ano 2 | edição 8 | maio/junho 2012
Ciência Serra do Espinhaço, suas belezas e riquezas estudadas por pesquisadores do Gipe
Especial Ronan Tito fala sobre a criação dos royalties da mineração e da energia elétrica
Ronaldo Beleza
Campeão brasileiro e 5º no ranking internacional de wakeskate: o mineiro que “ganhou o mundo”!
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leia na doce mar EXPEDIENTE Doce Mar de Minas é uma publicação bimestral da Editora Doce Mar ano 2 | edição 8 | maio/junho 2012
Direção executiva Bolivar Filho odocemardeminas@hotmail.com Conselho editorial Adriana Dias, Bolivar Filho Edição Bolivar Filho Adriana Dias adriodias@hotmail.com Projeto gráfico Edição de imagens e DTP Multimarketing Comunicação Cleiton Hipólito / Dalton Filho cleiton@multimarketing.ppg.br Redação Adriana Dias – MTB 025.230 adriodias@hotmail.com Denise Bueno denisebueno2011@hotmail.com Estagiária Marcela Muzetti marcelamuzetti@hotmail.com Fotos Allan Françozo allanfrancozodutra@gmail.com Mauricio Elias eliasfotografia@hotmail.com
08 ESPECIAL O dinheiro das águas
12 CAPA Uh, que beleza!
16 CURIOSIDADE Raridade da Canastra Pato-Mergulhão
22 NÁUTICA 53 pés de elegância
26 CIÊNCIA Desvendando a Serra do Espinhaço
44 ENOGASTRONOMIA Harmonização de vinhos e comida
46 GASTRONOMIA Caiu na rede… é peixe!
50 EVENTO AV da Moda uma grande passarela a céu aberto
68 MEIO AMBIENTE Biotecnologia em favor do meio ambiente
70 DESTAQUE Guapé respira progresso
Impressão 3 Pinti Editora e Gráfica Tiragem 10 mil exemplares
Revista Doce Mar de Minas Av. Com. Francisco Avelino Maia, 3866 – Passos/MG – 37902-138 Fone: (35) 3522-6252 www.facebook.com/docemardeminas
odocemardeminas@hotmail.com Envie a sua história ou curiosidade relacionada ao “Doce Mar de Minas”
30 ARTESANATO Arte que brota d’alma
34 HISTÓRIA O ‘Colombo’ de Escarpas
72 PALAVRA DE TURISTA A minha paz está na ‘terrinha’
74 AERONÁUTICO Profissão: piloto
E NESTA EDIÇÃO
História das Minas Gerais que encantam e emocionam. Foi com essa meta que preparamos esta edição da Doce Mar de Minas. Preparamos um roteiro para conhecermos juntos, em uma das regiões mais belas e exuberantes do Brasil, a grande Minas Gerais, e aproveitamos para bater um papo com alguns dos apaixonados por esta terra, que nos contaram um pouco de história. Visitamos nesta edição vários cantos das Minas Gerais. Em Divinópolis fomos conhecer o Campeão Nacional e nosso representante no Campeonato Mundial de Wake Skate, Ronaldo Beleza. Para mostrar o potencial energético e a riqueza das águas do Lago de Furnas, o ex-senador Ronan Tito, criador dos royalties para os municípios lindeiros, nos deu a honra de uma entrevista, em seu apartamento na capital das Gerais. A exuberância do Lago de Furnas trouxe divisas para os municípios lindeiros, hoje é um marco entre as opções de condomínios de luxo como Escarpas do Lago. Para contar esta história entrevistamos Fábio Carvalho Alves, fiel escudeiro do empresário Marcos Mendes, presidente do grupo Mendes Junior, grande empreendedor que há décadas vislumbrou o potencial turístico e imobiliário desta região. Nosso Mar ganhou recentemente um belo presente. A maior embarcação a navegar por estas águas. Um lindo barco, modelo Ferretti 53 comandado pelo piloto Rodrigo de Andrade Melo. Saindo um pouco das águas nos embrenhamos pelas serras de Minas, na Serra do Espinhaço encontramos o projeto do Gipe, coordenado pelo professor doutor Bernardo Machado Gontijo. O grupo estuda formas de proteção à serra que possui ambientes únicos no mundo. Na Serra da Canastra, pesquisadores trabalham para preservar uma espécie ameaçada de extinção, o Pato-mergulhão, espécie rara em todo o mundo. Nesta terra, berço de tantos talentos, não poderíamos deixar de mostrar o belo trabalho da artista plástica Denise Federico que transforma argila em peças únicas e tem como inspiração o quintal de sua casa: a Serra da Canastra. Até a próxima edição, um forte abraço e boa leitura! Bolivar Filho
Ainda não leu nossa última edição? Acesse já a biblioteca virtual da Revista Doce Mar de Minas: http://issuu.com/docemardeminas Tenha uma boa leitura!
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ESPECIAL “Já passei pela rodovia, mas nunca naveguei pelo Lago de Furnas. Fico só sonhando em fazer as coisas. Quem sabe ainda navego por aquelas águas cristalinas.”
O dinheiro
das águas
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“Busco ser cristão em qualquer profissão que eu estiver.”
Considerado o pai dos royalties de mineração e da geração de energia elétrica, responsável por R$ 1,63 bilhão de Compensação Financeira pela Utilização de Recursos Hídricos no país, o ex-senador Ronan Tito de Almeida, 80 anos, embora nunca tenha navegado pelo Lago de Furnas – uma das várias regiões beneficiadas pela compensação -, recebeu a equipe da Doce Mar de Minas em seu apartamento na capital mineira para contar um pouco de sua trajetória política e de como teve a ideia para lançar o projeto. Os royalties são as compensações financeiras pagas a municípios, estados e União pelas empresas de geração de energia hidrelétrica e se tornou realidade por meio do Projeto de Lei nº 45, de 1989, de autoria de Ronan Tito, que veio a ser a Lei nº 7.990, de 28 de dezembro de 1989, assinado pelo presidente da República José Sarney. Natural de Pratinha, embora se orgulhe em contar que nasceu na roça, na localidade chamada de Valo Velho, Ronan explica que outra lei foi necessária para a distribuição dos royalties. Trata-se da Lei nº 8.001, de 13 de março de 1990, também assinada pelo presidente José Sarney, que define os percentuais da distribuição da compensação entre os municípios. Rememorando a criação dos royalties, Ronan conta que como Secretário de Trabalho e Ação Social do Governo Tancredo Neves, teve a possibilidade de conhecer quase todo o Estado e pode perceber a necessidade da criação dos royalties. “Eu vi nos Estados Unidos os royalties sobre petróleo. No Alasca, as pessoas que fossem para tirar o petróleo tinham que pagar uma compensação financeira. Então eu voltei de lá
impressionando. Aliás, duas coisas me impressionaram muito nos EUA: o capitalismo e universidades criadas e doadas por donos de grandes fortunas”, salienta o ex-senador. Já no Brasil, Ronan viajou por todas as regiões que tinham hidrelétricas se certificando do grande potencial energético. “Temos o maior potencial hidrelétrico energético do mundo, então eu fiz uma contestação financeira. Pedi a eles (EUA) a Lei e comecei a ler, mas lá beneficiava o cidadão e aqui nós queríamos beneficiar o estado e município”, explica. Conforme Ronan Tito existiam milhares de projetos tramitando na Câmara e no Senado Federal. “Se você não trabalhasse a ideia o projeto iria ficar apenas no discurso. Me dediquei de corpo e alma a três assuntos: o Estatuto da Criança e do Adolescente; a Contestação Financeira de Energia Elétrica e Mineração e o Código de Defesa do Consumidor. Trabalhamos noite e dia nestes projetos”, lembra o peemedebista.
Com um árduo trabalho de convencimento, Ronan Tito conseguiu junto a outros parlamentares a aprovação do projeto, a sanção de José Sarney, que veio a beneficiar o país. Os pagamentos começaram a ser feitos a partir de 1991, no governo Fernando Collor de Melo. Trajetória de vitórias “Meus pais eram de Araxá, se casaram e foram tentar a vida na roça, e lá eu nasci. Aos seis anos de idade voltamos para Araxá, onde fiz o curso primário e ginásio e terminei em Uberaba o curso científico. Cursei o segundo grau em Belo Horizonte. Comecei curso de Economia, mas não terminei por conta de dirigir cinco empresas”, conta o parlamentar que é casado com Laís e pai de Pedro, André e Marisa. Questionado sobre como a política entrou em sua vida, Ronan afirma que tudo começou pelo movimento religioso da igreja católica. “Um pequeno grupo de amigos começamos um curso de teologia,
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muito interessante, e iniciamos a discussão sobre fé com o seguinte questionamento por parte de um interlocutor: ‘conte-me qual é sua posição política e te conto o tipo de fé que você vive, e me conta o tipo de fé que você vive, que eu te conto sua posição política’. Saímos do curso e nos filiamos ao MDB (Movimento Democrático Brasileiro) no início de 1972”, lembra o mineiro. Deste ato em diante, Ronan Tito foi eleito presidente do partido, presidente da Associação Comercial e Industrial de Uberlândia, de 1968 a 1969; vice-presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais, de 1970 a 1972 e membro do Conselho Curador da Universidade Federal de Uberlândia, de 1970 a 1973. Candidatou-se a prefeito de Uberlândia em 1976. “Perdemos feio, pavorosamente, porque Uberlândia é terra
de Rondon Pacheco, Alberto Santo, uma série de políticos importantes – páreo difícil. Em 1979 fui eleito deputado federal pelo MDB. Já em 1983 reeleito pelo PMDB e em 1987 eleito senador constituinte. Líder do PMDB no Senado de 1988 a 1989 e reeleito de 1989 a 1991”, lembrou. “Sou igual bicicleta, tenho que estar trabalhando. Tenho uma fazendinha. E como Vicentino fazemos um trabalho social na Favela da Serra.”
A distribuição dos royalties A Agência Nacional de Energia Elétrica é responsável por recolher e distribuir os valores pagos. A verba é repassada por 92 empresas responsá-
veis por 174 usinas hidrelétricas e 184 reservatórios. No caso da compensação pela utilização dos recursos hídricos, 686 municípios de 21 Estados, o Distrito Federal e a União são beneficiados. Já os recursos de royalties são divididos entre 342 municípios de cinco Estados, Distrito Federal e União. Os municípios ficam com 45% da arrecadação, enquanto outros 45% vão para os Estados. O dinheiro deve ser aplicado em programas de saúde, educação e segurança e não pode ser usado para o pagamento de pessoal ou para abater dívidas - a não ser que o credor seja a União. A União recebe os 10% restantes, que são distribuídos à Agência Nacional de Águas (ANA), ao Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e aos ministérios do Meio Ambiente e Minas e Energia.
Ronan e Laís contam a trajetória de vida desde a época em que se conheceram, ainda bem jovens
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CAPA
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Uh,
que beleza! Fotos: Carlos Hauck / Andre Nagarao
Quem diria que da pequena cidade de Divinópolis, interior de Minas Gerais, com pouco mais de 200 mil habitantes, sairia o campeão brasileiro e terceiro do mundo de wakeskate Ronaldo Mascarenhas, o Beleza? Pois saiu e ganhou o mundo!
O wakeskate é uma modalidade esportiva semelhante ao wakeboard, sendo que a única diferença é que a prancha não é presa ao pé do atleta. “A prancha é um shape de skate especial para água, sem as botas que prendem os pés no wakeboard. O lixa é garantido com uma superfície antiderrapante sobre a prancha e um tênis de skate, o que dá ao atleta total liberdade nas manobras”, explica Beleza. Outra diferença está na embarcação, que para o wakeboard é necessário um barco mais potente para fazer as marolas. Já no wakeskate, o esportista pode utilizar de um jet-ski ou até mesmo um barco de pesca ou winch (motorzinho que é puxado por um carretel). E claro, o barco também poderá ser usado para puxar o wakeskater. Beleza recebeu a equipe da Doce Mar de Minas em Divinópolis e nos ensina um pouco do que o esporte representa e como começou a praticar.
“Desde criança andava de skate. Também era um frequentador assíduo do Lago de Furnas, principalmente Escarpas do Lago, onde ia com meus pais que sempre gostaram de barcos. Em 1998 conheci o wakeboard em Escarpas. Então disse pra mim mesmo: ‘é isso que eu quero pra minha vida’. Já em 2000 em uma conversa com amigos relatei que estava fazendo wakeboard e iria ser campeão. Um deles em tom de crítica disse-me que o único campeonato que eu venceria seria da zona rural. Me dediquei. Em 2006 deixei de competir e passei 03 anos tendo este esporte como hobby, pois é muito desgastante. Já em 2009 voltei a treinar, mas com o wakeskate”, lembra. Hoje Beleza, que está com 28 anos, ostenta o título de campeão brasileiro da categoria, com a vitória no campeonato de 2011 e terceiro do mundial que aconteceu em agosto de 2010 em Orlando, DOCE MAR DE MINAS
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nos Estados Unidos. Em abril de 2011, também em Orlando, conquistou o quarto lugar no Wake Games. “É surreal, afinal, mirei na lua querendo ser o primeiro do mundo, não cheguei ainda, mas tenho essa meta pois se depender dos treinos, vou conseguir, principalmente por contar com o apoio de minha futura esposa e de meus pais, Romeu Mascarenhas e Rosângela ”, disse.
estão começando muito cedo na carreira. “Eles têm entre 16 e 20 anos, e eu estou lá, entre eles. Não sei até quando, mas estou bem preparado. Hoje construí minha carreira e tenho fama e respeito dentro do esporte. Já participei de vários filmes da Sixstarvídeo (vídeos feitos para a internet). Recentemente fui capa da revista Wake Brasil e atualmente sou reconhecido, inclusive sou atleta da marca Vans, grife californiana de tênis
A rotina de treinos de Beleza é bem puxada. Segundas, quartas e sextas-feiras ele treina de 11h até 12h30. De 18h às 21h faz musculação e pedala. Terças e quintas das 11h às 12h30 passa por sessões de fisioterapia preventiva, que considera fundamental para seu preparo físico. Já aos sábados o treinamento é praticamente o dia todo. “Para a prática do wake é necessário o fortalecimento de tronco e membros para não romper os ligamentos. Não é preciso ser forte, mas ter os músculos fortalecidos. É comum lesões neste esporte, por ser de impacto, mas não costumo ter. Lesionei o dedão do pé uma vez e o ombro numa outra queda, mas nada grave, o que é raro para o esporte”, salienta. Quanto ao fator da idade, Beleza diz que com atualmente os atletas tops
para skate, responsável pela venda de 600 mil pares no Brasil no ano passado”, afirma. Beleza já participou de campeonatos em vários lugares no Brasil e fora do País, inclusive nos dois países que dominam o esporte. Para Beleza uma lenda viva do wakeboard é o americano Scott Byerly, 40, que mora em Orlando onde reside os tops do mundo. “Orlando é o melhor lugar para os esportistas morarem e treinarem. Aqui em Divinópolis fico muito restrito, não tenho com quem treinar. Quem me puxa de barco, por exemplo, é o nosso caseiro Elcimar Gomes Faria, na represa de Cajuru. Também faço treinos na Lagoa dos Ingleses, em Belo Horizonte, mas é Escarpas
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que considero o melhor lugar para treinar no Brasil. Além do cenário maravilhoso, estamos perto de amigos e a água é fantástica”, conta, apontando Manaus como outra opção interessante por conta da temperatura da água, que é extremamente quente. Uma dica que Beleza dá aos interessados em praticar wakeskate é de começar antes dos 16 anos e não se envolver com drogas, que estão por toda parte. “Para ser um atleta de alto nível é necessário disciplina e determinação, pontos fundamentais para a obtenção do sucesso” afirma. “Estou treinando há três anos junto com um atleta de wakeboard que tem apenas 15 anos, o belorizontino Henrique Daibert, que é a grande promessa brasileira. Inclusive ele está se mudando para Jaguariúna para treinar no Cable Park, lugar específico de treinamento. Vou levá-lo para os EUA em agosto/2012 e estamos fechando um patrocínio para ele que é bem significativo no esporte. Nos EUA o investimento no atleta e no esporte é pesado . “Existem aletas com até 5 patrocinadores. São focados para vencer. Aqui no Brasil o esporte chegou há poucos anos, ainda está engatinhando, mas cresceu bastante”. Sobre as manobras, Beleza destaca a Flip. “Esta é uma das manobras mais difíceis. Foi por conta dela que me chamaram para ser a capa da revista Wake Brasil”, finaliza.
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CURIOSIDADE
Raridade da Canastra
Pato-mergulhão Fotos: Adriano Gambarini
Pouco mais de 250 indivíduos da espécie sobrevivem em todo o mundo. Esta raridade tem sua maior população, aproximadamente 100 patinhos, vivendo na região da Serra da Canastra, em Minas Gerais. Eles podem ser vistos de forma espalhada entre São João Batista do Glória, São Roque de Minas e Vargem Bonita, dentre outros municípios da região
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“Lá vem o Pato Pata aqui, pata acolá Lá vem o Pato Para ver o que é que há” (Vinícius de Moraes)
Pesquisadores do programa Pato Aqui, Água Acolá durante trabalho na Serra da Canastra
Na canção de Vinícius de Moraes o Pato vem ver o que é que há, embora não fique claro onde, nem o que vem ver, porém, pesquisadores descobriram que o Mergus octosetaceus, ou simplesmente pato-mergulhão é extremamente exigente com a qualidade da água e procura por um ambiente equilibrado para morar. E foi na Serra da Canastra que estas aves encontraram seu melhor habitat. É o que há. Pouco mais de 250 indivíduos da espécie sobrevivem em todo o mundo. Esta raridade tem sua maior população, aproximadamente 100 patinhos, vivendo na região da Serra da Canastra, em Minas Gerais. Eles podem ser vistos de forma espalhada entre São João Batista do Glória, São Roque de Minas e Vargem Bonita, dentre outros municípios da região. A espécie ocorre originalmente no Brasil, Paraguai e Argentina, embora atualmente não existam registros confirmados no Paraguai e Argentina.
No Brasil ainda existem patos-mergulhões na Chapada dos Veadeiros, em Goiás, e no Jalapão, no Tocantins. Apaixonado pela natureza, o comerciante e fotógrafo José Laerte Casoni, 54 anos, teve seu primeiro contato com a espécie em uma de suas viagens para São João Batista do Glória, quando ao se banhar nas águas do Ribeirão Grande, avistou uma ‘família’ de patos-mergulhões descendo pelas águas. “Desde então tenho tido o prazer e a alegria de vê-los e fotografá-los todos os anos no Ribeirão Grande e tenho muito cuidado ao fazer as fotos para não invadir seu habitat. Gosto de contemplar a natureza”, afirma Casoni que posta suas fotos no Wiki Aves, site especializado na avifauna. A princípio Casoni não tinha um objetivo claro com relação ao acompanhamento dos patos, apenas fazia o que mais gosta: fotografar a natureza. Com o tempo ele descobriu que pode-
ria desenvolver um trabalho junto às escolas, em particular as públicas, que é mostrar a fauna e a flora, dando ênfase às espécies em extinção. “Descobri a importância dessa espécie através do Wiki Aves, e também dos folhetos que o Instituto Terra Brasilis distribui nas pousadas na Serra da Canastra. Moro em Franca-SP e gostaria de ir para a Serra todas as semanas, mas só posso ir a este local maravilhoso uma vez por mês”, conta. Casoni sempre mantém contato com o Instituto Terra Brasilis, de Belo Horizonte que faz um lindo trabalho com os patos-mergulhões. Pato Aqui, Água Acolá Desde 2001, a ONG Instituto Terra Brasilis mantém o Programa Pato-mergulhão, que se dedica especialmente ao estudo e à proteção dos patos-mergulhões na região da Serra da Canastra. DOCE MAR DE MINAS
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A Serra da Canastra possui muitos rios com água limpa e cristalina e grande disponibilidade de peixes, especialmente lambaris, prato preferido dos patos
De acordo com a bióloga Flávia Ribeiro, esta espécie é considerada como ‘bioindicador’ de qualidade do local que habita. “É como se esta ave atestasse o equilíbrio ecológico. Eles só sobrevivem em ecossistemas ambientalmente equilibrados, com água limpa”, explica, alertando para o risco de extinção do pato. Segundo Flávia, a Serra da Canastra possui muitos rios com água limpa e cristalina e grande disponibilidade de peixes, especialmente lambaris, prato preferido dos patos. No entanto existem vários trechos onde a vegetação ciliar foi retirada, o que representa uma grande ameaça à espécie. O pato-mergulhão é uma das 10 espécies de aves aquáticas mais ameaçadas do mundo e é considerado como criticamente em perigo de extinção. A maior ameaça à espécie é a destruição do habitat. “Atualmente o projeto tem uma frente de estudo do turismo que busca avaliar o impacto desta atividade sobre os patos e propor alternativas para que isso não ocorra, afirmou. A espécie foi descrita em 1817 e sabe-se que são animais monogâmicos, com período reprodutivo entre maio e setembro, quando chocam até oito ovos por ninhada. Os filhotes nascem depois de pouco mais de 30 dias 18 | DOCE MAR DE MINAS
de incubação e permanecem com os pais por até dez meses. De acordo com Lívia Lins, bióloga e coordenadora do Programa Pato-mergulhão, com o fim do garimpo do diamante na Serra da Canastra, a população de patos voltou a crescer. Hoje os grandes vilões dos patos são a retirada da mata ciliar, o assoreamento dos rios, a expansão não planejada da agropecuária, além do uso indiscriminado de agrotóxicos. O projeto Pato Aqui, Água Acolá atualmente realiza um trabalho de educação ambiental e sensibilização dos moradores das áreas rurais da Serra da Canastra.
Laerte durante exposição fotográfica
Características do pato-mergulhão Bico fino e longo, penacho na cabeça e pés vermelhos. A ave mergulha para conseguir peixe para se alimentar. Na cadeia alimentar, o pato-mergulhão é presa de gavião e quando filhote é alimento para lontras. Os filhotes tem plumas pretas com manchas brancas.
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NÁUTICA
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53 pés de elegância
De caminhoneiro a piloto da maior lancha ancorada em Escapas do Lago foi uma trajetória rápida na vida de Rodrigo de Andrade Melo, 35 anos. Natural de Uberlândia se mudou com a família para uma fazenda às margens do Lago de Furnas ainda com cinco anos de idade. Quando se mudou para a Capitólio, por falta de opções de trabalho na cidade se tornou caminhoneiro. Cansado da atividade migrou para o serviço de hotelaria, onde além de trabalhar como recepcionista, pilotava pequenas embarcações onde apresentava aos hóspedes as belas paisagens do Lago, das quais é conhecedor. Foi então que descobriu a sua profissão atual: piloto de barcos.
Surgiu a oportunidade de prestar serviços na embarcação do empresário Regis Campos, fez cursos de pilotagem e há 1 ano foi contratado pelo também empresário Vinícius Silva Pereira para pilotar uma Ferretti 53 pés, a maior embarcação do Lago de Furnas que chegou em 8 de fevereiro de 2012. A embarcação, uma Ferretti 53, carrega o nome de Galo Doido, em homenagem ao time do Atléti-
co. Vários detalhes da lancha, como toalhas, tapetes, a roupa do piloto, entre outras peças também têm a logomarca do Galo. Rodrigo conta que além de piloto ele cuida do barco. “Faço limpeza por dentro e por fora além de cuidar de toda parte operacional. É exatamente igual cuidar e administrar uma casa. Nos finais de semana que o Vinícius está aqui em Escarpas com a família,
saímos, às vezes no sábado e navegamos até no domingo, aproveitando a oportunidade para curtir a noite no lago e pescar um pouco. Ele gosta de pilotar, mas faz questão que eu esteja junto”, explica. A Ferretti tem três pavimentos. No primeiro conta com uma área externa com mesa e estofados, na parte interna uma cozinha, sala, duas suítes com TVs e Sky, um quarto com duas DOCE MAR DE MINAS | 23
camas de solteiro, um banheiro social. Na sala tem vários equipamentos eletrônicos como TV de lead, tablet – que comanda todo o som dos cômodos que podem tocar diferentes músicas, sistema de ar refrigerado em todos os ambientes, e claro a cabine de comando No piso superior tem um solário com almofadas, estofados em torno de uma mesa para receber amigos, churrasqueira e uma segunda cabine de comando. O barco tem também um quarto para o piloto. “Foi necessário fazer um curso com profissionais da Ferretti para que eu pudesse entender todos os coman-
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dos da embarcação. Só para se ter uma noção as cortinas da suíte master são eletrônicas. Este é um detalhe, mas todo o barco tem sistema de última geração. Portanto o curso foi importante, mesmo que eu já tivesse experiência com um barco semelhante”, salienta Rodrigo. Toda decoração do barco foi feita por Marlene Falleiros, experiente profissional que tem como clientes proprietários de grandes embarcações. “Confesso que a parte que mais me encanta no barco é a casa das máquinas. Esta sim é a mais bonita, é ali o coração da embarcação e isso me fascina”, finaliza.
Foi necessário fazer um curso com profissionais da Ferretti para que eu pudesse entender todos os comandos da embarcação. Só para se ter uma noção as cortinas da suíte master são eletrônicas. Este é um detalhe, mas todo o barco tem sistema de última geração
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CIÊNCIA
Desvendando a
Serra do Espinhaço
Bernardo Machado Gontijo fala da importância da preservação da Serra, que tem dois biomas únicos no mundo
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É por isso que grande parte da porção mineira da Serra do Espinhaço foi decretada como sendo Reserva da Biosfera pela Unesco, título que apenas regiões com paisagens únicas e importantes em termos de biodiversidade podem receber. O professor doutor da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), o pesquisador Bernardo Machado Gontijo, responsável pelo Gipe - um grupo de pesquisa formado por alunos e professores da UFMG e da UFVJM cujo objetivo é desenvolver trabalhos de pesquisa e extensão sobre a Reserva da Biosfera da Serra do Espinhaço/MG -, conversou com a equipe da Doce Mar de Minas e desvenda algumas questões sobre a Serra.
Com uma extensão de mais de 1.400 km a Serra do Espinhaço possui ambientes únicos no mundo e que, portanto, abrigam uma diversidade de vida também única, riquíssima em endemismos (seres vivos que só existem lá), são os assim chamados campos rupestres, que por si só podem ser considerados também como um bioma
Doce Mar: O Gipe tem pesquisas publicadas? Bernardo Machado: Sim, na medida em que algumas dissertações são defendidas, trabalhos de conclusão de curso são finalizados etc, procuramos divulgar os principais resultados sob a forma de artigos científicos em periódicos especializados e também sob a forma de apresentação em congressos, simpósios e outros encontros científicos, neste caso na
forma de resumos, resumos ampliados e painéis, além de apresentações orais. DMM: Tem um livro sendo editado sobre a Serra do Espinhaço? Bernardo: Estamos com planos para publicar parte dos resultados de pesquisas já encerradas há algum tempo, e que não foram submetidas para publicação em outros periódicos. Neste sentido, organizei uma proposta de
sumário na qual incluo grande parte do que já produzimos, sendo que o pano de fundo são as transformações espaciais que lá vem ocorrendo, principalmente em função das implicações territoriais surgidas a partir da criação e gestão das numerosas unidades de conservação que existem ao longo da cordilheira. Estamos procurando patrocínio e ajuda para publicação junto a órgãos de fomento também. DOCE MAR DE MINAS
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DMM: Conforme seu artigo, a geologia da cadeia do Espinhaço vem despertando o interesse de pesquisadores desde o século XIX, consequência das ocorrências de diamante descobertas no século anterior. Ainda tem diamante na região? Bernardo: Sim, as formações geológicas que comportam diamantes são as mesmas que foram intensivamente trabalhadas no século XVIII. As ocorrências mais superficiais esgotaram-se rapidamente, mas a própria dinâmica do relevo, que atua continuamente, pode exumar ocorrências que estavam escondidas, além das novas técnicas de exploração, que possibilitam inclusive, o retrabalho de jazidas desativadas naquela época. DMM: A quais estados a Serra está pertence? Bernardo: A porção norte fica no estado da Bahia, estendendo-se até próximo à divisa com Piauí e Pernambuco. A porção sul está em Minas Gerais, prolongando-se até a ponta norte do Quadrilátero Ferrífero (Serra das Cambotas, na divisa entre Caeté e Barão de Cocais). DMM: Quantos municípios fazem divisa com a Serra? Bernardo: Em Minas, posso afirmar, com tranquilidade, que são mais de 40 municípios. DMM: Existe uma parte bastante visitada por turistas e portanto, devastada e outra área ainda desconhecida?
Bernardo: As pressões ambientais que a Serra vem sofrendo são muitas, mas ainda está longe do que poderia ser chamado de “devastação”. O turismo predatório é apenas uma destas pressões, e ele é tanto mais predatório quanto mais próximo a Serra estiver de um polo emissor (Como BH, Itabira, Conceição do Mato Dentro, Serro e Diamantina, por exemplo), quanto mais facilitado for o acesso à Serra (estradas asfaltadas como a MG -10, por exemplo), e quanto maiores forem os atrativos consolidados da Serra . Quando junta-se estes três fatores, a pressão turística se faz sentir com muita rapidez e passa a suscitar preocupação, como é o caso da Serra do Cipó, na faixa ao longo da MG-10, e na região próxima à Diamantina, desde a região do Parque Estadual do Biribiri até os distritos de Milho Verde e São Gonçalo do Rio das Pedras, cuja ligação asfáltica está sendo feita agora. Por outro lado, em regiões de difícil acesso, pouco conhecidas ou distantes de polos emissores, é possível descobrir uma Serra praticamente virgem,
pouquíssimo pressionada em termos de turismo, e com muitos segredos por revelar ao explorador atento. DMM: Qual a principal relevância da Serra do Espinhaço no cenário nacional e internacional? Bernardo: Pela localização geográfica (nem tão próxima e nem tão distante do litoral; nem tão perto do Equador nem do Trópico de Capricórnio); pela diversidade de paisagens proporcionada pelos diversos patamares altimétricos; pelas características geológicas que produzem grandes afloramentos rochosos, condicionam as drenagens e permitem uma recarga contínua dos lençóis freáticos; pelo fato de ser um grande divisor de biomas (Mata Atlântica e Cerrado em Minas, e Mata Atlântica e Caatinga na Bahia); por tudo isso, a Serra possui ambientes únicos no mundo e que, portanto, abrigam uma diversidade de vida também única, riquíssima em endemismos (seres vivos que só existem lá) – são os assim chamados campos rupestres, que por si só podem ser considerados também como um bioma. DMM: O que são campos rupestres? Bernardo: É a formação vegetacional que predomina nas porções mais elevadas da Serra do Espinhaço, geralmente acima da cota altimétrica dos 900 metros. São chamados de rupestres porque estão associados aos afloramentos rochosos que predominam na paisagem da Serra. Isso faz com que ocorram ambientes únicos, que exigem adaptações únicas por parte das plantas que lá sobrevivem, pois as limitações ecológicas são grandes (muito vento, grande oscilação
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térmica durante um dia, água que drena rapidamente por um solo quase inexistente, solos pouco desenvolvidos e pobres em nutrientes). Mas como as paisagens variam, em lugares em que o relevo abriga dos ventos, ou as depressões permitem o acúmulo de água ou matéria orgânica, ou onde a litologia produz um solo mais fértil, os campos deixam de ser rupestres e podem ser limpos e de altitude, por vezes podem até comportar formações florestais, como os chamados “capões de matas”, ou seja, os “campos rupestres” na verdade, constituem-se num grande bioma que abriga um mosaico de ecossistemas diferentes. DMM: Qual é o tipo de fauna e flora da Serra? Bernardo: A flora destes campos rupestres abrange uma gama de famílias botânicas que possuem aquelas estruturas adaptativas que ambientes com tantas limitações ecológicas demandam. Incluem plantas epífitas, como as orquídeas e as bromélias, que conseguem sobreviver sobre rochas, pois captam seus nutrientes diretamente da água do orvalho; incluem as assim chamadas “sempre-vivas” (principalmente das famílias Eriocauláceas, Xiridáceas, Compostas) por conseguirem resistir aos fatores limitantes e “parecer” que estão sempre vivas mesmo depois de coletadas; incluem as veloziáceas, que abarca o grupo das canelas-de-ema, plantas que resistem à pressão do fogo, sempre rebrotando depois da primeira chuva. Inclui também outras grandes famílias de plantas como as melastomatáceas (das quaresmeiras) e as ciperáceas que lá apresentam espécies altamente adaptadas. A fauna irá depender do que a base da cadeia ali-
mentar (as plantas) oferece. Surgem então uma infinidade de insetos, pequenos anfíbios, répteis e aves, muitas dependendo unicamente de uma espécie botânica, ou seja, existem plantas que dependem de uma única abelha ou de um único beija-flor para se polinizarem. Assim como ocorrem endemismos entre as plantas, também irá ocorrer entre os animais. Os mamíferos são de pequeno porte, mas também são encontrados aqueles mais exigentes quanto ao que precisam para sobreviver, muitos deles ameaçados de extinção. Quanto mais no topo estiverem da cadeia alimentar, mais vulneráveis estarão em termos de sobrevivência, como é o caso dos felídeos e dos canídeos. DMM: A Serra está protegida por algum órgão? Bernardo: Não há um único órgão que proteja toda a Serra. Na medida em que existem diversas unidades de conservação, cada uma será gerida pelo órgão que a criou – Instituto Chico Mendes (ICMBio) para as UCs federais (Parques Nacionais da Serra do Cipó
e Sempre Vivas, e Área de Proteção Ambiental (APA) Morro da Pedreira), Instituto Estadual de Florestas (IEF) para as UCs estaduais - como, por exemplo, os Parques Estaduais da Serra do Cabral, do Rio Preto, do Biribiri, do Pico do Itambé, da Serra do Intendente, da APA Águas Vertentes, Monumentos Naturais, entre outros -; e pelas municipalidades que tenham criado APAs e Parques Municipais Naturais em seus respectivos territórios . A própria gestão da Reserva da Biosfera da Serra do Espinhaço se dá a partir da cooperação entre as diversas instâncias de gestão envolvidas, notadamente o ICMBio e o IEF, além das municipalidades através de seus executivos e legislativos. Não há, portanto, um único órgão gestor, mas um colegiado deles que precisam ter as ações de proteção ambiental harmonizadas e potencializadas de forma a estabelecer sinergias. DMM: O que pode ser feito para que os turistas conheçam as belezas naturais da Serra sem que a degradem? Bernardo: Antes de mais nada, eles devem procurar conhecer e se informar sobre a Serra, incluindo os lugarejos que desejarem percorrer. Só sabendo por onde andarão, conhecendo e respeitando o estilo de vida das pessoas do lugar, é que terão uma oportunidade para penetrar na alma da Serra sem manchá-la, sem sujar, sem degradar. Não protegemos nem valorizamos aquilo que não conhecemos, mas temos, enquanto turistas, que estar abertos para o que o outro tem a nos oferecer. O verdadeiro ecoturista é aquele que agir com precaução, com simplicidade, com humildade, com respeito diante do outro e da paisagem que o outro habita. Ele tem, antes de mais nada, de “pisar com cuidado na terra”.
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ARTESANATO
Arte que brota
“Eu sou a terra, eu sou a vida. Do meu barro primeiro veio o homem. De mim veio a mulher e veio o amor. Veio a árvore, veio a fonte. Vem o fruto e vem a flor.” 30 | DOCE MAR DE MINAS
d’alma! Em o Cântico da Terra, a poetisa Cora Coralina, faz uma menção à importância e à transformação da terra, que para a artista plástica Denise Federico é a mais perfeita explicação de seu trabalho. Denise transforma argila em peças de arte. Sua relação com o artesanato teve início ainda em São Paulo, onde nasceu. “Fiz curso de cerâmica, escultura e modelagem de vidro, numa época
em que não havia curso superior nesta área, hoje existe”, conta. Paralelo ao artesanato, Denise tinha um restaurante de comida natural, onde conheceu seu marido, natural de Cássia para onde se mudou após o casamento. A busca por um lugar tranquilo fez com que o casal se mudasse para o Sítio Viraluz, no alto da Serra da Canastra, onde a artista encontrou paz e inspiração para criar suas peças mais incríveis.
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“Busco lá do fundo da minha alma a forma que a peça quer se moldar” “Só venho a Cássia duas vezes ao mês para fazer a queima das peças no Armazém das Artes, espaço criado pela Associação de Artesãos e Artistas Plásticos de Cássia, onde temos toda infraestrutura para queimar a cerâmica. Conseguimos por meio de um projeto junto ao Rotary de Portugal e do governo de Minas Gerais, ganhar equipamento como forno de alta temperatura para incentivar a produção de cerâmica e resgatar a tradição da cidade, além de acrescentar modernidade agregando valor às obras”, salienta a artista. Denise conta que quando se senta para trabalhar, ela deixa o barro falar. “Busco lá do fundo da minha alma a forma que a peça quer se moldar. Algumas falam com a gente, então estas, tenho pesar em vender, embora eu viva disso”, sentencia. E com isso ela consegue verdadeiras obras de arte. Entre as peças que Denise produz, estão bijouterias, utensílios domésticos, objetos de decoração, cubas para pias e azulejos decorativos. “Tenho um traço marcante em toda a minha obra que é a utilização de mandalas. Meu trabalho sempre foi individual, temos que tirar as nossas criações de dentro de nós. Então encontrei o lugar ideal na Serra da Canas32 | DOCE MAR DE MINAS
tra onde crio. Venho para Cássia queimar e colocar nos correios, pois quase toda a minha produção é vendida via internet para outros estados e países”, afirma. Preocupada com a natureza Denise explica que a retirada de argila de forma descriminada é prejudicial, como ocorre para fazer tijolos, mas que a retirada em quantidades mínimas como é a de artesanato, não representa dano. “Eu utilizo argila branca que vem de São Paulo, argila vermelha ou terracota, retirada aqui na região de Cássia e argila porcelana, importada do Canadá para a confecção de algumas peças específicas como bijouterias ou semi-jóias. A argila nos dá um milhão de possibilidades. Entre elas fazer peças refratárias”, aponta. As peças refratárias são utensílios que podem ir ao microondas, lavadoras e ao forno. Denise também faz peças sob encomenda. Os maiores clientes de Denise estão em São Paulo, Belo Horizonte, Rio
de Janeiro, Estados Unidos e Alemanha. A artista afirma que após 12 anos de trabalho suas obras já estão bem conhecidas e muitas revendas compram o produto, o que torna a vida do casal, que tem duas filhas, de 7 e 9 anos, financeiramente confortável vivendo da arte.
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HISTÓRIA
O ‘Colombo’
de Escarpas
Assim como na história das grandes descobertas das Américas, com Cristóvão Colombo, o administrador Fábio Carvalho Alves se orgulha de ter sido o responsável por descobrir, em 1974, a fazenda Ramos, ou Batalha, que então era de propriedade do piumhiense Delmiro Fabri e que alguns anos depois se concretizou no projeto Escarpas do Lago, idealizado pelo empresário Marcos Mendes, dono do grupo Mendes Junior. E hoje é uma das regiões mais lindas e procuradas por turistas de todos os cantos do país, com uma das maiores marinas de água doce do mundo, abrigando em torno de 500 embarcações.
Com 75 anos e uma memória incrível, Fábio, que mora em Escarpas do Lago, conta que ingressou no Grupo Mendes em 1956 para traba34 | DOCE MAR DE MINAS
lhar na construção da estrada Belo Horizonte-Brasília. Depois trabalhou na Ferrovia Brasília-Pires do Rio e nas hidrelétricas de Cachoeira Dou-
rada, na estrada Marília-Tupã, hidrelétrica de Jaguara, quando veio para a construção do Dique de Capitólio em 1958.
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Eis que em 1974, numa conversa na praça de Piumhi, Fábio Alves recebe a oferta de compra da Fazenda Batalha, pelo próprio Delmiro. “Ele me disse: ‘arrume alguém para comprar minha fazenda.’ Como eu já estava incumbido pelo Marcos Mendes a procurar uma área, resolvi ir conhecer. Me encantei e tive certeza que ali era o lugar ideal para o projeto de Escarpas
“Nesta época fizemos o Núcleo de Argila de Furnas e a estrada de Furnas a Piumhi. Em 1965 me casei com a capitolina Gilda, filha do então prefeito de Capitólio, Levi Teodoro dos Santos, com quem tenho três filhos, Raquel, Júlio e Clarice. Foi nesta época que Marcos Mendes me escolheu para ficar na região adquirindo todas as possíveis fazendas às margens do Lago de Furnas. Ele queria conseguir um lugar maravilhoso para criar o projeto de um condomínio de luxo”, conta Alves. Em 1966 o olheiro, como gosta de se denominar, comprou a Fazenda do Turvo. Em seguida a Fazenda do Sabiá. “Por influência do Marcos Mendes diversos investidores vieram para a região, como Elieser Batista da Silva, presidente da Vale do Rio Doce e pai do atu-
al milionário brasileiro Eike Batista. Esta área compramos dele para o projeto Brisas do Lago, que hoje é gerenciado pelos herdeiros de Marcos, que comercializaram praticamente toda a área. Trouxemos também para cá Jonas Barcelos Correia, dono da Fazenda Mata Velha”, explica. Eis que em 1974, numa conversa na praça de Piumhi, Fábio Alves recebe a oferta de compra da Fazenda Batalha, pelo próprio Delmiro. “Ele me disse: ‘arrume alguém para comprar minha fazenda.’ Como eu já estava incumbido pelo Marcos Mendes a procurar uma área, resolvi ir conhecer. Me encantei e tive certeza que ali era o lugar ideal para o projeto de Escarpas. Liguei pro Marcos e lhe dei um susto dizendo que já havia comprado. Ele pegou um avião em
Da esquerda para direita, sentados: o empresário Marcos Mendes fala com o então prefeito de Capitólio, José Cirilo, durante assinatura de contrato sob os olhos atentos de Fábio Alves
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Fábio Alves com a esposa Gilda em Escarpas do Lago em festa de Réveillon
Belo Horizonte e veio na hora conhecer. O negócio foi fechado no mesmo dia e registrado em cartório. Marcos ficou tão feliz que deu um carro zero quilômetro para o Delmiro”, lembra. A convivência entre Fábio e Marcos foi tão duradoura – 40 anos -, quanto intensa, a ponto de ele ser considerado pelo empresário como um membro da família. “Ganhei um terreno em Escarpas, onde construí uma das primeiras casas, em 1978, onde curto minha aposentadoria desde 1998”, explica, acrescentando que outras 50 famílias escolheram Escarpas para morar e não só como casa de veraneio. A escolha do nome foi feita por meio de pesquisa entre amigos e chegou-se à conclusão de Escapas do Lago pela sua característica de montanhas íngremes próximas ao reservatório. O bairro tem o nome de José Mendes Junior e conta hoje com aproximadamente mil casas construídas e algumas ainda em fase de construção, inclusive um hotel de luxo está sendo erguido.
A fama de Escarpas ganhou notoriedade com várias matérias divulgadas em veículos de comunicação nacional o que tem feito com que outros investidores busquem a região. Conforme Fábio Alves, isso é ótimo para o crescimento regional. “O Marcos faleceu em 1998, então não conseguiu ver Escapas com a infraestrutura que tem hoje, com pista de pouso asfaltada, o clube totalmente pronto, onde acontece um dos maiores réveillons da região”,finaliza, convidando a todos que não conhecem para desfrutar das maravilhas que Escarpas oferece.
O empresário Marcos Mendes e Fábio Alves tiveram relação de amizade e profissionalismo por 40 anos
Marcos Mendes mostra para o prefeito de Capitólio, José Cirilo projeto para criação de Escarpas do Lago
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VITRINE
Minas Gerais
é tudo isto e muito mais
Nas próximas páginas você, caro leitor, há de se deliciar com as belezas e expressões que definem “Óh! Minas Gerais”, em sua cultura, paisagens, costumes e tradições interpretadas pelas lentes de nossos amigos colaboradores. Sirva-se à vontade!
Getúlio Ferreira
Aender Mendes motorista veículo 37 anos Arcos/MG Contato: aenderbrasil@ gmail.com Eu sou uma pessoa tranquila, trabalhadora, pai de família. Sou apaixonado pela minha profissão e, também, por fotografia. Adoro registrar os momentos e os lugares por onde passo.
“Minas é o meu lugar. É o Estado onde eu nasci e me criei. Fui criado de acordo com os costumes e tradições desta importante parte do Brasil. Então, pra mim, Minas é mais do que um simples Estado... Minas é a minha casa.”
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Carlos Leonardo analista de TI 39 anos Belo Horizonte/MG Contato: leo@ caleo.com.br
fotógrafo 360 35 anos Piumhi/MG
Contato: contato@ fotovista360.com.br
Sou profissional da área de tecnologia da informação e professor universitário. Atualmente trabalho em empresa de TI do Governo de MG. Nas horas vagas, fotografo. Algumas de minhas fotos podem ser vistas em www.caleo. com.br
De olho na tendência do mercado atual, investi e especializei em fotografia 360 graus. Através do site fotovista360.com. br mostro um pouco do meu trabalho. Atualmente promove o Projeto Piumhi 360 graus, exibindo na internet fotos 360 graus e tour virtual de locais e ambientes da cidade.
“Como bem disse Guimarães Rosa, ‘Minas são muitas’, por isso eu fotografo e mostro em partes”.
“Olhar em volta em todos os ângulos e compreender a beleza de nossa Minas Gerais é admirar a natureza que Deus criou”.
Marcelo Barroso
fotógrafo 39 anos Carmo do Rio Claro/MG Contato: marcelo.fotografo@ gmail.com Sempre fui fotógrafo, com experiência em: Fotografias de arquitetura, jornalismo, moda e eventos coorporativos. Sou Formado em fotografia pelo SENAC/SP, e um apaixonado pelas cores e formas. Durante o ato fotográfico penso no objetivo da objetiva.
“Minas é como uma Piracema, um retorno às minhas origens, à terra de meus antepassados”.
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“Sunset Arcos”
aender mendes
“Minas são muitas, por isso eu mostro em partes: parte #15”
carlos leonardo
“Pequeno mundo em Minas”
getúlio ferreira
“O desterro da Drakkar�
marcelo barroso
ENOGASTRONOMIA Harmonização de vinhos e comida:
Romeu e Julieta Gosto não se discute e é soberano. Mas é saudável e até divertido discutir como formar, ampliar e evoluir o paladar, a fim de retirar de uma experiência gastronômica, o máximo prazer e deleite. A enogastronomia, ou a combinação de vinhos e pratos, é exatamente isso e suas bases são, além de culturais, também científicas. Um tinto encorpado não se dá muito bem com frutos do mar, porque a combinação de taninos (substâncias presentes nas sementes e engaços das uvas, que passam para o vinho e são responsáveis pela sensação de secura na língua) com o iodo presente nestes alimentos, resulta num desconfortável sabor metalizado, devido a uma reação química. Já culturamente falando, saborear uma
Paella Valenciana, prato típico espanhol, com um vinho rosado tempranillo de Rioja, região do mesmo país, resulta numa clássica combinação que acontece há séculos, e o que vem dando certo a tanto tempo merece ser considerado. E uma brasileiríssima feijoada, pode harmonizar com vinho? Experimente um bom Lambrusco italiano, leve e frisante, de preferência rosê. Estranho? Pois este vinho tem os mesmos elementos gustativos que a tradicional caipirinha, para harmonizar por contraste com a gordura do prato: acidez refrescante e doçura balanceada. Costuma-se dizer que a fórmula da boa harmonização é: 1 + 1= 3. Ou seja, um bom vinho, corretamente harmonizado (seja por semelhança ou
contraste) com determinado cardápio, resultam num terceiro elemento, que não é, nem o vinho nem o prato, mas uma combinação única, complementar e harmônica de ambos. E essa tal de harmonização não se dá só em relação ao vinhos, é uma constante em nossa vida. Pensemos, num exemplo bem cotidiano: goiabada sozinha é uma coisa, certo? Mas goiabada + queijo minas, é outra coisa, que não é nem um, nem outro, mas uma nova experiência de sabor.
Paulo Bocca é publicitário, jornalista gourmet e enófilo com certificado internacional pela Wine & Spirits Education Trust de Londres. É titular do blog colunasaboresaber.net
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GASTRONOMIA
Caiu na rede...
é peixe! Peixe, peixe e muito peixe. Com direito a degustação e premiação, proprietários de restaurantes participaram do II Festival de Peixe de Carmo do Rio Claro, realizado nos dias 30 e 31 de março, e ofereceram a iguaria em diferentes receitas. Afinal, nada mais típico para a cidade que é circundada pelo Lago de Furnas, o doce mar de Minas, mostrar a sua tradicional gastronomia.
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Mas quem não esteve no Festival vai poder saborear as delícias da culinária carmelitana. Os proprietários dos bares e restaurantes manterão no cardápio as receitas elaboradas para o evento. Os tradicionais filezinhos de Tilápia, fritos e saborosos, foram os mais pedidos. Afinal, quem não gosta de degustar um filezinho de peixe, contando boas histórias. Não é papo
de pescador, muitas, mas muitas pessoas mesmo, gostam dessa iguaria. Junto com o filezinho novas opções chegaram para diversificar o cardápio como o espetinho de peixe do Oliveira. Pescador há mais de 20 anos, Oliveira começará a atender a clientela com os espetinhos prontos para serem assados ou fritos em casa. Entre os proprietários de restaurantes, um dos mais tradicionais da
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Os tradicionais filezinhos de Tilápia, fritos e saborosos, foram os mais pedidos
Aninha e Adeir venceram o Festival com o prato Filé à Moda da Casa
Luzia levou para o Festival a Pizza de Peixe
RODOVIA MG 050 | km 306 Juliana do Restaurante da Zezinha
SENTIDO PASSOS | BELO HORIZONTE/MG Às Margens do Lago de Furnas Aberto todos os dias das 11 as 17h
cidade, o Restaurante da Zezinha, localizado no Aterro Santa Quitéria, levou para o Festival muitas opções e o enroladinho com recheio de... peixe. Uma mistura da massa de coxinha com o recheio de peixe temperado com limão. Leve e saboroso, o novo salgadinho é uma tentação. A Churrascaria Bacci, sob o comando de Caio e Juliana Brito levou para o Festival “Tilápia a Gostosura”, uma mistura de filé de tilápia, molho branco, temperos da casa e banana. Sim, banana. A combinação parece perfeita e o aroma do prato, hummmm dá água na boca. A Churrascaria Bacci está localizada no Centro de Carmo do Rio Claro, na Rua Dr. Bias Fortes. O vencedor do Festival foi o Bar do Adeir com o prato Filé à Moda da Casa. Aninha, a mestre cuca do Bar, preparou a tilápia grelhada, molho branco, tempero da casa e legumes.
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O sabor suave do peixe deixa um gostinho de quero mais. O Bar do Adeir está localizado na Praça Maria Goulart, centro. A receita mais inusitada da noite ficou com Luzia, do bairro rural dos Mendonças, que participou com a pizza de peixe. Ela trouxe para o Festival uma receita garantida nas festas de sua casa. A Tilápia não reinou sozinha. A Traíra e o Mandi também fizeram parte do cardápio. O público presente no Festival aprovou a nova maneira de degustar o peixe, nas suas mais diferentes receitas.
A receita mais inusitada da noite ficou com Luzia, do bairro rural dos Mendonças, que participou com a pizza de peixe
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EVENTO Fotos: Allan Françozo / AVdaModa.com
AV da Moda
uma grande passarela a céu aberto E para abrilhantar e enaltecer o potencial das 37 grifes da moda passense, duas presenças Vips marcaram o evento
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Digna de um shopping a céu aberto. Assim foi a primeira edição do AV Virou Moda, desfile realizado no dia 10 de março na Avenida da Moda, em Passos. E para abrilhantar e enaltecer o potencial das 37 grifes da moda passense, duas presenças Vips marcaram o evento: os ex-BBB’s Talula e Kadu. O desfile foi uma iniciativa da Apicon (Associação Passense das Indústrias de Confecções) sob a presidência do empresário Laerte Francisco Rodrigues Júnior.
Para Laerte, reconhecer que hoje a maior demanda do consumidor para com as marcas é por interatividade e relacionamento, a Apicon iniciou o processo que resultou no evento, AV Virou Moda. “O objetivo era fazer com que cada marca fosse percebida pelo consumidor de forma leve e descontraída. Neste sentido, fechamos negócios sem ter a cara de negócio. O AV Virou Moda deixou de ser apenas um gerador de mídia, gerando tráfego antes, em nos-
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sas ações promocionais de fomento ao evento, durante e depois da sua realização, tendo um resultado positivo para nossos parceiros e para a Apicon”, disse o presidente. O próximo passo da Apicon é transformar novos diálogos em experiências positivas, que fiquem na lembrança do consumidor. “Anote aí na sua agenda os dias 16 e 17 de agosto. Sim, o novo formato do AV Virou Moda traz o evento em dois dias. Você já é nosso convidado para o lançamento da coleção Primavera-Verão 2012”, salienta Laerte.
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LEITORES
O paisagista Sergio Santana, responsável pelo projeto do Terramare Península, durante visita a Guapé/MG.
Um dos Top 100 das maiores fazendas leiteiras do Brasil, Antônio de Pádua Martins recebe a revista em São João Batista do Glória/MG.
O produtor rural criador de Gir Leiteiro, Arthur Souto Maior Fillizola, lê a DMM na Fazenda Poções, em Jequitibá/MG.
O ribeirão-pretano e ex-BBB Rodrigo Cowboy, lendo a DMM durante etapa de Team Penning em Espírito Santo do Pinhal/SP.
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Aeromodelismo nos céus de Formiga De longe parecem aviões de verdade. De perto dá para ver que realmente são cópias idênticas, com riqueza de detalhes, porém são aviões especiais para aeromodelismo. O Furnaspark Resort realizou entre os dias 13 e 15 de abril o Furnaspark Jet, evento para os melhores pilotos aficionados em aeromodelos. O encontro foi exclusivo para jatos e seus pilotos puderam fazer suas acrobacias numa pista de 800 metros, com uma paisagem magnífica, com o Lago de Furnas no final da pista.
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Semana Santa de sol e alegria no Píer JTR e cânions A Semana Santa é uma data especial em que as famílias se reúnem para curtir momentos únicos e cheios de amor. E se for em um lugar exuberante como o Píer JTR, melhor ainda. Nos dias 6, 7, 8 e 9 de abril quem não se deixou influenciar pelos indicadores de temperatura curtiu o feriado com um belo espetáculo da natureza. Os turistas puderam apreciar boa música, sol, comida e bebidas de padrão internacional, com toques de mineiridade. O ambiente agradável foi propício para um final de semana com familiares e amigos, com atividades a todas as idades.
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MEIO AMBIENTE
Biotecnologia em favor do meio ambiente por Cleiderson Marçal de Melo
Preservar o recurso natural mais importante que possuímos nunca foi tão necessário e urgente. A água que temos acesso e que está apropriada ao consumo humano compreende apenas 0,007% de toda reserva mundial. Visando este controle ambiental e o descarte correto de efluentes residenciais e industriais nos rios e lagos a Tecnosane (Tecnologia em Saneamento) vem realizando estudos e desenvolvendo projetos que diminuem e eliminam os impactos causados à natureza
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Estação Compacta de Tratamento de Esgoto Biológico – ECTEBIO
O desenvolvimento e a produção de equipamentos que atendam às Normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) possibilitam aos condomínios residenciais, shopping centers, prefeituras e indústrias se adequarem às leis e padrões ambientais. A Tecnosane oferece estações de tratamento de efluentes para diversos tipos de seguimentos. A Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) é um sistema compacto e de fácil instalação que pode ser enterrado ou instalado em superfície de concreto. A ETE possui alta eficiência
de tratamento para ambientes lênticos (lagos) e ambientes lóticos (rios), além de possibilitar o reuso da água em descargas, lavouras, plantações ou irrigação de grandes áreas. Outra alterantiva para tratar o esgoto doméstico é a Estação Compacta de Tratamento de Esgoto Biológico – Ectebio. Ela é composta por um só módulo com três etapas de tratamento sendo a primeira uma câmara sobreposta com separador trifásico de líquidos, sólidos e gases, a segunda com filtro anaeróbio e a terceira por meio de sistema de desinfecção para um possí-
vel reuso do efluente tratado. Através de sua biotecnologia, o Ectebio minimiza consideravelmente a geração de odores e lodos, diminuindo assim, gastos com remoção do lodo por sucção. Outras vantagens do Ectebio são a baixa demanda de área e a simplicidade para sua instalação, pois necessita apenas de uma pequena escavação no solo e de uma pequena base de concreto o que elimina gastos excessivos com mão de obra e obras civis. Para os tratamentos industriais a Tecnosane desenvolve projetos através de estudos específicos conforme a demanda do cliente. A Estação de Tratamento de Esgoto Industrial (ETEI) que tem como finalidade tratar os efluentes gerados em indústrias de bebidas, alimentos laticínios, galvanoplastia, frigoríficos, produtos farmacêuticos, entre outros. A ETEI atende a empresas de acordo com suas especificidades, adotando soluções técnica, econômica e ambientalmente viáveis, buscando sempre as boas práticas de produção sustentável, conhecida como “produção limpa”, eliminando assim a degradação dos corpos d’água de nosso país. A Tecnosane fabrica também Estações de Tratamento de Água (ETA) para consumo humano que atendem ao rigoroso padrão de potabilidade do Ministério da Saúde. A água bruta de rios, córregos e lagos passam pelos processos de coagulação, flo-
culação, decantação e filtração, saindo completamente limpa e clarificada, antes de ser encaminhada para o abastecimento público A Tecnosane conta com uma equipe técnica formada por profissionais especializados e desenvolve diversos equipamentos para o saneamento, atendendo sempre as normas técnicas nacionais e internacionais. O compromisso com o meio ambiente, a qualidade de seus produtos e o respeito nas relações com seus clientes e com a sociedade é o que faz com que a Tecnosane seja uma das empresas líderes do setor, garantindo assim o enorme sucesso desta empresa 100% mineira.
Estação de Tratamento de Água - ETA
Estação de Tratamento de Efluente Industrial - ETEI
Minas de montanhas e mares O maior em extensão em Minas Gerais e um dos maiores lagos artificiais do mundo, o Lago de Furnas tem uma área de 1.440 quilômetros quadrados e banha 34 municípios. A preservação das águas e do entorno do lago é fundamental para o crescente desenvolvimento da região. Com a usina criada na década de 60 a região se desenvolveu a partir da diversificação das atividades dos municípios alagados que tinham como principal atividade a agropecuária. O turismo se tornou atividade principal na região, visto que a inundação formou novas e belas paisagens, como os cânions no município de Capitólio.
De acordo com a Associação dos Municípios do Lago de Furnas (Alago), hoje são cerca de 260 empreendimentos turísticos, entre pousadas, hotéis e clubes náuticos. A instalação de ETE nos empreendimentos e nas propriedades no entorno do lago é a principal forma de combate ao descarte incorreto de efluentes que possam prejudicar tanto a qualidade das águas quanto as espécies nativas. A importância da preservação do mais importante recurso natural deve ser observada, não só por empresas especializadas no ramo, como a Tecnosane, mas também pelos empreendimentos envolvidos, os gestores públicos e o cidadão comum. Somente através desta integração será possível preservar nosso maior patrimônio, a água.
ECTEBIO
Estação de Tratamento de Esgoto - ETE
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DESTAQUE
Guapé respira progresso O município que respira progresso não pára de crescer. Nelson Lara (PT), prefeito de Guapé, é categórico ao afirmar: “o que for melhor para nossa cidade nós vamos fazer. Se há benefícios para o nosso povo, nós vamos buscar. Queremos fazer da nossa Guapé um lugar melhor para se viver”. Graças ao apoio da prefeitura municipal, cinco empreendimentos empresariais estão se edificando no município. Dois deles são de admirar. Um é o Terramare Península, localizado às margens do Lago de Furnas e agora também, com o aval do prefeito, o condomínio de luxo A Ilha, que em breve será erguido às margens do lago. Três loteamentos urbanos também já começaram a se concretizar e a tão sonhada agência do Banco do Brasil se torna realidade. A agência beneficiará a população que não precisará se deslocar para outras cidades. O destaque do município fica por conta do programa Barriga Cheia, que no ano de 2011 fechou com chave de ouro. Mais de 85% da população guapeense está inserida. Recentemente foi criado o “Café do Trabalhador”, que está atendendo cerca de 1.000 trabalhadores nas zonas urbana e rural. Na saúde não é diferente. Uma série de ações foi e outras continuam sendo realizadas. Construção de PSF’s, compra de ambulâncias destinadas às comunidades rurais, atenção diferenciada à gestante, crianças, idosos. Investimentos que fazem a diferença em ações que visam à prevenção da saúde do cidadão. O tratamento de esgoto é assunto levado a sério pela administração. O projeto, já elaborado está recebendo apreciação final da Funasa (Fundação Nacional de Saúde). Há tempos, o prefeito e presidente da Alago (Associação dos Municípios do Lago de Furnas) vem se empenhando para receber este benefício e se for contemplado,
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O prefeito Nelson Lara tem buscado nas esferas estadual e federal recursos para Guapé
será, conforme suas palavras, “um marco na história da cidade”. Os investimentos na educação estão a todo vapor. Escolas foram construídas, reformas realizadas e vários projetos e programas estão em andamento, como recursos para escolas municipais, estaduais e de cursos técnicos. “Enxergo a educação como fonte de mudanças para a cidade, o país e um mundo melhor e mais justo”, frisa o prefeito, Nelson Lara. Os investimentos nas estradas rurais também são evidentes. Sabendo das necessidades do homem do campo que passa todos os dias pelas estradas rurais, a administração adquiriu duas motoniveladoras para a manutenção dos mais de 2.500 km de estradas. Para facilitar a vida dos trabalhadores rurais, a prefeitura firmou uma parceria com o Banco do Brasil para recursos na área agrícola. Nelson que também é presidente da Ameg (Associação dos Municípios da Microrregião do Médio Rio Grande), explica que a atividade agropecuária tem um pa-
pel fundamental no desenvolvimento da cidade. “O alimento que consumimos todos os dias vem do trabalho de homens e mulheres corajosos da zona rural. Nossa luta é para que essa valorização que vemos hoje se estenda em mais políticas públicas, assistência técnica, crédito, capacitação e emprego no meio rural na nossa região. O agronegócio é a base de nosso município, por isso temos buscado contribuir para sua expansão realizando parcerias”, salienta Nelson. Melhorar a qualidade de vida dos guapeenses e de municípios vizinhos sempre foi o norte do prefeito e presidente da Ameg (Associação dos Municípios da Microrregião do Médio Rio Grande) que congrega 17 municípios e Alago, com 34 municípios lindeiros. A pedido de Nelson, durante uma reunião da AMM (Associação Mineira de Municípios), o governador Antônio Anastasia prometeu que ainda este ano licitará as obras de asfaltamento da rodovia MG 170, que liga Guapé à Pimenta, uma antiga reivindicação dos dois municípios.
VIVA O NOVO
FORMIGA MG Av. Brasil, 101 - São Lourenço Fone: (37) 3322-2000 autooeste.formiga@ecep.com.br PIUMHI MG Rua Benedito Valadares, 217 - Centro Fone: (37) 3371-1988 autooeste.formiga@ecep.com.br PASSOS MG Rodovia MG 050 214 - Serra das Brisas Fone: (35) 3529-2400 autooeste.passos@ecep.com.br SÃO SEBASTIÃO DO PARAÍSO MG Rua Monsenhor Mancini, 888 - Centro Fone: (35) 3531-2800 autooeste.paraiso@ecep.com.br
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PALAVRA DE TURISTA Acostumado a ver um dos cenários mais lindos e famosos do mundo, o Rio de Janeiro, onde mora, o passense Van Rhyan Vasconcelos, afirma que Minas Gerais além de ser seu berço é seu recanto de descanso junto com a família. Van Rhyan é câmera da Rede Globo, atualmente trabalhando nas gravações de Malhação. Na profissão faz o que mais gosta: trabalha na TV. Mas é nas águas do Lago de Furnas que busca a paz interior e sempre que pode volta para o que considera sua “terrinha”. “Morei muitos anos em Goiânia, mas meu sangue é mineiro. A região de Passos com o Lago de Furnas nas proximidades é um lugar de belas paisagens e uma culinária inigualável. Confesso que gostaria de passar mais finais de semana na represa, principalmente onde meus familiares tem um rancho. É uma casa simples, com pessoas simples, mas é neste cenário que sou realmente feliz. Meus olhos e meu coração adoram as serras, o lago e nada melhor que passear de canoa, lancha e depois poder curtir tudo que tem na fazenda ou no rancho. Leite de vaca tirado na hora, isso não tem preço”, afirma Van Rhyan.
A minha paz está
na ‘terrinha’ 72 | DOCE MAR DE MINAS
Realizando sonhos com sofisticação e elegância
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AERONÁUTICO
Profissão:
piloto O investimento do Estado na infraestrutura aeroportuária não traz benefícios somente para quem deseja voar a trabalho ou em situações de lazer, mas também é oportunidade para quem quer atuar como piloto na aviação civil 74 | DOCE MAR DE MINAS
Caio Marinzeck Borges Delfante, 18 anos, foi aluno do curso teórico de Piloto Privado, da EJ Aeronáutica, e brevetado (brevê é o documento que dá a seu titular a permissão para pilotar aviões) no final do mês de março deste ano pelo Aeroclube de São Sebastião do Paraíso, no Sudoeste Mineiro. O futuro tripulante aposta na crescente ascensão da aviação civil no Brasil e em Minas Gerais. “Itajubá, por exemplo, terá agora as presenças da Unifei e Helibrás, que implantarão o Centro de Tecnologia de Helicópteros (CTH). A Embraer também instala em Minas sua primeira unidade fora do Estado de São Paulo, sediada próximo à capital, o que prova que o Estado está
determinado em fazer da indústria aeronáutica uma nova opção de economia”, informa. O jovem piloto também aponta a importância do ProAero - programa de adequação, ampliação e melhoria na malha aeroportuária do Estado de Minas Gerais – que multiplicou o número de aeroportos pavimentados em Minas Gerais, promovendo a infraestrutura para o desenvolvimento, emprego e renda. Segundo Caio, o momento para quem deseja iniciar a carreira de piloto civil é agora, com perspectiva de amplo mercado de trabalho pelas próximas décadas. “Muitos que sonham em seguir carreira na aviação estão aproveitando a boa
fase da profissão, ou seja, do meio de 2011 até agora houve recorde em emissão de brevês e a procura por novos pilotos está realmente grande”, afirma. O alto crescimento do mercado da aviação executiva vem abrindo portas para os pilotos, inclusive para novatos. As boas expectativas da profissão também estão presentes no setor de lazer. Na região do Lago de Furnas a aviação já é um importante instrumento de apoio ao turismo, com movimento crescente de aeronaves. Como ingressar na carreira O primeiro passo para o futuro piloto é escolher o aeroclube ou escola de aviação onde deseja realizar o curso, que
é dividido teoria e prática. Caio conta que na parte teórica o aluno estuda cinco matérias: Regulamentos de Tráfego Aéreo, Meteorologia Aeronáutica, Conhecimentos Técnicos sobre Motores, Teoria de Voo e Navegação Aérea, e ao final passa por uma banca avaliadora da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), muito rigorosa. Na parte prática são feitas 40 horas de voo. “Aprovado na prova e concluídas as horas, o aluno terá a carteira de Piloto Privado de Avião (PPA), que o habilita a voar aeronaves monomotoras em condições visuais. Logo após começa o curso de Piloto Comercial (PC), que são as mesmas cinco matérias, mas uma prática total de 150 horas de vôo, Habilitação IFR ( voo por instrumentos ) e aero-
naves multimotoras. A última etapa é a de Piloto de Linha Aérea (PLA ), na parte teórica estuda-se Teoria de voo de alta velocidade, Peso e Balanceamento e Regulamento de Tráfego Aéreo, e a prática exige 1.500 horas de voo”, detalha Caio Delfante. O futuro piloto Caio Delfante alerta que antes de qualquer coisa, quem deseja iniciar na profissão deve estar consciente do alto grau de responsabilidade, organização, dedicação e estudo exigido na carreira, “ até porque a margem de erros na aviação é mínima, quase inadmissível”. Sobre o investimento no curso, Caio confirma que é alto, mas que vale a pena para quem sonha em obter sucesso nos ares.
LISTA DE AEROPORTOS HOMOLOGADOS NO ESTADO DE MINAS GERAIS Cidade
ICAO
Latitude
Longitude
Alt
Pista
Cidade
ICAO
Latitude
Longitude
Alt
Pista
Abaeté Alfenas Almenara Araçuaí Araguari Araxá Barbacena BH (Confins) BH (Pampulha) Buritis Campina Vde Campo Belo Campo do Meio Campos Gerais Capelinha Caxambu Conc. Mt. Dentro Cons. Lafaiete Curvelo Diamantina Divinópolis Formiga Francisco Sá Frutal Gov. Valadares Guanhães Guaxupé Ipatinga Itamarandiba Ituiutaba Iturama Jaíba Janaúba Januária Jequitinhonha João Pinheiro Juiz de Fora Lajinha Lavras Leopoldina Machado Manhuaçu Minas Novas Monte Carmelo
SNLI SNFE SNAR SNVL SNAG SBAX SBBQ SBCF SBBH SNUY SNCV SNCA SNCE SNCG SICK SNXB SNKD SNKF SNQV SNDT SNDV SNFO SNFK SNFU SBGV SNGH SNGX SBIP SNIK SNYB SNYU SNMK SNAP SNJN SNJQ SNJP SBJF SNLH SSOL SNDN SNXA SNMY SNMN SNTK
19 09 26 S 21 25 54 S 16 11 02 S 16 51 07 S 18 40 05 S 19 33 38 S 21 16 02 S 19 38 13 S 19 51 07 S 15 37 54 S 19 32 17 S 20 53 33 S 21 06 22 S 21 13 34 S 17 40 58 S 21 55 03 S 19 01 13 S 20 44 19 S 18 45 58 S 18 14 00 S 20 10 55 S 20 23 43 S 16 26 18 S 20 00 17 S 18 53 49 S 18 42 26 S 21 19 36 S 19 28 14 S 17 51 02 S 19 00 07 S 19 43 02 S 15 05 36 S 15 43 59 S 15 28 29 S 16 28 20 S 17 47 15 S 21 47 35 S 20 08 25 S 21 14 38 S 21 28 19 S 21 40 41 S 20 15 35 S 17 14 02 S 18 43 02 S
045 29 45 W 045 55 59 W 040 40 02 W 042 02 46 W 048 11 25 W 046 57 56 W 043 45 38 W 043 57 56 W 043 57 02 W 046 25 43 W 049 29 42 W 045 20 08 W 045 48 17 W 045 46 45 W 042 31 52 W 044 58 10 W 043 26 02 W 043 47 53 W 044 27 29 W 043 39 04 W 044 52 12 W 045 29 01 W 043 28 10 W 048 57 32 W 041 59 10 W 042 50 20 W 046 43 49 W 042 29 17 W 042 51 02 W 049 29 14 W 050 13 03 W 043 58 36 W 043 19 26 W 044 23 11 W 041 01 30 W 046 07 12 W 043 23 08 W 041 36 33 W 044 58 10 W 042 43 59 W 045 50 28 W 042 11 02 W 042 35 02 W 047 28 59 W
2178 2871 640 1181 3107 3276 3657 2715 2589 1870 1805 3182 2559 2838 3113 2838 2196 3478 2205 4446 2608 3337 2484 1808 561 2618 2786 784 3196 1985 1558 1519 1732 1575 853 2990 2989 2051 3146 919 2969 2754 2461 2904
1200x30 1600x30 1200X30 1200x30 1500x30 1900x30 1760x30 3000x45 2540x45 800x20 1000x25 1420x30 1000x30 800x30 1150x23 1500x30 960x23 960x30 1200x23 1450x30 1540x30 1030x23 1000x25 1000x20 1400x30 1250x80 1500x30 2004x45 600x40 1200x30 1780x30 1520x25 1500x23 1200x30 1130x23 1300x23 1535x30 900x45 1500x30 1200x30 1200x50 1170x30 800x20 1000x23
Mte. Sto de Minas Montes Claros Mor. Nova Minas Muriaé Nanuque Ouro Fino Pará de Minas Paracatu Paraguaçu Passa Tempo Passos Patos de Minas Patrocínio Pedra Azul Pirapora Piumhi Poços de Caldas Pompéu Ponte Nova Pouso Alegre Rio Paranaíba Sacramento Salinas Sta. Ma. do Suaçuí Santana do Paraíso Sto. Ant. do Amparo São João del-Rei S. J. Nepomuceno São Lourenço S. Seb. do Paraíso Serro Teófilo Otoni Três Corações Três Marias Três Pontas Turmalina Ubá Uberaba Uberlândia Unaí Varginha Várzea da Palma Viçosa Virgem da Lapa
SNMS SBMK SNMN SNBM SNNU SNOF SNPA SNZR SNPU SNPT SNOS SNPD SNPJ SNPZ SNPX SNUH SBPC SNPO SNCZ SNZA SNRP SNSC SNSS SNSI SBIP SNAM SNJR SNNE SNLO SNPY SNSO SNTO SNVI SNAS SIAB SNTM SNUB SBUR SBUL SNUN SBVG SNVZ SNVC SNVL
21 10 33 S 16 42 22 S 18 35 38 S 21 07 44 S 17 49 02 S 22 17 51 S 19 50 34 S 17 14 35 S 21 33 33 S 20 39 02 S 20 44 00 S 18 40 20 S 18 54 33 S 16 04 02S 17 19 01 S 20 26 19 S 21 50 16 S 19 12 12 S 20 24 11 S 22 17 20 S 19 12 45 S 19 53 35 S 16 12 28 S 18 11 55 S 19 28 14 S 20 54 41 S 21 05 11 S 21 32 32 S 22 05 30 S 20 56 57 S 18 36 40 S 17 53 29 S 21 47 26 S 18 13 30 S 21 22 19 S 17 14 02 S 21 07 21 S 19 45 52 S 18 53 03 S 16 21 14 S 21 35 20 S 17 38 42 S 20 44 41 S 16 46 24 S
046 57 32 W 043 49 19 W 045 21 11 W 042 22 01 W 040 20 02 W 046 23 36 W 044 36 04 W 046 52 53 W 045 45 06 W 044 30 02 W 046 39 35 W 046 29 29 W 046 58 58 W 041 10 02 W 044 51 37 W 045 59 34 W 046 33 58 W 045 01 24 W 042 55 00 W 045 55 10 W 046 14 26 W 047 25 20 W 042 19 20 W 042 27 58 W 042 29 17 W 044 53 40 W 044 13 35 W 043 01 16 W 045 02 43 W 046 59 03 W 043 25 26 W 041 30 56 W 045 16 09 W 045 11 26 W 045 29 39 W 042 44 02 W 042 52 56 W 047 57 58 W 048 13 31 W 046 55 37 W 045 28 24 W 044 42 38 W 042 50 31 W 042 23 13 W
2936 2190 1988 886 591 2818 2598 2359 2838 3143 2697 2793 3229 2625 1808 2444 4135 2313 1877 2904 3757 3288 2504 1575 784 3601 3117 1322 2871 3110 2428 1572 3232 2579 3050 2894 1115 2655 3094 1998 3028 1719 2162 2477
1270x18 2100x45 1000x23 1140x23 1200x30 1080x50 1140x23 1500x30 1175x30 600x40 1200x25 1700x30 1200x30 1000x30 1480x30 1115x30 1250x30 1200x70 1060x30 1280x30 1000x100 1200x30 1480x30 800x18 2004x45 1620x30 1100x30 620X40 1070x30 1600x30 920x23 1190x23 1400x30 1500x45 1040x18 1000x30 1080x30 1759x45 1950x45 1180x30 1500x30 1100x23 900x30 1150x20
Obs.: Alguns aeroportos, mesmo com o balizamento noturno instalado, ainda não possuem homologação para operação noturna, com os processos sendo analisados pela Anac. Levantamento: Caio Marinzeck Borges Delfante (Abril de 2012)
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OPORTUNIDADE
VENDE-SE SCANIA ano 2003/2003 Câmbio semiautomático 124 G 400 cava 105 RETARDER 6 x 4 TRAÇADA Bitrem graneleiro Rodoar Rádio Amador Som
SCANIA ano 2004/2004 Câmbio mecântico 124 G 400 cava 105 RETARDER 6 x 4 TRAÇADA Bitrem graneleiro Rodoar Rádio Amador Som
Tratar com Bolivar | 35 9213-6432 | 3522-6252 | Passos/MG 76 | DOCE MAR DE MINAS
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