Doctor Who - Miniaturas Colecionáveis

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MINIATURAS COLECIONÁVEIS

EDIÇÃO

1

“A PANDÓRICA SE ABRE”

O DÉCIMO PRIMEIRO DOUTOR

A TARDIS

O DÉCIMO PRIMEIRO

DOUTOR

19 DE JUNHO, 2010 O DOUTOR vs. TODOS


© 2015 Eaglemoss. Todos os direitos reservados. BBC, DOCTOR WHO (word marks, logos and devices), TARDIS, DALEKS, CYBERMAN and K-9 (word marks and devices) are trade marks of the British Broadcasting Corporation and are used under licence. BBC logo © BBC 1996. Doctor Who logo © BBC 2015. Dalek image © BBC/ Terry Nation 1963. Cyberman image © BBC/Kit Pedler/ Gerry Davis 1966. K-9 image © BBC/Bob Baker/Dave Martin 1977. Licensed by BBC WW Ltd. Nenhuma parte desta obra pode ser utilizada ou reproduzida em qualquer forma ou meio, seja mecânico, eletrônico, por fotocópia, gravação etc., sem autorização por escrito dos editores. EAGLEMOSS DO BRASIL PUBLICAÇÕES E DISTRIBUIÇÃO LTDA., Sociedade limitada. Al. Araguaia 2044, torre I, 5º andar, sala 505, Barueri, São Paulo, 06455-906. Inscrito na lista dos contribuintes nacionais sob o CNPJ / MF 11.566.617/0001-95.

Development Director: Maggie Calmels Editorial Manager: Ben Robinson Design Manager: Steve Scanlan Editors and writers: Neil Corry, Glenn Dakin Designer: Paul Chamberlain

PRODUÇÃO EDITORIAL: MYTHOS EDITORA LTDA. Editor-Chefe: Helcio de Carvalho Editora: Luciana Barrella Arte: Celso Pimentel Tradução: Rogerio Saladino & Fernando Chakur Revisão: Giácomo Leone & Melissa Correa DISTRIBUIÇÃO: FC Comercial e Distribuidora S.A. Estrada Dr. Kenkiti Shimomoto, 1678 – Jd. Belmonte CEP 06045-390 – Osasco/SP Manuseado e Embalado por PLASTOPACK ISBN: 978-85-8378-086-1 ATENDIMENTO AO ASSINANTE: (11) 3512-9490. NÚMEROS ATRASADOS: Se perdeu algum número, você pode adquiri-lo pelo telefone (11) 3021-7403, pelo email info2@ eaglemoss.com.br ou pelo site www.eaglemoss.com.br Atenção: O conteúdo das revistas, o preço praticado nas bancas e a periodicidade desta coleção podem sofrer alterações por imperativos técnicos alheios à editora. Ao colecionar pelas bancas, adquira os exemplares sempre no mesmo ponto de venda e reserve-os junto ao seu jornaleiro. Edições anteriores devem ser solicitadas em bancas e serão vendidas ao preço da última edição publicada. Ao fazer uma assinatura, os exemplares serão enviados ao seu endereço, sem custo adicional de entrega e com cobrança em cartão de crédito apenas do que for enviado.

DÉCIMO PRIMEIRO DOUTOR

3 A SUA MINIATURA O DÉCIMO PRIMEIRO DOUTOR

Por que A Pandórica se Abre é uma história tão relevante e por que sua miniatura mostra o Décimo Primeiro Doutor em Stonehenge. E mais: de que forma um designer genial, alguma inspiração e uma pitada de sorte criaram a vestimenta perfeita.

8 UM MOMENTO NO TEMPO DENTRO DA PANDÓRICA

Como a equipe de produção criou uma das cenas mais importantes na história de Doctor Who.

O Doutor está cercado por milhares de inimigos. Todos com suas armas engatilhadas, apontadas para ele. Será que ele consegue escapar dessa?  A sua miniatura mostra o décimo primeiro Doutor no momento Altura: 86 mm (tamanho real)

Diretora Geral: Cristina Zahar Diretor Financeiro: Carlos Eduardo Lerner Gerente Financeiro: Maurício Toquetti de Barros Auxiliar Financeira: Fernanda Ferreira da Silva Gerente de Operações: Robson Cerqueira Gerente de Marketing: Jessica Ramires

ÍNDICE

MATT SMITH É O

12 50 ANOS DE DOCTOR WHO 1963

Reveja os grandes marcos neste meio século de Doctor Who.

14 O UNIVERSO DE DOCTOR WHO A TARDIS Faça uma viagem na nave mais incrível de todo o espaço-tempo.

18 MITOS E MISTÉRIOS SUAS PERGUNTAS RESPONDIDAS Quer saber quem explodiu a TARDIS? Nós também…

19 OS RESPONSÁVEIS STEVEN MOFFAT

Conheça o homem que apresentou o Décimo Primeiro Doutor ao mundo.

ODirigindo-se Décimoà Aliança Primeiro Doutor Alienígena em Stonehenge no episódio A Pandórica se Abre.

crucial do episódio A Pandórica se Abre. Em Stonehenge, de frente para uma frota de seus maiores inimigos, o Doutor se impõe, lembrando-os – e a todos os telespectadores – a quem, na verdade, estão enfrentando. Os alienígenas recuam, mas o Doutor não percebe que o plano de seus inimigos está apenas começando a se revelar…  A Pandórica se Abre foi o penúltimo episódio do primeiro ano de Matt Smith no papel de décimo primeiro Doutor. Com o decorrer da série, vimos dicas de uma catástrofe que rasgou buracos no tempo. A “Pandórica” é citada, mas, no desenrolar de seu discurso, não temos ideia de que a Aliança Alienígena havia identificado o Doutor como sendo a maior ameaça à realidade.  O produtor Steven Moffat trabalhou arduamente para construir a cena em que O Doutor enfrenta a Aliança Alienígena, sendo um verdadeiro clímax para a série. Nas temporadas que antecederam esse momento, o Doutor estava quase acreditando que era capaz de fazer qualquer coisa. Essa cena iria levá-lo a um caminho de modéstia.

“Lembrem-se de quem está no caminho de vocês. Lembrem-se de cada dia negro que eu os impedi!” O Doutor.

WWW.EAGLEMOSS.COM.BR/DRWHO

3


© 2015 Eaglemoss. Todos os direitos reservados. BBC, DOCTOR WHO (word marks, logos and devices), TARDIS, DALEKS, CYBERMAN and K-9 (word marks and devices) are trade marks of the British Broadcasting Corporation and are used under licence. BBC logo © BBC 1996. Doctor Who logo © BBC 2015. Dalek image © BBC/ Terry Nation 1963. Cyberman image © BBC/Kit Pedler/ Gerry Davis 1966. K-9 image © BBC/Bob Baker/Dave Martin 1977. Licensed by BBC WW Ltd. Nenhuma parte desta obra pode ser utilizada ou reproduzida em qualquer forma ou meio, seja mecânico, eletrônico, por fotocópia, gravação etc., sem autorização por escrito dos editores. EAGLEMOSS DO BRASIL PUBLICAÇÕES E DISTRIBUIÇÃO LTDA., Sociedade limitada. Al. Araguaia 2044, torre I, 5º andar, sala 505, Barueri, São Paulo, 06455-906. Inscrito na lista dos contribuintes nacionais sob o CNPJ / MF 11.566.617/0001-95.

Development Director: Maggie Calmels Editorial Manager: Ben Robinson Design Manager: Steve Scanlan Editors and writers: Neil Corry, Glenn Dakin Designer: Paul Chamberlain

PRODUÇÃO EDITORIAL: MYTHOS EDITORA LTDA. Editor-Chefe: Helcio de Carvalho Editora: Luciana Barrella Arte: Celso Pimentel Tradução: Rogerio Saladino & Fernando Chakur Revisão: Giácomo Leone & Melissa Correa DISTRIBUIÇÃO: FC Comercial e Distribuidora S.A. Estrada Dr. Kenkiti Shimomoto, 1678 – Jd. Belmonte CEP 06045-390 – Osasco/SP Manuseado e Embalado por PLASTOPACK ISBN: 978-85-8378-086-1 ATENDIMENTO AO ASSINANTE: (11) 3512-9490. NÚMEROS ATRASADOS: Se perdeu algum número, você pode adquiri-lo pelo telefone (11) 3021-7403, pelo email info2@ eaglemoss.com.br ou pelo site www.eaglemoss.com.br Atenção: O conteúdo das revistas, o preço praticado nas bancas e a periodicidade desta coleção podem sofrer alterações por imperativos técnicos alheios à editora. Ao colecionar pelas bancas, adquira os exemplares sempre no mesmo ponto de venda e reserve-os junto ao seu jornaleiro. Edições anteriores devem ser solicitadas em bancas e serão vendidas ao preço da última edição publicada. Ao fazer uma assinatura, os exemplares serão enviados ao seu endereço, sem custo adicional de entrega e com cobrança em cartão de crédito apenas do que for enviado.

DÉCIMO PRIMEIRO DOUTOR

3 A SUA MINIATURA O DÉCIMO PRIMEIRO DOUTOR

Por que A Pandórica se Abre é uma história tão relevante e por que sua miniatura mostra o Décimo Primeiro Doutor em Stonehenge. E mais: de que forma um designer genial, alguma inspiração e uma pitada de sorte criaram a vestimenta perfeita.

8 UM MOMENTO NO TEMPO DENTRO DA PANDÓRICA

Como a equipe de produção criou uma das cenas mais importantes na história de Doctor Who.

O Doutor está cercado por milhares de inimigos. Todos com suas armas engatilhadas, apontadas para ele. Será que ele consegue escapar dessa?  A sua miniatura mostra o décimo primeiro Doutor no momento Altura: 86 mm (tamanho real)

Diretora Geral: Cristina Zahar Diretor Financeiro: Carlos Eduardo Lerner Gerente Financeiro: Maurício Toquetti de Barros Auxiliar Financeira: Fernanda Ferreira da Silva Gerente de Operações: Robson Cerqueira Gerente de Marketing: Jessica Ramires

ÍNDICE

MATT SMITH É O

12 50 ANOS DE DOCTOR WHO 1963

Reveja os grandes marcos neste meio século de Doctor Who.

14 O UNIVERSO DE DOCTOR WHO A TARDIS Faça uma viagem na nave mais incrível de todo o espaço-tempo.

18 MITOS E MISTÉRIOS SUAS PERGUNTAS RESPONDIDAS Quer saber quem explodiu a TARDIS? Nós também…

19 OS RESPONSÁVEIS STEVEN MOFFAT

Conheça o homem que apresentou o Décimo Primeiro Doutor ao mundo.

ODirigindo-se Décimoà Aliança Primeiro Doutor Alienígena em Stonehenge no episódio A Pandórica se Abre.

crucial do episódio A Pandórica se Abre. Em Stonehenge, de frente para uma frota de seus maiores inimigos, o Doutor se impõe, lembrando-os – e a todos os telespectadores – a quem, na verdade, estão enfrentando. Os alienígenas recuam, mas o Doutor não percebe que o plano de seus inimigos está apenas começando a se revelar…  A Pandórica se Abre foi o penúltimo episódio do primeiro ano de Matt Smith no papel de décimo primeiro Doutor. Com o decorrer da série, vimos dicas de uma catástrofe que rasgou buracos no tempo. A “Pandórica” é citada, mas, no desenrolar de seu discurso, não temos ideia de que a Aliança Alienígena havia identificado o Doutor como sendo a maior ameaça à realidade.  O produtor Steven Moffat trabalhou arduamente para construir a cena em que O Doutor enfrenta a Aliança Alienígena, sendo um verdadeiro clímax para a série. Nas temporadas que antecederam esse momento, o Doutor estava quase acreditando que era capaz de fazer qualquer coisa. Essa cena iria levá-lo a um caminho de modéstia.

“Lembrem-se de quem está no caminho de vocês. Lembrem-se de cada dia negro que eu os impedi!” O Doutor.

WWW.EAGLEMOSS.COM.BR/DRWHO

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A SUA MINIATURA

O DÉCIMO PRIMEIRO DOUTOR

O Décimo Primeiro Doutor Enfrentando seus inimigos em A Pandórica se Abre, o Doutor mostra sua vestimenta característica, inspirada em um famoso professor…

M

ais que qualquer outro personagem na televisão, o Doutor é reconhecido pelas roupas que usa. Cada nova encarnação possui um estilo diferente, e cada nova era requer um Doutor que seja ao mesmo tempo excêntrico e (se tudo der certo) descolado. Escolher o conjunto de roupas para um novo Doutor é sempre um desafio. A mídia estará de olho e, seja qual for a escolha da equipe, determinará como o Doutor será lembrado. “Com qualquer programa que não seja Doctor Who”, explica o designer de figurino Ray Holman, “você é levado pelo roteiro e pela interpretação do ator escolhido. Com Doctor Who é igual, exceto pelo fato de ele ser um viajante do tempo…”. Em outras palavras, as roupas do Doutor poderiam vir de qualquer período da história da civilização humana! Ter muitas opções não era o único problema da equipe de produção. Como este seria o décimo primeiro Doutor, algo único e distinto dos dez anteriores precisava ser elaborado. Quando se trata do Doutor, não é só o caso de escolher uma muda de roupa qualquer e entregá-la. O ator precisa se sentir bem nela, como se aquela roupa e ele fossem um só; e precisa participar da escolha da nova aparência do personagem. Por sorte, Holman não estava sozinho nessa missão.

4

Todas as gravatas-borboletas vintage do Doutor vieram de uma loja especializada. O designer de figurino Ray Holman foi atrás de todas as gravatas bordôs que pôde encontrar.

FATO!

As gravatasborboletas de Matt não são de presilha, mas de nó já pronto.

COTOVELEIRAS Para o visual de cientista simpático ficar completo, o casaco tinha cotoveleiras costuradas. Tradicionalmente, os professores sem muito dinheiro costuravam tiras de couro duro nos cotovelos de seus casacos, para que durassem mais. Fãs mais atentos perceberam que as cotoveleiras sumiram misteriosamente em 2010, no especial Um conto de Natal.

CLOSE-UP

Comunicador Gravataborboleta bordô

A

Suspensórios Casaco de lã Donegal

Jeans apertado

A APARÊNCIA DO EINSTEIN Uma das primeiras ideias para o debute de Matt era a de que ele se parecesse com um pirata aventureiro, em um casaco longo do século 17. Mas ele não gostou muito. Para Matt, a personalidade deste Doutor não fazia o estilo aventureiro. Seria mais como se outra pessoa estivesse dizendo ao Doutor o que vestir e não como ele próprio se vestiria. Matt leu muito para entender como abordar esse papel, revelou Holman. “Um dos livros que leu era sobre Einstein. Matt queria explorar a aparência de Einstein e começamos

GRAVATAS-BORBOLETAS SÃO LEGAIS

Calça dobrada para fora

Sua miniatura apresenta o Doutor exatamente como ele aparece em A Pandórica se Abre, vestindo o casaco de lã, a camisa vermelha e o suspensório. Na mão esquerda, ele segura um comunicador, que usa para falar com River Song, com quem está o outro par. Os pés do Doutor estão separados e firmes, no topo de um dos pilares caídos de Stonehenge, passando a impressão de um astro do rock tomando o palco. O dedo indicador da mão direita está apontando para cima, dirigindo-se aos inimigos que circulam no céu, acima dele. O Doutor está em seu apogeu – e nós sabemos que isso significa que, em breve, sofrerá uma dura queda.

FÃ DE LÃ Pode até parecer que o Doutor está sempre com o mesmo casaco. Mas, durante a primeira temporada de Matt, ele usou três modelos diferentes. Esta versão, por exemplo, possui um padrão de malha diferente da que ele usou em A Pandórica se Abre.

O CASACO DEUM GÊNIO Dizem que grandes mentes pensam igual. Matt então resolveu que o Doutor teria o mesmo gosto por casacos que o homem responsável pela Teoria da Relatividade, Albert Einstein.

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A SUA MINIATURA

O DÉCIMO PRIMEIRO DOUTOR

O Décimo Primeiro Doutor Enfrentando seus inimigos em A Pandórica se Abre, o Doutor mostra sua vestimenta característica, inspirada em um famoso professor…

M

ais que qualquer outro personagem na televisão, o Doutor é reconhecido pelas roupas que usa. Cada nova encarnação possui um estilo diferente, e cada nova era requer um Doutor que seja ao mesmo tempo excêntrico e (se tudo der certo) descolado. Escolher o conjunto de roupas para um novo Doutor é sempre um desafio. A mídia estará de olho e, seja qual for a escolha da equipe, determinará como o Doutor será lembrado. “Com qualquer programa que não seja Doctor Who”, explica o designer de figurino Ray Holman, “você é levado pelo roteiro e pela interpretação do ator escolhido. Com Doctor Who é igual, exceto pelo fato de ele ser um viajante do tempo…”. Em outras palavras, as roupas do Doutor poderiam vir de qualquer período da história da civilização humana! Ter muitas opções não era o único problema da equipe de produção. Como este seria o décimo primeiro Doutor, algo único e distinto dos dez anteriores precisava ser elaborado. Quando se trata do Doutor, não é só o caso de escolher uma muda de roupa qualquer e entregá-la. O ator precisa se sentir bem nela, como se aquela roupa e ele fossem um só; e precisa participar da escolha da nova aparência do personagem. Por sorte, Holman não estava sozinho nessa missão.

4

Todas as gravatas-borboletas vintage do Doutor vieram de uma loja especializada. O designer de figurino Ray Holman foi atrás de todas as gravatas bordôs que pôde encontrar.

FATO!

As gravatasborboletas de Matt não são de presilha, mas de nó já pronto.

COTOVELEIRAS Para o visual de cientista simpático ficar completo, o casaco tinha cotoveleiras costuradas. Tradicionalmente, os professores sem muito dinheiro costuravam tiras de couro duro nos cotovelos de seus casacos, para que durassem mais. Fãs mais atentos perceberam que as cotoveleiras sumiram misteriosamente em 2010, no especial Um conto de Natal.

CLOSE-UP

Comunicador Gravataborboleta bordô

A

Suspensórios Casaco de lã Donegal

Jeans apertado

A APARÊNCIA DO EINSTEIN Uma das primeiras ideias para o debute de Matt era a de que ele se parecesse com um pirata aventureiro, em um casaco longo do século 17. Mas ele não gostou muito. Para Matt, a personalidade deste Doutor não fazia o estilo aventureiro. Seria mais como se outra pessoa estivesse dizendo ao Doutor o que vestir e não como ele próprio se vestiria. Matt leu muito para entender como abordar esse papel, revelou Holman. “Um dos livros que leu era sobre Einstein. Matt queria explorar a aparência de Einstein e começamos

GRAVATAS-BORBOLETAS SÃO LEGAIS

Calça dobrada para fora

Sua miniatura apresenta o Doutor exatamente como ele aparece em A Pandórica se Abre, vestindo o casaco de lã, a camisa vermelha e o suspensório. Na mão esquerda, ele segura um comunicador, que usa para falar com River Song, com quem está o outro par. Os pés do Doutor estão separados e firmes, no topo de um dos pilares caídos de Stonehenge, passando a impressão de um astro do rock tomando o palco. O dedo indicador da mão direita está apontando para cima, dirigindo-se aos inimigos que circulam no céu, acima dele. O Doutor está em seu apogeu – e nós sabemos que isso significa que, em breve, sofrerá uma dura queda.

FÃ DE LÃ Pode até parecer que o Doutor está sempre com o mesmo casaco. Mas, durante a primeira temporada de Matt, ele usou três modelos diferentes. Esta versão, por exemplo, possui um padrão de malha diferente da que ele usou em A Pandórica se Abre.

O CASACO DEUM GÊNIO Dizem que grandes mentes pensam igual. Matt então resolveu que o Doutor teria o mesmo gosto por casacos que o homem responsável pela Teoria da Relatividade, Albert Einstein.

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A SUA MINIATURA

O DÉCIMO PRIMEIRO DOUTOR pelo casaco de lã.” A lã pode ter sido um chute no escuro e normalmente está atrelada ao visual careta de professores de geografia velhinhos, mas é também a escolha dos professores malucos e detetives de ficção. Outros Doutores usaram lã no passado, e tinha algo no rosto jovem de Matt – com toda a sua vida pela frente e vestindo casacos de lã fora de moda – que chamava a atenção. Matt usou três casacos diferentes em sua primeira temporada. O que ele usa em A Pandórica se Abre é feito com lã de Donegal e foi utilizado muitas vezes. A produção tinha cinco cópias desse casaco em particular e todas já estavam desgastadas no fim da temporada. Outra parte vital desse novo visual era a gravata-borboleta. Ela já se tornou um clichê para personagens excêntricos na TV – a escolha ideal de colecionadores de antiguidades

DEBAIXO DO CASACO O SUSPENSÓRIO Até os suspensórios do Doutor foram escolhidos com cuidado, nas cores bordô ou azulescuro, para combinar com a gravata e a camisa. Essas duas opções são conhecidas como paletas de cor pelos designers. Eles escolhiam uma paleta para cada história e se mantinham fiéis a ela.

ou exibicionistas extravagantes. O produtor Steven Moffat gargalhou quando ouviu a ideia da gravata-borboleta pela primeira vez, mas, quando Matt experimentou o visual, percebeu que aquilo poderia, sim, funcionar. Matt é um grande fã de Patrick Troughton, o segundo Doutor, que esfregou uma espalhafatosa gravata-borboleta na cara dos alienígenas mais nojentos que a galáxia podia apresentar. Matt adorava o jeito charmoso que Troughton, sem esforço algum, dava ao personagem, e queria copiar uma página desta receita do segundo Doutor; seguiu então os seus instintos e ignorou todos que duvidavam. Holman ratifica: “Matt queria essa gravata e, no momento em que a colocamos nele, o visual estava pronto”. O resto do traje foi inteligentemente escolhido para dar suporte ao casaco fora

TIRANDO O CHAPÉU PARA O MATT! Vestir-se é um hábito para o décimo primeiro Doutor, que adora mudar seu visual. Das suas roupas baseadas em Einstein para as roupas de um senhor da era

A CAMISA Peça integrante da coleção de 2009 de Paul Smith, esta camisa e sua versão militar foram adquiridas pelos produtores. Um ano mais tarde, a camisa foi relançada em uma coleção limitada.

O RELÓGIO A BOTAS Estas botas de cano alto foram especialmente escolhidas pelo designer de figurino Ray Holman. Cinco pares foram feitos e tiveram suas solas desgastadas no decorrer da série. O Doutor realmente corre muito!

6

O relógio do Doutor possui uma pulseira com feixe decorativo em ouro e mostra na frente apenas os números pares. Matt reclama que o relógio só funciona na base do famoso ‘tapinha’. No episódio O Homem de Neve, o Doutor tinha se aposentado e havia parado de salvar planetas (na maioria das vezes). Seu visual definitivamente não se destacava na multidão de Londres do século 19.

vitoriana, o Doutor gosta de se trocar mais do que qualquer outro de seus antecessores. Ele adora chapéus, no estilo caubói, um fez muçulmano ou até um chapeuzinho de festinhas de aniversário…

de moda e à gravata. As estilosas camisas Paul Smith, cinco bordôs e cinco azul-marinho, foram incluídas no seu vestuário e com um jeans apertado ajudaram o Doutor a ter uma silhueta marcante na tela. Os suspensórios de Matt eram de uma tradicional loja masculina de roupas e tinham que ser de presilha para ajudar nas gravações. Em relação aos sapatos, Holman decidiu que Matt deveria usar botas, fazendo contraste com os tênis que David Tennant usou quando interpretou o Décimo Doutor. Cinco pares no tamanho 42 foram feitos por uma empresa especializada em calçados para companhias teatrais. No geral, o processo de caracterização da vestimenta total levou aproximadamente 4 semanas de intensiva dedicação. Muito antes de Matt aparecer nas telas como o Doutor, seu novo visual já havia sido disseminado entre os fãs e a mídia. No mesmo segundo em que as imagens de Matt, gravando o episódio O Tempo dos Anjos, em Southerndown Beach, apareceram na internet, nas revistas e nos jornais, o décimo primeiro Doutor virou sensação. As apostas da equipe tinham dado resultado. Trazer de volta a moda do casaco de lã gerou elogios em quase todo o universo. Domhnall Martainn, da empresa Harris Tweed Authority, ficou extremamente excitado quando viu as primeiras imagens divulgadas: “Vai levar a imagem de Harris Tweed a um novo patamar, quando você pensar quantas milhões de pessoas acompanham o Doutor”, disse. “Não haveria outra maneira que a Harris Tweed pudesse pagar por esse tipo de publicidade!” As vendas de gravata-borboleta também explodiram. O novo Doutor havia chegado – e como um bom viajante do tempo – com seu novo visual e sua nova moda, antes mesmo de suas aventuras terem oficialmente estreado na telinha. Como a imagem de Matt foi tão rapidamente enraizada, logo foi possível começar a brincar com as mais diversas possibilidades. Um chapéu de caubói, um fez (tipo de chapéu), um terno de noivo e até mesmo um uniforme de futebol deram o ar da graça nas telas. Mas não importa quão extravagantes sejam suas mudanças, Matt será certamente lembrado para sempre pelo visual que deu início a tudo. Seria Albert Einstein ou seria somente… genial?

O Doutor ama usar fez. Sim, ele é legal. Pergunte a Tommy Cooper.

Um gorro de Papai Noel é essencial para o episódio especial Um conto de Natal.

Quando estiver entre piratas, a primeira coisa a se fazer é conseguir um chapéu de três pontas.

Quando se pode usar um chapéu à mesa do jantar? No Natal, é claro!

Você tem que estar o mais bonito possível quando tiver só mais vinte minutos de vida…

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A SUA MINIATURA

O DÉCIMO PRIMEIRO DOUTOR pelo casaco de lã.” A lã pode ter sido um chute no escuro e normalmente está atrelada ao visual careta de professores de geografia velhinhos, mas é também a escolha dos professores malucos e detetives de ficção. Outros Doutores usaram lã no passado, e tinha algo no rosto jovem de Matt – com toda a sua vida pela frente e vestindo casacos de lã fora de moda – que chamava a atenção. Matt usou três casacos diferentes em sua primeira temporada. O que ele usa em A Pandórica se Abre é feito com lã de Donegal e foi utilizado muitas vezes. A produção tinha cinco cópias desse casaco em particular e todas já estavam desgastadas no fim da temporada. Outra parte vital desse novo visual era a gravata-borboleta. Ela já se tornou um clichê para personagens excêntricos na TV – a escolha ideal de colecionadores de antiguidades

DEBAIXO DO CASACO O SUSPENSÓRIO Até os suspensórios do Doutor foram escolhidos com cuidado, nas cores bordô ou azulescuro, para combinar com a gravata e a camisa. Essas duas opções são conhecidas como paletas de cor pelos designers. Eles escolhiam uma paleta para cada história e se mantinham fiéis a ela.

ou exibicionistas extravagantes. O produtor Steven Moffat gargalhou quando ouviu a ideia da gravata-borboleta pela primeira vez, mas, quando Matt experimentou o visual, percebeu que aquilo poderia, sim, funcionar. Matt é um grande fã de Patrick Troughton, o segundo Doutor, que esfregou uma espalhafatosa gravata-borboleta na cara dos alienígenas mais nojentos que a galáxia podia apresentar. Matt adorava o jeito charmoso que Troughton, sem esforço algum, dava ao personagem, e queria copiar uma página desta receita do segundo Doutor; seguiu então os seus instintos e ignorou todos que duvidavam. Holman ratifica: “Matt queria essa gravata e, no momento em que a colocamos nele, o visual estava pronto”. O resto do traje foi inteligentemente escolhido para dar suporte ao casaco fora

TIRANDO O CHAPÉU PARA O MATT! Vestir-se é um hábito para o décimo primeiro Doutor, que adora mudar seu visual. Das suas roupas baseadas em Einstein para as roupas de um senhor da era

A CAMISA Peça integrante da coleção de 2009 de Paul Smith, esta camisa e sua versão militar foram adquiridas pelos produtores. Um ano mais tarde, a camisa foi relançada em uma coleção limitada.

O RELÓGIO A BOTAS Estas botas de cano alto foram especialmente escolhidas pelo designer de figurino Ray Holman. Cinco pares foram feitos e tiveram suas solas desgastadas no decorrer da série. O Doutor realmente corre muito!

6

O relógio do Doutor possui uma pulseira com feixe decorativo em ouro e mostra na frente apenas os números pares. Matt reclama que o relógio só funciona na base do famoso ‘tapinha’. No episódio O Homem de Neve, o Doutor tinha se aposentado e havia parado de salvar planetas (na maioria das vezes). Seu visual definitivamente não se destacava na multidão de Londres do século 19.

vitoriana, o Doutor gosta de se trocar mais do que qualquer outro de seus antecessores. Ele adora chapéus, no estilo caubói, um fez muçulmano ou até um chapeuzinho de festinhas de aniversário…

de moda e à gravata. As estilosas camisas Paul Smith, cinco bordôs e cinco azul-marinho, foram incluídas no seu vestuário e com um jeans apertado ajudaram o Doutor a ter uma silhueta marcante na tela. Os suspensórios de Matt eram de uma tradicional loja masculina de roupas e tinham que ser de presilha para ajudar nas gravações. Em relação aos sapatos, Holman decidiu que Matt deveria usar botas, fazendo contraste com os tênis que David Tennant usou quando interpretou o Décimo Doutor. Cinco pares no tamanho 42 foram feitos por uma empresa especializada em calçados para companhias teatrais. No geral, o processo de caracterização da vestimenta total levou aproximadamente 4 semanas de intensiva dedicação. Muito antes de Matt aparecer nas telas como o Doutor, seu novo visual já havia sido disseminado entre os fãs e a mídia. No mesmo segundo em que as imagens de Matt, gravando o episódio O Tempo dos Anjos, em Southerndown Beach, apareceram na internet, nas revistas e nos jornais, o décimo primeiro Doutor virou sensação. As apostas da equipe tinham dado resultado. Trazer de volta a moda do casaco de lã gerou elogios em quase todo o universo. Domhnall Martainn, da empresa Harris Tweed Authority, ficou extremamente excitado quando viu as primeiras imagens divulgadas: “Vai levar a imagem de Harris Tweed a um novo patamar, quando você pensar quantas milhões de pessoas acompanham o Doutor”, disse. “Não haveria outra maneira que a Harris Tweed pudesse pagar por esse tipo de publicidade!” As vendas de gravata-borboleta também explodiram. O novo Doutor havia chegado – e como um bom viajante do tempo – com seu novo visual e sua nova moda, antes mesmo de suas aventuras terem oficialmente estreado na telinha. Como a imagem de Matt foi tão rapidamente enraizada, logo foi possível começar a brincar com as mais diversas possibilidades. Um chapéu de caubói, um fez (tipo de chapéu), um terno de noivo e até mesmo um uniforme de futebol deram o ar da graça nas telas. Mas não importa quão extravagantes sejam suas mudanças, Matt será certamente lembrado para sempre pelo visual que deu início a tudo. Seria Albert Einstein ou seria somente… genial?

O Doutor ama usar fez. Sim, ele é legal. Pergunte a Tommy Cooper.

Um gorro de Papai Noel é essencial para o episódio especial Um conto de Natal.

Quando estiver entre piratas, a primeira coisa a se fazer é conseguir um chapéu de três pontas.

Quando se pode usar um chapéu à mesa do jantar? No Natal, é claro!

Você tem que estar o mais bonito possível quando tiver só mais vinte minutos de vida…

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UM MOMENTO NO TEMPO

A PANDÓRICA SE ABRE Transmissão: 19/06/2010, canal BBC1 Roteiro: Steven Moffat Diretor: Toby Haynes Produtor: Peter Bennet Estrelando: Matt Smith como o Doutor, Arthur Darvill como Rory Williams, Karen Gillan como Amy Pond e Alex Kingston como River Song

O QUE ACONTECEU? Pistas espalhadas pelo espaço-tempo levaram o Doutor e Amy a um acampamento romano próximo a Stonehenge, no ano de 102 a.C. River Song aguarda-os para avisar sobre uma misteriosa prisão escondida embaixo de Stonehenge. Essa prisão, construída para guardar a coisa mais perigosa de todo o Universo, está para se abrir. O Doutor descobre que a Pandórica é uma armadilha, feita sob medida para ele por uma aliança de seus maiores inimigos. Eles acreditam que, capturando o Doutor, vão impedi-lo de destruir o Universo em um evento cataclísmico envolvendo a TARDIS. Mas River também pode pilotar a nave e, quando atacada por uma misteriosa força que anuncia: “O silêncio vai cair”, a TARDIS explode, despedaçando o tecido do espaço-tempo.

Momentos icônicos nunca são deixados ao acaso, e o discurso do Doutor foi realçado – não por aquelas tochas romanas, mas por holofotes. Uma névoa foi criada com gelo seco. O clima úmido e selvagem era real.

8

ABRINDO A PANDÓRICA

ABRINDO A PANDÓRICA

É uma das cenas mais importantes na história de Doctor Who: cercado por uma numerosa frota da aliança de seus maiores inimigos, o Doutor se impõe em Stonehenge e faz com que se lembrem de quem é.

E

les sabiam que tinha de ser GRANDE. O último episódio da temporada sempre precisa ser especial, mas o final da quinta temporada tinha de ser provocador. Dicas foram dadas e ele vinha sendo planejado como nunca antes. Ele precisava ser marcante. Desde o episódio Silêncio na Biblioteca, escrito por Steven Moffat, nós já sabíamos que o futuro do Doutor continha triunfos e derrotas sem precedentes. O Doutor, dirigindose a esse grupo aleatório de alienígenas unidos, seria seu ponto alto. Sua prisão na Pandórica, um desesperador ponto baixo. Moffat sabia que precisava de algo impactante, algo que seria lembrado por anos. Seu roteiro colocava o Doutor confrontando

uma aliança de seus mais assustadores inimigos, bem no meio de Stonehenge, enquanto naves espaciais rodeavam o céu. Moffat pediu por Stonehenge e ganhou dois: o verdadeiro e um cenográfico, feito de espuma. Ele também conseguiu uma câmara secreta embaixo do famoso monumento, um set de filmagens no mínimo ambicioso.

MATT SMITH:

“Stonehenge! Eu sinto um grande privilégio de estar aqui.”

FILMANDO EM STONEHENGE O diretor Toby Haynes resumiu a filmagem no verdadeiro Stonehenge como “um desafio”. Foram necessárias semanas de planejamento para filmar dentro do grandioso monumento por apenas uma noite. A equipe pesquisou a possibilidade de duplicar todo o

É uma noite fria de fevereiro e a equipe de produção planeja como deixar o monumental Stonehenge ainda mais épico do que já foi em seus 5 mil anos de história.

O Doutor faz um discurso desafiador para a frota alienígena reunida. Nesse momento, parece que ele consegue sair de qualquer encrenca apenas discursando, mas logo vai descobrir que não é bem assim.

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UM MOMENTO NO TEMPO

A PANDÓRICA SE ABRE Transmissão: 19/06/2010, canal BBC1 Roteiro: Steven Moffat Diretor: Toby Haynes Produtor: Peter Bennet Estrelando: Matt Smith como o Doutor, Arthur Darvill como Rory Williams, Karen Gillan como Amy Pond e Alex Kingston como River Song

O QUE ACONTECEU? Pistas espalhadas pelo espaço-tempo levaram o Doutor e Amy a um acampamento romano próximo a Stonehenge, no ano de 102 a.C. River Song aguarda-os para avisar sobre uma misteriosa prisão escondida embaixo de Stonehenge. Essa prisão, construída para guardar a coisa mais perigosa de todo o Universo, está para se abrir. O Doutor descobre que a Pandórica é uma armadilha, feita sob medida para ele por uma aliança de seus maiores inimigos. Eles acreditam que, capturando o Doutor, vão impedi-lo de destruir o Universo em um evento cataclísmico envolvendo a TARDIS. Mas River também pode pilotar a nave e, quando atacada por uma misteriosa força que anuncia: “O silêncio vai cair”, a TARDIS explode, despedaçando o tecido do espaço-tempo.

Momentos icônicos nunca são deixados ao acaso, e o discurso do Doutor foi realçado – não por aquelas tochas romanas, mas por holofotes. Uma névoa foi criada com gelo seco. O clima úmido e selvagem era real.

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ABRINDO A PANDÓRICA

ABRINDO A PANDÓRICA

É uma das cenas mais importantes na história de Doctor Who: cercado por uma numerosa frota da aliança de seus maiores inimigos, o Doutor se impõe em Stonehenge e faz com que se lembrem de quem é.

E

les sabiam que tinha de ser GRANDE. O último episódio da temporada sempre precisa ser especial, mas o final da quinta temporada tinha de ser provocador. Dicas foram dadas e ele vinha sendo planejado como nunca antes. Ele precisava ser marcante. Desde o episódio Silêncio na Biblioteca, escrito por Steven Moffat, nós já sabíamos que o futuro do Doutor continha triunfos e derrotas sem precedentes. O Doutor, dirigindose a esse grupo aleatório de alienígenas unidos, seria seu ponto alto. Sua prisão na Pandórica, um desesperador ponto baixo. Moffat sabia que precisava de algo impactante, algo que seria lembrado por anos. Seu roteiro colocava o Doutor confrontando

uma aliança de seus mais assustadores inimigos, bem no meio de Stonehenge, enquanto naves espaciais rodeavam o céu. Moffat pediu por Stonehenge e ganhou dois: o verdadeiro e um cenográfico, feito de espuma. Ele também conseguiu uma câmara secreta embaixo do famoso monumento, um set de filmagens no mínimo ambicioso.

MATT SMITH:

“Stonehenge! Eu sinto um grande privilégio de estar aqui.”

FILMANDO EM STONEHENGE O diretor Toby Haynes resumiu a filmagem no verdadeiro Stonehenge como “um desafio”. Foram necessárias semanas de planejamento para filmar dentro do grandioso monumento por apenas uma noite. A equipe pesquisou a possibilidade de duplicar todo o

É uma noite fria de fevereiro e a equipe de produção planeja como deixar o monumental Stonehenge ainda mais épico do que já foi em seus 5 mil anos de história.

O Doutor faz um discurso desafiador para a frota alienígena reunida. Nesse momento, parece que ele consegue sair de qualquer encrenca apenas discursando, mas logo vai descobrir que não é bem assim.

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UM MOMENTO NO TEMPO monumento, mas isso teria acabado com o orçamento necessário para construir a câmara inferior. Como Stonehenge é um patrimônio histórico mundial, existiam algumas restrições: uma delas era a proibição de equipamentos pesados no local. Somente uma noite de filmagens in loco não era nem de perto tempo suficiente para gravar todas as cenas que a equipe de produção precisava – especialmente o grande discurso do Doutor. Mas o diretor estava confiante de que a filmagem feita no local havia estabelecido tão bem a impressão de localização que a cópia poderia ser usada para completar o que fosse necessário. A cópia de espuma foi montada no Parque Margam, a 40 quilômetros de Cardiff. Mas ainda havia problemas. “As condições estavam diabólicas. O vento estava tão forte que Matt não conseguia ouvir a própria voz, estava muito frio e a chuva nos castigava”, explicou Haynes. “Mas, com as luzes ligadas, ficou fantástico!”

ABRINDO A PANDÓRICA “A expressão de Matt quando ele abre as portas realmente resume tudo pra mim”, acrescenta Haynes. “Era pra ser algo como uma mistura de medo, excitação e muita diversão por eles estarem descobrindo algo novo.”

OS MAIORES DESAFIOS O objeto cenográfico preferido de Toby Haynes era a própria Pandórica… até ele ver a cabeça de um cyberman que se abre! A empresa de animatrônicos Millenium FX preparou uma cabeça de Cybermen para que ela se abrisse e revelasse uma horrível e decadente caveira projetandodo-se para fora. O plano de Haynes era fazer uma cena em que ela atacasse Amy da maneira mais real possível. “[A sequência] foi um dos maiores desafios técnicos que

Na verdade, o Doutor fez seu discurso em um campo, dentro de um parque não muito longe de Cardiff, com blocos de espuma feitos para parecer Stonehenge.

tivemos em todo o episódio. Mas não é só assustador, como também surpreendentemente engraçado. Sempre que Amy faz alguma coisa, ela pensa: ‘Como pode ficar pior que isso?’.” Foi uma sequência complicada para filmar, dividida em diversos segmentos: quando o Cybermen de apenas um braço e sem cabeça avança, ele pega sua

cabeça, encaixa no lugar e a persegue. “E vai indo, e indo, e indo!”, contou Haynes. Outro desafio foi reunir a maioria dos monstros já vistos no show. O set tinha que ser o maior já construído no Upper Boat Studios para que coubessem todos eles. Fãs discutiram as mais inesperadas uniões nessa aliança. Por que os Uvodni estavam lá? Anteriormente, eles haviam enfrentado somente a Sarah Jane Smith em sua série. A verdade é que a BBC escolheu criaturas cujas máscaras e fantasias já estivessem prontamente disponíveis e em boas condições de uso. Até um velho companheiro, como o dublador Nicholas Briggs, que faz a voz dos Daleks, imaginou-se com 7 anos, morrendo de medo de todos aqueles monstros juntos. A equipe de bastidores tinha feito o impossível – que, no caso de Doctor Who, é basicamente apenas mais um dia de trabalho.

A ALIANÇA

Você conseguiu reparar todos os monstros que se uniram para acabar de vez com o Doutor? Dê uma olhada nos destaques a seguir:

OS DALEKS Autoproclamados líderes da aliança, eles descobriram que as rachaduras no tecido do Universo eram causadas pela explosão da TARDIS.

OS CYBERMEN Sua lógica condena o Universo. Eles acham que, sem o Doutor para pilotar a TARDIS, ela não pode voar, mas eles não sabem sobre River. É somente um arranhão: enferrujado, espancado, sem um braço, mas que que não morre o Cyber-sentinela roubou a cena nesse episódio.

Não é somente este universo que está em perigo, e são esses soldados atarracados que defendem que toda a realidade está ameaçada.

A CÂMARA ESCONDIDA Um dos momentos prediletos de Steven Moffat em Doctor Who é quando o Doutor arrasta uma das pedras do Stonehenge para revelar uma caverna subterrânea. “Eu não acho que realmente exista uma caverna ali”, ele disse. “Mas quem se importa? Agora, existe!” A entrada para a câmara que continha a Pandórica foi um dos maiores sets de filmagens que a nova fase de Doctor Who já criou, e o diretor Toby Haynes não se intimida em revelar sua inspiração. “Acho que estava escrito no roteiro que a câmara tinha de parecer um lugar que saiu de um filme do Indiana Jones. Eu realmente queria passar a impressão de escuro, frio e úmido, com muitas teias de aranha e coisas assim.” Haynes também queria capturar a sensação que foi passada no episódiodo de1967 do Segundo Doutor, A Tumba do Cyberman: “É por isso que temos aquelas portas imensas”, explicou. Também contou que os episódios A Pandórica se Abre e O Big-Bang foram “para transmitir pânico”.

OS SILURIANOS

A cabeça do Cybermen se abre na parte central do capacete, revelando uma caveira deteriorada que inesperadamente cai no chão. O capacete então começa a estalar e avançar como um animal raivoso na direção da aterrorizada Amy Pond. Acima: A aliança prende o Doutor dentro da Pandórica. Abaixo: A Tumba do Cyberman (1967) ajudou a inspirar o cenário amedrontador da Pandórica.

“Este episódio tem que dizer ‘GRANDE!’ a cada momento. Ele tem que dizer: ‘Estamos aumentando a contagem para 11!’.”

Uma surpreendente presença nesta Aliança, mas, quando o Universo está enfrentando um colapso geral, até os amigos podem se tornar inimigos.

A CONSCIÊNCIA NESTENE A vanguarda da aliança usa as lembranças da Amy para construir uma armadilha combinando um exército romano de plástico e um Rory renascido.

MAIS AMEAÇAS

STEVEN MOFFAT (centro):

10

OS SONTARIANOS

Usando truques de efeitos especiais com ‘tela verde’: tudo que é verde no set vai ficar invisível na imagem final – destacando o Cybermen sem braço e sem cabeça.

Ao fundo, da esquerda para a direita: Sycorax, Roboform e Weevil. Na frente: Uvodni e Judoon. Um Hoix e um Baiacu também apareceram na telinha. Outros nomes confirmados foram os Slitheen, Chelonianos, Drahvins, Haemo-goths, Draconianos, Atraxi, Tereleptil e Zygons.

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UM MOMENTO NO TEMPO monumento, mas isso teria acabado com o orçamento necessário para construir a câmara inferior. Como Stonehenge é um patrimônio histórico mundial, existiam algumas restrições: uma delas era a proibição de equipamentos pesados no local. Somente uma noite de filmagens in loco não era nem de perto tempo suficiente para gravar todas as cenas que a equipe de produção precisava – especialmente o grande discurso do Doutor. Mas o diretor estava confiante de que a filmagem feita no local havia estabelecido tão bem a impressão de localização que a cópia poderia ser usada para completar o que fosse necessário. A cópia de espuma foi montada no Parque Margam, a 40 quilômetros de Cardiff. Mas ainda havia problemas. “As condições estavam diabólicas. O vento estava tão forte que Matt não conseguia ouvir a própria voz, estava muito frio e a chuva nos castigava”, explicou Haynes. “Mas, com as luzes ligadas, ficou fantástico!”

ABRINDO A PANDÓRICA “A expressão de Matt quando ele abre as portas realmente resume tudo pra mim”, acrescenta Haynes. “Era pra ser algo como uma mistura de medo, excitação e muita diversão por eles estarem descobrindo algo novo.”

OS MAIORES DESAFIOS O objeto cenográfico preferido de Toby Haynes era a própria Pandórica… até ele ver a cabeça de um cyberman que se abre! A empresa de animatrônicos Millenium FX preparou uma cabeça de Cybermen para que ela se abrisse e revelasse uma horrível e decadente caveira projetandodo-se para fora. O plano de Haynes era fazer uma cena em que ela atacasse Amy da maneira mais real possível. “[A sequência] foi um dos maiores desafios técnicos que

Na verdade, o Doutor fez seu discurso em um campo, dentro de um parque não muito longe de Cardiff, com blocos de espuma feitos para parecer Stonehenge.

tivemos em todo o episódio. Mas não é só assustador, como também surpreendentemente engraçado. Sempre que Amy faz alguma coisa, ela pensa: ‘Como pode ficar pior que isso?’.” Foi uma sequência complicada para filmar, dividida em diversos segmentos: quando o Cybermen de apenas um braço e sem cabeça avança, ele pega sua

cabeça, encaixa no lugar e a persegue. “E vai indo, e indo, e indo!”, contou Haynes. Outro desafio foi reunir a maioria dos monstros já vistos no show. O set tinha que ser o maior já construído no Upper Boat Studios para que coubessem todos eles. Fãs discutiram as mais inesperadas uniões nessa aliança. Por que os Uvodni estavam lá? Anteriormente, eles haviam enfrentado somente a Sarah Jane Smith em sua série. A verdade é que a BBC escolheu criaturas cujas máscaras e fantasias já estivessem prontamente disponíveis e em boas condições de uso. Até um velho companheiro, como o dublador Nicholas Briggs, que faz a voz dos Daleks, imaginou-se com 7 anos, morrendo de medo de todos aqueles monstros juntos. A equipe de bastidores tinha feito o impossível – que, no caso de Doctor Who, é basicamente apenas mais um dia de trabalho.

A ALIANÇA

Você conseguiu reparar todos os monstros que se uniram para acabar de vez com o Doutor? Dê uma olhada nos destaques a seguir:

OS DALEKS Autoproclamados líderes da aliança, eles descobriram que as rachaduras no tecido do Universo eram causadas pela explosão da TARDIS.

OS CYBERMEN Sua lógica condena o Universo. Eles acham que, sem o Doutor para pilotar a TARDIS, ela não pode voar, mas eles não sabem sobre River. É somente um arranhão: enferrujado, espancado, sem um braço, mas que que não morre o Cyber-sentinela roubou a cena nesse episódio.

Não é somente este universo que está em perigo, e são esses soldados atarracados que defendem que toda a realidade está ameaçada.

A CÂMARA ESCONDIDA Um dos momentos prediletos de Steven Moffat em Doctor Who é quando o Doutor arrasta uma das pedras do Stonehenge para revelar uma caverna subterrânea. “Eu não acho que realmente exista uma caverna ali”, ele disse. “Mas quem se importa? Agora, existe!” A entrada para a câmara que continha a Pandórica foi um dos maiores sets de filmagens que a nova fase de Doctor Who já criou, e o diretor Toby Haynes não se intimida em revelar sua inspiração. “Acho que estava escrito no roteiro que a câmara tinha de parecer um lugar que saiu de um filme do Indiana Jones. Eu realmente queria passar a impressão de escuro, frio e úmido, com muitas teias de aranha e coisas assim.” Haynes também queria capturar a sensação que foi passada no episódiodo de1967 do Segundo Doutor, A Tumba do Cyberman: “É por isso que temos aquelas portas imensas”, explicou. Também contou que os episódios A Pandórica se Abre e O Big-Bang foram “para transmitir pânico”.

OS SILURIANOS

A cabeça do Cybermen se abre na parte central do capacete, revelando uma caveira deteriorada que inesperadamente cai no chão. O capacete então começa a estalar e avançar como um animal raivoso na direção da aterrorizada Amy Pond. Acima: A aliança prende o Doutor dentro da Pandórica. Abaixo: A Tumba do Cyberman (1967) ajudou a inspirar o cenário amedrontador da Pandórica.

“Este episódio tem que dizer ‘GRANDE!’ a cada momento. Ele tem que dizer: ‘Estamos aumentando a contagem para 11!’.”

Uma surpreendente presença nesta Aliança, mas, quando o Universo está enfrentando um colapso geral, até os amigos podem se tornar inimigos.

A CONSCIÊNCIA NESTENE A vanguarda da aliança usa as lembranças da Amy para construir uma armadilha combinando um exército romano de plástico e um Rory renascido.

MAIS AMEAÇAS

STEVEN MOFFAT (centro):

10

OS SONTARIANOS

Usando truques de efeitos especiais com ‘tela verde’: tudo que é verde no set vai ficar invisível na imagem final – destacando o Cybermen sem braço e sem cabeça.

Ao fundo, da esquerda para a direita: Sycorax, Roboform e Weevil. Na frente: Uvodni e Judoon. Um Hoix e um Baiacu também apareceram na telinha. Outros nomes confirmados foram os Slitheen, Chelonianos, Drahvins, Haemo-goths, Draconianos, Atraxi, Tereleptil e Zygons.

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1963 50 anos de doctor who

1963

O MUNDO EM 1963 A primeira e única mulher a fazer uma missão solo ao espaço é a cosmonauta soviética Valentina Tereshkova, que faz história decolando em 16 de junho na Vostok 6.

O Homem de Ferro, superherói da Marvel Comics, é visto pela primeira vez. A primeira revista em quadrinhos da equipe X-Men é lançada em setembro.

Embarque conosco nesta jornada pelo tempo, em que lhe mostraremos os grandes eventos e incríveis fatos que marcaram os primeiros 50 anos de Doctor Who... 27 DE JULHO NADA ACONTECE!

MARÇO AS PRIMEIRAS IDEIAS

Doctor Who estava previsto para começar neste dia, mas as mudanças de roteiro e produção atrasam seu início. O mundo precisa aguardar mais um pouco…

A BBC decide preencher um buraco em sua programação de sábado à noite com uma nova série de ficção. Eles apresentam The Troubleshooters – um show sobre consultores cientistas –, mas o diretor de drama Sydney Newman não gosta da ideia. Ele, porém, se interessa por um personagem específico, que se destaca: um velhinho mal-humorado. Newman decide que o personagem é um alienígena que roubou uma máquina do tempo de seu povo. Newman também é responsável pela ideia de que essa máquina do tempo seja maior por dentro. Um dos consultores da série, CE Webber, não quer que a nave seja fantástica ou apenas uma porta mágica e sugere que ela seja invisível. Newman está em dúvida…

MAIO UM HERÓI E UMA MÁQUINA DO TEMPO O trabalho na nova série continua. A essa altura, a ideia é que o Doutor seja “um senhor frágil, perdido no tempo e no espaço”, e que sofra de amnésia, levantando a questão “Doctor Who?”. O elemento da amnésia é deixado de lado, mas o título continua. Newman decide que a nave não será invisível, pois ele quer uma imagem limpa e memorável. Anthony Coburn, escritor do episódio Uma Criança de Outro Mundo, teve a ideia da camuflagem quando viu uma cabine policial na rua.

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31 DE JULHO ELENCO REVELADO

JUNHO QUE ENTRE A PRODUTORA No fim desse mês, Verity Lambert é contratada por Newman para produzir a série. Com apenas 28 anos na época, ela era a produtora mais nova da BBC – e a única mulher do departamento de drama. Aberta a novas ideias e apaixonada por colocá-las em prática, produziu o show por dois anos. Um de seus primeiros trabalhos foi escolher os atores principais. Competindo pelo papel de Doutor estão os astros de palco e TV Cyril Cusack e Leslie French, mas ambos recusam o papel.

O ator principal do programa é escolhido. William Hartnell é persuadido a encarnar o emburrado viajante do tempo e logo fica certo de seu sucesso, dizendo que Doctor Who duraria cinco anos! Está decidido que o nosso herói precisa de uma assistente, alguém para quem possa explicar o quanto ele é esperto, e Carole Ann Ford é contratada para o papel da neta do Doutor, Susan. Jovem, feminina, bonita e ótima em gritar. Susan é o molde perfeito das ajudantes que surgirão dali em diante. William Russel é contratado para interpretar o leal e corajoso professor de Ciências, Ian, enquanto Jacqueline Hill retrata sua colega de profissão, a professora de História, Bárbara.

O primeiro álbum da banda The Beatles, Please Please Me, é lançado em março. A Beatlemania – como ficou conhecida a fama mundial do quarteto – se estabelece de vez com a música I Want To Hold Your Hand, lançada em dezembro nos EUA.

AGOSTO A ALVORADA DOS DALEKS O roteirista Terry Nation começa a trabalhar em sua história Os Mutantes. Ninguém faz ideia de quão importante ela será. Nos primeiros rascunhos de seu roteiro, no entanto, os Daleks não são tão astutos e malévolos como eventualmente se tornarão.

O foguete Probe Luna 4 é lançado pela União Soviética em 2 de abril. Mas erra o alvo – a Lua –, e se passam quase três anos para que outra nave chegue lá com sucesso.

O primeiro filme de James Bond, Dr. No, estreia nos EUA em maio, 8 meses depois da exibição no Reino Unido. From Russia With Love estreia no Reino Unido em outubro.

O Presidente Kennedy é assassinado um dia antes da estreia de Doctor Who. As consequências desse ato são sentidas ao redor do mundo.

27 DE SETEMBRO A MATERIALIZAÇÃO DA TARDIS A sala de controle da TARDIS, feita pelo designer Peter Brachacki, é finalmente vista completa no set. Brachacki trabalhou somente no primeiro episódio, mas seu conceito hexalateral de controle e de coluna central – que sobe e desce quando a TARDIS está em movimento – continua até hoje.

23 DE NOVEMBRO O PRIMEIRO EPISÓDIO

Doctor Who é transmitido pela primeira vez na tarde de sábado, aproximadamente às 17h15. O episódio Uma Criança de Outro Mundo foi filmado duas vezes para ficar perfeito e garantir que o Doutor ficasse menos assustador do que havia ficado na primeira tentativa de William Hartnell. Apesar da excelência do programa – muito bem visto pelos críticos –, o show enfrentou inesperados problemas. A onda de choque causada pelo assassinato do presidente Kennedy no dia anterior afetou os índices de audiência. Somado a isso, uma queda de energia atingiu várias áreas do país, resultando em frustrados 4,4 milhões de telespectadores

30 DE DEZEMBRO EXTERMINAR! Telespectadores veem um Dalek completo pela primeira vez. Escondidos em máquinas do tempo, os Daleks são mutantes sobreviventes de uma guerra nuclear, mas estão presos em uma cidade de metal. Astutos, cruéis e mortais, os Daleks são um sucesso imediato com o público. Teria o Doctor Who vindo para ficar?

30 DE NOVEMBRO O PRIMEIRO EPISÓDIO… DE NOVO! Em resposta ao público que perdeu a estreia, e um sentimento de que um relançamento era necessário para maior efeito, a BBC repetiu o primeiro episódio imediatamente antes de exibir o segundo para o público que já estava ansioso.

ANTES DE DOCTOR WHO 16 DE NOVEMBRO

Imagine uma tarde de sábado antes de Doctor Who existir! Em 16 de novembro de 1963, famílias por todo o Reino Unido sentavam-se para assistir a um desenho sobre um xerife não muito inteligente chamado Delegado Dawg, sem saber que, em apenas uma semana, um novo programa de TV, que se tornaria lendário, surgiria em suas telas.

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1963 50 anos de doctor who

1963

O MUNDO EM 1963 A primeira e única mulher a fazer uma missão solo ao espaço é a cosmonauta soviética Valentina Tereshkova, que faz história decolando em 16 de junho na Vostok 6.

O Homem de Ferro, superherói da Marvel Comics, é visto pela primeira vez. A primeira revista em quadrinhos da equipe X-Men é lançada em setembro.

Embarque conosco nesta jornada pelo tempo, em que lhe mostraremos os grandes eventos e incríveis fatos que marcaram os primeiros 50 anos de Doctor Who... 27 DE JULHO NADA ACONTECE!

MARÇO AS PRIMEIRAS IDEIAS

Doctor Who estava previsto para começar neste dia, mas as mudanças de roteiro e produção atrasam seu início. O mundo precisa aguardar mais um pouco…

A BBC decide preencher um buraco em sua programação de sábado à noite com uma nova série de ficção. Eles apresentam The Troubleshooters – um show sobre consultores cientistas –, mas o diretor de drama Sydney Newman não gosta da ideia. Ele, porém, se interessa por um personagem específico, que se destaca: um velhinho mal-humorado. Newman decide que o personagem é um alienígena que roubou uma máquina do tempo de seu povo. Newman também é responsável pela ideia de que essa máquina do tempo seja maior por dentro. Um dos consultores da série, CE Webber, não quer que a nave seja fantástica ou apenas uma porta mágica e sugere que ela seja invisível. Newman está em dúvida…

MAIO UM HERÓI E UMA MÁQUINA DO TEMPO O trabalho na nova série continua. A essa altura, a ideia é que o Doutor seja “um senhor frágil, perdido no tempo e no espaço”, e que sofra de amnésia, levantando a questão “Doctor Who?”. O elemento da amnésia é deixado de lado, mas o título continua. Newman decide que a nave não será invisível, pois ele quer uma imagem limpa e memorável. Anthony Coburn, escritor do episódio Uma Criança de Outro Mundo, teve a ideia da camuflagem quando viu uma cabine policial na rua.

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31 DE JULHO ELENCO REVELADO

JUNHO QUE ENTRE A PRODUTORA No fim desse mês, Verity Lambert é contratada por Newman para produzir a série. Com apenas 28 anos na época, ela era a produtora mais nova da BBC – e a única mulher do departamento de drama. Aberta a novas ideias e apaixonada por colocá-las em prática, produziu o show por dois anos. Um de seus primeiros trabalhos foi escolher os atores principais. Competindo pelo papel de Doutor estão os astros de palco e TV Cyril Cusack e Leslie French, mas ambos recusam o papel.

O ator principal do programa é escolhido. William Hartnell é persuadido a encarnar o emburrado viajante do tempo e logo fica certo de seu sucesso, dizendo que Doctor Who duraria cinco anos! Está decidido que o nosso herói precisa de uma assistente, alguém para quem possa explicar o quanto ele é esperto, e Carole Ann Ford é contratada para o papel da neta do Doutor, Susan. Jovem, feminina, bonita e ótima em gritar. Susan é o molde perfeito das ajudantes que surgirão dali em diante. William Russel é contratado para interpretar o leal e corajoso professor de Ciências, Ian, enquanto Jacqueline Hill retrata sua colega de profissão, a professora de História, Bárbara.

O primeiro álbum da banda The Beatles, Please Please Me, é lançado em março. A Beatlemania – como ficou conhecida a fama mundial do quarteto – se estabelece de vez com a música I Want To Hold Your Hand, lançada em dezembro nos EUA.

AGOSTO A ALVORADA DOS DALEKS O roteirista Terry Nation começa a trabalhar em sua história Os Mutantes. Ninguém faz ideia de quão importante ela será. Nos primeiros rascunhos de seu roteiro, no entanto, os Daleks não são tão astutos e malévolos como eventualmente se tornarão.

O foguete Probe Luna 4 é lançado pela União Soviética em 2 de abril. Mas erra o alvo – a Lua –, e se passam quase três anos para que outra nave chegue lá com sucesso.

O primeiro filme de James Bond, Dr. No, estreia nos EUA em maio, 8 meses depois da exibição no Reino Unido. From Russia With Love estreia no Reino Unido em outubro.

O Presidente Kennedy é assassinado um dia antes da estreia de Doctor Who. As consequências desse ato são sentidas ao redor do mundo.

27 DE SETEMBRO A MATERIALIZAÇÃO DA TARDIS A sala de controle da TARDIS, feita pelo designer Peter Brachacki, é finalmente vista completa no set. Brachacki trabalhou somente no primeiro episódio, mas seu conceito hexalateral de controle e de coluna central – que sobe e desce quando a TARDIS está em movimento – continua até hoje.

23 DE NOVEMBRO O PRIMEIRO EPISÓDIO

Doctor Who é transmitido pela primeira vez na tarde de sábado, aproximadamente às 17h15. O episódio Uma Criança de Outro Mundo foi filmado duas vezes para ficar perfeito e garantir que o Doutor ficasse menos assustador do que havia ficado na primeira tentativa de William Hartnell. Apesar da excelência do programa – muito bem visto pelos críticos –, o show enfrentou inesperados problemas. A onda de choque causada pelo assassinato do presidente Kennedy no dia anterior afetou os índices de audiência. Somado a isso, uma queda de energia atingiu várias áreas do país, resultando em frustrados 4,4 milhões de telespectadores

30 DE DEZEMBRO EXTERMINAR! Telespectadores veem um Dalek completo pela primeira vez. Escondidos em máquinas do tempo, os Daleks são mutantes sobreviventes de uma guerra nuclear, mas estão presos em uma cidade de metal. Astutos, cruéis e mortais, os Daleks são um sucesso imediato com o público. Teria o Doctor Who vindo para ficar?

30 DE NOVEMBRO O PRIMEIRO EPISÓDIO… DE NOVO! Em resposta ao público que perdeu a estreia, e um sentimento de que um relançamento era necessário para maior efeito, a BBC repetiu o primeiro episódio imediatamente antes de exibir o segundo para o público que já estava ansioso.

ANTES DE DOCTOR WHO 16 DE NOVEMBRO

Imagine uma tarde de sábado antes de Doctor Who existir! Em 16 de novembro de 1963, famílias por todo o Reino Unido sentavam-se para assistir a um desenho sobre um xerife não muito inteligente chamado Delegado Dawg, sem saber que, em apenas uma semana, um novo programa de TV, que se tornaria lendário, surgiria em suas telas.

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O UNIVERSO DE DOCTOR WHO

A TARDIS

A SALA DE CONTROLE O exterior pode parecer o mesmo, mas o interior da TARDIS muda frequentemente! Mesmo mantendo em seu lado externo a forma de uma cabine policial, como aquelas que existiam em Londres nos anos 50, dentro da nave é outra história. Desde que o nono Doutor revelou a Rose Tyler as maravilhas do Universo, nós vimos três cabines de controle completamente diferentes na TARDIS. E devem existir muitas outras variações guardadas na memória da TARDIS

A

TARDIS

A última TARDIS do Universo, a nave do Doutor, pode viajar a qualquer lugar no tempo e no espaço.

U

ma máquina milagrosa para trafegar pelo tempo e espaço, a TARDIS pode literalmente viajar para qualquer ponto da história e para qualquer lugar do Universo. Em circunstâncias extremas, ela pode sair completamente do continuum espaço-tempo para visitar universos paralelos. A palavra TARDIS significa Time And Relative Dimension In Space (Tempo e Dimensão Relativa no Espaço), e é uma tecnologia de uma avançada raça alienígena conhecida como Senhores do Tempo. No ápice de seus poderes, havia muitas TARDIS que eram usadas para viajar através da realidade, visitando qualquer ponto desejado

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da história. Por possuir todo esse poder, os Senhores do Tempo se comprometiam a nunca interferir nos assuntos de outros planetas e pessoas. Um Senhor do Tempo, o Doutor, não concordava com essa regra, o que o levou a furtar uma TARDIS – um já ultrapassado modelo Type 40 – e partir para explorar o tempo e o espaço. Até onde o Doutor sabe, sua TARDIS é a última de seu tipo. Os Daleks e os Senhores do Tempo lutaram a Última Grande Batalha do Tempo, causando caos pelo espaçotempo. O Doutor, com sua TARDIS, deu fim a essa batalha com algo chamado ‘O Momento’, destruindo tanto os Daleks

VOANDO NA TARDIS Como pilotar a melhor nave de todo o espaço-tempo

OS SENHORES DO TEMPO Essa raça antiga desenvolveu a viagem temporal após extrair o poder de um buraco negro. Capazes de ver todo o tempo, eles tomam conta do Universo. Cansado da regra de não interferência, o Doutor tomou a TARDIS “emprestada”.

quanto os Senhores do Tempo. A TARDIS do Doutor é agora o mais avançado objeto de tecnologia de todo o espaço-tempo. Uma coisa sobre a TARDIS que atinge todas as pessoas que a conhecem é o fato de ela ser maior por dentro do que por fora (ou, como Clara ressalta: ela é menor por fora do que por dentro). O interior não é só grande, é enorme. Por exemplo, além de quartos, laboratórios e infinitos corredores, há uma piscina. A TARDIS também possui uma forma de inteligência e personalidade própria.Ela cria

Visor Freio de mão temporal

FRENTE

Mecanismo de trava

Controle de espaço-tempo

Estabilizador giroscópico

Acelerador de átomos

PAINEL MECÂNICO

Para uma máquina tão avançada como PAINEL DE esta, que pode viajar para qualquer NAVEGAÇÃO momento em qualquer lugar, seria necessário uma tripulação de seis Ponteiros direcionais especialistas altamente treinados para manusear os controles. Ter Manipulador de apenas um homem para pilotar a nave espuma quântica ajuda a explicar as estripulias do Doutor ao redor da central de controle quando PAINEL DE ele parte para alguma aventura. DIAGNÓSTICOS Mas talvez o Doutor esteja só tentando fazer com que pareça difícil pilotar sua máquina do tempo para impressionar os amigos, enquanto planeja um novo destino. Em Criada pela TARDIS, River Song revela-se melhor como piloto, tendo sido treinada pela própria nave, ou pelo menos é isso o que ela diz. Ela sabe, inclusive, pilotála sem usar os freios. E uma das companheiras do quarto Doutor, a Senhora do Tempo Romana, foi capaz de escrever sozinha manuais de como pousar a TARDIS.

Mecanismo de navegação

Alavanca de liberação do motor

Descarga do esgoto Produção de utensílios

PAINEL DE PRODUÇÃO

Diagnósticos orgânicos Bico de Bunsen

Produção de materialização e desmaterialização

Bebedouro

Telefone analógico

PAINEL DE COMUNICAÇÃO

Gravador de voz Scanner e máquina de escrever

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O UNIVERSO DE DOCTOR WHO

A TARDIS

A SALA DE CONTROLE O exterior pode parecer o mesmo, mas o interior da TARDIS muda frequentemente! Mesmo mantendo em seu lado externo a forma de uma cabine policial, como aquelas que existiam em Londres nos anos 50, dentro da nave é outra história. Desde que o nono Doutor revelou a Rose Tyler as maravilhas do Universo, nós vimos três cabines de controle completamente diferentes na TARDIS. E devem existir muitas outras variações guardadas na memória da TARDIS

A

TARDIS

A última TARDIS do Universo, a nave do Doutor, pode viajar a qualquer lugar no tempo e no espaço.

U

ma máquina milagrosa para trafegar pelo tempo e espaço, a TARDIS pode literalmente viajar para qualquer ponto da história e para qualquer lugar do Universo. Em circunstâncias extremas, ela pode sair completamente do continuum espaço-tempo para visitar universos paralelos. A palavra TARDIS significa Time And Relative Dimension In Space (Tempo e Dimensão Relativa no Espaço), e é uma tecnologia de uma avançada raça alienígena conhecida como Senhores do Tempo. No ápice de seus poderes, havia muitas TARDIS que eram usadas para viajar através da realidade, visitando qualquer ponto desejado

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da história. Por possuir todo esse poder, os Senhores do Tempo se comprometiam a nunca interferir nos assuntos de outros planetas e pessoas. Um Senhor do Tempo, o Doutor, não concordava com essa regra, o que o levou a furtar uma TARDIS – um já ultrapassado modelo Type 40 – e partir para explorar o tempo e o espaço. Até onde o Doutor sabe, sua TARDIS é a última de seu tipo. Os Daleks e os Senhores do Tempo lutaram a Última Grande Batalha do Tempo, causando caos pelo espaçotempo. O Doutor, com sua TARDIS, deu fim a essa batalha com algo chamado ‘O Momento’, destruindo tanto os Daleks

VOANDO NA TARDIS Como pilotar a melhor nave de todo o espaço-tempo

OS SENHORES DO TEMPO Essa raça antiga desenvolveu a viagem temporal após extrair o poder de um buraco negro. Capazes de ver todo o tempo, eles tomam conta do Universo. Cansado da regra de não interferência, o Doutor tomou a TARDIS “emprestada”.

quanto os Senhores do Tempo. A TARDIS do Doutor é agora o mais avançado objeto de tecnologia de todo o espaço-tempo. Uma coisa sobre a TARDIS que atinge todas as pessoas que a conhecem é o fato de ela ser maior por dentro do que por fora (ou, como Clara ressalta: ela é menor por fora do que por dentro). O interior não é só grande, é enorme. Por exemplo, além de quartos, laboratórios e infinitos corredores, há uma piscina. A TARDIS também possui uma forma de inteligência e personalidade própria.Ela cria

Visor Freio de mão temporal

FRENTE

Mecanismo de trava

Controle de espaço-tempo

Estabilizador giroscópico

Acelerador de átomos

PAINEL MECÂNICO

Para uma máquina tão avançada como PAINEL DE esta, que pode viajar para qualquer NAVEGAÇÃO momento em qualquer lugar, seria necessário uma tripulação de seis Ponteiros direcionais especialistas altamente treinados para manusear os controles. Ter Manipulador de apenas um homem para pilotar a nave espuma quântica ajuda a explicar as estripulias do Doutor ao redor da central de controle quando PAINEL DE ele parte para alguma aventura. DIAGNÓSTICOS Mas talvez o Doutor esteja só tentando fazer com que pareça difícil pilotar sua máquina do tempo para impressionar os amigos, enquanto planeja um novo destino. Em Criada pela TARDIS, River Song revela-se melhor como piloto, tendo sido treinada pela própria nave, ou pelo menos é isso o que ela diz. Ela sabe, inclusive, pilotála sem usar os freios. E uma das companheiras do quarto Doutor, a Senhora do Tempo Romana, foi capaz de escrever sozinha manuais de como pousar a TARDIS.

Mecanismo de navegação

Alavanca de liberação do motor

Descarga do esgoto Produção de utensílios

PAINEL DE PRODUÇÃO

Diagnósticos orgânicos Bico de Bunsen

Produção de materialização e desmaterialização

Bebedouro

Telefone analógico

PAINEL DE COMUNICAÇÃO

Gravador de voz Scanner e máquina de escrever

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O UNIVERSO DE DOCTOR WHO

A TARDIS

um campo de força telepático que traduz qualquer língua do Universo para o Doutor e seus companheiros, alterando inclusive textos e símbolos escritos. Quando essa inteligência foi temporariamente transferida para o corpo humanoide de Idris por uma entidade conhecida como Casa, Idris revelou que a TARDIS queria escapar de Gallifrey e explorar o Universo tanto quanto o Doutor. Ela também explicou que a consciência TARDIS está fora do espaço-tempo e os eventos que ocorrem não se passam de maneira tão linear para ela. O maior exemplo disso é como o Doutor e River Song nunca parecem se encontrar na ordem certa, mas, sim, na ordem em que eles “deveriam” se encontrar, pelo menos de acordo com a TARDIS. A nave deveria também ser chamada de “aquilo” – por ser uma máquina, afinal de contas –, mas o Doutor decidiu que sua nave deve ser chamada de “ela”, e até mesmo se refere a ela como “garota” e “sexy”! A nave possui ideias bem definidas sobre aonde deve levar o Doutor, mesmo que não seja exatamente o destino que ele queira. Como Idris disse: “Sempre vamos aonde você precisar”.

A essência da TARDIS é sua conexão com o vórtice que a faz viajar pelo espaço-tempo, e pode ser muito perigoso ser exposto a isso. Blon Fel-Fotch Pasameer-Day Slitheen, também conhecido como Margaret Blaine, foi transformada em ovo por essa energia, enquanto Rose a utilizou para destruir toda uma frota Dalek no século 201. A TARDIS usa energia artron, uma energia misteriosa que era abundante para os Senhores do Tempo. Porém, desde a queda de Gallifrey, a TARDIS reabastecia onde podia, eventualmente na fenda de Cardiff, que acabou se fechando. A princípio, quando o Doutor fugiu de Gallifrey com a TARDIS, seu povo não sabia quando e para onde a nave havia sido levada. Depois de capturado pelos Senhores do Tempo, eles redobraram sua atenção sobre o Doutor e sua nave, inclusive enviando-os a missões para os Senhores do Tempo – assim como quando foram enviados para Karn, onde o Doutor teve que enfrentar Morbius, o Senhor do Tempo renegado. Como o Doutor se sente em relação a essas interferências é bastante óbvio, mas, ao que parece, a TARDIS gostou bastante da ideia ou simplesmente teria ignorado as ordens e não teria saído do lugar.

DESTRUINDO O UNIVERSO Testemunhe o incrível poder da TARDIS!

Uma força desconhecida fez com que a TARDIS explodisse, causando rachaduras no tecido do espaçotempo. Eventualmente, descobrimos a origem dessa explosão e o poder de devastação da TARDIS, que poderia destruir tudo no espaço e em qualquer momento do tempo.

Tudo exceto a Terra e a Lua, é claro. Mesmo morrendo, a TARDIS tentou ajudar o Doutor: usando o poder de dentro da Pandórica e as memórias de Amy Pond, o tempo e o espaço foram eventualmente restaurados. Mas ninguém sabe quem ou o que atacou a TARDIS.

A TARDIS do décimo primeiro Doutor foi atacada por uma força misteriosa, causando a destruição de todo o Universo!

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CIRCUITO CAMALEÃO

A TARDIS deveria mudar de formato… Como Senhores do Tempo meramente observam, construir naves que se disfarçavam fazia sentido. Mas a nave do Doutor nunca foi confiável, e seu circuito camaleão – que permitia a mudança de forma – está quebrado. Quando o primeiro Doutor sequestrou dois professores após descobrirem sua nave, ela estava disfarçada de cabine policial. Mais tarde, quando a TARDIS pousou em uma paisagem desolada, Susan – neta do Doutor – ficou surpresa pela falta de mudança na aparência da nave que, desde então, se encontra travada nessa forma.

O VÓRTICE TEMPORAL

Essa dimensão permite que o Doutor viaje para onde quiser, mas não sem estar livre de perigos…

Fora do espaço-tempo normal, o vórtice temporal possui suas próprias leis de física, tornando-o um ambiente excepcionalmente perigoso. Nenhum humano comum pode sobreviver no Vórtice, mas criaturas como os Reapers e os Chronovores podem, alimentandose de tempo e rupturas temporais. Voar com as portas da TARDIS abertas dentro do Vórtice pode fazer com que os ocupantes da nave sejam sugados para fora ou que diminuam até ter apenas alguns centímetros de altura. Pessoas com manipuladores de Vórtice podem navegar tranquilamente nessa área, mas essas invenções – que são aparentemente humanas, do século 51 – podem ser um jeito bem desagradável de viajar no tempo. É possível se conectar com o poder do vórtice, mas o resultado é inevitavelmente fatal! A energia funciona como a radiação, destruindo a estrutura celular do corpo. Rose Tyler absorveu esse poder e o nono Doutor teve que reavê-lo, o que acabou causando sua regeneração.

MÁQUINA PARADOXAL Você pode fazer as coisas mais apavorantes com uma TARDIS! O Senhor do Tempo conhecido como Mestre roubou a TARDIS do Doutor e a utilizou para fazer uma invasão que parecia impossível. Abrindo uma cisão no espaçotempo, o Mestre permitiu que um exército de Toclafane – descendentes humanos do fim dos tempos – tomassem a Terra no século 21 sem alterar o próprio futuro! Com os Toclafane, o Mestre esperava conseguir criar um novo planeta para os Senhores do Tempo e em seguida entrar em guerra com o resto do Universo – com a Terra sendo seu quartel-general e os humanos, seus escravos.

PAPO DA TARDIS Alguns termos gallifreyanos do dicionário pessoal do Doutor.

TYPE 40 A TARDIS é uma cápsula de viagem no tempo Mark 3, modelo Type 40. Era um objeto de museu em Gallifrey, quando o Doutor a roubou. Agora, é quase certamente a última do Universo.

ROTOR TEMPORAL A coluna de vidro se ergue do console ao teto da sala de controle, com uma repartição de vidro que sobe e desce quando a nave está em movimento.

FILTRO DE PERCEPÇÃO A TARDIS usa isso para que qualquer transeunte a ignore. Nem sempre funciona; se alguém estiver insistentemente procurando pela nave, ela será encontrada. Esse filtro pode também enganar as pessoas, fazendo-as se esquecerem de que a TARDIS existe!

ALARME DE ENCLAUSURAMENTO Ele é ouvido quando a nave e seus tripulantes estão correndo grande perigo – normalmente por um grande evento que ameaça o Universo. Ele foi ouvido pela última vez quando o décimo primeiro Doutor viu seu maior medo no episódio O Complexo de Deus. Será que ele estava vendo a morte da TARDIS?

DIMENSIONALMENTE TRANSCENDENTAL Em outras palavras: ‘maior por dentro do que por fora’. A engenharia transdimensional foi uma grande descoberta dos Senhores do Tempo, de acordo com o Doutor. O invólucro de cabine policial da TARDIS move-se no vórtice temporal com seu interior estando em outra dimensão.

CIRCUITOS DE TRADUÇÃO O Doutor trata sua habilidade de entender qualquer língua como um dom que ele gosta de dividir. Outros veem isso como a TARDIS entrando em suas mentes. Como muita coisa na nave, esses circuitos nem sempre funcionam.

A ESSÊNCIA DA TARDIS Se essa conexão direta existente entre o console da TARDIS e o vórtice temporal for aberta e observada por dentro, a nave pode compartilhar o poder do vórtice (que é fatal) ou reverter o observador a uma idade muito mais nova.

SALAS DE CONTROLE SECUNDÁRIAS Em uma nave tão grande, faz sentido ter mais de uma sala de controle. Entretanto, uma sala de controle auxiliar não é vista há anos. As antigas não desaparecem, porém são armazenadas na memória da TARDIS.

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O UNIVERSO DE DOCTOR WHO

A TARDIS

um campo de força telepático que traduz qualquer língua do Universo para o Doutor e seus companheiros, alterando inclusive textos e símbolos escritos. Quando essa inteligência foi temporariamente transferida para o corpo humanoide de Idris por uma entidade conhecida como Casa, Idris revelou que a TARDIS queria escapar de Gallifrey e explorar o Universo tanto quanto o Doutor. Ela também explicou que a consciência TARDIS está fora do espaço-tempo e os eventos que ocorrem não se passam de maneira tão linear para ela. O maior exemplo disso é como o Doutor e River Song nunca parecem se encontrar na ordem certa, mas, sim, na ordem em que eles “deveriam” se encontrar, pelo menos de acordo com a TARDIS. A nave deveria também ser chamada de “aquilo” – por ser uma máquina, afinal de contas –, mas o Doutor decidiu que sua nave deve ser chamada de “ela”, e até mesmo se refere a ela como “garota” e “sexy”! A nave possui ideias bem definidas sobre aonde deve levar o Doutor, mesmo que não seja exatamente o destino que ele queira. Como Idris disse: “Sempre vamos aonde você precisar”.

A essência da TARDIS é sua conexão com o vórtice que a faz viajar pelo espaço-tempo, e pode ser muito perigoso ser exposto a isso. Blon Fel-Fotch Pasameer-Day Slitheen, também conhecido como Margaret Blaine, foi transformada em ovo por essa energia, enquanto Rose a utilizou para destruir toda uma frota Dalek no século 201. A TARDIS usa energia artron, uma energia misteriosa que era abundante para os Senhores do Tempo. Porém, desde a queda de Gallifrey, a TARDIS reabastecia onde podia, eventualmente na fenda de Cardiff, que acabou se fechando. A princípio, quando o Doutor fugiu de Gallifrey com a TARDIS, seu povo não sabia quando e para onde a nave havia sido levada. Depois de capturado pelos Senhores do Tempo, eles redobraram sua atenção sobre o Doutor e sua nave, inclusive enviando-os a missões para os Senhores do Tempo – assim como quando foram enviados para Karn, onde o Doutor teve que enfrentar Morbius, o Senhor do Tempo renegado. Como o Doutor se sente em relação a essas interferências é bastante óbvio, mas, ao que parece, a TARDIS gostou bastante da ideia ou simplesmente teria ignorado as ordens e não teria saído do lugar.

DESTRUINDO O UNIVERSO Testemunhe o incrível poder da TARDIS!

Uma força desconhecida fez com que a TARDIS explodisse, causando rachaduras no tecido do espaçotempo. Eventualmente, descobrimos a origem dessa explosão e o poder de devastação da TARDIS, que poderia destruir tudo no espaço e em qualquer momento do tempo.

Tudo exceto a Terra e a Lua, é claro. Mesmo morrendo, a TARDIS tentou ajudar o Doutor: usando o poder de dentro da Pandórica e as memórias de Amy Pond, o tempo e o espaço foram eventualmente restaurados. Mas ninguém sabe quem ou o que atacou a TARDIS.

A TARDIS do décimo primeiro Doutor foi atacada por uma força misteriosa, causando a destruição de todo o Universo!

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CIRCUITO CAMALEÃO

A TARDIS deveria mudar de formato… Como Senhores do Tempo meramente observam, construir naves que se disfarçavam fazia sentido. Mas a nave do Doutor nunca foi confiável, e seu circuito camaleão – que permitia a mudança de forma – está quebrado. Quando o primeiro Doutor sequestrou dois professores após descobrirem sua nave, ela estava disfarçada de cabine policial. Mais tarde, quando a TARDIS pousou em uma paisagem desolada, Susan – neta do Doutor – ficou surpresa pela falta de mudança na aparência da nave que, desde então, se encontra travada nessa forma.

O VÓRTICE TEMPORAL

Essa dimensão permite que o Doutor viaje para onde quiser, mas não sem estar livre de perigos…

Fora do espaço-tempo normal, o vórtice temporal possui suas próprias leis de física, tornando-o um ambiente excepcionalmente perigoso. Nenhum humano comum pode sobreviver no Vórtice, mas criaturas como os Reapers e os Chronovores podem, alimentandose de tempo e rupturas temporais. Voar com as portas da TARDIS abertas dentro do Vórtice pode fazer com que os ocupantes da nave sejam sugados para fora ou que diminuam até ter apenas alguns centímetros de altura. Pessoas com manipuladores de Vórtice podem navegar tranquilamente nessa área, mas essas invenções – que são aparentemente humanas, do século 51 – podem ser um jeito bem desagradável de viajar no tempo. É possível se conectar com o poder do vórtice, mas o resultado é inevitavelmente fatal! A energia funciona como a radiação, destruindo a estrutura celular do corpo. Rose Tyler absorveu esse poder e o nono Doutor teve que reavê-lo, o que acabou causando sua regeneração.

MÁQUINA PARADOXAL Você pode fazer as coisas mais apavorantes com uma TARDIS! O Senhor do Tempo conhecido como Mestre roubou a TARDIS do Doutor e a utilizou para fazer uma invasão que parecia impossível. Abrindo uma cisão no espaçotempo, o Mestre permitiu que um exército de Toclafane – descendentes humanos do fim dos tempos – tomassem a Terra no século 21 sem alterar o próprio futuro! Com os Toclafane, o Mestre esperava conseguir criar um novo planeta para os Senhores do Tempo e em seguida entrar em guerra com o resto do Universo – com a Terra sendo seu quartel-general e os humanos, seus escravos.

PAPO DA TARDIS Alguns termos gallifreyanos do dicionário pessoal do Doutor.

TYPE 40 A TARDIS é uma cápsula de viagem no tempo Mark 3, modelo Type 40. Era um objeto de museu em Gallifrey, quando o Doutor a roubou. Agora, é quase certamente a última do Universo.

ROTOR TEMPORAL A coluna de vidro se ergue do console ao teto da sala de controle, com uma repartição de vidro que sobe e desce quando a nave está em movimento.

FILTRO DE PERCEPÇÃO A TARDIS usa isso para que qualquer transeunte a ignore. Nem sempre funciona; se alguém estiver insistentemente procurando pela nave, ela será encontrada. Esse filtro pode também enganar as pessoas, fazendo-as se esquecerem de que a TARDIS existe!

ALARME DE ENCLAUSURAMENTO Ele é ouvido quando a nave e seus tripulantes estão correndo grande perigo – normalmente por um grande evento que ameaça o Universo. Ele foi ouvido pela última vez quando o décimo primeiro Doutor viu seu maior medo no episódio O Complexo de Deus. Será que ele estava vendo a morte da TARDIS?

DIMENSIONALMENTE TRANSCENDENTAL Em outras palavras: ‘maior por dentro do que por fora’. A engenharia transdimensional foi uma grande descoberta dos Senhores do Tempo, de acordo com o Doutor. O invólucro de cabine policial da TARDIS move-se no vórtice temporal com seu interior estando em outra dimensão.

CIRCUITOS DE TRADUÇÃO O Doutor trata sua habilidade de entender qualquer língua como um dom que ele gosta de dividir. Outros veem isso como a TARDIS entrando em suas mentes. Como muita coisa na nave, esses circuitos nem sempre funcionam.

A ESSÊNCIA DA TARDIS Se essa conexão direta existente entre o console da TARDIS e o vórtice temporal for aberta e observada por dentro, a nave pode compartilhar o poder do vórtice (que é fatal) ou reverter o observador a uma idade muito mais nova.

SALAS DE CONTROLE SECUNDÁRIAS Em uma nave tão grande, faz sentido ter mais de uma sala de controle. Entretanto, uma sala de controle auxiliar não é vista há anos. As antigas não desaparecem, porém são armazenadas na memória da TARDIS.

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MITOS E MISTÉRIOS

OS RESPONSÁVEIS

A GRANDE PERGUNTA Nós ousamos fazer as perguntas que incomodam a mente de todos os fãs! Vamos mergulhar nos mistérios por trás de A Pandórica se Abre…

A RIVER SONG SABIA O QUE ACONTECERIA? Parece que sim, mas o quanto ela sabia é difícil de definir. No episódio Carne e Pedra, ela avisou o Doutor sobre a Pandórica. Como isso estava no passado dela, deu a entender que o Doutor se sairia bem, mas River ainda tinha seu papel a cumprir.

COMO RORY LEMBRAVA DA PRÓPRIA MORTE SENDO APENAS UMA DUPLICATA NESTENE? A Aliança havia coletado as memórias de Amy, aparentemente em sua casa, mas Rory morreu em 2020, então como os alienígenas poderiam ter colocado todas essas memórias nele? Uma resposta plausível baseia-se nas conexões entre as rachaduras no Universo. Havia uma no quarto de Amy e Rory foi devorado por outra…

POR QUE A ALIANÇA SIMPLESMENTE NÃO ATIROU NO DOUTOR? Quando o Doutor disse aos seus inimigos que ele estava “sem planos, sem reforço e desarmado”, eles não dispararam porque sabiam que a morte nem sempre é o suficiente para parar um Senhor do Tempo. Atirar poderia fazer com que ele se regenerasse, subisse a bordo da TARDIS e destruísse a realidade de qualquer maneira. A Aliança tinha o Doutor onde queria, aguardou a Pandórica se abrir e então atacou!

POR QUE OS SILURIANOS ESTAVAM NA ALIANÇA?

POR QUE A TARDIS EXPLODIU? Ninguém sabe. River Song contou ao Doutor que ela havia perdido o controle da nave e uma força externa desconhecida estava no controle. Mas e se River estivesse mentindo? Isso parece improvável – e por que alguém iria querer destruir a realidade? A não ser que esse alguém fosse Davros…

ENTÃO QUEM A EXPLODIU?

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Provavelmente uma nave Nestene recolhendo as memórias de Amy. A consciência Nestene é especialmente adaptada para duplicar padrões cerebrais e é famosa por criar doppelgängers de plástico. Com um link mental entre o Prisioneiro Zero e a rachadura no quarto dela, pode ter sido extremamente fácil para os Nestenes lerem a mente de Amy.

Com a estranha voz na TARDIS dizendo que o “silêncio iria cair”, acreditavam que os monstros conhecidos como Silêncio eram os responsáveis pelo ataque à nave. Mas, pelo que aprendemos dessa facção desde então – que são na verdade sentinelas da História –, isso não parece coisa deles. Por que iriam se autodestruir? O verdadeiro sabotador da TARDIS é conhecido apenas por Steven Moffat…

POR QUE PRENDER O DOUTOR SALVARIA A REALIDADE? A Aliança era formada pelos maiores inimigos do Doutor, mas o plano de prendê-lo não tinha uma natureza maligna ou benigna – era apenas para parar uma ameaça que eles acreditavam que o Doutor apresentava. Então, os não tão maus Silurianos, que presumivelmente pertenciam a uma facção que havia fugido da Terra, ficaram felizes em ajudar.

HAVIA MARCAS DE QUEIMADO NO JARDIM DE AMY POND. O QUE PODE TER CAUSADO ISSO?

Uma vez que a Aliança sabia que a explosão da TARDIS poderia causar as fendas no tecido do espaço-tempo e eventualmente em toda a existência, acreditava que, obrigando o Doutor a parar de usar a nave, salvaria a tudo e a todos. A Aliança não sabia, no entanto, sobre a capacidade de River Song para pilotar a máquina do tempo – o que arruinou completamente seu plano.

O HOMEM QUE… DESTRUIU O UNIVERSO!

STEVEN MOFFAT

Produtor e Chefe de Roteiro (2009 - até agora)

Q

uando lhe entregaram as rédeas do programa de ficção científica mais duradouro da história da TV, uma das primeiras coisas que Steven Moffat fez foi planejar o fim do Universo – só para que ele pudesse recomeçá-lo depois, é claro. Um típico início audacioso para um roteirista que gosta de correr riscos. Moffat criou seu primeiro programa de TV, o drama infantil Press Gang, ainda aos 20 e poucos anos. Com um dom de combinar diálogos engraçados e intrigantes, ele se especializou em tensas comédias românticas, criando shows como Joking Apart e Coupling. Enquanto crescia no mundo televisivo da comédia, Moffat havia também começado a causar impacto no mundo de Doctor Who. Em 1996, escreveu Continuity Errors, uma história curta de Doctor Who para uma antologia. Em 1999, redigiu The Curse of Fatal Death, uma paródia de Doctor Who para um especial de caridade. Ambas mostraram seu talento em criar viagens no tempo. Quando Russel T Davis estava procurando talentosos redatores e roteiristas para trazer Doctor Who de volta em 2005, ele chamou Moffat para

Moffat has a talent for bringing fresh twists to old foes, especially the dreaded Daleks!

Steven Moffat

“Eu escrevo o tipo de coisa que gostaria de assistir!”

fazer parte da equipe. No episódio A Criança Vazia, Moffat demonstrou seu talento para bordões com o assustador: ‘Você é minha mamãe?’, que ecoou pelos pátios de escolas por todo o Reino Unido. Então, no episódio Pisque, em 2007, ele criou os Anjos Lamuriantes, os mais assustadores e populares monstros desde a volta do seriado. Quando Davies saiu em 2009, Moffat era a escolha número 1 dos fãs para assumir o trono. Mesmo trabalhando com Steven Spielberg no filme de Tintin, ele mostrou seu amor por Doctor Who abandonando esse projeto para adentrar a TARDIS. Por ter dirigido a série durante seu aniversário de 50 anos, Moffat sabe que Doctor Who sempre terá um futuro: “Pode ser que ela tenha de descansar algum dia”, disse ele em 2010. “Mas acho que a série vai durar mais do que qualquer pessoa viva na Inglaterra de hoje!”.

Silêncio aí no fundo! As criaturas Silêncio, inspiradas no filme Pânico, revelaram-se um hit em 2010.

De onde todo o universo alternativo dos Cybermen surgiu? Hmm… do universo alternativo. Alguns Cybermen escaparam do vácuo e foram para Londres no século 19, no episódio O Próximo Doutor, até o Doutor derrotá-los. Ele pensava que a conexão com o vácuo estava fechada, mas outros Cybermen devem ter escapado – e formado um novo exército!

Essas cruéis e congeladas criaturas deram aos telespectadores um gostinho da mágica de Moffat, no Natal de 2012.

Os monstros mais famosos de Moffat (pelo menos até agora) são os assustadores Anjos Lamuriantes, que só se movem quando ninguém está olhando para eles.

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MITOS E MISTÉRIOS

OS RESPONSÁVEIS

A GRANDE PERGUNTA Nós ousamos fazer as perguntas que incomodam a mente de todos os fãs! Vamos mergulhar nos mistérios por trás de A Pandórica se Abre…

A RIVER SONG SABIA O QUE ACONTECERIA? Parece que sim, mas o quanto ela sabia é difícil de definir. No episódio Carne e Pedra, ela avisou o Doutor sobre a Pandórica. Como isso estava no passado dela, deu a entender que o Doutor se sairia bem, mas River ainda tinha seu papel a cumprir.

COMO RORY LEMBRAVA DA PRÓPRIA MORTE SENDO APENAS UMA DUPLICATA NESTENE? A Aliança havia coletado as memórias de Amy, aparentemente em sua casa, mas Rory morreu em 2020, então como os alienígenas poderiam ter colocado todas essas memórias nele? Uma resposta plausível baseia-se nas conexões entre as rachaduras no Universo. Havia uma no quarto de Amy e Rory foi devorado por outra…

POR QUE A ALIANÇA SIMPLESMENTE NÃO ATIROU NO DOUTOR? Quando o Doutor disse aos seus inimigos que ele estava “sem planos, sem reforço e desarmado”, eles não dispararam porque sabiam que a morte nem sempre é o suficiente para parar um Senhor do Tempo. Atirar poderia fazer com que ele se regenerasse, subisse a bordo da TARDIS e destruísse a realidade de qualquer maneira. A Aliança tinha o Doutor onde queria, aguardou a Pandórica se abrir e então atacou!

POR QUE OS SILURIANOS ESTAVAM NA ALIANÇA?

POR QUE A TARDIS EXPLODIU? Ninguém sabe. River Song contou ao Doutor que ela havia perdido o controle da nave e uma força externa desconhecida estava no controle. Mas e se River estivesse mentindo? Isso parece improvável – e por que alguém iria querer destruir a realidade? A não ser que esse alguém fosse Davros…

ENTÃO QUEM A EXPLODIU?

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Provavelmente uma nave Nestene recolhendo as memórias de Amy. A consciência Nestene é especialmente adaptada para duplicar padrões cerebrais e é famosa por criar doppelgängers de plástico. Com um link mental entre o Prisioneiro Zero e a rachadura no quarto dela, pode ter sido extremamente fácil para os Nestenes lerem a mente de Amy.

Com a estranha voz na TARDIS dizendo que o “silêncio iria cair”, acreditavam que os monstros conhecidos como Silêncio eram os responsáveis pelo ataque à nave. Mas, pelo que aprendemos dessa facção desde então – que são na verdade sentinelas da História –, isso não parece coisa deles. Por que iriam se autodestruir? O verdadeiro sabotador da TARDIS é conhecido apenas por Steven Moffat…

POR QUE PRENDER O DOUTOR SALVARIA A REALIDADE? A Aliança era formada pelos maiores inimigos do Doutor, mas o plano de prendê-lo não tinha uma natureza maligna ou benigna – era apenas para parar uma ameaça que eles acreditavam que o Doutor apresentava. Então, os não tão maus Silurianos, que presumivelmente pertenciam a uma facção que havia fugido da Terra, ficaram felizes em ajudar.

HAVIA MARCAS DE QUEIMADO NO JARDIM DE AMY POND. O QUE PODE TER CAUSADO ISSO?

Uma vez que a Aliança sabia que a explosão da TARDIS poderia causar as fendas no tecido do espaço-tempo e eventualmente em toda a existência, acreditava que, obrigando o Doutor a parar de usar a nave, salvaria a tudo e a todos. A Aliança não sabia, no entanto, sobre a capacidade de River Song para pilotar a máquina do tempo – o que arruinou completamente seu plano.

O HOMEM QUE… DESTRUIU O UNIVERSO!

STEVEN MOFFAT

Produtor e Chefe de Roteiro (2009 - até agora)

Q

uando lhe entregaram as rédeas do programa de ficção científica mais duradouro da história da TV, uma das primeiras coisas que Steven Moffat fez foi planejar o fim do Universo – só para que ele pudesse recomeçá-lo depois, é claro. Um típico início audacioso para um roteirista que gosta de correr riscos. Moffat criou seu primeiro programa de TV, o drama infantil Press Gang, ainda aos 20 e poucos anos. Com um dom de combinar diálogos engraçados e intrigantes, ele se especializou em tensas comédias românticas, criando shows como Joking Apart e Coupling. Enquanto crescia no mundo televisivo da comédia, Moffat havia também começado a causar impacto no mundo de Doctor Who. Em 1996, escreveu Continuity Errors, uma história curta de Doctor Who para uma antologia. Em 1999, redigiu The Curse of Fatal Death, uma paródia de Doctor Who para um especial de caridade. Ambas mostraram seu talento em criar viagens no tempo. Quando Russel T Davis estava procurando talentosos redatores e roteiristas para trazer Doctor Who de volta em 2005, ele chamou Moffat para

Moffat has a talent for bringing fresh twists to old foes, especially the dreaded Daleks!

Steven Moffat

“Eu escrevo o tipo de coisa que gostaria de assistir!”

fazer parte da equipe. No episódio A Criança Vazia, Moffat demonstrou seu talento para bordões com o assustador: ‘Você é minha mamãe?’, que ecoou pelos pátios de escolas por todo o Reino Unido. Então, no episódio Pisque, em 2007, ele criou os Anjos Lamuriantes, os mais assustadores e populares monstros desde a volta do seriado. Quando Davies saiu em 2009, Moffat era a escolha número 1 dos fãs para assumir o trono. Mesmo trabalhando com Steven Spielberg no filme de Tintin, ele mostrou seu amor por Doctor Who abandonando esse projeto para adentrar a TARDIS. Por ter dirigido a série durante seu aniversário de 50 anos, Moffat sabe que Doctor Who sempre terá um futuro: “Pode ser que ela tenha de descansar algum dia”, disse ele em 2010. “Mas acho que a série vai durar mais do que qualquer pessoa viva na Inglaterra de hoje!”.

Silêncio aí no fundo! As criaturas Silêncio, inspiradas no filme Pânico, revelaram-se um hit em 2010.

De onde todo o universo alternativo dos Cybermen surgiu? Hmm… do universo alternativo. Alguns Cybermen escaparam do vácuo e foram para Londres no século 19, no episódio O Próximo Doutor, até o Doutor derrotá-los. Ele pensava que a conexão com o vácuo estava fechada, mas outros Cybermen devem ter escapado – e formado um novo exército!

Essas cruéis e congeladas criaturas deram aos telespectadores um gostinho da mágica de Moffat, no Natal de 2012.

Os monstros mais famosos de Moffat (pelo menos até agora) são os assustadores Anjos Lamuriantes, que só se movem quando ninguém está olhando para eles.

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NA EDIÇÃO

O Criador dos Daleks O Fim da Jornada A história da UNIT Doctor Who em 1964

SUA PRÓXIMA MINIATURA

DAVROS TAMANHO EXATO ESCALA: 1:21 ALTURA: 75 mm

“O FIM DA JORNADA” www.eaglemoss.com.br/drwho


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