Produtor de
hortaliças José Silveira Filho Márcio Manoel Di A. R. Verdelho Maria Stela Bezerra da Silva Fortaleza 2012
©2011 by Edições Demócrito Rocha
Fundação Demócrito Rocha Presidente: Luciana Dummar Editora: Regina Ribeiro Coordenação Editorial: Eloísa Maia Vidal Coordenação Geral do Projeto: Francisco Fábio Castelo Branco Editor de Design: Deglaucy Jorge Teixeira Projeto Gráfico: Arlene Holanda Capa: Welton Travassos Revisão: Wilson P. Silva Editoração Eletrônica: Welton Travassos Catalogação na fonte: Ana Kelly Pereira Ilustrações: Eli Barbosa e Leonardo Filho Fotos: Banco de Dados O POVO/Fábio Castelo
Instituto Centro de Ensino Tecnológico - CENTEC Diretor Presidente: Geórgia Andréa Aguiar Almeida Diretor Asministrativo Financeiro: Antônio Cláudio Câmara Montenegro Convênio institucional entre Fundação Demócrito Rocha e Instituto CENTEC Secretaria da Ciência e Tecnologia e Educação Superior do Ceará - Secitece
Silveira Filho, José Produtor de hortaliças / José Silveira Filho, Márcio Manoel Di A. R. Verdelho, Maria Stela Bezerra da Silva. – reimpr. – Fortaleza : Edições Demócrito Rocha; Instituto Centro de Ensino Tecnológico, 2006.
S587p
88p. : il. color
ISBN 978-85-7529-266-8
1. Hortaliças. 2. Horticultura. I. Instituto Centro de Ensino Tecnológico. II. Verdelho, Márcio Manoel Di A. R. III. Silva, Maria Stela Bezerra da. IV. Título. CDU 635
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Para aproveitar ao máximo o curso você precisa Durante as aulas Prestar atenção ao que o instrutor explica e demonstra. ■ Pedir ao instrutor para explicar novamente, caso não tenha entendido alguma coisa. ■ Fazer todas as atividades para ver se você realmente aprendeu o que foi ensinado. ■ Prestar muita atenção às aulas práticas. São elas que preparam o profissional eficiente. ■
Em casa Ler tudo com atenção. ■ Se achar uma palavra difícil, não se preocupar. Marcar a palavra e perguntar o que significa ao instrutor ou pesquisar num dicionário. ■ Procurar associar o que está escrito com as figuras existentes no texto. ■ O instrutor está à sua disposição para tirar dúvidas, portanto pergunte à vontade. Esforce-se e aprenda. ■
Aprende-se a fazer, fazendo...
Sumário Apresentação................................................................................ 7
Importância alimentar das hortaliças............................................ 9
Classificação das hortaliças........................................................11
Tipos de hortas........................................................................... 13
Instruções para instalação de uma horta................................... 15
Adubação.................................................................................... 32
Tratos culturais........................................................................... 41
Colheita....................................................................................... 59
Cultivo das principais hortaliças................................................. 61 Referências................................................................................. 88
Introdução A tradição da horticultura no Brasil vem dos anos 50, iniciada por imigrantes italianos e japoneses. A produção de hortaliças pode se dar durante todo o ano, mesmo que as áreas de plantio estejam localizadas em regiões secas. Neste caso, as técnicas de irrigação são a alternativa para assegurar a produtividade contínua. O termo horticultura refere-se à produção de uma grande diversdade de culturas comestíveis ou ornamentais. Dentro da Horticultura, o ramo que trata do cultivo de hortaliças é a olericultura. As hortaliças, mais conhecidas como verduras e legumes, são produtos de grande valor na alimentação, apesar de não existir ainda o hábito de incluir diariamente as hortaliças em nossas refeições. Em algumas regiões, existe certa escassez de verduras e legumes, alcançando estes produtos preços bastante elevados. A produção de hortaliças pode ser feita em pequena escala, a nível caseiro ou comunitário, e numa escala maior, em propriedades rurais. A nível caseiro e comunitário, geralmente, cultivam-se diversas espécies em pequenas hortas. Na produção em escala comercial, cultiva-se normalmente poucas espécies, muitas vezes uma só, nas épocas mais adequadas. Neste caso, utiliza-se uma tecnologia mais apurada, visando a alta produtividade e um produto de melhor qualidade. Este tipo de exploração objetiva uma rentabilidade que compense o trabalho, o risco e o capital empregado. Este caderno tem como objetivo conscientizar a comunidade sobre a importância do cultivo de hortaliças, fornecer informações técnicas para uma produção racional e proporcionar uma melhoria na qualidade de vida, inclusive através do enriquecimento da merenda escolar.
Olericultura: cultura de legumes (oleri = legume)
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Lição
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Importância alimentar das hortaliças
A nutrição, mais do que qualquer coisa, é responsável pelo fornecimento de nutrientes benéficos e sabe-se que o organismo necessita de certos elementos que regulem o funcionamento dos diversos órgãos sem os quais não haverá saúde. Esses elementos são as vitaminas e os sais minerais encontrados em grande quantidade nas hortaliças. Por isso, os médicos recomendam o seu consumo, tanto em regimes alimentares quanto para composição do cardápio diário, pois a sua deficiência nutricional pode provocar doenças tais como: cegueira noturna e alterações dos epitélios, descamação da pele e dificuldade de cicatrização causadas pela carência de vitamina A. O escorburto, doença em que o indivíduo sente sensação de fraqueza, dores musculares e articulares, dificuldade de coagulação sangüínea e de cicatrização, menor resistência às infecções e, sobretudo, inflamação, vermelhidão, irritação das mucosas, notadamente da mucosa gengival, com pequenas hemorragias freqüentes, todos sintomas causados pela carência de vitamina C. A carência de viamina K pode provocar hemorragias e a deficiência de cálcio provoca fragilidade dos ossos, além de prejudicar a função condutora dos nervos e a contração muscular. A deficiência de ferro impede a formação de um número suficiente de glóbulos vermelhos, levando à anemia de origem alimentar e a diversas outras doenças. A seguir, relacionamos as hortaliças e seus respectivos constituintes que têm ação na prevenção de doenças: ■ Cenoura, batata-doce, jerimum, alface, pimentão e tomate são ricos em Vitamina A. ■ Couve, couve-flor, pimentão, repolho e tomate são ricos em Vitamina C. ■ Couve, couve-flor, repolho e tomate são ricos em Vitamina K.
Quando o seu médico o aconselha a comer verdura é porque a digestão dos alimentos é facilitada quando se incluem hortaliças no cardápio alimentar.
Dê alguns exemplos de hortaliças que fazem bem à saúde.
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Alface, cebolinha, coentro, couve e repolho são ricas em sais minerais, especialmente em cálcio e ferro. O cultivo de hortaliças pode ser feito em pequenos espaços disponíveis no jardim ou no quintal.
Edmundo Sousa
Resumo da lição • As hortaliças são essenciais à nutrição, pois fornecem vitaminas e sais minerais; • A carência de vitaminas e sais minerais provoca diversas doenças; • Hortaliças têm ação na prevenção de doenças causadas por carência de vitaminas e sais minerais.
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Lição
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Classificação das hortaliças As hortaliças constituem um grande grupo de plantas alimentares que se caracterizam pelo seu sabor e alto valor nutritivo, principalmente pela presença das vitaminas e dos sais minerais que são nutrientes imprescindíveis à regulação do metabolismo. Metabolismo é o conjunto de reações bioquímicas que ocorre em um organismo para que ele funcione em sua totalidade. O metabolismo se divide em dois fluxos opostos de reações químicas que ocorrem no organismo: em um dos fluxos, os alimentos degradam-se em moléculas menores, gerando energia para o funcionamento do organismo. Isto é conhecido como catabolismo. Outro fluxo utilizando a energia gerada pelo catabolismo, constroe diversas moléculas que formam a célula e a isto chamamos de anabolismo. A nossa dieta deve ser diversificada e conter os macronutrientes que são os alimentos requeridos em grandes quantidades, como as proteínas, carboidratos e gorduras; micronutrientes que são os alimentos requeridos em pequenas quantidades que são os sais minerais e vitaminas. Nas feiras e supermercados do país, podemos identificar mais de 80 espécies de hortaliças. As mais importantes são classificadas em grupos conforme a parte da planta que é utilizada para alimentação e são as seguintes: ■ Hortaliças-flores: couve-flor; ■ Hortaliças-frutos: abóbora (jerimum), berinjela, chuchu, maxixe, melancia, melão, pimentão, pepino, quiabo, tomate; ■ Hortaliças-legumes: feijão-vagem; ■ Hortaliças-raízes: batata-doce, beterraba, cenoura, inhame; ■ Hortaliças-bulbos: alho, cebola. ■ Hortaliças folhosas: alface, cebolinha, coentro, couve, repolho; O plantio de hortaliças é denominado horta, e estas podem ser classificadas segundo sua finalidade e tamanho.
Alimentação rica em hortaliças auxilia a reduzir o teor de colesterol no sangue.
Quais são os grupos de hortaliças?
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João Carlos Moura
O coentro é uma hortaliça verde utilizada como tempero em muitas receitas
Resumo da lição • As hortaliças são alimentos ricos em sais minerais e vitaminas e imprescindíveis ao correto funcionamento do nosso metabolismo; • As hortaliças são classificadas nos seguintes grupos: hortaliças-folhosas, hortaliças-flores, hortaliças-frutos, hortaliças-legumes, hortaliças-raízes e hortaliças-bulbos.
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Lição
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Tipos de hortas Dona Maria tinha um espaço sobrando no quintal de sua casa. Para aproveitá-lo e diminuir as despesas da casa resolveu fazer uma pequena horta. Todas as manhãs ia com o regador molhar sua hortinha. Com isso conseguiu economizar dinheiro, aproveitar o espaço e melhorar a alimentação das crianças. Seu João conseguiu depois de muito tempo juntar dinheiro e comprar um bom pedaço de terra. Como ele já era acostumado a trabalhar com hortaliças resolveu fazer uma grande horta. Comprou as ferramentas, os equipamentos, preparou a terra e plantou. Com a sua produção organizada conseguiu tirar o dinheiro que investiu e ainda obter um bom lucro. Percebeu como essas plantações são diferentes? Enquanto na primeira o que interessa é somente a alimentação da família, na segunda é o lucro. Podemos assim classificar as hortas em: ■ Doméstica: para abastecimento de uma família. ■ Comunitária: conduzida por várias pessoas ou famílias que dividem o trabalho, as despesas e os produtos. ■ Pequena horta comercial: visando complementação de renda em pequena propriedade ou mesmo em casas com quintal grande. ■ Grande horta comercial: quando é a principal fonte de renda do agricultor ou propriedade. ■ Escolar ou institucional: com finalidade didática, nas escolas, ou para abastecer instituições como orfanatos, asilos e outras da mesma natureza. Na horta comunitária, as hortaliças podem Caro agricultor, após essa breve introdução ajudar famílias a enriquecer a dieta alimentar. você já tem condições de definir qual o tipo de horta que mais atenda a seus interesses.
Maria Rosa
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Dário Gabriel
Como podem ser classificadas as hortas?
A horta escolar, além de produzir hortaliças que ajudam na merenda escolar, educa as crianças.
Resumo da lição • As hortas são classificadas segundo sua finalidade e tamanho; • As hortas são classificadas em: doméstica, comunitária, escolar ou institucional, pequena horta comercial e grande horta comercial.
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Lição
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Instruções para instalação de uma horta Agora vamos ensinar como fazer uma horta. Nos tópicos a seguir serão descritas as informações necessárias para a implantação de uma horta.
Clima De um modo geral, as hortaliças encontram as melhores condições de desenvolvimento e produção quando o clima é ameno, com chuvas leves e pouco freqüentes. As temperaturas elevadas favorecem o florescimento e aceleram a maturação. As baixas temperaturas retardam o crescimento, a frutificação e a maturação podendo também induzir florescimento indesejável. O excesso de chuvas ou chuvas pesadas pode provocar encharcamento do terreno, a lixiviação dos nutrientes e a erosão, prejudicando a colheita e influindo na qualidade do produto. A umidade favorece o aparecimento da maioria das doenças que ocorrem nas plantas. Cada espécie de hortaliça tem sua exigência climática. Assim, de um modo geral, as hortaliças de folhas (alface, couve, repolho, coentro e cebolinha) e raízes (beterraba, cenoura e batata doce) desenvolvem-se melhor em condições de temperatura amena, enquanto as de frutos produzem melhor em temperaturas mais elevadas. Algumas suportam temperaturas mais baixas, inclusive geadas leves, como o caso da couve e repolho, e outras suportam temperaturas de 30 a 35ºC, mas a frutificação é bastante afetada.
Lixívia: solução concentrada de hidróxido de sódio ou de potássio.
Local da horta Nas casas urbanas ou áreas comunitárias, o local para a horta é bastante limitado e terá características particulares de acordo com a maior ou menor disponibilidade de terreno. Convém fazer a instalação da horta em um local afastado de árvores frondosas pois a sombra é prejudicial ao crescimento das plantas.
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Nas propriedades rurais, devido a maior disponibilidade de área, pode-se escolher melhor o local para a horta que deve ser, tanto quanto possível, próximo da fonte de água, pois as irrigações abundantes são indispensáveis à obtenção de produtos de boa qualidade. Edmundo Sousa
A horta deve estar localizada próxima à fonte de água
Argila: substância terrosa e esbranquiçada, composta de sílica, alumínio e água que é dotada de grande plasticidade; barro.
pH: é uma escala de medida que varia de 0 a 14 e serve para determinar se uma substância é ácida, básica ou neutra. pH 0 a 6,99 ⇒ ácido, pH = 7 ⇒ neutro, pH de 7,01 a 14 ⇒ básico, portanto é considerado próximo à neutralidade quando o pH está em torno de 7,0.
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A água para as irrigações deve ser de boa qualidade, pois muitas hortaliças são consumidas cruas e, quando regadas com água contaminada, podem transmitir doenças. Deve-se dar preferência para áreas com a terra de consistência média (areno-argilosa), uma vez que os solos argilosos ou barrentos são difíceis de trabalhar. Por outro lado, os terrenos muito arenosos, além de menos férteis e secarem rapidamente, são facilmente lavados e arrastados pelas águas das chuvas, causando perdas de trabalho ou produção. As terras de baixada, além de se apresentarem geralmente encharcadas ou de difícil drenagem, são normalmente muito ácidas. As melhores terras são as de consistência média, boa drenagem, acidez fraca e boa fertilidade. Uma ligeira inclinação facilita o escoamento das águas, evitando assim o encharcamento do solo. A terra encharcada dificulta a germinação das sementes e o desenvolvimento das plantas, pois o excesso de umidade pode causar apodrecimento das raízes. Na zona rural deve-se cercar a horta para evitar a invasão de animais domésticos. A cerca pode ser feita de arame,
bambu, estacas de madeira ou qualquer outro material. As cercas-vivas prestam-se também à vedação das hortas, podendo ser feitas com plantas de crescimento rápido, porte não muito alto e que permitam a condução, através de podas.
Quais as melhores terras para o plantio de uma horta?
Ferramentas As ferramentas influem grandemente na eficiência e no rendimento dos serviços. Na condução de uma horta em pequena escala, não é necessária a aquisição de muitas ferramentas, mas se dispuser da enxada, enxadão, pá de corte, ancinho, sacho, colher de transplante, regador, pulverizador, a execução dos diferentes trabalhos será grandemente facilitada. Outras ferramentas úteis são: pá curva, tesoura-depoda, marcador de sulcos e marcador de covas. O carrinho de mão facilita o transporte de esterco e outros materiais, bem como dos produtos colhidos. FERRAMENTAS E SUAS FINALIDADES
Enxada: é usada para capinas, isto é, cortar as plantas daninhas que nascem e crescem entre as plantas cultivadas. No preparo do solo serve para incorporar adubos, acertar as bordas e as superfícies dos canteiros.
Enxadão: é utilizado para cavar e revolver a terra, incorporar a matéria orgânica, calcário ou adubos.
Ancinho: serve para facilitar o trabalho de juntar resíduos de materiais espalhados na área e também para acertar a superfície do canteiro.
Sacho: é uma pequena ferramenta com duas lâminas, uma larga e outra em forma de V invertido. A lâmina larga é utilizada para capinas em pequenos espaços entre plantas, e a lâmina em forma de V serve para afofar a terra ou fazer sulcos.
Pá curva: é utilizada para cavar, remover a terra ou outro material semelhante.
Regador: deve apresentar o bico com crivos finos para evitar que gotas grandes de água prejudiquem o nascimento das plantas novas ou as recémtransplantadas. Continua
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Continuação
FERRAMENTAS E SUAS FINALIDADES
Carrinho-de-mão: importante para o transporte de terra, adubos e produtos colhidos.
Mangueira: utilizada para fazer as regas na sua horta.
Trena: útil para fazer as medições dos canteiros, das sementeiras, dentre outras.
Barbante (cordel): usado para marcação dos canteiros e no amarrio das plantas.
Marcador de sulcos: serve para marcar os pequenos sulcos nas sementeiras ou nos canteiros para as espécies de semeação direta.
Sacho de cabo curto: para determinados serviços que exigem maior controle da ferramenta, como limpeza próxima às plantas.
Colher de transplante: usada para retirar com maior facilidade as mudas a serem transplantadas com um bloco de terra junto às raízes.
Tesoura-de-poda: é utilizada para cortar ramos, folhas, brotações que devem ser retiradas das plantas.
Pulverizador: para aplicar defensivos ou adubos foliares. Pode ser manual ou motorizado.
Equipamentos Mesmo para pequenas hortas com objetivos comerciais, os trabalhos serão mais facilmente realizados com os seguintes equipamentos: Arado: que pode ser de disco ou aiveca; serve para revolver a terra. É tracionado por animal ou trator. grade: que pode ser de disco ou dente; serve para destorroar e uniformizar a superfície do terreno. É tracionada por animal ou trator.
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Sucador: serve para fazer sulcos, leiras ou canteiros. É tracionado por animal ou trator. Conjunto de irrigação: composto por motor, bomba e tubos para sucção e elevação da água para irrigação. Para irrigação por aspersão são necessários os aspersores, registros e/ou válvulas. Alcides Freire
Na irrigação por aspersão, os tubos estão distribuídos estrategicamente
Análise do solo A análise química é fundamental para se conhecer o tipo de solo da propriedade. Ela é feita por órgãos do governo ou laboratórios particulares. A Cooperativa de sua cidade fornece o endereço do laboratório mais próximo. Para que o resultado da análise seja o mais fiel possível, a coleta da amostra de terra deve ser bem executada. A amostra é uma quantidade de terra – em geral meio quilo – retirada de uma mistura de diversas amostras de um mesmo tipo de solo. Se a propriedade for muito diversificada será necessário primeiro dividir a área conforme o tipo de solo e de vegetação, para só depois retirar as amostras. São muitas as diferenças entre os tipos de solo: ■ A cor pode ser vermelha, cinza ou preta;
O que é uma amostra de terra?
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A topografia, plana, ondulada ou montanhosa; ■ A vegetação pode ser de floresta, de cerrado, de campo, pastagem ou cultura; ■ A textura varia entre arenosa, argilosa e mista; ■ O manejo vai desde o solo cultivado, adubado, corrigido até o solo ainda virgem. Para cada um desses tipos, coleta-se uma amostra média. As amostras devem ser colocadas num saco plástico novo ou muito limpo. Nunca use embalagens de produtos químicos. As ferramentas e baldes devem ser bem limpos, para não alterar o resultado. Pelo mesmo motivo, não tire amostras muito perto de casas, galpões ou depósitos de adubo ou calcário. A terra deve estar seca. Se vier úmida do campo, sequea à sombra antes de embalar. Cole uma etiqueta no saco plástico identificando o seu nome, do município, da propriedade, número da amostra, conforme a área onde ela foi retirada – isso evita confusão na hora de corrigir ou adubar o solo. Após escolhido o local onde sua horta será instalada, proceda da seguinte maneira: ■ Percorra toda área escolhida, em ziguezague, retirando várias substâncias em diferentes pontos. Lembre-se de retirar, no mínimo, 20 subamostras. ■
Ferramentas para coleta do solo
Diagrama para coleta do solo para amostra
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Em cada ponto, com um enxadão, limpe o local onde a subamostra será coletada. ■ Abra uma pequena cova (20cm de profundidade) elimando toda a terra retirada. ■ Depois de acertado um lado da cova, retire uma fatia de terra percorendo toda sua extensão. ■
Retirada da amostra do solo
■
Em um balde coloque todas as subamostras retiradas. Depois, misture-as. Em seguida, retire meio quilo de solo do balde (amostra) e coloque em um saco plástico. Posteriormente, devidamente etiquetada, envie a amostra ao laboratório. Para sua comodidade, veja a seguir um modelo de etiqueta: Amostra N.º ________ Interessado:______________________________________ Propriedade:_ ____________________________________ Município:_ ___________________ Estado:_____________ Uso atual:_ ______________________________________ Cultura anterior:___________________________________ Obs:____________________________________________ Data:___/___/20___
Mistura da amostra do solo
Preparo do terreno Escolhido o local da horta, o primeiro trabalho é limpar o terreno, capinando as ervas daninhas e amontoando-as num único ponto onde ficarão até decomposição, para posterior incorporação.
Como devo proceder para fazer a coleta do solo para análise?
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INFORMAÇÕES AUXILIARES PARA AVALIAÇÃO DE ANÁLISE DE FERTILIDADE DO SOLO 1. Propriedade: 2. Proprietário: 3. Município: 4. Estado: 5. Amostra composta de subamostras. 6. Profundidade da amostra.............cm. 7. Área amostrada............................ha. 8. Vegetação nativa: 9. Cultura anterior: 10. Cultura atual: 11. Vai ser irrigado: ( ) sim 12. Recebeu adubação mineral: ( ) sim 13. Recebeu adubação orgânica: ( ) sim 14. Data da coleta:
Como deve ser feito o revolvimento da terra?
( ) não ( ) não ( ) não
Fonte: Recomendações de adubação e calagem para o Estado do Ceará, UFC, 1993.
Arbustos e outras plantas que façam sombra sobre a horta deverão ser eliminados, a não ser que sejam plantas úteis para o proprietário. Após a limpeza, revolve-se a terra aproveitando a oportunidade para incorporar o esterco ou a matéria orgânica. De modo geral, devido à pequena área, esse revolvimento é feito com enxadão. Se a área for grande usa-se o arado, com tração animal ou com o trator. Para algumas espécies basta revolver e destorroar a terra para, em seguida, abrir as covas, adubar e plantar. Para a maioria das hortaliças, no entanto, é necessária uma preparação especial do terreno, com a construção das sementeiras e canteiros.
Sementeira
As sementes de hortaliças são geralmente muito pequenas e, por isso, necessitam de boas condições para germinar.
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Sementeira é o local onde se planta as sementes de algumas hortaliças para obtenção de mudas que irão passar posteriormente para os canteiros. Algumas hortaliças são plantadas diretamente no local definitivo, onde são tratadas até a colheita, enquanto outras necessitam ser transplantadas. Para estas hortaliças que precisam ser transplantadas é preciso preparar a sementeira.
São exemplos de hortaliças plantadas diretamente no local definitivo: jerimum, cenoura, cebolinha, beterraba, quiabo, coentro, pepino, melão, melancia, fava, batatadoce, alho, cebola, etc. Algumas hortaliças plantadas em sementeiras e que precisam ser transplantadas são: alface, berinjela, couve-flor, repolho, tomate, pimentão, etc. As sementeiras devem, portanto, ser preparadas através de bom revolvimento, destorroamento e adubação com esterco bem curtido, peneirado e adubos minerais. Após misturar bem os adubos com a terra é preciso nivelar bem a superfície da sementeira. As sementeiras devem ser instaladas em local que receba luz solar durante todo o dia, com abundância de água nas proximidades e solo arejado. O local deve ser próximo ao terreno onde será realizado o transplante para diminuir os danos às mudas. As dimensões de uma sementeira devem atender às facilidades de execução dos tratos culturais, à movimentação dos operários, e possibilitar a obtenção do número suficiente de mudas. Marque a sementeira com estacas na largura de 1,0m e no comprimento que não ultrapasse a 5m, para evitar perda de tempo na movimentação dos operários. As sementeiras devem ser separadas por caminhos com 40cm de largura. Como é que se faz uma sementeira?
Caminhos para separação das sementeiras
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Cave bem a área com enxadão, a fim de afofar a terra de modo que ela fique com 15-20cm, sendo que apenas 10cm fiquem situados acima do nível normal do terreno, para que não haja o rápido ressecamento da sementeira. Desfaça os torrões com a parte de trás da enxada, retirando as pedras, matos e todo entulho que aparecer. Em seguida, é só misturar o esterco com adubos minerais e nivelar o terreno com um ancinho. Com a ajuda de um marcador faça sulcos uniformes na sementeira. Molhe a sementeira e distribua as O adubo mineral deve ser utilizado misturado com o esterco sementes uniformemente nos sulcos. Cubra com terra peneirada da própria sementeira. Proteja com uma cobertura morta (capim seco, por exemplo) para conservar melhor a umidade e manter uma temperatura mais favorável no solo. Regue pela manhã e à tarde.
Plântulas: plantas recém-nascida. Jirau coberto para proteger as plantas do sol
Estiolamento: alteração mórbida das plantas que vegetam em lugar sem luz, e que se caracteriza pelo descoramento e amolecimento dos tecidos ao atingirem certo grau de crescimento
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Logo no início da emergência das plântulas retire, aos poucos, a cobertura morta para evitar o estiolamento. Quando as mudas começarem a crescer, faça um jirau com 2 palmos de altura para evitar que o excesso de sol queime-as. Use palha de coqueiro, bambu ou folha de bananeira, etc. O jirau será raleado aos poucos, com o crescimento das folhas das mudas para que elas se adaptem à exposição ao sol.
Jirau com cobertura parcial
Na sementeira pode-se semear em linhas ou a lanço. Para semear em linhas risca-se no sentido do comprimento do canteiro, sulcos de meio centímetro (cm) de profundidade de 10 em 10 centímetros. A semente é lançada nestes sulcos, uma a uma, para que não fiquem amontoadas. Para semear a lanço espalha-se simplesmente a semente sobre o canteiro com o cuidado para que a distribuição seja uniforme. Feita a semeação cobre-se as sementes com a terra do próprio canteiro, peneirando uma camada fina sobre as sementes. Aperta-se levemente a terra com uma tábua ou com a própria mão para aumentar o contato da semente com a mesma. Em seguida, cobre-se o canteiro com capim. Rega-se depois com o regador de furos finos. Se a quantidade de sementes a plantar for pequena, um caixote de 60cm de comprimento por 40cm de largura e 10cm de altura, serve bem para esta finalidade. O caixote deve conter furos no fundo e dois sarrafos por baixo, servindo de pé.
Sementeira feita em caixote
Semear em linha
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A terra a ser colocada na sementeira deve ser boa e misturada com esterco bem curtido na proporção de duas partes de terra para uma de esterco. Deve-se adicionar também um pouco de areia. A terra deve ser bem misturada com o esterco e peneirada para que não fique nenhuma sujeira. Sendo grande a quantidade de sementes a plantar, a sementeira poderá ser feita no chão. As mudas também podem ser produzidas fora da sementeira. Para algumas hortaliças, como por exemplo, tomate, berinjela, jiló, pimentão e pimenta, utiliza-se copinhos feito de papel-jornal na produção de suas mudas. Para a confecção dos copinhos, corta-se uma página de papel-jornal de tamanho comum, em 4-5 tiras, no sentido da largura do jornal. Utiliza-se, como molde, uma garrafa ou latinha de refrigerante, com 6-8cm de diâmetro e formato cilíndrico. Marca-se uma altura de 7-10cm, a partir do fundo do molde, por meio de uma tira de esparadrapo ou outro meio. Enrolam-se as tiras de papel no molde assim preparado, obedecendo-se à altura marcada, dobra-se a ponta do papel para dentro, de modo a formar-se o fundo do copinho, sem a utilização de cola.
Como se faz para transplantar a hortaliça da sementeira para o lugar definitivo?
Confecção de copinho de papel jornal
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Finalmente, bate-se o fundo do molde sobre a mesa, onde se está trabalhando e retira-se o copinho pronto de sua forma. Desta maneira, os copinhos estarão preparados para receber uma mistura de terra e esterco para posterior semeação das hortaliças indicadas. Neste tipo de plantio, são usadas as mudas formadas na sementeira que são transportadas para o lugar definitivo. Em dia nublado ou no final da tarde, molhe bem a sementeira e os canteiros. Abra as covas nos canteiros definitivos, nas distâncias indicadas para as espécies que serão transplantadas. Escolha as mudas maiores (10 a 15cm) e mais fortes. Retire da sementeira com um torrão de terra junto as raízes. Transplante rapidamente. Coloque as mudas nas covas, encha de terra e aperte um pouco para que as mudas fiquem bem firmes. Molhe os canteiros após o transplante.
Canteiros Uma boa horta precisa ter um terreno bem preparado. O primeiro passo é roçar o mato, deixando-o sobre o solo ou amontoando-o na área escolhida para a compostagem. Proceda assim: retire os tocos, cacos de telhas, tijolos, enfim, tudo que for estranho ao solo, deixando-o limpo para ser trabalhado. Chega o momento de fazer a marcação dos canteiros, com estacas de madeira ou bambu fincadas nos quatro cantos e com barbante esticado entre as estacas. Em pequenas áreas, a preparação manual dos canteiros é feita revirando a terra com um enxadão. A melhor maneira de dividir a área é em canteiros de um metro de largura, comprimento variável e intervalos de 40 centímetros entre eles, para as ‘‘ruas’’. Se o canteiro tiver uma largura maior, o trabalho será pior no plantio, no transplante, na retirada de matos, na rega etc., levará o horticultor a pisar nas plantas e abrir sulcos na
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Rega: molhar por irrigação ou aspersão, aguar.
Para que servem as ruas entre os canteiros?
terra fofa. Por outro lado, a largura inferior a um metro não é indicada: provoca desperdício de área com aumento do número de ‘‘ruas’’. Exceção: canteiros junto às cercas devem ter 50 centímetros de largura. As ruas são utilizadas como área de circulação do pessoal, bem como dos equipamentos empregados na implantação e manutenção da horta. Everton Lemos
Canteiros com ruas ajudam na manutenção e colheita
Os canteiros em terrenos inclinados devem ser abertos seguindo as curvas de nível, isto é, cortando as águas.
Curvas de nível são recomendadas para terrenos inclinados
Também podem ser alternados para diminuir a velocidade da água da chuva e evitar a erosão. Em terrenos planos, eles devem ser distribuídos paralelamente entre si. A altura correta dos canteiros – use o enxadão para fazê-
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los – é de 15 a 20 centímetros. Os canteiros mais altos em relação às ‘‘ruas’’ são de manejo mais fácil, além de melhorar a drenagem das águas e facilitar a penetração das raízes nas plantas. Com o enxadão, você cava e revolve a terra para levantar os canteiros, já para desmanchar os torrões use a enxada e o sacho. O excesso de terra tirado para fazer as ‘‘ruas’’ é usado para levantar os canteiros. O solo não deve ser nem muito úmido nem muito seco. Se for úmido, torna-se compacto e dificulta o trabalho; se for seco, o enxadão vai pulverizá-lo, desfazendo os pequenos torrões. Para segurar a terra, os canteiros podem ser cercados com tábuas ou tijolos ou qualquer outro material. Essa proteção ajuda a manter os canteiros firmes, sem que a área útil do plantio diminua à medida que for feita a rega. Evilázio Bezerra
Os canteiros de alvenaria são também utilizados no plantio de hortaliças
Os materiais vivos de plantio O plantio das hortaliças pode ser feito por sementes, mudas ou brotos, ramas ou estacas, tubérculos, bulbilhos ou ‘‘dentes’’ e frutos. Sementes: variam quanto ao tamanho, cor, forma, entre as espécies, e às vezes, mesmo entre cultivares. Somente aquelas embaladas em latas ou sacos de papel aluminizado
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se conservam por longo tempo. Por isso devem ser adquiridas nas quantidades necessárias e em casas especializadas em produtos agrícolas. Por ocasião da compra deve-se examinar o rótulo para verificar a espécie, a cultivar e o poder germinativo. São reproduzidas por sementes as seguintes espécies: jerimum, alface, beterraba, berinjela, cebola, cebolinha, cenoura, coentro, couve, couve-flor, feijão-vagem, jiló, pimentão, pimenta, tomate e quiabo. Mudas: são as plantas novas originárias de sementes. As brotações laterais que surgem nas plantas adultas ou ao redor delas em algumas espécies também são chamadas de mudas e podem ser utilizadas para o plantio. A couve é multiplicada por este segundo tipo de muda, isto é, brotação. A cebolinha pode ser multiplicada utilizando-se a planta adulta da qual aproveita-se a parte verde. Ramas: algumas espécies de hortaliças são multiplicadas usando pedaços de 20 a 30cm de comprimento das ramas ou hastes de plantas adultas. Para plantar estas ramas, enterra-se inicialmente mais da metade. Por este sistema é plantada a batata-doce. Tubérculos: o plantio da batata (também chamada batatinha ou batata inglesa), é feito utilizando-se os tubérculos com 3 e 4cm de tamanho e brotados. Os brotos devem estar com 1 a 2cm de tamanho. Bulbilhos (dentes): para o plantio de alho usa-se o bulbilho (dente), com 1 a 2 gramas. Frutos: para o plantio do chuchu usa-se o fruto com o broto de 15 a 20cm de altura. Para a produção própria de sementes ou outro material de plantio, deve-se escolher plantas-mãe ou matrizes que tenham bom desenvolvimento, boa produção e sem doenças e pragas. As sementes devem ser tiradas de frutos maduros e estarem perfeitas. Antes de plantar sementes que tenham sido guardadas por longo tempo, deve-se fazer o teste de germinação. Toma-
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se certa quantidade de sementes e coloca-se em um prato ou outro recipiente plano contendo papel mata-borrão ou algodão molhado, cobrindo-o com outro prato transparente. Coloca-se o prato com as sementes em um local iluminado mantendo o mata-borrão sempre úmido. As sementes estarão germinadas com 4 a 7 dias, e então, fazendo-se a contagem das sementes germinadas, calcula-se o poder germinativo. Uma boa semente deve apresentar, no mínimo, 70% de germinação.
Como é feito o teste de germinação?
Resumo da lição • As hortaliças desenvolvem-se melhor em clima ameno, com chuvas leves e pouco freqüentes; • As hortas devem ficar afastadas de árvores grandes e próximas da fonte de água e em áreas de consistência média (areno-argilosa); • A utilização de ferramentas adequadas influi na eficiência e rendimento dos serviços na horta; • Em hortas comerciais os trabalhos serão mais eficientes com o uso de equipamentos como o arado, grade, sugador e conjunto de irrigação; • A análise química do solo é fundamental para uma boa produtividade da horta; • O preparo do terreno facilita o plantio e colheita das hortaliças; • Algumas hortaliças precisam ser plantadas em sementeiras para depois serem transplantadas para os canteiros definitivos; • Os canteiros para plantio de hortaliças devem medir 1m de largura, comprimento variável e intervalos de 40cm entre eles, para formarem as “ruas”.
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Lição
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Adubação
Erosão: trabalho mecânico de desgaste do solo realizado pela água corrente e que também pode ser feito pelo vento.
A retirada dos nutrientes pelas colheitas sucessivas, o arrastamento do solo pela erosão e a perda de nutrientes para camadas mais profundas são as maneiras mais comuns pelas quais os solos perdem os seus nutrientes. A restauração ou manutenção da fertilidade do solo ocorre através da reposição desses nutrientes feita através da adubação. Edmundo Sousa
A adubação restaura a fertilidade do solo
Por que uma floresta se mantém cheia de vida?
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Nas florestas, ela mesma se aduba. Folhas, raízes, caules, ramos, frutos, flores das árvores voltam à terra depois de um ciclo. E, ali, vários bilhões de organismos decompõem aquela matéria orgânica até formarem o prato predileto para as plantas. Esses nutrientes penetram pelas raízes, assim como a água, dando condições para a planta crescer e produzir. Para a planta produzir substâncias tais como, sais minerais, vitaminas, proteínas e outras, necessita de nutrientes indispensáveis ao seu desenvolvimento. Alguns desses nutrientes são: Nitrogênio (N): auxilia a formação da folhagem e favorece o rápido crescimento da planta; Fósforo (P): estimula o crescimento e formação das raízes;
Potássio (K): aumenta a resistência da planta e melhora a qualidade dos frutos. É importante saber que além desses nutrientes, existem outros que mesmo sendo utilizados em menores proporções são também essenciais para as plantas. Dentre eles, podemos destacar: cálcio (Ca), magnésio (Mg), enxofre (S), etc. Dessa forma, existem dois grandes grupos de nutrientes indispensáveis para o desenvolvimento das plantas – o dos macronutrientes e dos micronutrientes. Essa divisão é feita de acordo com as quantidades exigidas pelas plantas. O grupo exigido em grandes quantidades é o dos macronutrientes. Este é formado pelos elementos nitrogênio (N), fósforo (P), potássio (K), cálcio (Ca), magnésio (Mg) e enxofre (S). Os micronutrientes são aqueles exigidos pela planta em pequenas quantidades: boro (B), cloro (CI), cobre (Cu), ferro (Fe), manganês (Mn), molibdênio (Mo), zinco (Zn).
Quais são os dois grandes grupos de nutrientes?
Adubação mineral Os adubos minerais são utilizados para corrigir deficiências de nutrientes no solo a fim de proporcionar maior produtividade na exploração das culturas. Estes apresentam maiores concentrações dos nutrientes em forma mais facilmente absorvida pelas hortaliças. São vendidos na forma de pó ou granulados com um só nutriente ou em fórmulas compostas. Por exemplo, o sulfato de amônio e a uréia contém o nitrogênio (N); o superfosfato triplo contém o fósforo (P); o cloreto ou o sulfato de potássio contém o potássio (K). Com a mistura destes adubos nas diversas proporções obtém-se as fórmulas de adubo composto. As fórmulas são conhecidas pelas porcentagens de nitrogênio (N), fósforo (P) e potássio (K) que contém. Assim, a fórmula 4-14-8 contém 4% de N, 14% de P e 8% de K. No comércio são encontradas as mais diversas formulações que são indicadas para diferentes situações. No decorrer de seus ciclos de vida, as hortaliças necessitam de diferentes tipos e quantidades de nutrientes.
Nomenclatura química SiO2 - Óxido de silício (sílica) CaO - Óxido de cálcio. MgO - Óxido de magnésio. K2O - Óxido de potássio. Na2O - Óxido de sódio. P2O5 - Pentóxido de difósforo. Fe2O3 - Óxido férrico. Al2O2 - Óxido de alumínio. Cl - Cloro SO3 - Trióxido de enxofre. (NH4)2SO4 - Sulfato de amônio. H2NCONH2 - Uréia. KCl - Cloreto de potássio. K2SO4 - Sulfato de potássio.
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Plantio: geralmente, na primeira fase de desenvolvimento, as plantas exigem quantidades maiores de fósforo, para garantir uma boa formação do sistema radicular. O nitrogênio e o potássio são usados em quantidades menores. ■ Formação: nesta fase, o elemento mais requisitado é o nitrogênio, para garantir um rápido crescimento e formação da massa verde. O fósforo e o potássio são menos solicitados. ■ Produção: na época de produção, o nitrogênio e o potássio são necessários em quantidades maiores e mais ou menos equivalentes. O fósforo é menos consumido nesta fase. Em resumo, as fórmulas de plantio apresentam normalmente teores de fósforo superiores aos de nitrogênio e potássio. As fórmulas usadas no período de formação têm quantidades de nitrogênio superiores à dos outros dois macronutrientes e as fórmulas de produção normalmente possuem teores menores de fósforo. Para as hortaliças, a distribuição dos fertilizantes pode ser feita em área total ou localizada: ■ Nos plantios em canteiros, o adubo é distribuído no leito do canteiro e, em seguida, revolvido para sua incorporação. ■ Quando o plantio é feito em cova, recomenda-se misturar os fertilizantes ao solo que será utilizado no seu enchimento. ■ Em cobertura, após a instalação da cultura, a aplicação do adubo é realizada a lanço ou em faixas entre as linhas de plantio. ■
Descreva em quais ciclos de vida das hortaliças são necessários os diferentes tipos de adubos minerais.
Adubação orgânica Os adubos e resíduos orgânicos são utilizados com a finalidade de aproveitar os nutrientes neles contidos propiciando, em certos casos, redução nos custos da adubação. Além desta, os adubos orgânicos apresentam outras vantagens, entre as quais podemos destacar a melhoria das propriedades físicas do solo, tornando-o mais poroso e arejado.
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Quando se fala em adubo orgânico logo se pensa em esterco. Na verdade, ele é apenas uma das formas de enriquecer organicamente o solo e, de preferência, deve ser usado como um dos ingredientes na preparação do composto, embora também possa ser empregado desde que esteja curtido. Algumas dicas sobre o uso do esterco Não coloque esterco fresco nos canteiros: ele pode ‘‘queimar’’ a planta. Com ou sem material vegetal, ele deve ficar ‘‘curtindo’’ ao ar livre, como as pilhas de composto. Amontoe-o em local levemente inclinado e, se possível, cubra-o com uma leve camada de terra argilosa para evitar a perda de nitrogênio e a visita indesejável das moscas. Por cima do esterco, uma cobertura de palhas ou folhas é indicada para proteção da ação do sol, do vento e do excesso de água. O tempo de cura do esterco puro e amontoado, sem aeração, é relativamente longo: de seis a doze meses.
Deve-se evitar o uso de esterco de curral proveniente de propriedades rurais que utilizam herbicidas nas pastagens.
COMPOSTO ORgÂNICO SÓLIDO
As verduras de folhas são exigentes em nitrogênio. Às vezes, esse elemento pode faltar, e há uma maneira simples e rápida de fornecê-lo ao solo: toma-se um recipiente (por exemplo, um tambor de 200 litros) e se preenche até dois terços de seu volume com esterco fresco. Complete o restante com água. Mexe-se com um pedaço de pau e deixa-se descansando por um mês. Depois desse tempo, está bom para ser usado. O caldo, que chamamos de esterco líquido ou chorume, é colocado
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É melhor ter sempre alguns recipientes cheios, especialmente na época das chuvas, quando é mais provável que falte nitrogênio no solo, pois esse elemento é facilmente carregado pelas águas das chuvas.
Compostagem: composto a base de resíduos de vegetal e animal para fim de adubação do solo.
Quais as vantagens das adubação orgânica?
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no solo ao redor da planta em cobertura (isto é, sem revolver a terra) na base de quatro litros por metro quadrado. Se os sintomas da falta de nitrogênio como o amarelecimento das folhas não cessarem, repete-se o tratamento uma semana depois. Alguns estercos são mais ricos do que outros. O mais rico é o de galinha: ele já vem com as dejeções sólidas e líquidas misturadas e costuma valer o dobro do esterco de outros animais. Assim, em toda receita que pedir uma certa quantidade de esterco de curral, pode reduzir à metade se for usar o de galinha. Além do esterco existem outros tipos de adubos orgânicos: restos vegetais (palha, resíduos de beneficiamento e adubos verdes), dentre outros. Esses adubos podem ser combinados transformando-se em composto. Composto é uma mistura de restos vegetal e animal, existente ou produzidos na propriedade, preparados para fim de adubação. Esse processo é denominado compostagem. O material empregado é tudo o que sobra no sítio (do galinheiro, do chiqueiro, do estábulo etc.) ou da casa (restos da cozinha misturados com os restos dos vegetais da própria horta, do jardim etc.). Há diferentes formas de preparar o composto e isto dependerá da disponibilidade e variedade de materiais existentes na sua propriedade. Existem, porém, dois sistemas fundamentais de preparo: um é mais apropriado para hortas de fundo de quintal ou jardim e o outro é mais indicado para hortas grandes. Para hortas grandes, quando há boa quantidade de restos vegetais e animais, o composto pode ser preparado em pilhas, que devem ser arrumadas em local sombreado e, de preferência, em área um pouco inclinada. Deve haver um equilíbrio entre a quantidade de vegetal verde e seco para que o composto não fique pobre em nutrientes. Para hortas menores o composto pode ser preparado em engradado.
Preparo do composto 1. Distribuir o material básico (folhagens, palhas, restos de culturas, etc.) em uma área variável, de acordo com a quantidade de material, formando uma camada de 5cm de espessura; 2. Molhar com água toda essa camada; 3. Distribuir sobre esta camada o esterco que servirá de material inoculante (funciona como fonte de microrganismos para decomposição do material básico); 4. Repetir esta seqüência até conseguir um monte de 80cm de altura. Na distribuição do material evitar compactá-lo e também não encharcá-lo com excesso de água, porque isso irá prejudicar o seu arejamento Após formado o monte de composto, deve-se cobri-lo com uma camada de palha para sua proteção. Regar o composto a cada 15 dias. Molhe uniformemente o monte e, quando perceber que a água começou a escorrer suspenda a irrigação. A temperatura do composto não deve ultrapassar 60-70ºC o que se consegue mantendo-o arejado, umedecido convenientemente e fazendo os revolvimentos. O revolvimento do monte de composto é feito a cada 15 dias a partir de sua formação. Este consiste na mistura de todo material que entrou na composição do monte. Depois do revolvimento é preciso molhar o composto uniformemente atentando-se para que o mesmo não fique encharcado. O composto estará pronto, em aproximadamente, dois meses. Neste momento ele apresentará um aspecto escuro, cheiro agradável, esfarinhando-se com a pressão dos dedos. Se você optar pela construção de uma composteira, veja a seguir como construí-la: Material utilizado: ■ Tábua de madeira ou bambu ■ Pregos ou barbantes ■ A estrutura deverá apresentar as seguintes dimensões:
Descreva a preparação do composto usado na adubação orgânica.
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Medidas recomendadas para construção de uma composateira
Usando a composteira, o monte de composto será formado em seu interior. No momento do revolvimento, retire a composteira e coloque-a ao lado do monte. Em seguida, coloque este monte novamente dentro da composteira. Se você utilizar restos de cozinha como material básico e perceber o aparecimento de moscas, poderá solucionar este problema espalhando sobre o monte cinza de madeira ou cal virgem. Caso seu composto esteja com cheiro desagradável isso é sinal que está mal arejado. Como solução revire o monte e suspenda a irrigação até secar um pouco.
Adubação verde A adubação verde é a prática que consiste em cultivar plantas (adubos verdes) com a finalidade de produzir cobertura ou incorporar restos vegetais frescos à terra. Qualquer vegetal pode ser usado como adubo verde. Mas, as plantas da família das leguminosas (feijão guandu, feijão-de-porco, mucuna e outras) são as mais indicadas para a adubação verde. Elas têm uma vantagem especial: além de fornecerem grande quantidade de matéria orgânica ao solo, fixam o nitrogênio do ar (macronutriente particularmente escasso nos solos tropicais).
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Os cálculos de alguns pesquisadores indicam que entre 80 e 120kg de nitrogênio são liberados por hectare/ano nas áreas com adubação verde. Isto ocorre porque existem algumas bactérias simbióticas do gênero Rhizobium que vivem em associação com as raízes de certas plantas, entre elas as leguminosas. Essas bactérias fixam o nitrogênio do ar e em troca recebem da planta o alimento que lhes garante a sobrevivência. Veja outras vantagens da utilização das leguminosas como adubo verde: ■ Suas raízes são pivotantes, isto é, crescem verticalmente rompendo camadas compactadas do solo; ■ Algumas leguminosas possuem propriedades alelopáticas, isto é, secretam pelas raízes substâncias que inibem o desenvolvimento de plantas invasoras. ■ Por serem rústicas, ou seja, não exigirem condições especiais de cultivo, são fáceis de serem cultivadas. Na utilização de espécies de adubos verdes, o produtor deve considerar as condições de seu solo, o clima da região e a época de plantio. A seguir, mostraremos um quadro onde estão demonstradas as quantidades de massa verde que cada leguminosa produz.
Simbiose: associação de duas plantas ou de uma planta e um animal, na qual ambos organismos recebem benefícios
Qualquer vegetal pode ser um adubo verde?
Quantidade de massa verde produzida por algumas leguminosas Nome comum Mucuna-preta Mucuna-anã Crotalária Feijão-de-corda Guandu Feijão-de-porco
Nome Produção de massa científico verde (kg/1000m²) Stizolobium atterrinum 4.300 Stizolobium spp 800 Crotalaria juncea 6.100 Vigna unguiculata 2.100 Cajanus cajan 2.200 Canavalia ensiformis 900
O adubo verde deve sempre fazer parte de um esquema de rotação de culturas. O agricultor deve preocupar-se em produzir suas próprias sementes visando diminuir os custos. Para isso é bom sempre deixar uma pequena área plantada com algumas espécies de leguminosas para produção dessas sementes.
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Qual a importância das leguminosas no processo de adubação?
As leguminosas devem ser cortadas e misturadas à terra logo no início da floração, momento em que apresentam o maior teor de nitrogênio. Isso se dá, para a maioria das espécies, três ou quatro meses após o plantio. Depois de incorporadas, é preciso esperar um mês para plantar a próxima cultura. O agricutor pode optar ainda por deixar a massa vegetal, que foi cortada, sobre a terra. Assim, a massa em decomposição evita o desenvolvimento de plantas daninhas, preserva a umidade do solo e protege a superfície da terra da incidência direta dos raios solares.
Resumo da lição • A adubação restaura a fertilidade do solo; • Existem dois grupos de nutrientes indispensáveis para o desenvolvimento dos vegetais que são os macronutrientes (N, P, K, Ca, Mg e S) e os micronutrientes (B, Cl, Cu, Fe, Mn, Mo e Zn); • A adubação mineral corrige a deficiência no solo de nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio, cloro, boro, cobre, ferro, manganês, molibdênio e zinco; • A adubação orgânica é utilizada com a finalidade de aproveitar os nutrientes neles contidos, além de melhoria das propriedades físicas do solo, tornando-o mais poroso e arejado; • A adubação verde consiste em cultivar plantas (adubos verdes) de preferência da família das leguminosas que são as mais indicadas na produção de matéria orgânica e fixadoras do nitrogênio do ar no solo, com a finalidade de produzir cobertura ou incorporar restos de vegetais frescos à terra.
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Lição
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Tratos culturais São necessários diversos cuidados com a horta para que a produção seja satisfatória. A seguir, explicamos os principais tratos culturais.
Capinas O mato deve ser retirado logo no início do desenvolvimento da cultura, para não competir em água, luz e nutrientes com as hortaliças. As capinas devem ser realizadas em dias secos usandose o sacho (passado entre as linhas do canteiro onde estiverem as plantas menores), a enxada (usada para plantas mais desenvolvidas e espaçadas) ou as próprias mãos. Tenha bastante cuidado para não ferir as raízes das plantas, pois estes ferimentos funcionariam como porta de entrada de microrganismos causadores de doenças. Em algumas ocasiões, o mato pode ser deixado sobre o leito dos canteiros funcionando como cobertura morta, diminuindo o impacto das águas sobre o solo e evitando a incidência direta dos raios solares.
Raleação ou desbaste A raleação ou desbaste nas sementeiras ou nos canteiros de plantio é outra etapa no manuseio da horta. Consiste na eliminação das plantas menos desenvolvidas, deixando um espaçamento adequado entre as plantas restantes, para que cresçam bem.
Ralear: tornar ralo, menos denso.
Exemplo de debaste
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A raleação é feita, de um modo geral, quando as plantas têm mais de cinco centímetros de altura. É preciso ter cuidado ao fazer o desbaste para não danificar as raízes das plantas que permanecerem nos canteiros.
Estaqueamento
Suporte para planta
O estaqueamento é uma prática feita para algumas hortaliças (tomate, pimentão, berinjela, etc.) que precisam de apoio (suporte) para crescerem. Com este cuidado o horticultor irá evitar o tombamento da planta e, conseqüentemente, o contato dos frutos com a terra. Assim, estará melhorando a qualidade dos frutos produzidos. O suporte pode ser feito de estacas de bambu ou outro material disponível na propriedade. As estacas são fincadas ao chão, ao lado de cada planta e, em seguida, amarradas. Envolvendo as estacas em saco plástico e amarrando-as com barbante você estará contribuindo para uma maior durabilidade das mesmas.
Amarração Consiste em amarrar as plantas para a sua melhor fixação nas estacas; e normalmente é feita nas culturas de pepino e tomate.
Amarração da planta
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Desbrota A desbrota é a eliminação de brotos e galhos que estão em excesso na planta. Com a desbrota, a planta fica mais arejada e recebe mais luz. É importante nas culturas de tomate, berinjela e pimentão.
Desbrota
Amontoa
Quais as vantagens da desbrota?
A amontoa é um cuidado necessário em algumas culturas como a beterraba e a batata. Consiste em colocar terra ao pé da planta para que ela se desenvolva melhor.
A amontoa é importante para algumas culturas
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Tipos de dubação Terrenos ensolarados ou parcialmente sobreados são adequados para o plantio de hortaliças. Sombra em demasia reduz o período de produção.
Adubação em cobertura: é feita após a instalação da cultura. Antes das irrigações, distribui-se o adubo, principalmente o nitrogenado, sobre o canteiro já plantado. Adubação na água de irrigação: o adubo também pode ser dissolvido na água de irrigação. A quantidade e a qualidade do adubo bem como a época de aplicação dependem do desenvolvimento das plantas. Adubação foliar: existem também certos adubos que são dissolvidos em água e aplicados nas folhas das plantas. Vale lembrar que as adubações foliares não substituem as adubações de solo, mas são empregadas como forma de complementação.
Irrigações Irrigação: é usada para corrigir a carência de água e pode ser através de sulcos ou aspersão.
Que fatores influenciam a freqüência das irrigações?
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Para que as hortaliças se desenvolvam bem é necessário manter o solo úmido. Esta umidade é mantida pelas irrigações ou regas constantes. A freqüência e a quantidade de água a aplicar dependem das condições do solo, clima e estágio de desenvolvimento das plantas. Em geral, há necessidade de irrigações diárias após a semeação e o transplantio. Hortaliças tais como alface, coentro, couve, repolho, entre outras, necessitam ser irrigadas diariamente, durante todo o ciclo, para se obter folhas mais macias. Para as hortaliças como jerimum, berinjela, jiló, pepino, tomate, à medida que as plantas forem crescendo, as irrigações podem ser espaçadas de 3 em 3 dias até o final da colheita. Para cenoura e beterraba não há necessidade de continuar a irrigação quando já estiverem em condições de serem colhidas. Deve-se molhar a terra até a profundidade em que se encontram a maioria das raízes, isto é, cerca de 20 a 25cm. O excesso de água provoca a erosão e arrastamento dos nutrientes dos adubos aplicados. A falta de água diminui o crescimento, prejudica a qualidade do produto e acelera a maturação.
A irrigação pode ser feita por aspersão e por sulcos. Pelo sistema de aspersão utiliza-se regadores, mangueiras com esguicho e aspersores. A irrigação por sulcos é feita deixando-se a água passar em sulcos junto às plantas.
Modelo de irrigação por sulcos
Pragas e doenças Doença é a denominação geral usada para qualquer desvio da normalidade em plantas e animais. Já pragas são doenças causadas por insetos. A seguir iremos conhecer algumas pragas e doenças comumente encontradas nas hortaliças. Besouros Têm o corpo revestido por uma carapaça dura. Muitos deles são inimigos naturais de pragas, portanto úteis. Mas alguns se alimentam de vegetais, danificando raízes ou penetram em galhos, caules e frutos. Os que se alimentam de folhas raramente causam danos econômicos. É o caso das vaquinhas, pequenos besouros de cores variadas, alaranjadas ou verdes com manchas amarelas.
Se aparecerem besouros que ameaçem a horta, o que deverá ser feito?
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Controle: Manipueira O QUE USAR manipueira água
Como se prepara a solução para controle da cochonilhas?
QUANTIDADE 1L 2L
Preparação: coloque 1 litro de manipueira em 2 litros de água e misture. Pulverize as partes atacadas. Cochonilhas Também chamadas de escamas, piolho-branco ou farinha, elas sugam a seiva das plantas e enfraquecem-nas. Algumas espécies têm o corpo recoberto por um escudo ou carapaça de diversas aparências. Às vezes secretam substâncias açucaradas, que atraem fungos e provocam o aparecimento da fumagina, uma fina ‘‘casca’’ preta na superfície das folhas. Controle: Solução de querosene e sabão O QUE USAR querosene sabão água
QUANTIDADE 500mL 100g 10L
Preparação: corte o sabão em fatias finas, dissolva-o em 0,5L de água quente e agitando, despeje lentamente o querosene e depois a água, até completar 10L. Pulverize as plantas. Formigas No início da implantação da horta, as formigas cortadeiras podem atacar, mas elas desaparecem à medida que a vida no solo aumenta e diversifica-se com a incorporação de matéria orgânica. Há indicações de que o gergelim controla formigas. As folhas dessa cultura são muito apreciadas pelas formigas, que as cortam e transportam ao formigueiro, para alimentar os fungos que criam e dos quais se alimentam — as formigas não comem as folhas, mas sim o fungo que preparam a partir de matérias verdes. Ocorre que o gergelim destrói o fungo, privando as formigas de seu alimento.
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Lagartas Dentre os vários tipos de lagartas que atacam as hortalizas podemos destacar a lagarta rosca, a lagarta das folhas e curuquerê. A lagarta rosca corta as hastes das plantas novas, rente ao solo. São lagartas grandes, com 3 a 5cm de comprimento, escuras, e durante o dia ficam escondidas na terra perto da planta cortada. A lagarta das folhas come as folhas. É de coloração esverdeada, podendo apresentar listras do dorso. Uma lagarta muito comum nas culturas de couve é a curuquerê. Muitas borboletas brancas voam entre os canteiros e depositam seus ovos de cor amarelo-ouro sobre as folhas das couves. Controle: Extrato de fumo e álcool. O QUE USAR fumo álcool água
O mais importante método de controle das pragas e doenças consiste em tentar cultivar apenas hortaliças de crescimento vigoroso, fortes e saudáveis.
QUANTIDADE 250g 100mL 1L
Preparação: pique o fumo em pedaços pequenos e deixe na água quente por 24 horas. Após esse período, coe. Em uma vasilha, com capacidade para 1L, coloque 100mL de álcool e complete com o filtrado de fumo até atingir 1L. Coloque essa mistura em um frasco escuro para melhor conservação. Quando for pulverizar, ponha uma parte dessa mistura em nove partes de água. Pode-se recorrer ainda aos lagarticidas biológicos. Eles são comercializados no mercado e seu principal componente é uma bactéria, chamada Bacillus thuringienses, que ataca somente a lagarta. Percevejos Os percevejos sugam a seiva das plantas. Alguns deles são insetos muito sensíveis e morrem facilmente quando expostos a qualquer substância tóxica. Por isso, cuidado com os percevejos benéficos.
Como podemos combater as lagartas?
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Controle: Macerado de urtiga. O QUE USAR folhas de urtiga água
Nematóides: vermes de corpo cilíndrico ou filiforme, afilado nas extremidades podendo ser de vida livre ou parasitária.
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QUANTIDADE 100g 1L
Preparação: coloque 100g de folhas de urtiga frescas em 1L de água e deixe amolecer por 3 dias. Coe e misture com mais 10L de água. Pulverize sobre as partes atacadas. Pulgões São insetos muito pequenos, geralmente sem asas, de cor esverdeada ou preta. Os pulgões vivem em colônias, principalmente nas folhas ou brotações novas. Provocam o engruvinhamento das folhas e transmitem doenças causadas por vírus. Eles aparecem em solos pobres em matéria orgânica ou quando o esterco usado não está bem curtido. Controle: o mesmo indicado para lagartas ou besouros. Quando optar pelo extrato de fumo e álcool, você pode aumentar sua aderência às folhas das hortaliças usando sabão da seguinte maneira: colocar 1 copo do extrato com 200g de sabão e 10L de água. Nematóides São animais muito pequenos, de 0,5 a 4mm de comprimento, que participam da vida na terra. Num metro quadrado de solo, em até 15cm de profundidade, podem viver muitos milhões de nematóides. Os nematóides alojam-se principalmente nas raízes e causam nelas pequenas inchações, com minúsculos caroços, o que dificulta a absorção de água e de nutrientes. Por isso, os sintomas na parte aérea da planta são basicamente: amarelecimento, murchamento e mal desenvolvimento das plantas. Muitas vezes as raízes ficam com a forma de dedos, como acontece com cenouras parasitadas por certos nematóides. As batatas apresentam rachaduras e os locais atacados das raízes podem servir de porta de entrada para fungos e bactérias, que vão causar novos problemas.
Controle: Manipueira. O QUE USAR manipueira água
QUANTIDADE 1L 2L
Preparação: misture 1L de manipueira com 1L de água e aplique sobre o solo infestado. Outro método de controle dos nematóides é o uso de variedades resistentes das plantas nativas ou bem adaptadas à região. A rotação de culturas contribui muito para reduzir as infestações, principalmente com o plantio de uma leguminosa, a mucuna-preta ou a crotalária, esta última, como cultura armadilha. O cultivo de cravo-de-defunto, durante três ou quatro meses num solo infestado, reduz em até 90% a população de certos nematóides e deve, portanto, entrar no plano de rotações. O emprego de matéria orgânica favorece o aparecimento de inimigos naturais dos nematóides, principalmente os fungos. O uso de cobertura morta - aplicada ao redor de plantas suscetíveis, faz diminuir os efeitos da infestação. Fungos Os fungos provocam o aparecimento de doenças como pequenas manchas, geralmente nas folhas, hastes ou frutos. Pode causar secamento ou apodrecimento das partes atacadas, murchamento e morte das plantas. Controle: Calda bordaleza. O QUE USAR sulfato de cobre cal virgem água
Além do uso de manipueira quais são os outros métodos de controle dos nematóides?
QUANTIDADE 100g 100g 10L
Preparação: coloque 100g de sulfato de cobre bem triturado em um saquinho de pano fino. Mergulhe-o em um recipiente plástico contendo 5L de água. Em outro recipiente, adicione aos poucos 5L de água e 100g de cal virgem até formar uma pasta consistente (leite de cal). Junte a primeira solução ao leite de cal, agite bem e pulverize.
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Bactérias Causam manchas geralmente escuras, podridão, secamento das partes atacadas, murchamento e morte das plantas. Se o problema for este, o melhor é prevenir conforme as indicações anteriores, dando especial atenção ao plantio de variedades resistentes, à rotação de culturas e ao uso de sementes sadias. Evite o excesso de calcário e controle os nematóides. Vírus Os vírus são difíceis de serem controlados. As plantas atacadas não se recuperam mais e precisam ser erradicadas. Como medida preventiva pode-se utilizar a rotação de culturas, e além disso fazer o controle dos pulgões, pois como já foi visto eles são transmissores de vírus.
Curiosidade: fungicida nutriente A calda viçosa (fungicida nutriente) é enriquecida com sais minerais e assim age ao mesmo tempo como fungicida e adubo foliar. Para uma área de 1ha é necessário preparar de 400 a 800L de calda, de acordo com o estágio de desenvolvimento de cada cultura. O QUE USAR cal sulfato de cobre sulfato de zinco sulfato de magnésio ácido bórico uréia água
Primeiro recipiente
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QUANTIDADE 500g 400g 40g 60g 20g 40g 100L
Preparação: Coloque no primeiro recipiente (de plástico, amianto ou madeira) 50L de água e os 500g de cal (água de cal). Em uma segunda vasilha, coloque 50L de água e todos os demais ingredientes. Depois, numa terceira, coloque a água de cal já preparada e vá misturando aos poucos o conteúdo do segundo recipiente, agitando constantemente e com força. A ordem
da mistura não deve ser invertida, começando sempre pela água de cal. Antes de ser colocada no pulverizador, a calda deve ser filtrada em pano de saco e sua aplicação tem que ser feita no mesmo dia em que for preparada ou, no máximo, na manhã seguinte e não se deve guardar as sobras. Pulverize. Segundo recipiente
Terceiro recipiente
Filtração
Pulverização
Desde que permaneçam separadas, a água de cal e a solução de sais podem ser guardadas por, no máximo, três dias. O melhor horário para se fazer a aplicação é bem cedinho, quando as folhas ainda estão com orvalho. Além de agir contra fungos e servir de adubo foliar, a calda viçosa tem ação repelente sobre alguns insetos, é pouco poluente e pode ser preparada e aplicada sem maiores riscos para a saúde de quem faz a aplicação. Todo o material utilizado na preparação da calda deve ser lavado depois da utilização. O número de aplicações varia de oito a dez durante o ciclo completo de cada olerícola. Entre tantas vantagens, a calda viçosa ainda é versátil e dá bons resultados em hortaliças variadas como repolho, couve-flor, beterraba, cenoura, pimentão, tomate, abobrinha, etc.
Olerícolas: vegetais empregados como alimentos.
Controle de pragas e doenças Independente do tamanho da horta há sempre o perigo
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Qual a diferença entre pragas e doenças?
Virose: doença causada por vírus.
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de ataque de pragas e doenças. Caso não sejam controladas poderão prejudicar o crescimento das plantas e a qualidade do produto. Nem todo inseto é considerado uma praga. É bom ficar atento pois muitos desses insetos atuam como inimigos naturais, sendo úteis no controle de algumas pragas. Por exemplo, a joaninha é um inseto comtrolador de pulgões. Alguns besouros controlam lagartas, outros são predadores de gafanhotos. Alguns tipos de percevejos são inimigos naturais de outros insetos, principalmente, lagartas. Portanto, o combate à praga só deverá ser feito mediante a orientação de um engenheiro agrônomo. Para o controle de um inseto deve-se considerar o nível de dano econômico causado à cultura. Medidas de prevenção Algumas medidas preventivas podem ser tomadas no combate às pragas e doenças. Tudo começa com a escolha do local da horta e o preparo do solo. Terrenos que recebem bastante luz, bem adubados, drenados e ventilados são preferíveis, pois essas condições limitam o desenvolvimento de pragas e doenças. A utilização de sementes selecionadas é outra boa medida preventiva. As empresas fabricantes são obrigadas a tratar as sementes com fungicidas e antibióticos, que evitam a incidência de fungos, bactérias e viroses. Além disso, essas sementes são mais resistentes às doenças graças ao trabalho de melhoramento genético feito pelos pesquisadores. O plantio deve ser feito somente na época indicada na embalagem das sementes pelos fabricantes, pois há variedades de uma mesma cultura que são indicadas para diferentes estações do ano. No transplantio das mudas para o canteiro definitivo, lave muito bem as mãos com água e sabão. Nunca faça o transplante quando estiver fumando: o tabaco pode transmitir uma virose, o mosaico-do-fumo.
É importante fazer capinas para manter a horta livre de ervas daninhas. Elas podem servir de suporte mecânico para que certas pragas atinjam as hortaliças. Não se esqueça de fazer a rotação de culturas — uma medida simples, mas que evita a propagação de diversas moléstias. Sempre que acabar uma colheita incorpore os restos da cultura ao solo para melhorar suas condições físicas e evitar a proliferação de insetos. Se suspeitar de que uma planta está doente, retire-a, queimando-a em outro lugar. Apesar das medidas preventivas serem de extrema importância elas não garantem a proteção total da sua horta. Há espécies de hortaliças mais vulneráveis como tomate, pimentão, berinjela, e outras mais resistentes como a alface. Na horta caseira deve-se evitar o uso de produtos químicos ou pesticidas. Os ataques de pragas e moléstias geralmente não são muito severos e podem ser combatidos pela catação manual das pragas, eliminação de partes muito atacadas e de plantas daninhas que sirvam de hospedeiras aos insetos. Além disso deve-se manter a cultura no limpo, adubar e regar com critério. As plantas devem ser observadas diariamente para verificar a presença de doenças ou pragas, mais facilmente controláveis no início do ataque. Se o ataque atingir grandes proporções, dê preferência ao emprego de preparados caseiros ou defensivos não convencionais como a manipueira (extrato líquido das raízes de mandioca) — junto com os produtos biológicos, que são atóxicos. Se por ventura for considerado absolutamente necessário aplicar os produtos químicos, convém buscar a orientação de um engenheiro-agrônomo para a escolha do produto, cálculo das dosagens, modo de aplicação e período de carência. Aplicações em épocas erradas, em doses acima do recomendado pelos técnicos e com freqüência excessiva, são contra-indicadas porque aumentam a despesa e o risco de intoxicação, sem realmente reduzir o prejuízo causado pelas pragas e doenças.
Por que devemos fazer as capinas?
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Não esqueça que boa parte dos venenos comercializados podem ser letais para o homem, e sua ação em alguns casos perdura anos e anos. Caso precise realmente usar os agrotóxicos preste atenção para estes cuidados. 1. O veneno que você vai utilizar pode penetrar no seu corpo através da respiração, da pele e da ingestão de alimentos contaminados por ele. Jorge Henrique
Aplicação agrotóxica sem equipamentos
2. Não mexa o veneno com a mão. Use um pedaço de madeira. 3. Se cair veneno em qualquer parte do corpo lave bem com água e sabão.
Equipamentos para aplicação correta dos agrotóxicos
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Aplicação de agrotóxicos contra o vento
4. Não pulverize contra o vento, em dias de vento forte. 5. Faça as pulverizações nas horas mais frescas do dia. 6. Não use a boca para desentupir o bico do pulverizador. 7. Não se alimente durante a aplicação do veneno. 8. Procure trabalhar protegido, usando calça e camisa de mangas compridas, sapato ou bota, óculos e máscara. 9. Se você tiver alguma ferida ou corte, faça um curativo para se proteger. 10. Evite levar crianças quando estiver pulverizando. 11. Não faça pulverizações quando estiver doente. 12. Após as pulverizações tome banho com água e sabão e vista roupa limpa. 13. Não jogue as embalagens vazias dos venenos perto dos riachos, açudes, rios ou cacimbas. 14. Não use os vidros vazios para colocar água.
Rotação de culturas A rotação de culturas é uma prática agrícola que tem a finalidade de evitar a repetição continuada de uma cultura em um mesmo lugar. O plantio contínuo de uma mesma hortaliça, ou de outras da mesma família provoca o esgotamento do solo em relação a nutrientes específicos. Assim sendo, o solo ficará cada vez mais deficiente desses nutrientes e, conseqüentemente, o desenvolvimento das hortaliças estará comprometido. Com o passar do tempo ocorrerá uma diminuição da produção e maior incidência de certas pragas e doenças. O cultivo da hortaliça pode tornar-se inviável em um mesmo local. Pois, nenhum solo suporta muitos anos de monocultura, especialmente se ele for pobre em matéria orgânica. No caso da horta, já no segundo ano de cultura podem aparecer os efeitos desfavoráveis da monocultura. A cada ano ou a cada plantio, recomenda-se o rodízio das hortaliças de ‘‘folhas’’ – alface, coentro, couve, etc. – com as de ‘‘raízes’’ – batata-doce, beterraba, cenoura, etc. ou as de ‘‘frutos’’ – pimentão, quiabo, tomate, etc.
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Que cuidados devem ser tomados com relação ao rodízio no plantio de hortaliças?
A seqüência de culturas de famílias diferentes deve ser observada desde o plantio inicial da horta. Por exemplo, o canteiro de berinjela não deve ser vizinho ao do pimentão, que é da mesma família, mas sim ao da couve, que pertence a outra. Portanto, deve-se estabelecer um planejamento inicial para a instalação de cada cultura. Veja alguns exemplos das famílias existentes e de suas principais integrantes para planejar o rodízio de sua horta. As de mesma família não devem ser plantadas em canteiros vizinhos. 1. Solanáceas - Batata, berinjela, pimentão e tomate. 2. Cucurbitáceas - Abóbora, chuchu e maxixe. 3. Crucíferas - Couve e repolho. 4. Liliáceas - Alho, cebola e cebolinha. 5. Umbelíferas - Cenoura, coentro. É interessante incluir leguminosas (feijão-vagem, feijão comum) na rotação. São espécies que melhoram a estrutura da terra por meio da ação mecânica de suas raízes e incorporam ao solo o nitrogênio do ar, funcionando como adubos verdes.
Consorciação Consorciação é o processo que tem por finalidade a exploração do terreno com duas culturas diferentes, sendo uma geralmente de porte pequeno e ciclo curto, e outra, de maior porte e ciclo longo. Certos tipos de combinações são recomendadas para o bom funcionamento da horta. Essas combinações podem ser de vários tipos: 1. Plantas com raízes profundas tornam o solo mais penetrável para as que têm raízes curtas. Isto com a vantagem que elas não competem entre si pelos nutrientes do solo. Dessa maneira, num mesmo canteiro, é possível misturar hortaliças de folhas (alface, cebolinha) mais exigentes em nitrogênio e hortaliças de raízes (beterraba, cenoura) mais exigentes em potássio. 2. Plantas com ciclos diferentes também podem ajudar-se mutuamente, o que vai resultar no melhor aproveitamento do
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terreno e em uma cobertura mais eficiente. Exemplos são a alface e a cenoura. Semeados juntos, a alface, que exige maior espaço para a plena abertura de suas folhas, estará pronta para a colheita, antes da cenoura completar o seu ciclo. 3. As plantas consorciadas devem pertencer a famílias diferentes, para não criar ambiente propício à proliferação de pragas e doenças, que costumam atacar várias espécies da mesma família.
Quais os benefícios da plantação consorciada nas hortas?
Everton Lemos
Plantação consorciada é bom para o solo
4. Os insetos são extremamente sensíveis aos odores. Assim, pode-se usar ervas aromáticas repelentes, como a arruda, distribuídas pelos canteiros, ao lado de plantas que é preciso proteger. Ou então plantar aquelas que os insetos preferem, para que se concentrem ali, tornando mais fácil seu controle. Consorciação entre as culturas Alface...............................Cenoura, beterraba, alho Alho..................................Alface, beterraba, cenoura, tomate Batata...............................Repolho, feijão, couve, alho Berinjela...........................Feijão, vagem Beterraba..........................Alface, alho, cebola, couve Cebola..............................Beterraba, cenoura, tomate, couve, alface Cebolinha.........................Cenoura, tomate, repolho, couve-flor Cenoura............................Alface, feijão, tomate, cebola, cebolinha Couve...............................Feijão, cebola, batata, beterraba, cebolinha Feijão................................Berinjela, alface, cenoura, couve, repolho Repolho............................Batata, beterraba, alface, cebola, cebolinha Tomate..............................Cebola, cebolinha, cenoura. FONTE: Guia Rural, 1991
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Resumo da lição • Tratos culturais são os diversos cuidados para que a horta seja produtiva; • A capina deve ser realizada no início do desenvolvimento da cultura e em dias secos; • O desbaste deve ser realizado quando as plantas têm mais de 5cm de altura; • O estaqueamento é feito para hortaliças que precisam de apoio para crescer; • Nas hortas podemos usar adubação em cobertura, irrigação ou foliar; • As hortaliças necessitam de solo úmido que é mantido pelas irrigações constantes que podem ser feitas por aspersão ou sulcos; • Existem insetos, vermes, fungos, vírus e bactérias que podem causar danos às hortaliças; • As principais medidas preventivas contra as pragas e doenças são: escolha adequada do terreno, uso de sementes selecionadas, plantio na época correta, higiene com as mãos e não fumar no transplante das mudas, fazer capinas, rotação de culturas, observação diária das plantas para verificar a presença de pragas e doenças e uso de defensivos, de preferência os não convencionais; • A rotação de culturas e plantio consorciados previnem as doenças e pragas e evitam o esgotamento do solo em relação a nutrientes específicos.
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Lição
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Colheita
No momento da colheita, é preciso saber que cada hortaliça apresenta em certa fase do crescimento suas melhores características de sabor, aparência e qualidade. E é nessa ocasião que ela deve ser colhida. Vejamos agora algumas orientações importantes que devem ser observadas: ■ O reconhecimento do ponto de colheita é feito pela idade da planta, desenvolvimento das folhas, frutos, raízes ou outras partes que serão consumidas, ou pelo amarelecimento e secamento das folhas. Se a hortaliça for colhida antes do seu completo desenvolvimento pode apresentar-se tenra mas sem sabor. Por outro lado, se for colhida tardiamente estará fibrosa ou com sabor alterado. ■ Em geral, as hortaliças folhosas são colhidas quando estão tenras e, de preferência, nos horários mais frescos do dia. As hortaliças de flores são colhidas quando os botões estão fechados. As hortaliças de frutos podem ser colhidas quando as sementes não estão completamente formadas e a qualquer hora do dia. Por último, as hortaliças de raízes e brolhos quando estão completamente desenvolvidas devem ser colhidas no início da manhã.
Tenra: macia, fresca, viscosa, recentemente colhida.
João Guimarães
A colheita de hortaliças deve observar a idade da planta
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Como devemos armazenar as hortaliças que não foram consumidas após a colheita?
Se as hortaliças não forem consumidas logo após a colheita, é preciso armazená-las nas prateleiras mais baixas da geladeira. Se não houver geladeira, ponha-as em lugar fresco, bem arejado e protegidas do sol. O controle da temperatura é importante para impedir a deterioração do produto. Raízes e folhas de hortaliças precisam ser armazenadas a temperaturas próximas a zero grau centígrados. Produtos como tomate, pimentão, berinjela, quiabo, vagem, chuchu, devem ser armazenados a temperaturas entre 5 a 13 graus centígrados. Alguns produtos, como a batata-doce, a cebola e o alho precisam de um período de ‘‘cura’’ antes de serem comercializados. São colocados sobre o solo ou esteira até que sequem. Depois, devem ser guardados em locais secos. A cebola e o alho são os de maior durabilidade — o alho chega a quatro meses e a cebola até seis. Ao transportar verduras em dias de muito calor recomenda-se envolvê-las em toalhas ou papéis molhados.
Resumo da lição • As hortaliças devem ser colhidas no ponto adequado para o melhor aproveitamento do seu sabor, aparência e qualidade; • As hortaliças devem ser armazenadas nas prateleiras mais baixa da geladeira ou em locais frescos, bem arejadas e protegidas do sol, para impedir a deterioração.
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Lição
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Cultivo das principais hortaliças Hortaliça é a designação vulgar de plantas leguminosas ou de plantas herbáceas comestíveis sendo o seu cultivo de grande importância, pois elas são uma das principais fontes de vitaminas e sais minerais. Com os preços sempre crescente dos alimentos e os problemas econômicos decorrentes veio novamente à baila o cultivo de hortaliças que pode ser uma alternativa para aumento da renda familiar, uma interessante maneira de aproveitar a terra de que se dispõe. Mesmo num canteiro de 3 x 4m é possível produzir várias hortaliças frescas a cada semana. Um mínimo de tempo e dinheiro é necessário para se conseguir essa produção regular. A seguir são descritas as instruções para o cultivo das hortaliças mais consumidas.
Alface Com o nome derivado do árabe aalhaç, a tenra alface é velha conhecida do homem. Originária da Ásia, chegou ao Brasil no século 16, através dos portugueses. Existem quatro grupos principais de variedades de alface (Lactuca sativa) e todas necessitam de idênticas condições para cultivo, embora muitas variedades tenham estações específicas no que diz respeito à semeadura e colheita, que podem garantir boas safras. Características: presas a um pequeno caule, as folhas da alface podem ser lisas ou crespas e verdes, arroxeadas ou amarelas. Podem ou não formar ‘‘cabeça’’, dependendo das inúmeras variedades. Seu ciclo é anual. Na fase reprodutiva, emite uma haste com flores amarelas agrupadas em cacho, e produz em maior quantidade uma substância leitosa e amarga chamada lactário. Suas sementes podem ser aproveitadas para novos plantios.
Como identificar o que é um alface?
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Mauri Melo
A alface é muito utilizada nas saladas cruas
O ferro é um elemento químico importante para que o nosso organismo produza a hemoglobina, uma proteína que existe dentro dos glóbulos vermelhos responsável pelo transporte do oxigênio (O2) e gás carbônico (CO2)
Quais o clima, o solo e a época adequados para plantio do alface?
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Usos e propriedades: base das saladas de verdura do brasileiro, a alface não tem valor nutritivo proporcional à sua grande popularidade, embora contenha quantidades razoáveis de vitaminas A e C, de cálcio, fósforo e ferro. Contém ainda um princípio calmante muito eficaz, indicado para as pessoas que têm insônia ou são muito tensas e agitadas. É usada crua, em saladas e também em sucos. Para tirar o sabor levemente amargo do suco e torná-lo mais saboroso, misture-o ao suco de cenoura. Por causa de sua substância leitosa, é muito utilizada em cosméticos, os famosos cremes de alface para rejuvenescer a pele. Lembrete: quando mais escuras as folhas da alface, maior a riqueza nutritiva. Esse princípio, aliás, vale para todas as verduras de folhas. Clima, solo e época de plantio Prefere as temperaturas amenas, na faixa dos 12 aos 22ºC, quando produz folhas e ‘‘cabeças’’ de melhor qualidade. Resiste ao frio de 7ºC. Nas temperaturas acima de 25ºC, o florescimento ocorre com maior facilidade, o que prejudica as boas características para o consumo. Não há variedades próprias para o cultivo em áreas e períodos mais quentes.
Para corrigir essa desvantagem, o bom seria fazer a plantação em canteiros protegidos da luz solar intensa nos períodos mais quentes do dia, como por exemplo, fazendo um jirau coberto de folhas de coqueiro, bananeira, etc. O terreno mais indicado é o arenoso, limpo, fofo, destorroado, rico em matéria orgânica, bem drenado e com acidez fraca. Não gosta dos solos argilosos (barrentos) e não tolera os encharcados. Escolhendo a variedade adequada para as condições de clima da época, pode-se cultivá-la o ano todo. Normalmente, as melhores produções ocorrem nos meses de temperaturas amenas. Variedades: genericamente, existem quatro grupos principais de variedades, reunidos em função de sua aparência. O grupo crespa (vanessa, grand rapids e sald bowl) não forma ‘‘cabeça’’ e tem folhas grandes, de textura macia ou um pouco grossa, e bordas crespas ou onduladas. O grupo lisa (babá, regina, Brasil 202, áurea, karina e glória) é o mais comum nas feiras e mercados. Ele forma uma ‘‘cabeça’’ simples com folhas bem macias, bordas lisas, nervuras pouco proeminentes e aspecto oleoso, por isso conhecida como ‘‘manteiga’’. Leonardo Henriques
Como deve ser praticado o plantio do alface?
A alface-repolhuda é um tipo de alface com folhas crespas
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Um dos melhores estercos para cultura do alface é o de galinha, material rico em nitrogênio.
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O grupo repolhuda americana (mesa 659, great lakes, gren lake, salinas e inajá) forma ‘‘cabeça’’ simples, grande, bem fechada e com folhas crespas. O grupo romana (romana white paris e romana balão) possui uma ‘‘cabeça’’ simples de formato cônico e folhas alongadas. Das variedades indicadas, também podem ser semeadas no período quente do ano a regina, brasil 202, áurea, karina, glória e vanessa. Semeação: as sementes de alface são muito pequenas e têm que ser semeadas em sementeiras antes de ir para o canteiro definitivo. Faça na sementeira, pequenos sulcos distanciados dez centímetros entre si, com um centímetro de profundidade. Cuidado! Se os sulcos forem muito profundos, as sementes podem não germinar. A semeação também pode ser feita no canteiro definitivo, em covas, no espaçamento de 25 por 25cm ou 30 por 30cm. Neste caso, faça um ou dois desbastes para deixar uma plantinha por cova. Transplante: quando as mudinhas tiverem cerca de dez centímetros de altura e quatro a cinco folhas definitivas, leve-as para o canteiro no espaçamento de 25 por 25cm ou 30 por 30cm. Acomode-as à mesma profundidade que ocupavam na sementeira. Essa tarefa deve ser feita em dias nublados ou nas horas mais frescas do dia, de preferência à tardinha. Pare de regar um dia antes do transplante, mas molhe na hora para ajudar a planta a sair da terra e depois do transplante, regue novamente. Adubação: poucos dias antes do alface ser transplantado, espalhe 8L de esterco de gado bem curtido e fino em cada metro quadrado do canteiro deixando este bem aplainado. O nitrogênio e o fósforo são os nutrientes que mais influenciam a produtividade da alface. Por isso, além da adubação normal da sementeira e do canteiro, você pode aplicar esterco líquido em cobertura em dois momentos: 25 e 45 dias depois do transplante.
Cuidados: a alface é exigente quanto à água, principalmente no período de formação da ‘‘cabeça’’, mas sem encharcamento. Regue na sementeira duas vezes ao dia, evitando as horas quentes; depois do transplante, diariamente. Uma fina cobertura morta no canteiro ajuda a manter a umidade e a temperatura adequadas da terra. No Nordeste, recomenda-se também uma cobertura alta no canteiro durante uma semana após o transplante. Essa cobertura é paulatinamente retirada nas horas mais frescas do dia, até que a planta se acostume totalmente com o sol. Ao fazer capinas, cuidado para não ferir as raízes das plantas, pois elas são superficiais.
Canteiro com cobertura parcial
Insetos e doenças: pode ser atacada por tripes, lagartarosca, grilos, paquinha, lesmas e caracóis. As doenças mais freqüentes são a vira-cabeça (as folhas apodrecem e o pé cresce mal), podridão-basal (a planta murcha), mosaico-da-alface (as folhas ficam mal formadas e enrolam-se, seproriose (deixa as folhas com manchas escuras) e a queima-da-saia (as folhas mais próximas do solo apresentam lesões escuras). Colheita: comece a colher os pés mais crescidos, 60 a 80 dias depois da semeadura e antes de qualquer sinal de que estão para florescer. As plantas não ficam no ponto de
Quais os tipos de insetos que atacam o alface?
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colheita ao mesmo tempo. Não deixe passar muito do ponto de colheita, pois as folhas ficam duras e amargas e não são aceitas no mercado. Rotação e consorciação: a alface beneficia-se da companhia da beterraba e cenoura. Em rotação, experimente repolho, cenoura, couve-flor ou beterraba.
Berinjela
Berinjela
As proteínas têm funções de constituição e de defesa do organismo.
Além da proteína, que outra importância tem a berinjela na proteção de nossa saúde?
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A berinjela é uma hortaliça semi-perene que cresce até mais de um metro de altura na forma de um arbusto. Tem uma folhagem abundante e flores em tons lilás. Usos e propriedades: a berinjela é muito rica em proteínas e, por isso, frequentemente usada em substituição à carne, mas é pobre em vitaminas e minerais. É considerada capaz de diminuir o colesterol (gordura do sangue) e reduzir a ação das gorduras sobre o fígado. Clima, solo e época de plantio: os melhores climas são os quentes e temperados e ela não resiste a muito frio e geadas. Fica mais tolerante às temperaturas amenas na época de florir e frutificar. As temperaturas mais favoráveis vão dos 18 aos 25ºC. Prefere os solos areno-argilosos, férteis, profundos, com boa drenagem e acidez de média a fraca. Tem sido cultivada em diversos tipos de solo. Em climas quentes pode ser semeada o ano inteiro, mas muita chuva na época da floração prejudica a produtividade. Variedades: as berinjelas podem ser compridas (mais aceitas no mercado), meio compridas e redondas. As mais cultivadas são: híbrido F-100, embu, super F-100 e flórida, entre outras. Semeação: a berinjela pega mais fácil e produz antes se for semeada em copinhos de jornal ou sacos plásticos. São três sementes por recipiente para depois do desbaste ficar uma só planta. Adubação: no local onde a berinjela será transplantada, abre-se covas no espaçamento de um metro por oitenta cen-
tímetros. Na terra de cada cova mistura-se um quilo de esterco curtido e 50g de fosfato de Araxá (ou farinha de ossos). Transplante: depois de uma semana do preparo do local definitivo, as mudas já podem ser transplantadas. A berinjela é transplantada com todo o torrão de terra ao atingir 15 centímetros de altura, com cinco ou seis folhas. Não esqueça: sempre que for possível, o torrão de terra deve ser mantido em volta da raiz. Não se deve enterrar muito a muda, e sim, fazer com que ela fique como se encontrava na sementeira, enterrada somente até o ponto onde nascem as raízes. Enterrando-as demais, elas costumam morrer ou formar uma planta fraca. Regas: na sementeira, as regas devem ser diárias. Rega-se logo após o plantio, e depois apenas para deixar o solo úmido na falta de chuvas, mas sem encharcar. A berinjela não exige umidade. Na época da floração, as regas são feitas na base da planta. Desbrota: sem ferir a planta, corte os brotos que crescem na base da haste principal, logo abaixo dos primeiros ramos. Elimine a brotação lateral até o nível da primeira floração. Tutoramento: se o arbusto ficar sem firmeza, providencie uma estaca ao lado da planta e faça uma amarração, sem apertar muito. Insetos e doenças: os insetos que mais visitam a berinjela são os pulgões, tripes, vaquinhas e ácaros. Uma das doenças mais importantes é a podridão-dos-frutos, cujos sintomas são manchas ovaladas, castanhas e pardas, nas folhas e frutos. Uma outra doença de importância, a murcha-de-verticillium, causa amarelecimento e murcha das folhas. As duas são provocadas por fungos e podem ser fatais para a planta. Rotação de cultura e calagem do solo ajudam a controlar os fungos causadores das doenças. Colheita: a colheita começa 90 a 110 dias depois da semeação, prolongando-se por três meses ou mais, dependendo da adubação complementar. Os frutos não devem
Tutoramento: proteção, amparo feito com estaca de madeira onde amarrase o arbusto para evitar a ação do vento.
Tutoramento
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Quais são as doenças que atacam a beringela?
amadurecer no pé para não ficarem amargos. Quando os frutos tiverem de 16 a 20cm de comprimento, bem coloridos e brilhantes, sementes tenras e polpa macia, é a hora da colheita. Retire a baga mantendo um pedaço (3-4cm) do cabinho. Rotação e consorciação: depois da colheita, nunca plante no mesmo canteiro hortaliças da mesma família. Nem em consorciação. A berinjela gosta da companhia da vagem e do feijão e pode entrar em rotação com cenoura, abóbora ou maxixe.
Beterraba
O flúor é um elemento químico que usado de forma adequada protege o esmalte dos dentes.
Anemia: é a diminuição do número de glóbulos vermelhos no sangue.
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Algumas beterrabas são cultivadas para alimentação animal, outras para a extração industrial do açúcar, outras para consumo como hortaliças. Usos e propriedades: a beterraba é uma hortaliça de alto valor nutritivo, principalmente quando é comida crua e com raiz, talos e folhas. É rica em vitaminas A, B1, B2 e C. Quando é cozida, perde a vitamina C. É ainda uma fonte de flúor, manganês, cálcio, fósforo, ferro, sódio e potássio (responsável pelo equilíbrio da água no organismo), cloro, silício, zinco (elemento necessário aos tecidos cerebrais) e magnésio (necessário para a absorção de fósforo, sódio e potássio e indispensável para o funcionamento eficaz dos nervos e dos músculos). Os talos e as folhas, desprezados pela maioria das pessoas, concentram as vitaminas e sais minerais da beterraba. Depois de lavados cuidadosamente, eles podem ser usados em saladas, refogados, sopas, farofas ou, de preferência, cozida. A raiz (parte avermelhada) é utilizada em saladas cruas e sucos ou, ainda, cozida. A beterraba tem um enorme potencial curativo e de proteção da saúde. Previne a anemia e deixa os dentes e gengivas fortes. Regulariza o funcionamento do estômago, vesícula, fígado e rins e também o excesso de ácidos no organismo, muito comum em quem consome muito açúcar, carnes e gorduras.
Crua, é um ótimo corretivo para a prisão de ventre, combate a fraqueza orgânica, reumatismo e artrite e tem ação preventiva nos problemas de próstata. Alguns nutricionistas afirmam que, usada em forma de suco, a beterraba tem uma ação curativa mais rápida e eficaz. Dessa forma, ela constrói intensamente as plaquetas do sangue e combate rapidamente o artritismo, reumatismo e pedras nos rins. Fortalece os tendões e descongestiona as vias urinárias. Misturada com mel, é um excelente xarope para as crianças. Para torná-lo mais ‘‘apetitoso’’, pode ser misturado a maçã ou laranja. Leonardo Henriques
Descreva a importância da beterraba para o nosso organismo.
A beterraba é uma rica fonte de vitaminas
Clima e solo: é uma planta de clima temperado e frio; produz melhor entre 7 e 22ºC. Prefere os terrenos em que a areia e a argila entram em quantidades equilibradas. Devem ser profundos, ricos em matéria orgânica, bem preparados, drenados e com acidez fraca. Adubação: a correção da acidez e a adubação devem ser feitas de acordo com a análise do solo. A aplicação de esterco líquido em cobertura é recomendada após a raleação. Sementes e canteiros: antes de realizar a semeação, deixe as sementes mergulhadas na água por doze horas antes do plantio, completando-se com uma lavagem em água corrente para melhorar a germinação, pois o que se usa como semente é, na verdade, um pequeno fruto com quatro ou cinco sementes. Para um bom desenvolvimento da planta, o solo deve ser bem destorroado, sem pedras e pedaços de galhos.
Destorroado: sem torrões.
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Quando deve ser colhida a beterraba?
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Semeação: se quiser um rendimento maior e melhor, semeie na sementeira, a 1cm de profundidade, em sulcos distantes 15cm entre si. Com resultados piores, também pode ser semeada diretamente no canteiro definitivo, em pequenas covas distantes 20 e 25cm uma das outras. Acomode duas a três sementes em cada uma, à profundidade de um centímetro. Quando as mudas tiverem 5 a 10cm de altura, elimine as mais fracas. Caso deseje, poderão ser replantadas. Nesta prática a colheita é antecipada, ficando, portanto, mais precoce que o método por mudas. Transplante: transplante as mudas mais vigorosas quando tiverem 15cm de altura. Com muito cuidado para não ferir as raízes, coloque as mudas no canteiro definitivo na mesma profundidade que ocupavam na sementeira, no espaçamento de 30 por 15cm. Cuidados: no período seco do ano, as regas devem ser diárias e leves, até a hora da colheita. Retire as ervas indesejáveis do canteiro e evite machucar a planta e a raiz. A beterraba desenvolve-se na superfície do solo. Por isso, leve terra para perto da base da planta, cobrindo-a para evitar que tome sol e fique com a parte de cima dura. Insetos e doenças: os insetos que mais gostam de atacar a beterraba são a lagarta-rosca, vaquinha e a larva-minadora das folhas. As doenças mais freqüentes são a mancha-dasfolhas e o tombamento, as duas provocadas por fungos. Colheita: as beterrabas são colhidas com cinco a dez centímetros de diâmetro, antes que atinjam seu crescimento total. Isso acontece cerca de três meses depois da semeação, no caso daquela que foi transplantada; ou de dois meses depois da semeação direta. Evite qualquer dano à raiz na hora de retirá-la do solo e traga junto as folhas, que também devem ser consumidas. Rotação e consorciação: a beterraba pode ser consorciada a alface. Há algumas indicações, ainda não comprovadas, de que não gosta da vizinhança de vagem e de outros feijões arbustivos. Em rotação, experimente cenoura, berinjela repolho e alface.
Cebolinha A cebolinha é uma planta condimentar muito semelhante à cebola, mas que não desenvolve bulbos. Dário Gabriel
A cebolinha é muito utilizada como tempero
Propriedades: a cebolinha é rica em componentes nutritivos, possui doses de vitamina A e de cálcio. Clima, solo e variedades: prefere temperaturas amenas, entre os 8 e 22ºC, resistindo ao frio. A variedade ‘‘todo ano’’, porém, tolera temperaturas altas. Prefere os solos de baixa acidez, ricos em matéria orgânica e de constituição argilo-arenosa. As variedades mais recomendadas são a Hanegui, a Futonegui e aquelas chamadas de ‘‘todo ano’’. Semeação: prepare a sementeira com sulcos distanciados de 10 centímetros, distribuindo as sementes a um centímetro de profundidade. Transplante: leve as mudinhas para o canteiro definitivo 30 ou 40 dias após a semeação. O espaçamento varia de 20 a 25cm entre linhas e plantas. O método mais rápido e prático pelo qual se pode começar um canteiro de cebolinha é plantando alguns pés de uma touceira antiga. É preciso afofar a terra para retirar as hastes com raiz e tudo. Corta-se parte das folhas, que já servirão de tempero, e a ponta da raiz. Essas hastes com raiz são acomodadas no canteiro definitivo à mesma profundidade em que estavam. Os espaçamentos são os indicados. Adubação: após cada corte, pode-se aplicar esterco líquido em cobertura.
O cálcio é importante na dureza dos ossos do nosso organismo.
As cebolinhas devem ser semeadas em sucos bem rasos e cobertos com uma camada fina de terra.
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Quando deve ser realizada a colheita da cebolinha?
Cuidados: faça regas periódicas; retire plantas indesejáveis quando necessário e vá podando as folhas que secarem. Insetos e doenças: uma doença comum nessa planta é a queima: as folhas ficam queimadas nas pontas. Podem aparecer pequenos ácaros, tripes e pulgões. Outro cuidado que se deve ter é com a mosca minadora que faz ‘‘caminhos’’ nas folhas depreciando o produto. Colheita: se você plantou um pedaço de uma touceira, ela começará a ser colhida depois de 45 ou 55 dias. No caso da semeação, após 80 ou 100 dias. Espere que as folhas cresçam até 30cm, cortando pedaços de aproximadamente 10 ou 15cm, o que permitirá rebrotes. Dessa forma, a touceira produzirá por um bom tempo. Quando perceber que ela está fraquejando, realize o replantio das hastes. Rotação e consorciação: a cenoura e o tomate são beneficiados pela presença da cebolinha. Outra consorciação interessante é com o coentro, bastante utilizado e que fornece bons resultados. Em rotação, use plantas de outras famílias.
Cenoura
A vitamina A é importante para a visão e a pele.
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As cenouras de coloração alaranjadas são as mais usadas na alimentação humana. As amarelas e as brancas são empregadas na ração dos porcos, aves e cavalos. Uso e propriedades: é um alimento ‘‘de primeira’’, da infância até a velhice. É importante na alimentação da mulher grávida, do bebê e da criança, pois ajuda a formação do sistema nervoso (que se completa por volta dos 3 anos de idade), atua na boa formação dos ossos e dos dentes e torna o organismo mais resistente às infecções. Esse bom desempenho deve-se ao fato da cenoura ser rica em caroteno (ou pró-vitamina A, substância que no organismo transforma-se em vitamina A). Contém ainda vitaminas B, C, D e K, cloro, flúor, magnésio, ferro, cálcio, fósforo, potássio, arsênico, cobalto, iodo (principalmente as que são cultivadas próximas ao mar),
manganês e silício. Tem também uma boa dose de açúcar. A cenoura é altamente estimulante do sistema nervoso e dos sentidos, especialmente da visão. Por estimular o apetite e aumentar o número de glóbulos vermelhos do sangue, é indicada nos casos de anemia. Também facilita o trabalho dos intestinos, pois estimula a vesícula, combatendo a prisão de ventre. Fortifica e revigora as células do cérebro, combate o cansaço mental e restaura o sistema nervoso. Clima, solo, época de plantio e variedades: produz melhor em temperaturas que vão dos 8 aos 22ºC. É considerada uma cultura de inverno, mas pesquisadores desenvolveram variedades que resistem até aos 25ºC. Gosta dos terrenos areno-argilosos, arenosos, leves, drenados e com acidez de fraca a média sendo cultivada durante todo o ano. Nas regiões quentes e para o plantio de verão, as variedades mais indicadas são a Brasília, Kuronan, Shin Kuroda e Nova Juroda.
Leonardo Henriques
Quais o clima e o solo para plantio da cenoura? A cenoura é uma rica fonte de caroteno
Adubação: o fósforo e o potássio são os principais nutrientes da cenoura. O boro também é importante, pois na sua ausência as cenouras racham. Após o desbaste, recomenda-se aplicações de esterco líquido em cobertura. Semeação: prepare bem o canteiro, destorroe o solo e deixe-o bem plano. As sementes da cenoura são bem pequenas e sensíveis, e a semeação é realizada em local definitivo.
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Desbaste: operação agrícola que consiste em arrancar, após semeadura, as plantas em excesso com a finalidade de regular a distância conveniente.
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Faça a semeação em sulcos no sentido da largura do canteiro. Deixe um espaço de 20 a 30cm entre eles, dependendo do porte da variedade plantada. As sementes são acomodadas de maneira a formar um filete contínuo a um centímetro de profundidade, cobertas por uma camada leve de terra. A germinação pode demorar de uma a duas semanas. Durante esse período, o canteiro deve ser protegido do sol e da chuva por uma pequena camada de palha de arroz, capim seco sem sementes, pó de serra ou um saco de estopa. Logo que começar a germinação, a cobertura deve ser retirada para não abafar a planta. Desbaste: faça o desbaste quando as plantinhas tiverem 5cm de altura, retirando as mais fracas. Procure manter um espaçamento de cinco ou seis centímetros entre elas. Regas e capinas: no primeiro mês após a semeação, as regas podem ser diárias. A partir daí, devem ser feitas a cada três dias. A cenoura gosta de água, mas sem encharcamento. Suspenda a irrigação dias antes da colheita. Não deixe que plantas indesejáveis roubem o espaço, iluminação ou nutrientes do canteiro. Aproveite o momento das capinas para trazer terra à base da planta, evitando que a raiz pegue sol. Insetos e doenças: o pulgão é um inseto que costuma aparecer no canteiro da cenoura, ficando na base da planta ou se escondendo em montinhos de terra trazidos pelas formigas. Minúsculos vermes chamados nematóides podem causar deformações na cenoura, como verrugas ou bifurcações. A mancha negra ou a queima das folhas é provocada por fungos. Colheita: dependendo da variedade, a colheita das raízes ocorre três ou quatro meses após a semeação. Para o consumo doméstico, pode-se retirar as mais desenvolvidas a partir do segundo mês do plantio. O tombamento lateral das folhas maiores e o amarelecimento das mais baixas são sinais de que a hora da colheita chegou. Cuidado: esses sintomas também podem ser pro-
vocados por algumas doenças. Antes de colher, afofe a terra para facilitar a retirada, sem machucar as raízes. Consorciação e rotação: a cenoura se beneficia da presença do feijão, tomate e alface. Para repelir pragas, pode ser associada à cebola e cebolinha. A rotação deve ser feita com hortaliças de outras famílias e plantas que devolvam nutrientes à terra, como os adubos verdes, principalmente as leguminosas.
Quando deve ser realizada a colheita da cenoura?
Couve A couve-manteiga ou simplesmente couve é uma das hortaliças de folha mais populares do Brasil, sendo cultivada desde o início do período colonial. Leonardo Henriques
A vitamina C é importante na prevenção das viroses principalmente a gripe.
A couve-flor contém vitamina A, B e C
Propriedades: a couve é bem mais rica em vitamina A que a maioria das outras hortaliças. Contém ainda vitamina B e mais vitamina C que a maioria das frutas cítricas. É muito rica em minerais, principalmente enxofre, potássio, iodo, cobre, flúor, cálcio, fósforo e ferro. Por isso, é considerada um alimento que atende à necessidade de minerais do nosso organismo. Clima e solo: adapta-se a diferentes condições de
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clima. Prefere as temperaturas frias e amenas (de 7 a 22ºC), sendo considerada uma hortaliça de outono-inverno. Cresce melhor nos terrenos argilo-arenosos, ricos em matéria orgânica, úmidos, mas bem drenados, e de acidez de média a fraca. Variedades: as variedades são a Manteiga Georgia, Tronchuda e Tronchuda Portuguesa. Leonardo Henriques
Couve-flor de amadurecimento primaveril
Microelementos: são elementos que têm participação mínima na constituição dos vegetais.
No transplante para os canteiros, as mudas devem ser plantadas com um espaçamento de 45cm.
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Adubação: aplicações mensais de esterco líquido em cobertura melhoram a produção de folhas. O boro é um micronutriente importante para as hortaliças dessa família. Sua ausência provoca a perda de brotação, pouca produção e a morte da planta. Mudas: se você conhecer alguém que já tenha em casa um pé de couve bonito e sadio, pode retirar algumas mudas; é o método mais prático, embora arriscado, no caso dos híbridos ou das plantas com doenças, devido à possibilidade de proliferação do vírus mosaico na couve. Os brotos crescem do caule, devendo-se podar, deixando apenas dois ou três, que ficarão até atingirem de 15 a 20cm. Os melhores são os que surgem na base da planta. Retire-os com a mão e procure trazer uma pequena lasca da planta-mãe. Plantio: em hortas comerciais, costuma-se colocar os brotos para enraizamento num viveiro.
Nas hortas domésticas, o plantio é feito no canteiro definitivo, em covas no espaçamento de 80cm a 1m por 50cm entre as plantas. Semeação: para quem não tem um pé de couve à disposição, é realizada na sementeira. A distância dos sulcos é de 10cm, acomodando-se as sementes a um centímetro de profundidade. Transplante: quando as mudinhas atingem de 10 a 15cm de altura, com quatro ou cinco folhas, devem ser levadas para o canteiro definitivo. O espaçamento é o mesmo indicado para o plantio dos brotos. Proteção de mudas: nos locais e épocas mais quentes, convém proteger as mudas por 10 ou 15 dias depois do plantio, com uma cobertura colocada a 80cm do solo. Ela pode ser feita com ripas de bambu a cada dois ou três centímetros, palha de palmeira ou material similar. O sombreamento do local é parcial, até que elas se adaptem e demonstrem sinais de que estão bem. Cuidados: a couve gosta de água, assim as regas devem ser freqüentes. Faça capinas sempre que necessário e aproveite para trazer terra até a base da planta. Retire as brotações laterais do caule. Ele pode se manter em pé com uma ou duas hastes. Quando a couve estiver bem crescida, você pode colocar um pedaço de bambu ao seu lado, para servir de apoio e impedir que o caule se quebre. Quando o pé estiver alto demais, é bom cortar o caule central, estimulando a formação de brotos para um novo plantio. Insetos e doenças: a couve-manteiga, como suas parentes, pode ser danificada pelos seguintes insetos: curuquerê ou lagarta-couve (o adulto é uma mariposa branca com as pontas das asas pretas); lagarta-rosca (ataca as mudas somente à noite); lagarta-mede-palmo (de coloração verdeclara, faz buracos e casulos nas folhas); traça-das-couves (pequenas lagartas que furam toda a folha deixando-a rendada); brasileirinhos (pequenos besouros verdes que preferem as plantas novas); e os pulgões (de coloração branca, sugam
Como é feito a semeação e transplante do couve?
Quando as primeiras inflorescências começam a surgir entre as folhas centrais do couve, há necessidade de protegêlas contra a ação direta dos raios solares, para mantê-las bem brancas.
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as plantas e transmitem doenças, sendo uma delas o mosaico, que deixa as folhas encrespadas). Outras doenças que podem surgir são: a podridão-mole (mais freqüente na estação quente e chuvosa, provoca lesões úmidas); a podridão-negra (ataca as folhas, formando uma mancha na forma de um ‘‘V’’); e, fusariose (cujo sintoma é o amarelamento de uma parte da folha ou do pé); e, finalmente, o míldio (identificado por filamentos brancos localizados na parte inferior das folhas). Colheita: as folhas mais desenvolvidas do pé devem ser retiradas à medida que vão sendo consumidas. O início da colheita pode variar de 60 a 70 dias depois do plantio e 90 dias depois da semeação. Deixe sempre um mínimo de quatro ou cinco folhas no pé para que ele continue crescendo. Bem cuidada, a couve pode produzir por alguns anos. Rotação e consorciação: a couve se beneficia com a presença da batata e cebola. Em rotação, não plante antes ou depois de hortaliças da mesma família.
Coentro O coentro é uma erva aromática anual, conhecida em algumas regiões como cheiro-verde.
Canteiros de coentro
Propriedades: o coentro é uma boa fonte de cálcio, ferro, vitamina C e pró-vitamina A. É um ótimo estimulante, particular-
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mente do aparelho digestivo, combate diarréias e inflamações intestinais e exerce uma ação desinfectante sobre os intestinos. Clima, solo e época de plantio: gosta dos climas amenos e quentes, com temperaturas entre 18 e 25ºC. O frio prejudica e retarda o seu crescimento. Não é exigente, mas cresce melhor nos terrenos areno-argilosos, soltos, ricos em matéria orgânica, com acidez fraca. Variedades: Comum, Português e Nordestino. Adubação e semeação: para aumentar o vigor das folhas, pode-se colocar esterco líquido em cobertura 20 dias após a semeação ou depois de alguns cortes. No canteiro definitivo, acomode as sementes formando um filete contínuo em sulcos distantes 20 ou 30cm. Quando as mudinhas estiverem com cinco centímetros de altura, faça o desbaste para deixar um espaço de seis a dez centímetros entre elas. Insetos e doenças: pode ser atacada por pulgões, vaquinhas, cochonilhas e lagartas. Podem ocorrer doenças como mela ou tombamento, causadas por fungos. Colheita: cinqüenta dias depois da semeação, você já pode retirar as folhas mais crescidas, à medida do consumo. Para fins aromáticos, são utilizadas também as sementes. Nesse caso, os ramos são cortados depois que 50 a 60% das sementes perderam a cor verde, mas antes de estarem maduras e secas.
Como se faz a adubação e semeação do coentro?
Pimentão O pimentão é uma planta originária da América Latina, os índios chamam este grupo de plantas de quiyáaçu, que significa pimenta grande.
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O pimentão é uma fonte de vitaminas
Arteriosclerose: endurecimento das artérias pelo depósito de gorduras.
Por que o pimentão é importante para a nossa saúde?
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Propriedades: de qualquer cor, o pimentão é uma extraordinária fonte de vitamina A e principalmente C (que ocorre sobretudo na variedade amarela). Além disso, os três tipos são ótimas fontes de cálcio, fósforo, ferro e sódio. No corpo humano ajuda e acelera a cicatrização de feridas, previne a arteriosclerose, controla o colesterol (gordura do sangue), evita hemorragias, aumenta a resistência física, combate alergias e previne a formação de hemorróidas. Clima, solo e época de plantio: é uma hortaliça de clima tropical que não resiste a geadas. Depois da fase de germinação e crescimento da muda, gosta de temperaturas amenas. As temperaturas mais adequadas estão entre 18 e 25ºC. Os solos indicados são aqueles em que a areia e a argila entram em quantidades equilibradas, férteis, profundos, com acidez de média a fraca e bem drenados. Pode ser cultivado durante todo o ano. Variedades: Windor A. Worls, Ruby King, Beater, Chinese Grant, Royal King, Cascadura Avelar, Ikeda. Adubação: depois do plantio, a cada 20 ou 25 dias realize adubações em cobertura com esterco líquido nas mudas. O pimentão sente a falta de magnésio e demonstra isso quando as folhas mais baixas ficam amarelas e enroladas,
podendo até cair. Quando as folhas novas não crescem e ficam verde-claras e as mais velhas começam a cair, é sinal de falta de cálcio. Muito cuidado, porque sinais de carência nutricional são muito parecidos com os sintomas de certas doenças. Semeação: a semeação pode ser feita em sementeiras, em sulcos distantes 10cm entre si, distribuindo bem as sementes. O pimentão pode ainda ser semeado em copinhos de plástico, com as seguintes vantagens: economiza sementes, melhora o pegamento das mudas, há menor dano para as raízes, a produção é mais rápida e diminuem as doenças, porém, pode aumentar os custos. Como outras opções pode ser utilizado também copinhos de papel, saquinhos de plásticos e caixa de isopor, a escolha vai depender das condições do horticultor. Coloque de duas a três sementes em cada recipiente, a um centímetro de profundidade. Corte as mudas mais fracas quando elas estiverem com uma ou duas folhas definitivas. Transplante: leve as mudas para o canteiro definitivo quando estiverem com 10 a 15cm de altura e de seis a oito folhas. Se você usou saquinho plástico, não se esqueça de tirálo. O copinho de jornal pode ficar, pois se desfaz no solo. No caso de sementeira em canteiro, a muda virá sem nada mesmo, ou seja, com as raízes nuas. Regue o canteiro definitivo antes da operação. A profundidade das mudas é a mesma em que estava: o espaçamento é de um metro por 40cm. Cuidados: as regas na sementeira são diárias. Após o transplante, regue a cada três dias, mas sem encharcar. Coloque um pedaço de bambu ou uma vara de um metro de altura ao lado de cada planta e vá amarrando de acordo com seu crescimento. Use cordões finos sem apertar demais. Retire os brotos que forem crescendo abaixo da primeira bifurcação da haste principal. As capinas são feitas com cuidado para não ferir a planta e as suas raízes. Insetos e doenças: os insetos que podem causar danos ao pimentão são ácaros, pulgões, lagarta-rosca, vaquinha e
Os solos adubados com bastante matéria orgânica produzirão as melhores colheitas pois estimulam o desenvolvimento das raízes.
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larva-minadora. As doenças que costumam surgir são a antracnose, requeima, podridão-mole e a mancha-bacteriana, além de viroses. Colheita: são colhidos ainda verdes ou maduros, dependendo do seu gosto. A colheita geralmente começa 100 a 150 dias depois da semeação e pode se prolongar por mais de três meses, se a planta estiver bem cuidada e sem doenças. Rotação e consorciação: não plante perto nem em rotação hortaliças das famílias das Solanáceas (tomate, berinjela, etc.) e Cucurbitáceas (melão, jerimum, etc.) Como se faz a colheita do pimentão?
Tuberculose: doença causada por uma bactéria que ataca principalmente os pulmões, embora possa também causar danos em outros locais do nosso organismo.
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Repolho O repolho é uma hortaliça de fácil cultivo. Ele é importante alimento de proteção, sendo mais rico em VItamina C do que o tomate e a laranja quando servido cru ou como salada. Propriedades: rico em vitaminas C e B6 (importante para a assimilação das proteínas e gorduras, também ajuda a evitar problemas dos nervos e da pele) contém os minerais potássio, enxofre, cálcio, fósforo e ferro. É um alimento depurativo do sangue e, por isso, indicado para os anêmicos, desnutridos e debilitados. Estimula a digestão e o bom funcionamento de todos os órgãos do aparelho digestivo, e auxilia no combate à tuberculose. Clima e solo: as melhores produções são obtidas em climas frescos, na faixa dos 7 aos 22ºC. Para o cultivo em regiões mais quentes já existem algumas variedades que resistem bem ao calor, como por exemplo a variedade ‘‘Louco’’. Prefere os solos argilo-arenosos, com acidez de média a fraca e férteis. Evite terrenos muito arenosos. Variedades: União e Louco são algumas variedades indicadas para o cultivo em verão. Além disso, os híbridos ESALQ e o Kenzan são também recomendados para o clima mais quente. Semeação: é feita na sementeira, em sulcos distantes 10 centímetros entre si e a meio centímetro de profundidade. A cobertura morta da sementeira até o início da germinação ajuda bastante.
Se quiser mudas mais selecionadas, leve-as para um viveiro quando estiverem com uma folha definitiva, além das duas que aparecem na germinação. Elas ficam no viveiro no espaçamento de dez por cinco centímetros, até a época do transplante. Nos plantios posteriores, pode-se usar mudas que surgem do pé de repolho após a colheita das cabeças. Transplante: quando tiverem de 10 a 15cm de altura e de quatro a seis folhas definitivas, leve as plantas para o canteiro definitivo. No verão, as pequenas covas ficam no espaçamento de 60 por 40cm; no inverno, de 60 por 50cm. As distâncias entre covas podem ser alteradas, dependendo da variedade cultivada e do tamanho desejado para as cabeças. Espaçamentos menores produzirão cabeças também menores, mas em maior número. Cuidados: o repolho gosta de umidade e não suporta períodos secos. Do dia do transplante até o momento em que a plantinha se mostrar acostumada a seu novo lugar, as regas são feitas diariamente. Depois dessa fase, molhar a cada três dias pode ser o suficiente. Adubação: cerca de um mês após o transplante, recomenda-se a aplicação de esterco líquido ao redor da planta, em cobertura, um pouco afastado das últimas folhas do pé. O esterco líquido fornece nitrogênio ao solo e deixa as plantas mais verdes. Deficiências de boro, molibdênio e enxofre no solo podem prejudicar a produção. Insetos e doenças: como seus parentes, o repolho costuma ser visitado pela lagarta-da-couve ou curuquerê, lagarta-rosca, minador-das-folhas, pulgões, lagartas, traças e nematóides. As doenças mais comuns são podridão-negra, podridãoparda (causada pela falta de boro), podridão-mole, murcha de fusarium, oídio e míldio. Colheita: as cabeças são cortadas quando estão compactas, com as folhas internas bem juntinhas umas às outras. O ponto de colheita começa 80 a 100 dias após a semeação. Mantenha algumas folhas externas para a proteção da cabeça.
Viveiro: canteiro para semear vegetais ou cereais que depois serão transplantados.
Como é realizado o transplante do repolho?
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Leonardo Rodrigues
Quais as doenças que podem causar danos ao repolho?
Para um crescimento mais rápido do repolho pulverize com fertilizante foliar (fertilizantes que são absorvidos pelas folhas).
Repolho uma fonte de vitamina C
Rotação e consorciação: não cultive o repolho perto de plantas da mesma família ou em seguida a essas. Ele gosta da companhia de ervas aromáticas, beterraba, alface e batata. Dependendo da época, semeie na rotação berinjela, quiabo, cenoura ou maxixe.
Tomate O tomate é usado na prevenção de doenças da próstata.
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Hortaliça de maior expressão econômica e de uso mais difundido em todo o mundo. Propriedades: o tomate é fundamentalmente rico em vitamina C e em potássio. Contém ainda vitaminas A, B e K, cálcio, fósforo, ferro, sódio e cloro. Clima e solo: prefere os climas frescos e secos e não resiste às geadas. Aceita variações de temperatura na faixa dos 15 aos 29ºC. Nas altas temperaturas, a frutificação é prejudicada; no clima tropical úmido, seu cultivo é dificultado pela incidência de doenças favorecidas pela excessiva umidade do ar e pelo calor. O terreno deve ser arejado, profundo, bem drenado, de acidez fraca (pH de 6,5 a 7,0) e com uma constituição arenoargilosa ou argilo-arenosa. Variedades: entre as variedades comerciais existentes no mercado, podemos citar as do grupo Santa Cruz, de crescimento indeterminado e dependentes de tutoramento: Santa Clara, ângela hiper, imperador, Kada entre outras.
Outro tipo de tomate, de tamanho bem maior, não muito popular e que também precisa de tutoramento – forma o grupo conhecido por Salada ou Caqui: duke, Florandel, etc. Entre as variedades do tomate rasteiro, de crescimento determinado, não precisa de tutoramento e é muito mais fácil de cuidar, servindo para uso industrial ou para consumo doméstico. Plantam-se no Rio Grande do Sul, híbrido nema 1400, zenith, petomech entre outras. Existem dois cultivares de tomate em miniatura que não precisam de tutoramento: o tomate-pera (cultivares yellow pear e red pear) e o tomate-cereja (cultivares pico). Adubação: como as sementes encontradas no comércio não são adaptadas ao Brasil, o tomate exige uma adubação orgânica reforçada. Experimente incorporar de três a cinco litros de esterco de curral ou composto orgânico em cada cova, além de fosfato de rocha e cinzas. Depois do transplante, quando as plantas já estiverem bem adaptadas ao seu novo local, pode-se fazer quatro aplicações de esterco em cobertura, espaçadas 20 dias uma da outra. Produção de mudas: distribua as sementes em sulcos distantes 10cm entre si, a um centímetro de profundidade. A semeação também pode ser feita em copinhos de papel ou em bandejas de poliestireno, o que evita posteriores danos às mudas nas ocasiões do transplante (nesse caso, cada recipiente recebe de três a quatro sementes). Uma semana após a germinação, faz-se o desbaste, deixando somente as duas plantas mais vigorosas. Não arranque as mudas; de preferência, corte-as com um canivete ou tesoura desinfetada. Cerca de 25 a 30 dias depois da semeação, quando as plantas estiverem com seis a sete folhas, leve-as para o local definitivo, nos seguintes espaçamentos: grupo Santa Cruz, 60 por 80cm; grupo Caqui, um metro por cinquenta centímetros; e o grupo industrial, um metro e vinte por quarenta centímetros. Pode-se acomodar duas plantas por cova.
As manchas verdes nos dedos provocadas pela manipulação de tomates podem ser removidas com um suco de tomate verde ou vinagre.
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Como se faz as regas e o tutoramento do tomate?
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Semeação direta: as variedades do grupo industrial são plantadas no local definitivo, no mesmo espaçamento entre os sulcos, com quatro a seis sementes a cada 30cm. Após o desbaste, deixam-se duas a três plantas na distância indicada. Regas e tutoramento: na sementeira, faça regas diariamente. Se você semeou em copinhos de jornal, observe se a terra não fica ressecada, pois o papel favorece a drenagem da água. No local definitivo, regue a cada três ou quatro dias. As variedades de crescimento indeterminado precisam de um suporte no canteiro definitivo, feito com estacas de um material resistente e disponível em sua região — por exemplo, bambu — com mais ou menos 2,5m de comprimento. O método de tutoramento do tomate pode ser o seguinte: estique um fio de arame entre dois mourões, a uma altura aproximada de 1,80m. Sobre o fio, cruze e amarre as estacas. Conforme a planta for se desenvolvendo, vá amarrandoa ao suporte, sem apertar demais as hastes. Cuidados: ao cuidar do tomateiro lave bem as mãos, para evitar a proliferação de doenças. A planta desenvolve-se melhor quando são cortados os brotos que surgem nas axilas das folhas, deixando cada pé com apenas duas hastes. Para estimular a formação de raízes, traga terra para a base da planta depois que as mudas tiverem ‘‘pegado’’ ou depois da primeira adubação em cobertura. Corte a pontinha final da haste quando ela atingir o alto das estacas, para interromper seu crescimento vertical. As variedades do grupo Salada ou Caqui beneficiam-se com o desbaste dos frutos; retire os defeituosos e os restantes (dois a três frutos por penca) terão melhor desenvolvimento. O tomate do grupo industrial dispensa tutoramento, desbaste de frutos e poda; ele só precisa da amontoa. As capinas devem ser feitas com atenção, a fim de não ferir a planta ou suas raízes. Insetos e doenças: por não ser adaptado às nossas condições ambientais, o tomateiro está sujeito a vários problemas. Ele pode sofrer o ataque de muitos insetos, como
larva-minadora, vaquinha, nematóides, tripes, percevejo, pulgões, ácaros-traça-do-tomateiro, broca pequena e grande do tomateiro. As doenças causadas por fungos e bactérias são a requeima, pinta-preta, septoriose, mancha-de-estenfilium, murcha fusariana, murcha de verticillium, murcha bacteriana, cancro bacteriano e talo oco. As doenças causadas por vírus são a vira-cabeça, mosaico Y ou risca, mosaico comum e topo amarelo. Podem ocorrer ainda distúrbios fisiológicos como a podridão-apical, frutos rachados ou ocos e lóculo aberto e amarelo baixeiro. Colheita: o tomate começa a ser colhido de 90 a 100 dias depois do transplante, conforme a variedade, tratos culturais e adubação. A colheita prolonga-se por um a dois meses, com a retirada dos frutos à medida em que amadurecem. Depende do gosto do horticultor colher os frutos ainda esverdeados, rosados ou vermelhos. Os do tipo industrial produzem mais cedo e devem ser colhidos quando completamente vermelhos e maduros. Rotação e consorciação: não cultive na rotação plantas da mesma família do tomate, pois elas são susceptíveis aos mesmos insetos e doenças. O tomate gosta da companhia das ervas aromáticas.
Quais são as pragas e doenças que atacam as plantações de tomate?
Resumo da lição • Hortaliças que foram descritas seu cultivo: alface, berinjela, beterraba, cebolinha, cenoura, couve, coentro, repolho e tomate; • De cada uma das hortaliças forneceu-se suas características, usos, propriedades, clima, solo e época do plantio, variedades, semeação, transplante, adubação, cuidados especiais, pragas e doenças, colheita, rotação e consorciação.
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