Eu te perdoo

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Alain Bandelier

Eu te perdoo O Sacramento da Reconciliação perdido e reencontrado

Edições Salesianas


© Éditions de l’Emmanuel, 2006 © Edições Salesianas 2010 Rua Dr. Alves da Veiga, 124 Apartado 5281 4022-001 Porto Tel. 225 365 750 Fax 225 365 800 edisal@edisal.salesianos.pt www.edisal.salesianos.pt Tradução: Delfim Santos Paginação: Diogo Almeida Capa: Paulo Santos Impressão: Tadinense ISBN: 978-972-690-606-3 D.L: 304175/09


Introdução _________ Conhecem a história comovente daquele rabino que ­ ercorria a chorar as ruas da cidade? Perguntaram-lhe: “Porque p ­choras? – Choro porque o Eterno, bendito seja Ele!, ­encheu-me o ­coração de respostas, mas ninguém me faz perguntas”. ­Podemos ­viver sem nunca colocar perguntas? E será que é lícito colocar ­perguntas sem ir à procura de respostas? E se o próprio Deus veio para iluminar o caminho dos homens, não haverá ninguém que se abra à sua luz? Já o profeta Jeremias estava ­perturbado com o lamento divino: Eles abandonaram-Me, a Mim que sou a fonte da água viva, para abrirem cisternas, ­cisternas fendidas que não retêm a água1. E eu, pobre servidor de Deus, embaixador de Cristo2, transportador de um tesouro num vaso de argila3, a Igreja confiou‑me as inesgotáveis misericórdias do Senhor, a palavra santa que liberta as almas cativas e cura os corações dilacerados, o sacramento de uma ternura que não se irrita, que não tem em conta o mal, que tudo crê, tudo espera, tudo suporta4. O Mestre colocou no meu coração e nos meus lábios a sua resposta a todos os pecados do mundo - mas ninguém me pede o seu perdão. Ninguém? Estou certamente a exagerar. A verdade é que eu próprio sou testemunha duma autêntica ­renovação do ­sacramento de Reconciliação. Esta renovação não é ­evidentemente ­quantitativa, pelo menos por agora. Não sei Jr 2, 13 2 Cor 5, 20 3 2 Cor 4,7 4 1 Cor 13,5-7 1 2


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­ izer se foram ­feitas estatísticas, mas é evidente que há um d abismo entre a prática actual deste sacramento e a que havia na altura do Concílio Vaticano II. Jovem padre, vigário de uma paróquia de cidade, passava todos os sábados pelo menos duas horas no ­confessionário. Como os tempos mudaram! Em ­contrapartida, há lugares, há tempos, há comunidades em que os fiéis ­descobrem ou ­redescobrem a graça do perdão s­acramental. ­Confessam-se mais, e sobretudo, confessam-se melhor. Para o próprio ­confessor, é um ­testemunho por vezes impressionante. O seu amor a Jesus, enche-os de um ­arrependimento ­profundo, a sua atenção à ­Palavra de Deus permite-lhes identificar os ­pontos muito concretos onde devem operar uma conversão, a sua fé viva faz deste sacramento um verdadeiro encontro com o ­Senhor, na alegria e na acção de graça. Diria com toda a sinceridade que o ­sacramento de ­Reconciliação está ao mesmo tempo “perdido” e “­reencontrado”. É ­ignorado por um número muito grande, esquecido por ­numerosos ­católicos, mesmo por aqueles que se dizem ­praticantes; até é, por vezes, radicalmente rejeitado. Mas nos encontros de ­jovens, e não apenas nos Movimentos Juvenis, os padres ­passam horas a acolhê-los, frequentemente pela noite dentro; para muitos é a sua primeira confissão, uma ­autêntica ­conversão, uma ­revelação. Nas comunidades novas, a ­Reconciliação faz parte da vida ­ ormal de todo o autêntico discípulo; é a ­abertura ao ­Espírito n Santo, lugar de verdade, de cura, de crescimento. Nos ­retiros espirituais, nos Centros Caritativos, ou em outros ­locais, o ­sacramento é muitas vezes um momento decisivo na ­caminhada das pessoas. Enfim, em cada vez mais paróquias, uma adesão pastoral na linha da nova evangelização faz-se ­acompanhar por um despertar espiritual, apoiado na ­Eucaristia (em ­particular


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a adoração) e a ­Reconciliação. ­Decididamente, este quarto ­sacramento é actual, mais do que o que se i­magina. Não estamos habituados a dizer “o quarto sacramento”. Contudo parece-me que o seu lugar, nos sete tradicionais, não deixa de ter significado. Os três primeiros sacramentos são os sacramentos da iniciação cristã, os sacramentos que conferem a Vida: tornamo-nos cristãos pelo Baptismo, pela ­Confirmação e pela Eucaristia. Os dois sacramentos a seguir são ­sacramentos de cura; permitem renascer, quando a Vida que nos foi dada, foi ameaçada, directamente pelo pecado (sacramento de ­Reconciliação) ou indirectamente pela doença (Unção dos Doentes). Finalmente, os dois últimos sacramentos consagram para uma missão que é a de comunicar esta Vida, directamente (a Ordem) ou i­ndirectamente (o Matrimónio). O lugar central do sacramento de Reconciliação no meio dos sete ­sacramentos pode causar-nos estranheza; podemos ­também ­admitir uma pura ­casualidade. Contudo, a ­estrutura da ­linguagem ­raramente é efeito do acaso. O que é dado pelos primeiros ­sacramentos pode ter sido perdido; que ­miséria se não houvesse um ­sacramento para no-lo restituir, para ­no-lo ­perdoar! Da mesma forma, como dar aos outros o que ­ ­abandonámos? Não será necessário recuperar o dom de Deus, e encontrar-se a si mesmo, para ­poder dar e ao mesmo tempo ­dar-se? Entre as demissões sempre possíveis, e as missões ­sempre necessárias, há lugar para uma remissão, insubstituível.



1 Falar da Reconciliação: um sacramento em crise Acontece-nos pronunciar uma palavra por outra ou realizar aquilo a que se chama um acto falhado. Geralmente não é grave; até se torna, por vezes, engraçado. Pode também ser ­motivo de reflexão. Diz-se neste caso que é um “acto revelador”. Quando a palavra ou a acção tomam uma direcção imprevista, sem ser no entanto completamente imprevisível, isso pode ser ocasião para um diálogo salutar consigo mesmo. Com efeito, há o que se pensa e o que se diz; mas também o que não nos ­atrevemos a pensar e que apesar de tudo dizemos, para defesa pessoal. Há o querido mas há também o involuntário, salpicado de pesares, de recusas, de desejos mais ou menos inconfessados. ­Poder-se-ia transpor isto para a vida social. Há frequentemente um ­distanciamento espantoso, a­ pa­­ren­te­mente involuntário, ­entre os discursos oficiais e as práticas ­concretas. O que ­convida a fazer dialogar o dito e o não dito do grupo. Pode-se hoje falar do sacramento de ­Reconciliação sem ­encontrar uma p ­ roblemática deste género? À volta do ­pecado e do perdão, é preciso constatar e ­explicar o fosso cavado ­entre a doutrina teológica e a prática pastoral. Se pretendo fazer uma meditação sobre o quarto sacramento, parece-me que é por aí que devo começar. Desejaria fazê-lo simplesmente, com a esperança um tanto ­ingénua de interrogar a toda a gente (começando por mim) sem ferir ninguém.


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Estamos seriamente obrigados a interrogar-nos, com efeito, frente ao afastamento bastante generalizado do ­sacramento de Reconciliação, pelo menos nas nossas regiões. É como que um lapso colectivo. Contudo há um equilíbrio da vida ­cristã e ­particularmente da vida sacramental; se este equilíbrio se ­desfez, num ou noutro sentido, não é um progresso. Talvez ­tenhamos outrora insistido de forma excessiva, ­unilateral, quase ­doentia, no pecado, na condenação, na ­penitência. Seria necessário ­reequilibrar. Mas não se corrige um erro com ­outro erro. ­ Substituir a má consciência por uma boa ­consciência, o ­sentimento de culpabilidade por um ­sentimento de ­irresponsabilidade, as ­confissões ­escrupulosas por uma ­desculpa generalizada, ­também isso pode ser ­excessivo, ­unilateral e, no limite, ­doentio. É como uma fuga perante a ­realidade: ­também perante a vida real, com as suas sombras e luzes, quer diante da Palavra de Deus real, com as suas ­promessas e as suas ­exigências. Deixar cair este sacramento no ostracismo, ou ­reduzi-lo a uma “etapa”, para empregar uma dessas palavras vagas que estão na moda, é, ao fim e ao cabo, colocar, sem sequer se dar conta, questões ­f undamentais: Os fiéis nunca são infiéis? A infidelidade não tem cura? Se há um remédio, qual é ele? São as questões que vamos encontrar ao longo destas páginas.

A confissão impossível Onde é que nos podemos confessar? Se morar em Paris, não é difícil encontrar um ­confessor. ­ asta tomar o metro e ir à basílica do Sacré-Coeur em B ­Montmartre, ou em Saint-Louis-d’Antin, no bairro dos grandes armazéns, ou em algumas outras igrejas onde, de manhã ou de tarde, há ­continuamente padres a atender em confissão.


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Em muitas paróquias das grandes cidades, há igualmente um ­acolhimento para o sacramento de Reconciliação, em ­horas estabelecidas, na igreja, em geral num local apropriado e ­aquecido. Se nos afastarmos das cidades, as coisas tornam-se mais ­complicadas. Se habitais nos subúrbios, podeis agarrar no automóvel ou tomar o autocarro; conheço muitas pessoas que aproveitam as suas idas e vindas do trabalho para pararem numa igreja que não é a da sua paróquia, mas onde sabem que há um ­padre para as atender. Há nisto a vantagem de ser uma solução ­prática, mas será a melhor solução? Um capelão fazia comigo esta ­reflexão: se toda a gente se vier confessar a nós, iremos ficar submergidos, e as paróquias dos subúrbios ficarão mais desérticas. Acrescentarei que, por razões pastorais e por razões teológicas, não podemos apostar neste género de migrações; por um lado, não há ­comunidade senão onde houver uma ­assembleia estável e de relações ­acompanhadas; por outro lado, a experiência mostra que nem toda a gente se pode deslocar, como os pobres, os mais novos, os mais velhos, que ficam abandonados a si mesmos. Se morar em algumas zonas de província, sobretudo em z­ onas rurais, confessar-se torna-se ainda mais complicado, ou seja, completamente impossível. Verifiquei-o numa velada de ­reconciliação, durante um retiro de que eu era o pregador; ouvi este testemunho: “é a primeira vez desde há sete anos que eu posso celebrar desta maneira a reconciliação, com um diálogo com o padre”. Essa pessoa explicou-me que na sua terra, como em terras vizinhas, num raio de 30 quilómetros, já não havia confissões, mas apenas celebrações com absolvição colectiva (de que teremos oportunidade de voltar a falar). Eu moro na região parisiense, numa zona fortemente ­urbanizada, que faz ligação com três departamentos. Por ­curiosidade, no ano jubilar, dei uma volta por uma dezena


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de paróquias dos ­arredores, num raio de dez quilómetros. A ­população destes municípios varia entre 10.000 e 30.000 ­habitantes. Consultei as informações que se podiam ver ­afixadas no exterior de cada uma das igrejas, fechadas durante o dia (com excepção de uma que estava aberta). Eis o resultado desta pequena sondagem: ¾¾ Uma igreja não tinha absolutamente qualquer informação; ¾¾ Uma outra dava informações detalhadas sobre acções ­humanitárias, sobre reuniões de formação, sobre ­acontecimentos culturais, mas não fazia referência a ­horários dos ofícios ou das orações; ¾¾ Uma paróquia dava conta de um expediente na igreja, uma vez por semana, atendimento feito por leigos. Uma outra indicava o horário de abertura dum gabinete de ­atendimento; ¾¾ Em cinco paróquias, além dos horários das missas e de ­diversas reuniões, informava-se sobre as horas de ­presença do padre ou dos padres. Uma delas precisava: “se desejar um encontro ou uma informação...”. Nenhuma ­concretizava: “se desejar confessar-se”; ¾¾ Numa única paróquia, além das informações habituais, ­indicava-se uma presença do padre no presbitério, com esta precisão entre parênteses: “confissão possível”. Será uma coincidência? Esta paróquia estava entregue a uma ­comunidade nova... A partir daqui, as coisas mudaram, particularmente ­depois da chegada de jovens padres, enquanto que na nossa paróquia, há muito tempo, há na quinta-feira à tarde e no sábado de manhã uma presença para a Reconciliação, na igreja, em paralelo com um tempo de adoração ­eucarística. Fica claro que esta constatação é reveladora. Nove em cada dez vezes, o sacra­ mento da conversão dos ­pecadores e da misericórdia do Pai não existe. Já não existe.


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Pelo menos no plano da informação e da vida de cada dia das ­comunidades. Felizmente, o ritmo tradicional das grandes festas não desapareceu totalmente, e os fiéis e os ­pastores ­continuam a organizar-se para que haja a ­possibilidade de ­receber o ­sacramento no Natal e na Páscoa, por vezes por ­ocasião da festa de Todos os Santos e no dia 15 de ­Agosto. Mas ­mesmo isso não passa de um hábito. Inscreve-se o ­sacramento no ciclo litúrgico, o que não está errado, mas temos ­dificuldade em inscrevê-lo na história das pessoas, o que é uma lacuna. Será que não tenho o direito de ser ­pecador e de ­receber o perdão ­também nos dias ­comuns? Deixar-nos-á satisfeito cair na religião do mínimo, que ­tantas vezes tem sido criticada? Onde agimos apenas por força dos mandamentos da Igreja que ­prescrevem a comunhão pascal e a c­ onfissão anual? Conscientes da dificuldade, alguns padres tentam orientar os eventuais penitentes para a disponibilidade que ­oferecem na casa paroquial. Embora a igreja seja o lugar normal da ­celebração dos sacramentos, convém reconhecer que esta solução ­apresenta algum interesse. Por um lado, oferece uma possibilidade ­concreta de encontrar um padre, o que não é tão fácil como isso, numa altura em que os padres são cada vez mais escassos e estão mais ocupados. Por outro lado, ­facilita o diálogo ­espiritual; este ­diálogo não é o essencial, mas faz parte do ritual do ­sacramento; desenvolvido, pode ser uma ­ocasião de um acompanhamento espiritual que faz falta a muitos ­cristãos. Mas é preciso ser realista. Eu fui pároco ­durante uma dúzia de anos e procurei ­estar atento em oferecer esta ­possibilidade de encontro com ­presenças regulares ou com ­encontros marcados. Isto só era possível com alguns paroquianos ­comprometidos que me ­conheciam ­pessoalmente, e também, de longe em longe, com o que ­chamaria de almas sofredoras: pessoas que sentem ­necessidade


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de ­descarregar um fardo muito pesado e que ­procuram um ­padre, nos locais e horas oficiais ou não oficiais. Os fiéis ­comuns (a palavra não é pejorativa) não estão para fazer tudo isto: medo de incomodar o senhor padre, timidez perante um cara a cara demasiado directo, desconforto em se encontrar num lugar p ­ rivado ou então demasiado p ­ úblico... Dantes, era simples: havia em todas as paróquias um lugar (o famoso confessionário) e um tempo (o sábado à tarde, ou o dia de feira) reservados ao sacramento da Penitência. ­Estes pontos de referência foram alterados, não nos ­admiremos ­disso. Os ritmos de vida já não são os mesmos. A linguagem, as ­relações humanas, o clima espiritual mudaram. Era de ­manter a todo o custo o cenário anterior? É necessário reconhecer que desde que o quadro se esvaziou, podemos hesitar em exigir uma ­fidelidade heróica talvez, mas sem dúvida inútil. O ­problema é que este quadro que se apagava, não soubemos, ou não ­quisemos ­substituí-lo. Contudo, em sentido inverso, recebi dois ­testemunhos, com alguns meses de intervalo: um ­jovem padre, numa sede de ­concelho, e um outro confrade, numa paróquia de tipo popular, estabeleceram uma presença de uma hora para ­confissões, na ­igreja. O primeiro verificou que pouco a pouco havia fiéis que vinham a este encontro, mesmo de concelhos vizinhos. O segundo, na sua primeira presença, acolheu duas pessoas, uma das quais um homem que havia quinze anos que não se confessava...

Quem é que se quer realmente confessar? A dificuldade não é apenas prática, nem sequer cultural. É ­espiritual. Por outro lado, poderíamos perguntar-nos se foi o desaparecimento das propostas que originou o ­desaparecimento dos penitentes, ou se foi o contrário. Mas como ­frequentemente acontece, nas coisas humanas, há uma interacção dos ­factores.


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Digamos que os dois fenómenos caminham lado a lado e ­reforçam-se mutuamente. No começo do meu ministério, nas vésperas das festas, combinávamos estar dois ou três, em cada igreja da cidade, para acolher os fiéis, desde o princípio da tarde até à noite. Hoje, um único padre e apenas em duas ou três horas chega para satisfazer os pedidos. Temos de situar este desinteresse pelo sacramento no quadro mais geral do ­enfraquecimento da prática religiosa e da pertença à Igreja. Mas ele constitui simultaneamente um fenómeno específico. A prova: verificamo-lo nos fiéis que são de prática regular e até comprometidos pessoalmente na vida da comunidade. Gostaria de propor dois esclarecimentos sobre o que j­ustamente se deveria chamar a crise da confissão. ­Vivemos numa ­sociedade onde a figura do padre foi ao mesmo ­tempo ­caricaturada e ­banida1. A autoridade é ­instintivamente ­vista como ­dominação, a lei como alienação, o dever como uma ­escravidão. Foi ­então necessário matar o pai, símbolo de ­todos ­estes ­constrangimentos; foi por isso forçado a ­desaparecer, ou pelo menos a ­dulcificar-se em ­papá-galinha ou em ­pai-companheiro. Ora o pai é o ­representante autorizado do Outro; tem o poder de me fazer sair do eu imaginário e de me fazer entrar no mundo real; coloca limites e ­apresenta ­proibições sem as quais se cai no estado selvagem. A reivindicação tão frequentemente entendida como: “Eu cá, faço o que quero”, tornou-se o principal axioma de uma contra-moral que vagueia pelas ruas e pelos salões. Isto não somente é a ruína anunciada de toda a vida social, não ­somente é o germe de uma violência sem limites, mas a afirmação Inspiro-me aqui livremente nos trabalhos de Tony ­Anatrella, de quem se poderá ler as obras O sexo esquecido, Não à ­sociedade ­depressiva, O amor e o preservativo, A diferença proibida (­Flammarion). 1


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Índice 1. Falar da Reconciliação: um sacramento em crise.........9 A confissão impossível......................................................10 Onde é que nos podemos confessar?............................10 Quem é que se quer realmente confessar?....................14 Quem é que quer realmente confessar?........................17 O pecado inominável........................................................21 Crise da confissão ou crise da conversão?....................21 O enorme progresso de ser pecador.............................24 Reconhecer-se pecador ou reconhecer os seus pecados?.....26 O apelo esquecido............................................................29 A Palavra reduzida ao silêncio.....................................29 Tornar-se vulnerável....................................................32 A vida como vocação...................................................34

2. Convidar à Reconciliação: uma urgência pastoral.....37 Deus vem para tratar o homem por tu..............................39 Demasiados sermões....................................................39 A palavra sacramental.................................................42 Da vida moral à vida mística.......................................46 A força do sacramento.....................................................49 Salva-te a ti mesmo......................................................49 O encontro do Ressuscitado........................................53 O dom do Espírito.......................................................56 O Amor é amado?............................................................60 O amor ou o temor......................................................63 Não te amo!.................................................................66 A vitória do amor........................................................69


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3. Anunciar a Reconciliação: as palavras do Evangelho....73 A dívida e a dádiva...........................................................76 A anulação da dívida...................................................78 Qual dos dois o amará mais?.......................................80 Um presente incalculável.............................................83 Como nós perdoamos..................................................85 Perdido e achado..............................................................87 Até a encontrar............................................................89 O Pai não quer que nem um só destes pequeninos se ­perca........................................................................92 Os reencontros............................................................94 Da morte à vida................................................................96 Vai em paz e não voltes a pecar...................................98 Levanta-te e caminha.................................................100 O silêncio e as lágrimas.............................................102

4. Viver a Reconciliação: o caminho sacramental........105 Feliz nostalgia.................................................................107 Lembra-te..................................................................107 Não esquecer o futuro...............................................109 A consciência do pecado............................................110 Na luz veremos a luz......................................................113 Um exame de consciência?.........................................113 Uma revisão de vida?.................................................115 Uma revelação...........................................................117 Passar às declarações: o tribunal ou a ternura?...............119 Escusado será dizer?..................................................119 Irei e direi..................................................................121 Ternas declarações.....................................................123


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Diz apenas uma palavra.................................................127 Uma palavra de autoridade........................................127 Uma palavra de justiça..............................................129 Uma palavra de cura..................................................133 Reconstruir.....................................................................135 O perdão não resolve tudo!.......................................135 A penitência e a indulgência.......................................138 Que retribuirei ao Senhor pelo bem que me tem feito?....140

5. Celebrar a Reconciliação: a arte e a maneira...........143 De ontem até hoje..........................................................143 As lições da história...................................................143 Reforma ou renovação?.............................................146 A confissão individual é insubstituível............................148 O encontro sacramental, sempre individual...............148 Será necessário confessar-se com frequência?.............150 Como confessar-se?...................................................152 E o confessionário?....................................................157 A celebração comunitária é fomentada...........................159 A absolvição colectiva é excepcional...............................162 O que diz e o que não diz o Ritual.............................162 O pensamento da Igreja sobre este ponto controverso....164 Uma celebração não sacramental é possível....................167

À guisa de conclusão...................................................171 Os sacramentos, encontros de misericórdia....................171 Acção de graças..............................................................174



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