Lauro Maia

Lauro M A I A

Lauro Maia

terra bárbara

Lauro M A I A Nirez

O bacharel da música Cearense de Fortaleza, o com­po­si­tor Lauro Maia foi o cria­dor de sam­bas, foxes, val­sas e mar­chas-ran­chos que enri­que­ce­ram o can­cio­ nei­ro nacio­nal. Sua obra, com pro­fun­das raí­zes fin­ca­das no solo natal, é exem­plo maior da ver­ sa­ti­li­da­de musi­cal de nossa gente. Transitando, com rara feli­ci­da­de, por diver­sos esti­los, o artis­ ta acrescentou-lhes o tom singular, aquele sabor inusitado, só reservado aos verdadeiramente nascidos sob o signo da genialidade.

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Coleção

Nirez ADOLFO CAMINHA - Claudia Albuquerque ALBERTO NEPOMUCENO - Floriano Martins BÁRBARA DE ALENCAR - Ariadne Araújo BEATO JOSÉ LOURENÇO - Xico Sá BENJAMIM ABRAHÃO - Firmino Holanda BEZERRA DE MENEZES - Luciano Klein Filho CAPISTRANO DE ABREU - Firmino Holanda CEGO OLIVEIRA - Eugênio Leandro CHICO DA SILVA - Roberto Galvão CLÓVIS BEVILÁQUA - César Asfor Rocha DELMIRO GOUVEIA - Aírton de Farias DEMÓCRITO ROCHA - Cleto Pontes DRAGÃO DO MAR - Luciana Cavalcante FRAN MARTINS - Carlos Eduardo Bezerra FARIAS BRITO - Antonio Carlos Kein FREI TITO - Socorro Acioli IRMÃOS ANICETO - Pablo Assumpção JÁDER DE CARVALHO - Angela Barros Leal JOAQUIM PIMENTA - Edmilson Barbosa JOSÉ ALBANO - Ruy Vasconcellos JOSÉ DE ALENCAR - Mona Gadelha JOVITA FEITOSA - Kelma Matos JUAREZ BARROSO - Amélia Soares A. Landim LAURO MAIA - Nirez LOPES FILHO - Túlio Monteiro MARTINS FILHO - Paulo Elpídio de Menezes Neto MESTRE NOZA - Carolina Dumaresq MOREIRA CAMPOS - Caterina de Saboya Oliveira NATANAEL CORTEZ - Robério Américo Souza PADRE CÍCERO - Régis Lopes PADRE IBIAPINA - Benedito Silva PATATIVA DO ASSARÉ - Gilmar de Carvalho PAULO BONAVIDES - Antonio Carlos Klein PAULA NEI - Andréa Borges Leão QUINTINO CUNHA - Francisco José S. Souza

RACHEL DE QUEIROZ - Socorro Acioli ROGACIANO LEITE FILHO - Airton Monte SENADOR ALENCAR - Aírton de Farias SINHÁ D’AMORA - Túlio Monteiro WALDEMAR ALCÂNTARA - Blanchard Girão

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Nirez ADOLFO CAMINHA - Claudia Albuquerque ALBERTO NEPOMUCENO - Floriano Martins BÁRBARA DE ALENCAR - Ariadne Araújo BEATO JOSÉ LOURENÇO - Xico Sá BENJAMIM ABRAHÃO - Firmino Holanda BEZERRA DE MENEZES - Luciano Klein Filho CAPISTRANO DE ABREU - Firmino Holanda CEGO OLIVEIRA - Eugênio Leandro CHICO DA SILVA - Roberto Galvão CLÓVIS BEVILÁQUA - César Asfor Rocha DELMIRO GOUVEIA - Aírton de Farias DEMÓCRITO ROCHA - Cleto Pontes DRAGÃO DO MAR - Luciana Cavalcante FRAN MARTINS - Carlos Eduardo Bezerra FARIAS BRITO - Antonio Carlos Kein FREI TITO - Socorro Acioli IRMÃOS ANICETO - Pablo Assumpção JÁDER DE CARVALHO - Angela Barros Leal JOAQUIM PIMENTA - Edmilson Barbosa JOSÉ ALBANO - Ruy Vasconcellos JOSÉ DE ALENCAR - Mona Gadelha JOVITA FEITOSA - Kelma Matos JUAREZ BARROSO - Amélia Soares A. Landim LAURO MAIA - Nirez LOPES FILHO - Túlio Monteiro MARTINS FILHO - Paulo Elpídio de Menezes Neto MESTRE NOZA - Carolina Dumaresq MOREIRA CAMPOS - Caterina de Saboya Oliveira NATANAEL CORTEZ - Robério Américo Souza PADRE CÍCERO - Régis Lopes PADRE IBIAPINA - Benedito Silva PATATIVA DO ASSARÉ - Gilmar de Carvalho PAULO BONAVIDES - Antonio Carlos Klein PAULA NEI - Andréa Borges Leão QUINTINO CUNHA - Francisco José S. Souza

RACHEL DE QUEIROZ - Socorro Acioli ROGACIANO LEITE FILHO - Airton Monte SENADOR ALENCAR - Aírton de Farias SINHÁ D’AMORA - Túlio Monteiro WALDEMAR ALCÂNTARA - Blanchard Girão

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SUMÁRIO Introdução

CARTÃO

DE VISITA

Capítulo 1

PALMINHA

DE GUINÉ

Capítulo 2

PROVA

17

DE ROÇA

22

Capítulo 4

EIS

O MEU SAMBA

Capítulo 5

EU

VI UM LEÃO

Capítulo 6

TREM

DE FERRO

Capítulo 7

O

BALANCEIO TEM AÇÚCAR

Capítulo 8

POEMA

IMORTAL

Capítulo 9

É

10

DE FOGO

Capítulo 3

SAMBA

7

MUITO TARDE

28 31 38 42 53 62

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Capítulo 10

HORA

DE SILÊNCIO

LEIA MAIS CRONOLOGIA REFERÊNCIAS O AUTOR

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INTRODUÇÃO

De quatro pontas, todo branquinho, é o cartão do meu queridinho...

Floriano Ribeiro Pinho

CARTÃO

DE VISITA

A obra de Lauro Maia é o resultado – como não o poderia deixar de ser – do ambiente musical da época aliado ao seu talento tanto musical quanto versátil entre o popular, o popularesco e o clássico (não erudito).

A música popular brasileira foi e ainda é o reflexo dos centros irradiadores das artes concentrados no eixo Rio – São Paulo: o primeiro com sua música romântica, o samba jocoso e a marcha carnavalesca; o segundo com a mazurca, rancheira, valsa e canção com sabor de imigração.

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LAURO MAIA

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Essas influências aliadas às locais como o folclore, o rural nordestino e, ainda, a vertente jazzística presente na grande maioria de nossos músicos, deram à obra de Lauro Maia um sabor especial. As influências são naturais e até benéficas desde que não cheguem a descaracterizar o regional.

Embora gostasse de exercitar o jazz quando executava, Lauro Maia nunca deixou transparecer em suas produções essa influência, a não ser em uma única composição, o fox Gosto mais do swing (A César o que é de César) que, como o próprio título sugere, foi proposital.

Lauro iniciou sua carreira artística no final da década de 30, quando pontificavam nacionalmente nomes como Pixinguinha, Benedito Lacerda, Ary Barroso, Lamartine Babo, João de Barro (Braguinha), Haroldo Lobo, Custódio Mesquita, J. Cascata, Ataulfo Alves, José Maria de Abreu, Assis Valente, Silvino Neto, Dorival Caymmi, Luís Bitencourt e Leonel Azevedo, para citar apenas os mais cotados.

Após conseguir as primeiras gravações de suas músicas e estas obterem sucesso em todo o País, preocupou-se em difundir os ritmos sertanejos do Nordeste, ao mesmo tempo em que compunha valsas com o sabor da época para cantores como Orlando Silva; sambas e marchas para os carnavais e também os chamados sambas de meio de ano, obtendo aceitação em todas as camadas sociais.

Os instrumentistas eram Luiz Americano, Dante Santoro, Abel Ferreira, Fon-Fon, Garoto, Luperce Miranda, Carolina Cardoso de Menezes, Laurindo de Almeida e os já citados Pixinguinha, Benedito Lacerda e Custódio Mesquita.

Como executante – ele era pianista – infelizmente, Lauro Maia deixou registrados somente alguns acetatos gravados na antiga PRE-9 (Ceará Rádio Clube) e mesmo assim muitas de suas gravações se perderam com o tempo e o descaso.

Somando suas experiências urbanas a ritmos da terra, Lauro criou, ainda em Fortaleza, valsas, sambas e marchas com características nossas, além de peças com ritmos e caráter nativos. Ao mudar-se para a então capital federal, Rio de Janeiro, passou a produzir, como exigia a época, músicas de tom carioca, embora preferisse quase sempre os intérpretes cearenses por estes serem mais identificados com suas composições.

Lauro Maia foi um compositor versátil, eclético, que não se prendeu a radicalismos bairristas nem aos apelos externos. Fez a fusão do carioca com o cearense, do romântico com o jocoso, do clássico com o banal, produzindo peças da mais legítima música popular brasileira.

Música, porque era catedrático em teoria e em sensibilidade; popular, porque atingia a massa; e brasileira porque sabia fazer cheirar à terra tudo o que criava.

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Essas influências aliadas às locais como o folclore, o rural nordestino e, ainda, a vertente jazzística presente na grande maioria de nossos músicos, deram à obra de Lauro Maia um sabor especial. As influências são naturais e até benéficas desde que não cheguem a descaracterizar o regional.

Embora gostasse de exercitar o jazz quando executava, Lauro Maia nunca deixou transparecer em suas produções essa influência, a não ser em uma única composição, o fox Gosto mais do swing (A César o que é de César) que, como o próprio título sugere, foi proposital.

Lauro iniciou sua carreira artística no final da década de 30, quando pontificavam nacionalmente nomes como Pixinguinha, Benedito Lacerda, Ary Barroso, Lamartine Babo, João de Barro (Braguinha), Haroldo Lobo, Custódio Mesquita, J. Cascata, Ataulfo Alves, José Maria de Abreu, Assis Valente, Silvino Neto, Dorival Caymmi, Luís Bitencourt e Leonel Azevedo, para citar apenas os mais cotados.

Após conseguir as primeiras gravações de suas músicas e estas obterem sucesso em todo o País, preocupou-se em difundir os ritmos sertanejos do Nordeste, ao mesmo tempo em que compunha valsas com o sabor da época para cantores como Orlando Silva; sambas e marchas para os carnavais e também os chamados sambas de meio de ano, obtendo aceitação em todas as camadas sociais.

Os instrumentistas eram Luiz Americano, Dante Santoro, Abel Ferreira, Fon-Fon, Garoto, Luperce Miranda, Carolina Cardoso de Menezes, Laurindo de Almeida e os já citados Pixinguinha, Benedito Lacerda e Custódio Mesquita.

Como executante – ele era pianista – infelizmente, Lauro Maia deixou registrados somente alguns acetatos gravados na antiga PRE-9 (Ceará Rádio Clube) e mesmo assim muitas de suas gravações se perderam com o tempo e o descaso.

Somando suas experiências urbanas a ritmos da terra, Lauro criou, ainda em Fortaleza, valsas, sambas e marchas com características nossas, além de peças com ritmos e caráter nativos. Ao mudar-se para a então capital federal, Rio de Janeiro, passou a produzir, como exigia a época, músicas de tom carioca, embora preferisse quase sempre os intérpretes cearenses por estes serem mais identificados com suas composições.

Lauro Maia foi um compositor versátil, eclético, que não se prendeu a radicalismos bairristas nem aos apelos externos. Fez a fusão do carioca com o cearense, do romântico com o jocoso, do clássico com o banal, produzindo peças da mais legítima música popular brasileira.

Música, porque era catedrático em teoria e em sensibilidade; popular, porque atingia a massa; e brasileira porque sabia fazer cheirar à terra tudo o que criava.

Lauro M A I A

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Lauro M A I A Nirez

O bacharel da música Cearense de Fortaleza, o com­po­si­tor Lauro Maia foi o cria­dor de sam­bas, foxes, val­sas e mar­chas-ran­chos que enri­que­ce­ram o can­cio­ nei­ro nacio­nal. Sua obra, com pro­fun­das raí­zes fin­ca­das no solo natal, é exem­plo maior da ver­ sa­ti­li­da­de musi­cal de nossa gente. Transitando, com rara feli­ci­da­de, por diver­sos esti­los, o artis­ ta acrescentou-lhes o tom singular, aquele sabor inusitado, só reservado aos verdadeiramente nascidos sob o signo da genialidade.