior valor agregado, como

meses para serem pagos em parcelas

ponível em 610 lojas da rede e conta

os itens da linha Apple, a loja

a partir de R$ 69.

com 77 representações autorizadas

mil m2 no Carioca Shopping, Rio de Janeiro. A unidade oferece

É possível também fazer uma festa

pelo País, além do site para esclare-

oferece a experimentação de

de debutante com o produto – e mui-

cer dúvidas, compras e sugestões. Até

produtos como iPads, celulares

tas vezes nem é preciso esperar até o

agora mais de 1 mil pessoas aderiram

e computadores com acesso à

final do prazo para ser contemplado.

à novidade.

tem layout diferenciado e

internet com rede Wi-Fi.

Casas Bahia deve emitir ações no fim de 2012 Por enquanto, a maior preocupação entre os executivos do Pão de Açúcar e da Casas Bahia é a integração das duas empresas. Mas já há planos para o futuro. A expectativa é que a emissão de ações da Nova Globex (que reúne a Casas Bahia e o Ponto Frio) aconteça no segundo semestre de 2012.


Máquina de Vendas fecha parceria com portal de descontos O Busca Descontos, maior portal de cupons de descontos do País, se uniu à Máquina de Vendas, formada pela fusão das redes Ricardo Eletro, Insinuante e City Lar. Com isso, os e-consumidores passam a contar com cupons de descontos para comprar mais barato nessas lojas. O Busca Descontos

Tok&Stok apoia biblioteca na zona sul de São Paulo

O

projeto “A Gente Transforma”,

Também estão previstos títulos em

idealizado pelo escritório Rosen-

DVDs e CDs.

reúne ofertas de mais de 200 lojas parceiras, incluindo 11 dos 12 principais varejistas on-line do mercado brasileiro.

Rede Marabraz neutraliza gases de efeito estufa

baum, inaugurou neste mês na zona

A biblioteca será um espaço para a

sul de São Paulo a “Biblioteca para

promoção de atividades culturais e de

Todos Parque Santo Antonio”, com o

capacitação profissional, que podem

apoio da Tok&Stok, que disponibilizou

ser oferecidas por patrocinadores,

A rede de móveis Marabraz

móveis e acessórios para a criação do

transformando o espaço em potencial

recebeu certificação de empresa

local. O espaço promove atividades

gerador de renda, movimentando a

carbono zero pelo programa

culturais, educacionais, ambientais,

economia local. Contará com equipa-

CCO2, desenvolvido em parceria

de saúde e cidadania, que oferece

mentos adequados, com acessibilida-

com a Credipar e o Instituto

também capacitação profissional por

de a pessoas com deficiência e com

Ecoplan para neutralizar os gases

meio dos patrocinadores envolvidos

mobilidade reduzida, promoção de

do efeito estufa emitidos nos

na ação.

atividades educacionais, ambientais,

processos rotineiros da empresa.

No local, podem ser encontrados

de saúde, cidadania, entre outras,

Cerca de 100 mil árvores serão

cerca de 1 mil livros novos, além de

tornando-se um espaço vivo e dinâ-

plantadas em Ponta Grossa

acesso a versões digitais em diversas

mico que contribuirá para estimular

(PR) para compensar a emissão

categorias, como romances, clássicos,

a comunidade a frequentá-la, partici-

de gases causadores de efeito

contos e crônicas, poesias e infantis.

pando da sua gestão.

estufa, como o CO2.


o p i n i ã o

|

p o n t o

d e

v e n d a

como abordar a

Sustentabilidade A

nalisando o mercado, vejo que a cada

tipo de consumidor, realmente não acredi-

dia o tema da sustentabilidade vem

to que o consumidor nos dias de hoje ainda

sendo cada vez melhor abordado e incorpo-

seja maduro o suficiente para esse tipo de

rado ao varejo. Porém, em muitos casos, a

consumo. Acredito, no entanto, que estamos

questão da sustentabilidade tem sido aborda-

entrando em uma fase de maturidade. O que vem dando certo no mercado são

da mais como marketing ou valia de marca do

principalmente as opções que, além de so-

que uma verdadeira razão para as empresas É indiscutível nossa necessidade de melho-

ciais ou ecologicamente corretas, acabam tra-

rias quanto ao desenvolvimento social e am-

zendo economia ao bolso do consumidor. As

biental, e que as práticas que auxiliam nesse

lâmpadas econômicas, assim como as bacias

sentido são sempre bem-vindas. Mas às vezes

sanitárias com acionamento econômico, além

me ponho a pensar se os consumidores são de

de preservar, trazem economia para quem as

fato “verdes” ou se estão realmente preocupa-

”O que vem

usa. Quando o impacto é diretamente ligado

dos com essas questões na hora de consumir

dando certo são

ao bolso do consumidor, com uma redução de

opções que, além

mostra de maneira mais interessante e o pro-

ou adquirir produtos ou serviços. O grande problema está no conflito entre o bem a longo prazo e o preço que se paga ao se adquirir produtos sustentáveis. Muitas

de sociais ou

custos praticamente imediata, a vantagem se duto acaba por ter uma melhor aceitação. Em visita a algumas lojas “ecologicamen-

ecologicamente

te corretas” de São Paulo, aproveitei para

mente responsáveis quando precisam pagar

corretas, trazem

conversar com os gerentes e confirmei que

um pouco mais por este tipo de produto. Aca-

economia para o

já existem consumidores que saem de casa

pessoas desistem de ser "verdes" ou social-

bam esquecendo que é justamente a maneira social ou ecologicamente correta de fabricar/

consumidor”

O que quero discutir é o fato de que não importa o quanto as empresas se preparam ou preparam produtos e serviços para um novo 52 �

dirigente Lojista � maio 2011

produtos corretos. Ou seja: o que antes parecia só uma tendência ou um investimento, a

produzir/trabalhar com este tipo de mercadoria que acaba resultando em um preço maior.

dispostos a comprar em uma loja que oferece

Caio Camargo Gerente comercial do Gad'Retail e autor do blog Falando de Varejo www.falandodevarejo.com.br

cada dia se mostra mais como uma característica de comportamento. Ainda estamos longe de um perfil concreto, mas acredito que estamos no caminho certo.



t e c n o v a r e j o

entre o certo e o errado na

mídia social Consultor contrapõe o que não fazer com as melhores práticas para quem usa sites como Twitter e Facebook e olho num público que cresce

D

este risco, o consultor elaborou uma

para definir de forma mais precisa onde

cada vez mais, muitas empresas

lista em que contrapõe os erros com

e como atuar.

estão ampliando sua presença digital,

as atitudes corretas que devem ser

investindo em ações relacionadas às

tomadas quando a empresa decide

mídias sociais como Twitter e Face-

ingressar nas mídias sociais. Confira:

ERRADO – Chame o “sobrinho” CERTO – A prioridade é ter um “rato”

book. No embalo, inspirado pelo fato

em redes sociais, aquela pessoa que

de que o concorrente está bem nas o carro na frente dos bois e errar feio

ERRADO – Ignore o que falam é mestre em conseguir milhares de seguidores e fãs em poucos dias. O sobre você CERTO – A primeira ação das empresas problema é quando algo sai do rotei-

na estratégia adotada. “Pela facilida-

nas redes sociais geralmente é criar o

ro, como por exemplo lidar com clien-

de e aparente simplicidade com que

seu perfil nos principais sites para pos-

tes insatisfeitos, esclarecer dúvidas

é possível criar um perfil, uma comu-

tagem de conteúdo. Poucas se preocu-

técnicas ou critérios de promoções

nidade ou uma página e iniciar ações

pam em fazer antes um monitoramen-

nas redes sociais. Nesse momento

promocionais, as empresas ficam ex-

to prévio para saber o que as pessoas

a empresa sentirá falta de um pro-

postas a erros que podem compro-

falam sobre ela e seus concorrentes

fissional com experiência em comu-

redes, o empreendedor pode colocar

meter toda a campanha e inclusive a sua imagem no mercado”, alerta o consultor Sílvio Tanabe, especialista em marketing digital (www.magoweb.com/clinicadigital). “O mais grave é que não se percebe o que está sendo feito de errado e tudo parece normal até se verificar que a promoção foi um fracasso ou, pior, gerou inimigos insatisfeitos ao invés de amigos e fãs”, observa Tanabe. Para quem não deseja correr 54 �

dirigente Lojista � maio 2011

“A facilidade aparente de criar um perfil nas redes sociais expõe muitas empresas a erros que podem comprometer a sua imagem” Sílvio Tanabe

nicação empresarial, marketing ou atendimento ao cliente preparado para lidar com situações que não se restrinjam à atualização do perfil no Twitter ou Facebook.

ERRADO – Comece imediatamente CERTO – Na internet ninguém tem paciência para esperar um site abrir, uma imagem carregar ou aguardar mais de um dia além do prazo para receber um produto adquirido em


por ALEXANDRE

GONÇALVES

alexandre@agenteinforma.com.br

uma loja on-line. Então também temos de correr para criar nossa presença nas redes sociais e iniciar uma campanha, certo? Nem sempre. O que adianta ser rápido se não se um monitoramento anterior, não to-

sabe onde quer chegar?

maram conhecimento de que a sua

ERRADO – Crie metas fora da realidade CERTO – A empresa não faz nenhum

campanha pode ser mais uma entre centenas e que por si só não seja capaz de chamar a atenção.

tipo de publicidade ou propaganda,

moções faziam mais sucesso nas re-

não tem presença na internet além

des sociais, todos ficaram espantados

do site institucional e de um mês para

com a falta de êxito da campanha.

outro quer ter milhares de seguido-

ERRADO – Deixe os responsáveis se virarem CERTO – O responsável pela atuação

ERRADO – “Nossa promoção é um (isso mesmo, um) pen drive para tão boa que nem precisa de dicada 5 mil seguidores novos (este é vulgação” um caso real), considerando que as CERTO – Também é bastante comum

nas redes sociais tem pouco ou ne-

pessoas ficariam muito contentes so-

a opinião de que uma promoção não

a responder rapidamente a reclama-

mente em participar da promoção e

precisa de publicidade. As pessoas

ções ou dúvidas técnicas. É comum

concorrer a um brinde. Como não foi

ficarão tão contentes em participar

inclusive que estas áreas sequer sai-

feito um monitoramento prévio para

que espalharão a campanha umas

bam das atividades da empresa nas

se ter uma referência sobre quais pro-

para as outras. Por não terem feito

redes sociais.

res e fãs. Para isso, decidiu sortear

nhum contato com profissionais de atendimento ao consumidor, vendas e logística que poderiam orientá-lo

dirigente Lojista � maio 2011

� 55


t e c n o v a r e j o

Gestão integrada em plataforma web Sistema da WebSoftware traz benefícios como funcionar em qualquer local ou horário

C

om experiência em aplicati-

de venda; compatibilidade com vá-

vos web desde 1995, a Web-

rios modelos de impressoras fiscais;

Software diponibilizou no mercado

compatibilidade com vários mode-

o WebSoftware PDV, sistema para

los de leitores de cartões de crédito

gestão de pontos de venda no va-

(Pinpad); e flexibilidade nas confi-

rejo que surpreende o lojista pela

gurações e particularidades regio-

quantidade de benefícios que pro-

nais de cada loja da rede.

porciona. Um dos princípios é o fato

Como principal diferencial do

ERICK VILS: “Em um painel de controle totalmente gráfico é possível acompanhar on-line e em tempo real as vendas de todas as lojas”

de funcionar a partir de qualquer

WebSoftware PDV,

Vils aponta a

navegador e poder ser acessado

possibilidade de integração da rede.

projetos e outsourcing e é uma das

através da internet independente-

“Tudo é integrado ao sistema de re-

pioneiras na comercialização e ope-

mente do local ou horário.

taguarda, que apresenta um painel

racionalização do conceito de prove-

Entre os benefícios do equipa-

de controle totalmente web e gráfi-

dor de serviços de aplicações (ASP

mento, Erick Vils, fundador da Web-

co capaz de acompanhar on-line e

– Application Service Provider). Seu

Software, cita ainda simplicidade

em tempo real as vendas de todas

portfólio conta com empresas como

na operação; treinamento rápido e

as lojas”, explica o executivo.

Kraft Foods, Nabisco, Lacta, Petro-

simples; estabilidade, confiabilidade

A WebSoftware atua no merca-

e segurança; agilidade no processo

do corporativo através de produtos,

bras, Prefeitura de Petrópolis, Senai, Sesi, Senac, Firjan, Onip e CSN.

E-commerce sob medida para empresas de todos os portes A VTEX, desenvolvedora de plataformas para lojas virtuais, colocou no mercado três novas versões

a atuar on-line e necessitam de uma solução profissional.

do VTEX E-commerce Suite para atender pequenas,

Professional: garante que pequenas e médias

médias e grandes empresas. As versões serão atu-

empresas contem com uma solução mais robusta e

alizadas a cada 60 dias, com upgrades que visam

com regras de negócio mais avançadas.

aprimorar o crescimento do comércio eletrônico no

Unlimited: desenvolvida para as médias e grandes

mundo virtual. Confira as versões do VTEX E-com-

empresas que buscam uma plataforma mais completa

merce Suite:

e alinhada ao planejamento estratégico dos varejistas

Starter WX7: indicada para MPEs que começam 56 �

dirigente Lojista � maio 2011

que exigem mais recursos para colocar a loja no ar.


Comércio on-line representa um terço das transações eletrônicas no Brasil Estudo da FGV revela potencial de crescimento das vendas pela internet

D

ados da 13ª edição da Pesquisa

1,53% da receita líquida foi direcio-

FGV-Eaesp, divulgada no início

nada para investimentos na área.

de maio pela Escola de Administra-

Na indústria, a proporção alcançou

ção de Empresas de São Paulo da

0,48%, no comércio 1,44% e no se-

Fundação Getulio Vargas, apontam

tor de serviços 2,21%.

um horizonte moderado mas positivo

A utilização de aplicações em

para o comércio eletrônico no Brasil

comércio eletrônico para integra-

em 2011, a partir da análise dos nú-

ção entre empresas e fornecedores

meros do setor em 2010. Quase um

já atinge 72% dos entrevistados no

terço (33,02%) de todas as transa-

comércio. Na integração com clien-

ções entre varejo e consumidores foi

tes, esse índice sobe para 82%. Os

feito eletronicamente no ano passa-

principais processos utilizados visam

do. Nas transações realizadas entre

o recebimento de pedidos, suporte

empresas, o chamado B2B, o índice

para a utilização e divulgação de in-

sobe para quase dois terços do total

formações.

(65,25%).

Portais para comércio eletrônico,

A FGV coletou informações de

e-mail marketing e troca eletrônica

470 empresas de vários tamanhos,

de dados são as aplicações tradicio-

setores e ramos de atividade, nacio-

nalmente mais utilizadas pelas em-

nais ou multinacionais que operam

presas, mas a pesquisa já detecta

no mercado brasileiro e atuam em

o investimento em ações nas redes

algum nível no ambiente digital. As

sociais. Para as empresas, os aspec-

empresas pesquisadas disseram não

tos mais importantes na utilização

ter aumentado significativamente

do comércio eletrônico são relacio-

seus gastos e aplicações em comér-

namento com clientes, privacidade e

cio eletrônico. Na média, apenas

segurança.

Perto apresenta cofre inteligente O PertoTrap, cofre inteligente produzido em aço 12 mm que realiza operações financeiras protegidas com senha, foi uma das principais soluções apresentadas pela Perto durante a Bits Brasil, evento relizado de 10 a 12 de maio, em Porto Alegre. O equipamento foi desenvolvido para atender lotéricas, postos de gasolina e estabelecimentos comerciais que necessitam armazenar o dinheiro com segurança. As transações são controladas por um terminal de operações POS ou por um display com painel de LCD touchscreen. Uma impressora térmica acompanha o produto e faz o registro das transações. Além disso, o processo de contagem e recontagem de numerário é feito automaticamente com controle da autenticidade das cédulas, que após a validação são armazenadas no cofre inteligente.


o p i n i ã o

|

d e

o l h o

n o

c l i e n t e

A caminho do

varejo MULTICANAL O

conceito de canal de distribuição vem

velha premissa: conheça seu cliente. Sai-

mudando rapidamente nos últimos

ba em qual ciclo de vida ele se encontra

anos com o surgimento de novas tecnologias

(pois cada momento tem necessidades

e com as mudanças no comportamento do

diferentes), compreenda o que o leva até

consumidor. A venda direta desmembrou-se

a sua loja e observe seu comportamento

em diversos formatos e os canais atuais não

no momento da compra. Ser multicanal

são mais definidos pela forma pela qual os

não é mais tendência, é fato. Mas antes

fornecedores vendem, mas sim pela forma

de abrir novos canais tenha certeza do que

como os consumidores compram e conso-

seu cliente precisa: internet, telefone, novo

mem. Como a maneira de consumir mudou

formato de loja ou canais combinados?

drasticamente, é necessário oferecer mais

Depois de implantá-los, é necessário

de um canal para atender a esta demanda.

integrar os canais para que o cliente reco-

Cada um deles nada mais é do que uma forma de atender, de “cercar” o cliente em diferentes ocasiões de compra. Por isso é

“É necessário

nheça a mesma empresa em todos os pon-

integrar os

tos de contato. Como consequência poderá propiciar ao cliente uma excelente experi-

preciso levar em conta o comportamento do

canais para

ência de compras. A fidelidade do cliente

consumidor em cada canal. Afinal, um mes-

que o cliente

será obtida pelo conjunto da obra: sentir-se

mo produto pode ser adquirido pela mesma

bem, acolhido ou identificar-se com a loja

pessoa em diferentes momentos de con-

reconheça a

é a tal “experiência de compra” que o va-

sumo. Atualmente – além dos tradicionais

empresa em

rejo – físico ou não – precisa proporcionar.

livros e CDs –, aparelhos eletrônicos, confec-

todos os pontos

ções em geral, calçados e artigos esportivos já são amplamente vendidos pela web. Seu

de contato”

concorrente está na palma da mão do cliente, pois várias consultas e até mesmo compras podem ser feitas pelo smartphone. Por isso, para estabelecer os canais da sua empresa é fundamental seguir uma 58 �

dirigente Lojista � maio 2011

Os lucros serão consequência disso. Ampliar e integrar os canais de venda do seu negócio, além de ser uma conveniência para o consumidor, garante que sua marca

Luciana Carmo Especialista em gestão de serviços e palestrante. luciana.carmo@mixxer. com.br

se apresente ao cliente em diversas opções de consumo, propicia à loja explorar os segmentos emergentes, além de conquistar maior cobertura geográfica de atuação.



maio/2011 – www.sebrae.com.br – 0800 570 0800

informe do serViço brasileiro de apoio àS micro e pequenas empresas

projeto muda rua em curitiba Revitalização urbana e investimentos em capacitação contribuem para melhorar o comércio na região central da cidade gas da capital paranaense, conhecida pelo comércio de móveis e roupas – foi a primeira a passar por grandes modificações. Depois de pesquisa com empresários, consumidores e turistas, começaram as ações para melhorar os aspectos mais críticos, como segurança e limpeza. O processo incluiu remodelação das calçadas, pintura dos prédios antigos, nova iluminação pública, rede subterrânea de cabos, despoluição visual e sinalização turística. O projeto conta com a adesão de 90 empresários e prevê a realização de ações em outras três ruas – denominadas eixos temáticos – para estimular os setores de gastronomia e serviços, e explorar o potencial turístico da região, que possui um rico patrimônio histórico e arquitetônico. //Desenvolvimento local O empresário Halim Drgeham e sua mulher Maria de Fátima, que há 39 anos administram uma loja de roupas e acessórios na esquina das ruas São Francisco e Riachue-

Foto: Nilson Santana

R

eciclar, reinventar e reencantar. Em Curitiba (PR), estas palavras são o sinônimo de uma mudança que leva novas perspectivas a empresários do Centro da cidade. Ao apostar na repaginação urbana e na capacitação dos lojistas, o projeto Revitalização do Entorno do Paço da Liberdade busca aumentar o movimento de pessoas na região, que durante anos foi deteriorada pela falta de segurança e investimentos. A iniciativa é fruto de uma parceria entre o Sebrae no Paraná, o Sistema Federação do Comércio e a Prefeitura Municipal. A transformação do Centro de Curitiba teve início com a revitalização do Paço, antiga sede do poder público municipal, inaugurada em 1916. Depois de restaurado, o prédio foi reinaugurado em 2009, como Paço da Liberdade Sesc Paraná, um complexo cultural e educacional. Com o desafio de recuperar a força comercial da região, o Sebrae aderiu ao projeto. A Rua Riachuelo – uma das mais anti-

As mudanças aumentaram o fluxo de consumidores na região


Foto: Ivo Lima/ Sesc Paraná

O processo incluiu remodelação das calçadas, pintura dos prédios antigos, nova iluminação pública, rede subterrânea de cabos, despoluição visual e sinalização turística A Rua Riachuelo foi a primeira, mas o projeto prevê a revitalização de outras três ruas na mesma região

lo, acompanharam de perto as mudanças. “A rua está mais bonita e segura e hoje a gente vê pessoas aqui que não via antes. Nossas vendas já cresceram cerca de 30% e ficamos orgulhosos de ter um comércio na Riachuelo. Antes, a gente tinha vergonha”, declara. Para a gestora do projeto pelo Sebrae no Paraná, Walderes Bello, ainda há muito o que fazer. “Um dos nossos desafios é a capacitação dos empresários. Eles foram atendidos pelo programa Varejo Mais e agora estão recebendo consultoria por meio do Negócio a Negócio, em que especialistas orientam sobre a disposição de produtos, visual da loja e atendimento, marketing, vendas e finanças.” //Força das parcerias Para o diretor de Administração e Finanças do Sebrae Nacional, José Claudio dos

Santos, o projeto é exemplo de parceria bem-sucedida entre poder público e iniciativa privada. “Esta rua pode se tornar referência para Curitiba, um local que todos que vêm à cidade querem conhecer. Depois da primeira etapa, de ordenação, precisamos pensar em como os empresários podem inovar em seus negócios para atrair ainda mais os consumidores, a exemplo do que é feito em países como a França e a Itália, onde as cidades trabalham fortemente com o conceito de economia da experiência”, afirma. O diretor de planejamento do Sistema Fecomércio do Paraná, Dieter Lengning, acredita que a região tem um grande potencial ainda a ser explorado. “O fato de o Paço da Liberdade servir como âncora local despertou o interesse dos outros setores e percebemos que muitos empresários estão buscando inServiço

Textos: Ana Canêdo, com informações da Agência Sebrae de Notícias no Paraná Mais informações: www.pr.agenciasebrae.com.br

Empreender – Informe do Sebrae. Presidente do Conselho Deliberativo Nacional: Roberto Simões. Diretor-Presidente: Luiz Barretto. Diretor-Técnico: Carlos Alberto dos Santos. Diretor de Administração e Finanças: José Claudio dos Santos. Gerente de Marketing e Comunicação: Cândida Bittencourt. Edição: Ana Canêdo, Antônio Viegas. Endereço: SGAS 604/605, módulos 30 e 31, Asa Sul, Brasília/DF, CEP: 70.200-645 Fone: (61) 3348-7100 – Para falar com o Sebrae: 0800 570 0800 Na internet: sebrae.com.br // twitter.com/sebrae // facebook.com/sebrae // youtube.com/tvsebrae

vestir aqui. Para os estabelecimentos já instalados na região, além de promover ações de capacitação, buscamos também aperfeiçoar o trabalho dos funcionários. Desta forma, todos estão conscientes da importância de atender bem, oferecer bons produtos e serviços”, explica. //Pesquisa de oportunidades Recentemente foi feita uma pesquisa para identificar oportunidades de negócios na região do entorno do Paço da Liberdade. O resultado do estudo foi divulgado durante a Feira do Empreendedor 2011, realizada em março, em Curitiba. De acordo com a pesquisa, empreendedores e empresários de micro e pequenas empresas ligados às áreas de turismo, alimentação, arte, serviços residenciais e empresariais têm no Centro da cidade um lugar apropriado para investimentos.


o p i n i ã o

|

SOBRE

LOJA

A ARTE de Prestar serviços

E

stá ficando cada vez mais difícil encon-

rentes qualificados. A mudança só vai ocorrer

trar pessoas que sirvam de exemplo na

se começar pela cabeça dos líderes, portanto o primeiro passo tem que ser necessariamen-

área de prestação de serviços.

te dado pelo dono da loja.

Os próprios donos de lojas, seus gerentes e chefes, em sua grande maioria, não estão pre-

Está na hora do dono da loja começar a

ocupados com a qualificação dos funcionários,

tomar algumas boas decisões que possam

muito menos com o bem servir aos clientes.

servir de exemplo para a sua equipe e que

Como o mercado está aquecido e em cresci-

motive-a a buscar o melhoramento e aper-

mento (informações que se leem nas entre-

feiçoamento das atividades a ela designadas.

vistas de dirigentes lojistas), deveria crescer

Não conseguiremos mudar nossa equipe se

também a preocupação em qualificar a equipe.

não mudarmos nós mesmos.

Estava em São Paulo e entrei numa pe-

Não alcançaremos o sucesso esperado se

quena loja e pedi um produto que estava na

“Devemos

não colocarmos em ordem algumas coisas

vitrine. O vendedor perguntou para o dono se

observar mais

importantes como: nosso negócio (capaci-

poderia retirar de lá o produto e a resposta foi um primor: “Só tem aquela e eu não vou

nossos clientes

retirá-la para vender”. Este, por sua vez, sim-

insatisfeitos,

plesmente virou as costas e foi atender outro

dar retorno

cliente sem continuar o atendimento. Creio que devemos observar mais nossos clientes insatisfeitos, dar retorno e procurar aprender com eles, pois esta é uma das fórmulas para melhorar nosso atendimento.

chefias e pela falta de interesse em treinar e profissionalizar sua equipe. Só teremos lojas/ equipes qualificadas se tivermos chefes e ge62 �

dirigente Lojista � maio 2011

sa vida familiar, nossos conhecimentos com o mercado, clientes e concorrentes, além da adequação de nossos produtos aos clientes. Devemos, portanto, nos preocupar mais

e procurar

com a qualificação de nossa equipe para ofe-

aprender com

recermos ao nosso cliente muito mais do que

eles”

simplesmente ele busca. Só assim teremos comprometimento de equipe, fidelização e automaticamente loja cheia e clientes/donos

Em muitas lojas está se formando a cultura do mau atendimento pelos exemplos das

tando funcionários), nossa vida pessoal, nos-

Josemar Basso Administrador de empresas, consultor e palestrante. josemarbasso@ officemarketing.com.br

satisfeitos. É importante analisar a frase de Confúcio: “Eu não procuro saber as respostas, procuro compreender as perguntas”.



l e i t u r a

|

l a n ç a m e n t o s

Finanças e estratégias de negócios para empreendedores Steven Rogers e Roza Makonnen Bookman. 336 pág. R$ 61

O livro discute os aspectos financeiros que devem ser considerados na elaboração, criação e desenvolvimento de novos negócios. Considerando que muitos dos empreendedores não possuem exatamente um perfil “financeiro”, a obra oferece uma leitura agradável, sem deixar de discutir aspectos que devem ser analisados por todo empreendedor.

A transformação do RH Dave Ulrich, Justin Allen e equipe Campus-Elsevier. 256 pág. R$ 52

Os autores defendem que o maior desafio dos profissionais do RH é atuar como parceiros estratégicos de suas organizações para ajudá-las a ter sucesso por meio de novas práticas. Concentrar-se na função externa do RH é fundamental para isso, entendendo o que clientes e investidores precisam e como o RH pode contribuir para os bons resultados da empresa.

Sua marca de cara nova Como obter crescimento constante e

importantes para que empresas de todos

lucrativo através de uma marca? A partir

os portes possam reinventar a experiência

de sua experiência como diretor global

total de sua marca, investindo em inovação,

da marca McDonald’s, Larry Light e sua

renovação, relacionamento com o cliente,

coautora Joan Kiddon apresentam um

marketing e valor. “A obra oferece a

plano com dicas de “certo” e “errado”

chance de entrar em contato direto com a

em segmentação de mercado, liderança,

sistematização das etapas, com os relatos

pesquisa e desenvolvimento. Os autores

sobre o que deu certo e o que deu errado,

utilizam o sucesso obtido com a gigante do

e com reflexões de executivos em textos

fast-food como inspiração para o passo a

que por vezes passam a sensação de uma

passo de uma grande volta por cima, que pode ser aplicado em qualquer mercado. Em dez capítulos, a obra aborda questões

Seis passos para a revitalização da marca Larry Light e Joan Kiddon Bookman. 232 pág. R$ 52

destaca o revisor técnico para a edição brasileira Ilton Teitelbaum.

E agora, geração X?

Google marketing

Pensando nos profissionais com faixa etária entre 30 e 45 anos, o livro ensina a se manter no auge profissional e exercer a liderança plena numa época de intensa transformação. A autora mostra as perspectivas do mercado e fornece ferramentas e conselhos práticos para essa geração se adaptar às mudanças no ambiente corporativo.

Em sua terceira edição, o livro aborda estratégias corporativas para criar inteligência competitiva por meio da web, aumentar a quantidade de prospectos de uma empresa de serviços ou produtos, melhorar o relacionamento com clientes e fornecedores, mensurar resultados, estimular o marketing viral e outras ações vitais para o crescimento de qualquer empresa.

Tamara Erickson Campus-Elsevier. 224 pág. R$ 59,90

64 �

conversa direta e informal sobre o tema”,

dirigente Lojista � maio 2011

Conrado Adolpho Vaz Novatec. 656 pág. R$ 119


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* Fonte: Estudos Marplan Setembro/09 a Outubro/10 Brasília Filtro: 10+ anos


a g e n d a

Vitrine de soluções tecnológicas A Autocom exibe novidades e discute tendências para o mercado da automação comercial Em sua 13ª edição, a Autocom apresentará os últimos lançamentos do mercado mundial de automação comercial, bem como conferências, painéis, casos de sucesso e debates para discutir as tendências deste setor em expansão. A feira apresenta ainda as mais avançadas tecnologias para a otimização do setor comercial, incluindo produtos, soluções e serviços para o comércio, em toda sua cadeia, do varejo ao atacado. O evento é voltado para executivos, gerentes e técnicos em TI de em-

presas varejistas, além de diretores e proprietários de lojas. A Autocom é promovida anualmente pela Associação Brasileira de Automação Comercial (Afrac) e pelo Ideti – Eventos em Tecnologia. 7 a 9/06/2011 Autocom 13ª Exposição e Congresso de Automação Comercial, Serviços e Soluções para o Comércio Expo Center Norte (Amarelo) São Paulo – SP www.autocom2011.com.br

Junho 7 a 10/06/2011 Expogestão 9ª Feira Nacional de Produtos e Serviços da Gestão Centreventos Cau Hansen Joinville – SC www.expogestao.com.br 14 a 17/06/2011 Logística 2011 2ª Feira Internacional de Logística Parque Comendador Antônio Carbonari Jundiaí – SP www.feiradelogistica.com 15 a 18/06/2011 Brasilshop Sudeste 11ª Feira e Congresso Internacional do Varejo Expo Center Norte São Paulo – SP www.alshop.com.br 66 �

18 a 21/06/2011 Natal Show 3ª Feira Internacional de Artigos e Decoração de Natal Expo Center Norte São Paulo – SP www.feiranatalshow.com.br 20 a 23/06/2011 FIT 0/16 – Edição Primavera/Verão 37ª Feira Internacional do Setor Infanto-Juvenil, Teen e Bebê Expo Center Norte (Azul) São Paulo – SP www.fit016.com.br 27 a 30/06/2011 Francal 43ª Feira Internacional da Moda em Calçados e Acessórios Pavilhão de Exposições do Parque Anhembi São Paulo – SP www.feirafrancal.com.br

dirigente Lojista � maio 2011

Julho 5 a 8/07/2011 Eletrolar Show 6a Feira Internacional de Eletrodomésticos, Eletroeletrônicos e Informática Transamérica Expo Center São Paulo – SP www.eletrolarshow.com.br

6 a 9/07/2011 Autoparts 5ª Feira de Autopeças, Equipamentos e Serviços Pavilhão de Eventos da Festa da Uva Caxias do Sul – RS www.feiraautoparts.com.br

Agosto 16 a 18/08/2011 Brazil Consumer Electronics Expo 2a Feira Internacional de Eletrônica de Consumo, Informática e Entretenimento Expo Center Norte São Paulo – SP www.cebshow.com.br

27 a 30/08/2011 House & Gift Fair South America 41ª Feira Latino-Americana de Artigos para Casa e Decoração Expo Center Norte São Paulo – SP www.grafitefeiras.com.br


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! ê c o v s o m a r e Esp Venha fazer parte do maior encontro do segmento comercial do Brasil. Durante 3 dias você poderá participar de palestras e debates com a presença de grandes nomes nacionais que irão abordar temas de interesse do comércio lojista. FENAL – Feira Nacional de Produtos, Serviços e Soluções para o Lojista. A FENAL, que ocorrerá paralela ao evento, será uma grande oportunidade de novos negócios. Estarão expondo indústrias e empresas fornecedoras do segmento lojista, com destaque para as áreas de: logística, franquia, marketing, tecnologia, turismo e serviço, um total de 106 stands.

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