Cultura atual e Pastoral Juvenil

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JesĂşs Rojano MartĂ­nez

P A S T O R A L J U V E N I L

Cultura atual e Pastoral Juvenil



JESÚS ROJANO MARTÍNEZ

Cultura atual e Pastoral Juvenil


Ficha técnica: © Jesús Rojano Martínez Titulo original: Cultura actual y pastoral juvenil © 2014 Editorial CCS © 2018 Edições Salesianas Rua Duque de Palmela, 11 4000-373 Porto Tel. 225 365 750 edisal@edicoes.salesianos.pt www.edisal.salesianos.pt Publicado em Outubro de 2018 Tradução: Delfim Santos Capa: Paulo Santos Paginação: João Cerqueira Impressão: PrintGroup ISBN: 978-989-8850-57-7 Depósito Legal: 434705/17


PREFÁCIO À EDIÇÃO PORTUGUESA Jesus Rojano é um salesiano espanhol doutorado em teologia pastoral. Presta muita atenção aos desafios que a cultura pós-moderna lança à ação pastoral da Igreja. Acompanha de perto o percurso de um dos expoentes da pós-modernidade: Gianni Vattimo. É com prazer que apresento esta sua obra. Ela é feita a partir de vários artigos escritos nos últimos anos. Tenta ler, de forma rigorosa mas acessível a um leitor motivado, a cultura que nos rodeia e perceber os desafios e oportunidades que oferece ao esforço evangelizador da Igreja. É uma obra escrita, pensada e vivida em espanhol. O contexto social, cultural e religioso da Espanha dos últimos 20 anos é bem diferente do vivido em Portugal. Estes países transitaram da ditadura para a democracia quase ao mesmo tempo, entraram na CEE no mesmo dia… Mas a sociedade e a cultura espanholas são atravessadas por tensões e conflitualidades bem mais marcadas do que as que existem em Portugal. Nas últimas décadas, a Espanha assistiu a uma cruzada anti-religiosa muito forte, que não teve paralelo em Portugal (ao menos, na intensidade). Por outro lado, amplos sectores da Igreja espanhola assumiram uma ­postura de confronto agressivo que queimou muitas pontes com a sociedade civil e que conduziu a sérias cisões mesmo dentro da Igreja. Estes fatores, entre outros, levaram a uma fragilização social da Igreja e das suas propostas que a nós, os vizinhos do lado, nos parecem estranhas. É importante que o leitor tenha consciência destas diferenças da história recente dos dois países. Não é útil ler este livro de Rojano de forma ingénua e inferir que o mesmo se passa em Portugal. Mas é também interessante dar-se conta 3


que as tendências culturais e sociais que o autor identifica como desafiantes para a pastoral juvenil em Espanha estão também presentes em Portugal. O autor deste livro faz um esforço grande por dialogar com a cultura que nos rodeia. Aquela cultura mais “popular”, feita pelos media, está abundantemente representada pelas canções e pelos filmes que são autênticos documentos de estudo. Mas também a cultura mais “elitista” onde Gianni Vattimo (que o autor estudou no seu doutoramento) é presença recorrente. Peter Berger e Zygmunt Baumann, dois sociólogos recentemente desaparecidos, são também companhia muitas vezes requisitada pelo autor. Para todos os que se sentem Igreja (e não apenas para os especialistas e operadores de pastoral juvenil) os próximos anos vão ser marcados pelo sínodo que o Papa Francisco convocou sobre os jovens. A leitura desta obra vai-nos ajudar a pensar sobre o ecossistema social e cultural onde os jovens moram; e ao fazê-lo de coração aberto, a obra vai estimular-nos a pensar nos caminhos novos que a evangelização dos jovens deve pisar. Rui Alberto, sdb


INTRODUÇÃO “É a economia, estúpido!”. Esta frase tornou-se célebre na campanha eleitoral para as eleições presidenciais dos Estados Unidos de 1992, a que concorriam George Bush (pai) e Bill Clinton. Ao que parece, o autor da expressão foi James Carville, estratega da campanha eleitoral de Clinton. A frase foi decisiva por conseguir transmitir ao eleitorado dos Estados Unidos que deveria votar num presidente que resolvesse o problema principal (a economia norte americana) e não o secundário (a política externa: Bush acabava de “ganhar”, embora “dessa forma”, a primeira guerra do Golfo). E, de facto, a campanha deu um volte-face às sondagens e Clinton foi eleito presidente. Que tem isto a ver com a pastoral eclesial e, mais concretamente, com a pastoral juvenil? É muito simples: desde há umas décadas que a pastoral juvenil não obtém os frutos desejados. Mesmo grandes experiências como as JMJ ­(Jornadas Mundiais da Juventude), não resultam, se quisermos ser sinceros, numa grande transformação na vivência religiosa quotidiana de muitos dos jovens que participam com entusiasmo nesses encontros. Isso mesmo foi reconhecido pelo papa atual, Francisco, no seu documento até agora mais importante, a exortação ­pós-sinodal Evangelii Gaudium: “A pastoral juvenil, tal como estávamos habituados a celebrá-la, sofreu os embates das transformações sociais. Os jovens, nas estruturas habituais, não costumam encontrar respostas para as suas interrogações, necessidades, problemáticas e feridas. Custa-nos, a nós adultos, escutá-los com paciência, compreender as suas inquietações ou as suas exigências, e aprender a falar-lhes numa linguagem que eles compreendam. Por essa mesma razão, as propostas educativas não produzem os frutos esperados” (EG 105).

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Pois bem: quando se procuram as causas desta situação, vem-me à memória a frase famosa acima citada, e digo para comigo: a pastoral juvenil, realmente, sofreu como nenhuma outra ação eclesial a mudança sociocultural que o Papa Paulo VI tinha lucidamente diagnosticado em 1975 noutra importante exortação pós-sinodal, a Evangelii Nuntiandi: “A rutura entre Evangelho e cultura é, sem dúvida, o drama do nosso tempo” (EN 20). O Papa Francisco, no número 115 da Evangelii Gaudium, resume bem a importância do nosso tema, citando repetidamente a constituição que o Concílio Vaticano II dedicou ao diálogo entre a Igreja e o mundo atual: “O Povo de Deus incarna nos povos da terra, cada um dos quais tem a sua cultura própria. A noção de cultura é uma valiosa ferramenta para entender as diversas expressões da vida cristã que se dão no Povo de Deus. Trata-se do estilo de vida que uma determinada sociedade tem, do modo próprio que os seus membros têm de se relacionar entre si, com as outras criaturas e com Deus. Assim entendida, a cultura abarca a totalidade da vida de um povo (Cf. Documento da Conferência da Igreja Latino Americana de Puebla, 386-387). Cada povo, no seu devir histórico, desenvolve a sua própria cultura com legítima autonomia (Cf. GS 36). Deve-se isto ao facto de que a pessoa humana “por sua própria natureza, tem absoluta necessidade da vida social” (GS 25), e está sempre referida à sociedade, onde vive um modo concreto de se relacionar com a realidade. O ser humano está sempre culturalmente situado: “Natureza e cultura estão intimamente unidas” (GS 53). A graça supõe a cultura e o dom de Deus incarna na cultura de quem o recebe” (EG 115). Assim sendo, os dez artigos que o leitor vai encontrar neste livro, publicados nas revistas Misión Joven e Crítica entre 2007 e 2013, giram precisamente à volta desta questão: a rutura entre a cultura ocidental atual (especialmente ao que podemos chamar de “subcultura juvenil”) e a fé cristã. Procura-se nestes artigos conseguir um equilíbrio entre o pessimismo radical (“a cultura atual é muito má”) e o otimismo ingénuo (“a cultura atual é perfeita”). Uma posição que se regista ­também, por exemplo, nesta frase da Evangelii Gaudium: “Como filhos desta época, todos nos vemos de algum modo afetados pela cultura globalizada atual que, sem deixar de nos apontar valores e novas possibilidades, também nos pode limitar, condicionar e até deixar adoecer” (EG 77). Para que o livro obedeça a uma certa lógica, organizamos os artigos em quatro blocos: 6


1. No primeiro bloco (Porque é que as alterações culturais influenciam tanto na pastoral da Igreja) insere-se um artigo que descreve as razões pelas quais as alterações culturais influíram tanto na ação pastoral da Igreja. 2. Um segundo bloco (Influência das mudanças socioculturais nas novas espiritualidades), composto por três artigos, descreve a influência das mudanças socioculturais mencionadas nas novas espiritualidades que foram aparecendo nas últimas épocas. É um fenómeno reconhecido e muito variado, caótico até, que convém esmiuçar: “A fé católica de muitos povos enfrenta-se hoje com o desafio da proliferação de novos movimentos religiosos, alguns tendentes ao fundamentalismo e outros que parecem propor uma espiritualidade sem Deus” (EG 63). 3. Em terceiro lugar, apresentamos cinco artigos centrados já diretamente na influência na geração juvenil atual do ambiente sociocultural e espiritual descrito nos dois blocos anteriores (Como é que estas mudanças afetam a vivência religiosa juvenil). Neles fala-se da religiosidade juvenil, nas suas dificuldades diante da aceitação da fé cristã e a integração na Igreja. Também dos espaços juvenis. Neste sentido, outro parágrafo da Evangelii Gaudium serve para descrever a importância pastoral decisiva que tem o facto de os agentes pastorais conhecerem (ou não) os espaços que os jovens habitam. “Novas culturas continuam a germinar nestas enormes geografias humanas nas quais o cristão já não costuma ser promotor ou gerador de sentido, mas recebe delas outras linguagens, símbolos, mensagens e ­paradigmas que proporcionam novas orientações de vida, frequentemente em contraste com o Evangelho de Jesus. Uma cultura inédita late e se elabora na cidade”. (EG 73). 4. E, por último, o quarto bloco aponta (Caminhos que se vislumbram para a pastoral juvenil atual e futura) os caminhos que se vão vislumbrando para a pastoral juvenil atual e futura perante os reptos descritos nos blocos anteriores. Inclui um artigo de dezembro de 2013 e além disso acrescenta-se, para terminar, um epílogo, que é um texto inédito, resumo das conclusões de uma tese de doutoramento defendida pelo autor em janeiro de 2012 e que ainda não foi publicada. 7


AGRADECIMENTOS Agradeço às revistas Misión Joven e Revista Crítica que, cada uma em diferentes datas, me encorajaram a escrever os artigos que estão na origem deste livro, e a sua autorização para serem publicados aqui.

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1 NOVA CULTURA E NOVA EVANGELIZAÇÃO1

“A rutura entre Evangelho e cultura é, sem dúvida, o drama do nosso tempo, como o foi também em outras épocas. Daí que se deva fazer todos os esforços possíveis em vista a uma generosa evangelização da cultura, ou mais exatamente das culturas”.

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(Paulo VI, Evangelii Nuntiandi 20)

Este artigo foi publicado em Misión Joven 438-439 (julho-agosto 2013), pp 31-32; 49-58. 9


A questão da relação entre fé cristã e culturas sempre foi decisiva quando se tratava do anúncio do Evangelho e hoje é-o ainda mais pela profunda transformação sociocultural das últimas décadas. Ao apresentar e rever a sua ação pastoral, a Igreja deve discernir os aspetos da cultura atual que estão em conflito com a fé; mas também as novas possibilidades que se nos oferecem.

1. RELAÇÃO ENTRE CULTURA E EVANGELIZAÇÃO 1.1 Que é a cultura É sabido que a atual crise da evangelização no Ocidente tem uma importante componente cultural. Isto coloca-nos o problema complexo de dar uma definição de cultura, que há já muitos anos ocupa as ciências sociais, e que aqui é impossível abordar em profundidade2. Segundo Kuper, por exemplo, já em 1952 se contabilizavam umas 300 definições de cultura. Para nos entendermos, aceito as definições que Andrés Tornos dá, na sua obra Inculturación. Teología y método, que resume, de forma razoavelmente clara, o consenso relativo sobre a questão, que foi admitido pela sociologia atual e, ao mesmo tempo, é compatível com a explicação do referido conceito exposto nos documentos conciliares e no magistério pós-conciliar. Cultura significa, de acordo com a sua raiz latina, cuidado. A origem desta palavra anda ligada ao mundo agrícola: cuidado da terra, das plantas, dos animais e da própria alma. Por vezes, referimo-nos a “cultura” no singular, como conjunto ou acervo de conhecimentos que se vão acumulando. Nesse sentido, as pessoas eruditas ou cultivadas, teriam “mais cultura” que as “incultas”, e os povos “mais avançados” teriam progredido mais e, por isso, teriam por sua vez mais cultura que os povos “atrasados”. Não será esta a visão que vamos adotar. Pelo contrário, falaremos a partir daqui de “culturas” no plural, das culturas dos povos nas diversas épocas. 2 A. KUPER, Cultura. La versión de los antropólogos, Barcelona, Paidós, 2001; C. GEERTZ, La interpretación de las culturas, Barcelona, Gedisa, 1992; B. MALINOWSKI, Una teoria científica de la cultura y otros ensayos, Barcelona, Edhasa, 1970; D. SOBREVILLA (ed), Filosofía de la Cultura. Enciclopédia Iberoamericana de Filosofía, n. 15, Madrid, Trotta-Consejo Superior de Investigaciones Científicas, 1998, pp. 15-19.

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O caminho para a análise das culturas, no plural, foi aberto, no século XIX, pelo antropólogo inglês E. B. Tylor com esta definição: “A cultura é todo um complexo que engloba os conhecimentos, as crenças, a arte, a moral, as leis, os costumes, e todas as demais disposições e hábitos adquiridos pelo homem, enquanto ­membro de uma sociedade”3. A partir de então, foi-se convencionando que a cultura partilhada por um povo ou grupo social humano cumpre uma tríplice função: “A função epistemológica, em razão da qual os indivíduos entendem as coisas de acordo com a cultura de que participam; a função axiológica, em vista da qual os indivíduos valorizam os outros indivíduos e as outras coisas consoante pautas culturais; e a função identitária, em razão da qual os indivíduos entendem e mantêm o que são (= a sua identidade) com os recursos que a sua cultura lhes oferece”4. Tendo em conta esta tríplice função, não podemos falar de uma cultura humana única, pois seria uma abstração vazia, mas de muitas culturas. Assim sendo, Tornos oferece no seu livro outras definições: a cultura é “O solo de verdades que nos orientam”5; é “um modo socialmente partilhado para decifrar as aparências das coisas e das pessoas, tendo em conta certos traços que fazem de sinais mediante os quais os indivíduos chegam a reconhecer e a valorizar as coisas e as pessoas”6.

1.2 O cristianismo e as culturas Aceite este conceito de cultura, torna-se evidente a inter-relação entre religião e cultura, pois ambas têm muito a ver com a elaboração de cosmovisões, com a interpretação do mundo, a formação da própria identidade, as valorizações morais, etc. É também evidente que a evangelização não pode passar por cima, a menos que queira cair no vazio, da cultura do povo ou grupo em que se leva a cabo. Além disso temos de ter em conta que “o contexto cultural da fé muda. A distância histórica que nos separa de certas representações do mundo obriga-nos a discernir entre o que pertence à revelação e o que procede do veículo cultural de uma época”7. E.B. TYLOR, “Primitive culture”, p. 71, citado em A. TORNOS, Inculturación. Teología y método, Madrid, Universidad Pontificia de Comillas-DDB, 2001, p. 20 . 3

4

A. TORNOS, Inculturación. Teología y métodos, p. 346 .

5

A. TORNOS, Inculturación. Teología y métodos, p. 42.

6

A. TORNOS, Inculturación. Teología y métodos, pp. 347-348.

C. GEFFRÉ, El cristianismo ante el riesgo de la interpretación. Ensayos de hermenêutica teológica, Madrid, 1984, Cristiandad, p. 207. 7

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A aceitação deste conceito, forjado no mundo da antropologia e da sociologia, apareceu recentemente nos documentos da Igreja. Contudo, na prática, já desde o Concílio de Jerusalém, conforme Atos 15, 1-33, a Igreja nascente aceitou uma legítima pluralidade cultural no seio do cristianismo8. Afirma J. B. Metz com razão que “desde a sua origem o cristianismo transporta em si uma experiência multicultural”9. Este processo de incarnação do Evangelho na cultura foi brilhantemente realizado em certos momentos históricos. Sobretudo, fica como paradigmática a evangelização da cultura helénica pelo cristianismo dos primeiros tempos, muito vital e criativa, como reconhecia João Paulo II: “Nos finais da antiguidade, os cristãos, que viviam numa cultura a que deviam muito, transformaram-na a partir de dentro infundindo-lhe um espírito novo. Quando esta cultura se viu ameaçada, a Igreja, com Atanásio, João Crisóstomo, Ambrósio, Agostinho, Gregório Magno e muitos outros, transmitiu a herança de Jerusalém, de Atenas e de Roma, para dar vida a uma autêntica civilização cristã”10. É bem conhecida a posição de Bento XVI, que sustenta que o primeiro cristianismo foi formado em diálogo com a cultura filosófica grega, não tanto com outras religiões11. Também podíamos aludir à grande síntese tomista de fé cristã e aristotelismo. Em alguns textos do Vaticano II, como Lumen Gentium 13 e 17, Ad Gentes 9 e 13, reconhece-se que há boas sementes em culturas ainda não evangelizadas, elementos que devem ser potenciados e elevados: “Pregando o Evangelho, a Igreja […] consegue que tudo o que é bom que tenha lançado na mente e no coração destes homens, nos ritos e nas culturas destes povos, não apenas não desapareça, mas que ganhe vigor e seja elevado e seja aperfeiçoado” (LG 17). Na exortação apostólica Evangelii Nuntiandi (1975) do papa Paulo VI, fala-se do c­ onceito de cultura no plural: “Evangelização das culturas” (EN 20). Nessa exortação é reconhecido que “as diferentes maneiras de evangelizar mudam conforme as diversas circunstâncias de tempo, lugar, cultura” (EN 40). É afirmado num parágrafo significativo que “as igrejas particulares têm a função de assimilar o essencial da mensagem 8

A. TORNOS, Inculturación. Teología y métodos, pp. 49-52.

J. B. METZ, “Perspectivas de un cristianismo multicultural”, em J. J. TAMAYO (ed), Cristianismo y liberación del hombre. Homenaje a Casiano Floristán, Madrid, Trotta, 1996, p. 32. 9

10 JOÃO PAULO II, El Evangelio, Buena Nueva para las culturas. Discurso a los Miembros del Consejo Pontificio para la cultura, 14 de marzo de 1997. 11 J. RATZINGER, Fe, verdad y tolerancia. El cristianismo y las religiones del mundo, Salamanca, Sígueme, 2005.

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ÍNDICE Prefácio à edição portuguesa....................................................................................................3 Introdução.........................................................................................................................................5 I Porque é que as alterações culturais influenciam tanto na pastoral da Igreja 1. Nova cultura e nova evangelização...................................................................................9 II Influência das mudanças socioculturais nas novas espiritualidades 2. Novas crenças de hoje: um pequeno guião para não nos perdermos.................31 3. Uma tendência atual: a espiritualidade sem Deus.....................................................45 4. Voltar a falar de Deus no nosso tempo.......................................................................... 61 III Como é que estas mudanças afetam a vivência religiosa juvenil 5. Os jovens e as suas dificuldades para crer...................................................................73 6. Os jovens de hoje, são ou não religiosos?................................................................... 89 7. A odisseia adolescente: O que é que lhes está a acontecer e por quê..............97 8. Jovens e igreja, perigosamente separados?............................................................... 107 9. Espaços juvenis: Uma reflexão sobre o seu sentido................................................115 IV Caminhos que se vislumbram para a pastoral juvenil atual e futura 10. Como ser testemunha na idade da interpretação...................................................129 Epílogo.............................................................................................................................................141 161


Qual é o ecossistema social e cultural dos jovens? De que forma é que as suas referências culturais influenciam no seu processo de evangelização? Que impacto têm as músicas que ouvem e séries na ação da pastoral juvenil? A recolha de dez artigos publicados pelo autor, doutorado em teologia pastoral, nas revistas Misión Joven e Crítica, durante os anos de 2007 a 2013. Têm como tema central a rutura entre a cultura ocidental e fé cristã. Apesar de a leitura sobre a condição juvenil se referir ao contexto social e cultural espanhol – que é diferente do vivido em Portugal – o pensamento crítico do autor ajudará os agentes da pastoral a perceber que caminhos podem ser vislumbrados para o futuro da juventude.

Sobre o autor: Salesiano, nasceu em Madrid em 1962. Licenciado em Filosofia é doutorado em Teologia Pastoral da Universidade Pontifícia de Salamanca. Defendeu a tese “Relação entre a cultura pós-moderna e a fé cristã em Gianni Vattimo. Crítica e propostas para a praxis cristã“, em Salamanca (janeiro de 2012). Tem uma vasta experiência na coordenação pastoral de escolas e centros juvenis. Atualmente, leciona no Instituto Superior de Pastoral e no Instituto Superior de Ciências Religiosas e Catequética de Madrid, ambos dependentes da Universidade Pontifícia de Salamanca. É também professor do CES Don Bosco e, desde 2012, é diretor da revista MISIÓN JOVEN. Além de participar como palestrante em conferências, reuniões e cursos, já publicou vários livros sobre a pastoral juvenil. É colaborador regular de várias revistas de conteúdo pastoral e educativo.

Rua Duque de Palmela, 11 4000-373 Porto Tel.: 22 53 657 50 Fax: 22 53 658 00 edisal@edicoes.salesianos.pt www.edisal.salesianos.pt


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