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MANIFESTO SARRISTA [7972]
from LYRA SUJA
{Permitta-me dizer: você provoca na gente, caro Glauco, uma tremenda vontade de gozar, de tirar sarro! Um cego tão escroto nunca vi!
Cegueira, por si mesma, bom motivo de riso causa àquelle que vê bem, mas quando um cego o comico papel faz, como no seu caso, gargalhadas de gozo nem consigo reprimir!
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Pudera! Reprimir p’ra que? Bem faço!}
-- Sim, claro. Mas melhor faz si a piroca tirar você p’ra fora, não se offenda, e boa punhetinha batter. Narro ja muita scena assim, sobre quem ri da minha condição. Ja que me privo de tudo que você desfructa, sem problema aguento quando sou, ao bel prazer do seu humor, thema às piadas. Não perca, pois, a chance, que engolir consigo um pau, emquanto sou palhaço...
MANIFESTO SEXORALISTA [7973]
{Sei por experiencia propria, cego: um pau os travestis chupam melhor que muita mulher! Numa festa ja flertei com um bonito -- ou mais bonita que muitas putas, Glauco! Sussurrei em seu ouvido: “E então? Quer me chupar com essa bocca linda que me excita?”
Nós fomos ao banheiro. Ahi tirei p’ra fora a rolla. Aquella gatta fez na vida a chupetinha mais gostosa que tive! Percebi, cego: uma puta não chupa assim tão bem, tão delicada nos labios e na lingua! Se empenhava bastante na cabeça, até que, emfim, na hora de gozar, me punhetou de leve com a bocca. Ah! Que deleite! A porra foi todinha para dentro daquella gargantinha! Arrancou minhas golfadas sem perder nenhuma gotta! Assim é que se faz! Não como as putas, que não se especializam em tirar a porra dum caralho numa bronha buccal tão bem battida, cego! Ou não? Você não sente inveja dum traveco?
Queria no logar della ficar?
Que gloria para um cego chupador, não acha? Performar com sua bocca aquillo que faria com a mão alguem que se punheta, não é facto?}
-- Razão, caro Diego, não lhe nego, pois desses argumentos sei de cor. Esposas, namoradas, não está ninguem de fora nessa. A favorita chupeta, quem faz mesmo, alem do gay, é a mais transsexual, essa exemplar mulher que ja foi homem. Quem imita, usando a propria bocca, como usei, aquillo que sentiu alguma vez no pau, quando chupado, melhor dosa os toques labiaes, linguaes -- labuta que puta alguma nunca fará, nada egual, jamais, ainda que de escrava se faça. Nada novo, para mim. Ao cego, ja faz parte de seu show mostrar-se efficiente. Que approveite quem delle se servir! Eu me concentro e faço meu melhor, não nestas linhas, appenas, mas tambem na mais escrota das practicas buccaes, sob ordens brutas, bebendo mijo, ouvindo o mais vulgar e chulo commentario, sem vergonha nenhuma, adjoelhado pelo chão. Inveja sinto, claro, mas eu secco, tal como o travesti, meu paladar curtindo, o doce semen de sabor salgado, amargo, ou acre. Jamais oca a bocca dum ceguinho fica, tão fatal a vocação que tem ao acto.
MANIFESTO METEORISTA [7975]
{Você concorda, Glau, que ninguem vê a merda como coisa comestivel? Então! Si ninguem topa aquillo entrando na bocca, como acceitam sentir cheiro daquillo no nariz entrando, Glau? Ninguem acceita, não, Glau! Cê percebe por que que peido offende tanto, Glau? Ahi que eu entro! Gosto de peidar nas horas, nos logares mais lotados de gente, Glau! Adoro ver que vão meus gazes engolir, sentir o gosto do cheiro! Sim, no fundo, o peido offende por causa disso, Glau! No fundo, comem cocô virtualmente, Glau! Entende o gozo que me dá peidar assim, anonymo, civil, socialmente?}
-- Concordo plenamente com você. A coisa justamente nesse nivel eu vejo. Um thema desses, nada brando, meresce ser tractado com inteiro enfoque intelligente, em alto grau de senso philosophico. P’ra plebe, assumpto desse typo nem é mau, pois acham engraçado que, no bar de exquina, na calçada, alguem, aos brados, reclame do fedor da digestão mal feita, da batata doce, rosto franzido, do pheijão que sempre rende mais gazes, do repolho, quando um homem assume que comeu... Claro, ninguem, de bom grado, cheirará coisa ruim. Por isso dão risada de quem sente...
MANIFESTO SEXISTA [7977]
{Ahi, gostosa! Quero lhe comer a chota! Arrombar tudo o que você não abre, sua vacca! Cê não nota, peituda, bocetuda, nadeguda, que eu morro de tesão? Você devia suppor, adivinhar! Devia até pedir para chupar o meu caralho, cadella, vagabunda! Ah! Volte aqui! Não fuja, pistoleira do cacete! Ahi, Glauco! Não fallo que essa nova facção da mulherada nem escuta mais quando grito ou chamo de gostosa alguma pela rua? Ah, Glauco! Falla bem franco: cê não acha a maior pena?}
-- Achar, eu acharia, a bem dizer, si fosse do Roy Orbison o que você põe para fora, mas remota seria qualquer chance de, desnuda, a moça a você vir, nessa macia linguagem, chupar rolla, lamber pé, em summa, tudo aquillo a que eu bem calho, modestia à parte, claro. Você ri, mas sabe que um ceguinho do macete entende, pois ja teve disso prova. Emfim, quando mais nada com a puta do bairro cê consegue, bem que goza de forma alternativa, bem que a galla exguicha, à bocca grande, e não pequena...