Revista Divina Misericórdia - Edição 57 | Novembro/Dezembro

ISSN 2448-301X

DIVINA

MISERICÓRDIA

REVISTA

NATAL DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO CONGRESSO NACIONAL DA DIVINA MISERICÓRDIA - Pág 18 2017 - NOVEMBRO/DEZEMBRO - ED.057 - ANO X

SANTUÁRIO DA DIVINA MISERICÓRDIA

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Sumário

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Palavra do Pároco

Editorial

Família

Nesta edição da Revista Divina Misericórdia, contemplamos dois momentos especiais: primeiro, e mais importante, o Natal de nosso Senhor Jesus Cristo; e segundo o 16º Congresso Nacional da Divina Misericórdia.

Igreja

Nas páginas Lectio Divina, e Família você encontrará conteúdos reflexivos sobre o Advento e a Sagrada Família.

Leitura Orante

Glória a Deus nas Alturas Aprendamos com a Família de Nazaré Papa Francisco: Entrar no mistério de Jesus Cristo é deixar-se ir nesse abismo de misericórdia Espaço do Devoto

Receita de Panetone caseiro Vocacional

Jesus nos chama a cada dia Especial

Congresso Nacional da Divina Misericórdia Campanha dos Devotos

Fique por dentro das atividades dos Devotos Espiritualidade

Deus é Rico Misericórdia Santuário

Entrevista com Thiago Brado #Jovem Go

Que neste Natal você possa contemplar o Menino Jesus, a coragem e humildade de São José, e Maria Santíssima - que segurou a misericórdia encarnada de Deus em seus braços, de uma maneira nova. Que você possa contemplar sabendo que a Sagrada Família é o consolo e também estímulo que conduzirá cada um no caminho para o céu. E que o menino Deus, com a sua humildade e submissão é o sustento nos sofrimentos, humilhações e, também, o amigo que está presente e se enche de júbilo em todas as alegrias.

Na matéria Especial levamos a você a cobertura do 16º Congresso Nacional da Divina Misericórdia, com seus principais momentos, síntese das palestras e fotos. Foram três dias vivendo um aprofundamento mariano. Como modelo de fé e esperança, Maria ensina cada um a ser discípulo missionário da misericórdia.

Boa leitura.

Tolkien e sua Literatura Pequeninos da Misericórdia

Passatempo

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PALAVRA DO PÁROCO Caros irmãos e irmãs, queridos leitores, povo de Deus, devotos da Divina Misericórdia! Chegando ao fim de mais um ano de caminhada, quero, através destas palavras, agradecer a todos aqueles que, de uma maneira ou de outra, estão unidos a nós, aqui do Santuário da Divina Misericórdia, imbuídos na missão de divulgar a Misericórdia de Deus.

Inúmeras são as maneiras pelas quais podemos cooperar e participar desse Projeto de Evangelização. Sobre aquilo que realizamos aqui e daqui do nosso Santuário, salientamos a importância de duas formas com as quais várias pessoas estão unidas a nós, colaborando com os nossos projetos: a primeira, e mais importante, é a oração, assim como outras formas de exercícios espirituais; a segunda e, também, muito importante são as diversas formas de contribuições materiais – as doações financeiras e outros tipos de doações. Estas são características que nos une dos diversos lugares onde nos encontramos, nos caracterizando, como benfeitores, devotos e Família da Divina Misericórdia.

Se é desejo do próprio Jesus, que toda a humanidade conheça a Sua Misericórdia, certamente, de um grande número de pessoas faz-se necessário para que isso torne-se possível. E, dessa forma, você estará atendendo a esse apelo de Jesus, revelado em diversas passagens no Diário de Santa Faustina.

Como alguém a quem, também, foi confiada essa tarefa, eu não teria outra maneira de retribuir a todos aqueles que estão unidos a nós nesse desafio, a não ser com minhas orações. Por isso, o meu compromisso de rezar, todos os dias – de maneira especial, em cada missa que tenho a oportunidade de presidir –, por todos aqueles que nos ajudam materialmente ou espiritualmente. Conte com isso! Mas, consciente da grandeza e desafio na tarefa que nos foi confiada, também rezo para que, mais pessoas se juntem a nós em nossa Missão. Afinal de contas: Juntos evangelizamos muito mais! Que a própria Misericórdia Divina, seja a retribuição, por toda tua generosidade. A você um abençoado Natal e que Jesus Misericordioso se faça presente na sua vida neste ano de 2018. Jesus, eu confio em Vós!

Pe. Francisco Anchieta Cardoso de Muniz, MIC. Santuário da Divina Misericórdia pe.anchietamic@gmail.com

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EXPEDIENTE ISSN 2448-301X CONSELHO EDITORIAL Pe. Anchieta C. Muniz, MIC Gislaine Keizanoski (MTB 6338) Isabelle Warzinczak (MTB 10197) JORNALISTA RESPONSÁVEL Isabelle Warzinczak (MTB 10197) NIHIL OBSTAT Pe. Jair B. de Souza, MIC 17 de Novembro de 2017 DEVOTOS DA MISERICÓRDIA Aluízio Meira 41 3149 7558 aluizio@misericordia.org.br CAPA Pintura do Presépio de Peter Paul Rubens DESIGN João Esser IMPRESSÃO Gráfica Posigraf TIRAGEM 11.000 exemplares CONTATO Estrada do Ganchinho, 570 81930-165 Umbará, Curitiba - PR revista@divinamisericordia.com.br 41 3148 3200 REALIZAÇÃO Santuário da Divina Misericórdia e Congregação dos Padres Marianos

AVISO

ATENÇÃO! A Congregação dos Padres Marianos da Imaculada Conceição tem feito todo o esforço possível para realizar da melhor forma a obra de evangelização da Divina Misericórdia.

Cremos que o Senhor nos chamou para esta obra e que Ele está à frente de tudo, portanto, Nele depositamos nossa confiança que é um dos elementos fundamentais da devoção.

O nosso desejo enquanto Santuário da Divina Misericórdia é ajudar as pessoas a confiarem cada vez mais no Senhor, e que a Devoção à Divina Misericórdia cresça e alcance sempre mais pessoas, transformando as suas vidas.

A sua generosidade em nos apoiar na edição de nossos materiais é uma forma de colaborar na divulgação da Devoção a Jesus Misericordioso e também na construção das instalações do Santuário.

A cada ano o Santuário recebe um número maior de peregrinos, e queremos acolhê-los da melhor forma possível. É por isso que pedimos a sua ajuda nesta obra.

A partir desta edição da Revista, você receberá o seu boleto com o valor de contribuição de R$ 20,00. Quem desejar colaborar mais que essa quantia não tem problema. Os valores abaixo não serão recebidos pelo cobrador. Essa medida é uma forma que o Banco auxilia para que seja possível ativar o modo Débito automático em sua conta e depósito identificado (somente no Banco Caixa).

Seja um devoto que colabora com a divulgação da Devoção. Não deixe de contribuir com a Campanha Devotos da Misericórdia. Para o ano de 2018 teremos muitas novidades para a Campanha!

Nossa primeira atitude é confiar no Senhor.

Que o próprio Senhor seja a sua recompensa. Deus abençoe a todos e boas festas!

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LEITURA ORANTE

GLÓRIA A DEUS NAS ALTURAS E PAZ NA TERRA AOS HOMENS POR ELE AMADOS Ir. Gabriel Maria Mãe da Misericórdia, FGMC

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∙ Procure um lugar tranquilo e solitário que favoreça o recolhimento e a escuta. ∙ Coloque-se em uma postura confortável, acalme-se, respire fundo. ∙ Peça a presença do Espírito Santo para iluminá-lo e dar a graça de um coração sensível, capaz de ouvir a voz de Deus.

“Naqueles tempos apareceu um decreto de César Augusto, ordenando o recenseamento de toda a terra. Este recenseamento foi feito antes do governo de Quirino, na Síria. Todos iam alistar-se, cada um na sua cidade. Também José subiu da Galiléia, da cidade de Nazaré, à Judéia, à Cidade de Davi, chamada Belém, porque era da casa e família de Davi, para se alistar com a sua esposa Maria, que estava grávida. Estando eles ali, completaram-se os dias dela. E deu à luz seu filho primogênito, e, envolvendo-o em faixas, reclinou-o num presépio; porque não havia lugar para eles na hospedaria.

Havia nos arredores uns pastores, que vigiavam e guardavam seu rebanho nos campos durante as vigílias da noite. Um anjo do

Senhor apareceu-lhes e a glória do Senhor refulgiu ao redor deles, e tiveram grande temor. O anjo disse-lhes: Não temais, eis que vos anuncio uma boa nova que será alegria para todo o povo: hoje vos nasceu na Cidade de Davi um Salvador, que é o Cristo Senhor.

Isto vos servirá de sinal: achareis um recém-nascido envolto em faixas e posto numa manjedoura.

E subitamente ao anjo se juntou uma multidão do exército celeste, que louvava a Deus e dizia: Glória a Deus no mais alto dos céus e na terra paz aos homens que ele ama.

Depois que os anjos os deixaram e voltaram para o céu, falaram os pastores uns com os outros: Vamos até Belém e vejamos o que se realizou e o que o Senhor nos manifestou. Foram com grande pressa e acharam Maria e José, e o menino deitado na manjedoura.

Vendo-o, contaram o que se lhes havia dito a respeito deste menino.

Todos os que os ouviam admiravamse das coisas que lhes contavam os pastores. Maria conservava todas estas palavras, meditando-as no seu coração. Voltaram os pastores, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, e que estava de acordo com o que lhes

fora dito”. (Lucas 2, 1-19) 1 - Leitura (Lectio) Leia e releia o texto evangélico, procurando imaginar os detalhes da narração.

As palavras não conseguem expressar todo o significado de um acontecimento, quanto mais o mistério do nascimento de Jesus. O amor exercerá então um fundamental trabalho. Há alguma coisa que o amor não seja capaz de realizar?

Deus sempre se encarrega de enviar mensageiros para comunicar Sua vontade, neste caso enviou aos pastores um anjo.

Após comunicar a mensagem, o anjo retirou-se. Assim pode acontecer conosco.

Os pastores seguiram a indicação do anjo, foram até Belém e encontraram Maria, José e o menino que é o Cristo Senhor.

Maria guardava e meditava todos esses acontecimentos em seu coração.

Os pastores voltaram para casa glorificando a Deus, por tudo o que tinham visto e ouvido.

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2 - Ruminação (Ruminatio) Ruminando esta palavra, com certeza alguma palavra ou cena chamaram nossa atenção. Dê singular valor a isto, tentando descobrir o motivo. Permita que a luz deste Mistério ilumine sua história e reconheça que você não é tão grande e poderoso como parece.

Quando deve nascer uma criança, os pais e os parentes fazem grandes preparativos, especialmente por ocasião do nascimento de pessoas poderosas – de sangue real. Aqui nasce o Rei dos reis, mas tudo permanece em silêncio. Maria e José constituem a única corte real, e o boi com o burro – os representantes das criaturas irracionais, a palha dura na manjedoura e as trevas espessas – eis todo o ambiente.

No entanto, existe aqui uma beleza de outra índole, outro tipo de grandeza: eis que Cristo nasce de uma Virgem; Ele que havia concebido por obra do Espírito Santo. Efetivamente nisto, sim, há uma extraordinária beleza e grandeza, é um milagre inaudito que o mundo não percebe, nem sequer reconhece ou aprecia.

Nasce em meio ao silêncio da noite porque é o Rei da paz interior e exterior.

O menino Jesus permanece calado, mas já tem consciência da

Sua missão, porquanto detém o poder e a vida divina. Ele dorme, mas sabe de tudo o que acontece em volta, porque “não dorme, nem cochila o vigia de Israel”1 Se derrama lágrimas, é apenas de compaixão para conosco. A Sua silenciosa respiração é em si mesma mais forte que o bramido do mar. O Seu olhar aponta o caminho às estrelas e às nações.

Do seu pequeno Coração eleva-se para o Pai celestial um sacrifício de honra e adoração. Sua oração é uma ação de graças em nome de toda humanidade, é a renovação da promessa: “Eis que eu venho”.2 Pela primeira vez olha para Sua Mãe, estende para ela Suas mãozinhas, com indizível ternura envolve com o olhar a José – Seu Protetor e, finalmente, em espírito olha misericordiosamente também para todos nós, porquanto veio para nossa salvação.3 3 - Oração (Oratio) Maria tinha motivos de sobra para murmurar, revoltar-se contra Deus, contra José que não tinha dinheiro para pagar um alojamento confortável, contudo ela meditava e guardava no coração todos os fatos, pois sabia que o Poderoso havia feito grandes coisas em seu favor e Santo era Seu nome.4 Eu tenho consciência que também em minha vida, grandes

coisas Deus tem realizado?

O Rei do universo teria direito de um luxuoso berço trabalhado em ouro, mas teve uma manjedoura de palha e como sala do trono uma estrebaria. Do que eu preciso mesmo?!

Deposite seu coração coração do menino DEUS.

4 - Contemplação (Contemplatio) Ensinava Santo Inácio em seus Exercícios Espirituais, que devíamos pegar mentalmente o menino em nossos braços, levalo até nosso rosto, sentir suas macias mãos acariciar-nos e ouvir as palavras “Não tenhas medo, eu sou o seu Salvador!”.

Ele é acessível a todos de uma forma que toca e derrete até mesmo os corações mais insensíveis.

Na medida em que contemplamos o visível bebê de Belém, “aprendemos a amar nele a divindade que não vemos”.5 Um cristão, com a graça do Natal, só pode ser uma pessoa serena, esperançosa, confiante e alegre!6 “Glória a Deus no mais alto dos céus e na terra paz aos homens que ele ama.”

Feliz Natal!

Sl 121,4.

Sl 40,8.

3 SOPOCKO, Miguel. A misericórdia de Deus em suas obras. 2015. p.129-130, 1ª ed. Editora Apostolado da Divina Misericórdia, Curitiba 2015.

4 Cf. Lc 1,49.

5 Prefácio do Natal do Senhor I. 6 KELLY, Francis D. Reflexões para as festas litúrgicas. p.43, Ed Ave Maria, 2015.

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APRENDAMOS COM A FAMÍLIA DE NAZARÉ

”És uma morada agradável para o Deus Vivo, na qual Ele permanece continuamente com amor e predileção.

Procura proceder assim até o Natal, e depois Ele mesmo te dará a conhecer de que maneira deverás conviver e unir-te com Ele.” (Nossa Senhora à Santa Faustina, Diário nº 785)

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FAMÍLIA

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proxima-se a festividade do Santo Natal, ao contemplar a Sagrada Família de Nazaré no Presépio, refletimos sobre quantas dificuldades passou a família de Jesus, a migração, perseguição, perda, dor e muitas outras situações. Sentimos em nosso coração o desejo de sermos como a Família de Nazaré, no amor, na união e no serviço. “‘Deus de Deus, Luz da Luz’, entrou na história dos homens através da família: ‘Pela sua encarnação, Ele, o Filho de Deus, uniu-Se de certo modo a cada homem.

Trabalhou com mãos humanas, (...) amou com um coração humano. Nascido da Virgem Maria, tornou-Se verdadeiramente um de nós, semelhante a nós em tudo, exceto no pecado”. 1 No plano de Deus, a família é “vestígio e imagem da comunhão do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Sua atividade procriadora e educadora é o reflexo da obra criadora do Pai”, conforme a definição do Catecismo da Igreja Católica, 2205.

Ainda no Catecismo, encontra-se: “A família é a comunidade na qual, desde a infância, se podem assimilar os valores morais, em que se pode começar a honrar a Deus e a usar corretamente da liberdade. A vida em família é iniciação para a vida em sociedade” (CIC, 2207).

No texto A Sagrada Família Hoje, o professor e teólogo Felipe Aquino mostra que a Sagrada Fa-

mília é uma a escola de virtudes, e por meio dela toda pessoa pode aprender, desde o lar.

tar o voto perpétuo de virgindade de sua esposa”, destaca o professor.

De acordo com o professor, a Família de Nazaré sempre foi e será o modelo para todas as famílias cristãs. “Acima de tudo, vemos uma família que vive por Deus e para Deus; o seu projeto é fazer a vontade de Deus. A Sagrada Família é a escola das virtudes por meio da qual toda pessoa deve aprender e viver desde o lar”.

Para o teólogo a “Família de Nazaré é para nós, hoje, mais do que nunca, modelo de unidade, amor e fidelidade. Mais do que nunca a família hoje está sendo destruída em sua identidade e em seus valores.

Maria doa-se inteiramente a serviço do Reino de Deus: “Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a sua palavra” (Lc 1,38). Dedicou sua vida ao filho Redentor dos homens. A Mãe de Misericórdia, Mãe da Igreja, Mediadora de toda graça, que olha por cada um dos seus filhos adotivos e busca a salvação.

José é o representante daquela grande confiança na misericórdia de Deus. Foi pai e esposo fiel; trabalhador e homem justo que soube ser paciente e esperar com perseverança, segundo os desígnios de Deus.

“Foi o defensor do Menino e da Mãe, os tesouros maiores de Deus na Terra. Com o trabalho humilde de carpinteiro deu sustento à Família de Deus, deixando-nos a lição fundamental da importância do trabalho, qualquer que seja este. Em vez de escolher um pai letrado e erudito para Jesus, Deus escolheu um pai pobre, humilde, santo e trabalhador braçal. José foi o homem puro, que soube respei-

(...) A família desses nossos tempos pós-modernos só poderá se reencontrar e salvar a sociedade se souber olhar para a Sagrada Família e copiar o seu modo de vida: serviçal, religioso, moral, trabalhador, simples, humilde, amoroso… Sem isso, não haverá verdadeira família e sociedade feliz.”

Encerrando a sua Carta às Famílias, o pontífice João Paulo II reza para que a Sagrada Família, ícone de cada família humana, “ajude cada um a caminhar no espírito de Nazaré; ajude cada núcleo familiar a aprofundar a própria missão civil e eclesial, mediante a escuta da Palavra de Deus, a oração e a partilha fraterna de vida! Maria, Mãe do belo amor, e José, Guarda do Redentor, nos acompanhem a todos com a sua incessante proteção!”

¹ Carta do Papa João Paulo II às famílias - Festa da Apresentação do Senhor, 2 de Fevereiro de 1994, décimo sexto de Pontificado.

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IGREJA

PAPA: ENTRAR NO MISTÉRIO DE JESUS CRISTO É DEIXAR-SE IR NESSE ABISMO DE MISERICÓRDIA

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mistério de Jesus Cristo esteve no centro da homilia que o Papa Francisco pronunciou, na capela da Casa Santa Marta, no fim de outubro e apresentamos nesta edição.

A homilia do Pontífice teve como ponto de partida a Primeira Leitura extraída da Carta aos Romanos, na qual São Paulo usa contraposições – pecado, desobediência, graça e perdão – para que possamos compreender algo, mas sente que é “impotente” para explicar este mistério. Por detrás disso tudo, está a história da salvação, da criação, da queda e da redenção. São Paulo, portanto, nos leva

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a ver Cristo, e não tendo palavras suficientes para explicá-Lo, “nos impulsiona”, “nos empurra, para que caiamos no mistério” de Cristo, explica Francisco.

Essas contraposições, portanto, são somente passos no caminho para imergir-se no mistério de Cristo, que não é fácil de entender: é tão “superabundante”, “generoso”, “inexplicável”, que não se pode entender com argumentações, porque estas levam até certo limite. Para entender “quem é Jesus Cristo para ti”, “para mim”, “para nós”, o Papa exorta, portanto, a imergir-se neste mistério.

Amou-me e deu a si mesmo por mim Em outro trecho, São Paulo, olhando Jesus Cristo diz: “Amou-me e deu a si mesmo por mim”.

Dificilmente se encontra alguém disposto a morrer por uma pessoa justa, mas somente Jesus Cristo quer dar a vida “por um pecador como eu”. Com essas palavras, São Paulo tenta nos introduzir no mistério de Cristo. Não é fácil, “é uma graça”. Isso foi compreendido não somente pelos santos canonizados, mas também por muitos santos “escondidos na vida cotidiana”, pessoas humildes que depositam

unicamente a sua esperança no Senhor: entraram no mistério de Jesus Cristo crucificado, “que é uma loucura”, afirma Paulo.

Entrar no mistério de Jesus Cristo O Papa evidencia que, quando vamos à missa, vamos rezar, sabemos que Ele está na Palavra, que Jesus vem, mas isto não é suficiente para poder entrar no mistério: “Entrar no mistério de Jesus Cristo é mais, é deixar-se ir naquele abismo de misericórdia onde não existem palavras: somente o abraço do amor. O amor que o levou à morte por nós. Quando nós vamos nos confessar porque pecados – sim, devo tirar os pecados, digamos; ou “que Deus me perdoe os pecados” – vamos, contamos os pecados ao confessor e ficamos tranquilos e contentes. Se eu vou lá, vou encontrar Jesus Cristo, entrar no mistério de Jesus Cristo, entrar naquele abraço de perdão do qual fala Paulo; daquela gratuidade de perdão”. À pergunta sobre “quem é Jesus Cristo para ti”, se poderia responder “o Filho de Deus”, se poderia recitar todo o Credo, todo

o Catecismo e é verdade, mas se chegaria a um ponto em que não conseguiríamos dizer o centro do mistério de Jesus Cristo, que “me amou” e “entregou-se a si mesmo por mim”. “Entender o mistério de Jesus Cristo não é uma coisa de estudo” – observa o Papa – porque “Jesus Cristo é entendido somente por pura graça”.

Exercício de piedade O papa então distingue um exercício de piedade para ajudar: a Via-Sacra, que consiste em caminhar com Jesus no momento em que nos dá “o abraço de perdão e de paz”: “É bonito fazer a Via-Sacra.

Fazê-la em casa, pensando nos momentos da Paixão do Senhor.

Também os grandes Santos aconselhavam sempre começar a vida espiritual com este encontro com o mistério de Jesus Crucificado.

Santa Teresa aconselhava as suas monjas: para chegar à oração de contemplação, a elevada oração que ela tinha, começar com a meditação da Paixão do Senhor. A Cruz com Cristo. Cristo na Cruz.

Começar a pensar. E assim, tentar entender com o coração, que ‘me

amou e deu a si mesmo por mim’, ‘deu a si mesmo até a morte por mim’”.

O abismo do mistério de Cristo Na primeira leitura, São Paulo quer justamente revelar o abismo do mistério de Cristo, reitera o Papa Francisco: “’Eu sou um bom cristão, vou à Missa no domingo, faço obras de misericórdia, recito as orações, educo bem os meus filhos’: isto está muito bem. Mas a pergunta que faço: “Você faz tudo isto: mas entra no mistério de Jesus Cristo?

Aquilo que você não pode controlar… Peçamos a São Paulo, verdadeira testemunha, alguém que encontrou Jesus Cristo e deixou-se encontrar por Ele e entrou no mistério de Jesus que nos amou, deu a si mesmo até à morte por nós, que nos fez justos diante de Deus, que perdoou todos os pecados, também as raízes do pecado: de entrar no mistério do Senhor”.

O convite conclusivo do Papa é justamente o de olhar para o crucifixo: “Cristo crucificado, centro da História, centro da minha vida”.

Texto da agência de notícias Radio Vaticano | pt.radiovaticana.va/

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ESPAÇO DO DEVOTO

RECEITA DE PANETONE CASEIRO Muito fácil e a massa fica super fofa. Receita enviada pela leitora Neide Regina Honório.

Ingredientes para a Massa Fermentação:

Ingredientes para o Recheio - 2 xícaras (chá) de frutas cristalizadas - ½ xícara (chá) de nozes picadas

- 1 xícara (chá) de água morna

- 1 ½ xícara (chá) de uvas passas pretas

- 1 xícara (chá) de farinha de trigo

Demais Ingredientes:

- 3 saches de fermento biológico fresco (30g)

- 4 colheres (sopa) de margarina para cobrir os panetones

Massa:

Modo de Preparo do Panetone Caseiro

- 200g de manteiga - 1 ½ xícara (chá) de açúcar - 1 pitada de sal - 6 gemas - 1kg de farinha de trigo

Foto:

- 1 xícara (chá) de leite morno

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Para fermentação: Em uma tigela, coloque a água morna, 1 xícara (chá)farinha de trigo e o fermento.

Misture e deixe descansar por 10 minutos. Em seguida, acrescente a manteiga, o açúcar, as gemas, o sal, a farinha e 1 xícara (chá) de leite morno. Misture até obter

uma massa homogênea e deixe descansar por 40 minutos ou até dobrar de volume. Em outra tigela, misture as frutas cristalizadas, as nozes, as uvas passas e reserve.

Divida a massa em quatro partes. Abra cada uma das partes e espalhe o recheio. Enrole como um rocambole, una as pontas e coloque em uma forma para panetone. Repita a operação com as outras partes da massa e deixe descansar por 10 minutos. Depois de crescido faça um X sobre cada panetone com o auxílio de uma faca. Coloque uma colher de margarina sobre cada um deles e leve para assar em forno pré-aquecido a 200°C por 40 minutos ou até dourar.

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VOCACIONAL

JESUS NOS CHAMA A CADA DIA Congregação das Irmãs de Jesus Misericordioso

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star na presença de Jesus gera uma amizade íntima com Ele, que nos dá forças, aumenta nossa coragem, nossa fé e esperança, pois tudo isso é um dom que recebemos Dele. Jesus nos convida cada dia a nos aproximarmos Dele, através de tantas formas, a Adoração é uma delas.

Aqui em nossa casa, realizamos a Adoração ao Santíssimo noturna todas às sextas-feiras das 22h às 6h da manhã ou nas segundas-feiras das 7h às 16h. Com isso, queremos possibilitar esta experiência a todos aqueles que não têm uma capela em casa e que gostariam de passar alguns instantes com o Santíssimo ou até mesmo em uma oração individual e em silêncio.

Como Irmãs de Jesus Misericordioso nosso carisma é Louvar, Pedir e Proclamar a Misericórdia e pela adoração temos a possibilidade de certa forma realizar nosso carisma e aproximar outras pessoas da fonte de Misericórdia. Um dos participantes da adoração noturna, Milton diz que: estar na presença de Jesus na Eucaristia e reconhecer nossa miséria e saber que só Nele alcançaremos as graças individuais

para nossas famílias. Libertação, restauração, conversão e a paz ao mundo, alcançamos somente por meio do coração santo e eucarístico de Jesus. Tiro como exemplo São João Maria Vianney, que através da Santa Missa, adoração, jejum, oração e comunhão com a Palavra de Deus, conseguiu a libertação e restauração do povoado. E quando eu estou na presença de Jesus eucarístico sinto-me tão agraciado quanto os discípulos de Emaus, o coração ardia de ouvir a voz do Senhor mesmo sem terem o reconhecido, é como estar exposto ao mais belo e suave calor do sol, que mesmo sem entender, sei que essa presença é o que sustenta a mim e a minha família.

Uma vez no mês temos também em nossa casa a Santa Missa, em que convidamos nossos vizinhos e familiares, para que também sejam acolhidos pela Misericórdia de Deus. Juntamente deles partilhamos de um momento de oração com as relíquias e da convivência em nossa comunidade religiosa.

Este momento é muito importante para a Kelly, que diz: é uma

das melhores missas pra mim. Por eu ter o compromisso e o costume de participar diariamente da Santa Missa, é um momento muito acolhedor muito próximo uns dos outros, sentimos um grande amor, principalmente no momento que temos a partilha (lanche) após a Missa. Eu e meus familiares nos sentimos acolhidos não apenas pelas Irmãs, mas pelo próprio Jesus que se faz presente em nosso meio e de modo especial na capela.

Convidamos a todos que desejarem que participem conosco desses encontros. Queremos que não apenas nós experimentemos desta proximidade de Deus, que se faz tão pequeno, mas ao mesmo tempo tão grande em compaixão e Misericórdia, queremos que todos possam se aproximar desta fonte.

Confiamos no Senhor!

Congregação das Irmãs de Jesus Misericordioso - Rua Pérola do Oeste, Curitiba – PR) Telefone: (41) 3156-6570 http://irmasdejesusmisericordioso. blogspot.com.br/

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2017

ERICÓ MIS RD

ESSO NA GR CI N O

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Congresso Nacional da Divina Misericórdia A no

Mariano

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Isabelle Warzinczak Fotos: Wesley Carvalho

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Congresso Nacional da Divina Misericórdia é um chamado de aprofundamento de fé na mensagem da Divina Misericórdia, para que cada devoto congressista possa abastecer-se e então sair em missão para ser luz no mundo.

Essa é uma grande graça, e com a vontade de Deus, todos os anos o Santuário da Divi-

na Misericórdia mantém a missão de prover formação, espiritualidade e oração aos devotos de Jesus Misericordioso, dispondo-se para a Igreja e o mundo, como instrumento de Deus.

O 16º Congresso Nacional da Divina Misericórdia aconteceu nos dias 10, 11 e 12 de novembro, com o tema “Maria: a mulher que acreditou que para Deus tudo é possível, e por isso é Bem-aventurada”.

A cada ano o Congresso procura destacar um momento em evidência da Igreja, e neste ano, a finalidade foi evidenciar o Ano Mariano que a Igreja viveu.

Mais de 700 congressistas de diferentes estados brasileiros se reuniram no Santuário da Divina Misericórdia para viver uma nova experiência de fé. A partir da temática mariana, os congressistas puderam experienciar em Maria um ícone e modelo a ser

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imitado, com as palestras da Irmã Ângela Coelho, de Fátima-Portugal, do Frei Clodovis Boff e Dom Peruzzo.

Na Santa Missa realizada no primeiro dia pelo Bispo auxiliar de Curitiba-PR, Dom Amilton Manoel da Silva CP, ele afirmou aos congressistas que a misericórdia precisa acontecer para que a humanidade caminhe. “Peça a Jesus a graça de que neste congresso você consiga se abrir mais às necessidades do outro como obra de misericórdia”. Dom Amilton pediu para que Maria ensine, com sua escola, cada um a ser discípulo missionário da misericórdia, da vida, da alegria e da esperança.

Em entrevista para a Revista Divina Misericórdia, o Bispo manifestou a sua satisfação: “que bom que todos os anos nós temos neste Santuário, um grande evento que trata do tema da misericórdia enquanto reflexão, oração e conscientização. Acredito que todos os

que saírem daqui se sentirão mais motivados a agir com misericórdia e em nome da misericórdia, que é o próprio Jesus Cristo – que um dia, por nós se encarnou e deu a vida por misericórdia pela nossa salvação”.

Santuário do Coração de Cristo Conversando com o Frei Clodovis Boff sobre a missão do Santuário da Divina Misericórdia, ele identificou de uma maneira admirável este Santo lugar: “Este é um Santuário do coração pulsante de Cristo, de onde Ele continua fluindo sangue e água, com um amor vivo, alimentando o povo. Aqui se cria a comunidade dos amados de Cristo que transmitem essa mensagem Brasil a fora. Eu estava no aeroporto de Brasília, vindo do Acre, e me deparei com os peregrinos com as suas camisetas com a imagem de Jesus, Santa Faustina, João Paulo II, estavam todos festivos e alegres. É bonito, cria-se uma comunidade nacional dos devotos da Divina Misericórdia. Uma comunidade bonita e centrada no amor. Parabéns aos Padres Marianos que estão levando adiante esse Congresso”.

Consagração dos AEDMs São tarefas fundamentais dos devotos de Jesus Misericordioso divulgar a mensagem para que ela alcance cada vez mais pessoas e também praticar as obras de misericórdia corporais e espirituais.

Participar do 16º Congresso Nacional da Divina Misericórdia, realizar a Renovação e Consagração dos Apóstolos Eucarísticos da Divina Misericórdia (AEDM) abastece e cumula de desejo de sair a serviço e proporcionar alegria ao Coração misericordioso de Cristo.

Na tarde de sábado (11), segundo dia do Congresso, aconteceu a Santa Missa com a consagração dos AEDMs. O padre Aroldo Schinemann Filho, MIC, responsável pelo movimento dos Apóstolos Eucarísticos na provínc i a

brasileira, chamou 20 AEDMs e fez a oração de renúncia e renovação da fé. Em seguida os consagrou e agradeceu por terem respondido ao chamado de Jesus para essa missão.

Ser Apóstolo Eucarístico da Divina Misericórdia é se dispor para a Igreja, como instrumentos do amor divino, que restaura e renova os pecadores e sofredores.

Formações A primeira palestra do Congresso Nacional foi desenvolvida pela Irmã Ângela Coelho. O seu primeiro tema (A dimensão Mariana da mensagem de Fátima) foi para dar respostas a alguns questionamentos que o Papa Francisco lançou em um dos seus textos durante a Canonização de Fran-

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cisco e Jacinta. As perguntas do Papa foram bastante pertinentes, ele questionou: Aqui em Fátima apareceu Maria, mas de que Maria estamos falando, daquela mulher que seguiu Cristo no caminho da fé ou de uma mulher inacessível? De uma mulher que segue Jesus, mesmo na cruz ou de uma santinha a quem recorremos para ter favores?

As perguntas do Papa lançam-nos no mistério de qual figura de Maria aparece em Fátima. A primeira palestra da Irmã foi para aprofundar a figura da Virgem Maria, respondendo quem é esta Mulher de fé.

A Irmã Ângela também nos recorda que Nossa Senhora é o nosso refúgio, porque hoje, como há dois mil anos, Ela continua a interceder por nós. E é o nosso caminho, por ser um exemplo e modelo de fé. Há dois mil anos Ela disse aos serventes de Caná: “fazei tudo o que o meu Filho vos disser”. Hoje, ela continua a nos mostrar o caminho para sermos também nós verdadeiros dis-

c í pulos de Jesus.

A segunda Palestra da Irmã foi ligada ao tema misericórdia: Fátima e o anúncio da Misericórdia. Durante os 13 anos das aparições em Fátima (de 1916 - 1929), Nossa Senhora abre e encerra as aparições com o anúncio da Misericórdia. Nos anos em que o mundo estava mergulhado na 1ª Guerra Mundial, Nossa Senhora vem e anuncia que Deus tem sobre nós desígnios de Misericórdia. Jesus vem a Fátima, através de sua mãe, como sol nascente, para nos iluminar e dirigir os nossos passos no caminho para paz. É uma mensagem de misericórdia.

O Frei Clodovis Boff, também apresentou duas palestras. Seu primeiro tema foi sobre Maria Mulher de fé e o segundo Aparecida: sinal do amor de Deus na história do povo brasileiro.

Em sua primeira palestra o Frei abordou a peregrinação de fé de Maria. Nem tudo era claro para ela, Muitas coisas Maria não compreendia de Jesus. Então ela meditava. A meditação é o trabalho da fé dentro de nós. E o auge da fé de Maria foi durante

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a crucificação. O filho de Deus estava morrendo, o homem mais puro que pisou na terra. Mas em obediência, Maria entregou o seu filho a Deus, com a alma ferida.

Já em sua segunda palestra, o Frei mostra o quanto Maria amou o povo brasileiro. Ele contou os vários capítulos dessa história de amor até quando em 1931, Ela foi declarada Padroeira do Brasil.

A última palestra do 16º Congresso Nacional foi do Arcebispo de Curitiba, Dom José Antônio Peruzzo, com uma leitura do Magnificat.

Dom Peruzzo refletiu que quando Maria canta: “a Sua Misericórdia se estende de geração em geração”, é porque Deus quer que toda a humanidade renasça, e ela percebeu que isso estava acontecendo.

Maria cantava porque todas as gerações poderiam nascer de novo a partir da compaixão misericordiosa de Deus. Cantava a alegria do amor de Deus que chegava através da sua feminilidade. Maria de Nazaré é o modo de crer, de re-

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zar e de se abandonar.

Espiritualidade Dois momentos emocionaram os mais de 700 congressistas reunidos no Santuário: primeiro o encerramento da noite de sexta-feira, com o cantor Thiago Brado; e o segundo, a procissão luminosa e Adoração ao Santíssimo, na noite de sábado, encerrando com a participação da cantora Danielle Quirino.

Após o teatro sobre a vida de Santa Faustina, interpretado pelas Irmãs de Jesus Misericordioso, aconteceu a procissão luminosa, conduzida pelo padre Sandro Souza, MIC, com a imagem de Nossa Senhora Aparecida. Os devotos cantaram e rezaram clamando a Nossa Mãe.

Chegando ao Santuário, a imagem da Mãe Aparecida, ficou do lado do altar, onde estava exposto Jesus, para o momento de Adoração ao Santíssimo.

Para a cantora Danielle Quirino, que conduziu junto com o Padre Sandro o momento Mariano, foi sentir o colo de Maria. “Eu ganhei das mãos do Padre Sandro um escapulário, e não sabia que iríamos ter a imposição. Para mim foi Maria me dizendo ‘eu lembro de você, sou a sua mãe e você a minha fi-

lha’. Uma mãe que providencia, acolhe e lembra. Ver o povo de Deus sendo aspergido com a água retirada da fonte de Éfeso – a cidade onde Maria morou após a crucificação, também foi sinal de ser inserida nessa maternidade de Maria. Foi inesquecível, só tenho a glorificar a Deus por tudo isso e agradecer a Mãe de Deus por esse carinho.

Danielle Quirino participou pela primeira vez do Congresso Nacional, ela conta que fazer parte desse momento e ver as pessoas buscarem Jesus foi inexplicável.

“Eu pude junto com todas essas pessoas ter novamente a experiencia de chegar perto de Jesus, de ver e de experimentar Jesus. Bendito seja Deus”.

O cantor e missionário Thiago Brado, que também participou do Congresso pela primeira vez, contou sobre a sua devoção a Nossa Senhora e sobre a misericórdia em sua vida: “Fazer parte da programação do Congresso é muito especial. A misericórdia para mim é algo muito

forte, as minhas músicas falam da Misericórdia, porque tenho vivido todos os dias a Misericórdia do Senhor.

A minha devoção com Nossa Senhora começou com mais afinco no grupo de oração há oito anos, quando nos reuníamos toda semana para rezar o terço. Fiz uma música, que se chama Rainha da Paz. Então, foi marcante e tem sido todos os dias especial sentir a mão de Maria, o colo de Maria, e o manto dela sobre a nossa missão, sobre tudo o que temos feito. É muito bom sabermos que temos uma mãe com quem podemos sempre contar”.

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SUA HISTÓRIA É NOSSA HISTÓRIA

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senhor Stanley Fortes Baptista é devoto de Jesus Misericordioso e faz parte da nossa campanha de evangelização, a Campanha dos Devotos. Por meio dessa Campanha o Santuário da Divina Misericórdia consegue se fazer presente em muitas cidades do Brasil evangelizando e divulgando a mensagem Jesus. Todos os dias recebemos muitas cartas, e-mails e mensagem por whatsApp com agradecimentos e testemunhos alcançados pela fé em Jesus Misericordioso.

“Sempre que quiseres proporcionar-Me alegria, fala ao mundo da Minha grande e insondável misericórdia” (Diário, 164).

Nessa edição nós contaremos um pouco da história do senhor Stanley e como a Divina Misericórdia age em sua vida. Stanley nasceu em Terezina-PI, ao longo da vida trabalhou no Exército Brasileiro, onde atuou também como general. Hoje ele mora em Cabe-

delo-PB. O que você faz para divulgar a misericórdia de deus?

Ao longo da vida (90 anos) residindo em várias localidades, procurei sempre promover ações religiosas estimulando o envolvimento com a religião católica, daqueles que tinham alguma vinculação com os órgãos aos quais eu servia.

O que você fala para as pessoas que ainda não conhecem Jesus Misericordioso?

Adotei nas minhas andanças promover ações que enalteciam a Adoração a Jesus.

Você gosta de receber a Revista e ser devoto da Divina Misericórdia?

Desde criança aprendi a adorar Jesus. Quando conheci essa instituição que promove a Divina Misericórdia, não vacilei em procurar contribuir para o seu desenvolvimento. A Revista é sistemati-

camente repassada à pessoa amiga.

Conte um testemunho da ação de Jesus Misericordioso na sua vida ou na sua família.

Comigo ocorreu o que é mais importante na vida terrena: agora, na terceira idade, os meus pedidos a Jesus estão sendo atendidos de tal maneira que, realmente ocorreu a minha transformação de “homem velho” em “homem novo”. Constato esta ocorrência de forma cabal.

Conte uma curiosidade sobre a sua vida, o que gosta de fazer ou ler?

Ao longo da vida, dentre os meus afazeres pessoais, dei total prioridade à leitura. Atualmente, além da leitura da Bíblia, estou adquirindo e lendo a coleção de Augusto Cury e induzindo os meus filhos e netos a fazerem o mesmo.

Escreva para nós a sua história ou seu testemunho, para que todos saibam as maravilhas que Jesus Misericordioso realizou na sua vida e na de sua família enviando email para: revista@divinamisericordia.com.br, ou enviando a sua carta para: Apostolado da Divina Misericórdia. Caixa Postal: 8971 CEP: 80.611-970 Curitiba-PR.

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CÍRIO DE NOSSA SENHORA DE NAZARÉ Padre Edileno Felix – Belém-PA

N

o ano de 1700 o caboclo Plácido José de Souza encontrou uma pequena imagem de Nossa Senhora de Nazaré. A partir deste encontro iniciou-se uma grande devoção à mãe de Deus na Amazônia. Em 1792 o Vaticano autorizou a procissão de Nossa Senhora de Nazaré, que ganhou o nome de Círio, que nos lembra Cristo - luz de todos os povos. O primeiro Círio ocorreu no dia 8 de setembro de 1793.

Celebramos neste ano o círio de número 225, uma das maiores demonstrações de fé e devoção para com a senhora de Nazaré, que no segundo domingo de Outubro, atraiu mais de 2 milhões de pessoas preenchendo cada espaço das ruas da capital paraense.

São 12 romarias oficiais do Círio de Nazaré. Iniciando na sexta-fei-

ra, quando a imagem percorre mais de 50 km indo para os municípios de Ananindeua e Marituba (na região metropolitana de Belém-PA), recebendo grandes homenagens do povo. No sábado pela manhã a procissão sai da Igreja Matriz Nossa Senhora das Graças de Ananindeua para o distrito de Icoaraci, onde acontece a procissão fluvial.

O rio torna-se rua, por onde a imagem da santa passa. Na chegada em Belém Nossa Senhora recebe a homenagem de chefe de Estado como rainha e padroeira da Amazônia de acordo com a lei Estadual 4.371 de 15 de dezembro de 1791.

Em seguida acontece a romaria dos motoqueiros, e na sequência é realizada a descida da imagem original, encontrada pelo caboclo Plácido, do Gloria para um nicho

localizado no altar principal da basílica, onde permanece durante todo o período das novenas.

Para entendermos as emoções do Círio de Nazaré precisamos viver e experimentar cada instante desta festa tão linda que move os corações em preces e agradecimentos.

Olhando nem sempre somos capazes de compreender o porquê de tanta gente e tantos promesseiros, cada um com uma história da poderosa intercessão da Mãe de Deus.

O Círio é um momento festivo, mas também um encontro com Deus e com sua mãe, a Virgem Maria, em que todos os filhos se congregam, se unem, no mesmo louvor e na mesma prece pedindo: “Dai-nos a benção, bondosa Senhora de Nazaré!”

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ESPIRITUALIDADE

DEUS É RICO EM MISERICÓRDIA Pe. Sandro Souza, MIC

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e pergunto: até quando Deus consegue ser misericordioso? Até quando Ele consegue amar? Será que Ele consegue, de verdade, perdoar tudo mesmo? Será?

Seja sincero, pense um pouco para responder, e por favor, não responda tão rápido, pois grande parte da tua felicidade depende muito da imagem do “Deus rico... ou pobre em misericórdia” que alimentas no mais profundo do teu ser!

Em sua vida, Deus é “rico em Misericórdia” mesmo? Bom o tempo todo? Um Pai que ama e quer o melhor para os seus filhinhos? Ou, às vezes, Ele pune as pessoas enviando-lhes doenças, acidentes, dificuldades, “coisas horríveis”, como forma de castigo? Deus diz: desta vez ele ou ela vai aprender a lição, pois se não for pelo amor, vai pela dor?

Nossa! Talvez essas perguntas poderão mexer com a nossa forma limitada de raciocinar a realidade.

Pois a nossa pobreza intelectual e espiritual, ainda precisa crescer e amadurecer para tentar aproximar-se ao máximo possível do verdadeiro sentido do “Tesouro inesgotável” que é a Misericórdia de Deus.

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Com a confiança de uma criança, jogo-me nos Vossos braços, Pai de misericórdia, para Vos desagravar pela infidelidade de tantas almas que têm medo de confiar em Vós. Oh, como é pequeno o número de almas que realmente Vos conhecem!

(Diário nº 505)

Uma compreensão mais profunda sobre Ele (Deus) e sobre Ela (a Misericórdia) abrem as portas do nosso coração, e facilita o processo de envolvimento com a “Maior riqueza do Criador”: Sua infinita, misteriosa e indestrutível Misericórdia.

Saiba que refletir sobre isso é muito importante! E mesmo que você, cristão, não queira pensar sobre essas coisas, eu te digo: precisarás, pois nós vivemos de acordo com a Imagem que temos de Deus e de acordo com a imagem que temos de nós mesmos. Muitas vezes, ambas as imagens, são limitadas e injustas. Explico: se existe nos seus pensamentos a imagem de um Deus que castiga, então você ainda não acredita no verdadeiro Deus, e se você não consegue ter misericórdia de si mesmo e se perdoar. Dessa forma, nunca conseguirás olhar para si mesmo com o olhar do Criador, que quando olha pra você, contempla a obra da sua criação. Vendo que no fundo, o que Ele criou, é muito bom.

O Padre Miguel Sopoćko, diretor espiritual e confessor de Santa Faustina, em seus escritos disse que a Divina Misericórdia, o ajudou a mudar de mentalidade, pois antes de conhecê-la, a sua imagem de Deus também não era das melhores.

Acredite! O “maior sonho” de Deus Pai, do “Papaizinho ou Paizinho” de Jesus, é que você sente no colo Dele, conheça e experimente a ternura e a força da sua Misericórdia. Neste colo, sinta-se

totalmente seguro – você merece este colo, precisa dele pra ser livre e feliz, tenha certeza disso.

Alguém poderia dizer: mas não é Misericórdia demais, Padre Sandro? Eu responderia: talvez seja por isso, que Ele é rico, “milionário” em Misericórdia e essa riqueza é infinita e inesgotável. Te digo de todo o meu coração: eu acredito que para Ele é fácil ser misericordioso e ter misericórdia de nós.

Eu sei que pode parecer Misericórdia demais, e que muitas vezes gostaríamos que Ele fosse justo.

Porém, não se engane, pois, a Justiça Dele é bem diferente da nossa, por isso, pense comigo e me responda: se Ele fosse acabar com todo mal que existe no mundo, Ele não teria que acabar com algumas pessoas que a gente ama também e talvez até com você que está lendo esse artigo?

Ele conhece tudo de mim e de você e sabe que às vezes somos injustos. Somos espertos e pode ser que a gente queira que Ele seja justo somente com as outras pessoas. Você teria coragem de rezar pedindo que Ele fosse muito justo com você, com sua família e com as pessoas que você

ama, punindo cada uma delas de acordo com suas falhas, injustiças e pecados? E mesmo que você tivesse coragem de fazer essa oração, tenho certeza de que Ele não iria ouvi-la.

Sua misericórdia é justa, pen-

o Misericordioso, seu Filho Jesus.

E saibas que Ele é Pai, e como Pai, dentro de sua “pedagogia do Amor”. Para evitar um mal maior, poderá nos corrigir e nem sempre essa correção será suave, pois você sabe que um pai que ama de verdade corrige, puxa a orelha, educa, diz não, “coloca na cadeira do pensamento”, não facilita tudo, pois quer que o filho cresça e deixe de ser mimado. Acredite: Deus quer que você cresça e amadureça. Ele não vai fazer tudo pra você, só faz aquilo que você não consegue fazer com seu esforço e determinação!

Esforço, fé e determinação transformam qualquer ser humano em soldado e guerreiro da Misericórdia e esses sempre farão a diferença onde quer que estejam.

A volta do Filho Pródigo, Rembrandt van Rijn

sa em nossa conversão, em nossa transformação: Ele é misericordioso conosco para que sejamos misericordiosos com o próximo e também conosco mesmo, buscando sempre o melhor e o aprimoramento nesta vida. Isto significa buscar ao máximo se parecer com

Pense nisso e seja alguém curado pela Medicina do Céu: a Misericórdia.

Que Deus te abençoe poderosamente. Sinta-se abraçado por Jesus e por mim.

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SANTUÁRIO

RAZÃO DO MEU CANTO Isabelle Warzinczak

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ua música de maior sucesso é Minha Essência, lançada em 2013. A razão do seu canto é anunciar a salvação, o amor e a vida nova em Cristo.

Para o Thiago de Oliveira da Silva, nascido em Cianorte, interior do Paraná, em 17 de agosto de 1990, Deus concedeu um dom precioso e um nome artístico: Thiago Brado.

O cantor Thiago Brado esteve no Santuário da Divina Miseri-

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córdia para participar do Grupo de Oração em setembro, e retornou em novembro para o 16º Congresso Nacional da Divina Misericórdia, onde conduziu o momento de Adoração. Algumas fotos desse dia você confere na matéria Especial.

Em entrevista exclusiva para a Revista Divina Misericórdia ele contou sobre as suas realizações e projetos. Confira: Como surgiu a ideia, a inspira-

ção para escrever a fábula O monge e a Coruja? E quanto tempo você levou para escrever?

O Monge e Coruja foi um presente de Deus. Eu sentia vontade de escrever um livro, sempre tive essa vontade, mas nunca entendia como ia fazer isso. Aproveitei o tempo de viagens, estrada e aeroporto para rascunhar algo.

Escrevi em 3 meses foi bem rápido, com a graça de Deus. Muitas pessoas têm contado inúmeros testemunhos. Já está na segunda

edição. Graças a Deus as pessoas têm gostado, estou bem feliz!

Qual a mensagem principal do livro?

O Monge e a Coruja veio para ensinar algo sobre fé, amor, amizade, fala muito sobre perdão.

Tem um pouco de mim, tem um pouco da minha vida. A coruja representa o secular, representa a falta de sentimento e o monge representa a fé, representa amor o sentimento. A coruja não consegue expressar, mas ela sente que precisa de alguma coisa e o monge tem para dar. A amizade dos dois gera um diálogo que vai do começo ao fim do livro e ensina muita coisa. Eu queria mostrar algo, queria falar sobre coisas importantes, mas de uma forma mais dinâmica.

Sobre o DVD Pulsar, é uma marca dos 5 anos de carreira. Como você vê o trabalho até aqui e como você se vê daqui alguns anos?

O DVD é uma comemoração mesmo desses 5 anos de missão.

Se for analisar é pouco tempo, mas com a graça de Deus parece que já são 20, 30 anos de tanto que temos andado, para onde Deus tem mandado.

Acho que ainda fiz pouco, claro, trabalhamos o máximo que

O que é a turnê Pulsar?

“A razão do meu canto, é cantar o que o Senhor quiser que eu cante, harmonizando minha voz com a voz de Deus, meus acordes com os acordes dos anjos, senão isso, de nada vale meu canto”.

Thiago Brado

Pulsar é uma turnê animada que tem uma pulsação, mas que também fala da misericórdia, fala do amor de Deus. Esse amor que gerou um pulso na cruz. Então o Pulsar é levar esse amor de Deus de forma animada. O show já era animado e ficou ainda mais animado. Vem com 4 canções inéditas, então tem 18 músicas.

Traz as principais canções que trabalhamos nesses 5 anos. Tem uma música muito especial, que é minha queridinha do DVD, é “Nova Manhã”, bastante especial, tem uma história que faz muito sentido para mim.

poderíamos, mas perto da necessidade que as pessoa têm do amor de Deus, acho que ainda está longe alcançar tantos corações como Deus deseja que a gente alcance.

Somos apenas seus instrumentos, Ele alcança através de nós.

Recentemente você assinou com a Universal Music, o que isso muda na sua carreira?

Espero ficar velhinho ainda cantando e levando essa mensagem do amor de Deus para as pessoas. A gente pensa por enquanto no DVD até o meio do ano que vem e depois um trabalho novo, um CD autoral inédito com canções totalmente novas. Os projetos não param, a gente tem que continuar, mas sempre na esperança de que Deus é quem faz.

Nós estudamos muito para assinar essa parceria. O sentido da nossa missão é levar o amor de Deus e sempre levar para mais pessoas. Com a parceria com a gravadora Universal Music nós pensamos que poderemos chegar mais longe, a mais corações, a mais pessoas que precisam. Nós acreditamos que podemos somar, para que a mensagem de Deus chegue mais longe.

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JOVEM GO

Tolkien e sua literatura católica João MArcos Esser

J

Biografia

ohn Ronald Reuel Tolkien foi o filólogo professor da universidade de Oxford e grande estudioso das linguas. Seu talento era tão grande que seu passatempo era criar línguas. O quenya e o sindarin são duas línguas criadas por ele, além de outras dez cujo desenvolvimento é curto. Escreveu não só o Senhor dos Anéis, mas uma saga inteira. Espiritualmente Tolkien é alguém de formação sólida, motivado principalmente pelo exemplo da mãe e de Pe. Morgan. Sua mãe chegou a enfrentar uma forma de ostracismo familiar por ter se convertido ao catolicismo. Devido a isso, estabelece Pe. Morgan como tutor em seu testamento para que ele não caísse nas mãos dos parentes protestantes. Com sua morte prematura devido a suas enfermidades, Tolkien é criado por este padre. Não se trata de canonizar Tolkien, mas de reconhecer suas virtudes.

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uitos podem achar estranho que uma revista católica dedique uma página a um autor de literatura fantástica. Os livros de Tolkien não são de tema religioso e não citam a Palavra de Deus. Mas o que nos interessa é que conscientemente ele insere valores cristãos na sua obra. A cosmovisão (ou ethos) dos seus livros é inegavelmente católica, portanto se mostra um produto saudável ao lazer do bom católico. Embora fossem amigos e tivessem muito em comum, J.R.R. Tolkien não usa alegorias, portanto, sua leitura não é unívoca. Os traços de Cristo são observados em vários detalhes da obra nos diversos personagens, portanto, não há um personagem que corresponde exatamente a pessoa de Cristo, diferente de Lewis, em Crônicas de Nárnia, por exemplo, que imprime a pessoa de Cristo na figura de Aslam e qualquer outra leitura seria objetivamente errada. Hoje, olhando seu legado, entendemos que Tolkien não só entrou para a lista dos maiores autores mundialmente conhecidos, como também conseguiu falar à ouvidos de quem se encontra bem distante da Igreja. Pregou o Evangelho sem citar o nome de Jesus de forma bela e refinada, incentivando o exercício das virtudes cristãs.

Eru e suas Criaturas

ru (Único) ou Iluvatar (Pai de todos) corresponde ao nosso Deus único que tudo criou em perfeição. Os “Valar” e os “Maiar” são criaturas mais elevadas. Cada Valar recebeu de Eru um tema a ser executado, temas que geravam uma harmonia perfeita, por isto os Maiar são como os anjos e os Valar como arcanjos. Morgoth (melkor) foi um valar que não quis seguir o tema de Eru e gerou seu proprio tema e acabou desafinando, arrastando alguns maiar junto de si e gerando o mal, por isso melkor é a imagem do demônio. Os elfos são os primeiros filhos de Eru, cheios de sabedoria, não adoecem e nem envelhecem são a imagem da razão humana iluminada por Deus. O Ferreiro dos Valar moldou os Anões durante as Eras da Escuridão, por isso são robustos e fortes, não afetáveis por frio e fogo, extremamente vigorosos, teimosos, indomáveis e persistentes no trabalho e emergências. Eram bravos na batalha e seu orgulho e vontade não podiam ser quebrados. São a imagem do cristão que passa por provação e, fortificado pela Graça, decididamente se obstinam em vencer as trevas. Os hobbits são um povo frágil e discreto, muito antigo. Preferem a calma de sua vida rotineira, amam uma região campestre organizada e bem cultivada. São ágeis, possuem ouvidos agudos e olhos perspicazes. Talvez sejam a personificação do “prudentes como as serpentes, mas simples como as pombas”. Orcs são seres fortes, retratados como seres infelizes, que odeiam todos, incluindo a si mesmos e aos seus mestres, que servem por medo. São incapazes de fazer coisas belas como os Elfos, mas conseguem criar instrumentos para ferir e destruir. São a imagem da pessoa fechada a Graça de Deus e obstinada pelo pecado. Existem muitas outras criaturas, mas analisar cada uma estenderia demais este pequeno ensaio.

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A imagem de Cristo

o Senhor dos Anéis três personagens se destacam ao indicar a pessoa de Cristo: Frodo, Gandalf e Aragorn, respectivamente, sacerdote, profeta e rei. Frodo é chamado para arriscar a sua vida através de grandes perigos para salvar os outros. Mesmo de aparência frágil, carrega sobre seu pescoço o peso da salvação de todos ao levar o anel do poder à montanha da perdição.

Por isso Frodo é a imagem do Cristo Sacerdote que oferece sacrifício pela salvação de todos. Gandalf (Mithrandir) é aquele que não se cansa de anunciar a verdade, que aponta os perigos, se consome na condução de caminhos certos e chega a se sacrificar para matar um demônio do mundo antigo e dai ressurge como o Branco, vitorioso. Este personifica o múnus profético. Quando tudo parecia perdido um rei surge sobre a montanha e unifica todas as forças abaixo de sua coroa, dando nova esperança e vencendo a batalha: Aragon é o rei que retorna como Cristo que ressurge dos mortos.

O Anel do Poder

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Saga Senhor dos Anéis gira em torno da destruição do Anel do Poder. Nele estava escrito “um anel para todos governar” o que leva a entender a peça maligna como símbolo da avareza humana. Ao dar poderes extraordinários a quem o utiliza, mas vai corrompendo interiormente até torná-lo escravo. De outro lado o anel mostra a potência terrível do pecado original, a tentação do ser humano de colocar-se no lugar de Deus.

O Mal Mal é fruto da liberdade, já que, desde os seres inteligentes criados mais perfeitos (os “Vala”), até os mais humildes (os “hobbits”), a moralidade é fruto de opções pessoais pelo bem ou pelo mal, distinção esta que é sempre clara e nunca é relativa. O que é certo ou errado o é para todas as criaturas. Tal como na fé cristã, o mal moral foi gerado não pelos mais pequenos, mas pelas mais inteligentes criaturas. Assim, um sábio poderoso como Saruman, o Branco, pela sua ganância, se torna “de muitas cores” e cai em desgraça, Gandalf de cinzento se torna o Branco com seu sacrifício. A verdade gera arte. Quem a perverte gera destruição. Por isso a musica dos elfos é tão envolvente, enquanto os orcs só exprimem ruídos. Ilúvatar, o Pai de Todos, criou o mundo em perfeita harmonia. Foi Morgoth que usou sua liberdade para gerar dissonância.

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A Misericórdia epois de ter sofrido tanto, Frodo não permite que Saruman seja morto, pois, apesar de não haver nenhuma cura ao seu alcance, era seu dever poupá-lo na espera que um dia ele encontre salvação. Além disso, a saga toda é uma aula de altruísmo e sacrifício de si em favor dos outros, por pura compaixão.

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Ilustração: Felipe Koller

PEQUENINOS DA MISERICÓRDIA

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