CADERNO DE
POESIAS
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S E Ã R A M I U LILA DIAS G
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EITO
POLEGAR DIR
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L O MEU NOME É LILA, DELICADO E BEM ESCOLHIDO. POR SER ASSIM TÃO CURTINHO, ELE DISPENSA APELIDO. TEM DOIS “L” SEPARADOS, POR UM “I” QUE É BEM MAGRINHO E O “A”, QUE É O PRIMEIRO, APARECE NO FINZINHO. TODO MUNDO TEM UM NOME INVENTADO NO CORAÇÃO, POR ISSO, TODOS SÃO BELOS E MERECEM GRATIDÃO. UM PRESENTE DA FAMÍLIA GUARDADO NA CERTIDÃO. NÍNIVE PIGNATARI
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BENVENISTE BENVENISTE ERA UM ESPANTALHO TRISTE... QUERIA BRINCAR COM OS ANIMAIS, MAS SEUS DIAS SOLITÁRIOS ERAM SEMPRE IGUAIS. NUMA MANHÃ DE RARA BELEZA, SUA BOCA SORRIU COM SURPRESA, POIS PÁSSAROS COLORIDOS DE ORVALHO COBERTOS, FINALMENTE POUSARAM EM SEUS BRAÇOS ABERTOS. NÍNIVE PIGNATARI
O CORAÇÃO QUE BATE-BATE
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O CORAÇÃO QUE BATE-BATE PERDEU SEU C NUM COMBATE QUE TRAVOU COM A RAZÃO. FICOU MENOR, ALEIJADO, MAS PROSSEGUIU COMPASSADO E VIROU UMA ORAÇÃO. NÍNIVE PIGNATARI
LINDA FADINHA
LINDA FADINHA DE VESTIDO BRANCO, BATA AS ASINHAS ESPALHANDO ENCANTO. LINDA FADINHA DE ASAS AMARELAS, CANTA UMA ÁRIA COM TUA VOZ SINGELA. LINDA FADINHA DOS CABELOS CLAROS, OLHA EM MEUS OLHOS COM TEU LUME RARO. E RODA, RODA, E GIRA, GIRA. DANÇA FADINHA, MISTURANDO AS CORES. E GIRA, RODA. E RODA, GIRA, CANTA FADINHA, DESPERTANDO AS FLORES. E GIRA, GIRA. E RODA, RODA, SÃO TRÊS FADINHAS OU SÃO TRÊS AMORES? NÍNIVE PIGNATARI
APOLOGIA À MIGUELITA
MIGUELITA PULA CEDO E VEM LAMBER NOSSO DEDO. COM SEU FOCINHO GELADO, NÃO SABE QUE É FERIADO! POR QUE CHEIRA O MEU PESCOÇO, NÃO VÊ QUE EU NÃO SOU SEU OSSO? A BICHINHA É ESPERTA E ESTÁ DETERMINADA. SE A GENTE NÃO DESPERTA, ARRANCA-NOS A COBERTA. E CHORA, E GRITA. MIMADA MIGUELITA. TODA ESSA CONFUSÃO SEM CONSOLO OU SOLUÇÃO, SÓ PARA VER OS PASSARINHOS NESTA MANHÃ DE VERÃO... NÍNIVE PIGNATARI