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DISSONNETTO DO LABYRINTHO LABORIOSO [1508]

Das lettras não se lembra o proprio Chico, de tantas que compoz! Por que vou eu lembrar-me dos sonnettos, eu, que fico perdido entre um pé jambico e um trocheu? Depois de ter milhares, nem applico demais minha memoria! Ja me deu surpresa descobrir algum que rico achei e, feliz, vejo que elle é meu!

“Incrivel! Compuz este? É bom, no duro!” Complexo, um universo thematiza tamanha variedade que, indecisa, a mente não situa o que procuro. Bem sei que esta questão não inauguro. Fallei ja num sonnetto deste assumpto. Mas onde? É o que, perplexo, me pergunto.

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Retorno ao labyrintho, então, no escuro.

DISSONNETTO DO SONHO MEDONHO [1516]

Fallando em pesadello, um recorrente que tenho é que estou nu, longe de casa e em mim vae reparando toda a gente, emquanto meu espirito se arrasa. Depois de muito andar, eu finalmente encontro, exhausto, um poncto. Mas se attraza meu omnibus, e fico, de repente, em meio à multidão, o rosto em braza. O tempo, porra, nunca que transcorre! Procuro demonstrar que é natural estar nuzinho em pello, alli... Mas qual! Me encaram como quem cague e se borre. Não ha panno qualquer com que me forre! Mais tarde, estou num carro, dirigindo, ainda pelladão, mas nunca é findo o rapido trajecto, e o carro morre.

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