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DISSONNETTO DO PESADELLO BIBLICO [1435]

Às margens do Mar Morto está Sodoma. Gomorrha fica perto. De má fama são ambas: quem não quer que alguem lhe coma o cu, la seus poemas não declama. Um bardo que conhesço e, de glaucoma ja cego, tem visões, cahiu da cama sonhando que la chega e logo toma no rabo, chupa rolla e nem reclama. Poemas recitou, só sobre thema sacana, que fetiches não sublima. Se expoz, accreditando que alguem tema um bardo bom de metro e bom de rhyma. Inutil! Suas glosas, de uma em uma, vaiaram! Não havia, mesmo, um clima... Agora, si lhe peço que resuma a historia, diz: “Gozei, ‘inda por cyma!”

DISSONNETTO DO GRITO NO GOGÓ [1444]

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“Vão ter que me engolir!”, fallou Zagallo, e a phrase virou symbolo de alguem que, embora controverso, si ignoral-o a critica é que é digna de desdem. Assim se dá commigo: piso o callo de muito mau poeta que só tem prestigio si a editora divulgal-o e a claque, ao premiar, disser amen. Modestia sempre tive, e “simancol” tomei, me resguardando desse agito. Luctei para não ver-me nesse rol de estrellas que só brilham pelo grito. Mas, vendo que os gabolas só teem gloria, posando aos holophotes que eu evito, e minha poesia ha quem ignore-a, “Engulam-me e vomitem!”, lhes repito.

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