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ODE AUTOPROCLAMADA (1/9) [8164]

(1)

Ser autoproclamado presidente qualquer um pode! Aquillo que eu proclamo tão facil não consegue ser a gente!

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(2)

Exemplo: quando quero ser um amo escravo nenhum tenho e chupo o dedo. Si escravo sou, me frustro e em nada mammo.

(3)

Si excolho um nobre titulo e concedo a mim mesmo a medalha de Marquez, dirão que outro “Divino” o foi, mais cedo.

(4)

Si, desde que honraria ninguem fez ao cego sonnettista, eu mesmo a faço, dirão que esperar devo a minha vez.

(5)

Si canone, no metro ou no compasso da lyra, reivindico, um despeitado qualquer no pantheão me barra o passo.

(6)

Si vaga a Academia tem barrado aos cegos e pretendo uma cadeira, me poda da eleição o resultado.

(7)

Recorde sonnettista, caso eu queira no Guinness conseguir, dizer ja vão que a vez não poderá ser brazileira.

(8)

Si quero me julgar rei do calão, dizer que, em palavrão, outro ja fode melhor a poesia, logo irão.

(9)

Emfim, si nada disso um cego pode, restar me vae somente que eu sustente que pode este poema aqui ser ode!

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