Revista A Palavra ed. 47 - fevereiro 2015

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Paróquia São Luis Gonzaga Brusque, fevereiro de 2015 - Número 46

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O convite à pobreza! “DEUS NÃO SE REVELA ATRAVÉS DOS MEIOS DO PODER E DA RIQUEZA DO MUNDO, MAS COM OS DA FRAGILIDADE E DA POBREZA”

Como motivo inspirador tomei a seguinte frase de São Paulo: “Conheceis bem a bondade de Nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, se fez pobre por vós, para vos enriquecer com a sua pobreza” (2 Cor 8, 9). O Apóstolo escreve aos cristãos de Corinto encorajando-os a serem generosos na ajuda aos fiéis de Jerusalém que passam necessidade. A nós, cristãos de hoje, que nos dizem estas palavras de São Paulo? Que nos diz, hoje, a nós, o convite à pobreza, a uma vida pobre em sentido evangélico? Tais palavras dizem-nos, antes de mais nada, qual é o estilo de Deus. Deus não se revela através dos meios do poder e da riqueza do mundo, mas com os da fragilidade e da pobreza: sendo rico, se fez pobre por vós. Cristo, o Filho eterno de Deus, igual ao Pai em poder e glória, fez-se pobre; desceu ao nosso meio, aproximou-se de cada um de nós; despojou-se, esvaziou-se, para se tornar em tudo semelhante a nós (cf. Fil 2, 7; Heb 4, 15) [...]. A finalidade de Jesus se fazer pobre não foi a pobreza em si mesma, mas – como diz São Paulo – “para vos enriquecer com a sua pobreza”. Não se trata dum jogo de palavras, duma frase sensacional. Pelo contrário, é uma síntese

da lógica de Deus: a lógica do amor, a lógica da Encarnação e da Cruz. Deus não fez cair do alto a salvação sobre nós, como a esmola de quem dá parte do próprio supérfluo com piedade filantrópica. Não é assim o amor de Cristo! Quando Jesus desce às águas do Jordão e pede a João Batista para o batizar, não o faz porque tem necessidade de penitência, de conversão; mas fá-lo para se colocar no meio do povo necessitado de perdão, no meio de nós pecadores, e carregar sobre si o peso dos nossos pecados. Esse foi o caminho que Ele escolheu para nos consolar, salvar, libertar da nossa miséria. Faz impressão ouvir o Apóstolo dizer que fomos libertados, não por meio da riqueza de Cristo, mas por meio da sua pobreza. [...] Quando Jesus nos convida a tomar sobre nós o seu “jugo suave” (cf. Mt 11, 30), convida-nos a enriquecer-nos com esta sua “rica pobreza” e “pobre riqueza”, a partilhar com Ele o seu Espírito filial e fraterno, a tornar-nos filhos no Filho, irmãos no Irmão Primogênito (cf. Rm 8, 29). Trecho da mensagem do Papa para a Quaresma de 2014.

Editorial UM CARNAVAL SEM MÁSCARAS! O carnaval está longe de ser uma festa cristã, porém ele existe até os dias atuais por causa de uma data cristã e judaica: a Páscoa. Após quatro dias de festa, a tradição nos pede para silenciarmos nos 40 dias da Quaresma e abandonar “os desejos da carne”, ou seja, uma meditação que gere conversão ao coração. Mas não seria possível já no carnaval nos voltarmos para a meditação de atitudes cristãs? O cristão é chamado a ser sal da terra e luz do mundo e São Paulo ainda nos diz em sua carta aos Coríntios que tudo nos é permitido, mas nem tudo nos convém. É justamente essa reflexão que a edição deste mês traz na reportagem especial. Precisamos parar de vestir máscaras que nos apresentam e assumir nossa identidade

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cristã, que é se divertir com alegria e prudência, sem ofender o templo do Espírito Santo, que é nosso próprio corpo. Assumir nossa identidade cristã na sociedade é também o que nos pede a Campanha da Fraternidade 2015, com o lema “Eu vim para servir” (Mc 10, 45). Em entrevista o Arcebispo da Arquidiocese de Florianópolis, Dom Wilson Tadeu Jönck, apresenta a proposta da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Boa leitura, boas reflexões!

A Palavra - Opinião

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Edição

46 ESPECIAL | 10 a 12

Capa Ed. 45

Ei, você aí...Vamos para um retiro de carnaval?

05 | Os animais tem vida eterna?

ENTREVISTA | 08 e 09

07 | Novo provincial é eleito

Uma Igreja a serviço da sociedade

13 e 14 | Quaresma, tempo de conversão

15 | O que é a Quarta-feira de Cinzas?

COMUNIDADE | 16 e 17

Comunidade Nossa Senhora de Lourdes comemora jubileu

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A Palavra - Sumário

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Os animais têm vida eterna ?

Crédito: Arquivo pessoal Louisiane com os animais recolhidos pela Acapra

O livro de Gênesis afirma que toda criação é submetida ao homem (cf. Gn 2, 19 – 20). Por isso é da criação que o ser humano se alimenta. Seja de plantas ou de animais. Cada cultura faz certa “seleção” de animais integrantes do cardápio e daqueles de estimação. Mas sejam quais forem os animais, a pergunta presente nessa reportagem é: os animais vão para o céu? Ajude os animais de Brusque Saiba como adotar um animal abandonado pelo e-mail acaprabrusque@gmail. com ou entre em contato pela nossa fanpage no Facebook /Acapra Brusque).

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A resposta é não. A Bíblia não traz nenhuma passagem onde exista essa afirmação, porém a Igreja interpreta em sua doutrina que se o homem é a imagem e semelhança de Deus, possui então a alma imortal, ou seja, viverá a eternidade. Já os animais possuem alma mortal e por isso sua existência se limita apenas a vida na terra. A voluntária da Associação Brusquense de Proteção aos Animais, também conhecida como Acapra, Louisiane Vieira da Cunha, trabalha com ardor para socorrer e tratar cães e gatos que não possuam donos e estejam machucados ou doentes pelas ruas para encaminhá-los à adoção, mas com todo amor que tem pelos bichos parece discordar dessa afirmação. Diferente do que a Igreja afirma, ela acredita que no céu há lugar para todas as criaturas. “Convenhamos que nenhuma pessoa temente a Deus e a seus princípios pode viver tranquilamente vendo o sofrimento de outros seres e sendo indiferente a isso, se Deus os criou é porque eles têm sua importância, tanto quanto a nós humanos, caso contrário Deus não teria os criado com vida e com sentimentos”, opina. Quanto o respeito destinado aos animais Lousiane está de encontro ao que afirma o Catecismo da Igreja Católica (CIC). “Os animais são criaturas de Deus, que os envolve com sua solicitude providencial. Por sua simples existência o bendizem e lhe dão glória. Também os homens lhe devem carinho” (2416). Santos como São Francisco de Assis e São Felipe Neri também ensinam isso. O catecismo ainda salienta que “é contrário à dignidade humana fazer os animais sofrerem inutilmente e desperdiçar suas vidas”.

CUIDADOS

É justamente São Francisco que a auxiliar de produção Angelita Luzia Baumgart tem como exemplo em relação ao cuidado e a vida dos animais. Com dois cachorros, cinco gatas e uma tartaruga, ela acredita que apesar de os animais não terem alma eterna “Deus tem um bom lugar para eles”. Angelita procura sempre cuidar da saúde dos seus animais, porém acredita que algumas pessoas cometem certo exagero com roupas, creches de animais e cuidados de beleza excessivos como pintura de pelos, pintar unhas, acupuntura, etc. “Pode se tornar desgastante para o animal, que às vezes só quer um pouco mais de atenção”, afirma. Dessa maneira, o catecismo também orienta que é “indigno gastar com os animais o que deveria prioritariamente aliviar a miséria dos homens. Pode-se amar os animais, porém não se deve orientar para eles o afeto devido exclusivamente às pessoas”. Os animais são parte da criação de Deus, mas somente o homem é a imagem e semelhança divina.

Saiba mais: www.ocatequista.com.br/ - Na casa do pai há muitas moradas, e nenhum canil http://www.iesusdominus.com.br – Homens e animais: suas diferenças segundo a moral católica Catecismo da Igreja Católica – parágrafos 2415 - 2418

A Palavra - Igreja

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ENFRENTAR NOVOS CAMINHOS Por P. Rubens Rieg, scj

O projeto de Deus sonhado para cada pessoa se concretiza quando recebemos o dom da vida. Por isso, ao enfrentarmos novos caminhos, não assumimos uma outra vida e nem voltamos à estaca zero. Existe um texto bíblico muito interessante que apresenta, de modo muito particular, a dinâmica do enfrentar novos caminhos: o caminho de Emaús (Lc 24,13-35). Nele percebemos muitos elementos que podem ser aplicados no dia a dia de nossa na vida. Os dois discípulos de Emaús, encontraram o Senhor, foram chamados por Ele, decidiram segui-lo, viram os milagres que Jesus fazia e aprenderam coisas novas de um novo Reino. Os dois estavam convictos que tinham feito a melhor escolha para suas vidas. Mas tudo pareceu cair por terra com a morte de Jesus. Desanimados, decidiram mal, decidiram voltar para a mesma vila onde moravam antes de conhecer Jesus, desejaram ter a mesma vida de antes. Contudo, quem presta atenção aos sinais que Deus vai colocando no caminho, quem presta atenção à sua realidade interior, percebe Jesus como companheiro de caminho: “Não estava o nosso coração ardendo quando ele nos falava pelo caminho, e nos explicava as Escrituras?” (Lc 24,32). É necessário de tempos em tempos fazer uma pausa em nossa rotina ou correria para reencaminhar nosso coração e nosso ser inteiro à

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A Palavra - Carisma

nossa meta última, nossa vocação, ou seja, o céu. Contudo, ousar fazer novas escolhas requer atenção e cuidado. Isto é, não mudamos a direção da nossa vida porque temos dificuldades ou porque algo não deu certo conforme o planejado. Nós enfrentamos novos caminhos porque o Senhor nos convida a ir a águas mais profundas (cf. Lc 5,4), porque o Senhor nos convida a dar tudo (cf. Lc 9,12-13) e a confiar em primeiro lugar em sua providência (cf. Lc 10,1-9). Nós podemos reconhecer tudo isso quando empenhamos radicalmente nossa vida segundo nossa vocação e quando percebemos o nosso coração ardendo. Escutar o que o Senhor diz e tomar novas decisões a partir da proposta feita provoca em nós uma revolução e uma energia vital tão grande quanto um nascer de novo. Escolher o caminho do Senhor alarga as perspectivas de vida e confirma a decisão feita com alegria, fazendo nascer na interioridade uma fonte que jorra para a vida eterna (cf. Jo 4,14). Por fim, enfrentar novos caminhos, não é algo acima de nossas forças ou impossível de se fazer. Mas quando formos decidir, façamo-lo com a presença do Senhor Jesus: “Fica conosco, pois já é tarde e a noite vem chegando…” (Lc 14,29). Material retirado de: www.scj.org.br

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NOVO PROVINCIAL É ELEITO

Padre Gilberto Xavier assume Província no lugar de padre Donizeti Queiroz

O clima de eleição estava presente na Província dehoniana do sul do Brasil desde o dia 13 de dezembro do ano passado. A pedido do então superior provincial, P. Donizeti Queiroz, que passa por problemas de saúde, a eleição para o novo governo provincial foi adiantada. Com isso, as sugestões de nomes começaram em dezembro e no mês de janeiro foi eleito o P.

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Gilberto Bonato Xavier como novo Superior Provincial da Província Brasileira Meridional dos Padres do Sagrado Coração de Jesus, que deve tomar posse no dia 14 de março. Conforme explica o atual Ecônomo Provincial, P. Cícero Celeste Murara, a sugestão de nomes foi feita por todos os religiosos da Província entre os dias 13 e 24 de dezembro. No dia 27 foram apresentados os principais nomes candidatos a Superiores Provinciais para que os religiosos de votos perpétuos votassem em dois nomes da lista apresentada até o dia 15 de janeiro. O mesmo ocorreu para a votação dos nomes dos conselheiros. Após esta primeira etapa os nomes foram para o Governo Geral, em Roma, onde lá são eleitos o novo superior e conselho provincial. O resultado da eleição deve ser divulgado para os religiosos da Província no decorrer do mês de fevereiro. “Após a posse o superior provincial escolhe um religioso para ser o ecônomo provincial e outro para ser o secretário, esses são cargos de confiança”, explica P. Cícero. O Governo Provincial é formado além do superior, tesoureiro e secretário, por quatro conselheiros. O período de atuação de cada governo é três anos, após é realizada sempre uma nova eleição. O governo provincial fica localizado em Corupá e abrange os três Estados do sul do país, com missão em duas cidades de Rondônia e outra no Paraguai. Cerca de 120 religiosos fazem parte da Província, desses aproximadamente 80 já possuem os votos perpétuos.

A Palavra - Dehonianos

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UMA IGREJA A SERVIÇO DA SOCIEDADE “O ‘eu vim para servir’ é o amor que sai de si. Não existe amor teórico, o amor é ir para o outro, servir”, assim o Arcebispo da Arquidiocese de Florianópolis, Dom Wilson Tadeu Jönck, define o tema da Campanha da Fraternidade (CF) 2015. Neste ano a CF tem como tema “Igreja e sociedade” e como lema o trecho bíblico “Eu vim para servir (cf. Mc 10, 45). Confira a entrevista e entenda melhor os objetivos da CF desse ano.

temos uma grande influência de como a sociedade deve viver. Não só atender necessidades, mas traçar planos. Por isso a Igreja insiste na participação em conselhos políticos: comunitários, da saúde, do idoso, do adolescente. A Igreja deve estar ali dentro para ser presença cristã. Vida cristã não é só eu e Deus. Esse eu e Deus me obriga a olhar para o lado e lutar pelo bem estar do próximo. Aí consiste o amor ao próximo. AP - Como o senhor avalia a posição da Igreja diante o Estado laico? De que forma a Igreja tem trabalhado isso? Para Dom Wilson a presença da Igreja na sociedade deve gerar esperança

A Palavra - A CF sempre busca trazer algo atual no contexto social para discutir. O que o “Eu vim para servir” quis trazer este ano? Dom Wilson: O objetivo principal é chamar atenção para algo muito importante. A Igreja está presente na sociedade e recebe influência dela, mas também influencia a sociedade. Há uma relação muito importante entre a sociedade como um todo e a fé dos cristãos, a presença da Igreja no mundo deve tornar o mundo melhor. O importante nessa CF é mostrar que a Igreja sempre esteve presente, sempre atuou na sociedade. Não no sentido de buscar poder político, mas no sentido de servir a sociedade, servir o que o poder político não atendia. A Igreja sempre esteve presente muito forte na assistência aos doentes, por exemplo. O hospital é uma criação da Igreja. O Estado passou a se preocupar há cerca de 50 anos, e há 2000 anos foi a Igreja quem cuidou dos doentes.

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A Palavra - Entrevista

Um outro campo onde a Igreja sempre esteve presente foi na educação. Pense um pouco o que seria da educação no Brasil sem a presença da Igreja? Se hoje a Igreja fechasse suas escolas, a educação no País entraria num “curto circuito”. O principal da Igreja é que a pessoa de fé quer o bem comum, e isso exige atitudes políticas que tornem a sociedade melhor. Essas atitudes serão sempre apoiadas pela Igreja. Se olharmos hoje, a Igreja sempre esteve envolvida com os menos favorecidos. Quando houve a questão da AIDS, por exemplo, a primeira instituição que organizou um trabalho para exames foi a Igreja. Essa é a realidade pouco falada. Algumas coisas evoluíram na questão da saúde, pois não trabalhamos apenas recebendo os doentes, mas também na prevenção da saúde. A Pastoral da Saúde é uma inovação por tratar das pessoas, lidar com recursos da natureza em vista da saúde. A entrada na política também é importante, pois é através disso que

DW - Essa realmente é uma intolerância. No nosso tempo há uma presença crescente de anular a presença da Igreja. Um certo ateísmo atuante que cresce sempre mais. As ideias são capciosas e não corretas. O Estado é laico? Sim, deve ser! Ninguém é contra o Estado laico, mas tire a Igreja cristã desse Estado laico... Se a pessoa é participante do Estado tem que deixar de ser cristão? Não. A nossa participação será como cristão, sendo uma presença do amor de Deus ali, aonde houver necessidade. Mas também a Igreja estará presente para construir um ambiente bom. Uma sociedade que haja união, entendimento, paz, onde as pessoas gostem de estar com as outras. Criar esse ambiente também é um dever da Igreja. Portanto, deixar de lado a questão do Estado laico não é nossa luta. Não queremos comandar o Estado, mas não deixaremos de dar nossa presença e nossa contribuição. AP - A CF tem trazido a questão missionária à tona. O Papa Francisco fala sobre uma pastoral missionária. Onde o senhor vê que a Arquidiocese pode chegar com essa Campanha?

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DW - A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) nos traz as cinco urgências. E uma delas é exatamente a “vida para todos”. E outra urgência é ter uma missão permanente. O Documento de Aparecida fala sobre sair da mera conservação para uma Igreja missionária. A mera conservação seria uma Igreja cuidando de suas celebrações internamente. O Papa tem insistido que isso acomoda, apodrece, conforta, deixa doente. A pessoa tem que sair para fora, tem uma missão a construir perante a sociedade. Se nós vivermos o amor para o outro, construiremos uma sociedade melhor. Ser missionário é sair. Sair da sacristia, sair de onde nós estamos para o meio da sociedade e torna-la melhor. A presença do cristão deve fazer diminuir a violência, a droga, os necessitados. AP - O plano pastoral da Arquidiocese fala sobre a caridade. Como a CF pode ser aproveitada para trabalhar essa frente? DW - Já existem muitas alternativas na Arquidiocese. Temos a ASA (Ação Social Arquidiocesana) presente em todas as 70 paróquias, por exemplo. Todos tem atendimento a pessoas que precisam de comida, de roupa, de assistência, crianças que necessitam de maior atenção. São essas coisas que sustentam a sociedade. A Igreja não é única, mas eu diria que é a principal força. A CF insiste: aonde tiver uma iniciativa boa a Igreja vai apoiar. AP - Como vai ser trabalhada a CF nas paróquias? DW - A CF propõe a reflexão do conteúdo. Tomar consciência que temos papel na sociedade, que o cristão tome consciência disso. Temos que ler, refletir, até para entender historicamente a percepção que a Igreja sempre teve. Uma vez tomada essa consciência, cada comunidade vai ver as necessidades: onde se deve incrementar atividades, ou seja, no campo político onde somos

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fracos. A partir da CF podemos ter a consciência mais sólida de que devemos estar presentes onde se decidem as políticas. As necessidades de uma cidade podem ser diferentes das de outra. Cada paróquia vai entender quais serão suas ações. AP - Quais são as maiores necessidades da Arquidiocese, onde a Igreja pode ser mais presente? DW - Como falei, a política é uma presença não suficiente. Há uma consciência que deve ser construída em relação a mesma. Além disso, Florianópolis e arredores tem uma população de rua que está sendo atendida. Se faz um bom trabalho, especialmente com o Instituto P. Vilson Groh. Mas, às vezes, na comunidade se vai perguntar onde podem achar uma casa de acolhimento, muitas vezes não se sabe, pois não se tem uma consciência disso. “Enquanto não ‘batem em mim’ tenho a impressão que não é ‘comigo’, mas é ‘comigo’”. Além disso, os idosos estão aumentando consideravelmente, o que é uma questão séria para o futuro. As famílias tem menos gente e muito idoso ficando em casa o dia todo, às vezes até na cama. Temos que nos organizar no sentido de dar atenção a esses idosos, sobretudo os mais necessitados, pois se trata de um contato humano. Estamos pensando qual é a melhor forma, pois os asilos estão todos cheios. O Governo se preocupa com excelência, mas acaba sendo um entrave. Qual o idoso, ou a família que consegue pagar R$4.000,00? As pessoas começam a ser desencorajadas diante disso. Os funcionários têm de estar dia e noite, pois tem idosos que precisam de cuidado durante o dia inteiro, devido a suas enfermidades. Outra proposta que está surgindo será a de fazer um asilo tipo creche. Durante o dia se acolhe, de noite fecham. Seria um custo menor. Atenderia uma boa parte da população.

AP - A CNBB promove a coleta da fraternidade como um dos gestos concretos da Quaresma. Qual a importância desse gesto? DW - A finalidade é sempre a mesma. A coleta tem um significado dentro da campanha, ou seja, deve ser fruto do espírito do qual se vive a Quaresma. A coleta é feita toda para fins sociais: 40% vai para as obras da CNBB nacional e 60% fica para a Arquidiocese. Então se constitui um fundo nacional de solidariedade e um fundo diocesano de solidariedade. A partir disso, se desenvolvem projetos sociais. Na Diocese são 20 ou 30 projetos que fazem a partir desses fundos. Uma pessoa é encarregada disso e as paróquias e comunidades apresentam projetos e há todo um regulamento de como aplicar esse dinheiro.resgatar aqueles que participam dela apenas em momentos sociais: batismo, primeira comunhão, casamento e Missa de corpo presente. E o quarto objetivo é o rosto do sofrido, dos que não tem vez e voz. É a ação social. Mas uma ação social que passe do assistencialismo para levá-los a comprometê-los com a sua libertação pessoal.

FRATERNIDADE: IGREJA E SOCIEDADE

O cartaz da CF traz a imagem do Papa Francisco na Missa de lava pés do ano passado. A imagem foi escolhida pelo fato do lava pés ser a expressão de amor capaz de levar a pessoa a entregar sua vida pelo outro A Palavra - Entrevista

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Você já tem programação para os dias 14,15,16 e 17? Isso mesmo, essa é a data do feriadão de carnaval neste ano. Muita marchinha, fantasias, música, máscaras, desfiles caracterizam essa época. Mas há também quem curta passar essa data com tudo isso com um algo a mais: uma experiência com Deus. Essa foi a escolha do casal Ana e Zeno Pettermann que irão para o Paraguai. Não porque lá há desfiles melhores, mas sim porque participarão de um acampamento de Formação de Jovens Cristãos (FAC 2). Em 2009, Zeno que antes passava o carnaval em frente à TV para assistir aos desfiles das escolas de samba, decidiu participar de um acampamento organizado por paróquias de Dom Joaquim (Brusque); Botuverá e Guabiruba. “Foi uma experiência maravilhosa apesar de não ser folião que participasse assiduamente das festas de carnaval. Foi muito bom poder desfrutar de um feriadão de uma maneira digna ouvindo e vivendo a Palavra de Deus”, testemunha Zeno. Foi esse sentimento que contagiou Ana e a fez desejar participar este ano do encontro. “Ele voltou com mais amor a Jesus e a Igreja, muito bom ver ele melhor e isso me motivou a participar”, relata Ana. O Acampamento no Paraguai não é um encontro específico de carnaval, mas os organizadores aproveitam o feriado para realizar o evento. “De qualquer forma os participantes tomam a decisão de ir e deixar o mundo de lado. Os católicos são chamados a viver um carnaval diferente”, afirma a coordenadora da caravana dos 15 campistas de Brusque, Denise dos Passos.

CATÓLICO NO CARNAVAL Não é sem graça e muito menos sem festa. O cristão católico pode e deve se divertir no carnaval, mas como ressalta o Padre referencial do Setor Juventude da Arquidiocese de Florianópolis, Ewerton Gerent, o carnaval para os católicos não é a “festa da e na bagunça”. “É a festa da ‘despedida da carne’. No início do www.paroquiasaoluisgonzaga.com

Origem do carnaval A origem do nome “carnaval” não é muito clara, mas a maioria dos historiadores rementem ao termo latim “carne vale”, isto é, “adeus carne” ou “despedida da carne”; esta derivação indicaria que no Carnaval o consumo de carne era considerado lícito pela última vez antes dos dias de jejum quaresmal. No entanto, o carnaval não é uma festa de origem cristã. Segundo o professor Felipe Aquino, em seu blog na Canção Nova, as mais antigas notícias de festejos semelhantes ao que hoje chamamos “carnaval” datam, como se crê, do séc. VI antes de Cristo, na Grécia. Entre os gregos, análogas festividades eram ocasionadas pela entrada de um novo ano civil (mês de janeiro) ou pela aproximação da primavera e a consequente despedida do inverno. A festa se espalhou pelo antigo Império Romano e os ritos passaram a trazer diversas orgias sexuais. As demonstrações de alegria se tornaram perturbadoras da ordem pública. Por isso, o Senado Romano, no séc. II a.C. resolveu combater os bacanais e assim os adeptos destes passaram a ser acusados de graves ofensas contra a moralidade e contra o Estado. Quando o Cristianismo se difundiu, já encontrou tais orgias no uso dos povos. Mas os primeiros missionários não se opuseram oficialmente contra a realização do carnaval porque o Evangelho não é contra demonstrações de alegria, desde que não se tornem celebrações libertinas e pecaminosas, dessa forma eles procuraram dar um caráter novo à celebração. Assim os dias de carnaval se restringiram aos três dias que antecedem a quarta-feira de cinzas, dia que marca o início da Quaresma.

cristianismo o carnaval era o último dia que se comia carne antes do jejum proposto pela Quaresma”, explica. Para ele, o carnaval é um tempo favorável para uma preparação préquaresma, para adentrar no mistério que nós cristãos vivemos no período quaresmal. “Sabendo que quando buscamos a Cristo podemos tudo, mas nem tudo nos convém. Assim, diante do carnaval, a ‘festa’ que o mundo vive, as pessoas também podem ter a oportunidade de ter a experiência com Aquele que nos proporciona a verdadeira festa, que é a vida eterna”, salienta.

A escolha por um carnaval diferente pode se dar por muitos fatores, mas o fato é que o carnaval secular se tornou uma festa de muitos riscos. Dentre eles a própria vida, o consumo de álcool de forma irresponsável aliado a direção no retorno das festas causam muitas mortes em todo país. No ano passado, segundo a Polícia Rodoviária Federal, foram registrados 3.201 acidentes, com 1.823 pessoas feridas e 155 pessoas mortas somente nas rodovias federais. Desse número 406 motoristas foram presos por alcoolemia, e 1.650 foram autuados por ingestão de bebida alcoólica. A Palavra - Especial

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Com o objetivo de proporcionar uma festa segura, com sentido cristão e com uma alegria que não gera ressaca, são realizados retiros na Arquidiocese de Florianópolis que contam em sua programação com animações, momentos de oração, formação e a alegria de viver um carnaval diferente. Na Comunidade Católica Divino Oleiro os retiros, segundo o coordenador Erichson Stueber, os participantes brincam com alegria, sobriedade e reta intenção. As Irmãs Car-

melitas do Divino Coração de Jesus, em Palhoça (SC), também promovem um retiro de carnaval todos os anos. De acordo com Irmã Marilis o objetivo do evento é proporcionar um encontro com Deus e a alegria que vem dEle.“Somos filhos amados e somente o amor pode nos transformar e fazer-nos felizes. Esta alegria que experimentamos em Deus, ninguém poderá tirar-nos. É esta a alegria que devemos buscar e nunca dela abrirmos mão”, destaca.

Confira os eventos católicos de carnaval mais próximos de Brusque: Retiro de Carnaval – Comunidade Divino Oleiro Retiro de Carnaval para Jovens 14 a 17 de Fevereiro Local: Recanto Divino Oleiro / Camboriú - SC Valor: R$ 70 – Inscrição, alojamento, alimentação e peregrinação a Nova Trento Informações: (47) 3365 1884 / 3365 1047. Retiro de Carnaval para adultos. 14 a 17 de Fevereiro Local: Vila do Divino Oleiro / Gov. Celso Ramos – SC Valor: R$ 200 – Inscrição, hospedagem em apto triplo, alimentação e peregrinação a Nova Trento Informações: (48) 3296 1511 / 3251 8423. Reviver – Comunidade Católica Shalom 15 a 17 de fevereiro Local: Salão paroquial da Paróquia Bom Jesus de Nazaré / Palhoça – SC Valor: Entrada franca Informações: (48) 3223-7801. Retiro de carnaval – Carmelo Divino Coração de Jesus (DCJ) 14 a 16 de fevereiro Local: Casa de Retiros das Irmãs Carmelitas DCJ. / Rua Padre João Batista Réus, 980, Palhoça (SC) Idade: 14 a 30 anos Valor: R$ 70 Informação:(48)3242-1105(falarcomIrmãMarilis)

Baile de carnaval da Comunidade Divino Oleiro de 2014

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Rebanhão de carnaval - Renovação Carismática Católica (Itajaí) 14 a 16 de fevereiro Local: Paróquia S. Vicente. (Itajaí) Valor: Entrada franca

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Quaresma tempo de conversão Por P. Adilson José Colombi, scj, vigário paroquial

A Igreja Católica tem seu calendário litúrgico próprio. Ao longo de cada ano, são celebrados, como Memorial, os grandes eventos da História da Salvação da Humanidade. Essa História tem seu centro e ápice na Páscoa do Senhor. A Páscoa, embora seja solenidade judaico/cristã, é também o ponto de referência de quase todos os principais acontecimentos do ano civil. Pois, a Páscoa, em não sendo uma festa fixa (como o Natal), determina quase todos os demais eventos e datas do ano. Por exemplo, o próprio carnaval depende do início da Quaresma (Quarta Feira de Cinzas: rito litúrgico do início de tempo quaresmal), preparação para a Páscoa cristã. Este tempo quaresmal nos convida a refletir a respeito de nossa condição e situação humana. Lembra-nos, com insistência crescente, que somos seres limitados, contingentes, frágeis, necessitados. Sobretudo, somos marcados pelo pecado. Pecados pessoais e sociais. Por isso, precisamos de conversão, isto é, abandono do pecado, assumindo sempre mais o projeto da Boa Nova do Reino de Deus. Portanto, assumindo mais nossa condição e situação de pecadores, mas confiando mais ainda na misericórdia e no perdão do Pai de Jesus e nosso também, que sempre aguarda de braços abertos, o filho que volta arrependido. Quaresma é o tempo da volta para os braços amorosos do Pai da Misericórdia. De fato, a Quaresma é tempo de preparação para a Páscoa do Ressuscitado. Por isso, é tempo de conversão. Tempo de purificação. Tempo de mudança de mentalidade e de ação. Ou seja, mudança de vida. Qua-

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resma, então, é tempo de aguçar a consciência de pecadores e de tomar consciência também do amor sem medida de um Pai, que no seu Filho, chama-nos à conversão de vida. A buscarmos um encontro sempre mais pessoal, intenso e profundo com Jesus que dá, entrega sua vida, particularmente, na Paixão, Crucifixão e Morte para que ressuscitemos, com Ele, com vida nova. Vida de convertidos, redimidos pela graça pascal da libertação.

COMO VIVER BEM A QUARESMA A Igreja, no tempo quaresmal, historicamente, sempre recomendou, para efetivar esta mudança de vida (conversão), alguns “exercícios” que são bons e auxiliam nesta tarefa de purificação, de renovação da vida. Lembramos alguns: Escuta da Palavra de Deus: É evidente que esse “exercício” é fundamental para quem quer viver a fé cristã. São Paulo advertia que a fé vem da escuta da Palavra de Deus. E também, dela, nutre-se continuamente. Todavia, na Quaresma, é justo que se intensifique sua meditação e prática. Talvez, para quem não tem o salutar hábito da “Lectio Divina” ou “Leitura Orante da Palavra”, ótimo propósito quaresmal é buscar o conhecimento e a prática desta metodologia de frequentar a Palavra de Deus. Aliás, muito querida e recomendada pela Igreja, em seus documentos oficiais. Outra sugestão, neste particular, seria organizar ou, ao menos, assumir o compromisso de participar de um Grupo Bíblico em Família

A Palavra - Discípulos

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(GBF), em sua comunidade. Estes grupos, quando bem estruturados, organizados, animados segundo as orientações da Igreja, são a base, o fundamento da nova visão da paróquia: Comunidade de comunidades. São excelentes meios de evangelização e catequese, principalmente, para adultos. Intensificação da oração: possivelmente, nessa Quaresma, rever quem já o tem e quem não possui ainda organizar seu Plano de Vida de Oração diária, inserindo-o em sua agenda do dia: oração da manhã; meditação da Palavra; Liturgia das Horas; récita do terço mariano; participação na Missa (quem puder); visita ao Santíssimo; oração e exame de consciência no final do dia. Ascese (mortificação) corporal e espiritual: a Igreja, em sua história, sempre sinalizou que a Quaresma é tempo essencialmente penitencial. Inclusive, tem como preceito: a abstinência de carne e o jejum na Quarta-Feira de Cinzas e na Sexta-Feira Santa. São gestos penitenciais que não podem ser, apenas, gestos pontuais. São parte integrante de um espírito quaresmal que faz apelo ao superamento de todo descontrole exterior e interior, a fim de assumir, de fato, o controle de si, dos impulsos e tendências que desviam do caminho do bem. Por isso alguma renúncia e algum sacrifício concretos que realmente custem um pouco, seja corporal (físico) ou comportamental, unindo-os ao grande Sacrifício do Cristo sofredor da Paixão e

da Morte de Cruz, são válidos. Obras de caridade e de misericórdia: exercitar efetivamente a generosidade, o desapego, o desprendimento dos bens materiais, o dom de si, de seu tempo, de sua cultura, em favor de alguém necessitado ou da comunidade, em trabalhos voluntários. Campanha da Fraternidade 2015: participar em grupos de reflexão e de ação próprios deste ano, a respeito do tema “Fraternidade: Igreja e Sociedade”, cujo lema: “Vim para servir” (Cf. Mc 10,45) possibilita tantas boas iniciativas, em qualquer comunidade ou ambiente. Via Sacra: sem dúvida, é excelente “exercício” de piedade cristã que, costumeiramente, acontece as sextas-feiras da Quaresma, quase em todas as comunidades. Percorrendo as estações da Via Sacra, meditando a Vida, a Paixão e a Morte do Senhor, auxiliam a valorizar

sempre mais o amor misericordioso do Pai, manifestado no dom total de seu Filho, em favor de toda a humanidade. Além de ser um bom momento de misturar os próprios sofrimentos e dos irmãos aos do Cristo sofredor. Confissão Quaresmal: a celebração sacramental do perdão de Deus, ofertado ao penitente arrependido, no Sacramento da Reconciliação, é a concretização do espírito penitencial da Quaresma. Pois, de fato, esse Sacramento, dignamente preparado e celebrado, é a purificação, a conversão efetiva de vida que gera paz, alegria interior, por vezes exterior, que não são encontráveis em outros endereços. Esses são alguns “exercícios” que nos ajudam a viver o tempo quaresmal e nos encaminham para celebrar a vida nova que brota da Ressurreição do Senhor Jesus.

Quaresma é o tempo da volta para os braços amorosos do Pai da Misericórdia.

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O que é a Quarta-feira de Cinzas?

A Quarta-feira de Cinzas na Igreja é um momento especial porque nos introduz precisamente no mistério quaresmal. Uma das frases no momento da imposição das cinzas serve de lembrete para nós: “Lembra-te que do pó viestes e ao pó, hás de retornar”. A cinza quer demonstrar justamente isso; viemos do pó, viemos da cinza e voltaremos para lá, mas, precisamos estar com os nossos corações preparados, com a nossa alma preparada para Deus.

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A Quarta-feira de Cinzas leva-nos a visualizar a Quaresma, exatamente para que busquemos a conversão, busquemos o Senhor. A liturgia do tempo quaresmal mostra-nos a esmola, a oração e o jejum como o princípios da Quaresma. A própria Quarta-feira de Cinzas nos coloca dentro do mistério. É um tempo de muita conversão, de muita oração, de arrependimento, um tempo de voltarmos para Deus.

Eu gosto muito de um texto do livro das Crônicas que diz: “Se meu povo, sobre o qual foi invocado o meu nome, se humilhar, se procurar minha face para orar, se renunciar ao seu mau procedimento, escutarei do alto dos céus e sanarei sua terra” (II Cr 7, 14). A Quaresma é tempo conversão, tempo de silêncio, de penitência, de jejum e de oração. Eu, Padre Roger, pergunto para Deus: “Senhor, que queres que eu faça?” – mesma pergunta de São Francisco diante do crucifixo. Mas, geralmente, a minha penitência é ofertar algo de que eu gosto muito para Deus neste tempo quaresmal. Você, que fuma, por exemplo, deixe de fazê-lo na Quaresma. Tenho certeza de que após esse tempo quaresmal Deus o libertará do vício do cigarro. Você, que bebe, não beba, permitindo que o próprio Deus o leve à conversão pela penitência que você está fazendo. Talvez você precise fazer penitência da língua, da fofoca. Escolha uma coisa concreta e não algo que, de tão abstrato, não vai levá-lo a nada. Faça penitência de novela, você que as assiste. Tem de ser algo que o leve à conversão. O Espírito Santo o levará à penitência que você precisa fazer nesta Quaresma. Texto retirado do site: www.formacao.cancaonova.com

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SEGUNDO FAC REÚNE CENTENAS DE JOVENS Entre os dias 05 a 08 de fevereiro será realizado o Acampamento de Formação de Jovens Cristãos (FAC), organizado pelo Movimento Campista de Brusque. O acampamento já é o segundo de 2015 e deve reunir centenas de jovens no Sítio Calcáreo, em Guabiruba. Cerca de 250 pessoas devem trabalhar no evento que proporcionará aos jovens um momento de encontro pessoal com Deus.

Fotos ilustrativas

RETIRO PARA LIDERANÇAS PAROQUIAIS “Reanimar a caminhada pastoral”, assim o coordenador do Conselho de Pastoral Paroquial (CPP), Geraldo Baron, define o objetivo do Retiro Motivacional para lideranças paroquiais que será realizado no dia 28 de fevereiro, no salão paroquial. O retiro, que ocorre das 13h às 19h, deve ter a presença das lideranças de todas as comunidades, cerca de 300 pessoas.

PRIMEIRA REUNIÃO DO ANO DO CPP No dia 09 de fevereiro será realizada a primeira reunião do Conselho de Pastoral Paroquial (CPP), lideranças e agentes pastorais de todas as comunidades são convidados a participar. A reunião começará às 19h, na Igreja Matriz.

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COMUNIDADE NOSSA SENHORA DE LOURDES COMEMORA JUBILEU

Etapas da construção da igreja

São quatro décadas de história, guiada pela fé das primeiras gerações de imigrantes alemães de Brusque, que a Comunidade Nossa Senhora de Lourdes irá celebrar em fevereiro. Serão nove dias em preparação espiritual para a comemoração, mas a comunidade já trabalha na organização da festa desde agosto do ano passado. “Já estamos vivendo o clima dos 40 anos. Estamos unidos e em harmonia”, revela o coordenador do Conselho de Pastoral da Comunidade (CPC), Marcio Angioletti. De acordo com ele, a vivência religiosa é o que dá mais vida para a comunidade local. A expectativa é por uma grande festa, com fogos e a participação de mais de dois mil festeiros, com o público das novenas.

COMO VIVER BEM A QUARESMA

A história da Comunidade localizada no bairro São Pedro inicia no dia das mães de 1973, com a realização da Missa na Escola Georgina. A Missa foi celebra pelo P. Teodoro Becker. A partir desta data surgiu o desejo de se fundar nas redondezas uma capela. www.paroquiasaoluisgonzaga.com

Igreja Nossa Senhora de Lourdes atualmente

As Missas passaram a ser celebradas a cada dois meses e posteriormente uma vez por mês. Com o envolvimento comunitário nas celebrações, é formado o primeiro grupo de jovens, o JUVICRIS. O registro oficial da Comunidade apareceu no Livro Paroquial no dia 26 de outubro de 1975. A primeira diretoria já estava formada, liderada pelo então coordenador Luiz Fantini. Organizaram, assim, a primeira festa e venda de rifas para arrecadar fundos para a compra do terreno onde seria construída a igreja. O local onde hoje está a igreja, comprado em 1977, era uma antiga Olaria, que no início foi utilizada para as celebrações da Missa, mas o nome da padroeira foi escolhido ainda no ano anterior quando o casal Nivert e Lordes Fischer doou a imagem de Nossa Senhora de Lourdes. Dali em diante as atividades pastorais como a catequese iniciaram e logo foi construído o salão comunitário onde foram celebradas as Missas até a inauguração da Igreja. No dia 09 de setembro de 2000, ex-coordenadores levaram solenemente o andor com a imagem de Nossa Senhora para sua casa definitiva. A Missa

de benção do novo templo foi presidida pelo então pároco, P. Eli Lobato dos Santos, que após a celebração descerrou placa comemorativa. Datas marcantes • 1973 – primeira Missa com a comunidade que se tem notícia; • 26 de outubro de 1975 – data oficial da fundação da Comunidade, quando da realização da primeira festa; • 16 de junho de 1996 – lançamento da pedra fundamental da Igreja; • 09 de agosto de 2000 - bênção do sino dedicado à Santíssima Trindade; • 09 de setembro de 2000 – bênção e inauguração da Igreja. Programação da festa Novena: 06/02 a 12/02 - Missas e novena, às 19h Festa: 13/02 – Missa às 19h Jantar com prato típico, churrasco e cachorro quente. Roda fortuna e show ao vivo com Valmir Volnei 14/02 – Missa às 18h Jantar com prato típico, churrasco e cachorro quente. Roda fortuna e show ao vivo com Cesar Santoro A Palavra - Comunidades

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Carnaval com Jesus! Jesus também gostava de se divertir, por isso também podemos dançar e ir a festas com nossos amiguinhos. Mas é sempre importante saber onde ir, retiros de carnavais são sempre muito divertidos e um lugar certo para os cristãos estarem. Passe esse carnaval com Jesus, Ele quer se divertir com você!

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