EDCARLOS BISPO DE SANTANA Rua Arataiaçu, nº 273 São Paulo - CEP: 02877-060 Tel: 2992-3329 / Cel: 97550-0606 E-mail: edbsant@gmail.com
Brasileiro Solteiro 24 anos Jornalista
Experiência Profissional___________________________________________________________
Jornal O SÃO PAULO Cargo: Repórter Período: 09/2013 a atual
Mitra Arquidiocesana de São Paulo Cargo: Manutenção de Web Site (Gestor de conteúdo) Período: 02/01/2012 à 11/08/2013 Câmara Municipal de São Paulo Cargo: Estagiário Comunicação Institucional Período: 01/02/2011 à 23/12/2011 Atividades desenvolvidas:
O jornal O São Paulo, é o semanário informativo da Arquidiocese de São Paulo, produzo matérias – entrevistas e reportagens, bem como gerenciamento das redes sociais twitter e facebook. Formação Acadêmica___________________________________________________________ Comunicação Social - Jornalismo UniSant’Anna - concluido Cursos Complementares___________________________________________________________
Comunicação escrita e revisão gramatical – Senac/2013 Técnicas Administrativas – (Administração, Secretariado, Contabilidade, Ética, Cidadania, Departamento Pessoal, Vendas e Telemarket). Instituição de Ensino: Bit Company Santana. Informática – (Windows, Word, Excel, Access, Power Point e Internet) Instituição de Ensino: Bit Company Santana. Atividades Filantrópicas___________________________________________________________
Desenvolvo trabalhos sociais na Comunidade Natividade do Senhor com jovens, buscando a formação social e religiosa e na Pastoral da Comunicação, desenvolvendo entre outras atividades o jornal paroquíal.
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Especial
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Especial Arquivo/ABr - 05.out.1988
Intensa participação da Igreja Em grupos de estudos, em manifestações públicas e com articulações junto aos deputados constituintes, os católicos participaram ativamente da elaboração da Constituição. Já em 1986, a CNBB publicou a declaração pastoral “Por uma Nova Ordem Constitucional”, que apresentava o núcleo central do que viria a ser a constituinte e apontava para aspectos que acabariam por ser incorporados à Carta Magna, como a livre manifestação da fé, igualdade de direitos, liberdades políticas, mecanismos de controle da sociedade sobre o Estado e garantias de direitos dos trabalhadores e índios. Em 1987, a Comissão Episcopal de Acompanhamento à
Constituinte, da CNBB, coordenada por dom Candido Padin, bispo de Bauru (SP), passou a se reunir periodicamente com os deputados constituintes para tomar ciência do andamento das votações e garantir que os anseios da sociedade fossem levados em conta na elaboração da Constituição. Em 5 de outubro de 1988, a presidência da CNBB, em carta assinada por dom Luciano Mendes de Almeida (presidente), dom Antonio Celso Queiros (secretário-geral) e dom Paulo Ponte (vice-presidente), enaltecia a Carta Magna promulgada, por assegurar “o respeito à dignidade da pessoa humana e a primazia da sociedade sobre o Estado”.
A Carta Magna, por um deputado constituinte Deputado constituinte, um dos principais articuladores e defensores das bandeiras da CNBB durante a elaboração da Constituição Federal de 1988, Plínio de Arruda Sampaio recebeu a reportagem do O SÃO PAULO e contou detalhes dos bastidores da elaboração da Carta Magna do País. Um dos pontos que Plínio destacou foi o papel da Igreja na elaboração da Constituição, que, segundo ele, começou no esclarecimento do assunto. “Todas as paróquias, eu falei nem sei em quantas paróquias, todas faziam reuniões, igreja cheia, e iam pessoas explicar a constituinte a importância dela, não só eu, mas um monte de católico leigo falou nas comunidades”. Houve, na época, uma campanha encabeçada por Francisco Whitaker Ferreira (Chico Whitaker), que dizia “Constituinte sem povo não cria nada de novo”. A CNBB criou uma comissão, comandada por dom Luciano Mendes de Almeida, para assessorar na elaboração da Constituição. De acordo com Plínio, que foi membro da equipe, havia a participação, até mesmo de padres como observadores nas sessões da constituinte. Esse processo fomentado pela Igreja foi realizado no Brasil inteiro, o que, para o deputado constituinte, corroborou com a participação maciça do povo. “Todos os dias na constituinte, a média era de 30 mil pessoas, era um estádio de futebol cheio”, comentou Plínio, que, ainda,
Arquivo pessoal
Plínio de Arruda Sampaio
chama atenção para a participação das diversas classes, desde representantes indígenas, menores abandonados e até as classes mais poderosas da sociedade. Plínio comentou que, atualmente, sente certa preocupação quando houve falar de reformar a Constituição. Para ele, em 1988, o Brasil era embalado por um clima de participação popular muito forte, o que não acontece atualmente, se caso fosse feita uma reformulação da Constituição, poderia haver regressão de conquistas. Dentro das conquistas da Constituição, Plínio ressaltou a criação do Ministério Público, um órgão, que, de acordo com ele, tem o poder “para ser, não somente um acusador, mas ter um inquérito civil público, no qual se tornou um defensor dos direitos da minoria”.
No próximo sábado, 5, a Constituição da República Federativa do Brasil chega aos 25 anos. Promulgada nesta data, em 1988, foi fruto de um longo processo de elaboração e votação do seu texto, finalizado 20 anos após o início da ditadura no País. Assim, depois de um período marcado pela violação dos direitos humanos, a Carta Política de 1988 consagrou em especial os direitos individuais, dando atenção ao princípio da dignidade da pessoa humana (art. 1º, 3) e aos direitos relacionados diretamente a esse princípio, como a proibição da tortura (5º, 3) e a prática de racismo, crime inafiançável (5º, 42). Outros direitos são consagrados no texto, como o direito dos trabalhadores e a igualdade material (art. 5º, 32, 50, 74, art. 6º, 18, 25). Desse modo, a Constituição, com seus 250 artigos, assegura aos brasileiros a legitimidade de lutar por uma sociedade diferente daquela estabelecida até então. “Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte Constituição da República Federativa do Brasil”, afirma o texto da Constituição, em seu preâmbulo.
Garantia de direitos para a República
A Constituição introduziu uma série de inovações. No âmbito das eleições, assegurou o direito de voto aos analfabetos e aos menores entre 16 e 18 anos; bem como reduziu o mandato para cargos executivos de cinco para quatro anos. No mundo do trabalho, estabeleceu jornada semanal de até 44 horas, com 13º salário, seguro desemprego
Quem conhece o documento de 1988?
A Constituição, 25 anos depois e férias remuneradas com acréscimo de 1/3 do salário; e também equiparou os direitos dos trabalhadores domésticos aos demais, garantiu a liberdade sindical e o direito de greve. Entre outros aspectos, a Constituição também reconheceu os direitos dos povos indígenas e tradicionais, prescreveu atenção especial às crianças e adolescentes e determinou a universalização do atendimento de saúde, o que seria regulamentado em 1990, com a criação do Sistema Único de Saúde (SUS). “O SUS veio para ficar. O que temos que fazer é implantá-lo melhor do que é hoje, com a participação de todos. Quem é contrário ao SUS, que apre-
sente suas propostas para debater. Agora ficar somente apontando o que não presta e querer que as pessoas paguem pelo sistema de saúde, nós somos contra”, opinou, ao O SÃO PAULO, José Eri de Medeiros, do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde.
Reformular ou emendar?
Desde que foi promulgada, a Constituição já recebeu 74 emendas e, somente na Câmara, há mais de cem projetos de emendas à espera de análise. Além disso, muitas leis ainda não foram sancionadas. Diante disso, há os que defendem a realização de uma
nova assembleia constituinte ou de uma constituinte exclusiva, para assuntos como a reforma política. “Já existe na Constituição instrumentos de democracia direta, mas a sua regulamentação não permite uma utilização intensa. Nessa proposta de reforma política, a gente coloca elementos que só podem ser decididos por plebiscito ou referendo”, comentou o sociólogo Ivo Lesbaupin, participante da Coalizão Democrática pela Reforma Política e Eleições Limpas, apoiada pela CNBB. Para o filósofo Ivo Poletto, embora a Constituição reconheça os direitos básicos, o Estado não os garante plenamente, de modo que seria preciso refundar o Estado, elaboran-
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Duas gerações e uma história do uma Constituição com mais pluralidade. “As constituintes exclusivas no Brasil são vistas com muito medo pelas elites, porque sabem que se houver uma assembleia constituída com uma boa representação, vai sair outra Constituição. Essa que aí está é boa para as elites e para ir ‘enrolando a população’”. Na avaliação de dom Guilherme Werlang, presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, Justiça e Paz da CNBB, “a Constituição brasileira não é tão ruim”, afirmou. “O que é preciso é efetivamente fazer acontecer aquilo que já foi estabelecido na Constituição. Muitas leis ainda não estão em vigor, porque não foram regulamentadas pelo Congresso Nacional”, lamentou.
DANIEL GOMES, EDCARLOS BISPO DE SANTANA E NAYÁ FERNANDES
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O relato aconteceu na noite de 7 de setembro e foi presenciado pela reportagem. Um casal estava na fila de uma casa de dança em São Paulo e foi impedido de entrar porque não aceitaram o documento que comprovaria meiaentrada de um deles. Como se recusaram a pagar o valor integral, foram orientados a falar com o responsável, que se chamava Vagner [sobrenome não identificado], a quem questionaram o porquê do acontecido. Vagner assim respondeu: “Olha, está na Constituição que as casas de show não são obrigadas a oferecer meia-entrada. Vocês não conhecem a Constituição?” Dado que o casal disse: “Queremos ver, você não tem o documento aqui?”. “Não, não tenho. A obrigação de têla e conhecê-la é de vocês, clientes”. Esse fato revela que, embora esteja completando 25 anos, a Constituição ainda permanece desconhecida pela maioria da população, a ponto de ser confundida com um Código de Defesa do Consumidor. A reportagem consultou 15 pessoas, todas com mais de 25 anos, sobre o conhecimento acerca do conteúdo da Constituição. Seis disseram não conhecer ou se lembrar de nenhum artigo; as outras nove, citaram os artigos 1º, 5º e 6º, que tratam sobre a formação da República, a igualdade de direitos perante a lei e os direitos sociais.
Camila Ramos Barbosa é paulistana e tem 25 anos. Para ela, a Constituição “é o conjunto de leis que rege o País, ou seja, as normas fundamentais para o convívio em uma sociedade democrática”. Já Nailton Ramos Barbosa, seu pai, 48, tinha acabado de sair do Serviço Militar no Exército Brasileiro quando aconteceu a promulgação em 1988, e se recorda que, para ele, foi um momento de tensão e incertezas. “Lembro-me de que nessa época eu era jovem, recentemente casado e tinha uma filha para criar. Tudo era muito novo para mim, pois tinha acabado de sair do Exército, estava no meu
primeiro emprego e a onda de desemprego era grande. De repente, um momento de transição no País e a mudança de militarismo para civil, ou seja, mudança para um País com democracia. Naquele momento, confesso que foi tudo muito assustador”, contou. Nailton nasceu na Bahia e, como milhares de outros nordestinos, veio com a família para São Paulo em busca de uma vida melhor. “Hoje, percebo o quanto foi, e é importante a nossa Constituição e quanto é bom pertencer a uma sociedade democrática, desde que essa democracia aconteça, de fato.”
Jurista fala sobre possíveis reformas “Nenhum texto jurídico, em nenhuma parte do mundo, em nenhum período histórico equacionou todos os problemas. O que se procura é equacionar o maior número de problemas.” Ao fazer essa afirmação, o jurista Ives Gandra Martins comentou a Constituição de 1988. Para o jurista, ao escrever um texto como, por exemplo a Constituição, o que se procura é solucionar algumas questões, porém a “Constituição tem que dar os princípios que a legislação infraconstitucional, complementar ordinária, vai equacionar”, afirmou. Ao avaliar a Constituição de 1988, Gandra ressaltou que ela possui diversos pontos positivos. “O que essa Constituição tem de bom é aquilo que diz respeito à separação de poderes. Nós tivemos os três poderes valorizados na União. O Executivo, Legislativo e o Judiciário, independentes e autônomos. Temos o maior elenco de direitos fundamentais de todas as constituições que o Brasil já teve.” Porém, o jurista destaca que é uma Constituição “adiposa, inchada. Já teve quase 80 emendas”. De acordo com ele, é umas das constituições mais emendadas da história, mas isso deve-se à sua elaboração, pois ela começou a ser elaborada com 245 artigos e passou para 250, tinha 70 disposições transitórias e passou para 97. No que se refere a uma revisão da Carta Magna
Luciney Martins/O SÃO PAULO
Ives Gandra Martins
Brasileira, Gandra afirma, que na sua visão, seria necessária uma revisão da Constituição, principalmente, no tocante ao sistema tributário, nos direitos trabalhistas, previdenciários, administrativo e, por fim, no poder Judiciário. Para que essa revisão, no entanto, saia do papel, é preciso vontade política de mexer, por exemplo, na arrecadação tributária da União e dos Estados, o que, segundo ele, não seria fácil na atual conjuntura política do País. Sobre a reforma política, Gandra destacou que, por mais que seja utópico, a melhor forma de fazê-la seria pela convocação de uma constituinte exclusiva, porém, os eleitos para essa constituinte não poderiam usufruir dessa mudança por dois mandatos, justamente neste aspecto estaria o conflito, pois os políticos não iam abrir mão para que outro mudasse a estrutura.
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www.arquidiocesedesaopaulo.org.br 19 a 25 de novembro de 2013
Geral Reprodução CVA
EDCARLOS BISPO DE SANTANA
DA REDAÇÃO
No sábado, 7 de dezembro, serão ordenados três padres para a Arquidiocese de São Paulo. A celebração será presidida pelo cardeal dom Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano, e acontecerá às 15h, na Catedral da Sé. Os três futuros sacerdotes, João Paulo G. Rizek, 34, Eduardo Higashi, 43, e João Bechara Ventura, 29, conversaram com a reportagem do O SÃO PAULO e destacaram, entre outras coisas, o motivo pelo qual entraram no seminário e como foi esse tempo de preparação.
João Paulo G. Rizek Advogado, formado pela Universidade de São Paulo (USP), João Paulo G. Rizek, 34, conta que desde muito pequeno percebeu a importância da religião em sua vida. “Percebia que uma vida sem religião seria uma vida de tristeza e agonia. Ao mesmo tempo sentia que a Igreja necessita de homens e mulheres, de boa vontade, dedicados ao serviço do Evangelho.” Para ele, o sacerdócio é “um presente, um dom, uma dádiva que permite à criatura, em todas as suas limitações, servir a Deus em toda sua magnitude. O sacerdócio é algo imerecido. É difícil de explicar como o bom Deus usa-se de homens para ministrar sacramentos”. “Foram seis anos de preparação e mais dois de acompanhamento vocacional. Neste período, tive momentos de grande alegria, e de algumas tristezas, mas valeu a pena. Não posso dizer que estou preparado para ser padre. Tenho certeza de que posso morrer de velhice estudando e nunca estarei preparado. Ser padre é algo tão elevado que não decorre de qualquer virtude intelectual do candidato.” Para incentivar os jovens que pensam em ser padres, João dá um recado: “Proponho que não seja covarde. Não tenha dúvidas de seguir a Deus. Nada que a transitoriedade do mundo possa dar é equiparável à magnitude de servir a Deus e sua Igreja. Se hoje encontramos um mundo fragilizado, onde a violência se torna banal e onde a vida se torna sem sentido é porque vivemos uma crise de santos. O mundo necessita de padres, freiras, monges, missionários, consagrados que possam se dedicar dia e noite a evangelizar.”
Ordenação acontecerá no sábado, 7 de dezembro, na Catedral Metropolitana Nossa Senhora da Assunção
Futuros padres para servir a Deus, aos fiéis e a Igreja Eduardo Higashi “Nunca jamais, desanimeis, embora venham ventos contrários”, esse é o lema da ordenação presbiteral do diácono Eduardo Higashi. Ao ingressar no seminário, com 39 anos, Eduardo já era formado em teologia e levava consigo uma grande bagagem de trabalhos pastorais que realizou na Paróquia Nossa Senhora de Fátima, na Região Episcopal Ipiranga. “Durante a formação, não posso negar que algumas vezes pensei em desistir, pois, se conformar com a pessoa de Jesus, muitas vezes nos coloca em conflito sobre o que fazer, como fazer e por que fazer; situações
que consegui superar pela oração pessoal, a direção espiritual e as conversas pessoais com os padres reitores.” Sobre o período de formação, ressalta que “uma das certezas que a formação me ajudou a refletir e aceitar é que a vocação, o chamado ao sacerdócio, é de Deus, é do alto; é Deus quem nos chama e a Igreja nos ajuda a responder e enfrentar os desafios do chamado. Portanto, o sacerdócio é a resposta ao chamado de Deus, que humildemente procuro dar um testemunho verdadeiro desse chamado. Sempre procurando conformar o meu coração segundo o coração de Jesus”.
Higashi convidou os jovens que pensam em ser sacerdotes a fazerem uma reflexão sobre o chamado e “não terem medo de responder ‘sim’ a Deus, pois Ele não desampara aqueles que chama”. Para ele, “responder ao chamado de Deus requer plena liberdade; liberdade esta que permite ao candidato ser formado e, perceber que o sacerdócio não deve ser encarado como uma conquista pessoal, transformando o ministério em projeto pessoal, mas, a consciência de que o ministério não é nosso, é de Deus e que deve ser exercido na e com a Igreja; não há sacerdócio ordenado fora da Igreja”. Luciney Martins/O SÃO PAULO
João Bechara Ventura João Bechara Ventura será o diácono da Arquidiocese mais jovem que se ordenará presbítero este ano. Entrou para o seminário com 24 anos, após cursar direito. “Entrei no seminário porque quero ajudar as pessoas a conhecerem e amarem a Jesus Cristo. Porque acredito que ele é Deus e portanto todo o sentido da vida do homem e do mundo está nele. O que despertou minha vocação foi, em primeiro lugar, a convicção de que Deus me ama muito; em segundo, a constatação de que ele não é suficientemente amado e conhecido no mundo, e que, para que isto aconteça, os sacerdotes são absolutamente necessários.” Para ele, o sacerdócio representa “uma vocação: uma escolha, por um lado, de Deus, por outro, minha. É um caminho de fé e santidade que Deus escolheu para mim e que eu, por minha parte, escolhi por amor a Ele, a fim de que mais pessoas se salvem”. Sobre os anos de seminário, João Bechara contou que levará “em primeiro lugar, durante o seminário aprendi a amar mais e confiar em Nossa Senhora. Além disso, levo boas amizades, uma convicção ainda maior da minha própria vocação, e a alegria de ver como Deus chama e, ele mesmo, conduz e prepara tantas pessoas, mesmo em um mundo paganizado”. “A primeira, que Deus precisa de você para salvar muitas pessoas. A segunda, que a promessa de Jesus é muito clara: cem vezes mais felicidade (mesmo nas dificuldades) nesta vida e, depois, a vida eterna”, é a mensagem que deixa de incentivo aos meninos que pensam em ser sacerdotes.
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www.arquidiocesedesaopaulo.org.br 26 de novembro a 2 de dezembro de 2013
Geral
S.O.S Filipinas: Ajude as vítimas do Tufão Haiyan A Cáritas Brasileira lança uma campanha de arrecadação de recursos em solidariedade às pessoas afetadas pelo supertufão Haiyan, que devastou as Filipinas no dia 8 de novembro. Os recursos arrecadados pela campanha emergencial no Brasil serão destinados à Cáritas Filipinas. Outras informações no site: caritas.org.br e no telefone (61) 3521-0350
Em assembleia, Ujucasp cria Prêmio Santo Ivo Luciney Martins/O SÃO PAULO
Entidade entregará a outorga a juristas que “tenham atuação na defesa dos interesses e do direito à vida, desde sua concepção até a morte natural” EDCARLOS BISPO DE SANTANA
REPORTAGEM NA ZONA OESTE
Na segunda-feira, 25, a União dos Juristas Católicos de São Paulo (Ujucasp) realizou, no salão da Paróquia Nossa Senhora do Brasil, uma assembleia ordinária para tratar de assuntos pertinentes à entidade. No encontro, presidido pelo presidente da entidade, o jurista Ives Gandra Martins, foi apresentada a proposta da criação do Prêmio Santo Ivo. De acordo com a diretora-secretária, doutora Ana Paula de Albuquerque Grillo, pode-se dizer que o prêmio tem dois olhares, o “primeiro, uma homenagem a Santo Ivo, patrono da carreira jurídica. E o segundo, o de reconhecer, até externamente a Ujucasp,
Durante assembleia da Ujucasp foi estabelecido a criação do Prêmio Santo Ivo; outorga será entregue a jurista comprometido com a defesa da vida
pessoas que tenham atuação na defesa dos interesses e do direito à vida, desde sua concepção até a morte natural”. “É uma resposta da Ujucasp à sociedade, mostrando que ela tem uma atuação que extrapola seus muros, a defesa desses bens maiores, ela tem que ser uma defesa social, procuramos reconhecer isso na criação desse Prêmio”, afirmou a doutora Ana Paula. Na assembleia, foi apre-
sentado o livro “Inviolabilidade do direito à vida”, uma iniciativa da Ujucasp, que teve como coordenadores os juristas Ives Gandra Martins e Paulo de Barros Carvalho. O livro é composto por uma série de artigos de médicos e juristas versando sobre o direito à vida. Para o doutor Paulo de Barros, o livro passa a ter uma importância significativa, pois “vem a ser um ponto de referência para
discussões, reflexões, novas posturas, novas meditações sobre o tema, inviolabilidade do direito à vida, que é um tema fundamental”. O livro já foi entregue a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e a políticos de diversos partidos. Sobre esse contato com a política, a doutora Ana Paula afirmou que a União dos Juristas Católicos está sendo muito
bem recebida, e tem conseguido manter uma atuação efetiva junto ao Congresso Nacional, com o apoio de muitos parlamentares. Para o cardeal dom Odilo Pedro Scherer, a justiça é uma questão fundamental na vida, na cultura e no convívio humano, por isso é importante que os juristas, à luz das convicções cristãs e da Igreja ,procurem atuar na área do direito.
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A caminho do Rio
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Os bispos nas Catequeses durante a JMJ Mais de 250 bispos vão fazer pregações que aprofundam o lema da JMJ Rio-2013, nas três manhãs de Catequese. Entre os dias 24 e 26, serão alocados cada dia em um ponto de Catequese diferente. Da Arquidiocese de São Paulo irão: dom Julio Akamine, dom Cláudio Hummes, dom Sergio de Deus, dom Tarcísio Scaramussa e o arcebispo dom Odilo Scherer.
Em coletiva, Cardeal fala da Semana Missionária Conversa com jornalistas aconteceu na Cúria Metropolitana e tratou dos eventos que antecedem a Jornada Mundial Luciney Martins/O SÃO PAULO
EDCARLOS BISPO DE SANTANA
Divulgação
Vigília nas Regiões Episcopais, 19
ESPECIAL PARA O SÃO PAULO
“Porém, eu queria inverter esse raciocínio um pouquinho. Fala-se de custos, devia-se falar em investimentos. Primeiro, nós investimos no jovem. Será que vale a pena investir nos jovens? Segundo, essas não são despesas pagas a alguém que vai levar embora esse dinheiro, esse dinheiro é derramado no Brasil, em todos os lugares aonde esses jovens vão, esse dinheiro é derramado, portanto, na economia brasileira.” Com essa afirmação o cardeal dom Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano, encerrou a coletiva de imprensa concedida aos jornalistas na tarde da segundafeira, 15, na Cúria Metropolitana, em Higienópolis. Na coletiva, convocada pelo Cardeal, estava presente o bispo auxiliar da Arquidiocese e responsável pelo Setor Juventude (Sejusp), dom Tarcísio Scaramussa. O Bispo apresentou um
Cardeal Scherer responde às dúvidas dos jornalistas em relação à JMJ; missa de envio será em 20 de julho, a partir da 15h panorama de como será a Semana Missionária, e destacou que a Arquidiocese está preparada para acolher até 30 mil peregrinos, se for preciso. Dom Tarcísio destacou que as paróquias desenvolveram atividades sobre três aspectos: encontros de reflexão, oração e espiritualidade; sociais e compromisso solidário; atividades culturais. O
prelado ressaltou a importância da colaboração do Poder Público – Estado e Prefeitura –, que, de certa forma, preparou a cidade para a acolhida desses peregrinos. Essa parceria – Poder Público e Igreja – pode ser vista em diversos pontos da cidade, como nos cartazes espalhados pelo metrô, ou no Bilhete Único Comemorativo, feito especialmente para a
Luciney Martins/O SÃO PAULO
JMJ Rio-2013
Guaratiba (RJ) quer ser o palco do maior flash mob do mundo. Jovens do mundo inteiro dançarão juntos no Campus Fidei, na manhã do domingo, 28. A coreografia é da bailarina carioca Gláucia Geraldo sobre a canção “Francisco” e o objetivo é mostrar que os jovens são capazes de falar ao mundo que há uma grande unidade na Igreja.
Semana Missionária e para a JMJ. Ao ser perguntado se as manifestações e protestos podem causar algum impacto na Jornada, o Cardeal destacou que acredita que possa causar um impacto positivo, pois os jovens querem ouvir o Papa, e eles podem esperar “do papa Francisco palavras que os oriente e ajude”.
“Rio2013 Oficial” é o nome do aplicativo desenvolvido para que os peregrinos possam am acompanhar o que acontece na JMJ e ter informações sobre serviços disponíveis no Rio de Janeiro, durante a Jornada, em tempo real. Paraa os voluntários, o nome do aplicativo é “Voluntários JMJJ Rio2013”, ambos em versão para iPhone e Android. Links para baixar os aplicativos oficiais da JMJ Rio2013: App Peregrino – iPhone: http://goo.gl/prfZN e Android: http://goo.gl/6hCv4 App Voluntário – iPhone: http://goo.gl/2Gkyn e Android: http://goo.gl/nBvjF
Região Episcopal Ipiranga, a partir das 17h - Colégio Marista Arquidiocesano, na rua Domingos de Morais, 2565, em frente ao metrô Santa Cruz Região Episcopal Lapa, a partir das 15h - rua Tenente Landy, 375, Lapa de Baixo Região Episcopal Santana, a partir das 14h - Parque da Juventude Portão 1 - avenida Zaki Narchi, 1309 Portão 2 – avenida Cruzeiro do Sul, 2500 Região Episcopal Sé, das 18h às 22h - praça da Sé, no centro da capital Região Episcopal Brasilândia, a partir das 9h30 - parque do Pico do Jaraguá Região Episcopal Belém, a partir das 18h - PET (Parque Esportivo do Trabalhador – antigo Ceret) rua Canuto de Abreu, s/n°, Tatuapé. Missa de envio, 20 praça Heróis da FEB (Santana): 15h – Acolhida; 16h – Apresentações Culturais; 17h30 – Celebração Eucarística.
JMJ Rio-2013
O Festival da Juventude da JMJ Rio-2013, que acontecerá durante a Jornada em vários lugares e horários, já conta com mais de 600 atividades gratuitas que compõem música, exposições, dança, teatro, cinema, trilhas, itinerários da fé e pontos turísticos. Segundo o Setor de Atos Culturais do Comitê Organizador Local da JMJ Rio2013, os eventos foram pensados para captar a atenção do público. Com informações do site www.rio2013.com
Na Fé e na Luta, Jovens Urbanos Especial
20 a 30 de julho de 2013
Pacaembu lotado e o pedido da JMJ EDCARLOS BISPO DE SANTANA ESPECIAL PARA O SÃO PAULO
“Beatíssimo Padre, obrigado por estar aqui! Obrigado por ter desejado este encontro! Obrigado por acreditar na novidade que os jovens são e que carregam em si para o bem de todos. E saiba que estes jovens que agora o acolhem, esperam e vos pedem que o quanto antes o nosso Brasil
possa ser contemplado como sede da Jornada Mundial da Juventude.” Com essas palavras, em um Pacaembu lotado, com milhares de jovens e sob forte aplauso, dom Eduardo Pinheiro da Silva, SDB, bispo auxiliar de Campo Grande (MS), e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude, da CNBB, pediu, na noite daquele inesquecível 10
de maio de 2007, que o Brasil fosse sede da JMJ. O Bispo destaca que, na época, não imaginava que os demais bispos o colocariam como porta-voz, e, mais ainda, após seis anos, estaria “envolvido com toda essa movimentação em vista da realização da JMJ”. “Senti como se meu coração pedisse olho no olho do Santo Padre, que nos ouvisse
e realizasse nosso pedido”, essa foi a emoção de Welton do Amaral Rodrigues, membro de aliança da Comunidade Católica Palavra Viva, que na época estava com 29 anos. Welton diz não esquecer as palavras do então papa Bento 16 naquela noite. Para ele, as palavras do Pontífice fortaleciam ainda mais o carisma de sua Comunidade “anunciar Jesus ao mundo”,
para ele “foi um chamado mais que pessoal”. Dom Eduardo destaca que a organização da Arquidiocese de São Paulo contribuiu de forma especial para tornar aquela noite ainda mais inesquecível. “A organização da Arquidiocese de São Paulo foi espetacular e proporcionou a todos nós, jovens e adultos, momentos inesquecíveis e calorosos naquela noite fria de maio”, afirma. Luciney Martins/O SÃO PAULO
JMJ Rio-2013
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Entre nós Francisco, o peregrino da humildade Com recepção calorosa, o Santo Padre passou pelas ruas do Rio de Janeiro e foi recebido por uma multidão Luciney Martins/O SÃO PAULO
EDCARLOS BISPO DE SANTANA ESPECIAL PARA O SÃO PAULO NO RIO DE JANEIRO (RJ)
Eram quase 13h. As principais ruas do entorno da Catedral de São Sebastião do Rio de Janeiro estavam com uma movimentação atípica. Jovens com bandeiras de diversos lugares do mundo e dos mais variados estados e cidades brasileiras, idiomas diferentes, povos diferentes, mas uma só fé, uma só expectativa. “É por este portão que ele vai entrar?”, perguntou uma das peregrinas a um grupo de voluntários que se juntava no portão da Catedral. “Não sabemos!”, responderam em coro, como se, além dos treinamentos de segurança e acolhimento, eles tivessem treinado aquela resposta. Com cara de desolação, a jovem seguiu em direção à rua. O tempo passava. O sol ia embora. A falta de informações deixava as pessoas mais tensas, apreensivas, nervosas e ansiosas. Os argentinos chegavam às centenas, sempre em grupo, cantando com muita empolgação. Eles carregavam suas bandeiras e animavam os demais participantes, desde peregrinos, voluntários, jornalistas até policiais. “O lê lê o lá lá se esta não é a Igreja, a Igreja onde é que está?”, cantavam os jovens argentinos, que, de imediato, tinham a ajuda dos demais jovens de países latinos e ainda depois eram ajudados pelos brasileiros que engrossavam o coro. Já havia passado três horas, quando, do meio da multidão, alguém grita: “O Papa já está no Brasil”. A alegria é geral, começam os burburinhos “é verdade?”, “olha aí em seu celular”. Pelas redes sociais
Na saída da Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro, milhares de peregrinos e moradores da cidade aguardam ansiosamente a passagem do papamóvel
a informação é averiguada e confirmada. O coração já não cabe dentro do peito. Duas mexicanas estavam no Rio de Janeiro a passeio, quando souberam que o Papa estaria no Rio, adiaram a viagem e resolveram esperar para ver o Pontífice. “Logo ele irá ao México, todos os Papas vão ao México”, disse uma delas, repleta de orgulho e segurando a bandeira de seu país. Os helicópteros sobrevoavam a Catedral. Pelos dispositivos móveis, os jovens viram o
carro do Santo Padre ficar preso no trânsito. Perceberam que ele vinha em um carro popular, estava com os vidros abertos e acenava para as pessoas. Silêncio. Gritos. O papamóvel começou a descer a rampa que dá acesso a Catedral. “Bergoglio”, “Francisco”, “Papa”, gritavam alguns, outros cantaram: “Esta é a juventude do Papa”, outros, mesmo no meio da multidão, ajoelharam. As pessoas estendiam a mão como se pudessem tocar a mão do papa Francisco, mas ele
passou, o papamóvel sumiu no horizonte, entre voluntários, policiais e povo. Um argentino, de cerca de 35 anos, abraçava os “hermanos” e a bandeira de seu país e apenas chorava, como uma criança, apenas chorava. As pessoas começaram a se dispersar, porém, diante da mudança constante de trajeto e das quebras de protocolo, dizendo: “O Papa vai voltar”. A multidão ficou parada e resolveu voltar para perto do gradil e aguardar. Um pai com o seu filho no colo colocou a mulher à sua fren-
te. Ela, gestante, se espremia entre a grade e a multidão, que, ansiosa, esperava a possível volta de Bergolio. A criança, no colo do pai, alheia a tudo aquilo, apenas brincava e se divertia. “Você acha que ele vai entender o que é o Papa?”, perguntou uma mulher que estava espremida entre a grade e o pai da criança. “Não, mas ele vai receber a graça”, respondeu o pai, que após a espera percebeu que o Papa não voltaria, então pegou na mão da esposa e foi embora.
JMJ Rio-2013
www.arquidiocesedesaopaulo.org.br 31 de julho a 5 de agosto de 2013
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Mesmo com chuva e frio fiéis lotam Copacabana Cerimônia de acolhida do Papa, aconteceu na noite de quinta-feira, 25, e reuniu mais de 1 milhão de pessoas EDCARLOS BISPO DE SANTANA
ESPECIAL PARA O SÃO PAULO NO RIO DE JANEIRO (RJ)
Já era o quarto dia que o Papa estava em terras brasileiras. A Jornada Mundial da Juventude havia sido iniciada um dia antes (leia mais na página 8), porém os peregrinos que estavam no Rio de Janeiro ainda não haviam recepcionado Francisco. O Brasil, desde a segunda-feira, 22, estava com os olhos vidrados na televisão, acompanhando cada detalhe o dia a dia do Pontífice em sua primeira viagem internacional. Naquela quinta-feira, 25, de muita chuva e frio não seria diferente. Desde às 12h, as pessoas começaram a se juntar na praia de Copacabana para aguardar a chegada do Papa. A tarde foi embora, e a noite trouxe consigo a chuva e uma temperatura de cerca de 13°C, mesmo assim o ânimo e a alegria das pessoas não diminuíam. “Mais importante do que ver. É ouvir, saber o que ele tem a dizer”, comentou Maciel de Oliveira, que preferiu não ficar no meio da multidão que se apertava. O desejo dele é que as palavras do Santo Padre sejam um alento, um norte, mas não só para a Igreja, não só para os jovens católicos, e sim para a sociedade de modo geral. Os helicópteros começaram a sobre-
voar o Forte de Copacabana. No telão, a imagem de um deles pousando e de Sua Santidade acenando pela janela. A multidão aplaudiu, nesse momento o frio já não importava tanto. Por meio do corredor por onde passara o papamóvel, os voluntários ficaram eufóricos, interagiam com os peregrinos, buscavam bandeiras de sua nacionalidade, mas a ansiedade era geral e tomava conta de todos. O papamóvel saiu do Forte de Copacabana, para algumas vezes, acenos, aplausos, gritos de guerra. O Papa chegou ao palco. Lá dom Orani João Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro, fez a saudação de acolhida. De acordo com a organização, pouco mais de 1 milhão de pessoas tomou conta de Copacabana, o Papa brincou ressaltando que sempre ouviu dizer que carioca não gostava de frio e de chuva, mas os fiéis que estavam ali na praia, esperando pela chegada dele, demonstravam o contrário, pois a fé de cada um estava sendo mais forte que o frio e a chuva. Em seu discurso, o Papa foi ovacionado. Lembrou do projeto “Bote Fé”, destacou que veio ao Brasil para confirmar os jovens na fé, mas para ser contagiado pela alegria da juventude, pois os bispos têm que se deixar contagiar pela juventude, a fé de um bispo tem que ser alegre.
Luciney Martins/O SÃO PAULO
Cerimônia de acolhida do Santo Padre acontece debaixo de chuva e com baixa temperatura
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Geral
PUC-SP concede título de doutor honoris causa a frei Carlos Josaphat Em sessão solene do Conselho Universitário da PUC-SP, dia 14, frei Carlos Josaphat, dominicano, recebeu o título de Doutor Honoris Causa. Em seu agradecimento, o Frei destacou: “Na marcha e mensagem do Concílio Vaticano 2º, cujo jubileu estamos celebrando, bem se pode admirar e saborear a beleza e a fecundidade da Sagrada Teologia” .
Tortura não surpreende Pastoral do Menor Coordenadora do grupo que trabalha junto às unidades da Fundação Casa destaca que já apresentou diversas denúncias
ARQUIDIOCESE DE SÃO PAULO
São Paulo, 19 de agosto de 2013. A todos os homens e mulheres de boa vontade da cidade de São Paulo
EDCARLOS BISPO DE SANTANA ESPECIAL PARA O SÃO PAULO
No domingo, 18, ao assistir ao programa “Fantástico”, da TV Globo, muitos brasileiros ficaram chocados diante das imagens exibidas em uma reportagem. A matéria relatava um espancamento sofrido por adolescentes infratores, internos na Fundação Casa, do Complexo da Vila Maria, unidade João do Pulo. Para tratar desse assunto, a coordenadora da Pastoral do Menor, Sueli Camargo, se encontrou com o bispo auxiliar da Arquidiocese e responsável pela coordenação da Caridade Justiça e Paz, dom Milton Kenan Júnior, na segunda-feira, 19, em uma reunião na qual participou o bispo emérito da Diocese de Jacarezinho, dom Fernando José Penteado, representante do Centro de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (CEDECA), e Ivan Bezerra dos Santos, da Pastoral do Menor. Na ocasião, o bispo auxiliar da Arquidiocese escreveu uma nota – a íntegra pode ser lida no box ao lado – na qual destaca que, ao longo destes anos de existência, não são poucas as denúncias de maus-tratos contra a Fundação e seus agentes. Sueli Camargo apresentou para os bispos uma série de documentos que foram protocolados junto à Fundação Casa, com denúncias de violência contra os adolescentes. Na nota, o Bispo escreve, ainda, que “num momento em que toda a Igreja volta sua atenção para a juventude, é lamentável que fatos como esses, que ocorreram nesta semana aconteçam”. Durante a reunião, a coordena-
O SÃO PAULO relatou casos de tortura na Fundação Casa em edições anteriores
dora da Pastoral do Menor afirmou que “a Pastoral tem há muito tempo denunciado os maus-tratos” e que a diretora da Fundação Casa, Berenice Giannella tem conhecimento dos abusos e violações de direitos que acontecem na Fundação, diferentemente do que afirmou para a TV Globo. “Não podemos nos calar”, afirmou Sueli, que dias atrás realizou uma visita ao Departamento de Execuções da Infância e Juventude (DEIJ), localizado no Brás, centro da capital. Para ela, ali já se dá início uma situação de descaso e humilhação na qual ficam expostos famílias e adolescentes, caracterizando total desrespeito a esta população. O grupo levantou propostas para que o trabalho realizado na Fundação possa ser acompanhado e monitorado mais de perto, tanto pelo Ministério Público, quanto pela sociedade civil. E um dos acompanhamentos, de acordo com a equipe, foi a desvinculação da Ouvidoria da Fundação Casa da direção da entidade, gerando assim um grupo mais autônomo para realizar investigações diante das denúncias apresentadas. As imagens, no entanto, apesar de cruéis, não são surpresa para a equi-
pe da Pastoral do Menor da Arquidiocese de São Paulo, que há muito tempo tem denunciado as agressões gratuitas que muitos internos têm sofrido na Fundação Casa. As denúncias chegam de diversas fontes: anônimas; famílias de internos e até de funcionários da Fundação Casa. O jornal O SÃO PAULO, trabalhando ao lado da Pastoral do Menor, apresentou diversas reportagens contendo denúncias de abusos e maus-tratos. Numa delas, “Pastoral defende reeducandos em SP” (edição 2891, de março de 2012), foram apresentados relatórios, com fotos de jovens agredidos, por um grupo de monitoramento que acompanha os trabalhos na Fundação. Em matéria mais recente, julho deste ano (edição 2960), foram apresentadas denúncias feitas por duas mães de internos do Complexo Raposo Tavares, unidade Ypê. De acordo com as mães, os jovens foram agredidos e, diariamente, são ameaçados e provocados a “virar a casa” – termo usado para designar rebeliões –, pois, dessa forma, as agressões no momento de retomada da unidade, pela Tropa de Choque, se justificariam.
As imagens apresentadas, neste fim de semana, em nível nacional, pela Rede Globo, com cenas de espancamento de adolescentes na Unidade “João do Pulo”, do Complexo Vila Maria, da Fundação Casa, na cidade de São Paulo, causaramnos perplexidade. Tais práticas fazem-nos relembrar os períodos sombrios da história da nossa Nação, quando a violação dos direitos humanos e o recurso à tortura foram utilizados como instrumento de punição e intimidação. É importante ressaltar que, nestes últimos anos, não foram poucas as denúncias de maus-tratos, espancamento e ameaças aos adolescentes em algumas unidades da Fundação Casa, cujos protocolos na própria Fundação Casa, no Ministério Público, no DEIJ comprovam os fatos. Não podemos negar que, após a publicação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), houve considerável evolução no tratamento dispensado à criança e ao adolescente. Entretanto, no que diz respeito ao adolescente em conflito com a Lei, há ainda um longo caminho a ser percorrido. Diante desses fatos, é nossa esperança de que aqueles que adotam tais práticas sejam punidos com o rigor da Lei. Um fator que deve ser considerado com particular atenção é o da superlotação das unidades da Fundação Casa, que as torna inadequadas para acolher e atender todos os internados. Não seria oportuno propor a qualificação das medidas socioeducativas em meio aberto? Além das medidas preventivas, sugerimos a implantação de monitoramento através de câmeras em todas as unidades, devendo ser supervisionadas pelo Ministério Público, objetivando a garantia dos direitos dos funcionários e adolescentes em conflito com a Lei. Seria também oportuno desvincular a Ouvidoria da Fundação Casa, que já existe, da própria Instituição, permitindo o acompanhamento da sociedade civil e mais transparência dos atos ali investigados. Num momento em que toda a Igreja volta sua atenção para a juventude, é lamentável que fatos como esses que ocorreram nesta semana aconteçam. Prevenir, amparar, educar são atitudes que garantem aos adolescentes e aos jovens um futuro melhor! A esperança não nos permite desistir! Anunciamos Jesus Cristo e denunciamos a intolerância e as injustiças, porque acreditamos que somente n’Ele e a partir d’Ele (Cristo) é possível uma cultura de paz. Como São Francisco de Assis, rezamos: “Senhor, fazei-nos instrumentos de vossa paz! Onde houver ódio, que eu leve o amor; onde houver ofensa que eu leve o perdão...” Uma Nação que não cuida dos seus jovens está fadada a desaparecer. Dom Milton Kenan Júnior Bispo responsável pela Coordenação da Caridade, Justiça e Paz da Arquidiocese de São Paulo
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Por ‘Justiça e direito igual para todos’ A Arquidiocese de São Paulo promove no sábado, 31, das 9h às 16h, o Seminário “Justiça e Direito Igual para Todos”, inspirado no tema bíblico “Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados”. O evento, aberto ao público, será no Centro São José do Belém. Informações: (11) 3151-4272 ou justicaedireitoigualparatodos@gmail.com.
Encontro debate sistema de garantia de direitos Fotos: Luciney Martins/O SÃO PAULO
Cerca de 200 pessoas participaram de atividade para refletir as ações dos conselheiros turtelares em SP EDCARLOS BISPO DE SANTANA ESPECIAL PARA O SÃO PAULO
“Esse é o nosso papel enquanto pastorais sociais. Favorecer o diálogo, aproximar os diversos sujeitos, os diversos agentes que atuam na esfera das políticas públicas, tendo em vista o aperfeiçoamento dos mecanismos existentes e o atendimento das demandas que a população reivindica, e tendo em vista o aprimoramento do serviço que é prestado.” Assim, o bispo auxiliar da Arquidiocese e coordenador da Comissão da Caridade, Justiça e Paz, dom Milton Kenan Júnior, destacou a importância do encontro realizado na sexta-feira, 23, “Em defesa da Criança e do Adolescente”, que teve como tema “Fortalecimento dos conselhos tutelares e do sistema de garantia de direitos da
Para conselheiros tutelares, é preciso que haja maior clareza a respeito de suas atribuições; promotora afirma que, mesmo diante de dificuldades, se deve fazer um bom trabalho criança e do adolescente”. O encontro buscou estabelecer um diálogo entre os conselheiros tutelares do município, a Promotoria de Justiça e os órgãos ligados ao Poder Executivo. A atividade foi realizada pela Equipe de Articulação em Defesa da Criança e do Adolescente, grupo criado na Arquidiocese de São Paulo, que conta, atualmente, com a participação do
Clasp, Pastoral da Criança, Pastoral da Juventude, Pastoral do Menor, Pastoral Fé e Política, Rede Marista de Solidariedade, Pastoral da Educação, Centro Santo Dias, Conselhos Tutelares e o Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA). Para a conselheira Néia Arantes, do conselho de Santo Amaro, o momento foi muito
importante para uma construção conjunta de todos os “atores” que trabalham com a criança e o adolescente na cidade de São Paulo. A conselheira contou ainda que está ocorrendo um alto número de representações no Ministério Público contra os conselheiros, mas, na maioria das vezes, isso é fruto de um não entendimento das atribuições dos conselheiros tutelares.
A promotora doutora Luciana Bergamo Tchobarjian destacou que o papel da Igreja na construção dessa “ponte” entre os conselhos tutelares e os poderes Executivo e Legislativo é muito importante. Para a promotora, há muito para ser feito na melhoria do trabalho dos conselheiros tutelares, porém isso não deve acarretar em um não cumprimento de seus deveres e funções.
Após reforma, igreja é dedicada na zona leste Luciney Martins/O SÃO PAULO
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Na noite de domingo, 25, a Paróquia Santa Adélia estava lotada. Após três meses de reformas, foi realizada a missa de dedicação da igreja e do altar. A celebração presidida pelo cardeal dom Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano, foi concelebrada pelo bispo auxiliar da Arquidiocese, dom Edmar Peron, pelo pároco, padre Juliano Maroso Golçalves, e demais padres convidados. Na homilia, o Cardeal explicou o significado da celebração, a importância da comunidade estar reunida ao redor da mesa do altar. Dom Odilo destacou ser importante que as igrejas sejam bem cuidadas, não para aparentar luxo, mas porque Deus é digno de todo louvor e glória.
Rito repleto de simbolismos expressa a vocação da Igreja, ser sinal entre os homens da presença de Deus na terra
O pedreiro Reginaldo Amâncio Pereira que já havia trabalhado em uma das comunidades da Paróquia, estava que era só felicidade. Ele fechou, com uma placa de mármore, o lugar onde foram depostas as
relíquias dos santos Antônio de Sant’Ana Galvão e Madre Paulina, e as dos beatos José de Anchieta e Luiz Tezza. Mesmo não sendo católico, Reginaldo destacou a importância dos santos na vida das
pessoas e de ter uma igreja bonita e arrumada. Sobre os santos, o Arcebispo também explicou algo para a comunidade. De acordo com o Cardeal, os santos devem inspirar nos católicos boas atitudes,
não alguém a quem se recorre só para pedir algo, mas alguém que incentiva, pelo exemplo, as pessoas a serem cada dia mais seguidoras de Jesus. A coroinha Gabriela Alves dos Santos participa da Paróquia há oito anos. Ela comentou que cada padre que passou pela Paróquia deixou sua marca, seu legado e que, o padre Juliano sempre será lembrado por ter construído e reformado o altar. A jovem destacou ainda que a comunidade é um grande exemplo para o bairro. Durante o agradecimento, padre Juliano agradeceu a presença do Cardeal e do Bispo e o empenho da comunidade na realização da cerimônia. De acordo com ele, a comunidade está animada e feliz. Ele espera que, após a celebração, a comunidade se fortaleça e se anime ainda mais.
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100 dúvidas de fé Padre Cido Pereira, diretor do O SÃO PAULO, com a organização de Cidinha Fernandes, lançará o livro: “100 dúvidas de fé: para jovens”, pela Edições Loyola. O lançamento será dia 2 de outubro, das 14h às 16h, na Livraria Loyola (rua Quintino Bocaiuva, 234, Centro – ao lado da Catedral da Sé). Informações (11) 3105-7198.
Audiência debate os problemas da Fundação Casa Fotos: Luciney Martins/O SÃO PAULO
Realizada por comissão da Câmara Municipal, evento contou com a participação de mães de jovens internos na instituição EDCARLOS BISPO DE SANTANA ESPECIAL PARA O SÃO PAULO
“Eles têm mãe, não são filhos de chocadeira. E que fique claro para todos, mãe nenhuma gera filho bandido, eles não nascem infratores, são resultado do Estado”, de forma emocionada, Sueli Camargo, coordenadora da Pastoral do Menor da Arquidiocese de São Paulo, participou de audiência pública promovida pela Comissão Extraordinária Permanente de Defesa dos Direitos Humanos, Cidadania e Relações Internacionais da Câmara Municipal de São Paulo, na última quinta-feira, 12. Na mesa do evento, a presidente da comissão, vereadora Juliana Cardoso, demais vereadores pertencentes à comissão, o vice-presidente da Fundação
Sueli apresenta pasta com protocolos de denúncias contra a Fundação Casa; mães de internos apontam maus-tratos
Casa, Antonio Cláudio Piteri, duas mães de menores internos na instituição, Júlio Silva Alves, do Sindicato dos Funcionários da Fundação Casa, Valdison Pereira, representando os Conselhos Tutelares, entre outros. Na oportunidade, Sueli levou uma pasta com dezenas de processos de denúncias de maus-tratos contra a Fundação Casa, protocolados em diversos órgãos, como, por exemplo, a Ouvidoria da Fundação Casa e o Ministério Público, porém não houve respostas sobre as
denúncias, nem sequer de investigações. Coube ao vice-presidente da Fundação Casa justificar fatos ainda não esclarecidos. Piteri falou dos afastamentos e das transferências ocorridas após as denúncias exibidas pelo programa “Fantástico” da Rede Globo. Para ele, a instituição reconhece as falhas, mas afirma que muito já foi feito, muitas melhorias e mudanças já foram apresentadas. Amanda Lúcia e Irene Aparecida Oliveira, mães dos ado-
lescentes internos na Fundação Casa, contaram o que tem ouvido de seus filhos. Os relatos chocaram e emocionaram a todos os que participavam da audiência. Amanda, que já apresentou denúncias à Pastoral do Menor e que foram noticiadas na edição 2960 do O SÃO PAULO, reafirmou que as situações de maus-tratos continuam acontecendo na unidade Ypê, do complexo Raposo Tavares. Irene quase não conseguia falar, as lágrimas e o soluço a impediam constantemente. Entre
pedidos de desculpas e goles de água, a mãe contou a situação de seus dois filhos internos na instituição. Para ela, eles não devem ser tratados como se estivessem em uma “colônia de férias”, mas, também, não podem ser submetidos a situações de humilhação e tortura, como acontecem em algumas unidades. O vereador Laércio Benko questionou o vice-presidente da Fundação Casa se ele era a favor ou contra a redução da maioridade penal. Para ele, vive-se o “período das trevas no que tange o cuidado das criança e adolescentes, a capacitação técnica dos funcionários contratados pelo Governo do Estado, talvez, seja para operador de máquina de choque”. Laércio fez um requerimento à presidente da Comissão, para que os áudios e vídeos da audiência fossem entregues ao vicepresidente da Fundação Casa. Ao fim do encontro, as jovens Bianca Amorim, 19, e Natália Souza, 17, pertencentes ao Coletivo Juventude Ativa e à União Juventude Socialista (UJS), fizeram intervenções e apresentaram o olhar de jovens, que trabalham com juventude e acompanham de perto os dramas dos jovens mais carentes da cidade.
Curso aborda os desafios e as lutas por direitos da juventude EDCARLOS BISPO DE SANTANA ESPECIAL PARA O SÃO PAULO
O Centro Ecumênico de Serviços à Evangelização e Educação Popular (CESEEP) realiza, desde 5 de agosto a 28 de setembro, o “Curso Latino-Americano de Formação Pastoral”, que, neste ano, tem como tema: “Juventudes urbanas e luta por direitos: desafio sóciopolítico e pastoral”. De acordo com Cremildo Volanin, coordenador do curso, o tema deste ano está ligado com o que a Igreja no Brasil abordou, a questão da Campanha da Fraternidade, “Fraternidade e Juventude” e, também, a realização da Jornada Mundial da Juventude. O foco principal do curso são as questões urbanas, a “pastoral urbana” como destaca Cremildo. Pessoas de oito países participam do curso
que, na maioria das vezes, reflete a realidade e as situações do Brasil, porém as temáticas acabam por ser parecidas com a situação de outras nações. No sábado, 14, os participantes do curso estiveram em uma atividade promovida pelo Centro Cultural da Juventude (CCJ), onde aconteceu uma “Roda de conversa sobre o extermínio da juventude”. Cremildo comentou que, atividades como esta, fazem parte da metodologia do curso, que vai além do intensivo de aulas e busca um aprofundamento nas realidades dos temas estudados. Os cursistas Adolfo Mazivila, 41, de Moçambique, Ana Doba, 20, de Angola, e Adalto Bona, 35, do Paraná, de realidades completamente diferentes, conversaram com a reportagem do O SÃO PAULO. Para Adalto, padre que traba-
Rogério Fonseca
Encontro realizado no CCJ debate as questões do extermínio da juventude
lha com jovens em sua diocese, é preciso integrar os jovens na construção dos projetos e das atividades. De acordo com ele, a Igreja, sempre decide como trabalhar com a juventude, sendo que, esse processo deveria ser construído de baixo para cima e não “empurrado goela abaixo”. O Padre contou que mui-
tos jovens, com problemas de depressão, vão procurá-lo e, quando questionados do que padecem, informam não ter nada. De fato, responde o Padre, esses jovens não têm nada, não têm perspectiva de vida, não têm um sentido para viver. A angolana, uma das cursistas mais jovens da turma, afirmou que, no trabalho com
a juventude, é preciso ter cuidado para que não se caia na ideia de que “sua necessidade é a necessidade do outro”. Quando Ana ouviu os dados sobre o extermínio da juventude, negra e periférica, apresentados no encontro no CCJ, ela ficou preocupada, pois percebeu que no Brasil não há políticas públicas para a juventude, o que existem, segundo ela, são programas. A jovem, da Igreja Reformada de Angola, afirmou que “tem que haver políticas públicas, um governo que trabalhe para os jovens”. Já o presbiteriano Adolfo, destacou que este momento de curso é algo nobre, pois se cruzam diversas culturas. Para ele, é preciso enxergar o jovem como agente de mudanças, pois o mundo está “a reboque da juventude”, por isso, os mais velhos, não devem colocar balizas, mas indicar o caminho.
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Projeto Tietê Esperança Aparecida No dia 12, Solenidade de Nossa Senhora Aparecida, acontecerá a chegada, pelo Rio Tiête, da imagem da Padroeira do Brasil na Ponte do Piqueri, às 9h30. Logo após, às 10h, haverá uma procissão em direção a Paróquia Bom Jesus dos Passos, Região Episcopal Brasilândia, onde, às 11h, será celebrada a missa solene.
Relatora de direitos humanos da OEA visita o País Luciney Martins/O SÃO PAULO
Presença foi para a elaboração de um relatório sobre a situação de crianças e adolescentes em situação de conflito armado EDCARLOS BISPO DE SANTANA ESPECIAL PARA O SÃO PAULO
A Câmara Municipal de São Paulo sediou, na última quintafeira, 3, um encontro entre a relatora para os Direitos da Criança da Comissão Interamericana de Diretos Humanos da OEA (Organização dos Estados Americanos), Rosa Maria Ortiz, e representantes de movimentos sociais, grupo de direitos humanos – que trabalham com crianças e adolescentes, além de, na parte da tarde, ouvir os próprios jovens sobre sua situação no Brasil. O objetivo inicial da visita da comissária foi o de coletar informações para a elaboração de um relatório sobre a situação de crianças e adolescentes que vivem em zona de conflito armado em diversos países, começando pelo Bra-
Rosa Maria Ortiz, relatora para os direitos da Criança da Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA, fala para representantes de entidades sociais
sil. Esse trabalho será concluído em um ano e apresentado aos países. Rosa destacou que a OEA entende por conflito armado outras situações que não as ditas no encontro que teve, porém, a comissária afirma que, ao ouvir os apontamentos dos representantes dos direitos humanos, percebeu que há, no Brasil, uma predileção na ação armada, diante dos problemas como tráfico e o crime organizado, por exemplo. E isso é o
que mais preocupa a população, no seu ponto de vista. Umas das funções deste documento que será elaborado é, justamente, dar indicativo para que os países busquem saídas alternativas, a intervenção militar, para tratar os problemas que afetam a vida da população, especialmente as crianças e adolescentes. “Não percebem que a prevenção desses problemas [tráfico de drogas e crime organizado] que é o fortalecimento da
comunidade, da família, a participação protagonista da comunidade e a presença do Estado com os serviços adequados de garantia de direitos é o melhor antídoto para a luta contra o crime organizado”, afirmou Rosa. A coordenadora da Pastoral do Menor, Sueli Camargo, esteve presente no encontro e para conduzir conduziu os trabalhos da mesa e aproveitou a oportunidade para falar das situações degradantes que, muitas vezes, as crianças e os adolescentes no
Brasil, de forma mais particular em São Paulo, são expostos. Sueli apresentou os protocolos das denúncias feitas pela Pastoral do Menor e por demais entidades de monitoramento de crianças e adolescentes. Ela reconhece que a visita da comissária é para um assunto específico – crianças e adolescentes em situação de conflito armado –, porém foi preciso mostrar o quanto o Estado tem violado os direitos das crianças e adolescentes.
Ato debate a ‘democracia dos massacres’ Luciney Martins/O SÃO PAULO
EDCARLOS BISPO DE SANTANA ESPECIAL PARA O SÃO PAULO
“Eu vi meu filho todo ensanguentado, com as mãozinhas para cima, aquelas mãozinhas que eu gostava de morder.” Lágrimas nos olhos, voz embargada e mãos trêmulas, assim foi o depoimento de uma mãe, Elvira Ferreira da Silva, que teve seu filho assassinado em agosto, na Baixada Santista (SP). A mãe de Ricardo Ferreira Gama emocionou a todos os participantes da coletiva de imprensa, realizada no Sindicato dos Jornalistas, em São Paulo, na quarta-feira, 3, ao falar da morte do filho, que, de acordo com as suspeitas, foi assassinado por três policiais que o agrediram horas antes, no Campus da Unifesp, onde trabalhava como faxineiro. A “Semana Contra a Democracia dos Massacres” contou com a participação de vítimas e familiares de vítimas da violência do Estado, como dona Elvira, além de diversas entida-
des de direitos humanos como Mães de Maio, Coletivo Desentorpecendo a Razão (DAR), Passe Livre, Periferia Ativa, Moinho Vivo, Tortura Nunca Mais, entre outros e foi realizada na semana que se recorda os 21 anos do Massacre do Carandiru. Na pauta do encontro, o tema principal era a desmilitarização da polícia, de acordo com os participantes da coletiva, a atual atuação da PM tem resquícios da ditadura, pois serve, na maioria das vezes, para reprimir os cidadãos. Danilo Dara, membro do grupo das Mães de Maio, que reúne mães de jovens periféricos assassinados a esmo pela polícia, em seus confrontos sanguinários com o PCC em maio de 2006, destacou que o tema da desmilitarização ainda é controverso, e os coletivos, que possuem essa bandeira, não concordam em todos os pontos, porém defendem que deve haver um maior controle popular sobre a polícia.
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Geral Edcarlos Bispo de Santana/ O SÃO PAULO
No mês missionário, jovens vão à periferia Missão Jovem aconteceu na Paróquia Natividade do Senhor, no Jardim Fontális, e reuniu mais de 130 jovens EDCARLOS BISPO DE SANTANA ESPECIAL PARA O SÃO PAULO
“No sábado, comentei com o pessoal que eu estava sentindo falta de alguma coisa na missão, não conseguia explicar o que era exatamente, talvez por, também, morar na periferia não teria sentido tanta diferença, conheci realidades muito próximas da minha, foi uma troca bacana. Mas eu ainda estava sentindo falta de alguma coisa, eu esperava mais da missão.” Assim começa o relato de Juliana Maria, 17, da Região Episcopal Brasilândia, publicado, na madrugada do dia 7, em seu perfil pessoal do Facebook. A jovem, participante da Pastoral da Ju-
ventude (PJ), relatava para seus amigos e seguidores como havia sido a experiência que viverá desde a noite da sexta-feira, 4, até a tarde do domingo, 6. “No domingo pela manhã, nós continuamos a missão. No caminho, encontramos alguns homens, eles foram superatenciosos com a gente, perguntamos sobre o bairro em que vivem, sobre suas famílias. E perguntamos se eles teriam um tempinho para fazermos uma oração. Um dos homens abriu a garagem e nós entramos, começamos a rezar ali mesmo.” Juliana, juntamente com mais 130 jovens, participou da terceira edição da Missão Jovem realizada pela PJ arquidiocesana. Este ano, a atividade aconteceu na Paróquia Natividade do Senhor, Região Episcopal Santana, e teve como tema: “Juventude e a fé que liberta da opressão”. A comunidade Para os dias da missão, os paroquianos colaboraram com tudo, como afirma padre Andrés. O Sacerdote ainda contou que
muitas famílias que receberiam missionários em suas casas estavam bem ansiosas, ligavam na Paróquia, perguntavam pelos jovens e se dispuseram para ajudar no que fosse possível. Os jovens da Paróquia que participaram da missão, um total de 70, chegaram à conclusão de não conheciam sua comunidade. Pouco sabiam de sua realidade e dos desafios que se impõem para a evangelização. “Eu vi a realidade de perto, são muitas pessoas com pouco dinheiro e poucas pessoas com muito dinheiro. É uma desigualdade muito grande, você ia visitar as pessoas e via casas com um cômodo só, gente com um monte de filho e não ter quarto para nenhum deles, é difícil ver isso, mas todos nos recebiam e nos tratavam bem” afirma Gustavo Basílio, 16. A missão Ladeiras, ruas estreitas, outras de barro e algumas sem calçada. Esse foi o cenário que alguns missionários encontraram nestes dias de missão, porém, não desanimaram. Para alguns morado-
Jardim Fontális, um vasto campo de missão DO ESPECIAL PARA O SÃO PAULO
Na celebração de encerramento da Missão Jovem, o bispo auxiliar da Arquidiocese e vigário na Região Episcopal Santana, dom Sergio de Deus Borges, agradeceu ao padre Andrés o trabalho que desempenha na comunidade e destacou o espírito missionário do padre argentino, que, há mais de dez anos, trabalha na Paróquia.
res, eles foram um exemplo. Um grupo de meninas – os missionários andavam sempre em pequenos grupos de três –, exaustas de levar “não”, começaram a reclamar, logo pararam, viram uma mulher do outro lado da rua, parada no portão. Uma delas disse que não iria lá, pois não queriam tomar mais um não, logo foram convidadas, por outro jovem a se animarem e tentarem mais uma vez. E foi justo dessa vez, que, não somente um portão, mas um sorriso se abriu para aquelas missionárias. No momento de partilha, o que muitos descreviam foi sintetizado por Gustavo, o jovem se deparou com pessoas que não acreditavam que eles eram católicos. No relato que fez, Gustavo contou que uma senhora, católica, lhe confessara já ter visto pessoas de diversos credos baterem em sua porta, porém, católicos, foi a primeira vez, o que a deixou muito feliz. Mudança de opinião Juliana, que tem seu relato descrito no primeiro parágrafo dessa
reportagem, disse que, no sábado, tinha a sensação de que algo faltava na missão, talvez não saberia afirmar o que era, mas algo lhe faltava. Essa sensação, sentida por Juliana, foi sanada ao ouvir o testemunho de um jovem, ex-usuário de drogas: “E, ao colocarmos nossas intenções, um homem começou a dar um depoimento, disse que já foi usuário de drogas e que por conta das drogas acabou perdendo toda a sua família. Ele está conseguindo se recuperar, mas se sente meio sozinho, a quantidade de pessoas que tentam fazer com que ele volte para as drogas é maior do que a quantidade que tenta ajudar de uma forma mais positiva. Ele falou várias outras coisas, coisas que acabaram até nos emocionando. Ao final de sua intenção, rezamos um Pai-nosso, foi um Pai-nosso forte, diferente! Então dei um abraço bem forte naquele homem, eu não sabia o que dizer, mas acho que aquele abraço disse muita coisa e, talvez, esse abraço tenha me ajudado a encontrar o que eu estava procurando na missão”.
Dom Sergio motivou a comunidade, que há cerca de três anos está envolvida no projeto de construção da nova matriz, esse, diga-se de passagem, foi um dos detalhes que chamou à atenção de todos os missionários. Depois da doação do terreno, em 2005, a comunidade tem se articulado e trabalhado na construção do templo, que como ressaltou padre Andrés, “será um local de encontro da comunidade, para a família”. Para o Padre, a motivação vai além da construção, pois,
a cada dia, segundo conta padre Andrés, a comunidade tem se sentido parte da igreja, se transformado em “igreja povo”. Cada um colabora à sua maneira e até “irmãos de outras igrejas têm ajudado, comprado uma rifa, vindo a uma festa”, comenta o Padre. No final da entrevista que concedeu ao O SÃO PAULO, o Padre brincou e disse o número da conta da comunidade para doação. De acordo com ele, quem quiser ajudar pode ficar à vontade e ligar na Paróquia (2995-7422).
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Lançamento de livro sobre dom Paulo Evaristo Arns será dia 23 Ministério da Cultura, Instituto Vladimir Herzog e Livraria Cultura convidam para o lançamento do livro de Ricardo Carvalho: “O Cardeal da resistência as muitas vidas de dom Paulo Evaristo Arns” que acontecerá na quarta-feira, 23, às 19h na Livraria Cultura (Conjunto Nacional – piso térreo – avenida Paulista, 2.073).
‘A Igreja olha a família a partir da fé em Deus’, diz cardeal Scherer Em entrevista ao O SÃO PAULO, dom Odilo falou da convocação da Assembleia Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos EDCARLOS BISPO DE SANTANA REDAÇÃO
Na terça-feira, 8, o papa Francisco convocou a 3ª Assembleia Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos, que acontecerá em outubro de 2014 e terá como tema: “Os desafios pastorais da família no contexto da evangelização”. De Roma, o cardeal dom Odilo Pedro Scherer, membro do Conselho Permanente da Secretaria do Sínodo, concedeu entrevista ao O SÃO PAULO e falou sobre a convocação que descreveu como “surpreendente”. “Há desafios novos e outros permanentes. Hoje há uma instabilidade maior nos casamentos e muitos se desfazem depois de algum tempo; há o medo de assumir um compromisso ‘por toda a vida’, devido à cultura individualista, do provisório e do descartável”, afirmou dom Odilo. Além de falar dos desafios para a família na atualidade e das relações da Nova Evangelização com a vida familiar, o Cardeal abordou a questão das “uniões de pessoas do mesmo sexo, que pretendem ter o reconhecimento de ‘casal’ e de família, inclusive com a adoção de filhos”. Leia a íntegra O SÃO PAULO - Como o senhor vê a convocação de uma Assembleia Extraordinária do Sínodo para 2014 com o tema: “Os desafios pastorais da família no contexto da evangelização”?
Cardeal dom Odilo Pedro Scherer - Essa convocação foi surpreendente, pois não se previa até há pouco tempo. Há várias explicações para essa decisão do papa Francisco: os graves e urgentes desafios que a família vive desafiam a missão evangelizadora da Igreja; esses desafios precisam ser trabalhados na ótica da Nova Evangelização; e, finalmente, essa convocação revela a intenção do Papa de dar um caráter mais “sinodal” ao exercício do seu ministério. O SÃO PAULO - Quais os novos desafios para a família na atualidade? Dom Odilo - Há desafios novos e outros permanentes. Hoje há uma instabilidade maior nos casamentos e mui-
tos se desfazem depois de algum tempo; há o medo de assumir um compromisso “por toda a vida”, devido à cultura individualista, do provisório e do descartável; mas há também uma verdadeira depreciação do casamento, pois muitos não se casam mais, nem no religioso, nem no civil. Mas há também a questão das uniões de pessoas do mesmo sexo, que pretendem ter o reconhecimento de “casal” e de família, inclusive com a adoção de filhos. E não se deve esquecer que a família é for-
temente colocada sob pressão por questões econômicas, pela difusão de propostas “alternativas” à família por certa corrente ideológica contrária à família; e há os problemas decorrentes da pouca clareza sobre o papel dos pais na educação dos filhos e sobre o tipo de educação a ser dada. E permanecem grandes desafios o papel da família na transmissão da fé e dos valores ético-morais. A Igreja continua a depositar grande valor na família, mas sua visão sobre a pessoa humana e sobre a família vai muitas vezes contra a corrente da mentalidade contemporânea.
dade e da maternidade? Tudo isso não pode estar simplesmente sujeito a movimentos culturais e ideológicos, ou ao gosto dos indivíduos. A Nova Evangelização precisa ajudar a repropor, de maneira convincente, esperançosa e alegre o “Evangelho da família” ao mundo de hoje. E as famílias evangelizadas ajudarão a evangelizar outras famílias; a própria família é evangelizadora e a Igreja quer continuar a contar com ela para a transmissão da fé.
O SÃO PAULO - Após a convocação da Assembleia Extraordinária de 2014, o que se pode esperar da Assembleia OrdiO SÃO PAULO - Como a Nova nária de 2015, também sobre Evangelização está relaciona- o tema da família? Dom Odilo - Antes de da com a vida familiar? tudo, a Assembleia Luciney Martins/O SÃO PAULO Ordinária do Sínodo dos Bispos, em 2015, terá um tema mais alargado, com dois focos: família e pessoa humana. Serão tratadas as questões antropológicas, muito sérias, pois há uma grave “confusão antropológica” na cultura contemporânea. Enquanto isso, a Assembleia Extraordinária, em 2014, terá como foco os “desafios” familiares para a evangelização. Além disso, os participantes das duas assembleias serão diferentes; em 2014, serão sobretudo os Dom Odilo - A Igreja olha presidentes das Conferências a família a partir da fé em Episcopais; em 2015 a parDeus e em sintonia com o seu ticipação será mais ampla e desígnio criador e salvador. variada de bispos e de outros Por isso, ela vê na família, membros da Igreja. Mas é cerantes de tudo, a realização to que as duas assembleias de um desejo de Deus e não serão complementares. Em apenas uma criação da socie- 2014, será feita uma grande dade. Há questões de fundo, tomada de consciência da sique a Igreja leva em conta: o tuação familiar em relação à que quis Deus ao criar o ho- evangelização; em 2015, hamem e a mulher e ao colocá- verá um discernimento eclelos frente a frente, como sial e teológico sobre a família recíprocos e complementa- e outras questões antropolóres? Qual é o significado da gicas; e a assembleia poderá sexualidade, do amor huma- propor ao Papa oportunos enno, do casamento, da paterni- caminhamentos ou decisões.
DIRETO DE ROMA
Nomeações em vista do Sínodo sobre a família Em vista da 3ª Assembleia Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos, o Santo Padre nomeou como Relator-Geral o arcebispo de Budapeste (Hungria), cardeal Peter Erdo. Já o arcebispo de Chieti-Vasto, dom Bruno Forte, será o Secretário-Geral. A Assembleia Geral se realizará no Vaticano de 5 a 19 de outubro de 2014, sobre o tema “Os desafios pastorais da família no contexto da evangelização”. Bispo brasileiro é nomeado Secretário da Congregação para os Bispos O papa Francisco nomeou, no dia 12, dom Ilson de Jesus Montanari como secretário da Congregação para os Bispos. Dom Ilson era oficial da Congregação e, com a nomeação, recebe a dignidade de arcebispo. Nascido em 18 de julho de 1959, em Sertãozinho (SP), foi ordenado sacerdote em 18 de agosto de 1989. Estudou Direito, Economia e Filosofia em Ribeirão Preto (SP). Cursou Teologia na Universidade Gregoriana em Roma. Carta dos Direitos Fundamentais da Família será tema de Assembleia, no Vaticano “A família tem de voltar a ser o centro da cultura, política, economia e da vida dos povos e nações”, disse o presidente do Pontifício Conselho para a Família, arcebispo Vincenzo Paglia, durante a divulgação da Assembleia Plenária desta instituição, a ser realizada em Roma, de 23 a 25 de outubro. Além dos trabalhos do comitê da presidência, membros e consultores e das atividades do Pontifício Conselho, serão discutidos, na Assembleia, os direitos da família a partir do diálogo inter-religioso nas perspectivas judaica e islâmica. No dia 24, haverá uma conferência aberta ao público sobre a Carta dos Direitos Fundamentais da Família, que completa 30 anos. Serão abordados os fundamentos teológicos da Carta; a concepção do matrimônio natural; o papel do Estado no reconhecimento do matrimônio como instituição; a atualidade pertinente da Carta dos Direitos Fundamentais da Família, mostrando seus laços com a cultura e a sociedade contemporâneas. Também será feito um paralelo entre o documento e a legislação internacional, como também com os direitos da mulher. Peregrinação Cerca de 1.500 famílias devem participar da peregrinação ao túmulo de São Pedro, nos dias 26 e 27 de outubro. A peregrinação está em sintonia com o Ano da Fé e abordará o tema “Família, vive a alegria da fé”. No sábado à tarde, as famílias procedentes de 70 países dos cinco continentes se encontrarão, pela primeira vez, com o Papa, na praça de São Pedro. No domingo, após a celebração eucarística, o Pontífice abençoará todas as famílias do mundo. “No sábado à tarde, haverá centenas de crianças e idosos próximos ao Papa. Uma novidade com relação aos outros encontros com as famílias. Tal ação dará visibilidade às gerações que caracterizam e enriquecem as vivências de cada família e, ao mesmo tempo, relevo a dois grupos particularmente frágeis e dignos de maior atenção”, explicou o subsecretário do Pontifício Conselho, monsenhor Simón Vázquez. (Da redação com sites)
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Fotos: Luciney Martins/O SÃO PAULO
Missões e DNJ levam milhares à Catedral da Sé EDCARLOS BISPO DE SANTANA
REPORTAGEM NO CENTRO
Com entusiasmo, jovens participaram da atividade no domingo, 20, iniciada no Pátio do Colégio e seguida por caminhada
“Juventude e Missão. Jovem: Levante-se, seja fermento”, mais que um tema e lema, o Dia Nacional da Juventude (DNJ) convocava os jovens a, neste dia Mundial das Missões, assumirem o seu protagonismo missionário. Os jovens, das seis regiões episcopais da Arquidiocese, reuniram-se no Pátio do Colégio e fizeram diversas atividades com apresentações artísticas e reflexões feitas a partir do tema do DNJ. Para relem-
brarem a Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro, os jovens fizeram o Flash Mob: “Eu acredito na Juventude”. Percorrendo as ruas da cidade, a juventude testemunhou e anunciou Jesus Cristo. Cantavam, pulavam e carregavam cartazes com “os gritos da juventude”, destacando a luta pelo protagonismo juvenil, “somos um povo que quer voz, vez e lugar”, dizia um dos cartazes. Na Catedral da Sé, a missa foi presidida pelo cardeal dom Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano, concelebrada pelos bispos auxiliares e
DIA NACIONAL DA JUVENTUDE
O assessor do Setor Juventude da Arquidiocese, padre André Torres, sdb, afirmou que, na vida da Igreja, celebrar o Dia Nacional da Juventude, “é de novo firmar o nosso carinho e o nosso desejo com a juventude, o desejo de ser Igreja com a juventude, de abrir as portas da igreja para a juventude”. O Padre desejou que a juventude “se sinta Igreja e sinta sua responsabilidade no seio da Igreja”. Padre André reconhece que a realidade atual do mundo é desafiadora para a juventude, porém a Igreja está com a juventude para lhe dizer que “tenham coragem de viver a fé” e, especialmente, neste Dia das Missões “enviá-los para o mundo com a força de Deus, com a força da Igreja”. Os jovens Claudinei Santana e Matheus Marins, da Pastoral da Juventude da Região Episcopal Belém, desta-
caram que esta celebração do DNJ traz “os velhos atos de missão e os resgates de se colocar à frente na luta das Igrejas de base”. Para os jovens, a juventude é missionária por natureza e possui muitos gritos, entre os quais, contra o extermínio da juventude, por segurança, políticas públicas, contra as drogas. “Estamos aqui e queremos fazer diferente, só não sabemos se chegaremos até o fim, mas iremos fazer diferente”, afirmaram. Participante do Setor Juventude, Valesca Montenegro afirmou que o que a marca mais é o desejo de sair para ir ao encontro do outro. Para ela, ser missionária é se colocar a serviço do outro, mesmo diante das correrias do dia a dia, como trabalho, escola e família.
por padres da Arquidiocese, que, na sua maioria, trabalham com a juventude ou com as missões. Durante a homilia, dom Odilo destacou que os fiéis são enviados por Jesus Cristo para anunciar o Evangelho e recordar que este deve ser um trabalho de todos. O Cardeal lembrou e saudou, de forma especial, os membros da Infância e Adolescência Missionária (IAM) que participaram da celebração, e manifestou o seu desejo de que em todas as paróquias da Arquidiocese haja um grupo da IAM.
O Arcebispo questionou os jovens quanto à preparação que fazem de suas vidas para o futuro, pediu que os jovens não se deixem levar por “propagandas enganosas”, mas que busquem a verdade e pensem na construção de um futuro sério, bom e justo. No fim da celebração, o bispo referencial para a juventude, dom Tarcísio Scaramussa, saudou os jovens e afirmou que mesmo eles, não sendo todos os jovens da Arquidiocese de São Paulo, traziam consigo toda a juventude da Arquidiocese.
DIA MUNDIAL DAS MISSÕES
“Uma tradição que tem mais de 80 anos, quando o papa Pio 12, naquele tempo, pediu que toda a Igreja se voltasse, pelo menos uma vez por ano, para as missões além-fronteiras. E naquele dia o Papa fez um gesto que deixou todos surpreendidos, deixou o altar, pegou o solidéu, que virou uma espécie de ‘cestinho’, e passou no meio do povo pedindo uma oferta para ajudar as Missões além-fronteiras”, contou o padre Pedro Facci, missionário do Pontifício Instituto das Missões Exteriores (PIME). Padre Pedro, que também é diretor da Editora Mundo e Missão, afirmou que a Igreja é missionária por sua natureza, porém pode se tornar cada vez mais missionária “quando aceita o convite do papa Francisco e, antes dele, do próprio Cristo, que convida a
sair, a ir às periferias, ir ao encontro das pessoas, naqueles lugares onde, ainda, a fé em Jesus não é conhecida”. Na celebração deste domingo, a coleta é destinada para as missões intercontinentais, o que segundo o padre Pedro, é um gesto prático, porém há a oração e, também, responder ao chamado da Igreja para ser missionário, o que para o Padre é o mais significativo. Responsável por um grupo da Infância e Adolescência Missionária (IAM) na Região Episcopal Brasilândia, Aline Cristina Siqueira afirmou que para as crianças e adolescentes essa data é muito importante, pois eles veem nessa data o trabalho do dia a dia delas sobre as missões e uma oportunidade de rezar, ainda mais, por todos os missionários do mundo.
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Geral
Práticas de comunicação apresentadas no Muticom Fotos: Edcarlos Bispo de Santana/O SÃO PAULO
Evento foi realizado na cidade de Natal (RN) e reuniu pessoas de todo o Brasil para debater ‘Comunicação e participação cidadã: meios e processos’ EDCARLOS BISPO DE SANTANA ENVIADO ESPECIAL A NATAL (RN)
A palavra mutirão, de acordo com o dicionário Aurélio, vem do tupi e, dentre alguns significados, é o “auxílio gratuito que prestam uns aos outros membros de uma determinada comunidade, reunindo-se todos em proveito de um de seus membros ou de todos”. Para o arcebispo de Campo Grande (MS) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação Social, dom Dimas Lara Barbosa, o mutirão é um “exercício comunitário de construção do conhecimento da comunicação, um espaço de comunicação bastante democrático”. Nesta perspectiva foi realizado, na cidade de Natal (RN), de 27 de outubro a 1º de novembro, o 8º Mutirão Brasileiro de Comunicação (Muticom). Este ano, o encontro teve como tema “Comunicação e participação cidadã: meios e processos”. Participaram do encontro,
Participantes do Estado de São Paulo interagem ativamente no encontro realizado em Natal; GTs são a grande novidade
membros das Pastorais da Comunicação de diversas dioceses do Brasil, jornalistas dos diversos veículos de imprensa ligados a arquidioceses, dioceses, congregações, movimentos e novas comunidades. Fazendo uma avaliação do encontro para a reportagem do O SÃO PAULO, o coordenador do 8º Muticom, padre Edmilson Nobre, destacou como importante
Arquidiocese de Vitória acolherá 9ª edição do evento DO ENVIADO ESPECIAL A NATAL (RN)
Em 2015 a Arquidiocese de Vitória (ES) sediará, de 15 a 19 de julho, o 9º Muticom. De acordo com o bispo auxiliar de Vitória, dom Joaquim Wladimir Lopes Dias, desde a Assembleia Geral dos Bispos, realizada neste ano em Aparecida (SP), foi decidido que o encontro seria em Vitória e, desde então, os membros da diocese e de dioceses vizinhas se reuniram para preparar o encontro. Dom Joaquim informou que
o tema do encontro será sobre “Ética na comunicação” e que será tomado o cuidado de que o encontro não discuta o que a Pascom nacional discute em seus encontros. A ideia, segundo o bispo, é expandir o tema e o encontro para que até comunicadores não ligados à Igreja se sintam convidados a participar. Tornar a discussão mais acadêmica e com um olhar mais abrangente, firmando diretrizes para que a Pascom discuta e debata seu encontro bianual. (EBS) Edcarlos Bispo de Santana/O SÃO PAULO
as experiências dos grupos de trabalho, na tentativa de aprofundamento e enriquecimento do tema. “Olhando o todo, o trabalho realizado pelos assessores, o conteúdo trabalhado, as experiências dos grupos de trabalho que também foram uma inovação, pois, nos outros Mutirões, trabalhávamos com oficinas. Os Grupos de Trabalho nos dão a
consciência que já estamos na oitava edição, então se supõem que existem experiências ricas que merecem ser partilhadas, por isso, ousamos conscientemente que isso poderia ajudar mais na produção de quem participou do encontro”, comentou o padre. No Grupo de Trabalho (GT) sobre impressos, Patrícia Luz, jornalista do jornal “São Salvador”, da Arquidiocese de São
Salvador da Bahia, apresentou as mudanças que foram feitas no periódico de notícias da Arquidiocese. Patrícia destacou que o processo de mudança foi estudado por aproximadamente um ano e que há um trabalho de reestruturação da Pascom. André Louro Birck, do jornal “Mundo Jovem”, afirmou que considera estes encontros entre comunicadores muito importantes, pois vê “um ambiente de debate muito profundo com as ideias levantadas”. No GT de impressos, do qual André participou, foram levantas discussões sobre as dificuldades que as revistas e os jornais católicos possuem de manter os assinantes, mesmo diante deste quadro, o jornalista do “Mundo Jovem” se disse otimista por acreditar que é preciso que os impressos saibam usufruir melhor da internet, “os impressos são diferentes dos outros meios de comunicação, o impresso tem um sentido fundamental na construção do raciocínio”, afirmou. Em 2014 será realizado na cidade de Aparecida (SP) um encontro voltado para os membros da Pascom. De acordo com o vice-coordenador do Setor de Comunicação do Regional Sul 1, padre Marcos Vinícius, o Regional terá grande responsabilidade, pois o encontro é “em casa” e os membros do Sul 1 ficaram responsáveis por cuidar da hospedagem e da recepção dos participantes.
Participação acadêmica marca encontro Edcarlos Bispo de Santana/O SÃO PAULO
DO ENVIADO ESPECIAL A NATAL (RN)
Durante os dias do encontro, foram realizadas na parte da manhã conferências temáticas que aprofundaram o olhar acadêmico sobre o assunto central do Mutirão Brasileiro de Comunicação: comunicação e a participação cidadã. Debatedor durante um dos dias do encontro, o professor doutor Juciano de Souza Lacerda, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), local onde se realizou o encontro, destacou que uma de suas responsabilidades foi a definição de que a edição deste ano do mutirão fosse com apresentação de trabalhos, em vez de oficinas. Para Juciano, ao longo dos mutirões sempre tiveram especialistas da Igreja, sobre comunicação, porém se decidiu pensar a comunicação para além do eixo religioso, porém pensado o lugar do comunicador. Os alunos da UFRN, também participaram ativamente
Professores Laurindo Lalo (em pé) e Manoel Chaparro (dir.) apresentam seminário falando do conteúdo e mensagens dos meios de comunicação
do mutirão. Muitos colaboraram nos GTs e produziram matérias e reportagens para os meios de comunicação da universidade. Danilo Vieira, Arildo Gabriel e Judson Gurgel do curso de Comunicação destacaram que, mesmo não podendo participar ativamente do 8º Muticom, foi importante perceber que a preocupação e os debates foram de
temas que não envolvem só a Igreja, mas a comunicação de um modo geral. Para os estudantes de Comunicação da UFRN, é indispensável avaliar a permanente discussão que está sendo feita a cerca da forma e do conteúdo que se comunica, pois essa discussão, segundo eles, é muito presente no meio acadêmico. (EBS)
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Geral/Entretenimento Fotos: Luciney Martins/O SÃO PAULO
PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS
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O que o nome de Canção gospel de André Valadão Dramaturgo Era Conceito Deus deve ser, na anunciada filosófico norueguês de Terra que Moisés não oração do com ousadia pelos de Lao- “Casa de Bonecas” chegou a conhecer, por ter Pai-nosso discípulos (At 4:31) tse e “Peer Gynt” desobedecido ao Senhor
Profeta acusado por Amazias de conspirar contra Jeroboão (Am 7:10)
Esposa de Nabal Ídolo dos amonitas Matéria ígnea de Vitamina de ação origem antigripal vulcânica
A de José para o Egito foi involuntária
Profeta escarnecido por ser calvo
152, em algarismos romanos
O pai de Samuel (I Cr 6: 33-34) Interjeição de quem atende ao telefone Discípula (?) de Deus: quem não a ouvir será amaldiçoado (Dt 28:15)
Corrente contínua (sigla)
Talentos naturais Filisteia que traiu Sansão Iodo (símbolo) Conjunção aditiva
Nome original do Apóstolo dos Gentios Elétron (símbolo)
Anverso da coroa, na moeda
O homem que nega Deus (Sl 14:1) (?) Jatene, exMinistro da Saúde
(?) de prumo, utensílio do pedreiro
(?)-Codi, órgão do Regime Militar
Nome da 18 a letra do alfabeto
Feita de ouro Patriarca do Dilúvio Ácido da síntese proteica da célula
Segundo, em inglês Terminação de palavras no plural
E R R E C L I I N I A
D
S O L T A O C A B O D A N A U
NAS BANCAS E LIVRARIAS
I F I C B I G A S N E L C A N A Ã V E D A L I O I N E S C S E A A U R N D A O I L Z E B E D
Preencha os espaços vazios com algarismos de 1 a 9. Os algarismos não podem se repetir nas linhas verticais e horizontais, nem nos quadrados menores (3x3). www.coquetel.com.br
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Solução
PASSA TEMPO
A noite do domingo, dia 1º, na Catedral da Sé, foi iluminada. Centenas de pessoas participaram da cerimônia de abertura do “Natal Iluminado”, o evento é uma promoção da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Prefeitura de São Paulo e Guaimbé Bureau de Cultura. No início do evento houve uma celebração ecumênica com alguns membros do Movimento de Fraternidade de Igrejas Cristãs (MOFIC), entre eles o cardeal dom Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano, e representantes das Igrejas: Ortodoxa Antioquina; Apostólica Armênia; Evangélica de Confissão Luterana do Brasil; Episcopal Anglicana; Presbiteriana Unida do Bra-
para você se lembrar de tudo
N T A M O O L U O Z Q U L E F O I C O
REPORTAGEM NO CENTRO
Após a projeção das luzes, que iluminaram a Catedral da Sé, a família Gomes voltava para casa emocionada. Para Elaine Cristina Saito de Moraes Gomes, que só foi à Catedral para ver a apresentação de um de seus alunos na Orquestra, as pessoas não se dão conta de que não são só presentes, que Natal, na verdade, é nascimento, renovação, esperança de algo melhor. Já para a pequena Luísa Saito de Moraes Gomes, filha de Elaine e de Agnelo Gome Júnior, o Natal deixa a mensagem de que este é o tempo de uma vida nova. Se pudesse dar um presente à cidade, Luísa, com um sorriso no rosto, afirmou que daria mais amor. Na cerimônia de abertura do “Natal Iluminado”, também estiveram presentes na Catedral da Sé, representantes de outras denominações religiosas como o Judaísmo, Islamismo, Budismo, Espiritismo e de Religiões de Matriz Africana. Para o cônego José Bizon, da Casa da Reconciliação, a presença de líderes de outras denominações religiões mostra que o Natal é acolhimento e vai ao encontro do que pede o papa Francisco, “deixar a religião para o segundo plano, mas, enquanto pessoa de fé, nos aproximemos para dar este testemunho ao mundo”.
jogos e exercícios
S A P A A L A V R S A D E D S E U S
EDCARLOS BISPO DE SANTANA
sil e da Igreja Armênia Católica. Na saudação, dom Odilo destacou que para os católicos este é um tempo de preparação para o Natal do Senhor, porém a cidade já se reveste de alegria, luzes e movimentação em vista do Natal. O Arcebispo afirmou ainda que os cristãos querem compartilhar as alegrias do Natal com todos e, se alegram, com todos os que celebram a recordação do nascimento de Jesus. Autoridades civis também participaram do encontro, entre eles o prefeito da cidade, Fernando Haddad, e o vice-governador, Guilherme Afif Domingos. Na sua fala, o prefeito afirmou que, no tempo do Natal, “todos nós sentimos mais a presença de Cristo em nossas vidas, em nossos corações. Eu desejo, do fundo do meu coração, que aproveitemos este tempo para ensinar às crianças a mensagem de Jesus, uma mensagem eterna, mensagem de caridade, fraternidade e, sobretudo, de amor, mensagem que nos faz perdoar ser mais humildes”. Após a celebração ecumênica, houve a apresentação da Orquestra Sinfônica Heliópolis, Orquestra Juvenil Heliópolis e do Coral da Gente, todos mantidos pelo Instituto Baccarelli. Os cerca de 200 jovens arrancaram aplausos, sorrisos e lágrimas da plateia.
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Solução
Catedral iluminada para o Natal Na noite do domingo, dia 1º, “Natal Iluminado” contou com celebração ecumênica e apresentações musicais
Deus-Sol do Egito faraônico
3/arn — doi — oil. 4/amós. 5/ibsen. 6/néscio — second. 7/zebedeu.
BANCO
Com ele estavam Óleo, em inglês Tiago e João, consertando as redes (Mt 4: 18-21)
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Cardeal Scherer presidirá ordenações sacerdotais No sábado, 7, às 15h, na Catedral Metropolitana Nossa Senhora da Assunção, na praça da Sé, o cardeal dom Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano de São Paulo, presidirá a ordenação sacerdotal dos diáconos João Paulo G. Rizek, 34 anos, Eduardo Higashi, 43, e João Bechara Ventura, 29. Informações pelo telefone (11) 3107-6832.
Dom Odilo celebra no CDP de Pinheiros Fotos: Edcarlos Bispo de Santana/O SÃO PAULO
Missa aconteceu na terça-feira, 26, e teve a participação de detentos, agentes penitenciários e diretores da unidade prisional EDCARLOS BISPO DE SANTANA
REPORTAGEM NA ZONA OESTE
“Como nós vemos a Deus?”, foi a pergunta feita pelo cardeal dom Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano, aos detentos do Centro de Detenção Provisória (CDP) de Pinheiros, zona oeste da capital paulista, na homilia da missa celebrada na tarde de terçafeira, 26, para os presos, agentes penitenciários e diretores do CDP. A missa, presidida por dom Odilo, foi concelebrada pelos padres Manoel Ferreira dos Santos Júnior, provincial dos Missionários do Sagrado Coração (MSC), e Eugênio Luiz de Barros, msc, sacerdote que trabalha no atendimento aos detentos do CDP. Na saudação inicial, dom Odilo destacou que a celebração já se insere na preparação
Após a celebração no CDP de Pinheiros, dom Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano, ganha das mãos do diretor da unidade um presente feito pelos detentos
para o Natal. O Cardeal afirmou, ainda, que Deus é um Pai de misericórdia, e que dá às pessoas palavras de conforto, mas também de orientação para que elas possam se acertar na vida. Já na homilia, o Arcebispo pegou como exemplo a figura de Jesus Bom Pastor, aquele que cuida de suas ovelhas, que vai atrás da ovelha perdida e desamparada. Dom Odilo destacou, também, que na vida de todas as pessoas pode
ter um momento de desencaminhamento, porém todos têm a possibilidade de se reencontrar. Dom Odilo pediu ainda que, mesmo sendo difícil o período de reclusão, os presos aproveitem o momento que estão internos para aprender coisas boas, pois isso será útil na vida. E recomendou que não se desesperem, não deixem de procurar o caminho bom, o caminho que conduz para a liberdade e felicidade.
Padre Eugênio, que há dois anos trabalha no CDP de Pinheiros, contou que a religião abre perspectivas de indicar um caminho por onde caminhar, para que o encarcerado tenha um caminho a seguir e permaneça firme para não voltar a errar. Para o Sacerdote, a visita do “Pastor maior da Arquidiocese” é importante, pois “não existe maior prova de amor do que a presença”. Padre Eugênio acrescentou que a presen-
ça da Igreja “começa a partir de um olhar misericordioso, que é o olhar de Jesus, a resgatar essas ovelhas e trazer de volta ao redil”. O diretor da unidade, doutor Guilherme Silveira Rodrigues, afirmou que a Igreja sempre colaborou no trabalho das unidades de detenção, fazendo parte, para ele, de um tripé – família, trabalho e religião – o que colabora para a disciplina e ajuda na ressocialização dos detentos.
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