Paróquia São Luis Gonzaga Brusque, dezembro de 2013 - Número 32
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O amor de Deus “Esta realidade do amor fiel que Deus tem por cada um de nós ajuda-nos a enfrentar com serenidade e força o caminho de cada dia”
Ouvimos as palavras de São Paulo: “Estou persuadido de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem o presente, nem o futuro, nem as potestades, nem as alturas, nem os abismos, nem outra criatura qualquer nos poderá separar do amor que Deus nos testemunha em nosso Senhor Jesus Cristo” (Rm 8, 38-39). O apóstolo apresenta o amor de Deus como o motivo mais profundo e invencível da confiança e da esperança cristãs. Ele enumera as forças contrárias e misteriosas que podem ameaçar o caminho da fé. Mas imediatamente afirma com segurança que, não obstante toda a nossa existência esteja circundada por ameaças, nunca algo poderá separar-nos do amor que o próprio Cristo reservou para nós, entregando-se totalmente. Até os poderes demoníacos, hostis ao homem, se deparam impotentes diante da íntima união de amor entre Jesus e quantos
o recebem com fé. Somente o pecado do homem pode interromper este vínculo; mas também neste caso, Deus procurá-lo-á sempre, irá em sua busca para restabelecer com ele uma união que perdura também depois da morte; aliás, uma união que alcança o seu apogeu no encontro final com o Pai. Esta certeza confere um sentido renovado e pleno à vida terrena e abre-nos à esperança para a vida além da morte. E esta é a nossa força, a nossa esperança. Esta realidade, repleta de esperança, é a perspectiva da ressurreição final, da vida eterna, à qual estão destinados “os justos”, aqueles que aceitam a Palavra de Deus e são dóceis ao seu Espírito. Trecho da homilia do dia 04 de novembro de 2013.
Editorial
Um bom ano! Enfim, chegamos ao final de mais um ano. Meses de caminhada, de trabalho e de busca por uma vida mais satisfatória e próxima a Deus. Sempre no último mês do ano costumamos refletir sobre tudo que fizemos, nossas ações e metas, e, a partir daí, traçamos os objetivos para o ano vindouro. Na vida da Igreja não é diferente. Tudo que foi trabalhado, os projetos desenvolvidos, as ações de evangelização, passam por avaliação e, muitas vezes, necessitam de reformulação para que os objetivos sejam melhor alcançados no futuro. Durante todo o ano de 2013 os esforços na busca da comunhão com Deus foram incessantes. Este foi um ano realmente bom, especial. Marcado pela Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro, e pela presença do
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estimado Papa Francisco em terras brasileiras, que nos trouxe uma renovação de fé e um sentido maior de esperança na presença do Pai. Na mesma perspectiva de que os jovens são o futuro da nação, também vimos que estes jovens são o futuro da Igreja. E assim, com a chegada do Advento, da espera pelo Salvador - o Menino Jesus que renasce com sua mensagem de amor e de libertação do povo de Deus - celebramos mais um Natal e o fim de mais uma jornada. Continuemos, pois, na busca da santidade, da comunhão e do amor de Cristo. Desejamos a todos um Natal e Ano Novo abençoado, e que possam permanecer na presença do Pai, e dar um novo sentido à vida, com fé, amor e esperança. Boa leitura e boas festas!
A Palavra - Opinião
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A Palavra - Mural
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Edição
32 ESPECIAL | 10 a 13
Capa Ed. 31
O sentido do Natal e a Sagrada Família
07 | Centenário do Padre
Aloísio Boeing
14 | Imaculada Conceição e
o dogma
15 | Considerações sobre o
ano pastoral
ENTREVISTA | 08 e 09 A tradição familiar do presépio
16 | 10 anos da Comunidade
Católica Porta do Céu
17 | Retiro da Pastoral
Familiar
18 | Colorindo: A Sagrada
Família do Menino Jesus
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CARISMA | 06
O seminarista Aldo Lisboa nos fala sobre seu chamado e vocação ao sacerdócio
A Palavra - Sumário
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Um jovem de Fé O jovem Aldo Lisboa, seminarista da Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus nos conta um pouco sobre sua trajetória vocacional. Aldo tem 29 anos e é natural de Itajaí (SC). Confira:
“Minha vocação iniciou aos oito anos e como primeira experiência do chamado, a primeira coisa que me chamou atenção foi a roupa do padre. A partir dali comecei a pegar camisas de meu pai e celebrar missas em casa. E também o jeito que o Padre Nivaldo Nogueira, naquela época pároco da Paróquia São João Batista, em Itajaí, SC, tratava o povo, era algo que me atraía. Quando eu estava na 8ª série do ensino fundamental fui convidado para participar do estágio Vocacional, no Seminário de Azambuja, em Brusque (SC). Participei do estágio vocacional e me entreguei diante de uma imagem de Nossa Senhora, na gruta do seminário. Contar essa decisão para família aos 13 anos de idade não foi fácil, porque nunca partilhei com eles o desejo de ser padre. Mas com muito apoio dos meus pais ingressei no Seminário no início do ano 2000. Lá aprendi muito sobre o sentido da Oração e da devoção a Nossa Senhora. Lembro-me com carinho de meus formadores: P. Pedro Schlichting, P. Lucio Espíndola, e o saudoso Monsenhor
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A Palavra - Carisma
Valentim, conhecido por todos os brusquenses. Em 2005 conheci a Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus, onde iniciei o meu propedêutico. Foi um ano em que conheci realmente a vida religiosa, o carinho dos padres e a preocupação quanto a nós, formandos, a devoção ao Sagrado Coração de Jesus, e o carisma de P. João Leão Dehon, a questão social e a insistência de sair da sacristia e ir até o povo. Em 2010 ingressei no noviciado. Foi um ano muito especial, uma experiência fantástica com Deus, com muita oração, e também de conhecer as Constituições de nossa Congregação. Em Fevereiro de 2011 emiti meus primeiros votos religiosos de Castidade, Pobreza e Obediência. Este foi um dia muito especial em minha vida e meu primeiro trabalho como religioso foi na cidade de Vidal Ramos (SC), onde conheci de perto os serviços pastorais. Foram dois anos muito ricos, conhecendo e aprendendo sobre as dificuldades do povo. Em 2013 iniciei meus estudos teológicos em Taubaté (SP). A Vocação é algo muito sério, é uma Graça. O Senhor nunca nos abandona, há muitos desafios, disciplina de vida e Oração, muita oração! Ser sacerdote é imitar Jesus Cristo e sou feliz por esse chamado, por isso busco a cada dia sustentálo, tomando das fontes e do carisma de minha congregação, que me ensinou a amar o povo cada vez mais. Hoje uso como lema para a minha vida ‘Vocação acertada, futuro feliz’. Pedi ao Senhor da Messe Operários para a sua Messe”. www.paroquiasaoluisgonzaga.com
Centenário de Padre Aloísio Boeing Em comemoração ao Centenário de Vida do Servo de Deus Padre Aloísio S. Boeing, scj, a Congregação do Sagrado Coração de Jesus, juntamente com a Fraternidade Mariana do Coração de Jesus, o Instituto Padre Aloísio e a Paróquia Nossa Senhora do Rosário, realizam no dia 17 de dezembro a abertura do Ano do Centenário do Padre Dehoniano. As solenidades serão realizadas na Paróquia Nossa Senhora do Rosário em Nereu Ramos, Jaraguá do Sul (SC), iniciando às 15 horas com Missa presidida pelo Superior Provincial, P. Donizeti Queiroz, scj. Logo em seguida, às 16h30, haverá abertura da exposição fotográfica sobre a vida do Servo de Deus, relatando parte de sua trajetória de fé e serviço à Igreja. O evento será encerrado, às 20h, com Missa Solene presidida pelo Bispo Dom Irineu Scherer. “Jesus me colocou em seu misericordioso coração e eu aí fiquei”. (Padre Aloísio – 24/12-/1913 – 2013)
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A Palavra - Dehonianos
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Sra. Osnilda e Sr. Osnildo Habitzreuter, junto com os filhos Osnildo Junior e Sabine, ao lado do presépio da família.
Nesta edição de A Palavra, buscamos uma família que mantivesse e representasse em seu lar a tradição da montagem do Presépio de Natal. Nossos entrevistados são o senhor e a senhora Habitzreuter. Ele, Osnildo Habitzreuter, tem 62 anos e é mecânico. Ela, Osnilda Habitzreuter, 58 anos, é dona de casa. Juntos tiveram três filhos, Aline, Sabine e Osnildo Junior, e já possuem dois netos. Dona Osnilda nos conta sobre a tradição da montagem do presépio na família: A Palavra - Quando iniciou a tradição de montagem do presépio na família? Foi uma herança trazida dos pais ou avós?
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A Palavra - Entrevista
Osnilda - Iniciamos a montagem do presépio quando nasceu nossa primeira filha. Até então enfeitávamos apenas o pinheiro. E como é uma tradição que já trazemos de nossas famílias, queríamos passá-la para nossos filhos também. A Palavra - Vocês têm filhos e netos? Como eles veem essa tradição? Osnilda - Temos três filhos e dois netos. Eles também consideram muito importante manter viva esta tradição natalina. Nossa filha casada também já monta o presépio na casa deles. A Palavra - Toda a família se envolve na tarefa ou há apenas um responsável?
Osnilda - Quando os filhos eram menores todos participavam. Só que hoje já são adultos e trabalham fora, então fica difícil ajudar. Nossa neta de 4 anos é quem gosta de colaborar. A Palavra - Durante quanto tempo os enfeites natalinos permanecem na casa? Osnilda - Colocamos os enfeites na metade de novembro e só tiramos depois do dia 6 de janeiro, quando celebramos a festa dos Reis Magos. A Palavra - O que os motiva a sempre dedicar um tempo para esta tarefa? Osnilda – O principal motivo é www.paroquiasaoluisgonzaga.com
conservar viva a tradição trazida pelos nossos antepassados e transmitir para nossos filhos e netos os valores cristãos. A Palavra - Qual a principal mensagem que o Presépio Natalino passa para a família de vocês? Osnilda - Como somos católicos, o Presépio nos relembra o nascimento de Jesus, que ao nascer num ambiente tão simples Ele já nos mostrou o verdadeiro valor da humildade. Também quis nascer numa família para nos mostrar a importância dela para a transmissão dos valores para os filhos.
A História do Presepio de Natal
O início da tradição No ano de 1223, no lugar da tradicional celebração do natal na igreja, São Francisco, tentando reviver a ocasião do nascimento do Menino Jesus,
festejou a véspera do Natal com os seus irmãos e cidadãos de Assis na floresta de Greccio. São Francisco começou então a divulgar a ideia de criar figuras em barro que representassem o ambiente do nascimento de Jesus. De lá para cá, não há dúvidas que a tradição do presépio natalino se difundiu pelo mundo criando uma ligação com a festa do Natal. Já no século XVIII, a recriação da cena do nascimento de Jesus estava completamente inserida nas tradições de Nápoles e da Península Ibérica. Neste mesmo século, vindo de Nápoles, o hábito de manter o presépio nas salas dos lares com figuras de barro ou madeira difundiu-se por toda a Europa e de lá chegou ao Brasil. Hoje, nas igrejas e nos lares cristãos de todo o mundo, são montados presépios recordando o nascimento do Menino Jesus, com imagens de madeira, barro ou plástico, em tamanhos diversos. Atualmente, tradições natalinas antigas como a árvore de natal, o Papai Noel, a ceia de natal, o presépio e as músicas natalinas dão forma à celebração do Natal ao redor do mundo.
Fonte: www.presentedenatal.com.br
Ao lado do pinheirinho e dos presentes, o presépio é talvez uma das mais antigas formas de caracterização do Natal. A palavra presépio significa “um lugar onde se recolhe o gado; curral, estábulo”. Porém, esta também
é a designação dada à representação artística do nascimento do Menino Jesus num estábulo. Os cristãos já celebravam a memória do nascimento de Jesus desde o final do século III, mas a tradição do presépio, na sua forma atual, tem as suas origens no século XVI. Antes dessa época, o nascimento e a adoração ao Menino Jesus eram representadas de outras maneiras. As primeiras imagens do que hoje conhecemos como presépio de Natal foram criadas em mosaicos no interior de igrejas e templos no século VI e, no século seguinte, a primeira réplica da gruta no Ocidente foi construída em Roma.
Na foto um presépio artesanal feito de argila, trabalho característico da região nordeste do Brasil. www.paroquiasaoluisgonzaga.com
A Palavra - Entrevista
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Por P. Adilson José Colombi scj, vigário paroquial
Todos os anos, na época do Natal, quando criança junto com os irmãos, em família fazíamos ou montávamos o presépio em nossa casa. Era sempre na sala principal, lugar de destaque da residência. Tal atividade era precedida da “cata” dos elementos que fariam parte de todo o conjunto que denominávamos presépio. Tudo era precedido de um planejamento de todos os detalhes. Inclusive, agregando cada
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A Palavra - Discípulos
ano alguma novidade. Sempre sobrava criatividade. Ela era demonstrada na disposição das peças no conjunto do presépio, na confecção da gruta, nos caminhos, cercas, morros, espelhos d’água, cachoeiras, casinhas... O pai e a mãe também davam seus palpites. No final, sempre saía algo, que, para nós, na nossa simplicidade de crianças e adolescentes, era uma “obra de arte”. Normalmente, era bastante elogiado.
Mas, o que mais contava era a preparação e a emoção com que tudo isto era realizado. Olhando, hoje, após tanto tempo, o que se percebe com nitidez era o conjunto de valores que a preparação e a construção do presépio encerravam em seu âmbito. E, hoje, admira-me a sabedoria dos pais que, na sua simplicidade, tinham uma pedagogia invejável. Sabiam propor valores, como a família www.paroquiasaoluisgonzaga.com
unida se preparando para o Natal; a solidariedade e a participação em um evento da família; a alegria e expectativa da vinda do Menino Jesus; a delicadeza, o toque afetivo de apreço com o Esperado em todos os detalhes; a fé e a espiritualidade natalina expressas do começo ao fim da confecção do presépio. Um detalhe, porém, que não podia faltar: era a prece pessoal e familiar www.paroquiasaoluisgonzaga.com
ao contemplar o presépio e o ponto alto era o entoar da tradicional “Noite Feliz” diante da obra familiar, executada com capricho e amor, na noite de Natal. Claro, havia também, na manhã de Natal, a surpresa de alguns presentes para todos os filhos. Presentes simples, mas que alegravam a todos. A alegria ficava estampada nas faces de quem os recebia, como nos que a tinham
proporcionado. Presentes trazidos pelo Menino Jesus, não pelo Papai Noel. A preparação, a realização do presépio, as orações, os presentes e a participação na comunidade (Missa) davam o tom na vivência do Advento, do Natal e do tempo após o Natal (Reis). A vida familiar, os trabalhos domésticos (cada um tinha suas tarefas diárias a realizar, como forma de participar da vida da família), as próprias orações, estudo, enfim, tudo fluía com mais ternura, amor, responsabilidade. O Natal, então, era verdadeiramente tempo de ternura, fraternidade, solidariedade, amor, alegria e intensa espiritualidade. E o ponto de referência era o Menino Jesus, que carinhosamente chamávamos, em dialeto Bergamasco: BAMBÍ (palavra que deriva do italiano gramatical ‘bambino’: menino, criança). Observando, hoje, como as famílias se preparam para a festa do Natal, percebe-se que outros valores ocupam o espaço da vida familiar. Tal realidade faz suscitar uma série de questionamentos, como: “Mudou o Natal ou mudaram as famílias?”, “Mudou o Menino Jesus ou mudaram os adultos de hoje?”, “Mudou o sentido do presépio ou as pessoas não se importam mais com ele?”, “Mudou a mensagem do Natal ou as pessoas não conseguem mais captar o sentido do que continua sendo dito e anunciado pelo Menino no e do presépio?”. Quantas questões mais ainda podem ser feitas! Natal é tempo de rever nossos valores. Que valores estamos vivenciando ou, como adultos, estamos propondo para as crianças, adolescentes e jovens? Contemplando o presépio com seus significativos personagens, avaliemos ou reavaliemos o sentido, o rumo que estamos seguindo em nossa existência pessoal, familiar e comunitária. Nela, estão presentes os valores: alegria, solidariedade, união, doação, amizade, amor, entrega, paz? São eles que fazem o Natal ser verdadeiramente Natal, segundo a Boa Nova do Reino de Deus. A Palavra - Discípulos
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Sagrada Família A mensagem do modelo familiar de Deus.
Após celebrar o Natal do Senhor, a Liturgia da Igreja Católica do último domingo deste ano (29/12) oferece-nos a possibilidade de olhar e contemplar o ambiente em que Jesus foi acolhido e educado, ao entrar neste mundo: a Sagrada Família de Nazaré – José, Maria e Jesus. Quem apresenta-nos a ela é o evangelista e catequista Lucas, no Evangelho a ele atribuído, sobretudo, nos três capítulos iniciais, tidos e estudados como o “Evangelho da Infância”. Sem dúvida, aí está contida a própria experiência de Maria de Nazaré, que Lucas, segundo a Tradição, conheceu e até conviveu com ela. Neste “Evangelho da Infância”, Lucas não tem a pretensão de historiar fatos, eventos estritamente históricos, mas está fazendo relato teológico, catequético, apresentando a Sagrada Família, como modelo para toda família que quer servir ao Senhor e aos irmãos. Lucas tenta acentuar as virtudes familiares, domésticas, próprias de uma família temente a Deus. Todavia, à primeira vista, tal pretensão parece estar fora do alcance da grande maioria das famílias. Pois, se pensarmos que Maria foi concebida sem pecado, José era um homem justo, perfeitamente ajustado à vontade de Deus e Jesus, o filho de Maria e também Filho de Deus. Como traduzir este modelo em nossas famílias? É evidente que, em plenitude, jamais família humana alguma terá força ou chance de reproduzir em si este modelo. Porém, não se trata de imitar, no sentido de reproduzir fielmente o modelo proposto ou, dito em
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A Palavra - Discípulos
outras palavras, reproduzir fielmente em mesma intensidade as virtudes vivenciadas pela Sagrada Família. Então, Lucas nos apresenta a Família de Nazaré como “inspiração” para toda família que se dispõe a acolher Jesus como seu fundamento e centro de vida. Ou dito de outra forma, a toda família
que quer viver, em si, a proposta da Boa Nova do Reino de Deus, trazida por Jesus da parte do Pai, aos seres humanos. Nesta perspectiva, a Família de Nazaré, portanto, seguramente poderá ser luz para toda família que se dispõe a realizar a vontade de Deus. Poderá, por exemplo, inspirar toda a família a ser assídua na escuta da Palavra de Deus, criando o bom e salutar hábito
de frequentar, diária ou assiduamente, a leitura, meditação, contemplação e oração da Palavra de Deus. Poderá, também, ser inspiradora na fidelidade aos compromissos com o Senhor e a comunidade. Por exemplo, como José e Maria frequentavam o Templo e participavam dos cultos, cumpriam o preceito das oferendas, do dízimo; da mesma forma, a família que se diz cristã será assídua na participação das liturgias e cumprirá seus deveres com o Senhor e com a comunidade. Será, também, inspiração para a vivência do serviço solidário e da caridade, principalmente com os mais necessitados, assim como Maria, certamente, com a anuência de José fez com Isabel, permanecendo três meses servindo-a em suas necessidades. Sem dúvida, a família que se propõe a viver a proposta da Boa Nova do Reino de Deus, não pode se fechar sobre si mesma, mas terá que cultivar este espírito de abertura para pessoas e famílias necessitadas. Ligeiramente, foram apresentadas algumas possíveis “inspirações” que a Família Sagrada de Nazaré, como modelo de vida para uma família cristã pode servir como ponto de referência. Claro que há muito mais possibilidades que podem e devem ser, não só meditadas, mas, sobretudo, experimentadas por toda a família que verdadeiramente quer ser seguidora e construtora, em seu seio e na comunidade, do Reino de Deus. Para estas famílias, com certeza, não lhe faltará a graça de Deus e a interseção de Jesus, Maria e José, a Família de Nazaré. www.paroquiasaoluisgonzaga.com
Que Natal é o seu? “É Natal de novo!”. Muitas vezes ouvimos esta afirmação, que soa como ideia de repetição, de cansaço, de peso financeiro (presentes e festas). Para outros é oportunidade de emprego, motivo de alegria, de renovação interior, de revigoramento na fé, de aprofundamento na espiritualidade. Vamos celebrar mais um Natal! Mas, que Natal? Entendo que há, ao menos, dois natais. Um Natal “comum”, aquele do calendário, que até quem não crê em Deus nem em seu Filho Jesus Cristo, comemora-o. Inclusive celebramno em família, com ceia, presentes, cumprimentos. Este Natal é uma festa grata para a indústria e o comércio e possibilita um ganhapão para muitas pessoas. Nele, o reinado é quase absoluto do Papai Noel. E agora também da Mamãe Noel, invenção recente que já está marcando sua presença em muitos ambientes. É claro que não se trata de demonizar ou desprezar este Natal. Ele tem seu valor. Sabemos que é obra de seres humanos que, como em outras dimensões da vida pessoal e sociocultural, esqueceram, perderam ou simplesmente trocaram certos valores por outros que consideram mais atraentes e significativos para sua vida. Todavia, há outra celebração natalina: é o Natal do Senhor. Para o cristão, sobretudo o cristão católico, não é apenas mais um Natal. Tratase do memorial do Nascimento do Senhor. Isto é, não se comemora só mais um aniversário de Cristo, como celebramos os nossos nascimentos, mas é a atualização, no tempo e no espaço, do nascimento de Jesus com sua proposta de redenção. Não se celebra o passado, mas o presente. Assim, a Liturgia Católica nos oferece dois momentos na www.paroquiasaoluisgonzaga.com
Festividade do Natal. Na Missa da Vigília, é o evangelista Lucas (2, 1-14) nos relata o acontecimento do nascimento de Jesus, Filho de Deus e de Maria de Nazaré, sendo José seu pai adotivo. Lucas faz questão de acentuar o ambiente de simplicidade, de pobreza e de ternura na acolhida do Menino, o Deus-Conosco. Segundo Lucas, é o anjo (mensageiro de Deus) que anuncia: “Não temais, porque vos anuncio uma grande alegria para todo o povo: nasceuvos hoje, na cidade de Davi, um Salvador, que é o Cristo Senhor”. Logo ele afirma que há uma multidão de anjos que louva a Deus: “Glória a Deus nas alturas e paz aos homens por Ele amados”. Lucas nos mostra que o Natal do Senhor é simplicidade, clima de respeito, de fé, de espiritualidade, de amor, de alegria e de paz. Já na Liturgia da “Missa do Dia do Natal do Senhor” quem nos apresenta Jesus é o evangelista João (1, 1-18) em torno da expressão: “a Palavra fez-se Carne e habitou entre nós”. A “Palavra” viva de Deus, tornada pessoa em Jesus. Este modo de apresentação sugere que a missão do Filho é completar a criação primeira, afastando tudo o que se opõe à vida e criando condições para que nasça o ser humano novo. Para João, Natal do Senhor é nova vida, libertação, é luz que abre novos rumos para as pessoas e para a História. É Natal! E para ser Natal de verdade, o que ocorreu na vida dos pastores de Belém tem que acontecer em cada um de nós. Pois, Natal é renovação. É a alegria e a paz, coabitando com tristeza e a violência sem compartilhar os mesmos sentimentos. Natal é vida que nasce ou renasce! A Palavra - Discípulos
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MARIA, MÃE IMACULADA Pe. José Artulino Besen
Primeiramente a piedade popular e, em seguida, a Liturgia, festejou a Imaculada Conceição de Maria. A humilde invocação de uma jaculatória faz-nos lembrar essa verdade: “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós”. Na Ladainha Lauretana o gênio cristão sintetizou esse título mariano de modo perfeito em três invocações: Virgem Puríssima, Virgem Santíssima, Virgem Mãe de Deus. Ela é Mãe de Deus porque é Puríssima e Santíssima, e é Santíssima por ser a Mãe de Deus. A proclamação do dogma da Imaculada Conceição (Maria concebida sem pecado), em 1854, feita pelo Papa Pio IX, com festa celebrada em 8 de dezembro, se insere em toda a reflexão eclesial sobre o mistério de Jesus, Deus de Deus e Luz da Luz. Maria é concebida sem pecado, livre da herança dos filhos de Adão, que nascemos com o pecado das origens, inaugura a derrota do antigo Inimigo, Satanás (cf. Gn 3,15).
A primeira Eva, no Paraíso, foi criada sem pecado, mas não resistiu à tentação e rejeitou a Deus. Maria é a nNova Eva, com ela Deus restaura a criação por obra de seu Filho Jesus. Em previsão de sua mMaternidade divina, quis Deus que Maria fosse preservada do pecado desde o ventre de sua mãe, Ana. E Maria respondeu a essa graça nunca pecando, sendo a vontade de Deus a sua vontade, como respondeu ao Arcanjo Gabriel, na Anunciação. O mais importante não é que Maria tenha nascido sem pecado, mas que tenha vivido sem pecado, razão pela qual o Anjo a chama de “cheia de Graça”. A carne puríssima de Maria dá a carne da natureza humana ao Filho de Deus. O Santo que dela nasce é o troféu da humanidade e Maria é o troféu do Santo que gerou. Contemplando a Mãe divina contemplando o Filho, assumimos o lugar de Jesus no colo mariano e ouvimos a palavra de consolo de Jesus: “Mulher, eis aí teu filho”, “Filho, eis aí tua Mãe”.
Tubos Pereira há quase 50 anos produzindo com garantia e qualidade em pavers, tubos, lajotas e demais produtos em artefatos de cimento.
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A Palavra - Discípulos
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Reflexão sobre o ano pastoral longe do objetivo e da real necessidade que se tem atualmente.
Melhorias e investimentos
O Pároco, Padre Jair Rodrigues Costa, scj, nos fala sobre as ações pastorais que ocorreram durante o ano de 2013 na paróquia São Luis Gonzaga e faz uma reflexão acerca das atividades.
Dízimo
No início do ano foi realizado o Encontro de Líderes, que teve palestra com o Missionário Bibiano Machado. O evento reuniu 120 pessoas, representando a Matriz e as 11 comunidades da paróquia. Foram propostas ações diretas em cada comunidade, descentralizando a questão do dízimo, que deve ser a fonte principal para manter as comunidades. Após este encontro foi observado um aumento significativo nas contribuições do dízimo na paróquia, mas ainda assim,
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Todas as comunidades da paróquia, de alguma forma, fizeram investimentos e melhorias. Os principais foram na adequação dos itens de segurança dos espaços, de acordo com as novas exigências da prefeitura e corpo de bombeiros, após o incidente da Boate Kiss, na cidade de Santa Maria, RS, em janeiro deste ano. Na Matriz, ainda foi feita uma melhoria significativa no sistema de sonorização da igreja.
Jornada Mundial da Juventude
O encontro da JMJ foi de extrema importância para os jovens de todo país. Na nossa Paróquia não foi diferente. Participamos da Jornada com cerca de 100 jovens, coordenados pelo Padre Magnos, responsável pelo setor da juventude. A partir daí, toda 4ª quintafeira de cada mês, às 22h30, acontece na Matriz a Missa com os Jovens, com participação de 1,5 mil a 2 mil jovens, lotando a igreja.
Aspectos Positivos e Negativos
Um dos aspectos que se demonstrou menos favorável foi uma espécie de desmotivação em relação à Escola de Líderes, que hoje conta com bem menos participantes em relação ao início do projeto. Outro aspecto negativo foi a não realização das Missões na Paróquia. Como pontos positivos destacam-se o grande número de Movimentos Pastorais, a exemplo de Emaús, Cursilhos e 2ª União. Os Grupos Bíblicos Familiares (GBFs) também aparecem como fortes colaboradores na evangelização.
Metas de Trabalho
Foram alcançadas muitas realizações, porém nem todas as metas foram atingidas, de acordo com o que traçamos como objetivo para este ano. Em relação ao dízimo, ainda não foi possível atingir a meta proposta, apesar de ter ocorrido um aumento nas contribuições. As Missões, que não foram realizadas, também entram como meta não alcançada, no que tange à evangelização.
A Palavra - Discípulos
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Comunidade Católica celebra 10 anos de Vida
A Comunidade Maria Porta do Céu, em comemoração aos 10 anos de sua fundação, celebrou no dia 15 de novembro, a Santa Missa em Ação de Graças, na
Capela Santa Paulina, na Travessa Lagoa Dourada , da Paróquia São Luiz Gonzaga. A celebração foi presidida Por Dom Luiz Carlos Eccel, diretor espiritual
da Comunidade e concelebrada por sacerdotes amigos da Comunidade, entre eles Padre Jair Rodrigues da Costa, scj, pároco, da Paróquia São Luis Gonzaga.
Primeira Comunhão No dia 13 de Outubro foi realizada a 1ª Comunhão na Comunidade São João Batista – Bateas. Na foto as crianças que receberam a Eucaristia juntamente com o P. Jair Rodrigues, scj.
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A Palavra - Comunidades
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Cronograma do mês de
Retiro da Pastoral Familiar
DEZEMBRO Reunião do CPC 07/12 às 15h na Comunidade Nossa Sra. de Fátima 10/12 às 19h30 na Comunidade Sagrado Coração de Jesus 15/12 às 19h30 na Comunidade São Francisco 21/12 às 17h na Comunidade São João Batista Curso de Preparação para o Batismo 07/12 às 14h na Matriz 09/12 às 19h na Comunidade Santa Rita 14/12 às 14h30 na Comunidade Sagrado Coração de Jesus
A pastoral Familiar realizou seu retiro de formação no dia 10 de novembro, das 8h às 17h, no Salão Paroquial da Matriz São Luis Gonzaga. Foram, ao todo, 29 participantes, com coordenação do P. Adilson José Colombi, scj. Durante todo o dia foram realizados estudos bíblicos e palestras sobre com os temas ‘Amor Oblativo’, ‘Amor e Sexualidade’ e ‘Cristo, a Boa Nova do Reino e nós’. Também houve exercício de leitura orante
e análise e interpretação de imagens. Para o casal Tita e Dorival o retiro contribuiu muito no que se refere à fé. “Ter a oportunidade de participar deste retiro muito bem planejado, contribui para fazer aumentar ainda mais nossa fé! Gostaríamos de parabenizar o P. Adilson pela condução segura e objetiva, envolvendo todos os participantes”. O Retiro foi encerrado com celebração da Santa Missa na Matriz.
Encontro de Casais ‘O Senhor é meu Pastor’ O 7º Encontro de Casais de Segunda União “O SENHOR É MEU PASTOR”, de Brusque, aconteceu nos dias 26 e 27 de outubro 2013, no auditório da Paróquia São Luis Gonzaga. Ao todo participaram do evento, sendo dez casais de Brusque, e os demais vindos das cidades de Botuverá, Guabiruba, lhota, Gaspar, Indaial, Itajaí, Blumenau, Itapema, Lages, Concórdia, Timbó e Palhoça. O objetivo do encontro é mostrar para os casais em segunda união que Deus os ama, e que a Igreja os acolhe, trazendo assim sua www.paroquiasaoluisgonzaga.com
família de volta à igreja. Durante o encontro foram realizadas palestras e dinâmicas de grupo. Os palestrantes foram o P. Roberto Aripe, também conhecido como Padre Chirú, que é o responsável por promover o encontro, o casal Oscar e Vera, que acompanha o P. Chirú, e também o P. Adilson José Colombi, diretor espiritual da Pastoral Familiar da Paróquia. Além das palestras foram dados testemunhos por outros casais que que realizaram o evento.
Missa da Noite de Natal 24/12 às 19h na Matriz 24/12 às 19h na Comunidade Sagrado Coração de Jesus 24/12 às 19h na Comunidade Santa Rita 24/12 às 19h na Comunidade Santa Paulina 24/12 às 19h na Comunidade Nossa Sra. de Lourdes 24/12 às 19h na Comunidade Nossa Sra. Aparecida 24/12 às 18h na Comunidade Nossa Sra. de Fátima 24/12 às 17h30 na Comunidade São José 24/12 às 20h30 na Comunidade São João Batista Missa de Natal 25/12 às 7h na Matriz 25/12 às 9h na Matriz 25/12 às 8h30 na Comunidade Cristo Rei 25/12 às 9h na Comunidade São Francisco 25/12 às 19h na Matriz Dia de Ação de Graças 31/12 às 19h na Matriz 31/12 às 19h na Comunidade Santa Rita 31/12 às 19h na Comunidade Sagrado Coração de Jesus 31/12 às 19h na Comunidade Santa Paulina 31/12 às 19h na Comunidade São João Batista 31/12 às 19h na Comunidade Nossa Sra. de Lourdes 31/12 às 18h na Comunidade Nossa Sra. de Fátima Dia de Ano Novo 01/01 às 8h30 na Comunidade Cristo Rei 01/01 às 9h na Matriz 01/01 às 9h na Nossa Sra. de Fátima 01/01 às 19h na Matriz
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É Natal! Vamos aproveitar este lindo tempo para celebrar o nascimento de Cristo, nosso Salvador. E que tal colorir a imagem da Sagrada Família do menino Jesus? Então, mãos à obra!
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