Loyola rosário Jomar Vigneron Edições Loyola Bíiblia do povo

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o rosário

uma bíblia do povo

jomar vigneron

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DIAGRAMAÇÃO: Ronaldo Hideo Inoue REVISÃO: Renato Rocha Carlos

Edições Loyola Rua 1822 nº 347 – Ipiranga 04216-000 São Paulo, SP Caixa Postal 42.335 – 04218-970 São Paulo, SP (11) 6914-1922 (11) 6163-4275 Home page e vendas: www.loyola.com.br Editorial: loyola@loyola.com.br Vendas: vendas@loyola.com.br Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita da Editora.

ISBN: 85-15-03370-4 © EDIÇÕES LOYOLA, São Paulo, Brasil, 2006

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sumário introdução 7 referências bibliográficas 177

os mistérios da alegria

os mistérios da luz

a anunciação 11 a visitação de maria à sua prima isabel 19 a natividade de nosso senhor 27 a apresentação do senhor 35 o encontro de jesus no templo 43

o batismo no jordão 53 as bodas de caná 61 jesus anuncia o reino de deus 69 a transfiguração 77 a instituição da eucaristia 85

os mistérios da dor

os mistérios da glória

a oração e a agonia de jesus no getsêmani 95 a flagelação de jesus 103 a coroação de espinhos 111 jesus carrega a cruz ao calvário 119 a morte na cruz 127

a ressurreição 137 a ascensão do senhor 145 o pentecostes 153 a assunção de nossa senhora aos céus 161 a coroação de nossa senhora no céu 169

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introdução A iconografia cristã transcreve pela imagem a mensagem evangélica que a Sagrada Escritura transmite pela palavra. Imagem e palavra iluminam-se mutuamente. “A beleza e a cor das imagens estimulam a minha oração. É uma festa para os meus olhos, tanto quanto o espetáculo do campo estimula meu coração a dar glória a Deus” II Concílio de Nicéia. Catecismo da Igreja Católica, 1159.1161

Nos anos 1995 e 1996, fui convidado por várias famílias a participar da oração do terço que elas rezavam cada noite do sábado. Cada semana uma das oito famílias hospedava a “Santa” (uma imagem de Nossa Senhora Aparecida). Fiquei na admiração pelo fervor que encontrei na oração do terço. Cada encontro comportava a liturgia do perdão, seguida pela liturgia da Palavra (o texto do dia) e por fim a liturgia da paz. O terço era rezado entre as liturgias do perdão e da Palavra. Cada dezena era introduzida por um breve texto. Uma fraterna e simples confraternização encerrava o encontro. Aos poucos, propus que rezássemos a partir de um ícone ou um quadro representando um dos mistérios do terço (rezavam-se cinco dezenas com um só mistério comentado). A escolha do mistério era feita em relação com o tempo litúrgico no qual estávamos. Para a maioria dos participantes foi uma descoberta inesperada, por compreenderem melhor os mistérios da nossa fé cristã. Sem o dizer, essas pessoas exerciam uma forma nova de lectio divina (leitura divina), prática muito antiga na Igreja orante da assimilação em profundidade da Palavra de Deus. Na Idade Média, dizia-se que os vitrais das catedrais eram a Bíblia do povo analfabeto. Pode-se dizer hoje que a iconografia cristã é uma linguagem acessível a todos os que buscam a Verdade. Contemplando, rezando diante do Belo de um ícone ou de um quadro, estamos na sala de espera do Reino. Trata-se “de multiplicar em toda a parte a eclosão da beleza, para que a vida se eternize” (Maurice Zundel).

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a anunciação

1º mistério da alegria

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liturgia

A narração da Anunciação é tão importante para nossa fé que a Igreja a mencionou no Creio: “e se encarnou pelo Espírito Santo, no seio da Virgem Maria, e se fez homem”. A Bíblia conhece outras anunciações, como por exemplo:

25 de março Lucas 1,26-38 Jesus é anunciado a Maria pelo anjo Gabriel.

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Três anjos anunciam a Abraão o nascimento de Isaac (Gn 18,9-10a); Um anjo anuncia a Gedeão a sua missão (Jz 6,11-24); Gabriel anuncia a Zacarias o nascimento de João Batista (Lc 1,5-25); Um anjo do Senhor anuncia a José o nascimento de Jesus (Mt 1,18-25).

Entre 25 de março e 25 de dezembro, há nove meses de gravidez para um ser humano nascer. Desde o século 4º, encontram-se apresentações da Anunciação nas catacumbas de Roma (S. Priscila — Ss. Pedro e Marcelino). No Ocidente, os séculos 14, 15 e 16 são ricos de apresentações da Anunciação. No Oriente, dois tipos de apresentações encontram-se: • A virgem perto de um poço recebendo a visitação do anjo; • A virgem com a roca na mão recebendo a visitação do anjo. As duas portas reais da iconóstase que separam o santuário do resto da igreja mostram-nos a cena da Anunciação. Em verdade, a Anunciação é a porta de entrada da nossa salvação.

a anunciação quadro de Fra Angélico a.d. 1433-1434 160 x 180 Cortone, Itália

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deus envia o anjo gabriel

(escutar Lc 1,26-27)

O anjo Gabriel, cujo nome significa “homem herói de Deus”, aparece na Bíblia só no livro do profeta Daniel. Gabriel intervém para explicar a Daniel sua visão sobre o fim dos tempos (Dn 8,16 e 9,21). Enquanto o povo de Israel está na aflição, Gabriel traz uma palavra de consolo, anunciando a vinda de um Príncipe Ungido! (9,25) No dia da Anunciação, Gabriel é o enviado de Deus. A aparição do anjo a Maria é uma maneira de expressar uma manifestação de Deus. Maria significa “amada de Deus” (ou ainda princesa, madame; era nome comum no tempo de Nossa Senhora — a irmã de Moisés e Aarão tinha esse nome [cf. Nb 26,59]). No quadro, o anjo está vestido com as cores cor-de-rosa e ouro. A cor “ouro” para o anjo indica que ele pertence ao mundo da luz, e a cor rosa sugere a espiritualidade da cena que ultrapassa (transcende) o tempo e o espaço. Numa atitude humana pelo traçado da veste, o anjo Gabriel parece ter chegado num rápido vôo (ver a posição das suas asas)! Com sua mão esquerda, o anjo indica que ele é mandado por Deus. Ele vem cumprir a profecia de Isaías (Is 7,14), o qual se encontra num pequeno ornato circular no friso. Com a mão direita estendida para a Virgem, Gabriel dá destaque a Maria, que retrata uma atitude de profundo recolhimento com as mãos cruzadas no seu peito.

leitura facultativa O anjo Gabriel foi enviado a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um homem de nome José, da casa de Davi (Lc 1,26-27). O evangelista precisa o lugar, o tempo e a pessoa, para que a verdade de sua narrativa seja confirmada pelos pormenores evidentes dos mesmos acontecimentos. Diz ele: O anjo foi enviado a uma virgem desposada. Deus manda um anjo à Virgem. Com efeito, aquele que traz a graça dá a garantia; recebe o dote, refere a fé, oferece os dons da virtude e transmite a resposta do consentimento da Virgem. O veloz intérprete vem à Virgem para afastar e manter a esposa de Deus distante do afeto das núpcias humanas; não para separar a Virgem de José, mas para dá-la a Cristo, a quem estava destinada desde o seio materno. Cristo, quando recebe a sua esposa, não a subtrai aos demais, nem causa separação quando une a si mesmo, num só corpo, toda a sua criatura. São Pedro Crisólogo (†451), bispo. Sermo 140

oração Eis o prelúdio da alegria Eis a chegada do arcanjo Gabriel Eis a Boa Nova da Salvação.

reza-se uma dezena do terço

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a saudação

(escutar Lc 1,28-29)

Maria está sentada, vestida com vestes vermelha e azul. Nos seus joelhos, o livro da Palavra. O rosto de Maria e o do anjo estão na mesma altura, indicando a perfeita sintonia existente entre o anunciante e a “anunciada”. Em sua saudação, o anjo chama Maria de cheia de graça, isto é, “favorecida”. A novidade do nome dado pelo anjo a Maria: Favorecida de Deus (cheia de graça) não deveria deixar de sempre nos surpreender. É como outro nome de Maria. É o nome dado por Deus! Nome da Bem-amada do Cântico dos Cânticos — figura do povo escolhido. “Ave, Maria”, “Salve, Maria” — expressões para dizer “alegra-te, Maria”. Essa saudação faz eco à saudação dos profetas Sofonias e Zacarias: • Rejubila, Filha de Sião Solta gritos de alegria, Israel. (3,14) • Exulta muito, Filha de Sião Grita de alegria, filha de Jerusalém. (9,9) Por que tanta alegria? O Senhor está contigo! A mesma saudação alegre tinha acompanhado as vocações de Moisés (Ex 3,12), Gedeão (Jz 6,12) e Jeremias (1,18-19; 15,20).

leitura facultativa Imensa é a graça da Virgem santa. Também Gabriel a saúda inicialmente, dizendo:

Ave, cheia de graça (Lc 1,28), céu resplandecente. Ave, cheia de graça, Virgem ornada de incontáveis virtudes. Ave, cheia de graça, urna de ouro que conténs o maná celeste. Ave, cheia de graça, que desalteras os sedentos com a doçura da fonte eterna. Ave, santíssima Virgem imaculada, tu geraste o Cristo que antes de ti existia. Ave, púrpura real, que revestiste o Rei do céu e da terra. Ave, livro impenetrável, que deste a ler ao mundo o Verbo, Filho do Pai. Santo Epifânio (†403), bispo. Hom. 5

oração Alegra-te, Favorecida de Deus O Senhor está contigo Tu és como a tenda de Abraão que hospedou Deus.

reza-se uma dezena do terço

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as bodas de caná

2º mistério da luz

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liturgia Janeiro, após a Epifania e Batismo do Senhor João 2,1-12

É muito significativo que a Igreja tenha escolhido como Evangelho para a Solenidade de Nossa Senhora da Conceição Aparecida — celebrada em 12 de outubro — a narração das Bodas de Caná. No centro da mensagem do primeiro milagre de Jesus no Evangelho do Apóstolo João, está o pedido que Maria faz aos serventes e indiretamente a todos os brasileiros e brasileiras: “Fazei tudo o que meu Filho Jesus vos disser ”. Maria é a encarnação dos pobres, dos humildes. Maria recapitula a capacidade do pobre que está com suas mãos vazias, constantemente com o coração aberto, disponível para Deus intervir. Quando o papa João Paulo II procedeu à Dedicação da Basílica Nacional de Aparecida, dia 4 de julho de 1980, ele disse: “Viva a Mãe de Deus e nossa, sem pecado concebida! Viva a Virgem Imaculada, a Senhora Aparecida! Desde que pus os pés em terra brasileira, nos vários pontos por onde passei, ouvi este cântico. Ele é, na ingenuidade e singeleza de suas palavras, um grito da alma, uma saudação, uma invocação cheia de filial devoção e confiança para com aquela que, sendo verdadeira Mãe de Deus, nos foi dada por seu Filho Jesus no momento extremo da sua vida para ser nossa Mãe […]. A devoção a Maria é fonte de vida cristã profunda, é fonte de compromisso com Deus e com os irmãos. Permanecei na escola de Maria, escutai a sua voz, segui os seus exemplos. Como ouvimos no Evangelho, ela nos orienta para Jesus: Fazei o que ele vos disser (Jo 2,5). E, como outrora em Caná da Galiléia, encaminha ao Filho as dificuldades dos homens, obtendo dele as graças desejadas. Rezemos com Maria e por Maria: ela é sempre a ‘Mãe de Deus e nossa’.” João Paulo II. Liturgia das Horas

as bodas de caná mosaicos de Kariye Djami século 14 antiga igreja do Salvador a Chora [atualmente mesquita] Kariye Djami, Turquia

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o terceiro dia

(escutar Jo 2,1-2)

Somente João evangelista relata as bodas de Caná. Houve o terceiro dia, isto é três dias depois do encontro de Jesus com Filipe e Natanael. O milagre no terceiro dia em que Jesus manifesta sua glória (cf. v. 11) evoca já o terceiro dia em que Jesus ressuscitará (cf. Símbolo de Niceno: Ressuscitou ao terceiro dia conforme as Escrituras). No meio dos convidados, Maria, Jesus e seus discípulos.

leitura facultativa No terceiro dia, houve um casamento (Jo 2,1). Que casamento é esse senão as promessas e as alegrias da salvação humana, insinuada no significado místico do número três, quer em referência à proclamação da Trindade quer à fé na ressurreição do Senhor ao terceiro dia? No mesmo sentido se lê também noutra passagem do Evangelho que o regresso do filho pródigo, símbolo da conversão dos pagãos, foi celebrado com música, danças e vestes nupciais. Fausto de Riez (†990), bispo. Sermo 5, Epiphania 2

oração Ó Cristo, que a cidade de Caná te glorifique porque tu trouxeste a alegria a este banquete Tu a alegrou pelo vinho do teu amor.

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a coroação de nossa senhora no céu

5º mistério da glória

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maria coroada

(escutar Ap 12,1)

Maria (a Igreja) está apresentada vestida de sol (ser revestido de sol é ser revestido da glória divina) e coroada de doze estrelas (Ap 12,1). Maria pertence ao mundo celestial; coroada de estrelas, ela é a Rainha do Cosmos; pisando a lua, ela está acima do tempo, faz parte da eternidade. Maria, primícias dos resgatados da terra, é a imagem da Igreja ressuscitada, guarda avançada da Igreja em marcha para o Reino (os doze sinais do Zodíaco). Toda a criação “gravita” ao redor dela. A Mulher se torna o centro da criação de Deus. De fato, ela é tão grande que ela enche todo o espaço da terra e do céu, ela abraça tudo. As doze estrelas da coroa de Maria são as doze portas sobre as quais estão escritos os nomes das doze tribos de Israel e dos doze alicerces que simbolizam os doze Apóstolos (Ap 21,12-14). Maria coroada de estrelas assim manifesta a Igreja triunfante. A Virgem Maria vestida de sol e coroada de estrelas prefigura a glória futura dos fiéis que “resplandecerão como o sol no Reino de seu Pai ” (Mt 13,43).

leitura facultativa Do mesmo modo que a Mãe de Jesus, já glorificada no céu em corpo e alma, é imagem e primícia da Igreja, que há de atingir a sua perfeição no século futuro, assim também já agora na terra, enquanto não chega o dia do Senhor, ela brilha, como sinal de esperança segura e de consolação, aos olhos do povo de Deus peregrinante. Lumen Gentium, 68

oração Nós te glorificamos nós te enaltecemos ó santa Mãe de Deus e cantamos tua gloriosa coroação.

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nós coroados

(escutar 1Cor 9,24-27)

A nós nos é prometido receber a coroa imperecível, como para um bom atleta (hoje o mundo a substitui por uma medalha). Na tradição cristã oriental, encontra-se o porte da coroa para o recém-batizado, para a Virgem consagrada e para os noivos no dia do seu casamento. Nisso deve-se buscar a sintonia existente entre Cristo e os fiéis, a coroa querendo manifestar os esponsais de Cristo e da Igreja.

leitura facultativa Eu vos suplico que prestem atenção ao que diz o Cristo Jesus à sua mãe e aos seus discípulos: Aqui estão a minha mãe e os meus irmãos… e depois: Aquele que fizer a vontade de meu Pai que me enviou, esse é meu irmão, irmã e mãe. Será que a Virgem Maria não fez a vontade do Pai, ela que acreditou pela fé, que concebeu pela fé, que foi eleita para que a salvação nascesse dela para nós, que foi criada no Cristo antes que o Cristo fosse criado nela? Santa Maria fez, sim, a vontade do Pai e, por conseguinte, é mais importante para Maria ter sido discípula de Cristo que ter sido mãe de Cristo. Foi de maior benefício para ela ter sido discípula de Cristo do que ter sido sua mãe. Pois Maria era bem-aventurada, porque antes mesmo de dar à luz o Mestre ela o carregou no seu seio. Santo Agostinho (†430), bispo e doutor da Igreja. Homilia sobre o Evangelho de São Mateus, XLIV, 1

oração Ó Mãe de Deus, não nos abandones, mas cuida dos redimidos que exclamam com fé: cantemos o Criador, louvemo-lo pelos séculos.

reza-se uma dezena do terço

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referências bibliográficas AFONSO DE LIGÓRIO. Glórias de Maria. Aparecida, Santuário, 1987. DONADEO, Maria. Ícones da Mãe de Deus. São Paulo, Paulinas, 1997. FEUILLET, André. Jésus et sa mère. Paris, Gabalda, 1974. GHARIB, Georges. Os Ícones de Cristo. São Paulo, Paulus, 1997. HOERNI-JUNG, Helene. O homem interior. São Paulo, Pensamento. _____. Maria. São Paulo, Pensamento. JOÃO PAULO II. Rosarium Virginis Mariæ. São Paulo, Paulinas, 32002. SCHLESINGER, Hugo. Pequeno Vocabulário do Judaísmo. São Paulo, Paulinas, 1987. SENDLER, Egon. L’Icone. Paris, DDB, 1981. CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA. São Paulo, Vozes/Paulinas/Loyola/Ave-Maria, 61993. LECIONÁRIO MONÁSTICO. I, II, III. Rio de Janeiro, Lumen Christi, 1995/1999/2000. LITURGIA DAS HORAS. I, II, III, IV. Vozes/Paulinas/Paulus/Ave-Maria, 1999.

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