Resgates do Tempo (excerto)

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MARIA JOSÉ S. ALMEIDA

VOLUME

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FICHA TÉCNICA

Título Original Resgates do Tempo (Volume 1) Autora Maria José Almeida Revisão Pela Autora Capa Divalmeida Atelier Gráfico © Paginação e Arte Final Divalmeida Atelier Gráfico divalmeida.com Impressão e Acabamento Espaço Gráfico, Lda. espacografico.pt

1.ª Edição - Outubro/2012 ISBN 978-972-8670-70-2 Depósito Legal

Projecto Cultural Poemas do País da Vida poemasdopaisdavida.wordpress.com poemasdopaisdavida@gmail.com

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Resgates do Tempo

Nota prévia: Atendendo a que a intenção desta obra é unicamente testemunhar como podem ser úteis as intervenções adequadas na Sociedade, o factor narrativa baseia-se, na medida do possível, na pura essência dos acontecimentos vividos.

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O conteĂşdo deste livro ĂŠ dedicado a quem quer amar a Vida e a quem ama a Vida de um modo incondicional.

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Resgates do Tempo ĂŠ um sereno reviver os acontecimentos num caminho nĂŁo premeditado;

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é o sentir, no olhar de alguém que precisa de nós sem lhe diminuir a Liberdade;

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é testemunhar, em cada ser humano aquela essência que nos permite a partilha e a certeza que só nesta dimensão é que reside a verdadeira Igualdade;

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é realizar em nós a outra “face da vida” que é tão nossa porque é natural tão profunda porque nos transcende e tão eficaz porque nos Humaniza.

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Certo dia, saí com a alma aberta e o olhar atento, para registar os actos subtis da vida da cidade. Hoje, vou recordar um grande momento que sempre guardei desse dia, e transformá-lo, desta forma, numa sentida homenagem a quem, embora seja natural que já não se lembre do acontecimento, pois era muito pequenina, foi para mim um motivo de grande admiração. Ao atravessar o jardim principal da cidade, reparei nesta criança que, insistentemente, pedia à mãe que a deixasse ir beber água ao bebedouro público.

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A mãe negava sempre a autorização, baseando-se no facto de que a filha, contra todas as promessas, com boa intenção ou não, se molhava por sistema e propositadamente. Parei a olhar mãe e filha, de frente, mas numa atitude silenciosa de quem não reprova, nem uma, nem outra. Talvez por isso, a mãe resolveu satisfazer o desejo da criança, deixando-a ir sozinha beber água ao bebedouro, que estava a uma certa distância. Mantendo a mesma atitude, em relação ao silêncio, afastei-me da mãe para seguir o meu caminho, que era quase paralelo ao caminho que ia ter ao bebedouro, o que me permitia observar todo o trajecto da menina.

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