Revista Divina Misericórdia - Edição 39

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DIVINA

MISERICÓRDIA

REVISTA

Ressurreição:

Eis que Ele está conosco todos os dias

Atitudes para viver bem a Festa da Misericórdia e o Ano Santo– Página 06 | Crescer misericordiosos – Pág. 20 misericordia.org.br 2016 - MARÇO - ED.039 - ANO IX

SANTUÁRIO DA DIVINA MISERICÓRDIA

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Convide um Amigo para t o r n a r- s e u m D E V O T O d a

MISERICÓRDIA

Para mais informações: misericordia.org.br/devotos /devotosmisericordia (41) 3148-3200

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Editorial

VAMOS CELEBRAR!

Sumário

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este mês, celebramos a Ressurreição de Jesus Cristo, Sua passagem “deste mundo para o Pai” ( Jo 13,1), da “morte para a vida” ( Jo 5,24), “das trevas para a luz” (1Jo 1,5-6). A celebração da Páscoa é uma grande festa celebrada por toda a Igreja triunfante, padecente e peregrina, nela comemoramos a nossa libertação da escravidão do pecado por Cristo – a Misericórdia Encarnada que nos resgata da morte eterna e nos concede o Paraíso que haviamos perdido por nossa desobediência ao Pai. A Ressureição de Cristo é o nosso tema de capa, é a nossa esperança e fé. Alegremo-nos e exultemos porque podemos dizer: “Ele está no meio de nós”. Confira a matéria Especial do Padre Leandro Aparecido da Silva.

Ainda nesta edição, queremos convidar você e sua família para refletir sobre o sacramento da confissão. De acordo com o Papa Francisco são necessárias duas atitudes para que a graça de Deus possa operar e que o nosso pecado seja perdoado: o reconhecimento sincero com pesar do próprio erro e a vontade de mudar, de não mais pecar. Leia a nossa Formação Humana e entenda melhor sobre esse sacramento, que é tão importante e necessário para viver o Ano Santo da Misericórdia. E nesse Ano Santo, ano extraordinário de graça que a Igreja nos concede para aprofundar o mistério da Divina Misericórdia, é importante nos perguntarmos: qual deve ser a nossa disposição para o viver com fruto? Resposta para esse questionamento, ensinando-nos as atitudes que devemos exercitar para aproveitarmos ao máximo os tesouros da misericórdia, você encontra no texto do teólogo Xavier Bordas, na página Espiritualidade. Boa leitura!

Palavra do Reitor Espaço do Leitor Espiritualidade

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Campanha Devotos da Misericórdia #CasaDaMisericordia

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Especial

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Espaço do Devoto

Geral

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#JovemGo

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Formação Humana

Pequeninos da Misericórdia

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PALAVRA DO REITOR

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aros leitores, na Quarta-feira de Cinzas iniciamos o Tempo Litúrgico da Quaresma, que nos prepara para a celebração da Páscoa. O convite que nos é feito é um chamado à conversão e a acreditarmos na força do Evangelho que pode mudar a nossa vida através da oração, esmola, jejum e escuta da Palavra. Façamos as boas obras, pratiquemos a caridade, o amor ao próximo, através da nossa comunhão profunda com Deus. No silêncio do nosso quarto interior Deus sabe o que se passa e pode ouvir a nossa oração. O conteúdo da Quaresma nos levará à liberdade interior, graça que nos é concedida pelo próprio Deus. “Quando jejuares, perfuma a tua cabeça e lava o teu rosto. Assim, não parecerá aos homens que jejuas, mas somente a teu Pai que está presente ao oculto; e teu Pai, que vê num lugar oculto, recompensar-te-á.” (Mt 6,17-18). É tempo de reconciliar-nos com Deus, com o próximo e conosco mesmo.

Passando por esta experiência quaresmal chegaremos ao domingo da Páscoa, depois de termos celebrado solenemente a Vigília Pascal, exclamando com grande fervor de fé, amor e confiança o dia da libertação. “Este é o dia que o Senhor fez para nós: alegremo-nos e nele exultemos.” (Sl 117,24). É o domingo da Ressurreição do Senhor, Ele é quem venceu a morte nos arrancando das garras do maligno e nos concedendo a vida do novo Adão. Este é o verdadeiro homem, criado à imagem e semelhança de Deus. É Ele quem desce na escuridão de nossos pecados à nossa procura, à procura do verdadeiro ser humano que existe dentro de cada um de nós, para nos trazer à luz da verdadeira vida que nos é dada por Deus em seu Filho ressuscitado. No mundo, marcado por tantas dores e sofrimentos, fruto do egoísmo e da vida fácil, vamos irmãos cristãos gritar com grande alegria: ele ressuscitou e está no meio de nós. Feliz Páscoa a todos.

EXPEDIENTE

REITOR Pe. Leandro A. da Silva, MIC CONSELHO EDITORIAL Pe. Anchieta C. Muniz, MIC Pe. Leandro A. da Silva, MIC Pe. Sandro S. de Souza, MIC Ir. Thiago Radael, MIC Isabelle Warzinczak JORNALISTAS RESPONSÁVEIS Ir. Thiago Radael, MIC (MTB 10370) Isabelle Warzinczak (MTB 10197) REVISÃO Carina Novak, OCV Gislaine Keizanoski (MTB 6338) NIHIL OBSTAT Pe. Jair B. de Souza, MIC 29 de fevereiro de 2016 IMPRIMATUR Pe. Leandro A da Silva, MIC 29 de fevereiro de 2016 DEVOTOS DA MISERICÓRDIA Aluizio Meira (41) 3149 7558 PUBLICIDADE Helder T. Castro (41) 3149 7562 CAPA Comunidade Católica Shalom – Assessoria Litúrgico Sacramental PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO

IMPRESSÃO Gráfica Malires TIRAGEM 12.500 exemplares

Padre Leandro, MIC Reitor do Santuário da Divina Misericórdia misericordia.org.br

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CONTATO Estrada do Ganchinho, 570 81930-165 Umbará, Curitiba (PR) revista@divinamisericordia.com.br (41) 3148 3200 REALIZAÇÃO Santuário da Divina Misericórdia e Congregação dos Padres Marianos


ESPAÇO DO LEITOR

Estou preso desde 23/10/2014, recebi 8 anos de sentença. Rezo todos os dias o Terço da Misericórdia sozinho e uma vez ao mês participo da Santa Missa e recebo a Eucaristia. Fui tocado fortemente em meu coração e peço urgente que façam orações por mim. Estou desanimado em perseverar na fé, estou triste e angustiado. O meu coração deseja servir a Deus em uma vida consagrada. Por misericórdia, se houver algum Bispo, Sacerdote, religioso (a) ou família católica que deseja me apadrinhar na fé e na oração, principalmente na vida vocacional, divulguem meu pedido. Preciso que algum anjo da Igreja Católica me envie cartas e me apoie neste Ano da Misericórdia. Santa Faustina, rogai à Misericórdia por nós e pelo mundo inteiro. S. D. M. Papa Francisco ensina, neste Ano Santo da Misericórdia, o significado de crescer misericordiosos como o Pai, de ser cristãos preparados para gestos e escolhas que construam um mundo de paz, mesmo que seja nas pequenas coisas. Quem desejar apadrinhar ou escrever para este devoto S. D. M. pode encaminhar sua mensagem para o Santuário Divina Misericórdia. A sua carta será acolhida com carinho e endereçada a este irmão que sofre e necessita receber a misericórdia divina através de nossos gestos.

Caro leitor, este espaço é para a sua participação! Envie para o endereço revista@divinamisericordia.com.br Ou envie sua carta para: Apostolado da Divina Misericórdia. Caixa Postal: 8971 CEP: 80.611-970 Curitiba (PR)

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ESPIRITUALIDADE

Atitudes que devemos ter para vivermos bem a Festa da Misericórdia no Jubileu Extraordinário da Misericórdia Xavier Bordas Teólogo, tradutor no Santuário da Divina Misericórdia da Polônia Divulgação

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este ano no qual a Igreja nos convida a aprofundar o mistério da Divina Misericórdia, é importante perguntarmos a nós mesmos: Como posso melhor me preparar para viver plenamente essa graça imensa que Deus nos está concedendo? Para aproveitarmos ao máximo dos tesouros da misericórdia precisamos ser pequenos, ter um coração contrito e, com confiança, crescer cada dia na atitude da gratidão. Este programa – uma verdadeira peregrinação – pode nos parecer simples, mas não é tão simples assim. Por misericordia.org.br

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quê? A causa está no nosso orgulho, atitude que impede a contrição e a gratidão de um coração pequeno que se reconhece dependente de Deus. Tantas vezes não nos damos conta de quão frequentemente vivemos a nossa vida espiritual sob um pedestal, convencidos da própria perfeição. Por meio da liturgia diária que antecedeu o início da quaresma, pudemos acompanhar, na história do rei David, o doloroso processo de cair do pedestal da ilusória auto-imagem para tornar-se, pelo caminho das humilhações, cada vez mais pequeno, até

chegar a ter um coração bem contrito. O rei David começou a descer do pedestal no dia em que o profeta lhe fez saber a gravidade do seu pecado (ao enviar para morte o soldado Urias para ficar com sua mulher) narrando-lhe a parábola sobre um homem rico que tinha muitas ovelhas e que contudo para servir um hóspede toma a única ovelha de um pobre. “Esse homem és tu”, respondeu o profeta diante da cólera de David para com o homem rico da parábola (cf. 2Sm 12, 7). Foi naquele preciso momento que começou a sua verdadeira conversão.

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XAVIER BORDAS Formado pela Universidade de Barcelona em Ciências Químicas, com especialidade em Química Orgânica. Pós-Graduado em Teolgia pela UKSW (Universidade Cardeal Stefan Wyszyński) em Varsóvia. Pós-Graduado em tradução pela International House/Barcelona. Depois de mais de 25 anos de atividade profissional como químico voltou-se pouco a pouco para a tradução. Especializando-se na tradução em teologia da vida interior. Atividade que realiza até hoje.

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Quando, na nossa vida, insistimos em permanecer em um pedestal – tornamos a nossa conversão difícil: porque em nossos corações haverá, então, muito pouca contrição – e sendo pouca, forçosamente a nossa fé será superficial, sem fundamento. Embora seja dolorosa, a atitude de contrição autêntica nasce e se desenvolve no caminho da verdade. Quando Deus vem com a graça que nos mostra um pouco mais da verdade sobre nós mesmos – não podemos nos fechar e ficar concentrados ao redor do nosso “ego”, sofrendo por ver que não somos tão perfeitos como pensávamos. “O homem de religiosidade ‘teo-cêntrica’ [que tem o seu centro em Deus e como meta a comunhão com Deus em Sua vontade], não se fixa tanto nos seus pecados mas, pelo contrário, toma-os como ponto de partida para, através da fé, fazer a descoberta da misericórdia de Deus” (cf. Meditações sobre a fé, Pe. Tadeusz Dajczer). Então, em que consiste a verdadeira contrição? Trata-se do sincero reconhecimento e arrependimento pelo mal cometido. É a atitude daquele que não tenta se encobrir, se justificar ou acusar os outros, mas coloca-se com sentido pesar diante da Cruz. Quando, consciente da própria miséria e da própria condição de pecador, você contemplar a Cruz e as chagas abertas de Jesus; quando, em espírito, procurar bei-

jar essas feridas, causadas por você mesmo: isso será contrição. No filho pródigo faltava essa contrição, contudo, já na sua decisão de regressar ao pai, abriu-se uma possibilidade para, no seu encontro com ele, ter a coragem de se ver na verdade. Somente quando, contrito, você beijar as chagas de Jesus, crendo no Seu amor, é que de fato retornará a Deus com a atitude de criança, conforme o Evangelho; e é esse regresso que Ele espera de nós. Não retorne a Deus como um mercenário, porque, então, novamente você O irá trair. Para deixarmo-nos formar na autêntica atitude de peregrinos da misericórdia, precisamos e podemos contar com a ajuda dos santos, termos como padroeiros aqueles que em suas vidas aprenderam o que era o perdão, a contrição e a gratidão em resposta ao amor misericordioso de Deus. O caminho mais rápido e fácil dessa peregrinação na misericórdia divina será sempre vivê-la nos braços de Maria. É no aconchego desses braços que melhor podemos ter consciência da nossa pequenez. Por isso, , nestes dias especiais da quaresma, que nos preparam intensamente para viver a Festa da Misericórdia – em Cristo Ressuscitado –, procuremos abrir-nos ao dom da Sua ação misericordiosa, mas sempre com a Mãe Santíssima.

Festa da Misericórdia Colha todas as graças que Jesus prometeu com a celebração desta Festa

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Misericórdia

Minha casa tem lugar para

Jesus Misericordioso Isabelle Warzinczak

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esus Misericordioso conta com a sua ajuda para propagara Sua misericórdia no mundo. Ele é o nosso Salvador, e por meio da Sua Imagem, pintada segundo a Sua solicitação, nos ensina a confiar em Seu socorro constante. “Ofereço aos homens um vaso, com o qual devem vir buscar graças na fonte da misericórdia. O vaso é a Imagem com a inscrição: Jesus, eu confio em Vós” (Diário, 327).

“Prometo que a alma que venerar essa Imagem não perecerá. Prometo também, já aqui na terra, a vitória sobre os inimigos, e especialmente na hora da morte. Eu mesmo a defenderei como Minha própria glória” (Diário 48). Nesta edição, a partir da Campanha Minha casa tem lugar para Jesus Misericordioso, recebemos muitos emails e mensagens pela rede social com fotos do lugar que Jesus ocupa na casa das famílias devotas da Misericórdia.

“Meu filho Lucas de 13 anos ganhou o quadro da Divina Misericórdia, e desde então nos tornamos devotos da Divina Misericórdia. Com 10 anos ele fez a sua primeira comunhão, no domingo - dia da Divina Misericórdia. Este ano, que é o Ano da Misericórdia, ele vai fazer a crisma. É mais uma vez Deus mostrando o quanto nos ama. Desde que ele ganhou o quadro nossa família participa da Festa da Misericórdia aí em Curitiba. Deus abençoe!” Angelita Avrechaki

Palmeira-PR

“Nosso Sacrário Vivo fica na sala, para que todos os que entrarem em nosso lar vejam Jesus Misericordioso. O nosso quadro foi abençoado no dia da Festa da Misericórdia.” Andréa Thais Antunes

Curitiba-PR

“Na entrada de nossa casa, onde todos possam chegar e ser bem recebidos.”

Andréia Staine Varela Curitiba-PR

“Na Minha casa tem lugar para Jesus Misericordioso.” Lucia Ribeiro da Cruz Curitiba-PR

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“Minha casa tem vários espaços para Jesus Misericordioso, um deles é o hall de entrada. Essa foto foi na Primeira Comunhão das minhas filhas gêmas, Letícia e Caroline.” “Jesus, Tu és meu único amigo fiel, me prometeu, me mostrou e cumpriu exatamente igual. Eu vou passar minha vida Te louvando e agradecendo e não será suficiente. Passarei a eternidade também. Vou divulgar Teu amor, Teu poder e Tua Misericórdia infinita”. Neiva Echer

Caxias do Sul-RS

“Na minha casa temos um altar dedicado à Jesus Misericordioso.” Andreza Silva

Curitiba-PR

“Paz e Misericórdia! Envio a foto do meu oratório de Jesus Misericordioso para ser postado na revista. Obrigada, Luciane (AEDM)” Luciane Guimaraes

Presidente Venceslau - SP

Campanha Doe Um Quadro de Jesus Misericordioso Envie para nós, você também, uma foto do lugar que Jesus ocupa na sua casa, ou um testemunho para que todos saibam as maravilhas que Jesus Misericordioso realizou na sua vida e na de sua família. Envie o seu email para: revista@divinamisericordia.com.br Ou envie a sua carta para: Apostolado da Divina Misericórdia. Caixa Postal: 8971 CEP: 80.611-970 Curitiba (PR)

No dia 22 de fevereiro de 1931, Jesus pediu à Santa Faustina que fosse pintada uma Imagem segundo a visão que ela estava tendo Dele – a Imagem de Jesus Misericordioso. Em 2016 fazem 85 anos desse pedido de Jesus. Em comemoração deste data, lançamos a Campanha “Doe Um Quadro de Jesus Misericordioso” com a intenção de que mais pessoas conheçam a devoção de Jesus Misericordioso. Tenha, portanto, o Quadro de Jesus Misericordioso em sua casa. Que todos os que entrarem em seu lar tenham acesso à essa Imagem, assim como Jesus pediu para Santa Faustina. E se você já tem o Quadro de Jesus Misericordioso exposto em sua casa, doe um a quem não tem! Presenteie seus amigos, conhecidos, familiares, sacerdotes e paróquia com a Imagem de Jesus Misericordioso (estampa, quadro, santinho etc). Leve Jesus Misericordioso para dentro dos lares daqueles que você conhece. Faça essa experiência de amor neste Ano Santo da Misericórdia! Desta forma, você estará sendo um anunciador da misericórdia divina. Compartilhe essa devoção! Você pode adquirir as Imagens de Jesus Misericordioso em nossa loja virtual. Acesse: misericordia.org.br/loja Se preferir, venha até o Santuário e conheça a nossa loja física: Estrada do Ganchinho 570, Umbará, Curitiba-PR. Fone: (41) 3148-3200

#JesusMisericordiosoEmTodosOsLares

Doe uma Imagem de

Jesus Misericordioso "Por meio dessa Imagem concederei muitas graças às almas; que toda alma tenha, por isso, acesso a ela" (Diário, 570).

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#CASADAMISERICORDIA

OBRAS CONCRETAS

DE AMOR E MISERICÓRDIA Arquivo MOM - AEDM

Isabelle Warzinczak

Visita aos doentes do Hospital Pequeno Príncipe, com celebração da Santa Missa para os doentes, funcionários, médicos e familiares.

Comemoração com as crianças, os pequeninos do Senhor.

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o anunciar o Jubileu Extraordinário da Misericórdia, o Papa Francisco manifestou o desejo de que durante esse ano especial de graça o povo cristão reflita sobre as obras de misericórdia corporal e espiritual. “Será uma maneira de acordar a nossa consciência, muitas vezes adormecida perante o drama da pobreza, e de entrar cada vez mais no coração do Evangelho” (cf. Bula de Proclamação do Jubileu Extraordinário da Misericórdia, 15). Oferecendo um pouco do seu tempo e preocupando-se com quem necessita de

Ação com moradores de rua. “Dar de comer a quem tem fome”, “dar de beber a quem tem sede”, “vestir os nus”.

ajuda, o Ministério Obras de Misericórdia (MOM) dos Apóstolos Eucarísticos da Divina Misericórdia (AEDM), do Santuário da Divina Misericórdia, em Curitiba, têm a missão de praticar ações de caridade para com o próximo, socorrendo-os em suas necessidades corporais e espirituais. Com aproximadamente 30 integrantes, o ministério, que teve início em 2009, procura realizar o máximo de obras possíveis para atender o que a Igreja pede. “Somos chamados a realizar obras concretas de amor e de misericórdia, ir aonde quase ninguém quer ir, vamos ao encontro daqueles que mais precisam, os pequeninos

do Senhor. Em cada missão, procuramos divulgar a divina misericórdia, o amor misericordioso de Jesus, esse amor que nos impulsiona a sair de nossos lares, de nós mesmos, e ir encontrar Jesus nas ruas, nos hospitais, asilos, nas crianças carentes, nas penitenciárias. Onde tem um irmão que sofre, somos chamados a ir, pois Jesus nesse irmão espera por nosso socorro”, conta Éder Moreira, coordenador do MOM – AEDM. Os integrantes do Ministério seguem um calendário anual, onde distribuem as ações a serem realizadas, dentro das quatorze obras de misericórdia corporal e espiritual.

As pessoas que se motivaram a realizar obras de amor e misericórdia e que gostariam de participar do MOM podem entrar em contato com o coordenador Éder pelo telefone (41) 9941-6503 ou Thiago (41) 8787-4857. misericordia.org.br

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ESPECIAL

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ESPECIAL

RESSURREIÇÃO: EIS QUE ELE ESTÁ CONOSCO TODOS OS DIAS “Este é o dia que o Senhor fez para nós: alegremo-nos e nele exultemos” (Sl 117,24) Pe. Leandro Aparecido da Silva, MIC LDS.org

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momento central na liturgia cristã é a celebração da Páscoa. É a solenidade mais importante, onde se revive na fé a Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo. Os primeiros cristãos a celebravam a cada domingo, em cada eucaristia. Com o passar do tempo, começaram a destacar um domingo durante o ano para a comemoração da morte e Ressurreição do Senhor. Já a partir do século II, a data fixa da celebração anual foi determinada como sendo no domingo após a primeira lua cheia da primavera, no chamado 14 de Nisã, tendo como ponto de referência a data da páscoa judaica. Para a celebração da Páscoa, nos preparamos durante quarenta dias da Quaresma, marcado como um tempo de contrição, oração, jejum e abstinência

para o fortalecimento da humildade. É um tempo de conversão, de morte para o pecado, para ressurgirmos numa vida nova com Cristo em sua Páscoa. Por mais 50 dias celebramos o Tempo Pascal que encerra com a solenidade de Pentecostes. A Páscoa é a celebração da passagem de Jesus Cristo “deste mundo para o Pai” (Jo 13,1), da “morte para a vida” (Jo 5,24), “das trevas para a luz” (1Jo 1,56). E por isso podemos rezar com toda a confiança e alegria o versículo 24 do salmo 117: “Este é o dia que o Senhor fez para nós: alegremo-nos e nele exultemos”. Para os israelitas, a Páscoa é a celebração em que se recorda a libertação de um povo oprimido pelos egípcios, realizada pelo poder de Deus. Na tradição israelita os pais explicam aos filhos durante a celebração da Páscoa: “E quando vossos filhos vos disserem: que significa

“TAMBÉM PRECISAMOS PEDIR: FICA CONOSCO, SENHOR”

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esse rito? Respondereis: é o sacrifício da Páscoa, em honra do Senhor que, ferindo os egípcios, passou por cima das casas dos israelitas no Egito e preservou nossas casas”, (Ex 12,26-27).“Explicarás então a teu filho: isso é em memória do que o Senhor fez por mim, quando saí do Egito. Será isso para ti como um sinal sobre tua mão, como uma marca entre os teus olhos, a fim de que tenhas na boca a lei do Senhor, porque foi graças à sua poderosa mão que o Senhor te fez sair do Egito. Observarás a cada ano essa prescrição no tempo prescrito”, (Ex 13,8-10). Para nós, cristãos, recordamos a vitória de Jesus sobre a morte, a Ressurreição do Senhor. A Páscoa é a celebração da passagem de Jesus Cristo, também dos cristãos, “deste mundo para o Pai” (Jo 13,1). Enquanto o israelita celebra a libertação de seu povo da escravidão egípcia, o cristão celebra a libertação da morte realizada por Cristo. “É ele quem salva tua vida da morte, e te coroa de bondade e de misericórdia”, (Sl 102,4). A Feliz Páscoa não é somente uma festa, é a vivência da libertação da escravidão do pecado, onde Cristo, o novo Adão, em sua morte e ressurreição, nos resgata da morte eterna e nos concede o Paraíso que perdemos por nossa desobe-

diência ao Pai. “Este é o dia que o Senhor fez para nós: alegremo-nos e nele exultemos”. Alegremo-nos e exultemos porque podemos dizer: Ele está no meio de nós. “Nisto se manifestou o amor de Deus para conosco, em nos ter enviado o seu Filho único para que vivamos por Ele”, (1Jo 4,9). Mesmo após a morte Jesus permanece com seus discípulos, não os abandou, os confirmou na fé. Ele inicia suas aparições no Primeiro dia da semana a Maria Madalena e depois se manifesta aos discípulos. Cada um vai fazendo sua experiência diante dos fatos. Maria Madalena precisa passar do plano da amizade com o Mestre para um compromisso de vida, um caminho espiritual. Pedro vê os sinais e procura entender os fatos, tem dificuldade de reconhecer o Mestre, precisa curar as feridas da negação para enxergar com clareza. Depois disso dirá ao Mestre: “Senhor, sabes tudo, tu sabes que te amo”, (Jo 21,17). João vê e crê, é o discípulo do amor. Quem ama não duvida, percebe o Amado nos sinais que foram deixados. Quem ama chega primeiro, nunca está atrasado. Os discípulos de Emaús voltam para casa marcados pela angústia, pela mágoa, pelo abandono e pela frustração.

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Após o pedido “Fica conosco, já é tarde e já declina o dia” (Lc 24,29), o Senhor permanece com eles e a experiência com o Ressuscitado renova a fé e a esperança. Eles já não têm mais medo da noite escura, do entardecer, voltam renovados para Jerusalém porque fizeram a experiência da nova vida que foi dada pelo Senhor. Perceberam que o Senhor cumpriu a promessa de estar para sempre com eles. “Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo”, (Mt 28,20). O Senhor continua conosco, Ele caminha em nossa história desde aquele dia, o Primeiro da Semana, o dia da Páscoa. O fato mudou a história da humanidade. Hoje somos convidados a mudar também a nossa vida. Isto só é possível no encontro com o Ressuscitado. Também precisamos pedir: Fica conosco, Senhor. Precisamos buscá-Lo na oração, na confissão, na vida sacramental, especialmente na celebração da Eucaristia. É no empreendimento da busca do Senhor que o encontramos e percebemos que Ele está conosco.

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ESPAÇO DO DEVOTO

TORTA DE BANANA COM SUSPIRO Ormuzd Alves

Receita: M de Mulher Creme: coloque em uma panela o leite condensado, o amido dissolvido no leite e as gemas. Leve ao fogo e, sem parar de mexer, cozinhe até engrossar. Despeje sobre as bananas. Suspiro: na batedeira, bata as claras com o açúcar e o fermento, até ficar firme. Coloque sobre o creme e leve ao forno preaquecido, a 200 ºC, até dourar.

INGREDIENTES Calda: . 1 xícara (chá) de açúcar . 1/2 xícara (chá) de água . 6 bananas-nanicas cortadas em rodelas Creme: . 1 lata de leite condensado . 2 colheres (sopa) de amido de milho . 2 xícaras (chá) de leite . 2 gemas

Suspiro: . 2 claras . 4 colheres (sopa) de açúcar . 1 colher (chá) de fermento em pó

ENVIE SUA RECEITA

MODO DE PREPARO Misture o açúcar e a água em uma panela. Deixe ferver até formar uma calda. Acrescente as bananas e deixe cozinhar por três minutos. Coloque em um refratário.

Ela poderá ser publicada aqui. envie email revista@divinamisericordia.com.br ou envie sua carta para: Apostolado da Divina Misericórdia. Caixa Postal: 8971 CEP: 80.611-970 Curitiba (PR).

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FORMAÇÃO HUMANA

NÃO HÁ MISERICÓRDIA SEM CONFISSÃO E ARREPENDIMENTO Por Tommaso Scandroglio La Nuova Bussola Quotidiana

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lgumas passagens do livro-entrevista do Papa Francisco – O nome de Deus é Misericórdia – nos fazem entender que a misericórdia de Deus não pode ser dissociada da justiça (a qual exige que aquele que faz um bem receba um prêmio e que aquele que causa o mal seja punido) e da verdade (que, por sua vez, exige que o mal seja reconhecido como mal). Andrea Tornielli, que entrevistou o Papa, relembra uma das suas homilias em Santa Marta, na qual Francisco, explicando o encontro de Jesus com a mulher

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adúltera que estava prestes a ser apedrejada, recorda que Cristo “defende o pecador de uma condenação justa”. O Papa, portanto, diz-nos que o pecado merece uma sentença que, por justiça, não pode senão ser proporcionalmente severa, tanto quanto a gravidade do pecado. O Papa também esclarece que são necessárias duas atitudes para que a graça de Deus possa operar, ou seja, a fim de que o nosso pecado seja perdoado. O reconhecimento sincero e com pesar do próprio erro e a emenda, ou seja, a vontade de mudar, de não mais pecar. Sobre

a primeira atitude, Francisco afirma que se não há a consciência do pecado, obviamente, não pode haver o perdão. Essa é, talvez, a ferida mais profunda do momento histórico em que vivemos, explica o Santo Padre, recordando que Pio XII “há mais de meio século, disse que o drama da nossa época era termos perdido o sentido do pecado, a consciência do pecado”. Em seguida, acrescenta, referindo-se precisamente à condição interior que leva a sentir dor pelos pecados cometidos, que “quando alguém sente a misericórdia de Deus, tem uma grande


vergonha de si mesmo, de seu próprio pecado. […] Aquele que se confessa é bom que se envergonhe de seu pecado: a vergonha é uma das graças que se deve pedir, é um fator bom, positivo, que nos torna humildes”. Depois, citando Santo Agostinho, acrescenta: “Quando pecamos, devemos ficar descontentes conosco mesmos, porque os pecados desagradam a Deus”. Francisco também ilustra que para confessar-se com as disposições adequadas o penitente deve “ser capaz de olhar com sinceridade a si mesmo e ao seu pecado. E que se sinta pecador. A misericórdia está diante de você, mas se você não quer recebê-la, se você não se reconhece pecador, significa que você não deseja recebê-la, significa que você não sente necessidade dela”. Portanto, o amor de Deus por nós não nos impede de reconhecer em verdade os males que cometemos. Para o Papa, “A Igreja condena o pecado porque ela deve dizer a verdade”. Por exemplo, no caso da homossexualidade. “Eu prefiro, afirma o Papa, que os homossexuais venham se confessar. […] Pode-se aconselhar a eles a oração, a boa vontade, indicar o caminho”.

A falta da contrição (dor pelo pecado cometido) ou atrição (dor pelo pecado cometido porque se está com medo do castigo de Deus) – não pode levar à remissão dos pecados. Isto é bem evidente quando o Papa explica que, algumas vezes, o confessor não pode absolver e se deverá limitar a uma bênção. Em relação à segunda abordagem que exige o empenho por uma conversão séria e profunda da própria vida, Francisco chama a atenção dos fiéis que entendem a confissão como uma lavanderia: a pessoa entra no confessionário, diz os seus pecados e automaticamente esses são lavados. Isso não acontece se não existe um propósito radical de abandonar a via do mal. Mais especificamente, o Papa faz uma distinção importante: Existe aquele que cai e se levanta e cai novamente, mas não abandona a luta espiritual. E depois existe aquele – o “corrupto” – que se sente bem, ou seja, não se arrepende do próprio pecado e, portanto, não quer se converter: “O corrupto […] é aquele que peca e não se arrepende, aquele que peca e finge ser cristão e com a sua dupla vida dá escândalo”. Dessa forma, se subtrai voluntariamente à misericórdia de Deus.

“SE_ NÃO HÁ A CONSCIÊNCIA DO PECADO, OBVIAMENTE, NÃO PODE HAVER O PERDÃO”

TV

PENSAMENTO SANTO

“Desejo viver em espírito de fé. Aceito tudo que me advir, porque sei que tudo isso me é oferecido pela amorosa vontade de Deus, que sinceramente deseja a minha felicidade. Portanto, aceitarei tudo o que Deus me enviar com submissão e gratidão, não dando ouvidos à voz da minha natureza, nem às sugestões do amor próprio”. Santa Faustina – Diário, 1549

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1ª SEGUNDA-FEIRA: 19h Missa da Família TERÇA-FEIRA: 19h Santa Missa | 20h30 Grupo de Oração

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GERAL

OS PADRES DA IGREJA E A MISERICÓRDIA Rino Fisichella Presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização

São Pedro Crisólogo

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apelo à misericórdia é o verdadeiro fio condutor que liga a história dos cristãos. É verdade que houve momentos em que alguns acontecimentos históricos ofuscaram e até eclipsaram a visibilidade da

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misericórdia. Guerras e conquistas territoriais, escândalos e violências várias relegaram para um canto o amor terno de Deus, sem todavia o poderem extinguir da vida da Igreja. Seria fácil mostrar como precisamente nestes períodos

escuros da nossa história surgiram pessoas de incrível santidade que fizeram emergir a bondade de Deus através do testemunho da própria vida. Um capítulo importante da história foi-nos deixado pelos Padres da Igreja - esses grandes mestres dos primeiros séculos, verdadeiros cantores da misericórdia. O tema da misericórdia marca suas vidas e ensinamentos. A perspectiva ou evocação da parábola do bom samaritano encontra-se em muitos Padres da Igreja tanto do Oriente quanto do Ocidente como um ponto de referência constante. Entre os Padres da Igreja que de forma especial glorificam a misericórdia divina em seus escritos podemos citar Santo Inácio de Antioquia, São Clemente Romano, São Policarpo de Esmirna, São Justino, Santo Atanásio, São Cirilo, Santo Hilário de Poitiers, São Basílio, São Gregório Nazianzeno, São Cromácio, Santo Ambrósio, Santo Agostinho, São João Crisóstomo, São Pedro Crisólogo, São Máximo - o confessor, Isaac de Nínive, São Fulgêncio e Santo Ildefonso de Toledo. O convite a ser misericordiosos como o Pai (Lc 6,36), indicado pelo Papa Francisco na Bula Misericordiae vultus como sendo o lema do Jubileu, foi muitas vezes traduzido pelos Padres da Igreja como um convite à verdadeira perfeição, evangélica, que é vocação comum de todos os cristãos à santidade (cf. Lumen gentium, n.5, 40). Para os Padres, na sua experiência e no seu pensamento, o convite à misericórdia e à perfeição estão intimamente unidos, porque os pastores e os doutores dos primeiros séculos do cristianismo se reconheceram sempre, e a toda a Igreja peregrina, como necessi-


tados da bondade misericordiosa de um Deus que perdoa. Portanto, ser cristãos, ou seja, ser semelhantes a Cristo, o Homem Perfeito, é possível, e ainda mais se acolhermos a misericórdia divina e se formos pessoas de misericórdia. No tempo dos Padres da Igreja, todos aqueles que pediam para ser cristãos eram educados para tomar consciência de uma realidade comum que era a dificuldade com que se vem ao mundo. De tal modo eram ajudados a descobrir que eram todos pobres, porque todos partilhavam uma mesma ferida e, por conseguinte, estavam todos necessitados de uma mesma misericórdia. Quando o mal não se descarrega sobre um só, ele não aumenta, nem se multiplica, mas perde a sua força destruidora, torna-se limitada tal qual é na sua realidade negativa, ausência de um bem só momentaneamente ausente, mas pronto a assumir o seu lugar. Então, os homens não agem já sob as forças do mal julgando-se, odiando-se, matando-se, mas olhando-se e descobrindo-se pecadores, rezam em conjunto: “Perdoai-nos as nossas ofensas”.

Texto extraído do livro “Os Padres da Igreja e a Misericórdia” preparado pelo Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização para o Jubileu da Misericórdia 2015-2016. Parte do texto foi tirado do Prefácio feito por Rino Fisichella, e as demais dos escritos elaborados por Monsenhor Enrico dal Covolo e Padre Vittorino Grossi. São Gregório

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#JOVEMGO

Crescer

Misericordiosos João Pedro da Luz Neto

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o início de janeiro, dia 14, o Papa Francisco escreveu uma carta a todos os adolescentes do mundo. Trata-se de um convite: para que participem do Jubileu da Misericórdia e, caso possam, se dirijam a Roma para participar deste momento com o próprio Papa. Mas, para Francisco, participar do Jubileu é muito mais do que preparar as mochilas e comprar as passagens: é preparar o coração. Em sua carta, o Pontífice explica que o Jubileu é um ano para dizermos, dia após dia, que Deus é Santo – e assim tornarmos a nossa vida santa. É por isso que o Jubileu dos adolescentes se chama “crescer misericordiosos como o pai”. Como diz o próprio Papa: “Crescer misericordiosos significa aprender a ser corajosos no amor misericordia.org.br

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prático e desinteressado, significa tornar-se grande tanto no aspecto físico, como no íntimo de cada um”. Crescer na misericórdia divina é tornar a vida santa. Nem todos terão condições de ir neste ano para Roma ou à Cracóvia na JMJ. Mas, com toda certeza, conseguiremos participar do Jubileu se crescermos misericordiosos como o Pai. Um dos caminhos mais recomendados é a prática das obras de misericórdia. Quais são elas? Existem duas “listas”, as obras de misericórdia corporal e as de misericórdia espiritual. As obras de misericórdia corporal são: 1) dar de comer a quem tem fome; 2) dar de beber a quem tem sede; 3) vestir os nus; 4) dar pousada aos peregrinos; 5) assistir aos enfermos; 6) visitar os presos; e 7) enterrar os mortos. Já as obras de misericórdia espirituais são:


1) dar bom conselho; 2) ensinar os ignorantes; 3) corrigir os que erram; 4) consolar os aflitos; 5) perdoar as injúrias; 6) sofrer com paciência as fraquezas do nosso próximo; e 7) rogar a Deus por vivos e defuntos. Com estas duas listas, já temos condições de fazer um grande exame de nossa vida em relação à misericórdia. Quantas delas cumprimos em nosso dia a dia? É verdade que nem sempre encontramos alguém que necessita de roupas ou alguém que precisa ser enterrado; entretanto, todos os dias somos capazes de realizar pelo menos uma obra de misericórdia (porque não muitas?). Como andam os nossos conselhos? Será que aconselhamos os nossos amigos a serem egoístas, dizendo que eles devem “colocar a si mesmos em primeiro lugar”? Será que os aconselhamos a serem imediatistas, dizendo que eles devem “aproveitar a vida”? O que em verdade é aproveitar a vida senão mergulhar no amor de Deus, um amor que não envolve discórdia ou divisão? Como anda o nosso perdão? Será que sinceramente nos dispomos à perdoar àqueles que nos ofendem, como pede a oração que Jesus nos ensinou? Será que vivemos a paciência diante do nosso amigo ou familiar petulante? Como andam as nossas visitas aos nossos familiares idosos e doentes? Que tal, neste ano da misericórdia, nos propormos a visitá-los com mais frequência, ouvir suas dores com interesse, levar a eles uma mensagem de esperança?

“QUANDO SE AMA, DÁ-SE OPORTUNIDADE ÀQUELE QUE SE AMA DE RECUPERAR A PRÓPRIA DIGNIDADE, DE LEVANTAR-SE E DE PÔR-SE DE NOVO A CAMINHO” Há muito o que podemos refletir sobre essas obras, e o espaço é breve. Fica o convite para essa reflexão e, especialmente, para a prática generosa das obras de misericórdia corporal e espiritual. O importante é que coração e ação estejam alinhados, para que não sejamos hipócritas. Em todas estas obras, devemos ver o suave convite de Jesus à sermos misericordiosos como o Pai e com o Pai. Como recompensa, seremos sementes de um mundo solidário, um mundo de compreensão, acolhida e paz, no qual reina Cristo Ressuscitado - a própria Misericórdia de Deus - que habita entre nós. Não há porque não se arrepender, e não há porque não sonhar com ideais grandes e nobres!

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