Doce
Mar de Minas ano 2 | edição 7 | fevereiro/março 2012
Diamond Yachts Túlio Ricardo aposta na inovação como diferencial no mercado náutico
Destaque
Especial
Renato Soares apresenta seus registros poéticos da arte e cultura brasileiras
Maria Celeste, Diretora Jurídica da CEMIG fala das questões sociais do Lago
Arquitetura Sérgio Santana e seus projetos que integram natureza e arte
O COMPLEXO RESIDENCIAL MAIS SURPREENDENTE DA REGIÃO DO LAGO DE FURNAS. OBRAS INICIADAS
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nesta edição EXPEDIENTE Doce Mar de Minas é uma publicação bimestral da Editora Doce Mar ano 2 | edição 7 | fevereiro/março 2012 Direção executiva Bolivar Filho odocemardeminas@hotmail.com Coordenação executiva Dalton Filho daltonfilho@multimarketing.ppg.br Conselho editorial Adriana Dias, Bolivar Filho, Cleiton Hipólito, Dalton Filho Edição Dalton Filho Vanessa Cassoli vanessacassoli@hotmail.com Projeto gráfico Edição de imagens e DTP Multimarketing Comunicação Cleiton Hipólito / Dalton Filho cleiton@multimarketing.ppg.br Redação Adriana Dias – MTB 025.230 adriodias@hotmail.com Denise Bueno denisebueno2011@hotmail.com Fotos Mauricio Elias eliasfotografia@hotmail.com Gustavo Leite zubribo@gmail.com Allan Françozo allanfrancozodutra@gmail.com Piettro Cavalera psyzion@gmail.com Impressão 3 Pinti Editora e Gráfica Tiragem 10 mil exemplares Revista Doce Mar de Minas Av. Com. Francisco Avelino Maia, 3866 – Passos/MG – 37902-138 Fone: (35) 3522-6252 www.facebook.com/docemardeminas
odocemardeminas@hotmail.com Envie a sua história ou curiosidade relacionada ao “Doce Mar de Minas”
10 ESPECIAL Entre as montanhas há uma boa esperança
14 CAPA Made in Minas Gerais
20 CIÊNCIA Yes, nós temos dinossauros!
24 ARQUITETURA Arquitetando a paisagem
30 NÁUTICA Confrades do Lago
34 AVENTURA E o seu jet, tem nome?
38 DESTAQUES Imagens poéticas
48 VITRINE Minas Gerais é tudo isto e muito mais
56 ARTESANATO Peças fora de uso viram arte
58 ROTEIRO O berço do Velho Chico
64 GASTRONOMIA Saborear é preciso, aqui ou ali
76 PALAVRA DO TURISTA É tudo muito maravilhoso
78 MEIO AMBIENTE Esgoto: um alerta ao ‘Mar de Minas’
85 CURIOSIDADE Uma parada inusitada
E NESTA EDIÇÃO
O ano começou festivo e inspirador para a Doce Mar de Minas. Nesta edição, a revista completa seu primeiro ano de publicação. Foram 12 meses de trabalho árduo, mas gratificante. Falar das belezas e das pessoas de Minas, e especialmente do potencial da região do Lago de Furnas, é maravilhoso. Em cada edição buscamos mostrar um pouco do que a natureza oferece aos nossos sentidos, das oportunidades de negócios, turismo e lazer. Apresentamos um pouco do mineiro, que tem fama de trabalhar quieto, mas quando se mostra, mostra pra valer. É gratificante o retorno carinhoso que temos dos nossos leitores, anunciantes e amigos conquistados ao longo das edições. É isso que faz valer a pena todo tipo de empreendimento. Nas páginas seguintes você vai se encantar com os trabalhos de profissionais renomados no Brasil e no mundo. Sérgio Santana, com seus projetos de arquitetura da paisagem, mostra a harmonia da natureza com os espaços urbanos. Renato Soares, poeta da imagem, revela a essência dos povos indígenas através de suas lentes. E as descobertas do paleontólogo mineiro Max Langer, que contribuíram internacionalmente nos estudos sobre dinossauros. O empresário Túlio Alonso Ricardo conta como sua grande paixão por embarcações se transformou em um estaleiro, o Diamond Yachts, aqui mesmo em Minas, uai! Ele nos apresenta a imponente Diamond 300 Full, um modelo com design bastante arrojado. Preparamos para 2012 muitas outras novidades, que são tantas. Afinal, Minas Gerais é um universo à parte, que tem até mar. Um doce mar, de águas, de montanhas, de histórias e de muita gente boa. Um forte abraço, Equipe Doce Mar de Minas Ainda não leu nossa última edição? Acesse já a biblioteca virtual da Revista Doce Mar de Minas: http://issuu.com/docemardeminas Tenha uma boa leitura!
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ESPECIAL
Entre as montanhas há uma
boa esperança O Brasil é cheio de serras, mas uma delas foi eternizada pelo poeta Lamartine Babo e se popularizou por todo o país por meio da canção Serra da Boa Esperança. Foi nessa Boa Esperança, no Sul de Minas Gerais, entrecortada pelas águas do Lago de Furnas, por belas serras e muitas plantações de café, que nasceu Maria Celeste Morais Guimarães. Os desafios de uma região que ressurgiu das águas talvez tenham impulsionado o espírito de liderança dessa mineira que fez e faz carreira na vida pública, já implantou muitos projetos que norteiam a vida dos cidadãos mineiros e continua nessa caminhada, hoje, como diretora jurídica da CEMIG.
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Preocupada com as questões sociais que envolvem as cidades lindeiras do Lago de Furnas, ela acredita que a empresa ainda tem muito a fazer pelas cidades que perderam parte de suas terras em decorrência da criação da represa, experiência vivida por sua família. “Há muitos projetos sociais que podem ser implantados na região, como, por exemplo, muitos que são realizados pela CEMIG em outras regiões do Estado, que também tiveram parte de suas terras inundadas para a geração de energia”
Foi no cenário de sua terra natal, também conhecida pelos festivais de música popular brasileira, que Maria Celeste dividiu com a equipe da Doce Mar de Minas a sua trajetória na vida pública. A sua ligação com o poder executivo do estado mineiro começaria bem cedo, antes mesmo de definir sua formação acadêmica. Na disputa partidária entre Arena e MDB, em Boa Esperança, ela ainda muito jovem conheceu Hélio Garcia. Sem saber, esse encontro marcaria a sua história. Alguns anos depois trabalharia com Garcia no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte. Foi na capital mineira que teve a sua formação como administradora e contadora pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) e, posteriormente, como advogada, pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), onde também se graduou mestre e doutora na área do direito. Atualmente, ela divide seu conheci-
mento através da docência na Faculdade Milton Campos. Mas foi no governo que traçou toda uma carreira marcada por grandes desafios. Através de concurso público ingressou no Tribunal de Contas do Estado, onde ocupou vários cargos. A convite do então governador Aécio Neves integrou o seu governo, como Auditora Geral do Estado, para implantar um novo projeto em busca da transparência nas contas públicas. Questionada sobre o desafio dessa missão foi enfática ao responder: “ninguém gosta de ser controlado, mas o governador Aécio não abria mão de um governo transparente e comprometido com o cidadão. Apesar dos desafios, onde há vontade política, tudo acontece. É um orgulho ver que o governador Anastasia continua o projeto com aperfeiçoamentos, por meio, agora, da Controladoria Geral do Estado.” A sua larga experiência a levou a assumir em 2011 o cargo de diretora jurídica da Companhia Energética de DOCE MAR DE MINAS
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Minas Gerais, a CEMIG, outro grande desafio na sua carreira. No último ano se dedicou a conhecer a empresa que vai muito além daquela que a maioria dos cidadãos conhece, a distribuidora de energia. A empresa hoje é uma holding com mais de 100 empresas divididas nas áreas de geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica, distribuição de gás natural, telecomunicação, geração de energia eólica, como também no uso eficiente da energia através da Efficientia, uma das empresas CEMIG. Mesmo se dedicando com afinco à vida pública do Estado, Maria Celeste visita Boa Esperança com frequência. “Eu adoro vir pela estrada de Campo Belo. Quando avisto a Serra da Boa Esperança, contornada pelo Lago de Furnas, com toda a beleza dessa região me sinto confortada com a sensação de que estou em casa”, afirmou. É casada com o desembargador
Conhecedora do potencial turístico da região, ela apoia a execução do projeto Caminhos de Minas, que dará melhores condições de acesso a muitas cidades banhadas pelo Lago de Furnas
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José Marcos Rodrigues Vieira, mãe de Pedro Henrique, recém aprovado no vestibular para o curso de direito na UFMG, e de Rodrigo. “Eu gosto que meus filhos venham a Boa Esperança, que convivam com a família, que vivenciem boas experiências, conhecendo a minha história”. Preocupada com as questões sociais que envolvem as cidades lindeiras do Lago de Furnas, ela acredita que a empresa ainda tem muito a fazer pelas cidades que perderam parte de suas terras em decorrência da criação da represa, experiência vivida por sua família. “Há muitos projetos sociais que podem ser implantados na região, como, por exemplo, muitos que são realizados pela CEMIG em outras regiões do Estado, que também tiveram parte de suas terras inundadas para a geração de energia”. Entre esses exemplos ela cita o Campeonato Nacional de Vela da Classe
Laser realizado no final de janeiro em Três Marias, com o apoio da CEMIG, o Projeto Peixe Vivo, e muitos outros. “Furnas pode fazer mais pelos municípios do Lago, cujo potencial turístico é muito grande, mas precisamos de mais infraestrutura”, ressaltou. Ainda segundo Maria Celeste, essa é uma das prioridades do governador Anastasia para a região, com o programa Caminhos de Minas. Conhecedora do potencial turístico da região, ela ressalta a importância da execução do programa Caminhos de Minas, que dará melhores condições de acesso a muitas cidades banhadas pelo Lago de Furnas, possibilitando, dessa forma, o fomento de uma das maiores indústrias do mundo: o turismo. “Os perímetros dos lagos dos reservatórios do Estado somados são maiores em extensão do que a costa brasileira. Nós temos mesmo em Minas um doce mar”.
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CAPA
O crescimento do mercado náutico no Brasil é uma realidade, em decorrência das suas condições ideais para a prática do lazer e do esporte aquático. São 8.500 quilômetros de costa navegável, além de seus rios, lagos e represas que somam 21.115 quilômetros de águas navegáveis. Com todo esse imenso potencial, nos últimos anos atraiu o mercado de grandes empresas do setor no mundo, inevitavelmente. Mas este fato não intimidou o jovem empresário Túlio Alonso Ricardo, da Diamond Yachts, a criar um estaleiro em Minas Gerais, que completa um ano em fevereiro de 2012 com grande sucesso de vendas.
Made in
Minas Gerais 14 | DOCE MAR DE MINAS
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A paixão por barcos foi o fator motivador para a criação da Diamond Yachts. Frequentador de Escarpas do Lago, Túlio sempre gostou de navegar pelo mar de Minas. Após uma visita a uma feira de barcos, no Rio de Janeiro, formou parceria com um engenheiro naval e começou os trabalhos para a criação do primeiro estaleiro genuinamente mineiro. Aficionado por navegação e com experiência na área do design, buscou na criação de uma embarcação a funcionalidade, a beleza e diferenciais em relação aos modelos presentes no mercado. “Eu queria algo novo, pois os modelos existentes eram os mesmos há anos”. Assim foi criada a lancha Diamond Yachts 300 FULL toda na cor preta. A elegância do preto e a sua funcionalidade conquistaram clientes do Rio de Janeiro, Brasília e Goiás. Com apenas um ano de montagem do estaleiro, a equipe da Diamond Yachts, formada por 15 colaboradores, trabalha com produção comprometida até junho de 2012. Entre os lançamentos estão modelos nas cores vermelho-ferrari e laranja, cores incomuns nesse segmento. Na linha de montagem, a primeira lancha na cor branca, que é comum nos demais estaleiros.
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Bem assessorado, Túlio vem investindo na contratação de mão de obra especializada e formando uma equipe mineira para trabalhar no seu estaleiro. Segundo ele, há mercado para todos os gostos com a tendência cada vez maior de proprietários trocarem as suas embarcações menores por embarcações maiores. O estaleiro está localizado em Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte e, curiosamente, as embarcações têm chamado muito a atenção da população ao serem deslocadas pelas ruas da cidade para a entrega, levando as pessoas a fotografar o inusitado. Afinal, uma lancha preta de 9 metros de comprimento chama bastante atenção, principalmente em terra.
A elegância da cor preta e a sua funcionalidade conquistaram clientes do Rio de Janeiro, Brasília e Goiás.
“Há mercado para todos os gostos com a tendência cada vez maior de proprietários trocarem as suas embarcações menores por embarcações maiores”
Diamond 300 FULL A Diamond Yachts lançou a sua primeira embarcação com grande ousadia, uma lancha de 30 pés. O design arrojado e a inovação na cor preta fizeram com que a Diamond Yachts se destacasse além de Minas Gerais. A maior parte dos elementos e acessórios utilizados para a montagem das lanchas é importada da Itália e dos Estados Unidos, países de maior referência na fabricação de embarcações. O motor é opcional, de 300 a 380 HP. “Isso depende da escolha do cliente. Se quer uma lancha mais potente ou não. O desempenho da Diamond 300 é excelente, chegando a atingir 60 milhas”, diz Túlio. O empresário destaca que o número de itens da Diamond 300 Full é superior a qualquer concorrente, incluindo uma carreta para o transporte. O modelo completo dispõe de cabine, banheiro, convés e seus acessórios. Possui, ainda, opcionais como geladeira, frigobar, ar condicionado, microondas, fogão, TV LED, DVD, sistema de som, iluminação em LED e almofadas extensíveis. Túlio aposta na Diamond Yachts pela sua inovação no mercado. O estaleiro mineiro chegou para ficar, com um bom número de vendas, acima das suas expectativas. Seu foco está na qualidade e principalmente no aprimoramento da produção: ele se prepara para produzir lanchas em menor tempo, hoje aproximadamente 60 dias. DOCE MAR DE MINAS
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CIÊNCIA
Ele é natural de Pratápolis/MG, graduou-se em Ecologia pela Universidade Estadual Paulista, campus de Rio Claro/SP, e se apaixonou pela ciência. Trabalhou em pesquisa com anfíbios, no litoral paulista, mas foi na Paleontologia que descobriu a sua maior vocação. Max Cardoso Langer é um dos paleontólogos da USP (Universidade de São Paulo), em Ribeirão Preto, e traz no seu currículo a descoberta do Saturnalia tupiniquim, um dos dinossauros mais antigos do mundo, encontrado no sul do Brasil.
Dr. Max estudou muito, antes de chegar à USP. É mestre em Geociências pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), e doutor em Paleontologia pela Universidade de Bristol, Inglaterra. Sua linha de pesquisa se concentra no mesozóico da Bacia do Paraná, onde busca fósseis de dinossauros, rincossauros e quelônios. Max também é membro do Conselho Editorial da Revista Brasileira de Paleontologia e membro regular da Society of Vertebrate Paleontology, organização fundada em 1940, nos Estados Unidos, com membros em diversos países. Nada mal para o pesquisador que nunca gostou de subáreas das ciências biológicas como a Genética, onde não se podem identificar visualmente os aspectos evolutivos das espécies. “Quando vi que na paleonto eu poderia trabalhar com a evolução e entender melhor a genealogia das espécies, percebi que era o que queria. A Paleontologia nos remete a uma época passada, onde tudo era diferente e fascinante. É preciso avaliar, pesquisar, para tentar entender o mundo em sua forma pretérita”, diz Max. Embora seja desconhecida por grande parte da população brasileira, a Paleontologia é uma ciência que tem atraído bastante interesse, com apoio das universidades do País. Confundida com outras ciências como a Antropologia, que estuda a evolução humana, e Arqueologia, que estuda as civilizações antigas, a Paleonto-
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logia estuda os organismos fósseis (plantas, animais e microorganismos) preservados na rocha, independente de quão antigo eles sejam. A Paleontologia está ligada ao estudo dos dinossauros, mas vai muito além deste grupo. Entre suas subáreas de pesquisa está a Micropaleontologia, importante para a prospecção de petróleo. Envolvido pelo universo fantástico da imaginação, o mundo dos dinossauros encanta as pessoas através de grandes criações do cinema. “Talvez por não oferecerem perigo, os dinossauros continuam fascinando as pessoas” brinca Max. Eles podem até não assustar, mas continuam entre nós, pois as aves existentes hoje se originaram dos dinossauros. “Nós temos dinossauros entre a gente, inclusive nós comemos dinossauros no almoço”, diz com ar de risos o pesquisador.
“É preciso avaliar, pesquisar, para tentar entender o mundo em sua forma pretérita”.
No Brasil
nós temos dinossauros!
homem. Mas o homem é natural, o homem é um produto da evolução”, questiona Max. A história profissional de Max Langer foi marcada pela descoberta do Saturnalia tupiniquim, em 1999, o fóssil mais completo de um dinossauro encontrado no Brasil desde a década de 1930. Ele tinha concluído o seu mestrado e esta descoberta alavancou outros projetos na área. Essa conquista também rendeu uma homenagem em sua terra natal, Pratápolis. Uma das ruas da cidade foi batizada com o nome do “seu” dinossauro.
Yes,
A hipótese mais provável para o desaparecimento de parte dos dinossauros é que a queda de um corpo celeste, um asteróide, tenha causado grande impacto na Terra, com alterações climáticas semelhantes a um inverno nuclear, matando boa parte dos seres vivos. Na sequência, ocorreu um grande efeito estufa, aumentando ainda mais a extinção. Mas apesar desse fenômeno, muitas espécies sobreviveram. “O paleontólogo tem uma visão diferente, porque vemos a modificação do planeta nos últimos milhões de anos e vemos que a vida não é assim, ela está assim. Muitas espécies já se extinguiram no passado por celeumas diversas. Da mesma forma que já houve muitas extinções no passado, terá que haver no futuro. As extinções foram naturais e, hoje, são provocadas pelo
O futuro da profissão no Brasil é promissor, com a abertura de cerca de 10 vagas nas universidades, anualmente. A descoberta de novas áreas para pesquisa também estimula a entrada de novos profissionais no mercado. Os Estados do Rio Grande do Sul, São Paulo, Minas, Acre e Ceará concentram os mais importantes achados. O Brasil também atrai pesquisadores do mundo todo por ter registro de fósseis com tecidos moles (musculares) preservados, fato extremamente raro para a Paleontologia.
Saturnalia tupiniquim
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ARQUITETURA
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Arquitetando a
paisagem É no papel que o arquiteto da paisagem Sérgio Santana expressa a sua arte, que ganha vida em obras realizadas em jardins botânicos, praças, residências e shopping centers. Nos projetos, beleza, funcionalidade e preservação das espécies se mesclam com outros elementos da natureza, encantando pessoas e melhorando sua qualidade de vida. A beleza de suas criações, premiadas no Brasil e nos Estados Unidos, podem ser conferidas em vários estados brasileiros. Em Minas Gerais desenvolve projetos em Belo Horizonte, Montes Claros, Sete Lagoas, Varginha e Guapé.
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Para criar ambientes novos ou ambientar espaços já existentes, o Arquiteto da Paisagem une conhecimentos de Arquitetura, Engenharia Civil e Planejamento Urbano para projetar relações estéticas e funcionais com o meio. Desafio esse que Sérgio possivelmente enfrentará nos grandes projetos para a Copa do Mundo, em 2014, e para as Olimpíadas, em 2016. O criador de belos espaços, praças e jardins ressalta que não há nada mais inspirador e belo do que a paisagem brasileira. No último final de semana do mês de janeiro, no espaço projetado por ele, no Terramare Península, Sérgio Santana conversou com a equipe da Doce Mar de Minas. DMM - Quando optou pela profissão de arquiteto da paisagem? SS - Quando tinha 17 anos e fazia cursinho em São Paulo para Engenharia Civil, criei coragem e falei com o meu professor que queria ser arquiteto, adorava desenhar. Ele me disse que Arquitetura era a profissão para engenheiros que não conseguiram ser engenheiros. Após ser aprovado no vestibular para engenharia em São Paulo ganhei um curso de inglês nos Estados Unidos, onde fiquei por dois meses. Prestes a voltar ao Brasil descobri o curso de Arquitetura da Paisagem e percebi que era o que buscava. Fui aceito na Louisiana State University e permaneci nos Estados Unidos por 18 anos. Nos EUA também me especializei na Harvard Graduate School em Design e Estudos Ambientais.
gem, era a oportunidade de estudar o que queria, profissão que não existia no Brasil. Até hoje, no país, não tem essa graduação formalizada. Eu fico horrorizado, pois quando vejo nos noticiários tantos problemas urbanos causados pela falta desse profissional que concilia o aspecto técnico com o ambiental e o artístico. Eu sou treinado para fazer isso e as vezes convidado para resolver situações inusitadas, que outros profissionais normalmente não conseguiram gerenciar e solucionar.
sa, a ter uma postura ética. Se eu vejo que um projeto está indo por um caminho que não é o correto eu falo com o cliente: ou vamos por esse caminho ou você arruma outra pessoa que faça, porque eu não consigo fazer. Eu não sou radical. Acho que existe bom senso e existem leis. Se consigo fazer projetos preservando e conciliando urbanização e beleza, estou contente. Preservar é gerenciamento, não é lacrar ou fechar uma área. O importante é a interatividade das pessoas com o meio ambiente.
DMM - O senhor sempre se preocupou com a sustentabilidade? Desde o início da sua carreira? SS - Sempre. O professor Robert Reich me ensinou, mais do que qualquer coi-
DMM - Entre tantos projetos que o senhor já realizou quais são os especiais? SS - Muitos. O Jardim Botânico, em Dalas, por ser público e educacional, promove o conhecimento da flora do Texas. Este projeto
DMM - Ao iniciar o curso, o que o encantou? SS - Várias coisas. O meu professor e líder da escola, Robert Reich, era um visionário, um excelente professor, muito acima da média. Ele priorizava as questões técnicas, mas priorizava também matérias como história e geografia. Tudo me encantou, o contato com os artistas, a arte, o ganho cultural e o conhecimento geral, não específico. DMM - Quando optou por ficar nos Estados Unidos, após a formatura, foi por uma questão de sorte ou porque no Brasil não havia mercado para arquitetos da paisagem? SS - Fiquei para ganhar experiência em projetos muito importantes, em um lugar onde a minha profissão já era difundida. Quando optei por estudar Arquitetura da Paisa-
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“Se consigo fazer projetos preservando e conciliando urbanização e beleza, estou contente. Preservar é gerenciamento, não é lacrar ou fechar uma área”. DOCE MAR DE MINAS
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me proporcionou uma bela experiência, pois havia apresentações públicas da criação dos projetos, bem como a discussão desse planejamento com a população. No Rio de Janeiro, o Città América, um shopping e centro empresarial belíssimo, que me deu visibilidade para trabalhar em outros estados. Uma Residência na Chácara Flora, em São Paulo, que surgiu após uma palestra que fiz na “Graded School” em São Paulo, a convite de um engenheiro que assistiu à minha apresentação. Em decorrência fiz também o meu primeiro plano diretor de urbanismo, no Brasil. E a Mina de Águas Claras, em Nova Lima, que proporcionou o retorno ao meu país. DMM - Quando o senhor assumiu o projeto Terramare Península, qual foi a sua preocupação ao ver tanta beleza natural que circunda essa área? SS - A minha preocupação principal foi apresentar da melhor maneira possível a beleza intrínseca do lugar. O desafio é maior nesses projetos. É preciso entender o lugar muito bem para mostrar essa beleza melhor ainda. Essa área em qualquer lugar do mundo, seria “o lugar”, mas ainda é sub-aproveitada. Não penso que ela deva ser super povoada, mas pode ser mais explorada e servir como um modelo de urbanização sustentável. No Terramare o terreno foi especialmente explorado e criteriosamente
escolhido para explorar sua beleza. As áreas não urbanizadas serão transformadas em grandes áreas verdes, arborizadas com essências nativas. Parques lineares que permitem o acesso de pedestres através de trilhas e possibilitam passeios equestres a todos os setores do empreendimento. As residências foram pensadas para dispensar o uso de automóveis, para então desfrutar da paisagem através de trilhas e caminhos cuidadosamente localizados dentro de parques lineares, praças e logradouros. DMM - Quais artistas ou paisagistas o inspiram? SS - A ética do meu professor é algo que carrego comigo todos os dias. Roberto Burle Marx que conheci como estagiário e se
transformou em meu amigo. Ele sempre buscava coisas novas e eu gosto dessa busca do conhecimento. Quando passava alguns dias com ele, me sentia inspirado, indestrutível. Também alguns paisagistas americanos como o arquiteto paisagista que projetou o Word Trade Center Memorial, Peter Walker. Também não passo um dia sem ver um quadro de Picasso ou sem escutar os Beatles. DMM - Que dica o senhor deixa para aqueles que querem ingressar nessa profissão? SS - Gostar muito e entender que é uma batalha de todos os dias. Perseverar, mas acima de tudo gostar muito. Principalmente tem que ter a capacidade constante de se apaixonar e se renovar com os desafios.
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NÁUTICA
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Confrades
do Lago Proprietários de barcos reúnem suas famílias e amigos para curtir com privacidade e liberdade os encantos do doce mar de Minas. Não importa o modelo, potência e tamanho das lanchas; o que vale nesses momentos é estar junto e se divertir muito.
Um dos points mais disputados, sem dúvida, é o Balneário de Escarpas do Lago. O local é privilegiadíssimo pelo recorte de montanhas e lagos. As cachoeiras são atrativos mais do que especiais e os restaurantes com a típica culinária local garantem o prazer de uma boa mesa. Para completar esses ingredientes, a acolhida calorosa dos mineiros. Mistura certa para bons momentos de lazer navegando. Este ponto de encontro é considerado a “ilha da fantasia” dos amigos Toninho Pitarães, Sérgio Meireles, Alexandre Carneiro e Alessandro Rodarte. Suas lanchas ficam ancoradas em Escarpas do Lago e de lá, onde se encontram nos finais de semana, partem para desestressar. Animação não falta a este grupo que reúne até 40 pessoas para navegar ao calor do sol, tomar banhos de cachoeiras e descobrir muitas encostas que o lago esconde. Em um dos finais de semana presenteados com céu azul, no mês de janeiro, o grupo se deslocou para os cânions onde passaria toda a tarde do sábado promovendo um suculento churrasco. No domingo o ponto de encontro seria o Píer JTR. DOCE MAR DE MINAS
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”É o lugar ideal para descansar com a família e encontrar os amigos, uma verdadeira confraria para os finais de semana” Toninho Pitarães, empresário do ramo imobiliário em Belo Horizonte, é frequentador de Escarpas do Lago há 20 anos. Proprietário de uma Phanton 385, gosta de reunir a família para longos passeios pelo lago e bons momentos de confraternização, regados a um bom churrasco ou cardápios mais elaborados. A hospedagem é no próprio barco, onde compartilha com a família essa paixão. A esposa Ester e a filha Manoela já pilotam a lancha com capacidade para 14 pessoas. Segundo ele, os amigos formaram uma verdadeira confraria para os finais de semana de badalação. Membro dessa confraria, Sérgio Meireles frequenta Escarpas do Lago há 10 anos e tem barcos há duas décadas. Para ele, um dos prazeres é a realização da noite gastronômica no lago, onde os barcos dos amigos se transformam em cozinha, boate e cassino. Alessandro Rodarte conheceu a região em um carnaval e não a esqueceu mais. Morador de Pará de 32 | DOCE MAR DE MINAS
Minas, ele visita o lago pelo menos duas vezes ao mês, há cinco anos. Há três comprou a sua primeira lancha. É o lugar ideal para descansar com a família e encontrar os amigos, com o privilégio de ser próximo de sua terra natal.
A confraria fica completa com a chegada de Alexandre Carneiro, que também frequenta a região há nove anos. Empresário do setor de aço para a construção, gosta do local pelas festas, pela alegria e pela beleza das pessoas que circulam por ali.
Os confrades Alessandro Rodarte, Toninho Pitarães e Sérgio Meireles
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AVENTURA
E o seu jet,
tem nome? Mesmo como passageiro a emoção num jet ski é enorme, seja com 8 anos ou aos 60. E pilotando então, é uma adrenalina só. Para curtir esta sensação indescritível, um grupo de amigos de Belo Horizonte, convidado por Júlio Cabizuca e Guilherme Veloso, proprietários de uma empresa de miniveículos, re-
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solveu colocar os jet skis nas águas do Lago de Furnas e conhecer paisagens exuberantes, nos dias 27 e 28 de setembro. O passeio, inicialmente combinado entre 40 pessoas, foi frustrado por conta da forte chuva nos dias que antecederam a aventura. Mas 11 pilotos não se furtaram do compromisso e deixaram suas empresas na capital mineira para se joga-
rem no lago com suas máquinas velozes e furiosas, porém seguras. Evaldo Gonçalves Rios, 60 anos, aceitou o desafio proposto pelo filho Antônio Marcos e adorou. Para Gustavo Galvão, o menor integrante, com apenas 9 anos, ser passageiro do pai Anilton Galvão é fantástico, até que tenha idade e possa tirar o seu Arrais amador. Todo jet ski tem um apelido. O da família de Gustavo leva o seu co-
Para curtir estas aventuras com segurança, todos devem usar o colete salva-vidas. Para pilotar, ter no mínimo 18 anos e a Arrais, a habilitação da Marinha. A embarcação deve estar documentada e registrada numa capitania ou delegacia regional.
dinome Guga. O apaixonado por Pearl Jam, Amir Lúcio Reis Netto deu o nome da banda à sua máquina. O casal Rodrigo Cerqueira e Laura Brandão Lemos nominou o jet de Black Pearl (Pérola Negra, famoso navio de Jack Sparrow no filme Piratas do Caribe). Acompanhamos o primeiro dia de passeio. Nossos pilotos, o experiente Luiz Antônio Lobo Bazzoni e o aventureiro Bruno de Souza, foram orientados pelo guia André Rocha, morador
na região do lago. Participaram ainda Goubert Brandão Coelho, Washington Luiz Pereira e Valter Costa. A saída dos pilotos foi do Obbá Coema Resort Hotel pela manhã, num longo trajeto com mais de 100 quilômetros percorridos. No passeio, o grupo conheceu as cachoeiras Água Fria e da Alegria, chegando próximo a Carmo do Rio Claro. No retorno os pilotos foram até os cânions, até a Barragem da Hidrelétrica de Furnas e ainda à Lagoa Azul.
O almoço foi previamente combinado com o Restaurante do Turvo. Os jet skis são da marca Sea Doo, conhecidos como a Ferrari das águas, e fazem em média 100 km por hora. Para aproveitar as belezas naturais, a média foi de 40 km/h. O passeio terminou com um belo pôr do sol no retorno ao Obbá Coema. No segundo dia conheceram a cachoeira do Sabiá, novamente os cânions e o almoço no Murcegão, em Capitólio.
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SP MARINE
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DESTAQUE
Imagens
poéticas
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Ele é um poeta incomum. A câmera fotográfica é sua caneta. Redige seus poemas com imagens da natureza e do homem. O seu olhar redescobre o passado, o inusitado, registra o presente para as gerações futuras mostrando as muitas belezas do Brasil. Ele é Renato Soares, fotógrafo e documentarista da arte e cultura brasileiras.
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Na escuridão a mão faz a pintura na jovem da aldeia Aywa Kalapalo, Parque Indígena do Xingu, MT.
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Desde 1986 Renato percorre regiões remotas do território nacional para registrar grupos étnicos com seus ritos e costumes. Esse trabalho o levou a ser um apaixonado pela Arqueologia e Museologia. Sua exposição Kuarup – A Última Viagem de Orlando Villas Bôas foi visitada em diversas capitais brasileiras. É colaborador das revistas Scientific American Brasil e National Geographic e já expôs nos Estados Unidos, França e Japão. Natural de Carmo do Rio Claro-MG, sua base de trabalho está em São Paulo, mas revisita Minas para cantar as suas maravilhas. Afinal, é pra cá que ele corre sempre que pode. Breve iniciará um novo trabalho no Estado que resultará, com certeza, em um livro preparado com apreço e intensidade, como ele mesmo é. O ano de 2011 foi marcante na carreira de Renato Soares. Entre seus trabalhos se destacam uma edição especial da Scientific American Brasil e o livro Universo Amazônico, da Editora Empresa das Artes. “No início do ano passado fui convidado pelo meu amigo Ulisses Capozzoli, que é o editor-chefe da Scientific American Brasil, para fazermos uma revista especial sobre os 50 anos da criação do Parque Indígena do Xingu (PIX). Este trabalho começou em junho e levou aproximadamente 20 dias. Passamos pela aldeia Caiapó Piaruçú no médio Xingu, onde estivemos com o grande cacique Raoni Metuktire, no Alto Xingu nos encontramos com meu amigo Aritana Yawalapiti, e com muitas outras lideranças na festa dos 50 anos. No mesmo ano parti para outra viagem a convite do editor da Empresa das Artes, Fabio Ávila, para fazermos o livro Universo Amazônico, patrocinado pela Localiza (empresa de aluguel de carros e frotas). Um livro que procura mostrar através de texto e imagens os nove Estados que compõem a região amazônica. Procurei retratar não apenas o modo de vida, mas suas festas, religião, trabalho, arte, tecnologia, arquitetura e muito do cotidiano”, diz Renato.
Guerreiro Kamayurรก na Festa das Flautas.
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Brincadeiras na lagoa dos Kalapalo
Apaixonado pela vida, ele ficou fascinado com tudo o que viu e viveu durante esse trabalho. “Encanto-me com coisas simples do dia a dia. Gosto de olhar e viver como se o hoje nunca mais fosse existir e o amanhã fosse algo que não me pertence. Então vivo o agora intensamente em meus trabalhos”. Nas andanças pelo Brasil, o trabalho do fotógrafo convive com aspectos socioambientais e ele não se esquiva de opinar sobre questões polêmicas. “Estão criando a Usina de Belo Monte, no Rio Xingu, mas é algo semelhante ao que fizeram na criação do Lago de Furnas. Não perguntaram à população local se eles querem esta usina. Ali vivem índios e ribeirinhos em um ecossistema diversificado e único”, aponta.
Se 2011 foi especial para Renato, 2012 não vai ficar atrás. Ele se prepara para sua segunda aventura fotográfica em Minas Gerais. A primeira, Mar de Minas, também pela Empresa das Artes, encantou brasileiros do norte ao sul. Nessa nova empreitada vai registrar Minas Além das Gerais. “Vamos registrar o Estado mineiro em sua plenitude, mostrar o que Minas tem de mais belo, histórico e moderno. Registrar seus personagens e seus ritmos, as cidades e sua gente. Quero um trabalho com exclusividade e que conte a sua própria história. Cada um com sua linguagem e olhar... Minas Além das Gerais vai buscar aquilo que está além dos noticiários”. Vamos aguardar ansiosamente.
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Livros publicados: “Krahô, os Filhos da Terra”, em 1994; “Pavilhão da Criatividade da Fundação Memorial da América Latina” (1999); “Sondagem na Alma do Povo – Acervo de Arte Popular Brasileira do Museu Edison Carneiro” (2006); Mar de Minas (2008).
“Uai Minas tem montanhas Minas tem savanas Minas tem florestas Minas tem cachoeiras e lagoas Violeiros e tocadores tem em Minas Minas tem tambores Minas tem de tudo um bocadinho
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Mas o que Minas mais tem, é gente de bom coração que abre as portas das casas para te receber e contar história de Minas. Minas tem Gerais Sou mineiro de MINAS GERAIS” RENATO SOARES
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Solidariedade,
embarque nesta viagem Foi com o intuito de contribuir com o Hospital Regional do Câncer e com o apoio de um grupo de parceiros, que o diretor da Revista Doce Mar de Minas, Bolivar Filho, lançou a ideia para o setor de Turismo regional colaborar com o HRC, em Passos. O empresário idealizou a campanha pensando na união das empresas do trade turístico em favor de uma causa social em todo o Sudoeste Mineiro.
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A sugestão foi levada aos diretores do HRC, que acataram a proposta, e no dia 1º de fevereiro foi oficializada a campanha Rede Solidária de Turismo. O encontro contou com a participação de empresários do ramo, representantes das comissões que trabalham em prol do hospital, médicos, imprensa e membros da Mesa Administrativa da Santa Casa de Passos, responsável pelo HRC. Diversos empresários já embarcaram na campanha e vários outros estão sendo aguardados. De acordo com Evânio de Lima Cruz, supervisor de captação de recursos do hospital, essa é mais uma importante campanha do HRC. “Acreditamos que se trata de uma iniciativa muito feliz, uma vez que beneficiará não só o hospital, mas também o turismo de nossa região que
será fomentado e valorizado”, pontuou o provedor da Santa Casa, Vivaldo Soares Neto. O diretor executivo da Santa Casa, Daniel Porto Soares, aproveitou a oportunidade para agradecer o envolvimento e a participação de todos e ressaltou a importância desta campanha para o hospital. “Temos uma expectativa muito grande com relação à Rede Solidária de Turismo. Acreditamos e apostamos no empenho e compromisso dos empresários deste segmento para essa campanha. Isso nos dá forças para continuarmos trabalhando rumo à meta de tornar o HRC um hospital de referência nacional, de qualidade no tratamento do paciente com câncer”, reforçou, acrescentando que para cumprir essa meta são necessários investimentos contínuos em equipamentos, tecnologia e capacitação dos profissionais. Bolivar Filho ficou otimista com o resultado da reunião e aposta na sensibilidade e visão dos empresários. “Certamente, eles enten-
Iniciativa
deram que se trata de uma iniciativa que favorece a todos os envolvidos”, resumiu. Entenda a campanha Para participar, a pessoa compra um cupom de R$ 10,00 e concorre a um sorteio bimestral de prêmios ligados ao turismo, como fins de semana nos hotéis e pousadas nos municípios do Circuito Turístico Nascentes das Gerais, passeios de barco, refeições em restaurantes, entre outros. A renda será 100% revertida ao HRC. Os prêmios serão oferecidos pelos empresários que aderirem à campanha. As empresas podem participar de duas formas: como ponto de venda de cupons ou com a doação de prêmios. Os sorteios serão realizados na sede do HRC, pela Comissão Regional que trabalha em prol do hospital. Informações no Setor de Captação de Recursos da Santa Casa/ HRC pelo telefone (35) 3522-6169 e no site www.hrcpassos.org.br
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Mar de Minas
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VITRINE
Minas Gerais
é tudo isto e muito mais
Nas próximas páginas você, caro leitor, há de se deliciar com as belezas e expressões que definem “Óh! Minas Gerais”, em sua cultura, paisagens, costumes e tradições interpretadas pelas lentes de nossos amigos colaboradores. Sirva-se à vontade!
César Marinho
Diego Vasconcelos
Contato: marinho.cesar@ globo.com
Contato: diegofotografia@ gmail.com
Sou Geofísico, atuo na área de levantamentos aerogeofísicos para Campo Magnético, Campo Gravitacional e Radiação Espontânea, todos estes métodos visando a descoberta de bens minerais. Minas representa este meu lado “aventureiro” que me levou a minha profissão que é estritamente relacionada com o nome do estado, a província das Minas Geraes.
Sou ligado às artes visuais e à natureza. Procuro registrar pessoas e lugares especiais que tenham uma boa história a ser contada. Pratico esportes ligados à natureza e aproveito para registrar nossas belezas, nossos caminhos e principalmente nossa gente.
geólogo 53 anos Rio de Janeiro/RJ
Afonso Simosono fotógrafo 32 anos Passos/MG
Contato: afonso@ fotosimosono.com.br Minha paixão por fotografia começou há 21 anos quando tive contato com os equipamentos de meu pai. Formado em Publicidade e Propaganda, sou a segunda geração de fotógrafos da minha família. Tenho estúdio e duas lojas de fotografia, passei pelos processos de revelação do preto e branco ao colorido, do analógico ao digital e me fascina o que mais possa vir nessa dinâmica de se reinventar a fotografia.
“Minas Gerais é o sabor, é jeito tranquilo do aconchego, é encontrar a beleza na simplicidade”.
“Minas é minha família, são os meus amigos, meus medos, minhas alegrias e minhas paixões. É difícil falar de Minas, é fácil sentir Minas, Minas é única e Minas são muitas”.
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fotógrafo 32 anos Passos/MG
“Minas são as belezas naturais e as riquezas minerais. Tem um povo desconfiado, hospitaleiro e muito expressivo. É sabor nos variados temperos de sua culinária e ritmo nas mais diferentes manifestações culturais. São imagens que não se acabam mais. Minas é o meu lugar!”.
Edmundo Figueiredo
Marcio Virtual
Contato: edmundo.f.junior@ terra.com.br
Contato: marcinhovirtual@ hotmail.com
Funcionário licenciado da Caixa, administrador de empresas, moro em um sítio em Pocinhos do Rio Verde (mais especificamente na Pedra Branca, onde a foto foi feita) e me dedico à fotografia, consultoria de gestão de empresas e de elaboração de projetos sociais.
Trabalho como fotógrafo profissional há 17 anos com fotos publicitárias, institucionais, jornalísticas e esportivas. Em paralelo, me dedico a uma paixão: um trabalho de DJ em eventos, desfiles, exposições e festas. No meu Blog marcinhovirtual.blogspot. com conhecerão também um pouco desse meu trabalho.
fotógrafo ambiental 51 anos Caldas/MG
“Minas para mim tem a multiplicidade de paisagens e ecossistemas de uma beleza sem similar no Brasil”.
dj e fotógrafo 42 anos S. J. B. Glória/MG
“Minas é minha nova casa. Minha nova família. Meu novo Estado. Feliz 2012”.
“Noiva da Natureza”
afonso simosono
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“Doce Mar”
césar marinho
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“Caminhos de Tiradentes”
diego vasconcelos
Imagem vencedora do 3o lugar na Categoria Mostra em Foco da 15ª Mostra de Cinema de Tiradentes
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“Exuberância Alada”
edmundo figueiredo
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“Beira Rio 2012”
marcio virtual
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LEITORES
O Secretário de Estado de Transportes e Obras Públicas, Carlos Melles, em Fortaleza de Minas conferindo a edição da Doce Mar de Minas de dezembro, na qual é o entrevistado. “Ficou excelente, aliás, a revista é excelente! Estão de parabéns.”
Olá amigos da Revista Doce Mar de Minas! Gostaria de parabenizá-los pela criação da revista que revela de forma muito legal as belezas e a potencialidade da região, bem como abre espaço para conhecermos as empresas e serviços no entorno do grande lago. Sou docente/pesquisador universitário e trabalho atualmente em quatro grandes e importantes universidades brasileiras, sendo duas delas em Minas Gerais (uma em BH e outra, a UEMG, no Campus de Passos) bem como em uma importante universidade espanhola. Em Passos, desenvolvo pesquisa em meu laboratório desde 2004, e desde 2000 semanalmente me desloco de Ribeirão Preto para Belo Horizonte. Ao longo desses 12 anos, tenho acompanhado o desenvolvimento da região ao transitar por toda a extensão da MG050. Passos tem mostrado um grande potencial e a Doce Mar de Minas espelha isso! Além disso, me considero um privilegiado em poder passar todas as semanas pela região do lago, que chamo de “Meu Paraíso”. De uma beleza sem comentários, o complexo do Lago de Furnas, ao longo de todos os seus municípios, compõe uma paisagem natural que nunca vi em lugar nenhum do mundo, e olha que já vivi e viajei por boa parte dele! Que a revista continue com esse glamour e sucesso. Cassiano Neiva Ribeirão Preto/SP
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ARTESANATO
Peças fora de uso
viram arte Desde pequena, Hilmara brincava com linhas e agulhas transformando panos em adereços. Hoje, ela se dedica à produção de artesanato, sua grande paixão. Com um olhar sagaz, transforma peças fora de uso em objetos de decoração. O resultado é maravilhoso e tem encantado turistas do Brasil e do exterior.
Experiência e paixão pela atividade não faltam a Hilmara Aparecida Silva e seu marido Renaldo Alves dos Santos. Ela, uma apaixonada pela arte. Ele, um experiente vendedor. O resultado não poderia ser outro: o sucesso da Casa do Artesanato, o negócio mantido pelo casal. A Casa do Artesanato fica bem no centro de Capitólio/MG. Pintura, crochê e apliques realçam os artigos para mesas, lavabos, salas e se mesclam na decoração da própria loja. O destaque para a criação de Hilmara está nas peças recicladas. Enxadas e foices velhas. Latões de leite antigos. Ferraduras desgastadas. Máquinas de moer carne ou
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café, de ferro fundido. Enfim, utensílios e ferramentas que foram usados e se gastaram com o tempo, ou foram substituídos pelos modernos, ganham uma nova leitura e se transformam em objetos de decoração. A paixão pelo artesanato fez com que Hilmara transformasse tudo em arte, fazendo de suas peças produtos originais e personalizados. O resultado tem encantado quem visita Capitólio em busca das belezas do Lago de Furnas e encontra, também, um pouco do passado revestido de arte na Casa do Artesanato.
Casa do Artesanato Rua Dr. Avelino de Queiroz, 552 Capitólio-MG (37) 3373-2161
ROTEIRO Foto Abertura: Afonso Simosono Fotos Matéria: Marcelo Cassoli
O berço do
Velho Chico Na parte baixa do Parque Nacional da Serra da Canastra, a cachoeira Casca D’anta impressiona com seus 186 metros de altura
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Visitar o Parque Nacional da Serra da Canastra, unidade de conservação que abriga a nascente do Rio São Francisco, é oportunidade de entrar em contato com a beleza do Cerrado - considerado o bioma mais antigo do País - e suas milhares de espécies de plantas, mamíferos e aves.
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Em 2012 o Parque Nacional da Serra da Canastra completa seus 40 anos. Criado por decreto em abril de 1972, o parque abrange os territórios dos municípios mineiros de São Roque de Minas, Sacramento e Delfinópolis. É destino cativo para os amantes do ecoturismo e cenário de estudos brasileiros e estrangeiros sobre fauna e flora. No início do século 19, o naturalista francês Auguste de Saint-Hilaire conheceu a Serra da Canastra em sua viagem ao Brasil para pesquisas botânicas. Em seus relatos, o francês descreve a paisagem como fascinante e se diz surpreso com a quantidade de novas plantas que descobrira. Outro francês, no mesmo período, teria se inspirado na Cachoeira Casca D’Anta – a primeira grande queda do Rio São Francisco – para fazer uma gravura. Pintor e desenhista, Jean Baptiste Debret veio para o Brasil na Missão Artística Francesa e suas observações sobre as paisagens e costumes locais resultou no livro Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil, ilustrado com litogravuras, em três volumes. O Parque Nacional da Serra da Canastra é administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Criado em 2007, o ICMBio é vinculado ao Ministério do Meio Ambiente e integra o Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama). Cabe a esse instituto executar as ações do Sistema Nacional de
Unidades de Conservação, podendo propor, implantar, gerir, proteger, fiscalizar e monitorar as unidades de conservação (UCs) instituídas pela União. O Que Conhecer Próximo à portaria 1 do Parque Nacional da Serra da Canastra, a 6 km de São Roque de Minas, o Centro de Visitantes expõe fotos, rochas e informações gerais sobre o Parque e orienta sobre as normas de visitação. Palestras para grupos de visitantes também são oferecidas mediante agendamento. Uma estrada de 60 km atravessa todo o Parque, com vias secundárias que dão acesso aos principais atrativos. Nesse trajeto o turista aprecia plantas e flores típicas da vegetação do Cerrado, como a canela de ema e a sempre-viva. Com sorte, pode-se avistar um tamanduá-bandeira – o que é mais provável bem cedo ou no fim de tarde – e as aves da fauna local, como tucano, seriema e gavião carcará. Pela via principal interna, 5 km após a portaria, chega-se ao local que demarca simbolicamente a nascente do Velho Chico. Ali existe uma estátua de São Francisco, instalada na época da criação do Parque. Na parte alta do Parque se destacam também a Cachoeira dos Rolinhos, entre tantas outras; o Curral de Pedras, um curral
feito amontoando-se manualmente pedra sobre pedra, que era utilizado para conter o gado durante a pernoite dos tropeiros; a Garagem de Pedras, um antigo entreposto para os habitantes do Vão dos Cândidos que subiam a chapada a pé ou em “lombo de burro” para ter acesso à estrada que liga São Roque de Minas ao Triângulo Mineiro; e a parte alta da Casca D’Anta, onde o visitante aprecia o cânion que o Rio São Francisco forma para descer a serra, com uma encantadora sequência de quedas e piscinas naturais. Para os aventureiros e dispostos, dali é possível chegar à parte baixa da Casca D’Anta, por uma trilha de aproximadamente 4 km e de 4 a 5 horas de caminhada, para ida e volta. Para chegar à parte baixa de carro, parte-se de São Roque de Minas num per-
curso de cerca de 40 km. Pela portaria 4 do Parque, uma trilha de quase 1 km pela mata ciliar leva até a Casca D’Anta. Numa queda livre de 186 metros, as águas do Velho Chico formam uma cachoeira de rara beleza. O nome da cachoeira vem da árvore Casca D’Anta, que foi assim batizada porque a anta se esfregaria no seu tronco para curar ferimentos superficiais. Incluir nos roteiros de viagem uma visita ao Parque Nacional da Serra da Canastra é imperdível para quem gosta de conhecer e valorizar as belezas naturais do nosso País. Para quem já conhece o local, revisitar o parque é sempre uma excelente opção, pois como afirmou o filósofo Heráclito, “nós não podemos nunca entrar no mesmo rio, pois como as águas, nós mesmos já somos outros”.
O Parque possui variada beleza cênica com grandes paredões de rocha onde existem várias e belas cachoeiras. Esse tipo de paisagem atrai adeptos dos esportes de aventura e do turismo contemplativo, entre outros, o de observação de aves silvestres.
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Via Rodoviária: Saindo de Belo Horizonte pela BR-381, toma-se a BR-262 sentido Triângulo Mineiro e segue-se a MG-050 até Piumhi/MG. De São Paulo, o caminho é por Campinas, buscando-se S. S. do Paraíso/MG e Passos/MG. De Passos, cruzando a ponte do Rio Grande, pode-se tomar um caminho alternativo pela serra via São João Batista do Glória/MG ou seguir pela rodovia MG-050 até Piumhi/MG e dali para São Roque de Minas (nascente e parte alta da Casca D’anta) e Vargem Bonita (parte baixa da Casca D’anta). Há ainda a possibilidade de entrada em MG via Franca/SP, buscando-se Delfinópolis e acessando o Parque pela serra. Nas opções de estradas de terra, recomendam-se veículos 4x4, o que pode fazer da viagem uma boa aventura.
Informações Úteis O horário de visitação ao Parque da Serra da Canastra é de 8h às 18h. Os ingressos custam R$ 13, com desconto de 50% para brasileiros, R$ 6,50. Crianças até 12 anos e adultos a partir de 60 anos não pagam. O visitante deve observar algumas regras. Não é permitida a entrada de animais domésticos, nem a entrada e consumo de bebidas alcoólicas. A prática de esportes radicais – como rapel e escalada – só pode ser realizada com autorização especial. Veículos sem emplacamento não são autorizados a entrar. Para trafegar na área interna do Parque a velocidade máxima é de 40 km/hora. A época ideal para visitação é de abril a outubro, pois o tempo está menos chuvoso, facilitando o acesso às atrações e tornando os passeios mais agradáveis. Motos e veículos off road são bem vindos, desde que se mantenham nas estradas, pois fora delas estarão sujeitos à multa nos termos da legislação ambiental. A sede da coordenação do Parque está localizada em São Roque de Minas, na Av. Presidente Tancredo Neves, 498. Mais informações podem ser obtidas pelos telefones (37) 3433-1324 e 1326, no site www.icmbio. gov.br e pelo email parnacanastra@icmbio. gov.br . Como Chegar Via Aérea: Araxá/MG, a 160 km, e Piumhi/MG, a 70 km da nascente do São Francisco, são as cidades mais próximas em estrutura aeroportuária.
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O rio da integração nacional O São Francisco ganhou esse título por ser a ligação do Sudeste e do Centro-Oeste com o Nordeste Brasileiro. Das nascentes, na Serra da Canastra, até sua foz, na divisa de Sergipe e Alagoas, são 2.700 km de extensão, banhando cinco Estados. A irrigação no Vale do São Francisco, especialmente no semi-árido, promove a produção de frutas que são exportadas para Estados Unidos e Europa. É uma importante atividade social e econômica para o País. Após movimentarem os geradores das usinas hidrelétricas de Paulo Afonso, Itaparica, Moxotó, Xingó e Sobradinho, as águas do Velho Chico correm para o mar.
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GASTRONOMIA
Saborear é preciso,
aqui ou ali
No roteiro do Circuito Turístico Nascente das Gerais, além das belezas naturais, o turista se encanta com os peculiares pratos da culinária mineira. Nas cidades banhadas pelo Lago de Furnas o peixe, preparado nas mais diferentes formas, é o carro-chefe dos restaurantes. Mas há muitas outras delícias que podem ser saboreadas com prazer e sem culpa nenhuma.
Na Rodovia MG 050, entre Furnas e Capitólio, várias lojas com o jeitinho mineiro encantam os turistas e moradores da região. Uma delas é a Queijo Califórnia, mantida pelos irmãos Welington e Evandro Oliveira há 18 anos. O lanche especial da casa é o pão recheado com linguiça e queijo. A linguiça e o queijo são especialidades da casa e dão a esse lanche um sabor de quero mais. Seguindo a rodovia, antes do trevo de Capitólio, o Restaurante do Murcegão é um dos pontos de encontro para os que transitam pela região e para os turistas que passeiam de barco pelo Lago. Além dos pratos preparados especial-
A traíra sem espinho e a tilápia são os peixes mais apreciados na região do Lago de Furnas. Não importa o modo
O tradicional pão com linguiça e queijo, preparado por Wellington, muito saboroso e de dar água na boca
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de preparo, sempre é a melhor pedida em qualquer época do ano.
O gostinho de Minas encanta não só por seu sabor ou beleza, mas por sua rica e deliciosa história
Dona Márcia prepara com muito carinho e segredinho seus pratos no Restaurante Murcegão
mente com o tempero de D. Márcia Motta, que fundou o restaurante há mais de 20 anos, a casa oferece um píer para ancoragem das lanchas, um conforto para os clientes. No Murcegão um dos pratos principais é a traíra sem espinho. Degustar essa delícia com vista panorâmica para o Lago de Furnas é um privilégio ao alcance de todos que se aportam.
No Balneário Escarpas do Lago, uma boa opção está no restaurante do Chico Pintado. Um ambiente aconchegante com decoração colonial, tipicamente mineira. Espaço para um bom papo enquanto se espera pelas iguarias. Entre as várias opções, o Filé de Tilápia Recheado e o Filé Grelhado de Tilápia são destaques do menu. O tempero de Francisco Luís Silva, o Chico Pintado, é resultado dos seus 30 anos de experiência. Imperdível.
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Fim de semana de sol Passar momentos prazerosos na companhia de amigos é sempre muito bom. E se estes momentos são num lugar diferenciado, em uma das regiões mais bonitas de Minas Gerais, fica ainda melhor. É assim que diversos clientes do Pier JTR - o ponto mais badalado do Lago de Furnas - escolhem para passar os finais de semana. Sol, sombra, água cristalina, música ao vivo, petiscos, bebidas e refeições com o melhor da alta culinária.
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Um 2012 com muito luxo O Furnaspark Resort preparou uma festa glamorosa para mais de 700 pessoas, reunindo hóspedes e convidados para o Réveillon. Os presentes brindaram a chegada de 2012 com champagne e se deliciaram com um cardápio requintado preparado por um renomado Chef, contratado especialmente para essa grande noite. A alegria foi contagiante com o show de fogos musicais e baile com banda, que abriu o ano novo com muitos votos de paz, saúde e prosperidade.
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O Carnaval no Furnaspark está especial em 2012! Para quem prefere sossego, o Resort oferece conforto e tranquilidade. Para aqueles que gostam de agito, fica o convite para fazer parte do desfile da cidade de Formiga, na ala Turista do Furnaspark, e curtir a banda de marchinha.
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PALAVRA DO TURISTA
É tudo
muito maravilhoso
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Vivendo e trabalhando na distante Manaus, capital do Amazonas, o dentista Eudes Machado Lacerda Faria, 31 anos, e a advogada Marianna Abrigato Barra Faria, 25, sempre voltam à região Sudeste para rever parentes e amigos. Ele mineiro e ela paulista, na última visita a Minas Gerais foram surpreendidos com passeios náuticos pelo Lago de Furnas, região que ambos não conheciam.
“Nesta nossa visita de final de ano tivemos a grata satisfação de conhecer a região e suas belas paisagens, que admiramos durante os passeios de lancha pela represa. Tivemos uma ótima recepção em restaurantes de Passos, como também no Píer JTR, repleto de deliciosos petiscos e muita gente bonita. Achamos tudo maravilhoso! A partir de agora, certamente, este é um roteiro imperdível de nossas próximas viagens. Nós recomendamos a quem não conhece!”.
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MEIO AMBIENTE
Esgoto:
um alerta ao “Mar de Minas” No mundo todo o debate sobre desenvolvimento sustentável cresce a cada dia. O aumento da população, a quantidade maior de lixo gerado, o saneamento básico e a poluição são temas que preocupam os ambientalistas. Em decorrência desses fatos, soluções surgem atreladas a novas tecnologias para que o desenvolvimento das cidades não seja prejudicado, bem como a saúde do homem possa ser preservada. A água é um recurso natural de valor econômico, estratégico e social, essencial à existência e bem estar do homem e à manutenção dos ecossistemas do planeta. É um bem comum a toda a humanidade. Vivemos no “Planeta Água”, indiscutivelmente, uma vez que 71% da superfície da terra são cobertos pela água. Então por que existem tantos confli-
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tos envolvendo este precioso líquido? A resposta é a pouca disponibilidade de água para consumo humano, pois 97,5% da água do planeta é salgada e está em oceanos e mares, 2,493% é doce e se encontra em geleiras e aquíferos subterrâneos de difícil acesso. Apenas 0,007% da água do planeta é
encontrada em rios, lagos e são de fácil acesso para o consumo humano. Especialistas acreditam que em cerca de 50 anos teremos no mundo uma crise semelhante à do petróleo, relacionada com a disponibilidade de água de boa qualidade. A água está se tornando uma “commodity” em crise. O homem sempre foi um poluidor das águas, porém a quantidade de esgoto lançada anteriormente era suportada pelos corpos receptores que possuem uma capacidade de autodepuração. O aumento do lançamento dos esgotos ocorreu após a “reforma sanitária” iniciada na Inglaterra em 1847, que introduziu o uso generalizado da descarga hidráulica nos vasos sanitários, ligando-os aos sistemas de esgotos, posteriormente lançados in-natura nos rios. A poluição dos cursos d’água se agravou com o aumento significativo da população. Importantes cidades brasileiras enfrentam problemas relacionados à poluição pelo esgoto de seus lagos,
lagoas e rios, como nos casos de Belo Horizonte - que há décadas sofre com a poluição da Lagoa da Pampulha - e do Rio de Janeiro, que já gastou milhões de reais tentando em vão despoluir a Baía de Guanabara e a Lagoa Rodrigo de Freitas. Esses exemplos servem de alerta para os municípios do Largo de Furnas. É preciso que sejam implantados sistemas de coleta e tratamento de esgoto em toda a bacia contribuinte do lago com a maior brevidade possível, pois a negligência com os lançamentos de esgoto bruto pode inviabilizar todo o “Mar de Minas”, tornando sua água imprópria para o uso, inclusive para o lazer. Segundo o engenheiro Joaquim Castro, Diretor de Engenharia da empresa Saneglass-Tecnosane, especializada em tratamento de efluentes, “existem recursos disponíveis para o saneamento, mas infelizmente são poucas as prefeituras municipais que dispõem de bons projetos para possibilitar a captação de verba junto aos órgãos Federais e internacionais”. Essa informação é confirmada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES: “A disponibilidade de recursos no BNDES para financiamento das atividades de saneamento é hoje maior do que a oferta de projetos específicos para o setor”. A experiência demonstra que dispor de bons projetos é o primeiro passo para promover um salto nos serviços de saneamento, como sugere o engenheiro Castro: “os municípios
O Condomínio Terramare Península, em Guapé/MG, implantará o ECTEBIO em suas unidades
devem investir na elaboração de projetos para se credenciarem. Nos casos em que a Saneglass-Tecnosane desenvolveu projetos de saneamento para as prefeituras e as auxiliou na aprovação junto aos órgãos públicos, o resultado foi um sucesso, sempre conseguimos dinheiro para viabilizar as obras”, complementa. Outra questão que requer atenção da administração pública é a grande expansão imobiliária que a região do entorno do Lago de Furnas está vivendo. Muitos condomínios estão sendo implantados, o que pode provocar o lançamento de grande carga poluidora no lençol freático e no Lago de Furnas se não houver o adequado tratamento dos esgotos, aumentando assim os problemas existentes. Há que ressaltar que existem exemplos felizes de
seriedade e preocupação com o meio ambiente por parte da iniciativa privada, como o Condomínio Terramare Península (foto) que implantará Estações Compactas de Tratamento de Esgotos Biológicos (ECTEBIO) em suas unidades, atendendo assim a todas as exigências dos órgãos ambientais. Os efluentes gerados no Terramare Península serão tratados e devolvidos para o meio ambiente livres de poluição e contaminação, evitando que sejam lançados no lago. Através da consciência de que é importante preservar nosso invejável patrimônio natural e da necessidade de sinergia entre os gestores públicos, entidades privadas e cidadãos comuns, a expectativa é de que continuemos a viver confortavelmente no maravilhoso “Planeta Água”.
ECTEBIO, uma solução para o esgoto O ECTEBIO é uma estação compacta de tratamento de esgoto biológico residencial fabricada pela Saneglass-Tecnosane. O equipamento pode ser utilizado em loteamentos, residências e até mesmo em cidades e chegou ao mercado para atender a essa demanda que é crescente. A Saneglass é especializada nesse segmento e premiada pelo Instituto Mineiro de Engenharia Civil (IMEC). Nos seus 25 anos de atuação esteve sempre preocupada com questões ambientais e por isso desenvolve e produz equipamentos em plástico reforçado com fibra de vidro, destinados ao tratamento de esgoto. A tecnologia é japonesa e foi importada pela Saneglass. A fabricação dos produtos é feita no Brasil.
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GALERIA
Uma noite em Hollywood O Obbá Coema Village Hotel se transformou em Hollywood para receber os convidados do Réveillon 2012. Em grande estilo, o resort às margens do Lago de Furnas ofereceu, além das belezas naturais, o requinte da cozinha mineira e a leveza dos pratos à base de frutos do mar, a cargo do chef Ênio Júnior. Uma réplica em tamanho gigante da estatueta do Oscar, filmes com Marylin Monroe e balões em formato de estrelas criaram a atmosfera da capital mundial do cinema. Na hora da virada, turistas de diversas cidades de Minas, São Paulo e Rio de Janeiro curtiram 15 minutos de fogos e a noite seguiu com músicas especialmente escolhidas pelo DJ Gleiser e pela Banda TED, de Franca/SP.
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Informe
Lago de Furnas, um desafio para o poder público e para empreendedores O desenvolvimento turístico na região do Lago de Furnas depende de ações mais efetivas por parte da iniciativa privada e, principalmente, do poder público. É isso que defende o empresário e vereador de São José da Barra, Leandro Oliveira. “Temos à nossa disposição a indústria mais limpa do planeta e com enorme potencial para geração de emprego e renda, mas ainda não soubemos tirar proveito disso”, afirma. Ele acredita que alavancar este potencial é de responsabilidade do poder executivo. “Se o poder público fizer a sua parte, em pouco tempo o turismo se transforma na maior fonte de renda para todos os cidadãos e para a própria administração municipal”, opina Leandro Oliveira. O estímulo à construção de loteamentos seria uma forma adequada para incrementar o turismo em São José da Barra. “A prefeitura se responsabilizaria pela construção dos equipamentos de lazer, arruamento, construção de uma via comum para acesso ao Lago de Furnas, com uma marina também comum, e teríamos o lago pronto para diversas atividades”, propõe. Leandro de Oliveira diz que esta é uma iniciativa fundamental para que competições esportivas aconteçam na região, como disputas de jet ski - que já são tradicionais em Boa Esperança, por exemplo -, triatlo, canoagem, passeios de lancha e visitação a lugares pitorescos do lago, como os cânions. “Estes atrativos turísticos ficam na divisa de São José da Barra e Capitólio e podem muito bem ser explorados. Nada disso, porém, pode acontecer sem que antes seja colocado em funcionamento um projeto de saneamento básico do lago”, aponta. Segundo ele, este é um tema prioritário na execução de um Plano Diretor, para que outros projetos possam ser levados adiante.
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Leandro de Oliveira vê a construção de um Centro Olímpico como algo essencial para atrair campeonatos importantes, motivar a juventude e fazer de São José da Barra uma referência para toda a região. “Nossa cidade tem tudo para ser o ponto de descanso, de atividades recreativas, competições naúticas e polo turístico regional, basta querer empreender e eu ainda vou fazer isso acontecer”, aposta. Outro lado importante que o empresário e vereador Leandro Oliveira enxerga na exploração do Lago se refere à piscicultura. “Se explorarmos apenas 10% do potencial da produção de peixe que o lago permite, abasteceríamos 100% do peixe de água doce consumido no Brasil hoje”, informa. A capacidade de potencializar a capacidade econômica que o lago oferece, seja na exploração turística ou na produção da piscicultura, é o desafio que precisa ser enfrentado, segundo o empresário e vereador. Para isso, Leandro defende a ação empreendedora, comportamento que pratica desde a adolescência. Muito jovem, já gerenciava a padaria da família, que se mudou de Ribeirão Preto para o Sudoeste Mineiro. Hoje é proprietário do Lago Supermercado e da Panificadora Fama que, juntas, geram 53 empregos di-
retos em São José da Barra. É formado em Administração e, atualmente, cursa Administração Pública. Empreendedor com vocação desenvolvimentista e para a ação social, Leandro Oliveira enveredou pela política em 2004, com a terceira maior votação para a função de vereador. Em 2008 foi reeleito com 70% de votos a mais que a eleição anterior, ficando com a segunda maior votação do município. “Sempre pensei as ações dentro de um contexto de crescimento, não apenas de meus negócios, mas acima de tudo do desenvolvimento da cidade”, diz. Apesar do apoio da população, ele lamenta que suas ideias ainda não tenham repercutido no Executivo. “O cargo de vereador é restrito e só conseguimos fazer algo importante com o apoio do prefeito para que nossos projetos saiam do papel”, avalia. “Mais do que votar e fiscalizar leis, quem está acostumado a ser executivo, como eu, quer ver as coisas acontecerem”, detalha. Leandro quer ver o turismo no lago acontecer na sua plenitude. “Isto exige a presença de empreendedores e a participação do poder público, como fomentador das ações. Isto é possível. Basta enxergar as possibilidades e ter vontade de fazer”, conclui.
Leandro de Oliveira com esposa Adriana Oliveira e seu filho Isaque Oliveira
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CURIOSIDADE
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Uma parada
inusitada Há mais de duas décadas, o Chalé do Queijo é ponto de parada para quem passa pela MG 050. Próximo à cidade de Capitólio, há 10 anos criou um atrativo a mais para os curiosos e amantes de animais exóticos como o avestruz e a lhama.
O Chalé do Queijo foi criado para comercializar os produtos fabricados pelo Laticínio Beira Rio. Com o aumento do turismo na região, o empresário Antônio Goulart fez uma aposta certa ao criar um atrativo para a loja. Uma paradinha para a compra de queijos se torna ainda mais prazerosa com um passeio pelo viveiro das aves e pelo campo destinado aos animais. Entre as aves é possível apreciar a beleza dos Ringnecks com suas cores azul, branca, amarela e verde. De origem indiana, são classificados como periquitos, pelo seu tamanho, mas são verdadeiros papagaios. Os Ringnecks são facilmente domesticados. No viveiro o turista ainda pode conferir a ferocidade dos gansos africanos, as caldas em leque multicoloridas dos pavões, os galos africanos, entre outras espécies. DOCE MAR DE MINAS
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“Meu canarinho, minha beija-flor Me dá notícias do meu grande amor Que foi embora e nunca mais voltou Meu canarinho, minha beija-flor Já faz um tempo que ela me deixou E aos pouquinhos tudo aqui mudou Volta pra casa minha linda flor Meu canarinho, minha beija-flor Até o pássaro nunca mais cantou Até a rosa do jardim murchou Fiquei chorando e chorando estou Meu canarinho, minha beija-flor”
Kelvin do Acordeon
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Filho de produtor rural, Antônio tem uma significativa área para carneiros, bodes, avestruzes, lhamas, emas e vacas. A curiosidade maior fica sobre a lhama, originária das regiões mais frias da América do Sul. As aves de grande
porte, como o avestruz e a ema, também chamam a atenção. Num ambiente único esses animais convivem harmoniosamente e encantam os turistas que passam por ali.
Allan Franรงozo
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Sabores e lembranças do Chalé do Queijo
No Chalé do Queijo, degustar os produtos faz parte do ritual da loja. Queijos artesanais e deliciosos doces da tradição mineira, também ali fabricados, aguçam o paladar de bom gosto. Para quem gosta de exotismos, o Chalé do Queijo produz uma especialidade incomum para os brasileiros, o salaminho de avestruz, que vale a pena experimentar.
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Radih & Zaghi
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