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DISSONNETTO ASSEMELHADO [0997]
Si tudo se paresce e nada muda, inutil a utopia! Que pretende o louco que verseja e não se rende à força que a razão confunda e illuda? Não é porque o poder lhe diz “Caluda!” que o verbo um bardo ao Demo doa ou vende! Poeta não é mago nem duende, mas tem um “que” de bruxo que lhe accuda! O que mais se approxima dum poeta do typo fescennino é só um menino, que tem indole candida e irrequieta, character de innocente e de ladino. Assim a minha lyra se interpreta: Comparo-me ao moleque; meu destino é ser meio exquescido, e é minha meta que poucos pensem como eu imagino.
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