Paróquia São Luis Gonzaga Brusque, janeiro de 2014 - Número 45
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Em busca de uma sociedade fraterna
“A FAMÍLIA É A FONTE DE TODA A FRATERNIDADE”
A fraternidade é uma dimensão essencial do homem, sendo ele um ser relacional. A consciência viva dessa dimensão relacional leva-nos a ver e tratar cada pessoa como uma verdadeira irmã e um verdadeiro irmão; sem tal consciência, torna-se impossível a construção duma sociedade justa, duma paz firme e duradoura. E convém desde já lembrar que a fraternidade se começa a aprender habitualmente no seio da família, graças, sobretudo, às funções responsáveis e complementares de todos os seus membros, mormente do pai e da mãe. A família é a fonte de toda a fraternidade, sendo por isso mesmo também o fundamento e o caminho primário para a paz, já que, por vocação, deveria contagiar o mundo com o seu amor. O número sempre crescente de ligações e comunicações que envolvem o nosso planeta torna mais palpável a consciência da unidade e partilha dum destino comum entre as nações da terra. Assim, nos dinamismos da história – independentemente da diversidade das etnias, das sociedades e das culturas –, vemos semeada a vocação a formar uma comunidade feita de irmãos que se acolhem mutuamente e cuidam uns dos outros. Contudo, ainda hoje, essa vocação é muitas vezes contrastada e negada nos fatos, num
mundo caracterizado pela globalização da indiferença que lentamente nos faz habituar ao sofrimento alheio, fechando-nos em nós mesmos. Em muitas partes do mundo, parece não conhecer tréguas a grave lesão dos direitos humanos fundamentais, sobretudo dos direitos à vida e à liberdade de religião. Exemplo preocupante disso mesmo é o dramático fenômeno do tráfico de seres humanos, sobre cuja vida e desespero especulam pessoas sem escrúpulos. Às guerras feitas de confrontos armados juntam-se guerras menos visíveis, mas não menos cruéis, que se combatem nos campos econômico e financeiro com meios igualmente demolidores de vidas, de famílias, de empresas. A globalização, como afirmou Bento XVI, torna-nos vizinhos, mas não nos faz irmãos [...]. Que Maria, a Mãe de Jesus, nos ajude a compreender e a viver todos os dias a fraternidade que jorra do coração do seu Filho, para levar a paz a todo o homem que vive nesta nossa amada terra. Trecho da Mensagem para a celebração do XLVII Dia Mundial Da Paz, 1º de janeiro de 2014
Editorial
estratÉgIas Para a evangelIzação Em 2012 a Igreja da Arquidiocese da Florianópolis se questionou: “Que características deve ter a nossa Igreja para fazer frente aos grandes desafios da obra evangelizadora? Que Igreja queremos ser? Ou melhor, que Igreja Deus quer que nós sejamos? (Plano Pastoral 257)”. A partir desse questionamento o clero e as lideranças traçaram cinco urgências de evangelização em toda a Arquidiocese. Baseados no Documento de Aparecida, o 13º Plano Pastoral afirma o desejo de que o rosto da Arquidiocese se torne de uma “comunidade missionária”, cada vez mais visível. Por isso, são dessas urgências – comunidade de comunidades, estado permanente de missão, vida e família, animação bíblica e pastoral e iniciação cristã – que a primeira edição do ano da Revista A Palavra trata em suas
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páginas. Nosso objetivo é estar em unidade com os projetos arquidiocesanos e pensar junto com você como colocá-los em prática em nossa Paróquia. O material aqui descrito servirá como base para formações dos projetos e das pastorais durante todo o ano de 2015. O ano da preparação para que as “estratégias de evangelização” comecem a ser colocadas em prática.
Vamos juntos evangelizar?
A Palavra - Opinião
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Edição Paróquia São Luis Gonzaga Brusque, dezembro de 2014 - Número 44
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Capa Ed. 44
Famílias: o centro da evangelização
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05 | Arquidiocese inicia novo
ciclo de evangelização
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Uma nova paróquia para um novo tempo
06 | Arquidiocese em missão 17 | Uma Igreja a serviço dos
mais necessitados
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Um novo caminho para a iniciação cristã
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A Palavra - Mural
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arqUIdIocese InIcIa novo cIclo de evangelIzação
Quem nunca parou para fazer planos, avaliar como estão as coisas e o que precisa melhorar? Com a igreja não é diferente e dos grandes exemplos foi o Concílio Vaticano II que deu novos ares a Igreja, mas sem mudar a sua essência. Assim também as conferências episcopais, as dioceses, paroquias e comunidades precisam parar para analisar como estão e planejar o que será feito. Na Arquidiocese de Florianópolis não é diferente, quando necessário às lideranças se reúnem para avaliar e pensar a forma de ser Igreja. Para fazer um bom planejamento é necessário realizar pesquisas para que se possa conhecer a realidade e a partir daí estabelecer as iniciativas a serem tomadas. Na Arquidiocese esse procedimento foi realizado com a elaboração do 13º Plano de Pastoral. O plano apresenta algumas iniciativas a serem trabalhadas ao longo de 10 anos em todas as paróquias da Arquidiocese. As prioridades e mudanças do plano de pastoral foram apresentadas na última Assembleia Arquidiocesana de Pastoral, realizada no dia 31 de julho de 2014. O encontro reuniu aproximadamente 350 participantes, entre sacerdotes, diáconos, religiosos, seminaristas, representantes das Novas Comunidades
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e das pastorais, serviços e movimentos paroquais.
decIsões Uma das novidades apresentadas na assembleia foi a reestruturação e a criação de cinco novas comarcas que a partir de agora serão chamadas de foranias como recomendado pelo Código de Direito Canônico. Anteriormente as 70 paróquias da Arquidiocese de Florianópolis, distribuídas em 30 municípios, estavam organizadas em oito comarcas, agora foram redistribuídas e serão 13 foranias, entre elas a Forania de Brusque. De acordo com o Padre Revelino Seidler, coordenador arquidiocesano de Pastoral, esta mudança é fruto do planejamento pastoral na Arquidiocese que resultou na elaboração do 13º Plano de Pastoral aprovado em 2012. “Neste plano aprovado nós avaliamos, depois de toda uma pesquisa feita na Arquidiocese, que deveríamos aumentar o número de comarcas”, destacou o padre. A nova reestruturação foi feita levando em conta o acelerado crescimento populacional, as distâncias dentro da Arquidiocese e as diversas realidades pastorais. “Nós temos paróquias de
periferia, em centros urbanos, no meio rural, em regiões turísticas, industriais, enfim, considerando diversos aspectos, questão cultural, econômica, chegamos a conclusão que nós deveríamos reestruturar as comarcas existentes”, observou o coordenador de pastoral da Arquidiocese. Os novos projetos para a ação evangelizadora da Arquidiocese de Florianópolis expressam uma sintonia com as palavras do Papa Francisco na Exortação Apostólica Evangelli Gaudium. “A reforma das estruturas, que a conversão pastoral exige só se pode entender neste sentido: fazer com que todas elas se tornem mais missionárias, que a pastoral ordinária, em todas as suas instâncias, seja mais comunicativa e aberta, que coloque os agentes pastorais em atitude constante de ‘saída’. A Assembleia de Pastoral também refletiu sobre o documento aprovado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB “Comunidade de comunidades: uma nova paróquia. A conversão pastoral da paróquia”. As prioridades apresentadas no 13º Plano de Pastoral da Arquidiocese de Florianópolis e que foram debatidas na Assembleia de Pastoral levam em consideração as urgências apresentadas pelas diretrizes da CNBB. O documento da Conferência dos Bispos propõe um itinerário com cinco urgências: 1º) favorecer um encontro pessoal com Cristo “Igreja: casa da iniciação à vida cristã”; 2º) tomar consciência de que a Igreja precisa ir ao encontro dos que estão afastados “Igreja em estado permanente de missão”; 3º) animar toda atividade pastoral com a Palavra de Deus “Igreja: lugar de animação bíblica da vida e da pastoral”; 4º) organizar a paróquia como uma rede de comunidades “Igreja: comunidade de comunidades”; 5º) expressar a vida da Igreja pela prática da caridade “Igreja a serviço da vida plena para todos”. O Plano Arquidiocesano de Pastoral também aprovou uma atividade transversal: a família. O Plano aprovado em 2012 na Assembleia Arquidiocesana, em Santo Amaro da Imperatriz, tem duração de 10 anos e deverá ser avaliado a cada três anos.
A Palavra - Igreja
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arquidiocese em missão Estar em estado permanente de missão é um dos objetivos do Plano Pastoral Jesus disse aos seus apóstolos “Ide, pois, fazei discípulos de todos os povos, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a cumprir tudo quanto vos tenho mandado” (Mt 28,1920). Esse chamado se atualiza a cada batizado e faz com que a Igreja seja aquilo que é chamada a ser: missionária! O Documento de Aparecida reafirma essa essência quando destaca que “a Igreja é uma comunidade missionária”. Movido por isso e pela clara exortação apostólica do Papa Francisco, Evangelii Gaudium, onde orienta para uma “Igreja em saída”, na definição do Plano Pastoral Arquidiocesano uma das urgências há ser trabalhada é a questão da missionariedade. Surge assim o Projeto de animação missionária da Arquidiocese, priorizando a “Igreja em estado permanente de missão”. Quem está à frente do projeto é o Padre Josemar Silva, coordenador do Conselho Missionário Arquidiocesano (Comidi). Um dos objetivos do projeto é reavivar as ações do Conselho a nível arquidiocesano, forâneo e paroquial. Atualmente se tem projetos missionários como a “Infância Missionária”, “Missões Populares” e as semanas missionárias paroquiais que acontecem no território da Arquidiocese. Mas há também missões permanentes na Bahia e na África e, segundo conta Padre Josemar, ainda em 2015 deve-se iniciar uma missão na Amazônia. “A importância de ter missões ad gentes (missões para todos os povos) está no fato da Igreja ser missionária. Se nós quisermos uma Igreja atenden-
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A Palavra - Especial
do o apelo do Evangelho precisamos ter a missão aqui ou a missão ad gentes”, salienta P. Josemar.
conselHos arqUIdIocesanos e ParoqUIaIs O Conselho Arquidiocesano é composto por representantes dos missionários que vão para a Bahia, das Santas Missões Populares, do Pontifício Instituto das Missões (Pime), dois diáconos (área norte e sul), Infância Missionária (norte e sul), um representante dos Seminários e da Conferência de Religiosos do Brasil (CRB). Os trabalhos do Conselho devem ser retomados até julho de 2015, tendo um retiro missionário já marcado para o dia 13 a 15 de março deste ano, na Paróquia Coloninha, em Florianópolis. O evento contará com todas as representações missionárias da Arquidiocese. Nas paróquias o objetivo é fomentar a formação dos Conselhos Missionários Paroquiais (Comipa) ou os Grupos de Animação Missionária (GAM) com a presença das forças missionárias presentes em cada local, porém não há uma data pré-estabelecida como meta no projeto.
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T RÊS PONTOS MISSIONÁRIOS mIssão ad gentes
mIssão Pastoral trabalhar a missão com o foco nas lideranças e fiéis assíduos das comunidades e paróquias. Assim a imagem do Bom Pastor fica forte como aquele que cuida do seu rebanho, para que o mesmo o anuncie.
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nova evangelIzação – A nova evangelização ganha o rosto de ser uma missão profética no meio da sociedade, através de valores como justiça, paz, defesa da vida, apresentando a fonte do Evangelho, a pessoa de Jesus. Traz assim a imagem do semeador, que sai a semear em terras boas, férteis, mas também nas pedregosas e secas.
– Esta ganha a imagem do pescador, que é chamada a ir às águas mais profundas. Que vai e lança as redes de modo bem aberto. Isso fará com que a Igreja seja cada vez mais missionária. Segundo Padre Josemar o grande desafio na Arquidiocese é a Nova Evangelização. “Vivemos a litoralização, muita gente vem para o litoral, aumentamos os jovens e o fato também são os migrantes tanto estrangeiros e tantos de outros Estados. Precisamos ser uma presença profética nesse mundo em que nós estamos aqui”, avalia.
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Uma nova paróquia Um novo tempo
Você certamente já ouviu, ou até mesmo já usou a expressão: “Está igual obra de Igreja, nunca termina”; e realmente uma paróquia em constante crescimento estará sempre em construção. Não se trata só de reformas e obras em sua estrutura predial como supõe o ditado. “Toda a renovação da Igreja consiste essencialmente numa maior fidelidade à própria vocação. (…) A Igreja peregrina é chamada por Cristo a esta reforma perene. Como instituição humana e terrena, a Igreja necessita perpetuamente desta reforma”, afirmou São João Paulo II no Decreto Unitatis Redintecratio. Tendo em vista os discursos do Papa Francisco, a sua Exortação Apostólica Evangelii Gaudium e o Documento 100 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) “Comunidade de comunidades: uma nova paróquia”, que expressam a necessidade de uma restruturação paroquial, a Arquidiocese de Florianópolis criou a Comissão Paróquia Comunidade de Comunidades. A comissão vem ao encontro de uma das cinco urgências apontadas nas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora no Brasil.
“UM DOS PONTOS FUNDAMENTAIS PARA A UNIÃO DAS COMUNIDADES É O GRUPO BIBLÍCO EM FAMÍLIA (GBF)” O Padre Vitor Feller, Vigário Geral da Arquidiocese de Florianópolis é um dos integrantes da comissão. Ele apontou três objetivos principais da comissão Paróquia Comunidade de Comunidades: 1º) acolher o documento 100 da CNBB
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e promover o seu estudo em todos os ambientes da Arquidiocese; 2º) estudar cada forania e através de um estudo sobre a realidade geográfica em relação com a evangelização propor a criação de novas paróquias, comunidades e a re-divisão de algumas paróquias; e 3º) pensar na criação de um fundo arquidiocesano para compra de terrenos e criação (estruturação) de paróquias.
UmaIgreja descentralizada O Documento 100 da CNBB apresenta uma nova visão de Igreja, descentralizada, mas próxima dos fiéis, que parte ao seu encontro e que não fica só esperando ele bater a sua porta. Esse novo olhar da CNBB, de acordo com o Arcebispo de Florianópolis, Dom Wilson Tadeu Jünck, é um pouco diferente do que se está acostumado. “Poderíamos pensar que as comunidades que formam a paróquia são as capelas. O que a CNBB nos coloca é algo um pouco diferente. Mesmo as capelas são formadas de algumas comunidades, de pequenas comunidades e estas comunidades devem se reunir, sobretudo em torno da meditação da Palavra de Deus”, explica Dom Wilson. Para o Arcebispo um dos pontos fundamentais para a união das comunidades é o Grupo Bíblico em Família (GBF). Mas, os encontros não podem ser apenas “uma reuniãozinha”, ratificou. De acordo com o epíscopo os Grupos Bíblicos devem despertar nas famílias “um interesse umas pelas outras e a partir daí buscar viver o Evangelho iluminado pela Palavra”. Segundo o Padre Vitor Feller a descentralização proposta pela CNBB valoriza mais a figura do leigo, embora a maioria das pessoas ainda pense que para se formar uma comunidade é necessário que se tenha um padre. “Estamos acostumados com a figura do padre e com a Missa. A gente pensa que para ter uma comunidade tem de ter padre e tem de ter Missa, mas não é necessário, claro que vez ou outra pode o padre ir lá para celebrar,
mas uma comunidade pode viver muito bem pela força da Palavra, da caridade fraterna e o cuidado com as necessidades básicas daquele local”, observa Padre Vitor. O Vigário Geral da Arquidiocese ainda relatou que o Código de Direito Canônico prevê a possibilidade de criar paróquias sem sacerdotes, dirigidas por religiosas, por diáconos e até por leigos. “É claro que essas paróquias precisarão de sacerdotes para celebrar a Missa e atender as confissões, porém no mais as celebrações de batizados, casamentos, a organização da comunidade poderá ser exercida por religiosas, diácono ou leigo”. Essa realidade ainda não ocorre na Arquidiocese de Florianópolis, mas segundo o Padre Vitor poderá acontecer devido o número insuficiente de padres para atender a população que cresce a cada dia.
Paróquia: celeiro de vocações Em contrapartida a escassez de padres, uma das iniciativas propostas pela Comissão é a implantação da Pastoral Vocacional em todas as paróquias da Arquidiocese. Essa ação também é prevista pelo documento 100 da CNBB considerando que é na paróquia que nasce e fortalece a consciência vocacional da Igreja. “Faz-se necessário organizar, em todas as paróquias, equipes de pastoral vocacional que animem a vocação batismal, apoiem a diversidade e a especificidade vocacionais, promovam a oração pelas vocações”, diz o Documento. Na Evangelii Gaudium o Papa Francisco também destaca a carência de vocações ao sacerdócio e à vida consagrada. “Frequentemente isso fica-se a dever à falta de ardor apostólico contagioso nas comunidades, pelo que estas não entusiasmam nem fascinam. Onde há vida, fervor, paixão de levar Cristo aos outros, surgem vocações genuínas”. www.paroquiasaoluisgonzaga.com
profética e que esteja no mundo prestando um serviço em favor dos mais necessitados. Isso é uma Igreja em saída, que vai às periferias geográficas e existenciais como diz o Papa Francisco”, enfatiza. Neste mundo em constantes mudanças a juventude é vista com um olhar de expectativa pela Igreja. “Os jovens chamam-nos a despertar e a aumentar a esperança, porque trazem consigo as novas tendências da humanidade e abrem-nos ao futuro, de modo que não fiquemos encalhados na nostalgia de estruturas e costumes que já não são fonte de vida no mundo atual” (Evangelii Gaudium).
“precisamos
Lideranças em formação A Igreja Católica tem um vasto conteúdo doutrinário e para cumprir a sua missão é necessário que as lideranças estejam preparadas com uma formação solida. “Os melhores esforços das paróquias precisam estar voltados à convocação e à formação dos leigos das comunidades, especialmente seus ministros”, afirma o Documento 100 da CNBB. O Padre Vitor Feller reconhece que é necessário formar mais lideranças na Arquidiocese de Florianópolis com cursos de teologia, bíblia, catequese, pastoral, organização comunitária entre outros. O Padre Vitor Feller que também é Diretor Geral da Faculdade Católica de Santa Catarina (FACASC) destaca que a Instituição já oferece cursos de especialização voltados para lideranças e também há possibilidade de aplicar os cursos nas paróquias em parceria com a FACASC. “A própria paróquia ou região poderiam constituir uma escola de teologia, é claro que tem de passar pelos critérios que nós apresentamos, pois somos reconhecidos pelo Ministério da Educação e precisamos ter critérios para certificar cursos de extensão”, afirmou o diretor da faculdade. Ainda de acordo com o Padre Vitor Feller as lideranças não podem ficar fechadas em suas comunidades, “elas precisam estar antenadas também para perceber as mudanças que acontecem ao redor da comunidade, se está surgindo um novo loteamento e ir lá para acolher os novos moradores”. Trabalho semelhante deve www.paroquiasaoluisgonzaga.com
ser feito pelo Ministério de Acolhida, “que não é só para acolher as pessoas na porta da igreja, mas também é preciso acolher os novos moradores que chegam ao bairro, ir aos loteamentos que estão surgindo para atender os novos vizinhos”, aponta Padre Vitor.
Os novos desafios na evangelização As mudanças apresentadas pela Igreja ainda sofrem resistências “tudo é muito novo e fomos acostumados durante muito tempo a tudo pronto”, observou Padre Vitor. Ele relata que o fato do Catolicismo ter sido a religião predominante por muitos anos deixou a Igreja acomodada “o mundo de hoje é plural em termos religiosos, temos muitas religiões e se quisermos estar presentes na sociedade para levar adiante a Boa Nova do Evangelho não podemos ficar parados no que já temos, já sabemos e já fizemos”. O mundo vive hoje uma nova perspectiva e é necessário que a Igreja busque novos métodos na evangelização. “O que nós vamos fazer, vamos ficar fazendo sempre a mesma coisa?”, questiona Padre Vitor. Para o sacerdote não da mais para ficar preso a uma visão gloriosa e triunfalista da Igreja, uma Igreja que está acima de tudo. “Mais do que nunca precisamos ser hoje uma Igreja servidora,
ser hoje uma Igreja servidora, profética e que esteja no mundo prestando um serviço em favor dos mais necessitados” “A juventude não está solidificada a coisas prontas e acabada”, destacou Padre Vitor Feller. Ele acrescenta, no entanto, que não se trata de jogar tudo pelos ares. “A Igreja tem um compromisso com a sua própria tradição, com a conservação da fé, mas ela precisa saber como transmitir e conservar a fé dentro das novas realidades, o que de certa forma a Igreja tem feito ao longo dos mais de dois mil anos da sua existência”, conclui o sacerdote.
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FAMÍLIA: O centro da evangelização! Elas são o foco das atividades evangelizadoras na arquidiocese
Até 2022 todas as ações evangelizadoras da Arquidiocese de Florianópolis devem passar pela família. Ela é, segundo o Plano Pastoral aprovado em 2012, o eixo transversal da evangelização na Arquidiocese, ou seja, o principal objetivo. Para isso foi criada a Comissão para a Vida e Família, assessorada pelo Padre Hélio Luciano. Na Arquidiocese, a Comissão foi elaborada e começou o planejamento das atividades ainda em 2012. Inicialmente foi reunido. juntamente com P. Hélio. representantes de todas as pastorais e movimentos que trabalham com família para juntos pensarem em ações de evangelização. “Tem uma realidade clara de que não estamos chegando nas famílias hoje. Tenho dados estatísticos de quantas pessoas casadas no religioso em 2000 e quantas em 2010, a porcentagem cai drasticamente. Isso é um dado quantitativo, agora num dado qualitativo é dizer, quantas vezes as pessoas que casam na igreja sabem o que estão fazendo, porque hoje em dia se casa pelo evento social”, cita como exemplo
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P. Hélio Luciano. A partir dessa realidade e das discussões foi aprovado em julho deste ano o Projeto de implantação das Comissões Forâneas (CFVF) e Paroquiais (CPVF) para a Vida e a Família. O objetivo é de que essas Comissões estejam presentes em todas as Foranias até março e nas paróquias até julho do ano que vem.
aPelo evangelIzador De acordo com P. Hélio a evangelização das famílias deve acontecer desde a infância até a morte, como é a proposta da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) para a Pastoral Familiar. “Quando se pensa em Pastoral Familiar se pensa em encontro de noivos. E, quando muito, uma pessoa mais engajada na Igreja lembra da Semana da Família. Isso não é cuidado com a família”, ilustra sobre a realidade arquidiocesana. Para ele é importante
que se passe a implantar os setores pré-matrimonial – responsáveis pelo cuidado da infância até o matrimônio – e o pós–matrimonial – responsável pelo zelo pós-casamento. Além de discutir casos especiais, como a homossexualidade, e os de promoção da vida. O trabalho pastoral com as famílias abrange toda a vida de uma pessoa, por isso é considerada o eixo transversal. P. Hélio salienta que é preciso educar um adolescente a namorar e um jovem a noivar. Também lembra algo dito por Papa Francisco sobre o casamento ter se convertido num evento social, o que faz muitos casais preferirem apenas “morar junto” porque não tem dinheiro para “casar na igreja”. “O acidental se tornou essencial. É acidental que tenha uma festa, vestido de noiva, convidados. O essencial é o Sacramento. Mas o Sacramento ficou totalmente em segundo plano” afirma P. Helio. Mudar o conceito de como deve começar uma família é um dos pontos a ser trabalhado pela Comissão, que também tem como desafio os chamados “casos especiais”. “É mostrar para as pessoas que elas fazem parte sim da Igreja. Agora, a situação de vida delas foi uma escolha, independente do modo como aconteceu, por isso há coisas que elas devem viver, porque Deus pediu delas e a cruz é diferente para cada um”, observa P. Hélio. Com isso, a intenção é que o trabalho da Pastoral Familiar – que deve agrupar todos os movimentos e pastorais ligados a família – verdadeiramente alcance todas as realidades deste campo de missão. www.paroquiasaoluisgonzaga.com
Áreas de ação Pastoral
• Setor pré-matrimonial em sentido amplo, desde o Batismo até o casamento; • Setor pós matrimonial em sentido amplo, desde a Celebração do Matrimônio até o fim do mesmo, independente da causa; • Setor casos especiais (homossexualidade, casais em 2ª união); • Promoção da Vida em sentido amplo, não apenas em relação às polêmicas de início e final da vida (aborto e eutanásia), mas também promovendo a vida em casos de marginalização (cuidado aos doentes, cuidados à situações de miséria, prostituição, violência, etc.);
comIssão ParoqUIal Para vIda e famÍlIa da cPvf As CPVF serão formadas, em consonância e com ajuda dos párocos, em todas as paróquias da Arquidiocese. Os membros da CPVF serão: • Um coordenador (nos lugares onde houver, o coordenador será um Diácono Permanente junto à sua esposa); • Os demais Diáconos Permanentes da paróquia (se houver); • Um representante de cada um dos movimentos, pastorais e serviços ligados à família que existam na paróquia, com consciência de que tais movimentos, pastorais e serviços representados são a própria CPVF, que não pode ser absorvida por nenhum destes órgãos (é muito importante entender que não se www.paroquiasaoluisgonzaga.com
trata de um mero convite para participar, nem mesmo de uma ajuda à Arquidiocese ou à Pastoral Familiar como grupo, mas sim que os movimentos, pastorais e serviços ligados à família são os responsáveis por todo o trabalho ligado à família e vida na paróquia); Dentro de um trabalho unitário, cada CPVF deve ter um coordenador em cada uma das quatro áreas. Quando possível, dentro da CPVF, cada uma das quatro áreas além de um coordenador deve contar com uma pequena equipe que se responsabiliza por esta área.
Antes de decidir os membros de cada área, todos deverão estudar os subsídios fornecidos pela CNBB referentes ao serviço de pastoral familiar. Onde for possível, recomenda-se que todos os membros da CPVF façam o curso à distância do Instituto Nacional da Família e da Pastoral Familiar (INAPAF).
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formação as fUnções da cPvf
• Animar os fiéis da paróquia a participarem das atividades propostas pela Arquidiocese e Forania, sendo o elo de união entre Arquidiocese e paróquias; • Atender os fiéis da paróquia nas 04 áreas, não resumindo o trabalho a encontros de preparação de noivos, mas trabalhando na ajuda às famílias desde o ventre materno até a morte (áreas atendidas por uma pastoral que cuida da vida e da família);
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• Curso semipresencial do Instituto Nacional da Família e da Pastoral Familiar ; Este curso é de responsabilidade da Comissão Nacional da Pastoral Familiar, órgão ligado à CNBB, e visa capacitar agentes para o trabalho com as famílias; Sugere-se que todos os Diáconos Permanentes (exceto aqueles que abertamente declarem que não querem) façam o curso; Outras pessoas que desejarem trabalhar com famílias podem fazer o curso; Compete à CAVF coordenar a implantação e desenvolvimento deste curso ao longo de 2015, sendo responsável também por acertar os detalhes junto ao INAPAF;
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Prazos
• No primeiro trimestre de 2015 (março) deve se formar a Comissão Forânea; • Até julho a Comissão deve ser implanta nas Paróquias.
memBros da comIssão arqUIdIocesIana Atualmente, são vinte os movimentos, pastorais ou serviços arquidiocesanos diretamente ligados à CAVF, sendo eles: Abbá Pai, Amor Exigente, Cursilho de Cristandade, Comunhão e Libertação, Comunidade Católica Shalom, Comunidades Nossa Senhora da Esperança, Equipes de Nossa Senhora, Emaús (Florianópolis), Emaús (subsecretariado de Brusque), Encontro Matrimonial, Focolares, Movimento Apostólico de Schoenstatt, Movimento Familiar Cristão, Movimento Gianna Beretta Molla, Movimento de Irmãos, Movimento Serra, Obra Nova Casais, Movimento Familiar OVISA, Pastoral Familiar, Renovação Carismática Católica (RCC). Destes vinte, são quatorze aqueles que participam ativamente da CAVF. Os treze coordenadores das CFVF também são membros ordinários da CAVF. Os mesmos movimentos – se assim houverem – devem participar das Comissões Paroquiais;
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assocIações de famÍlIa
A Comissão Arquidiocesana está incentivando a criação da primeira Associação familiar da Arquidiocese com CNPJ e estatuto próprios. O objetivo é que as famílias estejam organizadas de forma civil para exigir direitos sobre a definição de leis referente ao núcleo familiar e a educação dos filhos. “É para dizer ‘nós famílias queremos isso, não a Igreja. Temos sim uma formação cristã, mas nem por isso somos excluídos da democracia. Queremos que nossos filhos sejam respeitados em sua educação’”, exemplifica P. Hélio Luciano. Cartilhas sobre a sexualidade na escola, questões de gênero e políticas familiares que reduzem a carga horária de trabalho da mulher devem ser alguns dos temas discutidos por essa Associação.
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Um novo caminho para a iniciação cristã
Tubos Pereira há quase 50 anos produzindo com garantia e qualidade em pavers, tubos, lajotas e demais produtos em artefatos de cimento.
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Batismo. Eucaristia. Crisma. O Sacramento do Batismo marca a caminhada inicial de um cristão, a Eucaristia alimenta esta caminhada e a crisma sustenta o compromisso de fé. Mas diferente da grafia utilizada, esses Sacramentos não são vividos de maneira separada, por longos intervalos de tempo, pois sua ação e prática são permanentes. A Iniciação à Vida Cristã através do Batismo, começa a trilhar um longo caminho de crescimento e amadurecimento de fé. Por isso a proposta da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), adotada pela Arquidiocese de Florianópolis no novo Plano Pastoral (vigência 2012 -2020), propõe uma nova forma de conduzir o que hoje se conhece como catequese de Batismo, Eucaristia e Crisma. Não precisa mais haver uma idade para se começar a iniciação à vida cristã. Segundo a Irmã Marlene Bertoldi, coordenadora arquidiocesana de catequese e coordenadora da catequese no Regional Sul 4 da CNBB, o formato proposto através do Estudo nº 97 da Conferência dos Bispos é baseado na formação das primeiras comunidades cristãs. “A pessoa quando era acolhida na Comunidade fazia um longo período de preparação e decisão, depois recebia os Sacramentos. Ela fazia todo um processo”. Essa estrutura era pensada para que as pessoas tivessem uma fé crescente, o que continua como objetivo principal. “Nossa preocupação é fazer com que os cristãos batizados assumam sua fé e verdadeiramente sejam participantes de uma comunidade. Isto precisa em primeiro lugar atingir os adultos”, afirma irmã Marlene. Um dos principais desafios que a Irmã e sua equipe arquidiocesana acreditam que irão encontrar é a mudança de mentalidade das pessoas que, culturalmente,
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já estão habituadas a uma forma ocasional de viver os Sacramentos. Por isso, durante todo o ano de 2015 serão feitas formações nas foranias e paróquias sobre o que é a iniciação à vida cristã, baseada no Estudo nº 97 e no livro “Itinerário catequético – iniciação à vida cristã – um processo de inspiração catecumenal” também da CNBB com todas as lideranças.
“NÃO PRECISA MAIS hAvER UMA IDADE PARA SE COMEçAR A INICIAçÃO À vIDA CRISTÔ Para que assim, formalmente, esse novo modelo de viver a fé cristã seja implantado em 2016.
mostrar e vivenciar a ligação que cada um tem com o outro, a proposta é motivar um caminho de fé. Este caminho supõe um antes, um durante e um depois com encontros de pais e padrinhos em preparação para o Batismo. Essa preparação se daria ainda antes do bebê nascer. Alguém da comunidade paroquial acompanharia essa família (antes) até a chegada do bebê onde se dará encontros formativos de fé para pais e padrinhos (durante). E um depois com um adequado acompanhamento na família. Após o Batismo o caminho cristão continua, porém nessa primeira fase é a família quem precisa animar a fé do filho. Porém, há iniciativas da própria igreja para crianças na idade entre 06 e 07 anos, como a Infância Missionária, que ainda tem pouca expressão na Arquidiocese. Desta forma se espera que o jovem cristão trilhe esse caminho de fé de forma contínua. Irmã Marlene salienta que um dos objetivos da iniciação à vida cristã é que “o cristão esteja inserido na Igreja de maneira que se sinta pertencente, não como cliente. Porque a Igreja é comunidade que vive a fé em Jesus Cristo”.
Passos Para a InIcIação Com esse intuito de não mais separar em “gavetas” os Sacramentos, mas de
Projeto baseado no Documento nº 97 da CNBB
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Tempos O Ritual de Iniciação Cristã de Adultos (RICA), reformulado após o Concílio Vaticano II, propõe “4 tempos” e “3 etapas” na caminhada da iniciação catecumenal que necessita durar em média cinco anos. São eles os tempos:
Acolhida – A primeira missão é a acolhida dos pais e catequizandos pelos catequistas, lideranças, pároco e toda a comunidade;
1º tempo (pré-catecumenato) - É o tempo que se tem como objetivo anunciar o mistério de Cristo, sem a intenção de aprofundar conteúdos. É um tempo de encantamento por Jesus Cristo. O catequizando é incentivado a vivenciar uma fé crescente através da leitura da Palavra, pelas celebrações, oração e mudança de relações com os outros e com a vida.
2º tempo (Catecumenato) – Essa é a fase mais longa de todo o processo de iniciação à vida cristã. Durante este tempo os catequizandos criam familiaridade com a Palavra de Deus, recebem formação catequética, são iniciados nos ritos litúrgicos e exercitamse na prática da vida cristã. Na Arquidiocese esse período vai durar pelo menos 14 meses.
3º tempo (iluminação e purificação) – Nos quarenta dias da quaresma acontece o tempo de purificação e iluminação. Os catequizandos são ajudados na revisão de vida e no retorno ao primeiro encontro com o Senhor. É também nesse tempo que é feita a entrega do Credo e do Pai-Nosso. Os adultos recebem os Sacramentos no Sábado Santo e as crianças vão receber a Eucaristia pós-Páscoa. Já o Sacramento da Crisma é recebido após Pentecostes.
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4º tempo (Mistagogia) – É o último tempo da iniciação. Um período em que os catequizandos fazem uma memória do mistério recebido nos sacramentos. Aqui os “novos cristãos” assumem atividades pastorais e se comprometem com responsabilidades na comunidade. Acompanhamento – Novos cristãos são acompanhados por um adulto mais maduro na fé, para continuar a trilhar o caminho da fé cristã. Após essa etapa, pretende-se na Arquidiocese engajar o jovem cristão em atividades próprias com a Pastoral da Juventude. Assim como posteriormente com a Pastoral Familiar, formando-se um novo ciclo. Nomenclatura A proposta é que a partir da implantação do Projeto, a catequese nos manuais se chamará “Iniciação à vida cristã com crianças” e “Iniciação à vida cristã com adolescentes”.
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Uma Igreja a serviço dos mais necessitados
condições de atender as pessoas em situação de vulnerabilidade social básica: alimentação, vestuário e encaminhamentos emergenciais para tratamento de saúde e dependência química, entre outras.
DESAFIOS
“No coração de Deus, ocupam lugar preferencial os pobres, tanto que até Ele mesmo ‘Se fez pobre’ (2 Cor 8, 9). Todo o caminho da nossa redenção está assinalado pelos pobres”. As palavras do Papa Francisco na Exortação Apostólica Evangelii Gaudium expressam o chamado da Igreja a ter uma opção preferencial pelos mais necessitados. Atenta a voz do Papa e às Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja do Brasil, a Arquidiocese de Florianópolis, através do seu Plano de Pastoral, estabeleceu a prática da caridade como uma das cinco urgências da Igreja local. Para melhor atender as necessidades dos menos favorecidos foi lançado o projeto “A Caridade Social na Arquidiocese”. Organizado pela Ação Social Arquidiocesana (ASA) a iniciativa nasceu da necessidade de organizar, divulgar e incentivar a prática da dimensão da caridade. De acordo com o Diácono Djalma Lemes, Presidente da ASA, o projeto se propõe a auxiliar os párocos no fortalecimento das ações sociais paroquiais. “O desenvolvimento das propostas compreende primeiramente, a adesão dos www.paroquiasaoluisgonzaga.com
párocos ao projeto para que se tenha uma estrutura mínima de atendimento às pessoas em situação de vulnerabilidade e de exclusão social”, ressaltou o diácono. As atividades do projeto “A Caridade Social na Arquidiocese” serão desenvolvidas no âmbito arquidiocesano, forâneo e paroquial. A nível diocesano, o projeto pretende fortalecer a divulgação e conscientização para a prática efetiva da caridade. O Diácono Djalma destaca que todas as pastorais e movimentos devem ter consciência que também precisam “colocar-se a serviço da vida plena para todos”. Essas atividades serão coordenadas e desenvolvidas pela ASA em parceria com as coordenações arquidiocesanas das pastorais. No âmbito das foranias as ações sociais serão realizadas em parceria com os vigários forâneos. Cada forania será representada por um diácono da diretoria da ASA que vai acompanhar a implantação do projeto nas paróquias. O desenvolvimento do projeto a nível paroquial deseja estruturar e organizar as ações sociais de forma que tenham
Na Arquidiocese de Florianópolis muitos trabalhos sociais já são realizados, mas ainda é pouco, de acordo com o Diácono Djalma Lemes. “Na caridade social nunca iremos fazer o bastante”, observou. O Plano de Pastoral Arquidiocesano identificou um aumento das desigualdades sociais, o relatório do projeto “A Caridade Social na Arquidiocese” aponta que “surge uma nova face da pobreza, estampada no rosto dos moradores de rua, migrantes, enfermos, drogados, presos e outros; que além de explorados, são supérfluos e descartáveis”. O Projeto tem como intenção desenvolver trabalhos sociais de acordo com a realidade de cada paróquia. Ainda segundo o relatório, as situações de vulnerabilidade social apresentam-se como um grande desafio às ações sociais paroquiais. A partir da realidade de cada região aAção Social Arquidiocesana, através do diácono que representa a forania, vai desenvolver atividades para aprimorar os programas, projetos e serviços, para que de fato a transformação social aconteça naquela comunidade. A ASA tem como intenção acompanhar todas as atividades sociais na Arquidiocese. “O ideal é que todos os trabalhos sociais sejam filiados a ASA”, afirma o Diácono Dijalma. Atualmente 48 projetos são filiados. A parceria com a ASA garante que a obra receba assessoria e treinamento e também é uma forma de promover a comunhão eclesial. Os trabalhos de ação social associados à ASA são mantidos pelo Fundo Arquidiocesano de Solidariedade oriundo da coleta da evangelização promovida pela Igreja em todo o Brasil.
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Metas do Projeto “A Caridade Social na Arquidiocese” Até dezembro de 2015 a ASA estabeleceu quatro metas a serem desenvolvidas em toda a Arquidiocese de Florianópolis:
Meta 01: Visitar 50% das ações sociais paroquiais, identificando as principais demandas sociais e ações práticas já existentes, propondo as adequações necessárias.
Meta 03: Ampliar de 48 para 70 o número de ações sociais filiadas à Ação Social Arquidiocesana. Meta 02: Estruturar e organizar a Ação Social em todas as paróquias que não possuem atendimento social. Meta 04: Ampliar de 10% para 30% as Ações Sociais com participação de conselheiros nos conselhos municipais.
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