Dirigente Lojista 437 - Março 2011

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lojista dirige nte

· 36 ano

43 n° 7

·M AR ÇO 2 011 · r$ 9,90

mérito lojistA 2010 os resultados e as perspectivas das empresas premiadas COMO AS MELHORES PARCEIRAS DO VAREJO

edição especial anÁLISE SETORIAL Um raio X do mercado em cada um dos 17 setores da premiação

HOMENAGEM Personalidades e empresas que fizeram a diferença em 2010


Central de Atendimento BB 4004 0001 ou 0800 729 0001 – SAC 0800 729 0722 – Ouvidoria BB 0800 729 5678 – Deficiente Auditivo ou de Fala 0800 729 0088 Suporte Técnico 3003 0500 (regiões metropolitanas e capitais) e 0800 729 0500 (demais regiões)


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Nesta edição

DIRETORIA CNDL

O

bom relacionamento entre o varejo e sua rede de fornece-

dores é condição essencial para que o setor produtivo brasileiro possa levar produtos e serviços a uma massa de consumidores cada vez mais numerosa, mais informada e com maior poder de compra. É justamente este relacionamento que a CNDL celebra ao organizar mais uma edição do Prêmio Mérito Lojista Brasil, um reconhecimento aos parceiros mais importantes dos lojistas durante o ano que passou.

Presidente Roque Pellizzaro Junior 1º. Vice-Presidente Vítor Augusto Koch Vice-Presidente Adão Henrique Vice-Presidente Francisco Honório Pinheiro Alves Vice-Presidente Geraldo Cesar de Araújo Vice-Presidente José Cesar da Costa Vice-Presidente Melchior Luiz Duarte de Abreu Diretor Administrativo e Financeiro Silvio Antônio de Vasconcelos Souza Diretor do DASPC Roberto Alfeu Pena Gomes DIRETOR CDL Jovem Samuel Torres de Vasconcelos Diretores Ralph Baraúna Assayag, Maurício Stainoff, Sergio Alexandre Medeiros, Jair Francisco Gomes, Marcelo Caetano Rosado Maia Batista, Mustafá Morhy Júnior, Paulo Gasparoto, Ilson Xavier Bozi, Maria do Socorro Teixeira Noronha, Antônio Xará, Fernando Luis Palaoro, Francisco Regis Cavalcanti Dias DIRETORIAS ESPECIAIS Adilson Schuenke Emanuel Silva Pereira Celso Vilela Guimarães Geovanne Telles Valdir Luiz Della Giustinna Marcelo Sales Antoine Youssef Tawil José Manoel Ramos Egnaldo Pedro da Silva

do, o prêmio reserva homenagens a personalidades e empresas varejistas que se destacaram em 2010. E para contextualizar tudo o que envolve a premiação, a Dirigente Lojista preparou esta edição especial, com uma análise abrangente da conjuntura econômica e política brasileira sob a ótica do setor produtivo. Um panorama que se completa com análises setoriais específicas sobre cada um dos segmentos contemplados, onde ouvimos a opinião de empresas e entidades de classe sobre os resultados do ano passado e as expectativas para 2011. Boa leitura e boas vendas! Diógenes Fischer Editor 6�

dirigente Lojista � março 2011

Conselho Fiscal Alberto Fontoura Nogueira da Cruz, Eduardo Melo Catão e Marcelino Campos (membros efetivos); Jayme Tassinari, Milton Araújo e Divino José Dias (suplentes) Superintendente André Luiz Pellizzaro supervisão Luiz Santana Conselho Deliberativo DO SPC BRASIL Presidente Itamar José da Silva Vice-Presidente José César da Costa Conselho de administração DO SPC BRASIL Presidente Roberto Alfeu Vice-Presidente Melchior L. D. de Abreu Filho Diretor Financeiro Silvio Antônio de Vasconcelos Souza Vice-Diretor Financeiro Marcelo Salles Barbosa Diretor de Comunicação Dr. Francisco de Freitas

CONSELHO SUPERIOR Romão Tavares da Rocha, Aliomar Luciano dos Santos,

Conselho FISCAL DO SPC BRASIL Luiz Antônio Kuyava, Maria do Socorro Teixeira Noronha, Antoine Yossef Tawil

ASSINE a dirigente lojista (61) 3213 2000 | assinatura.dirigentelojista@cndl.org.br | www.cndl.org.br

Além de contemplar empresas de 17 diferentes segmentos de merca-

Geruza Lúcia de Nazareth, Francisco Freitas Cordeiro, Álvaro Cordoval de Carvalho

Serviço Ao Assinante assinante.dirigentelojista@cndl.org.br A revista Dirigente Lojista é produzida pela Editora Empreendedor DIRETOR-EDITOR Acari Amorim acari@empreendedor.com.br DIRETOR DE COMERCIALIZAÇÃO E MARKETING Geraldo Nilson de Azevedo geraldo@empreendedor.com.br REDAÇÃO dirigentelojista@empreendedor.com.br EDIÇÃO-EXECUTIVA Diógenes Fischer REPORTAGEM Alexandre Gonçalves, Marlon Aseff e Mylene Margarida EDIÇÃO DE ARTE Diógenes Fischer PROJETO GRÁFICO Wilson Williams REVISÃO Lu Coelho EDITORA DO PORTAL DA CNDL Ana Paula Meurer EDITORA DO PORTAL EMPREENDEDOR Carla Kempinski SEDES São Paulo DIRETOR COMERCIAL Fernando Sant’Anna Borba fernandoborba@empreendedor.com.br EXECUTIVO DE CONTAS Osmar Escada Junior e Ana Carolina Canton de Lima Rua Sabará, 566 – 9º andar – conjunto 92 – Higienópolis 01239-010 – São Paulo – SP Fone: (11) 3214-1020 empreendedorsp@empreendedor.com.br Florianópolis EXECUTIVA DE ATENDIMENTO Samantha Arend Schvantes anuncios@empreendedor.com.br Rua Padre Lourenço Rodrigues de Andrade, 496 Santo Antônio de Lisboa – 88053-400 – Florianópolis – SC Fone: (48) 3371-8666 CENTRAL DE COMUNICAÇÃO Rua Anita Garibaldi, nº 79, sala 601 - Centro Fone: (48) 3216-0600 E-mail: comercial@centralcomunicacao.com.br

ESCRITÓRIOS REGIONAIS Rio de Janeiro Rua São José, 40 – 4º andar – Centro 20010-020 – Rio de Janeiro – RJ Fone: (21) 2611-7996 / 9607-7910 milla@triunvirato.com.br Brasília Ulysses C. B. Cava Condomínio Ville de Montagne, Q. 01 Casa 81 - Lago Sul - 71680-357 - Brasília - DF Fones: (61) 9975-6660 / 3367-0180 ulyssescava@gmail.com Rio Grande do Sul Flávio Duarte Rua Silveiro 1301/104 – Morro Santa Tereza 90850-000 – Porto Alegre – RS Fone: (51) 3392-7767 commercializare@terra.com.br Paraná Merconeti Representação de Veículos de Comunicação Ltda / Ricardo Takiguti Rua Dep. Atílio Almeida Barbosa, 76 – conjunto 3 Boa Vista – 82560-460 – Curitiba – PR Fone: (41) 3079-4666 ricardo@merconeti.com.br Pernambuco HM Consultoria em Varejo Ltda / Hamilton Marcondes Rua Ribeiro de Brito, 1111 – conjunto 605 – Boa Viagem 51021-310 – Recife – PE – Fone: (81) 3327-3384 hmconsultoria@hmconsultoria.com.br Minas Gerais SBF Representações / Sérgio Bernardes Faria Av. Getúlio Vargas, 1300 – 17º andar – conjunto 1704 30112-021 – Belo Horizonte – MG Fones: (31) 2125-2900 / 2125-2927 sbfaria@sbfpublicidade.com.br PRODUÇÃO GRÁFICA Teixeira Gráfica e Editora

www.empreendedor.com.br



a o s

l o j i s t a s

a grande celebração do varejo

brasileiro A

cada edição do Mérito Lojista fica mais evidente a evolução do comércio brasileiro e a imprescindível participação dos parceiros e fornecedores para o sucesso do varejo. A grande celebração proporcionada pelo Mérito, unindo fornecedores, prestadores de serviço e lojistas de norte a sul do País, é o momento de reconhecer todos que se dedicaram com determinação, inovação e qualidade para movimentar o nosso comércio e atender aos anseios dos consumidores, inseridos num mercado de transformações cada vez mais rápidas. O reconhecimento coletivo aos melhores do varejo brasileiro, aos parceiros e aos meios de comunicação que contribuíram para os bons resultados deste setor já se tornou uma tradição aguardada com grande expectativa. O troféu “Deusa da Fortuna” é um cobiçado símbolo, homenageando profissionais e empresas que se destacam em inovação, empreendedorismo, qualidade, marketing, atendimento e excelência de produtos e serviços. A láurea também vem sendo 8�

dirigente Lojista � março 2011

“É o momento de reconhecer todos que se dedicaram com determinação, inovação e qualidade para movimentar o nosso comércio” ROQUE PELLIZZARO JUNIOR Presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL)

concedida aos que estão perfeitamente integrados às comunidades onde atuam, com ênfase nas iniciativas de responsabilidade social. O compromisso com o meio ambiente e com uma qualidade de vida melhor torna o empresário cada vez mais um praticante do empreendedorismo social, com reflexos positivos à sociedade. O Mérito Lojista consagrou-se através dos anos por representar um amplo painel do varejo brasileiro, com sua produção, sua indústria, sua distribuição, seu comércio e seus porta-vozes. Toda esta cadeia

produtiva atua integrada com os lojistas, que têm no associativismo um sistema eficaz de união em torno de objetivos comuns, onde os ganhos coletivos são prioritários. O grande número de personalidades, lideranças, autoridades e profissionais da mídia que prestigiam o evento revela a credibilidade e o respeito do Mérito Lojista, verdadeiro “Oscar” do varejo, que encanta todos que têm a oportunidade de receber o troféu e participar da cerimônia de congraçamento entre os grandes impulsionadores do comércio brasileiro.


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í n d i c e

EDIÇÃO

48

437 60

Automação

64

Cama, Mesa e Banho

76

80

Iluminação

96

10 �

84

Informática

dirigente Lojista � março 2011

Materiais de Construção

104

100

Ótica

Eletrodomésticos

Papelaria

Serviços


52

12

56

Especial: 2010-11

Bazar | UD

68

Calçados

Um panorama da economia e do setor produtivo brasileiro no ano passado e as expectativas da indústria e do varejo para 2011

25

72

Mérito Lojista Brasil

Eletroeletrônicos

88

Entretenimento

92

Moda

108

Veículo de Transporte

A lista completa dos ganhadores e uma ampla análise setorial de cada categoria premiada

destaques

Móveis

112

Comunicação

30

Mérito Lojista do Ano

32

Inovação

34

Empreendedorismo

36

Excelência Comercial

38

Economia

40

Marketing

42

Responsabilidade Social

44

Apoio ao Movimento Lojista

dirigente Lojista � março 2011

� 11


e s p e c i a l

|

2 0 1 0 - 2 0 1 1

esforço pela

estabili

Depois dos excelentes resultados em 2010, a economia brasileira tende a desacelerar este ano e o novo governo precisará manter seu compromisso com o crescimento, evitando a volta da inflação ao mesmo tempo em que fomenta a produtividade

12 �

dirigente Lojista � março 2011


dade A

parceria da indústria nacional com o varejo comemorou um excelente

resultado em 2010, mas uma leve retração deve ser a tônica dos próximos meses, quando a ordem do novo governo federal será “arrumar a casa” e elevar os níveis de produtividade. Líderes empresariais e especialistas no mercado financeiro apostam em uma retração, mas sem uma queda substancial da atividade econômica. No comércio varejista, as vendas acumularam uma alta de 10,9% no ano passado, nada menos que o melhor resultado em nove anos. Ao mesmo tempo, a produção industrial teve um crescimento de 10,5%, impulsionada pelo avanço no mercado de bens de consumo duráveis (automóveis e eletrodomésticos da linha marrom). Mas os índices altamente positivos não devem significar euforia. De acordo com o gerente da Coordenação de Indústria do IBGE, André Macedo, parte do bom desempenho da economia brasileira no ano passado se deve à baixa base de comparação com o ano anterior, que apresentou números atrelados aos reflexos da crise mundial. dirigente Lojista � março 2011

� 13


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2 0 1 0 - 2 0 1 1

O período encerrado com o fim do

gentes Lojistas (CNDL), o desempenho

previsão de crescimento nas vendas

governo Lula pode ser saudado pelo

altamente satisfatório registrado no

da ordem de 5%, que a princípio pode

setor produtivo nacional como uma

ano passado não deve se manter no

parecer um índice modesto, mas é um

época de estabilidade econômica

mesmo ritmo, embora isso não sig-

ótimo indicador se comparado com a

conquistada a duras penas e de um

nifique uma queda nas expectativas

situação em que nos encontrávamos

crescimento substancial das vendas,

positivas. “Para este ano temos uma

há dois anos”, enfatiza Roque Pellizza-

especialmente nos dois últimos anos.

ro Junior, presidente da CNDL. Ele sus-

O novo governo tem em mãos a res-

tenta que o bom momento do varejo

ponsabilidade de dar continuidade aos bons ventos que impulsionam o varejo, a indústria e os serviços no País. O grande desafio agora será manter a estabilidade econômica, evitando os sobressaltos mais comuns em um momento delicado de transição. Um claro exemplo disso será a manutenção da política inflacionária, sem a elevação em doses excessivas da taxa básica de juros. Para as lideranças da indústria nacional, a manutenção do crescimento está necessariamente ligada à desoneração dos investimentos produtivos, com a redução de alíquotas de

No ano passado, as vendas no varejo contabilizaram um aumento acumulado de 10,9%, nada menos que o melhor resultado em nove anos

nacional vem sendo alavancado pelo tripé “renda, emprego e crédito”, ancorado no aumento do salário mínimo acima da inflação, o que mantém o poder aquisitivo da população em alta. Pellizzaro Junior destaca ainda que a oferta de crédito pelos próprios lojistas também constitui um fator de impulso para o consumo, pois as restrições anunciadas pelo governo afetam basicamente os produtos com maior valor agregado.

Bons ventos O cenário promissor para 2011 tam-

impostos. Por outro lado, seguem em

bém é partilhado, com ressalvas, pelo

pauta as reformas estruturais – tributá-

economista Roberto Meurer, da Uni-

ria, fiscal, previdenciária, do trabalho e

versidade Federal de Santa Catarina.

política – que ainda aguardam a sensi-

Segundo ele, o consumo está ancora-

bilização da classe política.

do principalmente na evolução da ren-

De acordo com dados divulgados pela Confederação Nacional de Diri-

14 �

dirigente Lojista � março 2011

da das famílias e é este fator que determina o limite para os gastos. Diante



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2 0 1 0 - 2 0 1 1

compromisso com o crescimento A presidenta Dilma e o vice Michel Temer herdaram uma economia sólida marcada pela inclusão das classes de menor renda

disso, e com uma expansão do PIB em

estabilidade, já que o déficit gerado

dos agentes econômicos. “O problema

níveis similares, existem boas perspec-

a partir de condições fiscais avariadas

com os gastos do governo é a dificul-

tivas para o crescimento da economia

tem o poder de interferir na confiança

dade de revertê-los quando a economia está em crescimento”, observa

brasileira. “O fato de estar ocorrendo uma melhora na distribuição da renda e a inclusão de mais famílias acima do nível de pobreza geram um efeito de expansão adicional no consumo, porque o poder de compra dos segmentos de renda mais baixa é cada vez maior, o que cria um efeito imediato”, argumenta Meurer. O economista lembra, no entanto, que o governo não pode perder o pulso na condução de áreas sensíveis, como a busca constante pela redução dos gastos públicos. Um descontrole pode se constituir em ameaça para a 16 �

dirigente Lojista � março 2011

Para as lideranças da indústria, a desoneração dos investimentos produtivos e a redução de impostos serão questões cruciais em 2011

Meurer. Segundo ele, a preocupação com o gasto público decorre do seu efeito sobre a dívida pública, já que uma dívida muito alta aumenta os riscos, o que faz com que as taxas de juros exigidas pelos compradores dos títulos públicos também aumentem. “Isto explica a política fiscal de geração de superávits primários adotada pelo governo brasileiro, cujo objetivo é reduzir a dívida em relação ao tamanho da economia”, acrescenta. De acordo com o economista, só com dívida mais baixa é que pode ocorrer uma redu-



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2 0 1 0 - 2 0 1 1

ção estrutural da taxa de juros, cujos

fácil do que reduzir o nível de gastos

de capitais. “A intervenção no mer-

efeitos não se restringem ao custo do

em relação ao observado em perío-

cado cambial para evitar uma maior

endividamento do governo. O custo

dos anteriores.

apreciação da moeda brasileira é

do financiamento para setor privado

Em relação ao câmbio, será muito

limitada pelo efeito fiscal dessa in-

também aumenta, fazendo com que

difícil sair do regime flutuante, mas

tervenção, porque comprar moeda

os compradores de títulos busquem

pode ocorrer uma maior intervenção

estrangeira significa necessidade de

alternativas para a aplicação de seus

no mercado de câmbio ou controle

emitir títulos públicos para enxugar a

recursos. É por isso que a bandeira de austeridade fiscal do novo governo tem como foco evitar a geração de expectativas sobre um eventual descontrole da dívida.

Continuidade bem-vinda Parece um consenso entre o setor produtivo e a sociedade de que está mais do que correta a opção pela continuidade da política macroeconômica, baseada em metas de inflação, câmbio flutuante e superávit primário. Mesmo assim, isso não afasta a

Em 2010, a produção industrial teve um crescimento de 10,5%, impulsionada pelo mercado de bens duráveis

liquidez em moeda nacional gerada pela compra de divisas. O principal aspecto que se coloca para avaliar a política macroeconômica é o que vai ocorrer com a política fiscal, se as pressões por aumentos de gastos serão atendidas ou se eles serão controlados”, define Meurer. Para Claudio Felisoni, coordenador do Programa de Administração de Varejo da Fundação Instituto de Administração (Provar), o desempenho do varejo em 2011 não será exuberante como no ano passado, mas isso

possibilidade de algumas mudanças

não significa uma performance nega-

na prática. “A escolha de Alexandre

tiva nem um cenário menos otimista.

Tombini para a presidência do Banco

“Tivemos um resultado bastante

Central sinaliza a continuidade da

expressivo no Natal de 2010, algo

política monetária com autono-

em torno de 13% a 15% de cresci-

mia operacional. Mas o final do

mento sobre o ano anterior – e

governo Lula, especialmente a par-

veja que em 2009 já vínha-

tir da crise financeira, foi de uma

mos de um crescimento de

política fiscal mais frouxa, que

10% para o Natal anterior. Isso,

não foi revertida com a norma-

somado ao crescimento da massa

lização da economia”, avalia Ro-

real de salários e a uma taxa de ju-

berto Meurer. Segundo ele, de nada

ros estável, traz boas perspectivas

adianta anunciar maior austeridade

para este ano”, acredita. Para o co-

na busca por um maior superávit pri-

ordenador do Provar, há um am-

mário se não há clareza de que isso

biente de grande liquidez no País,

acontecerá de fato, já que reduzir

associada a prazos longos e

gastos autorizados é muito mais

índice de emprego elevado,

18 �

dirigente Lojista � março 2011


relevante

Ser escolhida como o Melhor Veículo de Circulação Nacional já é motivo de orgulho. Imagine então ganhar esse mesmo prêmio 15 vezes. Muito obrigado a todos os lojistas e à Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas.


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2 0 1 0 - 2 0 1 1

o que aumenta o nível de otimismo

Será difícil evitar elevações de juros ao longo de 2011, mas o Banco Central procurará tornar o custo do controle da inflação o menor possível em termos de produção perdida

no mercado. Segundo Felisoni, o governo Lula foi conservador na política monetária, mas não na área fiscal. Embora a pressão sobre os preços tenha ficado acima do que o Banco Central esperava para 2010, a valorização do real ante o dólar segurou uma alta maior da inflação. Por isso, o câmbio não deve mudar, calcado em uma taxa de juros alta, destinada a impulsionar a atração de recursos. “O governo Lula foi leniente com a política fiscal e agora Dilma terá de ser mais firme com os gastos públicos, como vem sinalizando, através dos cortes do orçamento”, ressalta Felisoni. Segundo ele, são medidas que devem conter a inflação – que no final das contas é o grande flagelo para o consumo, ao retirar a renda real do trabalhador e onerar quem ganha menos. A ideia é compartilhada por Roberto Meurer, que propõe uma vigilância máxima a essas variáveis ao longo deste ano. “Como existe limitação da capacidade produtiva, quando a demanda fica elevada a ponto de pressionar os preços é necessário elevar os juros como medida para contê-la”, explica o economista. “Inevitavelmente ocorrerão desvios em relação à meta de inflação ou em relação à produção máxima possível na economia. Será difícil evitar eleva-

20 �

dirigente Lojista � março 2011


A ITATIAIA NÃO OCUPA SÓ O MELHOR LUGAR DA CASA, MAS TAMBÉM O MELHOR LUGAR DO PÓDIO. Itatiaia. Vencedora pela 7ª vez consecutiva do Prêmio Mérito Lojista.

A Itatiaia conquistou pela 7ª vez consecutiva o Prêmio Mérito Lojista na categoria “Móveis – Segmento de Aço.” Uma vitória que ela faz questão de dividir com todos seus clientes e parceiros. Afinal, eles também contribuíram para isso.


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2 0 1 0 - 2 0 1 1

ções de juros ao longo de 2011, mas obviamente o Banco Central procurará tornar o custo do controle da inflação o menor possível em termos de produção perdida.”

Desafios no horizonte Claudio Felisoni acrescenta que nos primeiros meses de 2011 o crescimento deve ser menor, mas que no balanço geral as vendas continuarão em alta e impulsionando o PIB. “No final do ano as vendas devem cair um pouco, junto com a infla-

A médio prazo, nossos problemas estão na falta de infraestrutura e na concorrência cada vez mais agressiva dos produtos chineses

sempenho industrial em 2010. Para as lideranças da indústria, além dos problemas estruturais intrínsecos ao pleno desenvolvimento do setor produtivo nacional, pesa ainda a competitividade desleal dos produtos chineses, que acumulam vantagens que vão além do câmbio favorável. De acordo com a Sondagem Industrial China, elaborada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), quase metade das indústrias brasileiras que competem com similares chinesas perdeu competitividade no

ção, que será mitigada pelo

mercado doméstico em 2010. A per-

volume de importações”,

da foi mais acentuada entre os se-

prevê o coordenador

des mudanças, mas temos que co-

tores de produtos de metal, couros,

do Provar. “Para

meçar a nos preocupar com questões

calçados e têxteis.

o curto prazo

como a infraestrutura e o aumento

Flávio Castelo Branco, gerente da

não vejo

da poupança interna, que ainda é

Unidade de Política Econômica da

muito pequena.”

CNI, acredita que além da valoriza-

gran-

Dados da Federação do Comér-

ção cambial, a favor da China tam-

cio de Bens, Serviços e Turismo do

bém pesam fatores de competiti-

Estado de São Paulo (Fecomercio)

vidade como o baixo custo salarial,

também apontam na mesma dire-

juros baixos, infraestrutura mais efi-

ção. Para a entidade, o crescimen-

ciente, menos burocracia e escala de

to das vendas neste ano não deve

produção maior. Em comum, varejo

ultrapassar o patamar dos 6%, e os

e indústria partilham da ideia norte-

mais afetados pela retração serão os

adora de que um país mais justo e

fabricantes de eletroeletrônicos e

competitivo só será alcançado com a

as concessionárias de veículos,

quebra das barreiras que envolvem

justamente os mesmos

a qualificação da mão de obra e a

que puxaram os

superação dos gargalos que emper-

índices positi-

ram o pleno desenvolvimento do

vos do de-

ambiente de negócios no país. “Otimismo com responsabilidade” é um lema que cabe perfeitamente nesse momento.




ESPECIAL

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M é r i t o

l o j i s t a

O “oscar” do varejo O Prêmio Mérito Lojista Brasil chega à sua 32a edição mantendo a tradição de promover e valorizar os esforços das empresas que se destacaram como os principais parceiros dos lojistas durante o ano que passou. A escolha dos premiados foi feita por meio de pesquisa realizada durante a 50a Convenção Nacional do Comércio Lojista, em setembro de 2010, e estendida a todos os 850 mil associados da CNDL em um questionário no site da entidade. A cerimônia de entrega do prêmio acontece no dia 31 de março, no Centro de Eventos e Convenções Brasil 21, em Brasília, reunindo representantes do varejo, do governo e das empresas premiadas. Ao conceder a estatueta do Mérito Lojista, a CNDL deseja tornar público o reconhecimento a essas empresas e fortalecer ainda mais a relação entre o varejo e seus fornecedores. Considerado o "Oscar do Varejo", o troféu Deusa da Fortuna foi concebido pelo artista plástico Gustavo Nakle e simboliza abundância, honra, riqueza e poder. Além das 105 empresas premiadas, divididas em 17 categorias de mercado, a edição deste ano presta uma homenagem a pessoas e redes de varejo que se destacaram em 2010 pelo sucesso de mercado ou por seus esforços em prol do Movimento Lojista. Nesta edição especial, a revista Dirigente Lojista mostra quem são estes homenageados, faz uma análise do desempenho de todos os segmentos premiados no ano de 2010 e verifica as expectativas de empresários, executivos e associações setoriais para este ano. Confira nas páginas a seguir. dirigente Lojista � março 2011

� 25


ESPECIAL

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M é r i t o

l o j i s t a

reconhecimento aos parceiros

Confira a lista completa dos ganhadores do prêmio Mérito Lojista Brasil 2010 Automação

Entretenimento

Emissor de cupom fiscal

Sweda

Bicicletas Sundown

Software gerencial

Ionics

Brinquedos

Estrela

Jogos eletrônicos

Sony

Bazar | Utilidades domésticas Camping e lazer

MOR

Iluminação

Cristais Saint-Gobain

Lâmpadas

Philips

Louças Schmidt

Interruptores e tomadas

Pial

Cutelaria Tramontina

Cabos Pial

Vidros Saint-Gobain

Informática

Calçados

Computadores

Itautec

Feminino Azaléia

Impressoras

HP

Infantil Bibi

Suprimentos

Multilaser

Masculino

Ferracini

Tênis Olympikus

Materiais de construção Argamassa

Quartzolit

Cama | Mesa | Banho

Cimento Votoram

Banho Teka

Cobertura Brasilit

Cama Altenburg

Chuveiros e aquecedores

Lorenzetti

Mesa Teka

Ferragens e segurança

Carbografite

Ferramentas

Tramontina

Eletrodomésticos Ar-condicionado Consul Linha branca

Brastemp

Portáteis Philips

Eletroeletrônicos

Louças Deca Metais e acessórios

Deca

Portas e janelas

Sasazaki

Pisos e azulejos

Eliane

Reservatório/caixa d’água

Eternit

Som e imagem

Sony

Tintas e acessórios

Basf/Suvinil

Aparelho celular

Nokia

Tubos e conexões

Tigre

26 �

dirigente Lojista � março 2011


Moda Feminina Malwee Infantil Marisol Jovem Cobra d'Água Masculina

Mormaii

Móveis Cozinha Todeschini Cozinha de aço

Itatiaia

Serviços Cartão de crédito

Visa

Cartão de débito

Cielo

Suporte Cielo

Colchões Castor

Administradora de cartão de loja

Itaucard

Estofados Herval

Assistência médica

Unimed

Estantes e racks combinados Madesa

Banco comercial

Banco do Brasil

Banco cooperativo

Sicredi

Infantil Kappesberg

Companhia aérea

TAM

Quarto Henn

Entrega rápida

Sedex

Financeira/Sistema CDC

Losango

Operadora (telefonia fixa)

Oi

Sala de jantar

Movelar

Ótica

Operadora (telefonia móvel) Vivo Provedor de internet

Oi

Refeições convênio

Ticket

Ray Ban

Referência de crédito e informações cadastrais

SPC

Relógio Technos

Seguradora

Mapfre

Transportadora

Braspress

Armações de óculos de grau

Tecnol

Lentes de grau

Varilux

Óculos de sol

Papelaria Cadernos Tilibra

Veículo de transporte

Escrita e corretivos

Automóvel

Chevrolet

Motocicleta

Honda

Bic

Papel Tilibra

Utilitário Mercedes-Benz dirigente Lojista � março 2011

� 27


ESPECIAL

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M é r i t o

l o j i s t a

Homenageados

Mídia | Comunicação Jornal especializado/negócios

Valor Econômico

Rádio AM Bandeirantes Rádio FM Jovem Pan Rede nacional de televisão

Globo

Revista de circulação nacional

Veja

Revista especializada/negócios

Exame

Jornal estadual – Acre

A Tribuna

Jornal estadual – Alagoas

O Jornal

Jornal estadual – Amapá

Jornal do Dia

Jornal estadual – Amazonas

Diário do Amazonas

Jornal estadual – Bahia

Correio da Bahia

Jornal estadual – Ceará

Jornal estadual – Distrito Federal

Diário do Nordeste Correio Braziliense

Jornal estadual – Espírito Santo A Tribuna Jornal estadual – Goiás

O Popular

Jornal estadual – Maranhão

O Estado do Maranhão

Jornal estadual – Mato Grosso

A Gazeta

Jornal estadual – Mato Grosso do Sul A Crítica Jornal estadual – Minas Gerais

O Estado de Minas

Jornal estadual – Pará

O Liberal

Jornal estadual – Paraíba

Jornal da Paraíba

Jornal estadual – Paraná

Gazeta do Povo

Jornal estadual – Pernambuco

Jornal do Commercio

Jornal estadual – Piauí

Diário do Povo

Jornal estadual – Rio de Janeiro

Jornal do Comércio

Jornal estadual – Rio Grande do Norte Tribuna do Norte Jornal estadual – Rio Grande do Sul

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Destaque Apoio ao Movimento Lojista Deputado Mauro Benevides Destaque Economia O Estado de S. Paulo Destaque Empreendedorismo Guilherme Ferreira Costa Destaque Excelência Comercial Óticas Diniz Destaque Inovação Cia Hering / Hering Store Destaque Marketing Lojas Renner Destaque Mérito Lojista do Ano Deusmar Queirós Destaque Responsabilidade Social Luiz Inácio Lula da Silva



d e s t a q u e

|

m é r i t o

l o j i s t a

d o

a n o

UMA DOSE DE OTIMISMO Deusmar Queirós aposta no desenvolvimento do País e na postura ética e inovadora para administrar a rede de farmácias Pague Menos

O

presidente da rede de farmácias Pague Menos, Deusmar Quei-

rós, gosta de semear o otimismo e a ética nas relações empresariais por onde passa. Destaque Mérito Lojista deste ano, o comandante da rede de farmácias presente em todos os estados brasileiros tem a convicção de que a nação lojista é a grande âncora da economia nacional. Para esse cearense que começou ainda muito cedo, atendendo atrás do balcão junto ao pequeno comércio de seu pai, o Brasil atravessa um dos melhores ciclos econômicos da sua história. “E tudo leva a crer que o País não vai frear o crescimento nos próximos anos”, assegura o empresário. Para ele, o alto índice de confiança do consumidor é uma prova desta pujança econômica, somando-se a uma redução expressiva nos índices de pobreza e o acréscimo de novos consumidores dia a dia. “Mas não é apenas o bom momento do País que garante o desempenho para os lojistas. A prática comercial tem que estar em sintonia com o que há de mais eficiente na administração moderna”, destaca Queirós. Com um faturamento

30 �

dirigente Lojista � março 2011

que chegou a R$ 1,3 bilhão em 2010,

“Atravessamos um dos melhores ciclos econômicos da história e tudo leva a crer que o Brasil não vai frear o crescimento nos próximos anos”

a Pague Menos não abre mão da ino-

Deusmar Queirós presidente da Pague Menos

de recomendar entre seus colaborado-

vação em todas as áreas do negócio, seja na administração dos recursos humanos, seja na mão firme com que conduz os investimentos em publicidade e inovação. A Pague Menos aposta sempre na publicidade positiva, com o foco na mulher – que no final é quem decide a compra de medicamentos na família –, e um relacionamento ético com consumidores e mercado. Está aí a receita que Deusmar Queirós gosta res e fornecedores.



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i n o v a ç ÃO

o salto dos peixinhos Conhecida mundialmente pelas camisetas que produz, a Hering conquistou espaço no varejo com a rede de franquias Hering Store

Q

uando os irmãos Hermann e Bruno Hering decidiram fundar uma

confecção de camisetas na então pequena localidade de Blumenau (SC), em 1880, não faziam ideia de que ela se tornaria uma das principais empresas do Brasil e da América Latina. Mais do que referência na indústria, com 131 anos de existência, a Hering tornou-se referência também no varejo desde que decidiu investir no segmento de franchising e criou a rede Hering Store, em 1993. Ótimo para o varejo brasileiro que ganhou um player que tem empreendedorismo e inovação em seu DNA. A decisão de entrar para o franchising tem relação direta com a filosofia de trabalho adotada desde o início da trajetória da empresa: estar sempre em sintonia com as tendências e exigências do mercado. Neste contexto, a centenária Hering encontrou nas franquias o caminho para implementar um novo conceito de negócio e apostar num segmento que atrai cada vez mais investidores no Brasil. Como resultado, em 2010 a Hering Store ampliou sua rede de 276 para 347 lojas. Para atrair clientes e novos franqueados, além da força da tradicional 32 �

dirigente Lojista � março 2011

“Somos uma marca democrática e uma das poucas lojas que conseguem atender todos os tipos de consumidor” Fábio Hering presidente da Hering

marca dos peixinhos, a Hering Store aposta em diferenciais como um mix variado de produtos, sempre em sintonia com as tendências internacionais da moda. Outra característica da franquia é trabalhar ao mesmo tempo com coleções no conceito fast fashion e com uma ampla oferta na linha de básicos. “Somos uma marca democrática e uma das poucas lojas que conseguem atender todos os tipos de consumidores, tanto em shoppings voltados para o público A e B quanto para as classes C e D“, afirma o presidente da empresa, Fábio Hering.



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e m p r e e n d e d o r i s m o

sucesso consolidado Guilherme Ferreira Costa manteve o espírito empreendedor e injetou inovação em uma empresa com quase 130 anos de história

M

anter-se atualizado sobre as tendências de mercado e ter

como princípio fundamental a consciência que os clientes estão em primeiro lugar. Esta é a receita do pernambucano Guilherme Ferreira Costa para ter sucesso no varejo. “Por isso, as lojas da Ferreira Costa oferecem produtos de qualidade, bons serviços, preços especiais e têm como resultado clientes sempre satisfeitos”, diz o empresário, há 33 anos no comando do negócio da família, fundado em 1884 por seu bisavô. Hoje, com 127 anos de história, três lojas consolidadas em Garanhuns, Recife e Salvador, a rede prevê a abertura de uma quarta unidade até o fim de 2011 na zona norte da capital pernambucana. “Certamente foi um grande desafio quando decidimos trazer um conceito novo de home center para Recife”, lembra Guilherme. “Agora somos referência neste mercado.” Além da aposta em conceitos inovadores, o empreendedor credita o sucesso do negócio a uma lista de diferenciais que vai do mix de produtos, com estoque para pronta entrega, aos serviços como centro automotivo e centro de cores. Some-se a isso a 34 �

dirigente Lojista � março 2011

“A Ferreira Costa mostra como um negócio de família pode atravessar gerações sem parar de se desenvolver e acompanhar as tendências” Adjar Soares presidente da FCDL/PE

parceria com os fornecedores, que o empresário qualifica como muito importante. “A união das forças só traz benefícios. Boas negociações, produtos de qualidade e bem expostos, demonstrações e lançamentos na loja deixam os clientes ainda mais satisfeitos.” Por falar em satisfação, Guilherme Ferreira Costa avalia ser possível dar continuidade aos bons resultados em 2011. “As linhas de financiamento deram ao povo brasileiro mais poder de compra e consequentemente notamos que os clientes estão mais empenhados no quesito bem-estar”, observa.



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EXCEL Ê N CIA

CO M ERCIAL

visão de liderança Com quase 500 lojas em todos os estados brasileiros, a Ótica Diniz se consolida como a empresa que mais cresce em seu segmento

A

s Óticas Diniz fazem por merecer o Mérito Lojista em Excelência

Comercial. Maior rede de óticas do Brasil, é a única presente em todos os estados da federação e não para de crescer. Perto da marca histórica de 500 lojas, a rede de franquias está há 18 anos no mercado e já é o grupo que mais cresce no segmento, com unidades em 140 cidades. De acordo com Arione Diniz, diretor-presidente do grupo, a expectativa é de que nos próximos cinco anos sejam inauguradas mais 400 lojas, alcançando o número de 300 cidades. No curto prazo, o plano de expansão, que tem como meta chegar às 500 unidades franqueadas ainda no primeiro semestre de 2011, consolidando a posição de maior varejista do ramo ótico do Brasil. O sucesso das Óticas Diniz caracteriza-se por um investimento constante no relacionamento com o cliente, reunindo saúde visual, conforto e estética com o diferencial que só uma empresa líder pode oferecer. Para isso, na central de franquias do grupo, um time de profissionais de diversas áreas trabalha para assegurar o padrão de excelência em todas as unidades. 36 �

dirigente Lojista � março 2011

A valorização dos profissionais

O sucesso da rede de franquias caracteriza-se por um investimento constante no relacionamento com o cliente, reunindo saúde visual, conforto e estética

oftalmologistas, que são a base do trabalho da empresa, é outra prioridade. Nas lojas, o atendimento ótico prevê a exigência da receita médica, reforçando a política empresarial que traduz a responsabilidade e o respeito ao consumidor. A excelência comercial também está alicerçada na qualificação da equipe de vendas. Constantemente e atualizada com as novas tecnologias disponíveis, os colaboradores usufruem de um plano de carreira que motiva e possibilita o crescimento profissional.



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e c o n o m i a

audiência ampliada O Grupo Estado comemora aumento de 11% na circulação do seu principal jornal e lança novos produtos em 2011

N

a condição de um dos maiores conglomerados de mídia do Bra-

sil, o Grupo Estado encara o desafio de não apenas permanecer entre os maiores mas também brigar por mais espaço nos mercados em que atua. Para isso, além de inovações no campo editorial, a empresa passou por uma reestruturação administrativa, com renovações de quadros e métodos, mais planejamento e foco direto nas áreas de circulação e vendas. “A reestruturação é fruto também de um ciclo de profissionalização na gestão empresarial do Grupo, com reflexos positivos nas redações”, explica João Bosco Rabello, diretor da Sucursal do Grupo Estado em Brasília. As mudanças já se refletiram no desempenho dos veículos. Em 2010, o jornal O Estado de S. Paulo, carro-chefe da empresa, aumentou sua circulação em 11%. “A média na concorrência ficou entre 4% e 5%”, compara Rabello. Segundo o executivo, a plataforma impressa enfrenta o desafio de aumentar o número de leitores na era da internet e ao mesmo tempo consolidar uma linguagem multimídia. “Nesse contexto, temos produzido conteúdos 38 �

dirigente Lojista � março 2011

“O meio papel caminha para um sistema de cobertura mais seletivo, com temas escolhidos para uma abordagem mais profunda” João Bosco Rabello diretor da sucursal Grupo Estado em Brasília

adequados a cada plataforma, com o suporte do Portal Estadão, buscando tornar mais fácil a vida do leitor”, diz. Entre as novidades mais recentes está o lançamento da rádio Estadão, com jornalismo 24 horas e cobertura esportiva em parceria com os canais ESPN. “Além disso e dos suplementos especiais, o Estadão já pode ser lido também no iPad, que abre o ciclo de leitura virtual paga dos jornais”, lembra Rabello. Ele acrescenta que ainda há espaço para todos os meios, mas é preciso perceber e implantar formas eficientes de chegar ao usuário.



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m a r k e t i n g

além das expectativas Com uma rede de 134 lojas, a Renner se espalha pelo Brasil e chega à internet, com muita criatividade e atenta às opiniões dos clientes

S

egunda maior rede de vestuário no Brasil, a Lojas Renner come-

mora uma trajetória de pioneirismo e expansão, totalizando 134 unidades espalhadas pelo País. Baseada em uma cultura corporativa sólida e uma gestão voltada para o encantamento, a empresa é Destaque em Marketing graças a uma filosofia que busca superar continuamente as expectativas dos clientes. Em 2010 a rede inaugurou o formato de lojas compactas, que permitirá atender cidades e microrregiões com cerca de 200 mil habitantes. Uma forma de estar presente em centros menores, ocupando espaço e ganhando market share. Além disso, desde outubro de 2010 os produtos oferecidos nas lojas estão acessíveis também pela web com a inauguração da plataforma de comércio eletrônico. “Como estratégia de atração, implantamos a sinergia do site com as lojas físicas, permitindo a troca de compras realizadas on-line em todas as unidades da rede, além de ofertas exclusivas“, destaca José Galló, presidente da rede. Outro destaque entre as ações de marketing desenvolvidas pela Renner

40 �

dirigente Lojista � março 2011

é o “Encantômetro”. Única varejista no

“Implantamos a sinergia do site com as lojas, permitindo a troca de compras realizadas on-line em todas as unidades da rede”

mundo a exibir na porta de cada loja o

José Galló presidente da Renner

Vida no desenvolvimento de suas co-

nível de satisfação dos clientes, a Renner oferece três opções (muito satisfeito, satisfeito e insatisfeito) e exibe a quantidade de registros em cada uma delas. Em 2010, os Encantômetros registraram mais de 21 milhões de toques. Destes, cerca de 96% corresponderam à soma de registros em Muito Satisfeito e Satisfeito. A companhia também foi pioneira ao implantar no País, em 2002, o conceito de Estilos de leções e na organização de suas lojas.



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r e s p o n s a b i l i d a d e

s o c i a l

herança positiva Em oito anos de mandato, o ex-presidente Lula teve como marca de seu governo os investimentos em programas sociais

P

ergunte ao executivo de uma multinacional ou ao dono de um

comércio de bairro o que de mais importante aconteceu nos últimos anos para alavancar os negócios. Certamente a resposta incluirá o aumento no poder aquisitivo da classe C. Esta ampliação no poder de compra do brasileiro é resultado direto das políticas socioeconômicas adotadas nos oitos anos do governo Lula, que deixou o cargo com um índice de aprovação recorde na política brasileira. “Em oito anos, demos um salto no enfrentamento da pobreza e da miséria e agora tem mais gente trabalhando e consumindo”, disse o presidente durante sua estreia como palestrante, no início de março. Entre os programas que se destacaram em seus dois mandatos estão o Luz para Todos, o Bolsa Família e o Fome Zero. No balanço que fez de seus dois mandatos, Lula afirmou que nos oito anos em que esteve no Palácio do Planalto foi possível combinar crescimento com estabilidade e ampliação de renda. “Criamos o Bolsa Família e uma série de ações desencadeadas pelo Fome Zero; 27,9 milhões de pessoas saíram da pobreza e a desnutrição

42 �

dirigente Lojista � março 2011

diminuiu 61%, enquanto 31 milhões

“Demos um salto no enfrentamento da pobreza e da miséria e agora tem mais gente trabalhando e consumindo”

de pessoas ascenderam de classe.”

Luiz Inácio Lula da Silva ex-presidente da República

muitas vezes com desprezo, melhora-

A propósito do crescimento da classe C, Lula acredita no trabalho da presidenta Dilma Rousseff. “O Brasil vai permitir que a classe C logo vá para a classe B”, aposta. Como indicativo disso, destaca a queda do desemprego e o maior número de empregos formais gerados. “Estamos felizes em poder dizer claramente que todos os setores da sociedade melhoraram de vida, mas que os mais pobres, que eram tratados ram mais”, completa o ex-presidente.


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* Fonte: Estudos Marplan Setembro/09 a Outubro/10 Brasília Filtro: 10+ anos


destaque

| apoio ao

movimento

lojista

suporte legislativo O deputado federal Mauro Benevides levou para a tribuna da Câmara dos Deputados as reivindicações da nação lojista

O

trabalho em defesa dos interesses do varejo, liderado pela

CNDL, não seria completo sem que houvesse vereadores, deputados e senadores dispostos a abraçar as reivindicações dos lojistas brasileiros. Este é o caso do deputado federal Mauro Benevides (PMDB-CE), que na edição 2011 do Mérito Lojista Brasil recebe a homenagem como Destaque Apoio ao Movimento Lojista. Em novembro do ano passado, ele fez um pronunciamento na Câmara dos Deputados divulgando os principais pontos da Carta de Aracaju, documento fruto do Encontro de FCDLs, realizado na capital sergipana que expõe as principais bandeiras do setor. “Identificado com tais reivindicações, entendi de meu dever veicular da tribuna o importante documento, numa sintonia com algo que diz respeito ao propósito desenvolvimentista do País”, afirmou em seu discurso. Além de questões específicas do varejo, Benevides também defende a aprovação imediata da Reforma Tributária, emperrada pelo conflito entre o pagamento do ICMS, se na origem ou no destino. “É preciso reabilitar o prestígio do parlamento aprovando propo-

44 �

dirigente Lojista � março 2011

“É preciso reabilitar o prestígio do parlamento aprovando proposições importantes como a Reforma Tributária” Mauro Benevides deputado federal (CE)

sições importantes como a Reforma Tributária, tantas vezes cogitada”, diz. Nascido em Fortaleza em 21 de março de 1930, Benevides tem uma trajetória política que inclui os cargos de vereador, deputado estadual, presidente da Assembleia Legislativa do Ceará, secretário de estado, senador e presidente do Senado. E parar não está nos planos do hoje deputado federal. “Acredito que com a experiência adquirida e sobretudo com a vivência de tantos fatos relevantes, talvez eu ainda possa prestar minha contribuição à nação brasileira”, conclui.



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EMISSOR DE CUPOM FISCAL

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ESTANTES E RACKS COMBINADOS

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ARMAÇÕES DE ÓCULOS DE GRAU

BAZAR / UD

CAMPING E LAZER

MÍDIA

REVISTA CIRCULAÇÃO NACIONAL

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PAPELARIA

CADERNO

CAMA, MESA E BANHO

CAMA

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MÓVEIS

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REALIZAÇÃO

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CARTÃO DE CRÉDITO

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Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas

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ORGANIZAÇÃO

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DEP. MAURO BENEVIDES

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JORNAL ESTADUAL Pernambuco

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JORNAL ESTADUAL Piauí

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JORNAL ESTADUAL Rio Gde. do Norte

DESTAQUE ECONOMIA

O ESTADO DE S. PAULO DESTAQUE EMPREENDEDORISMO

GUILHERME FERREIRA COSTA DESTAQUE EXCELÊNCIA COMERCIAL

ÓTICAS DINIZ

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JORNAL ESTADUAL Rio Gde. do Sul

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JORNAL ESTADUAL Rondônia

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JORNAL ESTADUAL Roraima

DESTAQUE INOVAÇÃO

CIA HERING – HERING STORE DESTAQUE MARKETING

LOJAS RENNER

DESTAQUE MÉRITO LOJISTA DO ANO

DEUSMAR QUEIRÓS

DESTAQUE RESPONSABILIDADE SOCIAL

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA COMUNICAÇÃO

JORNAL ESTADUAL Santa Catarina

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JORNAL ESTADUAL Sergipe

COMUNICAÇÃO

JORNAL ESTADUAL Tocantins


AUTO M A ç ÃO

48 �

dirigente Lojista � março 2011

CO M ERCIAL


upgrade no

mercado Os fabricantes de automação comercial se fortaleceram em 2010 com a implantação de novas regras fiscais e o aumento no interesse dos lojistas em modernizar a gestão

E

OS VENCEDORES EMISSOR DE CUPOM FISCAL

SWEDA

SOFTWARE GERENCIAL

IONICS

stá registrado: 2010 foi nota-

“Poderíamos dizer que são siame-

velmente melhor que 2009

sas”, brinca o presidente da Afrac, se

para o mercado de automa-

referindo ao fato do trabalho das em-

ção comercial. A avaliação é de Zenon

presas ir além da oferta de soluções

Leite Neto, presidente da Associação

e equipamentos. “Como a legislação

Brasileira de Automação Comercial

fiscal é extremamente complexa, as

(Afrac). “O primeiro semestre de

fornecedoras de automação também

2009 ainda trazia as consequências

se comportam como consultoras.”

da crise mundial de 2008, enquanto

A proximidade com o varejo é con-

o ano passado foi mais estável e teve

firmada por Sweda e Ionics, empre-

um crescimento constante”, diz. Entre

sas vencedoras do Mérito Lojista nas

os fatores que beneficiaram o setor, o

categorias Emissor de Cupom Fiscal e

dirigente cita o dólar estável, o cresci-

Software Comercial, respectivamente.

mento do varejo em mais de 10% no

Com sede em São Paulo, a Sweda tem

ano, a confiança de empresários con-

como política investir parcela significa-

sumidores, o ano eleitoral e a política

tiva do faturamento em novas tecnolo-

do governo federal para investimen-

gias e produtos para atender com pre-

tos na área, além da busca do lojista

cisão as demandas dos lojistas. “Com

por uma gestão mais eficiente.

isso, conseguimos ter um consistente

Não por acaso, Leite Neto destaca

aumento de participação no merca-

que a relação das empresas do vare-

do”, diz Marco Antonio Dias Ribeiro,

jo com as empresas de automação

diretor-geral da empresa. Na avalia-

comercial é cada vez mais próxima.

ção de Ribeiro, 2010 foi um ano muidirigente Lojista � março 2011

� 49


AUTO M A ç ÃO

CO M ERCIAL

“A expectativa para 2011 é que a demanda por produtos e serviços de qualidade continue elevada, o que resultará em investimentos em automação comercial” Marco Antonio Dias Ribeiro diretor-geral da Sweda

“O setor está cada vez mais aquecido. As novas regras impostas pelo fisco provocaram uma revolução no segmento de automação” Luiz Fernando Bahia Bittencourt diretor-geral da Ionics 50 �

dirigente Lojista � março 2011

to bom para a empresa, que alcançou um crescimento de 23% nas vendas e ainda abriu uma filial em Minas Gerais. Já a Ionics, sediada em Florianópolis, passa por seu melhor momento, nas palavras do diretor-geral Luiz Fernando Bittencourt. “Em comparação com 2009, nosso crescimento de vendas beirou a marca de 45% em 2010. Não vendíamos tanto desde 1999, ano em que as ECFs passaram a ser obrigatórias nos postos de combustíveis e a automação comercial para postos teve seu primeiro boom”, explica. O diretor da Ionics aponta que o crescimento não se deve apenas ao momento do mercado, que ele con-

ZENON LEITE NETO Entre os fatores que beneficiaram o setor o presidente da Afrac cita o crescimento de 10% no varejo em 2010

sidera cada vez mais aquecido. “Nossa rede de representantes comerciais

para o mercado em 2011 é das mais

está maior, mais atuante e preparada.

otimistas: “já em janeiro novas porta-

Além disso, nossos clientes estão cada

rias e exigências fiscais nos obrigaram

vez mais conscientes que automatizar

a adequar nossos aplicativos a uma

é a melhor maneira de aumentar sua

nova realidade, com processos 100%

lucratividade com eficiência nos pro-

transparentes ao fisco e sem a possibi-

cessos comerciais.”

lidade de intervenção humana.” O presidente da Afrac também é

Otimismo para 2011

otimista, mas acredita que este ano

Com 2010 como referência, o mer-

será um pouco diferente. “O cresci-

cado de automação comercial vive a

mento deve ser menor até porque

expectativa de um 2011 também po-

a base de 2010 era muito grande.”

sitivo. “A exigência dos consumidores

Segundo Leite Neto, a entidade vai

por produtos e serviços de qualidade

continuar em 2011 a discussão com o

continuará elevada, o que resultará em

governo sobre novos convênios e no-

investimentos na automação comer-

vas tecnologias, a divulgação da auto-

cial”, diz Ribeiro, da Sweda, revelando

mação legal e o incentivo ao desen-

que a empresa tem a meta de crescer

volvimento de novas soluções para

20% este ano. Bittencourt, da Ionics,

congregar toda a cadeia produtiva e

por sua vez, afirma que a expectiva

de serviços ligados à automação.


Nadamelhor melhor Nada paraum umjorNal jorNalde de para ecoNomiado doque que ecoNomia somarprêmios. prêmios. somar jorNaldo do jorNal comércio. comércio. meritolojista lojista merito Brasil2010. 2010. Brasil

2010 foi um ano de conquistas para o Jornal do Comércio. O jornal de economia 2010 foi um ano de conquistas para o Jornal do Comércio. O jornal de economia e negócios dos gaúchos recebeu prêmios importantes do mercado editorial e e negócios dos gaúchos recebeu prêmios importantes do mercado editorial e seus profissionais estão entre os mais premiados do sul do Brasil. É um orgulho seus profissionais estão entre os mais premiados do sul do Brasil. É um orgulho receber o Prêmio Mérito Lojista Brasil 2010, categoria Jornal por Estado, segmento receber o Prêmio Mérito Lojista Brasil 2010, categoria Jornal por Estado, segmento Rio Grande do Sul. Essa conquista valoriza, ainda mais, o comprometimento do JC Rio Grande do Sul. Essa conquista valoriza, ainda mais, o comprometimento do JC com o crescimento do varejo gaúcho e brasileiro. com o crescimento do varejo gaúcho e brasileiro.

www.jorn aldocomercio.com w w w .jo r na l do c o m e r c i o .c o m


b a z a r

52 �

|

UD

dirigente Lojista � março 2011


no topo da

cristaleira

Com produtos de qualidade e boa aceitação no exterior, a indústria de bazar e utilidades domésticas aposta no aumento da demanda por seus produtos no Brasil e no mundo

O

OS VENCEDORES CAMPING E LAZER

MOR

CRISTAIS

setor de bazar e utilidades

midores e lojistas para conhecer em

domésticas vive um mo-

primeira mão as novidades do setor.

mento de aquecimento e

Os bons ventos devem ajudar até

ótimas expectativas de venda para o

mesmo a indústria de cristais, que

primeiro semestre. De louças a obje-

passa por um período de desacele-

tos de vidro e cristal, de artigos para

ração há quase duas décadas. O au-

camping aos utensílios metálicos e

mento de impostos sobre produtos

derivados, as vendas em diversas

industrializados na década de 1990

linhas de produtos devem crescer

e os custos da mão de obra especia-

impulsionadas

desempenho

lizada são entraves que encarecem

positivo da economia e pelas boas

o produto final. Hoje, diante de uma

perspectivas geradas pelo mercado

demanda em constante crescimento,

de construção civil. Isso significa que

as cristaleiras apostam em novos in-

a indústria de vidros e produtos de

centivos e vendas para outros mer-

camping e cutelaria deve continuar

cados, já que muitos concorrentes

em uma expansão progressiva.

europeus fecharam as portas após a

pelo

Além disso, o mercado de feiras

recente crise financeira mundial.

SAINT-GOBAIN

que movimenta o setor deve propor-

Para a indústria de barracas e ma-

LOUÇAS

cionar uma aproximação entre fabri-

teriais de camping, o final do semes-

cantes, varejistas e consumidores.

tre promete um novo momento de

TRAMONTINA

Feiras como a Kitchen e Bath Expo,

boas vendas. Dessa maneira, o início

VIDROS

Feicon Batimat 2011 e a Expo Revestir

do ano aponta para uma movimen-

prometem atrair milhares de consu-

tação intensa entre os fabricantes

SCHMIDT CUTELARIA

SAINT-GOBAIN

dirigente Lojista � março 2011

� 53


b a z a r

|

UD

A indústria cristaleira aposta nas vendas para o exterior, já que muitos concorrentes europeus fecharam as portas após a crise financeira mundial

na busca por inovações em produto e design. Para a Mor, vencedora do Mérito Lojista na categoria camping e lazer, o desafio de apresentar novidades para o mercado é constante. Com 45 anos de atuação no mercado nacional e focada na satisfação dos clientes, a empresa mantém departamentos que cuidam especificamente de projetos envolvendo qualidade, assistência técnica e desenvolvimento de produto.

Estratégia renovada Outra empresa que busca novos horizontes é a Saint-Gobain, vencedora do Mérito Lojista nas categorias

DENIS SIMONIN O diretor da Santa Marina espera bons resultados para este ano após as mudanças estratégicas feitas em 2010

Cristais e Vidros. Em 2010, a Santa

“Tornar a marca mais jovem, inovadora e também mais atrativa nos diferencia da concorrência e garante mais força aos nossos produtos” Denis Simonin diretor-executivo da Santa Marina (Saint-Gobain) 54 �

dirigente Lojista � março 2011

Marina – divisão de artigos de mesa

na Santa Marina, sendo bem aceita

da Saint-Gobain Vidros – investiu

no mercado internacional. Na fábri-

mais de R$ 3 milhões em um reposi-

ca, os investimentos em maquinário

cionamento de suas marcas: Duralex

e novas linhas somam R$ 50 milhões

e Colorex saíram de linha e toda a

desde 2008 e serão R$ 18 milhões

linha de vidros para cozinha foi in-

em 2011. Como resultado, a partici-

corporada ao portfólio da Marinex.

pação no mercado de pratos passou

Segundo Denis Simonin, diretor-exe-

de 63,5% para 74% entre agosto de

cutivo da Santa Marina, a mudança

2009 e agosto de 2010.

levou em conta estudos de mercado

Com os ingredientes certos à

que apontaram para o potencial da

mão, a indústria deve se sobrepor

marca como ponta-de-lança dos no-

aos movimentos de freio ao cresci-

vos produtos. “A marca ficará mais

mento que o governo determinou

jovem, inovadora e também mais

no início do ano, como a elevação da

atrativa. Isso diferencia da concor-

taxa Selic, que ainda assim só deve

rência e garante mais força ao nosso

ter efeito na economia a partir do se-

produto”, diz Denis Simonin.

gundo semestre. Até lá, tudo indica

A marca Marinex tem 70% do

que o brasileiro continuará compran-

mercado de assadeiras no Brasil e re-

do cada vez mais produtos de bazar

presenta o maior volume de vendas

e utilidades domésticas.



c a l ç a d o s

56 �

dirigente Lojista � março 2011


mantendo

o ritmo

O aumento no consumo interno, alavancado pelas classes C e D, foi o principal responsável pelo crescimento de quase 10% na produção da indústria calçadista em 2010

N

OS VENCEDORES FEMININO

AZALÉIA INFANTIL

BIBI

MASCULINO

FERRACINI TÊNIS

OLIMPIKUS

a trajetória da indústria cal-

em relação a 2009. Este total, dividi-

çadista em 2010 não faltam

do pelo número de habitantes, resulta

números positivos, graças à

no consumo per capita, que foi de 4,1

maior oferta de crédito para as clas-

pares. Ainda segundo a Abicalçados, o

ses C e D que ajudou a manter o setor

consumo individual foi 10,4% maior

aquecido com o incremento de 9,9%

do que em 2009, quando o número foi

na produção em relação a 2009. No to-

de 3,7 pares por pessoa.

tal, foram produzidos 894 milhões de

Os bons resultados alcançados em

pares, de acordo com levantamento da

2010 se devem, em grande parte, à

Associação Brasileira das Indústrias de

forma com que indústria e varejo se

Calçados (Abicalçados). “Este resultado

relacionam. Na avaliação do dirigente

foi maior em relação à previsão que

da Abicalçados, a relação com o va-

foi divulgada pela Abicalçados em ju-

rejo sempre foi baseada na coopera-

nho, que foi de 5,5% de crescimento”,

ção. “A realização de diversas feiras

afirma Heitor Klein, diretor-executivo

setoriais voltadas ao público lojista

da entidade. “É um sinal de que a in-

não só consolidou esta relação como

dústria cresceu, principalmente devido

deu a ela um caráter muito mais pro-

às compras do mercado interno”, diz.

fissional ao longo dos anos”, analisa

O consumo aparente, que é o total

Klein. Segundo ele, os fabricantes

da produção acrescido da importação

cada vez mais se preparam para re-

e subtraído da exportação, atingiu a

ceber os compradores e oferecer todo

marca de 780 milhões de pares, o que

o suporte necessário para a operação

representa um crescimento de 8,7%

de compra, desde as amostras até a dirigente Lojista � março 2011

� 57


c a l ç a d o s

“Os fabricantes se preparam para dar aos compradores todo o suporte necessário para a operação de compra, desde as amostras até a logística da entrega”

logística da entrega. “E cada vez com maior velocidade”, atesta.

Competição desleal Entre os fatores que beneficiaram o setor em 2010, Heitor Klein observa que, além do fato de o mercado doméstico comprar a maior parte do que o Brasil produz, a tarifa antidumping aplicada sobre cada par vindo da China ajudou a reduzir a concorrência desleal e a recuperar empregos. “No fim do ano, porém, foi verificada uma perda de quase 30 mil empregos em função da importação de produtos chineses via terceiros países – prática denominada triangulação”, diz.

HEITOR KLEIN A Abicalçados quer chamar a atenção do governo federal para as importações vindas do Vietnã, Malásia e Hong Kong

Em 2010 os fabricantes brasileiros

“Se continuarmos dando chance às importações ilegais de países asiáticos, podemos colocar os resultados conquistados a perder” Heitor Klein presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) 58 �

dirigente Lojista � março 2011

exportaram 143 milhões de pares, um

Para 2011, a prioridade é o com-

incremento de 12,9% no volume físico

bate à importação ilegal que invade

e de 9,3% no faturamento. Na avalia-

o mercado brasileiro. Segundo Klein,

ção da Abicalçados, o desempenho se

a Abicalçados aguarda com urgência

deve ao retorno às compras dos países

a investigação por parte do governo

importadores após a crise financeira

federal sobre a importação de sapa-

mundial. Estados Unidos, Reino Uni-

tos via Vietnã, Malásia, Indonésia e

do, Argentina, Itália, França e Paraguai

Hong Kong. “Um posicionamento do

foram os principais compradores do

governo em relação a isso fortalece-

calçado made in Brazil no ano passa-

ria nosso pleito de estender as medi-

do. “Os resultados, porém, ainda não

das antidumping a estes países”, diz

supriram a queda acentuada de 2009,

o diretor-executivo da entidade. “Se

quando perdemos várias posições”,

continuarmos dando chance às im-

lembra Klein. A queda à qual o diri-

portações ilegais de países asiáticos,

gente se refere foi de 23,7% em com-

podemos colocar os resultados con-

paração a 2008, levando o setor a dei-

quistados a perder”, alerta. O pedido

xar de exportar 40 milhões de pares.

de extensão desta medida foi proto-

Na outra ponta, o mercado brasileiro

colado no dia 18 de janeiro junto ao

importou 29 milhões de pares, o que

Ministério da Indústria, Desenvolvi-

significa uma retração de 5,5%.

mento e Comércio Exterior.



c a m a ,

60 �

m e s a

dirigente Lojista � março 2011

e

b a n h o


Em busca de

CONFORTO

Mesmo tendo crescido 6% em 2010, a indústria têxtil ainda luta contra adversidades para se manter competitiva diante dos custos da produção e da concorrência chinesa

A

OS VENCEDORES

indústria têxtil passou por

sa desburocratizar e reduzir os custos

um período de crescimen-

para gerar novos empregos, desonerar

to e de expectativas positi-

a exportação e reduzir significativa-

vas em 2010, mas ainda depende de

mente o custo da energia elétrica, que

ações que salvaguardem os pilares

onera muito os pequenos e médios fa-

da estrutura produtiva nacional e de

bricantes”, diz Pimentel.

geração de empregos para uma con-

“Superados esses riscos, que não

solidação efetiva nos próximos anos.

são pequenos, o cenário de oportuni-

De acordo com Fernando Pimentel,

dades para a indústria aponta para o

diretor-superintendente da Associação

crescimento do nível de investimen-

Brasileira da Indústria Têxtil e de Con-

tos, principalmente através do PAC, e

fecção (Abit), no ano passado a indús-

os megaeventos esportivos que virão

tria cresceu entre 5% e 6%, enquanto

por aí, como as Olimpíadas e a Copa

o setor varejista cresceu cerca de 11%.

do Mundo”, observa o dirigente. Se-

Foram gerados mais de 60 mil postos

gunda a Abit, para 2011, o setor têxtil

de trabalho e investidos mais de US$ 2

deve crescer 3,5%, a confecção deve

bilhões no parque fabril.

aumentar a produção em 4% e o va-

Esse é o lado bom da história. O as-

rejo deve aumentar suas vendas em

pecto negativo tem a ver com a cres-

cerca de 6%. Com isso, o faturamento

cente importação (especialmente da

da indústria têxtil e de confecção deve

ALTENBURG

China) e a alta de insumos como o al-

chegar a US$ 54 bilhões.

MESA

godão, que devem frear o crescimento

Em 2010, cerca de 43% do total de

da indústria em 2011. “O Brasil preci-

roupas e tecidos foi fabricado no Sul e

BANHO

TEKA

CAMA

TEKA

dirigente Lojista � março 2011

� 61


c a m a ,

m e s a

e

“Em 2010 o setor têxtil gerou mais de 60 mil postos de trabalho e foram investidos mais de US$ 2 bilhões no parque fabril”

b a n h o

Sudeste do País. Vencedora do Mérito Lojista nas categorias Banho e Mesa, a catarinense Teka é um exemplo dessa vigorosa produção sulista, voltada para a conquista dos consumidores através da diferenciação de seus produtos. Acompanhando tendências da moda nacional e internacional, a empresa fundada em 1926 na cidade de Blumenau por Paul Fritz Kuehnrich prioriza coleções com versatilidade, qualidade e bom gosto. Com 4.700 colaboradores divididos em quatro unidades fabris – Blumenau e Indaial (SC) e Arthur Nogueira e Itapira (SP) –, toda a linha de cama, mesa e banho é produzida dentro das normas de proteção ambiental.

Investindo no social

“O aspecto negativo tem a ver com a crescente importação (especialmente da China) e a alta no preço dos insumos para a produção” Fernando Pimentel diretor-superintendente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) 62 �

dirigente Lojista � março 2011

FERNANDO PIMENTEL Para o diretor-superintendente da Abit, é preciso reduzir o custo da energia para fomentar a pequena e média indústria

As ações da Altenburg, no entanto,

A Altenburg, vencedora do Mérito

não param na excelência de seus pro-

Lojista no segmento Cama, destaca-se

dutos. Como uma ação social efetiva

como outra empresa de ponta no se-

e voltada à comunidade, a indústria

tor têxtil nacional. Fundada por Johanna

de Blumenau desenvolve uma série

Altenburg em Blumenau, berço da co-

de projetos socialmente responsáveis,

lonização alemã em Santa Catarina, a

como o incentivo a ações de inserção

indústria começou como produtora de

à tecnologia para os filhos de colabo-

acolchoados artesanais, até se transfor-

radores; curso de costura industrial em

mar em uma das principais indústrias

convênio com o poder público e inú-

têxteis do País, com unidades em Santa

meras parcerias público-privadas des-

Catarina e Sergipe. Hoje a marca é refe-

tinadas a fomentar a cultura e a ação

rência internacional em cama e banho

social na comunidade. Além disso,

e líder nacional na produção de traves-

com o objetivo de incentivar a leitura

seiros. Utilizando-se de tecnologias que

e a interpretação de textos entre qua-

valorizam a saúde e o bem-estar de

se 3 mil estudantes da 4a série, entre

um público cada vez mais exigente, a

50 escolas de Blumenau, a Altenburg

Altenburg ainda exporta para países de

criou o Projeto Santa Escola, que usa

toda a América Latina, sendo referência

o jornal como ferramenta pedagógica

para milhares de consumidores.

alternativa em sala de aula.


PARA QUEM ANUNCIA, TODOS OS NOSSOS CADERNOS SÃO SOBRE NEGÓCIOS. - Líder há 17 anos no Estado (Fonte: IVC janeiro/2011)

- Maior carteira de assinantes de Pernambuco (Fonte: IVC janeiro/2011) - 491 mil leitores de segunda a domingo, 92% deles nas classes ABC

(Fonte: Estudos Marplan/EGM - de out/09 a set/10, Grande Recife, ambos os sexos, 10 e + anos, líquida todos os dias)

- Menor custo por mil e tiragem 72% maior que seu principal concorrente (Fonte: IVC janeiro/2011)


e l e t r o d o m é s t i c o s

64 �

dirigente Lojista � março 2011


indústria

aquecidA

As vendas de ar-condicionado puxaram o crescimento do setor de eletrodomésticos em 2010, que também trouxe bons resultados para linha branca e portáteis

O

OS VENCEDORES

ano de 2010 foi uma “Bras-

sendo parte representativa do merca-

temp” para a Whirlpool,

do de eletrodomésticos. Para atender

dona da marca vencedora

à demanda por condicionadores de ar,

do Mérito Lojista na categoria Eletro-

principalmente no período de alta sa-

domésticos Linha Branca. “Crescemos

zonalidade, a Whirlpool Latin America

16% em volume em relação a 2009,

investiu em estudos com o objetivo de

ano que já tinha sido bom”, diz Cláu-

entender o consumidor e suas neces-

dia Sender, diretora de marketing da

sidades, bem como as expectativas de

empresa. “O incremento do consumo

clima. “Com isso, foi possível adequar

continua robusto e constatamos que

a produção por meio de investimentos

os consumidores estão adquirindo

na capacidade produtiva das plantas”,

produtos que trazem uma melhora

explica Cláudia. “No último trimestre

na sua qualidade de vida”, avalia a

de 2010, por exemplo, aumentamos

executiva. Além de faturar o Mérito

nossa capacidade em mais de 50%

Lojista com a Brastemp, a Whirlpool

em relação a 2009.”

também levou a Deusa da Fortuna

De acordo com a executiva da

na categoria Ar-Condicionado com a

Whirlpool, o Brasil é o quarto mercado

marca Consul, que completou 60 anos

de eletrodomésticos mundial, sendo

em 2010, presente em mais de 50%

que as dez principais categorias da li-

dos lares brasileiros, de acordo com

nha branca somam aproximadamente

levantamento da empresa.

20 milhões de produtos no mercado

AR-CONDICIONADO

CONSUL

LINHA BRANCA

BRASTEMP PORTÁTEIS

PHILIPS

De acordo com Cláudia Sender, o

brasileiro. Neste cenário, a Whirlpool

aparelho de ar-condicionado continua

começa 2011 com a meta de ultradirigente Lojista � março 2011

� 65


e l e t r o d o m é s t i c o s

“Em 2010, crescemos cerca de 15% em volume de vendas sobre 2009 e neste ano devemos, pelo menos, acompanhar o aumento do PIB”

passar o número de lançamentos do

Cláudia Sender diretora de marketing da Whirlpool

Motivos para comemorar

ano passado, com foco em produtos inovadores que façam a diferença no dia a dia do consumidor. Para isso, já no mês de fevereiro, a empresa realizou um grande evento em São Paulo envolvendo colaboradores, revendedores, fornecedores e imprensa para apresentar 30 novos produtos. “E 2011 promete muito mais”, diz a diretora de marketing. “Em 2010, crescemos cerca de 15% em volume de vendas sobre 2009 e neste ano devemos, pelo menos, acompanhar o crescimento do PIB”, estima.

CLÁUDIA SENDER A executiva da Whirlpool ressalta a parceria com o varejo como um dos motivos do crescimento da empresa

Para Lourival Kiçula, presidente da Associação Nacional de Fabricantes de

são de manutenção da curva de alta

“Estabilidade econômica, elevação do nível de emprego, recuperação do poder de compra e da confiança do consumidor alavancaram o setor”

Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), a

apresentada nos anos anteriores”, diz.

cadeia produtiva tem motivos para co-

O crescente investimento dos fabri-

memorar o desempenho das vendas

cantes em tecnologia e qualidade é

em 2010. “Estabilidade econômica,

apontado pelo dirigente como um dos

elevação do nível de emprego, recupe-

motivos principais para as expectativas

ração do poder de compra e a confiança

positivas para este ano.

Lourival Kiçula presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros)

O presidente da Eletros concorda

são alcançados com o intenso trabalho

com Cláudia Sender em relação ao de-

que a multinacional realiza, que inclui

sempenho que o setor deve alcançar

investimentos em treinamento e proxi-

neste ano. “As perspectivas para 2011

midade com os revendedores.

66 �

dirigente Lojista � março 2011

do consumidor alavancaram o setor”,

Outro motivo é a parceria entre in-

afirma o dirigente. Segundo a Eletros,

dústria e varejo, como avalia a executiva

a linha branca fechou 2010 com cerca

da Whirlpool. “Procuramos dia após dia

de 7% de crescimento e cerca de 22

fortalecer nosso relacionamento com

milhões de produtos vendidos no ano.

os lojistas”, destaca Cláudia Sender. “O

O segmento de eletroportáteis regis-

varejo é o nosso elo com o consumidor,

trou 18% de crescimento, chegando à

nossa garantia de que ele encontrará

marca de 25 milhões de unidades ven-

o que quer e terá o atendimento que

didas, aproximadamente.

merece.” Para ela, estes aspectos só



e l e t r o e l e t r Ô N ICOS

68 �

dirigente Lojista � março 2011


o consumidor está

chamando

Depois dos bons resultados em 2010 por conta das vendas de TVs, o setor de eletroeletrônicos caminha agora para um novo boom no mercado de celulares

I

OS VENCEDORES SOM E IMAGEM

SONY

APARELHO CELULAR

NOKIA

mpulsionado pelo bom andamen-

aponta o Brasil como líder em com-

to da economia brasileira, pelo

pras de TV de alta definição e câmeras

maior acesso ao crédito e pela

digitais entre os países emergentes e

entrada das classes C e D no mercado

industrializados, e isto deve manter a

consumidor, o setor de eletroeletrô-

curva de alta nas vendas também em

nicos apresentou bons resultados em

2011. “Com a visível disposição dos

2010. A afirmação é de Lourival Kiçu-

brasileiros em investir em tecnologia,

la, presidente da Associação Nacional

a indústria se prepara para desenvol-

de Fabricantes de Produtos Eletroele-

ver produtos ainda mais inovadores.”

trônicos (Eletros). “A Copa do Mundo

Por falar em inovação, esta parece

influenciou o desempenho da linha

ser a palavra-chave que resume a re-

marrom, que comercializou cerca de

lação entre consumidores e fabrican-

12 milhões de televisores, registrando

tes de aparelhos celulares. “Quando o

26% de crescimento no comparativo

consumidor vai buscar um novo tele-

com 2009” , diz o dirigente.

fone, está cada vez mais procurando

Além da Copa, Kiçula destaca que

aparelhos sofisticados, com funções

outros fatores também contribuíram

modernas e design inovador”, afirma

para o resultado positivo do setor em

Fernando Rheingantz, gerente de va-

2010, principalmente o bom desem-

rejo da Nokia, empresa vencedora do

penho da economia brasileira, a am-

Mérito Lojista 2011 na categoria Apa-

pliação do acesso ao crédito e a en-

relho Celular. “Os smartphones têm se

trada das classes C e D no mercado

beneficiado muito com isso, e assim o

consumidor. O presidente da Eletros

setor como um todo acaba sendo pridirigente Lojista � março 2011

� 69


e l e t r o e l e t r Ô N ICOS

“A Copa do Mundo influenciou o desempenho da linha marrom, que comercializou cerca de 12 milhões de televisores, registrando 26% de crescimento em 2010”

vilegiado e cresce”, completa o exe-

Lourival Kiçula presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros)

acordo com dados do instituto Gar-

HDMI, GPS completo com Ovi Mapas,

tner). Além disso, o Symbian (siste-

3G, Wi-Fi, tela touch sensível a toques

ma operacional da marca) detém um

múltiplos, entre outros itens.

“O consumidor quer aparelhos sofisticados, com funções modernas e design inovador, o que beneficia os smartphones” Fernando Rheingantz gerente de varejo da Nokia 70 �

dirigente Lojista � março 2011

cutivo, lembrando que as operadoras disponibilizaram planos de dados mais acessíveis, o que também facilita o acesso ao primeiro smartphone por muitos usuários. Ele explica que o Brasil atingiu recentemente a marca de um acesso móvel por habitante, o que significa que se chegou oficialmente ao mercado de reposição de celulares. “O mercado brasileiro de telefonia celular está cada vez mais maduro”, diz Rheingantz.

Liderança consolidada A Nokia segue líder no mercado de celulares (market share de 28,9%

lourival kiçula O presidente da Eletros aponta o Brasil como líder em compras de TV HD e câmeras digitais entre os emergentes

no mundo e de 28,1% no Brasil, de

market share mundial de 37,6%. Em

De acordo com Fernando Rhein-

2010, foram mais de 450 milhões de

gantz, a expectativa da Nokia para

unidades vendidas, com o lançamen-

2011 é muito positiva. O executivo

to de três aparelhos (Nokia N900,

acrescenta que, além do crescimento

Nokia C3 e o Nokia N8), todos com

da venda de smartphones, a empresa

funções inovadoras, como pedem os

vê também expansões na oferta de

consumidores. O N900 é um smart-

serviços e no uso das redes sociais

phone multitarefa com sistema ope-

via aparelhos celulares. “Já existem

racional Maemo 5, baseado em Linux,

muitos aplicativos, mas é provável

bastante rápido, flexível e poderoso; o

que celulares com preços mais acessí-

Nokia C3 é um telefone que oferece

veis também recebam versões desses

uma experiência de smartphone por

recursos”, diz Rheingantz. Outra ten-

um preço mais acessível, com teclado

dência promissora é uma integração

Qwerty completo, acesso a redes so-

maior entre redes sociais e serviços

ciais e Wi-Fi; e o Nokia N8 tem câme-

baseados em localização, que utili-

ra de 12 megapixels, lente Carl Zeiss,

zam o GPS dos aparelhos para intera-

flash Xenon, câmera de vídeo com

gir nestas plataformas.



e n t r e t e n i m e n t o

72 �

dirigente Lojista � março 2011


resistindo à

invasão

Com proteção tributária, formalização e planos ousados de conquistar o mercado, os fabricantes de briquedos e bicicletas combatem o avanço dos produtos importados

O

OS VENCEDORES BICICLETAS

SUNDOWN

BRINQUEDOS

ESTRELA

JOGOS ELETRÔNICOS

SONY

setor de entretenimento so-

importados, mas esses números de-

freu em 2010 a concorrên-

vem mudar com as novas medidas

cia muitas vezes desleal dos

que a indústria levará em frente, pro-

produtos importados da China, mas

tegida pelo aumento de alíquotas.

ainda assim registrou um crescimen-

“O Brasil é um dos poucos países da

to de 11% no final do ano, devido ao

América que resiste aos chineses, que

aumento dos impostos sobre produ-

quebraram praticamente todos os

tos importados. Diante dessa nova

mercados e produzem cerca de 85%

realidade, a perspectiva de retoma-

dos brinquedos do mundo”, afirma

da dos níveis de crescimento em até

Synésio Batista da Costa.

15% para 2011 é promissora. No ano

Para reverter a situação, o setor

que passou, a indústria de brinque-

desenvolveu uma estratégia de rein-

dos faturou cerca de R$ 3 bilhões, de

serção no mercado nacional e lati-

acordo com dados da Associação Bra-

no-americano, a partir de um plano

sileira dos Fabricantes de Brinquedos

denominado Política de Desenvolvi-

(Abrinq), e neste ano o desempenho

mento Produtivo. Entre os compromis-

deve aumentar significativamente,

sos elencados para os próximos cinco

com a meta já definida de reduzir em

anos, constam o investimento de R$

cerca de 5% o mercado de produtos

100 milhões no parque fabril e a in-

importados da China.

clusão de 20 milhões de crianças que

Para o presidente da Abrinq, Syné-

ainda não têm acesso a brinquedos.

sio Batista da Costa, o mercado nacio-

Esta investida da indústria nacional do

nal ainda comporta 60% de produtos

entretenimento tem como missão gadirigente Lojista � março 2011

� 73


e n t r e t e n i m e n t o

“O Brasil é um dos poucos países da América que resiste aos chineses, que quebraram praticamente todos os mercados” Synésio Batista da Costa presidente da Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq)

“A exploração da demanda interna e o fim da informalidade devem trazer um novo alento para a produção de bicicletas” Eduardo Musa vice-presidente do Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários (Simefre) 74 �

dirigente Lojista � março 2011

nhar terreno diante da perda de competitividade da indústria chinesa, cada vez mais pressionada por organismos internacionais por descumprir leis trabalhistas e de certificação. O objetivo é posicionar o Brasil como principal fornecedor de brinquedos para a América Latina dentro de um período de cinco anos. Além de colocar o País na posição de líder no fornecimento de brinquedos para o continente, o plano busca inverter a balança comercial do setor, historicamente negativa.

Força nos pedais O mercado de bicicletas, por sua vez, atravessa uma situação similar

SYNÉSIO batista da costa Segundo o presidente da Abrinq, a meta para este ano é reduzir em até 5% o mercado para os brinquedos chineses

ao de brinquedos, mas com algumas especificidades. A indústria nacional

o preço final da bicicleta, que pratica-

também enfrenta altos índices de im-

mente dobrou em menos de dois anos

portação e depende unicamente do

e foi responsável pela estagnação da

mercado interno. Por outro lado, existe

produção, que em 2010 atingiu pouco

uma demanda ainda não totalmente

mais de 5,3 milhões de bicicletas, apro-

abarcada pelos fabricantes, devido a

ximadamente a mesma cifra de 2009.

uma transição que afeta a produção.

Para Eduardo Musa, vice-presiden-

Muitos fabricantes nacionais de bici-

te do Sindicato Interestadual da In-

cletas ainda estavam atrelados a uma

dústria de Materiais e Equipamentos

produção informal, onde impostos e

Ferroviários e Rodoviários (Simefre), a

leis trabalhistas não eram repassados

perspectiva da indústria para os pró-

de maneira integral.

ximos anos, no entanto, é positiva.

Essa condição, que começou a ser

Ele acredita que o “início do fim da

revertida a partir de 2008 por uma

informalidade” deve trazer um novo

política de substituição tributária, foi

alento para a produção. A abertu-

adotada por vários estados e freou a

ra de novas fábricas, formalizadas e

produção informal de bicicletas, que

contribuindo para o crescimento da

atingia cerca de 50% da produção

economia nacional, deve gerar mais

nacional. Contudo, a formalização do

empregos e acelerar os planos de in-

setor teve suas consequências sobre

vestimentos para o setor.



i l u m i n a ç ã o

76 �

dirigente Lojista � março 2011


sustentável e

eficiente

Investindo em eficiência energética e processos menos poluidores, o setor de iluminação espera crescer até 12% impulsionado pela expansão da construção civil

P

OS VENCEDORES LÂMPADAS PHILIPS INTERRUPTORES E TOMADAS PIAL CABOS PIAL

reservar o meio ambiente e

Uchôa Fagundes, os dados apontados

crescer dentro de uma pers-

pelo levantamento contribuirão para

pectiva que se mostra cada

que as indústrias e a própria Abilux

vez mais positiva para a indústria

busquem estratégias que permitam

são objetivos cada vez mais presen-

às empresas que integram a cadeia

tes entre os fabricantes de lâmpadas

produtiva do setor tornar-se cada vez

e componentes da indústria de ilu-

mais competitivas nos mercados in-

minação. Isto é o que aponta uma

terno e externo. “De posse dessas

pesquisa promovida pela Associação

informações o setor terá melhores

Brasileira da Indústria de Iluminação

condições de avaliar quais as reais

(Abilux) em todo o território nacio-

necessidades das nossas indústrias,

nal. A preocupação com o consu-

assim poderemos trabalhar para

mo de energia do produto final foi

que os gargalos tecnológicos sejam

apontada como prioridade por um

reduzidos através de investimentos

número expressivo das empresas

precisos com o objetivo de desen-

pesquisadas, entre itens relevantes

volver novas tecnologias e conferir

como processos menos poluidores,

maior produtividade e eficiência”,

redução de resíduos, otimização do

diz Uchôa.

tempo de vida, racionalização de

Para a Philips, indústria vencedora

materiais, reciclagem e fontes alter-

do Mérito Lojista no segmento lâm-

nativas de energia.

padas, a eficiência energética é um

De acordo com o presidente da

compromisso de sustentabilidade que

Abilux, o empresário Carlos Eduardo

vem associado a itens como o cuidirigente Lojista � março 2011

� 77


i l u m i n a ç ã o

A preocupação com o consumo de energia do produto final foi apontada como prioridade por um número expressivo das empresas pesquisadas pela Abilux

dado com saúde e a promoção de um novo estilo de vida. A empresa, líder mundial em iluminação, vem desenvolvendo uma série de produtos destinados a obter performances e índices ambientais que superam as gerações de produtos anteriores e se adiantam à concorrência. Segundo a empresa, o programa EcoVision4, lançado em 2007, já adiantava essa preocupação com sustentabilidade, ao estimar em cinco anos o prazo para atingir 30% da receita com a venda de produtos verdes.

Luz sobre o mercado O diagnóstico promovido pela Abi-

Carlos eduardo Uchôa O presidente da Abilux aponta o desafio e a oportunidade de suprir a demanda crescente da indústria da construção

lux detectou que 604 indústrias par-

Otimistas também no médio prazo, os fabricantes de lâmpadas e componentes preveem um aumento substancial da produção para os próximos seis anos 78 �

dirigente Lojista � março 2011

ticipam deste emergente segmento,

ciclo de prosperidade. Também os

sendo que 75% delas estão concen-

eventos esportivos como a Copa do

tradas no Estado de São Paulo. As de-

Mundo e Olimpíadas, com a cons-

mais estão distribuídas nos estados

trução de vilas olímpicas, hotéis e

do Rio Grande do Sul, Santa Catarina,

centros esportivos, prometem puxar

Paraná, Rio de Janeiro, Minas Gerais

para cima o faturamento do setor,

e Pernambuco. A área de atuação

que neste ano deve aumentar 12%.

predominante entre as indústrias da

Otimistas também no médio prazo,

iluminação é a da iluminação residen-

os fabricantes de lâmpadas e compo-

cial (23%), seguida pela iluminação

nentes preveem um aumento subs-

comercial (18%), industrial (13%),

tancial da produção para os próximos

seguida pelas áreas de iluminação

seis anos. A exportação brasileira, por

pública, de componentes, publicitária,

sua vez, vem se consolidando com a

entre outras.

efetivação de programas como o Lux

Para os próximos anos, a indús-

Export, destinado a fomentar a ven-

tria brasileira da iluminação terá

da para os países vizinhos e o mun-

pela frente o desafio de suprir uma

do globalizado, realizado em parceria

demanda crescente da indústria da

com a Agência Brasileira de Promo-

construção civil, que pode “arrastar”

ção de Exportações e Investimentos

as indústrias de componentes a um

(Apex-Brasil).


A tradição do Estado de Minas sempre foi acreditar e investir em inovação e criatividade. E levar até os mineiros, todos os dias, mais informação, interatividade e independência, seja no papel, na internet ou em sua recente versão para iPadTM, que em apenas uma semana foi o terceiro app gratuito de notícias mais baixado do país*. Por isso, não é à toa que o jornal acaba de ser eleito um dos veículos mais admirados pelo Meio&Mensagem. Estado de Minas. Com você, onde você estiver. Contato comercial: BH (31) 3263-5306 • SP (11) 3045-4921 • RJ (21) 2263-1945 Acesse: www.ograndejornaldosmineiros.com.br

* Fonte: Apple Brasil - De 10 a 13 de janeiro de 2011. iPad™ and iTunes® are trademarks of Apple Inc.


i n f o r m á t i c a

80 �

dirigente Lojista � março 2011


que venham

os tablets

Com as vendas de PCs, notebooks e impressoras em alta, o segmento vibra com a chegada de novos produtos para deixar o mercado ainda mais aquecido

E

OS VENCEDORES COMPUTADORES

ITAUTEC

IMPRESSORAS

HP

SUPRIMENTOS

MULTILASER

m 2010, o segmento de infor-

da multinacional HP, premiada com o

mática não travou. Pelo con-

Mérito Lojista na categoria Impresso-

trário. Em comparação ao ano

ras. Pesquisas efetuadas pela empresa

anterior, o mercado cresceu 13%, re-

apontam que 44% dos compradores

sultando num faturamento de R$ 40 bi-

em 2010 adquiriram uma impressora

lhões, segundo a Associação Brasileira

pela primeira vez. “A Classe C repre-

da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abi-

sentou um mercado novo que aumen-

nee). “A venda de PCs fechou o ano

tou as possibilidades de negócios para

perto da marca de 14 milhões de uni-

os fabricantes”, diz Anna Cristina Frei-

dades, impulsionada pelo aquecimento

tag, gerente de marketing e comuni-

do mercado interno”, avalia Humberto

cação da HP Brasil.

Barbato, presidente da Abinee. “O des-

Na avaliação da executiva, alguns

taque ficou por conta do crescimento

fatos diferenciaram a oferta da marca,

nas vendas de notebooks, que empa-

entre os quais os aspectos de susten-

taram com as de desktops.” Para 2011,

tabilidade de seus produtos, como o

o dirigente espera que os portáteis re-

uso de materiais recicláveis, a preocu-

presentem 55% das vendas totais de

pação com economia de energia (selo

PCs, com o reforço dos netbooks e dos

energy star) e a reciclagem de peças e

tablets, que estão para ser reconheci-

partes das impressoras e cartuchos de

dos como bens de informática.

tinta e toner. “Já observamos em 2010

desempenho

uma maior preocupação dos usuários

dos PCs, o mercado de impressoras

em consumir produtos ambientalmen-

também fez bonito em 2010. É o caso

te corretos”, acrescenta. Outro diferen-

Paralelamente

ao

dirigente Lojista � março 2011

� 81


i n f o r m á t i c a

“O setor prevê um crescimento de cerca de 14% para 2011, baseado no aumento da demanda do mercado interno” Humberto Barbato presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee)

cial da HP em 2010 foi o lançamento da tecnologia ePrint, que permite impressão de qualquer lugar a partir do envio de e-mail para a impressora. Com base em seu desempenho no ano passado, a HP quer agora aumentar sua participação em cartuchos de tinta e toners, um mercado com forte concorrência de refilados e remanufaturados. De acordo com Anna Cristina, os preços caíram consideravelmente e hoje os originais da HP custam a partir de R$ 24,90. “Mesmo neste mercado consolidamos nossa liderança, mostrando o valor superior dos suprimentos originais pela qualidade e rendimento apresentados”, diz a executiva.

ANNA FREITAG Segundo a executiva da HP, 44% dos clientes da marca no Brasil compraram sua primeira impressora em 2010

Neste contexto, a HP verifica que

“A classe C representou um mercado novo que aumentou as possibilidades de negócios para os fabricantes” Anna Freitag gerente de marketing e comunicação da HP Brasil 82 �

dirigente Lojista � março 2011

o mercado de impressoras está em

mática prevê um crescimento de cerca

pleno crescimento. Com o acesso cada

de 14%, elevando o faturamento para

vez mais fácil a conteúdos on-line, a

R$ 45 bilhões, baseando, ainda mais,

impressão em volume total só tende

na demanda do mercado interno. A

a aumentar. “Vemos oportunidade de

Abinee prevê uma evolução das ven-

crescer o volume de páginas impressas

das de PCs, que deverão se aproximar

in house, provendo impressoras que

das 16 milhões de unidades. Mas o

permitem a impressão de documen-

segmento ainda precisa enfrentar um

tos internamente que antes seriam

outro desafio: recuperar as perdas no

enviados para fora”, explica Anna. “A

mercado externo. Segundo Barbato, as

demanda por conteúdo customizado

exportações tiveram uma retração de

deve alavancar o mercado de impres-

24%, terminando 2010 com vendas

são digital, para o qual temos soluções

externas de US$ 206 milhões em fun-

que permitem a impressão de menor

ção, principalmente, das exportações

número de páginas a um custo mais

para a Argentina, o principal compra-

efetivo do que em tecnologia off-set.”

dor dos PCs produzidos no Brasil. “A queda das vendas para o mercado ar-

Desafio internacional Para 2011, de acordo com o presidente da Abinee, o mercado de infor-

gentino chegou a 33%, caindo de US$ 153 milhões, em 2009, para US$ 102 milhões, em 2010.”



m a t e r i a i s

84 �

d e

dirigente Lojista � março 2011

c o n s t r u ç ã o


DESEMPENHO

SÓLIDO

Sustentada por desonerações tributárias e programas de incentivo ao setor da construção civil, a indústria de materiais de construção cresceu mais de 12% em 2010

OS VENCEDORES

C

om cerca de 138 mil lojas em

de materiais de construção até de-

todo o País e responsável por

zembro. Nessas condições, o gasto

cerca de 13% do PIB brasilei-

per capita do brasileiro com materiais

ro, o setor de materiais de construção

de construção este ano deve chegar

ARGAMASSA

vive um momento ímpar. Dados da

a R$ 469, de acordo com levanta-

CIMENTO

Associação Brasileira de Materiais de

mento realizado pela Pyxis Consumo,

VOTORAM

Construção (Abramat) mostram que

ferramenta que mede o potencial de

CHUVEIROS E AQUECEDORES

essa indústria cresceu 12,14% em

mercado para o Ibope. A classe B,

2010, ancorada em fatores como de-

responsável por 23,5% dos domicílios

CARBOGRAFITE

soneração tributária, programas Minha

urbanos, apresenta 43,2% de todo o

FERRAMENTAS

Casa, Minha Vida e PAC2, além da ex-

potencial de consumo. O cruzamen-

pansão do crédito imobiliário e do au-

to de dados de região e classe social

mento da renda do trabalhador. A ca-

mostra que, ao contrário da média

QUARTZOLIT

LORENZETTI

FERRAGENS E SEGURANÇA

TRAMONTINA LOUÇAS

DECA

deia da construção civil emprega hoje

nacional, as regiões Norte e Nordeste

DECA

15 milhões de pessoas, sendo 4 mi-

têm potencial de consumo maior para

PORTAS E JANELAS

lhões diretamente, com um expressivo

a classe C. No Sul, Sudeste e Centro-

poder multiplicador sobre a demanda

Oeste, o consumo da classe B é supe-

ELIANE

doméstica e um mínimo viés importa-

rior ao das demais classes.

RESERVATÓRIO/CAIXA D'ÁGUA

dor, com superávit comercial de cerca

METAIS E ACESSÓRIOS

SASAZAKI

PISOS E AZULEJOS

ETERNIT

TINTAS E ACESSÓRIOS

BASF/SUVINIL

TUBOS E CONEXÕES

TIGRE

de US$ 2,5 bilhões ao ano.

Dentro dessa perspectiva, as indústrias que aprimoram serviços aos

Para completar o quadro otimista,

varejistas e qualificação de pessoal

o setor iniciou 2011 com a prorroga-

não têm do que reclamar. Para a Tigre,

ção da redução do IPI para 45 itens

vencedora do Mérito Lojista na catedirigente Lojista � março 2011

� 85


m a t e r i a i s

d e

c o n s t r u ç ã o

“Atendemos a diferentes demandas, além de analisar e responder todas as sugestões de melhoria de produtos e novas ideias de nossos consumidores”

goria Tubos e Conexões, o grande di-

Paulo Nascentes vice-presidente de Tubos e Conexões da Tigre

citação para profissionais do varejo e

“O mercado é heterogêneo e os clientes querem produtos específicos para suas necessidades” Marcelo Lass gerente-geral de argamassas da Votorantim 86 �

dirigente Lojista � março 2011

ferencial é manter uma equipe própria na área de Assistência Técnica e fazer uma integração contínua com as áreas de Engenharia e Pesquisa & Desenvolvimento. “Atendemos a diferentes demandas, além de analisar e responder todas as sugestões de melhoria de produtos e novas ideias de nossos consumidores”, afirma Paulo Nascentes, vice-presidente de Tubos e Conexões da Tigre. “Esse respeito faz parte da cultura da empresa. Desde a fundação, sempre tivemos um relacionamento muito próximo com os clientes.” Para aprimorar esta relação, há ainda um extenso programa de capa-

paulo nascentes Para o executivo da Tigre, o diferencial está na qualidade da assistência técnica e na proximidade com os clientes

da construção civil, como balconistas,

sas, concreto e agregados, a inovação

lojistas, instaladores, construtores e

e o serviço vêm juntos. “O mercado é

projetistas. Os treinamentos gratuitos

heterogêneo e os clientes querem pro-

acontecem nos centros técnicos da

dutos específicos para suas necessida-

empresa e também em escolas, uni-

des, por isso trabalhamos em soluções

versidades e revendas, além da Es-

para cada demanda da construção ci-

cola Volante da Tigre. Em 2010, mais

vil”, diz Marcelo Lass, gerente-geral de

de 100 mil trabalhadores passaram

argamassas da Votorantim Cimentos,

pelo programa, totalizando mais de

vencedora do Mérito Lojista. A em-

500 mil horas de treinamento. “Este

presa fez investimentos significativos

contato é um dos termômetros para

em construção, aquisição e terceiriza-

estarmos alinhados com o mercado,

ção de novas plantas de argamassas

pois é fundamental estar em campo e

localizadas em diversas regiões distin-

saber as reais necessidades dos nos-

tas do País. Ao todo, são 13 fábricas

sos clientes”, avalia Nascentes.

localizadas próximas ao mercado de consumo, quatro delas com produção

Inovação e serviço

terceirizada, que disponibilizam produ-

Na Votorantim, líder do mercado

tos Votomassa para construtoras, gran-

nacional e uma das dez maiores em-

des redes de materiais de construção

presas globais de cimento, argamas-

e varejo em geral.



m o d a

88 �

dirigente Lojista � março 2011


crescimento

sob medida

Com um aumento de 9,2% no faturamento em 2010, a indústria de confecção e vestuário espera fechar este ano movimentando um montante de cerca de R$ 136 bi

A

OS VENCEDORES MODA FEMININA

MALWEE

MODA INFANTIL

MARISOL MODA JOVEM

COBRA D´ÁGUA MODA MASCULINA

MORMAII

lém de ser o segundo maior

transformação brasileira e produz

empregador da indústria de

hoje 9,8 bilhões de peças de con-

transformação no País, o se-

fecção por ano. Além disso, o mer-

tor de moda e confecção investiu US$

cado interno brasileiro é o primeiro

13 bilhões nos últimos dez anos para

no consumo de moda praia e verão

acompanhar o crescimento do merca-

no mundo. De acordo com os dados

do consumidor. Segundo a Associação

da Abit, são produzidos US$ 1,5 bilhão

Brasileira da Indústria Têxtil e de Con-

por ano em produtos desse segmento.

fecção (Abit), que representa 30 mil

No ano passado, o Brasil também pro-

empresas responsáveis por 1,7 milhão

duziu mais de 320 milhões de peças

de empregos diretos, o faturamento

jeanswear, incluindo jaquetas, cami-

do setor têxtil e de confecção brasilei-

sas, vestidos, calças, bermudas e ma-

ro em 2010 foi de US$ 52 bilhões, um

cacões. Conforme estimativa da área

aumento de 9,24% em relação ao ano

de economia da Abit, esse segmento

anterior. Desse total, US$ 50,6 bilhões

movimenta US$ 8 bilhões por ano.

(97%) foram gerados no mercado in-

Segundo estimativa do institu-

terno. “Em 2010 foram criados aproxi-

to Ibope Inteligência, o mercado de

madamente 65 mil postos de trabalho.

moda deve movimentar em 2011

Neste ano, a expectativa é que sejam

cerca de R$ 136 bilhões no Brasil. In-

abertas mais 40 mil vagas”, diz o pre-

cluídos neste mercado estão os arti-

sidente da Abit, Aguinaldo Diniz Filho.

gos de vestuário, calçados e também

O setor de vestuário representa

os acessórios. Desse total, cerca de R$

cerca de 4% do PIB da indústria de

95 bilhões serão gerados pelos segdirigente Lojista � março 2011

� 89


m o d a

“Em 2010 foram criados cerca de 65 mil postos de trabalho. Neste ano, a expectativa é que sejam abertas mais 40 mil vagas”

mentos de vestuário feminino, masculino e infantil, com um consumo per capita de R$ 492 ao ano. Segundo o instituto, a classe B deve ser responsável por 42% do consumo total esperado, seguida da classe C (39%) e da classe A, que deverá consumir cerca de 13% do total.

Investir para crescer Com base nas estimativas do mercado para este ano, a Abit estima um crescimento de 5% da indústria de transformação, 4% da confecção, 3,5% do setor têxtil e 6% do varejo. Por outro lado, o presidente da entidade defende a desoneração da pro-

guilherme weege Inovações nas coleções e investimento em equipamentos foram cruciais para o sucesso da Malwee em 2010

dução, a criação e fortalecimento de

“É preciso desonerar a produção, além de criar barreiras não tarifárias contra a importação desleal de produtos” Aguinaldo Diniz Filho presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) 90 �

dirigente Lojista � março 2011

barreiras não tarifárias contra a impor-

A Malwee, vencedora do Mérito Lo-

tação desleal de produtos, o incentivo

jista na categoria Moda Feminina, pre-

às exportações nacionais, redução da

tende dar sequência ao planejamento

carga tributária (especialmente na fo-

já constituído para também progredir

lha de pagamento), aumento no nú-

em 2011. “As inovações e o investi-

mero de empregos, entre outros.

mento em maquinários modernos,

No cenário macroeconômico, as

unidos com estratégias e equipe atenta

perspectivas da Abit para 2011 são de

para compreender a necessidade do

aceleração do investimento, desace-

mercado, refletiram em resultados bas-

leração moderada da renda e do cré-

tante positivos para o faturamento da

dito, câmbio apreciado e concorrência

empresa no ano passado“, diz Guilher-

acirrada, e expansão moderada da de-

me Weege, administrador da empresa.

manda externa. Como fatores de risco,

Entre as novidades da marca no ano

Diniz cita os preços e suprimentos da

passado, ele destaca o lançamento de

matéria-prima de algodão, gargalos

acessórios para a coleção de primavera

setoriais e energia elétrica. Como opor-

e a coleção jeans lançada no inverno.

tunidades para o setor, a Abit aponta o

Na mesma temporada, a Malwee lan-

Programa de Aceleração do Crescimen-

çou peças produzidas com fio de po-

to (PAC) do governo federal, além dos

liéster produzido a partir de material

megaeventos esportivos.

100% reciclado de garrafas PET.



m ó v e i s

92 �

dirigente Lojista � março 2011


no ritmo da

classe c

Apesar da importação elevada, o faturamento da indústria brasileira de mobiliário cresceu 13,2% em 2010 alimentado pela elevação do poder de compra do consumidor

O

mercado brasileiro de mó-

o programa Minha Casa, Minha Vida

veis e colchões fechou o

foi um dos grandes responsáveis pela

ano com um faturamento

expansão do setor.

de R$ 29,7 bilhões, contra R$ 26,2

Além de consumidores com maior

bilhões em 2009. A elevação de

poder de compra, outros fatores con-

13,2% em relação ao ano anterior

tribuíram para o crescimento do mer-

superou as expectativas da indústria,

cado no ano passado. A expansão da

que projetava uma expansão de 10%

indústria da construção civil é apon-

em 2010. Para este ano, a meta da

tada pelo presidente da Abimóvel

Associação Brasileira das Indústrias

como uma das grandes geradoras de

do Mobiliário (Abimóvel) é que este

demanda para o setor de mobiliário e

TODESCHINI

crescimento continue em torno dos

deve continuar cumprindo esse papel

COZINHA DE AÇO

10%, com perspectivas otimistas para

em 2011. Outro incentivo foi a redu-

o mercado interno. “O ano passado

ção do IPI, que caiu de 10% a zero

CASTOR

foi de recuperação; este vai ser de

entre dezembro de 2009 e março de

ESTOFADOS

crescimento“, aposta o presidente da

2010 e, desde então, está em 5%.

OS VENCEDORES COZINHA

ITATIAIA

COLCHÕES

HERVAL

ESTANTES E RACKS COMBINADOS

Abimóvel, José Luiz Diaz Fernandez.

Para este ano, a Abimóvel discute

Ele atribui o desempenho da in-

com o Ministério do Desenvolvimento

dústria em 2010 ao bom resultado

a criação de uma linha de financia-

KAPPESBERG

nas vendas dos móveis econômicos,

mento de móveis para famílias que

QUARTO

impulsionadas pelos programas so-

comprarem imóveis pelo programa

ciais do governo federal e pelo cré-

habitacional. A ideia é criar mecanis-

dito facilitado. Segundo Fernandez,

mos para que a pessoa que financiar

MADESA

INFANTIL

HENN

SALA DE JANTAR

MOVELAR

dirigente Lojista � março 2011

� 93


m ó v e i s

“O desempenho da indústria em 2010 se deveu às boas vendas dos móveis econômicos, impulsionadas pelo crédito facilitado e pelos programas sociais do governo federal”

“Pretendemos continuar crescendo em torno de 10% no mercado interno e 5% no externo, a exemplo do ano passado” José Luiz Fernandez presidente da Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (Abimóvel) 94 �

dirigente Lojista � março 2011

uma casa possa também adquirir móveis e eletrodomésticos.

Pressão externa A indústria brasileira de mobiliário registrou em 2010 um aumento de 4,05% nas exportações, em comparação com 2009. As vendas externas somaram US$ 598,5 milhões, contra US$ 575,2 milhões no ano anterior. Para este ano, a Abimóvel prevê um aumento de 5%. As importações, por sua vez, saltaram de US$ 90 milhões em 2009 para US$ 189,5 milhões em 2010. O crescimento de 110,51% foi resultado de uma verdadeira invasão de produtos chineses, que aumen-

José Luiz Fernandez Para o presidente da Abimóvel, a importação excessiva e o aumento nos insumos são os desafios do setor em 2011

taram em 125% suas vendas para o Brasil. Além disso, compramos mais

da Abimóvel teme que os recentes

móveis da Espanha (190% a mais),

aumentos no custo da matéria-prima

Taiwan (94%) e Itália (81%).

afetem o preço final dos móveis este

“Todos os países conseguiram não

ano. Insumos como espuma, vidros e

apenas aumentar suas vendas para o

chapas tiveram aumentos superiores

Brasil em 2010, como a maioria deles

a 7%. "Nos próximos meses, pode-

ultrapassou os valores de 2008, pré-

mos esperar um aumento de 5% a

crise financeira”, atesta José Luiz Fer-

7% nas lojas", diz Fernandez.

nandez. De acordo com o presidente

De acordo com Hélio Antônio Sil-

da Abimóvel, este aumento se deveu

va, diretor-superintendente da Castor

à alta demanda interna, à inflação e

Colchões, vencedora do Mérito Lojista

ao real valorizado, além do fato de os

na categoria Colchões, 2010 foi um

valores de 2009 estarem, em alguns

ano positivo para a empresa. “Nada

casos, abaixo do normal devido à cri-

especial, porém com boas melho-

se. Entre os parceiros internacionais,

rias”, afirma. Ele conta que a Castor

apenas França e Argentina compra-

está terminando novos investimentos

ram mais móveis brasileiros em 2010

na unidade de Ourinhos (SP) para au-

do que no ano anterior.

mentar a capacidade fabril da empre-

Além da preocupação com o aumento das importações, o presidente

sa. “Isso vai nos permitir um ano bem mais satisfatório”, conclui.


53.397

O MUNDO MUDOU. E O JORNAL DE MAIOR CIRCULAÇÃO DA BAHIA TAMBÉM. Correio. O novo líder de circulação na Bahia. Apenas 2 anos após sua reformulação, o Correio já é o jornal de maior circulação da Bahia, segundo o IVC - Instituto Verificador de Circulação, que audita a circulação paga da mídia impressa no Brasil (www.ivc.org.br). Com seu formato diferenciado e novos cadernos, seções e site, o Correio também conquistou novos leitores, tornando-se o novo líder do estado. O que a Bahia quer saber procura aqui.

Fonte: IVC, janeiro/2011

A Tarde 46.025


ó t i c a

96 �

dirigente Lojista � março 2011


FOCO NOS

RESULTADOS

Com ações voltadas para a qualificação dos produtos e o combate ao mercado ilegal, os fabricantes de artigos óticos pretendem ganhar mercado no Brasil e no exterior

A

OS VENCEDORES ARMAÇÕES (ÓCULOS DE GRAU)

indústria brasileira de pro-

são o carro-chefe das exportações da

dutos óticos encerra a tem-

indústria. A importação de óculos de

porada de verão com ven-

grife, por outro lado, ainda é muito

das aquecidas, como supõe a estação

alta, fazendo com que a balança co-

que mais impulsiona o comércio do

mercial continue desfavorável. Para

setor. A venda de óculos de sol é res-

reverter esse quadro, o setor aposta na

ponsável por cerca de 35% do total

qualificação dos produtos, de olho na

mercado de óculos, com uma mo-

concorrência global. O grande desafio

vimentação financeira de mais de

é abocanhar uma fatia dos principais

R$ 900 milhões e a comercialização

mercados internacionais, como os EUA

de 40 milhões de unidades ao ano.

e Europa. Mercados emergentes dos

Ainda assim, a indústria tem desafios

países do Oriente Médio e norte da

importantes pela frente, como o equi-

África também estão na mira da indús-

líbrio das exportações, o combate à

tria nacional, que já começa a superar

pirataria e a defesa de desonerações

as barreiras impostas pelo marketing

que impulsionem o setor.

das grandes grifes internacionais.

Segundo levantamento da Asso-

No mercado interno, a hora é de

ciação Brasileira de Produtos e Equi-

combater o contrabando e a pirata-

VARILUX

pamentos Ópticos (Abiótica), o mer-

ria desenfreada de óculos, relógios

ÓCULOS DE SOL

cado nacional ainda importa mais do

e similares. O volume de produtos

RAY BAN

que vende seus produtos para o ex-

piratas vendidos no País atingiu um

RELÓGIO

terior. O fator positivo está na venda

grau extremado, causando perdas es-

de armações e lentes de contato, que

timadas em mais de R$ 30 bilhões e

TECNOL

LENTES DE GRAU

TECHNOS

dirigente Lojista � março 2011

� 97


ó t i c a

Os fabricantes têm investido na qualidade dos produtos para aumentar as vendas externas, de olho nos principais mercados globais e no potencial dos países emergentes

“A moralização do mercado deve partir do próprio setor, no combate à informalidade, e não apenas da fiscalização e da ação policial” Synésio Costa presidente da Associação Brasileira de Produtos e Equipamentos Ópticos (Abiótica) 98 �

dirigente Lojista � março 2011

o fechamento de milhares de vagas na indústria. A falsificação vem sendo combatida pelo governo federal desde o início da década passada, em conjunto com os estados e a iniciativa privada. Mas ainda há um enorme esforço a ser empreendido no combate aos produtos provenientes principalmente da China, que entram no País geralmente pelo Paraguai. No fim dos anos 1990 o número de produtos piratas atingia quase 60% dos produtos de ótica vendidos no País. A cifra diminuiu sensivelmente de lá para cá, graças à ação da indústria, que passou a adotar selos holográficos para proteger suas marcas. De acordo com

SYNÉSIO COSTA Para o presidente da Abiótica, o combate à pirataria e ao contrabando é prioridade para o mercado interno

Synésio Batista da Costa, presidente da Abiótica, são atitudes como essa, onde

bra o dirigente. O cuidado com a visão,

a indústria passa a validar seus produ-

segundo os preceitos defendidos pela

tos, que farão diminuir a pirataria no

diretoria da Abiótica, deve ser cada

País, e não apenas o combate policial.

vez mais inserido na população. No

“A moralização do mercado deve partir

entanto, a entidade reforça o conceito

do próprio setor, no combate à infor-

de que os óculos corretivos só devem

malidade, e não apenas da fiscalização

ser usados seguindo orientação de

e da ação policial”, avalia.

um oftalmologista e após um exame minucioso de cada caso.

Saúde e reformas

Para Synésio Costa, outra ques-

Por outro lado, o presidente da

tão essencial é a reforma trabalhista,

Abiótica lembra que o uso de óculos

destinada a sanar o meio produtivo

extrapola o fator estético, sendo uma

de impostos e sobrecargas que não

questão de saúde pública. Dados divul-

agregam ao trabalhador e oneram

gados pela entidade revelam que 63

em demasia a indústria. “Afinal, para

milhões de brasileiros enxergam mal,

competir em um mundo globalizado

e apenas 24 milhões corrigiram seus

é preciso ter uma legislação adequa-

problemas de visão. “Enxergar direito

da, que compreenda novas modali-

e ter saúde ocular é uma questão de

dades de organização no trabalho”,

segurança e qualidade de vida”, lem-

diz o presidente da Abiótica.



PAPELARIA

100 �

dirigente Lojista � março 2011


planos bem

traçados

Depois de começar o ano com um aquecimento nas vendas de volta às aulas, o setor de papelaria espera superar os bons resultados obtidos no ano passado

A

OS VENCEDORES CADERNOS

melhoria do poder de com-

chegar a 20%, devido ao bom mo-

pra da população e a diver-

mento da economia brasileira. O sindi-

sificação da linha de pro-

cato prevê ainda que é provável que o

dutos ofertados pela indústria foram

preço dos materiais tenha um aumen-

responsáveis pelo fortalecimento do

to maior do que a inflação oficial deste

mercado interno do setor de papela-

ano, o que pode elevar o custo destes

ria em 2010. De acordo com dados

produtos em cerca de 8%.

do Instituto Brasileiro de Geografia e

Resultados específicos da indústria

Estatística (IBGE), o volume de vendas

papeleira também mostram um cres-

no varejo de livros, jornais, revistas e

cimento semelhante ao desempenho

papelaria cresceu 12% em compa-

do varejo. De acordo com dados da

ração a 2009. No primeiro trimestre

Associação Brasileira de Celulose e

– período que concentra o maior vo-

Papel (Bracelpa), em 2010 o seg-

lume de vendas, devido à volta às au-

mento de embalagens vendeu 7,41%

las – o movimento nas papelarias foi

mais que no ano anterior e o de pa-

8,3% maior do que no ano anterior.

pelcartão, 14,8%. As vendas de papel

Para 2011, a expectativa é de um crescimento ainda maior. Dados do

para imprimir e escrever tiveram um crescimento mais tímido, de 3,82%.

Sindicato do Comércio Varejista de

Entre as empresas ganhadoras do

Material de Escritório e Papelaria de

Mérito Lojista, a impressão geral é que

BIC

São Paulo e Região (Simpa) mostram

o ano passado foi bom, mas 2011 será

PAPEL

que o aumento nas vendas de mate-

ainda melhor. “2010 foi bastante po-

TILIBRA

rial escolar no início deste ano deve

sitivo e nossa expectativa é que este

TILIBRA ESCRITA E CORRETIVOS

dirigente Lojista � março 2011

� 101


PAPELARIA

Segundo dados do IBGE, o volume de vendas no varejo de livros, jornais, revistas e papelaria cresceu 12% em 2010

seja outro ano de crescimento, visto a ótima aceitação de nossos produtos pelos consumidores”, diz Rubens Passos, presidente da Tilibra, vencedora nas categorias Papel e Cadernos. Líder no segmento de papelaria há mais de 80 anos, a Tilibra é destaque na produção de material escolar, além de atuar no mercado de agendas e de produtos para casa e escritório. A empresa é responsável por 35% do mercado brasileiro de artigos de papelaria e desde 2004 pertence ao grupo norte-americano MeadWestvaco, líder global em produção e soluções de embalagens.

Lucros sustentáveis

horácio balseiro Segundo o presidente da Bic Brasil, a tendência do setor de papelaria é investir cada vez mais em sustentabilidade

Vencedora do Mérito Lojista na ca-

De acordo com a Associação Brasileira de Celulose e Papel, a indústria de embalagens vendeu 7,41% a mais em 2010 e a de papelcartão, 14,8% 102 �

dirigente Lojista � março 2011

tegoria Escrita e Corretivos, a Bic Brasil

Brasil. Em 2010, tivemos uma estraté-

fechou 2010 como a empresa mais

gia de vendas agressiva, investimen-

rentável do Grupo Bic, com maior cres-

tos em marketing e manufatura, além

cimento em vendas e lucro líquido

de ingressarmos na categoria de pilhas

comparado às demais operações, pelo

e lançarmos novos itens em todas as

segundo ano consecutivo. O mercado

outras categorias”, afirma o presidente

brasileiro representa cerca de 10% do

da Bic Brasil, Horácio Balseiro. Segun-

faturamento global da marca e já é o

do ele, a maior tendência para o setor

terceiro em volume de vendas, atrás

é o investimento em sustentabilidade.

apenas dos Estados Unidos e da Fran-

A Bic, por exemplo, possui a Linha Bic

ça. No ano passado, a unidade brasilei-

Ecolutions, que inclui canetas e lápis

ra registrou um crescimento de 13,1%,

feitos com 40% de material reciclado,

com um faturamento líquido total de

colas e corretivos à base de água, além

R$ 540 milhões, somadas todas as ca-

de etiquetas e notas adesivas em pa-

tegorias de produto: papelaria, acen-

pel reciclado. Embora os itens da linha

dedores e barbeadores. Por categoria,

sejam cerca de 20% mais caros que

o crescimento foi de 11,9%, 17,4% e

os tradicionais, uma pesquisa apon-

14,4%, respectivamente.

tou que 37% dos consumidores estão

“Este resultado é fruto de muita dedicação e empenho de todo o time Bic

dispostos a pagar até 25% a mais por esse tipo de produto.



SERVIÇOS

104 �

dirigente Lojista � março 2011


apoio

essencial

Com investimentos em tecnologia e eficiência operacional, empresas de diferentes setores aprimoram sua oferta de serviços para acompanhar o crescimento do varejo brasileiro

N

os dias de hoje, com a tec-

tadora, o investimento em tecnologia

nologia inovando constan-

da informação está possibilitando a

temente os processos e o

criação de uma base operacional só-

desenvolvimento contínuo do merca-

lida, que será fundamental para uma

do, o setor de serviços atua como um

expansão programada nos próximos

elemento de suporte fundamental

anos. A tradicional empresa de en-

para que os varejistas se relacionem

comendas urgentes está realizando

SUPORTE CIELO ADMINISTRADORA DE CARTÃO DE LOJA

de forma moderna e eficiente com

investimentos de R$ 33 milhões em

seus consumidores, fornecedores e

TI para modernizar a infraestrutura

ITAUCARD

colaboradores. Investimentos em ino-

nessa área com um projeto que pre-

ASSISTÊNCIA MÉDICA UNIMED BANCO COMERCIAL BANCO DO

vação operacional e uma prestação

vê a revisão dos processos; instalação

de serviços afinada com os anseios

do sistema de gestão empresarial da

BANCO COOPERATIVO SICREDI CIA AÉREA TAM ENTREGA RÁPIDA SEDEX FINANCEIRA/SISTEMA CDC LOSANGO OPERADORA DE TELEFONIA FIXA OI OPERADORA DE TELEFONIA MÓVEL

do cliente são elementos que neces-

Oracle e ainda o Datapress 2, softwa-

sariamente devem andar juntos. É por

re mais moderno na gestão de trans-

isso que a premiação do Mérito Lojis-

portes, além de uma reestruturação

ta não poderia deixar de fora uma ca-

no parque de hardware em seu Da-

tegoria que reúne parceiros de mer-

tacenter.

OS VENCEDORES CARTÃO DE CRÉDITO

VISA CARTÃO DE DÉBITO

CIELO

BRASIL

VIVO PROVEDOR DE ACESSO INTERNET OI REFEIÇÕES CONVÊNIO TICKET REF. DE CRÉDITO/INF. CADASTRAIS SPC SEGURADORA MAPFRE TRANSPORTADORA BRASPRESS

cados diferentes, mas que atendem a

Segundo Urubatan Helou, diretor-

uma demanda comum dos empresá-

presidente da Braspress, a moderniza-

rios do varejo: o bom funcionamento

ção tecnológica é fundamental para a

de sua operações.

conquista de novas posições de desta-

Para a Braspress, vencedora do

que no setor de encomendas. Para ele,

Mérito Lojista na categoria Transpor-

nesse momento, um fornecedor de dirigente Lojista � março 2011

� 105


SERVIÇOS

“A modernização tecnológica é fundamental para a conquista de novas posições de destaque no setor de encomendas” Urubatan Helou diretor-presidente da Braspress

classe mundial como a Oracle é crucial para dar suporte à evolução na área de TI. “Com as soluções a serem implementadas e a reestruturação necessária teremos condições de suportar o crescimento projetado da organização para os próximos anos”, define Helou.

Crédito e estratégia Na mesma trilha da inovação em torno da prestação de serviços de excelência, o SPC Brasil destaca-se como ferramenta indispensável em referência de crédito e informações cadastrais. O sistema de informações das Câmaras de Dirigentes Lojistas é o maior banco de dados da América La-

“Se as soluções financeiras apresentam produtos tão variados quanto os perfis de seus clientes, a eficiência nos processos também destaca a Losango da concorrência”

tina em informações creditícias sobre

Hilgo Gonçalves presidente da Losango 106 �

dirigente Lojista � março 2011

pessoas físicas e jurídicas.

roberto alfeu O presidente do SPC Brasil destaca os serviços prestados a mais de 1 milhão de empresas associadas a CDLs

Soluções financeiras aliadas a efi-

Mas além desse aporte, o SPC Bra-

ciência também fizeram o diferencial

sil oferece soluções para empresas, de

da Losango, líder em Crédito Direto ao

acordo com cada tipo de negócio, em

Consumidor. “Se as soluções financei-

áreas como a prospecção, divulgação

ras apresentam produtos tão variados

e identificação de clientes, análise de

quanto os perfis de seus clientes, a

crédito, gestão da carteira de clientes,

eficiência nos processos também des-

cobrança e recuperação. E ainda aten-

taca a Losango da concorrência”, diz o

de à necessidade de relacionamento

presidente Hilgo Gonçalves. Em menos

que as empresas têm. Essas soluções

de oito segundos é possível realizar

são apresentadas em quatro Famílias

consultas a parceiros. Parte do Grupo

de Produtos: Informação, Inteligência,

HSBC desde 2003, a Losango cumpre

Estratégia e Rede de Relacionamento.

40 anos de atividade, presente em

“Hoje, 1,2 milhão de empresas asso-

mais de 2,6 mil municípios em todo

ciadas a CDLs em todo o Brasil usu-

o Brasil, através de sua rede própria,

fruem de soluções que atendem a

e mais de 23 mil lojas em mercados

cada necessidade do ciclo de negócios

como o de materiais de construção,

das empresas, oferecidas por meio

móveis e eletroeletrônicos. O diferen-

do SPC Brasil”, revela o presidente da

cial resulta em uma carteira com mais

empresa, Roberto Alfeu.

de 45 milhões de clientes.



v e í c u l o

108 �

d e

t r a n s p o r t e

dirigente Lojista � março 2011


com o pé no

acelerador

Com um aumento de 12% nas vendas para o mercado interno, o Brasil assumiu em 2010 a quarta posição entre os maiores consumidores mundiais de veículos

O

mercado brasileiro de ve-

los. Em 2010, a produção já era de 3,6

ículos vem pisando fundo

milhões de unidades. Na comparação

desde 2004 e no ano pas-

com 2009, houve um crescimento de

sado conseguiu ultrapassar a Ale-

12% nas vendas no mercado interno

manha como o quarto maior consu-

e de 14% na produção.

midor mundial. Nestes sete anos, o

As exportações, por sua vez, vêm

número de veículos vendidos saltou

andando mais devagar. De acordo com

de 1,6 milhão para os 3,5 milhões

a Anfavea, a demanda mundial para

registrados em 2010 pela Associação

veículos made in Brazil – que chegou a

Nacional de Veículos Automotores

897 mil unidades em 2005 – caiu para

(Anfavea). De acordo com a enti-

475 mil com a crise de 2009. Embora

dade, 80% desse total é composto

ainda em marcha lenta, as exporta-

por veículos de fabricação nacional e

ções começam a esboçar uma reação.

20% são importados.

No ano passado, 765 mil veículos fo-

E como a produção deve acompa-

OS VENCEDORES

ram vendidos ao exterior.

nhar o crescimento da demanda, o

Para 2011, a Anfavea estima um

Brasil também está bem posicionado

crescimento de 5% no mercado in-

como fabricante: somos o sexto maior

terno, com 3,69 milhões de unidades

CHEVROLET

produtor de veículos do mundo. Se-

vendidas. E o primeiro bimestre já

MOTOCICLETA

gundo dados da Anfavea, a indústria

mostrou um desempenho favorável,

automotiva vem crescendo de forma

com 519 mil veículos vendidos – um

ininterrupta desde 2003, quando fo-

aumento de 19,5% com relação ao

ram produzidos 1,8 milhão de veícu-

mesmo período de 2010. Janeiro e

AUTOMÓVEL

HONDA

UTILITÁRIO

MERCEDES-BENZ

dirigente Lojista � março 2011

� 109


v e í c u l o

d e

t r a n s p o r t e

Para 2011, a Anfavea estima um crescimento de 5% no mercado interno, com uma projeção de vendas de até 3,69 milhões de unidades

fevereiro também foram bons para a exportação: aumento de 16% no número de unidades vendidas. A receita das exportações atingiu US$ 1,098 bilhão em fevereiro, superando em 31,4% o montante registrado no mesmo período de 2010, que foi de US$ 836,46 milhões. Contudo, apesar dos números do primeiro bimestre, a Anfavea prevê uma queda de 4,7% nas exportações em 2011, com a venda de apenas 730 mil veículos.

Na pole position Para Sérgio Galhardo, gerente de vendas Vans Brasil da Mercedes-Benz, o ano de 2010 foi bom para a empre-

Sérgio galhardo Segundo o executivo da MercedesBenz, foram vendidos 6,4 mil veículos comerciais leves da marca em 2010

sa, vencedora do Mérito Lojista na ca-

“Ampliamos nossa oferta com veículos projetados para o uso em cidades onde existem restrições para a circulação de caminhões” Sérgio Galhardo gerente de vendas Vans Brasil da Mercedes-Benz 110 �

dirigente Lojista � março 2011

tegoria Utilitário. Segundo o executivo,

A unidade recebeu investimento de

foram comercializados cerca de 6,4 mil

R$ 90 milhões e tem capacidade pro-

veículos da categoria no ano passado.

dutiva de 500 mil motocicletas por

“No segmento de comerciais leves,

ano. Em 2011, a expectativa de pro-

onde está inserido o Sprinter, a Merce-

dução é de 300 mil unidades, núme-

des-Benz oferece ao mercado a mais

ro que a Honda pretende elevar para

completa linha de veículos tanto para

415 mil até 2013.

transporte de carga quanto de passa-

Este ano, no dia 3 de fevereiro, a

geiros“, afirma Galhardo. Ele destaca

Moto Honda da Amazônia comemo-

a recente ampliação da oferta da em-

rou o lançamento de sua motocicle-

presa com a linha Street, na categoria

ta de número 15 milhões: a CG 150

caminhonete. “Estes veículos podem

Titan Flex. A ampliação da linha flex

ser utilizados em grandes centros onde

reforça o compromisso ambiental da

atualmente existem restrições para a

empresa, já que o etanol é uma fon-

circulação de caminhões”, observa.

te de energia renovável e menos po-

Vencedora do Mérito Lojista na ca-

luente quando comparado à gasoli-

tegoria Motocicleta, a Honda aprovei-

na. Além disso, todos os modelos da

tou 2010 para crescer no País e inau-

marca apresentam níveis de emissão

gurou uma nova linha de produção no

de poluentes muito abaixo do limite

complexo industrial de Manaus (AM).

estabelecido pela legislação.



c o m u n i c a ç ã o

112 �

dirigente Lojista � março 2011


comunicando

boas novas OS VENCEDORES RÁDIO AM

BANDEIRANTES RÁDIO FM

Com expansão em todos seus segmentos, a indústria de mídia aposta na saúde da economia para continuar crescendo

JOVEM PAN REDE NACIONAL DE TV

GLOBO

REVISTA DE CIRCULAÇÃO NACIONAL

VEJA

REVISTA ESPECIALIZADA/NEGÓCIOs

EXAME

JORNAL ESPECIALIZADO/NEGÓCIOS

VALOR ECONÔMICO

JORNAL POR ESTADO A TRIBUNA (AC), O JORNAL (AL), JORNAL DO DIA (AP), DIÁRIO DO AMAZONAS (AM), CORREIO DA BAHIA (BA), DIÁRIO DO NORDESTE (CE), CORREIO BRAZILIENSE (DF), A TRIBUNA (ES), O POPULAR (GO),

O ESTADO DO MARANHÃO (MA), A GAZETA (MT), A CRÍTICA (MS), O ESTADO DE MINAS (MG), O LIBERAL (PA), JORNAL DA PARAÍBA (PB), GAZETA DO POVO (PR), JORNAL DO COMMERCIO (PE), DIÁRIO DO POVO (PI), JORNAL DO COMÉRCIO (RJ), TRIBUNA DO NORTE (RN), JORNAL DO COMÉRCIO (RS), DIÁRIO DA AMAZÔNIA (RO), FOLHA DE BOA VISTA (RR), DIÁRIO CATARINENSE (SC), JORNAL DA CIDADE (SE), FOLHA DE SÃO PAULO (SP), JORNAL DO TOCANTINS (TO)

I

mpulsionados pela expansão do

çados mais de 20 títulos periódicos e

setor produtivo, os diversos seg-

80 edições especiais, de acordo com a

mentos da indústria da comu-

Associação Nacional de Editores de Re-

nicação têm muito para comemorar.

vistas (Aner). Entre janeiro e novem-

No caso das rádios, por exemplo, o

bro, as revistas ganharam destaque na

número de emissoras cresceu consi-

procura do mercado publicitário. Se-

deravelmente nos últimos cinco anos,

gundo dados divulgados pelo Projeto

segundo dados da Associação Brasi-

Inter-Meios – cujo objetivo é levantar

leira das Emissoras de Rádio e Televi-

o volume de investimento publicitário

são (Abert). De acordo com o estudo

em mídia no Brasil – foram aplicados

“Tudo o que você precisa saber sobre

R$ 1,7 bilhão na divulgação de mar-

rádio e televisão", nesse período fo-

cas, serviços e produtos em revistas.

ram criadas 687 emissoras de rádio

Esse valor representa um aumento de

comerciais FM, o que representa 36%

14,92% no investimento em publici-

de crescimento sobre a base de 1.915

dade sobre o mesmo período de 2009.

emissoras existentes em 2005. No ano

Quando se analisa o faturamento dire-

passado, o número de FMs subiu para

to, sem intermediação de agências pu-

2.602, enquanto as AMs tiveram um

blicitárias, a variação chega a 19,28%.

desempenho mais tímido no período:

A pesquisa do Projeto Inter-Meios

foram criadas apenas 79 emissoras.

destaca ainda que a TV continua sendo

O mercado editorial de revistas

o veículo de comunicação com maior

também se encontra em ritmo de

receita publicitária. Em 2010, foi res-

expansão. No ano passado foram lan-

ponsável por 62,9% do valor total de dirigente Lojista � março 2011

� 113


c o m u n i c a ç ã O

A TV continuou sendo o meio com maior receita publicitária em 2010, sendo responsável por 62,9% dos investimentos em mídia no mercado brasileiro

R$ 29,1 bilhões investido em mídia no País, o que significa um aumento de 21,6% em relação a 2009. A internet também apresentou crescimento, segundo a pesquisa, alcançando 27,9% de aumento no faturamento.

Crescimento anunciado O GroupM – braço da agência de publicidade WPP – fez um estudo o qual mostrou que todos os setores da mídia, com exceção de guias e listas, devem expandir no ano que vem. De acordo com o estudo, o maior avanço será da internet, com faturamento 35% maior que o deste ano. Os jornais, por sua vez, deverão ter um aumento

antônio gomes vidal O diretor comercial do Jornal do Nordeste destaca o aumento de receita gerado pelos mercados imobiliário e automotivo

de 7%, contrariando as vozes pessi-

Segundo estudo do GroupM, a internet é o meio que deve crescer mais em 2010, com uma elevação de 35% no faturamento publicitário 114 �

dirigente Lojista � março 2011

mistas que têm anunciado o “fim da

tivo, acrescentando que o grande di-

mídia impressa“. A Folha de São Paulo,

ferencial do jornal foi a agressividade

um dos vencedores do Mérito Lojista

junto a anunciantes nacionais, já que

na categoria Jornal Estadual, por exem-

o Nordeste tem sido prioritário para

plo, vem mantendo a média diária de

algumas marcas. “O desenvolvimen-

vendas acima dos 300 mil exemplares,

to de projetos comerciais inovadores

o que a coloca na liderança do merca-

abre oportunidades diferenciadas para

do de diários. Em janeiro, a circulação

o anunciante conversar com seu públi-

média da Folha foi de 301,9 mil exem-

co-alvo, obtendo excelente retorno do

plares/dia, alta de 0,21% em relação

investimento em mídia.“

a dezembro do ano passado.

As perspectivas do Diário do Nor-

“O ano de 2010 foi bastante satis-

deste para 2011 são positivas e in-

fatório em desempenho empresarial

cluem o lançamento de novos pro-

para o Diário do Nordeste“, reitera An-

dutos sob o ponto de vista comercial,

tônio Gomes Vidal, diretor comercial

editorial e institucional. De acordo com

do jornal cearense, também premia-

Gomes Vidal, planejamento e foco são

do com o Mérito Lojista. “O varejo se

as premissas básicas para este ano. “É

aqueceu em relação ao ano anterior,

importante estarmos atentos às ten-

sobretudo junto aos mercados imobi-

dências. E, para isso, estamos investin-

liário e automotivo”, observa o execu-

do em tecnologia”, diz.







março/2011 – www.sebrae.com.br – 0800 570 0800

informe do serViço brasileiro de apoio àS micro e pequenas empresas

ponto de venda compartilhado Empreendedores investem no conceito de varejo colaborativo para reduzir custos e ampliar o acesso ao mercado de empresários. A empresária por trás desta ideia é Wity Prado Carrilho, de 25 anos, que adaptou e desenvolveu todo o conceito de loja colaborativa para o mercado local. Formada em moda e atuando como personal stylist, ela trouxe da experiência paulistana a vontade de empreender nessa área. Depois de um curso de administração de empresas, participou do projeto Nascer Bem, do Sebrae, e percebeu as chances desse tipo de empreendimento fazer sucesso na capital sul-mato-grossense. “Para os comerciantes é muito vantajoso, pois você não precisa abrir uma empresa. Oferecemos um local apropriado para comercializar o produto, principalmente porque não ganhamos comissão sobre vendas,” explica Wity. A loja também atende por encomenda. Quando o consumidor quer algum item em outra cor ou modelo, o colaborador é contactado para produzir o produto customizado conforme a vontade do cliente, personalizando a procura.

Foto: Dezyrrê Valério

A

s lojas colaborativas, onde um mesmo endereço é compartilhado por várias empresas, começam a ganhar espaço nas grandes cidades. O formato funciona mais ou menos assim: as empresas alugam um pequeno espaço dentro da loja por um custo fixo mensal e expõem seus produtos; a venda fica a cargo das vendedoras da própria loja; os produtos mais populares se mantêm nas prateleiras e os menos procurados saem para dar chance às novidades. O conceito permite um novo ponto de venda para a empresa, além de servir de laboratório. Se o protótipo de um produto fizer muito sucesso em uma loja colaborativa, o empreendedor tem um bom motivo para produzi-lo em escalas maiores. Em Campo Grande (MS), uma representante desse segmento é a Loja Casulo, aberta em 2010. O preço de locação varia de R$ 45 a R$ 500 mensais, e a loja idealizou espaços para atender todos os perfis

As lojas colaborativas permiteM redução de custos e serveM como laboratório. Se o produto fizer sucesso, o empreendedor tem um bom motivo para produzi-lo em escala

Loja Casulo, aberta recentemente em Campo Grande (MS)


Foto: André Telles

Na endossa, As mercadorias entram em consignação e o dono da caixa pode acompanhar as vendas pela internet, em tempo real. mas é preciso cumprir metas de vEnda para manter seu espaço Na loja paulista, que já conta com duas franquias, os produtos são expostos em caixas alugadas por valores que variam de acordo com seu tamanho e sua posição na área de vendas

Para Daiana Schio, proprietária do Ideias Especiais, uma das lojas da Casulo, o sistema colaborativo atendeu a uma necessidade de sua empresa. “É uma ótima oportunidade, pois antes só vendíamos pela internet. Trata-se de um shopping de criatividade, que reúne produtos e pessoas criativas em um só lugar. E isso acaba influenciando positivamente”, afirma. Tathiana Ajala, da Star.T, de acessórios para mulheres, também está satisfeita com a nova forma de comercializar seus produtos. “Está sendo ótimo, a divulgação é boa e eu tenho uma vitrine física”, comemora. O convite para participar da loja também veio de uma forma diferente. “A Wity me mandou uma mensagem no Orkut, pedindo meu telefone. Depois a vendedora dela ligou marcando um horário e falou que havia interesse em expor meus produtos na loja, pois ela já conhe-

cia minhas produções. Então fui lá conversar e ela me explicou o conceito. Fiquei interessada, já que tenho produção própria. Mas com pouco estoque ficaria caro abrir uma loja” , conta Tathiana. //Parceria pelos resultados Foi navegando pela internet que três jovens formados em Marketing encontraram uma loja de Cingapura que comercializava produtos de diversos criadores num mesmo espaço e se encantaram com a proposta. Depois de oito meses formatando o plano de negócios, contaram com financiamento familiar para inaugurar a Endossa, em março de 2008. Instalada na Rua Augusta, na capital paulista, a loja aplica conceitos de redes sociais no varejo. “Nosso modelo de colaboração on-line foi transposto para o off-line”, conta Gustavo Ferrioli, um dos sócios. Serviço Textos e mais informações: www.ms.agenciasebrae.com.br www.sebraesp.com.br/PortalSebraeSP

Empreender – Informe do Sebrae. Presidente do Conselho Deliberativo Nacional: Roberto Simões. Diretor-Presidente: Luiz Barretto. Diretor-Técnico: Carlos Alberto dos Santos. Diretor de Administração e Finanças: José Claudio dos Santos. Gerente de Marketing e Comunicação: Cândida Bittencourt. Edição: Ana Canêdo, Antônio Viegas. Endereço: SGAS 604/605, módulos 30 e 31, Asa Sul, Brasília/DF, CEP: 70.200-645 Fone: (61) 3348-7100 – Para falar com o Sebrae: 0800 570 0800 Na internet: sebrae.com.br // twitter.com/sebrae // facebook.com/sebrae // youtube.com/tvsebrae

Na loja, caixas que variam de tamanho e de preço estão à espera de empreendedores que queiram vender seus produtos. Basta criar uma marca e se cadastrar na lista de espera, que não é pequena. Roupas, objetos de decoração, inventos e produtos exóticos estão divididos em 150 caixas. Cada uma delas uma miniloja. As mercadorias entram em consignação. A Endossa cobra o aluguel das caixas, taxa de impostos e mantém a equipe de venda. O dono da caixa pode acompanhar as vendas pela internet, em tempo real. Em contrapartida, as vendas devem atingir uma meta. Quem decide mesmo é o público consumidor. “É a loja endossando o empreendedor e o consumidor endossando o produto”, afirma Ferrioli. Quem não vende, sai da caixa e da loja. Além da loja na Augusta, duas franquias da Endossa operam em São Paulo e Curitiba.





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