Doctor WHo - Miniaturas Colecináveis

Page 1

MINIATURAS COLECIONÁVEIS

EDIÇÃO

4

“CARNE E PEDRA”

O DÉCIMO PRIMEIRO DOUTOR

ENCONTROS HISTÓRICOS

ANJO

CHORÃO

1 de MAIO, 2010 VAMPIRO TEMPORAL


BBC, DOCTOR WHO (word marks, logos and devices), TARDIS, DALEKS, CYBERMAN and K-9 (word marks and devices) are trade marks of the British Broadcasting Corporation and are used under licence. BBC logo © BBC 1996. Doctor Who logo © BBC 2015. Dalek image © BBC/ Terry Nation 1963. Cyberman image © BBC/Kit Pedler/ Gerry Davis 1966. K-9 image © BBC/Bob Baker/Dave Martin 1977. Licensed by BBC WW Ltd. Nenhuma parte desta obra pode ser utilizada ou reproduzida em qualquer forma ou meio, seja mecânico, eletrônico, por fotocópia, gravação etc., sem autorização por escrito dos editores. EAGLEMOSS DO BRASIL PUBLICAÇÕES E DISTRIBUIÇÃO LTDA., Sociedade limitada. Al. Araguaia 2044, torre I, 5º andar, sala 505, Barueri, São Paulo, 06455-906. Inscrito na lista dos contribuintes nacionais sob o CNPJ / MF 11.566.617/0001-95. Diretora Geral: Cristina Zahar Diretor Financeiro: Carlos Eduardo Lerner Gerente Financeiro: Maurício Toquetti de Barros Auxiliar Financeira: Fernanda Ferreira da Silva Gerente de Operações: Robson Cerqueira Gerente de Marketing: Jessica Ramires Development Director: Maggie Calmels Editorial Manager: Ben Robinson Design Manager: Steve Scanlan Editors and writers: Neil Corry, Glenn Dakin Designer: Paul Chamberlain

PRODUÇÃO EDITORIAL: MYTHOS EDITORA LTDA. Editor-Chefe: Helcio de Carvalho Editora: Luciana Barrella Arte: Celso Pimentel Tradução: Rogerio Saladino & Fernando Chakur Revisão: Giácomo Leone & Melissa Correa DISTRIBUIÇÃO: FC Comercial e Distribuidora S.A. Estrada Dr. Kenkiti Shimomoto, 1678 – Jd. Belmonte CEP 06045-390 – Osasco/SP Manuseado e Embalado por PLASTOPACK ISBN: 978-85-8378-085-4 ATENDIMENTO AO ASSINANTE: (11) 3512-9490. NÚMEROS ATRASADOS: Se perdeu algum número, você pode adquiri-lo pelo telefone (11) 3021-7403, pelo email info2@eaglemoss.com.br ou pelo site www.eaglemoss.com.br Atenção: O conteúdo das revistas, o preço praticado nas bancas e a periodicidade desta coleção podem sofrer alterações por imperativos técnicos alheios à editora. Ao colecionar pelas bancas, adquira os exemplares sempre no mesmo ponto de venda e reserve-os junto ao seu jornaleiro. Edições anteriores devem ser solicitadas em bancas e serão vendidas ao preço da última edição publicada. Ao fazer uma assinatura, os exemplares serão enviados ao seu endereço, sem custo adicional de entrega e com cobrança em cartão de crédito apenas do que for enviado.

índice

o retorno dos

3 A SUA MINIATURA

Por que a volta dos Anjos Chorões, em O Tempo dos Anjos, foi tão importante para a série e qual o significado de a miniatura representar um Anjo em posição de ataque!

ALTURA: 81 mm (tamanho real)

© 2015 Eaglemoss. Todos os direitos reservados.

4 OS ANJOS CHORÕES

Como a ideia da “nova” criatura mais assustadora de Doctor Who foi concebida por um feliz acidente.

8 UM MOMENTO NO TEMPO ANJOS DA MORTE

Como Steven Moffat resgatou seu monstro mais significativo, levando sua ameaça a um novo – e aterrador – nível.

12 50 anos de doctor who 1965: PRIMEIRA PARTE

Voltando no tempo para vislumbrar o glorioso passado de Doctor Who.

14 O UNIVERSO DE DOCTOR WHO AULA DE HISTÓRIA Os alienígenas adoram brincar com a história da humanidade… e o Doutor adora detê-los.

18 mitos e mistérios SUAS PERGUNTAS RESPONDIDAS Por que os Anjos Chorões têm essa aparência? Nós exigimos saber!

19 OS RESPONSÁVEIS RUSSELL T DAVIES

Conheça o cara que trouxe Doctor Who de volta ao mundo!

Anjo Chorão Famintos, cruéis e ensandecidos… Anjos que não têm nada de sagrado.

ANJOS O Décimo Primeiro Doutor depara-se com um exército de Anjos Chorões aflitos, todos convencidos de que ele deveria oferecer-lhes a sua vida para salvar a deles.

 A sua miniatura representa um Anjo Chorão feroz. As criaturas de pedra confrontam o Doutor, quando uma rachadura no tempo surge na Bizâncio, ameaçando destruir todos os Anjos ressuscitados. Na nave - ao cercarem o Doutor, Amy e River Song -, os Anjos exigem que o Doutor se sacrifique a fim de fechar a rachadura no tempo. Mas ele tem outros planos…  O Tempo dos Anjos / Carne e Pedra (The Time of Angels / Flesh and Stone) foi uma marca do primeiro ano de Matt Smith como Doutor. Os episódios exploraram ainda mais os Anjos Chorões e mostraram a volta da viajante do tempo River Song. Durante a história, foram dadas mais pistas sobre a rachadura no tempo, o tema recorrente dessa temporada. A aventura proporcionou um novo olhar nos Anjos, que ficaram ainda mais aterradores do que antes.  O retorno dos Anjos foi solicitado pelos telespectadores depois da cativante estreia em Pisque (Blink). Steven Moffat ficou satisfeito ao saber que sua criação era tão popular, mas queria um palco maior para a volta. Em contraste com o episódio Pisque, de escala menor, Moffat criou um verdadeiro arrasa-quarteirão, uma viagem incrível que não deve nada aos grandes filmes de cinema.

“Nós vamos dominar todo o espaço-tempo.” Anjo Bob

WWW.EAGLEMOSS.COM.BR/DRWHO

3


BBC, DOCTOR WHO (word marks, logos and devices), TARDIS, DALEKS, CYBERMAN and K-9 (word marks and devices) are trade marks of the British Broadcasting Corporation and are used under licence. BBC logo © BBC 1996. Doctor Who logo © BBC 2015. Dalek image © BBC/ Terry Nation 1963. Cyberman image © BBC/Kit Pedler/ Gerry Davis 1966. K-9 image © BBC/Bob Baker/Dave Martin 1977. Licensed by BBC WW Ltd. Nenhuma parte desta obra pode ser utilizada ou reproduzida em qualquer forma ou meio, seja mecânico, eletrônico, por fotocópia, gravação etc., sem autorização por escrito dos editores. EAGLEMOSS DO BRASIL PUBLICAÇÕES E DISTRIBUIÇÃO LTDA., Sociedade limitada. Al. Araguaia 2044, torre I, 5º andar, sala 505, Barueri, São Paulo, 06455-906. Inscrito na lista dos contribuintes nacionais sob o CNPJ / MF 11.566.617/0001-95. Diretora Geral: Cristina Zahar Diretor Financeiro: Carlos Eduardo Lerner Gerente Financeiro: Maurício Toquetti de Barros Auxiliar Financeira: Fernanda Ferreira da Silva Gerente de Operações: Robson Cerqueira Gerente de Marketing: Jessica Ramires Development Director: Maggie Calmels Editorial Manager: Ben Robinson Design Manager: Steve Scanlan Editors and writers: Neil Corry, Glenn Dakin Designer: Paul Chamberlain

PRODUÇÃO EDITORIAL: MYTHOS EDITORA LTDA. Editor-Chefe: Helcio de Carvalho Editora: Luciana Barrella Arte: Celso Pimentel Tradução: Rogerio Saladino & Fernando Chakur Revisão: Giácomo Leone & Melissa Correa DISTRIBUIÇÃO: FC Comercial e Distribuidora S.A. Estrada Dr. Kenkiti Shimomoto, 1678 – Jd. Belmonte CEP 06045-390 – Osasco/SP Manuseado e Embalado por PLASTOPACK ISBN: 978-85-8378-085-4 ATENDIMENTO AO ASSINANTE: (11) 3512-9490. NÚMEROS ATRASADOS: Se perdeu algum número, você pode adquiri-lo pelo telefone (11) 3021-7403, pelo email info2@eaglemoss.com.br ou pelo site www.eaglemoss.com.br Atenção: O conteúdo das revistas, o preço praticado nas bancas e a periodicidade desta coleção podem sofrer alterações por imperativos técnicos alheios à editora. Ao colecionar pelas bancas, adquira os exemplares sempre no mesmo ponto de venda e reserve-os junto ao seu jornaleiro. Edições anteriores devem ser solicitadas em bancas e serão vendidas ao preço da última edição publicada. Ao fazer uma assinatura, os exemplares serão enviados ao seu endereço, sem custo adicional de entrega e com cobrança em cartão de crédito apenas do que for enviado.

índice

o retorno dos

3 A SUA MINIATURA

Por que a volta dos Anjos Chorões, em O Tempo dos Anjos, foi tão importante para a série e qual o significado de a miniatura representar um Anjo em posição de ataque!

ALTURA: 81 mm (tamanho real)

© 2015 Eaglemoss. Todos os direitos reservados.

4 OS ANJOS CHORÕES

Como a ideia da “nova” criatura mais assustadora de Doctor Who foi concebida por um feliz acidente.

8 UM MOMENTO NO TEMPO ANJOS DA MORTE

Como Steven Moffat resgatou seu monstro mais significativo, levando sua ameaça a um novo – e aterrador – nível.

12 50 anos de doctor who 1965: PRIMEIRA PARTE

Voltando no tempo para vislumbrar o glorioso passado de Doctor Who.

14 O UNIVERSO DE DOCTOR WHO AULA DE HISTÓRIA Os alienígenas adoram brincar com a história da humanidade… e o Doutor adora detê-los.

18 mitos e mistérios SUAS PERGUNTAS RESPONDIDAS Por que os Anjos Chorões têm essa aparência? Nós exigimos saber!

19 OS RESPONSÁVEIS RUSSELL T DAVIES

Conheça o cara que trouxe Doctor Who de volta ao mundo!

Anjo Chorão Famintos, cruéis e ensandecidos… Anjos que não têm nada de sagrado.

ANJOS O Décimo Primeiro Doutor depara-se com um exército de Anjos Chorões aflitos, todos convencidos de que ele deveria oferecer-lhes a sua vida para salvar a deles.

 A sua miniatura representa um Anjo Chorão feroz. As criaturas de pedra confrontam o Doutor, quando uma rachadura no tempo surge na Bizâncio, ameaçando destruir todos os Anjos ressuscitados. Na nave - ao cercarem o Doutor, Amy e River Song -, os Anjos exigem que o Doutor se sacrifique a fim de fechar a rachadura no tempo. Mas ele tem outros planos…  O Tempo dos Anjos / Carne e Pedra (The Time of Angels / Flesh and Stone) foi uma marca do primeiro ano de Matt Smith como Doutor. Os episódios exploraram ainda mais os Anjos Chorões e mostraram a volta da viajante do tempo River Song. Durante a história, foram dadas mais pistas sobre a rachadura no tempo, o tema recorrente dessa temporada. A aventura proporcionou um novo olhar nos Anjos, que ficaram ainda mais aterradores do que antes.  O retorno dos Anjos foi solicitado pelos telespectadores depois da cativante estreia em Pisque (Blink). Steven Moffat ficou satisfeito ao saber que sua criação era tão popular, mas queria um palco maior para a volta. Em contraste com o episódio Pisque, de escala menor, Moffat criou um verdadeiro arrasa-quarteirão, uma viagem incrível que não deve nada aos grandes filmes de cinema.

“Nós vamos dominar todo o espaço-tempo.” Anjo Bob

WWW.EAGLEMOSS.COM.BR/DRWHO

3


A SUA MINIATURA

anjo chorão

OLHOS ANGELICAIS

O Anjo Chorão

ROSTO DE SILICONE O rosto é trabalhado com a aplicação de uma máscara de silicone e uma estrutura na cabeça, sem nenhuma maquiagem extra. Apesar de serem peças muito leves e flexíveis, cobrem as orelhas e causam pequenas dificuldades para escutar. “Nós tentamos não falar, apenas acenamos com os polegares ou a cabeça”, conta a atriz Sarah Jones.

Como uma criatura que você nunca vê se mexer tornou-se um dos monstros mais assustadores de Doctor Who!

O

s Daleks nos odeiam, os Cybermen querem nos aprimorar, mas os Anjos Chorões simplesmente se alimentam de nós… e não nos dão menos atenção do que nós daríamos a uma cenoura. Com uma velocidade que impressionou os fãs antigos, no mesmo instante em que eles apareceram, já ocuparam o patamar de monstros mais temidos (e adorados) de Doctor Who. Antes da estreia de Pisque na TV em 2007, nunca tinha aparecido um monstro como os Anjos Chorões em Doctor Who. Assim como os Daleks e os Cybermen, eles simplesmente não se importavam. Mas, diferentemente destas aberrações, os Anjos pareciam com estátuas normais… e estavam em todo lugar. Para o diretor de criação Steven Moffat, os Anjos Chorões eram “inerentemente assustadores” por seu caráter de verossimilhança com os humanos; assemelhavam-se muito com eles, mas não eram eles. Ao se passarem por estátuas, as criaturas não davam o menor sinal de que era em você que estavam mirando. Até mesmo os Cybermen, sem emoção, demonstravam certa inteligência por trás de suas armaduras metálicas. Mas com os Anjos não havia nada a perscrutar. Neill Gorton e sua equipe de produção da Millennium FX receberam a missão de trazer os novos monstros à vida. Escrevendo para a publicação Sci-fi & Fantasy Modeller, Gorton revelou que o desafio da moçada foi criar estátuas realistas que pudessem ser reposicionadas em cada cena. A ideia parecia simples, mas logo diversos problemas apareceram.

ESCULTURAL

Para a aparência original dos Anjos Chorões em Pisque, a equipe de produção tinha vetado a ideia de se usar “estátuas vivas” (pessoas com fantasias), porque não acreditava que alguém pudesse ficar parado tempo suficiente para ser convincente. Usar estátuas de verdade foi discutido, mas não havia como produzir tantas peças em poses diferentes a tempo, e isso também não permitiria que qualquer mudança fosse feita durante as filmagens. A ideia de Anjos feitos por com-

4

CLOSE-UP

Surpreendentemente, não são parte da máscara. Os olhos são apenas colocados quando são absolutamente necessários. A razão é simples: quando usados, a visão do ator é seriamente atrapalhada.

FATO!

Três horas é o tempo empreendido para a produção de um Anjo Chorão!

Garras Presas

Asas

A Manto com dobras

sua miniatura é a de um Anjo Chorão, sob a forma como as criaturas aparecem no clímax de Carne e Pedra, a bordo da nave Bizâncio, no planeta Alfava Metraxis. Os Anjos Chorões cercam o Doutor, River Song e Amy Pond - ou pelo menos era isso o que as criaturas pensavam. Mas, com o campo temporal da rachadura do Universo se expandindo, os Anjos estão desesperados e agressivos - exibem suas presas e garras e estão prestes a atacar. Assim como os animais selvagens, os Anjos estão no seu momento mais ameaçador... quando se encontram terrivelmente assustados.

PELE DE PEDRA PARADO Como seres bípedes, ao estarmos parados, ficamos balançando naturalmente por não conseguirmos a fixação plena. Para evitar que isso acontecesse, foi colocado uma espécie de apoio debaixo do figurino a fim de que os atores nele se apoiassem, mantendo-se estáticos. O assento era fixado a uma haste conectada a uma base de aço, na qual o ator ficava apoiado; seu próprio peso mantinha tudo ancorado, fixo, sem oscilações.

A aplicação da maquiagem de base cinza se dá por camadas na pele da atriz. Ao término de cada aplicação, a camada é fixada com um secador de cabelos. O processo é repetido – pelo menos mais duas vezes – até que não se veja mais a cor original da pele.

5


A SUA MINIATURA

anjo chorão

OLHOS ANGELICAIS

O Anjo Chorão

ROSTO DE SILICONE O rosto é trabalhado com a aplicação de uma máscara de silicone e uma estrutura na cabeça, sem nenhuma maquiagem extra. Apesar de serem peças muito leves e flexíveis, cobrem as orelhas e causam pequenas dificuldades para escutar. “Nós tentamos não falar, apenas acenamos com os polegares ou a cabeça”, conta a atriz Sarah Jones.

Como uma criatura que você nunca vê se mexer tornou-se um dos monstros mais assustadores de Doctor Who!

O

s Daleks nos odeiam, os Cybermen querem nos aprimorar, mas os Anjos Chorões simplesmente se alimentam de nós… e não nos dão menos atenção do que nós daríamos a uma cenoura. Com uma velocidade que impressionou os fãs antigos, no mesmo instante em que eles apareceram, já ocuparam o patamar de monstros mais temidos (e adorados) de Doctor Who. Antes da estreia de Pisque na TV em 2007, nunca tinha aparecido um monstro como os Anjos Chorões em Doctor Who. Assim como os Daleks e os Cybermen, eles simplesmente não se importavam. Mas, diferentemente destas aberrações, os Anjos pareciam com estátuas normais… e estavam em todo lugar. Para o diretor de criação Steven Moffat, os Anjos Chorões eram “inerentemente assustadores” por seu caráter de verossimilhança com os humanos; assemelhavam-se muito com eles, mas não eram eles. Ao se passarem por estátuas, as criaturas não davam o menor sinal de que era em você que estavam mirando. Até mesmo os Cybermen, sem emoção, demonstravam certa inteligência por trás de suas armaduras metálicas. Mas com os Anjos não havia nada a perscrutar. Neill Gorton e sua equipe de produção da Millennium FX receberam a missão de trazer os novos monstros à vida. Escrevendo para a publicação Sci-fi & Fantasy Modeller, Gorton revelou que o desafio da moçada foi criar estátuas realistas que pudessem ser reposicionadas em cada cena. A ideia parecia simples, mas logo diversos problemas apareceram.

ESCULTURAL

Para a aparência original dos Anjos Chorões em Pisque, a equipe de produção tinha vetado a ideia de se usar “estátuas vivas” (pessoas com fantasias), porque não acreditava que alguém pudesse ficar parado tempo suficiente para ser convincente. Usar estátuas de verdade foi discutido, mas não havia como produzir tantas peças em poses diferentes a tempo, e isso também não permitiria que qualquer mudança fosse feita durante as filmagens. A ideia de Anjos feitos por com-

4

CLOSE-UP

Surpreendentemente, não são parte da máscara. Os olhos são apenas colocados quando são absolutamente necessários. A razão é simples: quando usados, a visão do ator é seriamente atrapalhada.

FATO!

Três horas é o tempo empreendido para a produção de um Anjo Chorão!

Garras Presas

Asas

A Manto com dobras

sua miniatura é a de um Anjo Chorão, sob a forma como as criaturas aparecem no clímax de Carne e Pedra, a bordo da nave Bizâncio, no planeta Alfava Metraxis. Os Anjos Chorões cercam o Doutor, River Song e Amy Pond - ou pelo menos era isso o que as criaturas pensavam. Mas, com o campo temporal da rachadura do Universo se expandindo, os Anjos estão desesperados e agressivos - exibem suas presas e garras e estão prestes a atacar. Assim como os animais selvagens, os Anjos estão no seu momento mais ameaçador... quando se encontram terrivelmente assustados.

PELE DE PEDRA PARADO Como seres bípedes, ao estarmos parados, ficamos balançando naturalmente por não conseguirmos a fixação plena. Para evitar que isso acontecesse, foi colocado uma espécie de apoio debaixo do figurino a fim de que os atores nele se apoiassem, mantendo-se estáticos. O assento era fixado a uma haste conectada a uma base de aço, na qual o ator ficava apoiado; seu próprio peso mantinha tudo ancorado, fixo, sem oscilações.

A aplicação da maquiagem de base cinza se dá por camadas na pele da atriz. Ao término de cada aplicação, a camada é fixada com um secador de cabelos. O processo é repetido – pelo menos mais duas vezes – até que não se veja mais a cor original da pele.

5


A SUA MINIATURA

FATO!

Ninguém sabe como os Anjos se parecem quando estão se movendo.

ANJO CHORÃO putação gráfica foi levantada e rejeitada rapidamente. Era pouco prático, dada a quantidade de cenas com os Anjos Chorões e a variedade de poses necessárias. Gorton voltou para a ideia de “estátuas vivas”, acalmando os temores da equipe de produção sobre o uso de próteses. E então foi lhe passado que ele só teria duas semanas para criar esse novo terror!

CHOQUE DE TERROR

“A maioria dos Anjos não são estátuas”, explica Moffat, “são garotas pintadas como estátuas que ficam andando e conversando com você durante as filmagens, o que é ao mesmo tempo tranquilizante e um pouco assustador, já que o efeito pintado de pedra é muito convincente”. Tornando isso ainda mais convincente está o trabalho de Ailsa Berk, a coreógrafa responsável por definir as poses características dos Anjos. Ela estudou várias estátuas clássicas para conseguir o efeito correto. Muitas foram rejeitadas, e apenas mantidas as que realmente

passavam o impacto de “choque” de terror. Ficaram divididas em dois tipos, segundo Berk: “as poses ‘reais’, clássicas (as belas poses de anjo); e as poses ferozes, com suas bocas escancaradas, exibindo dentes e caninos, e seus braços em sinal de ataque”. Uma das primeiras tomadas de cena a serem filmadas para a quinta temporada foi a atuação da atriz Sarah Jones como um Anjo Chorão. Na manhã de 10 de julho de 2009, Sarah foi transformada num Anjo pela dupla de maquiadoras e figurinistas Martha Fein e Reza Karem, da Produtora Millennium FX. Esse processo levou quase três horas, e, no final da transformação, Sarah, o Anjo, ainda ensaiou seus movimentos por mais duas horas com a coreógrafa Ailsa Berk. Às 14h, Sarah apresentou-se diante das câmeras para as tomadas do monitor na câmara da Bizâncio. Foi um dia intenso, mas ninguém pode negar que o resultado final da gravação do Anjo Chorão (que se mexe quando ela é repassada) ficou tremendamente assustador!

AS DIFERENTES FACES DOS ANJOS CHORÕES O rosto de pedra dos assassinos solitários…

E

státuas de anjos são uma peça simbólica comum em cemitérios. A visão de uma estátua angelical sobre uma tumba, como em prantos pelo passamento de um ente querido, é uma imagem muito comovente. E também, um disfarce muito inteligente para uma criatura que pretende pegá-lo desprevenido. Obviamente que esses anjos em particular não estão chorando, mas cobrindo seus olhos para que não vejam uns aos outros e fiquem petri-

Quando os Anjo Chorões não conseguem encontrar uma nova fonte de alimento, começam rapidamente a se decompor, não conseguindo sequer se mexer, transformando-se em estátuas de verdade. Depois que começam a perder o seu aspecto, a “pele” passa a se quebrar e formar “cicatrizes”, suas asas caem, os rostos angelicais se transfiguram e seus mantos se transformam em trapos. Depois de certo tempo, ficam irreconhecíveis… até se desfazerem em pó. Mas dê uma fonte de alimento para eles, e os Anjos se recuperam com impressionante rapidez, como descobriram, a custo muito alto, o Doutor, River, Amy e os clérigos do século 51!

O episódio Pisque foi gravado durante o inverno e O Tempo dos Anjos e Carne e Pedra filmados em cavernas frias e úmidas. A maquiagem em camadas das atrizes interpretando os Anjos Chorões proporcionava apenas proteção parcial, mas elas nunca tremiam diante das câmeras!

ASAS PRESAS

ROUPA DE PEDRA Confecção elaborada! Primeiro, uma versão de tecido da roupa do Anjo Chorão foi preparada sobre um manequim, sendo aplicada nesta uma camada de resina de poliéster. Em seguida, com o poliéster tornando o tecido sólido, foi-lhe aplicada uma camada de argila. Por fim, a partir de um molde de fibra de vidro, a roupa de látex flexível foi produzida.

6

ficados para sempre. Esses Anjos Chorões, na verdade, são os que estão saciados. Eles estão bem alimentados, com uma fonte constante de alimento. Mas quando usam todo seu suprimento de energia, tudo muda, e num espaço de tempo relativamente curto. Como o Décimo Primeiro Doutor descobriu com os Anjos devastados em Alfava Metraxis, se um Anjo Chorão fica ganancioso e acaba com seu suprimento de comida, ele então começa a morrer de fome.

ANJOS FAMINTOS

CONGELADO

As impressionantes asas dos Anjos se mantinham no lugar graças a um colete especialmente adaptado, que ficava por baixo da parte superior da roupa dos Anjos. Alças nas roupas de baixo asseguravam a fixação das partes que prendiam as asas. Isso impedia qualquer movimento involuntário.

IMAGEM GRAVADA DE UM ANJO

A ESTÁTUA DA LIBERDADE ANJO! O Anjo Chorão mais impressionante é aquele que habita a estátua mais famosa do mundo. Como Steven Moffat observou, se você está em Nova York, e a história é sobre estátuas assassinas, então você deve usar a Estátua da Liberdade. Com seu rosto sereno transformado em uma expressão selvagem, a Dama Redentora encurrala Amy e Rory na laje do Edifício Winter Quay, uma cena clássica de Doctor Who.

A Estátua da Liberdade decide “visitar” Rory e Amy no clímax de Os Anjos Tomam Manhattan (The Angels Take Manhattan).

A gravação de um Anjo Chorão na câmara da Bizâncio: não é a coisa mais assustadora de Doctor Who?

Talvez o Anjo Chorão mais assustador seja aquele que fica vivo mesmo quando é apenas uma imagem. River Song tinha gravado alguns segundos do Anjo que estava preso na câmara da Bizâncio, que depois foram vistos pelo Doutor e Amy. Como o Doutor percebeu, uma imagem de um Anjo pode tornar a coisa real, e a cópia digital prendeu Amy, lançando-se através do monitor e prestes a atacar. Apenas o pensamento rápido de Amy salvou sua vida: ela pausou a gravação no momento em que o Anjo não estava visível. Em Os Anjos Tomam Manhattan, vemos o que parecem ser filhotes de Anjos, querubins, que são mantidos no porão da casa do chefão do crime Julius Grayle, e nós os ouvimos também! Esses bebês-monstrinhos parecem ter alguma coisa de infantil, e até dá para ouvir suas risadinhas…


A SUA MINIATURA

FATO!

Ninguém sabe como os Anjos se parecem quando estão se movendo.

ANJO CHORÃO putação gráfica foi levantada e rejeitada rapidamente. Era pouco prático, dada a quantidade de cenas com os Anjos Chorões e a variedade de poses necessárias. Gorton voltou para a ideia de “estátuas vivas”, acalmando os temores da equipe de produção sobre o uso de próteses. E então foi lhe passado que ele só teria duas semanas para criar esse novo terror!

CHOQUE DE TERROR

“A maioria dos Anjos não são estátuas”, explica Moffat, “são garotas pintadas como estátuas que ficam andando e conversando com você durante as filmagens, o que é ao mesmo tempo tranquilizante e um pouco assustador, já que o efeito pintado de pedra é muito convincente”. Tornando isso ainda mais convincente está o trabalho de Ailsa Berk, a coreógrafa responsável por definir as poses características dos Anjos. Ela estudou várias estátuas clássicas para conseguir o efeito correto. Muitas foram rejeitadas, e apenas mantidas as que realmente

passavam o impacto de “choque” de terror. Ficaram divididas em dois tipos, segundo Berk: “as poses ‘reais’, clássicas (as belas poses de anjo); e as poses ferozes, com suas bocas escancaradas, exibindo dentes e caninos, e seus braços em sinal de ataque”. Uma das primeiras tomadas de cena a serem filmadas para a quinta temporada foi a atuação da atriz Sarah Jones como um Anjo Chorão. Na manhã de 10 de julho de 2009, Sarah foi transformada num Anjo pela dupla de maquiadoras e figurinistas Martha Fein e Reza Karem, da Produtora Millennium FX. Esse processo levou quase três horas, e, no final da transformação, Sarah, o Anjo, ainda ensaiou seus movimentos por mais duas horas com a coreógrafa Ailsa Berk. Às 14h, Sarah apresentou-se diante das câmeras para as tomadas do monitor na câmara da Bizâncio. Foi um dia intenso, mas ninguém pode negar que o resultado final da gravação do Anjo Chorão (que se mexe quando ela é repassada) ficou tremendamente assustador!

AS DIFERENTES FACES DOS ANJOS CHORÕES O rosto de pedra dos assassinos solitários…

E

státuas de anjos são uma peça simbólica comum em cemitérios. A visão de uma estátua angelical sobre uma tumba, como em prantos pelo passamento de um ente querido, é uma imagem muito comovente. E também, um disfarce muito inteligente para uma criatura que pretende pegá-lo desprevenido. Obviamente que esses anjos em particular não estão chorando, mas cobrindo seus olhos para que não vejam uns aos outros e fiquem petri-

Quando os Anjo Chorões não conseguem encontrar uma nova fonte de alimento, começam rapidamente a se decompor, não conseguindo sequer se mexer, transformando-se em estátuas de verdade. Depois que começam a perder o seu aspecto, a “pele” passa a se quebrar e formar “cicatrizes”, suas asas caem, os rostos angelicais se transfiguram e seus mantos se transformam em trapos. Depois de certo tempo, ficam irreconhecíveis… até se desfazerem em pó. Mas dê uma fonte de alimento para eles, e os Anjos se recuperam com impressionante rapidez, como descobriram, a custo muito alto, o Doutor, River, Amy e os clérigos do século 51!

O episódio Pisque foi gravado durante o inverno e O Tempo dos Anjos e Carne e Pedra filmados em cavernas frias e úmidas. A maquiagem em camadas das atrizes interpretando os Anjos Chorões proporcionava apenas proteção parcial, mas elas nunca tremiam diante das câmeras!

ASAS PRESAS

ROUPA DE PEDRA Confecção elaborada! Primeiro, uma versão de tecido da roupa do Anjo Chorão foi preparada sobre um manequim, sendo aplicada nesta uma camada de resina de poliéster. Em seguida, com o poliéster tornando o tecido sólido, foi-lhe aplicada uma camada de argila. Por fim, a partir de um molde de fibra de vidro, a roupa de látex flexível foi produzida.

6

ficados para sempre. Esses Anjos Chorões, na verdade, são os que estão saciados. Eles estão bem alimentados, com uma fonte constante de alimento. Mas quando usam todo seu suprimento de energia, tudo muda, e num espaço de tempo relativamente curto. Como o Décimo Primeiro Doutor descobriu com os Anjos devastados em Alfava Metraxis, se um Anjo Chorão fica ganancioso e acaba com seu suprimento de comida, ele então começa a morrer de fome.

ANJOS FAMINTOS

CONGELADO

As impressionantes asas dos Anjos se mantinham no lugar graças a um colete especialmente adaptado, que ficava por baixo da parte superior da roupa dos Anjos. Alças nas roupas de baixo asseguravam a fixação das partes que prendiam as asas. Isso impedia qualquer movimento involuntário.

IMAGEM GRAVADA DE UM ANJO

A ESTÁTUA DA LIBERDADE ANJO! O Anjo Chorão mais impressionante é aquele que habita a estátua mais famosa do mundo. Como Steven Moffat observou, se você está em Nova York, e a história é sobre estátuas assassinas, então você deve usar a Estátua da Liberdade. Com seu rosto sereno transformado em uma expressão selvagem, a Dama Redentora encurrala Amy e Rory na laje do Edifício Winter Quay, uma cena clássica de Doctor Who.

A Estátua da Liberdade decide “visitar” Rory e Amy no clímax de Os Anjos Tomam Manhattan (The Angels Take Manhattan).

A gravação de um Anjo Chorão na câmara da Bizâncio: não é a coisa mais assustadora de Doctor Who?

Talvez o Anjo Chorão mais assustador seja aquele que fica vivo mesmo quando é apenas uma imagem. River Song tinha gravado alguns segundos do Anjo que estava preso na câmara da Bizâncio, que depois foram vistos pelo Doutor e Amy. Como o Doutor percebeu, uma imagem de um Anjo pode tornar a coisa real, e a cópia digital prendeu Amy, lançando-se através do monitor e prestes a atacar. Apenas o pensamento rápido de Amy salvou sua vida: ela pausou a gravação no momento em que o Anjo não estava visível. Em Os Anjos Tomam Manhattan, vemos o que parecem ser filhotes de Anjos, querubins, que são mantidos no porão da casa do chefão do crime Julius Grayle, e nós os ouvimos também! Esses bebês-monstrinhos parecem ter alguma coisa de infantil, e até dá para ouvir suas risadinhas…


UM MOMENTO NO TEMPO

CARNE E PEDRA Transmissão: 01/05/2010, canal BBC 1 Roteiro: Steven Moffat Direção: Adam Smith Produção: Tracie Simpson Elenco: Matt Smith como o Doutor, Karen Gillan como Amy Pond, Alex Kingston como River Song, Iain Glen como Octavian

O QUE ACONTECEU?

Na segunda parte de uma aventura que começou com O Tempo dos Anjos, o Doutor foi recrutado por River Song para ajudar a caçar um Anjo Chorão que está foragido no planeta Alfava Metraxis. Lá, o Anjo, deliberadamente, abateu a espaçonave Bizâncio. A energia liberada pela queda da nave regenerou uma horda inteira de Anjos Chorões que estava aprisionada no planeta em estado de decomposição. Agora, regenerados, os Anjos transformam o caçador em caça, perseguindo o Doutor pelo interior da nave. Escapando dos Anjos, o herói e seus companheiros encontram uma rachadura no tempo, na ponte de comando secundária da nave. Os Anjos temem o poder destrutivo da rachadura e têm consciência de que é necessário um evento temporal complexo a fim de selá-la. Eles exigem que o “Senhor do Tempo” se atire sobre ela, sacrificando-se, para evitar sua extensão. O Doutor aconselha seus companheiros a se segurarem e eles obedecem imediatamente. Um conselho muito sensato, pois ocorre uma falha no campo de gravidade na nave, lançando os Anjos na rachadura. E, de repente, é como se eles nunca tivessem existido ou estado ali.

Amy Pond e o Doutor enfrentam um exército de Anjos Chorões quando investigam a queda da Bizâncio no planeta Alfava Metraxis. Mais problemas surgem na forma de River Song. A essa altura, ninguém nem imagina que Amy é a sua mãe!

8

anjos da morte

ANJOS DA MORTE

River Song:

“Doutor… o que você sabe sobre os Anjos Chorões?”

O sucesso com o retorno dos Anjos Chorões era vital para lançar a carreira do Décimo Primeiro Doutor. E que volta espetacular acabou sendo…

“H

á alguns anos, lembrei-me de onde tirei a ideia”, revelou Moffat, para a BBC, sobre a origem dos Anjos Chorões. “Era um hotel em que a minha família costumava se hospedar. Havia ali uma igreja bem próxima e eu me esquecera disso. Ao lado dela, encontrava-se um cemitério cujo portão ficava sempre trancado e com placas com avisos: ‘Entrada Proibida! Perigo!’. Aí, eu pensei: ‘Cemitérios perigosos? Que legal!’; e podia ver um anjo entre as lápides. Tinha me esquecido desse detalhe até quando voltei àquele lugar e me lembrei: ‘Foi aqui que tudo começou!’ E foi muito, muito antes de Pisque porque, a princípio, eu estava redigindo um roteiro em duas partes sobre biblioteca e ia colocar os Anjos na biblioteca. Eu

precisava criar um monstro; então, peguei os Anjos.”

A VOLTA DOS ANJOS

Após a recepção obtida pelos Anjos Chorões em Pisque (Blink), de 2007, seu criador, Steven Moffat, sabia que eles voltariam, até porque se tornara o roteirista-chefe da série. Nenhum monstro desde a aparição dos Daleks havia se fixado tão firmemente no imaginário da audiência quanto os Assassinos Solitários… Eles até venceram os Daleks em uma votação na revista infantil Doctor Who Adventures! Moffat declarou para a Doctor Who Magazine que: “Bons monstros têm de voltar”, completando que alguma história nova precisava ser produzida para eles. E pensou que seu segundo episódio,

Um Anjo Chorão, na casa abandonada em Wester Drumlins, está prestes a atacar a pobre Sally Sparrow (Carey Mulligan), enquanto ela desvenda um mistério temporal…

Uma floresta em uma garrafa, em uma espaçonave, em um labirinto: River Song, o Doutor e Amy Pond percebem a gravidade da situação, enquanto a rachadura no espaço-tempo se expande cada vez mais…

9


UM MOMENTO NO TEMPO

CARNE E PEDRA Transmissão: 01/05/2010, canal BBC 1 Roteiro: Steven Moffat Direção: Adam Smith Produção: Tracie Simpson Elenco: Matt Smith como o Doutor, Karen Gillan como Amy Pond, Alex Kingston como River Song, Iain Glen como Octavian

O QUE ACONTECEU?

Na segunda parte de uma aventura que começou com O Tempo dos Anjos, o Doutor foi recrutado por River Song para ajudar a caçar um Anjo Chorão que está foragido no planeta Alfava Metraxis. Lá, o Anjo, deliberadamente, abateu a espaçonave Bizâncio. A energia liberada pela queda da nave regenerou uma horda inteira de Anjos Chorões que estava aprisionada no planeta em estado de decomposição. Agora, regenerados, os Anjos transformam o caçador em caça, perseguindo o Doutor pelo interior da nave. Escapando dos Anjos, o herói e seus companheiros encontram uma rachadura no tempo, na ponte de comando secundária da nave. Os Anjos temem o poder destrutivo da rachadura e têm consciência de que é necessário um evento temporal complexo a fim de selá-la. Eles exigem que o “Senhor do Tempo” se atire sobre ela, sacrificando-se, para evitar sua extensão. O Doutor aconselha seus companheiros a se segurarem e eles obedecem imediatamente. Um conselho muito sensato, pois ocorre uma falha no campo de gravidade na nave, lançando os Anjos na rachadura. E, de repente, é como se eles nunca tivessem existido ou estado ali.

Amy Pond e o Doutor enfrentam um exército de Anjos Chorões quando investigam a queda da Bizâncio no planeta Alfava Metraxis. Mais problemas surgem na forma de River Song. A essa altura, ninguém nem imagina que Amy é a sua mãe!

8

anjos da morte

ANJOS DA MORTE

River Song:

“Doutor… o que você sabe sobre os Anjos Chorões?”

O sucesso com o retorno dos Anjos Chorões era vital para lançar a carreira do Décimo Primeiro Doutor. E que volta espetacular acabou sendo…

“H

á alguns anos, lembrei-me de onde tirei a ideia”, revelou Moffat, para a BBC, sobre a origem dos Anjos Chorões. “Era um hotel em que a minha família costumava se hospedar. Havia ali uma igreja bem próxima e eu me esquecera disso. Ao lado dela, encontrava-se um cemitério cujo portão ficava sempre trancado e com placas com avisos: ‘Entrada Proibida! Perigo!’. Aí, eu pensei: ‘Cemitérios perigosos? Que legal!’; e podia ver um anjo entre as lápides. Tinha me esquecido desse detalhe até quando voltei àquele lugar e me lembrei: ‘Foi aqui que tudo começou!’ E foi muito, muito antes de Pisque porque, a princípio, eu estava redigindo um roteiro em duas partes sobre biblioteca e ia colocar os Anjos na biblioteca. Eu

precisava criar um monstro; então, peguei os Anjos.”

A VOLTA DOS ANJOS

Após a recepção obtida pelos Anjos Chorões em Pisque (Blink), de 2007, seu criador, Steven Moffat, sabia que eles voltariam, até porque se tornara o roteirista-chefe da série. Nenhum monstro desde a aparição dos Daleks havia se fixado tão firmemente no imaginário da audiência quanto os Assassinos Solitários… Eles até venceram os Daleks em uma votação na revista infantil Doctor Who Adventures! Moffat declarou para a Doctor Who Magazine que: “Bons monstros têm de voltar”, completando que alguma história nova precisava ser produzida para eles. E pensou que seu segundo episódio,

Um Anjo Chorão, na casa abandonada em Wester Drumlins, está prestes a atacar a pobre Sally Sparrow (Carey Mulligan), enquanto ela desvenda um mistério temporal…

Uma floresta em uma garrafa, em uma espaçonave, em um labirinto: River Song, o Doutor e Amy Pond percebem a gravidade da situação, enquanto a rachadura no espaço-tempo se expande cada vez mais…

9


UM MOMENTO NO TEMPO

ANJOS DA MORTE

Os Anjos Chorões abraçadores de árvores, dentro da “fábrica de oxigênio” a bordo da Bizâncio em Carne e Pedra.

O Tempo dos Anjos / Carne e Pedra, tinha de ser como o filme Aliens, o Resgate, assim como Pisque foi o Aliens, o Oitavo Passageiro: uma epopeia de maior extensão, com mais monstros, seguindo um drama em menor escala. Sendo assim, o roteirista-chefe da série pretendia que o Doutor enfrentasse toda uma legião de Anjos Assassinos, em vez de lidar com apenas quatro deles. Moffat pretendia também criar novas dimensões para a ameaça. O Décimo Doutor tinha mencionado que os Anjos Chorões eram “os únicos psicopatas do Universo que matam de modo escrupuloso… apenas o enviam para o passado e te deixam viver até a morte”. Mas, agora, Moffat pretendia mudar o jogo. O que aconteceria se os Anjos Chorões estivessem morrendo de fome, sedentos há muito de energia? Se ficassem realmente maus, e resolvessem torturar suas vítimas? Moffat também explorou o fato de se relacionar dos Anjos Chorões sem poder vê-los. Esse interessante problema, de alta ansiedade, foi deixado a cargo de Karen Gillan. “Faz parte do trabalho de um roteirista de Doctor Who pensar a que situação ruim a personagem Amy Pond pode ser exposta?”, o roteirista comentou sobre esse desafio à Doctor Who Magazine.

OLÁ, DOCINHO!

E mais um ingrediente era necessário para colocar mais tempero na história: a volta de River Song. Não havia a necessidade de o conceito de River - como alguém que encontra o Doutor desconcertado - continuar estabelecido depois de ela ter morrido em Floresta dos Mortos (Forest of the Dead). Contratar a atriz Alex Kingston é bem complicado; pois,

10

Adam Smith teve seu trabalho feito para ele a bordo da espaçonave Bizâncio, mas ele conduziu uma equipe que criou um episódio de Doctor Who no estilo dos sucessos do cinema que os fãs irão se lembrar para sempre.

A “primeira” história de Matt Smith e Karen Gillan cimentou um forte relacionamento de trabalho que foi o ponto central da série por três anos.

além de morar em Los Angeles, trata-se de uma profissional muito requisitada. Mas, pela forma com a qual River se tornou uma grande figura na vida do Décimo Primeiro Doutor, pode-se entender o quanto a ideia era boa. “Quando eu aceitei o papel”, conta Kingston, “pensei que era apenas para esses dois episódios, uma vez que eu morria no final. Então, quando fui novamente chamada, achei um pouco estranho, mas, ao ler o roteiro dos outros dois episódios, fez todo o sentido do mundo minha personagem estar de volta.” Seu retorno é tão explosivo quanto a própria personagem. “Nós estávamos tentando criar um momento de impacto, passar a sensação de que River era essa aventureira maluca”, revelou o diretor Adam Smith para o documentário Doctor Who Confidential. Quanto ao cenário para River ser lançada ao espaço enquanto ela despressurizava a Bizâncio, Smith decla-

E é assim que se faz uma saída com estilo: atirando-se de uma câmara de compressão, confiando que seu futuro marido (mais ou menos), viajante no tempo, chegue a tempo com sua TARDIS para salvar sua vida.

ra: “Foi o cenário mais complicado que já produzi. Lá estava a tela verde, River com cabos, a TARDIS na plataforma… era muita coisa!”. “Nós tínhamos um dublê para Alex no dia”, afirmou o coordenador de dublês Crispin Layfield para o Doctor Who Confidential. “Quando a cena exige manobras arriscadas, e puxões, com atores e atrizes sendo levados para trás de modo abrupto, torna-se imprescindível a interferência de dublês.” Mas Kingston queria passar por tal experiência. “Isso parece muito emocionante”, declarou ela enquanto o dublê, preso com cabos, era atirado para trás numa tela verde. “Eu nunca estive presa a cabos”, revelou a atriz para o Doctor Who Confidential, comentando sobre as diversas oportunidades que

alex kingston:

“Quando eu fui chamada para voltar, achei um pouco estranho…”

A queda da Bizâncio foi mencionada pela primeira vez por River Song na história do Décimo Doutor, Silêncio na Biblioteca (Silence in the Library).

podem surgir ao se trabalhar numa série como Doctor Who. “Eu estava realmente animada! Absolutamente, adorei!” A volta de River é uma dor de cabeça e meia para o Doutor. “Ele estava preocupado com seu próximo encontro com River”, declarou Moffat, mas Matt Smith tinha uma ideia diferente sobre por que o Doutor não queria encontrar com ela de novo. “O Doutor é sempre o cara que sabe tudo do momento. E acho que ele fica frustrado quando alguém sabe mais que ele, e River Song sabe muito sobre o futuro dele…”

UM NOVO DIA

Ainda havia mais uma novidade para essa história incrível. Embora tenham ido ao ar como o quarto e o quinto episódios da temporada de 2010, a história dos Anjos Chorões marcou a primeira vez que Matt ficou diante das câmeras como o Décimo Primeiro Doutor. Em julho de 2009, o diretor Adam Smith, Matt e Karen Gillan dedicaram um pouco de tempo trabalhando nos personagens. Adam e Matt juraram que nunca mencionariam os Doutores anteriores, e dariam muita atenção em criar o novo Doutor da melhor forma possível. Mas Matt pediu conselhos para os outros Doutores. Tendo

Fãs e paparazzi chegam enquanto Karen Gillan, Matt Smith e Alex Kingston estão filmando em Southerndown Beach, criando a queda da Bizâncio.

almoçado com Peter Davidson, o Quinto Doutor disse para Matt simplesmente se divertir. Matt, então, “falou rapidamente com David [Tennant]. Ele foi adorável e me encorajou”, contou ao jornal The Guardian, “Mas achava que eu tinha de fazer do meu jeito. Era minha própria jornada”. Para Karen, tornar-se parte da equipe foi “um pouco doido”, disse ao canal infantil CBBC. “Primeiro, eu não conseguia acreditar e estava começando a me acostumar e pensando que era um trabalho de atuação como outro qualquer. Mas, de vez em quando, você percebe o tamanho do fenômeno!” A maioria das filmagens foi realizada em locação, com a primeira cena de Matt feita em Dunraven Bay, em Southerndown Beach. Telespectadores com olhos de águia podem ver a locação como Bad

Wolf Bay, onde uma chorosa Rose Tyler despediu-se do Décimo Doutor. “Acidentalmente, foi o começo mais mágico possível”, lembra Moffat. “Nós fomos para essa praia branca perfeita. A TARDIS e nossos dois personagens principais estavam ali, e podíamos ver aquele retângulo azul nos olhando, como um selo grudado em uma pintura… era tão perfeito! Eu me lembro de pensar que tudo aquilo era mágico. Nós estávamos começando com o Doutor e sua companheira saindo da TARDIS, falando com River Song.” Foi realmente um começo encantador para uma das mais sombrias aventuras na história de Doctor Who, e uma assustadora ressurreição dos pavorosos Anjos que, depois desse épico, revelaram-se imortais.

11


UM MOMENTO NO TEMPO

ANJOS DA MORTE

Os Anjos Chorões abraçadores de árvores, dentro da “fábrica de oxigênio” a bordo da Bizâncio em Carne e Pedra.

O Tempo dos Anjos / Carne e Pedra, tinha de ser como o filme Aliens, o Resgate, assim como Pisque foi o Aliens, o Oitavo Passageiro: uma epopeia de maior extensão, com mais monstros, seguindo um drama em menor escala. Sendo assim, o roteirista-chefe da série pretendia que o Doutor enfrentasse toda uma legião de Anjos Assassinos, em vez de lidar com apenas quatro deles. Moffat pretendia também criar novas dimensões para a ameaça. O Décimo Doutor tinha mencionado que os Anjos Chorões eram “os únicos psicopatas do Universo que matam de modo escrupuloso… apenas o enviam para o passado e te deixam viver até a morte”. Mas, agora, Moffat pretendia mudar o jogo. O que aconteceria se os Anjos Chorões estivessem morrendo de fome, sedentos há muito de energia? Se ficassem realmente maus, e resolvessem torturar suas vítimas? Moffat também explorou o fato de se relacionar dos Anjos Chorões sem poder vê-los. Esse interessante problema, de alta ansiedade, foi deixado a cargo de Karen Gillan. “Faz parte do trabalho de um roteirista de Doctor Who pensar a que situação ruim a personagem Amy Pond pode ser exposta?”, o roteirista comentou sobre esse desafio à Doctor Who Magazine.

OLÁ, DOCINHO!

E mais um ingrediente era necessário para colocar mais tempero na história: a volta de River Song. Não havia a necessidade de o conceito de River - como alguém que encontra o Doutor desconcertado - continuar estabelecido depois de ela ter morrido em Floresta dos Mortos (Forest of the Dead). Contratar a atriz Alex Kingston é bem complicado; pois,

10

Adam Smith teve seu trabalho feito para ele a bordo da espaçonave Bizâncio, mas ele conduziu uma equipe que criou um episódio de Doctor Who no estilo dos sucessos do cinema que os fãs irão se lembrar para sempre.

A “primeira” história de Matt Smith e Karen Gillan cimentou um forte relacionamento de trabalho que foi o ponto central da série por três anos.

além de morar em Los Angeles, trata-se de uma profissional muito requisitada. Mas, pela forma com a qual River se tornou uma grande figura na vida do Décimo Primeiro Doutor, pode-se entender o quanto a ideia era boa. “Quando eu aceitei o papel”, conta Kingston, “pensei que era apenas para esses dois episódios, uma vez que eu morria no final. Então, quando fui novamente chamada, achei um pouco estranho, mas, ao ler o roteiro dos outros dois episódios, fez todo o sentido do mundo minha personagem estar de volta.” Seu retorno é tão explosivo quanto a própria personagem. “Nós estávamos tentando criar um momento de impacto, passar a sensação de que River era essa aventureira maluca”, revelou o diretor Adam Smith para o documentário Doctor Who Confidential. Quanto ao cenário para River ser lançada ao espaço enquanto ela despressurizava a Bizâncio, Smith decla-

E é assim que se faz uma saída com estilo: atirando-se de uma câmara de compressão, confiando que seu futuro marido (mais ou menos), viajante no tempo, chegue a tempo com sua TARDIS para salvar sua vida.

ra: “Foi o cenário mais complicado que já produzi. Lá estava a tela verde, River com cabos, a TARDIS na plataforma… era muita coisa!”. “Nós tínhamos um dublê para Alex no dia”, afirmou o coordenador de dublês Crispin Layfield para o Doctor Who Confidential. “Quando a cena exige manobras arriscadas, e puxões, com atores e atrizes sendo levados para trás de modo abrupto, torna-se imprescindível a interferência de dublês.” Mas Kingston queria passar por tal experiência. “Isso parece muito emocionante”, declarou ela enquanto o dublê, preso com cabos, era atirado para trás numa tela verde. “Eu nunca estive presa a cabos”, revelou a atriz para o Doctor Who Confidential, comentando sobre as diversas oportunidades que

alex kingston:

“Quando eu fui chamada para voltar, achei um pouco estranho…”

A queda da Bizâncio foi mencionada pela primeira vez por River Song na história do Décimo Doutor, Silêncio na Biblioteca (Silence in the Library).

podem surgir ao se trabalhar numa série como Doctor Who. “Eu estava realmente animada! Absolutamente, adorei!” A volta de River é uma dor de cabeça e meia para o Doutor. “Ele estava preocupado com seu próximo encontro com River”, declarou Moffat, mas Matt Smith tinha uma ideia diferente sobre por que o Doutor não queria encontrar com ela de novo. “O Doutor é sempre o cara que sabe tudo do momento. E acho que ele fica frustrado quando alguém sabe mais que ele, e River Song sabe muito sobre o futuro dele…”

UM NOVO DIA

Ainda havia mais uma novidade para essa história incrível. Embora tenham ido ao ar como o quarto e o quinto episódios da temporada de 2010, a história dos Anjos Chorões marcou a primeira vez que Matt ficou diante das câmeras como o Décimo Primeiro Doutor. Em julho de 2009, o diretor Adam Smith, Matt e Karen Gillan dedicaram um pouco de tempo trabalhando nos personagens. Adam e Matt juraram que nunca mencionariam os Doutores anteriores, e dariam muita atenção em criar o novo Doutor da melhor forma possível. Mas Matt pediu conselhos para os outros Doutores. Tendo

Fãs e paparazzi chegam enquanto Karen Gillan, Matt Smith e Alex Kingston estão filmando em Southerndown Beach, criando a queda da Bizâncio.

almoçado com Peter Davidson, o Quinto Doutor disse para Matt simplesmente se divertir. Matt, então, “falou rapidamente com David [Tennant]. Ele foi adorável e me encorajou”, contou ao jornal The Guardian, “Mas achava que eu tinha de fazer do meu jeito. Era minha própria jornada”. Para Karen, tornar-se parte da equipe foi “um pouco doido”, disse ao canal infantil CBBC. “Primeiro, eu não conseguia acreditar e estava começando a me acostumar e pensando que era um trabalho de atuação como outro qualquer. Mas, de vez em quando, você percebe o tamanho do fenômeno!” A maioria das filmagens foi realizada em locação, com a primeira cena de Matt feita em Dunraven Bay, em Southerndown Beach. Telespectadores com olhos de águia podem ver a locação como Bad

Wolf Bay, onde uma chorosa Rose Tyler despediu-se do Décimo Doutor. “Acidentalmente, foi o começo mais mágico possível”, lembra Moffat. “Nós fomos para essa praia branca perfeita. A TARDIS e nossos dois personagens principais estavam ali, e podíamos ver aquele retângulo azul nos olhando, como um selo grudado em uma pintura… era tão perfeito! Eu me lembro de pensar que tudo aquilo era mágico. Nós estávamos começando com o Doutor e sua companheira saindo da TARDIS, falando com River Song.” Foi realmente um começo encantador para uma das mais sombrias aventuras na história de Doctor Who, e uma assustadora ressurreição dos pavorosos Anjos que, depois desse épico, revelaram-se imortais.

11


1965 50 ANOS DE DOCTOR WHO

1965

O MUNDO EM 1965 19 de janeiro: a Gemini 2 é lançada. É a primeira espaçonave conduzida, construída para ser reutilizada. Não haveria outra até o segundo voo da nave Columbia, em 1981.

30 de janeiro: acontece o funeral do líder britânico da 2ª Guerra Mundial, Winston Churchill. Nenhum funeral seria tão grandioso até o do papa João Paulo II, em 2005.

6 de fevereiro: Stanley Matthews disputa seu último jogo na primeira divisão. Ele tem 50 anos e cinco dias de idade. Jogando pelo Stoke, o time vence o Fulham por 3 a 1.

Março: é lançado o clássico A Noviça Rebelde. Com quase três horas de duração, o musical é muito bemsucedido, ganhando cinco prêmios da Academia.

23 de março: A NASA lança a Gemini 3. Gus Grisson e John Young são mandados para a órbita da Terra. O voo de oito dias prova que uma missão para a Lua é possível.

22 e 23 de maio: acontece o primeiro Campeonato de Skate na Califórnia, que é transmitido pela TV americana. Porém, a sua popularidade é baixa, por causa da falta de segurança do esporte.

JANEIRO – JUNHO

Voltamos quase cinquenta anos no tempo para dar uma olhada no que estava acontecendo no mundo de Doctor Who na primeira metade do ano. 4 DE JANEIRO INFESTAÇÃO DOS ZARBIS

A filmagem de O Planeta Teia (The Web Planet) começa com uma extensa cobertura dos jornais Daily Mail, The Mirror e Telegraph. É lembrada por mostrar que é o único planeta realmente alienígena da série. Nesse planeta, não existem humanoides, apenas os Zarbis, parecidos com formigas gigantes, e os Menopteras, borboletas do tamanho de uma pessoa. A produção é, para dizer o mínimo, complicada. E tudo fica pior com a imensa ambição da série, tentando fazer tanto com um orçamento tão pequeno. Os ânimos se exaltaram e os nervos foram postos a teste durante a produção, que terminou com William Russell, que interpretava Ian, decidindo abandonar o programa.

23 DE JANEIRO DALEKS EM AÇÃO

Os Daleks – agora em quadrinhos – chegam à TV Century 21, uma nova e suntuosa revista infantil. As histórias detalham os Daleks e sua origem em Skaro, a descoberta da viagem espacial, suas conquistas, sua guerra contra do Mechonoids e até mesmo ligações com a história da televisão A Perseguição (The Chase). Como os quadrinhos terminavam com os Daleks descobrindo a Terra, a revista acabou se tornando, na prática, um prelúdio para A Invasão da Terra pelos Daleks (The Dalek Invasion of Earth).

FEVEREIRO AMOSTRA DOS DALEKS

Com a história Planeta de Gigantes (Planet of Giants), da segunda temporada, encurtada em um episódio, foi pedido para Terry Nation escrever um único episódio de uma história com os Daleks, como uma amostra para O Grande Plano dos Daleks (The Dalek’s Master Plan). Esse episódio é único na história da série porque não tem nenhum membro do elenco regular nele.

12

ABRIL De partida!

24 DE FEVEREIRO VENDO DOBRADO

O editor de roteiros Dennis Spooner contatou o escritor Brian Hayles depois que ele enviou uma proposta de história onde a Terra tinha um planeta gêmeo. Spooner percebeu que havia problemas com a história de Hayle, The Dark Planet, assim como a história de Malcolm Hulke, The Hidden Planet, também tinha sido abandonada. Embora a história nunca tenha sido usada, ideia de uma cópia da Terra nunca deixou de orbitar pela equipe de produção. Até que um dia, surgiu Mondas, o mundo natal dos Cybermen…

8 DE MARÇO DALEKS NO CINEMA

O primeiro filme dos Daleks, adaptado do roteiro original de Terry Nation para a televisão, começou a ser filmado nos Estúdios Shepperton. Os responsáveis não tinham muita gente que sabia como operar os Daleks e pediram ajuda para a BBC. O custo dos direitos dos Daleks foi revelado como sendo 300 mil libras esterlinas… o que era muito dinheiro em 1965!

A imprensa anuncia que William Russell e Jacqueline Hill, ou seja, Ian e Bárbara, deixarão a série. E eles não são os únicos. O editor de roteiros Dennis Scooper está saindo para trabalhar em The Baron e Verity Lambert pretende atuar em The Newcomer e Adam Adamant Lives! Sem a fé de Verity na série, Doctor Who não teria durado além de 13 episódios. Spooner também deve ser reconhecido, pois ele provou que as mudanças no elenco não atrapalhariam a longevidade do programa.

23 DE ABRIL APRESENTANDO HOLMES

O novo editor de roteiros se encontra com Robert Holmes, um escritor que tinha enviado ideias para o programa Out of the Unknown, do canal BBC 2. Apesar de que sua primeira proposta, The Space Trap, sobre uma nave cheia de robôs ativados pelo Doutor e seus amigos, nunca tenha sido usada, esse foi um encontro especialmente importante. Holmes escreveria muitos episódios brilhantes de Doctor Who e se tornaria editor de roteiros nos meados dos anos 1970, quando a série estaria em seu maior ponto de popularidade com o público britânico. Em maio, Holmes foi informado de que seus robôs eram muito parecidos com os Mechonoids que apareceriam em A Perseguição, mas é convidado a mandar mais propostas.

24 DE ABRIL O QUE É UM SENHOR DO TEMPO?

Antes de O Barão (The Baron), Dennis Spooner começou com O Monge Intrometido (The Meddling Monk), uma história significativa que mostrava outro integrante da raça do Doutor. Pela primeira vez, o público veria que o Doutor não era o único com uma TARDIS!

22 DE MAIO COMEÇA A PERSEGUIÇÃO

Depois de sua invasão da Terra, o que os Daleks poderiam fazem em seguida? A resposta veio em A Perseguição: viagem no tempo! Agora não existe nenhum lugar seguro para o Doutor no espaço-tempo. Os telespectadores ficam colados na tela quando veem os Daleks caçarem a TARDIS pelo vórtice…

24 DE JUNHO INVASÃO DE DALEKS

Com o episódio final de A Perseguição chegando a nove milhões de telespectadores, é a hora perfeita para lançar a versão do cinema para Doctor Who e os Daleks (Doctor Who and the Daleks). O filme estreia com resenhas positivas no Studio I na Oxford Street em Londres e é um sucesso de bilheteria. Todos os jornais falam do filme, fora

21 DE MAIO OLÁ, STEVEN!

Apenas algumas semanas antes de se juntar à equipe da TARDIS, Peter Purves foi contratado para interpretar o novo companheiro Steven Taylor, fazendo sua estreia no episódio final da aventura com os Daleks, A Perseguição. E esse não foi seu primeiro envolvimento com Doctor Who. Ele apareceu no episódio três de A Perseguição como um turista americano e tentou uma audição para um papel em O Planeta Teia, mas foi considerado “muito talentoso” para ficar escondido na fantasia de um Menoptera!

FINAL DE MAIO

DALEKS EM PROFUSÃO Com uma quarta história dos Daleks já sendo planejada, chegam ordens superiores da BBC para que a equipe de produção de Doctor Who dobre a duração da história, tornando-a um épico de 12 episódios. São três meses de Daleks, em cada noite de sábado! Verity Lambert ficou feliz em aceitar essa tarefa gigantesca, mas acabou não produzindo a história…

a interligação com a revista TV Century 21, e não menos que 18 páginas dedicadas a produtos relacionados aos Daleks na revista Games and Toys, com atenção toda especial para a nova aventura em 12 partes. Se você fosse uma criança em 1965, certamente passaria sua noite de Natal com um Dalek…

13


1965 50 ANOS DE DOCTOR WHO

1965

O MUNDO EM 1965 19 de janeiro: a Gemini 2 é lançada. É a primeira espaçonave conduzida, construída para ser reutilizada. Não haveria outra até o segundo voo da nave Columbia, em 1981.

30 de janeiro: acontece o funeral do líder britânico da 2ª Guerra Mundial, Winston Churchill. Nenhum funeral seria tão grandioso até o do papa João Paulo II, em 2005.

6 de fevereiro: Stanley Matthews disputa seu último jogo na primeira divisão. Ele tem 50 anos e cinco dias de idade. Jogando pelo Stoke, o time vence o Fulham por 3 a 1.

Março: é lançado o clássico A Noviça Rebelde. Com quase três horas de duração, o musical é muito bemsucedido, ganhando cinco prêmios da Academia.

23 de março: A NASA lança a Gemini 3. Gus Grisson e John Young são mandados para a órbita da Terra. O voo de oito dias prova que uma missão para a Lua é possível.

22 e 23 de maio: acontece o primeiro Campeonato de Skate na Califórnia, que é transmitido pela TV americana. Porém, a sua popularidade é baixa, por causa da falta de segurança do esporte.

JANEIRO – JUNHO

Voltamos quase cinquenta anos no tempo para dar uma olhada no que estava acontecendo no mundo de Doctor Who na primeira metade do ano. 4 DE JANEIRO INFESTAÇÃO DOS ZARBIS

A filmagem de O Planeta Teia (The Web Planet) começa com uma extensa cobertura dos jornais Daily Mail, The Mirror e Telegraph. É lembrada por mostrar que é o único planeta realmente alienígena da série. Nesse planeta, não existem humanoides, apenas os Zarbis, parecidos com formigas gigantes, e os Menopteras, borboletas do tamanho de uma pessoa. A produção é, para dizer o mínimo, complicada. E tudo fica pior com a imensa ambição da série, tentando fazer tanto com um orçamento tão pequeno. Os ânimos se exaltaram e os nervos foram postos a teste durante a produção, que terminou com William Russell, que interpretava Ian, decidindo abandonar o programa.

23 DE JANEIRO DALEKS EM AÇÃO

Os Daleks – agora em quadrinhos – chegam à TV Century 21, uma nova e suntuosa revista infantil. As histórias detalham os Daleks e sua origem em Skaro, a descoberta da viagem espacial, suas conquistas, sua guerra contra do Mechonoids e até mesmo ligações com a história da televisão A Perseguição (The Chase). Como os quadrinhos terminavam com os Daleks descobrindo a Terra, a revista acabou se tornando, na prática, um prelúdio para A Invasão da Terra pelos Daleks (The Dalek Invasion of Earth).

FEVEREIRO AMOSTRA DOS DALEKS

Com a história Planeta de Gigantes (Planet of Giants), da segunda temporada, encurtada em um episódio, foi pedido para Terry Nation escrever um único episódio de uma história com os Daleks, como uma amostra para O Grande Plano dos Daleks (The Dalek’s Master Plan). Esse episódio é único na história da série porque não tem nenhum membro do elenco regular nele.

12

ABRIL De partida!

24 DE FEVEREIRO VENDO DOBRADO

O editor de roteiros Dennis Spooner contatou o escritor Brian Hayles depois que ele enviou uma proposta de história onde a Terra tinha um planeta gêmeo. Spooner percebeu que havia problemas com a história de Hayle, The Dark Planet, assim como a história de Malcolm Hulke, The Hidden Planet, também tinha sido abandonada. Embora a história nunca tenha sido usada, ideia de uma cópia da Terra nunca deixou de orbitar pela equipe de produção. Até que um dia, surgiu Mondas, o mundo natal dos Cybermen…

8 DE MARÇO DALEKS NO CINEMA

O primeiro filme dos Daleks, adaptado do roteiro original de Terry Nation para a televisão, começou a ser filmado nos Estúdios Shepperton. Os responsáveis não tinham muita gente que sabia como operar os Daleks e pediram ajuda para a BBC. O custo dos direitos dos Daleks foi revelado como sendo 300 mil libras esterlinas… o que era muito dinheiro em 1965!

A imprensa anuncia que William Russell e Jacqueline Hill, ou seja, Ian e Bárbara, deixarão a série. E eles não são os únicos. O editor de roteiros Dennis Scooper está saindo para trabalhar em The Baron e Verity Lambert pretende atuar em The Newcomer e Adam Adamant Lives! Sem a fé de Verity na série, Doctor Who não teria durado além de 13 episódios. Spooner também deve ser reconhecido, pois ele provou que as mudanças no elenco não atrapalhariam a longevidade do programa.

23 DE ABRIL APRESENTANDO HOLMES

O novo editor de roteiros se encontra com Robert Holmes, um escritor que tinha enviado ideias para o programa Out of the Unknown, do canal BBC 2. Apesar de que sua primeira proposta, The Space Trap, sobre uma nave cheia de robôs ativados pelo Doutor e seus amigos, nunca tenha sido usada, esse foi um encontro especialmente importante. Holmes escreveria muitos episódios brilhantes de Doctor Who e se tornaria editor de roteiros nos meados dos anos 1970, quando a série estaria em seu maior ponto de popularidade com o público britânico. Em maio, Holmes foi informado de que seus robôs eram muito parecidos com os Mechonoids que apareceriam em A Perseguição, mas é convidado a mandar mais propostas.

24 DE ABRIL O QUE É UM SENHOR DO TEMPO?

Antes de O Barão (The Baron), Dennis Spooner começou com O Monge Intrometido (The Meddling Monk), uma história significativa que mostrava outro integrante da raça do Doutor. Pela primeira vez, o público veria que o Doutor não era o único com uma TARDIS!

22 DE MAIO COMEÇA A PERSEGUIÇÃO

Depois de sua invasão da Terra, o que os Daleks poderiam fazem em seguida? A resposta veio em A Perseguição: viagem no tempo! Agora não existe nenhum lugar seguro para o Doutor no espaço-tempo. Os telespectadores ficam colados na tela quando veem os Daleks caçarem a TARDIS pelo vórtice…

24 DE JUNHO INVASÃO DE DALEKS

Com o episódio final de A Perseguição chegando a nove milhões de telespectadores, é a hora perfeita para lançar a versão do cinema para Doctor Who e os Daleks (Doctor Who and the Daleks). O filme estreia com resenhas positivas no Studio I na Oxford Street em Londres e é um sucesso de bilheteria. Todos os jornais falam do filme, fora

21 DE MAIO OLÁ, STEVEN!

Apenas algumas semanas antes de se juntar à equipe da TARDIS, Peter Purves foi contratado para interpretar o novo companheiro Steven Taylor, fazendo sua estreia no episódio final da aventura com os Daleks, A Perseguição. E esse não foi seu primeiro envolvimento com Doctor Who. Ele apareceu no episódio três de A Perseguição como um turista americano e tentou uma audição para um papel em O Planeta Teia, mas foi considerado “muito talentoso” para ficar escondido na fantasia de um Menoptera!

FINAL DE MAIO

DALEKS EM PROFUSÃO Com uma quarta história dos Daleks já sendo planejada, chegam ordens superiores da BBC para que a equipe de produção de Doctor Who dobre a duração da história, tornando-a um épico de 12 episódios. São três meses de Daleks, em cada noite de sábado! Verity Lambert ficou feliz em aceitar essa tarefa gigantesca, mas acabou não produzindo a história…

a interligação com a revista TV Century 21, e não menos que 18 páginas dedicadas a produtos relacionados aos Daleks na revista Games and Toys, com atenção toda especial para a nova aventura em 12 partes. Se você fosse uma criança em 1965, certamente passaria sua noite de Natal com um Dalek…

13


o universo de doctor who

AULA DE HISTÓRIA O Doutor e Winston Churchill são velhos amigos. Quando os Daleks surgem para ajudar as Forças Aliadas na 2ª Guerra Mundial, o Doutor faz tudo o que pode para que Churchill e o Professor Bracewell percebam que os monstros metálicos são malignos.

OS DIAS DOS DALEKS

Os Daleks interferiram na História para conquistar a Terra do século 22, devastada por uma guerra nuclear.

aula de história Temos sorte que o Doutor prestou atenção às suas aulas de História da Terra… ele sabe detalhes que não deveriam ser bagunçados. Mas algumas pessoas parecem adorar interferir!

D

octor Who é sobre um maluco em uma caixa que viaja para qualquer lugar no tempo e espaço. Acontece que o planeta favorito do Doutor é um pequeno mundo azul e verde na borda mais tranquila da Via Láctea. Ele adora a Terra (e seus habitantes), tanto que tem uma certa tendência a aparecer na história da humanidade. Para o Doutor, todo o tempo e espaço é agora. Não existe passado, presente e futuro. Só existe uma “teia do tempo”, algo tão complexo e delicado que apenas os Senhores do Tempo conseguem apreciar de verdade. O Doutor não gosta de interferências na ordem estabelecida das coisas, exceto pelos momentos quando é ele quem está interferindo.

14

O exemplo mais famoso da intolerância do Doutor com mudanças no passado foi quando o Primeiro Doutor repreendeu Bárbara, uma professora de História, dizendo: “Mas você não pode reescrever a História! Nem uma linha!”. Bárbara tinha esperanças, com os astecas acreditando que ela era a reencarnação de uma sacerdotisa, que poderia mudar sua prática de sacrifícios humanos antes que os conquistadores chegassem. O Doutor sabia que a História seguiria seu rumo: os espanhóis chegariam e destruiriam a civilização asteca. Ele estava preocupado que Bárbara poderia mudar a História? Ou era um aviso de que ela falharia com o que quer que fosse que tentasse fazer? O Doutor ainda falou: “O que você está tentando

é totalmente impossível. Eu sei, acredite em mim, eu sei.” Sugerindo que ele tentou mudar o passado… e não conseguiu. O Doutor protege o passado, e não tolera intrometidos. Mas a Guerra do Tempo mudou muita coisa. O Nono Doutor estava feliz com os Gelths habitando os mortos no século 19, mesmo com Rose Tyler sabendo (em sua História) que isso não tinha acontecido. O Doutor revelou que o tempo está em fluxo. As pessoas que protegiam a teia do tempo estavam mortas e qualquer coisa podia acontecer. Porém, existem pontos fixos no tempo, e mudá-los pode ser desastroso, como Donna Noble descobriu em Os Fogos de Pompeia (The Fires of Pompeii); ou o Monte Vesúvio entra em

erupção e mata milhares de pessoas, ou a energia da erupção é absorvida e o mundo inteiro está fadado a se tornar o novo império Piroviliano. Embora esteja mais interessado em manter o que está nos livros de História, o Doutor já ajudou a reescrever o que aparece neles. Depois de se envolver na corte do imperador Nero, o Doutor acidentalmente tocou fogo em um mapa de Roma, inspirando Nero a fazer a mesma coisa com a própria cidade, para que ele pudesse tocar adiante seus planos de fazer um novo projeto para a cidade. Quando um grupo de criminosos Terileptil desesperados caiu na Grã-Bretanha do século 17, no confronto final entre o Doutor e o líder dos

Refugiados Pyrovillanos queriam usar o poder do Vesúvio para transformar a Terra sem seu novo lar.

Em O Dia dos Daleks (Day of the Daleks), os maiores inimigos do Doutor controlam uma Terra do futuro, onde a humanidade quase que se exterminou. Isso contradiz A Invasão da Terra pelos Daleks (The Dalek Invasion of Earth), na qual os Daleks já tinham conquistado a Terra. O Terceiro Doutor resolve esse paradoxo e garante a segurança da humanidade. Em A Vitória dos Daleks (Victory of the Daleks), os mutantes interferem no tempo – trabalhando com os Aliados na 2ª Guerra Mundial – para atrair a atenção do Doutor. Ele, inadvertidamente, ativa um Progenitor e cria um novo paradigma Dalek. Quando os novos Daleks aparecem, estão bem felizes em mudar a História. Ameaçam explodir o Professor Bracewell, um androide criado por eles e equipado com um Oblivion Continuum. Se Bracewell explodir, não haverá mais uma Terra e nem haverá mais História. O Doutor tem que deixar os Daleks vencerem e escaparem.


o universo de doctor who

AULA DE HISTÓRIA O Doutor e Winston Churchill são velhos amigos. Quando os Daleks surgem para ajudar as Forças Aliadas na 2ª Guerra Mundial, o Doutor faz tudo o que pode para que Churchill e o Professor Bracewell percebam que os monstros metálicos são malignos.

OS DIAS DOS DALEKS

Os Daleks interferiram na História para conquistar a Terra do século 22, devastada por uma guerra nuclear.

aula de história Temos sorte que o Doutor prestou atenção às suas aulas de História da Terra… ele sabe detalhes que não deveriam ser bagunçados. Mas algumas pessoas parecem adorar interferir!

D

octor Who é sobre um maluco em uma caixa que viaja para qualquer lugar no tempo e espaço. Acontece que o planeta favorito do Doutor é um pequeno mundo azul e verde na borda mais tranquila da Via Láctea. Ele adora a Terra (e seus habitantes), tanto que tem uma certa tendência a aparecer na história da humanidade. Para o Doutor, todo o tempo e espaço é agora. Não existe passado, presente e futuro. Só existe uma “teia do tempo”, algo tão complexo e delicado que apenas os Senhores do Tempo conseguem apreciar de verdade. O Doutor não gosta de interferências na ordem estabelecida das coisas, exceto pelos momentos quando é ele quem está interferindo.

14

O exemplo mais famoso da intolerância do Doutor com mudanças no passado foi quando o Primeiro Doutor repreendeu Bárbara, uma professora de História, dizendo: “Mas você não pode reescrever a História! Nem uma linha!”. Bárbara tinha esperanças, com os astecas acreditando que ela era a reencarnação de uma sacerdotisa, que poderia mudar sua prática de sacrifícios humanos antes que os conquistadores chegassem. O Doutor sabia que a História seguiria seu rumo: os espanhóis chegariam e destruiriam a civilização asteca. Ele estava preocupado que Bárbara poderia mudar a História? Ou era um aviso de que ela falharia com o que quer que fosse que tentasse fazer? O Doutor ainda falou: “O que você está tentando

é totalmente impossível. Eu sei, acredite em mim, eu sei.” Sugerindo que ele tentou mudar o passado… e não conseguiu. O Doutor protege o passado, e não tolera intrometidos. Mas a Guerra do Tempo mudou muita coisa. O Nono Doutor estava feliz com os Gelths habitando os mortos no século 19, mesmo com Rose Tyler sabendo (em sua História) que isso não tinha acontecido. O Doutor revelou que o tempo está em fluxo. As pessoas que protegiam a teia do tempo estavam mortas e qualquer coisa podia acontecer. Porém, existem pontos fixos no tempo, e mudá-los pode ser desastroso, como Donna Noble descobriu em Os Fogos de Pompeia (The Fires of Pompeii); ou o Monte Vesúvio entra em

erupção e mata milhares de pessoas, ou a energia da erupção é absorvida e o mundo inteiro está fadado a se tornar o novo império Piroviliano. Embora esteja mais interessado em manter o que está nos livros de História, o Doutor já ajudou a reescrever o que aparece neles. Depois de se envolver na corte do imperador Nero, o Doutor acidentalmente tocou fogo em um mapa de Roma, inspirando Nero a fazer a mesma coisa com a própria cidade, para que ele pudesse tocar adiante seus planos de fazer um novo projeto para a cidade. Quando um grupo de criminosos Terileptil desesperados caiu na Grã-Bretanha do século 17, no confronto final entre o Doutor e o líder dos

Refugiados Pyrovillanos queriam usar o poder do Vesúvio para transformar a Terra sem seu novo lar.

Em O Dia dos Daleks (Day of the Daleks), os maiores inimigos do Doutor controlam uma Terra do futuro, onde a humanidade quase que se exterminou. Isso contradiz A Invasão da Terra pelos Daleks (The Dalek Invasion of Earth), na qual os Daleks já tinham conquistado a Terra. O Terceiro Doutor resolve esse paradoxo e garante a segurança da humanidade. Em A Vitória dos Daleks (Victory of the Daleks), os mutantes interferem no tempo – trabalhando com os Aliados na 2ª Guerra Mundial – para atrair a atenção do Doutor. Ele, inadvertidamente, ativa um Progenitor e cria um novo paradigma Dalek. Quando os novos Daleks aparecem, estão bem felizes em mudar a História. Ameaçam explodir o Professor Bracewell, um androide criado por eles e equipado com um Oblivion Continuum. Se Bracewell explodir, não haverá mais uma Terra e nem haverá mais História. O Doutor tem que deixar os Daleks vencerem e escaparem.


O UNIVERSO DE DOCTOR WHO alienígenas, uma lanterna de óleo foi quebrada e o fogo se espalhou rapidamente. O Doutor decidiu que, como estão em Londres e o ano é 1666, eles deveriam deixar esse incêndio em especial se alastrar… Mesmo quando parece que o mundo está prestes a acabar, o conhecimento de História do Doutor é imprescindível. Ele estava determinado a não fazer nada a respeito da chegada de Mondas em nosso sistema solar, mesmo com os Cybermen drenando a energia da Terra e parecendo que todas as chances estavam contra a humanidade. Ele sabia que Mondas se destruiria durante a drenagem de energia. Ele só precisava lidar com os Cybermen que tinham tomado a base no Polo Sul. Mas com os Silurianos a coisa era diferente. O Doutor já tinha lutado duas vezes para a humanidade e os Homo reptilia se unirem e dividirem o planeta. Mas nós já vimos o futuro

O Monge gosta de mudar a História para melhor… pelo menos o que ele acha que é melhor. O Décimo Doutor tentou salvar as pessoas da Base Bowie Um, em Marte, mesmo quebrando uma de suas próprias regras.

16

AULA DE HISTÓRIA e não havia nele muitos rostos com escamas verdes. Em Sangue Frio (Cold Blood), o Doutor anuncia que se as conversas entre as duas espécies fossem um sucesso, uma nova linha do tempo seria criada. Mas essa linha do tempo não surgiu pelo fato de os regentes originais da Terra terem entrado novamente em hibernação por mais mil anos. As maiores ameaças à História normalmente vêm de alienígenas poderosos. O primeiro que foi visto na série (além do Doutor) foi outro Senhor do Tempo. O Monge adora mudar a História; ele ajudou a construir Stonehenge, e deu algumas sugestões para Leonardo da Vinci sobre máquinas voadoras. Mas o Doutor não deixou ele reescrever a História para que o Rei Haroldo II tivesse uma chance melhor de vencer os normandos em 1066. O Doutor também está ligado à história! Em Pisque (Blink), Sally Sparrow entrega a ele uma pasta cheia de informações sobre o que fazer quando encontrar os Anjos Chorões. Desta vez, o Doutor é apenas um participante na história de outra pessoa. Ele deve seguir as instruções de Sally ao pé da letra, ou os Anjos Chorões entrarão na TARDIS e o sistema solar será destruído. Antes, qualquer um que interferisse na História teria que lidar com os Senhores do Tempo, mas agora que eles não existem mais, criaturas sem remorso como os Ceifadores “esterilizam a ferida” quando algum dano é feito na História. Quando o Décimo Doutor fica tão arrogante a ponto de acreditar que pode mudar um ponto fixo no tempo e salvar as pessoas na Base Bowie Um, em Marte, do desastre iminente, tudo termina em tragédia. Descobrindo que o Doutor mudou a História para salvá-la, a capitã Adelaide Brooke decide tirar a própria vida para restaurar o final “correto”. Assim como o Doutor aprendeu a um custo alto, se você tem poder suficiente, pode reescrever a estranha linha da História. Mas, agora, mais do que nunca, podemos contar com ele para ter certeza de que a linha volte ao seu curso adequado.

Scaroth tentou reescrever o tempo, o que acabaria com toda a vida na Terra.

A PESSOA MAIS IMPORTANTE DA HISTÓRIA Provavelmente a pessoa mais importante da História tentou apagá-la… e quase conseguiu! A nave com Scaroth de Jagaroth explodiu centenas de milhões de anos atrás e foi a centelha que criou a vida na Terra. A explosão mandou estilhaços de Scaroth por toda a História e, em 1979, o “conde Scarlioni” estava construindo uma máquina do tempo. Com

a ajuda acidental de Romana, a companheira de viagens do Doutor, a máquina do tempo começou a funcionar e Scaroth voltou a alguns momentos antes de sua nave explodir, tentando evitar o acidente. Por sorte, um soco de Duggan, o novo amigo do Quarto Doutor, em seu rosto de espaguete verde do espaço manteve a História como ela deveria.

EU SOU SUTEKH Com seus vastos poderes psíquicos, o último (e meio insano) Osiriano queria destruir todos os seres vivos, mas foi aprisionado por seu próprio povo. Chegando em 1911, o Doutor e Sarah Jane descobriram um plano para libertá-lo. Sarah acredita que está segura, pois sabe que o mundo não terminou em 1911, mas o Doutor mostra a ela um futuro onde Suketh não foi derrotado, e ela vê um planeta morto ao redor de uma estrela morta.

MESTRE DO PARADOXO Existem poucos adversários que o Doutor já enfrentou que têm tão pouco respeito pela História quanto o Mestre. Uma vez, ele tentou interferir com a assinatura da Magna Carta, e estabelecer a Terra como sua base durante a Revolução Industrial da Inglaterra, mas seus esquemas foram facilmente impedidos. Um plano mais ambicioso e terrível envolveu o roubo da TARDIS do Doutor. Ele a usou para criar uma máquina de paradoxo para que os descendentes da humanidade vindos do fim do Universo, os Toclafane (na foto), pudessem invadir a Terra do século 21, permitindo que ambas as linhas do tempo existissem simultaneamente.

ROSTOS FAMOSOS

Conheça algumas das figuras históricas que o Doutor encontrou em suas viagens…

ADOLF HITLER

O líder do Terceiro Reich ficou impressionado quando viu a TARDIS aparecer em seu escritório. A pessoa que instigou o maior e mais terrível conflito que o mundo já viu leva a pior num encontro com Rory Williams, que dá um soco no queixo dele, nocauteando-o.

RICHARD NIXON

O único presidente a ser “ensacado” encontrou o Décimo Primeiro Doutor quando este apareceu na Casa Branca. Com a ajuda de Nixon, o Doutor derrotou os sinistros Silêncio, uma raça assustadora que vinha interferindo na História da humanidade por milhares de anos.

MADAME DE POMPADOUR

Uma mulher incrivelmente influente na corte real da França do século 18, “Reinette” foi a amante do rei Luís XV. Ela encontrou-se com o Décimo Doutor quando robôs de corda pretendiam remover seu cérebro para usar em sua espaçonave… que tinha o mesmo nome que ela!

WILLIAM SHAKESPEARE

O maior escritor da História encontrou o Décimo Doutor pouco depois da morte de seu filho, Hamnet. Em seu pesar, ele tinha soltado sem querer três Carrionites que pretendiam usar as palavras poderosas de Shakespeare para libertar suas irmãs monstruosas e dominar a Terra.

VINCENT VAN GOGH

Possivelmente o maior pintor do mundo, Van Gogh conseguia, em sua loucura, ver um Krafayis, uma criatura invisível para todas as outras pessoas. O Décimo Primeiro Doutor usa essa habilidade para capturar o monstro, e depois leva o artista para o futuro para mostrar-lhe o quão famoso ele se tornaria.

17


O UNIVERSO DE DOCTOR WHO alienígenas, uma lanterna de óleo foi quebrada e o fogo se espalhou rapidamente. O Doutor decidiu que, como estão em Londres e o ano é 1666, eles deveriam deixar esse incêndio em especial se alastrar… Mesmo quando parece que o mundo está prestes a acabar, o conhecimento de História do Doutor é imprescindível. Ele estava determinado a não fazer nada a respeito da chegada de Mondas em nosso sistema solar, mesmo com os Cybermen drenando a energia da Terra e parecendo que todas as chances estavam contra a humanidade. Ele sabia que Mondas se destruiria durante a drenagem de energia. Ele só precisava lidar com os Cybermen que tinham tomado a base no Polo Sul. Mas com os Silurianos a coisa era diferente. O Doutor já tinha lutado duas vezes para a humanidade e os Homo reptilia se unirem e dividirem o planeta. Mas nós já vimos o futuro

O Monge gosta de mudar a História para melhor… pelo menos o que ele acha que é melhor. O Décimo Doutor tentou salvar as pessoas da Base Bowie Um, em Marte, mesmo quebrando uma de suas próprias regras.

16

AULA DE HISTÓRIA e não havia nele muitos rostos com escamas verdes. Em Sangue Frio (Cold Blood), o Doutor anuncia que se as conversas entre as duas espécies fossem um sucesso, uma nova linha do tempo seria criada. Mas essa linha do tempo não surgiu pelo fato de os regentes originais da Terra terem entrado novamente em hibernação por mais mil anos. As maiores ameaças à História normalmente vêm de alienígenas poderosos. O primeiro que foi visto na série (além do Doutor) foi outro Senhor do Tempo. O Monge adora mudar a História; ele ajudou a construir Stonehenge, e deu algumas sugestões para Leonardo da Vinci sobre máquinas voadoras. Mas o Doutor não deixou ele reescrever a História para que o Rei Haroldo II tivesse uma chance melhor de vencer os normandos em 1066. O Doutor também está ligado à história! Em Pisque (Blink), Sally Sparrow entrega a ele uma pasta cheia de informações sobre o que fazer quando encontrar os Anjos Chorões. Desta vez, o Doutor é apenas um participante na história de outra pessoa. Ele deve seguir as instruções de Sally ao pé da letra, ou os Anjos Chorões entrarão na TARDIS e o sistema solar será destruído. Antes, qualquer um que interferisse na História teria que lidar com os Senhores do Tempo, mas agora que eles não existem mais, criaturas sem remorso como os Ceifadores “esterilizam a ferida” quando algum dano é feito na História. Quando o Décimo Doutor fica tão arrogante a ponto de acreditar que pode mudar um ponto fixo no tempo e salvar as pessoas na Base Bowie Um, em Marte, do desastre iminente, tudo termina em tragédia. Descobrindo que o Doutor mudou a História para salvá-la, a capitã Adelaide Brooke decide tirar a própria vida para restaurar o final “correto”. Assim como o Doutor aprendeu a um custo alto, se você tem poder suficiente, pode reescrever a estranha linha da História. Mas, agora, mais do que nunca, podemos contar com ele para ter certeza de que a linha volte ao seu curso adequado.

Scaroth tentou reescrever o tempo, o que acabaria com toda a vida na Terra.

A PESSOA MAIS IMPORTANTE DA HISTÓRIA Provavelmente a pessoa mais importante da História tentou apagá-la… e quase conseguiu! A nave com Scaroth de Jagaroth explodiu centenas de milhões de anos atrás e foi a centelha que criou a vida na Terra. A explosão mandou estilhaços de Scaroth por toda a História e, em 1979, o “conde Scarlioni” estava construindo uma máquina do tempo. Com

a ajuda acidental de Romana, a companheira de viagens do Doutor, a máquina do tempo começou a funcionar e Scaroth voltou a alguns momentos antes de sua nave explodir, tentando evitar o acidente. Por sorte, um soco de Duggan, o novo amigo do Quarto Doutor, em seu rosto de espaguete verde do espaço manteve a História como ela deveria.

EU SOU SUTEKH Com seus vastos poderes psíquicos, o último (e meio insano) Osiriano queria destruir todos os seres vivos, mas foi aprisionado por seu próprio povo. Chegando em 1911, o Doutor e Sarah Jane descobriram um plano para libertá-lo. Sarah acredita que está segura, pois sabe que o mundo não terminou em 1911, mas o Doutor mostra a ela um futuro onde Suketh não foi derrotado, e ela vê um planeta morto ao redor de uma estrela morta.

MESTRE DO PARADOXO Existem poucos adversários que o Doutor já enfrentou que têm tão pouco respeito pela História quanto o Mestre. Uma vez, ele tentou interferir com a assinatura da Magna Carta, e estabelecer a Terra como sua base durante a Revolução Industrial da Inglaterra, mas seus esquemas foram facilmente impedidos. Um plano mais ambicioso e terrível envolveu o roubo da TARDIS do Doutor. Ele a usou para criar uma máquina de paradoxo para que os descendentes da humanidade vindos do fim do Universo, os Toclafane (na foto), pudessem invadir a Terra do século 21, permitindo que ambas as linhas do tempo existissem simultaneamente.

ROSTOS FAMOSOS

Conheça algumas das figuras históricas que o Doutor encontrou em suas viagens…

ADOLF HITLER

O líder do Terceiro Reich ficou impressionado quando viu a TARDIS aparecer em seu escritório. A pessoa que instigou o maior e mais terrível conflito que o mundo já viu leva a pior num encontro com Rory Williams, que dá um soco no queixo dele, nocauteando-o.

RICHARD NIXON

O único presidente a ser “ensacado” encontrou o Décimo Primeiro Doutor quando este apareceu na Casa Branca. Com a ajuda de Nixon, o Doutor derrotou os sinistros Silêncio, uma raça assustadora que vinha interferindo na História da humanidade por milhares de anos.

MADAME DE POMPADOUR

Uma mulher incrivelmente influente na corte real da França do século 18, “Reinette” foi a amante do rei Luís XV. Ela encontrou-se com o Décimo Doutor quando robôs de corda pretendiam remover seu cérebro para usar em sua espaçonave… que tinha o mesmo nome que ela!

WILLIAM SHAKESPEARE

O maior escritor da História encontrou o Décimo Doutor pouco depois da morte de seu filho, Hamnet. Em seu pesar, ele tinha soltado sem querer três Carrionites que pretendiam usar as palavras poderosas de Shakespeare para libertar suas irmãs monstruosas e dominar a Terra.

VINCENT VAN GOGH

Possivelmente o maior pintor do mundo, Van Gogh conseguia, em sua loucura, ver um Krafayis, uma criatura invisível para todas as outras pessoas. O Décimo Primeiro Doutor usa essa habilidade para capturar o monstro, e depois leva o artista para o futuro para mostrar-lhe o quão famoso ele se tornaria.

17


MITOS E MISTÉRIOS

OS RESPONSÁVEIS

A GRANDE PERGUNTA Arriscamos enfrentar a fúria dos Anjos Chorões, bisbilhotando com afinco os mistérios da Bizâncio…

POR QUE ELES SE PARECEM COM ANJOS? A aparência deles depende da cultura do observador. Em nosso planeta, eles podem ficar escondidos – à vista de todos – na forma de estátuas. Em outro mundo, eles podem se parecer completamente diferente para passarem despercebidos. Uma pergunta intrigante é: qual é a sua aparencia quando ninguém está olhando?

COMO RIVER SONG NÃO É AFETADA POR SEU BATOM ALUCINÓGENO?

O HOMEM QUE… TROUXE TUDO DE VOLTA

RUSSELL T DAVIES

Responsável pela série e roteirista-chefe, de 2005 a 2010

E

OS ANJOS CHORÕES SÃO MAUS? Em Pisque, eles estão famintos e desesperados, e percebem que a TARDIS é um suprimento eterno de alimento, embora não saibamos se eles se importam que o nosso sistema solar exploda como consequência. Na história seguinte, há um exército de Anjos Chorões. Eles acabaram com bilhões de pessoas em Alfava Metraxis. Isso perfaz o genocídio, tornando-os tão maus quanto se possa imaginar.

pergunta: por que os Anjos que pegaram o Décimo Doutor e Marta Jones os mandaram apenas para 1969? Com um Senhor do Tempo, certamente um Anjo seria capaz de mandá-lo para séculos no passado e devorar toda a sua energia potencial.

COMO OS CLÉRIGOS ESPERAVAM “NEUTRALIZAR” OS ANJOS CHORÕES DA BIZÂNCIO?

POR QUE OS ANJOS CHORÕES NÃO PODEM FALAR?

Eles não têm cordas vocais. Eles parecem ser feitos completamente de pedra, embora consigam se comunicar entre si, e agir em conjunto. Eles podem – de seu jeito assustador – gargalhar. Mas quando você pode matar alguém e reanimar sua consciência, quem precisa de cordas vocais?

POR QUE O DOUTOR NÃO FOI MANDADO DE VOLTA NO TEMPO QUANDO O ANJO AGARROU SUA ROUPA?

Ele provavelmente não tinha poder para isso. Os Anjos que cercavam o Doutor nas docas da Bizâncio não estavam totalmente recuperados. Eles tinham poder para matar, mas não a energia para mandar alguém de volta no tempo. Mas isso leva a outra

18

River usou seu batom em guardas na Unidade de Contenção Stormcage e na Bizâncio, em um legionário romano na Inglaterra do ano 102 AD e, numa realidade alternativa, no Presidente Kennedy. Ou ela é imune ou aplicar o batom na própria boca não afeta o usuário. Seus lábios já foram mais mortais! River usou batom com veneno da Árvore Judas quando ela tentou matar o Doutor em Vamos Matar o Hitler (Let’s Kill Hitler).

O QUE SIGNIFICA EXATAMENTE “QUANTICAMENTE TRAVADO”?

Eu esperava evitar essa pergunta. Quanticamente travado é um termo científico, envolvendo fixação de fluxo, supercondutores, campos magnéticos e efeitos de levitação. Um significado é que, no nível quântico, partículas de energia podem ser forçadas a ficar paradas em um único lugar. Porém, como o Décimo Doutor explica em Pisque, isso significa que toda vez que um Anjo Chorão é observado por uma criatura viva, ele imediatamente fica travado na sua posição como uma estátua, num nível quântico. O mero ato de observar faz com que eles fiquem paralisados. Normalmente, eles são tão rápidos que nem podem ser vistos…

A missão deles era garantir a segurança da nave e capturar o Anjo. Eles sabiam o suficiente para entender o perigo que o Anjo representava, mas não pareciam equipados para detê-lo e achavam que River Song ia trazer um exército. Ao invés de recrutar pelotões, ela fez algo equivalente: trouxe o Doutor.

m março de 2005, quando a mídia apresentou o primeiro episódio da nova série, ninguém sabia se daria certou ou não. Parecia óbvio agora que Davies, com uma sequência de sucessos desde o começo da década de 1990, iria criar um novo estrondo. Na época, havia uma sensação de que o público poderia não estar mais interessado nas histórias contínuas do nosso Senhor do Tempo favorito. A séria tinha chegado a um final abandonado em 1989. Não havia muitas pessoas na BBC que viam a série com bons olhos e menos ainda tinha fé em Doctor Who. Pode parecer loucura agora. Doctor Who é um ponto fixo (e um ponto bem formidável) na programação da BBC. É até uma parte da exibição do Dia de Natal. Se alguém decidir cancelar a série agora, ele certamente será demitido. Davies sabia que, quando voltasse, Doctor Who teria que ser diferente. Os gostos mudaram. A série teria que ser mais corajosa, mas envolvente emocionalmente. E teria que falar com a exigente audiência do sábado à noite. Ele chamou Christopher Eccleston, um ator mordaz e poderoso, como o Doutor e deu a ele uma companheira sincera e verdadeira, que era tão

Davies sempre soube que Doctor Who voltaria um dia, acreditando que a ideia era muito boa para ficar morta.

“Que Deus ajude qualquer um que tente trazê-lo de volta… Que responsabilidade!” Russell T Davies, maio de 1999

parte do programa como o próprio Doutor: Rose Tyler, interpretada por Billie Piper. Davies tomou o controle dos roteiros, e admite que escreveu a versão final de muitos episódios de outros roteiristas. Em 2005, ele disse para Doctor Who Magazine que seu próprio estilo de escrita era “rápido, insolente, colorido e com boas risadas. Com drama adequado e emoção adequada. E, especialmente (e esse foi o elemento que me levou a Doctor Who), grandes imagens. A televisão não faz isso com frequência; a maioria dos programas é de pessoas sentadas conversando… Resumidamente, Doctor Who é sobre um homem e uma mulher, uma base excelente para qualquer drama”. Chegando perto do décimo aniversário da volta de Doctor Who, não há dúvida: Davies conseguiu. Todos os responsáveis pela série daqui para frente serão comparados com seus feitos incríveis. A família dos Slitheen (com sua cara de bebê) mostrou o lado divertido e sombrio de Davies ao mesmo tempo.

POR QUE NÃO HAVIA CADÁVERES NA BIZÂNCIO? Uma possibilidade é que o Anjo devorou a energia temporal potencial de todos a bordo. Outra, que o estado de mudança de fase que ele causou nos motores de dobra possa ter erradicado todo mundo no espaço-tempo. Por último, um enorme vazamento radioativo pode ter desintegrado todos dentro da espaçonave.

Trazer de volta os Cybermen foi fácil para Russell T Davies, mas ele deu para os monstros metálicos uma nova história.

Por um curto período de tempo, parecia que os maiores adversários do Doutor poderiam nem sequer aparecer na nova série…

19


MITOS E MISTÉRIOS

OS RESPONSÁVEIS

A GRANDE PERGUNTA Arriscamos enfrentar a fúria dos Anjos Chorões, bisbilhotando com afinco os mistérios da Bizâncio…

POR QUE ELES SE PARECEM COM ANJOS? A aparência deles depende da cultura do observador. Em nosso planeta, eles podem ficar escondidos – à vista de todos – na forma de estátuas. Em outro mundo, eles podem se parecer completamente diferente para passarem despercebidos. Uma pergunta intrigante é: qual é a sua aparencia quando ninguém está olhando?

COMO RIVER SONG NÃO É AFETADA POR SEU BATOM ALUCINÓGENO?

O HOMEM QUE… TROUXE TUDO DE VOLTA

RUSSELL T DAVIES

Responsável pela série e roteirista-chefe, de 2005 a 2010

E

OS ANJOS CHORÕES SÃO MAUS? Em Pisque, eles estão famintos e desesperados, e percebem que a TARDIS é um suprimento eterno de alimento, embora não saibamos se eles se importam que o nosso sistema solar exploda como consequência. Na história seguinte, há um exército de Anjos Chorões. Eles acabaram com bilhões de pessoas em Alfava Metraxis. Isso perfaz o genocídio, tornando-os tão maus quanto se possa imaginar.

pergunta: por que os Anjos que pegaram o Décimo Doutor e Marta Jones os mandaram apenas para 1969? Com um Senhor do Tempo, certamente um Anjo seria capaz de mandá-lo para séculos no passado e devorar toda a sua energia potencial.

COMO OS CLÉRIGOS ESPERAVAM “NEUTRALIZAR” OS ANJOS CHORÕES DA BIZÂNCIO?

POR QUE OS ANJOS CHORÕES NÃO PODEM FALAR?

Eles não têm cordas vocais. Eles parecem ser feitos completamente de pedra, embora consigam se comunicar entre si, e agir em conjunto. Eles podem – de seu jeito assustador – gargalhar. Mas quando você pode matar alguém e reanimar sua consciência, quem precisa de cordas vocais?

POR QUE O DOUTOR NÃO FOI MANDADO DE VOLTA NO TEMPO QUANDO O ANJO AGARROU SUA ROUPA?

Ele provavelmente não tinha poder para isso. Os Anjos que cercavam o Doutor nas docas da Bizâncio não estavam totalmente recuperados. Eles tinham poder para matar, mas não a energia para mandar alguém de volta no tempo. Mas isso leva a outra

18

River usou seu batom em guardas na Unidade de Contenção Stormcage e na Bizâncio, em um legionário romano na Inglaterra do ano 102 AD e, numa realidade alternativa, no Presidente Kennedy. Ou ela é imune ou aplicar o batom na própria boca não afeta o usuário. Seus lábios já foram mais mortais! River usou batom com veneno da Árvore Judas quando ela tentou matar o Doutor em Vamos Matar o Hitler (Let’s Kill Hitler).

O QUE SIGNIFICA EXATAMENTE “QUANTICAMENTE TRAVADO”?

Eu esperava evitar essa pergunta. Quanticamente travado é um termo científico, envolvendo fixação de fluxo, supercondutores, campos magnéticos e efeitos de levitação. Um significado é que, no nível quântico, partículas de energia podem ser forçadas a ficar paradas em um único lugar. Porém, como o Décimo Doutor explica em Pisque, isso significa que toda vez que um Anjo Chorão é observado por uma criatura viva, ele imediatamente fica travado na sua posição como uma estátua, num nível quântico. O mero ato de observar faz com que eles fiquem paralisados. Normalmente, eles são tão rápidos que nem podem ser vistos…

A missão deles era garantir a segurança da nave e capturar o Anjo. Eles sabiam o suficiente para entender o perigo que o Anjo representava, mas não pareciam equipados para detê-lo e achavam que River Song ia trazer um exército. Ao invés de recrutar pelotões, ela fez algo equivalente: trouxe o Doutor.

m março de 2005, quando a mídia apresentou o primeiro episódio da nova série, ninguém sabia se daria certou ou não. Parecia óbvio agora que Davies, com uma sequência de sucessos desde o começo da década de 1990, iria criar um novo estrondo. Na época, havia uma sensação de que o público poderia não estar mais interessado nas histórias contínuas do nosso Senhor do Tempo favorito. A séria tinha chegado a um final abandonado em 1989. Não havia muitas pessoas na BBC que viam a série com bons olhos e menos ainda tinha fé em Doctor Who. Pode parecer loucura agora. Doctor Who é um ponto fixo (e um ponto bem formidável) na programação da BBC. É até uma parte da exibição do Dia de Natal. Se alguém decidir cancelar a série agora, ele certamente será demitido. Davies sabia que, quando voltasse, Doctor Who teria que ser diferente. Os gostos mudaram. A série teria que ser mais corajosa, mas envolvente emocionalmente. E teria que falar com a exigente audiência do sábado à noite. Ele chamou Christopher Eccleston, um ator mordaz e poderoso, como o Doutor e deu a ele uma companheira sincera e verdadeira, que era tão

Davies sempre soube que Doctor Who voltaria um dia, acreditando que a ideia era muito boa para ficar morta.

“Que Deus ajude qualquer um que tente trazê-lo de volta… Que responsabilidade!” Russell T Davies, maio de 1999

parte do programa como o próprio Doutor: Rose Tyler, interpretada por Billie Piper. Davies tomou o controle dos roteiros, e admite que escreveu a versão final de muitos episódios de outros roteiristas. Em 2005, ele disse para Doctor Who Magazine que seu próprio estilo de escrita era “rápido, insolente, colorido e com boas risadas. Com drama adequado e emoção adequada. E, especialmente (e esse foi o elemento que me levou a Doctor Who), grandes imagens. A televisão não faz isso com frequência; a maioria dos programas é de pessoas sentadas conversando… Resumidamente, Doctor Who é sobre um homem e uma mulher, uma base excelente para qualquer drama”. Chegando perto do décimo aniversário da volta de Doctor Who, não há dúvida: Davies conseguiu. Todos os responsáveis pela série daqui para frente serão comparados com seus feitos incríveis. A família dos Slitheen (com sua cara de bebê) mostrou o lado divertido e sombrio de Davies ao mesmo tempo.

POR QUE NÃO HAVIA CADÁVERES NA BIZÂNCIO? Uma possibilidade é que o Anjo devorou a energia temporal potencial de todos a bordo. Outra, que o estado de mudança de fase que ele causou nos motores de dobra possa ter erradicado todo mundo no espaço-tempo. Por último, um enorme vazamento radioativo pode ter desintegrado todos dentro da espaçonave.

Trazer de volta os Cybermen foi fácil para Russell T Davies, mas ele deu para os monstros metálicos uma nova história.

Por um curto período de tempo, parecia que os maiores adversários do Doutor poderiam nem sequer aparecer na nova série…

19


5 NA EDIÇÃO

A hora dos Silurianos Sangue Frio Regeneração Doctor Who em 1965

GUERREIRA

SILURIANA TAMANHO EXATO ESCALA: 1:21 ALTURA: 85 mm

“Sangue Frio” WWW.EAGLEMOSS.COM.BR


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.