MINIATURAS COLECIONÁVEIS
EDIÇÃO
3
“A IDADE DO AÇO”
CYBER CONTROLADOR
O DÉCIMO DOUTOR
SENHORES DO TEMPO
20 DE MAIO, 2006
O LÍDER DOS CYBERMEN
BBC, DOCTOR WHO (word marks, logos and devices), TARDIS, DALEKS, CYBERMAN and K-9 (word marks and devices) are trade marks of the British Broadcasting Corporation and are used under licence. BBC logo © BBC 1996. Doctor Who logo © BBC 2015. Dalek image © BBC/ Terry Nation 1963. Cyberman image © BBC/Kit Pedler/ Gerry Davis 1966. K-9 image © BBC/Bob Baker/Dave Martin 1977. Licensed by BBC WW Ltd. Nenhuma parte desta obra pode ser utilizada ou reproduzida em qualquer forma ou meio, seja mecânico, eletrônico, por fotocópia, gravação etc., sem autorização por escrito dos editores. EAGLEMOSS DO BRASIL PUBLICAÇÕES E DISTRIBUIÇÃO LTDA., Sociedade limitada. Al. Araguaia 2044, torre I, 5º andar, sala 505, Barueri, São Paulo, 06455-906. Inscrito na lista dos contribuintes nacionais sob o CNPJ / MF 11.566.617/0001-95. Diretora Geral: Cristina Zahar Diretor Financeiro: Carlos Eduardo Lerner Gerente Financeiro: Maurício Toquetti de Barros Auxiliar Financeira: Fernanda Ferreira da Silva Gerente de Operações: Robson Cerqueira Gerente de Marketing: Jessica Ramires Development Director: Maggie Calmels Editorial Manager: Ben Robinson Design Manager: Steve Scanlan Editors and writers: Neil Corry, Glenn Dakin Designer: Paul Chamberlain
ÍNDICE
ATUALIZAÇÃO
3 A SUA MINIATURA
Por que o Cyber-Controlador é revelado no momento em que seus planos falham e como A Idade do Aço trouxe de volta um inimigo clássico e o restaurou.
ALTURA: 95 mm (tamanho real)
© 2015 Eaglemoss. Todos os direitos reservados.
E MAIS: Como a equipe de Doctor Who reinventou esse aterrorizante Controlador.
8 UM MOMENTO NO TEMPO MANTENDO O CONTROLE
Como a ideia de Russell T Davies incrementou esse tradicional personagem, proporcionando-lhe uma atualização relevante, nova e muito legal.
12 50 anos de doctor who 1964: SEGUNDA PARTE PRODUÇÃO EDITORIAL: MYTHOS EDITORA LTDA. Editor-Chefe: Helcio de Carvalho Editora: Luciana Barrella Arte: Celso Pimentel Tradução: Rogerio Saladino & Fernando Chakur Revisão: Giácomo Leone & Melissa Correa DISTRIBUIÇÃO: FC Comercial e Distribuidora S.A. Estrada Dr. Kenkiti Shimomoto, 1678 – Jd. Belmonte CEP 06045-390 – Osasco/SP
Os fatos mais marcantes deste ano emocionante. E uma verdadeira invasão de Daleks.
14 O UNIVERSO DE DOCTOR WHO OS SENHORES DO TEMPO Explorando o lado sombrio desta raça incrivelmente poderosa.
Manuseado e Embalado por PLASTOPACK ISBN: 978-85-8378-084-7 ATENDIMENTO AO ASSINANTE: (11) 3512-9490. NÚMEROS ATRASADOS: Se perdeu algum número, você pode adquiri-lo pelo telefone (11) 3021-7403, pelo email info2@eaglemoss.com.br ou pelo site www.eaglemoss.com.br Atenção: O conteúdo das revistas, o preço praticado nas bancas e a periodicidade desta coleção podem sofrer alterações por imperativos técnicos alheios à editora. Ao colecionar pelas bancas, adquira os exemplares sempre no mesmo ponto de venda e reserve-os junto ao seu jornaleiro. Edições anteriores devem ser solicitadas em bancas e serão vendidas ao preço da última edição publicada. Ao fazer uma assinatura, os exemplares serão enviados ao seu endereço, sem custo adicional de entrega e com cobrança em cartão de crédito apenas do que for enviado. WWW.EAGLEMOSS.COM.BR/DRWHO
18 mitos e mistérios SUAS PERGUNTAS RESPONDIDAS Por que os Cybermen são tão lentos ao perseguirem o inimigo? John Lumic consegue piscar os olhos?
19 OS RESPONSÁVEIS DOUGLAS ADAMS
Como um grande talento mudou o estilo do show nos anos 70.
Cyber-Controlador
Levantando de seu trono para caçar o Doutor no episódio A Idade do Aço.
DEFINITIVA! Com seus planos de conquistar o mundo em ruínas e com seu quartel-general em chamas, o Cyber-Controlador persegue e tenta acabar com seu inimigo, o Doutor!
A sua miniatura representa o momento em que o CyberControlador sai à captura do Doutor, em uma derradeira tentativa de eliminar aquele que destruiu seu exército. O homem dentro da armadura metálica, John Lumic, afirma ter abandonado todos os sentimentos humanos, mas, na verdade, está tomado por ódio e obcecado pelo desejo de vingança quando levanta de seu trono e atravessa as ruínas de sua base. Após Russell T Davies resgatar os Daleks, a volta dos Cybermen não iria demorar. Seu retorno durante a primeira temporada de David Tennant como Doutor nos apresentou novos Cybermen e uma nova origem, diretamente dos rascunhos de Tom MacRae. Não mais uma ameaça alienígena, esses novos Cybermen agora são pessoas como nós! ‘Nós’ de uma Terra paralela, onde John Lumic estava “atualizando” as pessoas. O ressurgimento dos Cybermen era um tópico importante dos planos de Davies quando trouxe a série de volta para a tevê. E era mesmo essencial que o retorno obtivesse êxito, pois o chefe de roteiro já havia determinado que teriam um grandioso papel a cumprir no projeto dessa segunda temporada – enfrentariam os Daleks no último episódio. Vale ressaltar que os dois maiores inimigos do Doutor nunca tinham se encontrado antes.
“Esta é a Idade do Aço. E eu sou o seu criador.” Cyber-Controlador 3
BBC, DOCTOR WHO (word marks, logos and devices), TARDIS, DALEKS, CYBERMAN and K-9 (word marks and devices) are trade marks of the British Broadcasting Corporation and are used under licence. BBC logo © BBC 1996. Doctor Who logo © BBC 2015. Dalek image © BBC/ Terry Nation 1963. Cyberman image © BBC/Kit Pedler/ Gerry Davis 1966. K-9 image © BBC/Bob Baker/Dave Martin 1977. Licensed by BBC WW Ltd. Nenhuma parte desta obra pode ser utilizada ou reproduzida em qualquer forma ou meio, seja mecânico, eletrônico, por fotocópia, gravação etc., sem autorização por escrito dos editores. EAGLEMOSS DO BRASIL PUBLICAÇÕES E DISTRIBUIÇÃO LTDA., Sociedade limitada. Al. Araguaia 2044, torre I, 5º andar, sala 505, Barueri, São Paulo, 06455-906. Inscrito na lista dos contribuintes nacionais sob o CNPJ / MF 11.566.617/0001-95. Diretora Geral: Cristina Zahar Diretor Financeiro: Carlos Eduardo Lerner Gerente Financeiro: Maurício Toquetti de Barros Auxiliar Financeira: Fernanda Ferreira da Silva Gerente de Operações: Robson Cerqueira Gerente de Marketing: Jessica Ramires Development Director: Maggie Calmels Editorial Manager: Ben Robinson Design Manager: Steve Scanlan Editors and writers: Neil Corry, Glenn Dakin Designer: Paul Chamberlain
ÍNDICE
ATUALIZAÇÃO
3 A SUA MINIATURA
Por que o Cyber-Controlador é revelado no momento em que seus planos falham e como A Idade do Aço trouxe de volta um inimigo clássico e o restaurou.
ALTURA: 95 mm (tamanho real)
© 2015 Eaglemoss. Todos os direitos reservados.
E MAIS: Como a equipe de Doctor Who reinventou esse aterrorizante Controlador.
8 UM MOMENTO NO TEMPO MANTENDO O CONTROLE
Como a ideia de Russell T Davies incrementou esse tradicional personagem, proporcionando-lhe uma atualização relevante, nova e muito legal.
12 50 anos de doctor who 1964: SEGUNDA PARTE PRODUÇÃO EDITORIAL: MYTHOS EDITORA LTDA. Editor-Chefe: Helcio de Carvalho Editora: Luciana Barrella Arte: Celso Pimentel Tradução: Rogerio Saladino & Fernando Chakur Revisão: Giácomo Leone & Melissa Correa DISTRIBUIÇÃO: FC Comercial e Distribuidora S.A. Estrada Dr. Kenkiti Shimomoto, 1678 – Jd. Belmonte CEP 06045-390 – Osasco/SP
Os fatos mais marcantes deste ano emocionante. E uma verdadeira invasão de Daleks.
14 O UNIVERSO DE DOCTOR WHO OS SENHORES DO TEMPO Explorando o lado sombrio desta raça incrivelmente poderosa.
Manuseado e Embalado por PLASTOPACK ISBN: 978-85-8378-084-7 ATENDIMENTO AO ASSINANTE: (11) 3512-9490. NÚMEROS ATRASADOS: Se perdeu algum número, você pode adquiri-lo pelo telefone (11) 3021-7403, pelo email info2@eaglemoss.com.br ou pelo site www.eaglemoss.com.br Atenção: O conteúdo das revistas, o preço praticado nas bancas e a periodicidade desta coleção podem sofrer alterações por imperativos técnicos alheios à editora. Ao colecionar pelas bancas, adquira os exemplares sempre no mesmo ponto de venda e reserve-os junto ao seu jornaleiro. Edições anteriores devem ser solicitadas em bancas e serão vendidas ao preço da última edição publicada. Ao fazer uma assinatura, os exemplares serão enviados ao seu endereço, sem custo adicional de entrega e com cobrança em cartão de crédito apenas do que for enviado. WWW.EAGLEMOSS.COM.BR/DRWHO
18 mitos e mistérios SUAS PERGUNTAS RESPONDIDAS Por que os Cybermen são tão lentos ao perseguirem o inimigo? John Lumic consegue piscar os olhos?
19 OS RESPONSÁVEIS DOUGLAS ADAMS
Como um grande talento mudou o estilo do show nos anos 70.
Cyber-Controlador
Levantando de seu trono para caçar o Doutor no episódio A Idade do Aço.
DEFINITIVA! Com seus planos de conquistar o mundo em ruínas e com seu quartel-general em chamas, o Cyber-Controlador persegue e tenta acabar com seu inimigo, o Doutor!
A sua miniatura representa o momento em que o CyberControlador sai à captura do Doutor, em uma derradeira tentativa de eliminar aquele que destruiu seu exército. O homem dentro da armadura metálica, John Lumic, afirma ter abandonado todos os sentimentos humanos, mas, na verdade, está tomado por ódio e obcecado pelo desejo de vingança quando levanta de seu trono e atravessa as ruínas de sua base. Após Russell T Davies resgatar os Daleks, a volta dos Cybermen não iria demorar. Seu retorno durante a primeira temporada de David Tennant como Doutor nos apresentou novos Cybermen e uma nova origem, diretamente dos rascunhos de Tom MacRae. Não mais uma ameaça alienígena, esses novos Cybermen agora são pessoas como nós! ‘Nós’ de uma Terra paralela, onde John Lumic estava “atualizando” as pessoas. O ressurgimento dos Cybermen era um tópico importante dos planos de Davies quando trouxe a série de volta para a tevê. E era mesmo essencial que o retorno obtivesse êxito, pois o chefe de roteiro já havia determinado que teriam um grandioso papel a cumprir no projeto dessa segunda temporada – enfrentariam os Daleks no último episódio. Vale ressaltar que os dois maiores inimigos do Doutor nunca tinham se encontrado antes.
“Esta é a Idade do Aço. E eu sou o seu criador.” Cyber-Controlador 3
A SUA MINIATURA
ATENÇÃO AO DETALHE
O Cyber-Controlador
CÉREBRO APARENTE
MAIS ALÇAS
O cérebro à mostra do Controlador pode até parecer algo bem repugnante, mas remete aos Cyber-Controladores que participaram dos episódios A Tumba dos Cybermen (Tomb of the Cybermen) e O Ataque dos Cybermen (Attack of the Cybermen).
Os designers foram proibidos de remover as alças de qualquer proposta de novo modelo dos Cybermen. Ao invés disso, acrescentaram mais delas – nos braços e nas pernas –, proporcionando um visual ainda mais parecido com armaduras fabricadas.
Enfrentando a derrota pelas mãos do Décimo Doutor, o Cyber-Controlador desconecta-se de sua unidade de controle: o mais aterrorizante Cyberman de todos os tempos!
O
s Cybermen estão em constante processo de evolução. Ao contrário dos Daleks, que mantêm o mesmo design com o passar dos anos, essa ameaça platinada tem sido atualizada ostensivamente. A releitura atual do personagem, sob novo upgrade, lançada por John Lumic, em A Ascensão dos Cybermen (2006), não parece em nada com a versão cult, apresentada em 1966, no episódio O Décimo Planeta. O remodelado Cyberman manteve o icônico rosto robótico, sem emoção, que já se tornou marca registrada de sua característica cibernética, mas as roupas de mergulho, macacões que constituíam a base dos primeiros designs de figurino, foram substituídos por pesadas armaduras metálicas, fazendo-os representar uma ameaça mais real e aterradora, mais verossímil aos nossos dias atuais. Mesmo com os Cybermen passando uma impressão apavorante, Davies desafiou sua equipe a fazer mais do que aquilo, pois pretendia que o líder dos Cybermen, o reimaginado Cyber-Controlador, fosse ainda mais assustador. A princípio, o Controlador podia ser confundido com um simples Cyberman, pois possuía as mesmas características – mesma armadura metálica e mesma face robótica, sem emoção –, porém, olhando mais de perto, você poderia perceber detalhes sutis. O mais assustador deles é o fato de que podemos ver o cérebro de Lumic dentro da “Cyber-cabeça”.
HORROR EXTRA
CLOSE-UP Cérebro aparente Voz mais profunda
Estas são luvas de borracha cromadas com spray. Às vezes, a solução mais simples é a melhor.
Olhos brilhantes
Conectores Logotipo da Cybus
A
Aperto de aço
FATO!
Os Cybermen do nosso Isso deixa evidente que os Cybermen não são robôs, mas humauniverso são do planeta Mondas. nos que tiveram muitas partes de Eram humanos que foram seu corpo substituídas, restando convertidos quando seu bem pouco de sua humanidade. Agoplaneta estava ra, são apenas gélidas cascas de metal. morrendo. Os olhos do Controlador brilham com quatro luzes a mais, adicionadas às suas órbitas. Seriam mais sensores? Poderia o Controlador possuir uma visão ainda melhor? O telespectador não sabe. Essa pequena diferença acrescenta um toque a mais de terror, deixando claro que o Cyber-Controlador não é um Cyberman comum.
4
MÃOS CROMADAS
sua miniatura representa a versão do CyberControlador de 2006 durante as cenas finais do episódio A Idade do Aço. O Controlador desconecta-se de seu “trono”, de onde controla milhares de novos Cybermen. Enquanto caminha em direção ao Doutor e a seus companheiros, os conectores que ligavam o Controlador ao trono-base ainda podem ser vistos, acoplados a seu torso. Seus punhos estão cerrados, indicando que, mesmo com toda a sua vangloriada lógica, esse Cyberman está com raiva e sedento por vingança. Porém, seu destino não é encontrar sua presa, mas seu juízo final.
PESCOÇO FLEXÍVEL
CABEÇA DE CAVEIRA
O modo como os Cybermen anteriores eram projetados dificultava o movimento do pescoço. Eles não conseguiam girar suas cabeças sem mover toda a parte superior de seu torso. Agora, não mais.
O designer Neill Gorton queria algo que lembrasse uma caveira. Essas criaturas estão, no fim das contas, “mortas por dentro”, meramente existindo e sobrevivendo, sem estarem de forma alguma vivendo.
NÃO POSSUEM SISTEMA DE RESPIRAÇÃO O maior diferencial desses novos Cybermen é a ausência dos equipamentos de respiração no peito, exibindo, agora, somente o “C” da logomarca da Cybus, que se abre para revelar as Cyber-entranhas! Tal efeito proporciona aos novos Cybermen um visual mais elegante e menos volumoso.
CALÇADOS EXCLUSIVOS Versões anteriores de Cybermen já usaram botas militares, botas de astronauta, todo tipo de bota, então os designers insistiram em planejar algo que não poderia ser encontrado em uma loja de calçados.
OLHOS BRILHANTES Outra característica marcante desse CyberControlador é o brilho em seus olhos. Assim como seu cérebro aparente, seus olhos brilhantes o distinguem imediatamente de seus seguidores. As marcas que se assemelham a lágrimas no canto de seus olhos estão incluídas nos Cybermen desde sua segunda história, A Base Lunar (The Moonbase), 1967, sendo mantidas no design atual por insistência de Russell T Davies. Ninguém sabe por que elas estão lá, mas ninguém nega que dão um toque de tristeza a essas terríveis criaturas…
5
A SUA MINIATURA
ATENÇÃO AO DETALHE
O Cyber-Controlador
CÉREBRO APARENTE
MAIS ALÇAS
O cérebro à mostra do Controlador pode até parecer algo bem repugnante, mas remete aos Cyber-Controladores que participaram dos episódios A Tumba dos Cybermen (Tomb of the Cybermen) e O Ataque dos Cybermen (Attack of the Cybermen).
Os designers foram proibidos de remover as alças de qualquer proposta de novo modelo dos Cybermen. Ao invés disso, acrescentaram mais delas – nos braços e nas pernas –, proporcionando um visual ainda mais parecido com armaduras fabricadas.
Enfrentando a derrota pelas mãos do Décimo Doutor, o Cyber-Controlador desconecta-se de sua unidade de controle: o mais aterrorizante Cyberman de todos os tempos!
O
s Cybermen estão em constante processo de evolução. Ao contrário dos Daleks, que mantêm o mesmo design com o passar dos anos, essa ameaça platinada tem sido atualizada ostensivamente. A releitura atual do personagem, sob novo upgrade, lançada por John Lumic, em A Ascensão dos Cybermen (2006), não parece em nada com a versão cult, apresentada em 1966, no episódio O Décimo Planeta. O remodelado Cyberman manteve o icônico rosto robótico, sem emoção, que já se tornou marca registrada de sua característica cibernética, mas as roupas de mergulho, macacões que constituíam a base dos primeiros designs de figurino, foram substituídos por pesadas armaduras metálicas, fazendo-os representar uma ameaça mais real e aterradora, mais verossímil aos nossos dias atuais. Mesmo com os Cybermen passando uma impressão apavorante, Davies desafiou sua equipe a fazer mais do que aquilo, pois pretendia que o líder dos Cybermen, o reimaginado Cyber-Controlador, fosse ainda mais assustador. A princípio, o Controlador podia ser confundido com um simples Cyberman, pois possuía as mesmas características – mesma armadura metálica e mesma face robótica, sem emoção –, porém, olhando mais de perto, você poderia perceber detalhes sutis. O mais assustador deles é o fato de que podemos ver o cérebro de Lumic dentro da “Cyber-cabeça”.
HORROR EXTRA
CLOSE-UP Cérebro aparente Voz mais profunda
Estas são luvas de borracha cromadas com spray. Às vezes, a solução mais simples é a melhor.
Olhos brilhantes
Conectores Logotipo da Cybus
A
Aperto de aço
FATO!
Os Cybermen do nosso Isso deixa evidente que os Cybermen não são robôs, mas humauniverso são do planeta Mondas. nos que tiveram muitas partes de Eram humanos que foram seu corpo substituídas, restando convertidos quando seu bem pouco de sua humanidade. Agoplaneta estava ra, são apenas gélidas cascas de metal. morrendo. Os olhos do Controlador brilham com quatro luzes a mais, adicionadas às suas órbitas. Seriam mais sensores? Poderia o Controlador possuir uma visão ainda melhor? O telespectador não sabe. Essa pequena diferença acrescenta um toque a mais de terror, deixando claro que o Cyber-Controlador não é um Cyberman comum.
4
MÃOS CROMADAS
sua miniatura representa a versão do CyberControlador de 2006 durante as cenas finais do episódio A Idade do Aço. O Controlador desconecta-se de seu “trono”, de onde controla milhares de novos Cybermen. Enquanto caminha em direção ao Doutor e a seus companheiros, os conectores que ligavam o Controlador ao trono-base ainda podem ser vistos, acoplados a seu torso. Seus punhos estão cerrados, indicando que, mesmo com toda a sua vangloriada lógica, esse Cyberman está com raiva e sedento por vingança. Porém, seu destino não é encontrar sua presa, mas seu juízo final.
PESCOÇO FLEXÍVEL
CABEÇA DE CAVEIRA
O modo como os Cybermen anteriores eram projetados dificultava o movimento do pescoço. Eles não conseguiam girar suas cabeças sem mover toda a parte superior de seu torso. Agora, não mais.
O designer Neill Gorton queria algo que lembrasse uma caveira. Essas criaturas estão, no fim das contas, “mortas por dentro”, meramente existindo e sobrevivendo, sem estarem de forma alguma vivendo.
NÃO POSSUEM SISTEMA DE RESPIRAÇÃO O maior diferencial desses novos Cybermen é a ausência dos equipamentos de respiração no peito, exibindo, agora, somente o “C” da logomarca da Cybus, que se abre para revelar as Cyber-entranhas! Tal efeito proporciona aos novos Cybermen um visual mais elegante e menos volumoso.
CALÇADOS EXCLUSIVOS Versões anteriores de Cybermen já usaram botas militares, botas de astronauta, todo tipo de bota, então os designers insistiram em planejar algo que não poderia ser encontrado em uma loja de calçados.
OLHOS BRILHANTES Outra característica marcante desse CyberControlador é o brilho em seus olhos. Assim como seu cérebro aparente, seus olhos brilhantes o distinguem imediatamente de seus seguidores. As marcas que se assemelham a lágrimas no canto de seus olhos estão incluídas nos Cybermen desde sua segunda história, A Base Lunar (The Moonbase), 1967, sendo mantidas no design atual por insistência de Russell T Davies. Ninguém sabe por que elas estão lá, mas ninguém nega que dão um toque de tristeza a essas terríveis criaturas…
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A SUA MINIATURA
CYBER-CONTROLADOR
JOHN LUMIC
VERSÃO DE 1967
John Lumic achava que era mais poderoso que qualquer governo da Terra paralela, mas não mais que os Cybermen!
CABEÇA DE ABÓBADA: Para somar à sua já imponente altura, o Controlador apresentado em A Tumba dos Cybermen tinha em seu capacete um domo alongado. Esse domo vermelho foi projetado para que baterias e luzes internas transmitissem um visual arrepiante. Porém, o efeito era sutil demais para ser notado na tela da TV.
Sentado em seu trono, o CyberControlador coordena a terrível Cyber-conversão de toda a população de Londres.
Provavelmente o homem mais rico e mais poderoso do universo paralelo, visitado pelo Décimo Doutor, por Rose Tyler e Mickey Smith, Lumic era também o mais desesperado. Ele contraiu uma doença terminal e só sobreviveu graças à sua unidade de suporte de vida móvel. Ele buscava uma forma de estender a vida e, em sua loucura, acabou criando os Cybermen, sem perceber que eles, em pouco tempo, iriam convertê-lo e transformá-lo em seu Controlador. Mesmo parecendo uma invenção moderna – projetado para ser um novo líder descolado de um monstro clássico –, o Cyber-Controlador está longe de ser uma criatura nova. O primeiro Controlador estreou em 1967, numa aventura do Segundo Doutor, chamada A Tumba dos Cybermen. Em um dos momentos favoritos de Russell T Davies na história de Doctor Who, os Cybermen estavam em sono induzido por suspensão criogênica, aguardando ser despertados por pessoas que fossem tecnologicamente avançadas o suficiente para serem convertidas em Cybermen. Quando arqueólogos entraram na ‘tumba’, o Controlador acordou lentamente e anunciou: “Vocês nos pertencem! Vocês serão como nós!”. O traje do primeiro Controlador era um design único, porém os Cybermen que ele controlava usavam roupas criadas para o episódio A Base Lunar, que foi ao ar em 1967. Essas versões tinham um novo visual brilhante, alcançado por algum custo pelas figurinistas Daphne Dare e Mary Woods, juntamente aos criadores de adereços John e Jack Lovell, que trabalharam em peças como capacetes, peitorais e juntas hidráulicas. A base da vestimenta era um macacão de plástico com luvas de três dedos. O calçado era basicamente uma bota pintada com spray.
6
Os peitorais, que tinham armas acopladas, piscavam com luzes sequenciais e eram fixados com ganchos. As órbitas oculares de seus capacetes eram cobertas por telas, permitindo que os atores pudessem enxergar, mas sempre estando ocultos dos outros. E para finalizar, uma aba acima de sua boca podia abrir e fechar de acordo com os movimentos do maxilar do ator. O Cyber-Controlador, é claro, precisava estar num patamar acima de seus subalternos. A mais marcante característica de sua fantasia era sua simplicidade imponente. Seu capacete não tinha alças e ele não possuía uma unidade de respiração visível. Ainda mais notável era o fato de o Controlador possuir um elmo semitransparente na parte superior que mostrava seu cérebro, era vermelho (não que desse para notar pela transmissão em preto e branco) e era feito para brilhar, porém não era muito efetivo devido às luzes do estúdio.
lo sozinho. Eu tinha que cair no chão quando o Controlador era eletrocutado no final do episódio. Depois da cena, eles apagaram as luzes do estúdio para a pausa do café e me esqueceram lá, sozinho!”. O Cyber-Controlador foi visto novamente em 1985, na história O Ataque dos Cybermen. Os Cybermen já haviam retornado para a TV antes. Na história Choque Terreno (Earthshock), a figurinista Dinah Collin tinha projetado um novo visual para os monstros, que estavam havia sete anos
ELETROCUTADO
“Era mais confortável que os Cybermen comuns”, lembra Michael Kilgarriff, o homem dentro do traje, “porque eu não tinha a unidade de respiração, que era muito pesada. Mas isso era compensado com o capacete com as luzes brilhantes em cima. Era pesado, desconfortável e eu ficava espremido nele. Não dava para tirá-
O Controlador ergue-se para reagir em batalha – porém já é tarde demais.
VERSÃO DE 1985
SEM SISTEMA DE RESPIRAÇÃO: Como esse Cyber-Controlador respirava? Nenhum esclarecimento é apresentado para explicar o porquê de ele não carregar seu sistema de respiração. O ar para o ator dentro da fantasia vinha de buracos feitos nas laterais de seu capacete.
ausentes do seriado. Crítica dos visuais antigos, Collin queria realizar algumas mudanças radicais.
BOTAS DE ASTRONAUTA
No lugar do macacão e das roupas de mergulho, Collin usou trajes de voo do Exército e acrescentou tubos a eles. Ela não estava satisfeita com as botas de astronauta, mas achava que elas ainda eram melhores do que as botas de borracha utilizadas pelas versões anteriores de Cybermen! Uma nova roupa foi construída para o Controlador em O Ataque dos Cybermen, e um capacete que retratava o Controlador em A Tumba dos Cybermen. Lá se foram as alças que não caíam no gosto de Collin, e eles voltaram a ter um capacete em forma de domo, como na versão original. Kilgarriff retornou para interpretar o Controlador e, desta vez, foi ouvido. “Não dava para dizer as falas (em A Tumba dos Cybermen) porque os microfones não eram suficientemente sensíveis”, lembra. “Eu tinha que decorar as falas para poder abrir as abas da boca para que Peter Hawkins as dublasse. No episódio Ataque, os microfones já eram mais sofisticados, mas eu achava difícil de entender o que eu dizia. Eu considerava as vozes ‘tratadas’ demais.”
CABEÇA SEM ALÇAS: Combinando com o original (era para ser o mesmo Controlador do episódio A Tumba dos Cybermen), a cabeça possui um domo, sem alças. Fotos do Controlador fazem parecer que as alças foram removidas antes de começarem as filmagens. SISTEMA DE RESPIRAÇÃO MAIS FINO: Ao contrário da versão mostrada em A Tumba dos Cybermen, este Controlador possui um sistema de respiração. Em sua primeira história, os sistemas de respiração foram feitos para parecerem pulmões de ferro portáteis, mas eles foram diminuindo com o passar das décadas e hoje não existem nas versões mais atuais de Cybermen. MANGAS ESTENDIDAS: Mesmo para um Cyberman, o Cyber-Controlador é considerado alto. Nos roteiros originais, ele foi pensado de maneira a ser ainda mais imponente que um Cyberman comum e foi por isso que Michael Kilgarriff foi contratado. Com 2,01 metros de altura, um traje comum não cabia no ator. Por isso, acoplaram braceletes nas mangas para que elas não ficassem curtas.
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A SUA MINIATURA
CYBER-CONTROLADOR
JOHN LUMIC
VERSÃO DE 1967
John Lumic achava que era mais poderoso que qualquer governo da Terra paralela, mas não mais que os Cybermen!
CABEÇA DE ABÓBADA: Para somar à sua já imponente altura, o Controlador apresentado em A Tumba dos Cybermen tinha em seu capacete um domo alongado. Esse domo vermelho foi projetado para que baterias e luzes internas transmitissem um visual arrepiante. Porém, o efeito era sutil demais para ser notado na tela da TV.
Sentado em seu trono, o CyberControlador coordena a terrível Cyber-conversão de toda a população de Londres.
Provavelmente o homem mais rico e mais poderoso do universo paralelo, visitado pelo Décimo Doutor, por Rose Tyler e Mickey Smith, Lumic era também o mais desesperado. Ele contraiu uma doença terminal e só sobreviveu graças à sua unidade de suporte de vida móvel. Ele buscava uma forma de estender a vida e, em sua loucura, acabou criando os Cybermen, sem perceber que eles, em pouco tempo, iriam convertê-lo e transformá-lo em seu Controlador. Mesmo parecendo uma invenção moderna – projetado para ser um novo líder descolado de um monstro clássico –, o Cyber-Controlador está longe de ser uma criatura nova. O primeiro Controlador estreou em 1967, numa aventura do Segundo Doutor, chamada A Tumba dos Cybermen. Em um dos momentos favoritos de Russell T Davies na história de Doctor Who, os Cybermen estavam em sono induzido por suspensão criogênica, aguardando ser despertados por pessoas que fossem tecnologicamente avançadas o suficiente para serem convertidas em Cybermen. Quando arqueólogos entraram na ‘tumba’, o Controlador acordou lentamente e anunciou: “Vocês nos pertencem! Vocês serão como nós!”. O traje do primeiro Controlador era um design único, porém os Cybermen que ele controlava usavam roupas criadas para o episódio A Base Lunar, que foi ao ar em 1967. Essas versões tinham um novo visual brilhante, alcançado por algum custo pelas figurinistas Daphne Dare e Mary Woods, juntamente aos criadores de adereços John e Jack Lovell, que trabalharam em peças como capacetes, peitorais e juntas hidráulicas. A base da vestimenta era um macacão de plástico com luvas de três dedos. O calçado era basicamente uma bota pintada com spray.
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Os peitorais, que tinham armas acopladas, piscavam com luzes sequenciais e eram fixados com ganchos. As órbitas oculares de seus capacetes eram cobertas por telas, permitindo que os atores pudessem enxergar, mas sempre estando ocultos dos outros. E para finalizar, uma aba acima de sua boca podia abrir e fechar de acordo com os movimentos do maxilar do ator. O Cyber-Controlador, é claro, precisava estar num patamar acima de seus subalternos. A mais marcante característica de sua fantasia era sua simplicidade imponente. Seu capacete não tinha alças e ele não possuía uma unidade de respiração visível. Ainda mais notável era o fato de o Controlador possuir um elmo semitransparente na parte superior que mostrava seu cérebro, era vermelho (não que desse para notar pela transmissão em preto e branco) e era feito para brilhar, porém não era muito efetivo devido às luzes do estúdio.
lo sozinho. Eu tinha que cair no chão quando o Controlador era eletrocutado no final do episódio. Depois da cena, eles apagaram as luzes do estúdio para a pausa do café e me esqueceram lá, sozinho!”. O Cyber-Controlador foi visto novamente em 1985, na história O Ataque dos Cybermen. Os Cybermen já haviam retornado para a TV antes. Na história Choque Terreno (Earthshock), a figurinista Dinah Collin tinha projetado um novo visual para os monstros, que estavam havia sete anos
ELETROCUTADO
“Era mais confortável que os Cybermen comuns”, lembra Michael Kilgarriff, o homem dentro do traje, “porque eu não tinha a unidade de respiração, que era muito pesada. Mas isso era compensado com o capacete com as luzes brilhantes em cima. Era pesado, desconfortável e eu ficava espremido nele. Não dava para tirá-
O Controlador ergue-se para reagir em batalha – porém já é tarde demais.
VERSÃO DE 1985
SEM SISTEMA DE RESPIRAÇÃO: Como esse Cyber-Controlador respirava? Nenhum esclarecimento é apresentado para explicar o porquê de ele não carregar seu sistema de respiração. O ar para o ator dentro da fantasia vinha de buracos feitos nas laterais de seu capacete.
ausentes do seriado. Crítica dos visuais antigos, Collin queria realizar algumas mudanças radicais.
BOTAS DE ASTRONAUTA
No lugar do macacão e das roupas de mergulho, Collin usou trajes de voo do Exército e acrescentou tubos a eles. Ela não estava satisfeita com as botas de astronauta, mas achava que elas ainda eram melhores do que as botas de borracha utilizadas pelas versões anteriores de Cybermen! Uma nova roupa foi construída para o Controlador em O Ataque dos Cybermen, e um capacete que retratava o Controlador em A Tumba dos Cybermen. Lá se foram as alças que não caíam no gosto de Collin, e eles voltaram a ter um capacete em forma de domo, como na versão original. Kilgarriff retornou para interpretar o Controlador e, desta vez, foi ouvido. “Não dava para dizer as falas (em A Tumba dos Cybermen) porque os microfones não eram suficientemente sensíveis”, lembra. “Eu tinha que decorar as falas para poder abrir as abas da boca para que Peter Hawkins as dublasse. No episódio Ataque, os microfones já eram mais sofisticados, mas eu achava difícil de entender o que eu dizia. Eu considerava as vozes ‘tratadas’ demais.”
CABEÇA SEM ALÇAS: Combinando com o original (era para ser o mesmo Controlador do episódio A Tumba dos Cybermen), a cabeça possui um domo, sem alças. Fotos do Controlador fazem parecer que as alças foram removidas antes de começarem as filmagens. SISTEMA DE RESPIRAÇÃO MAIS FINO: Ao contrário da versão mostrada em A Tumba dos Cybermen, este Controlador possui um sistema de respiração. Em sua primeira história, os sistemas de respiração foram feitos para parecerem pulmões de ferro portáteis, mas eles foram diminuindo com o passar das décadas e hoje não existem nas versões mais atuais de Cybermen. MANGAS ESTENDIDAS: Mesmo para um Cyberman, o Cyber-Controlador é considerado alto. Nos roteiros originais, ele foi pensado de maneira a ser ainda mais imponente que um Cyberman comum e foi por isso que Michael Kilgarriff foi contratado. Com 2,01 metros de altura, um traje comum não cabia no ator. Por isso, acoplaram braceletes nas mangas para que elas não ficassem curtas.
7
UM MOMENTO NO TEMPO
A IDADE DO AÇO Transmissão: 20/05/2006, canal BBC1 Roteiro: Tom MacRae Diretor: Graeme Harper Produtor: Phil Collinson Estrelando: David Tennant como o Doutor, Billie Piper como Rose Tyler, Noel Clarke como Mickey Smith e Roger Lloyd-Pack como John Lumic
O QUE ACONTECEU? Nos eventos de A Ascensão dos Cybermen, o Doutor, Rose e Mickey estavam em uma Terra paralela, e agora precisam enfrentar o rico e poderoso John Lumic, que tem planos terríveis para o futuro da humanidade. Os viajantes testemunham a criação dos Cybermen deste mundo, ‘atualizando’ os seres humanos em criaturas mecânicas sem emoção. O condenado Lumic é convertido à força em Cyber-Controlador, tornando-se o comandante de um vasto exército de aço. Com uma pequena ajuda de Mickey, o Doutor interrompe os inibidores emocionais dentro de cada Cyberman, levando-os a um colapso emocional. Partindo para a vingança, o Controlador persegue os heróis, mas é destruído, caindo para sua morte, em um clímax explosivo!
Com a população de Londres sob o controle hipnótico dos fones de ouvido de John Lumic, parece que resistir é inútil; enquanto os Cybermen estão construindo rapidamente um exército que planeja converter cada pessoa na Terra. Mas eles têm uma fraqueza…
8
MANTENDO O CONTROLE
MANTENDO O CONTROLE
De seu trono, o Cyber-Controlador coordena os planos de conquista global dos Cybermen. Graças ao Décimo Doutor, seus planos são explosivamente frustrados…
Brincando com temores modernos e relembrando uma de suas próprias memórias de terror em Doctor Who, Russell T Davies recria os apavorantes Cybermen...
A
o planejar o retorno dos Cybermen em seu segundo ano de série de Doctor Who em 2006, Davies queria falar sobre obsessões modernas, coisas que deixam as pessoas “alegres por existir”. Ele percebia que a vida moderna estava se focando em tecnologia, “a atualização e a noção de atualização. Que, a cada ano, você pode alterar o seu telefone e seu aparelho de MP3, e se você não o fizer, e não se mantiver atualizado com a tecnologia, você vai ficar para trás”. Isso fez com que ele e o escritor Tom MacRae recriassem os Cybermen. Os originais eram assustadores em 1966, tocando em um assunto que dava medo na época, medo de transplantes de órgãos e implantes mecânicos que já existiam naqueles
dias. Mas, 40 anos depois, em 2006, essas eram coisas comuns praticadas diariamente na medicina. Para que os Cybermen atingissem uma nova geração era necessário atualizar completamente o seu conceito. O Décimo Doutor, David Tennant, concordou com os reimaginados Cybermen de Davies: “Eu sempre acho que é bom tocar nessas preocupações que as pessoas têm sobre a vida moderna, telefones celulares que deixam as pessoas de hoje em dia absolutamente dependentes, e, ao mesmo tempo, estamos todos ligeiramente assustados com eles. Nós não os entendemos realmente, e a maioria de nós não sabe como tanta informação chega a esta pequena coisa de plástico que carregamos para todo lado. Essa é
“As pessoas querem fazer parte de Doctor Who porque é um programa marcante e elas querem ter sua parte nessa história.” ROGER LLOYD-PACK O rico e poderoso John Lumic acredita que pode fazer o que quiser. Pensa que, inventando o ser humano 2.0, está salvando a humanidade, mas, na verdade, está criando algo muito mais terrível…
9
UM MOMENTO NO TEMPO
A IDADE DO AÇO Transmissão: 20/05/2006, canal BBC1 Roteiro: Tom MacRae Diretor: Graeme Harper Produtor: Phil Collinson Estrelando: David Tennant como o Doutor, Billie Piper como Rose Tyler, Noel Clarke como Mickey Smith e Roger Lloyd-Pack como John Lumic
O QUE ACONTECEU? Nos eventos de A Ascensão dos Cybermen, o Doutor, Rose e Mickey estavam em uma Terra paralela, e agora precisam enfrentar o rico e poderoso John Lumic, que tem planos terríveis para o futuro da humanidade. Os viajantes testemunham a criação dos Cybermen deste mundo, ‘atualizando’ os seres humanos em criaturas mecânicas sem emoção. O condenado Lumic é convertido à força em Cyber-Controlador, tornando-se o comandante de um vasto exército de aço. Com uma pequena ajuda de Mickey, o Doutor interrompe os inibidores emocionais dentro de cada Cyberman, levando-os a um colapso emocional. Partindo para a vingança, o Controlador persegue os heróis, mas é destruído, caindo para sua morte, em um clímax explosivo!
Com a população de Londres sob o controle hipnótico dos fones de ouvido de John Lumic, parece que resistir é inútil; enquanto os Cybermen estão construindo rapidamente um exército que planeja converter cada pessoa na Terra. Mas eles têm uma fraqueza…
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MANTENDO O CONTROLE
MANTENDO O CONTROLE
De seu trono, o Cyber-Controlador coordena os planos de conquista global dos Cybermen. Graças ao Décimo Doutor, seus planos são explosivamente frustrados…
Brincando com temores modernos e relembrando uma de suas próprias memórias de terror em Doctor Who, Russell T Davies recria os apavorantes Cybermen...
A
o planejar o retorno dos Cybermen em seu segundo ano de série de Doctor Who em 2006, Davies queria falar sobre obsessões modernas, coisas que deixam as pessoas “alegres por existir”. Ele percebia que a vida moderna estava se focando em tecnologia, “a atualização e a noção de atualização. Que, a cada ano, você pode alterar o seu telefone e seu aparelho de MP3, e se você não o fizer, e não se mantiver atualizado com a tecnologia, você vai ficar para trás”. Isso fez com que ele e o escritor Tom MacRae recriassem os Cybermen. Os originais eram assustadores em 1966, tocando em um assunto que dava medo na época, medo de transplantes de órgãos e implantes mecânicos que já existiam naqueles
dias. Mas, 40 anos depois, em 2006, essas eram coisas comuns praticadas diariamente na medicina. Para que os Cybermen atingissem uma nova geração era necessário atualizar completamente o seu conceito. O Décimo Doutor, David Tennant, concordou com os reimaginados Cybermen de Davies: “Eu sempre acho que é bom tocar nessas preocupações que as pessoas têm sobre a vida moderna, telefones celulares que deixam as pessoas de hoje em dia absolutamente dependentes, e, ao mesmo tempo, estamos todos ligeiramente assustados com eles. Nós não os entendemos realmente, e a maioria de nós não sabe como tanta informação chega a esta pequena coisa de plástico que carregamos para todo lado. Essa é
“As pessoas querem fazer parte de Doctor Who porque é um programa marcante e elas querem ter sua parte nessa história.” ROGER LLOYD-PACK O rico e poderoso John Lumic acredita que pode fazer o que quiser. Pensa que, inventando o ser humano 2.0, está salvando a humanidade, mas, na verdade, está criando algo muito mais terrível…
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UM MOMENTO NO TEMPO
MANTENDO O CONTROLE
arte conceitual Para sua atualização do século 21, os Cybermen precisavam estar à altura. “Nós apenas começamos do jeito que fazemos qualquer coisa”, explica Neill Gorton, designer de criaturas. “Fazendo desenhos e ilustrações, trabalhar a partir daí até apresentá-los. Além disso, eles tinham que parecer realmente de metal. Russel queria mesmo que eles parecessem ‘máquinas’. Nenhuma pessoa os projetou [os novos Cybermen] sozinha. Foi realmente um trabalho de equipe.”
Nenhum outro monstro em Doctor Who foi redesenhado tantas vezes quanto os Cybermen, e muitos projetos foram realizados para o seu retorno em 2006.
Existem três modelos distintos de Cybermen aqui e, apesar de não terem sido escolhidos para o programa final, não há dúvidas sobre o que são – o que mostra quão icônica é sua aparência.
10
OUTRA TERRA Como um mundo paralelo foi trazido
que é a parte mais arrepiante sobre A Ascensão dos Cybermen e A Idade do Aço. Isso é que é inteligente sobre esses episódios. É aí que a ideia toda dos Cybermen surgiu: a tecnologia moderna lentamente vai nos substituir – e essa tecnologia está bem atrás de nós!”
à vida pelo escritor Tom MacRae
PRATA E AÇO Para fazer com que o novo visual dos Cybermen parecesse ainda mais assustador, a chave estava em mudar um conceito importante. O Cyberman original era chamado de ‘gigante de prata’ desde muito cedo em sua história e o conceito tinha ficado preso a esse apelido. Rob Mayor, um designer de peças protéticas da produtora Millennium FX - que ajudou a criar o novo visual dos Cybermen -, acredita que “o problema com o prateado é que não há nenhum ‘peso’ por trás dele. Alguns deles [os primeiros Cybermen da série] tinham a aparência de uma folha de papel-alumínio! Os nossos tinham que parecer pesados, como um metal de verdade. Esses Cybermen tinham de passar a impressão de que pudessem causar algum dano real”. Davies insistiu que não deveria haver nenhuma menção à palavra “prata” ao projetá-los. Ao contrário, ele queria ‘aço’, vendo a palavra – e o metal – como muito mais frios e duros do que o metal precioso. Afinal de contas, esses eram os Cybermen, a última palavra em lógica, a última palavra em falta de emoção. “Uma das coisas mais importantes na minha mente”, disse Davies, “era parar de chamá-los de prata. Aço – é disso que eles são feitos. Eu acho que é disso que eles sempre foram feitos na realidade”. Finalmente, para reforçar a dinâmica da nova presença, a sua voz tinha que ser atualizada. O diretor queria originalmente uma voz muito mais profunda para os monstros de metal, algo não muito longe da voz de Darth Vader. Entretanto, Davies e Nicholas Briggs (a voz dos Daleks) tinham ideias diferentes. Juntos, eles desenvolveram o sério, contundente e cruel tom que pode ser ouvido – mais ou menos – até hoje em dia. “Eles não possuem emo-
Paul Kasey, que interpretou diversos monstros, decorando suas falas em um Cyberaparelho (equivalente a um iPad), preparando-se para seu papel como o Cyber-Controlador.
ção”, declarou Briggs à Doctor Who Magazine sobre a dificuldade em interpretar um Cyberman. “Emoção é o que faz com que você queira ouvir alguém.” Briggs atualizou as vozes do Cyberman desde A Ascensão dos Cybermen, aprimorando seu modulador para fazer com que soassem um pouco mais impressionantes e aterrorizantes. O efeito completa a nova cara desse monstro clássico, atualizado para ser compatível com os pesadelos de uma era completamente nova.
“Eu os amo, eu acho que eles são absolutamente deslumbrantes.” RUSSELL T DAVIES
O conceito de mundos paralelos não é novo na ficção científica, mas algo que tem sido raramente visto em Doctor Who, apenas na aventura Inferno, de 1970, do Terceiro Doutor, que mostrava uma GrãBretanha sob um regime ditatorial. Russell T Davies e Tom MacRae queriam mostrar personagens já conhecidos – nesse caso, os Tylers – em um contexto diferente, e queriam desenvolver o personagem de Mickey Smith, antes que ele saísse, para só voltar no final da temporada, nos episódios Exército dos Fantasmas e Dia do Juízo Final. Além disso, Davies achou que a história por trás do Cyberman do “nosso” universo tornou-se muito complicada para que fosse explicada rapidamente a um novo público. Assim, uma Terra paralela parecia um lugar perfeito para reconstruir os Cybermen. “A ideia era um mundo paralelo onde os Cybermen estão prestes a serem criados”, explicou Tom MacRae à Doctor Who Magazine. Ele procurou equilibrar as coisas entre a origem alienígena e o que lhe era familiar na Inglaterra. O resultado é visto em A Ascensão dos Cybermen e em A Idade do Aço. “Coisas como os dirigíveis, como os zeppelin – você tem uma Londres familiar e então essa coisa grande e aleatória voando por cima!” Nos estágios iniciais do roteiro, a Terra paralela teria “oficinas corporais”, onde os ricos poderiam atualizar partes de si mesmos, com o cérebro sendo implantado em uma concha de aço, representando a “atualização final”. Davies, no entanto, não acreditou que as pessoas substituiriam de bom grado seus membros saudáveis apenas por que estaria na moda. Então, a ideia foi abandonada. Nessa Grã-Bretanha não há nenhuma menção à família real e um presidente governa o país. O uso dos dirigíveis não é a mudança mais surpreendente, embora seja possivelmente a mais óbvia. Enquanto Pete Tyler e John Lumic são empresários ricos (e Lumic parece ser dono de praticamente tudo), as coisas não parecem tão fáceis para todo mundo. Há um toque de recolher no local e só os ricos podem burlá-lo em seus dirigíveis zeppelins. Essa não é uma Grã-Bretanha próspera, mas um país desesperado, com uma constante presença militar. Mas não tão desesperado a ponto de aceitar de bom grado o terror dos Cybermen! Jake, um dos Pregadores, torna-se parte da equipe Torchwood dessa Terra, ajudando a derrotar os Cybermen e os Daleks.
Quando Mickey Smith é capturado pelo grupo de resistência “Os Pregadores”, descobre que o líder do grupo é uma cópia sua - Ricky!
A mãe de Rose, Jackie, na Terra paralela, é uma mulher mais dura e mais fria – e também é convertida em Cyberman.
Nesse mundo paralelo, Pete Tyler sobreviveu para se tornar um homem de sucesso e está secretamente combatendo John Lumic.
Os Tylers paralelos não encontram tempo para crianças em suas vidas ocupadas, e sua Rose é apenas um cachorrinho de estimação!
UM MOMENTO NO TEMPO
MANTENDO O CONTROLE
arte conceitual Para sua atualização do século 21, os Cybermen precisavam estar à altura. “Nós apenas começamos do jeito que fazemos qualquer coisa”, explica Neill Gorton, designer de criaturas. “Fazendo desenhos e ilustrações, trabalhar a partir daí até apresentá-los. Além disso, eles tinham que parecer realmente de metal. Russel queria mesmo que eles parecessem ‘máquinas’. Nenhuma pessoa os projetou [os novos Cybermen] sozinha. Foi realmente um trabalho de equipe.”
Nenhum outro monstro em Doctor Who foi redesenhado tantas vezes quanto os Cybermen, e muitos projetos foram realizados para o seu retorno em 2006.
Existem três modelos distintos de Cybermen aqui e, apesar de não terem sido escolhidos para o programa final, não há dúvidas sobre o que são – o que mostra quão icônica é sua aparência.
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OUTRA TERRA Como um mundo paralelo foi trazido
que é a parte mais arrepiante sobre A Ascensão dos Cybermen e A Idade do Aço. Isso é que é inteligente sobre esses episódios. É aí que a ideia toda dos Cybermen surgiu: a tecnologia moderna lentamente vai nos substituir – e essa tecnologia está bem atrás de nós!”
à vida pelo escritor Tom MacRae
PRATA E AÇO Para fazer com que o novo visual dos Cybermen parecesse ainda mais assustador, a chave estava em mudar um conceito importante. O Cyberman original era chamado de ‘gigante de prata’ desde muito cedo em sua história e o conceito tinha ficado preso a esse apelido. Rob Mayor, um designer de peças protéticas da produtora Millennium FX - que ajudou a criar o novo visual dos Cybermen -, acredita que “o problema com o prateado é que não há nenhum ‘peso’ por trás dele. Alguns deles [os primeiros Cybermen da série] tinham a aparência de uma folha de papel-alumínio! Os nossos tinham que parecer pesados, como um metal de verdade. Esses Cybermen tinham de passar a impressão de que pudessem causar algum dano real”. Davies insistiu que não deveria haver nenhuma menção à palavra “prata” ao projetá-los. Ao contrário, ele queria ‘aço’, vendo a palavra – e o metal – como muito mais frios e duros do que o metal precioso. Afinal de contas, esses eram os Cybermen, a última palavra em lógica, a última palavra em falta de emoção. “Uma das coisas mais importantes na minha mente”, disse Davies, “era parar de chamá-los de prata. Aço – é disso que eles são feitos. Eu acho que é disso que eles sempre foram feitos na realidade”. Finalmente, para reforçar a dinâmica da nova presença, a sua voz tinha que ser atualizada. O diretor queria originalmente uma voz muito mais profunda para os monstros de metal, algo não muito longe da voz de Darth Vader. Entretanto, Davies e Nicholas Briggs (a voz dos Daleks) tinham ideias diferentes. Juntos, eles desenvolveram o sério, contundente e cruel tom que pode ser ouvido – mais ou menos – até hoje em dia. “Eles não possuem emo-
Paul Kasey, que interpretou diversos monstros, decorando suas falas em um Cyberaparelho (equivalente a um iPad), preparando-se para seu papel como o Cyber-Controlador.
ção”, declarou Briggs à Doctor Who Magazine sobre a dificuldade em interpretar um Cyberman. “Emoção é o que faz com que você queira ouvir alguém.” Briggs atualizou as vozes do Cyberman desde A Ascensão dos Cybermen, aprimorando seu modulador para fazer com que soassem um pouco mais impressionantes e aterrorizantes. O efeito completa a nova cara desse monstro clássico, atualizado para ser compatível com os pesadelos de uma era completamente nova.
“Eu os amo, eu acho que eles são absolutamente deslumbrantes.” RUSSELL T DAVIES
O conceito de mundos paralelos não é novo na ficção científica, mas algo que tem sido raramente visto em Doctor Who, apenas na aventura Inferno, de 1970, do Terceiro Doutor, que mostrava uma GrãBretanha sob um regime ditatorial. Russell T Davies e Tom MacRae queriam mostrar personagens já conhecidos – nesse caso, os Tylers – em um contexto diferente, e queriam desenvolver o personagem de Mickey Smith, antes que ele saísse, para só voltar no final da temporada, nos episódios Exército dos Fantasmas e Dia do Juízo Final. Além disso, Davies achou que a história por trás do Cyberman do “nosso” universo tornou-se muito complicada para que fosse explicada rapidamente a um novo público. Assim, uma Terra paralela parecia um lugar perfeito para reconstruir os Cybermen. “A ideia era um mundo paralelo onde os Cybermen estão prestes a serem criados”, explicou Tom MacRae à Doctor Who Magazine. Ele procurou equilibrar as coisas entre a origem alienígena e o que lhe era familiar na Inglaterra. O resultado é visto em A Ascensão dos Cybermen e em A Idade do Aço. “Coisas como os dirigíveis, como os zeppelin – você tem uma Londres familiar e então essa coisa grande e aleatória voando por cima!” Nos estágios iniciais do roteiro, a Terra paralela teria “oficinas corporais”, onde os ricos poderiam atualizar partes de si mesmos, com o cérebro sendo implantado em uma concha de aço, representando a “atualização final”. Davies, no entanto, não acreditou que as pessoas substituiriam de bom grado seus membros saudáveis apenas por que estaria na moda. Então, a ideia foi abandonada. Nessa Grã-Bretanha não há nenhuma menção à família real e um presidente governa o país. O uso dos dirigíveis não é a mudança mais surpreendente, embora seja possivelmente a mais óbvia. Enquanto Pete Tyler e John Lumic são empresários ricos (e Lumic parece ser dono de praticamente tudo), as coisas não parecem tão fáceis para todo mundo. Há um toque de recolher no local e só os ricos podem burlá-lo em seus dirigíveis zeppelins. Essa não é uma Grã-Bretanha próspera, mas um país desesperado, com uma constante presença militar. Mas não tão desesperado a ponto de aceitar de bom grado o terror dos Cybermen! Jake, um dos Pregadores, torna-se parte da equipe Torchwood dessa Terra, ajudando a derrotar os Cybermen e os Daleks.
Quando Mickey Smith é capturado pelo grupo de resistência “Os Pregadores”, descobre que o líder do grupo é uma cópia sua - Ricky!
A mãe de Rose, Jackie, na Terra paralela, é uma mulher mais dura e mais fria – e também é convertida em Cyberman.
Nesse mundo paralelo, Pete Tyler sobreviveu para se tornar um homem de sucesso e está secretamente combatendo John Lumic.
Os Tylers paralelos não encontram tempo para crianças em suas vidas ocupadas, e sua Rose é apenas um cachorrinho de estimação!
1964 50 anos de doctor who
1964
O MUNDO EM 1964 15 de julho: a Post Office Tower, em Londres (agora conhecida como Torre Telecom), foi concluída. Ela aparecerá no episódio As Máquinas de Guerra (The War Machines, 1966).
31 de julho: a sonda espacial Ranger 7 dirigese à Lua e transmite com sucesso mais de 4 mil fotos em menos de 700 kb de dados. Tente fazer isso hoje em dia!
julho - dezembro
Vamos pular de volta no tempo em cinco décadas, examinando alguns dos melhores e mais brilhantes momentos da longa história de Doctor Who! 14 A 20 DE AGOSTO ENFRENTANDO O FUTURO
JULHO A MAGIA DA DISNEY Walt Disney tenta se juntar na crescente carroça de Doctor Who, entrando em contato com a BBC sobre os direitos do filme para a adaptação da série Marco Polo. Não deu em nada, possivelmente por causa de os direitos do filme dos Daleks estarem nas mãos de Terry Nation e da BBC. Infelizmente, essa história de John Lucarotti está faltando nos arquivos da BBC, apesar de existir uma versão em áudio com narração vinculada.
25 DE JULHO CAROLE NO JUKE BOX Essa é uma escala de quão grande é o espaço que Doctor Who ocupa nas mentes do público britânico: Carole Ann Ford, que interpreta a neta do Doutor, Susan, aparece no programa Juke Box Jury ao lado de ninguém menos que o beatle George Harrison!
30 DE JULHO EXTERMINANDO SUSAN Os dias de Susan já estão contados, e os planos são elaborados apenas para como ela vai sair e, ainda mais importante, como ela vai ser substituída. A ideia inicial era que uma personagem anglo-indiana chamada Saida tomaria seu lugar na tripulação da TARDIS.
12
Doctor Who é finalmente confirmada para ter mais 13 episódios, com uma opção para outros 13. O Controlador de Programação Donald Baverstock sugeriu que a série Doctor Who fosse abandonada por seis semanas após a transmissão da próxima história dos Daleks para dar lugar a uma nova série de ficção científica que estava sendo proposta. A produtora Verity Lambert não aguentava mais e exigiu garantias sobre o futuro imediato da série. E ela as obteve!
COMEÇA A DALEKMANIA!
20 DE AGOSTO DISTRAÇÃO DALEK
21 DE AGOSTO O RETORNO!
Em uma tentativa de chamar a atenção da imprensa para longe do local da filmagem que aconteceria na semana seguinte, foram espalhadas enormes cabines de fotos com Daleks em vários pontos de Londres. A cobertura da imprensa foi enorme.
O jornal Daily Express anuncia de qualquer maneira o iminente retorno dos Daleks no dia seguinte. Poderia até não ser verdade, mas de qualquer jeito a matéria venderia muitos jornais. Por coincidência, o Express acertou.
15 de setembro: Entra em circulação o jornal The Sun. Ele se torna o mais vendido da Grã-Bretanha – e também o mais controverso.
21 de outubro: estreia o show My Fair Lady. O musical é incrivelmente bemsucedido, levantando 72 milhões de dólares nas bilheterias norte-americanas, cerca de meio bilhão de dólares hoje.
12 DE SETEMBRO O FIM DO INÍCIO A primeira série de Doctor Who termina, com uma audiência média de cerca de 6 milhões de pessoas. É substituído por episódios repetidos de uma série de comédia. A audiência despenca.
2 DE OUTUBRO O DOUTOR EM PERIGO William Hartnell tem um acidente nos ensaios de câmera para o episódio Os Daleks Invadem a Terra (The Dalek Invasion of Earth), caindo de uma rampa. Por um curto período, Hartnell fica afastado e precisa de vários dias de descanso.
9 DE OUTUBRO A GAROTA NOVA Maureen O´Brien é contratada para atuar como substituta de Carole Ann Ford, mas o novo personagem ainda não tem um nome. O´Brien aparece como Vicki no episódio O Resgate (The Rescue), em janeiro de 1965.
28 de novembro: a NASA lança a Mariner 4. A sonda espacial voaria com sucesso por Marte em julho de 1965, e transmitiria as imagens para a Terra.
31 DE OUTUBRO UM NOVO ALGUÉM Estreia a segunda temporada de Doctor Who. A série ficou surpreendentemente fora do ar por breves seis semanas. A primeira parte de Planeta de Gigantes (Planet of Giants) é acompanhada por uma impressionante audiência de 8 milhões de pessoas.
12 DE NOVEMBRO DALEKS PUBLICADOS
O último episódio da aventura Os Daleks Invadem a Terra é gravado. A “criança do espaço”, Carole Ann Ford, deixa a série temendo ficar marcada pela personagem. William Hartnell está chateado com essa decisão, e até mesmo escreve para ela, pedindo-lhe que reconsiderasse.
21 DE NOVEMBRO A DALEKMANIA ENGATA A QUINTA MARCHA Depois de um pouco mais de 10 meses desde que os Daleks foram expulsos de sua cidade em Skaro, finalmente eles estão de volta! A história Fim do Mundo (World’s End) anuncia a invasão dos Daleks na Terra. Seu retorno é visto por mais de 11 milhões de pessoas. Os Daleks estão prestes a estar em toda a parte.
6 DE DEZEMBRO COMEÇA O RETROCESSO!
O livro Doctor Who em uma Emocionante Aventura com os Daleks é publicado. Reajustando o início para representar o primeiro episódio de Uma Criança de Outro Mundo (An Unearthly Child), o livro torna-se um favorito dos fãs. É o início de um fenômeno editorial, o qual vai alavancar a publicação de centenas de livros de Doctor Who.
12 DE NOVEMBRO DALEKS NO CINEMA Nesse mesmo dia, o produtor de cinema norte-americano Milton Subotsky anuncia planos para uma adaptação do filme dessa mesma história, a ser lançado em 1965. Peter Cushing acabará por aparecer como Doctor Who.
23 DE OUTUBRO O FIM DOS DALEKS
Dezembro: “Eu vou passar meu Natal com um Dalek”, da banda The Go Go’s, é lançada. Essa música de lançamento também é sua única, pois não foi pra frente.
14 DE NOVEMBRO Quadrinhos no Espaço e no Tempo Doctor Who aparece pela primeira vez na revista TV Comic, com os “outros” netos no Doutor, John e Gillian. Uma versão em quadrinhos das aventuras do Doutor no tempo e espaço, quadrinhos que continuam sendo publicados até hoje.
O jornal Sunday Express pergunta se Doctor Who é assustador demais para o horário que ele ocupa na TV. Ao longo dos próximos 50 anos, a mídia repete essa mesma pergunta. A maioria das pessoas acha que a resposta é “não”.
O FIM DE 1964 OS DALEKS DOMINAM SUPREMOS! Daleks aparecem em cartões de aniversário, em cigarrinhos de chocolate, Terry Nation é contratado para redigir o roteiro de ‘Daleks 3’ [que se tornará A Perseguição (The Chase)], Daleks estão na exposição Olympia, em Londres, e em uma pantomima, em Liverpool, e seus criadores, Terry Nation e Ray Cusick, são entrevistados na TV. Não há como escapar!
1964 50 anos de doctor who
1964
O MUNDO EM 1964 15 de julho: a Post Office Tower, em Londres (agora conhecida como Torre Telecom), foi concluída. Ela aparecerá no episódio As Máquinas de Guerra (The War Machines, 1966).
31 de julho: a sonda espacial Ranger 7 dirigese à Lua e transmite com sucesso mais de 4 mil fotos em menos de 700 kb de dados. Tente fazer isso hoje em dia!
julho - dezembro
Vamos pular de volta no tempo em cinco décadas, examinando alguns dos melhores e mais brilhantes momentos da longa história de Doctor Who! 14 A 20 DE AGOSTO ENFRENTANDO O FUTURO
JULHO A MAGIA DA DISNEY Walt Disney tenta se juntar na crescente carroça de Doctor Who, entrando em contato com a BBC sobre os direitos do filme para a adaptação da série Marco Polo. Não deu em nada, possivelmente por causa de os direitos do filme dos Daleks estarem nas mãos de Terry Nation e da BBC. Infelizmente, essa história de John Lucarotti está faltando nos arquivos da BBC, apesar de existir uma versão em áudio com narração vinculada.
25 DE JULHO CAROLE NO JUKE BOX Essa é uma escala de quão grande é o espaço que Doctor Who ocupa nas mentes do público britânico: Carole Ann Ford, que interpreta a neta do Doutor, Susan, aparece no programa Juke Box Jury ao lado de ninguém menos que o beatle George Harrison!
30 DE JULHO EXTERMINANDO SUSAN Os dias de Susan já estão contados, e os planos são elaborados apenas para como ela vai sair e, ainda mais importante, como ela vai ser substituída. A ideia inicial era que uma personagem anglo-indiana chamada Saida tomaria seu lugar na tripulação da TARDIS.
12
Doctor Who é finalmente confirmada para ter mais 13 episódios, com uma opção para outros 13. O Controlador de Programação Donald Baverstock sugeriu que a série Doctor Who fosse abandonada por seis semanas após a transmissão da próxima história dos Daleks para dar lugar a uma nova série de ficção científica que estava sendo proposta. A produtora Verity Lambert não aguentava mais e exigiu garantias sobre o futuro imediato da série. E ela as obteve!
COMEÇA A DALEKMANIA!
20 DE AGOSTO DISTRAÇÃO DALEK
21 DE AGOSTO O RETORNO!
Em uma tentativa de chamar a atenção da imprensa para longe do local da filmagem que aconteceria na semana seguinte, foram espalhadas enormes cabines de fotos com Daleks em vários pontos de Londres. A cobertura da imprensa foi enorme.
O jornal Daily Express anuncia de qualquer maneira o iminente retorno dos Daleks no dia seguinte. Poderia até não ser verdade, mas de qualquer jeito a matéria venderia muitos jornais. Por coincidência, o Express acertou.
15 de setembro: Entra em circulação o jornal The Sun. Ele se torna o mais vendido da Grã-Bretanha – e também o mais controverso.
21 de outubro: estreia o show My Fair Lady. O musical é incrivelmente bemsucedido, levantando 72 milhões de dólares nas bilheterias norte-americanas, cerca de meio bilhão de dólares hoje.
12 DE SETEMBRO O FIM DO INÍCIO A primeira série de Doctor Who termina, com uma audiência média de cerca de 6 milhões de pessoas. É substituído por episódios repetidos de uma série de comédia. A audiência despenca.
2 DE OUTUBRO O DOUTOR EM PERIGO William Hartnell tem um acidente nos ensaios de câmera para o episódio Os Daleks Invadem a Terra (The Dalek Invasion of Earth), caindo de uma rampa. Por um curto período, Hartnell fica afastado e precisa de vários dias de descanso.
9 DE OUTUBRO A GAROTA NOVA Maureen O´Brien é contratada para atuar como substituta de Carole Ann Ford, mas o novo personagem ainda não tem um nome. O´Brien aparece como Vicki no episódio O Resgate (The Rescue), em janeiro de 1965.
28 de novembro: a NASA lança a Mariner 4. A sonda espacial voaria com sucesso por Marte em julho de 1965, e transmitiria as imagens para a Terra.
31 DE OUTUBRO UM NOVO ALGUÉM Estreia a segunda temporada de Doctor Who. A série ficou surpreendentemente fora do ar por breves seis semanas. A primeira parte de Planeta de Gigantes (Planet of Giants) é acompanhada por uma impressionante audiência de 8 milhões de pessoas.
12 DE NOVEMBRO DALEKS PUBLICADOS
O último episódio da aventura Os Daleks Invadem a Terra é gravado. A “criança do espaço”, Carole Ann Ford, deixa a série temendo ficar marcada pela personagem. William Hartnell está chateado com essa decisão, e até mesmo escreve para ela, pedindo-lhe que reconsiderasse.
21 DE NOVEMBRO A DALEKMANIA ENGATA A QUINTA MARCHA Depois de um pouco mais de 10 meses desde que os Daleks foram expulsos de sua cidade em Skaro, finalmente eles estão de volta! A história Fim do Mundo (World’s End) anuncia a invasão dos Daleks na Terra. Seu retorno é visto por mais de 11 milhões de pessoas. Os Daleks estão prestes a estar em toda a parte.
6 DE DEZEMBRO COMEÇA O RETROCESSO!
O livro Doctor Who em uma Emocionante Aventura com os Daleks é publicado. Reajustando o início para representar o primeiro episódio de Uma Criança de Outro Mundo (An Unearthly Child), o livro torna-se um favorito dos fãs. É o início de um fenômeno editorial, o qual vai alavancar a publicação de centenas de livros de Doctor Who.
12 DE NOVEMBRO DALEKS NO CINEMA Nesse mesmo dia, o produtor de cinema norte-americano Milton Subotsky anuncia planos para uma adaptação do filme dessa mesma história, a ser lançado em 1965. Peter Cushing acabará por aparecer como Doctor Who.
23 DE OUTUBRO O FIM DOS DALEKS
Dezembro: “Eu vou passar meu Natal com um Dalek”, da banda The Go Go’s, é lançada. Essa música de lançamento também é sua única, pois não foi pra frente.
14 DE NOVEMBRO Quadrinhos no Espaço e no Tempo Doctor Who aparece pela primeira vez na revista TV Comic, com os “outros” netos no Doutor, John e Gillian. Uma versão em quadrinhos das aventuras do Doutor no tempo e espaço, quadrinhos que continuam sendo publicados até hoje.
O jornal Sunday Express pergunta se Doctor Who é assustador demais para o horário que ele ocupa na TV. Ao longo dos próximos 50 anos, a mídia repete essa mesma pergunta. A maioria das pessoas acha que a resposta é “não”.
O FIM DE 1964 OS DALEKS DOMINAM SUPREMOS! Daleks aparecem em cartões de aniversário, em cigarrinhos de chocolate, Terry Nation é contratado para redigir o roteiro de ‘Daleks 3’ [que se tornará A Perseguição (The Chase)], Daleks estão na exposição Olympia, em Londres, e em uma pantomima, em Liverpool, e seus criadores, Terry Nation e Ray Cusick, são entrevistados na TV. Não há como escapar!
O UNIVERSO DE DOCTOR WHO
OS SENHORES DO TEMPO
O Mestre, o Doutor e Rassilon, três dos mais poderosos Senhores do Tempo que já existiram!
O CHEFE GERREIRO
Esse exilado Senhor do Tempo deu tecnologia ao Senhor da Guerra, o líder de uma raça alienígena agressiva. O Senhor da Guerra, em seguida, usou o SIDRAT (um tipo de TARDIS) com o objetivo de transportar grandes soldados da história humana para esmagar todos os seus inimigos. O Chefe Guerreiro procurou a ajuda do Segundo Doutor para usurpar o Senhor da Guerra, sugerindo que eles poderiam governar a galáxia juntos. Essa traição levou o Chefe Guerreiro a ser executado. O grande plano para dominar a galáxia foi encerrado quando o Doutor requisitou a ajuda de seu próprio povo. Os Senhores do Tempo colocaram o Senhor da Guerra em julgamento e o desmaterializaram – foi como se ele nunca tivesse existido.
SENHORES DO TEMPO Como um Senhor do Tempo, o Doutor usa seus poderes para o bem. Mas nem todos os membros dessa antiga raça foram tão filantrópicos
O
s Senhores do Tempo fizeram parte de uma das espécies mais poderosas do Universo e também uma das mais antigas. Eles foram a primeira raça a desenvolver a viagem no tempo e, eventualmente, tornaramse os autoindicados guardiões de todo o espaço-tempo. A base do poder deles era a capacidade de viajarem no tempo com o poder ilimitado de um buraco negro; capazes de visitar qualquer lugar e qualquer evento na história. Mostrando alguma coragem temporal, eles entraram em guerra com espécies como os Vampiros Gigantes e os Racnoss, e influenciaram sociedades primitivas, nas quais foram adorados como deuses. Após os Minyans quase entrarem em extinção como resultado de seu contato com a tecnologia
14
do povo de Gallifrey, os Senhores do Tempo decidiram que sua influência foi muito grande e muito prejudicial. Finalmente, perceberam a extensão de seus poderes, e assim estabeleceram a regra de não interferir. Senhores do Tempo possuíam uma habilidade invejada por muitas outras raças – eles podiam escapar da morte pelo processo de regeneração. Quando um corpo fosse seriamente ferido ou desgastado com a idade avançada, o Senhor do Tempo se transformaria em outro – com uma nova face e com personalidade diferente, mas a mesma memória, com as mesmas lembranças. Essa não era a sua única habilidade. Eles tinham os mesmos cinco sentidos que qualquer ser humano tem, mas com uma sensibilidade muito maior. Um dos seus sentidos mais
aguçados e incomuns era o paladar: o Doutor, o – único – Senhor do Tempo vivo, pode reconhecer o tipo de sangue de uma pessoa e a composição mineral de uma folha de grama simplesmente pelo sabor! Senhores do Tempo também tinham um sistema vascular binário – dois corações –, o que tornava seus corpos muito mais resilientes. Embora pudessem sobreviver por um curto período de tempo com apenas um, o segundo coração tinha de ser reiniciado rapidamente ou morreriam. Senhores do Tempo também foram telepatas. Podiam reconhecer um ao outro não importando o rosto que usavam; e, em certas circunstâncias, poderiam entrar na mente de outras pessoas, como o Décimo Doutor fez quando mergulhou na mente da Madame de Pompadour, no
OMEGA O MESTRE
Inteligente, sereno, mas insano, esse renegado buscou domínio sobre o Universo e era a verdadeira antítese do Doutor. O Mestre apareceu pela primeira vez na aventura do Terceiro Doutor, conhecida como Terror dos Autons (Terror of the Autons) e tornou-se uma pedra no sapato do Doutor por um longo tempo. Embora o Doutor ocasionalmente se regenere, o Mestre rapidamente utilizou seu ciclo vital e tornou-se focado em ampliar a sua vida. Embora tenha parecido morrer na TARDIS do Oitavo Doutor (no filme para TV), o Mestre foi ressuscitado para lutar na Guerra do Tempo. Quando a guerra estava quase sendo perdida, o Mestre, disfarçado de humano, se escondeu no fim do Universo. No entanto, esse incrível manipulador tornou-se parte de um plano maior. Os Senhores do Tempo implantaram “sons de tambores” em sua mente, um sinal de que foi usado para liberar Gallifrey de uma trava temporal durante a Guerra do Tempo. O efeito dessa interferência em sua mente o levou à loucura. Será que ele vai voltar? Não seria inteligente de nossa parte dizer que não.
Não é exatamente um Senhor do Tempo. Mas, sem ele, os Senhores do Tempo não existiriam! Esse engenheiro estelar de Gallifrey explodiu a estrela que se tornou o buraco negro, o qual rendeu o poder infinito necessário para dar ao seu povo a capacidade de viagem temporal. Infelizmente, o heroico Omega ficou preso do lado errado do buraco negro, e somente sua vontade lhe permitiu existir. Tentou escapar da prisão duas vezes, mas, em ambas as tentativas, o Doutor o fez retornar ao universo da antimatéria. Ele ainda pode tentar novamente um dia...
O UNIVERSO DE DOCTOR WHO
OS SENHORES DO TEMPO
O Mestre, o Doutor e Rassilon, três dos mais poderosos Senhores do Tempo que já existiram!
O CHEFE GERREIRO
Esse exilado Senhor do Tempo deu tecnologia ao Senhor da Guerra, o líder de uma raça alienígena agressiva. O Senhor da Guerra, em seguida, usou o SIDRAT (um tipo de TARDIS) com o objetivo de transportar grandes soldados da história humana para esmagar todos os seus inimigos. O Chefe Guerreiro procurou a ajuda do Segundo Doutor para usurpar o Senhor da Guerra, sugerindo que eles poderiam governar a galáxia juntos. Essa traição levou o Chefe Guerreiro a ser executado. O grande plano para dominar a galáxia foi encerrado quando o Doutor requisitou a ajuda de seu próprio povo. Os Senhores do Tempo colocaram o Senhor da Guerra em julgamento e o desmaterializaram – foi como se ele nunca tivesse existido.
SENHORES DO TEMPO Como um Senhor do Tempo, o Doutor usa seus poderes para o bem. Mas nem todos os membros dessa antiga raça foram tão filantrópicos
O
s Senhores do Tempo fizeram parte de uma das espécies mais poderosas do Universo e também uma das mais antigas. Eles foram a primeira raça a desenvolver a viagem no tempo e, eventualmente, tornaramse os autoindicados guardiões de todo o espaço-tempo. A base do poder deles era a capacidade de viajarem no tempo com o poder ilimitado de um buraco negro; capazes de visitar qualquer lugar e qualquer evento na história. Mostrando alguma coragem temporal, eles entraram em guerra com espécies como os Vampiros Gigantes e os Racnoss, e influenciaram sociedades primitivas, nas quais foram adorados como deuses. Após os Minyans quase entrarem em extinção como resultado de seu contato com a tecnologia
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do povo de Gallifrey, os Senhores do Tempo decidiram que sua influência foi muito grande e muito prejudicial. Finalmente, perceberam a extensão de seus poderes, e assim estabeleceram a regra de não interferir. Senhores do Tempo possuíam uma habilidade invejada por muitas outras raças – eles podiam escapar da morte pelo processo de regeneração. Quando um corpo fosse seriamente ferido ou desgastado com a idade avançada, o Senhor do Tempo se transformaria em outro – com uma nova face e com personalidade diferente, mas a mesma memória, com as mesmas lembranças. Essa não era a sua única habilidade. Eles tinham os mesmos cinco sentidos que qualquer ser humano tem, mas com uma sensibilidade muito maior. Um dos seus sentidos mais
aguçados e incomuns era o paladar: o Doutor, o – único – Senhor do Tempo vivo, pode reconhecer o tipo de sangue de uma pessoa e a composição mineral de uma folha de grama simplesmente pelo sabor! Senhores do Tempo também tinham um sistema vascular binário – dois corações –, o que tornava seus corpos muito mais resilientes. Embora pudessem sobreviver por um curto período de tempo com apenas um, o segundo coração tinha de ser reiniciado rapidamente ou morreriam. Senhores do Tempo também foram telepatas. Podiam reconhecer um ao outro não importando o rosto que usavam; e, em certas circunstâncias, poderiam entrar na mente de outras pessoas, como o Décimo Doutor fez quando mergulhou na mente da Madame de Pompadour, no
OMEGA O MESTRE
Inteligente, sereno, mas insano, esse renegado buscou domínio sobre o Universo e era a verdadeira antítese do Doutor. O Mestre apareceu pela primeira vez na aventura do Terceiro Doutor, conhecida como Terror dos Autons (Terror of the Autons) e tornou-se uma pedra no sapato do Doutor por um longo tempo. Embora o Doutor ocasionalmente se regenere, o Mestre rapidamente utilizou seu ciclo vital e tornou-se focado em ampliar a sua vida. Embora tenha parecido morrer na TARDIS do Oitavo Doutor (no filme para TV), o Mestre foi ressuscitado para lutar na Guerra do Tempo. Quando a guerra estava quase sendo perdida, o Mestre, disfarçado de humano, se escondeu no fim do Universo. No entanto, esse incrível manipulador tornou-se parte de um plano maior. Os Senhores do Tempo implantaram “sons de tambores” em sua mente, um sinal de que foi usado para liberar Gallifrey de uma trava temporal durante a Guerra do Tempo. O efeito dessa interferência em sua mente o levou à loucura. Será que ele vai voltar? Não seria inteligente de nossa parte dizer que não.
Não é exatamente um Senhor do Tempo. Mas, sem ele, os Senhores do Tempo não existiriam! Esse engenheiro estelar de Gallifrey explodiu a estrela que se tornou o buraco negro, o qual rendeu o poder infinito necessário para dar ao seu povo a capacidade de viagem temporal. Infelizmente, o heroico Omega ficou preso do lado errado do buraco negro, e somente sua vontade lhe permitiu existir. Tentou escapar da prisão duas vezes, mas, em ambas as tentativas, o Doutor o fez retornar ao universo da antimatéria. Ele ainda pode tentar novamente um dia...
O UNIVERSO DE DOCTOR WHO episódio A Garota na Lareira. As habilidades mentais dos Senhores do Tempo se estendiam também ao ramo da hipnose. O Quarto Doutor uma vez hipnotizou Sarah Jane Smith, de modo que todas as suas funções motoras, inclusive a respiração, foram brevemente interrompidas, mas o rei da hipnose era o Mestre, capaz de hipnotizar quase todos para realizar suas ordens diabólicas. Com um tempo de vida que era contado em séculos, não é nenhuma surpresa que alguns senhores do tempo ficassem, no mínimo, insatisfeitos com uma vida de mera observância. Alguns deles só queriam estar envolvidos no Universo, seja para ajudar
OS SENHORES DO TEMPO o oprimido, ou apenas para ficar longe da sufocante vida de um Senhor do Tempo. Também havia aqueles que ficaram com fome de poder e acreditavam que estavam destinados a subjugar os outros. Com uma tecnologia superior e um descaso para as regras do tempo, esses Senhores do Tempo encontram-se entre os seres mais perigosos que já existiram. O destino desta grande raça está envolta em mistério. Uma guerra cataclísmica contra os Daleks, a última Grande Guerra do Tempo, trouxe a destruição de sua raça e de sua terra natal. Mas os Senhores do Tempo eram completamente imprevisíveis, e quem pode dizer que nunca vão se erguer novamente?
MORBIUS
Esse ex-líder do Alto Conselho dos Senhores do Tempo tentou usar o poder de Gallifrey para conquistas, mas acabou sendo exilado. Seu exército de mercenários causou caos, levando os Senhores do Tempo a caçá-lo e capturá-lo no planeta Karn. Foi condenado à morte, mas pouco antes de ser executado, o leal cientista Solon resgatou o seu cérebro, que foi implantado em um corpo feito de partes de outros corpos, e a criatura miscelânea desafiou o Quarto Doutor para um concurso alucinante que o Doutor acabou por vencer no final. Com sua mente danificada além do reparo, Morbius caiu de um penhasco para a morte.
O MONGE INTROMETIDO
Parecia mais um brincalhão do que alguém malintencionado, esse personagem astuto e travesso tratava a viagem no tempo bem levianamente. Enquanto o Doutor acreditava que nenhuma linha da história deveria ser mudada, o Monge gostava de bagunçar, pensando que ele estava melhorando a história e as vidas das pessoas que conheceu. Ele discutiu o voo motorizado com Leonardo da Vinci, deu discos antigravidade aos celtas para a construção de Stonehenge e usou a viagem no tempo para cobrar uma fortuna de um banco! Depois que seus planos para alterar o resultado da Batalha de Hastings foram frustrados pelo Primeiro Doutor, o Monge tornou-se mais cruel, e até trabalhou lado a lado com os Daleks contra o Doutor!
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A RANI
BORUSA
Um dos professores do Doutor na Academia, Borusa era um político astuto que subiu na hierarquia até conseguir governar Gallifrey. Ao longo do caminho, ele ajudou o Quarto Doutor a frustrar duas ameaças à Sociedade dos Senhores do Tempo, primeiro a do Mestre e, em seguida, a dos Sontarianos. Aos poucos, tornou-se um personagem mais malandro. Mais tarde, em sua pesquisa sobre Rassilon, o fundador da Sociedade dos Senhores do Tempo, Borusa descobriu o segredo para a imortalidade – e isso o levou à insanidade. Ele usou um Time Scoop (ferramenta capaz de mandar objetos e pessoas a qualquer lugar do espaço-tempo) para tirar as primeiras cinco encarnações do Doutor de seus períodos temporais, e os forçou a batalhar na zona da morte para descobrir a tumba lendária de Rassilon. Quando os Doutores conseguiram, Borusa apareceu no último minuto para roubar a imortalidade para si mesmo. O segredo era uma armadilha, para capturar aqueles que queriam viver para sempre. Borusa tinha sido enganado e condenado a um destino terrível: foi transformado e se tornou parte da própria tumba! O cérebro de Morbius foi fixado a um corpo monstruoso (à esquerda) por seu leal seguidor, Solon (à direita).
Amoral, inescrupulosa e cruel... esses são seus pontos positivos. A Rani era uma Senhora do Tempo que frequentou a Academia junto com o Doutor, eles até tinham a mesma idade. Após uma experiência que acabou criando um camundongo gigante que comeu o gato do presidente, a Rani foi enviada para o exílio e, em pouco tempo, tomou o controle do planeta Miasimia Goria. Esse domínio chegou ao fim quando o Sexto Doutor sabotou a TARDIS dela e a aprisionou com o Mestre. Mais tarde, ela capturou onze gênios, incluindo o recém-regenerado Sétimo Doutor, para canalizar as suas mentes em uma tentativa de criar um cérebro artificial que se tornaria um manipulador do tempo. Esse dispositivo teria permitido a ela mudar as linhas temporais em uma escala universal. Por sorte, o Doutor destruiu o cérebro, acabou com seus planos e mandou os gênios de volta para seus tempos e lugares adequados.
O VALEYARD
Possivelmente o mais estranho Senhor do Tempo de todos. Como ele surgiu é um mistério, mas foi em algum momento entre a Décima Segunda e a Décima Terceira regeneração do Doutor que este personagem veio à existência. Ele é a destilação de cada pensamento sombrio que o doutor já teve e era uma cópia obscura do Doutor. Viajando de volta na linha do tempo do Doutor, o
RASSILON Considerado o primeiro e o mais poderoso de todos os Senhores do Tempo, Rassilon é tido como o fundador da Sociedade dos Senhores do Tempo, mas sua origem está cercada de lendas e mistérios. Considerado por muitos um herói, porém, algumas pessoas ainda o viam como um megalomaníaco sedento de poder. Seu nome está ligado a uma série de peças importantes da tecnologia de Gallifrey, dentre elas a Barreira de Transdução que defendeu o seu mundo de uma invasão. Parece que, assim como o Mestre, ele foi ressuscitado para a Guerra do Tempo, embora possa ter sido apenas outro presidente dos Senhores do Tempo que tenha tomado seu nome. Este Rassilon governou, com um punho de ferro, e decidiu que iria destruir o Vórtex Temporal. Ele também queria que os Senhores do Tempo se tornassem criaturas mais conscientes à custa do resto da realidade. O Doutor o impediu, destruindo os Senhores do Tempo e os Daleks simultaneamente, e acabando com a Guerra do Tempo. Embora, como os Daleks sobreviveram à guerra, não poderiam os Senhores do Tempo terem feito o mesmo?
Valeyard trabalhou com o Alto Conselho para colocar o Sexto Doutor em julgamento e executá-lo, de modo que o Valeyard pudesse viver sabendo que estaria livre das influências do Doutor. Parecia que ele havia sido destruído dentro da Matrix, o repositório de todo o conhecimento dos Senhores do Tempo, mas ele fugiu – entretanto, nunca mais foi visto desde então.
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O UNIVERSO DE DOCTOR WHO episódio A Garota na Lareira. As habilidades mentais dos Senhores do Tempo se estendiam também ao ramo da hipnose. O Quarto Doutor uma vez hipnotizou Sarah Jane Smith, de modo que todas as suas funções motoras, inclusive a respiração, foram brevemente interrompidas, mas o rei da hipnose era o Mestre, capaz de hipnotizar quase todos para realizar suas ordens diabólicas. Com um tempo de vida que era contado em séculos, não é nenhuma surpresa que alguns senhores do tempo ficassem, no mínimo, insatisfeitos com uma vida de mera observância. Alguns deles só queriam estar envolvidos no Universo, seja para ajudar
OS SENHORES DO TEMPO o oprimido, ou apenas para ficar longe da sufocante vida de um Senhor do Tempo. Também havia aqueles que ficaram com fome de poder e acreditavam que estavam destinados a subjugar os outros. Com uma tecnologia superior e um descaso para as regras do tempo, esses Senhores do Tempo encontram-se entre os seres mais perigosos que já existiram. O destino desta grande raça está envolta em mistério. Uma guerra cataclísmica contra os Daleks, a última Grande Guerra do Tempo, trouxe a destruição de sua raça e de sua terra natal. Mas os Senhores do Tempo eram completamente imprevisíveis, e quem pode dizer que nunca vão se erguer novamente?
MORBIUS
Esse ex-líder do Alto Conselho dos Senhores do Tempo tentou usar o poder de Gallifrey para conquistas, mas acabou sendo exilado. Seu exército de mercenários causou caos, levando os Senhores do Tempo a caçá-lo e capturá-lo no planeta Karn. Foi condenado à morte, mas pouco antes de ser executado, o leal cientista Solon resgatou o seu cérebro, que foi implantado em um corpo feito de partes de outros corpos, e a criatura miscelânea desafiou o Quarto Doutor para um concurso alucinante que o Doutor acabou por vencer no final. Com sua mente danificada além do reparo, Morbius caiu de um penhasco para a morte.
O MONGE INTROMETIDO
Parecia mais um brincalhão do que alguém malintencionado, esse personagem astuto e travesso tratava a viagem no tempo bem levianamente. Enquanto o Doutor acreditava que nenhuma linha da história deveria ser mudada, o Monge gostava de bagunçar, pensando que ele estava melhorando a história e as vidas das pessoas que conheceu. Ele discutiu o voo motorizado com Leonardo da Vinci, deu discos antigravidade aos celtas para a construção de Stonehenge e usou a viagem no tempo para cobrar uma fortuna de um banco! Depois que seus planos para alterar o resultado da Batalha de Hastings foram frustrados pelo Primeiro Doutor, o Monge tornou-se mais cruel, e até trabalhou lado a lado com os Daleks contra o Doutor!
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A RANI
BORUSA
Um dos professores do Doutor na Academia, Borusa era um político astuto que subiu na hierarquia até conseguir governar Gallifrey. Ao longo do caminho, ele ajudou o Quarto Doutor a frustrar duas ameaças à Sociedade dos Senhores do Tempo, primeiro a do Mestre e, em seguida, a dos Sontarianos. Aos poucos, tornou-se um personagem mais malandro. Mais tarde, em sua pesquisa sobre Rassilon, o fundador da Sociedade dos Senhores do Tempo, Borusa descobriu o segredo para a imortalidade – e isso o levou à insanidade. Ele usou um Time Scoop (ferramenta capaz de mandar objetos e pessoas a qualquer lugar do espaço-tempo) para tirar as primeiras cinco encarnações do Doutor de seus períodos temporais, e os forçou a batalhar na zona da morte para descobrir a tumba lendária de Rassilon. Quando os Doutores conseguiram, Borusa apareceu no último minuto para roubar a imortalidade para si mesmo. O segredo era uma armadilha, para capturar aqueles que queriam viver para sempre. Borusa tinha sido enganado e condenado a um destino terrível: foi transformado e se tornou parte da própria tumba! O cérebro de Morbius foi fixado a um corpo monstruoso (à esquerda) por seu leal seguidor, Solon (à direita).
Amoral, inescrupulosa e cruel... esses são seus pontos positivos. A Rani era uma Senhora do Tempo que frequentou a Academia junto com o Doutor, eles até tinham a mesma idade. Após uma experiência que acabou criando um camundongo gigante que comeu o gato do presidente, a Rani foi enviada para o exílio e, em pouco tempo, tomou o controle do planeta Miasimia Goria. Esse domínio chegou ao fim quando o Sexto Doutor sabotou a TARDIS dela e a aprisionou com o Mestre. Mais tarde, ela capturou onze gênios, incluindo o recém-regenerado Sétimo Doutor, para canalizar as suas mentes em uma tentativa de criar um cérebro artificial que se tornaria um manipulador do tempo. Esse dispositivo teria permitido a ela mudar as linhas temporais em uma escala universal. Por sorte, o Doutor destruiu o cérebro, acabou com seus planos e mandou os gênios de volta para seus tempos e lugares adequados.
O VALEYARD
Possivelmente o mais estranho Senhor do Tempo de todos. Como ele surgiu é um mistério, mas foi em algum momento entre a Décima Segunda e a Décima Terceira regeneração do Doutor que este personagem veio à existência. Ele é a destilação de cada pensamento sombrio que o doutor já teve e era uma cópia obscura do Doutor. Viajando de volta na linha do tempo do Doutor, o
RASSILON Considerado o primeiro e o mais poderoso de todos os Senhores do Tempo, Rassilon é tido como o fundador da Sociedade dos Senhores do Tempo, mas sua origem está cercada de lendas e mistérios. Considerado por muitos um herói, porém, algumas pessoas ainda o viam como um megalomaníaco sedento de poder. Seu nome está ligado a uma série de peças importantes da tecnologia de Gallifrey, dentre elas a Barreira de Transdução que defendeu o seu mundo de uma invasão. Parece que, assim como o Mestre, ele foi ressuscitado para a Guerra do Tempo, embora possa ter sido apenas outro presidente dos Senhores do Tempo que tenha tomado seu nome. Este Rassilon governou, com um punho de ferro, e decidiu que iria destruir o Vórtex Temporal. Ele também queria que os Senhores do Tempo se tornassem criaturas mais conscientes à custa do resto da realidade. O Doutor o impediu, destruindo os Senhores do Tempo e os Daleks simultaneamente, e acabando com a Guerra do Tempo. Embora, como os Daleks sobreviveram à guerra, não poderiam os Senhores do Tempo terem feito o mesmo?
Valeyard trabalhou com o Alto Conselho para colocar o Sexto Doutor em julgamento e executá-lo, de modo que o Valeyard pudesse viver sabendo que estaria livre das influências do Doutor. Parecia que ele havia sido destruído dentro da Matrix, o repositório de todo o conhecimento dos Senhores do Tempo, mas ele fugiu – entretanto, nunca mais foi visto desde então.
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MITOS E MISTÉRIOS
OS RESPONSÁVEIS
A GRANDE PERGUNTA A Ascensão dos Cybermen e A Idade do Aço também trouxeram algumas perguntas complicadas à tona...
POR QUE JOHN LUMIC NÃO PISCA? Muito estranho, não é? Mas não é a primeira vez que alguém que trabalha com Cybermen teve problemas com o que é normalmente uma ação de reflexo para os seres humanos. Tobias Vaughn ajudou a orquestrar uma cyber-força de ataque na história do Segundo Doutor, A Invasão (The Invasion, de 1968). Lá, ele tinha sido melhorado com cybertecnologia. Talvez Lumic também já possuísse algumas partes de um Cyberman?
POR QUE JOHN LUMIC ESTÁ TÃO RELUTANTE EM SE TORNAR UM CYBERMAN? Lumic sabe que, no instante em que ele for convertido, perderá sua humanidade. Mesmo com toda a sua conversa de avanço da raça humana para tornar-se imortal, Lumic sabe qual seria o preço real a ser pago. O novo criador dos Cybermen só se sentiu realmente preparado para dar esse aterrorizante passo quando viu que era a única alternativa à extinção – que só veio graças aos Cybermen! POR QUE RUSSELL T DAVIES RECRIOU OS CYBERMEN? Os Cybermen do “nosso” universo não eram vistos desde 1988 e ele pensou que tentar explicar a história da origem deles para novos telespectadores seria muito maçante e complicado. Ele teve a ideia de viajar para uma Terra paralela, e queria usar Pete Tyler de novo, então combinou essas duas coisas: uma nova Terra com novos Cybermen. POR QUE OS CYBERMEN SÃO TÃO LENTOS? Os Cybermen não precisam ter pressa. Eles são o futuro e você é o passado. O futuro vai sempre te alcançar no final, e não há nada que você possa fazer em relação a isso. Você será encontrado. Você vai se tornar um deles. Eles não precisam de muita velocidade porque você nunca será capaz de escapar deles por muito tempo. De um ponto de vista dramático, no entanto, uma ameaça avançando lentamente constrói mais tensão. Criaturas lentas são além de tudo uma tradição que relembra os primeiros filmes de monstros. POR QUE NÃO EXISTIA OUTRO DOUTOR NESSE UNIVERSO PARALELO? Essa pergunta é respondida em A Ascensão dos Cybermen. O Doutor explica que os Senhores do Tempo, antigamente, eram responsáveis pelos caminhos que levavam aos universos paralelos. Com a raça do doutor extinta, não há mais ninguém para proteger essas viagens interdimensionais. Isso mostra claramente que
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os Senhores do Tempo existem somente e unicamente em “nosso” universo. Portanto, não existindo outros Senhores do Tempo, é impossível que exista outro Doutor. EXISTE OUTRO JOHN LUMIC NO NOSSO UNIVERSO? Quem sabe? Poderia, sim, existir outro propenso criador de Cybermen, à espreita no nosso mundo, pronto para destruir o futuro da humanidade. Ou seus pais poderiam simplesmente ter decidido que eles preferiam um cão em vez de um filho, assim como o casal Jackie e Pete Tyler fez com Rose!
PARA ONDE FORAM OS CYBERMEN DO NOSSO UNIVERSO? Quem pode saber? Talvez eles estejam à espreita em alguma parte distante da galáxia, perguntando-se exatamente quem são esses intrusos de outro universo mexendo em suas coisas? Russell T Davies disse na época que pensava que os Cybermen do “nosso” universo ainda estavam em maior número...
POR QUE O CYBER-CONTROLADOR PRECISA DE UMA CYBER-POLTRONA? Os Cybermen estão interessados em status. Lembra-se do trono do Cyber-Rei no episódio O Próximo Doutor (The Next Doctor)? O trono do Controlador (que não é uma poltrona) é provavelmente um potente computador conectado aos movimentos de todos os Cybermen.
POR QUE O DOUTOR DEIXA SEUS COMPANHEIROS SOZINHOS? Isso não é justo e A Ascensão dos Cybermen é um bom exemplo de por que não. O Doutor é um homem só e apenas pode seguir Mickey ou Rose enquanto eles querem explorar uma Terra paralela. Ele os adverte que o mundo paralelo é como uma casa feita de doces – ela é tentadora, mas não é boa para você. Talvez a TARDIS seja a culpada, por levar o Doutor aonde ele se faz mais necessário...
O HOMEM QUE... VIA AS COISAS DE UMA OUTRA MANEIRA
DOUGLAS ADAMS
Editor de Roteiros de Doctor Who em 1979
C
riador de O Guia do Mochileiro das Galáxias, Adams tinha uma forma única de ver o mundo que acrescentou uma nova dimensão para Doctor Who. Editor de roteiros em 1979 durante a temporada de Tom Baker, ele demonstrou uma paixão pelo absurdo que é muito presente na série até hoje. Adams apresentou possíveis enredos em 1976, mas só foi contratado em 1978, quando o editor de roteiros Antony Read ouviu o piloto de O Guia do Mochileiro das Galáxias. Devidamente impressionado, ele encomendou Adams para escrever O Planeta dos Piratas (The Pirate Planet). Depois do sucesso de O Guia do Mochileiro das Galáxias, Adams era o nome da vez. Ao assumir o cargo de editor de roteiros de Doctor Who, ele reescreveu a história Cidade da Morte (City of Death). Apresentando uma aparição-surpresa do convidado John Cleese, e esta tornou-se a aventura de Doctor Who mais vista de todos os tempos - assistida por mais de 16 milhões de pessoas - ainda que isso tenha sido em parte graças à greve do canal concorrente ITV que estava acontecendo naquele mesmo momento. Existe um humor peculiar nas histórias que Adams editava, que as destacava mesmo em um momento em que as restrições orçamentárias feitas pela BBC faziam com que seus shows de sci-fi
Romana, K-9 e Chris Parsons descobrem que o Professor Chronotis está morto em Shada, a aventura de Adams que nunca foi concluída.
Apesar de sua carreira como editor de roteiros ter sido curta, a influência de Adams em Doctor Who pode ser notada na série até os dias de hoje.
“Eu amo prazos. Eu adoro o barulho de vento que eles fazem quando passam voando por mim!”
parecessem empobrecidos se comparados com a nova onda de ficção científica dos cinemas. Mas Adams sabia que o ponto forte da série estava em seus diálogos e frases adequadas ao estilo de atuação de Tom Baker. Possivelmente, o maior exemplo de sua contribuição foi perdido quando as greves na BBC causaram o arquivamento de sua épica aventura intitulada Shada, com a produção concluída apenas parcialmente. Somente no ano de 2012, quando Gareth Roberts escreveu o livro dessa aventura, os fãs puderam apreciar plenamente a sagacidade, a inteligência e o enorme escopo desse conto do vilão Skagra querendo assumir todas as mentes no Universo. Doctor Who tem sido muitas coisas em suas cinco décadas de história. Adams provou que poderia ser muito mais do que apenas uma série de aventura e ficção científica, que poderia também ser um brilhante entretenimento bem-humorado em seu ápice.
Adams nunca sofreu por falta de ideias, incluindo esta de um pirata ciborgue que materializou um planeta em torno de outros mundos para drenar seus minerais.
Lalla Ward e Tom Baker posam em Paris para a aventura Cidade da Morte.
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MITOS E MISTÉRIOS
OS RESPONSÁVEIS
A GRANDE PERGUNTA A Ascensão dos Cybermen e A Idade do Aço também trouxeram algumas perguntas complicadas à tona...
POR QUE JOHN LUMIC NÃO PISCA? Muito estranho, não é? Mas não é a primeira vez que alguém que trabalha com Cybermen teve problemas com o que é normalmente uma ação de reflexo para os seres humanos. Tobias Vaughn ajudou a orquestrar uma cyber-força de ataque na história do Segundo Doutor, A Invasão (The Invasion, de 1968). Lá, ele tinha sido melhorado com cybertecnologia. Talvez Lumic também já possuísse algumas partes de um Cyberman?
POR QUE JOHN LUMIC ESTÁ TÃO RELUTANTE EM SE TORNAR UM CYBERMAN? Lumic sabe que, no instante em que ele for convertido, perderá sua humanidade. Mesmo com toda a sua conversa de avanço da raça humana para tornar-se imortal, Lumic sabe qual seria o preço real a ser pago. O novo criador dos Cybermen só se sentiu realmente preparado para dar esse aterrorizante passo quando viu que era a única alternativa à extinção – que só veio graças aos Cybermen! POR QUE RUSSELL T DAVIES RECRIOU OS CYBERMEN? Os Cybermen do “nosso” universo não eram vistos desde 1988 e ele pensou que tentar explicar a história da origem deles para novos telespectadores seria muito maçante e complicado. Ele teve a ideia de viajar para uma Terra paralela, e queria usar Pete Tyler de novo, então combinou essas duas coisas: uma nova Terra com novos Cybermen. POR QUE OS CYBERMEN SÃO TÃO LENTOS? Os Cybermen não precisam ter pressa. Eles são o futuro e você é o passado. O futuro vai sempre te alcançar no final, e não há nada que você possa fazer em relação a isso. Você será encontrado. Você vai se tornar um deles. Eles não precisam de muita velocidade porque você nunca será capaz de escapar deles por muito tempo. De um ponto de vista dramático, no entanto, uma ameaça avançando lentamente constrói mais tensão. Criaturas lentas são além de tudo uma tradição que relembra os primeiros filmes de monstros. POR QUE NÃO EXISTIA OUTRO DOUTOR NESSE UNIVERSO PARALELO? Essa pergunta é respondida em A Ascensão dos Cybermen. O Doutor explica que os Senhores do Tempo, antigamente, eram responsáveis pelos caminhos que levavam aos universos paralelos. Com a raça do doutor extinta, não há mais ninguém para proteger essas viagens interdimensionais. Isso mostra claramente que
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os Senhores do Tempo existem somente e unicamente em “nosso” universo. Portanto, não existindo outros Senhores do Tempo, é impossível que exista outro Doutor. EXISTE OUTRO JOHN LUMIC NO NOSSO UNIVERSO? Quem sabe? Poderia, sim, existir outro propenso criador de Cybermen, à espreita no nosso mundo, pronto para destruir o futuro da humanidade. Ou seus pais poderiam simplesmente ter decidido que eles preferiam um cão em vez de um filho, assim como o casal Jackie e Pete Tyler fez com Rose!
PARA ONDE FORAM OS CYBERMEN DO NOSSO UNIVERSO? Quem pode saber? Talvez eles estejam à espreita em alguma parte distante da galáxia, perguntando-se exatamente quem são esses intrusos de outro universo mexendo em suas coisas? Russell T Davies disse na época que pensava que os Cybermen do “nosso” universo ainda estavam em maior número...
POR QUE O CYBER-CONTROLADOR PRECISA DE UMA CYBER-POLTRONA? Os Cybermen estão interessados em status. Lembra-se do trono do Cyber-Rei no episódio O Próximo Doutor (The Next Doctor)? O trono do Controlador (que não é uma poltrona) é provavelmente um potente computador conectado aos movimentos de todos os Cybermen.
POR QUE O DOUTOR DEIXA SEUS COMPANHEIROS SOZINHOS? Isso não é justo e A Ascensão dos Cybermen é um bom exemplo de por que não. O Doutor é um homem só e apenas pode seguir Mickey ou Rose enquanto eles querem explorar uma Terra paralela. Ele os adverte que o mundo paralelo é como uma casa feita de doces – ela é tentadora, mas não é boa para você. Talvez a TARDIS seja a culpada, por levar o Doutor aonde ele se faz mais necessário...
O HOMEM QUE... VIA AS COISAS DE UMA OUTRA MANEIRA
DOUGLAS ADAMS
Editor de Roteiros de Doctor Who em 1979
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riador de O Guia do Mochileiro das Galáxias, Adams tinha uma forma única de ver o mundo que acrescentou uma nova dimensão para Doctor Who. Editor de roteiros em 1979 durante a temporada de Tom Baker, ele demonstrou uma paixão pelo absurdo que é muito presente na série até hoje. Adams apresentou possíveis enredos em 1976, mas só foi contratado em 1978, quando o editor de roteiros Antony Read ouviu o piloto de O Guia do Mochileiro das Galáxias. Devidamente impressionado, ele encomendou Adams para escrever O Planeta dos Piratas (The Pirate Planet). Depois do sucesso de O Guia do Mochileiro das Galáxias, Adams era o nome da vez. Ao assumir o cargo de editor de roteiros de Doctor Who, ele reescreveu a história Cidade da Morte (City of Death). Apresentando uma aparição-surpresa do convidado John Cleese, e esta tornou-se a aventura de Doctor Who mais vista de todos os tempos - assistida por mais de 16 milhões de pessoas - ainda que isso tenha sido em parte graças à greve do canal concorrente ITV que estava acontecendo naquele mesmo momento. Existe um humor peculiar nas histórias que Adams editava, que as destacava mesmo em um momento em que as restrições orçamentárias feitas pela BBC faziam com que seus shows de sci-fi
Romana, K-9 e Chris Parsons descobrem que o Professor Chronotis está morto em Shada, a aventura de Adams que nunca foi concluída.
Apesar de sua carreira como editor de roteiros ter sido curta, a influência de Adams em Doctor Who pode ser notada na série até os dias de hoje.
“Eu amo prazos. Eu adoro o barulho de vento que eles fazem quando passam voando por mim!”
parecessem empobrecidos se comparados com a nova onda de ficção científica dos cinemas. Mas Adams sabia que o ponto forte da série estava em seus diálogos e frases adequadas ao estilo de atuação de Tom Baker. Possivelmente, o maior exemplo de sua contribuição foi perdido quando as greves na BBC causaram o arquivamento de sua épica aventura intitulada Shada, com a produção concluída apenas parcialmente. Somente no ano de 2012, quando Gareth Roberts escreveu o livro dessa aventura, os fãs puderam apreciar plenamente a sagacidade, a inteligência e o enorme escopo desse conto do vilão Skagra querendo assumir todas as mentes no Universo. Doctor Who tem sido muitas coisas em suas cinco décadas de história. Adams provou que poderia ser muito mais do que apenas uma série de aventura e ficção científica, que poderia também ser um brilhante entretenimento bem-humorado em seu ápice.
Adams nunca sofreu por falta de ideias, incluindo esta de um pirata ciborgue que materializou um planeta em torno de outros mundos para drenar seus minerais.
Lalla Ward e Tom Baker posam em Paris para a aventura Cidade da Morte.
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4 EDIÇÃO
Os Assassinos Solitários Origem Sepulcral Encontros Históricos Doctor Who em 1965
SUA PRÓXIMA MINIATURA
ANJOS CHORÕES TAMANHO EXATO ESCALA: 1:21 ALTURA: 78 mm
“CARNE E PEDRA” WWW.EAGLEMOSS.COM.BR/DRWHO