produtor de
citros
Geraldo Correia de AraĂşjo Filho | Marconi Seabra Filho | Francisco de Assis Castro
Copyright © 2003 by Geraldo Correia de Araújo Filho, Marconi Seabra Filho e Francisco de Assis Castro
Fundação Demócrito Rocha (FDR)
Instituto Centro de Ensino Tecnológico (CENTEC)
Presidente João Dummar Neto
Diretor Presidente Francisco Férrer Bezerra
Diretor Geral Marcos Tardin
Diretoria de Extensão Tecnológica e Inovação Afonso Odério Nogueira Lima
Edições Demócrito Rocha (EDR)
Diretoria de Ensino, Pesquisa e Pós-Graduação Afonso Odério Nogueira Lima
(Marca registrada da Fundação Demócrito Rocha)
Editora Executiva Regina Ribeiro Editor Adjunto Raymundo Netto
Diretoria Administrativo-Financeira Antônio Elder Sampaio Nunes Convênio institucional entre Fundação Demócrito Rocha e Instituto CENTEC Secretaria da Ciência e Tecnologia e Educação Superior do Ceará - Secitece
Gerente de Produção Sérgio Falcão Editor de Design Amaurício Cortez Coordenação Editorial Eloísa Maia Vidal Revisão Textual Miguel Leocádio Araújo Capa Welton Travassos Editoração Eletrônica Cristiane Frota Ilustrações Welton Travassos, Elinaudo Barbosa, Leonardo Filho e Erivando Costa Fotos Banco de Dados O POVO Catalogação na Fonte Kelly Pereira
Araújo Filho, Geraldo Correia de Ar12p Produtor de Citros /Geraldo Correia de Araújo Filho; Marconi Seabra Filho; Francisco de Assis Castro. - Fortaleza: Fundação Demócrito Rocha; Instituto Centro de Ensino Tecnológico CENTEC, 2014. 40 p.: il. color. - (Coleção Formação para o Trabalho 2)
ISBN 978-85-7529-647-9
1. Citros. I. Seabra Filho, Marconi. II. Castro, Francisco de Assis. III. Título. CDU 582.751.9
Todos os direitos desta edição reservados a:
Fundação Demócrito Rocha Av. Aguanambi, 282/A - Joaquim Távora, Fortaleza-Ceará - CEP 60.055-402 Tel.: (85) 3255.6037 - 3255.6148 Fax: (85) 3255.6271 www.fdr.com.br
Sumário Apresentação..........................................4
Lição 5
Lição 1
Formação da muda cítrica....................14
Origem, botânica dos citros e citricultura...................................5
Lição 6
Lição 2 Aspectos climáticos e edáficos na qualidade do fruto..............................8
Lição 3 Porta-enxertos......................................10
Lição 4 Propagação dos citros..........................12
Instalação do pomar.............................26
Lição 7 Condução do pomar.............................34 Referências...........................................40
Este projeto conta com a parceria do Instituto Centro de Ensino Tecnológico - CENTEC, que por meio de convênio interinstitucional com a Fundação Demócrito Rocha, assegura a elaboração dos textos visando trabalhar com a formação profissional básica para a população cearense. Este manual tem como objetivo disponibilizar material de baixo custo e alta qualidade técnica, editorial e pedagógica criando condições para que cidadãos tenham acesso a educação para o trabalho, com vistas à inclusão social, criando um ambiente propício para geração de emprego e renda. Citrograf: é uma empresa produtora de mudas cítricas.
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Apresentação A s frutas cítricas, entre elas, laranja, limão e tangerina, se constituem em culturas de grande importância para a economia brasileira. Representam, acima de tudo, uma garantia de renda, principalmente para as pequenas e médias propriedades. Além da produção destinada à subsistência, garantindo à família rural a suplementação alimentar com frutos sadios e nutritivos, o excedente pode ser comercializado in natura ou na forma de sucos. Um dos fatores fundamentais para o desenvolvimento da citrocultura são as mudas, pois constituem a base da formação dos pomares e terão reflexo durante toda a vida útil. Portanto, é determinante a escolha da melhor muda para o bom desempenho do empreendimento, uma vez que seu gasto não é expressivo nos custos
Formação para o trabalho 2 produtor de citros
totais de formação de um pomar de citros e na sua produção. Para produzir mudas, faz-se necessário aplicar medidas visando alcançar os padrões de qualidade específicos para cada espécie de fruta cítrica. Para isso, devemos fazer o acompanhamento de todas as fases do processo produtivo das mudas. Segundo dados da Citrograf, a muda representa 13% nos custos de formação dos pomares num período de 0 a 36 meses. Nos custos de produção dos pomares, a vida útil de uma muda é de 16 anos e o seu valor representa 2,4%. Este manual tem como principal objetivo fornecer, de forma simples e prática, informações técnicas necessárias ao cultivo racional de frutas cítricas, de maneira que venham permitir uma produção adequada e crescente.
Lição 1
Origem, botânica dos citros e citricultura
A
produção de frutas cítricas exige um controle contínuo sobre o desenvolvimento das plantas, que deve atender a condições ótimas que favoreçam um crescimento equilibrado, resultando em plantas com garantia de sanidade e de alta produtividade. O sistema de produção deve se adequar às normas exigidas pelo Ministério da Agricultura do Brasil.
Origem das frutas cítricas As plantas cítricas são originárias da Ásia e do Arquipélago Malaio, sendo hoje cultivadas em todo o mundo, numa faixa equatorial que se estende até os paralelos 35º Norte e Sul.
FAIXA DE CULTIVO DE CITROS
Botânica dos citros Durante muito tempo, todas as espécies cítricas estiveram situadas no gênero Citrus, daí o nome generalizado de “plantas cítricas”. Posteriormente, Swingle promoveu alterações na sistemática da família Rutaceae, criando dois novos gêneros: Poncirus e Fortunella. Ao gênero Citrus pertencem as espécies de valor econômico como
as laranjas doces, tangerinas, limas, limões e pomelos. O Poncirus possui apenas uma espécie de importância na citricultura brasileira como porta-enxerto: P. Trioliata. Ao gênero Fortunella pertencem as frutas conhecidas como Cunquate, de pouca importância entre nós.
Botânica: é a parte da Biologia que estuda os vegetais e teve um grande desenvolvimento com os trabalhos do médico e botânico sueco Karl von Linne (1707-1778), conhecido no Brasil como Lineu.
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A POSIÇÃO SISTEMÁTICA DOS CITROS Família Subfamília Tribo Subtribo Gênero
Rutaceae Aurantioideae Citreae Citrinae Poncirus Fortunella Citrus
GÊNERO CITRUS – ESPÉCIES Espécie Citrus medica Linn Citrus limon (Linn) Burn. F. Citrus aurantifolia (Christm.) Swing Citrus aurantium Linn Citrus sinensis (Linn) Osbeck
Fruta Cidra Limão Lima Laranja azeda Laranja doce
Citrus reticulata Blanco
Tangerina Toranja Pomelo
Citrus grandis (Linn) Osbeck Citrus paradisi Macf.
A quais gêneros pertencem os citros?
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Citricultura no Brasil O Brasil ocupa o primeiro lugar na produção mundial de citros, seguido dos Estados Unidos e Espanha. Em termos de exportação de suco concentrado, o País encontra-se também em primeiro lugar com 70% das exportações mundiais, sendo o mercado europeu, Canadá e Estados Unidos, os maiores importadores. No Estado do Ceará, a citricultura assumiu certo valor por volta de 1880. Naquela época, o Comendador João Corrêa de Melo, assim como vários outros cafeicultores dos municípios de Maranguape e Pacatuba, se dedicaram à citricultura e chegaram a exportar para a Inglaterra, entre 30 e 50 mil caixas de laranjas anualmente, constituindo-se, assim, nos pioneiros deste comércio no Brasil.
Formação para o trabalho 2 produtor de citros
O comércio foi interrompido devido ao mau estado em que chegavam os frutos na Inglaterra, consequência do péssimo tratamento que lhes eram dispensados, não podendo competir com os de outras regiões. A produção de citros no Brasil visa não só ao abastecimento interno de fruta fresca, mas principalmente à exportação de suco concentrado congelado. A cultura dos citros proporciona ao Brasil divisas em torno de 1 bilhão de dólares anuais, sendo os Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Sergipe, Bahia e Rio Grande do Sul os principais produtores.
PRINCIPAIS ÁREAS DE PRODUÇÃO DE CITROS NO BRASIL
No Brasil, os citros são plantados de norte a sul, com predominância nos Estados da região Sudeste.
Fitossanitário: relativo à saúde dos vegetais.
Resumo da lição • As plantas cítricas são cultivadas hoje em todo o mundo; O Estado de São Paulo é o maior produtor brasileiro de citros, que concentra mais de 75% da produção; também nesse Estado, estão instaladas a maioria das indústrias de processamento de citros, ou seja, 65%. No Brasil a exploração racional de citros deverá ocorrer com a utilização de mudas certificadas, aliada a práticas como adubação, irrigação e controle fitossanitário.
O tratamento de frutos pós-colheita, assim como os problemas de embalagem, transporte, comercialização e crédito, são pontos de estrangulamento da cadeia produtiva dos citros em alguns Estados, que deverão ser solucionados. Outro ponto fundamental para o sucesso desta atividade é a definição, através da pesquisa, de porta -enxertos e variedades copa adaptadas às condições de clima e solo.
• As laranjas doces, tangerinas, limas, limões e pomelos pertencem ao gênero Citrus; • O Brasil ocupa o 1º lugar na produção mundial de citros, seguido dos Estados Unidos e Espanha; • No Brasil, os citros são plantados de norte a sul, principalmente nos Estados da região Sudeste e rendem divisas em torno de 1 bilhão de dólares anuais;
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Lição 2
Aspectos climáticos e edáficos na qualidade do fruto
O
s citros são plantas com preferência climática claramente subtropical com distribuição geográfica em vários regimes térmicos, o que evidencia sua ampla adaptação aos diferentes tipos de climas tropicais e subtropicais.
Temperatura
Irrigação: é usada para suprir a carência de água e pode ser através de sulcos ou aspersão.
Qual o clima ideal para os citros?
A vitamina C é importante no tratamento das viroses e na cicatrização.
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Devido à sua distribuição geográfica as plantas cítricas se adaptam a temperaturas elevadas e constantes ao longo do ano. Também se desenvolvem em regimes com sazonalidades térmicas, em latitudes subtropicais, onde praticamente todos os anos ocorrem geadas. Esses extremos, entretanto, não significam plena aptidão para cultivos comerciais. As temperaturas médias em torno de 24 ºC são consideradas ideais. Os danos devido às baixas temperaturas dependem da espécie cultivada, da variedade copa, do porta -enxerto, da idade da planta, do seu estado vegetativo e duração do frio. Eles podem se limitar a danificar as folhas e a safra pendente, quando leves, ou matar os ramos e, assim, comprometer a produção dos anos seguintes, quando intensos. Nas regiões quentes, os prejuízos são mais visíveis no crescimento da planta e na qualidade do fruto. Assim, o crescimento dos ramos e raízes dos citros pode paralisar-se com temperaturas acima de 37 - 38 ºC. Temperaturas superiores a 40 ºC, associadas a um baixo teor de umidade relativa do ar, podem ocasionar
Formação para o trabalho 2 produtor de citros
danos na casca dos frutos que ficam com rachaduras de coloração amarelo-clara a pardo-escura, no lado mais exposto ao sol.
Umidade Os citros podem ser cultivados em regiões com alta ou baixa umidade relativa do ar. Nas regiões com alta umidade relativa, há o balanceamento dos efeitos das altas temperaturas. No entanto, há o favorecimento à infestação das plantas por pragas e doenças. Já nas regiões com baixa umidade relativa, há o problema da planta transpirar mais, obrigando o uso de irrigação para diminuir os efeitos causados por esse excesso de transpiração.
Pluviosidade Os citros necessitam de uma precipitação anual entre 900 e 1.500 mm, bem distribuídos durante o ano. Em regiões áridas, onde o período seco é muito prolongado, o uso de irrigação é indispensável para compensar a falta ou irregularidade de chuvas.
Insolação É bastante conhecida a ação da luz sobre o desenvolvimento vegetativo das plantas cítricas. Além de outros fenômenos fisiológicos, a floração, a frutificação e a qualidade do fruto são bastante influenciadas pela quantidade de luz recebida. Não só a deficiência de luz pode diminuir a produtividade do pomar e favorecer a produção de frutos de
má qualidade, como o excesso de insolação pode provocar graves lesões nas plantas cítricas.
Ventos A ação dos ventos sobre os pomares cítricos é muito variável. Eles podem ter uma ação atenuante ou agravante sobre outros fatores climáticos. Ventos muito quentes podem provocar prejuízos incalculáveis. Por outro lado, os ventos podem evitar a formação de geadas no pomar, contribuindo de forma decisiva para que não ocorram prejuízos. Naturalmente, a ação dos ventos sobre os citros depende de três características: velocidade, temperatura e umidade. A ação dos ventos se dá pela depreciação dos frutos devido às manchas causadas pelo atrito.
Influência do clima na qualidade do fruto Os fatores climáticos podem influenciar nas principais características dos frutos: Tamanho do fruto: climas com elevada temperatura e alta umidade relativa agem sobre os frutos, aumentando-lhes o tamanho. Maturação: quanto mais quente o clima, mais precoce a época de colheita. Coloração da casca: é das mais conhecidas a ação do clima sobre a coloração das frutas cítricas. Essa ação se faz sentir através da variação das temperaturas diurnas e noturnas. Quanto maior a variação, mais coloridos serão os frutos. Formato do fruto: quando o clima é de baixa umidade, os frutos são normalmente alongados ou oblongos, enquanto a alta umidade favorece a formação de frutos redondos ou achatados. Quantidade de suco: frutos com alta pesagem de sucos são formados
em regiões com elevada umidade relativa do ar. Espessura da casca: nas zonas de clima quente e elevada umidade, a casca dos frutos tende a ser mais fina. Quantidade de açúcares e ácidos: em climas quentes se constata uma evolução crescente muito rápida, dos sólidos solúveis e decrescentes de ácidos, determinando uma maturação muito precoce do fruto. Vitamina C: o conteúdo de vitamina C está diretamente relacionado com a umidade. Por esta razão é que, numa árvore, as laranjas dispostas externamente na copa são mais ricas em vitamina C, que as internas.
Aspectos edáficos Os citros se adaptam aos mais diferentes tipos de solo. Entretanto, a longevidade, o estado sanitário, a produtividade e a qualidade dos frutos estão diretamente relacionados com a localização do pomar. As características químicas de um solo são de menor importância que as físicas, por estarem passíveis de modificações por meio dos fertilizantes. Todavia, é natural que os solos ricos devam ser preferidos. Na análise física do solo, devem ser considerados a permeabilidade, a profundidade e o nível do lençol freático. A permeabilidade é o item de maior importância, pois as plantas cítricas sofrem com o que se convencionou chamar de “fome” de oxigênio. Portanto, os solos muito pesados, com pouca permeabilidade, devem ser evitados. Um solo que apresente infiltração da coluna d’água da ordem de 10 a 20 cm por hora é considerado ideal para os citros. Essa permeabilidade é encontrada nos solos sílico-argilosos ou argilo-silicosos.
Qual a influência dos ventos sobre os cítricos? Quais as influências dos fatores climáticos sobre os frutos cítricos? Devemos nos preocupar com as características químicas do solo? Por quê? Edáficas: características relativas ao solo.
Resumo da lição • Os citros são plantas com preferências claramente subtropicais com as temperaturas médias de 24 ºC e uma precipitação pluviométrica anual entre 900 e 1.500 mm; • A deficiência de luz pode diminuir a produtividade do pomar e favorecer a produção de frutos de má qualidade; • Ventos muito quentes podem provocar prejuízos incalculáveis, porém ajudam a evitar a formação de geadas no pomar; • Os fatores climáticos podem influenciar nas principais características dos frutos: tamanho, maturação, coloração da casca, formato, quantidade de suco, espessura da casca, quantidade de açúcares, ácidos e vitamina C; • Os citros se adaptam muito bem em diferentes tipos de solo; • Da localização do pomar, dependem a longevidade, o estado sanitário, a produtividade e a quantidade dos frutos; • Na análise física do solo, devem ser considerados a permeabilidade, a profundidade e o nível do lençol freático.
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Lição 3 Porta-enxertos
A
Abcisão: remoção por meio de corte
O que vêm a ser porta-enxertos?
Existem quantos tipos de porta-enxertos?
10
enxertia é o método de propagação vegetativa de plantas mais utilizado na fruticultura e consiste na união de uma borbulha ou de um garfo sobre o porta-enxerto. O porta-enxerto induz à variedade copa alterações no seu crescimento, tamanho, precocidade de produção, produtividade e época de maturação. Outras vantagens que podem ser atribuídas ao porta-enxertos se referem ao peso dos frutos, coloração da casca e do suco, teor de açúcar e acidez dos frutos, permanência destes na planta, conservação, pós-colheita, transpiração das folhas, capacidade de absorção, fertilidade do pólen, composição química das folhas. No que diz respeito à síntese e utilização dos nutrientes, tolerância à salinidade, resistência à seca e ao frio, resistência e tolerância a pragas e doenças, adaptação a diferentes tipos de solo e resposta a produtos de abcisão, o porta-enxerto tem um papel fundamental. Essas alterações, no entanto, estão condicionadas à variedade da copa utilizada e às condições edafo-climáticas da região de produção. O conhecimento das características dos porta-enxertos e a sua racional utilização, possibilitam obter mais rendimento, quer pelo aumento da produção, quer pela melhor qualidade dos frutos, ou ainda, pela antecipação ou retardamento da maturação dos mesmos.
Formação para o trabalho 2 produtor de citros
A seguir são descritas informações importantes relativas ao enxerto.
Lembrete importante ■ ■O
enxerto só “pega” quando há uma perfeita união entre os cortes, que devem ser bem-feitos e com as superfícies lisas; ■■Os canivetes de enxertia devem ser bem afiados e limpos; ■■Os garfos e as borbulhas devem ser retirados de plantas em perfeitas condições fitossanitárias, produtivas e que tenham as características desejadas; ■■A técnica de enxertia pode envolver duas variedades de planta, sendo ou não da mesma espécie; ■■ A enxertia não representa cruzamento entre plantas diferentes, pois não ocorre troca de material genético. O cavaleiro pode realizar reprodução sexuada e produzir descendentes de sua própria variedade. Existem diversos porta-enxertos usados para a propagação dos citros. No entanto, no Brasil, há uma tendência de se utilizar apenas o limão Cravo como porta-enxerto devido à facilidade de obtenção de semente, este atingir mais rápido o ponto de enxertia, promover maior desenvolvimento vegetativo, induzir precocidade, ter uma maior tolerância à seca e apresentar comprovada resistência à virose denominada “tristeza”.
CARACTERÍSTICAS DOS PRINCIPAIS PORTA-ENXERTOS PORTA-ENXERTOS Características
Limão cravo
Laranja caipira
Poncirus trifoliata
Citrang e Troyer
Laranja azeda
Limão Volkameriano
Tristeza
sim
sim
sim
sim
não
sim
Exocorte
não
sim
não
não
sim
sim
Xiloprose
não
sim
sim
sim
sim
não
gosmose
regular
má
alta
boa
boa
alta
verrugose
não
boa
alta
alta
não
não
geada
fraca
boa
alta
boa
boa
boa
seca
ótima
pequena
baixa
baixa
regular
ótima
Vigor no viveiro
bom
regular
baixo
bom
regular
grande
Início de produção
precoce
tardio
precoce
médio
médio
precoce
Produção
ótima
boa
boa
boa
boa
boa
Qualidade da fruta
regular
boa
ótima
boa
boa
regular
Solo indicado
leve
leve
até pesado
leve
até pesado
até pesado
Volume da planta
médio
grande
pequeno
médio
grande
médio
Longevidade
grande
grande
grande
grande
grande
Indicado para
laranjas tangerinas e limas
laranjas pomelos
laranjas, e limas
laranjas, pomelos e limas
limões verdadeiros
Tolerância a viroses
Resistência à
Apesar das inúmeras vantagens apresentadas pelo limão Cravo, o uso indiscriminado desse porta-enxerto, poderá destruir a citricultura nacional conforme já ocorreu com a chegada da tristeza em 1937, que provocou a morte de 10 milhões de plantas, só no Estado de São Paulo. Naquela época, a citricultura brasileira estava concentrada na laranja azeda, que se mostrou altamente suscetível a essa enfermidade. Portanto, é fundamental a diversificação de porta-enxerto para prevenir problemas semelhantes à tristeza.
laranjas e limões verdadeiros
Resumo da lição • O conhecimento das características dos porta-enxertos e a sua racional utilização, possibilita obter mais rendimento; • No Brasil, há uma tendência de se utilizar apenas o limão Cravo como porta-enxerto; • Apesar das inúmeras vantagens apresentadas pelo limão Cravo, o uso indiscriminado desse porta-enxerto poderá destruir a citricultura nacional.
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Lição 4
Propagação dos citros
O
s citros podem ser propagados através de sementes ou utilizando-se métodos de multiplicação vegetativa, como estaquia, alporquia ou enxertia.
Propagação sexuada e vegetativa
De que maneira ocorre a propagação dos citros?
Por que não se fazem mais mudas de porta-enxerto?
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Sementes
Estaquia e alporquia
A propagação por sementes é atualmente utilizada na citricultura quase que exclusivamente para produção de porta-enxertos, embora ainda existam hoje plantios comerciais de pé-franco, como os pomares de laranja de Russas do Baixo Jaguaribe e a maioria das plantas cítricas de Santa Catarina. As plantas obtidas por sementes apresentam porte muito elevado, espinhos agressivos, início de produção bastante tardio (6 a 10 anos), adoecem mais facilmente que as enxertadas e nem sempre reproduzem as características da planta-mãe. Entretanto, as plantas de pé-franco não têm só desvantagens. Normalmente, nenhuma das doenças causadas por vírus é transmitida pela semente; enquanto estas mesmas doenças são todas transmitidas pela enxertia.
São métodos de propagação vegetativa em que se forçam ramos ao enraizamento. Pode se estimular a emissão de raízes, fazendo-se incisão e anelamento (meios mecânicos) ou empregando-se hormônios (meios químicos). Para haver enraizamento, o solo deve ser mantido sempre úmido, havendo algumas variedades que enraízam mais facilmente, como a cidra e lima da Pérsia. Antigamente produzia-se porta -enxerto de cidra através de estacas. Hoje, isto não é mais aceito, porque essas mudas, além de outros problemas, são mais susceptíveis à gomose e o sistema radicular é sempre menor quando comparado com mudas de pé-franco.
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Estaquia: é o método de multiplicação no qual se coloca um pedaço de ramo ou raiz da planta-mãe para enraizar. Alporquia: é o método de multiplicação no qual se coloca um pedaço de ramo usado para o enraizamento ao redor do ramo que se pretende enraizar em cima da planta-mãe. Método de alporquia
Enxertia A enxertia é o método de propagação de mudas frutíferas mais utilizado no mundo. É a operação que consiste em se justapor um ramo, ou um pedaço de ramo, com uma ou mais gemas, sobre outra planta, de modo que ambos se unam e passem a constituir um único indivíduo. A operação de enxertia objetiva criar uma associação simbiótica entre dois indivíduos, copa e porta -enxerto, geneticamente diferentes que devem viver em estreito relacionamento, mutuamente benéfico, para que a planta criada pela enxertia seja produtiva e longeva. A enxertia apresenta uma série de vantagens sobre outros métodos: ■■alta produção e uniformidade de frutos;
Método de estaquia ■■precocidade
de produção; ■■maior facilidade na realização de tratos culturais e colheitas; ■■possibilidade do uso de porta-enxertos resistentes a doenças e adaptados às condições edafo-climáticas existentes em cada região. A seguir serão descritos os três métodos de enxertia: Borbulhia: é um método de enxertia mundialmente consagrado para citros, com preferência para o “T” invertido. Garfagem: é um método de enxertia pouco utilizado e não regulamentado para citros no Brasil. Encostia: é um método utilizado em casos excepcionais, principalmente para salvar plantas cujos porta-enxertos estejam morrendo.
Técnica de enxerto
Quais os métodos de enxertia?
Resumo da lição • Os citros podem ser propagados através de sementes ou utilizando-se métodos de multiplicação vegetativa, como alporquia, estaquia ou enxertia; • A enxertia apresenta uma série de vantagens sobre outros métodos: alta produção e uniformidade de frutos, precocidade de produção, maior facilidade na realização de tratos culturais e colheitas, possibilidade do uso de porta-enxertos resistentes a doenças e adaptados às condições edafo-climáticas existentes em cada região; • Existem três métodos de enxerto: borbulhia, garfagem e encostia.
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Lição 5
Formação da muda cítrica
A
s mudas são produzidas com a finalidade de melhorar a qualidade dos citros e podem ser propagadas através de sementes ou utilizando-se métodos de multiplicação vegetativa, como estaquia, alporquia ou enxertia.
Obtenção das sementes As sementes dos porta-enxertos devem ser obtidas de plantas matrizes previamente selecionadas, para que sua descendência apresente características desejáveis. Portanto, a planta deve ter sua origem e performance conhecidas. Cada viveirista deveria ter suas próprias plantas matrizes. As sementes devem ser obtidas de frutos maduros, colhidos diretamente na planta, para evitar a infestação com o fungo Phytophtora no contato com o solo.
Como se preparam as sementes?
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Preparo das sementes Extração: no processo de extração, as sementes são retiradas cortandose os frutos ao meio, de maneira a evitar que elas sejam feridas, o que se consegue com um corte um pouco profundo na casca e separando-se as metades do fruto por meio de torção. Espremendo-se cada metade sobre uma peneira, extraem-se todas as sementes contidas no fruto. Lavagem: após a extração, as sementes devem ser lavadas em água corrente até a retirada total de mucilagem. Tratamento térmico: as sementes devem ser tratadas cuidadosamente durante 10 minutos, por imersão
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em água a 52 ºC (morna), a fim de eliminar fungos, principalmente do gênero Phytophtora. Secagem: após esse tratamento, as sementes devem ser colocadas sobre folha de jornal, em local ventilado e sombreado, para retirar o excesso de umidade. Tratamento químico: depois de secas, as sementes devem ser tratadas com Brassicol pó seco (150200 g/100 kg de sementes) ou Captan pó seco (50-75 g/100 kg de sementes). Acondicionamento das sementes: se as sementes não forem utilizadas imediatamente, devem ser colocadas em sacos plásticos e conservadas em geladeiras a 4 ou 5 ºC, evitando-se, assim, a perda rápida do poder germinativo. Cálculo da quantidade de sementes: a quantidade de sementes deve ser de duas a três vezes maior do que o número de porta-enxertos desejados e de três a quatro vezes maior do que o número de mudas que se deseja obter. Esse procedimento permite superar falhas naturais de germinação, bem como uma seleção mais criteriosa durante a repicagem. Para que se possa calcular aproximadamente a quantidade de frutos necessários à obtenção das sementes para plantio, observe o quadro a seguir.
QUANTIDADES DE SEMENTES Variedades
Nº de sementes Por fruto
Por litro
Por quilo
Limão cravo
15
8.400
16.000
Limão volkameriano
10
6.000
12.000
Limão rugoso da Flórida
15
6.000
12.000
Tangerina sunk
3
8.000
27.000
Poncirus trifoliata
38
3.500
5.000
Tangerina Cleóptatra
14
5.800
5.000
Laranja caipira
13
2.800
6.000
Citrange troyer
15
2.500
5.000
Laranja azeda
13
2.800
6.000
Sementeira Na preparação da sementeira devem ser levados em conta diversos aspectos que contribuam para o bom desempenho no desenvolvimento das mudas cítricas. Estes aspectos serão descritos a seguir. Escolha da área: o terreno ideal deve apresentar topografia plana ou ligeiramente inclinada, de características físicas arenosa ou areno-argilosa. O local deve ser bem arejado,
protegido dos ventos fortes e distante de laranjais velhos para evitar a contaminação das sementeiras com pragas e doenças. As sementeiras devem estar próximas de uma fonte d’água para irrigação. Construção da sementeira: devem ter 1,00 a 1,25 m de largura, comprimento entre 10 a 20 m e altura de 15 cm. A distância entre as sementeiras deve ser de 60 cm, para que o viveirista tenha espaço suficiente para realizar os tratos culturais e fitossanitários.
O solo onde serão instaladas as sementeiras deve ser revolvido até uma profundidade de 20 cm, com grade ou enxadeco, retirando-se pedras, raízes e madeira, de modo que a área fique em condições de ser trabalhada com enxada.
Dimensões e espaçamento das sementeiras
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Dolomítico: mineral carbonato duplo de cálcio e magnésio.
Como fazer a correção e adubação?
A adubação orgânica também é recomendada para acelerar o crescimento dos porta-enxertos. Dependendo da disponibilidade, aplicar junto com o calcário, 10 t/ha de esterco de galinha ou 20 t/ha de esterco de gado. Irrigação: é usada para suprir a carência de água e pode ser através de sulcos ou aspersão.
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Correção e adubação do solo: a adubação e calagem devem seguir a recomendação da análise do solo. Na impossibilidade, recomenda-se utilizar 200 g de calcário dolomítico e 100 g de superfosfato simples por m² de sementeira. Semeadura: as sementes devem ser semeadas em sulcos espaçados de 20 a 25 m, construídos no sentido longitudinal ou transversal das sementeiras, colocadas continuamente nos sulcos e cobertas com terra fina. Após a semeadura, as sementeiras devem ser cobertas com palha para auxiliar na conservação da umidade do solo. A cobertura deve ser retirada gradativamente, à medida que surgirem as primeiras plantinhas. A germinação deve ocorrer de 15 a 30 dias.
Tratos culturais das sementeiras O viveiro deve ser mantido sempre limpo, com capinas constantes. É muito importante, também, as pulverizações no viveiro, mantendo um rigoroso controle fitossanitário, com a finalidade de monitorar possíveis ataques de pragas ou doenças, muito comuns nessa fase de produção.
Controle fitossanitário após a germinação O controle fitossanitário deve ser realizado de modo a evitar o surgimento de doenças ou pragas que venham a impedir uma adequada germinação. Irrigação: as sementeiras devem ser irrigadas diariamente ou sempre que necessário, com regadores do tipo chuveiro, evitando-se as horas mais quentes do dia. Nos períodos mais secos devem ser feitas duas irrigações diárias. Capinas: as sementeiras devem ser mantidas livres de ervas daninhas
Formação para o trabalho 2 produtor de citros
para evitar concorrência em água, luz e nutrientes, propiciando assim o bom desenvolvimento dos porta-enxertos. O controle deve ser feito através de capinas manuais ou herbicidas. Os herbicidas mais recomendados para a sementeira são aqueles à base de Diuron. Escarificação do solo: a escarificação do solo nas entrelinhas deve ser realizada periodicamente, para melhorar as condições de aeração, absorção de água e controle de ervas daninhas na fase inicial de crescimento. Adubação de cobertura: para melhorar o desenvolvimento dos porta-enxertos, deve-se realizar adubações nitrogenadas. Recomenda-se duas aplicações: a primeira, duas semanas após a germinação e a segunda, dois meses após a primeira, utilizando-se por m² de sementeira, 20 g de sulfato de amônio ou 10 g de ureia, em cada adubação. Tanto o sulfato de amônio como a ureia podem ser aplicados diluídos em água. Recomenda-se, após a aplicação, irrigação com água pura para lavar as folhas. Principais problemas fitossanitários: as pragas mais comuns na sementeira são os grilos e as paquinhas que cortam as plantinhas rente à superfície do solo, inutilizando-as. O controle deve ser feito através de catação manual ou com inseticidas. As formigas, no entanto, se constituem na maior ameaça à sementeira. O tombamento ou mela, juntamente com a verrugose e antracnose, são as doenças mais comuns nessa fase. Os produtos e dosagens para o controle das pragas e doenças mais comuns na sementeira são apresentados no quadro a seguir.
INSETICIDAS USADOS NO CONTROLE DE PRAGAS E DOENÇAS Pragas e doenças
Produtos/controle
Dosagens
Grilo e paquinhas
Dipterex pó seco 2,5% Dipterex 50CC*
1,5 kg/100 m2 300 mL/100 L d’água
Tombamento ou mela
Brasicol 75 PM Terraclor 75 PM
250 g/100 L d’água 250 g/100 L d’água
Verrugose e antracnose
Benlate (sistêmico) Cuprosan, Copranol e Cupravit (cúpricos) Manzate D, Dithane M45 e Antracol (Carbamatos)
Para melhorar o desenvolvimento dos portaenxertos, deve-se realizar adubações nitrogenadas.
As pragas são doenças causadas por insetos às plantações.
150 g/100 L d’água
150 g/100 L d’água
* Incompatível com calda alcalina
Repicagem: após um período de 4 a 6 meses, as plantinhas estarão em condições de ser transplantadas para o viveiro, com uma altura de 15 a 20 cm. O arranquio deve ser feito, de preferência, em dias nublados e as sementeiras bem irrigadas no dia anterior. A retirada dos porta-enxertos da sementeira é feita abrindo-se uma
vala de aproximadamente 20 cm, ao lado de cada fila. Posteriormente, fazse o tombamento das plantas para a valeta, arrancando-as, sem danificar muito o seu sistema radicular. Feito o arranquio, faz-se uma seleção das plantas em três grupos: as mais vigorosas (A), as médias (B) e os refugos (C).
Como se faz a repicagem?
Classificação das mudas
As plantas dos dois primeiros grupos devem ter suas raízes barreadas e amarradas em grupos para ser plantadas juntas no viveiro. As demais serão
eliminadas. Para evitar que as raízes fiquem enroladas por ocasião do plantio, é necessário apará-las, deixando -as com aproximadamente 15 cm.
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O viveiro deve ser instalado longe de laranjais velhos e próximo de uma fonte d’água para irrigação.
Viveiro O viveiro é o local que possui infra -estrutura mínima para produção de mudas de boa qualidade. Ele é constituído por três partes essenciais: ■■sementeiras, canteiros ou alfobres; ■■ripado; ■■plantório. Além destas partes essenciais, o viveiro tem ainda: ■■um depósito para material; ■■um local coberto para enxertia (tipo galpão); ■■um pequeno escritório com instalação sanitária; ■■casa para motobomba; ■■uma caixa-d’água ou reservatório; ■■um pomar de matrizes. Localização: a área destinada ao viveiro deve apresentar, preferencialmente, solo fértil, arenoso, profundo e mais ou menos plano. Preparo da área: deve ser bem preparada, através de uma aração profunda, até cerca de 30 cm, seguida de
Qual o espaçamento no viveiro?
Espaçamento para um viveiro de citros
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duas gradagens cruzadas, de modo a deixar o solo bem destorroado. Caso haja necessidade de correção da acidez, aplicar a metade da quantidade de calcário dolomítico recomendada pela análise de solo antes da aração e a outra metade antes da última gradagem. Marcação do viveiro: preparado o terreno, faz-se a marcação das cabeceiras do viveiro e com uma corda unem-se os piquetes correspondentes de cada cabeceira, estabelecendo-se as linhas. Para marcação das covas, a corda deve estar marcada com tinta no espaçamento escolhido. Espaçamento: o espaçamento básico para o viveiro de citros é de 1,20 m entre linhas e 0,40 m entre plantas. Em viveiros pequenos, onde as limpas são realizadas com enxada, pode-se reduzir o espaçamento para 1,00 x 0,40 m ou 0,80 x 0,30 m. Atualmente, o sistema de fileiras duplas é muito utilizado, aumentando significativamente o número de porta-enxertos por hectare.
O quadro a seguir mostra o número de porta-enxertos por hectare para cada espaçamento.
Nº DE PORTA-ENXERTO POR HECTARE Espaçamento (m)
Porta-enxerto/ha
1,20 x 0,40
20.833
1,00 x 0,40
25.000
1,00 x 0,30
33.333
0,80 x 0,30
41.666
1,20 x 0,40 x 0,40
31.250
1,00 x 0,40 x 0,40
35.714
0,80 x 0,40 x 0,40
41.666
0,80 x 0,30 x 0,25
74.074
Abertura das covas: o coveamento pode ser feito utilizando-se enxadeco; furador pesado com ponta de ferro, com mais ou menos 1,70 m; ou furador tipo revólver (chuço), com cerca de 30 cm. A profundidade dos furos deve ser de 2/3 do comprimento dos porta-enxertos e bem largos para que as plantinhas fiquem folgadas dentro deles, evitando a dobra de raízes, o que prejudicaria o desenvolvimento. Plantio: deve ser feito, de preferência, em dia nublado, com terreno molhado. As mudas devem ser
plantadas em ordem, colocando-se primeiro as plantinhas mais vigorosas e depois as médias, conforme a seleção realizada por ocasião do arranquio na sementeira. Coloca-se a plantinha na cova e junta-se terra às raízes, comprimindo. Não se deve socar de cima para baixo, pois este procedimento faz com que fiquem bolsas de ar no interior da cova. O procedimento correto é introduzir o furador tipo revólver num ângulo de cerca de 30 a 45º de um lado da muda e trazê-lo para a posição vertical, comprimindo as raízes. Chuço: vara ou pau armado de aguilhão (ponta aguçada, bico).
Chuço usado no transplante de porta-enxerto
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Como se deve proceder durante o plantio?
Tratos culturais dos viveiros Irrigação: a irrigação do viveiro é essencial, principalmente, no período após o plantio. Deve ser realizada nas horas mais frescas do dia e o
solo não deve ficar encharcado. O tipo de irrigação comumente empregado é o de aspersão, entretanto, em viveiros pequenos, a irrigação pode ser feita com regadores manuais. Alcides Freire
Irrigação por aspersão em cultura de citros
Devem ser aplicados 15 mm de água por irrigação, o que proporciona 5 litros por planta. As perdas de água por evaporação podem ser minimizadas com o uso de cobertura morta. Capinas: o viveiro deve ser mantido sempre livre de ervas daninhas.
Desbrota
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Capina com uso de enxada
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As capinas podem ser realizadas com cultivador ou enxada, devendo-se evitar danos às plantas para não favorecer o ataque de “gomose” no viveiro. O controle também pode ser realizado com herbicidas.
Adubação de cobertura: recomenda-se aplicar 15 g de sulfato de amônia por planta, 30 dias após o plantio e posteriormente, a cada 45 dias. Possíveis deficiências de zinco e manganês podem ser corrigidas utilizando-se sulfato de zinco ou de manganês na proporção de 300 g/100 L d’água. Desbrotas: durante a condução dos porta-enxertos, todas as brotações laterais abaixo de 30 cm, devem ser cortadas manualmente, permitindo assim a formação de um tronco ereto e liso, adequado para enxertia.
Principais pragas e doenças O pulgão preto, a mosca branca, a cochonilha verde, o ácaro da gema e a abelha arapuá, constituem-se nas pragas mais comuns nos viveiros. Eventualmente, podem surgir outras pragas como pulgão branco, ortézia dos citros, lagartas e outras cochonilhas. Dentre as doenças destacamse a verrugose e a antracnose. As recomendações para o controle das pragas e doenças mais comuns no viveiro são apresentadas no quadro a seguir.
Qual a importância da desbrota dos porta-enxertos?
DOSAGEM DE INSETICIDA PARA PRAGAS E DOENÇAS Pragas e doenças
Produtos/controle
Dosagens
Pulgão preto, Mosca
Dipterex 50 CE*
300 mL/100 L d’água
branca e Cochonilha
Óleo mineral (Triona B)**
100 mL/100 L d’água
Thiodan
150 mL/100 L d’água
Malatol 100 E
30 mL/100 L d’água
Folimat CE 30%
80 mL/100 L d’água
Neovan CE 25%
75 mL/100 L d’água
Acaricid 40
100 mL/100 L d’água
Temik 10 G
5-10 g/m linear
Dipterex 50 CE*
300 mL/100 L d’água
Ácaro da gema
Pulgão branco e
Ortézia Lagartas Abelhas arapuá Verrugose e antracnose
Destruição dos ninhos Benlate (sistêmico)
75 g/100 L d’água
Cuprosan, Coprantol e Cupravit (cúpricos)
150 g/100 L d’água
Manzate D, Dithane M45 e Antracol (Carbamatos)
150 g/100 L d’água
* Incompatível com caldas alcalinas ** Incompatível com enxofre
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Onde se obtêm as borbulhas?
Enxertia A enxertia é o método de propagação mais utilizado na citricultura.
Escolha das variedades copas A escolha das variedades copas vai depender da preferência do mercado, das aptidões edafoclimáticas da região e destino da produção. Outro aspecto importante a ser considerado diz respeito à época de maturação dos frutos, de modo que seja possível ter frutos durante grande parte do ano.
Obtenção das borbulhas As borbulhas devem ser obtidas de plantas matrizes que apresentem as seguintes características: ■■alta produtividade; ■■ser representante fiel da variedade; ■■apresentar excelente qualidade de frutos; ■■ser livre de virose e outras moléstias; ■■ser livre de quimeras e outras mutações.
Acondicionamento das borbulhas As borbulhas podem ser acondicionadas em caixas contendo pó de madeira umedecido, podendo ser conservadas por um período aproximado de 12 dias, em perfeitas condições de serem enxertadas.
Operação de enxertia A enxertia deve ser realizada quando os porta-enxertos apresentarem o diâmetro de um lápis, numa altura de 20 cm, o que deve ocorrer, com mais ou menos seis meses de viveiro. Para o sucesso da enxertia é necessário, além da habilidade do enxertador, que o porta-enxerto esteja soltando facilmente a casca. A operação de enxertia é feita dando-se um corte horizontal e outro vertical na casca do porta-enxerto de modo que forme um “T” invertido. Em seguida, uma borbulha retirada de uma estaca é inserida no corte feito, fazendo-se, logo após, o amarrio com fita plástica de baixo para cima. Com 10 a 15 dias verifica-se a enxertia. Se não houver “pega”, repete-se a operação em outra posição acima ou abaixo da primeira.
Enxertia: A) Incisão no porta-enxerto em “T” invertido; B) Retirada da borbulha; C) Inserção da borbulha; D) Amarrio da borbulha com fita plástica.
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Forçamento da brotação do enxerto Os métodos corte total, encurvamento e corte parcial são utilizados para estimular o desenvolvimento e fortalecimento do enxerto. a) Corte total: consiste em se cortar totalmente o porta-enxerto 5 cm acima do ponto de enxertia.
c) Corte parcial: faz-se um corte parcial 5 cm acima da enxertia e em seguida tomba-se a planta para um lado, deixando a rua sempre livre. Quando o broto do enxerto alcançar um tamanho aproximado de 5 cm procede-se a decapitação total do porta-enxerto.
b) Encurvamento: consiste em curvar o cavalo deixando seu ápice amarrado na planta vizinha.
Tutoramento
Corte parcial para enxertia
Condução da muda Quando o enxerto atingir um tamanho de 5 cm coloca-se tutores no sentido contrário do mesmo. Os tutores devem ficar com altura de 60 cm, marcando assim o ponto de capação do broto. Até esta altura, todas as brotações laterais devem ser eliminadas, tanto as que surgem do porta-enxerto como as do enxerto, pois esta poda estimula o desenvolvimento da muda.
Formação da copa Para formar a copa deve-se deixar o enxerto passar além da ponta do tutor e quando ficar maduro nesta altura, faz-se a capação, ficando assim a planta com 60 cm de altura. Nas tangerinas, a capação deve ser realizada com 50 cm.
Com a desfolha, brotarão vários ramos, em diversas posições, porém, o viveirista deve fazer o desbaste deixando somente 3 a 4 galhos situados nos 20 cm superiores, para formação da copa.
O tutor facilita o crescimento vertical e indica o momento exato em que deve ser realizado o rebaixamento do caule a 30 cm. Este corte estimula a emissão de ramos primários.
Arranquio e preparo da muda Com o amadurecimento dos ramos da copa, o que deve ocorrer com 4 a 6 meses após a enxertia, a muda está pronta para o arranquio. Existem dois tipos usuais de arranquio: um com torrão e outro de raiz nua.
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Quais os tipos de arranquio?
Quais as características de uma boa muda?
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Arranquio de uma muda com torrão
Muda de raiz nua
O arranquio de raiz nua requer muito cuidado para que o sistema radicular não sofra fortes mutilações, principalmente as radicelas. Nesse sistema é indispensável que, após o arranquio, as raízes sejam aparadas, barreadas e protegidas com sacos de estopa umedecidos. É importante ainda que os ramos sejam podados a 15 e 20 cm do ponto de inserção. A desfolha total da copa pode ser realizada, diminuindo assim a área de transpiração. Em solos arenosos, a raiz nua é o único método de transplante. Como vantagens desse método podemos citar: ■■facilidade no arranquio; ■■melhor visualização do sistema radicular; ■■maior rendimento no arranquio. Como desvantagem, podemos citar a menor percentagem de pegamento e um tempo máximo de três dias entre o arranquio e o plantio definitivo da muda.
O arranquio da muda com torrão apresenta as seguintes vantagens: ■■alta percentagem de pegamento; ■■pode ser encaminhada a grandes distâncias; ■■mínima quebra de raiz. Como desvantagem do método podemos citar: ■■transporte mais caro; ■■alta probabilidade de levar ervas daninhas.
Formação para o trabalho 2 produtor de citros
Características de uma boa muda ■■vigorosa; ■■perfeita
união enxerto/porta-enxerto; ■■altura de enxertia entre 15 e 20 cm. ■■copa com boa formação, apresentando 3 a 4 galhos maduros, alternados e distribuídos nos últimos 20 cm; ■■ausência de pragas e doenças; ■■raiz sem defeitos; ■■porta-enxerto adequado; ■■ser clone novo.
Resumo da lição • As sementes para formação dos porta-enxertos devem ser obtidas de plantas matrizes previamente selecionadas; • Cuidados no preparo das sementes: extração, lavagem, tratamento térmico, secagem, tratamento químico, acondicionamento, cálculo da quantidade de sementes; • As formigas se constituem na maior ameaça à sementeira; • A área destinada ao viveiro deve apresentar solo fértil, arenoso, profundo e plano e sua irrigação é essencial, principalmente, no período após o plantio; • As borbulhas devem ser obtidas de plantas matrizes que apresentam as características: alta produtividade, ser representante fiel da variedade, apresentar excelente qualidade de frutos, ser livre de viroses e outras moléstias, ser livre de quimeras e outras mutações; • Em solos arenosos a raiz nua é o único método de transplante; • Vantagens do método de transplante: facilidade no arranquio, melhor visualização do sistema radicular e maior rendimento no arranquio; • Desvantagem do método de transplante: menor percentagem de pegamento e um tempo máximo de três dias entre o arranque e o plantio definitivo da muda; • O arranque da muda com torrão apresenta como vantagens: alta percentagem de pegamento, pode ser encaminhado a grandes distâncias, mínima quebra de raiz; e como desvantagem: transporte mais caro e alta probabilidade de levar ervas daninhas; • Uma boa muda: vigorosa, perfeita união enxerto/porta-enxerto, altura de enxerto entre 15 e 20 cm, copa com boa formação, apresentando 3 a 4 galhos maduros, alternados e distribuídos nos últimos 20 cm, ausência de pragas e doenças, raiz sem defeitos, porta-enxerto adequado, ser clone novo.
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Lição 6
Instalação do pomar
A
localização do pomar deve ser a mais criteriosa possível sob pena de comprometer seriamente a viabilidade econômica do empreendimento. Deve-se considerar alguns pontos básicos: boas vias de acesso à propriedade, facilidade de mão de obra e, principalmente, as características da área. Todas as culturas necessitam para um bom desenvolvimento, de solos com boas características:
Físicas ■■Textura
pH: é uma escala de medida que varia de 0 a 14 e serve para determinar se uma substância é ácida, básica ou neutra. pH de 0 a 6,99 ⇒ ácido, pH = 7 ⇒ neutro, pH de 7,01 a 14 ⇒ básico, portanto é considerado próximo à neutralidade quando o pH está em torno de 7,0.
média (franco-argilo are-
noso); ■■Boa permeabilidade; ■■Boa aeração e capacidade de armazenamento de água.
Químicas ■■Grande
quantidade de nutrientes minerais bem balanceados; ■■Reação de solo (pH) próximo à neutralidade; ■■Ausência de elementos tóxicos (Al3+ e Na+).
Biológicas ■■Elevada
Como se instala um pomar?
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população microbiana isenta de patógenos; ■■Ausência de substâncias orgânicas nocivas.
Formação para o trabalho 2 produtor de citros
As fruteiras possuem diferentes níveis de tolerância para sobreviverem à adversidade causada pela ausência de um ou mais dos fatores citados. Cabe ao técnico, usando bom senso e criatividade, identificar o(s) fator(es) que limita(m) a produção, optar pela melhor alternativa e adotar a melhor solução para o problema. Para todas as culturas, o preparo do solo fica condicionado à topografia e ao tipo, caracterizado pela análise, que nos diz sobre: textura, pH, salinidade, necessidade de correção ou adubação e outras práticas de manejo. A topografia é a característica mais marcante do solo, no que concerne à necessidade de práticas conservacionistas, sendo uma variável estática de grande efeito dinâmico. Para uma fruticultura racional e de alta produtividade, algumas práticas de conservação de solos e água são indispensáveis, visto que, por estarem espacialmente distribuídas, as plantas quando ainda jovens, não oferecem boa proteção aos solos (bastante mobilizados) contra as chuvas. O consórcio com outras espécies de interesse econômico é uma boa prática vegetativa que deve ser implementada.
PRÁTICAS DE CONSERVAÇÃO DO SOLO Em terrenos inclinados, a aração é feita em curva de nível. A terra sempre é virada da parte mais alta para a mais baixa.
Declividade
Práticas conservacionistas sugeridas
0 a 3%
Aração-gradagem, sulcamento e plantio em curvas de nível.
3 a 6%
Aração-gradação, sulcamento, plantio em faixas de retenção, conforme o tipo de solo.
6 a 12%
Terraços em nível ou gradiente, conforme tipo do solo.
12 a 18%
Terraços em nível ou gradiente, faixas de retenção para maior proteção ao solo.
acima de 18%
Aconselha-se destinar a área para fins de pastagem, refúgio da fauna e reflorestamento.
Coleta de amostras de solos
Economia
Antes do preparo da área deve-se fazer a coleta de amostras de solo para análise de fertilidade. O presente roteiro tem como objetivo orientar o produtor quanto à maneira mais prática e eficiente de coletar amostras de solos para análise de fertilidade.
Atualmente, as despesas com corretivos e fertilizantes são significativas, chegando a representar até 20% dos custos de produção. A análise de solos é o principal meio de que dispomos para a recomendação adequada de correção e adubação.
Fundação Demócrito Rocha 27
Quais as práticas para se conservar o solo?
Existem áreas que melhor se prestam à pecuária, à agricultura ou a reservas florestais.
Estas práticas são as que mais contribuem para o aumento da produtividade da lavoura, além de ajudar a proteger o ambiente, pelo crescimento mais rápido das plantas e pelos restolhos vegetais que protegem o solo contra a erosão. Para o desenvolvimento de uma agricultura sustentável, é necessário que as áreas sejam exploradas levando-se em conta a sua aptidão agrícola.
Coleta da amostra do solo 1º passo Dividir a propriedade em áreas uniformes (de até 10 ha) quanto aos seguintes aspectos: a) Cor do solo: verificar se a terra é vermelha, amarela, escura, cinza ou de outras cores. b) Topografia: observar se as áreas se encontram na baixada, na encosta ou alto do morro. Esta
Diagrama para coleta do solo para análise
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Formação para o trabalho 2 produtor de citros
característica estática de maior efeito dinâmico é que definirá as práticas conservacionistas da área. c) Vegetação: verificar se a área é de mata, capoeira, cerrado, campo ou outros tipos de vegetação. A cobertura vegetal é uma forte indicadora do tipo de solo. d) Manejo: observar se a área já foi corrigida ou adubada. Isto é importante para a sugestão de correção e adubação. e) Peculiaridades: identificar, se for o caso, aquelas áreas que por algum motivo se comportam de forma diferente; por exemplo: nunca produziram ou que deixaram de produzir. Neste caso poderemos estar diante de um problema de toxidez de subsolo ou de salinização. A amostragem precisa, nesses casos, ser diferenciada. Uma amostra do subsolo se torna necessária.
2º passo Cada uma das áreas escolhidas deverá ser percorrida em ziguezague, retirando-se com equipamentos apropriados, 15 a 20 subamostras, que constituirão a “amostra composta”
representativa de cada área. O material a ser utilizado se compõe de enxadão, trado, balde, facão e sacos de plástico que devem estar limpos. Nunca utilize embalagem de defensivos, adubos, sal e remédio.
Material necessário para retirar amostra de solo
Para trabalharmos com segurança na fruticultura é importante que se retirem amostras de solos de duas profundidades: 0 a 30 cm e 30 a 60 cm, para estarmos cientes da ausência de elementos tóxicos (Alumínio e Sódio). 3º passo As amostras deverão ser retiradas da camada superficial do solo até a profundidade de 20 cm, tendo antes, o cuidado de limpar a superfície do local escolhido removendo as folhas e outros detritos. Não retirar amostra
perto de cupim, formigueiro, estrada, cerca, casa, galpão, depósito, chiqueiro, curral e no sulco de plantio. 4º passo A terra a ser colocada em saco plástico é a amostra composta, das várias subamostras de uma mesma área, que será enviada ao laboratório. Não envie terra molhada. Sugere-se o uso de um saco plástico, dentro de um outro saco, a fim de proteger a etiqueta de identificação (ver modelo).
ETIQUETA DE IDENTIFICAÇÃO Amostra N.º ________ Interessado: _____________________________________ Propriedade: ____________________________________ Município: ___________________ Estado:_____________ Uso atual: ______________________________________ Cultura anterior: __________________________________ Cultura a ser realizada: ____________________________ Obs: ___________________________________________ Data:___/___/20___
Explique como devemos realizar a coleta do solo para análise.
Fundação Demócrito Rocha 29
5º passo Após a terra estar bem misturada no balde, retirar a quantidade suficiente para encher o saco plástico (±500 g). Não esqueça a etiqueta!
Preparo do terreno O preparo da área para plantio tem como finalidades: a) remover a vegetação existente, quando houver, ou incorporar os restos da cultura anterior; b) eliminar plantas indesejáveis; c) criar condições favoráveis ao desenvolvimento da cultura de citros. O fogo pode ser usado como instrumento de trabalho, mas nunca como agente de destruição.
Atenção! Todas estas etapas necessitam ser realizadas com cuidado, mantendo a matéria orgânica, mobilizando o
Aração
Nas áreas de encostas, logo após o preparo da área, deve-se proceder à locação das curvas de nível básicas com a finalidade de orientar o sentido da marcação das covas. O espaçamento das curvas de nível básicas deverá ser função da declividade e da textura do solo, conforme quadro a seguir.
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Formação para o trabalho 2 produtor de citros
mínimo possível o solo e executando práticas conservacionistas de solo e água. O desmatamento poderá ser feito manual ou mecanicamente, sugerindose o aproveitamento total da vegetação existente que, geralmente, se utiliza para mourões, estacas, varas, lenha, estacotes, deixando-se os galhos e gravetos para serem incorporados ao solo ou incinerados (queimados). O preparo da área para implantação do pomar consiste, basicamente, de uma boa aração, cuja profundidade deve ser de 15 cm para solos arenosos e de 15 a 25 cm para solos de textura média. Posteriormente, para destorroamento do solo, realizam-se gradagens cruzadas, numa profundidade de 5 a 10 cm em solos arenosos e de 10 a 20 cm em solos de textura média.
Gradagem com disco
Nas práticas conservacionistas serão utilizados instrumentos simples de locação de curvas de nível, tais como: pé de galinha, nível em U ou nível de espelho. Distância entre niveladas básicas, terraços e/ou faixas de retenção.
ESPAÇAMENTO EM DIFERENTES DECLIVIDADES E TEXTURAS Declividade (%) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
Tipo de solo - textura Argilosa Média Arenosa 0,40 40,00 0,35 35,00 0,32 32,00 0,80 40,00 0,70 35,00 0,64 32,00 1,20 40,00 1,05 35,00 0,96 32,00 1,40 34,90 1,20 30,00 1,08 27,00 1,60 32,00 1,35 27,00 1,20 24,00 1,80 30,00 1,50 25,00 1,32 22,00 2,00 28,50 1,65 23,60 1,44 20,60 2,20 27,50 1,80 22,50 1,56 19,50 2,40 26,70 1,95 21,70 1,68 18,70 2,60 26,00 2,10 21,00 1,80 18,00 2,80 25,40 2,25 20,40 1,92 17,40 3,00 25,00 2,40 20,00 2,04 17,00 3,20 24,60 2,65 19,60 2,16 16,60 3,40 24,30 2,70 19,30 2,28 16,30 3,60 24,00 2,85 19,00 2,40 16,00 3,80 23,70 3,00 18,70 2,52 15,70 4,00 23,50 3,15 18,50 2,64 15,50 4,20 23,30 3,30 18,30 2,76 15,30 4,40 23,10 3,45 18,20 2,85 15,20 4,60 23,00 3,60 18,00 3,00 15,00
Calagem
Espaçamento
A calagem eleva o pH do solo, contribui para o aumento da disponibilidade de N, P, K, S e Mo, neutraliza o Al e/ou Mn trocáveis, fornece Ca e Mg às plantas, eleva a saturação por bases, equilibra a relação K, Ca, Mg e melhora a atividade microbiana dos solos. Os citros se desenvolvem bem em solos com pH na faixa de 5,5 a 6,5. A aplicação do calcário deve ser feita com antecedência de 60 dias antes do plantio. O calcário deve ser aplicado a lanço, após a aração e incorporado por meio de gradagem. Recomenda-se o uso de calcário dolomítico que contém Cálcio (Ca) e Magnésio (Mg).
O espaçamento vai depender da espécie ou variedade a ser plantada, do porta-enxerto utilizado, das características físicas e químicas do solo e da topografia. Nos terrenos pobres, secos e inclinados, o espaçamento deverá ser menor que nos solos férteis, úmidos e planos. De modo geral, pode-se fixar 6,0 x 6,0 m como o espaçamento mínimo para as plantas cítricas, embora haja uma tendência atual de se adensar mais ainda os plantios. De acordo com os resultados de pesquisa, os espaçamentos mais recomendados para as diversas variedades são os seguintes:
Nomenclatura química Ca - cálcio. Mg - magnésio. K - potássio. P - fósforo. Al - alumínio. Cl - Cloro. S - enxofre. N - nitrogênio. Mo - mobilênio. Mn - manganês.
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ESPAÇAMENTO X VARIEDADES Laranjas Pera e Natal Bahia, Baianinha, Valência e Hamlin Tangerinas Murcote e Ponkan Cravo Limas ácidas Tahiti e Galego Qual o espaçamento correto para o plantio de citros?
Régua de plantio
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Abertura e alinhamento das covas De acordo com o espaçamento recomendado, as covas medindo 40 a 60 cm de largura e profundidade, deverão ser abertas, separando-se as camadas de terra da superfície e do subsolo. No enchimento das covas inverte-se a posição das camadas, jogando-se primeiro a camada superficial e complementando-se o enchimento com a camada do subsolo. Para se obter um alinhamento rigoroso das covas, deve-se fazer uso da “régua ou tábua de plantio” (fig. A). Marca-se o centro da cova
Ajuste com a régua de plantio
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Espaçamento 7,0x4,0 m ou 6,0x4,0 m 8,0x6,0 m ou 7,0x6,0 m 8,0x6,0 m ou 7,0x6,0 m 7,0x4,0 m ou 6,0x4,0 m 8,0x6,0 m ou 7,0x7,0 m com um piquete; coloca-se a régua em sentido transversal à linha de plantio, de modo que o piquete de alinhamento se encaixe no corte em “V” da régua; colocam-se os piquetes guias nas aberturas das extremidades da régua (fig. B). Retiram-se a régua e o piquete de alinhamento e abre-se a cova. Quando do plantio, a régua é colocada com suas extremidades encaixadas nos piquetes guias, e a muda é centralizada na cova, seguindo orientação do corte em “V” no centro da régua (fig. C).
Plantio da muda com auxílio da régua
Adubação de plantio Recomenda-se que a adubação deve ser feita de acordo com a análise do solo. Caso não seja realizada, poderá ser utilizado por cova 20 L de esterco
de curral ou 10 L de esterco de curral ou 10 L de esterco de galinha, além de 300 g de superfosfato triplo e 100 g de cloreto de potássio.
Qual a melhor época de plantio?
Plantio A melhor época para plantio é, geralmente, durante a estação chuvosa. No entanto, caso haja facilidade de irrigação, poderá ser efetuado em qualquer período do ano. Por ocasião do plantio, deve-se ter o cuidado de não enterrar em demasia a muda. O colo da planta deve
ficar um pouco acima do nível do solo, evitando problemas de gomose. As raízes mais altas devem ficar uns 3 cm acima do nível do solo, e as demais raízes devem ser distribuídas de modo que fiquem bem espalhadas na cova.
Resumo da lição • Todas as culturas necessitam de um bom solo com boas características físicas, químicas e biológicas; • A topografia é a característica mais marcante do solo, referente à necessidade de práticas conservacionistas; • A adubação é feita de acordo com a análise do solo; • Não retirar amostra do solo perto de cupim, formigueiro, estrada, cerca, casa, galpão, depósito, chiqueiro, curral e no sulco de plantio;
Detalhe do plantio da muda
• O preparo da área para plantio tem como finalidade: remover vegetação existente ou incorporar os restos da cultura anterior, eliminar plantas indesejáveis e criar condições favoráveis ao desenvolvimento da cultura.
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Lição 7
Condução do pomar O que é cobertura morta?
O
controle de ervas daninhas é imprescindível para evitar a concorrência por água, nutrientes e luz, além de facilitar as operações de colheita e controle fitossanitário. O número de capinas a serem executadas no pomar depende dos seguintes fatores: ■■maneira do preparo do solo; ■■infestação de ervas daninhas; ■■condições climáticas; ■■tamanho da área cultivada e disponibilidade financeira e de mão de obra. Na fruticultura, grande parte do material obtido na limpa é utilizado como cobertura morta. As limpas podem ser realizadas por processos mecânicos e químicos. Seja qual for o método, são necessários cuidados com o sistema radicular das plantas, que geralmente são superficiais.
Poda: corte de ramos das plantas.
Desbrotas
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Cobertura morta É uma prática que consiste em colocar em volta das plantas, sob suas copas, matéria orgânica disponível nas propriedades, como capins, palha de arroz, bagana de carnaúba, restos de culturas, etc. Este procedimento que sempre se realiza no final das chuvas, visa: ■■proteger o solo contra o impacto direto da chuva; ■■diminuir a evaporação e o intervalo de regas, aumentando a disponibilidade de água para a planta; ■■controlar as ervas daninhas.
Podas e desbrotas Alguns dias após o plantio, as mudas “pegadas” começam a brotar em diferentes pontos, sendo necessária a desbrota no sentido de favorecer uma boa formação das copas. As brotações nos cavalos devem ser eliminadas.
Nos pomares adultos, realiza-se a poda de limpeza, que consiste na eliminação de galhos secos e galhos ladrões. Esta operação deve ser realizada após a colheita, utilizando instrumentos afiados, recomendandose pincelar com tinta a parte ferida. Um outro tipo é a poda de regeneração que é realizada em pomares velhos, e consiste na eliminação total dos ramos, deixando apenas o esqueleto da árvore. Após 1 ou 2 anos sem produção, a planta volta a sua vida normal.
Culturas intercalares Sendo uma cultura perene, os citros não apresentam retorno econômico imediato. Com o fim de aproveitar o máximo os seus recursos, o produtor deve consorciar os citros com outras culturas, visando: ■■garantir o retorno econômico mais imediato; ■■otimizar a área, diversificando a renda e dieta; ■■utilizar a força do trabalho familiar; ■■proteger o solo contra erosão. Dependendo das condições locais pode-se usar nesse consórcio, o feijão ou outra cultura anual. O mamão poderá ser também uma ótima opção.
Irrigação Em diversas regiões do País, é possível produzir citros sem irrigação, aproveitando somente as precipitações pluviométricas normais. No Nordeste, mesmo nas serras úmidas, a irrigação é indispensável, uma vez que o período seco é bastante prolongado, suficiente para causar prejuízo nos índices de produtividade. O método de irrigação a utilizar está na dependência das condições locais e custo do método utilizado, podendo ser: inundação por sulco, aspersão, gotejamento ou microaspersão.
Quais os tipos de poda?
Técnica de irrigação por microaspersão
Adubações de manutenção As quantidades anuais de N2, P2O2 e K2O requeridas pelo pomar na fase de formação são apresentadas a seguir:
QUANTIDADES ANUAIS DE NUTRIENTES Idade das plantas 2º 3º 4º 5º 6º 7º
ano ano ano ano ano ano
Tipo de solo - textura N(g/planta) P2O5 (g/planta) K2O(g/planta) 135 40 30 200 80 115 270 120 200 340 160 280 405 200 365 475 240 450
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Que fator determina o método de irrigação?
Obs.: No caso de tangerinas, as quantidades de potássio devem ser 10% maiores que as indicadas. A adubação para pomar em franca produção, ou seja, a partir do 8º ano, deve ser baseada na produção média dos dois últimos anos e na expectativa de produção do ano em curso, estimada em caixa de 40,8 kg. Assim, para cada caixa de frutos colhidos ou esperada deve-se aplicar 180 g de N, 90 g de P2O2 e 180 g de K2O. O parcelamento da adubação é sempre recomendável visando a um melhor aproveitamento pelas plantas. Cada região deve ter seu esquema de parcelamento, dependente da distribuição de chuva e irrigação.
Pragas As pragas são doenças causadas por insetos nas culturas de citros. Para evitar o desenvolvimento das pragas, o pomar deve ser inspecionado, no mínimo, uma vez por mês, para se verificar o estado fitossanitário das árvores. Cada planta cítrica é examinada detalhadamente. Esta inspeção é feita pelo citricultor. As plantas onde se verificam focos de pragas ou ataque de insetos são assinaladas com cal. Logo em seguida são aplicados os tratamentos de controle das pragas, dirigidos para as árvores marcadas e as vizinhas. Este sistema é chamado combate integrado ou combate harmônico. As pragas geralmente possuem inimigos naturais, entre eles muitos são insetos que também seriam eliminados com a aplicação de inseticidas em todo o pomar. Além disso, na época da floração, a polinização é feita pelas abelhas, que seriam prejudicadas pelo uso geral do inseticida. Com o combate
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integrado, é mantido o equilíbrio biológico do pomar, evitando-se, inclusive, que determinado inseto possa desenvolver-se a ponto de constituir uma praga, quando seus inimigos naturais forem eliminados. As despesas com este procedimento ficam grandemente reduzidas.
Pulgão-preto É um inseto sugador, encontrado em grandes quantidades nos brotos e folhas novas. A sua coloração é marrom, na forma jovem, e preta, nos adultos. Esses insetos, além de sugarem abundantemente a seiva, deformam e danificam as partes atacadas. É o vetor da tristeza. Controle: pulverizar com inseticidas fosforados.
Cochonilhas As cochonilhas são insetos picadoressugadores que vivem às custas da seiva vegetal. Elas formam verdadeiras colônias e excretam uma substância adocicada que atrai as formigas e determinam o aparecimento do fungo denominado fumagina. Atacam preferencialmente, folhas, ramos e frutos. Controle: pulverização com óleo emulsionável a 1%, puro ou associado com inseticida fosforado.
Ácaro-de-falsa-ferrugem Ataca ramos novos, folhas e flores. Os frutos, logo que atingem 1 a 2 cm de diâmetro, são invadidos pelos insetos que perfuram as glândulas oleíferas para sugar o líquido. As células perfuradas secam e o óleo extravasado, em contato com os raios solares, queimam o fruto. Controle: pulverizar com produtos à base de enxofre molhável, clorobenzilato e zineb.
Formigas
Cancro cítrico
Prejudicam as árvores cítricas de diversas maneiras. As saúvas ou cortadeiras invadem o pomar e cortam as folhas. As formigas ruivas ou lavapés e quenquém vivem em sociedade com os pulgões e as cochonilhas. Durante a inspeção do pomar, quando se notam formigas subindo e descendo pelas árvores, é sinal certo de que existem pulgões ou cochonilhas que precisam ser combatidos. As formigas fazem seu ninho junto ao colo da planta ou sob forma de terra solta, próximos às árvores cítricas. São facilmente controladas misturando-se formicida em pó na terra solta do formigueiro.
É considerado um dos piores, senão o pior mal que ataca os citros. É uma doença causada pela bactéria Xanthomonas citri. O primeiro sintoma nas folhas é o aparecimento de uma pequena mancha amarela com pouco mais de 1 mm de diâmetro, visível na face inferior. Com o desenvolvimento da lesão, forma-se uma pústula, visível nos dois lados da folha. Em torno da pústula, forma-se um halo amarelo translúcido, mais visível quando se examina a folha contra a luz. No seu estágio final, a mancha é arredondada, saliente dos dois lados da folha, com cerca de 4 a 5 mm de diâmetro. Nos galhos e nos frutos, os sintomas são semelhantes. Controle: erradicação das plantas doentes e proibição da entrada de frutos de regiões onde haja o problema.
Doenças As doenças podem ser causadas por fungos, vírus ou bactérias.
Gomose É uma doença causada por diversos fungos do gênero Phythophtora. São fungos saprófitos que vivem no solo e são mais frequentes nos argilosos. Em condições favoráveis, penetram nos tecidos da casca, causando sua destruição e exsudação de goma. Controle: esse fungo é controlado por meio de métodos culturais adequados, tais como enxertia alta (± 20 cm), evitar ferimento no tronco, manter as raízes bem arejadas e proteger o tronco com fungicidas à base de cobre.
Verrugose É uma doença causada por fungos que atacam somente os tecidos muito jovens de folhas e ramos e no primeiro estágio de desenvolvimento dos frutos. Causam lesões corticosas, cor de palha, mais ou menos salientes. Controle: proteção da floração e dos frutos novos por meio de pulverização com fungicidas à base de cobre.
Como é realizado o controle da verrugose?
Quais as principais pragas dos citros?
Aplicação e equipamento para defensivos Os defensivos são aplicados, tendose o cuidado de usar a dosagem certa e dirigir o jato para o local da planta onde se encontram os insetos, no caso de inseticidas de contato. Quando se usa inseticida sistêmico, aplica-se 1 a 2 litros da calda por árvore, tendo-se o cuidado de espalhar o jato sobre a folhagem. O fungicida é colocado sobre toda a árvore. Os insetos que se abrigam no lado inferior das folhas, como a artézia, são alcançados se dirigirmos o jato de baixo para cima, dentro da copa da árvore. Usa-se sempre o espalhante adesivo. As plantas cítricas possuem folhas e ramos muito lisos, cobertos por cera, que impedem a aderência da água. Não use óleo miscível em tempo muito quente ou quando a seca for muito forte.
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Os defensivos são aplicados por meio de equipamentos apropriados que não podem ter vazamento ou defeito e durante a aplicação devese utilizar equipamentos de proteção pessoal, tais como máscaras, luvas, óculos, botas e chapéu.
Polvilhadeiras As polvilhadeiras são utilizadas para aplicação de inseticidas na forma de pó.
Trabalhador com equipamento para evitar intoxicação
Modelo de polvilhadeira
Pulverizadores Os pulverizadores são utilizados para aplicar inseticidas diluídos em água e podem ser na forma de suspensão (pó molhável + água) ou emulsão (concentrado emulsionável + água). a) Manual: pulverizador costal.
Como se aplicam os defensivos?
Pulverizador costal
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Os pulverizadores podem ser divididos em manual e mecânico, que pode ser terrestre ou aéreo, e são mostrados nas figuras da página seguinte.
b) Mecânico: puxado por animal, homem ou trator.
Resumo da lição • O controle das plantas daninhas no pomar é muito importante para que as mudas se desenvolvam sem a concorrência por água, nutrientes e luz; • Grande parte do material obtido na limpa é utilizado como cobertura morta; • Alguns dias após o plantio das mudas é necessário se fazer a desbrota dos ramos, no sentido de favorecer uma boa formação da copa; • As brotações nos porta-enxertos devem ser eliminadas;
Pulverização mecânica
c) Aéreo: através de aviões ou helicópteros.
• Nos pomares adultos, é necessária a realização da poda de limpeza; • A adubação nos pomares em plena produção deve ser baseada na produção média dos dois últimos anos e na expectativa de produção do ano em curso; • O cancro cítrico é a pior doença dos citros e quando aparece no pomar é necessário arrancar a planta doente e queimá-la.
Pulverização aérea
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Os estudiosos da economia estão de acordo que a educação é o motor do desenvolvimento e qualificar a população que possui baixa escolaridade é o grande desafio dos gestores do século XXI. REALIZAÇÃO
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