Revista Divina Misericórdia - Edição 41

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DIVINA

MISERICÓRDIA

REVISTA

FESTA DA

MISERICÓRDIA

Vocação: Caminho para a felicidade - Pág 24

2016 - MAIO - ED.041 - ANO IX

SANTUÁRIO DA DIVINA MISERICÓRDIA


Devotos da MisericĂłrdia

famĂ­lia evangelizadora! Uma

Propague esta Devoção

misericordia.org.br/devotos devotosmisericordia (41) 3148-3200 secretaria@divinamisericordia.com.br


EDITORIAL

Sumário

MEU CORAÇÃO SE ALEGRA COM ESTA FESTA

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Palavra do Reitor

este Ano Santo da Misericórdia vivenciamos de maneira ainda mais especial a Festa da Divina Misericórdia, que ocorreu no dia 03 de abril, no Santuário da Divina Misericórdia. Misericórdia – afirma o Papa Francisco – é o ato último e supremo pelo qual Deus vem ao nosso encontro e aquele que se deixa encontrar pela Misericórdia Divina e ser envolvido por Seu amor misericordioso, torna-se um instrumento da misericórdia divina. Santa Faustina é exemplo de alguém que aceitou ser instrumento da misericórdia de Deus. Por meio de seus escritos Jesus nos revela a Sua Misericórdia. Por meio da obediência confiante e fiel dessa Santa no cumprimento da vontade de Deus, tornou-se possível para nós participarmos da Festa da Misericórdia, celebrada hoje em toda a Igreja. Com Santa Faustina aprendemos a pedir misericórdia pelos nossos pecados, suplicar pela conversão de toda a humanidade e divulgar a devoção à Misericórdia, de modo que toda alma tenha conhecimento da misericórdia do Senhor e glorifique a Sua infinita bondade. Nesta edição da Revista, você poderá conferir e contemplar como foi a Festa da Divina Misericórdia, na Casa da Misericórdia, em Curitiba-PR. Na página #JovemGo, confira a matéria sobre o tema Vocação, que aborda as três categorias: leiga, consagrada e clerical e ajuda a compreender que Vocação é um estado de vida e caminho de realização. Ainda nesta edição, em virtude do Corpus Christi – celebrado neste ano no dia 26 de maio, convidamos você e sua família a refletir sobre os mistérios da Santa Eucaristia, na página Formação Humana. Boa leitura!

Espaço do Leitor Devotos da Misericórdia #CasaDaMisericordia Formação Humana Especial Espaço do Devoto Espiritualidade Geral #JovemGo

Pequeninos da Misericórdia

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EXPEDIENTE

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aros leitores, no dia 03 de abril a Igreja celebrou a Festa da Divina Misericórdia. Esta Festa ocorre sempre no segundo domingo da Páscoa, e convém lembrar que ela foi um pedido feito por Jesus à Santa Faustina. As celebrações deste ano ocorreram com um número maior de participantes que nos anos anteriores, a cada ano estamos recebendo mais peregrinos. Um dos momentos marcantes foi, como sempre, a Caminhada Vocacional. Ela inicia às 6 horas da manhã, na paróquia São Jorge, e percorre uma distancia de aproximadamente 12 Km até o Santuário da Divina Misericórdia, concluindo com a celebração da Santa Missa às 10 horas. Neste ano, a santa Missa foi presidida por nosso Arcebispo Dom José Antonio Peruzzo. O dia da Festa é um momento marcante em nossa comunidade do Santuário, e quero agradecer a todos os que participaram e ajudaram na organização. Deus abençoe a todos. Gostaria de deixar, também, uma mensagem para o dia da celebração de Corpus Christi. A centralidade da vida de toda a Igreja é a Eucaristia. O

Padre Leandro, MIC Reitor do Santuário da Divina Misericórdia

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Catecismo da Igreja nos ensina que Ela é “...fonte e ápice de toda a vida cristã” ( CIC, 1324). Que nesta celebração possamos dar o nosso testemunho de fé e confiança na presença real de Jesus Cristo na Eucaristia, nosso alimento, força e garantia da eternidade como nos ensina a Sacrosanctum Concilium, 47: “...sacramento de piedade, sinal de unidade, vínculo de caridade, banquete pascal ‘em que se recebe Cristo, a alma se enche de graça e nos é dado o penhor da glória futura”. Que a Virgem Maria, Mãe de Deus e nossa, abençoe a cada um em suas necessidades físicas e espirituais.

REITOR Pe. Leandro A. da Silva, MIC CONSELHO EDITORIAL Pe. Anchieta C. Muniz, MIC Pe. Leandro A. da Silva, MIC Ir. Thiago Radael, MIC Gislaine Keizanoski (MTB 6338) Isabelle Warzinczak (MTB 10197) JORNALISTAS RESPONSÁVEIS Ir. Thiago Radael, MIC (MTB 10370) Isabelle Warzinczak (MTB 10197) REVISÃO Carina Novak, OCV NIHIL OBSTAT Pe. Jair B. de Souza, MIC 16 de abril de 2016 IMPRIMATUR Pe. Leandro A da Silva, MIC 16 de abril de 2016 DEVOTOS DA MISERICÓRDIA Aluizio Meira (41) 3149 7558 devotos@misericordia.org.br PUBLICIDADE Helder T. Castro (41) 3149 7562 EDITORA Gislaine Keizanoski (MTB 6338) (41) 3149 7551 PROJETO GRÁFICO Dominus Comunicação IMPRESSÃO Gráfica Posigraf TIRAGEM 13.000 exemplares CONTATO Estrada do Ganchinho, 570 81930-165 Umbará, Curitiba (PR) revista@divinamisericordia.com.br (41) 3148 3200 REALIZAÇÃO Santuário da Divina Misericórdia e Congregação dos Padres Marianos


ESPAÇO DO LEITOR

Eu sou apaixonada pela devoção a Jesus Misericordioso. Moro em uma cidade na qual não se fala muito nesta devoção, eu cheguei até vocês através de sites católicos que eu tenho no Facebook. Curti a página e cheguei no site, então comecei a receber a Revista apenas há alguns meses, junto vinha o boleto da contribuição. Pensei comigo que eu não poderia ajudar, pois sou aposentada, recebo menos de um salário mínimo e tenho desconto de empréstimos, mas passei a fazer a doação mínima para que continuem com esta caminhada. Eu me envolvi um tanto com a Revista de Fevereiro que fala muito da Festa e da Devoção. Percebi que no meu endereço o nome do bairro estava errado, então enviei um e-mail pedindo para corrigir, pois não queria correr o risco de não receber a Revista. Entrei em contato e um servo de Jesus, o Aluízio, ele conversou comigo e foi divino. Ele me falou sobre como divulgar esta devoção e que eu poderia fazer o mínimo e aos poucos ir evangelizando, e assim eu fiz através da internet. Participei da Festa da Divina Misericórdia pela primeira vez e me senti muito amada por Jesus, obrigada! Que eu possa seguir na evolução desta Devoção, não só por mim, mas por quantos Ele quiser. Amém! Marcia Aparecida da Mata Almeida

CARO LEITOR, ESTE ESPAÇO É PARA A SUA PARTICIPAÇÃO! Envie para o e-mail: revista@divinamisericordia.com.br Ou envie sua carta para: Apostolado da Divina Misericórdia. Caixa Postal: 8971 CEP: 80.611-970 Curitiba (PR)

CHEGOU A HORA DA DECISÃO. DEUS ESPERA O SEU SIM! A VOCAÇÃO ESTÁ DENTRO DE VOCÊ, GRAVADA NO SEU CORAÇÃO. ACOLHA O DOM DIVINO. VENHA TRILHAR CONOSCO ESSE CAMINHO.

41 3329 8919

/padres.marianos

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Misericórdia

DEVOTOS NA FESTA A FAMÍLIA DA DIVINA MISERICÓRDIA DESEJA QUE JESUS DERRAME A SUA INFINITA MISERICÓRDIA SOBRE CADA UM DE VOCÊS!

João Vitor, Rafael Augusto e Sérgio Marcondes Terezinha Chaerki, Elio Chaerki e Davi Felipe (3 anos)

Renata e Renan Bartos (Palmeira-PR)

Francisca Chichon, Padre Sandro e Francisco Matias

Micheli Terres, Joceli Cordeiro, Camille (5 anos) e Julia (2 anos)

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Sonia Marcondes, Ana Lúcia Inácio e Maria Angela Nascimento


Irmã Fidelis Gonzales Guimaraes, Congregação Dominicana Santa Maria Madalena

Família Chempeck Rocio Maria Menezes, João Victor (12 anos) e Murilo (3 anos) Cristiane Ruvinski, Guido Ruvinski, Gabriel (9 anos) e Mateus (6 anos)

Monica e Dinoel de Oliveira

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#CASADAMISERICORDIA

VOLUNTÁRIOS SE UNEM PELA

FESTA DA

DIVINA MISERICÓRDIA Isabelle Warzinczak

P

ara a realização de uma festa tão linda, como a Festa da Divina Misericórdia, Jesus tocou os corações de muitos voluntários e funcionários que se empenharam durante o dia todo e, também, nos dias intensos de trabalho que antecederam a Festa.

Filho, MIC, disponibilizou-se pela quarta vez para colaborar. Para ele é sempre grande a alegria em participar da Festa, e garante: “Quando todos se unem e colocam à disposição seus dons, a alegria de servir torna-se completa, pois aí está um dos mais belos sentidos de ser cristão: o serviço”.

Ao todo, pelo “Quando menos 250 voluntáEm agradecimenrios se disponibilizatodos se unem to a todos aqueles ram para colaborar e colocam à que ajudaram a torde alguma maneira, disposição seus nar a Festa da Divina em um trabalho feito de coração e com Misericórdia tão perdons, a alegria muito amor, movido feita e abençoada, a de servir tornapela fé. “Importante devota de Curitiba, se completa, tem sido perceber Márcia Maria que a Comunidade pois aí está um Ferreira, expressou: e todos aqueles que dos mais belos “Quero parabenizar nos rodeiam também a todas as pessosentidos de se revestem do sentias que doaram seu mento de que podem ser cristão: o tempo para que esta fazer um pouco serviço” Festa fosse tão linda! mais. Isso nos torna, Com certeza agraverd a d eiram e n te , dou o Coração de esses “Devotos”, essa Jesus Misericordioso, “Família da Divina Misericórdia”, abraque não negou graçando a causa e fazendo com que tudo, ças àqueles que o pediram. Minha de fato, possa acontecer”, afirmou o graça alcançada foi a de ter todos os Pároco do Santuário, Padre Francisco meus irmãos reunidos aí na Casa da Anchieta C. de Muniz, MIC. Misericórdia. Jesus, eu confio em O Diácono Aroldo Schinemann

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Vós”.


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FORMAÇÃO HUMANA

EUCARISTIA,

AÇÃO TRANSFORMADORA POR SÃO GREGÓRIO DE NISSA Pe. Inácio José do Vale Irmãozinho da Visitação de Charles de Foucauld E-mail: pe.inacio.jose@gmail.com

A

nada de impuro naquilo que Deus purifica e tenha ligação com a Eucaristia. Quem prova do Corpo e do Sangue de Cristo sente-se diferente, alegre, interiormente purificado, graças à presença de Cristo, do Pai e do Espírito Santo, os que fortalecem nossas vidas. Ora, a Eucaristia exprime um testemunho de vida na realidade em que vive o cristão. Bem importantes são A Eucaristia as palavras do apósQuem toma o tolo Paulo afirmando é a fonte Corpo do Senhor e que quem come o bebe o Seu Sangue e cume Corpo do Senhor e é transformado da vida a bebe o Seu Sangue da condição pior de uma forma indigIgreja, e em que estava anna: come e bebe nos teriormente, para também de alimentos sagrados a uma melhor e nossa vida própria condenação exultante, porque (cf. 1 Cor 11,29). No em Deus. Cristo é a alegria entanto, quem faz de Deus; é a força a vontade de Deus para aqueles que se possui condições de encontram desanise alimentar dos alimados e tristes na vida. Por isso mentos salutares, espirituais. Por isso, mesmo, é uma presença transforele mesmo chama de irmãos aqueles madora, jubilosa. A Eucaristia não que são dignos desse alimento; quem nos deixa como éramos antes. Sendo faz a Sua vontade é chamado por Cristo um dom recebido com fé, purifica o de irmão, irmã e mãe (cf. Mc 3,35).2 nosso interior. O Nisseno tem presenEscreve o bem-aventurado Charles te a passagem dos Atos dos Apóstolos de Foucauld: “Jesus é o nosso modelo (cf. At 10,15), onde se diz que não há

Eucaristia é presença viva de Cristo, de transformação interior de uma realidade de pecado para uma realidade de graça e de amor. Assim, a carne e o sangue do Verbo, que estão no alimento eucarístico, são fonte de forças para aqueles que o provam, desejáveis para aqueles que o desejam, amáveis para aqueles que o amam.1

(1) Cf. Gregorio Di Nissa, Omeliesull’ecclesiaste, Traduzione, Introduzione e Note a cura di S. Leanza, Roma: Città Nuova Editrice, 1990, p. 165. (2) Cf. Gregorio Di Nissa, Omelie sul Cantico dei Cantici, Introduzione e Note a cura di C. Morreschini, Roma: Città Nuova Editrice, p. 218-219.

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Seu amor pela Santa Eucaristia é expresso de forma esplêndida: “Quando se ama, não nos parece bem empregado todo o tempo que passamos ao pé de quem se ama? Não é este o tempo mais bem empregado, salvo quando a vontade ou bem-estar do Ser amado nos chama para outra parte? Onde quer que exista a santa Hóstia, está o Deus vivo, está o teu Salvador tão real como está agora no Céu. Nunca percas uma Comunhão por própria culpa. A Comunhão é mais que a vida, mais que todos os bens do mundo, mais que o Universo inteiro. A Comunhão é o próprio Deus: ‘Sou Eu, Jesus’”. (Retiro em Nazaré, 1897. Textos Espirituais, p. 88).

Toda nossa vida de fé tem como fundamento a mesa da Palavra e a mesa da Eucaristia. Esses alimentos nos sustentam até que Jesus venha (1 Cor 11, 26). É muito importante frisar que o sentido de vida plena que se dá nesse mistério é o nosso amor ao Cristo Salvador.

A HÓSTIA CONSAGRADA NÃO É UMA "COISA", EMBORA O PAREÇA; É UMA PESSOA DIVINA, É JESUS VIVO E VERDADEIRO.

São Gregório de Nissa

único e o amor da Santa Eucaristia que é o bem infinito e o nosso tudo”, (Carta ao Padre Caron, 11 de março de 1909).

PENSAMENTO SANTO

“Hóstia viva, minha única força, fonte de amor e de misericórdia, envolvei o mundo todo, fortalecei as almas que desfalecem.” Santa Faustina Diário, 223

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FORMAÇÃO HUMANA

Ó PRECIOSO E ADMIRÁVEL

BANQUETE São Tomás de Aquino (Opusculum 57, In festo Corporis Christi, lect. 1-4)

O

unigênito Filho de Deus, querendo fazernos participantes da sua divindade, assumiu nossa natureza, para que, feito homem, dos homens fizesse deuses.

Assim, tudo quanto assumiu da nossa natureza humana, empregou-o para nossa salvação. Seu corpo, por exemplo, ele o ofereceu a Deus Pai como sacrifício no altar da cruz, para nossa reconciliação; seu sangue, ele o derramou ao mesmo tempo como preço do nosso resgate e purificação de todos os nossos pecados. Mas, a fim de que permanecesse para sempre entre nós o memorial de tão imenso benefício, ele deixou aos fiéis, sob as aparências do pão e do vinho, o seu corpo como alimento e o

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seu sangue como bebida. Ó precioso e admirável banquete, fonte de salvação e repleto de toda suavidade! Que há de mais precioso que este banquete? Nele, já não é mais a carne de novilhos e cabritos que nos é dada a comer, como na antiga Lei, mas é o próprio Cristo, verdadeiro Deus, que se nos dá em alimento. Poderia haver algo de mais admirável que este sacramento? De fato, nenhum outro sacramento é mais salutar do que este; nele os pecados são destruídos, crescem as virtudes e a alma é plenamente saciada de todos os dons espirituais. É oferecido na Igreja pelos vivos e pelos mortos, para que aproveite a todos o que foi instituído para a salvação de todos.

Ninguém seria capaz de expressar a suavidade deste sacramento; nele se pode saborear a doçura espiritual em sua própria fonte; e torna-se presente a memória daquele imenso e inefável amor que Cristo demonstrou para conosco em sua Paixão. Enfim, para que a imensidade deste amor ficasse mais profundamente gravada nos corações dos fiéis, Cristo instituiu este sacramento durante a última Ceia, quando, ao celebrar a Páscoa com seus discípulos, estava prestes a passar deste mundo para o Pai. A Eucaristia é o memorial perene da sua Paixão, o cumprimento perfeito das figuras da Antiga Aliança e o maior de todos os milagres que Cristo realizou. É ainda singular conforto que ele deixou para os que se entristecem com sua ausência.


ESPECIAL

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DECLARAMOS NOSSO AMOR À DIVINA MISERICÓRDIA

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osso Senhor Jesus Cristo se revelou à Santa Faustina Kowalska entre os anos de 1931 e 1938 e manifestou o desejo de que fosse preparada uma Festa em honra à Divina Misericórdia, no 2º domingo da Páscoa.

Em maio do ano 2000, a partir do decreto do Papa João Paulo II, ficou determinado que após o título ‘Segundo Domingo da Páscoa’, fosse adicionado a denominação ‘ou Domingo da Divina Misericórdia’. No Diário de Santa Faustina há pelo menos 15 passagens em que o Senhor pede para que seja estabelecida em toda a Igreja, oficialmente, a “Festa da Misericórdia”, e o Senhor promete um mar de graças para esse dia. Jesus diz: “Desejo que a Festa da Misericórdia seja refúgio e abrigo para todas as almas, especialmente para os pecadores. Nesse dia estão abertas as entranhas da Minha misericórdia. Derramo todo um mar de graças sobre as almas que se aproximam da fonte da Minha misericórdia. A alma que se confessar e comungar alcançará o perdão das culpas e das penas. Nesse dia, estão abertas todas as comportas divinas, pelas quais fluem as graças. Que nenhuma alma tenha medo

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de se aproximar de Mim, ainda que seus pecados sejam como o escarlate” (Diário, 699). Para celebrar esse dia segundo o que Jesus determinou e mergulhar profundamente no Seu amor misericordioso, milhares de fiéis se reuniram no Santuário da Divina Misericórdia, no domingo, dia 03 de abril, dia da Festa da Divina Misericórdia.

A cada ano o Santuário conta com um grande crescimento de devotos de Jesus Misericordioso, pessoas de todas as idades que têm suas vidas transformadas pela misericórdia do nosso Salvador. E essa expressão de fé foi declarada durante a Festa da Divina Misericórdia 2016.


A CAMINHADA VOCACIONAL

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programação da Festa iniciou com a 21ª Caminhada Vocacional, que saiu às 6 horas da paróquia São Jorge, no bairro Portão, rumo ao Santuário. Aproximadamente 5 mil pessoas participaram da Caminhada, que foi conduzida pelo Padre Rogério Diniz e pelos seminaristas do Seminário Maior São Pedro e São Paulo. Durante

o percurso, o Padre Rogério pediu que a doçura do olhar da Mãe da Misericórdia acompanhasse a todos e que sempre ajude a compreender os mistérios de Deus. Os devotos de Jesus Misericordioso cantaram, rezaram o Terço, agradeceram pelas graças recebidas e pediram que o Senhor envie muitas vocações sacerdotais e religiosas para a Igreja.

“É uma Caminhada muito bonita, muito abençoada. Quem consegue fazê-la recebe muitas graças para si mesmo e para toda a sua família.” Ana Cristina Teixeira Participa pela 4ª vez da caminhada

“É a primeira vez que eu participo aqui no Brasil, pois já participei em peregrinações como esta em Roma. A gente sempre caminha na certeza de que Deus caminha conosco. Quando caminhamos só confirmamos aquilo que Deus sempre fez por nós. Não vamos muito em busca de graças, mas em sentido de agradecer aquilo que já recebemos.” Irmã Sueli Maria Sazari Congregação das Irmãs da Divina Providência

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C

hegando ao Santuário, os devotos participaram da Santa Missa às 10h, presidida pelo Arcebispo de Curitiba, Dom José Antônio Peruzzo, que afirmou: “Hoje Jesus volta o Seu olhar para nós, querendo nos tocar com o Coração, para que possamos experimentar Sua vitória, Sua glória, Sua bondade misericordiosa. Ele nos está pedindo que deixemo-nos abraçar por Sua misericórdia.” Ao final da Santa Missa houve a Benção dos quadros de Jesus Misericordioso, um momento de muita emoção para todos os devotos. “Senti uma alegria imensa no coração, chorei de alegria por estar ali na Casa da Misericórdia participando desse dia solene como Jesus pediu para Santa Faustina, um dia que amor e misericórdia que por nós brotou do coração de Jesus”, declarou Andréa Antunes.

A BENÇÃO DOS

QUADROS

Em entrevista para a equipe de redação da Revista Divina Misericórdia, o Arcebispo Dom José Antônio Peruzzo aconselhou como viver bem a Festa e principalmente o Ano Santo da Misericórdia:

Para o pároco do “Eu digo para os Santuário da Divina fiéis ficarem atentos Misericórdia, Padre em todas as frases das Francisco Anchieta quais se serve o Papa C. de Muniz, MIC, Francisco para falar da Não se trata misericórdia. Assim “viver esse momento é, apenas, então, fala o Papa: que todos realmente, algo muito de aceitar a os nossos pecados são especial. E, mais, com menores do que a tudo que envolve misericórdia, grandeza e profundiaquilo que é a Festa da mas de reagir dade da misericórdia Divina Misericórdia, positivamente, de Deus. Não se trata com sua fundamenapenas, então, de aceitação nos escritos deixar-se tar a misericórdia, mas do Diário de Santa perdoar de reagir positivamenFaustina, para mim, te, deixar-se perdoar, a cada ano que passa, tomar consciência é poder viver e ver de que se não for a aquilo que Jesus fala bondade de Deus em e pede no Diário sobre a Festa, como alguma hora ou outra, uma falsa verdasendo um tempo de graças. De fato, tudo se torna ainda mais emocionante de pode ser a nossa inspiração. Quem ao perceber que, a cada ano que passa, tem gosto e sensibilidade pelo tema mais pessoas tomam consciência da im- da misericórdia, que ajude a muitos portância desse evento e, consequente- que estão inspirados por amarguras ou rancores a mudar a reflexão. Alguém mente, têm participado da Festa”.

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precisa ser profeta da paciência, da esperança e do perdão. A misericórdia é um tempo precioso para isso, e quem se sente perdoado é capaz sim de reinterpretar situações de dias tão difíceis partindo da bondade de Deus”. Todo o dia foi de grande movimentação no Santuário, milhares de devotos puderam se confessar, passar pela Porta Santa, e obter indulgências que a própria Festa litúrgica oferece ou

por ocasião do Jubileu Extraordinário da Misericórdia. Andreza Olteman Bornancin passou pela Porta da Misericórdia e sentiu no coração o que esta experiência de conversão lhe proporcionou: “Eu estou muito emocionada de passar pela Porta Santa, é muito bom, a gente sente uma paz muito grande, é um lugar sagrado. Quem tiver a oportunidade, que cumpra as três condições e depois passe pela Porta da Misericórdia!”

“Hoje Jesus volta o Seu olhar para nós, querendo nos tocar com o Coração, para que possamos experimentar Sua vitória, Sua glória, Sua bondade misericordiosa. Ele nos está pedindo que deixemo-nos abraçar por Sua misericórdia.”

PORTA SANTA

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Lançamentos Durante a Festa da Divina Misericórdia, o Santuário também promoveu alguns lançamentos, maneiras de divulgar a Divina Misericórdia em todo o Brasil e fazer com que mais pessoas possam glorificar o amor misericordioso de Jesus.

UM ANO SANTO DA MISERICÓRDIA TAMBÉM PARA AS CRIANÇAS A Editora Apostolado da Divina Misericórdia lançou durante a Festa da Misericórdia a coleção A alegria da Misericórdia, para despertar e motivar nos pequenos a vivência da misericórdia cristã. A coleção terá 14 publicações, uma para cada obra de misericórdia. O primeiro é O perdão é um presente, e o segundo, Piquenique para todos. De acordo com a autora Gislaine Keizanoski, “cada livro quer despertar na família, não só nas crianças, mas no papai, na mamãe, nos avós, nos irmãos, o agir com misericórdia. Quer motivar a todos a olhar o outro com o

ANO SANTO DAS CRIANÇAS olhar de Jesus, com o olhar de misericórdia”.

“Sempre

Para o co-escritor que quiseres e ilustrador Felipe proporcionarKoller, essa é uma Me alegria, oportunidade de fala ao formar corações mimundo sericordiosos. “Não “Ser um revendedor da Minha podemos deixar de do Misericórdia – Porta grande e lado a oportunidade a Porta é uma oportuniinsondável de apresentar a bedade muito especial para misericórdia” leza de um coração estar próximo das pessomisericordioso a uma as, transmitir mensagens criança, desde a idade de carinho e fé, e anunmais jovem. Quanto ciar verdadeiramente a Misericórdia, mais a misericórdia for o fundamento através dos produtos revendidos. de todos os aspectos da sua vida, mais unida a Deus, mais plenamente huma- Assim, a partir do contato direto com na e mais verdadeiramente feliz será diversas pessoas, é possível fazer com que a Cultura da Misericórdia tenha essa criança” incentiva o escritor. um alcance maior e seja reconhecida nacionalmente”, afirma Christian EU LEVO A Zanette, gerente da Loja do Santuário MISERICÓRDIA da Divina Misericórdia. O projeto Misericórdia – Porta a Porta, é um lançamento da Loja do Santuário da Divina Misericórdia, que tem como missão difundir a Cultura da Misericórdia por todo o Brasil. Ao divulgar os produtos da misericórdia, o promotor levará para o seu círculo de amizade a mensagem sobre o amor e a misericórdia de Jesus, como

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Ele mesmo pediu à Santa Faustina: “Sempre que quiseres proporcionar-Me alegria, fala ao mundo da Minha grande e insondável misericórdia”, (Diário, 164).

Para mais informações sobre o projeto Misericórdia – Porta a Porta, você poderá acessar o portal misericordia.org.br, e se tiver dúvidas, entre em contato pelo e-mail: portaaporta@misericordia.org.br ou pelo telefone: 41 3148-3200. Não deixe de fazer o seu cadastro de promotor no portal, assim você se tornará também um anunciador da Divina Misericórdia.


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ESPAÇO DO DEVOTO

PÃO DE QUEIJO de liquidificador Blog Cucchiaio Pieno

INGREDIENTES Óleo para untar as forminhas 1 xícara de leite 1 xícara de azeite de oliva ou óleo (achei que a receita fica melhor com óleo e usei de girassol) 3 ovos batidos 3 xícaras de polvilho doce 150 gramas de queijo parmesão ralado sal a gosto

MODO DE PREPARO: Pré-aqueça o forno a 200 °C. ENVIE SUA RECEITA Ela poderá ser publicada aqui! Envie um e-mail para: revista@divinamisericordia.com.br ou envie sua carta para: Apostolado da Divina Misericórdia Caixa Postal: 8971 CEP: 80.611-970 Curitiba (PR).

Unte as forminhas com óleo (usei forminhas com teflon e também já usei forminhas de silicone, mas quando fiz nas de alumínio eles grudaram um pouco). Bata todos os ingredientes no liquidificador, exceto o queijo ralado. Adicione o queijo e misture com uma colher ou espátula. Distribua a mistura entre as forminhas, deixando mais ou menos meio centímetro de bordas livres porque os pãezinhos crescem bastante. Coloque as forminhas em uma assadeira e leve ao forno por 20 minutos. Este tempo é variável. O ponto para retirar os pãezinhos é quando eles estiverem dourados e formado uma crosta (não retire-os do forno antes, caso contrário, eles poderão murchar). *Rende aproximadamente 30 forminhas de empada

Lanchonete da

Misericórdia Venha conhecer a lanchonete do Santuário da Divina Misericórdia! Salgados, doces, bolos e o famoso Pão 20 da Misericórdia!


ESPIRITUALIDADE

EXEMPLOS EVANGÉLICOS DE CONTRIÇÃO

PARA VIVER BEM O ANO SANTO EXTRAORDINÁRIO DA

MISERICÓRDIA

O

Xavier Bordas

mesmo reconhece as suas faltas quando diz: “Quanto a nós: fez-se justiça, pois recebemos o castigo que as nossas ações mereciam” (Lc 23,41). O que então se passou na alma daquele ladrão naquele momento é um mistério para a eternidade.

Papa Francisco, em seu livro O nome de Deus é misericórdia, para exemplificar a atitude adequada que devemos ter diante da Misericórdia Divina nos recorda em primeiro lugar o exemplo de São Pedro. Este, reconheceu o seu pecado, expressou a Jesus o seu arrependimento, primeiro chorando amargamente a triplíce negação, e, mais tarde, quando Jesus por três vezes perguntou-lhe por seu amor, respondendo entristecido: “Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo”. Foi para um São Pedro verdadeiramente contrito que o Senhor confiou: “Apascenta as minhas ovelhas” (Jo 21, 17).

Não podemos entrever o extraordinário milagre da graça senão pelos seus efeitos. Aquele homem estava, indubitavelmente, muito arrependido. Era um bandido, desprezado pela opinião pública, e certamente se considerava pior do que os demais. A crucificação também significava a privação de todos os seus direitos.

A nossa confissão deve ser motivada pelas mesmas razões que alimentaram a confissão de São Pedro: ele acreditou na misericórdia de Cristo e se centrou não tanto no próprio pecado, mas no Seu perdão.

Entre tormentos e aos olhos de todos, o ladrão morria, aceitando a sua sorte. Naquele momento tomou plena consciência da sua completa

condição de pecador e foi tomado de um profundo arrependimento. Foi essa atitude de contrição e de profunda humildade que tornou o coração dele receptivo para acolher de Deus o dom da fé (cf. Meditações sobre a fé, Pe. Tadeusz Dajczer).

Outro exemplo evangélico que merece ser meditado durante este Ano Santo é o do bom Ladrão. A sua “confissão” foi feita sobre a cruz. Ele

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GERAL

O NOME DE DEUS É MISERICÓRDIA:

“RECONHEÇA O PECADO E ENCONTRARÁS MISERICÓRDIA” Por Massimo Introvigne La Nuova Bussola Quotidiana

F

oi apresentado no início de janeiro o livro O nome de Deus é Misericórdia (Planeta), onde Andrea Tornielli entrevista o Papa Francisco sobre o tema que está no centro de seu pontificado: a misericórdia. O livro pode ser dividido em cinco unidades temáticas diferentes, das quais, a primeira foi apresentada em uma edição anterior da Revista; a segunda e a terceira apresentamos nesta; e as restantes, nas próximas edições.

Por que o Papa Francisco coloca misericórdia no centro do seu Magistério? Essa escolha, diz o próprio Papa Francisco no seu livro, é necessária porque aquela de hoje “é uma humanidade ferida, uma humanidade que possui feridas profundas. Não sabe como curá-las ou acredita que não é possível curá-las. E não são apenas as

doenças sociais e as pessoas feridas pela Francisco recorda de haver pobreza, pela exclusão social, pelas inú- aprendido do cardeal Giacomo Biffi meras escravidões do terceiro milênio. esta citação do escritor inglês GK Chesterton: “Quem Também o relativismo não crê em Deus não fere muitas pessoas: quer dizer que não tudo parece igual, tudo Isto é o acredita em nada, parece o mesmo”. porque começa a acreessencial: O relativismo leva a ditar em tudo”. E coperder o sentido do pe“Vai e não menta: “Uma vez ouvi cado. O Venerável Pio peques uma pessoa dizer: ‘No XII, recorda Francisco, tempo da minha avó mais”. “há mais de meio sécubastava o confessor; lo, disse que o drama da hoje, muitas pessoas nossa época era termos vão aos cartomanperdido o sentido do tes…’. Hoje, procura-se a salvação pecado, a consciência do pecado. A isso em tudo que é lugar”. se acrescenta atualmente o problema de considerar o nosso mal, o nosso pecaO que o Papa diz sobre a do, como incurável, como algo que não confissão? pode ser curado e perdoado”. Já não se Não basta dizer, recorda o Papa no acredita no pecado, por isso as pessoas já não os confessam, mas se procura as seu livro, que reconheço o meu pecado ajudas mais bizarras nas novas religiões e me arrependo diante de Deus: e no ocultismo. “Mas é importante que eu vá ao confessionário, que me coloque diante de um sacerdote que personifica Jesus, que me ajoelhe perante a Mãe Igreja, chamada a distribuir a misericórdia de Deus. Existe uma objetividade neste gesto, na minha genuflexão perante o padre que naquele momento é o canal da graça que me toca e me cura”.

O Papa recorda e explica as suas imagens usadas nas homilias em Santa Marta, segundo o qual o confessionário não é nem “uma lavanderia”, nem “uma sala de tortura”. Esta da

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lavanderia, explica, era “uma imagem para ilustrar a hipocrisia dos que acreditam que o pecado é uma mancha, apenas uma mancha, que basta ir à lavanderia, para lavar a seco, e tudo fica como antes”. É a atitude de muitos que continuam a cometer o mesmo pecado, pensando que depois eles vão confessá-los. Quanto à imagem da “sala de tortura”, Francisco explica que era destinada aos confessores, por vezes, demasiado curiosos, sobretudo no campo sexual. O Papa os convida a olhar o diálogo de Jesus com a adúltera, um grande exemplo para os confessores. Jesus não pergunta à mulher quantas vezes ela fez isso, com quem e como. Isto é o essencial: “Vai e não peques mais”. Embora, por vezes, entre os confessores “pode haver um excesso de curiosidade, sobretudo em matéria sexual. Ou, então, uma insistência em querer explicitar pormenores que não são necessários”. O convite aos confessores à misericórdia, afirma o Papa, não significa que devem absolver sempre. Há casos em que não se pode dar a absolvição. Mas, nesses casos, “se o confessor não pode absolver, que explique por que, mas que não deixe de dar uma bênção, mesmo sem absolvição sacramental”, e não interrompa o diálogo com o penitente.

FESTA E CANONIZAÇÃO DO BEATO

Estanislau Papczyński

No dia 18 de maio, celebramos a memória litúrgica do Bem-Aventurado Padre Estanislau de Jesus-Maria Papczyński, Fundador da Congregação dos Padres Marianos da Imaculada Conceição. O Padre Estanislau nasceu no dia 18 de maio de 1631 numa antiga aldeia (Podegródzie) no sul da Polônia, e faleceu em 17 de setembro de 1701, oferecendo seu sofrimento pelas almas do purgatório. Séculos depois, no dia 16 de setembro de 2007, no Santuário Mariano de Licheń (Polônia), o Cardeal Tarcísio Bertone, em nome do Papa Bento XVI, declarou o Padre Estanislau como Bem-Aventurado, passo importante rumo à sua canonização. Neste ano, no dia 15 de março, o Vaticano anunciou a data da canonização do fundador da Congregação dos Padres Marianos. O sacerdote polonês será canonizado no dia 5 de junho, em Roma. A Santa Sé aprovou, em janeiro, o milagre atribuído à intercessão do Beato, sendo este milagre a cura inexplicável de uma jovem a quem os médicos já tinham desligado os aparelhos que a mantinham com vida. “Seu exemplo de total dedicação a Cristo e à Igreja, seguindo o exemplo da Imaculada Mãe de Nosso Senhor, é tão grande que nos atrairá ainda mais para a vivência de uma vida santa”, disse o Padre Andrzej Pakula, Superior Geral da congregação fundada pelo beato.

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VOCAÇÃO: CAMINHO PARA A

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D

eus, sempre bondoso com seus filhos, preparou-lhes um caminho de felicidade que impulsiona para além de si mesmos. Assim, seguindo esse caminho, realizamse a si mesmos e realiza-se a comunidade de fiéis ao seu redor, tecendo uma teia de relações saudáveis, onde um é motivo de edificação para o outro.

como missão “procurar o reino de Deus exercendo funções temporais”. Abrange todos os fiéis, exceto o clero. Dentro da vocação leiga é que temos a vocação matrimonial que celebra o amor por meio de uma união definitiva (via unitiva) e gera filhos, educando-os na fé e nos bons costumes (via procriativa).

A vocação consagrada é formada Esta é a beleza da comunidade cris- pelos fiéis que pertencem a comunitã que não se entregou ao igualitarismo dades religiosas, institutos seculares genérico, tendo matue sociedade de vida ridade para construir apostólica. São aqueles um único edifício com “Há também que tem como missão pedras diversas: “Há buscar a santidade por diversas diversidade de dons, meio da profissão dos operações, mas um só Espírito. conselhos evangélicos, Os ministérios são dimas é o das constituições e versos, mas um só é o modelos de vida semesmo Senhor. Há também gundo um carisma. Deus que diversas operações, mas Aqui se encontram é o mesmo Deus que opera tudo religiosos(as), freis e opera tudo em todos.” em todos”. freiras, irmãos(as), (I Cor 12, 4-6). monges(as), e também 1Cor 12, 6 O nome que damos aqueles que, embora a este caminho é vonão professem os três cação. A vocação é votos religiosos, consagram suas vidas especificamente o chamado a um es- a partir de uma regra em busca da pertado de vida; basicamente três: leiga, feição da caridade. consagrada e clerical. Os trabalhos que A vocação clerical consiste numa cada um desempenha na sociedade pequena parte, exclusivamente massão motivados na abordagem clássica culina, que recebe as ordens sacras: por “dons” ou “graças de estado” e não constituem necessariamente um cha- diaconado (diáconos), presbiterado (padres) e episcopado (bispos). Estes mado essencial. recebem a missão de servir, pastorear A vocação leiga é aquela que com- e santificar o povo de Deus por meio porta a maior parte dos fiéis e tem da celebração dos santos mistérios.

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O G M E V O

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Estes condizem e cuidam do rebanho em nome de Cristo, assim como, garantem a presença sacramental de Deus no mundo. Como disse anteriormente, a vocação é um caminho de realização pessoal e comunitária. Como a vocação carrega tão grande fim, é de suma importância estabelecer critérios para o discernimento vocacional. Em primeiro lugar, se a vocação é caminho de realização, o primeiro sinal de ter encontrado a sua vocação é o estado de felicidade, ou seja, quando se tem a firme convicção de que este é o melhor lugar possível, ou seja, é frutuoso para a minha salvação. Isso não entra em contradição com estados emocionais ou físicos, apesar de os ponderar.

Primeiro sinal de ter encontrado a sua vocação é o estado de felicidade

não deixar que ganhos secundários se tornem o nosso foco. Por último, e mais importante, é a escuta do Espírito Santo. Só Ele garante uma escolha certa, da mesma forma que Ele é quem a sustentará durante toda a vida. Ter abertura de coração e sinceridade diante de Deus faz com que Sua luz amplie nosso ser, direcionando-nos e preparando-nos. Por fim, o que resta é a pergunta: “O que queres de mim Senhor?”. Onde ouvirmos mais alta a voz de Cristo, que nos convida, é por onde devemos seguir.

Neste tempo de relações frágeis e egoístas, somos bombardeados por falsos incentivos. Mas é preciso ter coragem e dizer um sim a Deus, até porque Seu chamado é um chamado à felicidade e não uma simples ordem imposta. A vocação deve ser acolhida como um presente de Deus. Disse o Papa Francisco: “Então, gostaria de vos dizer que não tenhais medo de dar passos definitivos: não tenhais medo de os dar.”. Que Deus nos dê a graça de responder fielmente ao nosso chamado!

Em segundo lugar, é a confirmação externa. Nenhuma vocação pode ser definida individualmente. Ela deve ser discernida com a ajuda de uma pessoa competente que garanta uma maior clareza na escolha, seja um confessor, diretor espiritual, ou até uma pessoa de extrema confiança. Além de ser uma escolha majoritariamente própria, precisa ser também uma escolha da Igreja e nela deve frutificar. Em terceiro lugar, a vocação deve ser o caminho menos egoísta possível. Este exige uma maturidade muito grande. É um eco do “não seja feita a minha vontade, mas a tua” (Lc 22,42). Significa escolher um caminho que me ajude a servir e não que um caminho me sirva. Isso previne de

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