Revista A Palavra ed. 47

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Paróquia São Luis Gonzaga Brusque, março de 2015 - Número 47

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O valor da ressureição

“SE CRISTO NÃO TIVESSE RESSUSCITADO, O CRISTIANISMO PERDERIA O SEU VALOR”

Ressoa na Igreja espalhada por todo o mundo o anúncio do anjo às mulheres: “Não tenhais medo. Sei que buscais Jesus, o crucificado; não está aqui, pois ressuscitou (...). Vinde, vede o lugar onde jazia” (Mt 28, 5-6). Este é o ponto culminante do Evangelho, é a Boa Nova por excelência: Jesus, o crucificado, ressuscitou! Este acontecimento está na base da nossa fé e da nossa esperança: se Cristo não tivesse ressuscitado, o cristianismo perderia o seu valor; toda a missão da Igreja via esgotar-se o seu ímpeto, porque dali partiu e sempre parte de novo. A mensagem que os cristãos levam ao mundo é esta: Jesus, o Amor encarnado, morreu na cruz pelos nossos pecados, mas Deus Pai ressuscitou-O e fê-Lo Senhor da vida e da morte. Em Jesus, o Amor triunfou sobre o ódio, a misericórdia sobre o pecado, o bem sobre o mal, a verdade sobre a mentira, a vida sobre a morte. Por isso, nós dizemos a todos: “Vinde e vede”. Em cada situação humana, marcada pela fragilidade, o pecado e a morte, a Boa Nova não é apenas uma palavra, mas é um testemunho de amor gratuito e fiel: é sair de si mesmo para ir ao encontro do outro, é permanecer junto de quem a vida feriu, é

partilhar com quem não tem o necessário, é ficar ao lado de quem está doente, é idoso ou excluído... “Vinde e vede”: o Amor é mais forte, o Amor dá vida, o Amor faz florescer a esperança no deserto. Com essa jubilosa certeza no coração, hoje voltamo-nos para Vós, Senhor ressuscitado!Ajudai-nos a procurar-Vos para que todos possamos encontrar-Vos, saber que temos um Pai e não nos sentimos órfãos; que podemos amar-Vos e adorar-Vos. Ajudai-nos a vencer a chaga da fome, agravada pelos conflitos e por um desperdício imenso de que muitas vezes somos cúmplices. Tornai-nos capazes de proteger os indefesos​​, sobretudo as crianças, as mulheres e os idosos, por vezes objeto de exploração e de abandono. Mensagem Urbi Et Orbi do Papa Francisco, Páscoa de 2014

Editorial

SER MULHER...

A cada dia 08 de março, em que se celebra o Dia Internacional da Mulher, sempre nos é lembrado as conquistas sociais das mulheres nas últimas décadas, o espaço que elas ocupam hoje na sociedade ocidental e os direitos que ainda lutam para conseguir. Nessa onda de informações sobre a mulher, A Palavra decidiu refletir nessa edição “o que é ser mulher?”. Qual seria a sua resposta? Dentre todos os desafios que a mulher do século XXI enfrenta, um muito preocupante é o “de ser mulher”. Pois é, parece que ao longo do tempo a mulher deixou de lado sua essência e tem buscado ser a empresária, jornalista, médica, feminista, conservadora, estudiosa e, no fim, acabou se esquecendo de ser aquilo que ela foi criada para ser: mulher. O socorro de

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Deus para o homem. Em uma sociedade que acredita ter encontrado a valorização da mulher, trazemos o olhar do verdadeiro plano de Deus para elas, sua dignidade, espaço na sociedade e na Igreja. Às mulheres, parabéns pelo seu dia. Que possamos voltar a nossa essência. Boa leitura!

A Palavra - Opinião

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Edição Paróquia São Luis Gonzaga Brusque, dezembro de 2014 - Número 44

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ESPECIAL | 10 a 12

Capa Ed. 46

Dom de Deus para a humanidade

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06 e 07 | Novo provincial toma posse neste mês

13 e 14 | São José, homem

ENTREVISTA | 08 e 09 Planejamento familiar natural, é possível!

justo e do silêncio

15 | Ser empresário para evangelizar!

17 | Programação Semana Santa das Comunidades

IGREJA | 05

Tempos de Francisco

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A Palavra - Mural

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TEMPOS DE FRANCISCO

Uma Igreja em saída. Cultura do Encontro. Alegria em evangelizar. Esses termos tem sido enfatizados ainda mais na Igreja Católica nos “tempos de Francisco”. Neste mês, mais especificamente no dia 19 de março, dia também em que se celebra São José, patrono da Igreja, completam-se dois anos de pontificado de Papa Francisco, argentino e primeiro Papa latino-americano. O que se pode dizer desses dois anos? Para os fiéis católicos – e para o mundo – Francisco tem sido um exemplo. “Aprendo muito com os dons que tem: humildade, simplicidade, seu sorriso. Sua linguagem é simples e direta. Nasce do coração enraizado no coração de Deus. A autenticidade é sua marca”, afirma o professor aposentado Carlos Martendal. Para a jovem paroquiana, Sabrina Pereira, o Papa é “aberto” e sem preconceitos, um homem que incentiva a união. “Acredito que esteja cativando muitas pessoas e, principalmente, conseguindo trazer muitos jovens novamente à Igreja, com seus dizeres e sua forma de encarar e falar sobre diversos assuntos do nosso mundo atual”, opina.

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FRANCISCO NA MÍDIA

Ao digitar “Papa Francisco” no Google aparecem mais de 57 milhões de resultados. Ainda em 2013, sem nem mesmo completar um ano de seu pontificado ele foi eleito a “pessoa do ano” pela Revista Time e é difícil a semana em que o Papa não é notícia. A imprensa secular costuma até fazer grandes alardes por ações simples ou cotidianas de Francisco.

“A IMPRENSA SECULAR COSTUMA ATÉ FAZER GRANDES ALARDES POR AÇÕES SIMPLES OU COTIDIANAS DE FRANCISCO” Martendal percebe muitas calúnias e notícias distorcidas quando o assunto é o Papa e a Igreja Católica. “Quando se apa-

nha uma palavra ou se trabalha uma frase fora do contexto, pode-se modificar - e como! - o significado original [...], quiseram associá-lo à ditadura militar na Argentina, acusando-o de haver entregue dois sacerdotes. Calúnia desmentida”, cita como exemplo. Atitudes que os fiéis católicos precisam estar atentos e saber discernir o que é ou não verdade. Francisco também gera o encontro – principalmente com os jovens – através da Rede Social Twitter, em que no seu perfil em português (@pontifex_pt) já possui 1,3 milhões de seguidores. Ali em 140 caracteres ou menos, o Papa publica mensagens para tocar os corações das pessoas e os levar a reflexão. “O Papa Francisco sempre surpreende”, define Dom Raimundo Cardeal Damasceno, Arcebispo de Aparecida (SP), ao avaliar o primeiro ano de pontificado em 2014. Assim, continuamos a viver os tempos de Francisco, que Martendal acredita que ainda podemos esperar mais despojamento, mais diálogo inter-religioso, mais da sua opção pelos pobres, mais da sua alegria e mais convites como: “Não deixemos que nos roubem a esperança” ou “Tenham coragem de serem felizes”.

A Palavra - Especial

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Novo provincial toma posse neste mês Padre Gilberto Xavier foi eleito em janeiro pelos padres da Província

de Curitiba (PR), durante quatro anos; e, por último, exercia a função de pároco reitor do Santuário São Judas Tadeu, também na cidade de Curitiba. Confira a entrevista da A Palavra com o novo Superior Provincial da Província BRM:

A Palavra - Como foi seu despertar vocacional?

Um tempo novo inicia para a Província BRM da Congregação dos Padre do Sagrado Coração de Jesus com a eleição do novo provincial no final de janeiro. Padre Gilberto Bonato Xavier, sacerdote há 21 anos pela Congregação, tomará posse como novo Superior Provincial no dia 14 de março. Padre Gilberto nasceu em São José dos Campos (SP), no dia 08 de dezembro de 1961. Como dehoniano teve as funções de professor/formador; secretário regional; ecônomo regional e provincial; administrador da ESIC (Faculdade de Administração e Marketing); vice-diretor da ESIC; vice-presidente da Associação Dehoniana Brasil Meridional; conselheiro provincial, pároco da Paróquia Puríssimo Coração de Maria, em São Bento do Sul (SC), por cinco anos; pároco reitor do Santuário Santa Rita de Cássia, na cidade

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A Palavra - Carisma

P. Gilberto - Venho de uma família muito religiosa e estudei os primeiros anos - naquela época, primário - em uma escola onde as professoras eram religiosas da Congregação das Pequenas Missionárias de Maria Imaculada. Acredito que isso influenciou bastante no meu despertar vocacional. Ainda muito criança, sempre falava que queria ser padre. Na adolescência esse apelo ficou mais forte, e na conversa com o Padre da minha Paróquia fui orientado a terminar primeiro o 2º Grau, hoje ensino médio. Mais tarde, com 21 anos, no dia do meu aniversário, foi o dia da decisão em entrar para o seminário. AP - O que é uma Congregação e como ela se coloca a serviço da Igreja? P. Gilberto - A Congregação Religiosa nasce para viver o Evangelho de maneira mais radical. As Congregações são fundadas por homens e mulheres de Deus, que se sentiram chamados para viverem essa graça particular, “carisma”, não em prowww.paroquiasaoluisgonzaga.com


veito próprio, mas para contribuir para o bem comum da Igreja. A vida consagrada dos religiosos ou das religiosas é caracterizada pelo estilo de vida que é vivido em comunidade e pela profissão dos conselhos evangélicos: pobreza, castidade e obediência. Cada congregação, seguindo seu próprio carisma, procura colaborar com a Igreja na construção do Reino de Deus atuando nas mais diversas áreas (educação, saúde, missão, paróquia, formação, entre outras atividades). AP - O que é para o senhor ser padre do Sagrado Coração de Jesus? P. Gilberto - Em primeiro lugar, é viver e depois testemunhar a ternura do Coração de Jesus. Precisamos ter a coragem de testemunhar a misericórdia do Coração de Jesus em todos os lugares. É nossa missão. Quando rezamos: “Jesus manso e humilde de coração. Fazei o nosso coração semelhante ao vosso” estamos pedindo para que nas nossas ações e no convívio diário com os nossos irmãos, a ternura, a misericórdia, a bondade, o acolhimento e o perdão estejam presentes em nossas vidas. AP - Como recebeu a notícia do seu nome indicado para provincial? P. Gilberto - Inicialmente com muita preocupação, por considerar a grande responsabilidade que estaria assumindo, mas com a confiança na graça de Deus e na colaboração dos religiosos da Província aceitei essa missão.

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AP - Como o senhor percebe hoje a Província? P. Gilberto - Percebo a nossa jovem Província (criada em 02.02.03) bastante corajosa e muito responsável nos trabalhos que assume. Vejo nos religiosos da Província BRM alegria, doação, generosidade, disponibilidade, sentido de pertença à Congregação, Província e Igreja. Isso faz que, independente das nossas limitações pessoais, mas confiantes na graça de Deus, assumamos a nossa missão de sermos Profetas do Amor e Ministros da Reconciliação. AP - Pretende fazer mudanças? Quais? P. Gilberto - As mudanças nascem no decorrer da caminhada e da necessidade. Penso que no momento trata-se de dar continuidade ao bonito trabalho que os provinciais que me antecederam fizeram e que hoje dão segurança para a vida da Província. AP - Quando será eleito todo o Governo Provincial? É o senhor que escolhe? Já tem nomes? P. Gilberto - Agora é o momento da escolha dos conselheiros provinciais, e os religiosos da Província devem indicar nomes e enviar seus votos para o governo geral em Roma. O Governo Geral é quem comunica quais religiosos formarão junto com o provincial o novo governo.

AP - O que um paroquiano de uma paróquia dehoniana pode esperar desse carisma? P. Gilberto - Creio que esta passagem bíblica nos ajude a entender e o que esperar dos religiosos que atuam numa paróquia dehoniana: “Vinde a mim vós todos que estais fadigados e sobrecarregados, e eu vos darei descanso. Tomai sobre vos meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e havereis descanso para as vossas almas. Porque meu jugo é suave e meu fardo é leve” (Mt 11,28-30). Tentando viver o que a passagem bíblica nos inspira vamos ter uma paróquia dehoniana fraterna, eucarística, missionária, servidora, profética e vocacional. O nosso Ato de Oblação [oração própria da Congregação] propõe a seguinte oração: Nós vos agradecemos, ó Pai, pelos grandes sinais de amor que nos ofereceis na vida do vosso Filho Jesus. Ele veio entre nós por amor, pregou o Evangelho aos pobres, curou as enfermidades do corpo e do espírito, sentou-se à mesa com os pecadores. Tornai-nos sensíveis aos sofrimentos do povo e disponíveis às suas necessidades. A contemplação do lado transpassado torne-se em nós fonte de solidariedade. Nós vos oferecemos a nossa reparação, que se faz operante na caridade fraterna e no anúncio do Evangelho. Acolhei o nosso sacrifício espiritual, unido à oblação eucarística de Cristo. Amém. (Dehonianos em Oração, p. 41).

A Palavra - Dehonianos

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Planejamento familiar natural, é possível!

e a partir daí começamos a comprar literaturas sobre o assunto, compramos também os cursos da Comunidade Shalom, e começamos a pôr em prática. Foi um tempo de muito aprendizado e conhecimento, onde eu e meu marido dialogamos bastante, pois precisamos nos conhecer bem para viver bem o Método. Por se tratar de um método comportamental o casal tem que estar disposto a viver em unidade, pois exige disciplina, amor e renúncia.

Gerar vida. Eis a grande missão de um casal que se une no Sacramento do Matrimônio. Esse também foi e é o desejo de Fabiana (34) e Alexandre Rampelotti (32). Eles residem em Itajaí, são casados há 11 anos, tem quatro filhos e se consideram um casal “aberto à vida”, pois não utilizam nenhum método contraceptivo artificial, mas sim o método natural de ovulação “Billings”. Esse método é orientado pela Igreja para que os casais planejem naturalmente suas famílias sem causar risco de doenças para a mulher e também para o homem. Fabiana e Alexandre contam nesta edição como é a experiência de vivenciar o Método Billings. A Palavra- Por que decidiram por utilizar um método natural de planejamento familiar? Fabiana - Nós nos conhecemos na Igreja

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A Palavra - Entrevista

em um grupo de jovens da Renovação Carismática Católica, e quando começamos a namorar conversávamos muito sobre nosso sonho de ser uma família segundo o coração de Deus, a exemplo da família de Nazaré. Sempre fomos muito apaixonados por Jesus e pela nossa Igreja e sabemos que os ensinamentos da sua doutrina são perfeitos e se a nossa Igreja nos pede um planejamento familiar natural quem sou eu para questionar a Igreja, mãe e mestra? Então aceitamos o desafio de mostrar ao mundo que fazer a vontade de Deus em tudo é possível. Somos muito felizes com o método natural. Através dessa vivência nos conhecemos mais, nos amamos mais, nos respeitamos mais. AP - Como descobriram o Método Billings? Fabiana - Conhecemos o método através da Comunidade Canção Nova,

“A CUMPLICIDADE QUE O MÉTODO NOS PERMITE VIVER NOS FAZ SER VERDADEIRAMENTE UMA SÓ CARNE” A Palavra - Há quanto tempo utilizam o Método Billings? Fabiana - Nós usamos o método natural desde que nos casamos, mas no início usávamos a tabelinha e quando conhecemos a eficácia do método Billings nos interessamos. Começamos a pesquisar sobre o assunto e quando estávamos seguros começamos a utilizá-lo. AP - Se fossem explicar para um casal que tem interesse em iniciar o método, o que diriam? Que conselhos dariam? Fabiana e Alexandre - O conselho que damos aos casais que querem viver o Método é que procurem conhecer bem, www.paroquiasaoluisgonzaga.com


de preferência busquem um acompanhamento com quem já vive o Método, é simples e fácil de aprender, mas tudo leva um tempo para que não tenhamos surpresas indesejadas. Outra coisa que gostaríamos de falar é que viver o método é verdadeiramente viver segundo a vontade de Deus, pois a cumplicidade que o método nos permite viver nos faz ser verdadeiramente uma só carne, onde o amor se torna maior que os desejos. O Método não é somente para quem quer espaçar suas gravidezes, mas também ajuda os casais que querem engravidar, pois irão conhecer seu período fértil e isso lhes ajudará na hora que estiverem prontos para uma gestação. AP - Quais as “vantagens” do Método? Há desvantagens? Quais? Fabiana - Vantagens já falei de muitas e as desvantagens: bem, quando estamos mais aptos para um relacionamento conjugal temos que nos abster se não quisermos engravidar e como nestes dias a libido aumenta não podemos ficar tão afetivos, precisamos nestes dias de outros programas como ver um filminho com as crianças, ou passear na casa dos familiares. Mas nada se compara a alegria de viver a perfeita união de forma saudável e natural, como Deus sonhou para cada um de nós. E é assim que me sinto em relação ao meu marido: ele me ama ao ponto de cuidar de mim. Pois, com certeza, para ele seria mais fácil me fazer tomar um anticoncepcional e poder ter um relacionamento conjugal sempre que ele tivesse vontade. Mas esse é um amor egoísta e Deus não nos fez para isso, o Método nos aproxima, nos faz cúmplices e renova todos os meses o nosso carinho respeito e amor. AP- Para quem vocês indicam o Método? Fabiana - O Método pode ser vivido por todas as pessoas que desejarem. Por se tratar de um método comportamental não precisa de um ciclo menstrual regular, pois será pela observação do corpo que você saberá identificar o período que está vivendo. Para iniciar a vivência do método não precisa conhecer seu corpo, pois será

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através da vivência que você se conhecerá e verá respostas do seu corpo que nunca havia notado. Esta é a primeira fala das mulheres que iniciam o método: “nossa eu nunca havia percebido essa mudança em meu corpo”. Só se ama aquilo que se conhece e, com certeza, conhecendo o seu corpo você se amará muito mais, como também amará mais todos que estão ao seu redor. A Igreja nos convida a uma paternidade e maternidade responsáveis. Se fizermos a vontade de Deus Ele nunca irá nos abandonar. Filhos são bênçãos de Deus, independente da quantidade o que vale é o amor e o tempo que damos a eles. Só não podemos nos omitir do chamado que Deus nos fez. Como diz o Santo Padre Papa Francisco na família a fé se mistura com o leite materno. Nossa maior expressão de fé é o nosso amor, e graças a Deus, o que não falta aqui em casa é amor e louvo a Deus por nos permitir criar nossos filhos nesse ambiente de amor e cumplicidade.

“O AMOR SE TORNA MAIOR QUE OS DESEJOS”

VISÃO MÉDICA E DA IGREJA A Igreja aceita como um direito do casal decidir o momento oportuno de ter filhos e o número dos mesmos. Isso é chamado de Planejamento Familiar. Já a Igreja prefere e usa a expressão: Paternidade e Maternidade responsável. Para o médico Laércio Cadore a decisão de pelo planejamento tem como grande ponto positivo o diálogo do casal. Quando se fala em Planejamento Familiar se abordam tomadas decisões sobre o número e o momento de ter os filhos levando em consideração fatores que envolvem o casal como moradia, salário, momento da formação profissional e idade. “Importante frisar que o Planejamento Familiar não tem nenhuma relação com Controle da Natalidade imposto por alguns governos que criam leis que impedem e/ou desestimulam a concepção de mais de um filho”, explica Cadore. A

Igreja é contra esse controle porque entende que é direito do casal escolher o número de filhos que pretende ter. Para planejar, necessariamente, é preciso refletir sobre os métodos anticoncepcionais que este casal adotará para usufruir do direito que lhe cabe de obter o prazer em sua intimidade sexual; momentos esses que servem de santificação do casal. Nesse sentido, a Igreja Católica Apostólica Romana, a partir do Concílio Vaticano II, na Encíclica “Humana e Viatae” (1968) do Papa Paulo VI, reafirmou a proibição dos métodos artificiais de contracepção. Aceita apenas os métodos naturais de contracepção: a abstinência sexual, o método da tabelinha (Método Ogino-Knauss) e o método da ovulação (Método Billings). Portando, métodos artificiais como uso de DIU (dispositivo intra uterino), SIU, espermaticida, pílulas, camisinhas, coito interrompido, laqueadura, vasectomia, anel vaginal, aborto voluntário, não são indicados pela Igreja. Pois, segundo o Catecismo, eles não estão de acordo com os critérios da moralidade. Já os métodos naturais respeitam o corpo dos esposos, animam a ternura entre eles e favorecem a educação de uma liberdade autêntica. Segundo Cadore nenhum desses métodos artificiais é 100% eficaz, bem como os naturais.

MÉTODO BILLINGS Para a utilização deste Método é importante que a mulher aprenda a fazer o auto-exame da vulva anotando a sensação de estar seca (nenhuma sensação) ou de estar molhada. É preciso também, segundo o médico Laércio Cadore, observar a aparência do muco quanto a sua cor, fluidez e quantidade. “O período fértil será aquele em que a vulva encontra-se com a sensação de molhada com eliminação de muco claro. É importante a mulher fazer um gráfico para melhor aprendizado”, explica Cadore. De acordo com a Organização Mundial da Saúde o Método Billings tem 98,7% de eficiência. Saiba mais em: www.cenplafam.com

A Palavra - Entrevista

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Somos mais de três bilhões em todo o mundo. No Brasil, somos a maioria. Somos empresárias, juízas, advogadas, professoras, engenheiras, motoristas, jornalistas, mães, esposas, filhas, amigas [...]. Digo somos, porque quem vos escreve é também uma mulher. Somos tantas coisas que surgiu o questionamento: quando somos mulheres? Chegamos a ser? Sabemos o que é ser mulher? Além de números da Organização das Nações Unidas (ONU) ou porcentagens do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a mulher está aí, diariamente sendo “algo” na sociedade. De tantas conquistas que são comemoradas no dia 08 de março – Dia Internacional da Mulher – como o direito ao voto e o espaço no mercado de trabalho, essa data também é um momento em que se reflete quais são os novos desafios a serem superados hoje. A mãe, esposa, ex-estudante de pedagogia e dona de casa Juliana Bittelbrunn, por exemplo, acredita que “o desafio para a mulher de hoje é conseguir ser mulher”.

A MULHER NA SOCIEDADE Na história que mulheres te chamam atenção? Temos as bíblicas, rainhas, princesas, camponesas e até mesmo guerreiras. Mas em sua maioria poucas delas tiveram intervenções nas questões sociais, pelo menos de forma direta. Por isso em suma, a mulher esteve mais tempo como coadjuvante do que protagonista na história da humanidade. Pouco se reconhecia nossa dignidade enquanto até mesmo como pessoa humana – o que ainda acontece em muitas culturas. Para a teóloga Marinês Bressan Frandolozo, não precisaria ser falado da dignidade da mulher, se ela fosse compreendida na sua essência, na sua origem. “Já somos dignas porque somos humanas. Não vejo ninguém querendo ressaltar a dignidade do homem. Se todos compreendessem que a humanidade está acima do que representamos na sociedade não precisaria”, avalia. Conforme explica Marinês, na história a mulher sempre esteve mais à margem, porém com o Cristianismo o lugar e a sua dignidade foram resgatadas. “Dentro das culturas grega, romana e judaica a mulher nunca esteve em um patamar de autonomia” [...].

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A Palavra - Especial

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Ao entrarmos no movimento judaico cristão e o plenamente cristão, as mulheres tiveram abertura, tiveram liberdade, elas saíram da margem”, afirma. Inclusive, ela acentua que as mulheres foram grandes propagadoras do Evangelho e ainda o são. Mas ao longo desses dois mil anos a mulher na sociedade teve seus altos e baixos. Entre os séculos 19 e 20 surge na França, na Inglaterra e nos Estados Unidos da América o início do feminismo, com o movimento sufragista, que defendia o direito do voto às mulheres. Mas o movimento feminista teve seu “boom” nos anos 1960 com o advento dos métodos contraceptivos e do pensamento de que a mulher ser esposa e mãe era fruto de uma sociedade patriarcal e feria a identidade da mulher. Dessa forma, a mulher buscou cada vez mais sua igualdade com o sexo masculino, o que chegou a interferir no seu ser feminino. “O que as feministas pedem é justo, em questões civis, que é a igualdade. Agora o exagero do feminismo pede uma transferência que jamais vai acontecer. A mulher jamais vai ser um homem”, exemplifica Marinês. Nesse sentido, podemos refletir se o feminismo trouxe uma deturpação da verdadeira essência e papel da mulher na sociedade, como sonho e dom de Deus. A assistente jurídica e fundadora da Comunidade Católica Abbá Pai, Simone Pereira, acredita que “lu-

tar pelos direitos e pela dignidade da mulher não é o mesmo que feminismo. Defender a dignidade dos idosos, das crianças, dos homens e das mulheres é um dever cristão”. Simone, que já trabalhou em uma Organização Não -Governamental (ONG) de apoio e valorização à mulher, percebe o importante papel feminino na sociedade atual. “Ela é fundamento para que o núcleo que integra (familiar, profissional e/ou religioso) seja mais afetivo, fecundo e interligado”. Em sua visão, mesmo que não exerça a maternidade, a mulher tem o dom de gestar. “Seu olhar é sensível às emoções, aos conflitos e às carências individuais e coletivas. De uma forma maternal e comprometida, tem o dom de acolher e promover a comunicação e integração humana”, define Simone. Também afirma que as mulheres são também essencialmente formadoras de valores éticos e religiosos. Assim, precisamos ver o homem como nosso inimigo, ou como aquele que deve estar ao nosso lado, ser nosso parceiro?

O feminismo proporcionou várias conquistas civis para as mulheres, mas busca constantemente igualá-la ao homem em tudo

IDENTIDADE DA MULHER O livro de Gênesis traz o relato da criação da mulher. “Deus criou o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou, homem e mulher os criou” (cf. Gn 1, 27). Assim como o homem, a mulher também é imagem e semelhança de Deus e foi gerada com um propósito: “Deus viu que não era bom que o homem estivesse só e lhe fez uma auxiliar adequada” (Gn 2,20). A origem da palavra “auxiliar” em hebraico vem de “ezer kenegdo”, que em seu real significado quer dizer: “salvação de Deus”. A mulher foi criada, portanto, para ser o socorro de Deus ao homem e a toda humanidade. “A mulher não pode ser vista separada do homem. Foram as duas criaturas criadas por Deus”, afirma a co-fundadora da Comunidade www.paroquiasaoluisgonzaga.com

Católica Shalom, Emmir Nogueira. Palestrante do curso “Mulheres, minhas irmãs”, Emmir afirma que homem e mulher são iguais na sua dignidade humana, mas diferentes em sua identidade. Segundo Emmir, a feminilidade é um dom concedido por Deus a toda humanidade. Assim a identidade feminina é resumida no amor e São João Paulo II irá dizer que “a mulher não pode se encontrar a si mesma senão doando amor aos outros”. Ainda em sua encíclica Mulieris Dignitatem (Dignidade da Mulher), o então Papa afirma que toda mulher é chamada a vocação da maternidade, seja ela física ou espiritual, porque junto com Deus tem o chamado de gerar vida. Nesse sentido também o Papa Emérito Bento XVI, A Palavra - Especial

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ainda como cardeal, afirmou que a identidade da mulher está na sua “capacidade para o outro”, em doar-se para gerar vida na família e na sociedade, pois esta é, segundo ele, “uma realidade que estrutura, em profundidade, a personalidade feminina”.

SER MULHER Nos noticiários, nos livros, nas revistas femininas vemos diariamente muitas informações e indicações de como ser e de como se portar como mulher. Exemplo disso são as milagrosas receitas de emagrecimento, as diversas dicas para se “conquistar o homem desejado a qualquer custo”, a ser a “super-mulher” que trabalha, é esposa e mãe. Isso fez com que a dona de casa Juliana, citada no início da reportagem, afirmasse que o grande desafio da mulher hoje é ser mulher, com todas as redundâncias possíveis. “Depois que casei sempre dizia assim: eu odeio a mulher que rasgou o sutiã. Conquistamos nosso espaço, hoje os homens nos veem de forma diferente, somos profissionais, etc. Mas só acarretou mais coisas para nós, temos uma carga enorme”, avalia. Juliana tem 34 anos é casada e mãe da Isadora, 04 anos, e do Mateus, 02 anos. Quando engravidou pela primeira vez decidiu sair do trabalho e trancar a faculdade de pedagogia. “Acabei me afastando porque a gente decidiu ter filhos e eu acredito que a mãe tem grande influência na educação dos filhos”, opina. Ela tem o sonho de terminar os estudos e vontade de voltar a trabalhar fora, mas hoje decidiu ser aquilo que vocacionalmente ela é chamada a ser: mãe. “Não que as mães trabalham fora não tenham seu valor, elas conseguem sim passar valores para os seus filhos. Mas acaba que elas perdem o que eu tenho, ver eles crescerem, sou eu que faço a oração do meio-dia com eles, que passo esse amor a Cristo”, observa. Eis os grandes malabarismos que nós, mulheres, precisamos fazer atualmente: ser esposa, mãe

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A Palavra - Especial

e trabalhar fora. A responsável de vendas Jacinta Voltolini, conhecida também como Tita, tem 50 anos e sempre trabalhou fora. Casada, sem filhos, acredita que a mulher sempre cumpre uma jornada a mais após o trabalho. “A parte da mulher é mais difícil que a do homem, normalmente hoje toda mulher trabalha, e ela não quer mesmo ficar só fazendo os afazeres da casa”, acredita. Por isso, já se houve falar na criação de projetos de lei que favoreçam a mulher que não só quer, mas precisa trabalhar, e que ao mesmo tempo quer ser mãe, esposa, quer ser mulher. Uma sugestão é o trabalhar fora de casa seis horas, sem diferenças salariais. “Essa igualdade salarial vem ajudar a mulher dentro da família. A mulher não é preservada no seu trabalho. Hoje se tem uma visão empresarial da família. Mas aí o empresário tem que pensar que a família é o centro de tudo. Se a mãe está em casa, ela está educando. Se ela está educando, não é aquele o jovem que irá assaltar sua empresa”, salienta a teóloga Marinês. Ela acredita que se a mulher tem sua família ou vontade de têla essa reestruturação trabalhista é o seu grande desejo. A mulher provou ao longo dos anos gostar de desafio. Se apresentou ao mundo como criatura divina, diferente sim, porém igual em sua dignidade humana. Podemos então fazer deste 08 de março um tempo de voltarmos a nos descobrir como mulher, criatura humana gerada com e para o Amor?

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São José, homem justo e do silêncio P. Adilson José Colombi scj, vigário paroquial

Terá São José algo a dizer para quem vive no século XXI? E aquilo que chega até nós, por sua pessoa e missão, tem relevância em nossa sociedade e cultura moderna ou pós-moderna? Para responder, ainda que parcialmente e sem grandes pretensões, vamos buscar, na Palavra de Deus e na Tradição da Igreja, algumas referências: Quem é São José a que celebramos a data no dia 19 de março?

SÃO JOSÉ NA BÍBLIA

A Bíblia, no Novo Testamento ou Nova Aliança, apresenta-o relacionado com a infância e pré-adolescência de Jesus de Nazaré. Nada diz, quando Jesus vive a

sua vida pública, anunciando e propondo a Boa Nova do Reino de Deus. José é visto e mostrado, pelos evangelistas Mateus (Caps. 1 e 2) e Lucas (Caps. 1 e 2), como descendente da Casa Real de Davi. É o escolhido para ser o noivo e depois o esposo da Virgem Maria de Nazaré, Mãe de Jesus. É o pai legal (adotivo) de Jesus de Nazaré. A paternidade de José não procede da geração, segundo as leis da natureza física. Mas, é fundamentada sobre o vínculo moral, jurídico e espiritual. Sua paternidade é única. Não é, apenas, “aparente”. Embora não seja pai conforme a carne, o é pelo amor. É apresentado também como um homem justo. Mateus, sendo judeu, enfoca mais a pessoa de José da Casa de Davi, como o último patriarca. O elo de ligação da Antiga Aliança com a Nova. Já Lucas tem seu enfoque principal na infância do menino Deus, Jesus, contando com a presença e atuação de José. Coadjuvante fiel de Deus, de Maria e do próprio Filho de Deus. E a Igreja, liturgicamente, celebra esta faceta de sua personalidade, no dia 19 de março. Nesta data, José é lembrado e se faz a memória, dele, como Esposo de Maria de Nazaré e Pai Adotivo de Jesus. Em 1º de maio, é venerado como patrono de todos os trabalhadores, não importa qual seja o trabalho. Os evangelistas têm o cuidado de apresentar José como alguém ocupado, trabalhando em sua marcenaria. Sendo o sustento de sua família, com o suor de seu rosto. Judeu religioso e cumpridor de suas obrigações, segundo as normas da Lei do povo judeu. Não, apenas, pessoalmente, mas conduz regularmente sua família à sinagoga, ao Templo, nas peregrinações principalmente no tempo da Páscoa judaica.

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Foi justamente, numa dessas peregrinações da Família de Nazaré, que Jesus aos doze anos de idade mostra sua sabedoria diante dos doutores da Lei. Maria e José ficam apreensivos em sua busca. Nessa ocasião, ouvem do próprio Jesus: “Eu tinha que cuidar das coisas de seu Pai”. A partir desse momento as Sagradas Escrituras silenciam a respeito de José. Tudo indica que José, desde que teve ciência do que estava acontecendo, no ventre da Virgem Maria, sua noiva e em seguida sua esposa, colocou sua vida a serviço e cuidado de Maria e de Jesus, segundo a Vontade do Pai. A presença e atuação permanente de José, na infância do menino Jesus foi garantia de segurança para Jesus e Maria. Foi o guardião da vida e missão dos dois. Aí, talvez, esteja o cerne de sua missão na História da Salvação. Com toda a certeza, José exerceu grande influência na educação do menino, do adolescente e do jovem Jesus, enquanto homem. Senso de justiça, dedicação à família, empenho no compromisso de trabalho, a participação na comunidade religiosa no culto e, certamente, nos trabalhos comunitários, a escuta da Palavra de Deus, a fé vivida em harmonia

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Um novo caminho para a iniciação cristã

com Maria, o silêncio ativo e fecundo, denotando intimidade e familiaridade com Deus, respeito e apoio às escolhas de Maria e do próprio Jesus, amor e respeito com os compromissos exigidos pela Lei e muito mais. Tudo isso, com certeza, ajudaram a plasmar a personalidade do Verbo de Deus que se fez carne e habitou entre nós, Jesus de Nazaré. Por isso, até hoje é venerado como protetor e intercessor das famílias e da Família de Deus, junto ao Pai em todas as suas necessidades. Daí, o lugar de destaque todo particular na vida da Igreja. Quando José morreu? Não há data precisa. Todavia, há indícios fortes que levam a crer que José tenha voltado para a Casa do Pai, antes de Jesus iniciar sua vida pública. Maria, porém, várias vezes é nomeada, em circunstâncias diversas, durante a vida pública de Jesus. José não, diretamente.

SÃO JOSÉ NA VIDA DA IGREJA Nas comunidades cristãs primitivas da Igreja e nos séculos seguintes, José ficou bastante na penumbra. Certamente, mais uma vez, o “silêncio” de José esteve a serviço para que se firmasse, sempre mais, a origem divina de Jesus. Evitar qualquer dúvida a respeito da filiação divina do Messias libertador e salvador. Na Idade Média, porém, com as reflexões de grandes teólogos e santos

resgatou-se a pessoa e a missão de José, na História da Salvação e na Igreja. Entre eles, podem ser destacados São Bernardo de Claraval, Santo Alberto Magno, Santo Tomás de Aquino e outros. Daí, em diante, cresceu consideravelmente o entusiasmo, a veneração, a devoção, a compreensão de sua presença e missão na vida da Igreja. José é admirado e apreciado, sobretudo, pelo testemunho de uma espiritualidade rica em gestos, com poucas palavras. Creio que José pode ser visto como aquele discípulo que fala pouco, mas está pronto sempre para o serviço de Deus e dos irmãos. Aquele servo justo e obediente, sem buscar desculpas de qualquer ordem. Aquele servidor que está sempre à escuta do Senhor e sabe discernir, com sabedoria, entre os vários “ruídos” ao seu redor, a Vontade do Pai. Não só discernir, mas realizá-la, com gestos, inclusive, heroicos, sem jamais desanimar ou achar a “cruz” pesada demais. Servo obediente e generoso, sem buscar retribuição. Pura gratuidade. Abnegação. José o “homem do silêncio”. É outra nota característica de sua espiritualidade. Deus não lhe diz nada. Não lhe explica nada. Assim mesmo obedece. Deus lhe propõe, indiretamente, indícios de sua missão. Em sonhos, por exemplo. José tem que discernir. E discerne no silêncio, com sabedoria. Mantém, porém, sua relação firme e inabalável com Deus. Não se nega, menos ainda desiste diante

“O SILÊNCIO DE

JOSÉ ESTEVE A SERVIÇO PARA

QUE SE FIRMASSE A ORIGEM DE JESUS”

das dificuldades. Procede, no silêncio, respondendo ao Senhor. Por isso, seu silêncio é um silêncio ativo e fecundo. Sem palavras, mas com gestos até heroicos deixa seu testemunho de alguém que serve a Deus e aos irmãos, vivendo exemplarmente sua missão. Missão construída na fé, na dedicação, no abandono à Vontade de Deus, na justiça, no serviço, na escuta da Palavra de Deus, na oração, no exercício de suas responsabilidades familiares e profissionais, numa comunidade.

Tubos Pereira há quase 50 anos produzindo com garantia e qualidade em pavers, tubos, lajotas e demais produtos em artefatos de cimento.

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Ser empresário para evangelizar! Quem aqui não quer um mundo mais justo? Com mais honestidade e igualdade? E quem não quer trabalhar em um lugar com salários justos e vivência de valores cristãos? A verdadeira Civilização do Amor que São João Paulo II falava começa acontecer com trabalhos pequenos de cristãos que sonham grande. Na verdade, esses católicos já começaram a sonhar com isso ainda no século passado, em 1931, quando surge na Bélgica, Holanda, Itália, França e Alemanha a União Internacional das Associações dos Patrões Católicos, com a sigla Uniapac. Essa entidade foi formada porque alguns fatos na época inquietavam os empresários católicos como o desemprego e a fome no mundo em função da quebra a Bolsa de Nova York, em 1929, e os alertas de injustiça social que vinham da Encíclica Quadragesimo Annos do Papa Pio. O movimento se espalhou pelo mundo, presente hoje em 36 países, em quatro continentes, com cerca de 20 mil associados. No Brasil, chegou em 1961 pelas mãos de empresários paulistas, e recebeu o nome de Associação de Dirigentes Cristãos de Empresa (ADCE) e está presente em seis Estados, com aproximadamente dois mil associados. “Temos como objetivo evangelizar no meio empresarial, com a missão de formar dirigentes de empresas segundo o ensinamento social

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cristão e estimulá-los a administrar com base nos valores cristãos, visando o bem comum da sociedade”, relata o presidente ADCE Uniapac Brasil e Uniapac Latino americana, Sérgio Cavalieri. Um dos grandes sonhos de Cavalieri e de toda ADCE Brasil é que a Associação chegue nas mais de oito mil paróquias do Brasil. “Quando atingirmos este sonho seremos pelo menos 80 mil empreendedores católicos estudando o ensinamento social cristão, colocando em prática e iniciando uma verdadeira revolução no meio empresarial do Brasil, construindo um país melhor, onde prevalece a solidariedade e a dignidade das pessoas”, acredita. Em Santa Catarina ainda não existe uma Associação ou algo parecido com a ADCE.

TESTEMUNHO

Cavalieri afirma que ser empresário ou empreendedor é uma vocação e, como disse o Papa Francisco na sua mensagem para o Fórum de Davos do ano passado, “uma nobre vocação. Somos continuadores da obra de Deus na terra”. Para ele, o líder empresarial cristão tem de administrar com a Bíblia debaixo do braço, praticar o que está ali registrado. “Arrisco a afirmar que é o caminho mais seguro para um mundo melhor e para o sucesso da empresa”, diz.

O empresário brusquense Luiz Homero Zaninotto Júnior, por exemplo, relata que já usou muitas vezes a Bíblia para auxiliar na administração de sua empresa de venda de carros. Para Homero um empresário cristão deve “ser testemunha dos princípios cristãos dentro da sua empresa, família e comunidade. Procurar, em todas as decisões, imaginar “como Jesus agiria?”, sugere. Nesse sentido Cavalieri destaca que o dirigente cristão atua de forma diferente, pois atende em primeiro lugar o bem coletivo, se preocupa com o outro. Homero não participa de nenhuma associação de empresários cristãos, mas busca também com pequenos gestos manter os valores de Jesus em ações como manter um momento de oração todas as segundas-feiras no café da manhã com todos os colaboradores. Realizam também campanhas sociais regulares de arrecadação de alimento, roupas, visita as famílias carentes, auxílio a entidades beneficentes e participação em atividades sociais da Igreja, nas paróquias da cidade.

CONHEÇA MAIS SOBRE A ADCE:

www.adcemg.org.br/ Encíclica Rerum Novarum (sobre as condições dos Operários) - vatican.va Deus Caritas Est (Sobre o Amor Cristão) – vatican.va

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Peregrinação em honra a

São José

Dia 19 de março é dia daquele que foi escolhido para ser a figura paterna de Jesus durante sua vida na terra. Para celebrar a data e como atitude de fé em São José, um grupo de aproximadamente 25 pessoas sairá em procissão no dia 19 e irá até Botuverá caminhando até a Paróquia São José. O ponto de encontro da saída é ao lado da Igreja Matriz de Brusque, às 07h30. Em Botuverá participam da Missa em honra ao Santo e após retornam para Brusque. A caminhada já é tradicional, ocorre a cerca de 20 anos e é organizada pelo grupo de viúvas Santa Mônica.

O mistério

Pascal

A ressurreição de Cristo é a esperança que Jesus nos dá sobre vencer a morte e as tribulações do mundo. Rogamos a Deus que essa Páscoa seja esse sinal de esperança, sinal da beleza da vida que Cristo nos dá. Que em Jesus você e sua família encontrem a paz e o desejo de seguir sempre em frente, em unidade, amor, partilha e fraternidade. Equipe de padres paroquiais.

Retiro dos

Catequistas

Nos dias 21 e 22 de março será realizado retiro anual dos catequistas da Paróquia, na Comunidade Bethânia, em São João Batista. Nesse retiro são convidados a participar todos os catequistas da Paróquia, de todas as comunidades, das etapas da Crisma, 1˚ comunhão e catequese de adultos. “O retiro de catequista é um momento de formação, de encontro pessoal com Deus, de alimentar a sua espiritualidade e, ao mesmo tempo, de capacitação para a missão de levar o Evangelho às crianças, adolescentes e suas família”, afirma P. Magnos Caneppele. O tema a ser trabalhado vai ao encontro do que a Arquidiocese propõe como uma nova catequese de inspiração catecumenal, um encontro pessoal com Jesus Cristo que encanta e é capaz de contagiar quem está ao seu redor. A pregadora do retiro é a Irmã Zélia, da Congregação Religiosa Copiosa Redenção.

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Programação da Semana Santa na sua comunidade Matriz – São Luis Gonzaga 29/03 – Domingo de Ramos - Coleta da Fraternidade (Solidariedade) 07h00 - Missa 08h30 - Procissão de Ramos – saída: Convento S. C. de Jesus 09h00 - Missa 17h00 - Missa 19h00 - Missa 30/03 – Segunda-feira Santa 18h00 - Via Sacra (Igreja) 19h00 - Missa 31/03 – Terça-feira Santa 18h00 - Via Sacra 19h00 - Missa e confissões 01/04 – Quarta-feira Santa 18h00 - Via Sacra 19h00 - Missa e confissões 02/04 – Quinta-feira Santa 19h00 - Missa da Ceia do Senhor e Lava-pés 03/04 – Sexta-feira Santa 17h00 - Celebração da Paixão e Morte do Senhor 19h00 - Procissão do Senhor Morto 04/04 – Sábado Santo 19h00 - Solene proclamação da Vigília Pascal (Bênção do Fogo Novo, da Água e Renovação das Promessas Batismais) 05/04 - Domingo da Páscoa - “Cristo Ressuscitou. Aleluia!” 06h00 - Aurora Festiva e procissão da Ressurreição 07h00 - Missa 09h00 - Missa Solene Páscoa 17h00 - Missa 19h00 - Missa

Comunidade Sagrado Coração de Jesus Dia 29/03 8h00 - Missa com procissão de Ramos Dia 30/03 06h00 - Missa na comunidade 19h00 - Missa e Via Sacra no Convento Dia 02/04 19h15 - Missa Lava-pés Dia 03/04 15h00 - Ação Litúrgica Dia 04/04 (sábado) 19h00 - Missa na comunidade - Bênção do Fogo Novo Dia 05/04 (Domingo de Páscoa) 06h00 - Alvorada festiva e missa na comunidade

Comunidade São Francisco Dia 02/04 (Quinta-Feira) 19h00 - Celebração de Lava Pés (Após Vigília até 24h) Dia 03/04 (Sexta-Feira Santa): 14h00 - Solene Ação Litúrgica 15h00 - Via Sacra Dia 04/04 (Sábado) 19h00 - Celebração da Benção do Fogo Novo

Comunidade Santo Antônio Dia 02/04 20h00 - Celebração de Lava Pés Dia 03/04 16h00 - Via Sacra 17h00 - Celebração Dia 05/04 (Domingo) 8h30 - Celebração de Páscoa

Comunidade Nossa Senhora Aparecida Dia 29/03 19h00 - Missa do Domingo de Ramos Dia 02/04 19h00 - Missa do Lava Pés – (Após a Celebração da Santa Missa Adoração até às 24h) Dia 03/04 14h00 - Via Sacra com saída da Rótula do Bairro Steffen Dia 03/04 15h00 - Ação Litúrgica (Paixão e Morte do Senhor). Dia 04/04 19h00 - Missa da Vigília Pascal.

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Comunidade Cristo Rei Dia 02/04 19h00 - Celebração de Lava Pés e após Trasladação do Senhor e Vigília do Santíssimo Dia 03/04 15h00 - Ato Litúrgico e Procissão do Senhor Morto Sábado 04/04 19h00 - Celebração do Fogo Novo Domingo 05/04 Celebração de Páscoa (horário a confirmar)

Comunidade São José Dia 04/04 17h30 - Celebração de Páscoa

Comunidade Santa Rita Dia 28/03 18h30 - Celebração De Ramos – Procissão 19h00 - Missa Dia 01/04 06h00 - Missa de Penitência 19h00 - Via Sacra nas ruas Dia 02/04 19h00 - Missa de Lava Pés 23h00 - Adoração Dia 03/04 15h00 - Ação Litúrgica Dia 04/04 19h00 - Missa Vigília Pascal Dia 05/04 06h00 - Missa da Ressurreição

Comunidade Nossa Senhora de Fátima Dia 29/03 08h45 - Procissão de Ramos 09h00 - Missa do Domingo de Ramos e Paixão do Senhor Dia 02/04 19h00 - Celebração da Eucaristia e Lava Pés - Adoração ao Santíssimo até a meia noite. Dia 03/04 Sexta-Feira Santa (segue programação da Matriz) Dia 04 / 04 (Sábado de Aleluia) 18h00 - Celebração da Eucaristia e Benção do Fogo novo Dia 05/04 09h00- Missa do Domingo da Páscoa

Comunidade São João Batista Dia 02/04 19h - Missa de Lava Pés Dia 03/04: 14h – Via Sacra e procissão 15h - Celebração Dia 04/04 19h00 – Celebração sábado de aleluia Dia 05/04: 08h00 – Missa de Páscoa

A Palavra - Comunidades

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Neste m锚s comemoramos dois anos com o Papa Francisco a frente da Igreja Cat贸lica. Vamos colorir a imagem do Papa e rezar uma AveMaria por ele? Papa Francisco sempre pede que rezemos por ele.

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Colaboração: Pascom comunidade N. Senhora Aparecida

FORMAÇÃO PAROQUIAL DE COMUNICADORES TODAS AS COMUNIDADES ESTÃO CONVIDADAS · EVANGELIZAR É COMUNICAR

www.paroquiasaoluisgonzaga.com PASTORAL DA COMUNICAÇÃO PARÓQUIA SÃO LUIS GONZAGA

Dia 16 de maio · Início às 8h Local: Salão Paroquial da Matriz São Luis Gonzaga

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Brusque/SC - 47 3251.6000 Tijucas/SC - 48 3263.8500

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/grupouvel

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