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SIGNA DIONYSIACA [4906]
from LYRA SUJA
“Poeta não se inspira! Elle transspira!” A phrase não é nova: ja foi dicta de muitos modos. Numeros, os cita quem falla em porcentagens para a lyra. Noventa, ou mais, por cento: ha quem confira assim o grau de exforço. Em dez limita o grau de “inspiração”. Portanto, evita suppor que baixe um demo em quem delira. Eu fico dividido na questão, que deve ser polemica divina. Me sinto um apollineo porque opina meu lado racional, mas não sou tão. Nem sempre o raciocinio predomina, porem: quando o commando é do tesão, à sanha subordina-se a razão e a signa subordina a disciplina.
ODE AO AEDO [8154]
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Alguem pode ignorar si foi amado. Bastante é que um amante ame em segredo. Nem sempre satisfiz minha libido si alguem me está fodendo ou si alguem fodo. Amor pode ser cego, surdo ou mudo.
Nem sempre é o melhor verso o mais agudo. Mais alto é um canto grave, mas nem todo.
Às vezes mais aggrido sem ruido. Mudez coragem pode ser, ou medo. Um grito não ouvido é mudo brado.
Surdez é como ouvir somente um lado. Cegueira é si erro vejo mas não cedo. Não li si só decoro o que foi lido. Mais rico, mais se affunda alguem no lodo si lucro só procura sempre em tudo.
Utopico sou quando ja me illudo achando que alguem pode, sem engodo, entrar para a politica, partido fundar e se eleger. Enganno ledo! Pragmatico sou della si me evado!
Perguntam-me si quero ser lembrado mais como um menestrel ou um aedo, um bardo, um trovador, mas não duvido que o verso, seja ao lyrico ou rhapsodo, só vale como espada, não escudo.
Humor, parodia, satyra, desnudo principio teem: eu mesmo ponho appodo, num cego que perdeu, de alguem “fodido”.
Assim posso apponctar a Deus o dedo e ao mundo que creou, o desgraçado!