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DISSONNETTO DO DECORO PARLAMENTAR [0795]

“O illustre senador é um semvergonha!”

{O que?! Vossa Excellencia é que é saphado!}

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E os dois parlamentares, no Senado, disputam palavrão que descomponha.

Um grita que o collega usa maconha. Responde este que aquelle outro é veado. Até que alguem apparte, em alto brado anima-se a sessão que era enfadonha. Inutil tentativa, a da bancada, de a tempo separar o par briguento: aos tapas, se engalfinham por um nada. Torcendo outros estão pelo momento fatal da verdadeira punhalada.

Imagem sem pudor do Parlamento, são ambos mais sinceros que quem brada:

-- Da pecha de larappio me innocento!

HILARIO PLENARIO [5953]

Tem methodo o jargão parlamentar. Debatte de alto nivel bem transcorre na Camara, mas, caso alguem desforre, bem pouca coisa pode se salvar.

Alguem pede palavra para dar palpite sobre thema que ja morre por falta de quem grana nisso torre, mas, mesmo assim, papel faz exemplar.

-- O nobre deputado se equivoca!

{Jamais! Vossa Excellencia não sabia?}

-- Sei muito bem! Não vivo de fofoca!

{Mas vive de mammata e mordomia!}

-- Não falle assim commigo, seu boboca!

{Ah, foda-se, Excellencia! Chupa! Enfia!}

-- Commigo ninguem nesse assumpto toca!

{Si toco! Não tolero baixaria!}

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