Doce Mar de Minas - Ed 10 Dez/Jan 2013 - Baixa do Lago

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ano 2 | edição 10 | dez/janeiro 2013

Baixa do Lago Belezas veladas, reveladas

Especial O universo mágico das Congadas em Passos/MG

Roteiro

Náutica

Cachoeiras simplesmente deslumbrantes

Shaefer Yachts se inspira no Doce Mar




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leia na doce mar EXPEDIENTE Doce Mar de Minas é uma publicação bimestral da Editora Doce Mar ano 2 | edição 10 | dezembro/janeiro 2013

Direção executiva Bolivar Filho odocemardeminas@hotmail.com Conselho editorial Adriana Dias, Bolivar Filho Edição Bolivar Filho Adriana Dias adriodias@hotmail.com Projeto gráfico Edição de imagens e DTP Multimarketing Comunicação Cleiton Hipólito / Dalton Filho cleiton@multimarketing.ppg.br Redação Adriana Dias – MTB 025.230 adriodias@hotmail.com Mayara Carvalho carvalho.mayara@hotmail.com Fotos Reginaldo Faria reginaldofaria@outlook.com Mauricio Elias eliasfotografia@hotmail.com Impressão 3 Pinti Editora e Gráfica Tiragem 10 mil exemplares

14 CAPA Lago rende turismo

24 ESPECIAL Nos passos dos Congos

36 NÁUTICA Sob Medida

44 ROTEIRO Cachoeiras tops

56 GASTRONOMIA Pede moleque!

60 Revista Doce Mar de Minas Av. Com. Francisco Avelino Maia, 3866 – Passos/MG – 37902-138 Fone: (35) 3522-6252 www.facebook.com/docemarminas

odocemardeminas@hotmail.com Envie a sua história ou curiosidade relacionada ao “Doce Mar de Minas”

VITRINE Minas Gerais é tudo isso

68 ARTES Modernidade e arte, lado a lado

72 ACONTECEU Cardápio de turismo

74 CULTURA Que las hay, las hay

76 EMPREENDIMENTO Ilha de Pedra

80 AÇÃO SOCIAL Doe esperança!

82 FAUNA Alevinos, ao lago!

86 EVENTO Mar de Minas Weekend

91 AERONÁUTICO Radar Aéreo


E NESTA EDIÇÃO

Um brinde ao novo! Dois anos juntos com vocês, leitores, parceiros, clientes e fornecedores merece ser celebrado com um brinde. E nestes dois anos a DMM cresceu, vivenciou novidades, se aprimorou e levou as belezas de alguns cantos das Gerais para as casas de muitos brasileiros e até de estrangeiros. Queremos brindar o Ano Novo, que traga novas aspirações de crescimento à nossa equipe, que há um ano ganhou a Terra Boa Agronegócios que também vem crescendo e chegando a vários lugares levando a proposta do mercado do agrobusiness. Brindamos ainda o antigo que se fez novo no Lago de Furnas com a baixa do nível de suas águas trazendo à tona pontes, torre de igreja e até estradas de ferros. Apostando nas maravilhas do Lago de Furnas e mesmo com o nível em baixa, empreendedores e clientes lançaram um novo condomínio em Formiga/MG: o Resort Ilha de Pedra. Um brinde ao novo modelo de barco lançado em Escarpas do Lago feito especialmente para atender um público exigente: os mineiros. Para dar um salve 2013 diferente, trouxemos nesta edição as histórias reais de uma bruxa em um evento realizado em São Tomé das Letras em homenagem à água. Ainda navegando neste mar de magia e mistérios vamos passear pela manifestação cultural Congada, que acontece em Passos/MG há 155 anos. E que se renova a cada dia, assim como desejamos que nossa parceria se renove em 2013. Receba com muito carinho de nossa equipe um forte abraço e que no ano que chega possam alcançar todos os seus objetivos. É um prazer brindar com vocês! Bolivar Filho Ainda não leu nossa última edição? Acesse já a biblioteca virtual da Revista Doce Mar de Minas: http://issuu.com/docemardeminas Tenha uma boa leitura!

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LEITORES

A árbitra de futebol e jornalista, apresentadora do programa de esportes “Alterosa no Ataque”, do SBT, Ana Paula da Silva Oliveira, se preparando para o Jogo das Estrelas em Passos/MG. Mas parou para conhecer a DMM sob as lentes de Piettro Cavalera.

Osmar Rodrigues da Silva, proprietário da Okka House Móveis e Complementos, durante inauguração de seu outro empreendimento, a Rudnick Projetados, lendo a DMM.

O diretor do estaleiro Schaefer Yachts, Pedro Odílio Phelippe, folheando a DMM para conhecer a revista, durante lançamento da Phantom 400 em Escarpas do Lago, em Capitólio/MG.

O campeão de wakeboard, Ronaldo Beleza, que já foi capa da Doce Mar de Minas, passando feriado no Píer JTR em Guapé/MG. “Ler a DMM é sagrado, assim como curtir o Lago de Furnas”.

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CAPA

Lago rende turismo

e esconde hist贸rias 14 | DOCE MAR DE MINAS


Baixa das 谩guas traz hist贸rias submersas no Lago de Furnas

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As águas do Lago de Furnas, um dos maiores lagos artificiais do mundo, nesta época do ano, estão no período de baixa. Nos últimos meses este mar de águas doces baixou por conta da falta de chuvas. De acordo com a Associação dos Municípios do Lago de Furnas (Alago), cerca de 260 empreendimentos turísticos, tais como, hotéis, pousadas e clubes náuticos movimentam a economia e geram empregos nas cidades banhadas pelo lago, atraindo turistas do Brasil e do mundo. De acordo com Furnas Centrais Elétricas o nível do reservatório da Usina Hidrelétrica de Furnas está com aproximadamente 17% de seu volume total, o que é normal para essa época do ano. “Atualmente o reservatório de Furnas está com níveis de armazenamento em torno do esperado para o final do período de estiagem e início do período chuvoso, disseram os técnicos da hidrelétrica. Segundo a dona de uma das pousadas de Carmo do Rio Claro, Simone Silva Moisés no último feriado 50% das vagas do local foram preenchidas. “Muitos de nossos clientes reservaram a hospedagem conosco desde abril deste ano. Todos estão muito ansiosos pelo réveillon. Devi-

do a isso, preparamos vários passeios para nossos clientes. Alguns passeios foram substituídos, devido à baixa das águas, mas o cliente ficará satisfeito em passar essa data aqui”, disse a empresária. Em Pimenta, o ex-jogador do Galo, Éder Aleixo, explica que decidiu investir em uma casa de veraneio

“Muitos de nossos clientes reservaram a hospedagem conosco desde abril deste ano. Todos estão muito ansiosos pelo réveillon. Devido a isso, preparamos vários passeios para nossos clientes. Alguns passeios foram substituídos, devido à baixa das águas, mas o cliente ficará satisfeito em passar essa data aqui” às margens do Lago de Furnas, em Escarpas. “Comprei uma área em Pimenta e construí meu recanto para finais de semana e férias com a família e amigos. Minha casa fica numa

Vista Panorâmica Lago de Furnas próximo à Ponte do Rio Turvo

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península maravilhosa, denominada Ilha Cabaçal, um cenário perfeito”, disse Aleixo durante o Jogo das Estrelas, em Passos, em prol do Hospital Otto Krakauer. Histórias Reveladas Com a mudança do curso do Rio Grande, para a construção da Usina Hidrelétrica de Furnas, cidades e vilarejos foram inundados. Todo o cenário da região mudou para sempre. Histórias de pessoas e municípios ficaram de baixo d’água e outro cenário apareceu. Com a baixa das águas riquezas tem sido reveladas e a cultura pode ser vista pelos turistas e moradores do local. Com a instalação da represa de Furnas em 1964, toda a área no município de Fama foi alagada, mas agora, com a baixa do nível, é possível visualizar uma ponte e uma estrada de ferro que ligava o Sul de Minas ao Estado de São Paulo, passando por cidades como Alfenas/MG, Varginha/MG e Três Corações/MG. A possibilidade de visualizar a ponte e a estrada transformou o local em um ponto de passeio e pesca onde as pessoas tem ido para ver a ponte que estava encoberta pelas águas da represa.


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Na cidade de Guapé, pessoas de toda a região estão indo ao local para ver a torre da igreja, onde foi erguido um mastro com a imagem de São Sebastião, padroeiro da cidade. O local onde a imagem está virou ponto turístico. Moradores e turistas tem tirado fotos ao lado do santo e feito orações em frente à estátua. Peças e pedaços de pisos e escombros das antigas casas estão ali para qualquer um ver e recordar as relíquias da cidade que foi alagada. Geração de Energia A equipe de Furnas disse que a geração de energia não vem sofrendo qualquer comprometimento. Quanto ao volume do reservatório da usina de Furnas, este já apresentou níveis mais baixos e mais altos ao longo de sua existência. Sobre morte de peixes e prejuízos à fauna e flora, Furnas salienta que o reservatório foi construído visando a geração de energia elétrica e sua operação ao longo dos anos não tem provocado quaisquer danos ao meio ambiente. “A regularização do Rio Grande permite manter um nível adequado de vazão, evi-

Ponte do Rio Turvo deixa a mostra as pilastras de sua base deixando claro o nível das águas do Lago de Furnas

Braço do Lago de Furnas expõe vegetação não vista há muitos anos

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Dique em Capitólio/MG


“Furnas acredita ainda que o reservatório se recuperará em breve devido a chegada do período de chuvas”

tando secas e cheias extremas, que ocorreriam inevitavelmente caso não houvesse a barragem”, explicaram. A empresa não registrou qualquer mortandade de peixes e prejuízos à fauna e à flora em virtude do nível baixo do reservatório. Com relação ao nível máximo, Furnas opera com 768 metros e acima deste nível as comportas do vertedouro (estrutura hidráulica usada para medir e controlar a vazão da água) são abertas para a proteção da barragem. Porém de acordo com os técnicos o nível que hoje é de 13,5 metros de coluna de água é considerado normal para esta época do ano.

Ponte “Torta” ou Ponte do Poção, Ilicínea/MG

Marina Clube Escarpas do Lago, em Capitólio/MG mostra os barcos ancorados

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Auto Oeste DOCE MAR DE MINAS

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Acima, a torre da igreja e o mastro com São Sebastião, em Guapé/MG. Abaixo, Aterro Santa Quitéria, em Carmo do Rio Claro/MG

Imagens Aterro: Lucas Soares

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Quanto ao volume de águas do reservatório da usina de Furnas, este já apresentou níveis mais baixos e mais altos ao longo de sua existência.

Aterro Santa Quitéria, Carmo do Rio Claro/MG

Antiga linha de trem, em Pontalete, Três Pontas/MG

Ponte Rio Verde, em Pontalete, Três Pontas/MG

Residencial Serra Verde, Varginha e Três Pontas/MG

Ao falar sobre comerciantes e piscicultores que vivem da exploração do lago, Furnas disse que a Superintendência de Pesca e Aquicultura do Estado de Minas Gerais delimitou os parques aquícolas em pontos estratégicos do reservatório, buscando minimizar os problemas que podem surgir devido a oscilação do nível de água. “Furnas acredita ainda que o reservatório se recuperará em breve devido a chegada do período de chuvas”, afirmaram. Um dos objetivos da Estação de Hidrobiologia e Piscicultura de Furnas é o repovoamento dos peixes com a colocação de filhotes de peixes no Lago de Furnas e realiza esta atividade desde a sua criação. Questionados sobre o fato de que mesmo com o nível do lago em baixa as comportas estavam abertas, os técnicos de Furnas afirmaram ter sido determinação do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que coordena a operação dos reservatórios das usinas conectadas ao Sistema Interligado Nacional. Segundo eles as comportas do vertedouro foram abertas com o objetivo de ajudar na geração de energia nas usinas situadas a jusante (rio abaixo), nas cascatas dos rios Grande e Paraná. A situação dos outros reservatórios de regularização da região sudeste do Brasil está em situação semelhante. Ainda de acordo com Furnas não existe qualquer risco de faltar fornecimento de energia elétrica. “Não há motivo para alarmes de qualquer natureza, dentro das características do período, estamos dentro dos padrões. O Lago de Furnas se recuperará normalmente ao longo do próximo período chuvoso. DOCE MAR DE MINAS

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ESPECIAL

Nos passos

dos Congos “São Benedito Sua casa cheira Cheira cravo de rosa E fulô da laranjeira” (Cântico em louvor a São Benedito)

A manifestação cultural Congada, ou simplesmente Congo, vivenciada em Passos há quase dois séculos mostra detalhes da construção de uma vida outra, sagrada, simbólica, mítica e mágica trançada do viver objetivo, preservando aquilo que tem de mais profundo e sagrado: as encantarias da festa do Rosário, de São Benedito, do Reinado e da Cavalhada. No mundo real os congadeiros cumprem um ritual de morte e de (re) nascimento, que conta léguas e léguas de histórias do desterro forçado de seus povos. Choram a retirada de seus antepassados do Congo africano, choram pelo passado de escravidão; no mundo imaginário recriam a maravilha da festa de Reis e Rainhas, que eram em suas terras, onde

hoje em terras brasileiras são trabalhadores rurais, carpinteiros, pedreiros, serventes e donas-de-casa, que se transformam em famílias reais, desfilando num cortejo real. Em Passos existem cadastrados 13 ternos de Congo, conforme a Associação Passense de Defesa do Folclore. Entre eles, o terno da Coroa de São Benedito, com seus 45 integrantes, palco privilegiado dos saberes e fazeres do Congo, com o sagrado e o profano. O cortejo inteiro de um dia de evento desde a saída do terno até seu retorno é o palco desta matéria, que também foi tema para a dissertação de Mestrado da jornalista Adriana Dias, na Unesp de Franca, no ano de 2008, que buscou mostrar a resistência cultural, a manutenção

Imagens dos integrantes do Terno da Coroa de São Benedito produzidas pelo artesão Leo Machado e Foto Érico Andrade

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e a perpetuação da manifestação Congada, em Passos/MG. Uma sala pequena e aconchegante, mais parecendo um altar, com uma constelação inteira de anjos e santos como: São Benedito, Padre Vitor, São Jorge Guerreiro, os Três Reis Magos, Jesus, Santa Luzia, São Jorge Guerreiro, São Cosme e São Damião, Santos Reis, Nossa Senhora Desatadora dos Nós, Mãe Rainha e a Santa Ceia, foi o camarim das conversas com Benedito de Souza, o Tijolinho, capitão do Terno da Coroa de São Benedito, personagem deste grande enredo, a Congada, Congo, Congado. O capitão Tijolinho é congadeiro, palhaço da Folia de Reis, rezador do Canto pras Almas e benzedor, que junto a outros magos, a galhofeiros, a foliões e fiéis seguidores, trançam e retraçam, fiam e re-fiam a renda da magia fantástica dos humanos jogando o Congo pelas ruas de Passos. O Congo é uma dança-dramática de origem africana, embora não se tenha escritos capazes de propor que a dança aconteça em terras africanas da forma como nas brasileiras. A dança rememora costumes e fatos da vida tribal, em forma de cortejo real, com os integrantes desfilando danças cantadas. A equipe da Doce Mar de Minas acompanhou ainda os trajetos do Terno da Coroa de Menino Jesus e ouviu de seu capitão, Daniel Santos, um desfiar de motivos para os cortejos, o principal deles: a fé. “Aqui em nossa casa o gosto e a devoção passam de geração em geração. Até onde sabemos teria começado com o avô do meu pai Jerônimo (falecido há 4 anos), que era conhecido por Jerominho. Hoje somos cinco irmãos

e todos, os ‘Irmãos Jerônimo’, saímos no terno”, conta, nominando Francisco, Dimas, José Roberto e Maria Aparecida. O capitão salienta que a nova geração já está engajada na manifestação cultural. “Os sobrinhos de primeiro e segundo graus Simone, Gilberto, Sidnei, Carolina, Lucas, Alex, Cesar, Pedro, Lucio, Felipe e Livia também saem no Congo ou ajudam de alguma maneira”, afirma. O terno do Menino Jesus, composto por 70 integrantes, está mesclado ultimamente com homens e mulheres. “Se a Maria Aparecida não sair com a farda e a filha dela, Carolina também, elas até choram”, explica Simone que é responsável pela organização do terno, lembrando que esta é uma maneira de agradecer as graças alcançadas ao longo do ano. O soar dos tambores, o negro da pele de homens, mulheres e crianças carregaram de fascínio o olhar de muitos passenses que saem às ruas para ‘ver o Congo passar’. Os grupos afro-brasileiros desfilam as suas identidades diversas ao mesmo tempo em que constroem representações e imaginários, produzindo narrativas que contam histórias de histórias de si, para si e para os outros. Os rituais de Congo misturam-se e confundem-se com outras manifestações culturais afro-brasileiras, tais como Folia de Reis, Jongo e Moçambique, espalhando sons, cores, cheiros, odores e gestuais. Criação da Irmandade do Rosário A Igreja do Rosário, uma das mais antigas, só existe na memória das pessoas e em documentos iconográficos. A Igreja foi erguida em taipa e alvenaria pela Irmandade de Nossa

Terno de Congo do Menino Jesus em pintura doada aos Irmãos Jerônimo

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Senhora do Rosário, por mãos de uma maioria de negros escravos entre 1823 e 1931, possivelmente. Sua construção deve-se a litígios políticos levando a cercear a prática religiosa de algumas famílias na Igreja de Senhor Bom Jesus dos Passos. Pela pressão dos vizinhos da igreja, sob a alegação da insegurança de suas torres, por volta de 1953 acontece a demolição. Há quem diga, porém, não ser este o real motivo da destruição da igreja. Para Tijolinho, capitão do Terno da Coroa de São Benedito, a demolição desse templo religioso tem outras motivações.

“Pai João foi na mata tirá o cipó pá cercá o mundo ao redó” (ponto africano passado de pai para filho, na voz de Tijolinho)

“A igreja era no centro e os pretos não podiam se misturar com os brancos ricos. Dancei Congo lá na porta, não podia entrar. Só começamos a entrar na igreja aqui no São Benedito com Cônego José Timóteo da Silva, que falou que a festa era nossa”, conta Tijolinho. Os festejos do Congo tem início nas casas de seus capitães, percorrem ruas da cidade e se encontram numa festividade fantástica na porta da Matriz de São Benedito em datas especiais. O professor Eurípedes Gaspar de Almeida, presidente honorário da APDF e ex-presidente, afirma que as manifestações culturais em Passos sobrevivem graças à ajuda do povo, em especial os negros, pelo gosto de preservar suas tradições. “A ajuda de governantes nessa área é reduzida. Os governos, tanto municipal, quanto estadual e federal, estão acordando para o grande patrimônio cultural do povo brasileiro. A cultura não é só um meio de resgate da história de um povo, mas também a forma de fomentar turismo na região”, revela. O município de Passos é rico em manifestações culturais assegurando-lhe o título de capital mineira do folclore, pela Federação de Reizado do Estado do Rio de Janeiro, conforme assegura o professor Eurípedes. Outros municípios surgem como territórios expressivos de manifestações de origem africana, tais como Alpinópolis, Arceburgo, Alterosa, Bom Jesus da Penha, Capitólio, Arcos, Capetinga, Cássia, Delfinópolis, Fortaleza de Minas, Guaranésia, Guapé, Piumhi, Pimenta, Pratápolis, São José da Barra, Santo Antonio da Alegria, São João Batista do Glória e São Sebastião do Paraíso.


Igreja do Rosário feita em 1920 incluída no Álbum de Passos Fonte: monografia do município de Passos (MAIA, 1984, p. 13).

Para Eurípedes, inexistem em qualquer órgão de seu conhecimento, mapas confiáveis sobre os locais de expressiva manifestação da Congada em Minas. “O que sabemos é ser uma manifestação cultural em extinção. Cremos não passar de 100 municípios com ternos de Congo em Minas Gerais. Estes que nós temos cadastrados, infelizmente não sabemos dizer se é de Congo, Moçambique ou de Folias de Reis, pois desenvolvemos o programa do encontro estadual convidando a todos”, salienta o professor. “O bonito da raça negra é que mesmo sofrendo tudo o que sofreu com a escravidão, é um povo feliz, não deixando de realizar suas confraternizações, danças e ritos religiosos”, explica. Na perspectiva de Eurípedes Almeida forma-se uma rede marcada por trocas simbólicas, trocas de convites, hospitalidade, almoços, cânticos costurando laços sociais. Os últimos anos são marcados por mortes de representantes de grande expressividade na cultura negra. “Nossa maior dificuldade foi encontrar pessoas dentro da família do folclore que pudessem substituir as pessoas que faleceram. Por causa destas baixas, os ternos de Congo e Moçambique vem se renovando. A APDF fez um trabalho de resgate dos ternos, por isso os

grupos representam uma nova geração. Estamos incentivando os jovens sobre a importância do folclore para a nossa cidade, mostrando que eles não podem ficar omissos à cultura popular que vem vindo há séculos. Assim, conseguimos o apoio e participação deles”, lembra. A Congada no Brasil Dados relativos à distribuição das Congadas no Brasil demonstram que essa festividade é prática dominante no sudeste brasileiro, especialmente nos estados de Minas Gerais e São Paulo. A forte presença da Congada na região estaria relacionada à presença de negros de origem bantu vindos forçosamente da África como escravos arrancados de sua terra pátria. “Eles vieram nos navios negreiros como escravos no século XVI. Quando os primeiros bandeirantes tiveram aqui nessa região de Jacuí, eles trouxeram alguns escravos. Muitos fugiam, é histórico e há documentos que comprovam que ali na Barrinha, onde hoje é o bairro São Francisco, nós tivemos muitas faisqueiras onde os escravos formavam suas habitações. Eram casinhas feitas de pau a pique, cobertas com indaiá e como o córrego ali que passa na barrinha

era um córrego muito limpo, eles ficavam procurando ouro até pelo Boiadeiro a fora, é, pelos lados do São Francisco, na saída ali pra Jacuí”, rememora Eurípedes. Ainda conforme o professor, os negros procuravam fazer as festas deles, principalmente na época dos santos de sua devoção. “Inclusive o primeiro santo que nós temos registro nessa época, é o santo Antônio. Tinha um português, o senhor Antônio, que tinha uma bitaca, um tipo venda, onde se encontra todo tipo de mercadoria. Era ponto de encontro de pessoas que vinham de vários lugares do Brasil rumo Mato Grosso ou então pra Goiás. Muito devoto, ele fazia a festa de Santo Antônio e os negros então, escravos fugidos, participavam. A religiosidade sempre foi o ponto máximo do escravo, porque, eles vieram obrigados à força da África, então eles tinham saudade da pátria deles, dos orixás, das danças, das comidas e pra não perder essa raiz eles continuavam fazendo”, conta. A maior concentração de escravos na região, a qual viria a ser Passos, se deu com a chegada do alferes João Pimenta de Abreu. “Nessa época fizeram a primeira capelinha, que era do Senhor Bom Jesus dos Passos, e nessa capelinha então nós tivemos a Irmandade do Senhor Bom Jesus dos Passos e a festa de inauguração onde surgiu justamente a nossa Cavalhada em 1835. A história da Cavalhada era contada aos negros e brancos pelos missionários, como forma de catequizar os índios. Eles contavam a história da Europa, e contavam naquela época a invasão da Europa pelos Mouros, que eles tentavam, saqueavam, matavam muitos padres, muitas freiras, e acabaram com muitos conventos, porque eles procuravam colocar na cabeça do índio e do negro aquele amor à religião cristã, à religião católica, inclusive que eles tinham que trabalhar pra ajudar as igrejas”, disse o professor. Em Passos isso não foi diferente, ainda conforme Eurípedes, sendo que os negros trabalharam para a construção da igreja para conseguir a salvação da alma. “Os missionários usaram muito o teatro pra evangelizar e pra catequizar, então eles fizeram a encenação da luta dos Mouros contra os cristãos. Esta história foi usada, em Passos, pelos senhores donos das fazendas para a inauguração da capelinha do Senhor Bom Jesus dos Passos. Foi realizada a corrida em cavalos ao redor da igreja simbolizando a guerra e a comemoração da vitória por parte dos cristãos. Hoje a Cavalhada é um dos nossos grandes bens culturais de Passos que acontece no dia 25 de dezembro na Praça de São Benedito”, afirma. DOCE MAR DE MINAS

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do Rosário, em seguida o de São Benedito, também com a criação da Irmandade de São Benedito em 1889, um ano após a libertação dos escravos. Capitão, palhaço e benzedor O Capitão Tijolinho reúne outros afazeres. É benzedor, é Capitão Mor da Coroa de São Benedito, é gerente da Companhia de Reis, tendo sido alferes - palhaço -, até seus 79 anos. O Congo para Tijolinho representa tudo. É vida, é sua vida, é sua história e a de seu povo negro. Por isso sua angústia e incerteza com relação à morte mostrada quando da entrevista, próximo ao dia da comemoração de seus 80 anos. “Eu estou pedindo a Deus mais pelo menos uns cinco anos para eu formar um capitão pra deixar no Congo e na Folia de Reis”, disse. Terno do Menino Jesus com suas vestes típicas usadas no dia 25 de dezembro

Com isso Passos representa há 155 anos a Cavalhada Moriscana, realizada apenas no dia 25 de dezembro, no Natal e ocorre, neste estilo apenas em Passos e Pirenópolis/GO. A festa conta com a participação de cavaleiros que se vestem com uniformes específicos e portam suas patentes militares. Esses cavaleiros seguem um trajeto realizando visitas aos reis e capitães. São homenageados pelas embaixadas dos Ternos de Congo e Moçambique e também pelas Cortes do Reinado. Simulam a batalha dos Mouros contra os cristãos. Fazem o levantamento das bandeiras em frente à igreja de São Benedito. Formam duas filas, correm, cruzando-se: mouros e cristãos. A vitória é dos cristãos e os mouros, vencidos, são convertidos e batizados. Em seguida procede a bênção de Natal e a confraternização dos cavaleiros. Os sinos da igreja tocam anunciando a vitória dos cristãos, enquanto são levantados os mastros com as bandeiras de São Benedito, Santa Efigênia, Santo Antônio de Catijeró e Menino Jesus. O Capitão Tijolinho conta que a Congada é uma manifestação que começou nas senzalas e ganhou as ruas com a libertação dos escravos em 1888. “Os escravos ensaiavam, mas não tinham essa liberdade de sair, depois é que manifestaram com o Congo na rua. Eles tocavam nas senzalas. Quem me contou foi meu padrinho de batismo, que ouviu de alguém. Que era assim: o dia que tinham uma folguinha de noite eles batiam na madeira e cantavam os pontos deles. Aí quando ganharam a liberdade em 1888, ninguém os segurou. Fizeram aquelas caixas de pau, uns tamborinzão grossos. Tirava

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o miolo do pau, fazia a caixa. Eu cheguei a cantar em muita caixa de pau. Passaram por latão com couro de carneiro e atualmente já existem compradas prontas”, explica Tijolinho. Sobre mudanças no estilo da Congada e Cavalhada deste tempo de mundo para os dias atuais, o professor Eurípedes Almeida assegura que a festa passou por descaracterizações. “Os uniformes ou fardas foram ganhando outros tipos de tecidos, outros instrumentos foram sendo incluídos. No início não se usava viola nem sanfona, hoje estes instrumentos foram incorporados. Antigamente era só as caixas e os cambitos - baquetas utilizadas para produzir o som”, informa Eurípedes. Cavalhada e Congada nascem praticamente juntas em Passos. Tanto Tijolinho quanto Eurípedes afirmam que as festas foram acontecendo paralelamente. “Quando foram construir a igreja do Senhor Bom Jesus dos Passos, a mando do Alferes Pimenta de Abreu, os escravos também, nas horas vagas, construíram a Capela de Nossa Senhora do Rosário onde é hoje é a sede da Prefeitura de Passos”, lembra Tijolinho. A festa da Congada, conforme o professor Eurípedes, sempre aconteceu do lado de fora da igreja, como é o caso da Igreja do Rosário, que mesmo tendo sido construída pelos negros e os escravos, a festa era realizada em seu entorno. “Realmente só foi liberada a entrada, como já disse, com o padre Cônego e mesmo assim muitos congadeiros respeitam a tradição de não entrar”, lamenta Eurípedes. O primeiro terno de Congo de Passos foi o da Coroa de Nossa Senhora do Rosário com a instituição da Irmandade de Nossa Senhora

Um cortejo real O cortejo do Congo em Passos é sempre pelos bairros, nunca passando pela região central. Nos dias das festas do final do ano, como no dia da Cavalhada, todos os ternos saem de suas sedes e vão se reunir na igreja da Penha. Em seguida saem em cortejo real rumo à igreja de São Benedito passando pelos bairros Exposição, Novo Horizonte e chegando ao destino, quando é hasteado o mastro. O cortejo é todo feito com dança e cantoria, podendo ser ponto ou cantiga de igreja. Benedito de Souza, o Tijolinho explica que o ponto é uma composição feita pelo capitão, inventada na hora, de acordo com a necessidade, podendo ser cantada por Congo. Já a cantiga de igreja é cantada pelos ternos de Congo e as Folias de Reis e Moçambiques. Sobre as diferenças do Congo dançado na África – se existir, e do Congo de cá e também entre os vários ternos de congos brasileiros, Tijolinho aponta serem os pontos cantados como o maior diferencial, embora entre os ternos da região, tenha outras diferenças. “Acho que diferença entre lá e aqui são os pontos que eles cantam que nós não sabemos e nunca vamos aprender. Acho que na África


eles dançam assim, senão como nós iríamos saber. A dança veio deles. Além dos pontos, é diferente o modo de cantar, o jeito de dançar, a roupa, é tudo diferente”, disse Tijolinho. Um mundo mágico, mítico e místico, fantástico fantasioso vai se descortinando quando cada um dos 45 integrantes do Terno da Coroa de São Benedito se enfileira no corredor estreito e comprido que liga o Barracão, sede do Terno de Congo da Coroa de São Benedito. São cores, musicalidade, religiosidade de várias religiões, oferendas, odores e cheiros, atos de profano, heréticos com as bebidas, tudo exalando amor por todos os poros. Esse mundo fantástico fantasioso encanta. Para muitos dançantes a festa significa a saudação de um ano todo de trabalho e colheita dos frutos deste trabalho. “A festa é tudo pra nós. É alegria, dança, cantoria, animação, fé, esperança, riso, penitência, promessa. Pra nós é a festa santa, ao mesmo tempo um festejo alegre e triste, saudoso dos nossos antepassados africanos. São festas de cortejo, que pra nós quer dizer a volta dos nossos irmãozinhos da África e nós fazemos essa festa para louvar Nossa Senhora do Rosário, São Benedito e o Rei e a Rainha do Congo”, afirma Tijolinho. Entre o sagrado e o profano Como em toda festa os integrantes do Congo tomam bebidas alcoólicas. “Nós cantamos, tocamos e dançamos para os santos, mas também tem uns congadeiros que abusam da pinga”, afirma Tijolinho. Muitas pessoas, do Universo Elegante (classe média e alta), tem uma visão negativa do Congo por conta dos congadeiros beberem pinga. Para o capitão Tijolinho, além de servir como um anestésico, a bebida faz parte da história da Congada. Anestésico para os fantasmas do trabalho e do desemprego que rondam e aterrorizam o semblante do terno, a cachaça se torna a droga que ativa o esquecimento de si, que promove as fugas minúsculas do cruento da realidade objetiva. Liberta cada um de si mesmo, desperta o sonho. Cintila a esperança, a fantasia, o riso alegre nos olhos dos foliões. Domingos, feriados dias em que a duplicidade do cotidiano faz nítida sua face festiva, o álcool autoriza e conduz os passos do ritual. Poderes mágicos queimam no interior dos corpos, fazem brotar das profundezas o confusional, o caos, o negro da fertilidade. Abrem todos os camarins, colocam em cena a multiplicidade do humano, a derri-

são, a ternura e afago dos corpos. Ativam o poético e o amoroso da alma, maledicente, o perigoso e o mortal, os jogos de amor, do azar e os de embate. Acre dos metais ou branca feito água-benta, a cachaça purifica, esvazia o doloroso e os desafetos, apaga o triste, eleva e faz brotar o sublime da criatura. Distende os orifícios, arranca do mais sombrio da alma o monstruoso, o abismo dos olhos do mal, o que atrita e fere os corpos. Torna-se ingrediente privilegiado na arte coletiva de enfrentando da morte. Irriga e aquece o leito para o novo nascimento, corre nas veias do que vem ao mundo, está no corpo do primeiro feto. As asas do fantasioso, do surreal, do corpo folião, que o álcool incita e excita, dobram-se no interior do ser primordial de cada congadeiro. “A bebida nasceu junto com o Congo. Hoje até que o povo quase não bebe, mas no meu tempo de criança ficavam aqueles velhinhos para nos vigiar, mas eram os que mais bebiam. Todo terno de Congo, toda vida é assim: primeiramente é a bebida. Antigamente, antes do terno sair era um golinho de pinga temperada com raiz pra cada um. Isso é do Congo mesmo, faz parte da tradição”, rememora Tijolinho. A cada saída do terno às ruas, o fantasioso, o encantador, o assustador, o mítico, o mágico, o lúdico, o extravagante se expõe. “Aqui tudo é diferente, nós mudamos até a cara quando estamos dançando de tanta emoção e fé em Nossa Senhora do Rosário e São Benedito”, assegura o capitão. Na variedade das máscaras destacam-se olhares e andanças do dia a dia. Por outro lado, a objetividade do trabalho, sua qualidade de suporte privilegiado de existência, reforça a sujeição de pessoa do trabalhador ampliando as zonas de incerteza. O sagrado ronda os passos o tempo todo. Vez por outra salta à frente, mostrando-se mais plenamente, abandonando o habitual, convidando ao enfrentamento. O ato de criação das imagens de si, das coisas, das relações, dos espaços e tempos, dos fazeres e afazeres sustentam o espaço do sagrado, suas magias e fascinações. A Congada traz um riso largo iluminando a face da saga do assustador, traz a derrisão da festa. Traz um riso místico e um lamento. Se um olho ri, o outro cisma, endurece, mescla-se de descrença e abandono. O terno andando, por ruas estreitas, pouco mais que grandes valas, a aspiração, a briga encarniçada se faz por mínimos vitais. Sonhos minúsculos, alguns milenares, compõem os tons do direito a fantasia.

Celeiro de Cultura “Passos tem terno de Congo? Tem 13 sim sinhô! Passos tem terno de Moçambique? Tem 7 de louvor! E Companhias de Reis? Tem 20 de uma vez! Passos tem grupos de Pastores? São 5 para louvores! Ainda tem as Pastorinhas? Um grupo se anuncia! E Rezadores para as Almas? 15 membros que as salvam! Derrubadas ou Mutirão? Cinco é um tanto bão! Tem grupo de Catira? Esse o povo nunca tira! Passos tem Caiapó? Esse tem um só! São Gonçalo, Passos tem? Tem um, é bão, cê vêm? E os grupos de Capoeira? Estes levantam poeira! Grupos de Maculelê? Tem que dançam até doer! E tem outras folias? Assim como as três Marias! São Benedito, Ah, não acredito! São Sebastião, Um amigão! E do Divino, Espírito Santo! Uai. Passos tem benzedeiras? 15 cadastradas e trocentas rezadeiras! Passos tem grupo de resistência? Xii, te m muita resistência, é de negro é de índio, gente afro-brasileira E nem sei mais lá o que Você pensa que acabou? Tem centro pá todo gosto! Roda de Samba, Umbanda e Candomblé! O número 80 é”! (Ponto criado por Adriana de Oliveira Dias e Eliana Amábile Dancini a partir de informações fornecidas pela Associação Passense de Defesa do Folclore (APDF) sobre as manifestações culturais em Passos. Ponto, na fala de Benedito de Souza, o Tijolinho é uma composição criada em improviso a partir de um dado, um fato, um acontecimento, com a inspiração Divina e de Pretos Velhos, cantados pelos ternos de Congo e Moçambique)

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Três gerações de congadeiros da família de Sô Jerônimo, que foi capitão do Terno do Menino Jesus, e aparece em destaque no detalhe com dois jovens

O capitão diz considerar que algumas festas, como o Carnaval não são santas e nessas festas a ajuda financeira por parte do Universo Elegante acontece, diferentemente do Congado que vive de migalhas reunidas com o esforço dos próprios congadeiros. “Eu creio que o Carnaval não seja uma festa santa. É uma festa pagã. O Carnaval é uma festa popular que todo mundo adora (risos). Todo mundo ajuda mesmo. Agora numa festa igual o Congo ninguém ajuda. Velá! As pessoas ajudam no Carnaval por causa da farra. O Congo é de mais respeito e nem todo mundo gosta, né?”, questiona Tijolinho. No espaço da festa, mosaico de cores, sons e emoções, as pessoas viajam sideradas à volta de grandes e pequenos ícones, alguns trazidos com as terras dos ancestrais, outros cheirando a fresco, sob o ar dos tempos, muitos corpos e almas fincados no Congo, vivendo a familiaridade do grupo, outros ainda vindos de longe, a mundialidade na face. Sustentam um elenco de imagens, carregam um feixe de significados, constituem concentrado de forças, trazem a mágica entalhada nos ombros, fazem orbitar um séquito de adoradores, realizam dia a dia cerimoniais, sacralizam o banal das horas, concentram, exalam e despertam sentimentos, sensibilidades e sensitividades, carregam uma forma de ser, uma linguagem do corpo nas vestes, provocam certa ética. Alertam os sinais de obra coletiva, aparecem plurais. Incompletos, mutantes, sempre por fazer, convidam os fiéis ao trabalho de parto. Incorporam e possuem vidas. Ensaio localista os traços do terno marcam presença em cada um deles. O bem e o mal, o herético e o sinal da cruz, a ordem e o caos vêm engramados em seus nervos. A sombra envolve todos eles.

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“Nos ensaios durante o ano até que não conseguimos muitos integrantes, mas nas festas de final de ano, tem muita gente que deixa seus empregos para dançar no Congo. Parece que quando os congadeiros colocam a roupa, incorporam os negros de antigamente. Aí, quando nos preparamos para sair, tem uns quietinhos, parece que estão com sono, mas quando o batuque começa e nós andamos um pouco na cidade, ninguém segura. A animação toma conta de todo mundo. Nos dias das festas mesmo, quando nós estamos fardados – veste dos congadeiros -, vixi, parecem até outras pessoas”, salienta Tijolinho.

Na seqüência à saída de todos os integrantes de dentro do barraco, o capitão impõe o bastão ou cajado e de posse de um apito alinha todos os dançantes, de frente para a casa, em duas filas. Na linha de frente Tijolinho orienta o sanfoneiro, caixeiros e violeiro. Os aprendizes, as crianças vão atrás. “Os aprendizes que são crianças, são os que mais fazem bonito no terno, são bons para cantar”, diz Tijolinho. Os integrantes, ao ouvir o apito, iniciam os batuques e seguem em filas formando um círculo, chamado por eles de meia-lua. A formação circular, segundo Tijolinho é necessária, pois é preciso desvirar o corpo quando sai do espaço sagrado para ingressar em outro espaço, com isso, fazem que o corpo realize um percurso cíclico. A meia- lua é realizada em sentido anti-horário, enquanto uma fileira se move para dentro a outra se move para fora. A união dos opostos atrai as forças absolutas neutralizando as adversidades. Após a ritualística da meia-lua o terno segue o destino, como para um almoço na casa de alguém que está pagando promessa, visita à casa de um outro terno, ou à comemoração de data festiva. O capitão investido do poder direcionador e organizador do bastão, apoiando-o ao ombro, sempre acima da cabeça, madeira enfeitada ganha corpo e resignificado, passa a ser a batuta do regente.

Grupo cria os Amigos do Congo Tudo começou com uma conversa descontraída após um jogo de futebol entre amigos. “Precisávamos ajudar o pessoal dos ternos de Congo. Não tem ido quase ninguém prestigiar os eventos. Então vamos fazer os Amigos do Congo?”. Foi exatamente assim que o dentista Alexandre Almeida, André Albino, Antonio Carlos de Paula, o Tonho Capeta, Juan Junior da Silva, Raul Felipe e Wanderson Rodrigues Rosa decidiram formar os Amigos do Congo. A proposta é de vender camisetas - uma peça simbólica em homenagem aos congadeiros por R$ 30 e com o recurso ajudar os ternos de Congo já existentes, principalmente para a festa do dia 25 de dezembro que acontece em Passos. O grande objetivo dos Amigos do Congo é a revitalização da cultura passense dos ternos. “Esta é uma das poucas manifestações afro-brasileira que Passos conserva. Pedimos permissão a todos os capitães de ternos e ao presidente da APDF (Associação Passense de Defesa do Folclore) para podermos ajudar. Povo sem cultura é povo sem alma, sem raiz”, salienta Dentista. Na camiseta o grupo prestou uma homenagem ao eterno capitão de terno, Jerônimo Santos, o Sô Jerônimo que dizia sempre ao iniciar uma saída do Congo: Aruê, que em Yorubá é a evocação de espíritos guerreiros desencarnados. Também usaram a frase: “Nossas raízes, valoAmigos do Congo mostram a camiseta que será vendida para ajudar os ternos de Passos rize nossa história”.


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NÁUTICA

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Sob

medida Barco de 40 pés foi apresentado ao público mineiro no dia 16 de novembro na Chiquinho Náutica, em Escarpas do Lago, na cidade de Capitólio/MG

Apresentada ao público durante o São Paulo Boat Show, em outubro passado, a Phantom 400 - um dos lançamentos da linha 2013 da Schaefer Yachts - une design arrojado e moderno e atende um grande desejo do mercado: ter um barco intermediário, entre a Phantom 360 e a Phantom 500 HT (36 e 50 pés, respectivamente). A embarcação foi mostrada ao público mineiro no dia 16 de novembro, na Chiquinho Náutica, em Escarpas do Lago, em Capitólio/MG.

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De excelente navegação e com ótimas respostas às manobras, é um barco hard top com linhas modernas e teto solar, que conquista o público ao primeiro olhar, principalmente pelo aproveitamento de seu espaço - duas suítes, ambiente de cozinha amplo e uma plataforma generosa com espaço gourmet. “É um orgulho lançarmos este produto em nosso Estado. Isto é fruto de uma parceria de 10 anos com a Schaefer Yachts e que já resultou em cerca de 200 embarcações vendidas”, festeja o proprietário Francisco Carlos de Carvalho, o Chiquinho. Segundo ele, a novidade é uma grande surpresa para o público náutico da região. “Sempre tivemos a solicitação de um barco desse porte, principalmente por ser hard top e ter camarotes fechados, que propiciam mais conforto e privacidade”, conta. Para o diretor do estaleiro Schaefer Yachts ,Pedro Odílio Phelippe, que prestigiou o evento de entrega da Phantom 400 em Escarpas, outra unidades já negociadas mostram, realmente, deman-

da por barcos deste porte. “A Shaefer Yachts é considerado o maior estaleiro de luxo do Brasil, e vem desenvolvendo e transformando o mercado náutico brasileiro há 20 anos. Já construímos mais de 2,8 mil barcos. E temos o orgulho de desenhar embarcações sob medida para o perfil do público, oferecendo lanchas de 26 a 80 pés. Criamos um produto para atender uma demanda nacional, com ênfase em Minas Gerais”, salientou Phelippe, acrescentando que há dois anos começaram os pedidos. A Schaefer foi responsável pelo barco de maior sucesso comercial do setor náutico nacional, a Phantom 300 – são mais de 1,3 mil barcos navegando pelo mundo, dos quais 162 estão no Lago de Furnas. “Atualmente a Schaefer tem 3 unidades fabris na grande Florianópolis e gera mais de 850 empregos diretos. Tudo para atender ao público do mercado náutico. A Phantom 400 é um exemplo. Afinal, a projetamos pensando no perfil de quem gosta de passar o

dia com a família com conforto, mesmo em dias de chuva e para pernoitar”, afirma o diretor. A Phantom 400 traz todas as marcas registradas da Schaefer Yachts, como passadiço lateral de acesso à proa, que confere mais segurança e um deck único com sofá circular. Com capacidade para 14 pessoas nos passeios durante o dia e cinco para pernoite, a Phantom 400 apresenta pé direito das cabines com 1,95 m altura, característica que confere mais conforto e torna o barco uma extensão da própria casa do proprietário. “A 40 pés tem duas suítes, cozinha completa, sala, gerador de energia, ar condicionado, sistema de tratamento de águas negras (saneamento)”, afirma Chiquinho, salientando que o barco é um agregador da família e de amigos. Mercado em expansão Tanto para Pedro Odílio Phelippe, quanto para Francisco Carlos de Carvalho, o Chiquinho, o mercado náutico

CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS Comprimento total........................11,90m (com plataforma de popa)

Boca máxima........................................3,95m Cabines..............................................................2 Toilets.................................................................2 Calado.....................................................0,72m Motorização.................. 2 x 300 – 400HP Capacidade de água doce.................300 l (com aquecedor)

Passageiros dia............................................14 Passageiros noite..........................................5 Capacidade de combustível.............800 l Deslocamento aproximado...............9.3 t

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está em expansão e os clientes querem barcos maiores. “Nos últimos 10 anos passou da faixa dos 30 pés, que era considerada uma grande embarcação, para atualmente pedidos de 50 pés. Só o ídolo Roberto Carlos tinha lancha de 62 pés, hoje vários empresários estão adquirindo seus iates de luxo”, afirma Phelippe. O diretor explica que na Europa o público é totalmente diferente do Brasil. “Lá eles compram a lancha e a família é quem cuida, sai para navegar e se isola. Muitos vivem até um mês dentro da embarcação. Já o barco brasileiro tem marinheiro, cozinheiro etc”. No Lago de Furnas vimos os barcos lado a lado nos cânions formando uma passarela. Todos são amigos, então passam um para o barco do outro. E é assim que o brasileiro gosta”, assinala o diretor. De mecânico a empresário náutico Francisco Carlos de Carvalho nasceu em Araúna/MG. Em 1963 se mudou para Capitólio, onde cursou até o 2º grau. Escarpas foi o local para o qual se mudou para ser ajudante de mecânica de embarcação. Após três anos já era o proprietário da oficina. Em 1993 começou a vender barcos usados e novos. “Deixei a oficina e estou até hoje vendendo embarcações. Sou extremamente satisfeito e só trabalho com produto de qualidade. Optei por trabalhar com o mercado de luxo. Passei por todas as fases do crescimento náutico de Escarpas. Quando vim para cá só existiam dois barcos, o do Francisco Azevedo e o do Marcos Mendes. Depois vieram outros três, do Gilberto Freitas, do Pedro Albuquerque e do Marcos Araújo. Hoje são mais de 500 embarcações que vão de 17,5 pés a 55 pés”, diz com os olhos brilhando.




“Meu maior prazer é pegar um barco e sair navegando e ver a quantidade de clientes satisfeitos com suas embarcações”

Chiquinho tem cerca de 40% de seus clientes de outros estados como da Bahia e São Paulo. “A maioria é formada por empresários mineiros e paulistas, e também alguns cariocas. Meu maior prazer é pegar um barco e sair navegando e ver a quantidade de clientes satisfeitos com suas embarcações”, salienta. Casado com Emília e pai de Andréia, de 27 anos, estudante de Psicologia e de Ângelo, 21 anos, estudante de Direito, seu sonho já foi realizado. Ver a empresa crescer e poder contar com a ajuda da família. “Eles sempre me apoiaram e hoje meu filho trabalha na empresa juntamente com outros sete profissionais, embora eu goste de dar atendimento personalizado aos clientes. Se pudes-

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se eu atendia todos pessoalmente. Mas a loja, que começou num pequeno cômodo hoje está em prédio próprio com 1.200 m2 com capacidade para guardar 10 barcos. Fui pioneiro em venda de barcos, quem queria tinha que comprar na Mesbla ou HM, mas me inspirei no meu ídolo Marcos Mendes, que fundou Escarpas e investi neste mercado”, conta. A próxima meta de Chiquinho é inaugurar outra loja em Formiga. “Estou aguardando o projeto do DER (Departamento de Estradas e Rodagem) para iniciar as construções”, finaliza.

Pedro Odílio Phelippe e Francisco Carlos de Carvalho entregam barco em Escarpas



ROTEIRO Texto descritivo das cachoeiras: Danilo Soares

Cachoeiras tops de São João Batista do Glória

Uma cidade tipicamente mineira, com pouco mais de sete mil habitantes localizado entre as águas do Rio Grande e a Serra da Canastra. A cidade faz parte do Circuito Turístico Nascentes das Gerais e é conhecida por suas inúmeras cachoeiras e suas belezas exuberantes transformando-a num pólo turístico, com pousadas e hotéis fazendas. Escolhemos algumas das mais belas cachoeiras para apresentar aos nossos leitores. O engenheiro civil Valdir Barbosa, nascido em São João Batista do Glória e residente em Taboão da Serra/SP aponta que o município mineiro conta com pelo menos 50 cachoeiras. “Somente na região dos Canteiros são 20. Na região do Fumal outras cinco, no Quebra Anzol outras três e na Cascata outras três. A mais frondosa é a do Quilombo que fica entre Glória e Delfinópolis. A cachoeira Maria Augusta e a dos Hilários tem a queda d’água maior, em queda livre, todos lu-

Samuel e Matheus Lopes

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Cachoeira do Quilombo na região dos Canteiros, tem queda de 10 metros

gares fantásticos para um banho e para desopilar a mente. E com futuro turístico promissor”, afirma Barbosa. O engenheiro gloriense, em seu livro Sistema Rodoviário Municipal em co-autoria com Zoroastro de Simone, elege a cachoeira Maria Augusta como uma das mais maravilhosas da região e pela curiosidade de formar um lago sob sua saia com o formato do mapa da cidade. “É impressionante e emocionante a visão dessa façanha da natureza. A quem conhece o traçado do mapa é possível perceber o seu desenho nas bordas do poço com facilidade. Mas visão beatífica terá, quem aprecia aventura. Atravessando-se a nado o poço

e ousadamente escalando-se as pedras enlodadas da parede de pedra por onde escorrem as águas, ganhando a cachoeira a montante - o seu alto, observando-se o poente, ao voltar-se o olhar para baixo, o aventureiro deparar-se-á com uma geografia aquática extraordinária: o entorno do poço formando exatamente o contorno do mapa do município. Daí julgarmos um privilégio quase único no país esse nosso, realizando a contento o cognome do município: “Cidade das Cachoeiras”, assinala Barbosa. Para o supervisor de vendas de uma empresa de Ribeirão Preto, o passense Samuel Lopes sempre que pode passa o dia em uma cachoeira, de pre-


ferência em São João Batista do Glória, pela proximidade com Passos e pelas belezas naturais. “Não faço com a freqüência que gostaria, mas dia destes estive em uma cachoeira na região dos Canteiros e gosto muito da região do Vão da Babilônia onde fica a Cachoeira do Facão,

próxima à Pousada Boa Esperança. Outra que me encanta é a cachoeira Vale do Céu, subindo a Serra Calçada, um pouco a frente a dos Canteiros. A sensação é de pureza, limpeza da alma e nos proporciona um revigoramento. Me agrada ver que a região ainda é preservada, perceber que a

cultura em vários lugares é cultivada. E principalmente, poder saborear comidas e iguarias simples, feitas com amor”, afirma Lopes. Então vamos às cachoeiras mais tops desta cidadezinha que ainda abriga o cheiro do café de bule e comida feita em fogão de lenha.

Cachoeira do Quilombo Tida como um dos mais belos atrativos da cidade a cachoeira fica na região dos Canteiros, na microrregião do Quilombo, no Ribeirão Grande, a 36 km da cidade. Logo na entrada se observa uma praia de cascalho e uma trilha à margem esquerda do ribeirão que dá acesso à parte superior. Subindo por ela, a primeira cachoeira com 10 metros de altura por 12 metros de largura com um dos maiores poços entre as cachoeiras do município. Também se avista uma garganta com queda de 15 metros. Voltando à trilha e subindo, é possível observar a segun-

da cachoeira com 25 m de altura por 20 m de largura. Abaixo, há uma corredeira de 15 m que dá origem à garganta do primeiro poço. Na parte superior da cachoeira há várias corredeiras numa extensão de 200 m por 50 m de largura no ponto mais largo, com formação de poços. O tempo de caminhada partindo da parte baixa até a parte superior é de 30 minutos aproximadamente, não contabilizando as paradas nas cachoeiras de baixo. Cachoeira que deslumbra pelo porte. Oferece poços grandes e profundos de águas cristalinas e grandes corredeiras.

Cachoeira Maria Augusta A cachoeira fica na região das Palmeiras, no Ribeirão Grande, divisa com Delfinópolis, distante 30 km da cidade de São João Batista do Glória. A cachoeira possui um complexo que se pode dividir em três partes. O primeiro poço, com vinte metros de largura por oito de comprimento, com uma queda de 1 m. Descendo pelo rio vê-se um vale rochoso, com uma bela formação de pedra por onde passa/passava o leito do rio.

Encontraremos 5 quedas d’águas, (Cachoeira do Rebojo), sendo a maior a primeira de 5 m, com a formação de uma piscina e, ao final, a última, uma queda em corredeira de 10 m formando um poço raso. Na segunda parte temos a cachoeira, (Cachoeira Maria Augusta) com um poço, tendo a formação de uma praia de areia grossa e fina, com duas quedas e altura de 25 m, à direita um grande paredão, e, à esquerda uma área de floresta. DOCE MAR DE MINAS

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A terceira parte, somente a pé, 15 a 20 minutos, voltando pela estrada a 160 m vê-se uma trilha à esquerda, uma subida, logo passa por um caminho em mata fechada até encontrar um rio seco, onde se pode descer por ele, ou então atravessá-lo e seguir a trilha até o Ribeirão Grande. Abaixo deste ponto existe um poço com praia de areia submersa, área sombreada à direita e um grande paredão à esquerda, poço de 15x3

m, com uma queda d’água, 7 m, em uma garganta à esquerda. Prosseguindo pelo Ribeirão começa uma formação de um cânion, onde encontramos uma cascata de 7 m de comprimento por 2 m de altura. Complexo composto por várias quedas d’água, formando belíssimos poços, tendo por principal atrativo uma imponente queda d’água com grande poço e formação de praia de areia.

Cachoeira do Remanso A cachoeira fica na região do Quilombo, no Ribeirão Grande, a 38 km da cidade. Saindo da pousada do Quilombo e subindo o Ribeirão chega à primeira cachoeira com queda de dois metros e meio e cinco de largura. É bem ensolarada e logo em

frente há uma área com árvores e uma praia de areia. A segunda cachoeira tem dois metros de altura por quatro de largura, com praia de areia à esquerda. Há um poço de águas cristalinas com belas cascatas e um belo visual das serras.

Cachoeira do Barulho O atrativo fica na região dos Canteiros, no Córrego do Barulho a apenas 20 km da cidade. Parte superior: a cachoeira fica a 200 metros da estrada. Há pequenas corredeiras com pequenos poços antes da queda de 40 metros de altura. Há uma linda vista para o Vale dos Canteiros. A cachoeira normalmente é utilizada para a prática de rapel. Parte inferior: veem-se pequenos poços e cascatas ao longo do percurso dentro do

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rio. Há uma cascata de 5 metros com uma pequena gruta. No final, a cachoeira de 30 metros de altura, com formação de poço de 8 metros de diâmetro por 2 metros de profundidade. Cachoeira dedicada aos amantes de emoções e aventuras; na parte superior para os praticantes de rapel, e na inferior, para os que gostam de caminhar pelo rio em mata fechada, para serem surpreendidos com a visão de uma bela cachoeira.


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Cachoeira do Esmeril O atrativo fica no Buracão, região do Esmeril, distante 13,5 km da cidade. Logo na chegada ao Ribeirão é possível ver um poço e um paredão de 30 metros de altura. Seguindo por uma trilha, na margem do rio, chega à Cascata Verde, um paredão de mais de oito metros de altura, onde se tem uma nascente logo acima. O cânion tem 30 metros de altura e mais à frente há um estreitamento de cânion e a formação de um poço de 25 metros de extensão.

Cachoeira do Fumal A Cachoeira do Filó fica na região do Quebra Anzol, no Ribeirão Quebra Anzol, a 25 km da cidade. Do estacionamento é possível se deslumbrar a cachoeira que tem 15 metros de altura por 30 metros de largura, formando quatro quedas e uma piscina natural com 10 metros de profundidade e uma praia de cascalho.

Cachoeira do Osmar Bia O atrativo fica na região das Palmeiras, no Córrego Capetinga. Pela trilha, chega-se ao córrego e à sua direita é avistada a cachoeira. Com uma primeira queda de três metros e meio,

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formando um belo poço de três metros de profundidade, com águas cristalinas, tom esverdeado. Possui uma área mais rasa à sua direita, sob as sombras de árvores que ali se formam.


Cachoeira do Rasga Saco A cachoeira fica na região das Palmeiras, na microrregião do Letreiro, no Ribeirão Grande. A cachoeira tem este nome porque, quando era caminho dos tropeiros, os sacos dos mantimentos rasgavam-se no local, devido ao fato de ser estreito e possuir um cipó com espinhos cortantes, cujo nome vulgar é Japecanga ou Unha-de-gato. A 40 metros do es-

tacionamento, pela direita, avista-se a cachoeira com 8 metros de altura, formando um poço com cinco metros de profundidade. Na parte superior, há pequenos poços com queda d’água, sendo que mais acima, um magnífico poço de 20 metros de diâmetro, com cachoeira de 2 metros e 7 metros de profundidade, e seguindo encontra-se outros poços.

Cachoeira da Garrida Localizada na região das Palmeiras a 15 Km da cidade. Ao término de uma trilha, encontra-se uma formação de cânion, ao fundo se vê a Serra de Santa Maria. As águas são cristalinas e amareladas (devido à presença de óxido de ferro). Subindo, encontram-se duas piscinas, a primeira,

com 5 metros de largura por 4 de comprimento, sendo um metro de profundidade com cascalhos no fundo (piscina infantil). Logo acima, separado por uma laje de pedras, a segunda piscina (para adultos) com 7x10 m e 5 m de profundidade, com trampolim para mergulho.

Cachoeira do Oratório A Cachoeira do Oratório situa-se num vale estreito, a 25 km da cidade, quase formando um cânion, 200 m acima da Cachoeira da Capivara, no Ribeirão da Capivara. Seu poço é muito profundo, com mais ou menos 4 m de lar-

gura e 8 m de comprimento. A queda tem mais ou menos 4 metros de altura. Descendo da Cachoeira do Oratório até a Cachoeira da Capivara existem vários outros poços e pequenas quedas, sendo um deles muito profundo.

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Canyon no Lago de Furnas

Bons ventos e bons neg贸cios 茅 na Doce Mar de Minas 35

3522-6252 | 9213-6432 | odocemardeminas@hotmail.com www.facebook.com/docemarminas


Cachoeira do Filó Distante 26 km da cidade, a Cachoeira do Filó fica na região do Quebra Anzol, com acesso pela MG-050. Do estacionamento pode-se deslumbrar a cachoeira que tem 15 metros de altura por 30 metros de largura, formando quatro quedas e uma piscina natural com 50 metros de largura por 40 me-

tros de comprimento e impressionantes 10 metros de profundidade com praia de cascalho. Ao redor há bastante sombra e áreas com areia fina. Próximo a cachoeira ainda é possível encontrar outros três poços com tamanhos e profundidades diferentes, o que possibilita a diversão de crianças e adultos.

Cachoeira do Lobo Guará Localizada a 26 km da cidade tem o seu primeiro trecho (maior) da estrada interna que liga a Pousada à Gruta é trafegável até para veículos de passeio. Chegando a uma mata ciliar, onde se estaciona e segue a pé, margeando a mesma por aproximadamente 100 metros. Do local do estacionamento é possível observar a entrada da Gruta, no alto de um barranco de mais ou menos três metros de altura.

A Gruta tem um metro e meio de altura por 8 metros de extensão (profundidade). Serve de abrigo para animais silvestres, inclusive o lobo Guará, daí seu nome. Seguindo por dentro da mata, margeando o córrego, chega-se a uma queda d’água de mais ou menos 10 m de altura, tem pouco volume de água, a qual escorre pela parede de pedra até um pequeno poço na base.

Cachoeira da Capivara A 26 km do centro de São João Batista do Glória a Cachoeira da Capivara tem a sua primeira queda em forma de escorregador (mas não dá para escorregar). Tem aproximadamente quatro metros de altura e sua piscina tem quinze metros de largura por cinco de profundidade máxima e águas límpidas e de tom esverdeado pelas algas no fundo. Não possui praia, mas existe sombra para ficar. Há um pequeno capão de mata na encosta, sobre a queda, o qual sombreia parte da piscina. À sua frente, a água

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escorre por um rego escondido entre os capins baixos. Subindo pela queda, a, aproximadamente, 200 metros, chega-se à Cachoeira do Oratório, após atravessar várias piscinas naturais menores. Embora não muito grande, a Cachoeira da Capivara, no Vale dos Canteiros, apresenta uma composição harmoniosa entre a queda d’água, a sua piscina de tom esverdeado e a mata que a sombreia de um dos lados da encosta. À sua frente, uma velha árvore de copa larga emoldura a vista da cachoeira.


Cachoeira da Taquara A cachoeira possui uma primeira queda menor com dois metros, sendo que logo na sequência, uma segunda queda de dez metros de altura, com acesso à base apenas pelo córrego, subindo através da mata. Esta queda não possui poço na base, cai em local de mata densa. Quando o volume de água aumenta, cai por dois pontos. São aproximadamente 15 minutos de caminhada pela margem do córrego e dentro da mata, subindo o córrego até a parte baixa da cachoeira. O local é muito bonito e dá para fazer boas fotos de natureza. O acesso pode sofrer muito com as chuvas. Ideal veículo 4x4. A Cachoeira da Taquara II é um local de

extrema beleza e exuberância natural. Ótima para quem curte caminhar pelo leito do córrego, dentro da mata e admirar o visual da natureza. Como prêmio, no final ainda oferece um bom banho de piscina aos desbravadores.

Cachoeira Capivara do Fumal A 26 km da cidade, formada por vários degraus, somando um total de mais ou menos 10 metros de altura. Na parte alta existem dois poços de aproximadamente três metros e meio de diâmetro com profundidade indeterminada. Na sua base, a piscina natural tem uma pequena praia de cascalho e profundidade máxima de três metros por 20 metros de largura. Apesar de reduzido no inverno, o volume de água permanece grande. A cachoeira possui um lugar detrás da queda d’água que possibili-

ta a visitantes e turistas se posicionarem e terem uma sensação inexplicável. Também é possível se sentar na base da cachoeira e fazer uma boa “hidromassagem” na corredeira. Dos dois lados, nas encostas, existem capões de mata atraindo pássaros e animais. Descendo o vale, há inúmeros poços e corredeiras. Existe uma cachoeira menor, a 1.000 metros abaixo, por trilha de gado, na baixada, margeando o ribeirão. Em uma curva do rio há uma praia, com piscina natural e boa sombra.

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GASTRONOMIA por Mayara Carvalho

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Pede moleque! A Pura Jóia Mineira Uma das iguarias mais tradicionais da culinária brasileira é de encher os olhos e a boca

Dona Elza Laine, 84 anos, natural de Bom Despacho – MG, aprendeu fazer pé de moleque ainda criança. “Minhas irmãs e eu ficávamos em volta do tacho vendo minha mãe preparar o doce. Quando chegava ao ponto de cortar brigávamos para rapar o tacho”, lembrou Laine. A receita foi passada para filhos, netos e até bisnetos da família de Dona Elza. O doce surgiu por volta do século XVI, com a chegada da cana-de-açúcar ao Brasil. Na década de 30, em Piranguinho, localizada no Sul de Minas, o doce começou a ser produzido de maneira artesanal.

Origem do nome São aceitas duas versões quando se fala sobre o nome deste doce. A primeira diz que a aparência do pé de moleque tem semelhança com a cor e calos dos pés dos moleques que viviam correndo descalços pelas ruas de terra batida. A outra versão conta que as quituteiras das ruas que vendiam os doces eram alvo de furtos por parte da meninada. Para não serem mais importunadas, diziam aos meninos para que pedissem o doce ao invés de furtá-lo. “Pede, moleque!”.

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Pé de Moleque Elza Laine Ingredientes: 1kg de amendoim descascado 1 rapadura 1 colher de manteiga Preparo:

Curiosidade A cidade de Piranguinho hoje é considerada a capital do pé de moleque no Brasil. Uma vez por ano realiza o Festival do Pé de Moleque. Nesta época é produzido o maior pé de moleque do mundo, o qual chega a pesar 800kg. O pé de moleque de Piranguinho, foi declarado Patrimônio Cultural de Estado de Minas Gerais, o doce faz parte da identidade cultural do município. A iguaria foi escolhida como símbolo gastronômico do Circuito Turístico Caminhos do Sul de Minas e vem se destacando cada dia mais como parte da cultura mineira.

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Corte a rapadura em pedaços coloque-os em uma panela. Cubra-os com água suficiente para derretê-los. Deixe ferver até desmanchar bem e formar um melado. Mexa o melado em fogo brando até o ponto de bala mole. Coloque o amendoim torrado, (inteiro ou triturado) e a manteiga. Desligue o fogo. Mexa com uma colher de pau até engrossar bem. Quando ficar bem consistente, antes que açucare, despeje em mármore ou pedra untada com manteiga. Para saber qual é o ponto de bala mole, coloque água fria em um prato fundo e derrame uma pequena porção de melado. Se houver consistência, está na hora de tirar o doce do fogo e cortar.


Horário de funcionamento: de terça-feira a domingo a partir das 11h Rodovia MG 050 - Ao lado da AABB Informações (35) 9110-7389

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VITRINE

Minas Gerais

é tudo isto e muito mais

Nas próximas páginas você, caro leitor, há de se deliciar com as belezas e expressões que definem “Óh! Minas Gerais”, em sua cultura, paisagens, costumes e tradições interpretadas pelas lentes de nossos amigos colaboradores. Sirva-se à vontade!

Dalton Filho

Adriano Aquino

Contato: aquino.adriano@ gmail.com Sou um operário do Direito apaixonado por cabras de leite, viagens e fotografia.

“Minas Gerais é história real, ambiente surreal e gente sem igual. Sempre que posso estou em Minas. Na Semana Santa de 2013 estarei em Minas novamente, desta feita para fotografar em Tiradentes, Ouro Preto, Cordisburgo, Diamantina, Serro e outras cidades que nos apaixonam com suas histórias. Na imagem desta edição a semente já vive a imagem da flor, assim como em nossos atos já residem as facetas de suas conseqüências”.

Reginaldo Faria

designer 45 anos Passos/MG

advogado e procurador 42 anos Recife/PE

Alessio Freire

psicólogo e jornalista 51 anos Alfenas/MG Contato: alessio.freire@ gmail.com Sou Psicólogo de formação e Jornalista colaborador da revista Pesca Esportiva e do anuário Bíblia do Pescador GR1 Editora (SP). Desenvolvo em parceria com a UOL, cursos de pesca esportiva online.

“Minas é o estado com a maior quantidade de nascentes do país, peço licença ao grande escritor mineiro Guimarães Rosa para concluir: ‘Perto de muita água tudo é feliz”.

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Contato: daltonfilho@ multimarketing.ppg.br A natureza revela ou esconde todas as formas, cabe à curiosidade desvendar e remodelar, dando novo sentido às coisas e ao mundo à nossa volta. Graduado em Design de Produto e profissional da Publicidade, procuro expressar este universo perfeito cheio de imperfeições, despertando os sentidos, sensibilizando e informando o que se tem para consumir e viver.

“Minas é assim, um universo de formas à parte. Basta no entanto estar atento, focar outros ângulos e descobrir o que a natureza manifesta”.

designer gráfico 19 anos Passos/MG

João Cássio

fotógrafo 20 anos Carmo do Rio Claro/MG Contato: joaocassio123@ gmail.com Nasci em Carmo do Rio Claro sempre visitando a Serra da Tormenta, fonte de inspiração para minha carreira de fotógrafo, que profissionalmente fotografo há nove meses, após curso no Senac. Atuo na área de Moda, propaganda, eventos, paisagens e books. O estúdio fotográfico fica em Carmo, mas Minas e São Paulo são meus locais de atuação.

“Minas representa pra mim um pedaço do céu”.

Contato: reginaldofaria@ outlook.com Trabalho com design gráfico desde os 15 anos e gosto muito do que faço. Já atuei em várias revistas e atualmente estou trabalhando para as revistas Doce Mar de Minas e Terra Boa, e editando o Guia Passos Tem. Fui picado pelo bichinho da paixão por fotografar. Prefiro paisagens e tentar enxergar aquilo que está ali no cotidiano e ninguém vê, como um belo pôr-do-sol após um árduo dia de trabalho.

“Minas Gerais, lugar de gente simples, terra aconchegante, um povo bonito por natureza e uma natureza bonita por decisão de Deus”.


www.peninsuladosol.com.br

Tranquilidade, Conforto e Segurança Tudo isto em meio a uma natureza deslumbrante, numa das regiões de Minas onde mais se tem investido em empreendimentos de luxo para lazer.

Localização privilegiada próximo aos canyons e cachoeiras

Portaria com câmeras de monitoramento à distância 24 horas

Playground apache

Casas de alto padrão

Píer coletivo

Últimas unidades

• Lotes residenciais grandes, de frente para o "Mar de Minas", com infraestrutura completa. • 12 km acima da Hidrelétrica de Furnas. • Heliponto com estacionamento. • Marina com garagem para embarcações. • Licenciado pelos orgãos ambientais. • Excelente localização e acesso.

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“A intenção da semente”

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“Tucunare Azul nas aguas de Furnas”

alessio freire

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“A estranguladora em busca da luz” (Clusia grandiflora)

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dalton filho


“O Sol que nasce no colo das montanhas mineiras”

joão cássio

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“Incandescência”

reginaldo faria

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ARTES por Mayara Carvalho

Modernidade e arte,

lado a lado Arte sacra e cultura, preservação e restauração dos valores artísticos da alma mineira

A história começa na rua São Miguel, hoje conhecida como rua Doutor Carvalho. Há 59 anos, quando o hobby da criançada era assistir matines dos filmes do Tarzan e lutas medievais e colecionar revistas. “Imitar os atores era o máximo. Montávamos espadas e escudos iguais aos dos filmes. Nesta época comecei a ser artista”, brincou o restaurador, artista plástico e dono do Ateliê, Divina Gerais, em Tiradentes/MG, Marco Ajeje, mais conhecido entre os passenses como Marquinho Ajeje. Ajeje estudou no colégio Educandário de Passos, na época a escola oferecia cursos profissionalizantes, dentre eles, curso de marcenaria. “Lembro-me como se fosse hoje. Um senhor chamado Natal, ganhava a criançada, com seu jeito e agrado. Era mágico um pedaço de madeira transformar-se em pião, brinquedo que nos alegrava o dia todo”, lembrou-se Ajeje. Adolescente trabalhava com couro fazendo cintos, sandálias e vendendo aos amigos. Em 1986 Marco Ajeje passou no concurso para o Banco do Brasil, mudou-se então para Mato Grosso do Sul ficando lá por cinco anos. Porém, viu que não era o que gostava de fazer e decidiu pedir demissão. “Algo dentro de mim não estava satisfeito, eu não era feliz naquele ambiente”, disse. Ao casar-se com a mineira Tereza Lúcia, em 1979, decidiu fazer seus próprios móveis, o que o estimulou a abrir sua uma marcenaria em Mato Grosso do Sul. Após cinco anos mudou-se para Campinas/SP, onde sua mãe, Dadica Ajeje, morava. Lá começou a comprar e restaurar móveis usados e percebeu que a arte sacra brasileira é muito valorizada, e vendo isso como uma oportunidade, aprendeu a arte da restauração sacra, transformando seu hobby em negócio.

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A Igreja da Matriz de Passos Obra de 1865/75, pequena e colonial, ampliada em 1927/29. A igreja possui várias pinturas espalhadas pelas paredes e teto, criadas pelo alfaiate e músico, Jerônimo Neto. “A igreja é linda, alegre e elegante. As pinturas não são cópias de ninguém. Tem todo um estilo próprio que não é encontrado em lugar algum”, disse Ajeje. O patrimônio cultural precisava de uma restauração. Em 1999/2002 Ajeje começou o trabalho que durou quatro anos. “Trabalhei duro e pesquisei muito para que tudo o que estava degradado retornasse ao seu estado inicial, respeitando as características originais do monumento”, disse o artista. Segundo Marco Ajeje as pinturas estavam caindo e os cupins haviam tomado conta de boa parte de tudo que era de madeira. “Foram gastos 400 litros de produtos para acabar com a infestação”, revelou. De acordo com o artista o trabalho foi um dos maiores desafios que já realizou. “Deu trabalho, porém, foi maravilhoso e apaixonante. 24h de trabalho, 24h pensando. Para restaurar o quadro da Santa Ceia foram três meses de trabalho árduo para que nenhuma característica se perdesse”, contou. Tiradentes/MG Terminado a restauração, Marco Ajeje recuperou a igreja de Monte Santo, indo para Tiradentes, cidade histórica de Minas Gerais. “Tiradentes é um lugar ótimo. Te70 | DOCE MAR DE MINAS

mos turistas do Brasil e do mundo todo”, disse Ajeje. Na cidade é possível encontrar móveis e objetos de decoração para todos os gostos e bolsos. “Aqui é um dos únicos lugares do Brasil aonde você chega com a medida de seu apartamento e consegue tudo que precisa para decorá-lo sob medida, do rústico ao moderno”, falou. Tiradentes recebe turistas de todas as partes para conhecer suas lindas igrejas barrocas, passear de Maria fumaça, andar de bote, fazer rapel e comprar móveis sob medida. “Tenho clientes de todas as partes, inclusive um de Tel Aviv, capital de Israel. Ele leva vários contêineres de móveis e

objetos de decoração daqui de Tiradentes e revende na loja dele, em Israel, a qual tem o nome de Pau-Brasil”, disse o artista. Marco Ajeje finalizou dizendo que é preciso ser profissional e ter muito cuidado ao restaurar objetos antigos para que não haja uma interferência negativa na obra. “Não que seja maldade da pessoa, porém não é bom que objeto algum, perca suas características como aconteceu com o caso do quadro “Ecce Homo” do século XIX, atribuída a Elias Garcia Martinez, onde a espanhola, Cecília Gimenez, de 81 anos, modificou feições do Cristo”, lembrou o restaurador.


Criações by Ateliê Marco Ajeje

...en�m uma loja diferente! Colocamos nossa criatividade ao seu dispor para a criação de peças únicas sob medida.

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ACONTECEU

Cardápio de turismo O material oferece 12 novos produtos e sugestões de roteiros com atividades de natureza e aventura, turismo náutico, cultura e espiritualidade A secretária adjunta de Estado de Turismo de Minas Gerais, Silvana Nascimento, lançou o Catálogo de Roteiros Turísticos da Região do Lago de Furnas, Canastra e Lagos, para cerca de 50 agentes e operadores de viagem paulistas, na do dia 27 de novembro, no Espaço Minas Gerais, em São Paulo. O material apresenta 12 roteiros turísticos que abrangem os municípios de Capitólio, São João Batista do Glória, Formiga, Boa Esperança, Varginha, Araxá, São Roque de Minas, Sacramento, Conceição das Alagoas, Conquista e Uberaba. O catálogo de produtos turísticos foi elaborado pela Setur MG, em parceria com o Ministério do Turismo e Circuitos Turísticos da Canastra, Dos Lagos, Grutas e Mar de Minas, Nascentes das Gerais, Vale Verde e Quedas D’água. O objetivo é a ampliação e diversificação dos produtos turísticos do Estado, além de incentivar a comercialização da região, disponibilizando aos agentes, operadores de viagem e receptivos turísticos informações sobre os destinos turísticos e roteiros disponíveis. Dados da Pesquisa de Demanda Turística, realizada pela Setur MG em 2011, mostram que 20% dos visitantes da região do Lago de Furnas, Lagos e Canastra vieram de São Paulo. De acordo com a secretária Silvana Nascimento, o catálogo é mais um importante canal para divulgação do potencial dos atrativos turísticos destas três regiões do Es72 | DOCE MAR DE MINAS

O governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia é recebido com orquestra de Chorinho

tado para os paulistas. “Temos nessas regiões mineiras um forte potencial de oferta de serviços e, por meio deste catálogo, conseguimos munir operadores, receptivos e agências de viagem, com informações sobre os diversos atrativos e roteiros que contemplam atividades associadas à natureza, aventura, turismo náutico, cultura e espiritualidade”. O Catálogo de Roteiros Turísticos da Região do Lago de Furnas, Canastra e Lagos será distribuído para público final, operadoras e agências de viagem. Os doze roteiros apresentados no catálogo são: Arte, cultura e espiritualidade (Uberaba e Conceição das Alagoas); Elementos Culturais e Espiritualidade (Uberaba, Conquista e Sacramento); Da terra ao ar, do fogo à água (Varginha e Boa Esperança); Dos Sabores e do Equilíbrio (Sacramento e Araxá); Inesquecí-

vel Mar de Minas (Capitólio); O paladar da Serra (Boa Esperança); Pesca Esportiva no Mar de Minas (Formiga); Roteiro Aventurar (Araxá e São Roque de Minas); Vida – História, Arte e Espiritualidade (Uberaba); Vivências da natureza: caminhos da Terra e da Água (São João Batista do Glória); 5º elemento: energia e espiritualidade (Araxá, Sacramento e Uberaba); A energia da natureza no Caminho das Águas (São Roque de Minas e Araxá). Também durante o evento, houve apresentação de chorinho e samba instrumental do grupo Arachoro, formado por professores da Escola de Araxá, e vivência de artesanato com pó de café, com o artesão Mohacir Dionisio, de Uberaba, representando os Circuitos Turísticos da Canastra e dos Lagos, respectivamente.



CULTURA

Que las hay,

las hay O citadíssimo adágio espanhol diz: Yo no creo en las brujas, pero que las hay, las hay (Não acredito em bruxas, mas que existem, existem). Sim. As bruxas existem e estão em várias partes do mundo, inclusive em Minas Gerais. E São Tomé das Letras, pequena e charmosa cidade encravada entre as montanhas do sul de Minas, é parada certa para espiritualistas, místicos e amantes da natureza. Este cenário fantástico é destino para milhares de bruxos interessados em sua exuberante natureza, suas belíssimas cachoeiras e mansos regatos.

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A passense Iakara Negrão, que há muitos anos mora em São Paulo, explica que na Cidade das Estrelas há anualmente dois grandes encontros em que se reúnem Bruxas de todo o Brasil e exterior. São eles o “Caldeirão da Bruxa” que acontece no início do ano, e o “Despertar da Bruxa”, sempre no mês de outubro, que este ano teve como tema “A Água”. “Este encontro reuniu uma centena de Bruxas neste pano de fundo perfeito para nossos rituais de magia, cura e encantamento. Muitos rituais são feitos em cachoeiras, pois elas são pontos de força naturais e usamos esse poder que a natureza nos oferece em nosso benefício”, salienta Iakara. Toda Bruxa tem uma íntima ligação com a natureza e os poderes da terra porque é dela que se tira as energias necessárias para a saúde, bem estar, beleza e prosperidade. “Estar em contato com o sol, árvores e flores, respirando ar puro a plenos pulmões, revigora nosso corpo e limpa a mente nos permitindo ter uma vida muito mais produtiva e feliz”, conta a Bruxa. Ainda conforme Iakara, as Bruxas iniciam à noite, em uma cachoeira, com um ritual de olhos vendados para que o olhar estivesse voltado ao próprio interior e usando o poder de limpeza e purificação da água lavam as camadas mais profundas do incons“Toda Bruxa tem uma íntima ligação com a natureza e os poderes da terra porque é dela que se tira as energias necessárias para a saúde, bem estar, beleza e prosperidade”.

ciente, retirando dos arquivos mentais marcas de experiências dolorosas que muitas vezes emperram nossa caminhada evolutiva. Num outro dia, às margens de um belíssimo regato invocam as Ondinas, Sereias e Sirenas, que são os Elementais do Ponto Cardeal Oeste, regentes da água. Fazem as invocações dançando descalças, cantando e jogando flores, em louvação ao Espírito das Águas. “A água é um elemento absolutamente essencial para nós porque irradia a energia que move o Universo e portanto movimenta nossas vidas. Minas Gerais atrai muito por isso”, assinala. Iakara tem 41 anos, é filha dos passenses Hélio Negrão e Marilda (já falecida) e segundo ela própria, é uma ‘Bruxa de Linhagem’. Pedagoga, advogada e mestre em Filosofia, encontrou na bruxaria a sua alegria e forma de viver e se considera uma ‘Encantada’. Já morou na Grécia por dois anos e viajou bastante passando por países que lhe ensinaram muito sobre como viver em paz. Vive com os filhos Eros, de 10 anos e Atos, de 9, entre Higienópolis e seu sítio próximo a São Paulo, onde pratica rituais de magia e benzimento com ervas, por ser portadora dos dons de cura. Iakara iniciou na bruxaria após uma longa busca espiritual. “Nasci católica, passei por quase todas as religiões e me encontrei na bruxaria, embora ressalve que trago um pouco de cada uma dessas religiões em meu coração”, afirma. A Bruxaria, segundo Iakara é a primeira religião do mundo, tendo mais de 12 milhões de adeptos, foi legalizada nos Estados Unidos e não para de crescer no Brasil. “O nosso deus é o Sol, a nossa deusa é a Lua. Nós bruxos cultuamos as energias

genésicas da natureza, a força dos ventos, a beleza da chuva e o poder da terra”. Iakara usa chapéu diuturnamente e explica que é no mesmo sentido de identificação de outras religiões. “Assim como os maçons colocam um compasso em cima da mesa, os cristãos usam um crucifixo; nós bruxos temos nosso cumprimento secreto, nosso nome mágico e usamos chapéu”. Minas Gerais recebe visitantes do mundo inteiro interessados nas paisagens, cultura, culinária e arte. “Eu, embora goste de tudo isso, tenho um particular interesse na energia magística e sobrenatural deste belíssimo lugar. Costumo me deslocar para Passos, São João Batista do Glória, Serra da Canastra e Itabira, no quadrilátero ferrífero, por causa de sua beleza natural e suas energias notoriamente místicas”, finaliza acrescentando que se considera uma Encantada, um espírito que escolheu evoluir pelos caminhos da magia e do mistério.

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EMPREENDIMENTO

Ilha de Pedra

sofisticação na natureza Mais de 1400 km de lâmina d’água, braços e pernas de traçado mágico que formam escarpas, praias, enseadas e maravilhosos cânions de águas azuis, outras horas verdes! É assim que a PGV Urbanismo retrata o Lago de Furnas, local escolhido para dar vida ao empreendimento Marina Ilha de Pedra Condomínio Resort, localizado no distrito de Ponte Vila a 15 km de Formiga/MG

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O condomínio é um resort sofisticado, projetado para atender a todas as exigências de um público que está a um passo de realizar seu maior sonho. O sonho de ter uma residência às margens do Lago de Furnas. O empreendimento foi lançado em outubro e conta com infraestrutura completa, com portaria 24 horas, sistema de segurança, asfalto, todo murado, bar molhado, campo de futebol, quadras de tênis, quadras esportivas, náutica, marina exclusiva, piscinas, espaço zen, salão de jogos, espaço gourmet e espaço fitness. De acordo com o proprietário, o jovem Bruno Veloso, 45% dos 347 lotes já haviam sido vendidos antes mesmo do lançamento. “Temos lotes a partir de 800

m2, e valor a partir de R$ 90 mil, com financiamento próprio e parcelamento em até 84 vezes, facilitando a realização do sonho de vários clientes que buscam contato com a natureza, inúmeras opções de lazer, esportes náuticos, pesca abundante e tranquilidade”, disse o empresário. A maioria dos clientes, segundo Veloso, é de Belo Horizonte e conhece a qualidade dos empreendimentos da empresa, entre eles o goleiro Fábio do Cruzeiro e os jogadores Cláudio Caçapa e Gilberto Silva. “A PGV reúne três empresas, a Pavotec, do ex-deputado Djalma Diniz – que tem grandes empreendimentos da construção civil pesada na África e em Dubai; a Geoline que é referência em aprovação de condomínios fechados em Minas Ge-


rais, do empresário Andrey Luiz Cardoso e a minha empresa, a Veloso que tem a experiência de mais de 50 condomínios na região metropolitana, no interior de Minas Gerias e na Bahia”, conta. O goleiro Bruno, em depoimento no dia do lançamento em 22 de outubro em Belo Horizonte afirmou que ele tinha um interesse muito grande em investir em Furnas. “Já tive a oportunidade de fazer negócios com Bruno (Veloso) e quando ele me ligou para oferecer o lote senti que uniu o útil ao agradável. Estou muito feliz de poder participar deste momento e tenho certeza que junto com o prefeito de Formiga, vai ser um investimento fantástico. Gosto de investir em coisas sólidas e de confiança. O empreendimento vai satisfazer os prazeres de todos, em momentos felizes e de descanso”, discursou. Foi para buscar esta tranqüilidade que a família de Vinícius Alvarenga Medei-

ros comprou dois lotes. “O Grupo Elevar, também do segmento da construção civil e imobiliária da capital mineira, tem outros dois sócios (Flávio Augusto Lopes e A maioria dos clientes, segundo Veloso, é de Belo Horizonte e conhece a qualidade dos empreendimentos da empresa, entre eles o goleiro Fábio do Cruzeiro e os jogadores Cláudio Caçapa e Gilberto Silva.

Leonardo José do Carmo Botelho) e nós resolvemos adquirir e construir dois pavimentos com três espaços independentes e de forma comum vamos fazer uma quadra de futebol e área de lazer”, explicou. Conforme Adriana Medeiros, esposa de Vinícius, os sócios sempre tiveram o objetivo de prática de esportes náuticos e agora a intenção é comprar uma lancha de 22 pés. “Vários amigos de Belo Horizonte também estão adquirindo lotes e Flávio está neste final de semana (do lança-

mento) em Angra dos Reis para comprar uma e assim que tivermos a autorização para começar a construir, vamos iniciar as obras”, afirmou. Eduardo Santos, cantor da dupla Eduardo e Gabriel, de BH, ficou com um lote e levou o parceiro de palco para conhecer o condomínio e comprar um terreno ‘bem longe dele’[ brincou]. “O Veloso nos indicou e eu comprei sem ver. Hoje que estou vindo ver e adorei. Se a pessoa vier aqui, com certeza vai querer dois lotes, é muito lindo. Já indiquei para vários amigos da música. A princípio tinha pensado em investimento, mas conhecendo, já estou com planos de construir para passeio”, salienta o músico. A corretora de imóveis Marla Rocha adquiriu um lote com marina para investimento. “Sei que no futuro bem próximo esta região de Formiga vai se transformar em um tipo de Escarpas do Lago, então achei interessante investir”, afirmou.

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AÇÃO SOCIAL

Doe

Esperança! “Sempre somos capazes de dar algo mais; mesmo nas pedras germinam as flores.”

A frase do filósofo francês Henri Bergson exprime muito bem doar, verbo transitivo direto e indireto, que tem origem no latim donare, que significa transmitir gratuitamente, bens, a outrem. É de ações partindo deste verbo que o Hospital Otto Krakauer, de Passos, está precisando. Para isso vem promovendo uma campanha para não deixar que as portas se fechem por falta de recursos. A instituição fundada há 37 anos atende diariamente 156 pacientes de transtornos mentais de mais de 100 cidades da região. De acordo com o presidente da Fundação que mantém o Hospital Otto Krakauer, Marcelo Rezende, são dois os grandes desafios enfrentados pelo Otto. “O maior deles é uma visão equivocada da Política Nacional

Marcelo Rezende com o Secretário de Saúde Antônio Jorge

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de Saúde Mental, implantada desde 2003: em termos gerais ela preconiza que todos aqueles que sofrem de qualquer transtorno mental podem e devem ser tratados de forma ambulatorial (consultas e terapias) e assistidos pela própria família do doente. Entendemos que ocorreram importantes avanços no controle e tratamento da Saúde Mental, mas certamente estes ainda são insuficientes para garantir uma vida saudável e segura aos doentes mais graves e seus familiares”, explica Rezende. E em razão desta política, o Governo Federal, através do Ministério da Saúde, se recusa a rever os valores pagos pelo tratamento dos pacientes internados. O último reajuste ocorreu há 5 anos e, pelas informações de que dispomos, não há qualquer intenção do Governo Federal em promover qualquer correção nestes valores cuja defasagem já supera em 50% nossos custos. “Na verdade, a intenção do Governo Federal é levar os hospitais psiquiátricos a fecharem suas portas por inanição, pela completa falta de recursos e assistência, como se um bom números destes hospitais, como é o caso do Otto Krakauer, não fossem seriamente comprometidos com o bom atendimento e vitais para que toda a Rede de Assistência à Saúde Mental do governo possa ter sucesso no que se propõe”, conta.

E o segundo grande desafio, ainda conforme Rezende, é o próprio hospital se reinventar: é preciso buscar novas fontes de recursos, proporcionar novos e ainda melhores serviços, promover parcerias com o setor privado e universidades, realizar pesquisas e seminários, firmar-se como centro de excelência no atendimento da Saúde Mental. “Entendemos que a sobrevivência do hospital passa por esta revisão profunda de seus conceitos e preconceitos. A necessidade de se preparar para as novas e incessantes demandas da sociedade é urgente. E o Otto Krakauer pode vir a se credenciar como um importante Centro Integrado onde as mais diversas especialidades ligadas aos Transtornos da Mente possam ser pesquisadas, discutidos e tratados”, salienta. Já estão nos planos da instituição o atendimento particular e a convênios, mas antes precisamos continuar o esforço de redução de custos e a busca de recursos, especialmente doações particulares e de empresas. “Estamos, pela primeira vez na história do hospital realizando uma grande campanha de conscientização e arrecadação. Nossa intenção é a de realmente conseguir sensibilizar os governos municipal, estadual e federal, empresas e comunidades da região para as nossas necessidades que são muitas, mas que uma vez superadas”, sintetiza.


Marcelo Rezende reforça o caráter filantrópico do Hospital, lembrando que hoje, mais de 20 pacientes moram no Otto Krakauer, alguns deles desde que o hospital foi inaugurado. “Ao longo de todos estes anos, muitos foram recolhidos nas ruas de cidades vizinhas e trazidos para o cá e, apesar de todos os nossos esforços para alguns deles, ainda não nos foi possível descobrir a que família pertencem e nem mesmo onde nasceram”, recorda. A história A idéia da construção de um hospital psiquiátrico surgiu quando a Loja Maçônica Deus Universo e Virtude preocupou-se com a falta de assistência em saúde mental no município de Passos (MG) e região. Para se dedicar a esta missão foi criada a Fundação Beneficente São João da Escócia, em 31 de março de 1972, que é a mantenedora do Hospital Psiquiátrico Otto Krakauer. Naquela ocasião várias iniciativas foram feitas pelos membros da Loja Maçônica juntamente com o apoio da comunidade com a finalidade de coletar fundos para construir tal empreendimento. Após a doação de uma área de 14.000m2 por familiares do Sr. Otto Krakauer, cujo nome o hospital ostenta, iniciou-se a construção da obra. Inaugurado em 14 de maio de 1975, o Otto Krakauer ocupa hoje a 3ª colocação no estado de Minas Gerais, na classificação de hospitais especializados dentro da capacidade do número de leitos disponíveis.

condições de co-dependentes e orientá-los sobre o tratamento, seus limites e deveres, orientando sobre possíveis revisões de conceitos e atitudes frente ao paciente alertando sobre manipulações emocionais e carências afetivas, estimulando relações familiares e sociais saudáveis durante e após o período de tratamento.

à causa do Otto Krakauer e ‘vestindo’ a ideia. A dupla João Bosco e Vinícius, o vocalista da banca Raça Negra, Luiz Carlos, o cantor gospel Régis Danese, Camilinho, Paulinho Pedra Azul e vários outros já estão na onda de ajudar quem precisa de ajuda.

A campanha já está nas ruas

As revistas Terra Boa e Doce Mar de Minas, comemorando seu um ano e dois anos de circulação, respectivamente, promoveram no dia 20 de dezembro leilão com renda revertida para o Hospital Otto Krakauer. O evento, segundo o diretor das revistas, Bolivar José Filho, realizado na Capella Choperia, por força da causa, conquistou apoio de vários empresários e produtores rurais que fizeram doações de prenhezes de alto valor genético para a realização do leilão. “É um dever de cada cidadão contribuir com uma entidade que tanto fez e faz a Passos e região. A nossa parte é muito pequena, mas queremos levar esperança para os pacientes do Otto Krakauer”, finaliza Bolivar.

Foi lançada em outubro a campanha com outdoors para chamar a atenção da população para a situação do Otto Krakauer e que tem como intuito a arrecadação de recursos por meio de parcerias e de doações voluntárias em conta corrente. Para ajudar a divulgar a campanha, também foram confeccionadas camisetas, nas cores azul, branca e verde com o lema: ‘Ajude quem precisa de ajudar’, que estão à venda por R$ 45,00 em alguns pontos de vendas como Pintado D’Ouro, Delícias do XYKO, Banca da Matriz, Papelândia Max, Posto Oásis, Loja Maria João e na portaria do Otto Krakauer. Vários artistas e personalidades famosas estão aderindo

Leilão

Tratamento especializado O Hospital Otto Krakauer oferece um tratamento especializado nos diversos diagnósticos de distúrbios mentais tais como: transtornos mentais orgânicos, esquizofrênicos, delirantes, transtornos de humor, transtornos neuróticos, síndromes comportamentais, transtornos de personalidade e deficiências mentais. Oferece também um ambiente que favorece a integração do indivíduo que facilitam a eficiência dos métodos adotados pela equipe multiprofissional. O atendimento ao paciente é realizado por equipes multiprofissionais através de atendimentos médicos psiquiátricos e clínicos gerais, psicoterapias individuais e grupais. Durante o tratamento os familiares são convidados a participarem de reuniões e visitas frequentes, visando esclarecer suas

Festa de Carnaval, promovida para os pacientes do Hostipal, em 2012

Colabore com o hospital, faça uma doação de qualquer quantia!

AG 0194-5 CC 70000-2

AG 1692-6 CC 35700-6

AG 3136 CC 09799-9

AG 3235 CC 13050000-0

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FAUNA

Imagem: http://sosriosdobrasil.blogspot.com.br

Alevinos,

ao lago! “É preciso dar o primeiro passo”. Com esta frase o mecânico Edson Erão de Oliveira acabou por dar início a uma campanha de repovoamento do Lago de Furnas, o Projeto Lago Vivo. Um apaixonado por pescarias ele não vê a hora de colocar 10 mil alevinos nos tanques para a quarentena e depois soltá-los na represa. Segundo Erão, aí sim a sua alegria vai voltar, pois em breve terão peixe para pescar. “Eu e toda esta equipe que abraçou a causa do repovoamento e entendeu a necessi82 | DOCE MAR DE MINAS

dade e a importância da ação do homem para reverter a situação na qual o lago se encontra, com escassez de peixes, estamos ansiosos para ver o lago cheio de peixes. Claro que este volume é pequeno, mas é o começo”, disse. A iniciativa partiu de Erão e ganhou força por meio da Revista Doce Mar de Minas. Hoje o grupo conta com dez amigos que fizeram a doação dos 10 mil alevinos e tem também o apoio do Clube Náutico de Furnas.

De acordo com Sérgio Romeu Lopes, presidente do Clube Náutico de Furnas ‘Engenheiro Mauro Ferraz’, um tanque rede pode ser colocado dentro do clube sendo que um funcionário se disponibilizará a tratar os alevinos regularmente. “É um prazer para nós podermos ajudar a repovoar o Lago de Furnas e vamos promover um grande evento após a quarentena para comemorar a soltura dos alevinos”, disse Lopes.


Dentre os amigos que estão ajudando no Projeto Lago Vivo, além de Erão e Sérgio Lopes, está a Emater/ MG, a Revista Doce Mar de Minas, o subsecretário de Política Urbana, Renato Andrade - que vai contribuir com o tanque rede -, João Gonçalves de Oliveira, o João Café, Franisco de Assis Silva, o Chiquinho, Isaías Jales Gonzaga e Juliano Lopes Cançado. Os primeiros alevinos são de espécies naturais da Bacia do Rio Grande como Pacu, Matrinchã, Piau e Curimba. Conforme o coordenador técnico da Emater em Passos, Frederico Ozanan de Souza, os interessados em contribuir podem procurar a Emater por telefone ou pessoalmente na sede em Passos. Os alevinos serão lançados no lago quando estiverem com aproximadamente 12 centímetros de comprimento, o que garante maior possibilidade de desenvolvimento e reprodução dos filhotes. Esses peixes só estarão prontos para a pesca daqui a dois anos. Dados revelam que somente 30% do total de peixes lançados sobrevivem, mas Erão é categórico em afirmar que os amigos vão buscar a cada dia outros amigos para aumentar esta corrente e tornar o Lago de Furnas caudaloso de peixes como era no passado. Doce Mar de Minas 35 3522-6252 35 35

Emater 3521-3555

Erão 9822-5577

Pacu

Piau

Matrinchã

Curimba

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PALAVRA DE TURISTA

Tempestade

nos cânions O ribeirãopretano André Maglio passou por uma verdadeira ‘turbulência’ nas águas do Lago de Furnas, mais precisamente nos cânions com sua lancha Phanton 300. Ele conta que estava com a família num passeio pelo local quando caiu uma tempestade e

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ao tentar sair dos cânions as marés formadas pelo vendaval batiam na embarcação e jogava água dentro do barco. “Coloquei minha esposa e filhos dentro do convés e fiz o máximo de manobras possíveis para que a lancha não se chocasse com o paredão. Con-

fesso que estou satisfeito com a capacidade da Phanton, se eu tivesse com a outra lancha que tenho não conseguiria me sair bem da situação. Vi que é um excelente barco”, explica o empresário que visita com freqüência o Lago de Furnas.


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EVENTO

Mar de Minas Weekend reúne apaixonados pela natureza “Este evento é uma bela iniciativa da revista, de muito sucesso, vemos a alegria contagiante e afetividade do pessoal que veio de avião e barco. Estão curtindo, dançando e descansando, aproveitando as boas músicas, a deliciosa comida e a vista maravilhosa daqui do Píer” Liliane Carneiro LCC Empreendimentos

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Paulistas, mineiros, paranaenses e até baianos prestigiaram a segunda edição do Mar de Minas Weekend, organizada pela Revista Doce Mar de Minas e Píer JTR, que reuniu amantes da natureza, do mercado náutico e aeronáutico e ainda pessoas que simplesmente gostam de lazer nos finais de semana. O evento ocorreu nos dias 22 e 23 de setembro com gente bonita, comidas típicas das Gerais, boa música, ‘canja’ do cantor Lucas Ventania, show com a banda Fabio & Guilherme e para fechar a noite, balada com DJ agitou o Píer. Para a paulista Liliane Lemos, da Marina Espelho D’água, o potencial do turismo em Minas é enorme. Em sua

segunda vez no Pier JTR, a convite da DMM, ela conta que para os paulistas é uma surpresa chegar em Minas Gerais e encontrar um lugar tão belo quanto o Lago de Furnas. Acompanhada de amigos de São Paulo e de Alpinópolis, Liliane afirma que o Mar de Minas Weekend é uma grande oportunidade para conhecer o local e a região. “Temos uma riqueza única, incomparável. O aconchego do mineiro ele soma, agrega valor, a famosa hospitalidade mineira com seu jeitinho tranqüilo, tudo isso conquista. Penso que as melhorias no turismo vem no decorrer do tempo, estamos no pedacinho do céu, precisamos aproveitar


Liliane Lemos, da Marina Espelho D’água, encantada com o evento

mais, porque aqui você se encontra, a sua verdadeira essência, um olhar interior se aflora”, salienta. A empresária Liliane Carneiro Costa, proprietária da LCC Empreendimentos diz que o Lago de Furnas é o melhor local para se investir como segunda moradia - para quem faz questão de lazer – como o pessoal dos grandes centros estão procurando melhores locais e tranqüilidade para passar os finais de semana e feriados. “Como questão principal vejo o investimento. Os clientes vem para visitar e acabam fazendo investimento e voltam. Não conheço uma pessoa que tenha vindo pela primeira vez na região do Lago de Furnas e não tenha voltado”, conta Liliane. Ainda conforme a empresária, os investimentos variam de R$ 150 mil a até R$ 5 milhões. “Existem investimentos para todos os bolsos e facilidades de pagamento. Os lotes turísticos são os investimentos mais rápidos de serem executados. No Terramare, por exemplo, estamos desde o lançamento, há 2 anos, fazendo todo trabalho de coordenação de vendas dos seis primeiros meses, com clientes satisfeitos. Agora já estão começando a trabalhar o pré-lançamento do Fly inn, foram convidadas as pessoas a virem em seus aviões para fazer um test drive da pista, tendo toda a assessoria da equipe de consultores da LCC”, salienta.

Liliane Carneiro, da LCC Empreendimentos, acredita no potencial da região

Ainda conforme Liliane Carneiro será um grande prazer apresentar todo o complexo e estudar as melhores condições de financiamento. Ela faz questão de atender os clientes primeiramente na imobiliária em Belvedere, em BH para depois fazer a visita no Terramare para conhecer a região e suas potencialidades. O mais interessante, de acordo com Liliane Carneiro, do turismo mineiro é a receptividade. “Os empresários do Terramare, Píer JTR e da Revista Doce Mar sabem receber as pessoas. Este evento é uma bela iniciativa da revista, de muito sucesso, vemos a alegria contagiante e afetividade do pessoal que veio de avião e barco. Estão curtindo, dançando e descansando, aproveitando as boas músicas, a deliciosa comida e a vista maravilhosa daqui do Píer”, afirma. Aline Cunha, gerente de negócios da LCC, aceitou o convite feito por Bolivar José Filho e veio conferir o que sempre vê nas edições da DMM, que recebe regularmente. “A revista por ser vista por todas as cidades banhadas pelo Lago e ainda com circulação na capital, atrai muito os turistas. Considero esta região uma cidade flutuante e por isso com são construídos os vários condomínios, como Escarpas do Lago e Terramare. Por isso é ne-

cessário fazer mais eventos como este para se criar uma rotatividade de turistas. Tem havido uma grande procura por imóveis na região, os turistas começam a investir no local, são muitos empreendimentos sendo lançados e a expansão está chegando, não só em Escarpas, como em Formiga, na região do Furnas Tur. Acabamos de lançar uma marina alto luxo, em parceria com a PGV”, conta Aline. Turistas de Cascavel/PR chegaram de avião e passaram o dia no Píer curtindo o sol e a paisagem. Outro visitante, de Salvador já deixou o barco a disposição para quando descesse de sua aeronave. Passou o dia entre o barco e o Píer JTR. O bioquímico passense José Geraldo Freire passou os dois dias no evento, curtindo bons momentos com a esposa, netos e amigos. Mesmo com o tempo um pouco nublado e algumas pancadas de chuva o evento foi surpreendente. Esta é a opinião do organizador. “O clima não contribuiu muito para que pudéssemos ter mais aeronaves, mas estamos satisfeitos com o público e podem aguardar que em 2013 faremos a terceira edição do evento e contamos com a presença dos que vieram e de muitos que gostariam de ter vindo, mas não puderam, aguardem as novidades”, promete Bolivar. DOCE MAR DE MINAS

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GALERIA

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AERONÁUTICO

Radar Aéreo Turismo e negócios são interesses que se mesclam e norteiam o crescimento da aviação em Minas Gerais e no Brasil. Os números da Infraero indicam o crescimento do setor ano a ano, o que demonstra que o transporte aéreo conquistou definitivamente os brasileiros. Na região do Doce Mar de Minas, um dos roteiros turísticos do estado mineiro, os aeroportos homologados de Guapé (Terramare), Formiga e Passos encurtam as distâncias e oferecem boas condições para os que possuem monomotor ou bimotor. Confira abaixo os aeroportos homologados em Minas Gerais e programe suas férias e finais de semana. LISTA DE AEROPORTOS HOMOLOGADOS NO ESTADO DE MINAS GERAIS Cidade

ICAO

Abaeté SNLI Alfenas SNFE Almenara SNAR Araçuaí SNVL Araguari SNAG Araxá SBAX Barbacena SBBQ BH (Confins) SBCF BH (Pampulha) SBBH Buritis SNUY Campina Vde SNCV Campo Belo SNCA Campo do Meio SNCE Campos Gerais SNCG Capelinha SICK Caxambu SNXB Conc. Mt. Dentro SNKD Cons. Lafaiete SNKF Curvelo SNQV Diamantina SNDT Divinópolis SNDV Formiga SNFO Formiga (FurnasPark) SWVW Francisco Sá SNFK Frutal SNFU Gov. Valadares SBGV Guanhães SNGH Guapé (Terramare) SWFV Guaxupé SNGX Ipatinga SBIP Itamarandiba SNIK Ituiutaba SNYB Iturama SNYU Jaíba SNMK Janaúba SNAP Januária SNJN Jequitinhonha SNJQ João Pinheiro SNJP Juiz de Fora SBJF Lajinha SNLH Lavras SSOL Leopoldina SNDN Machado SNXA Manhuaçu SNMY Minas Novas SNMN

Latitude

Longitude

Alt

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Cidade

ICAO

Latitude

Longitude

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Pista

19 09 26 S 21 25 54 S 16 11 02 S 16 51 07 S 18 40 05 S 19 33 38 S 21 16 02 S 19 38 13 S 19 51 07 S 15 37 54 S 19 32 17 S 20 53 33 S 21 06 22 S 21 13 34 S 17 40 58 S 21 55 03 S 19 01 13 S 20 44 19 S 18 45 58 S 18 14 00 S 20 10 55 S 20 23 43 S 20 31 55 S 16 26 18 S 20 00 17 S 18 53 49 S 18 42 26 S 20 43 23 S 21 19 36 S 19 28 14 S 17 51 02 S 19 00 07 S 19 43 02 S 15 05 36 S 15 43 59 S 15 28 29 S 16 28 20 S 17 47 15 S 21 47 35 S 20 08 25 S 21 14 38 S 21 28 19 S 21 40 41 S 20 15 35 S 17 14 02 S

045 29 45 W 045 55 59 W 040 40 02 W 042 02 46 W 048 11 25 W 046 57 56 W 043 45 38 W 043 57 56 W 043 57 02 W 046 25 43 W 049 29 42 W 045 20 08 W 045 48 17 W 045 46 45 W 042 31 52 W 044 58 10 W 043 26 02 W 043 47 53 W 044 27 29 W 043 39 04 W 044 52 12 W 045 29 01 W 045 36 51 W 043 28 10 W 048 57 32 W 041 59 10 W 042 50 20 W 045 51 54 W 046 43 49 W 042 29 17 W 042 51 02 W 049 29 14 W 050 13 03 W 043 58 36 W 043 19 26 W 044 23 11 W 041 01 30 W 046 07 12 W 043 23 08 W 041 36 33 W 044 58 10 W 042 43 59 W 045 50 28 W 042 11 02 W 042 35 02 W

2178 2871 640 1181 3107 3276 3657 2715 2589 1870 1805 3182 2559 2838 3113 2838 2196 3478 2205 4446 2608 3337 2588 2484 1808 561 2618 768 2786 784 3196 1985 1558 1519 1732 1575 853 2990 2989 2051 3146 919 2969 2754 2461

1200x30 1600x30 1200X30 1200x30 1500x30 1900x30 1760x30 3000x45 2540x45 800x20 1000x25 1420x30 1000x30 800x30 1150x23 1500x30 960x23 960x30 1200x23 1450x30 1540x30 1030x23 800x15 1000x25 1000x20 1400x30 1250x80 600x18 1500x30 2004x45 600x40 1200x30 1780x30 1520x25 1500x23 1200x30 1130x23 1300x23 1535x30 900x45 1500x30 1200x30 1200x50 1170x30 800x20

Monte Carmelo Mte. Sto de Minas Montes Claros Mor. Nova Minas Muriaé Nanuque Ouro Fino Pará de Minas Paracatu Paraguaçu Passa Tempo Passos Patos de Minas Patrocínio Pedra Azul Pirapora Piumhi Poços de Caldas Pompéu Ponte Nova Pouso Alegre Rio Paranaíba Sacramento Salinas Sta. Ma. do Suaçuí Santana do Paraíso Sto. Ant. do Amparo São João del-Rei S. J. Nepomuceno São Lourenço S. Seb. do Paraíso Serro Teófilo Otoni Três Corações Três Marias Três Pontas Turmalina Ubá Uberaba Uberlândia Unaí Varginha Várzea da Palma Viçosa Virgem da Lapa

SNTK SNMS SBMK SNMN SNBM SNNU SNOF SNPA SNZR SNPU SNPT SNOS SNPD SNPJ SNPZ SNPX SNUH SBPC SNPO SNCZ SNZA SNRP SNSC SNSS SNSI SBIP SNAM SNJR SNNE SNLO SNPY SNSO SNTO SNVI SNAS SIAB SNTM SNUB SBUR SBUL SNUN SBVG SNVZ SNVC SNVL

18 43 02 S 21 10 33 S 16 42 22 S 18 35 38 S 21 07 44 S 17 49 02 S 22 17 51 S 19 50 34 S 17 14 35 S 21 33 33 S 20 39 02 S 20 44 00 S 18 40 20 S 18 54 33 S 16 04 02S 17 19 01 S 20 26 19 S 21 50 16 S 19 12 12 S 20 24 11 S 22 17 20 S 19 12 45 S 19 53 35 S 16 12 28 S 18 11 55 S 19 28 14 S 20 54 41 S 21 05 11 S 21 32 32 S 22 05 30 S 20 56 57 S 18 36 40 S 17 53 29 S 21 47 26 S 18 13 30 S 21 22 19 S 17 14 02 S 21 07 21 S 19 45 52 S 18 53 03 S 16 21 14 S 21 35 20 S 17 38 42 S 20 44 41 S 16 46 24 S

047 28 59 W 046 57 32 W 043 49 19 W 045 21 11 W 042 22 01 W 040 20 02 W 046 23 36 W 044 36 04 W 046 52 53 W 045 45 06 W 044 30 02 W 046 39 35 W 046 29 29 W 046 58 58 W 041 10 02 W 044 51 37 W 045 59 34 W 046 33 58 W 045 01 24 W 042 55 00 W 045 55 10 W 046 14 26 W 047 25 20 W 042 19 20 W 042 27 58 W 042 29 17 W 044 53 40 W 044 13 35 W 043 01 16 W 045 02 43 W 046 59 03 W 043 25 26 W 041 30 56 W 045 16 09 W 045 11 26 W 045 29 39 W 042 44 02 W 042 52 56 W 047 57 58 W 048 13 31 W 046 55 37 W 045 28 24 W 044 42 38 W 042 50 31 W 042 23 13 W

2904 2936 2190 1988 886 591 2818 2598 2359 2838 3143 2697 2793 3229 2625 1808 2444 4135 2313 1877 2904 3757 3288 2504 1575 784 3601 3117 1322 2871 3110 2428 1572 3232 2579 3050 2894 1115 2655 3094 1998 3028 1719 2162 2477

1000x23 1270x18 2100x45 1000x23 1140x23 1200x30 1080x50 1140x23 1500x30 1175x30 600x40 1200x25 1700x30 1200x30 1000x30 1480x30 1115x30 1250x30 1200x70 1060x30 1280x30 1000x100 1200x30 1480x30 800x18 2004x45 1620x30 1100x30 620X40 1070x30 1600x30 920x23 1190x23 1400x30 1500x45 1040x18 1000x30 1080x30 1759x45 1950x45 1180x30 1500x30 1100x23 900x30 1150x20

Obs.: Alguns aeroportos, mesmo com o balizamento noturno instalado, ainda não possuem homologação para operação noturna, com os processos sendo analisados pela Anac. Levantamento: Caio Marinzeck Borges Delfante (Abril de 2012)

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GALERIA Boua: destinos maravilhosos Levar as pessoas a conhecerem lugares maravilhosos, este é o trabalho da experiente Gabriela Moraes, que inaugurou em outubro a Boua Viagens e Turismo, agência de viagens, turismo, lazer e negócios. O coquetel contou com a presença de amigos e clientes na agência, que fica na Avenida da Moda.

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GALERIA Rudnick: ambientes com bom gosto Setembro marcou a vez da cidade de Passos/MG receber a Rudnick Projetados. A festa de inauguração contou com a presença de arquitetos, profissionais da imprensa, empresários e clientes, que puderam conferir os vários ambientes de bom gosto assinados pelos arquitetos Francielli Bochi Frare e César Tadeu Elias. A loja está situada na Avenida da Moda, principal local de comércio da cidade e promete ser um espaço para quem procura modernidade e bom gosto na hora de decorar a casa.

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