ano 2 | edição 11 | março/abril 2013
Stand Up Variação do surfe ganha as águas do Mar de Minas
Kapeh Cosméticos O café e seus benefícios para a pele
Queijo Canastra Patrimônio com sabor de mais de 200 anos
Selton Mello
Escolhas e questionamentos por trás do talento
leia na doce mar EXPEDIENTE Doce Mar de Minas é uma publicação bimestral da Editora Doce Mar ano 2 | edição 11 | março/abril 2013
10 AVENTURA O doce céu de Minas
46 GASTRONOMIA Doces, Bolos e frios de dar água na boca!
Direção executiva Bolivar Filho odocemardeminas@hotmail.com Conselho editorial Bolivar Filho Edição Bolivar Filho Projeto gráfico Edição de imagens e DTP Multimarketing Comunicação Cleiton Hipólito / Dalton Filho cleiton@multimarketing.ppg.br Redação Mayara Carvalho carvalho.mayara@hotmail.com Enio Modesto eniomodesto@hotmail.com Revisão Ruller Rodrigues rullerrodrigues@hotmail.com
18 CAPA Selton Mello: é preciso pensar, usar a criatividade
26 LUXO Honda Gear Concept e outras jóias
50 CULTURA Queijo Canastra, cartão de visita da região
54 MEIO AMBIENTE O que você está fazendo por ele?
Fotos Reginaldo Faria reginaldofaria@outlook.com Mauricio Elias eliasfotografia@hotmail.com Impressão 3 Pinti Editora e Gráfica Tiragem 10 mil exemplares
30 VITRINE Minas Gerais é tudo isso
60 BELEZA Kapeh by Vanessa de Figueiredo
Revista Doce Mar de Minas Av. Com. Francisco Avelino Maia, 3866 – Passos/MG – 37902-138 Fone: (35) 3522-6252 www.facebook.com/docemarminas
odocemardeminas@hotmail.com Envie a sua história ou curiosidade relacionada ao “Doce Mar de Minas”
40 NÁUTICA Stand Up: a nova onda no Brasil
70 AERONÁUTICO Radar Aéreo
E NESTA EDIÇÃO A vida é mesmo engraçada. Cheia de paródias. Mineiras ou não. Coincidência ou não, o fato é que quando lemos a matéria do Selton Mello, recordamo-nos do poema “Idade Madura” do nosso inestimável Carlos Drummond de Andrade. ... E assim, a vida se repete na estação, nos “Encontros e Despedidas” de Milton Nascimento e Fernando Brant. Idade Madura As lições da infância desaprendidas na idade madura. Já não quero palavras, nem delas careço. Tenho todos os elementos ao alcance do braço. Todas as frutas e consentimentos. Nenhum desejo débil. Nem mesmo sinto falta do que me completa e é quase sempre melancólico. Estou solto no mundo largo. Lúcido cavalo com substância de anjo circula através de mim. Sou varado pela noite, atravesso os lagos frios, Absorvo epopeia e carne, bebo tudo, desfaço tudo, torno a criar, a esquecer-me: Durmo agora, recomeço ontem. De longe, vieram chamar-me. Havia fogo na mata. Nada pude fazer, nem tinha vontade. Toda a água que possuía irrigava jardins particulares De atletas retirados, freiras surdas, funcionários demitidos. Nisso, vieram os pássaros, rubros sufocados, sem canto, e pousaram a esmo. Todos se transformaram em pedra. Já não sinto piedade. Antes de mim outros poetas, depois de mim outros e outros estão cantando a morte e a prisão. Moças fatigadas se entregam, soldados se matam No centro da cidade vencida. Resisto e penso numa terra enfim despojada de plantas inúteis, num país extraordinariamente, nu e terno, qualquer coisa de melodioso, não obstante mudo,
além dos desertos onde passam tropas, dos morros onde alguém colocou bandeiras com enigmas, e resolvo embriagar-me. Já não dirão que estou resignado e perdi os melhores dias. Dentro de mim, bem no fundo, Há reservas colossais de tempo, Futuro, pós-futuro, pretérito, Há domingos, regatas, procissões, Há mitos proletários, condutos subterrâneos, Janelas em febre, massas da água salgada, meditação e sarcasmo. Ninguém me fará calar, gritarei sempre que se abafe um prazer, apontarei os desanimados, negociarei em voz baixa com os conspiradores, transmitirei recados que não se ousa dar nem receber, serei, no circo, o palhaço, serei, médico, faca de pão, remédio, toalha, serei bonde, barco, loja de calçados, igreja, enxovia, serei as coisas mais ordinárias e humanas, e também as excepcionais: tudo depende da hora e de certa inclinação feérica, viva em mim qual um inseto. Idade madura em olhos, receitas e pés, ela me invade com sua maré de ciências afinal superadas. Posso desprezar ou querer os institutos, as lendas, descobri na pele certos sinais que aos vinte anos não via. Eles dizem o caminho, embora também se acovardem em face a tanta claridade roubada ao tempo. Mas eu sigo, cada vez menos solitário, em ruas extremamente dispersas, transito no canto homem ou da máquina que roda, aborreço-me de tanta riqueza, jogo-a toda por um número de casa, e ganho. Boa leitura. Viva Minas e seus adoráveis Mineiros. Equipe Doce Mar de Minas
Ainda não leu nossa última edição? Acesse já a biblioteca virtual da Revista Doce Mar de Minas: http://issuu.com/docemardeminas Tenha uma boa leitura!
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AVENTURA
O doce
Céu de Minas por Alipio Loyola | imagens: Alipio Loyola, João Bauvoi e Rubiana Andrade
“Fluctuat, nec mergitur”, ou “flutua, não afunda” em latim: o lema que se lê na bandeira de cor azul celeste de Carmo do Rio Claro faz referência à inundação de parte das terras do município em 1964, época da criação do Lago de Furnas. É o que diz a História, mas a frase também faria perfeita alusão a outro grande atrativo turístico que colore os céus da região, o voo-livre.
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Todos os anos, pilotos de asa-delta e parapente de todo o país encontram na imponente Serra da Tormenta, a 1.287m do nível do mar, um dos melhores sítios de voo do Brasil. O local frequentemente recebe etapas do Campeonato Brasileiro de Asa-Delta, sendo a última em abril de 2012. O vento é quase sempre brando e constante para a decolagem. Os ciclos de térmicas (correntes de ar ascendente que permitem ganho de altitude sem o uso de qualquer motor) são suaves e abundantes, permitindo voos acima dos 100km de distância livre. As estradas que ligam cidades vizinhas em quase todas as direções facilitam o resgate de carro. O relevo pouco acidentado e as extensas propriedades rurais ao longo das rodovias oferecem inúmeras alternativas de pousos seguros nas ro12 | DOCE MAR DE MINAS
tas. Para quem gosta de voar livre, de decolar sem saber onde vai pousar, a combinação é um banquete. Como se não bastassem as boas condições, voar sobre o sudoeste mineiro é como se ver mergulhado em uma pintura, com sua mistura de cores - céu azul, matas nativas e pastos verdes, nuvens brancas e os inconfundíveis espelhos d’água formados pelos braços da represa que se espremem no relevo. Para os momentos de pés no chão, o visitante ainda conta com as aconchegantes opções de hospedagem e a simpatia do povo local. Após o voo, não são raros os relatos de pilotos recebidos por 10 ou 20 crianças que ajudam a desmontar e a carregar o equipamento cheias de sorrisos e curiosidades sobre o esporte. Caminhoneiros oferecem carona até o asfalto mais próximo.
O relevo pouco acidentado e as extensas propriedades rurais ao longo das rodovias oferecem inúmeras alternativas de pousos seguros nas rotas. Para quem gosta de voar livre, de decolar sem saber onde vai pousar, a combinação é um banquete.
Moradores oferecem água, lanche e ligações telefônicas aos homens que caem em seus terrenos trajando roupas diferentes, aparelhos eletrônicos emitindo sons estranhos e pesados equipamentos. O Brasil é um país abençoado para o voo-livre. Enquanto locais como Brasília, Quixadá e Governador Valadares se destacam pela forte condição; outros como Rio de Janeiro e outras rampas litorâneas
valem pela beleza do voo. Mas nenhum sítio de voo consegue unir tão bem os prazeres de voar livre como o Mar de Minas. Serviço A melhor época para o voo é a primavera, sendo setembro e outubro os melhores meses, mas janelas de boa condição são frequentes o ano todo. O acesso à rampa é fácil
por dentro da cidade, sendo recomendado um carro tracionado. Para quem está de passagem sozinho, entre os taxistas que trabalham no ponto em frente à rodoviária há sempre aqueles dispostos a prestar serviço de resgate. Não há um clube de voo local, então pessoas sem experiência devem procurar informações com instrutores de outras cidades mineiras como Passos, Andradas ou Araxá.
Você sabia... Que o homem sonha em voar desde os primórdios da humanidade? Segundo a mitologia Grega, Ìcaro construiu asas de cera e conseguiu voar. Foi tão bem que chegou perto demais do sol, as cera das asas derreteu e acabou por cair no mar Egeu. Ícaro era filho de Dédalo, um dos homens mais criativos e habilidosos de Atenas. O que muitos desconhecem é que o Asa-Delta, esporte muito conhecido hoje em dia, é algo relativamente novo comparado a outros esportes. Seu esboço começou depois da segunda guerra mundial. Uma notável homem chamado Francis Rogallo começou a estudar um novo tipo de asa, uma que não era rígida e sim flexível, defendendo a ideia de que eram mais estáveis. O engraçado da história é que fazia seus experimentos em casa. Instalou grandes ventiladores e lá, junto com sua esposa Gertrude, passava o tempo testando seu invento. A NASA ficou conhecendo o fato e o convidou para trabalhar na agência espacial. Na época, a agência pesquisava uma forma de reintroduzir suas cápsulas espaciais na atmosfera através de paraquedas direcionáveis. Rogallo entrou como uma luva na história. Da pesquisa surgiu o PARASEV (Paraglider Rescue Vehicle). No início, as asas flexíveis ficavam apoiadas em um triciclo que era rebocado por um avião. Uma vez nos céus, desconectava e seguia o voo planando até o solo. Daí para alguém dizer que não precisava de reboque e se jogar de alguma montanha e se aventurar pelos céus curtindo toda a beleza do ar, foi rápido. Fonte: http://neuronioshiperativos.blogspot.com.br
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Joรฃo pronto para decolar e Alipio atrรกs preparando o salto
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CAPA
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Devemos ficar atentos ao
talento que possuímos, cada um tem um. Temos de dar vazão ao nosso dom
É preciso
pensar, usar a
criatividade Selton Figueiredo Mello, mais conhecido como Selton Mello, é ator, dublador, diretor e produtor brasileiro. Atua em teatro, televisão e cinema. O artista nasceu dia 30 de dezembro de 1972 na cidade de Passos, Minas Gerais. Mudou-se para São Paulo com a família ainda criança. Seu primeiro trabalho na TV foi aos sete anos, na novela da Rede Bandeirantes, Dona Santa (1979). Em 1983 participou da novela Braço de Ferro. Embora não seja muito citado, Selton também é músico, tendo participado como guitarrista de uma banda chamada Vendetta. Em 2011 dirigiu, escreveu e estrelou o filme “O Palhaço”, segundo filme dirigido por Mello, o anterior foi Feliz Natal (2008). “O Palhaço foi um filme muito importante em minha trajetória, foi meu segundo filme como diretor”, contou o artista.
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De acordo com o artista, a diferença entre apenas atuar, e atuar e dirigir é que, na primeira opção, decora-se o texto e desenvolve-se o personagem, nada além. Porém quando a pessoa atua, dirige e escreve como foi o caso do “O Palhaço”, o artista cuida de tudo, inclusive da mensagem que se quer passar. “O Palhaço é um filme que celebra a família, celebra alguns valores que, atualmente, são considerados antiquados. O filme também mostra que temos de dar valor ao nosso dom natural”, disse.
saudável. Ele me faz ver que não sou o melhor, que não sei tudo, que não sou dono da verdade e desta forma, sempre acho que posso fazer melhor, que não fiz tão bem, sempre acho que posso fazer algo diferente, me desafiando mais a cada dia”, contou.
possui uma leitura diferente. “Fizemos essa pergunta no facebook do filme e apareceram mais de mil respostas diferentes. Uma mais incrível que a outra. Gosto de privilegiar a imaginação do espectador. O ventilador está ali para fazer você sonhar, pensar e ter seu raciocínio”, disse.
“Faço filmes para que
Homenagem à cidade de Passos
Reflexão
mais restrito. Vemos filmes
A obra de Mello mostra o lugar de cada um no mundo a partir de suas escolhas e de quem somos. “Perguntam-me se o filme é autobiográfico. Não, ele não é autobiográfico. Porém, assim como o palhaço Benjamim, sempre passo por crises existenciais em minha vida”, revelou. Mello disse que se questiona o tempo todo. “O questionamento é bom,
que já vêm pensados para
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o público possa pensar, visto que o espaço para a imaginação está cada vez
nós. Filmes que já vêm mastigados e digeridos.” Atualmente, segundo Mello, vive-se uma época em que cada vez se pensa menos. “Faço filmes para que o público possa pensar, visto que o espaço para a imaginação está cada vez mais restrito. Vemos filmes que já vêm pensados para nós. Filmes que já vêm mastigados e digeridos”, disse. No filme em questão aparece um ventilador de seu início ao fim. Selton Mello não responde qual o significado com ventilador. Segundo ele cada um
Selton Mello nasceu na cidade de Passos, sudoeste de Minas, porém, aos sete anos de idade o ator mudou-se para a cidade de São Paulo. “Na minha infância vivi em São Paulo, mas vinha muito para Minas, principalmente nas férias. Sempre estava ou na cidade de Passos ou na cidade de Nepomuceno, que é a terra da minha mãe”, contou. Passos no filme é quase um personagem, o lugar que, para Benjamim, se transformou num Oásis. Ele vive uma crise, não sabe se quer continuar com aquilo, de repente aparece uma menina que é da cidade de Passos e faz Benjamim ficar encantado. Neste momento Passos começa a ter um significado mítico, o palhaço começa a ver a cidade como um local onde ele vai encontrar a vida estável que ele tanto sonha e sair da loucura do circo. “A gente fala muito o nome da cidade, em várias circunstancias, pois ele fica querendo ir para Passos o tempo todo, no filme aparece uma placa quando ele está chegando à cidade, pois ele vai
a Passos. Foi uma homenagem muito boa. Muito legal poder ter feito isso para minha cidade”, disse. Pensamento De acordo com Mello as pessoas devem, sempre, ficar atentas ao talento que possuem. “Existe aquela teoria “da grama do vizinho ser mais verde”. “Todos nós temos essa característica de achar que onde estamos não está bom, que se morássemos em outra cidade seria melhor, se fizéssemos outra coisa nos sairíamos melhor, porém às vezes o que fazemos é algo muito nobre, importante e sincero”, ressaltou. Segundo ele devemos nos valorizar. “O importante é estarmos bem, fazermos algo que nos deixa bem, que
nos deixa feliz, seja o que for, cada um tem algo que gosta de fazer. Se algo te da prazer, faça” disse. O artista disse também que cada um é particular, algumas pessoas vão descobrir o prazer na religião, outros vão achar uma ajuda na arte, ajuda na psicanálise, e tudo vale, tudo é bom, o importante é cada um se sentir bem.
“A gente fala muito o nome da cidade, em várias circunstancias, pois ele fica querendo ir para Passos o tempo todo, no filme aparece uma placa quando ele está chegando à cidade, pois ele vai a Passos. Foi uma homenagem muito boa. Muito legal poder ter feito isso para minha cidade.”
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Turismo em Minas De acordo com Selton Mello, Minas tem muito potencial. “Acho que nossas belezas e riquezas poderiam ser mais divulgadas. Muita coisa já tem bastante visibilidade. Tiradentes, por exemplo, possui um festival de cinema e gastronomia maravilhoso. A cidade vive cheia de turistas. Por outro lado, fui conhecer o Lago de Furnas tem uns três anos. Eu, que sou daqui, não o conhecia. O lugar é incrível, lindíssimo, deveria ser mais divulgado”, lamentou. O passense disse ainda que, os próprios municípios poderiam divulgar mais suas riquezas naturais, chamando desta forma, mais turistas. “Publicidade para a região, é isso que falta. Isso gera mais empregos, faz entrar mais dinheiro na cidade. É importantíssimo que se mostre a beleza de nossa região”, disse Mello. Vida Particular Selton disse que mantém a vida pessoal bem preservada, e faz isso com muita naturalidade. “Mineiro é 22 | DOCE MAR DE MINAS
tipicamente um camarada discreto, e essa é uma característica que acho muito valiosa, muito boa. A gente não alardeia o que faz, quando alguém ouve falar já esta feito. Não gasto meu tempo com “onda errada”. Vamos trabalhando, fazendo o nosso e na vida pessoal também”, disse. De acordo com ele vivemos em uma época que tudo esta invertido. “Existem muitas celebridades, pessoas que aparecem, fazem uma novela e já se dizem artistas, já são muito conhecidos, mas não tem uma obra, não tem algo consistente para depois continuar”, falou.
“Acho que nossas belezas e riquezas poderiam ser mais divulgadas. Muita coisa já tem bastante visibilidade. É importantíssimo que se mostre a beleza de nossa região.”
O artista disse que o caminho que faz é exatamente o oposto, é o deixar uma obra, algo relevante para o futuro. “Nem vou estar aqui mais, vou ter morrido e minha obra vai ficar. Quero deixar filmes importantes para a cultura brasileira. Tento fazer com que o público pense, use a criatividade. Não nego que intercalo as obras, seria muito romântico dizer que dá para fazer uma coisa só”, falou Mello. Quem é Selton Mello “Sou um brasileiro misturado. Nasci em minas, tenho raiz mineira, família mineira. Vivi minha infância em São Paulo, cidade grande, cosmopolita, bem urbana. Tenho um lado bastante urbano, misturado com uma coisa mineira de fazenda, da infância, de pé na terra, de andar a cavalo, vivi muito isso na infância. Ao mesmo tempo vivi na metrópole, poluição, trânsito. Com 11 anos me mudei para o Rio, tive uma vida lá, sou uma mistura disso tudo”, brincou.
Selton Mello ao lado de Lauro Corona na novela Corpo a Corpo, na Rede Globo em 1984
O mineiro disse que cada lugar tem sua riqueza, seu valor, seu jeito de se comportar. “Agrego um pouco de tudo, o que na verdade para um artista é muito bom, tenho uma gama de compreensão da cultura brasileira muito vasta”, disse. Segundo ele saber é bom, estudar é bom, ter conhecimento é bom. “Acho que dei sorte de ter tido esta vida nômade e isso me deu boas ferramentas para a vida”, falou.
Felicidade O gato bebe leite, o rato como queijo e eu? “Essa frase tem um poder de síntese gigante de algo complexo, que é: respeite seu dom, respeite seu talento natural o que você escolheu para fazer da sua vida, isso é uma bênção. Cada um tem um dom, todo mundo tem um talento grande, e é bom checar ele de perto e dar vazão para ele, cada um tem uma missão. Então se algo te faz feliz, faça”, finalizou.
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“Carros subcompactos geralmente são divertidos e velozes; um sonho de consumo, porém, muito caro para o comprador Geração Y”, disse Dave Marek, Director de Design da Honda R & D Americas, Inc. “Conseguimos criar o Gear abaixo daquelas paredes. Ele é prático, divertido, personalizável, conectado e acessível. Tudo que os jovens, exigentes compradores, querem em um carro”, disse. A criação do Gear foi acompanhada pelo Honda Accord Coupe 2013 HFP. De acordo com a Honda o que a empresa tem fornecido para seus clientes pode ser resumido em qualidade, eficiência, confiabilidade e segurança, isso tudo com muita personalidade.
Este elegante chaveiro possui uma medalha em metal que exibe uma reinterpretação da histórica assinatura LV de 1904. Key Holder é feito de couro de vitelo Taiga e metal com acabamento em paládio brilhante. Argola e mosquetão gravados com a assinatura Louis Vuitton.
Calibre “Tourbillon Volant Camélia” Uma complicação tão misteriosa quanto bela e poética. A fabricação deste turbilhão excepcional fruto de uma colaboração estreita entre CHANEL e os construtores, engenheiros e mestres relojoeiros suíços da Renaud & Papi.
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Construído pelo SACS Marine, na Itália, apenas 199 peças estarão disponíveis, em uma escolha de quatro cores. Com o seu design afiado e motor hidrojet (a hélice está dentro de um túnel integrado no casco), o Abarth 695 Tributo SACS Ferrari pode atingir uma velocidade superior a 40 nós. Quer saber mais? Acesse: www.sacsmarine.it/special-edition
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VITRINE
Minas Gerais
é tudo isto e muito mais
Nas próximas páginas você, caro leitor, há de se deliciar com as belezas e expressões que definem “Óh! Minas Gerais”, em sua cultura, paisagens, costumes e tradições interpretadas pelas lentes de nossos amigos colaboradores. Sirva-se à vontade!
Fabio Luigi
Átila Maciel
Contato: atilabatera@ yahoo.com.br
Contato: caixadeimagem@ gmail.com
Sou um publicitário amante do fotojornalismo e de tudo que em Minas há.
Meu oficio é fotografar. Minha arte se compõe através das lentes. Descobri na fotografia a minha comunicação com o mundo. Universo que para mim, é fotográfico e sem fronteiras. Nele me liberto e recrio as cenas para compor um diálogo entre o visível e o invisível.
“Minas Gerais para mim é terra de gente trabalhadora, gente que acorda cedo e dorme cedo, gente que sabe o nome do vizinho e faz questão de cumprimentálo, gente que troca o caviar por um pão de queijo, gente que não tem pressa, mais sabe onde quer chegar. Minas é cultura, é tradição, é o lugar ideal para se morar. Na imagem desta edição, vemos a expressão de quem tem história para contar, das marcas que ganhou da vida e das tradições que devemos preservar”.
Reginaldo Faria
fotógrafo 33 anos Guaxupé/MG
publicitário 30 anos Passos/MG
“Minas de mil poetas De revolucionários De casarões centenários “Quem te vê não te esquece jamais” Quem te visita se apaixona, Quem nasce aqui não te abandona E canta: “Ó minas gerais!””
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Poema por Paulo Gondim
Marco Elias
João Bauvoi
agente de viagens 29 anos Passos/MG Contato: joaobauvoi@ gmail.com Sou um eterno apaixonado por atividades ao ar livre como voo-livre de asa-delta e vela. Há 10 anos conheci e me apaixonei por esta região, nunca me saiu da cabeça. De mudança para Passos no inicio de 2013, espero contribuir para que todos aproveitem as belezas naturais de região da melhor maneira possível.
“Singrar pelo Mar de Minas é uma das melhores sensações que uma pessoa pode ter”.
advogado 26 anos Pará de Minas/MG Contato: marcoelias@ jradvocacia.adv.br Advogado no escritório Jr. Advocacia e Advogados Associados, amante da natureza mineira e suas ordens de lei.
“Minas Gerais representa a mim a paz de espírito que se encerra em meu peito e chega a me escorrer aos olhos ao pensar em tamanha formosura, representa o lado bom do ser humano que na simplicidade de seus atos consegue transmitir no pior dos dias, o sorriso mais sincero que se pode imaginar, representa um universo de experiências que em palavras, é impossível de se explicar!”
designer gráfico 19 anos Passos/MG Contato: reginaldofaria@ outlook.com
Trabalho com design gráfico desde os 15 anos e gosto muito do que faço. Já atuei em várias revistas e atualmente estou trabalhando para as revistas Doce Mar de Minas e Terra Boa, e editando o Guia Passos Tem. Fui picado pelo bichinho da paixão por fotografar. Prefiro paisagens e tentar enxergar aquilo que está ali no cotidiano e ninguém vê, como um belo pôr-do-sol após um árduo dia de trabalho.
“Minas Gerais, lugar de gente simples, terra aconchegante, um povo bonito por natureza e uma natureza bonita por decisão de Deus”.
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“Folia de Reis”
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“Véu de Noiva”
fabio luigi
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“A beleza poente”
joão bauvoi
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“Tabuleiro - Conceição do Mato Dentro”
marco elias
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“Serras e montanhas abençoadas por Deus”
reginaldo faria
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NÁUTICA por enio modesto
a
Standv Up
n o a o nd l i s a no Bra
Uma modalidade do surfe, o Stand Up, vem conquistando desportistas em várias regiões do Brasil, especialmente nas praias do Rio de Janeiro, São Paulo, no sul do país e até em lagos e rios de Brasília. O Lago de Furnas e os rios da região também são ideiais para a prática de esportes aquáticos com essa variante do surfe que utiliza remos para se mover pelas águas.
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Variante do surfe, esse tipo de esporte aquático é feito em pé e com remos sobre pranchas infláveis, que servem também para outras atividades, como pesca, passeios em lagos e até para yoga O Stand Up, ou SUP, é praticado em pranchas infláveis, do tipo da By Piloto, fabricadas em PVC flexível com interior reforçado por milhares de fibras de nylon altamente resistentes. Apesar do tipo de material, essas pranchas são extremamente rígidas quando infladas. Elas podem ser usadas até em atividades que não são exatamente ligadas ao esporte, como lazer em família, passeios e a yoga. Uma das coisas que mais fascina no Stand Up é o processo de inter-relação entre o homem e a prancha. No começo alcança-se o equilíbrio e, após algumas remadas, o praticante até se esquece que está em cima de uma prancha. É que o corpo, automaticamente, aceita a nova situação, que é como se o chão sob os pés fosse móvel e a prancha, uma extensão do corpo, não um objeto estranho. O SUP, como é chamado também o Stand Up, não é um esporte de força física, mas de “jeito”: você começa e a natureza se encarrega de harmonizá-lo com a prancha. “É muito interessante esse processo natural que existe entre o corpo e a prancha. Inconscientemente, o corpo começa a se adaptar com a nova situação que é posta aos seus pés e começa a interagir com a prancha”, diz um catálogo do fabricante. “Quando menos perceber, você estará se divertindo e proporcinando benefícios ao seu corpo – definindo os músculos, trazendo coordenação motora, melhorando sua postura, trabalhando com o sistema cardiovascular. É uma terapia para a mente”, acrescenta a publicação. Essa variante do surfe foi criada no Havaí, no início da década de 60, quando alguns surfistas de Waikiki usavam remos de canoa para conduzir suas compridas pranchas com o objetivo de tirar fotos para turistas. Nos anos 2000, também no Havaí, conhecidos surfistas passam a praticar esse esporte, mas como uma forma alternativa de treino em dias em que o mar não estava propício para o surfe. Pouco depois, o Stand Up chegou ao Brasil pelas mãos de Jorge Pacelli e Haroldo Ambrósio, despertando o interesse local e, depois, tornando-se uma verdadeira febre em várias regiões litorâneas e até no interior do país – especialmente em Brasília.
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Com o tempo, as pranchas de SUP foram modernizadas para atender melhor o público, ficando mais fáceis de serem transportadas. Feitas de material inflável, elas podem ser guardadas e carregadas em uma mochila. Ao chegar no local desejado para o esporte ou lazer, basta tirá-la e inflá-la (em dois minutos) com uma bomba manual que acompanha o kit do produto. O SUP pode ser praticado em águas calmas - o Lago de Furnas, por exemplo - e até em locais turbulentos, como nas corredeiras de rios, numa espécie de rafting em pé. Na pesca, a prancha pode substituir o barco, uma vez que existe equipamento para fixar a vara e os acessórios na própria prancha. Tem gente que utiliza, e muito bem, o SUP na yoga, no lazer familiar e até em passeios com animais nas represas de águas tranquilas.
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GASTRONOMIA
Doces, bolos e frios de dar
água na boca! Maria Inês Vilela, mineira, nascida em uma fazenda localizada no município de Boa Esperança é empresária bem-sucedida no ramo de doces. Ela conta nesta edição da revista Doce Mar de Minas, a trajetória de vida que lhe rende sucesso na região e entre os turistas que visitam o local
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A empresária cuida desde a colheita de suas frutas até o gerenciamento de sua loja, Fridoce, localizada na cidade de Carmo do Rio Claro. A história começou há 22 anos e de acordo com Maria Inês Vilela a receita de todo esse sucesso é muito esforço, carinho e amor. “Comecei a fazer doces para amigos e parentes, além de vendê-los de porta em porta”, disse. A partir daí o talento foi descoberto e uma grande clientela se formava. “Os pedidos aumentaram, tive de arrumar ajudantes que pudessem mexer os tachos para mim”, riu a empresária. Logo Maria Inês estava vendendo doces para uma confeitaria famosa da cidade de Belo Horizonte. Receita de Sucesso “O segredo é que amo o que faço, tenho prazer em realizar meu trabalho. Todos têm sonhos, mas, não adianta ficar parado, ser limitado. Abri mão de muita coisa para chegar até aqui e valeu a pena,” confessa. “No início eu e meu marido ficávamos a madrugada toda trabalhando nos doces, cortando abóboras, arrumando as goiabas e os figos, não dormíamos”, disse a empresária As mãos talentosas de Maria Inês fizeram sucesso. Em 2001, com vendas ainda tímidas, decidiu abrir, na cidade de Carmo do Rio Claro, uma pequena loja. “Lembro até hoje da felicidade que tive quando me tornei uma pequena empre-
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sária. Nesta época já tinha gente que vinha de São Paulo comprar meus bolos. Foi um dos momentos mais felizes da minha vida”, revelou. O negócio começou com o doce chamado “Balão” (doce de leite com cravo e canela) e goiabada. Hoje a loja comercializa diferentes tipos de doces, mais de 20 tipos de tortas, que são o carro chefe de vendas, além de quiches, queijos, e uma enorme variedade de biscoitos. “A torta, não é simplesmente uma torta. Ela representa união da família, de amigos, de festa. Ela está presente nos momentos mais importantes da vida, acredito que eu estou no mercado com um produto essencial na vida das pessoas. Afinal, quem não gosta de doce, não é mesmo?” indaga. Maria Inês conta que, na safra da goiaba, são colhidos por volta de 350 quilos da fruta. “Não há quem não goste de goiabada, meus filhos foram criados comendo goiaba com leite e com queijo (Romeu e Julieta) tão tradicional em nossa culinária”, disse. A Fridoce, hoje, tem clientes em São Paulo, Divinópolis e Belo Horizonte. “A pessoa que recebe parentes e amigos em casa, não tem com que se preocupar, lá você encontra tudo que precisa, tortas, bolos, doces, roscas, biscoitos e queijos. As pessoas da região, que tem rancho ao redor do Lago de Furnas, os turistas, o pessoal de Carmo do Rio Claro passam por aqui e ficam bem servidos.
“Balão” 3 litros de leite 400gr de açúcar 3 cravos 1 palito de canela
Modo de fazer: Embrulhe num pedacinho de tecido fino o cravo e a canela como se fosse um bombom. Numa panela coloque o leite, o açúcar e o embrulho de cravo e canela. Com o fogo a 240 graus, vá mexendo por 1h sem parar até engrossar. Quando estiver no ponto de bala (para saber é só colocar um prato com água e deixar pingar uma gota do doce. Se formar uma bolinha consistente, está no ponto) retire do fogo e coloque num prato para esfriar. Unte a mão com um pouco de manteiga e enrole em formato de bala ou brigadeiro. Pode servir.
amo o que faço, tenho prazer em realizar meu trabalho. Todos têm sonhos, mas, não adianta ficar parado, ser limitado. Abri
“
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O segredo é que
mão de muita coisa
para chegar até aqui e valeu a pena
CULTURA
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Queijo Canastra, o verdadeiro cartão de visita da região O Queijo Canastra originário da região da Serra da Canastra, Minas Gerais, é produzido há mais de duzentos anos no local. A iguaria foi trazida pelos imigrantes na época do Ciclo do Ouro. O clima, a altitude,
a d a r r e S Da a a r a p Estrela
a d a r Ser a r t s Cana
os pastos nativos e as águas da Canastra deram a esse queijo um sabor único: forte, meio picante, denso e encorpado. Desde maio de 2008 o queijo canastra tornouse patrimônio cultural imaterial brasileiro, título concedido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Essa herança portuguesa é exclusividade da região da Serra da Canastra. DOCE MAR DE MINAS
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De acordo com Johne Castro, veterinário da Associação dos Produtores de Queijo Canastra (APROCAN), a região possui o solo, clima, bactérias, leveduras e fungos que atacam o leite e o deixam bem diferenciado. E é essa especificidade que vai conferir ao queijo um sabor próprio, indicando por suas características únicas, que o mesmo foi realmente produzido na região. “Só aqui existe esse tipo de flora microbiana. Você não vai achá-la em nenhum outro lugar do mundo”, disse. Além das condições climáticas, o queijo canastra, tem outra característica fundamental; é feito com leite cru (não pasteurizado). Johne Castro diz que a pasteurização eliminaria a flora microbiana natural da Serra da Canastra e acabaria com as principais características do queijo que o torna inconfundível em seu aroma e sabor. Nos dias de hoje, o traço artesanal é mantido, porém a especialização e a qualida-
de não se comparam. Fato facilmente comprovado ao ver o queijo canastra ‘real’, mais encorpado e picante que o comum. É feito do leite ordenhado num período exato de lactação das vacas, sabedoria herdada dos antepassados. É um queijo invejado pelos especialistas franceses que sempre visitam a região com o intuito de aprender como fazer um queijo melhor para os europeus. São Roque de Minas No município de São Roque há entre 600 e 700 produtores de queijo canastra. A propriedade do presidente da APROCAN, João Carlos Leite é a mais próxima da cidade. Na fazenda é possível conhecer todo o processo de produção. É realizada ordenha por dia, para extrair 300 litros de leite, que rendem cerca de 30 queijos pequenos e um grande, do tipo canastra real. Os queijos em processo e maturação descansam numa sala especial.
No Brasil, a técnica de produção do queijo foi introduzida pelos colonizadores portugueses, logo nos primeiros anos da Colônia. O leite proveniente do gado bovino trazido para cá, também nesta época, além de alimento foi utilizado para a fabricação do queijo tipicamente artesanal, a partir da receita portuguesa da Serra da Estrela. O queijo Canastra deve ser consumido curado ou meio curado, com pelo menos uma semana de maturação. Com o passar dos dias, ele adquire uma bela cor dourada e vai enrijecendo de fora para dentro. É boa companhia para uma cerveja gelada, cachaça ou vinho tinto. Também é consumido fresco, com até quatro dias, quando se mostra branco e parecido – e até confundido – com o tradicional queijo Minas industrializado. O consumidor que levar o queijo para casa deve mantê-lo sempre em local fresco e ventilado. Para que a maturação seja perfeita, o queijo deve descansar sobre um prato ou uma tábua de madeira e ser virado uma vez por dia. O Canastra estraga se ficar fechado mais de um dia em sacos plásticos. Na geladeira, fica ressecado. Como é feito Para produzir um queijo do tamanho tradicional, com peso de cerca de 1 kg e 300g, são utilizados por volta de 12 litros de leite. Depois da ordenha, o leite é colocado num tambor onde recebe o coalho e o “pingo”, uma espécie de fermento líquido, extraído da produção do dia anterior. Depois de algum tempo, o leite talha e é retirado em porções de massa que são espremidas manualmente e colocada em moldes redondos. Por cima da massa cuidadosamente compactada, vai o sal grosso. Por baixo da forma, o soro escorre finalizando um processo que dura 24 horas. Só então o queijo sai dos moldes e vai para uma prateleira arejada. Com exceção da ordenha, todo o ritual acontece na chamada “casinha de queijo”.
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to carregando um cantil contendo leite como sustento de sua jornada. Depois de várias horas cavalgando, parou para matar a sede, tendo verificado que o leite havia se separado em um líquido aquoso pálido e em um amontoado de sólidos brancos. O cantil era feito com estômago seco de um animal, possivelmente camelo, contendo uma enzima coagulante; renina, fermento ativo na coagulação do leite presente nas mucosas intestinais. A combinação da renina, sol quente e os movimentos galopantes do cavalo foram responsáveis pela separação efetiva do leite em soro e coalho, originando o queijo. A receita do produto teria se esboçado, portanto, naturalmente, a partir da observação do processo natural de coagulação do leite em que a massa foi separada do soro e moldada, com o que se obteve um alimento simples e nutritivo. Séculos depois, com a domesticação do gado bovino, o processo evoluiu e se transformou no queijo de leite de vaca. Na Antiguidade clássica, Grécia e Roma testemunharam o processo produtivo do queijo. Mas foi especialmente em Roma que se pode colher elementos que ajudaram a explicar a origem da fabricação do queijo que ainda persiste nos dias atuais, justificando-se o emprego da palavra queijo, CASEUS, do latim. A fabricação do queijo possivelmente teve as seguintes inspirações; aumentar a conservação do leite para obtenção de um produto mais durável de paladar típico, saboroso e atrativo, no qual se concentram os principais componentes nutritivos da matéria-prima e o aproveitamento do leite produzido nas fazendas com um produto de volume reduzido, com maior rentabilidade em relação ao in natura, em determinadas épocas do ano.
O queijo adaptou-se aos gostos e costumes de diversas culturas, o que gerou uma grande multiplicidade tipológica do produto. Brasil No Brasil, a técnica de produção do queijo foi introduzida pelos colonizadores portugueses, logo nos primeiros anos da Colônia. O leite proveniente do gado bovino trazido para cá, também nesta época, além de alimento foi utilizado para a fabricação do queijo tipicamente artesanal, a partir da receita portuguesa da Serra da Estrela. O queijo da Serra da Estrela era fabricado com a aplicação de extrato de flores e brotos de cardo (planta de flores amarelas, folhas acinzentadas com espinhos e caule ereto revestido de pelos). O Queijo Minas era preparado mediante aplicação de coagulante desenvolvido a partir do estômago seco e salgado de bezerro ou cabrito. O queijo se estruturou como elemento de alavancagem da economia. Atualmente, a região da Serra da Canastra é considerada uma das maiores e melhores produtoras de queijo do Estado de Minas Gerais. A receita, trazida da Serra da Estrela, em Portugal, chegou à região na bagagem do explorador de minério. A técnica portuguesa, aqui adaptada, é mantida há 200 anos e passada de pai para filho por diversas gerações. Hoje, o Queijo da Canastra, mais do que um produto agropecuário, é uma herança cultural do povo. O seu modo de fazer representa uma das mais significativas e importantes manifestações tradicionais, do ponto de vista econômico e cultural, fortemente enraizadas no universo do cotidiano desta comunidade.
A maioria dos fazendeiros vende a produção para intermediários conhecidos como queijeiros. Uma pequena parte é consumida na própria região. Ultimamente, vários produtores fazem também uma venda direta aos turistas, obtendo melhores preços. Curiosidades O queijo é um dos alimentos mais antigos registrados em toda história da humanidade. A arte de sua fabricação remonta ao ano 10.000 a.C., época da domesticação de cabras e ovelhas pelos pastores egípcios, um dos primeiros povos que utilizaram o leite e o queijo como fontes importantes de alimentação. Uma lenda atribui a descoberta do queijo a um nômade árabe que atravessava o deserDOCE MAR DE MINAS
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MEIO AMBIENTE Todos os fins de semana, a cachoeira do Fumal, localizada na cidade de São João Batista do Glória, recebe, centenas de pessoas que, na maioria das vezes, não estão preparadas para desfrutar do local e do que o espaço oferece. O “Movimento Ventania Verde”, criado em Alpinópolis há mais ou menos dois anos, percebeu esse acontecimento e começou a tomar providências.
Meio ambiente
O que você está fazendo por ele? 54 | DOCE MAR DE MINAS
O meio ambiente natural tem vital importância à vida de todo e qualquer ser humano. Esse meio do qual tanto o homem depende para sua plena existência, muitas vezes tem sido negligenciado e renegado ficando desta forma em segundo plano, por valorização de outros elementos, tais como, o aumento desenfreado de áreas urbanas, a aquisição exacerbada de bens de consumo, o crescimento da indústria do turismo, entre tantos outros. De acordo com Júlio Cruz, presidente do Movimento Ventania Verde, o objetivo é conscientizar a população. “O grupo de voluntários da cidade de Alpinópolis e região tem realizado um mutirão para recolher o lixo das cachoeiras do sudoeste de Minas”, contou. Segundo ele, além de tirar o lixo deixado pelos turistas, são colocadas placas de conscientização ambiental nas cachoeiras para que os banhistas leiam, conscientizem-se e parem de jogar lixo onde acontecem os passeios. O grupo disse ainda que dentre os objetos recolhidos, foram encontrados, papel alumínio, vidros, carvão, garrafas quebradas,
Voluntários realizam mutirão de limpeza recolhendo lixo nas cachoeiras
pacotes de cigarro, colchões velhos, fraldas descartáveis, tampinhas de garrafa, ossos, sandálias, dentre outros. “É triste ver que quem visita o local não esta cuidando dele para que todos aproveitem e possam voltar a lugares tão lindos como esses de nossa região”, lamentou Júlio Cruz. Segundo eles todo terceiro domingo de cada mês o trabalho de conscienti-
zação será realizado nas cachoeiras da região, limpando o local, plantando mudas de árvores e anexando placas com dicas sobre os cuidados que os turistas devem ter com o meio ambiente. “A cachoeira do Fumal foi o ponto de partida. Nosso objetivo é conscientizar os banhistas sobre a necessidade de se preservar esses locais, pois eles acabam se não forem cuidados”, finalizou o grupo.
É preciso pensar que o lazer é uma das dimensões da vida humana que permite ao homem uma reflexão profunda sobre si mesmo, bem como sua relação com o meio em que habita. Assim, o ser humano consegue Movimento Ventania Verde Faz-se necessário o movimento Ventania Verde. A região é composta por montanhas, comportando uma rica fauna e flora. O grande potencial turístico disponibiliza lindas paisagens e cachoeiras. No entanto, a população, em sua maioria, desconhece tais privilégios; além de não estar ciente da degradação e má preservação de determinados locais. Diante de tais implicações, o grupo vem com o intuito de divulgar e buscar melhorias para o meio ambiente da região. Consciência Ambiental A educação ambiental incide sobre a necessidade de se valorizar o meio natural, adquirindo consciência plena dos cuidados a serem tomados ao se interagir com as áreas naturais, seja com o propósito de praticar algum esporte ou mesmo um simples ato de contemplar o meio. É preciso pensar que o lazer é uma das dimensões da vida humana que permite ao homem uma reflexão profunda sobre si mesmo, bem como sua relação com o meio em que habita. Assim, o ser humano consegue perceber o ambiente a sua volta de outra perspectiva e abrem-se novas possibilidades de reflexão sobre seu próprio viver. Com o Movimento Ventania Verde espera-se que o turismo ecológico (ou ecoturismo) possa contribuir, com relevância, para a preservação ambiental, desde que sejam considerados os princípios de construção coletiva de valores e competências
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voltados para a conservação, além da valorização das paisagens naturais e da vida. Quem quiser fazer parte do grupo, ajudar nos próximos trabalhos, os quais são realizados no terceiro domingo de cada mês é só entrar em contato pelo telefone (35) 9235 6298 ou (35) 9199 7788. O pessoal ainda pode participar pela pagina do grupo no http://www.facebook.com/groups/ movimentoventaniaverde
perceber o ambiente a sua volta de outra perspectiva e abremse novas possibilidades de reflexão sobre seu próprio viver
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LEITORES
Luiz Ronaldo, proprietário da Leite Gir - Genética e Manejo
Leidiane Taneguti na Okka Móveis & Complementos
Eduardo e Gabriela, proprietários da agência Boua Viagens
Ao centro, Davi, proprietário da Joy Boutique
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BELEZA
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Farmacêutica e bioquímica, Vanessa de Figueiredo Vilela Araújo, da Kapeh Cosméticos, que utiliza café como matéria-prima de seus produtos, é a única brasileira escolhida pela Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento do Comércio (Unctad), indicada ao Empretec Women in Business Award (curso de empreendedorismo).
Entre as 10 melhores empreendedoras
do mundo DOCE MAR DE MINAS
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Vanessa de Figueiredo Vilela Araújo, nascida na cidade de Três Pontas, sul de Minas Gerais, formada em Farmácia e Bioquímica, tem se destacado grandemente no ramo de cosméticos. A empresa iniciou as atividades no ano de 2007 e hoje está presente em 18 estados do Brasil em mais de 250 pontos de venda multimarca. “Desde que eu me entendo por gente sempre fui apaixonada por cosméticos. Sempre tive o sonho de ter minha empresa neste seguimento”, disse. Como a empresária nasceu em uma região de destaque, quando se fala da produção de café, e estava procurando um diferencial para marca, começou a pesquisar o grão do café para ver se ele seria, de fato, benéfico à pele. “Fomos muito felizes com o resultado e desenvolvemos a empresa”, contou Vanessa Vilela. Segundo a empresária as atividades se iniciaram com uma linha de produtos para a pele e banho, composta por sete itens. Hoje o portfólio da empresa conta com mais de 100 produtos divididos em linha corporal, sabonetes, óleos, hidratantes, esfoliantes, linha capilar com shampoos, condicionadores e máscaras capilares, creme para pentear, linha masculina, com espuma de barbear, linha teen feminina (mescla do café com morango) e masculina (café com chocolate) e a linha ambiente que tem a essência da flor de café, produto que recebeu o prêmio nacional de inovação. “A linha ambiente ganhou merecidamente. Coletamos as flores do café para incorporarmos aos produtos, isso foi muito complexo, pois, a flor do café aparece uma única vez ao ano e permanece aberta por apenas 48 horas”, disse a empresária. Segundo ela para conseguir tal coisa foram gastos um ano e meio de pesquisas.
Benefícios do Produto Vanessa Vilela disse que foram três anos de pesquisa e desenvolvimento (2004 a 2007). “O estudo é totalmente pioneiro. Até então não se tinha matéria-prima no mercado à base de café, então fizemos parceria com algumas universidades e instituições de pesquisa”, contou. Foram pesquisados grãos em todos os estágios de produção torrado e verde. “Destrinchei toda composição química do café e graças a Deus fomos muito felizes, pois, o café é extremamente antioxidante, tem alta concentração de ácidos clorogênicos, substâncias que
“Temos um produto totalmente inovador, por usar o café que é um artigo muito
que mostram que a cafeína é um artigo muito promissor no tratamento de queda capilar e estimula muito a circulação sanguínea. Uma vez constatadas todas essas propriedades, a empresária percebeu que não havia matéria-prima para fabricar os produtos. Porém o que era um fator negativo tornou-se algo muito positivo. “Desenvolvemos toda a metodologia para a extração desta substância extremamente benéfica do grão verde, que é onde ficam preservadas essas características. O café tem boa concentração de flavonoides, os quais trazem proteção solar para a pele. Há estudos que mostram que as mãos das mulheres que colhem café, mancham e envelhecem muito menos que o restante do corpo. O café possui ação potencializada em termos de proteção solar. Além disso, o mesmo tem uma série de proteções anti-inflamatórias e adstringentes. “Ele é realmente sensacional. Extremamente benéfico para nossa pele”, disse Vanessa Vilela.
nosso, remete a muita
Sustentabilidade
brasilidade, além de
O princípio da marca é a responsabilidade socioambiental, oferecendo produtos rastreáveis e sustentáveis, que se preocupam com a proteção do meio ambiente e valorização do ser humano. Vanessa Vilela disse que a empresa procura agregar valor ao café, que é o principal produto da economia da região onde se encontra, divulgando suas propriedades, que hoje têm sido valorizadas pela indústria cosmética em função de seu alto potencial antioxidante e benefícios para a pele. “Somos a única empresa do segmento que fornece a rastreabilidade da cadeia produtiva de sua principal matéria-prima, de maneira clara e confiável.
oferecer diversos benefícios para pele” conferem esse caráter antioxidante que a matéria-prima possui para neutralizar a ação maléfica dos radicais livres que causam o envelhecimento da nossa pele”, revelou. Além disso, o produto tem altíssima concentração de cafeína que já é um ativo usado na cosmética para estimular a queima de gordura e redução de medidas. De acordo com Vanessa existem estudos
“Nossa empresa tem a preocupação em proteger as nascentes, represas, rios e cursos de água e em preservar a flora e a fauna da região”
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“Temos um trabalho muito grande, muito amor e dedicação para trazer nossos produtos ao público. Também acreditamos que todos nós temos que agir para termos um planeta melhor”
Vanessa de Figueiredo e a linha de produtos Kapeh
E isto só é possível devido uso do café certificado com o selo holandês Utz Certified”, disse. “Nossa empresa tem a preocupação em proteger as nascentes, represas, rios e cursos de água e em preservar a flora e a fauna da região”, contou Vilela. A empresa é pioneira no segmento de cosméticos feitos a base do café verde e também em usar café certificado, o qual dá garantia de que todos os trabalhadores e suas famílias vivem em habitações adequadas, têm acesso à assistência médica, escolas, treinamentos e todos os direitos trabalhistas respeitados. “O processo de rastreabilidade permite que o consumidor saiba exatamente de onde veio e de que forma foi produzido o café utilizado nos cosméticos. Todas as etapas da cadeia produtiva são devidamente registradas e arquivadas, podendo desta forma, serem acessadas posteriormente”, revelou a empresária. Na loja há o projeto de reciclagem. “Temos um coletor na loja e a cada seis embalagens que o cliente retorna, ele ganha outro produto”, contou. Ela disse ainda que no desenvolvimento dos produtos existe uma equipe que avalia a questão das embalagens para que os cosméticos sempre sejam colocados em potes passiveis de se reciclar. “Buscamos fornecedores que compartilham desta mesma filosofia, pois a empresa é um conjunto de fatores que contribuem para toda essa política em termo de minimizar os impactos que causamos”, disse a empresária.
Sucesso “Não vendemos pura e simplesmente um produto, vendemos muito mais, vendemos bem-estar”, disse. A empresa deu certo devido a um conjunto de fatores. “Temos um produto totalmente inovador, por usar o café que é um artigo muito nosso, remete a muita brasilidade, além de oferecer diversos benefícios para pele. Possuímos o DNA da inovação como fator essencial, e esse é nosso grande diferencial”, disse. De acordo com Vanessa a proposta é sempre oferecer coisas novas dentro do universo do café. “Usamos o café de forma responsável, com sustentabilidade, investimos muito em produtos, que são de alta qualidade, os quais, dependendo da complexidade levam de seis meses a dois anos para serem aprovados para o mercado”, contou. A empresária disse também que está desenvolvendo uma linha de tratamento anti-idade, a qual chegará ao mercado no ano de 2015. “Temos um trabalho muito grande, muito amor e dedicação para trazer nossos produtos ao público. Também acreditamos que todos nós temos que
agir para termos um planeta melhor”, falou Vanessa. Desde 2011 iniciaram-se os projetos das lojas exclusivas, “A loja da cidade de Três Pontas foi a primeira da marca, afinal, somos daqui. É uma loja onde você encontra todos os produtos dentro do universo do café. Esse foi um passo importante, pois foi o desdobramento para que viessem as franquias da empresa”, contou. No mês de maio de 2012 a segunda loja foi aberta na cidade de Varginha. E em dezembro de 2012 abriu-se a primeira franquia da empresa, na cidade de Pouso Alegre. “Temos uma procura muito grande de pessoas que querem abrir franquias. São mais de 250 cadastros de clientes interessados”, revelou. Nos próximos anos Vanessa Vilela lançará diversos produtos, dentre eles estão a linha home, linha inverno e cremes anti-idades. A empresa também criará mais pontos de vendas multimarcas e cafeterias que venderão os produtos. Ainda esse ano, vamos exportar para os Estados Unidos, países da comunidade europeia e Japão.
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Mar de Minas Faça parte da nossa rede social: www.facebook.com/docemarminas
Rotas de turismo e oportunidades Circuitos que encantam e contam muito da história do interior de Minas Gerais: • Nascentes das Gerais • Grutas e Mar de Minas • Canastra Fazem parte destes circuitos os municípios de Capitólio, Carmo do Rio Claro, Cássia, Delfinópolis, Guapé, Ibiraci, Itaú de Minas, Passos, Pratápolis, São João Batista do Glória, Arcos, Boa Esperança, Campo Belo, Candeias, Cristais, Formiga, Iguatama, Lagoa da Prata, Pains, Pimenta e São Roque de Minas.
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AERONÁUTICO
Radar Aéreo Turismo e negócios são interesses que se mesclam e norteiam o crescimento da aviação em Minas Gerais e no Brasil. Os números da Infraero indicam o crescimento do setor ano a ano, o que demonstra que o transporte aéreo conquistou definitivamente os brasileiros. Na região do Doce Mar de Minas, um dos roteiros turísticos do estado mineiro, os aeroportos homologados de Guapé (Terramare), Formiga e Passos encurtam as distâncias e oferecem boas condições para os que possuem monomotor ou bimotor. Confira abaixo os aeroportos homologados em Minas Gerais e programe suas férias e finais de semana. LISTA DE AEROPORTOS HOMOLOGADOS NO ESTADO DE MINAS GERAIS Cidade
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Abaeté SNLI Alfenas SNFE Almenara SNAR Araçuaí SNVL Araguari SNAG Araxá SBAX Barbacena SBBQ BH (Confins) SBCF BH (Pampulha) SBBH Buritis SNUY Campina Vde SNCV Campo Belo SNCA Campo do Meio SNCE Campos Gerais SNCG Capelinha SICK Caxambu SNXB Conc. Mt. Dentro SNKD Cons. Lafaiete SNKF Curvelo SNQV Diamantina SNDT Divinópolis SNDV Formiga SNFO Formiga (FurnasPark) SWVW Francisco Sá SNFK Frutal SNFU Gov. Valadares SBGV Guanhães SNGH Guapé (Terramare) SWFV Guaxupé SNGX Ipatinga SBIP Itamarandiba SNIK Ituiutaba SNYB Iturama SNYU Jaíba SNMK Janaúba SNAP Januária SNJN Jequitinhonha SNJQ João Pinheiro SNJP Juiz de Fora SBJF Lajinha SNLH Lavras SSOL Leopoldina SNDN Machado SNXA Manhuaçu SNMY Minas Novas SNMN
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045 29 45 W 045 55 59 W 040 40 02 W 042 02 46 W 048 11 25 W 046 57 56 W 043 45 38 W 043 57 56 W 043 57 02 W 046 25 43 W 049 29 42 W 045 20 08 W 045 48 17 W 045 46 45 W 042 31 52 W 044 58 10 W 043 26 02 W 043 47 53 W 044 27 29 W 043 39 04 W 044 52 12 W 045 29 01 W 045 36 51 W 043 28 10 W 048 57 32 W 041 59 10 W 042 50 20 W 045 51 54 W 046 43 49 W 042 29 17 W 042 51 02 W 049 29 14 W 050 13 03 W 043 58 36 W 043 19 26 W 044 23 11 W 041 01 30 W 046 07 12 W 043 23 08 W 041 36 33 W 044 58 10 W 042 43 59 W 045 50 28 W 042 11 02 W 042 35 02 W
2178 2871 640 1181 3107 3276 3657 2715 2589 1870 1805 3182 2559 2838 3113 2838 2196 3478 2205 4446 2608 3337 2588 2484 1808 561 2618 768 2786 784 3196 1985 1558 1519 1732 1575 853 2990 2989 2051 3146 919 2969 2754 2461
1200x30 1600x30 1200X30 1200x30 1500x30 1900x30 1760x30 3000x45 2540x45 800x20 1000x25 1420x30 1000x30 800x30 1150x23 1500x30 960x23 960x30 1200x23 1450x30 1540x30 1030x23 800x15 1000x25 1000x20 1400x30 1250x80 600x18 1500x30 2004x45 600x40 1200x30 1780x30 1520x25 1500x23 1200x30 1130x23 1300x23 1535x30 900x45 1500x30 1200x30 1200x50 1170x30 800x20
Monte Carmelo Mte. Sto de Minas Montes Claros Mor. Nova Minas Muriaé Nanuque Ouro Fino Pará de Minas Paracatu Paraguaçu Passa Tempo Passos Patos de Minas Patrocínio Pedra Azul Pirapora Piumhi Poços de Caldas Pompéu Ponte Nova Pouso Alegre Rio Paranaíba Sacramento Salinas Sta. Ma. do Suaçuí Santana do Paraíso Sto. Ant. do Amparo São João del-Rei S. J. Nepomuceno São Lourenço S. Seb. do Paraíso Serro Teófilo Otoni Três Corações Três Marias Três Pontas Turmalina Ubá Uberaba Uberlândia Unaí Varginha Várzea da Palma Viçosa Virgem da Lapa
SNTK SNMS SBMK SNMN SNBM SNNU SNOF SNPA SNZR SNPU SNPT SNOS SNPD SNPJ SNPZ SNPX SNUH SBPC SNPO SNCZ SNZA SNRP SNSC SNSS SNSI SBIP SNAM SNJR SNNE SNLO SNPY SNSO SNTO SNVI SNAS SIAB SNTM SNUB SBUR SBUL SNUN SBVG SNVZ SNVC SNVL
18 43 02 S 21 10 33 S 16 42 22 S 18 35 38 S 21 07 44 S 17 49 02 S 22 17 51 S 19 50 34 S 17 14 35 S 21 33 33 S 20 39 02 S 20 44 00 S 18 40 20 S 18 54 33 S 16 04 02S 17 19 01 S 20 26 19 S 21 50 16 S 19 12 12 S 20 24 11 S 22 17 20 S 19 12 45 S 19 53 35 S 16 12 28 S 18 11 55 S 19 28 14 S 20 54 41 S 21 05 11 S 21 32 32 S 22 05 30 S 20 56 57 S 18 36 40 S 17 53 29 S 21 47 26 S 18 13 30 S 21 22 19 S 17 14 02 S 21 07 21 S 19 45 52 S 18 53 03 S 16 21 14 S 21 35 20 S 17 38 42 S 20 44 41 S 16 46 24 S
047 28 59 W 046 57 32 W 043 49 19 W 045 21 11 W 042 22 01 W 040 20 02 W 046 23 36 W 044 36 04 W 046 52 53 W 045 45 06 W 044 30 02 W 046 39 35 W 046 29 29 W 046 58 58 W 041 10 02 W 044 51 37 W 045 59 34 W 046 33 58 W 045 01 24 W 042 55 00 W 045 55 10 W 046 14 26 W 047 25 20 W 042 19 20 W 042 27 58 W 042 29 17 W 044 53 40 W 044 13 35 W 043 01 16 W 045 02 43 W 046 59 03 W 043 25 26 W 041 30 56 W 045 16 09 W 045 11 26 W 045 29 39 W 042 44 02 W 042 52 56 W 047 57 58 W 048 13 31 W 046 55 37 W 045 28 24 W 044 42 38 W 042 50 31 W 042 23 13 W
2904 2936 2190 1988 886 591 2818 2598 2359 2838 3143 2697 2793 3229 2625 1808 2444 4135 2313 1877 2904 3757 3288 2504 1575 784 3601 3117 1322 2871 3110 2428 1572 3232 2579 3050 2894 1115 2655 3094 1998 3028 1719 2162 2477
1000x23 1270x18 2100x45 1000x23 1140x23 1200x30 1080x50 1140x23 1500x30 1175x30 600x40 1200x25 1700x30 1200x30 1000x30 1480x30 1115x30 1250x30 1200x70 1060x30 1280x30 1000x100 1200x30 1480x30 800x18 2004x45 1620x30 1100x30 620X40 1070x30 1600x30 920x23 1190x23 1400x30 1500x45 1040x18 1000x30 1080x30 1759x45 1950x45 1180x30 1500x30 1100x23 900x30 1150x20
Obs.: Alguns aeroportos, mesmo com o balizamento noturno instalado, ainda não possuem homologação para operação noturna, com os processos sendo analisados pela Anac. Levantamento: Caio Marinzeck Borges Delfante (Abril de 2012)
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Outono/Inverno 2013
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