Produtor de Bananas

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produtor de

bananas

Marconi Seabra Filho | Geraldo Correia de AraĂşjo Filho | Francisco de Assis Castro


Copyright © 2003 by Marconi Seabra Filho, Geraldo Correia de Araújo Filho e Francisco de Assis Castro

Fundação Demócrito Rocha (FDR)

Instituto Centro de Ensino Tecnológico (CENTEC)

Presidente João Dummar Neto

Diretor Presidente Francisco Férrer Bezerra

Diretor Geral Marcos Tardin

Diretoria de Extensão Tecnológica e Inovação Afonso Odério Nogueira Lima

Edições Demócrito Rocha (EDR)

Diretoria de Ensino, Pesquisa e Pós-Graduação Afonso Odério Nogueira Lima

(Marca registrada da Fundação Demócrito Rocha)

Editora Executiva Regina Ribeiro Editor Adjunto Raymundo Netto

Diretoria Administrativo-Financeira Antônio Elder Sampaio Nunes Convênio institucional entre Fundação Demócrito Rocha e Instituto CENTEC Secretaria da Ciência e Tecnologia e Educação Superior do Ceará - Secitece

Gerente de Produção Sérgio Falcão Editor de Design Amaurício Cortez Coordenação Editorial Eloísa Maia Vidal Revisão Textual Miguel Leocádio Araújo Capa Welton Travassos Editoração Eletrônica Cristiane Frota Ilustrações Welton Travassos, Elinaudo Barbosa, Leonardo Filho e Erivando Costa Fotos Banco de Dados O POVO Catalogação na Fonte Kelly Pereira

Seabra Filho, Marconi S116p Produtor de bananas /Marconi Seabra Filho; Geraldo Correia de Araújo Filho; Francisco de Assis Castro. - Fortaleza: Fundação Demócrito Rocha; Instituto Centro de Ensino Tecnológico - CENTEC, 2014. 40 p.: il. color. - (Coleção Formação para o Trabalho 2)

ISBN 978-85-7529-648-6

1. Banana - Produção. I. Araújo Filho, Geraldo Correia. II. Castro, Francisco de Assis. III. Título. CDU 634.773

Todos os direitos desta edição reservados a:

Fundação Demócrito Rocha Av. Aguanambi, 282/A - Joaquim Távora, Fortaleza-Ceará - CEP 60.055-402 Tel.: (85) 3255.6037 - 3255.6148 Fax: (85) 3255.6271 www.fdr.com.br


Sumário Apresentação..........................................4

Lição 7

Lição 1

Consórcio e condução do bananeiral........................................27

Aspectos gerais......................................5

Lição 2 Clima e solo............................................7

Lição 3 Variedades..............................................9

Lição 4 Propagação..........................................11

Lição 5 Infraestrutura da área de plantio..........12

Lição 6 Instalação do bananeiral......................18

Lição 8 Principais doenças................................30

Lição 9 Principais pragas..................................32

Lição 10 Manejo na colheita...............................34

Lição 11 Manejo pós-colheita..............................38 Referências...........................................39


Este projeto conta com a parceria do Instituto Centro de Ensino Tecnológico - CENTEC, que por meio de convênio interinstitucional com a Fundação Demócrito Rocha, assegura a elaboração dos textos visando trabalhar com a formação profissional básica para a população cearense. Este manual tem como objetivo disponibilizar material de baixo custo e alta qualidade técnica, editorial e pedagógica criando condições para que cidadãos tenham acesso a educação para o trabalho, com vistas à inclusão social, criando um ambiente propício para geração de emprego e renda.

Apresentação A

banana é uma cultura de grande importância para o Brasil, por ser garantia de renda para os moradores de pequenas e médias propriedades. Além da produção destinada à subsistência que garante à família rural a

suplementação alimentar, também é produto sadio e nutritivo. O excedente pode ser vendido para o comércio, tanto in natura ou beneficiado industrialmente em forma de doce.

Everton Lemos

Bananeiral

Este manual tem como principal objetivo, fornecer de forma simples e prática, informações técnicas necessárias ao cultivo racional da banana, de modo que venham permitir uma produção adequada e crescente.

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Formação para o trabalho 2 produtor de bananas

Esperamos que este manual venha contribuir com a preparação da mão de obra junto ao sistema produtivo, melhorando de forma efetiva a qualidade dessa cultura e o aumento de sua produção em todo o Brasil.


Lição 1

Aspectos gerais

A

banana (Musa spp.) é uma das frutas de maior importância na economia mundial, com um consumo por cabeça (per capita) de 30 kg/ano. Em 2009 foi uma das frutas mais produzidas e a mais consumida no mundo, chegando a produção mundial a aproximadamente 9,5 milhões de toneladas (EMBRAPA, 2009). O Brasil encontra-se como o segundo maior produtor, perdendo somente para a Índia, cuja produção é aproximadamente duas vezes maior. Segundo dados da FAO, a produção brasileira chegou a 7,19 milhões de toneladas em 2011. No Brasil, a bananeira é cultivada em todos os Estados, desde a faixa litorânea até os planaltos do interior. A região Nordeste tem-se mostrado como a maior produtora de bananas, atingindo em torno de 2,6 milhões de toneladas, o que representa 38,05% da produção brasileira, sendo que o Estado de São Paulo vem contribuindo com 1,2 milhão de toneladas, em média 49,5% da produção desta região. Em 2010, a área colhida atingiu cerca de 486 mil hectares, concentrados, principalmente, nos Estados da Bahia, São Paulo, Santa Catarina, Minas Gerais e Pará. A bananeira é cultivada na maioria dos Estados brasileiros seguindo padrões tradicionais, com baixos investimentos de capital e tecnologia, acarretando baixa produtividade e produção de frutos de qualidade inferior. Cultivos tecnificados são encontrados quase que exclusivamente nos Estados de São Paulo,

Santa Catarina, Goiás e Minas Gerais. A baixa produtividade, o porte elevado de algumas variedades, a intolerância à seca (estiagem) e a presença de doenças e pragas são os principais problemas que afetam a cultura de banana no Brasil.

Morfologia da bananeira com filho

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FAO: organização de alimentos e de agricultura das Nações Unidas.

O potássio é um mineral importante para o funcionamento do nosso organismo.

A banana é consumida em sua quase totalidade na forma in natura sendo considerada parte integrante na alimentação das populações de baixa renda, desempenhando ainda, papel fundamental na fixação da mão de obra rural. A banana contém vitaminas A (caroteno), B1 (tiamina), B2 (riboflavina) e C (ácido ascórbico), proteínas, niacina, ácido fólico, cálcio,

COMPOSIÇÃO DA BANANA EM RELAÇÃO AO SEU VALOR NUTRITIVO Composição

Quais vitaminas tem a banana?

Resumo da lição • A banana é uma das frutas de maior importância na economia mundial; • No Brasil, a banana é cultivada em todos os Estados, desde a faixa litorânea até os planaltos do interior; • A banana é muito consumida na sua forma in natura e é muito rica em vitaminas e potássio.

ferro, fósforo e alto teor de potássio, pouco sódio, nenhum colesterol e muito açúcar e amido e teor de água representa entre 58 a 80% da sua composição e apresenta também baixo teor de fibras. No quadro a seguir é mostrada a composição da banana em relação ao seu valor nutritivo

Água Fibra Amido Açúcar Acidez total Cinzas Gordura Proteína Calorias Vitamina A (caroteno) Vitamina B1 (tiamina) Vitamina B2 (riboflavina) Vitamina C (ácido ascórbico) Niacina Ácido fólico Cálcio Ferro Fósforo Sódio Potássio

Quantidade/100 g de material comestível 58 – 80% 0,3 – 3,4 g 3g 15,1 – 22,4 g 2,9 – 9,1meq 0,6 – 1,8 g 0 – 0,4 g 1,1 – 2,7 g 77 – 116 kcal 0,04 – 0,66 mg 0,02 – 0,06 mg 0,02 – 0,08 mg 0 – 31 mg 0,04 – 0,08 mg 10 ug 7 – 22 mg 0,4 – 1,6 mg 29 mg 1,0 mg 370 mg Fonte: SOTO,1985

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Formação para o trabalho 2 produtor de bananas


Lição 2 Clima e solo

A

bananeira é uma planta de clima tropical que encontra no nordeste brasileiro condições ideais para o seu desenvolvimento, excetuando-se o regime de chuvas que normalmente apresenta baixos índices e má distribuição durante o ano.

Temperatura A temperatura ideal para o bom desenvolvimento da bananeira encontra-se em torno de 28 ºC, com mínimas não inferiores a 18 ºC e máximas não superiores a 34 ºC. Alguns autores consideram os níveis de 15 ºC e 35 ºC, como os limites extremos para a exploração racional da bananeira. Temperaturas abaixo de 15 ºC provocam o fenômeno conhecido por Chilling ou ‘‘friagem’’, que prejudica os tecidos do fruto, desclassificando-o para o comércio. Acima de 35 ºC, o desenvolvimento da bananeira é inibido, em consequência da desidratação dos tecidos, principalmente das folhas.

Precipitação pluviométrica A bananeira necessita de uma precipitação média anual de 1.300 mm, bem distribuídos durante o ano. Quando a média mensal encontra-se abaixo de 100 mm, a bananeira não se desenvolve de maneira satisfatória, afetando a produtividade e a qualidade do fruto. A pouca chuva (déficit hídrico) provoca o aumento do ciclo da cultura e diminui o tamanho do cacho.

Umidade relativa A bananeira se desenvolve melhor em regiões onde as médias anuais de

umidade relativa encontram-se acima de 80%. Essas condições aceleram a emissão das folhas, prolongam sua longevidade, favorecem o lançamento da inflorescência e uniformizam a coloração do fruto, porém propiciam boas condições para o desenvolvimento do agente causal da Sigatoka Amarela e outras fitomoléstias.

Vento O vento é um dos fatores que traz grandes preocupações aos produtores de banana, devido aos graves prejuízos que causa, como: tombamento da planta, rasgo das nervuras secundárias, diminuição da área foliar, rompimento de raízes, etc. As perdas causadas pelos ventos podem atingir 20 a 30% da produção total. Ventos com velocidade entre 40 e 55 km/hora podem causar o desprendimento parcial ou total da planta, quebra do pseudocaule e outras injúrias. A intensidade dos danos vai depender da idade da planta, do tipo de variedade e do seu desenvolvimento e tamanho. Para minimizar os efeitos danosos do vento, o bananicultor deve recorrer ao uso de quebra-ventos e escoramento das plantas, embora encarecendo os custos de produção.

Altitude O efeito da altitude no desenvolvimento da bananeira está relacionado com a temperatura, precipitação pluviométrica, umidade relativa, luminosidade, etc. Em regiões tropicais de baixa altitude (0 a 300 m acima do nível do mar),

Qual a melhor temperatura para a cultura da banana?

Fitomoléstia: doença que ataca o vegetal.

Ventos com velocidade superior a 55 km/hora podem causar destruição total do bananeiral.

Na prática, a quantidade de água necessária para a bananeira vai depender do tipo de solo, da variedade cultivada, do desenvolvimento da planta, do sistema de irrigação e da eficiência de aplicação da água. Por essas interferências, o consumo anual de água da bananeira pode variar de 1.000 a 3.500 mm.

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Qual relação existe entre a altitude e o ciclo da banana? Qual o melhor solo para o plantio da bananeira? É possível plantar bananeira nas encostas?

demonstra-se que o ciclo da bananeira, principalmente do subgrupo Cavendish, foi de 8 a 10 meses, enquanto em regiões com altitude acima de 900 m aumentou para 18 meses. Observou-se ainda, que para cada 100 m de acréscimo na altitude, o ciclo de produção aumenta de 30 a 45 dias.

Luminosidade A bananeira requer alta luminosidade, embora a duração do dia aparentemente não influa no seu crescimento e frutificação. Em regiões de alta luminosidade, o ciclo vegetativo estende-se por 8 a 10 meses, enquanto cultivos com pouca luz prolongam-se por 14 meses.

Solo A bananeira é uma planta de raízes tenras, frágeis, com pequeno poder de penetração, que não deve ser cultivada em solos pesados (massapê) e/ou pedregosos. Os melhores solos são os areno -argilosos, com 10 a 15% de argila,

podendo atingir 25%, com 10 a 15% de silte, profundos e com um bom teor de matéria orgânica (3%). Nesse caso, são solos geralmente de boa textura e estrutura e com razoáveis teores de Fósforo (P), Potássio (K), Cálcio (Ca) e Magnésio (Mg). Estas características permitem a penetração das raízes e favorecem o desenvolvimento e produção da bananeira. O bananeiral pode ser instalado tanto em encostas como em terrenos planos. Os terrenos planos ou levemente ondulados devem ser preferidos, pois permitem um bom arejamento e facilitam a mecanização, as práticas culturais, a colheita e conservação do solo. O relevo acidentado apresenta, em geral, o inconveniente de possuir solos rasos, de baixa capacidade de retenção de água, de difícil mecanização, exigindo, por outro lado, práticas conservacionistas para o controle de erosão.

Resumo da lição • A região Nordeste tem condições ideais para o crescimento da banana, com exceção do regime pluviométrico (chuva); • Fatores que contribuem para o desenvolvimento da bananeira: temperatura, precipitação pluviométrica, umidade relativa, vento, altitude e luminosidade; • A bananeira possui raízes tenras, frágeis, com pequeno poder de penetração, por isso os melhores solos são os areno-argilosos; • O bananeiral pode ser instalado tanto em encostas como em terrenos planos.

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Lição 3 Variedades

E

xistem mais de 150 variedades comerciais de bananeira. Entretanto, são poucas as que apresentam potencial agronômico que atendam à preferência dos consumidores, em relação à alta produtividade, qualidade de fruto, tolerância a pragas, doenças e porte adequado. O comportamento das variedades está intrinsecamente relacionado com as condições edafoclimáticas de cada região de produção, havendo portanto, algumas variações quanto ao porte da planta, tamanho do cacho e qualidade dos frutos. As variedades mais difundidas no Brasil são: prata comum, pacovan, maçã, prata-anã, mysore, terra (curuda) e d’angola – do subgrupo prata (AAB), nanica e nanicão – do subgrupo cavendish (AAA), que são utilizadas principalmente para exportação. As variedades prata e pacovan respondem por mais de 60% da área plantada com banana no País.

Prata comum É a variedade mais cultivada no Brasil, especialmente no Nordeste. Seu pseudocaule atinge de 4 a 6 m, com 25 a 35 cm de diâmetro e com coloração verde amarelada brilhante. As folhas são bem compridas, proporcionando grande área sombreada. O cacho é relativamente pequeno, com peso de 8 a 15 kg, com 60 a 118 bananas. Seu fruto apresenta muitas quinas quando jovem, porém, a medida que vai se aproximando do ponto de colheita fica quase roliço. A casca é fina, de cor amarelo-ouro e polpa creme-róseo-pálida e sabor agradável.

É uma variedade sujeita ao mal-dasigatoka e medianamente resistente ao mal-do-Panamá. A produtividade alcança 15 a 30 t/ha.

Edáfica: característica relativa ao solo.

Prata-anã É uma variedade também conhecida como enxerto ou arata de Santa Catarina. Embora seja diferente da comum, principalmente nas características de inflorescência, tem frutos bastante semelhantes em formato e sabor, mas um pouco mais curto e roliço. Essa variedade apresenta vantagens em relação à prata comum, pelo menor porte, em torno de 4 m, além de ser mais resistente ao mal-desigatoka. O cacho pesa de 13 a 20 kg. A produtividade dessa variedade alcança 15 a 26 t/ha.

Quais são as variedades de bananeira?

Manuel Cunha

Pacovan É uma variedade resultante de uma mudança da prata comum. Apresenta algumas características semelhantes à prata; entretanto, são plantas de porte mais elevado, com pseudocaule mais grosso. Produz cachos mais pesados, com cerca de 25 a 30 kg, induzindo uma maior produtividade. O fruto tem sabor semelhante ao da prata. No entanto, tem mais quina, mesmo maduro. Essa variedade tem elevada resistência ao mal-desigatoka, grande tolerância ao Maldo-Panamá e é pouco perseguida pela broca.

Bananeiral de banana-prata

Antônio Carlos Vieira

Maçã Essa variedade tem porte médio, podendo atingir até 4 m de altura. A planta apresenta coloração verde

Banana-prata

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Qual a variedade de banana mais cultivada no Brasil?

Francisco Correia de Oliveira

clara, com folhas pendentes de cor verde mais escura. Os cachos pesam em média 10 kg, com frutos também pequenos, pedunculados, roliços, de casca fina delicada e amarela, polpa de cor branca, macia, perfumada e saborosa. A banana-maçã é altamente resistente ao mal-de-sigatoka, porém, muito suscetível ao mal-do-Panamá.

Mysore

Banana-pacovan

Everton Lemos

É uma variedade de introdução recente no Brasil. A planta apresenta porte elevado, com folhas de cor verde-escura apresentando estrias semelhantes ao ataque de virose. A nervura central da folha é de cor púrpura-rosada. Essa variedade produz cachos pesando de 15 a 25 kg, com média de 12 pencas e 150 a 200 frutos/cacho. O fruto é semelhante ao da maçã, com casca fina, polpa amarelada, levemente ácida e de difícil despencamento. A produtividade pode alcançar 20 a 40 t/ha. É uma variedade tolerante ao maldo-Panamá e ao mal-de-sigatoka.

Nanica Essa variedade é também conhecida por banana-d‘água, baé, cascaverde, anã, cambota, banana-daChina e caturra.

A planta apresenta porte baixo, tornando-a menos sujeita aos ventos fortes. O pseudocaule apresenta 1,20 a 2,40 m de altura, cor verde brilhante com manchas marrom-escuras. As folhas são verde-escuras na face superior, tornando-se verde mais claras na face inferior. O cacho pesa de 15 a 40 kg, com 6 a 14 pencas e 200 frutos por cacho. A produtividade pode alcançar 30 a 70 t/ha.

Nanicão É oriunda de uma mudança da banana-nanica, porém tem porte mais alto, podendo atingir 3,20 m de altura. Produz cachos pesando de 15 a 45 kg. Essa variedade vem substituindo a Nanica, principalmente, no Estado de São Paulo, por ser mais produtiva, apresentar menor número de cachos defeituosos, maior comprimento dos frutos, maior resistência à seca, maior resposta à adubação, maior valor pelo cacho exportado, consequentemente maior lucro para o produtor. A nanicão, assim como a nanica, é altamente suscetível ao mal-desigatoka e resistente ao mal-do-Panamá. A produtividade pode alcançar 30 a 70 t/ha.

Banana-maçã

Resumo da lição Banana nanica é a mesma banana-d’água? Quais as variedades de bananeira mais cultivadas no Brasil?

• Existem mais de 150 variedades comerciais de banana; • Mesmo possuindo uma grande variedade, são poucas as que apresentam potencial agronômico, preferência dos consumidores, alta produtividade e qualidade de fruto, tolerância a pragas e doenças, porte adequado; • As variedades mais difundidas no Brasil, são: prata-comum, pacovan, prata-anã, mysoure, terra (curuda) e d´água – do subgrupo prata (AAB), nanica e nanicão – do subgrupo Cavendish (AAA).

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Lição 4 Propagação

A

bananeira é normalmente propagada por meio de mudas desenvolvidas a partir de gemas vegetativas de seu rizoma. A propagação através de sementes só é utilizada em trabalhos de pesquisa. A escolha de mudas de boa qualidade é fundamental para o sucesso da cultura. Elas devem ser adquiridas junto a viveiristas credenciados, ou obtidas em bananeirais vigorosos, livres de pragas e doenças, com idade não superior a quatro anos, que não apresentem misturas de variedades e estejam isentos de ervas de difícil controle. Existem vários tipos de mudas que se diferenciam pelo estágio de desenvolvimento. O uso de um ou de outro tipo, tem influência direta sobre a duração do primeiro ciclo de produção e sobre o peso do cacho.

Tipos de mudas ■■Chifrinho:

muda com 20 a 30 cm de altura, apresentando unicamente folhas lanceoladas, pesando cerca de 1 kg. ■■Chifre: muda com 50 a 60 cm de altura, apresentando também folha lanceolada, com peso de aproximadamente 2 a 3 kg. ■■Chifrão: muda ideal, com 60 a 150 cm de altura, já apresentando mistura de folhas lanceoladas e folhas típicas de planta adulta.

■■Adulta:

muda com rizoma bem desenvolvido, em fase de diferenciação floral, com folhas largas, porém ainda jovens. ■■ Guarda-chuva: é uma muda pequena, com rizoma diminuto, mas com folhas típicas de planta adulta. Deve ser evitada, porque além de possuir pouca reserva, aumenta a duração do ciclo vegetativo. ■■ Pedaço de rizoma: muda oriunda de frações de rizoma e que apresenta, no mínimo, uma gema bem entumecida e peso em torno de 800g. ■■Rizoma com filho aderido: muda de grande peso e que exige, devido ao filho aderido, manuseio cuidadoso. Qualquer tipo de muda garante a formação do bananeiral; porém, as mais usadas são do tipo rizoma inteiro, por serem mais precoces, ou tipo chifre, por ter maior índice de pega.

Método de propagação da bananeira Devido à frequente escassez de material para o plantio, tem-se propagado a bananeira por métodos que elevam sua taxa de multiplicação. Os principais métodos são: ■■fracionamento do rizoma; ■■propagação rápida; ■■propagação in vitro.

É possível usar sementes para fazer propagação da banana? Quais os tipos de mudas de banana?

A - chifrão; B - adulta; C - chifrinho; D - guarda-chuva; E - Chifre; F - pedaço de rizoma; G - rizoma com filhote.

Resumo da lição • A bananeira é propagada por meio de mudas desenvolvidas a partir de gemas vegetativas de seu rizoma; • Para ter sucesso na cultura da banana, deve-se escolher mudas de boa qualidade; • Tipos de mudas: chifrinho, chifre, chifrão, adulta, guarda-chuva, pedaço de rizoma com filho aderico; • Os principais métodos de propagação são: fracionamento do rizoma, propagação rápida e propagação in vitro.

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Lição 5

Infraestrutura da área de plantio Fitossanitário: relativo à saúde dos vegetais.

A

área de plantio deve dispor da infraestrutura necessária ao estabelecimento correto do cultivo e ao manejo da colheita e póscolheita. Os cultivos de alto nível tecnológico devem dispor de: ■■carreadores, zonas e setores; ■■escritório e armazéns; ■■sistema de transporte de cachos; ■■galpão de embalagem; ■■canais de drenagem; ■■sistema de irrigação; ■■estradas.

Carreadores, zonas e setores A locação e abertura de carreadores são de grande importância para a realização de tratos culturais e fitossanitários, do transporte de material, da própria colheita e, principalmente, do rendimento do bananeiral. Tais carreadores devem ser, sempre que possível, retos, paralelos, distantes 50 m entre si e com traçado perpendicular aos ventos predominantes durante a madrugada e início da noite. Devem ter 8 metros

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Formação para o trabalho 2 produtor de bananas

de largura e possuir uma interligação a cada 200 ou 300 m, para facilitar o trânsito de veículos, máquinas e equipamentos no interior das bananeiras.

Importante Os carreadores dividem a produtividade em quadras de 10.000 a 15.000 m², ou seja, 1,0 a 1,5 ha, permitindo um melhor planejamento e execução das operações que se realizam no bananeiral. Em cultivos ainda mais tecnificados, cujo produto se destina geralmente à exportação, a propriedade é dividida em zonas e setores. Esta divisão permite, para cada zona e/ou setor: ■■prever a mão de obra; ■■prever a necessidade de insumos, materiais, equipamentos e serviços; ■■prever gastos; ■■determinar a capacidade de oferta do produto; ■■realizar um acompanhamento eficaz.


DIVISÃO DA ÁREA DE PLANTIO EM SETORES

Escritório e armazéns Esta infraestrutura é de fundamental importância na organização e definição das tarefas a serem executadas a cada período; no relacionamento com o administrador e operários; e no armazenamento, distribuição e controle de insumos, materiais e equipamentos.

Sistema de transporte de cachos O melhor sistema de transporte dos cachos ao galpão de embalagem é o aéreo, pois todos os outros sistemas causam maiores injúrias aos frutos.

Os cabos para transporte se orientam de forma paralela e equidistante aos canais secundários de drenagem, a fim de que a distância máxima de transporte do cacho pelo homem não seja maior do que 60m, com uma média de 20 a 30 m. Todos os cabos devem ser perpendiculares ao cabo principal que é duplo e se destina ao galpão de embalagem, para onde fluem todos os cachos colhidos. Eles devem ser esticados de modo a nunca ficarem a uma altura inferior a 2,20 m, a fim de que os cachos neles pendurados não toquem o solo.

O transporte aéreo de cachos é próprio de cultivos cuja produção se destina à exportação.

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Injúria: dano causado às bananas durante a colheita, transporte ou armazenamento.

Como se transportam os cachos?

Cabos aéreos para transporte de cacho

Em pequenos cultivos para exportação (5 a 10 ha), utiliza-se o sistema de cabos aéreos que apenas

tangencia o bananeiral. Outras alternativas são:

Cuna ou berçário para o transporte ■■transporte

de cacho em ‘‘cuna’’ (berçário) pelo homem; ■■acondicionamento do cacho em mantas de espuma e transporte em carretas de trator.

Galpão de embalagem Constitui a infraestrutura de apoio aos sistemas de cabos aéreos, com

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vista à preservação da qualidade na fase de pós-colheita. É peculiar aos cultivos para exportação, nos quais a banana colhida não pode sofrer qualquer tipo de injúria. É também dotado de sistema de cabos aéreos que permitem o deslocamento dos cachos até o local ideal de despencamento, ou seja, o mais próximo possível dos tanques de lavagem da fruta.


Consta de: 1) área de despencamento; 2) tanques de lavagem e classificação; 3) área de pesagem, desinfecção e secagem; 4) área de montagem das caixas; 5) área de embalagem; 6) área de estocagem das caixas.

Irrigação A irrigação tem como principal objetivo suprir as necessidades hídricas das plantas. É uma prática indispensável nas regiões onde a chuva não atende plenamente às necessidades das plantas durante todo o seu ciclo ou em parte dele.

Irrigação: é usada para corrigir a carência de água.

Edmundo de Sousa

Irrigação por sulcos

Dentre os sistemas de irrigação conhecidos, a maioria pode ser usada para irrigar a bananeira, bastando escolher aquele mais adequado às condições de cada local. Para isso, deve-se considerar, principalmente, o tipo de solo, o clima, a topografia, a disponibilidade de água, a mão de

obra existente, o custo da implantação e o da energia. Os sistemas de irrigação mais utilizados são: microaspersão, gotejamento, bacias em nível, irrigação por sulcos, irrigação por faixas e irrigação por aspersão.

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Alcides Freire

Irrigação por aspersão

Hidromórfico: solo que sofre influência da água na sua formação.

Qual a importância dos canais de drenagem?

A irrigação é um fator muito importante na qualidade da banana, que é fundamental na comercialização. Principalmente quando o produto se destina à exportação, a área de cultivo deve dispor de um sistema de irrigação compatível com sua topografia, tipo de solo, disponibilidade e qualidade da água, qualificação da mão de obra e relação custo/ benefício.

Canais de drenagem A abertura de canais de drenagem torna-se imprescindível em solos susceptíveis a encharcamento, como os aluviais e hidromórficos.

Além de remover o excesso de água da área de plantio, a drenagem objetiva melhorar a aeração do solo, bem como criar condições favoráveis ao desenvolvimento de micro-organismos, à realização do plantio, tratos culturais e fitossanitários e à própria colheita. Quando necessária, a drenagem da área deve ser planejada e executada com bastante antecedência, por especialista, podendo-se utilizar drenos a céu aberto ou subterrâneos, sendo os primeiros os de uso mais comum.

Everton Lemos

Estrada para colheita de bananas

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Estradas As estradas no interior da propriedade devem permitir o trânsito de veículos e máquinas em qualquer época do ano, especialmente na época da colheita e transporte da produção.

Há propriedades que dispõem de máquinas, implementos e materiais necessários à abertura e/ou conservação dessas estradas (patrol, retroescavadeira, rolo compressor, manilhas).

Resumo da lição • A área de plantio deve dispor da infraestrutura necessária ao estabelecimento correto do cultivo e ao manejo da colheita e pós-colheita; • Para um cultivo de alto nível devemos ter: carreadores, zonas e setores, escritório e armazéns, sistema de transporte de cachos, galpão de embalagem, canais de drenagem, sistema de irrigação, estradas; • A irrigação tem como principal objetivo suprir as necessidades hídricas das plantas; • A maioria dos sistemas de irrigação conhecidos pode ser usada para irrigar a bananeira; • Os sistemas de irrigação mais utilizados são microaspersão, gotejamento, bacias em nível, irrigação por sulcos, irrigação por faixas e irrigação por aspersão.

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Lição 6

Instalação do bananeiral As fruteiras possuem diferentes níveis de tolerância para sobreviverem à adversidade causada pela ausência de um ou mais características físicas, químicas e biológicas.

A

localização do pomar deve ser a mais criteriosa possível sob pena de comprometer seriamente a viabilidade econômica do empreendimento. Devem-se considerar alguns pontos básicos: boas vias de acesso à propriedade, facilidade de mão de obra e, principalmente, as características da área.

Características do solo

Qual a melhor localização para a instalação do bananeiral?

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Todas as culturas necessitam, para um bom desenvolvimento, de solos com boas características: Físicas: textura média (franco-argiloso-arenoso), boa permeabilidade, boa aeração e capacidade de armazenamento de água. Químicas: grande quantidade de nutrientes minerais bem balanceados, reação de solo (pH) próximo à neutralidade, ausência de elementos tóxicos (Al3+ e Na+). Biológicas: elevada população microbiana, isenta de patógenos, ausência de substâncias orgânicas nocivas.

Formação para o trabalho 2 produtor de bananas

Cabe ao técnico, usando bom senso e criatividade, identificar o(s) fator(es) que limita(m) a produção, optar pela melhor alternativa e adotar a melhor solução para o problema. Para todas as culturas, o preparo do solo fica condicionado à topografia e ao tipo de solo, caracterizado pela análise, que nos diz sobre: a textura, pH, salinidade, necessidade de correção ou adubação e outras práticas de manejo.

Topografia A topografia é a característica mais marcante do solo, no que concerne à necessidade de práticas conservacionistas, sendo uma característica estática de grande efeito dinâmico. Para uma fruticultura racional e de alta produtividade, algumas práticas de conservação de solos e água são indispensáveis, visto que, por estarem espacialmente distribuídas, as plantas, quando ainda jovens, não oferecem boa proteção aos solos (bastante mobilizados), contra as chuvas.


PRÁTICAS DE CONSERVAÇÃO DO SOLO Em terrenos inclinados, a aração é feita em curva de nível. A terra sempre é virada da parte mais alta para a mais baixa.

Declividade

Práticas conservacionistas sugeridas

0 a 3%

Aração-gradagem, sulcamento e plantio em curvas de nível.

3 a 6%

Aração-gradação, sulcamento, plantio em faixas de retenção, conforme o tipo de solo.

6 a 12%

Terraços em nível ou gradiente, conforme tipo do solo.

12 a 18%

Terraços em nível ou gradiente, faixas de retenção para maior proteção ao solo.

acima de 18%

Aconselha-se destinar a área para fins de pastagem, refúgio da fauna e reflorestamento.

O consórcio da bananeira com outras espécies de interesse econômico é uma boa prática vegetativa que deve ser implementada nos procedimentos de conservação do solo.

Coleta de amostras de solos Antes do preparo da área, deve-se fazer a coleta de amostras de solo

para análise de fertilidade. O presente roteiro tem como objetivo orientar quanto à maneira mais prática e eficiente de coletar amostras de solos. Atualmente, as despesas com corretivos e fertilizantes são significativas, chegando a representar até 20% dos custos de produção. A análise de solos é o principal meio de

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que dispomos para a recomendação correta de correção e adubação. Estas práticas são as que mais contribuem para o aumento da produtividade da lavoura, além de ajudar a proteger o ambiente pelo crescimento mais rápido das plantas e pelos restolhos vegetais que protegem o solo contra a erosão. Para o desenvolvimento de uma agricultura sustentável, é necessário que as áreas sejam exploradas levando-se em conta a sua aptidão agrícola.

Como fazer a coleta do solo Existem áreas que melhor se prestam à pecuária, à agricultura ou a reservas florestais.

O que é necessário para o desenvolvimento de uma agricultura sustentável?

Dividir a propriedade em áreas uniformes (de até 10 ha) quanto aos seguintes aspectos: Cor do solo: verificar se a terra é vermelha, amarela, escura, cinza ou de outras cores. Topografia: observar se as áreas se encontram na baixada, na encosta ou alto do morro. Esta característica estática de maior efeito dinâmico é que definirá as práticas conservacionistas da área.

Diagrama para coleta do solo para análise

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Formação para o trabalho 2 produtor de bananas

Vegetação: verificar se a área é de mata, capoeira, cerrado, campo ou outros tipos de vegetação. A cobertura vegetal é uma forte indicadora do tipo de solo. Manejo: observar se a área já foi corrigida ou adubada. Isto é importante para a sugestão de correção e adubação. Peculiaridades: identificar, se for o caso, aquelas áreas que por algum motivo se comportam de forma diferente; por exemplo: nunca produziram ou que deixaram de produzir. Neste caso poderemos estar diante de um problema de toxidez de subsolo ou problema de salinização. A amostragem precisa, nestes casos, ser diferenciada. Uma amostra do subsolo se torna necessária. Cada uma das áreas escolhidas deverá ser percorrida em ziguezague, retirando-se, com equipamentos apropriados, 15 a 20 subamostras, que constituirão a ‘‘amostra composta’’ representativa de cada área.


Material necessário para retirar amostras de solos O material a ser utilizado se compõe de enxadão, trado, balde, facão e sacos de plástico que devem estar limpos. Nunca utilize embalagem de defensivos, adubos, sal e remédio. Para trabalharmos com segurança na fruticultura, é importante que se retirem amostras de solos de duas profundidades: 0 a 30 cm e 30 a 60 cm, para estarmos cientes da ausência de elementos tóxicos (alumínio e sódio), tendo antes, o cuidado de limpar a

superfície do local escolhido removendo as folhas e outros detritos. A terra a ser colocada em saco plástico é a amostra composta, das várias subamostras de uma mesma área, que será enviada ao laboratório. Não envie terra molhada. Sugerimos o uso de um saco plástico, dentro de um outro saco, a fim de proteger a etiqueta de identificação (ver modelo). Após a terra estar bem misturada no balde, retirar a quantidade suficiente para encher o saco plástico (± 500 g).

ETIQUETA DE IDENTIFICAÇÃO Amostra N.º ________ Interessado: _____________________________________ Propriedade: ____________________________________ Município: ___________________ Estado:_____________ Uso atual: ______________________________________ Cultura anterior: __________________________________ Cultura a ser realizada: ____________________________ Obs: ___________________________________________ Data:___/___/20___

Preparo da área O preparo da área para plantio tem como finalidades: ■■remover a vegetação existente, quando houver, ou incorporar os restos da cultura anterior; ■■eliminar plantas indesejáveis; ■■criar condições favoráveis ao desenvolvimento da cultura. Todas estas etapas necessitam ser realizadas com cuidado, mantendo a matéria orgânica, mobilizando o mínimo possível o solo e executando práticas conservacionistas de solo e água. O desmatamento poderá ser feito manual ou mecanicamente, sugerindo-se o aproveitamento total da vegetação existente que geralmente

se utiliza, para mourões, estacas, varas, lenha, estacotes, deixando-se os galhos e gravetos para serem incorporados ao solo ou incinerados (queimados). O fogo pode ser usado como instrumento de trabalho, mas nunca como agente de destruição. O preparo da área para a implantação do bananeiral consiste, basicamente, de uma boa aração, cuja profundidade deve ser 15 cm para solos arenosos e de 15 a 25 cm para solos de textura média. Posteriormente, para destorreamento e nivelamento do solo, realiza-se gradagens cruzadas, numa profundidade de 5 a 10 cm em solos arenosos e de 10 a 20 cm em solos de textura média.

Material para coleta de solo

Não retirar amostra do solo para análise perto de cupim, formigueiro, estrada, cerca, casa, galpão, depósito, chiqueiro, curral e no sulco de plantio.

Qual a finalidade do preparo da área?

O fogo pode ser usado como instrumento de trabalho, mas nunca como agente de destruição.

Aração

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ESPAÇAMENTO EM DIFERENTES DECLIVIDADES E TEXTURAS Declividade (%) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

Gradagem

Nomenclatura química N = Nitrogênio P = Fósforo K = Potássio Ca = Cálcio Mg = Magnésio S = Enxofre B = Boro Cl = Cloro Cu = Cobre Fe = Ferro Mn = Manganês Mo = Molibdênio Zn = Zinco

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Tipo de solo - textura Argilosa Média Arenosa 0,40 40,00 0,35 35,00 0,32 32,00 0,80 40,00 0,70 35,00 0,64 32,00 1,20 40,00 1,05 35,00 0,96 32,00 1,40 34,90 1,20 30,00 1,08 27,00 1,60 32,00 1,35 27,00 1,20 24,00 1,80 30,00 1,50 25,00 1,32 22,00 2,00 28,50 1,65 23,60 1,44 20,60 2,20 27,50 1,80 22,50 1,56 19,50 2,40 26,70 1,95 21,70 1,68 18,70 2,60 26,00 2,10 21,00 1,80 18,00 2,80 25,40 2,25 20,40 1,92 17,40 3,00 25,00 2,40 20,00 2,04 17,00 3,20 24,60 2,65 19,60 2,16 16,60 3,40 24,30 2,70 19,30 2,28 16,30 3,60 24,00 2,85 19,00 2,40 16,00 3,80 23,70 3,00 18,70 2,52 15,70 4,00 23,50 3,15 18,50 2,64 15,50 4,20 23,30 3,30 18,30 2,76 15,30 4,40 23,10 3,45 18,20 2,85 15,20 4,60 23,00 3,60 18,00 3,00 15,00

Nas áreas de encostas, logo após o preparo da área, deve-se proceder à locação das curvas de nível básicas com a finalidade de orientar o sentido da marcação das covas. O espaçamento das curvas de nível básicas deverá ser função da declividade e da textura do solo conforme tabela a seguir. Nas práticas conservacionistas serão utilizados instrumentos simples de locação de curvas de nível, tais como: pé de galinha, nível em U ou nível de espelho.

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Calagem A calagem eleva o pH do solo, contribui para o aumento da disponibilidade de N, P, K, S e Mo, neutraliza o Al e/ou Mn trocáveis, fornece Ca e Mg às plantas, eleva a saturação por base, equilibra a relação K: Ca: Mg e melhora a atividade microbiana do solo. ■■A bananeira se desenvolve em solos com pH extremos de 3,5 a 9,0 embora a faixa de 5,5 a 6,5 seja a ideal. ■■A aplicação do calcário deve ser feita com antecedência de 30 dias antes do plantio. O calcário


deve ser aplicado a lanço, após a aração e incorporado por meio de gradagem. ■■Em áreas de encosta, o calcário também será aplicado em toda a área e incorporado por ocasião dos tratos culturais.

Lembrete Recomenda-se o uso do calcário dolomítico, que contém cálcio (Ca) e magnésio (Mg), evitando assim, o desequilíbrio entre potássio e magnésio e, consequentemente, o surgimento do distúrbio fisiológico ‘‘azul da bananeira’’ (deficiência de Mg induzida pelo excesso de K).

Espaçamento A opção por determinado espaçamento está relacionada com vários

fatores, como o porte da variedade, a fertilidade do solo, o sistema de desbaste, o destino da produção, o nível tecnológico do cultivo e a topografia do terreno. Em cultivos comerciais tecnicamente conduzidos, os espaçamentos mais utilizados no Brasil vão de 2 x 2 m a 2 x 2,5 m para as variedades de porte baixo a médio (nanica, nanicão, grande naine); 3 x 2 m a 3 x 2,5 m para as variedades de porte semialto (maçã, d‘angola, terrinha, mysore, figo); e 3 x 3 m a 3 x 4 m para as variedades de porte alto (terra, comprida, maranhão, prata, pacovã). As disposições mais comuns dos espaçamentos seguem traçados em retângulo, quadrado, triângulo e hexágono, como se vê a seguir.

SISTEMAS DE PLANTAÇÃO DAS BANANEIRAS

Tem-se recomendado, também, os espaçamentos em fileira dupla 4,0 x 2,0 x 1,5 m; 4,0 x 2,0 x 2,0 m e 4,0 x 2,0 x 3,0 m para as variedades de porte baixo, médio e alto, respectivamente. O uso da fileira dupla apresenta as seguintes vantagens:

■■facilita

vistoria do bananeiral; ■■a realização dos tratos fitossanitários não provoca grandes estragos nas folhas das bananeiras; ■■permite consórcio com culturas anuais por períodos mais longos.

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Como deve ser feita a distribuição das mudas?

O rendimento de serviço do sulcador é bastante elevado, sendo possível sulcar, por hora, o equivalente a 1.000 covas.

Quando não se dispõe de máquinas, como fazer o coveamento ou sulcamento?

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Coveamento ou sulcamento

Adubação de plantio

Em áreas não mecanizáveis, as covas são abertas manualmente, com cavador e/ou enxadeta, nas dimensões de 30 x 30 cm ou 40 x 40 cm de acordo com o tamanho ou peso da muda e a classe de solo. As covas de 30 x 30 cm destinamse a mudas cujo peso oscila entre 0,5 e 1,0 kg e as de 40 x 40 cm a mudas de 1,0 a 1,5 kg, respectivamente. No que se refere à profundidade da cova, esta tem variado de 20 a 60 cm, a depender do tipo e tamanho da muda, textura e estrutura do solo, que exercem uma grande influência sobre a germinação, brotação, desenvolvimento e produção da bananeira. Já foi constatada que uma profundidade de plantio compreendida entre 30 e 40 cm é a mais apropriada e econômica para o plantio da bananeira, tanto em solos leves, franco-arenosos, como em solos pesados, franco-argilosos. Em áreas mecanizáveis, as covas podem ser abertas com o trado mecânico acoplado ao trator. Este método é bastante apropriado para áreas com escassez de mão de obra e para solos franco-argilosos. O diâmetro e profundidade devem estar relacionados com a estrutura e textura do solo e o volume do material propagativo a ser plantado. Nas áreas mecanizáveis pode-se, também, abrir sulcos de 30 cm de profundidade, utilizando-se o sulcador apropriado ao cultivo de canade-açúcar. Os sulcos devem ser abertos na direção nascente-poente, para que a emissão do primeiro cacho se posicione na entrelinha, facilitando posteriormente a sua colheita e também a escolha do seguidor.

Recomenda-se que a adubação seja feita de acordo com a análise do solo. Caso não seja realizada, poderão ser utilizados por cova, 10 a 15 kg de esterco de curral ou 1 a 2 kg de esterco de galinha ou 0,5 a 1,0 kg de torta de mamona. Vale lembrar que o esterco deverá ser bem curtido para ser utilizado.

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Distribuição de mudas Geralmente se plantam, na mesma área e simultaneamente, mudas de diversos tipos. Como cada muda apresenta comportamento peculiar em relação aos parâmetros de desenvolvimento (altura, circunferência do pseudocaule, diferenciação floral, ciclo vegetativo) e de rendimento (peso do cacho, número de pencas e frutos por cacho, produtividade), o plantio assim efetuado propicia a desuniformidade do bananeiral em relação a estes pontos. A distribuição das mudas na área de plantio deve ser feita por tipo e tamanho a fim de que sejam plantadas, inicialmente, todas as mudas de um mesmo tipo (chifrinho), seguidas de outro tipo (chifre) e assim, sucessivamente. Este procedimento permite uniformizar a germinação e colheita do bananeiral por lote de plantio, facilitando o planejamento de práticas culturais, bem como a colheita e a comercialização da produção.

Época de plantio A época de plantio está relacionada, de modo geral, com fatores de clima e solo, influenciando significativamente a época e duração dos ciclos vegetativos e de produção.


O período mais favorável para o plantio da bananeira é o do final da época chuvosa, com chuvas esparsas, já que as necessidades de água são menores durante os três meses após o plantio. Deve-se evitar as estações em que ocorrem altas pluviosidades, uma vez que o solo fica geralmente mal drenado, promovendo a apodrecimento de mudas. Os bananicultores dão muita importância à época de plantio, quando conhecem os ciclos vegetativo e de produção (fenologia) da cultivar ou variedade a ser plantada. Isto permite condicionar a floração e a realização da colheita para as épocas mais favoráveis ao desenvolvimento dos frutos e de melhor cotação do produto no mercado, respectivamente. A época de plantio depende não apenas do regime de chuvas, mas também da textura e estrutura do solo a ser cultivado. Em áreas com chuvas bem distribuídas durante todo o ano e em solos cuja textura e estrutura sejam apropriadas ao cultivo da banana, o plantio pode ser feito em qualquer época do ano. Sob irrigação, pode-se plantar em qualquer época do ano. A temperatura exerce influência na germinação da muda, sendo mais favorável quando se situa entre 18 ºC e 34 ºC. Para as diferentes regiões, Estados ou zonas produtoras, deveria haver um calendário indicando as melhores épocas para estabelecimento do cultivo.

Plantio O plantio deve ser feito colocando-se a muda dentro da cova adubada e procurando firmá-la bem. Em seguida efetua-se o fechamento da cova utilizando o resto do solo da camada superficial, que deve ser pressionado para eliminar espaços vazios,

reduzindo-se a penetração excessiva de água e consequente encharcamento subterrâneo que possa provocar o apodrecimento da muda. Vale ressaltar que a adubação da cova é feita com base na análise do solo da área a ser plantada.

Fenologia: é a parte da Botânica que estuda vários fenômenos periódicos das plantas.

Plantio da muda em cova adubada

Plantio em solo de drenagem rápida

Em solo de drenagem rápida (franco-arenoso) deve-se usar covas de 60 cm de profundidade e, ao fazer o plantio, estas deverão ser fechadas de maneira incompleta, de forma que o colo do rizoma fique 10 cm abaixo do nível do solo. Cerca de um ano depois, procede-se o nivelamento definitivo. Esta técnica objetiva atrasar o fechamento completo da cova, que é comum nesse tipo de solo. Em terrenos declivosos, recomenda-se que as mudas tipo chifrinho,

Qual a melhor época de plantio?

A adubação é o processo de melhoramento dos solos.

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Como se faz o plantio?

chifre e chifrão sejam plantadas com a cicatriz do corte que as separou da planta-mãe voltada para a parede da cova situada na parte mais baixa do terreno. Com este procedimento, a primeira gema diferenciada aparece do lado oposto, permitindo que os cachos fiquem a uma menor distância do solo, facilitando a colheita, especialmente das bananeiras de porte alto.

Replantio O replantio deve ser feito entre 30 e 45 dias após o plantio. Alguns autores recomendam o uso de mudas do tipo rebento, maiores que as inicialmente plantadas. As mudas utilizadas no replantio devem ser arrancadas e plantadas no mesmo dia.

Resumo da lição • Devemos nos preocupar com a localização, a coleta de amostras de solo, preparo da área, calagem, espaçamento, coveamento ou sulcamento, adubação de plantio, distribuição das mudas, época de plantio, plantio e replantio; • A localização do pomar deve ser bem escolhida, senão vai comprometer a viabilidade econômica do empreendimento; • Todas as culturas necessitam, para um bom desenvolvimento, de solos com boas características físicas, químicas e biológicas; • A topografia é a característica mais marcante do solo, no que diz respeito à necessidade de práticas conservacionistas; • Não devemos retirar amostra perto de cupim, formigueiro, estrada, cerca, casa, galpão, depósito, chiqueiro, curral e no sulco (rego) de plantio.

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Lição 7

Consórcio e condução do bananeiral

P

ara se reduzir os custos de implantação e obter alguma renda, enquanto a cultura da banana não inicia a produção, faz-se necessário consorciar com culturas de ciclo curto, tais como: feijão, melancia, melão ou qualquer outra cultura que não faça competição com a bananeira. Uma adequada manutenção do pomar, a partir do replantio, é de primordial importância para o desenvolvimento, produção e produtividade do bananeiral. Manter o pomar livre de plantas daninhas ou mato e devidamente adubado deve ser uma constante.

Capinas As plantas daninhas ou mato afetam direta e indiretamente o desenvolvimento da bananeira através da competição por água, espaço e nutrientes. A capina deve ser prática de rotina já que a bananeira, por possuir um sistema radicular superficial e frágil, é severamente prejudicada com a concorrência das plantas daninhas, especialmente nos cinco primeiros meses da instalação do bananeiral. A capina pode ser manual (enxada), mecânica (grade, enxada rotativa) e química (herbicidas). A gradagem e rotação não devem ser usadas além do terceiro e quinto mês da instalação do bananeiral, respectivamente. Em áreas em declive, não mecanizáveis, recomenda-se associar a

roçagem das ruas com a capina das linhas de cultivo. O uso de herbicidas deve ser tecnicamente orientado.

Cobertura morta A cobertura morta é feita com restos provenientes do bananeiral incluindo folhas secas oriundas das desfolhas e plantas inteiras após o corte do cacho. Esse material deve ser espalhado sobre toda a área do bananeiral formando uma cobertura de aproximadamente 10 cm de altura. Esta prática permite o controle efetivo da erosão nos plantios de encosta.

Adubação de cobertura As adubações em coberturas deverão ser realizadas em faixas circulares em torno da planta, até a emissão dos primeiros filhotes. A partir daí deverão ser feitas em meia-lua, orientadas para o lado onde os filhotes estão emergindo. Estas coberturas devem ser aplicadas inicialmente a 40 cm da planta-mãe e posteriormente a 40 cm dos filhotes. Após aplicar os adubos, incorporá-los. As quantidades de fertilizantes que devem ser aplicadas são obtidas através da análise de solo. Na sua ausência, recomenda-se utilizar anualmente por planta, 750 g de sulfato de amônio, 500 g de superfosfato simples e 300 g de cloreto de potássio. A dose anual recomendada deve ser parcelada em três aplicações, no início, no meio e antes do final da estação chuvosa.

Plantar a bananeira, de preferência, deixando amplo espaço vazio em torno da planta. Essa prática reduz o número de capinas no bananeiral.

Como se faz o plantio de banana? Como é feita a capina?

Um dos problemas mais sérios da cultura da bananeira, principalmente na região Nordeste, são as épocas secas prolongadas, sempre frequentes em alguns meses do ano. Para reduzir esses danos, recomendase o uso de cobertura morta visando não só o aumento da retenção de umidade, como também redução nos custos de manutenção do bananeiral devido à diminuição no número de capinas e à redução das quantidades de fertilizantes utilizados.

Como é feita a cobertura morta?

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Em cultivos irregulares, os adubos devem ser parcelados, no mínimo, em seis aplicações, visando a um melhor aproveitamento das plantas.

Adubação em cobertura, na fase de desenvolvimento dos “filhotes” ou seguidores

Desbaste: operação agrícola que consiste em arrancar, após semeadura, as plantas em excesso com a finalidade de regular a distância conveniente das plantas.

Desbaste É a prática utilizada na eliminação do excesso de rebentos produzidos pela bananeira, deixando-se apenas um ou dois por touceira, segundo o espaçamento adotado. ■■De modo geral os desbastes são realizados aos quatro, seis e dez meses de plantio, na fase de formação da cultura. ■■Em bananeirais adultos, eles são realizados juntamente com a eliminação de folhas secas. ■■Efetua-se o desbaste cortandose a parte aérea do filho ou rebento rente ao solo, com faca ou facão. Em seguida extrai-se a gema apical com o aparelho ‘‘lurdinha’’, provocando sua morte com 10% de eficiência e um rendimento de serviço 75% superior ao dos métodos tradicionais. ■■O desbaste é feito quando os filhos ou rebentos atingem 20 a 30 cm de altura.

Esquema da “lurdinha”

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Desfolha É a eliminação de folhas secas, mortas ou aquelas que, embora verdes ou parcialmente verdes, apresentam pecíolo quebrado e objetiva: ■■liberar a planta dessas folhas, cuja atividade não corresponde aos seus requerimentos funcionais; ■■permitir um melhor arejamento e luminosidade; ■■acelerar o desenvolvimento dos filhos; ■■controlar pragas e doenças que utilizam ou requerem as folhas como refúgio ou fontes potenciais de inóculos; ■■acelerar o processo de melhoramento das propriedades físicas e químicas do solo, mediante a incorporação de uma maior quantidade de matéria orgânica. As folhas são eliminadas através de cortes dos pecíolos, de baixo para cima, bem rente ao pseudocaule. Este processo é efetuado aos quatro, seis e dez meses, sendo suficiente para cobrir o período do plantio à colheita (1º ciclo). Nos cultivos já formados, a desfolha deve ser feita sistematicamente, precedendo ao desbaste e após as adubações.

Escoramento É a prática que objetiva fundamentalmente evitar a perda de cachos por quebra ou tombamento de plantas, devido à ocorrência de ventos fortes, peso do cacho, altura da planta ou má sustentação da mesma, causada pelo ataque de nematoides e/ou brocado-rizoma ou pela aplicação de práticas inapropriadas de manejo, como o arranquio desordenado de mudas.


O que é ensacamento do cacho? O que é desfolha? Explique como é realizado o escoramento.

Escoramento com bambu ou similar, sob a forma apoiada (A) e amarrada (B).

O escoramento pode ser feito com uma ou duas varas de bambu ou similar, preventivamente, ou seja, logo após a emissão da última penca.

Ensacamento do cacho É a prática utilizada apenas nos cultivos para exportação, apresentando como vantagens: ■■aumentar a velocidade de crescimento dos frutos, ao manter ao redor destes uma temperatura mais alta e pouco variável; ■■evitar o ataque de pragas como abelha-arapuá, trips sp.; ■■melhorar substancialmente a qualidade geral do fruto, ao reduzir os danos relacionados com injúrias. O ensacamento do cacho deve ser feito logo após a emissão da última penca (falsa penca), que é eliminada juntamente com a ráquis masculina. O saco é colocado enrugado

em torno do cacho, para que não se rasgue, sendo depois estendido cuidadosamente. Em seguida, é amarrado à ráquis na parte imediatamente acima da primeira cicatriz bracteal.

Corte do pseudocaule após a colheita Esta prática é variável entre regiões. Há produtores que cortam o pseudocaule a 30 a 50 cm do solo após a colheita do cacho; outros cortam apenas a parte superior, realizando cortes graduais na parte remanescente, à medida que vai secando. A época e forma para execução dessa prática é indiferente, já que não tem nenhum efeito sobre o incremento de produtividade dos seguidores. Do ponto de vista prático e econômico, o mais aconselhável seria o corte do pseudocaule, próximo ao solo, imediatamente após a colheita do cacho.

Resumo da lição • Uma boa manutenção do pomar, a partir do replantio, é de grande importância para o desenvolvimento, produção e produtividade do bananeiral; • Conduções do bananeiral: capinas, cobertura morta, adubação de cobertura, desbaste, desfolha, escoramento, ensacamento do cacho e corte do pseudocaule após a colheita; • É importante se plantar outras culturas como feijão, melancia e melão, junto com a bananeira; • O consórcio com outras culturas reduz os custos do bananeiral e dá renda para produtor.

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Lição 8

Principais doenças Mycosphaerella musicola: fungo que ataca as folhas da bananeira.

A

bananeira está sujeita a diversas doenças, cuja incidência pode comprometer a produção, se não forem eliminadas ou controladas no devido tempo. As principais doenças causadas por fungos e bactérias que têm uma ação deletéria sobre a morfologia e fisiologia do vegetal e que afetam a produção de banana serão descritas a seguir.

Mal-de-sigatoka Quais são os sintomas do mal-de-sigatoka?

Fusarium oxysporum: fungo do solo.

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O mal-de-sigatoka, também conhecido por cercosporiose, é a mais grave doença da bananeira no País. É uma moléstia causada pelo fungo Mycospherella musicola, que pode provocar perdas superiores a 50% na produção. Ocorre com maior incidência nos períodos chuvosos e com altas temperaturas. Os sintomas caracterizam-se pela presença de pequenas estrias amarelas pálidas paralelas às nervuras secundárias das folhas. Com a evolução da doença, essas estrias escurecem e se expandem para formar manchas pardas, mais ou menos elípticas. A infecção ocorre nas folhas mais novas. Nas folhas mais afetadas observa-se união de várias lesões, com perda de grande parte da área foliar, chegando até o secamento e queda precoce da mesma. O controle da doença pode ser feito através do uso de variedade resistente, medidas culturais e pulverizações com produtos químicos. Um dos produtos básicos é o óleo mineral, aplicado na dosagem de 15 L/ha, em intervalos de 15 dias,

Formação para o trabalho 2 produtor de bananas

ou misturados com fungicidas (benomil, propiconazol, tiabendazol), na dose de 120 a 150 g de i.a./ha (i.a. = ingrediente ativo). O intervalo entre aplicações de fungicidas deve ser de 30 dias.

Mal-do-Panamá O mal-do-Panamá, também conhecido como marcha de Fusarium, é uma doença causada pelo fungo Fusarium oxysporum f. sp cubense, habitante natural dos solos, que pode sobreviver na ausência da bananeira, por longos períodos. A infecção ocorre nas raízes, atingindo posteriormente o rizoma, o pseudocaule e a nervura principal das folhas. O ataque provoca o amarelecimento das folhas, que suam, murcham e caem. Provoca ainda rachaduras nas bainhas do pseudocaule perto do solo. Internamente, os vasos ficam descoloridos, tanto no rizoma como no pseudocaule. O controle da doença pode ser feito através do plantio em solos não infestados; da escolha de mudas sadias para o plantio; do processo de limpeza das mudas através do descortinamento do rizoma, tendo-se o cuidado de eliminar mudas que estejam apresentando pontuações pardas e avermelhadas; e do controle de nematoides. O melhor controle, porém, é o uso de variedades resistentes, como a Nanica, Nanicão, Grand Naine, Terra e Mysore, entre outras.


Moko O Moko, também conhecido como murcha bacteriana, é uma doença causada por Pseudomonas solanacearum, uma bactéria que ataca as folhas da bananeira. É uma doença restrita à região Norte do País, embora tenha sido constatada a sua presença no Estado de Sergipe, mas contornou-se o problema mediante a erradicação dos focos. Os sintomas se assemelham ao mal do Panamá, diferindo basicamente pela presença de infecção

nos frutos, que apresentam, quando atacados, maturação precoce e irregular dentro do cacho, com podridão seca e negra da polpa. Além disso é possível observar exsudação de pus bacteriano nas partes afetadas. Para o seu controle, recomendase plantar mudas sadias; desinfectar ferramentas, principalmente nas operações de desfolha, desbaste e colheita; eliminar a ráquis floral masculina; ensacar o cacho, e erradicar rapidamente as plantas doentes.

Como deve ser feito o controle do moko?

Resumo da lição • As principais doenças da bananeira são: mal-de-sigatoka, mal-do-Panamá e moko; • O controle destas doenças se faz com variedades resistentes, medidas culturais e produtos químicos.

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Lição 9

Principais pragas

A

s pragas são as doenças causadas por insetos e as que afetam a produção da banana são descritas a seguir.

Broca-do-rizoma ou broca-da-bananeira

Cosmopolitos sordidus - adulto FONTE FEKIN (1971)

Cosmopolitos sordidus é o agente causador da broca-da-bananeira sendo uma praga conhecida popularmente como moleque-da-bananeira. Pelos prejuízos que causam e por sua ampla distribuição geográfica, é a praga mais danosa para a cultura. É um inseto de hábito noturno que permanece durante o dia abrigado da luz, entre as bainhas das folhas, na base do pseudocaule ou em

As iscas para capturar o Cosmopolitos sordidus devem ser renovadas a cada 15 dias.

Como é possível controlar a broca da bananeira?

Beauveria bassiana: fungo que ataca o agente causador do moleque-da-bananeira.

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Isca tipo queijo

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restos culturais. É na fase de larva que causa maiores danos, construindo galerias no rizoma, enfraquecendo a planta e tornando-a mais sensível ao tombamento. O controle da praga pode ser efetuado pelo uso de mudas sadias ou através de iscas tipo ‘‘telha’’ ou ‘‘queijo’’. Distribui-se de 50 a 100 iscas por hectare e coleta-se, semanalmente, os insetos capturados. A aplicação de produtos químicos nas iscas pode ser uma alternativa viável onde a mão de obra seja escassa. Os inseticidas também, podem ser utilizados na cova ou em cobertura.


Isca tipo telha

O fungo Beauveria bassiana apresenta-se como excelente alternativa de controle da broca.

Nematoides Os nematoides constituem-se numa das pragas de maior importância nos bananeirais do Brasil. Eles são responsáveis, junto com a broca, por perdas da ordem de 30% da produção. São pequenos vermes de vários tipos, mas o pior é o cavernícola. Ataca mais em terrenos arenosos e secos, produzindo lesões nas raízes, que podem ser muito profundas, causando a sua morte. Se o ataque for superficial, constituirá ótima entrada para os fungos, tais como o do maldo-Panamá. Eles provocam o enfraquecimento da planta, por destruir o sistema radicular, causando grandes tombamentos, mesmo só com o peso do cacho. O controle é basicamente a limpeza da muda, o que reduz muito a presença desses vermes. Uma forma que pode ser utilizada para combater as nematoides consiste em colocar as mudas em água a 55 ºC durante 5 minutos.

Quando a população de nematoide é muito elevada, deve-se fazer rotação de cultura, durante, no mínimo, seis meses, com arroz, milho ou feijão.

Explique como fazer o controle dos nematoides.

Trips São insetos amarelo-claros, quando jovens, e escuros quando adultos. Vivem na inflorescência ou entre as brácteas do ‘‘coração’’ e nos frutos, manchando-os. O combate aos trips é muito difícil de se fazer, dado o seu habitat. O mais eficiente e econômico meio de mantê-los sob controle é quebrando os ‘‘corações’’ das inflorescências. Sempre que possível, eles devem ser retirados do bananeiral e aproveitados na alimentação de animais, pois são uma boa fonte de caroteno. Na impossibilidade, devem ser retalhados para acelerar seu apodrecimento. O uso de produto químico é bastante problemático, pois tem que ser sistêmico e de rápida degradação para que as bananas não aproveitem resíduos por ocasião das colheitas.

Explique como combater o trips.

Resumo da lição • As principais pragas da bananeira são: broca-dorizoma ou broca-dabananeira, nematoides e trips; • A broca ou moleque-dabananeira é uma praga importante pelos prejuízos que causa à cultura; • A rotação de culturas é importante para a redução da população de nematoides.

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Lição 10

Manejo na colheita Por que é importante o produtor conhecer o momento ideal da colheita da banana?

Rizomas: são caules subterrâneos que acumulam substâncias nutritivas.

D

evido à não utilização de critérios técnicos que determinam o momento adequado da colheita do cacho e, como colhê-lo e manejá-lo, as perdas, na propriedade podem atingir 20% do total produzido, além de contribuir decisivamente no aumento das perdas póscolheita. Isso significa que de 100 toneladas seriam perdidas 20 toneladas de banana. Assim, é imprescindível que o produtor conheça o melhor momento e a forma de efetuar a colheita, a fim de minimizar tais perdas.

Quando colher a banana A bananeira pertence ao grupo das angiospermas que são plantas que possuem frutos, tendo o corpo constituído por raízes, caule, folhas, flores e frutos. Na bananeira, o caule é um rizoma subterrâneo que acumula substâncias nutritivas e pode ser distinguidas de raízes pelo fato de apresentar gemas laterais. A parte aérea da bananeira é constituída por pseudocaules, folhas e frutos. O caule realiza a integração de raízes e folhas, tanto do ponto de vista estrutural como funcional. Em outras palavras, além de constituir a estrutura física onde se inserem raízes e folhas, o caule desempenha

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Formação para o trabalho 2 produtor de bananas

as funções de condução de água e sais minerais das raízes para as folhas e a condução de matéria orgânica das folhas para as raízes. Essa matéria orgânica é resultante do processo de fotossíntese realizado nas folhas por ação da luz solar, do gás carbônico e água. Uma única vez na vida de uma bananeira um ramo caulinar cresce para fora do solo, dentro do conjunto de folhas, e forma em seu ápice uma inflorescência que se transforma em um cacho com várias pencas de bananas. As bananas são frutos que se formam sem que tenha havido polinização, surgindo do desenvovimento dos ovários. Frutos que se desenvolvem sem a prévia polinização e fecundação das flores são chamados partenocárpicos. A partir de um determinado período de sua emissão o cacho pode ser colhido em diversos estádios de desenvolvimento dos frutos, desde que sejam conhecidos e considerados alguns aspectos da morfologia vegetal (ciência que estuda as formas e estruturas dos organismos vegetais) e da fisiologia (estuda como funciona internamente o vegetal). Esses dois aspectos são essenciais na análise do desenvolvimento, do denominado grau de corte.


São conhecidos três métodos de medição: ■■Grau fisiológico de maturidade: neste método, a colheita do cacho se baseia no padrão visual ou aparência morfofisiológica dos frutos. Este método tem sido utilizado para mercados locais e para mercados externos pouco exigentes, sendo considerado empírico, pois é um método que se baseia apenas na experiência (na prática), sem nenhum caráter científico. ■■Diâmetro do fruto: este método se baseia na correlação entre o diâmetro do dedo central da segunda mão e o grau de maturidade fisiológica do fruto, cuja determinação é feita, utilizando-se um calibrador. Este diâmetro, para as cultivares do subgrupo Cavendish

(nanicão), varia de 29,4 mm a 38,2 mm, segundo a distância do mercado consumidor. ■■ Diâmetro do fruto por idade: este método considera o momento em que o cacho emite a última penca e, com base no conhecimento da fenologia da bananeira, estabelece a época de colheita do cacho, em semanas (12, 14 e 16 semanas). A fenologia é a parte da botânica que estuda vários fenômenos periódicos das plantas, como a brotação, a floração e a frutificação, marcando-lhes as épocas e os caracteres, desta forma estabelecendo um estudo das relações dos processos biológicos periódicos com o clima. Nos cultivos de banana para exportação, a colheita é feita com base nestes dois últimos métodos.

Como deve ser a colheita da banana?

Calibração da fruta antes da colheita

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Nas cultivares de porte semialto a alto (nanicão, mysore, prata, pacovan, terra), a colheita deve ser efetuada por dois operários.

Nas cultivares de porte baixo, explique como é feita a colheita.

Colheita correta do cacho

Um que corta parcialmente o pseudocaule a meia altura entre o solo e o cacho e o outro que evita que o cacho atinja o solo, segurando-o pela ráquis masculina ou aparando-o diretamente sobre o ombro, em travesseiro de espuma ou ‘‘cuna’’. O primeiro operário corta então o engaço, a fim de que o cacho seja transportado até o carreador ou cabo aéreo.

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Formação para o trabalho 2 produtor de bananas

Nas cultivares de porte baixo a médio e cacho leves (figo anão, d‘angola), a colheita é de mais fácil execução, sendo possível um único operário executá-la. Se o cacho é pesado, devem usar dois operários, seja qual for a altura da planta.


Colheita em bananeira de porte baixo a médio-baixo e peso do cacho inferior a 20 kg

Resumo da lição • É muito importante que o produtor conheça o melhor momento e a forma de efetuar a colheita, a fim de minimizar as perdas; • Nas bananeiras, os frutos desenvolvem-se sem polinização; • Podemos colher em qualquer estádio de desenvolvimento, os frutos, desde que sejam conhecidos e considerados alguns aspectos morfológicos e fisiológicos; • A colheita em cultivares de porte semialto e alto é feita por duas pessoas; já em cultivares de porte baixo a médio, ela pode ser realizada por um único operário.

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Lição 11

Manejo pós-colheita Despencamento: separar (especialmente bananas) da penca ou cacho.

O que diferencia o baixo nível tecnológico do alto?

Baixo nível tecnológico Em cultivos tradicionais, os cachos devem ser levados inicialmente a local sombreado ou palhoça, com chão forrado de folhas de banana, onde serão despencados. Tanto os cachos quanto as pencas não devem ser amontoadas, a fim de evitar tanto o atrito entre frutos quanto a mancha de látex ou cica nas pencas.

Médio nível tecnológico

Resumo da lição • É necessário transportar as bananas com cuidado, para preservar a qualidade obtida; • Os frutos destinados à exportação exigem cuidados especiais no transporte e na embalagem; • Para ter uma boa comercialização da banana, é preciso ter um transporte adequado para as pencas.

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A

fim de que seja preservada a qualidade, é necessário que o cacho seja transportado, com cuidado, desde a planta onde foi colhido até a margem da estrada, feira -livre, mercado do produtor, carreador ou galpão de despencamento e embalagem, segundo o nível tecnológico do cultivo e/ou destino do produtor.

Em pequenos cultivos tecnológicos deve-se transportar os cachos para as margens dos carreadores onde são colocados, lado a lado, sobre folhas de bananeira ou capim, protegido do sol. Neste local realiza-se o despencamento, classificação e embalagem das pencas em caixas de madeira denominadas ‘‘torito’’. Em cultivos de médio e grande porte, os cachos devem destinar-se aos carreadores onde são despencados e as pencas, lavadas em tanques móveis acoplados a trator.

Formação para o trabalho 2 produtor de bananas

Em seguida, as pencas são classificadas e embaladas em toritos e geralmente submetidas ao processo de climatização antes de chegar ao mercado consumidor.

Alto nível tecnológico (exportação) Nos cultivos de médio e grande porte o cacho deve ser transportado até o galpão de despencamento e embalagem em cabos aéreos. Para pequenas plantações recomenda-se o transporte direto do cacho do bananeiral para o galpão de despencamento e embalagem em ‘‘cuna’’, ou envolto em colchões de espuma de 1,5 cm de espessura e colocados sobre carreta acoplada a trator. Neste galpão, após a eliminação dos restos florais (pistilos) e lavagem das pencas, as mesmas são divididas em subpencas de 5 a 12 dedos, classificadas, pesadas, tratadas, etiquetadas e embaladas em caixas de papelão. Estas caixas se destinam ao porto de embarque e são transportadas diretamente em navios bananeiros ou em containers, em navios comuns, sob rigoroso controle de temperatura, umidade e do próprio gás ativado da maturação.


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Os estudiosos da economia estão de acordo que a educação é o motor do desenvolvimento e qualificar a população que possui baixa escolaridade é o grande desafio dos gestores do século XXI. REALIZAÇÃO

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